Inicialmente, o conflito é resultado do embate das diferenças. O conflito não
necessariamente é negativo. Ele pode ter características funcionais ou disfuncionais a depender do contexto. A partir da divergência de ideias e percepções, as pessoas se colocam em posições antagônicas. A palavra conflito vem do Latim CONFLICTU que significa choque, embate das pessoas que lutam; reencontro; discussão; altercação; desordem; antagonismo; oposição; conjuntura; momento crítico. O conflito é uma interpretação da realidade objetiva que gera o conflito. Crenças limitantes e irracionais - visão dogmática e absolutista de interpretar situações, distorção no julgamento de situações, dão aos indivíduos condições de analisar de forma real os problemas e encontrar soluções plausíveis ou adaptar-se à situação e tolerar frustrações. Os conflitos podem ser classificados de várias maneiras. É possível identificar várias tipologias, de diversos autores que dedicam toda uma obra a essa tarefa. Alguns elementos são comuns na identificação das causas e consequente classificação. Podemos citar como causas, fatores estruturais, falhas na comunicação, fatores cognitivos (ritmo individual de absorção de aprendizagem), características individuais e histórico da relação entre as partes.
2) As posições que podem ser tomadas frente aos conflitos.
Há funcionalidades positivas inerentes ao conflito, podendo prevenir a estabilidade
decorrente da concordância. Dependendo da conduta assumida diante do conflito, há a revelação de problemas que demandam soluções que podem favorecer as partes envolvidas. Se bem trabalhado, funciona como raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. Para que o conflito seja solucionado de forma construtiva é preciso controle emocional dos envolvidos e do moderador: as emoções fazem parte do conflito. Elas precisam ser compreendidas e estimuladas a serem expressadas de forma equilibrada e controlada. Para solucionar o conflito a assertividade torna-se imprescindível. É preciso comportamentos que permitam defender os próprios direitos sem violar os direitos dos outros. É fundamental mostrar que a posição de divergência nada tem a ver com a pessoa, e sim com o problema ou assunto que está sendo discutido. A capacidade inadequada de ouvir muitas vezes se torna a causa do conflito. Escutar efetivamente, sinalizando que está atento ao que o outro está falando é um dos fatores principais para desenvolver e fortalecer relacionamentos. Por fim, o conhecimento dos fatos e a imparcialidade, possibilitam determinar os fatos sem qualquer envolvimento pessoal ou tendencioso. Muitas vezes, haverá a necessidade de investir e direcionar esforços em uma investigação detalhada da situação, pautada no entendimento das causas que geraram a situação conflituosa.
3) Quais as consequências positivas e negativas do conflito:
Nenhuma metodologia será capaz de auxiliar na solução de um conflito se não houver
entre as partes envolvidas vontade para resolver o problema, percepção ampla do contexto, liberdade para contestação de ideias e respeito às diferenças individuais. No ambiente corporativo, por exemplo, as consequências negativas de um conflito podem ser consideradas como disfuncionais, prejudicando o alcance de metas e objetivos da organização, gerando dúvidas quanto ao futuro ou desfecho da situação. Também percebe-se a utilização indevida dos poderes individuais ou a prevalência de objetivos pessoais. O efeito nas relações interpessoais deterioram o senso de coesão grupal. Ainda no contexto organizacional, como consequências positivas ou funcionais, há a beneficência para o alcance de objetivos e metas, assim como facilidade na preparação de um ambiente favorável a mudança, pois melhora a tomada de decisão e eleva a espontaneidade na comunicação além de estimular a criatividade e produtividade. Em outros cenários que não remetem o ambiente organizacional, verifica-se elementos disfuncionais e funcionais semelhantes. Como consequência positiva pode-se evidenciar a integração de interesses. A solução percebida como questão de força e o aumento da sensibilidade egóica, são percebidas como fatores que elevam o conflito para frustrações, entre outras possíveis consequências negativas.
4) Explique a diferença entre negociação, mediação, facilitação, mediação e arbitragem.
Em uma negociação destaca-se a inteligência emocional, pois o autoconhecimento,
autocontrole, a empatia, a sociabilidade, a assertividade e a flexibilidade são as bases para esta habilidade, no entanto, quando há a necessidade de uma parte neutra e imparcial, mas com domínio da matéria, ou ainda, tida como especialista do assunto, sugere-se que este individuo atue como mediador, pois seu papel é o de esclarecer e projetar a possível solução através de ajuizamento. A facilitação envolve métodos eficazes para troca de informações relevantes ao atingimento do objetivo. A discussão e a exposição de ideias de forma assertiva contribuem de forma consistente para que o processo de compreensão dos interesses vise a resolução do problema, diferente da arbitragem, onde não há rigidez quanto as provas e a decisão final depende de um terceiro, especialista e responsável pelo julgamento.
5) Quais os erros emocionais em uma negociação.
A indisponibilidade para mudar o modo de ver e interpretar as situações e a
irracionalidade competitiva são características que impedem a coesão num processo de negociação. Alguns erros emocionais como, excesso de confiança e feedback ambíguo, denotam a falta de humildade dos indivíduos, já que preferem estimar seus valores, à assumir riscos que confrontem ganhos potenciais. O excesso de confiança e a arrogância bloqueiam a cooperação, ou seja, pessoas solitárias ou que querem ser reconhecidas por suas realizações individuais, criando assim o confronto à medida que deixam de perceber as informações que são de relevância para o consenso.