OS GRANDES TEÓRICOS DA SOCIOLOGIA
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PROF: ALEX VAZ
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Os Grandes Teóricos da Sociologia
Émile Durkheim (1858 – 1917):
Consolidou a Sociologia como
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ciência construindo um método de
estudo e uma objetividade científica,
através do fato social. Conhecido como
o maior sociólogo francês é também
uma grande expressão da sociologia
contemporânea. Foi fundador da escola
sociológica francesa, participando de
grandes debates sociológicos de sua época.
Durkheim construiu uma vasta contribuição escrita
para a Sociologia através das seguintes obras:
• A divisão do trabalho social;
• O suicídio;
• Regras do método sociológico
Com estes trabalhos sociológicos, Durkheim levantou
importantes teorias sobre fenômenos sociais, comparando
grupos sociais e diferenciando-os, assim estabeleceu intensa
relação entre indivíduo e grupo.
Sendo para ele, o grupo e seu comportamento
decisivo como influência sobre o indivíduo. A Sociologia é
um conhecimento científico que formou-se com esforços
intelectuais de Durkheim.
“Ela (a sociologia) tem um objeto claramente definido e
um método para estudá-lo. O objeto são os fatos sociais; o
método é a observação e a experimentação indireta, em
outros termos, o método comparativo.
Uma ciência não se constitui verdadeiramente senão
quando é dividida e subdividida, quando compreende em
certo número de problemas diferentes e solidários entre si”.
(Émile Durkheim)
Durkheim com sua reflexão metodológica, ajuda a
consolidar a Sociologia como ciência, chegando ao grau
científico dos debates sociais, vendo o universo empírico de
sua sociologia voltado para o estudo do fato social.
HERDEIRO INTELECTUAL DE COMTE
O Positivismo social de Durkheim implica que a ciência
positiva constitui a única posição cognitiva possível. Ele
eleva o fato social como elemento básico de explicação dos
fenômenos sociais, que o social é explicado pelo social. O
social predomina sobre o individual. Para Durkheim o social
é prioridade na formação do homem.
Émile Durkheim legitima uma nova ciência, uma
ciência ligada a sociedade, visto que detêm um objeto de
estudo centrado na sociedade: o fato social. Sendo
influenciado pelo Positivismo de Comte, estabelece uma
neutralidade científica e a busca de uma causa para os
fenômenos sociais, assim como as ciências naturais
trabalham causas para a origem dos seus fenômenos o
papel da sociologia é específico, voltado para a consciência
coletiva (representação coletiva) sendo diferente da Filosofia,
visto que a Sociologia é empírica e seu objeto de estudo é o
fato social, que Durkheim definiu como coisa.
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Durkheim dividiu a sociologia em três partes:
I – A Sociologia Geral: interdisciplinar
II – A Fisiologia Geral: institucional
III – a Morfologia Social: geografia
Desenvolveu estudos sobre variados fatos sociais
como educação, o suicídio e representações coletivas no
campo da educação, estabeleceu sua importância para a
socialização humana, sendo a educação formadora do ser
social em geral e grupal, visto que a divisão social do
trabalho exige homens especializados.
No trabalho sobre o suicídio, Durkheim elabora uma
grande pesquisa estatística e uma ligação do fenômeno com
causas sociais. Durkheim elabora uma tipologia dos
suicídios:
O SUICÍDIO EGOÍSTA
“Chegamos então a esta conclusão geral: o suicídio
varia na razão inversa do grau de integração dos grupos
sociais de que o indivíduo faz parte”. / (reproduzido da obra
O Suicídio´, de Émile Durkheim) / “Mas a sociedade não
pode se desintegrar sem que, na mesma medida o indivíduo
seja desengatado da vida social, sem que seus próprios fins
se tornem preponderantes sobre os fins comuns, sem que
sua personalidade, em uma palavra, tenda a se colocar
acima da personalidade coletiva.
Sejam os grupos ao qual pertence, menos depende
deles e mais, por conseqüência, depende apenas de si
próprio, por não reconhecer outras regras de conduta que as
estabelecidas no seu interesse privado. Se esta de acordo
em chamar de egoísmo a este estado onde o ego individual
se afirma demasiadamente face ao ego social e à custa
deste último, nós poderemos dar o nome de egoísta para o
tipo particular de uma individualização desmesurada” /
(reproduzido da obra O Suicídio, de Émile Durkheim).
Para Durkheim o Suicídio egoísta é causado
basicamente pela desintegração social entre o indivíduo e a
sua sociedade, logo a desintegração deste indivíduo retira
dele a própria vontade de viver, visto que o sentido social de
sua vida se perdeu, mediante o afrouxamento de sua
socialização.
É a depressão e a melancolia que resultam dessa
individualidade exagerada, que pode resultar no próprio
suicídio.
O SUICÍDIO ALTRUÍSTA
Para Durkheim, é mais freqüente em sociedades
“primitivas”, visto o seu elevado grau de socialização e
valorização do grupo e seus costumes, remete o indivíduo a
tirar sua própria vida.
“O suicídio, é pois, certamente frequënte entre os
povos primitivos, aliás ele apresenta aí algumas
características muito particulares. Todos os fatos que
acabam de ser relatados cabem com efeito em uma das três
categorias seguintes:
1º) Suicídios de homens que chegaram ao limiar da velhice
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ou foram atingidos por doenças
2º) Suicídios de mulheres por ocasião da morte do marido
3º) Suicídios de fiéis ou de servidores por ocasião da morte
de seus senhores.
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 Ora, em todos esses casos se o homem se mata, não Do mesmo modo, uma ofensa num grupo social pode
é porque ele se arroga o direito de faze-lo, mas, o que é bem não ter penalidade prevista por lei, mas o grupo pode
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diferente, porque ele se sente no dever de faze-lo”. O
Suicídio altruísta está ligado a exacerbada valorização dos
costumes por parte do indivíduo.
O SUICÍDIO ANÔMICO
“Assim, não é verdade que a atividade humana passa
a ser livre de todo freio. Não existe ninguém no mundo que
possa gozar de tal privilégio. Pois todo ser, sendo parte do
universo, está relacionado com o resto do mesmo, sua
natureza e a maneira como a manifesta não dependem
somente dele, mas também dos outros seres que portando o
contem e o regulam”
“Só que, quando a sociedade se vê perturbada, seja
por uma crise dolorosa ou por favoráveis mas súbitas
transformações, ela se vê provisoriamente incapaz de
exercer essa ação, e aí está de onde resultam essas
ascensões bruscas de curva dos suicídios, cuja ocorrência
registramos acima”
“Com efeito, no caso de desastres econômicos,
produz-se uma espécie de desorganização que lança
bruscamente certos indivíduos numa situação inferior à que
eles ocupavam até então”.
Para Durkheim, os industriais, comerciantes e
profissionais liberais sofrem em crises sociais e econômicas
instabilidades que levam a perda de determinadas posições
sociais, gerando casos de suicídio entre essas categorias.
Para Durkheim o suicídio egoísta resulta do fato do
indivíduo não ver mais razão de ser de sua vida dentro do
seu contexto social. O suicídio altruísta resulta na exagerada
ligação do indivíduo e sua sociedade e sua obrigação de tirar
sua própria vida em nome desses laços sociais.
O suicídio anômico decorre do fato de estar
desregrada a ordem social. Para Durkheim no suicídio o
indivíduo de forma consciente é agente de sua própria morte.
espontaneamente reagir penalizando o agressor. A reação
negativa a certa forma de comportamento é, muitas vezes,
mais intimidadora do que a lei.
A educação – entendida de forma geral, ou seja, a
educação formal ou informal – desempenha, segundo
Durkheim, uma importante tarefa nessa conformação dos
indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após
algum tempo, as regras estarem internalizadas e
transformadas em hábitos. O uso de uma determinada língua
ou o predomínio no uso da mão direita são internalizados no
indivíduo que passa a agir assim sem sequer pensar a
respeito.
A segunda característica dos fatos sociais é que eles
existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de
sua vontade ou de sua adesão consciente, ou seja, são
exteriores aos indivíduos. As regras sociais, os costumes, as
leis, já existem antes do nascimento das pessoas, são eles
impostos por mecanismos de coerção social, como a
educação. Portanto, os fatos sociais são ao mesmo tempo
coercitivos e dotados de existência exterior às consciências
individuais.
A terceira característica apontada por Durkheim é a
generalidade. É social todo o fato que é geral, que se repete
em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles.
Por essa generalidade, os fatos sociais manifestam sua
natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, como as
formas de habitação, de comunicação, os sentimentos e a
moral.
COMENTÁRIOS:

CONCLUSÕES FINAIS SOBRE DURKHEIM

Durkheim em uma de suas obras fundamentais, As

regras do método sociológico, publicada em 1895, definiu
com clareza o objeto da sociologia – os fatos sociais.
Distingue três características dos fatos sociais. A
primeira delas é a coerção social, ou seja, ou a força que os
fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-
se às regras da sociedade em que vivem,
independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se
manifesta quando o indivíduo adota um determinado idioma,
quando se submete a um determinado tipo de formação
familiar ou quando está subordinado a determinado código
de leis.
O grau de coerção dos fatos sociais se toma evidente
pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta
se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou
espontâneas.
Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob
forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a
penalidade subseqüente. Espontâneas seriam as que
aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada
à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo
pertence. Diz Durkheim, exemplificando este último tipo de
sanção:
CONTEÚDO - 2009

“Se sou um industrial, nada me proíbe de trabalhar

utilizando processos e técnicas do século passado; mas, se
o fizer, terei a ruína como resultado inevitável.”

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