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Fortaleza/2007
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – DIPPG
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ARTE E EDUCAÇÃO
Fortaleza/2007
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – DIPPG
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ARTE E EDUCAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profª. Ms. Kaelly Virgínia de Oliveira Saraiva (Orientadora)
_____________________________________
Prof. Ms. Gilberto Andrade Machado
______________________________________
Profª Ms. Raimunda Eliana Codeiro Barroso
Ficha Catalográfica
...
Kelva Cristina
DEDICATÓRIA
A voz é uma característica humana ligada à nossa identidade. Atores, além da voz
habitual, produzem a voz artística, que requer cuidado e técnica. O ator deve
conhecer seu aparato vocal, a melhor forma de usar a voz e as conseqüências de
seu mau uso. Isto se torna mais fácil com a orientação do preparador
vocal/fonoaudiólogo. Os objetivos desta pesquisa foram conhecer o comportamento
dos atores relativo ao aquecimento vocal e à auto-observação; averiguar cuidados
com a voz; e identificar problemas/queixas relacionadas com o uso desta voz. A
pesquisa realizada com o Grupo Mirante de Teatro da Universidade de Fortaleza foi
descritiva, e qualitativa, investigando 13 sujeitos. A coleta de dados deu-se com
questionário semi-estruturado, aplicado em entrevista gravada e observação direta,
realizadas na sala de ensaio e teatro, em 2006 e 2007, com encontros de 4 horas
semanais. Sobre os resultados, os atores afirmaram que a voz é importante na
composição do personagem, merecendo atenção e cuidados especiais. A maioria
referiu mudança na voz cotidiana devido ao seu uso no teatro; apenas 01 considerou
essa uma mudança negativa. As queixas vocais referidas foram rouquidão, irritação,
voz grave, dor, ardor, tosse e fadiga. Os atores afirmaram ter algum tipo de cuidado
com a voz, principalmente antes dos espetáculos, realizando aquecimento vocal.
Entretanto, mostraram pouco conhecimento dos exercícios, confirmando o que diz a
literatura, que os atores têm pouca informação e há distorções sobre o conceito do
aquecimento e seu procedimento. Concluímos que somente de forma
transdisciplinar (arte-ciência) é que podemos mudar este quadro, constituindo a
preparação da voz do ator uma ferramenta para a melhoria de sua arte, fazendo
desta uma prática educativa e contribuindo para a formação de artistas mais
conhecedores de si.
RESUMO ..............................................................................................................
07
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................
09
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 15
3. O ENCONTRO COM A LITERATURA .............................................................
16
ANEXO
Parecer do Comitê de Ética
1. INTRODUÇÃO
O fato do ‘instrumento’ de trabalho do ator ser ele mesmo, com seu corpo,
suas emoções, referências e experiências culturais, torna complexa a tarefa
de organizar seu saber. Trabalhar sobre si mesmo exige o cuidado de
desenvolver uma técnica que ofereça uma base com a qual o ator possa
dar forma à sua arte, ampliando suas possibilidades de criar e comunicar,
considerando a unidade da expressão humana (BORGES, op. cit., p. 29).
atores;
3. Identificar problemas e queixas dos atores que tivessem relação com o uso da
voz no teatro.
3. O ENCONTRO COM A LITERATURA
A pronunciação no palco é uma arte tão difícil como cantar, exige treino e
uma técnica raiando pela virtuosidade. Quando um ator de voz bem
trabalhada e magnífica técnica vocal diz as palavras de seu papel, sou
completamente transportado por sua suprema arte. [...] carrega-me com ele
aos lugares secretos da composição do dramaturgo. Quando um ator
acrescenta o vívido ornamento do som àquele conteúdo vivo das palavras,
faz-me vislumbrar com uma visão interior as imagens que amoldou com sua
própria imaginação criadora (STANISLAVSKI, 2006, p. 128).
Stanislavski conta que o ator italiano Tommaso Salvini (1829-1915), ao
ser perguntado sobre o que era preciso para ser um bom ator de tragédia,
respondeu: "voz, voz e mais voz!" (STANISLAVSKI, op. cit.). Embora a voz não seja
a essência do teatro, pois ele acontece sem voz e sem texto, ela está no ator, em
seu corpo e até em seu pensamento – o que Brandi (2002) chamou de voz interior.
Ainda que não seja o foco no teatro, a voz não deixa de ter importância. Ao
contrário, enriquece a encenação; e quando o ator diz com sua voz artística, esta
voz precisa servir a um propósito maior que, simplesmente, portar um texto, pois o
ator é autor de seu texto enquanto o fala.
[...] aquilo que o teatro ainda pode extrair da palavra são suas
possibilidades de expansão fora das palavras, de desenvolvimento no
espaço, de ação dissociadora e vibratória sobre a sensibilidade. É aqui que
intervêm as entonações, a pronúncia particular de uma palavra. É aqui que
intervém, fora da linguagem auditiva dos sons, a linguagem visual dos
objetos, movimentos, atitudes, gestos, mas com a condição de que se
prolonguem seu sentido, sua fisionomia, sua reunião até chegar aos signos,
fazendo desses signos uma espécie de alfabeto. Tendo tomado consciência
dessa linguagem no espaço, linguagem de sons, de gritos, de luzes, de
onomatopéias, o teatro deve organizá-la... (ARTAUD, 2006, p. 102).
Devemos entender que a voz não é um evento gerado por uma única
causa, e sim o resultado da combinação de vários eventos biológicos (características
anatômicas do aparelho fonador, aparelho respiratório e digestivo, sistema nervoso e
músculo-esquelético) e psicológicos (estado emocional e condições mentais do
indivíduo). Muitos autores, como Oliveira (2004), Guberfain (2004) e Aleixo (2007),
defendem que a voz também é resultado de influências ou fatores de origem social,
pois o ser humano se forma e vive continuamente sob influências sociais, que lhe
ajudarão a definir seu sotaque e suas expressões idiomáticas, as gírias
incorporadas, os ditados populares, enfim, uma grande parte de sua maneira de
falar e se expressar, fundamentada em sua cultura.
O corpo humano não trabalha separadamente, mas como um todo,
inclusive enquanto falamos. Ossos, músculos, tendões, articulações, órgãos,
sistemas e todo o complexo que envolve a vida do ser humano participam e
trabalham em perfeita harmonia e solidariedade (QUINTEIRO, 1989). Então
devemos entender que o ator é um ser biopsicossocial. Quando quebramos a
harmonia com a qual funciona a produção da voz (artística ou não), favorecemos o
aparecimento da doença vocal, da voz que limita a expressividade do ator.
Continuando com Quinteiro, op. cit., é na desarmonia do complexo
biopsicossocial que envolve o ser humano que se encontra a origem de muitos
distúrbios da voz e da fala. Rector e Cotes (2005) afirmam que, quando falamos,
conectamos e coordenamos órgãos e outras funções além da fala, que são vitais
para o organismo, como o sistema respiratório e o digestivo.
É importante que o ator tenha consciência de seu papel neste processo,
como criador, executor da obra, como o que pensa, elabora e faz. Desta forma,
modificando sua realidade, o ator modifica o mundo dentro do teatro, mudança
entendida aqui como o fazer artístico e, talvez, perceber que neste processo de
apreensão da realidade, deve sentir, tomar consciência do que foi internalizado, das
modificações que gera em si e do que cria ao seu redor. A partir desta apreensão
consciente e sensível é que poderemos desenvolver o conhecimento através do uso
mais adequado da voz e do movimento corporal (Beuttenmüller, 1989). Assim,
recordamos Boal (2003), que nos lembra serem “personagem” e “personalidade”
potencialidades dessa mesma pessoa, que é o ator.
Igualmente importante é o reconhecimento de que a voz tem um papel
fundamental na comunicação e nos relacionamentos humanos. Ela enriquece a
transmissão da mensagem articulada, acrescentando à palavra a entoação
(entonação), a expressividade e o conteúdo emocional, identificando o indivíduo,
assim como sua fisionomia e suas impressões digitais. De seu uso satisfatório
depende o êxito pessoal e profissional do falante. Atualmente, existe maior
necessidade de conhecimento dos mecanismos de utilização correta da voz como
fator decisivo na obtenção de resultados, principalmente pelos profissionais que a
possuem como instrumento de trabalho (Pedroso, 1997).
Para Oliveira (2004), a dinâmica vocal baseia-se na íntima relação
existente entre os dois meios de expressão do ser humano: o corpo e a voz. O
instrumento vocal precisa ser descoberto a partir do próprio corpo do ator e a voz,
neste contexto, acontece em resposta a uma atitude/movimento corporal, cuidando
para que não haja esforço à fonação (exigência comum no trabalho dos atores,
resultando em problemas vocais como afonia, nódulos, ou calos, fadiga vocal, etc).
Ao profissional que utiliza a voz para o trabalho e do qual este depende da
integridade de sua voz designamos profissional da voz. Parafraseando Pedroso, op.
cit., são profissionais que, ao produzirem sua voz, têm nela seu instrumento de
trabalho.
A maioria dos profissionais da voz está exposta aos riscos de
comprometimento vocal. No caso dos atores, o espaço físico no qual a maioria deles
atua é permeado de poeira e mofo, conforme já foi dito antes, e são ambientes
resfriados com condicionadores de ar, os quais ressecam a laringe e, geralmente,
por serem instalações centrais, não passam por limpeza e desinfecção
regularmente. Ainda mais difícil é a situação dos atores que atuam na rua, que têm
uma demanda vocal bastante intensa, apresentando-se em ambientes ruidosos,
amplos e, obviamente, sem tratamento acústico. Aliado a todos esses fatores,
temos, ainda, o fato de que os atores, normalmente, têm intensa vida social noturna,
permanecendo expostos a agentes como o tabagismo, a ingestão de bebidas
alcoólicas (quase sempre em baixas temperaturas ou acompanhadas de gelo), a
disputa sonora com o ruído do ambiente (geralmente bares com música) e a
restrição do sono. Todos estes fatores são agravantes para os riscos à saúde vocal.
Muitos autores/pesquisadores ligados ao teatro, que fazem parte das
leituras de qualquer ator, abordam a questão do cuidado com a voz, dentre eles, o
teatrólogo alemão Bertold Brecht (1898-1956), que desenvolveu o Teatro Épico e,
entre outros conceitos, o do efeito do distanciamento ou estranhamento, através do
qual os processos narrativos e a atitude dialética são traduzidos cenicamente
(Bonfitto, 2006). Brecht nos diz o seguinte:
O ator tem de saber falar com clareza, por exemplo, o que não é uma
simples questão de consoantes e vogais, mas sobretudo, uma questão de
sentido [...]. O ator tem de aprender a economizar a sua voz; não deve
enrouquecer. Mas tem que ser também capaz, naturalmente, de nos
mostrar um homem tomado pela paixão, a falar roucamente, ou a gritar. Os
seus exercícios vocais deverão ter, por conseguinte, caráter de treinamento
(BRECHT apud ALEIXO, 2007).
Não nos parece, portanto, exagero dizer que o ator que não cuida da
saúde de sua voz, que não desenvolve uma técnica efetiva no seu trabalho, está se
arriscando a desenvolver problemas vocais. Concordando com Stanislavski (2006),
estar ‘bem de voz’ é uma bênção não só para a prima-dona, mas também para o
artista dramático, e é fundamental sentir que temos o poder de dirigir nossos sons,
comandar sua obediência, saber que eles forçosamente transmitirão os menores
detalhes, modulações, matizes da nossa criatividade. O mestre russo diz que há
atores cujo estado normal é não estar bem de voz. Ele faz uma comparação entre
atores com voz tensa, estrangulada, e pessoas com deficiência auditiva grave, cuja
característica da voz é a qualidade tensa-estrangulada.
Há atores cujo estado normal é 'não estar bem de voz'. [...] Imaginem um
mudo transmitindo à sua amada seus sentimentos ternos e poéticos. Em
vez de voz ele tem um rosnado. Deforma aquilo que dentro dele é lindo e
precioso. O mesmo acontece com um ator capaz de ter sentimentos
admiráveis, mas senhor de um instrumento vocal medíocre
(STANISLAVSKI, 2006, p. 141).
Grotowski, op. cit., firmava ser o ator um homem que trabalha em público
com o seu corpo, oferecendo-o publicamente. Se este corpo se limita a demonstrar
algo que qualquer pessoa comum pode fazer, não constitui um instrumento capaz de
criar um ato transcendental. O autor dizia que o ator é uma presença que se traduz
no fato de ele ser ator, e seu corpo é, necessariamente, um índice absoluto tanto de
sua presença quanto de sua ausência. Ainda em Próchno, op. cit., encontramos uma
entrevista do ator Matheus Nachtergaele, que afirma:
O Grupo
FOTO 9: Grupo Mirante de Teatro da UNIFOR FOTO 10: Grupo Mirante de Teatro da UNIFOR
(2007); foto de Elva Zabeth. (2008); foto de Alexsandro de Abreu.
O grupo Mirante de Teatro tem 23 anos e foi criado em 1984, pela
professora Francilda Costa, da Universidade de Fortaleza. Inicialmente o Grupo
tinha como ponto de partida atividades didáticas e proporcionava aos alunos a
oportunidade de desenvolverem atividades complementares na sua formação,
utilizando a linguagem teatral. Em 1989 a professora Nazaré Fontenele assumiu a
direção do grupo e aumentou as produções artísticas, implementando participações
em festivais e mostras de teatro. Cerca de 10 anos depois, em 1999, o estilista,
diretor e ator Ricardo Bessa, assumiu a direção do Grupo Mirante, na qual
permaneceu por 8 anos. Em 2001, com a saída de Ricardo Bessa, a atriz Hertenha
Glauce assumiu a direção do Grupo, na qual permanece até hoje.
Por ser um grupo vinculado a uma universidade, a vocação do Mirante é
fomentar a arte dentro do campus. Portanto, fazem parte de suas atividades,
intervenções nos espaços da UNIFOR, bem como em projetos abraçados pela
universidade, como visitas a creches e hospitais. Estas atividades não dificultam os
projetos artísticos e tornam o Mirante bastante peculiar.
Há um movimento de atores, devido ao perfil de grupo universitário. É
estimulada a entrada de alunos-atores no grupo, mas há um percentual de atores
ex-alunos e atores convidados, o que possibilita ao grupo a maturação de seu
elenco.
Numa fase anterior, o grupo era aberto a alunos que quisessem tão
somente experimentar o teatro. Hoje, entretanto, há uma tendência à
profissionalização dos atores – mesmo os recém-chegados, que são integrados ao
elenco por meio de audição – com a estimulação de seminários e leitura, além das
montagens. Desde 2002 há um elenco base, o que vem tornando possível a
maturação do grupo e o desenvolvimento de um trabalho mais sólido.
Ainda que entrem e saiam atores, o que ocorre com certa freqüência,
quando o aluno-ator conclui a graduação e não consegue conciliar a profissão com a
arte, este número de atores que pertencem ao Grupo de forma permanente torna
possível a continuidade dos trabalhos, sem um novo recomeço. Por isso, tanto há
membros com quatro (04) anos de permanência, como há membros com até
dezesseis (16) anos de permanência.
No cronograma vemos os trabalhos montados pelo grupo ao longo de
seus 23 anos de existência. Variados autores e estéticas de espetáculos passaram
pelas pesquisas do Grupo:
1985: O Santo Milagroso (de Lauro César Muniz)
1989: Pic Nic no Front (de Fernando Arrabal)
1993: O Apocalipse ou O Capeta de Caruaru (de Aldomar Conrado)
1994: Um Grito Parado no Ar (de Gianfrancesco Guarnieri)
1995: Eu Chovo, Tu Choves, Ele Chove (de Sylvia Orthof)
1996: Aprendiz de Feiticeiro (de Maria Clara Machado)
1997: A Bela Aborrecida, Queridos Monstrinhos (de Paulo César Coutinho)
1997: As Anjas (de Ueliton Rocon)
1998: Auto da Camisinha (de José Mapurunga)
2000: Bastidores (de Euler Muniz)
1999/2001: O Caso de Catarina (de Valéria Albuquerque)
2002/2004/2005: Era Uma Vez Nós Dois (de Ricardo Guilherme)
2003: Viúva, Porém Honesta (de Nelson Rodrigues)
2004: O Auto da Cobra (de Rafael Martins)
2004: Os Decretos do Rei (de Alan Mendonça)
2004/2007: Caturra – um Certo José de Alencar (de Alan Mendonça)
2004: Bestage é Desistir de Coisa Começada (de Alan Mendonça)
2006: A Bela Adormecida (adaptação de Elva Zabeth)
2006: O Flagrante (de Luís Fernando Veríssimo, com adaptação de Rafael Martins e
Lucas Sancho)
2006: Peter Pan (de James Barrie, com adaptação de Rafael Martins e Aldo
Marcozzi)
2007: João e Maria (adaptação de Rafael Martins)
2008: As Tramóias do Patela (adaptação do grupo)
2008: A Cigarra e a Formiga (adaptação de Rafael Martins)
1. Pensando sobre as vozes de atores que você conhece e sobre a sua própria voz,
você diria que a voz usada no teatro é diferente da voz usada no cotidiano? Por
quê?
Pode-se ler tanto nos números como nos depoimentos que os atores
percebem mudanças em suas vozes. As negativas, que são desagradáveis, e as
positivas. Este é um importante dado para que o ator desenvolva sua capacidade de
autocuidado, uma vez que é capaz de perceber melhoras e pioras em sua própria
voz.
4. Quando perguntados se é necessário algum cuidado com a voz antes dos ensaios
e apresentações, todos concordaram que sim, sendo apresentadas abaixo algumas
das principais respostas:
"Para que a voz seja preparada, aquecida, e saia com menos esforço e maior
projeção..."
6. Quando perguntados se tinham algum tipo de cuidado com a voz antes dos
ensaios ou apresentações, todos afirmaram que sim. Os tipos de cuidados
mencionados seguem abaixo:
"Faço gargarejos"
NÃO: 04
SIM: 09, dos quais:
9 01 não utiliza
9 08 responderam que utilizam, porque:
"Aprendi a colocar a voz no lugar certo, para ter o alcance adequado sem forçar
demais as cordas vocais e a garganta"
“Para benefício próprio. O resultado é imediato. É mais cômodo usar a voz após
um bom aquecimento"
"Porque acho que os exercícios contribuem para uma voz com menos esforço
durante as apresentações"
8. Por fim, foi quando perguntados se já haviam feito aquecimento vocal, todos
afirmaram que sim. Questionados, então, sobre o que tinham sentido, forneceram os
depoimentos que a seguir:
"Dá um maior conforto e segurança ao usar a voz, maior extensão vocal e menos
transtornos pós-utilização"
"Observei que ao final do período que utilizo a voz, não estou com a sensação de
desgaste vocal"
ARTAUD, A. O teatro e seu duplo, 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
__________ et al. Avaliação e terapia da voz. In: LOPES Filho, O.C. (org.). Tratado
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CAO, M.L. Lugar do outro na educação artística – um olhar como eixo articulador da
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COSTA, E. Voz e arte lírica: técnica vocal ao alcance de todos. São Paulo:
Lovise, 2001.
FERREIRA, L.P. (org.). Um pouco de nós sobre voz, 5ª ed. Carapicuíba, SP: Pró-
Fono, 2002.
FICHE, N. R. Movimento da voz. In: GUBERFAIN, J.C. (org.). Voz em cena. Rio de
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GAYOTTO, L.H. Voz: partitura da ação, 2ª ed. São Paulo: Plexus, 2002.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1991.
OLIVEIRA, D.S.F. de. Voz na arte: uma contribuição para o estudo da voz falada no
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QUINTEIRO, E. Estética da voz: uma voz para o ator. São Paulo: Summus, 1989.
RAME, F. (org.). Manual mínimo do ator: Dario Fo, 2ª ed. São Paulo: Editora do
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GAYOTTO, L.H. Voz: partitura da ação, 2ª ed. São Paulo: Plexus, 2002.
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SENNES, L.U. (org.). Tireoplastias. v. 1. Net, São Paulo, 1999. Bios Editora.
Disponível em: http://sistemas.usp.br/atena/. Acesso em out. 2006.
N° IDENTIFICAÇÃO:______________ DATA:_____________
2. Pensando sobre as vozes de atores que você conhece e sobre a sua própria voz, você
diria que a voz usada no teatro é diferente da voz usada no cotidiano? Por quê?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3. Ocorreu alguma mudança em sua voz desde que você iniciou sua carreira no teatro?
SIM NÃO
Se sim, qual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4. Quando você está compondo um personagem, você acredita que a sua voz pode
contribuir para este processo de composição? Se sim, por quê?
SIM NÃO
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5. Você acha que é necessário algum tipo de cuidado com a voz antes de ensaios e
apresentações?
SIM NÃO
Por quê?
__________________________________________________________________________
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Se sim, descreva-o(s):
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Você tem algum tipo de cuidado ou preparo com a sua voz antes de ensaios e
apresentações?
SIM NÃO
__________________________________________________________________________
SIM NÃO
SIM NÃO
__________________________________________________________________________
SIM NÃO
__________________________________________________________________________
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Nome: ____________________________________________________________________
Endereço: _________________________________________________________________
Telefone para contato: ________________ Data do nascimento: __________________
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
____________________________________________
Assinatura do entrevistado
____________________________________________
Assinatura da pesquisadora