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1.Que tipo de narrador há na obra?

Qual é a atitude dele diante dos fatos que


está narrando?

2.Pode-se dizer que Teresa e Mariana, embora de maneiras diferentes,


encarnam personagens tipicamente românticas? Por quê?

4.Escreva o nome dos personagens do livro de acordo com as características


apresentadas.

“É forte de compleição; belo homem com as feições de sua mãe, e a


corpulência dela; mas de todo avesso em
gênio.”_____________________________________________

“…era um composto de excelências, tinha apenas uma quebra: a absoluta


carência de brios.”
_______________________________________________________________
_

“…menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem


nascida…tem força de caráter, orgulho fortalecido pelo
amor…”______________________________

“… rapariga camponesa (…) bem mais bonita que a


fidalga!”____________________

“… antes de ser ferrador foi criado de farda em casa do fidalgo de Castro-


Daire, que é o senhor Baltasar…”
___________________________________________________

5.Mariana é uma figura de destaque na história. Seu comportamento é


tipicamente romântico. Apesar de seu enorme amor por Simão, ela coloca a
felicidade do amado acima de tudo, só existindo em função dele. Cite duas
atitudes dela que comprove essa afirmação.

6.À semelhança de Romeu e Julieta, Simão Botelho e Teresa de Albuquerque


vivem um amor impossível de ser concretizado por causa da rivalidade de seus
pais. Por que as famílias Botelho e Albuquerque se tornaram inimigas?

7.Logo no primeiro capítulo, ao relatar o casamento de Domingos Botelho e D.


Rita Preciosa, pais de Simão e avós paternos de Camilo, o narrador dá mostras
de seu estilo humorístico e irônico:
À distância duma légua de Vila Real estava a nobreza de vila esperando o seu
conterrâneo. Cada família tinha a sua liteira com o brasão da casa. A dos Correias de
Mesquita era a mais antiquada no feitio, e as librés dos criados as mais surradas e
traçadas que figuravam na comitiva. Rita, avistando o préstito das liteiras, ajustou ao
olho direito a sua grande luneta de ouro e disse:
-Ó Meneses, aquilo que é?
– São os nossos amigos e parentes que vêm esperar-nos.
– Em que século estamos nós nesta montanha? – tornou a dama do paço.
– Em que século? O século tanto é dezoito aqui como em Lisboa.
– Ah! Sim? Cuidei que o tempo parara aqui no século doze…
Comente a crítica social feita por Camilo no fragmento acima.

7.Amor de Perdição é um romance de Camilo Castelo Branco em que a


instituição “família” desempenha um papel decisivo.

Estabeleça um paralelo entre os papéis exercidos pela família Albuquerque


sobre Teresa e aqueles exercidos pela família Botelho sobre Simão.

8.Nesse romance, um dos tópicos importantes é o da relação entre pais e


filhos: contraste as relações que se dão na família de João da Cruz, por um
lado, com as que se dão nas famílias Botelho e Albuquerque, por outro.

No prefácio da quinta edição portuguesa do romance AMOR DE PERDIÇÃO, Camilo


Castelo Branco afirmava ironicamente:
“Eu não cessarei de dizer mal desta novela que tem a boçal inocência de não devassar
alcovas, a fim de que as senhoras a possam ler nas salas, em presença de suas filhas ou
de suas mães, e não precisem de esconder-se com o livro no seu quarto de banho.
Dizem, porém, que o Amor de Perdição fez chorar. Mau foi isso. Mas agora, como
indenização, faz rir: tornou-se cômico pela seriedade antiga (…). E por isso mesmo se
reimprime. O bom senso público relê isto, compara com aquilo, e vinga-se
barrufando(*) com frouxos de riso realista as páginas que há dez anos aljofarava(**)
com lágrimas românticas.

Como você pode notar, o autor faz referência a duas escolas literárias para explicar
como AMOR DE PERDIÇÃO produziria no público leitor, por ocasião de sua
reimpressão, uma reação completamente diferente daquela produzida ao ser publicado
pela primeira vez. Considerando tal afirmação:
a) Cite um episódio do romance que poderia provocar lágrimas nos leitores da
primeira edição e ataques de “riso realista” nos leitores da quinta edição.
b) Como se explica uma reação tão diferente por parte dos leitores dessas duas
edições?

(*) barrufando: variante de borrifando.


(**) aljofarava: orvalhava.

9. Leia com atenção o trecho abaixo, extraído do último capítulo de Amor de


Perdição, de Camilo Castelo Branco.
Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte, mas para abraçar-se ao
cadáver de Simão, que uma onda lhe atirou aos braços. O comandante olhou para o
sítio donde Mariana se atirara, e viu, enleado no cordame, o avental, e à flor da água,
um rolo de papéis, que os marujos recolheram na lancha.
A) Que relação há, em Amor de Perdição, entre as personagens Simão e
Mariana?

B) No trecho citado, o narrador menciona um “rolo de papéis”. Que papéis são


esses?

C) Considerando as respostas dadas aos itens A e B, analise a função


desempenhada pela personagem Mariana na estrutura do romance.

10.De acordo com a obra “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco


assinale a correta.
1. o amor de Simão e Teresa é visto pelo narrador como uma brincadeira de
criança.
2. o amor de Simão e Teresa, caracterizado como “amor à primeira vista, foi
intenso no início, mas não durou muito.
3. Teresa, aos quinze anos, amava como uma “avezinha que ensaia o vôo fora do
ninho”.
4. o caso de amor entre Simão e Teresa quebrou as expectativas do narrador com
relação a namoros de juventude.
5. o amor de Simão e Teresa é prova de que os poetas e prosadores estão
enganados com relação aos relacionamentos juvenis
6.
7. 11.Escreva V ou F nos parênteses.
( ) Simão Botelho – Inicialmente é apresentado como um jovem de
temperamento sanguinário e violento. Perturbador da ordem para defender a
plebe com quem convive e agitador na faculdade, onde luta de forma brutal
pelas ideias jacobinistas.
( ) O episódio mais representativo do romance, no sentido de provocar
lágrimas nos leitores românticos e risos nos leitores realistas, ocorre no início
da obra, quando o tema da ‘morte por amor” atinge o clímax.

( ) Teresa de Albuquerque – Protagonista, menina de 16 anos que se


apaixona por Simão, também sai adquirindo densidade heroica ao longo da
obra: firme e resoluta em seu amor, ela mantém-se inflexível perante os
pedidos, as ameaças -e finalmente as atrocidades e violências cometidas pelo
pai.
( ) Mariana – Moça rica da cidade, de olhos tristes e belos, tem sido
considerada, algumas vezes, como a personagem mais romântica da história,
porque o sentir a satisfaz, sem necessidade ao menos de esperança de
concretizar-se o seu amor por Simão.
( ) João da Cruz – O pai de Mariana, destaca-se como personagem mais
sensato, mais equilibrado, o único personagem que possui traços realistas,
de Amor de Perdição. Ferreiro e transformado em assassino numa briga, João
da Cruz consegue de Domingos Botelho, pai de Simão, a liberdade.
12.Assinale a alternativa incorreta sobre a obra de Camilo Castelo Branco

1. Em Amor de Perdição, os sentimentos não se submetem aos preconceitos e se


põem em luta com as convenções sociais.
2. É uma das obras mais férteis da literatura portuguesa, pois nela encontramos
poesia, teatro, crítica literária, ensaios, romances e novelas.
3. A pequena burguesia do Porto é enfoque comum em sua novela.
4. Apega-se exclusivamente ao real, sem se transpor para o domínio do imaginário

13.Na novela Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco,

a) Simão ficou indeciso entre o amor de Mariana e o de Teresa.


b) Simão rejeitou a oportunidade que lhe foi oferecida para livrar-se do
desterro.
c) a apresentação do pai e de suas origens justifica o orgulho que a família de
Simão ostenta.
d) o autor revela grande respeito pelas instituições religiosas de seu tempo.
e) Ritinha, irmã mais nova de Simão, abandonou a família para apoiá-lo em
suas dificuldades.

14.Sobre a obra de Camilo Castelo Branco, Amor de perdição, assinale a


alternativa incorreta.

a) O amor é visto como um sentimento superior; é a razão de viver e de morrer;


é o que sela o destino dos homens.

b) Teresa mostra-se como uma mulher áspera e rebelde ao deixar-se levar


para o convento.

c) Mariana, ao atirar-se ao mar, procura na morte a possibilidade de encontrar-


se novamente com Simão.

d) O desprezo rebelde pelo mundo e pelas regras sociais; o amor que se


configura como um sentimento arrebatador, que leva à tragédia, é uma das
características ultrarromânticas presentes no texto.

Texto para as questões de 15 a 17

Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira,
regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a
primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera
no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos
seus anos.

Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos


quinze anos, como paixão perigosa, única e inflexível. Alguns prosadores de
romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é
uma brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é a tentativa da
avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre com os olhos fitos na ave-
mãe, que a está da fronde próxima chamando; tanto sabe a primeira o que é
amar muito, como a segunda o que é voar para longe.

Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.

Camilo Castelo Branco – Amor de perdição

15.De acordo com o texto,

a) o amor de Simão e Teresa é visto pelo narrador como uma brincadeira de


criança.

b) o amor de Simão e Teresa, caracterizado como “amor à primeira vista”, foi


intenso no início, mas não durou muito.

c) Teresa, aos quinze anos, amava como uma avezinha que ensaia o voo fora
do ninho.

d) o caso de amor entre Simão e Teresa quebrou as expectativas do narrador


com relação a namoros de juventude.

e) o amor de Simão e Teresa é prova de que os poetas e prosadores estão


enganados com relação aos relacionamentos juvenis.

16.Assinale a alternativa correta.

a) A analogia presente no segundo parágrafo corresponde a um argumento do


narrador para provar a afirmação Enganam-se ambos.

b) A analogia presente no segundo parágrafo contradiz a afirmação Enganam-


se ambos.

c) A analogia presente no segundo parágrafo retoma e confirma a afirmação


feita por poetas e prosadores.

d) O último período do texto exemplifica a analogia usada pelo narrador no


segundo parágrafo.

e) O último período contesta, ironicamente, a afirmação feita pelo narrador no


primeiro parágrafo.
17.Assinale a alternativa correta.

a) A divergência do narrador com relação à concepção de amor veiculada pela


ficção é prova de que o texto pertence ao Realismo.

b) No contexto, a crítica a poetas e prosadores funciona como estratégia para o


narrador obter credibilidade dos leitores.

c) A temática do amor não correspondido, implícita no texto, revela-nos um


ponto de vista narrativo comprometido com a fidelidade aos fatos da realidade.

d) O estilo romântico do texto é comprovado pela linguagem rebuscada com


que o narrador comenta a fragilidade do amor entre Simão e Teresa.

e) O aproveitamento de temática amorosa nos moldes de Romeu e Julieta, de


Shakespeare, atesta o estilo clássico de Camilo Castelo Branco

18.Sobre Amor de perdição, do escritor português Camilo Castelo Branco,


assinale a alternativa INCORRETA:

a) Amor de perdição é uma novela ultrarromântica, marcada pelo sentimento


passional e pelo idealismo amoroso, confirmando, assim, duas das principais
características do período, que foram o subjetivismo e a luta individual do herói.

b) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as convenções tradicionais da


narrativa de ficção, como a sequência temporal dos acontecimentos e a
linearidade do enredo, apresentando também referências históricas e
biográficas.

c) O ultrarromantismo da novela é quebrado por tendências realistas


observadas no posicionamento da personagem Mariana e na forma pouco
subjetiva como a realidade é tratada numa ficção documental.

d) Mariana é a principal agente de comunicação entre Simão e Teresa,


figurando como personagem auxiliar que promove a união amorosa entre os
dois adolescentes apaixonados, embora não possa dela participar.

e) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico, com pureza e


resignação, e a personagem Teresa, representando a mulher inacessível e
idealizada, encontram na morte a plenitude do amor idealizado, nesta novela
da segunda fase romântica da literatura portuguesa.
20.Sobre Simão, herói da obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco,
podemos afirmar que:

A)parte do princípio que tudo é válido em nome do amor, até mesmo matar ou
morrer, se preciso for. Transgredi; redime-se, no entanto, ao aceitar a punição
que a sociedade lhe impõe.

B)é um indivíduo cheio de defeitos e vícios, egoísta, egocêntrico, incapaz de


amar ou expressar qualquer sentimento. É, portanto, um total anti-herói.

C)é capaz dos maiores sacrifícios em nome do amor, até mesmo renunciar da
companhia da amada para preservar a pureza e a grandeza de seu sentimento.

D)mesmo acreditando ser tudo lícito, desde que praticado em nome do amor,
recusa-se a seguir seu coração por medo de trazer a infelicidade à sua amada.

E)é um anti-herói, representante da elite nobre, resquício do feudalismo em


pela modernidade, e acredita ter o direito de casar-se com a amada porque
assim lhe foi prometido pela família da moça.

21. Sobre Amor de perdição, do escritor português Camilo Castelo Branco,


assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Amor de perdição é uma novela ultrarromântica, marcada pelo sentimento


passional e pelo idealismo amoroso, confirmando, assim, duas das principais
características do período, que foram o subjetivismo e a luta individual do herói.

(B) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as convenções tradicionais da


narrativa de ficção, como a sequência temporal dos acontecimentos e a
linearidade do enredo, apresentando também referências históricas e
biográficas.

(C) O ultrarromantismo da novela é quebrado por tendências realistas


observadas no posicionamento da personagem Mariana e na forma pouco
subjetiva como a realidade é tratada numa ficção documental.

(D) Mariana é a principal agente de comunicação entre Simão e Teresa,


figurando como personagem auxiliar que promove a união amorosa entre os
dois adolescentes apaixonados, embora não possa dela participar.

(E) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico, com pureza e


resignação, e a personagem Teresa, representando a mulher inacessível e
idealizada, encontram na morte a plenitude do amor idealizado, nesta novela
da segunda fase romântica da literatura portuguesa.
22.(UFPI) Assinale a alternativa que não se relaciona com as personagens de
Amor de Perdição:
1. personagens ricas e pobres convivem lado alado.
2. As ações das personagens são marcadas pela contenção de sentimento e
emoções.
3. Simão é caracterizado através de atributos antagônicos.
4. Teresa representa a mulher burguesa subjugada pela prepotência dos pais.
5. Mariana é a imagem da mulher do povo: franca, rude e generosa.
6.
23 - É uma característica da obra de Camilo Castelo Branco:

a)a influência rica, em sua poesia, de símbolos, imagens alegóricas e


construções.

b)a oscilação entre o lirismo e o sarcasmo, deixando páginas de autêntica


dramaticidade, vibrando com personagens que comumente intervêm no
enredo, tecendo comentários piedosos, indignados ou sarcásticos.

c) a busca de uma forma adequada para conter o sentimentalismo do assado e


das formas românticas.

d)o fato de deixar ao mundo um alerta sobre o mal-estar trazido pela civilização
moderna e industrializada.

e)o apego ao conto como principal realização literária, através do qual se


tornou um dos autores mais respeitados na literatura portuguesa.

24.Assinale a alternativa correta sobre Amor de Perdição:

a)Mariana é passional porque não pode cumprir tarefas contra si própria.

b)Simão é o tipo do fidalgo que explora Mariana para conseguir encontrar-se


com Baltasar Coutinho.

c)Baltasar Coutinho sabe da chegada de Simão e o espera de tocaia.

d)João da Cruz é o homem do povo que se comporta como vassalo voluntário


e fiel do herói do romance.

e)Teresa não deseja ver Simão por perto, porque deseja ganhar tempo e se
decidir entre Simão e Baltasar

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