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Sinopse:
Cannon sabe que Yvette o queria há três anos. Mas ela era jovem e
algumas coisas valem a pena esperar. Trabalhando juntos pelo legado de
seu avô, ele percebe o quão profundas são as cicatrizes de Yvette, e quanto
o perigo espreita em sua cidade tranquila. Quando o desejo reprimido
explode entre eles, protege-la torna-se a única luta que importa. E ele vai
quebrar todas as regras para isso...
Índice
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capitulo Nove
Capítulo Dez
Capitulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capitulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
CAPÍTULO 01
Muito tenso, Cannon sentou-se na cadeira de couro em frente à mesa
do advogado com impaciência. Da cabeça aos pés seu corpo doía, mas no
momento, sua mente estava focada em questões menos físicas. Depois de
finalmente voltar aos Estados Unidos, ele planejou passar o dia na
banheira de hidromassagem, e a noite, na cama com companhia feminina o
suficiente para ajuda-lo a esquecer do quão perto ele estivera de perder a
sua última luta.
Três dias atrás, ele tinha enfrentado o maior desafio da sua carreira,
sua luta mais divulgada no grupo principal para o Campeonato Supremo
de Batalha no Japão com uma casa cheia e muita expectativa por parte da
organização.
Embora ele tenha tomado muitos golpes, ele estava batendo o seu
adversário por pontos... E então ele tinha fodido tudo.
— O Japão, sim?
— Sim.
— A SBC?
Organizar o quê? Ele sabia que isso tinha algo a ver com Tipton
Sweeny, proprietário de uma loja de penhores local, que havia falecido
recentemente.
Só que Yvette sempre flertou com ele, ele sempre a evitou... Até o dia
em que ele a beijou, o dia em que ele queria beijá-la e muito mais, depois
de ajudar a resgatá-la de bandidos pervertidos.
Ele não queria pensar sobre isso, sobre ela. Tanto tempo se passou, e
ela ainda tinha a capacidade de explodir a sua compostura.
Tentando não ser muito óbvia, afastou-se. Ele sempre teve o poder de
fazer com que as mulheres ficassem quentes perto dele.
Sendo homem, Cannon a olhou mais de perto como ela permitia. Ela
tinha uma daquelas figuras com muitas curvas que foram reforçadas com
um terno justo, saia e blusa macia. Sapatos de salto alto mostravam bem a
curva de sua bunda. Seios grandes, quadris cheios, cabelo loiro pálido. Ela
tinha uma sexualidade latente, quase sufocando com seu interesse, seus
olhares manhosos, o lamber ocasional de seus lábios vermelhos brilhantes.
Não que ele fosse cínico ou qualquer coisa. E não que ele não estivesse
mordendo.
Pelo menos... Ele não achava que ele era. Ainda assim, quando ela
voltou e inclinou-se mais longe do que o necessário para entregar-lhe o
copo de água gelada e guardanapo, Cannon foi em frente e deu uma olhada
em seu decote. Sua pele parecia suave, mas o perfume muito forte agrediu
suas narinas até que ele desviou o olhar.
Mas, por agora, Cannon está dando toda a sua atenção de volta para
Whitaker. O que poderia o homem querer com ele, com todos estes papéis
e notas?
Uau!!!! A onda de medo trouxe Cannon para frente. Seu coração batia
fortemente em seu peito.
— Sim.
O advogado continuou.
De jeito nenhum!
— Sim.
— Sinto muito.
Então, ele não tinha fechado a loja há três anos, após os ataques
violentos, como Cannon sempre tinha assumido.
E ele não era o único que foi ameaçado da pior maneira possível.
Com Yvette.
Mais um ponto, ele poderia resistir a ela agora, que ela precisava
dele? Só de pensar sobre ela, ouvir seu nome, teve seus músculos
apertando dessa forma familiar.
— A casa de penhores?
— Sim.
— E agora?
— Você assina alguns papéis e toma posse ao lado Srta. Sweeny. Meio
a meio. Os dois podem decidir ficar, vender ou comprar outra.
Yvette esperava que ele fosse lá, também? Olhou para frente? Ou
talvez estivesse com medo? Ele odiava o pensamento de que ele poderia
vir a desenterrar um passado que era melhor ser esquecido.
Ele não estava prestes a assinar nada até que ele lesse tudo.
— Leia a carta de Tipton. Tenho certeza de que tudo vai fazer sentido,
então.
As suspeitas aumentaram.
— Eu sei... Que Tipton tinha uma mente forte até o fim. Ele sabia o que
estava fazendo, o que ele queria.
Voltando à primeira página, ele começou a ler. Cada palavra fez seu
coração bater mais pesado com ansiedade e expectativa.
Sim, Tipton sabia o que queria. Ele tinha escrito tudo detalhadamente.
Um parágrafo específico chamou a atenção Cannon.
— Esta é a sua casa, Cannon. Não importa o que, ela deveria estar aqui,
eu sempre confiei em você e você esteve sempre lá, um menino tão bom.
Eu sei que é pedir muito, especialmente depois que você já arriscou sua
vida por nós. Mas ela é muito cautelosa agora, também assustada. Se você
concordar, eu sei que você pode libertá-la dos pesadelos para que ela possa
ser despreocupada e feliz, novamente.
Em meu coração, eu sei que ela vai ser mais feliz aqui em Ohio, em
Warfield, do jeito que ela jamais poderia ser na Califórnia.
Qualquer coisa que você decidir, Cannon, por favor, não diga a ela sobre
esta carta. Ainda não. E, por favor, saiba que independentemente, você terá
sempre a minha mais profunda gratidão.
Atenciosamente,
Tipton Sweeny
Afastou-se.
Mas ela tinha ficado debaixo de sua pele e mesmo depois de três
longos anos, ele ainda a queria.
— Onde eu assino?
***
Não era apenas o medo de estar em casa, não! Era o medo de ver
Cannon Colter, novamente, e cair por ele, como quando era uma
jovenzinha sensível e inocente.
Seu avô queria que ela ficasse em Ohio. Voltar para o funeral foi difícil
o suficiente. Mas viver aqui?
Por agora, pelo tempo que levaria para resolver suas obrigações com
seu avô, ela realmente não tinha escolha. Ela estaria em Warfield.
Por ela.
Mesmo enquanto chorava sua perda, uma onda de calor invadiu seus
membros, sempre que pensava nele. Ela sentiu novamente o toque de
proteção, lembrou-se do gosto de seu beijo quente. Ela tinha construído
algumas fantasias elaboradas em torno daquele breve momento no tempo.
Mas agora ela não tinha certeza se Cannon ainda poderia fazer a diferença
para sua alma ferida. Sabendo que não iria impedi-la de querê-lo, e isso a
assustava mais que qualquer outra coisa.
morte de seus pais e fez o seu mundo melhor. Ela deveria manter ele e
seus desejos em primeiro lugar em sua mente.
Por mais de três longos anos ela aperfeiçoou sua fixação sobre ele,
usou-o para ajuda-la através de tempos difíceis, usando o exemplo dele à
espera de se tornar uma pessoa melhor. Ele era tudo o que ela não era,
tudo o que uma boa pessoa deve ser. Generoso, protetor, carinhoso. Ele
tinha o corpo de um atleta, a força de um lutador e coração de um anjo,
tudo embrulhado num corpo lindo. Cada garota da vizinhança o queria.
Depois de meses de ignorá-la, dizendo que ela era muito nova, ele
veio em seu socorro quando ela mais precisava dele. E, depois, ele sentiu
pena da menina patética que ela era.
Ela observou cada luta da SBC, absorveu cada menção dele na internet
e em inúmeras entrevistas. Para o público em geral Cannon tinha sido
apelidado de “o santo”, em parte devido à sua atitude filantrópica e o
comportamento sempre calmo. Nada e ninguém nunca abalaram a sua
compostura.
Era preciso vê-lo, quanto mais cedo melhor. Mas primeiro... Ela
aprendeu que gastar energia a ajudava a superar suas reservas. Antes de
enfrentar Cannon, ela faria o que pudesse para sacudir o nervosismo e o
mal-estar de estar de volta em Ohio.
Com esse objetivo em mente, ela esvaziou suas malas e, fazendo seu
melhor para bloquear as memórias desagradáveis do que aconteceu nesta
casa, preparou-se para sair para noite.
***
Sua linguagem corporal, a forma como ela olhou para ele e sua
inclinação de seus lábios, tudo o convidava para ficar. Mas se ela e o
advogado estavam envolvidos... Sim, ele não tinha interesse em ficar preso
no meio disso.
Seus seios roçavam o peito, ele podia sentir sua respiração em sua
garganta.
Ela brincou com a ponta do dedo de cima para baixo em seu decote, e,
caramba, ele olhou.
A tentação o puxou. Ele olhou para trás e não viu ninguém fora do
escritório. Depois de ler a carta de Tipton, sentia-se tão amarrado que a
liberação seria bem-vinda.
Ele tem certeza de que ela e o advogado tinham alguma coisa. Além
disso, pode até ser que fosse lidar com ela de novo. Ele nunca faria nada
para fazer esta nova transição mais difícil para ela do que já seria.
E depois havia o fato de que ele esperava finalmente ter Yvette... Sim,
para seu cérebro, transar com Mindi parecia uma ideia muito ruim.
— Vamos apenas dizer que partes de mim não tem nenhum sentido.
― Especialmente com sua pequena mão habilmente trabalhando no pênis
dele. O resto de mim, ele admitiu para si mesmo, quer Yvette, e só Yvette.
Ah, agora teria que pegar leve. Gentilmente, porque odiava insultar
qualquer mulher, Cannon tentou aliviar sua volta.
— Ouça...
Ela abriu a boca sobre ele e Cannon precisaria obter o controle das
coisas antes de acrescentar um chupão para suas outras várias contusões.
Segurando seus ombros, ele a moveu, dizendo com insistência firme.
— Hoje não.
Magoada, ela se afastou dele. Mãos ao rosto, ela deu uma risada
nervosa.
— Você tinha suas mãos em mim, então você sabe que não é verdade.
― Ela sentiu sua ereção. Seu pau gostava muito dela. — Mas a minha
última luta me exauriu, eu só tenho força para ir pra casa, eu tenho uma
carga de responsabilidades legais para cuidar.
— Tudo o que sei é que isso não estará acontecendo agora. ― Pronto
para fazer a sua fuga, ele se virou e abriu a porta. Ele chegou até a
caminhonete quando ela o chamou.
— Vou dar um tempo, para você se instalar, mas eu não vou desistir.
Ele não podia deixar de sorrir para ela. Desde que ele duvidava que
frequentassem os mesmos círculos, ele não estava preocupado em vê-la,
novamente. Com uma saudação, ele ficou atrás do volante, ligou o motor e
foi embora do prédio.
Não importa quantas vezes isso acontecia, ele ainda era uma coisa
desejada. Não importa que parte do apelo fosse o seu status na SBC.
Um pensamento levou a outro e ele tinha que saber, Yvette iria ficar
impressionada? Mesmo antes de ter sido pego pela organização da luta de
elite, ela olhava para ele com adoração de ídolo, como se tivesse a resposta
para cada pergunta.
Mas isso foi há anos. Tudo o que ele sabia, ela poderia estar envolvida,
mesmo casada agora. Imaginou-a como se lembrava dela: jovem e
inocente, com pernas bem torneadas e um corpo doce, agora deve estar
madura, mais saborosa, desejável...
CAPÍTULO 02
Ansiedade ainda agitava dentro dela, mas isso não importava. Ela
havia superado aquela menina tímida embaraçosamente chorona.
Nunca mais.
Por causa da onda de calor de meados de agosto, ela usava uma blusa
branca com seus jeans skinny e sandálias. Ela puxou o cabelo lavado em
um rabo de cavalo alto que pendia entre os ombros
Cannon trabalhou aqui, até sua carreira de lutador decolar. Ela sabia,
sempre que ele vinha para a cidade, ele parava para visitar, por isso ela
esperava encontra-lo aqui esta noite. E se não, então, certamente alguém
poderia dizer-lhe onde ele estaria.
Como se seu corpo tivesse fome dele, uma dúzia de emoções fez seus
músculos fracos. Ele parecia ainda melhor do que se lembrava. Em outra
sala escura, lâmpadas fluorescentes sobre a mesa de bilhar acrescentou
destaques azuis de seu cabelo escuro indisciplinado, ainda um pouco longo
demais, enrolando nas extremidades. Quando ele se inclinou para dar uma
tacada, a camiseta esticou sobre aqueles ombros impossivelmente largos e
fortes. Músculos flexionados, fazendo seu corpo vibrar e seus músculos se
apertarem.
Uma mulher estava caída sobre ele, sussurrando em seu ouvido e ele
sorriu, seus olhos azuis brilhantes. A senhora beijou sua mandíbula e deu
um passo para trás.
Ou apenas porque tudo o que elas queriam era uma desculpa para
tocá-lo? Ela apostaria no último.
Pensando no número de lutas que ele teve em um tempo tão curto, ela
sorriu. Era uma piada corrente na SBC que, se uma luta se tornasse
disponível, se outro lutador ficasse doente ou ferido e tivesse que sair,
Cannon estava sempre lá, pronto para lutar. O proprietário da SBC ficara
satisfeito, até agora, Cannon sempre venceu.
Ele tomava golpes, mas cada vez ele conseguia sair. Essa última luta...
Ainda lhe surpreendia como ele conseguiu terminar a luta antes que a luta
terminasse com ele, foi por pouco.
Ele tinha que estar se perguntando como ele iria encontrar tempo
para assumir ainda mais. Logo, Yvette iria aliviar sua cabeça. Ela sabia que
seu avô sempre se sentiu seriamente endividado com Cannon. Mas esta
não era a maneira de retribuir. Como um fã favorito no esporte, ele fez
uma quantidade considerável de dinheiro a cada luta. Contratos estavam
fazendo fila para sua aprovação. Ele apareceu em alguns comerciais, fez
alguns comentários para a TV. Ele não precisava da escassa herança de seu
avô.
Ele ganhou, ela nunca iria contestar isso, mas ele não deveria ter que
manobrar através do atoleiro das responsabilidades que seu avô tinha
descarregado em cima dele.
Embora ela quisesse que fosse de outra forma, ela ficaria em torno
apenas o tempo suficiente para vender duas propriedades, dar a Cannon
sua parte e, em seguida, seguir em frente.
Mas antes dela fazer isso, ela queria mostrar que ela deixaria de
correr atrás dele como um cachorrinho perdido implorando por afeto,
especialmente quando ela não podia fazer nada sobre isso.
Com seu potente olhar fixo, Yvette levantou a mão para mexer os
dedos em uma pequena onda.
Sabendo que ela causou uma cena, o calor foi levado às pressas para o
rosto de Yvette. Ela podia sentir todos olhando para ela agora; a fim de
lidar, ela manteve seu olhar somente em Cannon. Respiração mais difícil,
ela conseguiu localizar seu passo em torno das mesas, em torno de pessoas
e cadeiras deslocadas, em um caminho para alcançá-la.
Deus, ela pensou que se lembrava, mas a maneira poderosa como ele
a afetava era inteiramente nova. Ela mordeu o lábio inferior duramente,
lutando contra o desejo de fugir ou lançar-se sobre ele.
— Cannon...
Um canto de sua boca se curvou quando ele tocou seu rosto, alisou as
pontas dos dedos ao longo de sua mandíbula. Então, como se tivesse
acontecido o tempo todo, ele a puxou para seu peito e abraçou-a e tirou
seus pés do chão.
***
Não conseguia parar de olhar para ela. Porra, ele se lembrava dela tão
bonita, mas ela amadureceu, estava mais linda, ele parecia não conhecê-la.
O rosto de um anjo junto com a guarnição, uma figura mais curvilínea, e
sim, ele tinha certeza de que todo cara no lugar já estava fantasiando.
Bebericando sua Coca-Cola, Yvette roubou uma olhada para ele. Cílios
longos cobrindo aqueles grandes olhos verdes que lembrava tão bem,
olhos que costumavam olhá-lo com paixão inocente, mas agora parecia
cautelosos. Ela ficou em pé, há uma distância adequada, falou com cuidado.
Evitado o olhar direto.
Ou as coxas.
Repetidamente.
Tempo suficiente para ela colocar o passado para trás? Para coloca-lo
para atrás? Não, ele não iria deixa-la.
— Claro. ― Ele nunca iria deixar de lado um fã, mas porra, o tempo
poderia ser melhor. Yvette foi impedida de dizer alguma coisa. Agora ele
tinha que saber o que.
Isso só pareceu chamar outros fãs e antes que ele percebesse, ele
estava posando com homens e mulheres. Alguns queriam abraça-lo, alguns
o queriam na posição de um lutador, alguns só queriam que ele virasse
para a câmera. Antes que ele pudesse ter um controle sobre as coisas, ele
tomou cerca de vinte fotos e assinou mais de uma dúzia de autógrafos.
— Você é incrível.
Ele raramente ouvia sua risada antes, e ouvi-la agora fez coisas
engraçadas para ele. Foi legal. Rico. Sexy
— Ser lembrado por fazer uma boa luta. E você sempre faz. ― Ela se
inclinou um pouco, provocando-o. — Isso não é apenas a minha opinião
tendenciosa. Ouvi dizer o mesmo dos comentaristas, li em artigos e ouviu
outros fãs dizendo isso.
— Sim? Quando foi isso? ― Será que ela foi a uma luta?
— Só três horas, hein? ― Droga, por que não lhe disse? — Eu consegui
um nocaute no primeiro round dessa luta.
Cannon estremeceu.
— Idiota.
— Apenas eu.
Ela tinha ido sozinha? Por alguma razão, aquilo partiu seu coração.
— Eu gostaria que você tivesse me dito que estava lá. ― Ele tinha
pensado sobre a tentativa de procura-la, mas a Califórnia não era um
estado pequeno, e havia tanta coisa para fazer.
— Eu não poderia ser tão ousada. Você estava ocupado. Não teria
razão para incomodá-lo.
Ele não a queria tão tensa com ele. Uma vez, há muito tempo, ela não
era.
Um flash saiu atrás deles e Yvette virou-se para ver uma mulher tirar
outra foto. Ao contrário das outras mulheres, a intrusão não parecia
incomodá-la, e a atenção não parecia excitá-la.
— Eu prefiro que você não vá. ― De jeito nenhum que ele queria que
coisas terminassem tão rapidamente. — É mais fácil eu expulsá-los e você
ficar.
Era como se os anos nunca tivessem passado, exceto que agora ela
estava mais madura e mais velha, o suficiente para aumentar seu
interesse.
— Então.
— O quê?
— Como é que você foi para a luta sozinha? ― Deixando seu braço ao
redor dela, Cannon deixou as pontas dos dedos provocar a pele quente e
elegante de seu ombro. —Seu namorado não gosta de MMA?
— Por que não? ― Ele apertou a coxa dela. — Nós somos amigos.
— Mas o que?
Por motivos que ele não queria explorar demais, ele estava feliz em
saber que ela não estava com ninguém. Ele deu-lhe um puxão suave no
rabo de cavalo.
— Sinto muito.
Ele gostava de como ela colocou, como se o ver lutando fosse especial.
— Minha melhor amiga queria ir, mas ela não podia sair do trabalho.
Então, eu fui sozinha. ― Ela levantou os ombros estreitos. — Nada demais.
— Assentos baratos?
— Oh. ― Uma vez mais fascinada com o logotipo em sua camiseta, ela
murmurou ― Assentos da arquibancada. Eles não são muito ruins.
Sem sequer pensar nisso, Cannon continuou a brincar com seu cabelo.
— Eu nunca flerto.
Isso foi tão oposto do que ele estava pensando, ele sorriu.
— Você não fez. Você me evitava o quanto podia, e quando você não
conseguia, tinha o cuidado de não ser muito próximo. Eu entendo o porquê
agora. Mas naquela época...
— Você é uma das mais bonitas, a mulher mais sexy que eu já conheci.
Claro que eu gostava quando você olhava para mim. ― Mas pensava que
ela era muito jovem, e ele estava tão determinado a fazer sucesso no MMA
que, como ela disse, ele a evitou.
— Obrigada.
Observando seus dedos em torno do seu cabelo fez pensar sobre ele
provocando-o da mesma forma.
— A cerca de?
— Como eu... Fui para você. É que depois de tantos anos de incerteza,
eu finalmente terminei a escola e fui capaz de ter um pouco de
independência. Não que eu estava planejando deixar o vovô.
— Eu o amava muito.
— Eu sempre achei que você tinha dezoito anos. ― Mais tarde, antes
de partir, ela lhe disse que tinha quase vinte anos.
Isso fez com que ela se lembrasse de tudo, o prazer dela desapareceu.
Até que ela desembarcou com Tipton Sweeny. Mas, novamente, ela
perdeu tanto tempo de escola...
Cannon poderia imaginar como eles iam pra cima dela. Com a forma
que ela parecia, ela teria sido o sonho molhado de cada menino de escola.
Ela fez isso muitas vezes, travava-se e voltava atrás dessa máscara de
mulher madura...
— Você era tão diferente, ― disse ela. — Eu acho que é por isso que eu
sempre me senti segura brincando com você.
Quando ela olhou para ele, desta vez, ela manteve o olhar
deliberadamente direto.
Ele estava aqui para Tipton, Cannon lembrou a si mesmo. Mas Tipton
estava longe de sua mente quando as pontas dos dedos roçaram seu
queixo, seu polegar roçando sobre o rosto macio.
— Todos vocês eram fortes, corajosos e tudo que fiz foi desmoronar.
― Rindo, ela cobriu o rosto.
— Graças a Deus.
— Eles nunca vão machucar mais ninguém. ― ela disse em voz baixa.
Cannon lembrava muito bem sobre esse dia, o quanto ele queria
protege-la. Ele evitou se envolver com ela, mas quando ele a viu tão
indefesa, quando ele sentiu o medo de perdê-la, tudo tinha se tornado
muito pessoal para ele.
Ele queria que, eventualmente, pudesse ser para ela mais uma
lembrança de um pesadelo.
— Aqui, em Ohio?
— Eu nunca disse...
— Temos muito sobre o que falar, eu sei. Mas você parece exausta.
Quanto tempo você está na cidade?
— Eu vim para o funeral há duas semanas, mas depois tive que voar
de volta para Cali, para cuidar de algumas coisas.
— Eu cheguei aqui ontem. ― Ela se sentou muito quieta até que ele
tirou a mão. ― Mas eu não voei desta vez. Eu dirigi.
De jeito nenhum!!
— Da Califórnia?!!!
— E dormir em hotéis?
— Às vezes.
Ele não tinha ideia do que ela fazia para viver, com que vivia na
Califórnia, ou se a viagem pesou em seu orçamento. Mas eles poderiam
conversar tudo isso mais tarde.
— Se você diz. ― O olhar dela foi para o queixo, e depois para sua
boca.
— Deixe-me dizer que não foi tão legal quando o cara despejou
cerveja em minhas costas. ― Olhos brilhantes sorrindo, ela se inclinou,
como se para compartilhar um segredo. — Eu tive que ir para casa assim.
Eu estava com tanto medo que um policial pensasse que eu estava
embriagada com base no cheiro de cerveja.
CAPÍTULO 03
Cannon observava, Yvette forçou uma expressão de respeito educado,
ajustou sua postura e alisou o cabelo. Para fazer uma boa impressão? Com
seu grupo de amigos, ela não deveria ter se incomodado, com o rosto e
corpo que tem, ela só precisava se sentar lá e eles todos estariam babando
por ela, falando com ela, e se ele não definisse alguns limites, eles
provavelmente dariam em cima dela, também.
— Perguntou seriamente?
Cannon bufou, mas como Yvette tomou a mão de Armie, disse a ele:
— Yvette Sweeny...
— O prazer é todo meu. Você tem que deixar o senhor pra lá, apenas
Armie ou algo mais perverso que queira me chamar.
— Perverso?
Cannon o empurrou.
Armie se endireitou
Denver chegou mais perto dela, algo que Cannon não deixou de notar.
Com uma mão no assento da cabine atrás de seu ombro, ele sorriu para
ela.
E Cannon decidiu que ele seria o único lutador que ela conheceria.
Ele começou com Denver, que estava mais próximo a ela, e trabalhou
seu caminho de volta para os outros. Cada um deles a avaliava curioso,
principalmente porque ele nunca esteve com uma mulher tão normal, ele
não se importou. Mas esta era Yvette, e isso fez uma diferença enorme.
Yvette era muito sexy. Seus olhos eram marcantes, a boca exuberante,
um olhar... E aquele riso macio, contido... Ele deixou escorrer o riso sobre
ele.
Só que agora ela estava rindo com outros homens, caras que não
precisam de muito incentivo para se intrometer.
— Não.
Armie riu.
— Você não deveria estar entretendo uma menina mais tarde hoje?
Armie não era conhecido por sua consideração para com o sexo frágil,
exceto talvez na cama.
Falando alto o suficiente para que todos possam ouvir, Cannon disse:
O jeito que ela olhou para eles de seu assento fez seus olhos
parecerem ainda maiores e mais inocentes. Ela baixou os cílios e todos eles
pareciam prontos para cair a seus pés.
Isso começou uma nova rodada de piadas, Armie disse com uma
cadência provocante.
— Tchau, Yvette.
Ela sorriu.
— Tchau.
— Eu tento ser. ― Antes que ele pudesse questioná-la sobre isso, ela
disse: — Será que eles lutam profissionalmente, também? Eu não
reconheço qualquer um deles.
— Sim, e muito mais. Ela não foi tímida sobre as várias partes do
corpo que ela perfurou. Armie jurou que era quente.
— Denver já está com a SBC, mas ele está entre as lutas agora.
— Sim, é ele. Ele tem que coloca-lo em um rabo de cavalo quando ele
luta.
Ah, então ela tinha notado!! A maioria das mulheres comenta sobre o
olhar predatório de Denver, geralmente Denver também fala sobre isso.
Cannon ficou satisfeito que Yvette não reagiu como outras reagiam.
O telefone dela fez um som; ela olhou para ele, enquanto dizia:
— Miles é bom, também, está fazendo um nome para si. E Stack está
chegando lá. Ele ajuda Armie no centro algumas vezes por semana.
— O que agora?
Ele duvidou que fosse verdade e mesmo que fosse, ele não se
importava.
— Tudo?
Ele já disse a ela que queria estar envolvido. Não há razão para tentar
fazê-lo desistir. Ela ia descobrir logo que ele não ia recuar.
Droga. Ele não queria nada disso. Mas Tipton havia confiado nele para
dissuadi-la de vender. Seu avô queria que ela ficasse em Warfield, para
reivindicar como seu lar. E agora, depois de vê-la novamente, Cannon
queria o mesmo.
Bem, inferno. Ele tinha esquecido completamente que ele tinha feito
planos alternativos.
No início da noite, pensando que ele não iria ver Yvette até amanhã, e
estava no limite, ele fez um arranjo anterior.
Mas uma vez que ele viu Yvette, ele esqueceu tudo sobre a mulher
agora se agarrando a ele. Ele tinha que descobrir uma maneira de se livrar
dela sem muito insulto, porque nenhuma maneira no inferno que ele
estava deixando Yvette ir até terem algumas coisas resolvidas.
***
— Mary, ― ela informou com uma risada, o abraçando com mais força,
correndo os dedos sobre seus bíceps sólidos.
Porra, mas Yvette invejava isso. Mais de uma vez esta noite ela queria
fazer o mesmo. Cannon tinha um corpo que implorava para ser tocado. Ela
queria explorar todos aqueles músculos salientes e duros planos.
— Certo, Mary. ― Mesmo em pé, ele ficou perto do banco de modo que
Yvette não poderia deslizar para fora. ― Sim, eu sinto muito, mas meus
planos mudaram.
Yvette olhou. Ah, não. De jeito nenhum que ele iria cancelar algo por
causa dela. Ela queria que ele a visse como uma pessoa melhor agora, não
uma pessoa que incomoda.
— Ah, que bom, ― disse Mary. — Eu estava com medo que vocês dois
estivessem juntos.
— Na realidade...
Oh, Deus, depois de estar no centro de uma das maiores cenas que a
cidade já tinha conhecido, ela odiava estar causando mais transtorno e ela
odiava especialmente se sentir culpada.
— Eu estou em casa.
— Sozinha?
— Por que não? É a minha casa agora. ― Ela não era uma criança que
precisava de supervisão de um adulto. E se as memórias voltassem pra lhe
atormentar, bem, ela lidaria com elas.
— Você vai? ― Nem uma única vez ela considerou essa possibilidade e
nem faz sentido. — Você tem uma casa já.
— Rissy vive lá agora. Eu dei a ela. Um par de meses atrás, ela trouxe
um colega de quarto.
— Sim, ela vai. Mas ela foi para o Japão comigo e ela ainda está lá,
esticando o período de férias. Eu duvido que sua colega de quarto, que é
mulher ― e também está no Japão, mas Yvette não precisa saber — iria
apreciar eu me movendo sobre ela. ― Foi apenas uma pequena articulação,
e Cannon não se importava em ocultar as coisas um pouco para conseguir
o que queria.
Em vez de sair, Mary ainda perto, fez Yvette ficar mais perturbada.
— Mary, ― Cannon disse: — Não vamos falar aqui? ― Ele tentou leva-
la para longe.
Ela resistiu.
— Você é aquela mulher que foi estuprada, aquele que quase foi
incendiada.
Mary, porém, não parou. Yvette não poderia dizer se ela estava
excitada ou verdadeiramente simpática. Ou querendo irritar.
Mary protestou que não, ela não entende nada, mas Cannon já havia
puxado Yvette fora do assento da cabine. Mantendo-a firme em seu braço,
agarrou sua bolsa e empurrou-a para frente.
Corpos lotavam o bar, mas Yvette mal notou. De forma mecânica, ela
manteve o queixo para cima, mesmo quando as palavras de Mary
reverberaram em seus pensamentos uma e outra vez. De alguma forma,
elas pareciam duas vezes mais condenáveis quando se fala em voz alta. Ela
tinha sido coagida a assistir outra mulher ser brutalizada. A realidade
espremeu todo o ar de seus pulmões.
— Quase lá.
Ela tinha sido uma vítima, ela se lembrou. Realisticamente, ela sabia,
mas não tinha nada a ver com o emaranhado de emoções, que às vezes a
bombardeava com vergonha, sempre na vanguarda.
Sabendo que ele esperava que ela sentasse, em vez disso ela se
defendeu. Não com raiva, mas com determinação.
— Besteira.
— Você não tem que fazer isso, Yvette. ― Ele procurou seu rosto. —
Não comigo.
— Eu não sei o que você quer dizer. ― ela tentou colocar sua máscara
de contentamento de volta no lugar.
A borda de seu punho tocou sob seu queixo, erguendo o rosto para
que ela não pudesse evitar seu escrutínio de sondagem. Assim, muitas
sensações irromperam: nervosismo, excitação, necessidade. Ela mordeu o
lábio inferior e literalmente sentiu quando seu olhar se transferiu para a
boca.
— Então, você não esteve em muitos encontros nos últimos três anos.
― Ele indicou a cadeira. — Vamos conversar.
Ela teve bastante conversa por uma noite. Agora ela só queria fugir...
Todas as lembranças e insultos de Mary, o carinho sedutor de Cannon, a
exposição de velhas feridas. Mas fuga seria covarde e, por Deus, ela não
iria regredir.
— Não.
— Por quê?
Rowdy entrou em cena, uma coca em cada mão. É evidente que ele e
Cannon se falaram anteriormente, dada à forma descontraída que eles se
cumprimentaram.
— Hum, sim. Oi. ― Por um momento, sua língua ficou presa. Rowdy
Yates era tão... De jeito nenhum ela teria se esquecido dele, mas... — Eu
estou surpresa que você se lembra.
Sua atenção, tão amigável quanto poderia ser, não ajudou a acalmar o
batimento de seu pulso.
Oh, Deus, cada vez pior. Yvette tentou um olhar sobre Cannon, mas de
alguma forma, ele parecia mais divertido do que Rowdy.
Querendo saber o que isso significava, Yvette assistiu Cannon, mas ele
apenas balançou a cabeça.
—Obrigado.
— Sim, me desculpe.
Bem, ela não. Mais uma vez, ela quis protestar, mas com Rowdy entre
eles, seria rude interromper.
— Como você se sentiria sobre anunciar uma noite que você vai estar
por aqui? Pode ser em uma semana ou duas? Isso vai dar tempo a você
para se adaptar, e esperamos evitar aglomerações nesse meio tempo.
— Uma ou duas semanas? ― Seu tom chocado caiu sobre sua fachada
educada. — Você vai ficar todo esse tempo?
Felicidade floresceu, mas ela negou. Ok, isso seria fantástico. Ainda
era inesperado. Ela havia assumido que ele faria isso num par de dias, no
máximo, tempo suficiente para ela explicar que ela iria lidar com tudo, em
seguida, enviar-lhe o seu cheque uma vez que as coisas fossem resolvidas.
Ele disse que sua irmã ainda tinha a casa da família aqui, e ela sabia que ele
visitou muitas vezes, mas pelo que ela entendeu, sua vida estava agora em
Harmony, Kentucky.
— Nosso porão.
Oh, meu Deus. Agora ele considera a casa de seu avô deles? Claro,
tecnicamente era, mas ela não esperava ele fazer valer os seus direitos,
além de querer uma rápida venda das propriedades.
Rowdy riu.
— Algo assim.
Com os dois homens olhando para ela, Yvette quase se contorceu. Eles
estavam insinuando que ela havia complicado as coisas? Ha! Ela fez o seu
melhor para tornar mais fácil para Cannon. Ele foi o único a ser difícil.
— Pode deixar.
— Solte seu cabelo, ― Cannon sugeriu, mas a maneira como ele disse,
fez soar sexual em vez de sensato.
— Está tudo bem. ― Ela deixou cair sua mão, então, foi direto para sua
principal preocupação. — Você realmente tem a intenção de ficar em casa?
— Aham.
Só de olhar para ele a fez respirar mais fundo. Depois, pensando sobre
ele fazendo isso com ela, também essa proximidade pessoal com ele, vendo
seu sorriso fácil e atitude modesta, foi o suficiente para mantê-la corada
com curiosidade sexual.
Ah, então ele esperava encontrar uma maneira altruísta para poupá-la
de ficar na grande casa onde todo o seu trauma havia ocorrido.
— Sim, eu vou. ― Ele tem que perceber, ela não precisa ser salva. —
Isso é um problema?
Em vez disso, ele desenrolou aquele corpo longo, alto, até que ele
estava sobre ela. Muito perto. Tão perto que ela sentiu o calor que irradia
fora dele.
— Se você diz.
Pegando seu braço antes que ela desse um único passo, Cannon usou
seu polegar para acariciar sua pele.
— Não ― não mostrando sinais de ofensa, ele pegou seu outro braço,
também. — Apenas você e eu.
A maneira como ele olhava para sua boca a levou a lamber os lábios.
— Então...
— Nós, juntos. ― Sua voz era mais profunda, mais áspera. — Fazendo
uso das camas.
Quando ela só olhou para ele, ela viu o sorriso em seus olhos
segundos antes que sua boca tocou no canto da dela.
— Oh. ― Ele queria ter relações sexuais com ela. — Você está dando
em cima de mim?
— Estou feliz.
Sabendo que ela tinha que ser justa, Yvette tentou explicar.
— Você pode querer repensar as coisas. Com Mary, quero dizer. Veja...
Eu não... ― Haveria uma maneira educada para colocá-lo? Não, não havia.
— Faço isso.
— Não pode? Não vai? ― Ele procurou seu rosto. — Escolha uma.
Duvidoso, seu olhar vagou sobre ela da cabeça aos pés e vice-versa.
— Não. ― E agora, com ele tão perto e tão... Focado, ela se arrependeu
mais do que nunca.
— Não, mas isso foi naquela tempo, e agora... ― Ela esfregou a testa.
— Desculpe se estou confundindo você. Mas eu não faço nada disso mais.
Quero dizer, namoro, sexo ou qualquer coisa. Então, de qualquer maneira,
você vê, não há problema. ― O sorriso dela caiu. Mais discussão não ia
fazer nada disso melhor. Sabendo disso, ela recuou um passo, depois
outro. — Eu vou sair agora.
— Então... Eu vou ver você lá. Sempre. Não se apresse por minha
conta, no entanto. ― Ela voltou pela porta. — Eu acho que Mary ainda está
esperando por você.
— Esqueça Mary.
— Sim.
—Chaves da porta?
— Você não tem que! ― Mais do que qualquer coisa, ela queria evitar
outro confronto até que tivesse sua inteligência de volta e pudesse falar
sem soar como uma idiota. Ela poderia conseguir isso estando em seu
quarto com a porta fechada, antes que ele aparecesse. Amanhã de manhã...
Bem, ela iria se levantar cedo, como de costume, talvez ir para uma
caminhada, para limpar a cabeça e ajudar a recolher seus pensamentos.
Ela não esperava que ele fosse querer continuar de onde tinham
parado.
Mas desde que ele fazia, e uma vez que ela não podia, ela tem que
descobrir uma maneira de explicar tudo a ele, sem realmente desnudar
sua alma.
CAPÍTULO 04
— Isto?
— Me proteger.
Não, talvez ele não fizesse. Mas ele queria. Muito. Inferno, ele estava
meio duro e tudo o que ele conseguiu dela foram negações, rejeições e
divertimento ao seu interesse.
E aquela estória estranha sobre ela não ter relações sexuais. Ele
colocou a para frente, e ela relutantemente cedeu.
— Isso é inútil.
— Calma, vamos.
Ele queria estar com ela, e isso era tão importante, ele ficaria. Ela
pode não perceber isso, mas quanto mais ela tentava correr dele, mais
determinado ele estaria em ficar.
— O que?
Bufando, ela cedeu, não lutaria mais com ele enquanto caminhavam,
mas ainda mantinha sua mão tensa.
Ainda bem que ele tinha um ego saudável. Ele a sentiu querendo
evitar algo, mas ele não estava convencido de que era ele. Havia algo mais
acontecendo. Ele planejou descobrir.
— Que diabos?
— Você a insultou.
— Feliz agora?
Ela engasgou.
Ele não tinha certeza se acreditava nela ou não, mas isso realmente
não muda nada, de qualquer maneira.
— Você o conhece?
— Ele é um amigo...
— Aconteceu rápido.
— Sem problema.
— Foda-se.
— Ela é um problema.
Ella levou um minuto para saltar o seu olhar para trás entre eles,
antes de suspirar dramaticamente.
Cannon sorriu atrás dela. Ele e Ella se deram bem desde o início,
quando ele trabalhava no Rowdy. Ela brincou, mas nunca, nem uma vez,
realmente deu em cima dele. Ele estava disposto a apostar que o mesmo
era verdade para seu tratamento com Rowdy.
— Ainda não sei. ― Ele deveria ir para casa? Yvette foi clara sobre
suas preferências. Ela não o queria lá.
— Sim, você é legal o suficiente. Então, aqui vão alguns conselhos bem
intencionados, quando em dúvida, vá com seu intestino.
— Significado?
— Você quer ir para ela. Eu posso ver isso. Inferno, todos aqui podem
ver.
— Cannon?
Droga, desde que ele sempre confiou na intuição de Rowdy, uma nova
urgência o agarrou.
— Até amanhã.
Yvette pode não precisar dele para estar aqui com ela agora, mas ele
precisava.
Deixando seus sapatos ao lado da cama, ele não fez nenhum som
quando ele retornou a sala, parando na porta de Yvette para ouvir, mas
estava tão tranquilo que ele a imaginou segurando a respiração. Por mais
difícil que possa ser ele não iria perturbá-la.
Em vez disso, ele foi até a cozinha, onde uma baixa luz brilhou sobre o
fogão. Se ela continuasse com isso, a conta de energia elétrica iria subir.
Mas ele não iria reclamar.
E ele ia ficar perto. Para o futuro próximo, ele iria protegê-la, ela
gostando ou não.
***
Se ele tivesse alguma dúvida sobre ela se esquivando dele, ela foi
agora confirmada.
Ele estaria mais preocupado, se não fosse pelo bilhete que ela deixou
em frente à cafeteira que dizia: “Sirva-se”, assinado com um feminino e
encaracolado Y.
Apenas alguns minutos depois das 7h, o sol da manhã invadia a janela
da cozinha, derramando luz âmbar quente ao balcão e chão. Hoje seria um
dia muito quente.
Depois de uma noite quase sem dormir, onde ele ponderou uma dúzia
de diferentes cenários, ele havia planejado um confronto com Yvette. Ele
esperava estar lá na cozinha, alerta e pronto para resolver a confusão,
quando ela saísse de sua cama.
A ideia de que ela poderia estar fugindo dele formou o desejo cru,
impulsionando para possuí-la. Preenchido com a necessidade predatória
para perseguir e apanhá-la. Ele caminhou, amaldiçoando a si mesmo por
não ter seu número de telefone, mas ele não esperava que ela fugisse na
noite passada, e ele com certeza não esperava encontrar a casa vazia esta
manhã.
Como ele já havia notado, a iluminação era acima do nível, ele gostaria
de sugerir sensores de movimento. Com gatos de rua ou algum bicho
ocasional, eles poderiam ser um incômodo, mas seria melhor do que
iluminar toda a vizinhança.
Ela podia negar tudo o que ela queria, mas sabia que seria o mesmo
para Yvette. Ou pior. Muito pior.
Voltando ao andar de cima, ele ligou para Armie. O telefone tocou seis
vezes antes de seu amigo responder com a respiração rápida.
— Está atrasado.
Huh. Isso significava que seu encontro não esperou por ele depois de
tudo? Pronto para marca-lo, Cannon disse:
— Sim? ― Nada de novo para Armie. Soando tão sério como podia,
Cannon perguntou: — Qual é o nome do outro cara?
Ele? Ele sabia como seria essa conversa, mas ele disse apenas:
— Eu disse a elas que você não viria. Disse que você era um virgem.
— Mentira.
— Ok, eu disse a elas que você era um leigo ruim. Tanto faz. Elas se
estabeleceram para mim.
— Puxa, obrigado.
Cannon sorriu. Não importa o quão tarde Armie ficou fora durante a
noite, às vezes durante toda a noite, ele ainda aparecia no centro de
treinamento bem cedo, e sempre saltou certinho em seu treino. Ele era
fanático por ficar em forma, sobre ser saudável.
— Sim, desculpe. Só queria que você soubesse que eu não vou por
mais algumas horas.
— Sim, mas não da maneira que você quer dizer. ― Difícil dormir com
Yvette quando ele não podia leva-la a ficar em um lugar por tempo
suficiente até mesmo para beijá-la. Talvez da próxima vez que ele a visse,
ele iria cuidar disso direito, em seguida, descobrir o resto. — Tem algum
tempo livre esta semana?
Mas isso iria coloca-lo muito perto de Merissa e Cannon não gostava
dessa ideia, então, ele emitiu outra advertência, esse mais direto.
Armie bufou.
Silêncio e em seguida:
— Uh-huhm.
— O quê?
— Você é todo nobre, eu não duvido. Isso é apenas você. Mas você
também está observando para começar a atacar, então, apenas admita.
Se fosse qualquer outra mulher que não Yvette, Cannon teria apenas
concordado e deixado ir. Mas com Yvette, o protecionismo sufocando-o era
demasiado poderoso para ele brincar sobre isso com alguém, nem mesmo
seu melhor amigo.
— Armie...
Ele não era um homem que ficava tenso. Na SBC ele era conhecido por
sua cabeça fria e forma meticulosa. Mas agora, lidar com Yvette, sua
impaciência rivalizava com uma crescente onda. Ele precisava gastar
energia de alguma forma, seja decolando em seu próprio movimento,
batendo em algo... Ou talvez se entregando a um longo e quente chuveiro.
Ele não queria ter ido embora quando ela voltasse, e ele ainda não
instalou um saco pesado, então, o chuveiro venceu.
— Olá?
— Cannon? Ah, bom. Eu tinha medo que você não iria responder.
— Frank?
— Senhor Whitaker.
— Estamos bem.
Seu riso era para ser provocante, mas em vez disso o incomodava.
— Fale de novo?
— Eu não sabia que você estava ajudando com isso. ― Ele tem seus
pés em movimento, mas não podia andar muito, não com o telefone ligado
à parede.
— Oficialmente, nós não estamos. Mas você sabe que Frank e Tipton
eram amigos, então, eu acho que as pessoas sabem que o local está à
venda. Achei que era o mínimo que eu poderia fazer.
— Entendo.
CAPÍTULO 05
Depois de ver seu carro ainda na garagem, Yvette teve que lutar
contra o impulso de fugir, novamente. Se suas pernas não parecessem
como macarrão e se o suor não embebesse sua roupa, ela seguiria
tentando. Mas após a caminhada estendida no parque, ela comprou café e
rosquinhas, fazendo hora, procrastinado e em tudo foi uma completa
covarde.
Com toda a sua evasão, ela só conseguia fazer as coisas mais difíceis,
porque agora ela se sentia completamente horrível.
Seu coração deu um soco em sua garganta, e depois caiu duro em sua
barriga.
Esses abdominais!
— Yvette.
Sua voz tinha deixado cair uma oitava, puxando seu olhar ao dele.
— Hum?
Ele pensou que era por isso que ela olhava? Bem, sim, as contusões
eram horríveis. Mas ela já viu o suficiente de fotos de lutadores para saber
que não era incomum ostentar evidências da batalha.
Antes que ela pudesse dar um único passo, ele se virou, e ela ficou
presa observando os músculos em seu corpo definido quando ele fechou a
pequena quantidade de espaço deixado entre eles.
— Não. Nunca.
Músculos longos mudavam com cada passo que dava. Água brilhava
em seus ombros. Seu cabelo ainda molhado enviando gotas em um
profundo sulco de sua espinha.
— Por quê?
— Eu não sabia que você corria. ― Seu olhar azul brilhante se moveu
sobre ela, provavelmente vendo a roupa encharcada de suor e a brilhante
pele corada. — Precisa de algo para beber?
Ela precisava que ele vestisse umas calças antes que ela desmaiasse.
— Não, eu estou bem. ― Determinada a ser tão segura como ele, ela
desabotoou o cinto da bolsa em volta da cintura, removendo a garrafa de
água vazia, colocando isso e seu telefone celular sobre a mesa.
Cannon lhe deu um longo olhar, virou-se para a geladeira e tirou uma
garrafa gelada de água. Ele tirou a tampa e colocou-a na frente dela.
— Eu preciso de um banho.
A mão em seu ombro apertou suas costas. Com seu tom de voz até
mesmo legal, Cannon disse:
Ele, literalmente, pairava sobre ela com toda essa carne nua próxima
e tão íntimo. Os olhos dela no nível de seu pequeno mamilo marrom, com o
pelo escuro escasso em seu peito. Ela podia sentir seu sabão e algo mais.
Algo quente e sexy do sexo masculino.
— Eu irei.
“Graças a Deus”.
No segundo que ela o tocou, ele estava parado, em seguida, seus olhos
se estreitaram e sua mandíbula flexionou.
— Nós estivemos envolvidos por mais de três anos. ― Muito sério, ele
cobriu a mão dela com a sua, mantendo-a presa contra seu corpo. Seu
cabelo no peito envolvendo a palma da mão fez a respiração mais difícil
ainda. — Não importa quanto tempo tem sido ou quão longe você esteve.
Há algo entre nós.
— Diga o que você quer. ― Inspirando uma dose de razão em seu tom
de voz, ela disse: — Se vista enquanto eu tomo banho e, em seguida,
continuamos...
Por que ele sempre tem que soar tão controlador e intimidador?
— Sim, desde que você tem me evitado. Dando uma chance, você pode
decolar novamente.
Sua boca não sorriu, mas, caramba, ela poderia dizer que ele gostava
de sua reação extrema.
Quando ele continuou a observá-la, ela trocou seus pés, tentou cruzar
os braços, mas não havia maneira de esconder.
— Não, ― ele afirmou, — você não está. ― Ele arrastou uma cadeira
perto dela e sentou-se.
Com os joelhos quase tocando os dela, ele olhou para as pernas, seu
short confortável e a camiseta úmida.
— Ok, você talvez perca os sapatos, também. ― Seu foco agora em seu
peito, ele continuou. — E você sabe, eu estou apostando que o sutiã
esportivo não faz o suficiente para evitar que fique sexy.
— Ninguém...
— Mas...
— Perto o suficiente.
— Yvette.
Yvette não tinha ideia do que ele queria dizer com aquilo, até que ele
veio para frente e pôs a boca direito na dela. Quase lá. Tocando levemente
em uma tentativa.
O comando sexy a fez ofegar, o que era apenas a oportunidade que ele
queria.
Fazia muito tempo desde que ela tinha sido beijada, especialmente
desde que ela tinha sido beijada assim.
Quando ele deslizou a mão para cima, para a beira de seu short, ela
finalmente recuperou seu juízo.
Ela empurrou de volta tão rápido que ela quase caiu da cadeira. Por
uma fração de segundo, eles olharam um para o outro, seu olhar ardente, o
dela - embora provavelmente não soubesse - cheio de remorso. Ambos
respiravam muito rápido.
— Não fuja de mim, ― ele disse baixo, a boca tocando seu ouvido. —
Juro por Deus, Yvette, só me faz querer persegui-la.
Se ele realmente a pegasse, ela não teria nenhum problema com isso.
Mas ela sabia o que ele não faria, então, ela tem que ser a única a parar.
— Eu sinto muito.
— Não sinta. ― Sabendo que não seria capaz de lidar com isso se ele
ficasse em sua toalha maldita, ela perguntou:
Uma negociação? Então, ela teria que negociar para tê-lo vestido? A
ironia a atingiu: a maioria das mulheres estaria tentando roubar sua
toalha, não insistindo para colocar sua roupa.
Quando ela descobriu o que seu avô fez, não teve uma vez que ela não
imaginou essa cena como uma consequência. À exceção de um momento
A lógica a fez pensar que Cannon, agora uma estrela mundial, com
muitas exigências sobre seu tempo e sua escolha de mulheres, faria um
rápido acordo para deixá-la cuidar dos negócios. Para o bem de seu
coração ferido, ela contava com o seu único envolvimento, que é aquele de
papéis e assinatura e, em seguida, aceitar o que era dele.
Em vez disso, ele se mudou com ela, por quanto tempo? E usou seu
corpo para insultá-la, para tentá-la em algo que ela já sabia que não
poderia ter.
***
Seu impacto sobre ele foi o mesmo que três anos atrás, quando ele a
beijou pela primeira vez. Ela começou uma coceira que nunca foi embora,
e em vez disso tinha crescido e quase o consumiu. Agora, ele não tem a
desculpa de consolá-la, de tentar distraí-la da dura realidade.
Mas ela se esquivou como uma virgem. Ou pior, como uma mulher
ferida. E por alguma razão, caramba, que o fez agir como um Neandertal
maldito, quando ele nunca foi tão intenso em seus encantos com as
mulheres.
Maneiras que ele ainda não queria nomear. Inferno, eles só tinham se
reunido por um dia. Menos, considerando que ela tinha passado grande
parte desse tempo evitando-o.
Quando o telefone que ela deixou sobre a mesa fez um barulho, olhou
para ele.
Humm. Um comentário sobre a imagem que ele tirou com ela? Ele
queria saber, mas não queria invadir a privacidade dela o suficiente para
verificar o telefone por mais detalhes.
Se fosse qualquer outra pessoa que não Yvette, seria divertido ficar
com seu peito e pernas expostos para instigar. Ele não conseguia se
lembrar de qualquer outra mulher exigindo que ele se vestisse. Inferno, se
ela assistiu as lutas como alegou, ela muitas vezes o viu em nada mais do
que calções.
Claro, que não era tão de perto e pessoal. Não estava perto o
suficiente para sentir a sua luxúria e sentir a sua necessidade.
— Cannon?
— Sente-se melhor?
— Sim. ― Sua mão tremia quando ela enfiou o cabelo molhado atrás
das orelhas.
— Você comeu?
— Um donut no parque.
— Foi por isso que você ficou fora por mais tempo?
Desde que ele fazia o mesmo, ele entendeu. Ele caminhou até onde ela
estava, resistindo ao instinto de tocá-la.
Ela parecia tão horrorizada que ele levantou uma sobrancelha. Ele
pensou que ficar na casa, nesta casa, a incomodava. Mas talvez não.
— Um pouco.
— Você não está. ― Como ela poderia se intrometer quando ele queria
passar todos os momentos disponíveis com ela? Sem pensar ele tomou o
seu telefone do bolso. — Antes que eu esqueça, qual é o seu número? Eu
não gosto de não ser capaz de chegar até você.
— Sim.
Aquele beijo... Não deveria ter sido um grande negócio, mas ele
perdeu completamente a si mesmo. Ele tinha a intenção de tornar a ter
uma pequena amostra, para provocá-la, para apaziguar a sua curiosidade.
Tudo o que ela fazia, cada expressão facial, cada pequeno gesto,
parecia projetado especificamente para transformá-lo. Ele sabia que não
era deliberado.
— Falando de Facebook...
— Estávamos?
— Quem é Heath?
— Como você...
— Yvette?
Besteira.
— Ele é o cara que você disse ter rompido antes de ir para a luta?
Ciúme arrepiou, caramba. Então, ela deu a volta. Ele tinha imaginado
muito. Só de olhar para ela, mesmo com ela tentando não mostrar o seu
melhor, ele sabia que caras iriam correr para ela.
— Como assim?
Com os dedos, embalou seu rosto e seu polegar vagou sobre sua boca.
Contra seus dedos, seu rosto se aqueceu.
— Aqui, em casa.
Droga, por que ela insiste em lutar com ele sobre cada pequeno
detalhe?
Enquanto pensava nisso, ela lambeu os lábios e ele teve que engolir
um gemido. Porra, mas ele queria beijar essa boca novamente, saboreá-la
mais profundamente, mais tempo.
— Você.
Interessante.
— Não importa.
Ele a veria.
Mas, por enquanto, ele esperava aceitar suas negativas, sem assustá-
la.
Em cima de tudo isso, ele se moveu sobre ela. Para o mundo ele
poderia alegar motivos amigáveis e carinhosos. A necessidade de protegê-
la do medo, das lembranças feias, definitivamente existia.
Mas sendo honesto consigo mesmo, ele teve que admitir que sua
intenção se centrava principalmente em leva-la para cama. Se não
estivesse tão crua sua necessidade dela, se ele não se sentisse como se
tivesse sofrido três anos de preliminares pesadas, ele poderia ter recuado,
dado a ela algum espaço.
— Quem?
— A assistente do advogado.
— Oh. ― Por um breve segundo, seus cílios grossos foram para baixo
quando ela fechou os olhos. Quando os abriu novamente, ela murmurou.
— Desculpe.
Ela levantou.
— Eu não esperava uma oferta tão rápida. Fui lá apenas uma vez. Eu
realmente não sei o quanto vale ou...
— Faz?
— Ah, certo. ― Ela foi até a pia, tão longe dele quanto ela poderia, sem
realmente sair da cozinha. Recostando-se em uma pose semelhante à sua,
ela disse: — Eu sou uma vendedora eBay. ― Sem ele perguntar, explicou.
— Eu aprendi muito trabalhando na casa de penhores, e o eBay parecia
uma maneira fácil de usar o que eu sei. Eu coloco as coisas de outras
pessoas para leilão com uma comissão paga para mim. Mas eu também
compro coisas de quintal e mobiliários a vendas, e itens de fim de estoque
para revender.
— Eu não estou ficando rica, mas eu sou capaz de viver por conta
própria e economizar para um dia chuvoso. ― Inquieta, ela saiu de perto
da pia e começou a andar de novo. — Minha amiga Vanity trabalha comigo.
Ambas podemos fazer qualquer trabalho, mas principalmente eu cuido de
adquirir e catalogar as coisas com as fotos, e ela manda e-mails ou faz a
entrega, após a venda. Na verdade, ela vai continuar a fazer isso com o
meu estoque remanescente na Califórnia.
longo e... Bem, ela é legal. Ela poderia ser uma boneca Barbie, exceto
porque ela despreza qualquer coisa rosa.
— Rosa?
— Nunca percebi.
— Eu não sei. Talvez. ― Ele queria que ela entendesse uma coisa. —
No entanto, você acha que sua amiga é...
Seu olhar caiu para a boca, depois o peito, até seu abdômen e além.
— Hoje à noite?
CAPÍTULO 06
Sem perceber, Yvette ficou na ponta dos pés, olhando para Cannon,
chegando mais perto.
Esse tom profundo a afetou e acariciou, até que ela percebeu o que ele
disse. Seus calcanhares aterrissaram no chão de linóleo com dissonante
impacto.
— Eu o quê?
— Mindi ligou, lembra? Você quer se encontrar com ela esta noite?
— Certo, desculpe.
— Cannon...
Ela sempre soube que Cannon era uma rocha sólida e mais sexy do
que qualquer cara deve ser. Mas ela não tinha percebido que ser um
lutador iria aumentar sua já considerável confiança e aprimorar sua
apelação, tanto emocional e físico.
— Essa deve ser a minha linha. ― Ele empurrou para ela. — Mais
beijos e eu vou ter uma ereção completa.
Percebendo que ela estava olhando para ele enquanto pensava sobre
sua ereção, Yvette tentou sair de seus braços.
— Ok?
O que ela poderia dizer? “Eu não quero começar algo que não posso
terminar?” Isso iria levar a mais perguntas e ela não tinha respostas
suficientes.
Sem querer, ela alisou as mãos sobre o peito. Havia tantos lugares
maravilhosos para tocá-lo, cada um mais atraente do que o outro.
— Isso, ou seja, nós aqui nesta casa juntos. ― Ela inclinou a cabeça
para analisar a reação dele. — Eu estou bem com a gente sendo atencioso.
É verdade que eu ainda estou um pouco nervosa sobre estar aqui e eu
apreciaria saber quando esperar você, ou quando... Quando eu poderia
estar aqui sozinha.
— Idem.
Certo. Certamente, Cannon não esperava que ela acreditasse que estar
na casa o perturbava. Ele era muito mais forte do que ela.
— Yvette...
— Ok.
Espere, o quê? Isso foi mais longe do que ela esperava e ela ficou em
branco.
Com nenhuma ideia do que ele queria dizer, ela balançou a cabeça em
confusão.
— Você com outra pessoa, eu com outra pessoa. Não é legal, certo?
Certeiro, não era como se ela quisesse vê-lo com outra mulher!
— Esqueça-a.
Isso foi tão impetuoso, tão ousado, que ela recuou um passo.
—Desde quando?
***
Engraçado.
Denver seguiu a direção de seu olhar e sorriu. Com seu longo cabelo
marrom metade para fora do prendedor, ele parecia mais um bárbaro do
que um bom instrutor para as crianças.
Pisando fora das esteiras, vestido apenas com shorts, Armie andou a
frente para encontrar seu amigo.
— Tudo bem. ― Ele olhou para Cannon. — Demorou, cara. Você está
apenas quatro horas atrasado.
— O que?
— Ah é, como assim?
Com todo o seu corpo espancado, Armie quase gemeu. Mas nunca na
frente de uma garota. Ele riu de Cannon.
Ok, então talvez ele não tivesse aproveitado isso ainda. Pobre coitado.
— Eu fui correr esta manhã, sem perceber que Cannon queria falar
comigo. Ele esperou que eu voltasse.
— Foda-se, Armie.
Cannon parecia pouco à vontade, mas só por um segundo. Ele não era
um homem que sofria com inseguranças de qualquer tipo. Ele se virou
para Yvette.
Armie sorriu.
Ela sabia que os lutadores muitas vezes brincavam com seus punhos.
E a sério, Armie não se proibia de um pouco de prática um a um com
Cannon, mas ele realmente não era para ele, se quisesse evitar perder a
face.
— O que?
Droga, ele não queria entrar nesta. Ele não podia entrar.
— Bisbilhotando onde?
— Vá em frente.
—Esta é diferente.
— Significa?
Sim, idiota. Explique. Armie levou um minuto para esfregar o seu rosto
com a toalha.
— Ei, eu durmo com elas, mas não significa que eu quero que elas
sejam abusadas.
— Sozinho?
Mais por instinto, ele fez o que tinha que ser feito para sobreviver.
Lembrar que tem musculos pode muitas vezes ser um salva-vidas.
Oh, merda, Cannon soava furioso, o que não era um bom presságio
para ninguém.
Isso o animou.
— Não é possível.
— Eu acho que foi o seu último namoro duplo que fez isso nele. ―
Com provocação deliberada, ele perguntou para Armie.
— Chicote?
— Vamos ouvi-lo.
— Porque não quis dizer nada. Era como... Eu não sei. Joias ou algo
assim.
Stack riu.
— Diz o homem que parece que alguém bateu o inferno ida e de volta.
— Caramba!
Quando Cannon olhou para ela, ele começou a respirar mais fundo.
— Nada.
— Sim, certo. ― Foi tudo que Armie podia fazer para não rir. — Você
parece que vai saltar em seus ossos a qualquer segundo.
— Eu entendi.
— Foda-se.
Vendo como seu amigo vibrou uma ameaça forçada, ele comentou.
Nisso, eles eram opostos totais. Era muito raro Armie negar uma
mulher a si mesmo.
Foi preciso uma mulher ainda muito rara para ele querer defender
sua honra. Estúpido, estúpido, estúpido.
— Harper?
— Sim. ― Todo mundo sabia que os dois eram um casal. Deus sabe,
Gage quase estragou tudo. Armie sorriu, lembrando-se. — Eles estavam
aqui na noite das lutas, também, mas eles estavam tão ocupados dançando
em torno de si, que eles perderam mais do que viram. ― Ele se inclinou,
balançando as sobrancelhas. — Gage arrastou-a para o escritório e eles
não apareceram até depois que sua luta terminasse. Harper tinha a
aparência de uma senhora bem-composta, e ela concordou em morar com
ele, então, Gage nos fez orgulhosos.
— Eles estão.
Canon deu um salto tão rápido, que Armie quase foi atingido com uma
cotovelada.
Quando ele chegou ao seu lado, ele disse — você sabe que vai fazer de
você um idiota, certo?
Denver fingiu estar em agonia, que era bastante ridículo, já que Yvette
agora mal segurava o dedo mindinho. Ela, também, continuou rindo, seus
longos cabelos derramando para frente, uma bunda muito encantadora em
exposição quando ela se inclinou em direção a forma deitada de Denver.
— Então, vá buscá-la.
—Por quê?
Ela era o tipo que Armie sempre evitou. — Tudo certo. Portanto, dê-
lhe algum tempo. — Ao ver a carranca de Cannon, ele perguntou: — Ou
isso é um problema?
Sim, agora seria um momento de merda para rir. Pode até mesmo
brincar com ele. Então, ao invés disso, Armie pigarreou. — Se ele está tão
longe, eu não vejo como...
Cannon transferiu seu olhar de volta para a senhora. Ela era estava
ocupada olhando com satisfação para o bíceps de um garoto, em seguida,
ouvindo atentamente quando um dos meninos mais velhos disse a ela uma
piada. Ela riu, bagunçou seu cabelo, e Cannon apertou todo.
Ele saiu para recolher Yvette, por isso ele não viu a surpresa de
Armie.
Agradável.
Ele espalhou a notícia. Ele não iria parar qualquer um dos caras
provocando Cannon quando podiam, mas eles também sairiam de seu
caminho para ajudar sempre que possível.
CAPÍTULO 07
Com ele.
Mas quando ela o beijou, o jeito que ela olhou para ele, ele sabia que
eles estavam na mesma página.
Por alguma razão, ela não queria estar. Por alguma razão, ela queria
negar a ambos.
Duas vezes mais, seu ex tinha tentado contato com ela. Mais uma vez
por texto, uma vez por um telefonema, que ela deixou ir ao correio de voz.
A ideia de que ela poderia estar presa a algum outro homem o fez mais do
que um pouco maluco.
Ele queria ficar sozinho com ela, mas por agora, com a sua política de
não intervenção, estar fora de casa era mais seguro.
Ela lhe deu uma cotovelada de leve. — Não seja modesto. Ele disse
que a maioria do equipamento veio de patrocínios que você tem.
— Ele trabalha com alguns dos lutadores para ajudá-los com suas
técnicas e mostrar-lhes como luta livre pode ser bem utilizado no SBC.
— Luta livre é uma grande ferramenta para trazer para o MMA. Mas o
ponto da luta livre é ter o seu adversário nas costas. Um monte de
lutadores entra naturalmente em pânico quando isso acontece. Mas para
uma verdadeira concorrência no SBC, estar em suas costas é apenas outra
posição ofensiva. Há uma série de apresentações que podem ser feitas a
partir de suas costas. — Casualmente, Cannon alisou o cabelo, em seguida,
colocou-o de volta atrás da orelha. Ele sentiu o silêncio que caiu sobre ela,
mas fingiu que não. — Armie trabalha com os caras para mostrar-lhes
como fazer a transição de movimentos de luta em habilidades de MMA.
— Sim. — Se pudesse, Cannon sabia que ele iria salvar cada criança
no bairro. Salvá-los da pobreza, de negligência, do abuso.
Ele não era um super-herói, então, ao invés disso, ele fazis o que
podis. Por sorte, caras como Armie transportam mais de uma carga
completa de responsabilidade. Denver, Stack, Miles, Gage... Todos eles
emprestam uma mão.
Cannon pega para ambos uma Coca-Cola. — Você foi muito boa com
os meninos.
Verdade. Mas ela estava aqui, agora. Com alguma sorte, ela ficaria. —
O importante é que você não deixe que ele te mude.
Ela deu uma risada sem alegria, que ela rapidamente sufocou.
Ele deu de ombros. Sua rotina seria acomodar a dela, mas ela
provavelmente não queria ouvir isso. — Eu estava pensando que eu iria
conversar hoje à noite com os caras. — conversa foi sua desculpa para
escapar do bairro, para garantir que tudo permanecesse certo e apertado
em seu próprio cantinho do mundo.
— Duas vezes por dia, todos os dias. É parte do que eu faço para ficar
em forma. Mas eu não vou ficar fora até tão tarde. — E no caso de ela
pensar em se esquivar-se novamente, ele acrescentou: — E eu sempre
acordo bem cedo, não importa o quão tarde eu fique acordado.
— Está tudo bem, — Cannon disse a ele. — Nós não vamos ficar muito
mais tempo.
Cannon reparou como Yvette tentou não olhar. Mas uma e outra vez,
seu olhar passou por cima de Denver. Ele não viu o calor de interesse em
seus olhos, apenas a boca aberta de uma mulher surpreendida por estar
perto de um homem quase nu, com os músculos latejantes de um treino.
Ele supôs que, se uma mulher ficasse na frente dele vestida da mesma
forma, ia distraí-lo, também.
— Eles são tão nauseante sobre isso, você acha que eles são recém-
casados.
— Uau —, disse Yvette com simpatia. — O que deve ter sido uma
desvantagem para ele.
Caramba. Ele não queria Yvette sabendo que a sua casa estava vazia, o
que torna o local perfeito para ele ficar. Agora é tarde demais, no entanto.
Mas antes que ele desse tudo, ele atirou um olhar à Denver. — Porque
pergunta?
— Sem razão.
— Tente novamente.
Cannon de pé, também. Porra, Denver queria ligar com Cherry. Ele fez
uma careta. —Você já deu em cima dela?
— Isso nos traz de volta ao início, desde que Cherry está vivendo com
a minha irmã.
Ouvir a palavra orgia na mesma frase com sua irmã fez Cannon rígido
de suas sobrancelhas até seus tornozelos. — Você...
Seu tom não augura nada de bom para ninguém. — Vamos apenas
dizer que não é o romance.
— Então?
— Jesus — disse Denver. — Será que todo mundo acha que eu estou
planejando merda pervertida ou o quê?
— Eu não sou tão radical como Gloria, — disse Yvette, um pouco alto
e muito rápido, e seus esforços para distrair tornou-se perfeitamente claro
para todos. — Mas elas são mulheres e não meninas.
— Sim, bem, todo mundo sabe que caras são densos. — Com irritação,
fez seu giro ao redor e saiu da sala de descanso.
1
Gloria Steinem é uma jornalista estadunidense, célebre por seu engajamento com o feminismo e sua atuação como
escritora e palestrante, principalmente durante a década de 1960.
— Como diabos vou saber se estou falando sério quando nós não
tivemos uma conversa privada ainda?
— Você me diz.
Com os olhos apertados, Armie se apoiou nele. — Por que você não
troca por um short e podemos trabalhar com isso na esteira?
— Ele não pode, desculpe. — Yvette disse, um pouco sem fôlego dado
que Cannon tocou ao longo de suas costas.
— Não? — Armie não tenha feito backup em tudo, assim Cannon não
tinha dúvida de que eles tocaram um pouco na frente, também. — Por que
não?
Cannon sabia que ela não podia perder o grande sorriso de Denver e
Armie, mas ela não tinha ideia de que, literalmente, ganhou a atenção de
todo o ginásio até que ela se virou e encontrou todo mundo olhando.
Seu rosto ficou quente. — Não, — ela sussurrou baixo. — Claro que
não.
Ela passou toda afetada e adequada. — Bem, é claro que dois homens
adultos não iriam entrar em uma briga real sobre algo tão bobo.
— Oh, Deus, — disse ela, vendo todo mundo ainda olhando para ela.
— É como se andar fosse um desafio.
***
— Claro. — O sorriso dela poderia não ter sido tão brilhante como ela
pretendia, mas estava lá. — Posso te perguntar algo?
—Armie e eu? Não, claro que não. — Sorrindo para a pergunta dela,
ele saiu e caminhou em torno do capô da caminhonete.
Porque seu caminhão era alto, longe do chão, ele a ajudou a sair e, em
seguida, permaneceu com as mãos na cintura dela, seu corpo bloqueando
sua visão da casa de penhores, perto o suficiente para ser um tampão da
escuridão que tentava insinuar-se.
Ela balançou a cabeça. — Não, está tudo bem. — De alguma forma, ela
faria isso.
E tanto amor.
Ela não percebeu quanto tempo estava ali de pé, até as mãos de
Cannon repousar sobre seus ombros e se inclinar para pressionar sua boca
em sua têmpora.
Quando Cannon abriu a porta mais larga para deixar entrar a brisa
úmida, Yvette caminhou até uma estante de metal, que era utilizado para
armazenar coleções de moedas. Em seguida, ela se virou para os balcões
de vidro, que seu avô tinha usado como uma área de recepção. Ele estava
estéril agora, mas ela ainda podia imaginar como relógios de ouro e prata e
uma variedade de joias tinham brilhado com as luzes fluorescentes.
Foi quando bateu nela, o calor ocupando lugares que não sabia que
ainda estavam tão vazios.
Claro que sabia. Ele tinha conhecimento de cada detalhe do que eles
tinham feito. Mas algo dentro de si exaltava as palavras, como se as
dizendo novamente, de alguma forma as levaria embora. — A mulher
estava drogada quando eles entraram. Nós só estávamos fechando. Eles
sacaram suas armas, fecharam as cortinas.
Que dia terrível, tinha sido apenas o início de seu pesadelo. Depois
que ela e seu avô tinham sido mergulhados em querosene, eles não
tiveram escolha a não ser assistir impotente, o estupro da mulher dopada,
tudo ao mesmo tempo, imaginando o que aconteceria com eles. Ela nunca
tinha visto seu avô tão impotente e com tanto medo. Por ela.
Mas quando os três homens tinham acabado com seu jogo doente,
eles fizeram as malas para ir, depois de advertir Yvette e Tipton sobre o
que aconteceria se eles chamassem a polícia.
Eles não tinham chamado, mas Cannon notou que as coisas estavam
erradas. Ele era assim, sempre tão vigilante quando se tratava de seu
bairro e os proprietários de pequenas empresas, que ele se importava. Ele
— Não.
Mas ela sabia a verdade, quer ele aceitasse ou não. — Eu vou vender
em um piscar de olhos, se é isso que você quer. Podemos chamar o
escritório de Whitaker e...
Uma pergunta tão carregada. Ela poderia dizer-lhe que ela queria ser
inteira novamente, que ela queria sentir, experimentar esse ponto
culminante especial quente do envolvimento sexual.
Mas isso seria colocar demais sobre ele. E, como outros homens
haviam feito, ele tomaria isso como um desafio para consertá-la. Ela não
podia suportar ir por esse caminho novamente.
Ela adorava quando ele a tocava desse jeito, quando sentia sua força
misturada com gentileza. Era um macho potente, combinação quente, e
ninguém nunca tinha possuído a mesma capacidade de fazê-la sentir
tantas coisas.
— Seu avô queria que você fosse feliz, — disse ele quando ela se
preparava para discutir. — Você sabe tão bem quanto eu, por isso não vá
lá. Em vez disso, seja honesta comigo. Diga-me o que faria você feliz.
Com seu sorriso aliviado no lugar também. — Sim? Ainda seria uma
casa de penhores?
Como ele tinha chegado tão perto sem fazer um som? Ela se virou e
ele estava bem ali, frente a frente com ela.
— É isso que você quer? — Ela poderia lidar com isso, talvez dar-lhe
uma porcentagem de lucros.
CAPÍTULO 08
Amanhã, Cannon decidiu, ele chamaria Mindi para dizer a ela que eles
estavam mantendo a casa de penhores. Hoje à noite, ele queria garantir
que as coisas fossem resolvidas com Yvette.
Ele disse a ela várias vezes agora, sempre com o mesmo resultado. Ela
o queria. Ele tinha certeza disso. Eventualmente ele a conquistaria.
Se ele tivesse alguma dúvida sobre ela ser feliz aqui, ouvindo-a agora,
colocou as dúvidas para descansar.
Seu avô estava certo. Este era o lugar onde ela pertencia.
Mas ele podia esperar pelo momento certo e, como Armie sugeriu,
talvez colocar algum esforço para seduzi-la. Esse pensamento o fez sorrir.
Sobre sedução.
Ela franziu a testa para ele com desconfiança e com relutância, voltou
sua atenção de volta para a TV.
— Quando você quer conferir o estoque que Tipton deixou para trás?
Ela tomou outro gole longo de seu shake, acabando com ele, então se
levantou para recolher as suas embalagens vazias. — Eu não me
importaria de verificar de imediato, apenas para que eu saiba o que tenho
para trabalhar. Talvez em algum momento amanhã. — No seu caminho
para a cozinha, ela acrescentou, — Eu vou ligar para Vanity em breve,
também.
Ela fez uma pausa no meio de colocar o lixo na lixeira, debaixo da pia.
— OK.
A mensagem soou em seu telefone. Sem olhar para ele, ela voltou para
onde tinha deixado sobre a mesa, olhou para a mensagem e desligou o
telefone sem responder.
— Tudo certo?
— Hoje à noite?
Isso e muito mais. Mas ele só assentiu com a cabeça. — Eu vou ficar
fora por algum tempo. — Ele colocou as duas mãos na cintura dela e
puxou-a para mais perto. — Você pretende ficar em casa? — Esperando
que ela pense sobre ele, sinta a falta dele um pouco.
Não é a resposta que ele estava esperando. Onde é que ela pensa em
ir? Não voltaria para o bar de Rowdy. Será que ela tinha outros amigos na
cidade?
Mais uma vez, ele arrastou-a para a cozinha. Felizmente a casa não
era grande, desde que Yvette parecia determinada a fazê-lo persegui-la.
Ela tinha colocado seu telefone em cima da mesa enquanto ela tirava
o saco de lixo da lata. Dane-se se outra mensagem não veio.
Ele deve definitivamente cancelar esta noite. Ele nunca ouviria o fim
de tudo dos caras, mas ainda assim, a ideia dela sentada em um cinema
sozinha...
Ele parou com uma mão em seu braço. — Vou leva-lo até a garagem.
Indecisão mostrou sua cara feia de novo antes dela empurrar a bolsa
para ele. — Bem. Divirta-se.
— Heath.
— Sobre você?
— Seus telefonemas?
— Ok. — Ela era tão defensiva sobre não ter mais medo. — Pega leve.
Cruzando os braços em torno dela, Cannon tentou não ficar ligado. Ela
queria afeto, não uma ereção.
Foi bom ela ter iniciando o contato desta vez. Esperemos que, como
ele, ela tenha começado a se sentir confortável, como se os três anos de
distância nunca tivessem acontecido.
Quando ela se inclinou para trás e olhou para ele, ela usava um
sorriso sincero. —Prometa?
— Tudo certo.
— Tudo bem.
Ela fingiu um bocejo. — Eu vou estar a muito tempo na cama até lá.
Cannon poderia dizer que ela estava tramando algo, ele só não sabia o
quê.
Ele tomou sua boca, longe de ser breve, longe tanto quanto ele queria.
— Eu aviso você.
Seu coração deu um salto. Para o inferno com sair. Se ela quisesse...
Droga. Cannon não lhe disse que ela estava empurrando-o para fora
da porta uma hora mais cedo do que o necessário. Ela alegou que não
poderia haver nada entre eles, mas ela tinha ido toda suave e disposta por
um simples beijo. Ele queria tempo para pensar, e ela parecia como se
quisesse alguma privacidade.
— Soa como um passeio. — Ele poderia ir com ela, parar para pegar
as coisas que ele achasse necessárias para a segurança da casa, talvez mais
alguns mantimentos, também. Seria um dia inteiro, especialmente se ele
fosse instalar tudo.
Apreciando a forma como seu rosto ficou rosado e ela respirou mais
fundo, Cannon tomou seu tempo puxando a camiseta.
— Sim, eu também.
Ela acenou com a mão em seu corpo. — Mas você está saindo de uma
longa viagem e você vai estar fora tarde, então...
De jeito nenhum ele quer que ela liste seus ferimentos, para
mencionar como ele tinha ferrado, ou como ele poderia ter quase perdido.
— Não é grande coisa.
— Seis.
—OK.
—Isso... Que eu sou especial para você. — Ela continuou. — Eu sei que
é por razões horríveis, que o que aconteceu parece que nos amarrou
juntos, mas... Eu ainda estou contente de tê-lo como um amigo.
Amigo, o inferno. Ele vai desiludi-la dessa noção muito em breve. Mas
não agora, quando ele estava saindo. — Eu também. — Tão natural quanto
ele conseguia, ele foi até ela e deu um beijo de adeus. — Não deixe de me
chamar de manhã.
— Eu tenho. — Mais do que isso, a cada minuto que passava com ela.
E se ele não fosse agora, ele não iria mais, então, ele se virou e saiu.
***
Ela não era burra o suficiente para correr sozinha esta hora da noite, e
como ela disse a Cannon, ela não tinha amigos ao redor. A ideia de ficar
sentada no cinema sozinha não teve um apelo a ela, então, em vez disso ela
decidiu alugar um DVD. Ela empurrou os pés em sandálias e enfiou os
ombros em uma camisa de botão sobre a camiseta. Dentro de um único
minuto ela estava fora da porta, trancando-a firmemente atrás de si.
Era sensato, ela disse a si mesma, que uma mulher sozinha estivesse
nervosa quando saía na rua depois do anoitecer, não importava que postes
altos mantivesse a área bem iluminada. Depois de dirigir em direção à
A inquietação pulsava sob sua pele, mas ela disse a si mesma para
ignorá-la. Se ela alguma vez quiser superar o passado, ela tem que se
empurrar além dos seus medos ridículos.
Ansiosa para estar no seu caminho, ela pegou um filme mais velho de
Tom Cruise e se dirigiu para o registro. O atendente era mais jovem, sua
cabeça raspada tatuada, mas foi a maneira como ele sorriu para ela que a
fez querer bater nele.
Vídeos de sexo.
Pornôs.
Ela se virou para olhar para aquela maldita porta iluminada no fundo
da sala
Ela girou para sair e bateu de cara em um corpo alto e duro. O cara
pegou seu braço para firmá-la. — Hey agora. Suave.
Com voz baixa, perguntou: — O que diabos você está fazendo aqui?
Sua boca achatada com desaprovação. — Você não deveria estar aqui.
Ele olhou por cima do próprio ombro, em seguida, de volta para ela.
— Cannon vai virar um elefante
Ela quase engasgou com sua risada. Sério, Cannon era a menor de
suas preocupações. Livrando-se do aperto de Armie, sentindo-se muito
valente agora com a sua presença, Yvette relaxou os músculos contraídos.
— Então, o que você está fazendo aqui?
— Comprar pornô.
— Sim, eu estou. Ele parou para visitar alguns, ah... — Ele esfregou as
costas de sua cabeça, fazendo seu já espetado cabelo loiro mais bagunçado.
— Algumas pessoas locais, então, eu vim na frente para fazer o meu
negócio. — Claramente tentando distraí-la, ele deu um sorriso vergonhoso.
— Eu estou entretendo uma senhora amanhã, que vai à loucura com
alguns recursos visuais.
— Não da maneira que você está dizendo, não. Quero dizer, ele
poderia visita-las dessa forma, porque elas estão com todos os tipos de
vontade, você sabe. Mas ele está se esquivando durante anos.
Do jeito que ele se esquivou dela, anos atrás? — Quem são elas?
Agora que ele tinha confessado parcialmente, ele pulou com os dois
pés. — Dançarinas de topless. Costumavam trabalhar no bar do Rowdy
antes que ele comprasse. Rowdy se livrou do pole e todas, menos uma das
moças, mudaram-se para outro lugar, para que elas pudessem manter os
clientes que elas fizeram trabalhando os seus produtos.
Uau. Yvette não tinha palavras. Apenas... Uau. Por que Cannon estava
visitando-as, se ele não estava interessado? Ela duvidava seriamente que
eles discutiriam o tempo.
— Pronta para ir, né? Não há mais compras a fazer? Tem tudo o que
precisa?
— Você quer ir para o quarto dos fundos? Não? É uma visão. Eles têm
brinquedos pendurados no teto.
A pura surpresa a fez tropeçar e ela parou para olhar para ele. —
Brinquedos?
Ficou feliz pela companhia depois de ficar abalada, ela ainda disse: —
Você não está se esquecendo do filme pornô?
— Oh, eles têm ação. Ação nua. Ação a três. Ação disciplina-e-
escravidão. Ação traseira. Ação médico-e-enfermeira. Todo tipo de ação
que você poderia pensar.
Ele não podia saber sobre seu passado. Sobre os animais que a tinham
forçado a assistir enquanto tinham filmado uma mulher drogada. Os
cretinos doentes que tinham ameaçado ela...
Ok, dada a delicadeza do seu tom de voz, talvez ele saiba. Ela deve ter
sido óbvia sem querer ser. Yvette não tinha certeza o que dizer, então, ela
desviou o olhar.
— Armie.
Seu sorriso era tão grande que ele quase a fez sorrir, também. — Não
é possível fazê-la corar, hein?
Cannon a faz corar o tempo todo. Ela deu outro suspiro. — Não sobre
algo tão bobo.
Abriu a porta do carro. — E por que você iria querer fazer isso?
Agora sendo super sério, ele olhou para ela e falou com uma voz
calma, sincera. —Porque Cannon se preocupa com você, e ele é como um
irmão para mim, então, isso significa que eu me importo, também.
— Não. — A última coisa que ela queria fazer era entrar em sua noite
fora com seus amigos. Ela tocou o braço de Armie. — Você não tem que
falar para ele que eu...
— Foi alugar um filme na lendária sex shop local? Sim —, disse ele
com uma risada, — Eu definitivamente farei. Verdade, eu não posso
esperar.
O insulto enviou as suas sobrancelhas para cima. — Não sei por que
estou surpreendido com o xingamento, — ele murmurou enquanto a
observava entrar em seu carro. — Quero dizer, depois de pegar você na
loja de vídeo pornô, nada deveria ser um choque, certo?
— Adeus, Armie.
CAPÍTULO 09
Depois do que Armie disse a ele, Cannon encurtou sua noite. Ainda
era tarde, mas não tão tarde quanto ele tinha imaginado que chegaria. Ele
durou apenas uma hora mais e, em seguida, não conseguiu mais.
Os caras riram quando ele se separou deles, mas ele não se importava.
Com seus sentidos de humor distorcidos, eles encontravam um monte de
merda torcida hilariante. Eles continuaram pelo bairro e ele cortou através
de alguns terrenos vazios para chegar onde tinha estacionado sua
caminhonete.
— Você estava lá, também, foi ameaçado tanto quanto Yvette e você
não está assustado com um balde de trapos velhos. Não assuma que ela vai
se assustar. A primeira coisa é dizer a ela sobre isso. — Rowdy aconselhou.
— Deixe-a decidir se vale a pena combater algum vandalismo ou se ela
prefere deixar as dores de cabeça para trás.
Era ela deixar ou não ele para trás que estava preocupando com
Cannon. Ele queria uma chance de conhecê-la outra vez, em todos os
sentidos imagináveis.
— Sim?
— Se ela não está com você, isso significa que ela está sozinha?
Porque tanto quanto eu assumo que foi apenas vandalismo, não posso
descontar o passado.
Quando ele parou na calçada, tudo parecia seguro, com luz suficiente
para guiar um navio. Um pouco da apreensão saiu, mas ele se sentiria
melhor depois que visse Yvette.
— Hey.
Tentando ser sutil, ele inclinou-se para encher-se com o cheiro dela,
uma combinação de shampoo, loção e Yvette, quente e doce pra caralho.
Ela assentiu com a cabeça. — Queria dizer que estou. Mas eu não
estou.
Ele não tinha ideia do que ela estava dizendo, mas ele tinha que beijá-
la. Agora. Ele tentou resistir e perdeu. Inclinando-se, ele tocou a boca na
dela, mal encostando, saboreando o momento.
Um convite irresistível.
Virando a cabeça, ele cutucou os lábios abertos, tomou sua boca com a
língua, e, Deus, ela tinha um gosto bom. Ele pressionou as costas no sofá,
com uma mão curvada em torno de sua nuca, a outra escorregando para a
curva de sua cintura. O tecido não substancial da camisola macia tornava
fácil para ele conseguir a mão por baixo e para a pele mais suave.
Ele acariciou para cima e Yvette puxou para trás. — Uau, eu sinto
muito. — Tremendo, ela afundou no canto do sofá... Longe dele. Com os
olhos arregalados, seus dedos tocaram sua boca.
— Yvette?
— Isso é o que eu queria fazer. Quero dizer, é por isso que eu esperei
acordada.
Desde que ele ainda estava duro, ele não estava com vontade de
provocá-la como Armie tinha feito. — Você assistiu ao filme?
Supondo que sua única razão para chamar tão tarde seria um convite,
Cannon colocou a mão na coxa de Yvette para mantê-la perto e atendeu a
chamada.
— Diga.
— Ambas?
Sim, ele tinha acabado de apostar que ela faria. A mão dela, a boca... —
Não, não é um problema, mas obrigado.
Ele teria que chutar o traseiro de Armie mais tarde. — Quer que eu
devolva o filme para você, amanhã?
— Obrigada, sim.
— Mais uma vez, — disse ela — esperando que elas possam dar-lhe
mais.
Não há razão para negar. — Às vezes, sim. Mas não é por isso que eu
as visito. Como Armie pode te dizer, eu sou exigente.
Sim, ela o tinha lá. — Ok, então, eu provavelmente gostaria que ela
fizesse algo mais, se eu começasse a ficar sério. Sem a partilha dos bens,
sabe? Mas se fosse em seu passado... — Para provoca-la, ele perguntou: —
Por que você pergunta? Você tem alguns movimentos de dança no pole
que você quer compartilhar?
Isso soou bem sinistro. — Ok. — Será que ela já decidiu voltar para
Cali? Com Heath? Seus olhos se estreitaram. — Seu ex chamou de novo?
— E?
— Eu escrevi de volta uma vez só para dizer, mais uma vez, que tudo
estava acabado e que não tinha nada para falar.
— Boa jogada.
Ela disse tudo isso como se realmente não se importasse, por isso, por
que Cannon quer encontrar o puto e ensinar-lhe algumas lições de boas
maneiras?
Sim, ele poderia lidar com isso. — Vá em frente. — Ele esperou, mas
ela parecia estar preparando-se para...
— Sim, faça.
— Você é uma fantasia para mim. Você sabe que sempre foi.
Duas vezes Cannon começou a falar, mas com ela olhando para ele tão
fervorosamente, ele não tinha ideia do que dizer. Ele se estabeleceu no
sofá. — Até agora eu não vejo o problema.
— É verdade, ― disse ela, como se ele não tivesse falado, — sendo que
a distância por três anos não mudou isso. A forma como eu me sinto é a
mesma, mas agora estou diferente.
Ele esperou, viu a luta dela, e incentivou-a. — Você não pode o quê?
— Eu estou.
— Eu te assusto?
Ele nunca tinha tido um problema com paciência antes. Mas agora
com Yvette, imaginando-a, a paciência estava no limite. Ele queria correr
para a linha de chegada, para que pudessem passar para mais coisas
físicas.
Cedendo, ela ficou tão perto quanto ele queria, enrolada nele, a cabeça
debaixo do queixo contra seu peito. Em um sussurro atormentado,
explicou ela, — Eu não posso... Terminar.
Para tranquilizá-la, ele beijou o topo de sua cabeça e abafou uma onda
de ciúme. — Eu quero entender, ok? Então, eu vou fazer algumas
perguntas. Está tudo bem?
Ele ouviu a captura de sua respiração, sentiu a forma como ela baixou
o rosto mais. —Sim, isso é o que estou dizendo.
— Durante o sexo?
Um aceno de cabeça.
Então, ela estava com algum idiota egoísta? E daí? O que não era o
caso dele. Inferno, ele amava empurrar senhoras sobre a borda, sentindo-
as apertar, ouvindo os sons que elas faziam, como elas respiravam e
gritavam e a forma como elas mudavam.
E falar sobre quente... Ele baixou sua boca para sua testa. — E quanto
a você mesmo?
Quando ele parou o beijo, ele a manteve ali, olhando para ele. — Você
podia gozar antes?
Calor se apressou em seu rosto, fazendo seus olhos verdes mais vivos.
— Antes de eu sair daqui? Sim.
O que significava, antes que ela fosse tão abusada pela escória que a
tinha agredido, mostrando coisas que nenhuma jovem deveria ter que ver.
— Mas, desde então?
Cannon estava ciente de seu traseiro firme em seu colo, com os seios
pressionados contra aquela camisola fina, seu cheiro e seu calor. Foi a
coisa mais estranha estar tendo esta conversa. Ele tinha que pensar que,
uma vez que ficassem juntos, tudo estaria bem. Ele obliterou suas
preocupações com prazer em brasa.
Mas ele queria que ela soubesse que levava suas preocupações a
sério, que não era só sexo que queria, então, ele se conteve e escutou.
— Yvette...
Então, ela tinha feito em sua mente que eles estariam juntos? Sabendo
que ela atingiria o clímax, porque ele iria garantir isso, ele disse: — Você
nunca poderia me decepcionar.
Sim, algo que ele não queria pensar. — Você já me disse que eu sou
diferente.
Seu sorriso era triste e fugaz. — E por causa disso, eu ainda gosto de
estar perto de você, ficar... Com você. Então, se você quiser... — Ela olhou-o
nos olhos. ― Eu estou disposta...
Dane-se isso.
Com dois dedos ansiosamente ela brincou com uma mecha de cabelo
solto que tinha escapado da trança. — Eu namorei caras que eram
arrogantes o suficiente para pensar que só tinha de insistir nas coisas um
pouco mais e eu milagrosamente lançar-me-ia em um clímax gritando.
— Não, não é. — Ele passou as mãos para cima e para baixo nos
braços em pedido de desculpas. — Isso foi mais um som de ciúme do que
humor de qualquer maneira.
Sua sobrancelha subiu. — Não estava com elas. Não diga isso assim.
Eu estava apenas conversando com elas. Não me confunda com Armie.
— Eu estava exagerando.
— Você tentou com esses outros caras, mas não deu certo?
— Ele sabe apenas o básico, o que foi notícia. Ele sabe que você me
salvou. Mas é isso. — Ela soltou um suspiro. — Eu nunca estive confortável
falando sobre isso com os outros.
Apenas ele. Ele abraçou-a por isso. — Então, eles pensaram... O quê?
Que idiota.
Porra, ouvir isso parecia outro soco. Ele não se ressentiu por ela
buscar o prazer. Ela era jovem, saudável, bonita. Mas agora que ela estava
de volta, agora que ele estava com ela novamente, ele a queria apenas com
ele, e vice-versa. — Mesmo que você não goze, você gosta de sexo em
geral?
— Até certo ponto. Mas fica frustrante. — Ela se inclinou para trás
para vê-lo. — Heath disse que eu deveria pelo menos fingir, fingir por
causa dele, mas eu não poderia fazer isso.
Jesus. — Heath é um idiota do caralho. — Não, ele não queria que ela
fingisse nada. Ele queria o negócio real e ele iria obtê-lo.
Não há dúvidas.
— Em sua defesa, ele foi paciente por um tempo muito longo. E ele
tentou, muito mais do que os outros caras fizeram. — Ela torceu o nariz. —
Foi apenas...
Tempo para falar de forma mais simples. — Você disse que estava
tentando encontrar um cara que iria fazê-la funcionar.
Ela rolou em seus lábios. — Deus, isso soa tão horrível, não é?
— Eu sei que você não discutiu o passado, mas você disse a qualquer
cara que você tinha dificuldade para chegar ao grande final?
A risada dela não tinha nenhum humor. — Não. Isso teria soado muito
parecido como se estivesse culpando-o.
Ela colocou os dedos em torno de seu pulso e puxou sua mão para
baixo. — Entenda, Cannon. Às vezes, eles foram egoístas, mas nem sempre.
Outros foram pacientes e eles tentaram.
Outros que não eram ele, e como Yvette tinha dito, ele era sua
fantasia. Isso tinha que contar para alguma coisa.
Como ela o via sempre tinha contado muito para ele. Quando Yvette
olhava para ele com seus grandes olhos verdes, ele sentia-se com cerca
três metros de altura, e invencível, também.
Com essa decisão, ele beijou sua testa, a ponta do nariz, até a sua boca.
— Aqui está o que vamos fazer.
CAPÍTULO 10
Yvette ouviu os planos de Cannon, que incluía ficar com ela, namorar
com ela, divertir-se com ela; beijando e tocando e fazendo um ao outro
louco.
— Eu já sei disso.
— Então, você deve saber que eu não quero fazer coisas que vou
desfrutar de um inferno de muito mais do que você vai.
Isso significava que ele iria ter seu prazer em outro lugar? Com uma
mulher que seria menos problemática?
Sua mandíbula soltou. Tal discurso estrondoso... Bem, ele elevou sua
temperatura e colocou seu coração acelerado. — Eu, ah, vejo...
Ela acreditou nele. Mas... — Será que apenas não nos frustraremos?
— Sim. — Sua boca se moveu sobre a dela, sua língua tocou, brincou,
se retirou. —Vai ser como no ano de calouro, tudo de novo.
Ela havia passado seu primeiro ano morrendo por ele, e ele mal a
tinha notado. —Você realmente acha que vai ser o suficiente?
— Para... — Yvette engoliu a seco. Quando Cannon fez isso - oh, e isso
- para ela, se tornou difícil. Ela afundou os dedos em seu cabelo escuro. —
Por quanto tempo?
Levou um segundo para compreender o que ele tinha dito. Uma vez
que ela fez, sensação se espalhou como um incêndio florestal. — Cannon.
O material de algodão fino de suas calças de pijama não fez nada para
diminuir o calor de sua palma da mão ou as pontas dos dedos explorando,
especialmente quando ele fez o contorno de sua calcinha fio dental.
Por um momento atordoado ela ficou apenas lá, mas quando ele se
inclinou para desamarrar os tênis, ela saiu em disparada em uma posição
sentada.
Empurrando seu jeans para baixo, mas ficando em suas boxer azul
escura, ele sorriu para ela. — Apenas dormir.
Em seus boxers.
Ela fugiu.
— Sozinha.
— Não essa noite. Ou amanhã. Ou... Eu acho que não importa quanto
tempo você me deixar ficar.
Para sempre. Não, ela não poderia dizer isso. Eventualmente ele iria
querer algo que ela não poderia dar. Quando afundasse que ela não era
muito divertida de ir para cama, então, ele estaria feito. Mas até lá... —
Geralmente de lado.
— Esquerda ou direita?
Seu coração batia muito rápido e sua boca estava seca, mas ela não
era um manequim. Ela não estava disposta a deixar passar a melhor oferta
de sua vida. Como ela disse a ele, ele era sua fantasia.
Sua voz ficou rouca e profunda. — Melhor do que bem. — Ele a puxou
para mais perto, beijou a cabeça e estendeu o outro braço para apagar a
luz.
Cannon arrastou as pontas dos dedos para cima e para baixo no seu
braço nu. — Eu quase me esqueci de te dizer. Houve uma tentativa de
vandalismo na casa de penhores.
Ela tentou levantar-se para vê-lo, mas ele disse, — shh. Sem danos.
Apenas uma criança sendo um idiota. Eu corri com ele.
Prevendo pichações nas paredes, ela suspirou. — Eu acho que com ela
estando vazia, era previsto.
— Eu tenho.
Confortável como ela estava, ela sabia que tinha de tomar uma
posição. — Se nós não estamos usando o dinheiro que nos resta, então, eu
vou ter que insistir em pagar a minha metade.
Ele se acalmou, mas não por muito tempo. — Eu acho que você tem
um ponto. Nós provavelmente precisamos nos sentar e passar por cima de
tudo que Tipton deixou. Veja quais são as nossas opções.
— Obrigada.
Sua mão continuou a deslizar para cima e para baixo no braço dela em
uma carícia suave. — Yvette?
— Hmm?
***
Dormir.
Um texto soou em seu telefone. Ela olhou para ele, mas era Heath.
Mais uma vez. Cannon sabia que seu ex ainda estava incomodando e ele
não gostou, mas ela disse-lhe que estava lidando com isso, e ela faria. Ao
invés de responder o texto de Heath, Yvette apenas empurrou o telefone
no bolso e se dirigiu para a garagem.
Às cinco horas, com o sol alto no céu, sem uma nuvem à vista, o calor
era suficiente para manter a maioria das pessoas dentro de casa. Na
garagem era ainda pior, então, ela lutou até a velha pesada porta, na
esperança de pegar uma brisa perdida.
Para ajudar a evitar ficar louca, ela tinha trabalhado seu caminho
através de muitas das coisas que seu avô tinha guardado. Até agora,
inventariara o conteúdo de duas unidades de armazenamento e só restava
mais uma. Ela encontrou um método para seu estilo organizacional,
percebendo que as coisas grandes e volumosas estavam em uma unidade,
itens caros em outra instalação mais cara, mas também mais segura.
Ela não podia esperar para ver o que ele tinha colocado no último.
Mas apenas uma hora atrás, várias caixas tinham chegado de Vanity.
Yvette queria saber exatamente o que ela tinha antes de se organizar, para
garantir que ela não tenha que mover as coisas muitas vezes. As caixas de
Vanity eram de bom tamanho, mas ela assumiu que sabia o que eram
alguns itens, joias menores, bugigangas, jogos, esse tipo de coisa.
Foi quando ela estava abrindo caixas na garagem, que ela notou a
nova escada dobrável sobre o teto da garagem. Huh. Ela não se lembrava
de ter visto isso antes. Uma corda pendurada da escada, presumivelmente
para puxá-la para baixo e dar acesso ao sótão da garagem. Mas ela não
podia alcançá-la.
Ela estava ali de pé, olhando para a escada, quando o telefone tocou.
Novamente era Heath.
Silêncio cumprimentou-a.
Bem. Ele queria fazer beicinho? Ele poderia fazer isso sozinho. — Eu
vou desligar agora.
— Eu não posso.
— Heath.
— Será que o seu novo namorado sabe disso? Será que ele sabe que
você é uma péssima mentirosa? Será que ele percebe que seu coração é tão
foda congelado que tudo que você faz é ficar lá e...
Desde que ele não veio para ela, ela sentiu que seu humor era incerto.
Sempre, a cada momento, Cannon saudou-a com beijos suaves e sorrisos.
Suspeita iluminou seus olhos azuis. — Então, por que não fez?—
Mais como culpa, mas não mais. Suor reuniu entre os seios e na parte
baixa das costas. Cabelos soltos de sua trança presa às têmporas.
Sua atenção se aguçou quando ele a olhou. — Não. — Ele tirou sua
camiseta e usou-a para passar sobre o peito. — Eu costumo tomar banho
no centro de recreação, mas estava lotado hoje, então, eu preferi tomar
banho aqui em vez disso.
— Sim. — Ele caminhou para mais perto, seu olhar fixo no dela. —
Armie diz que eu sou bom para os negócios. Eu acho que ele inscreveu dez
novos caras, hoje.
— Isso é bom.
Ela tentou puxar seu olhar para longe, mas não conseguiu. —
Cannon...
Com o rosto ainda contra sua garganta, Cannon moveu seu polegar
para cima e sobre o mamilo.
E mesmo com Yvette olhando para ela, ela olhava com interesse a
parte superior do corpo nu de Cannon.
O cabelo de Yvette quase ficou em pé. Mindi já tinha visto Cannon sem
camisa? Já esteve com ela?
— Você deveria ter visto como estava isso antes. — Cannon disse a
ela, aliviando a preocupação de Yvette, mesmo sem saber. — Eu estava
muito colorido por um tempo. Mas sim, eu curo rápido. — Ele inclinou a
cabeça. — Então, como vai?
Mindi deslizou seu olhar sobre ela, absorvendo todo o suor e poeira
com desdém mal velada. — Senhorita Sweeny.
— Senhorita Jarrett.
— Você perdeu seu avô, mudou-se... Eu tenho certeza que tem sido
difícil.
Oh, Deus. Cannon tinha lhe contado tudo? Seu coração despencou e
traição doente levantou-se para queimar a garganta.
— Eu não sei os detalhes, é claro, mas seu avô deu uma pista...
— O quê? O que ele te disse? — Ela se recusou a acreditar que seu avô
tenha discutido algo com essa mulher.
Yvette não gostava dela, mas não tanto quanto ela não gostava da
situação.
— Não há nada mais para falar, — disse Cannon, suas mãos agora
massageando os ombros de Yvette. — Nós vamos ficar.
Outra oferta? Isso era novidade para Yvette. Quantas vezes tinha
Mindi o chamado? Não que isso importasse, Cannon estava certo sobre
isso. Quanto mais tempo ela permanecia, mais ela queria que fosse para
sempre.
Yvette escondeu as mãos atrás dela, até que ela percebeu que as
colocou direto sobre a braguilha de Cannon. Sua única reação foi apertar
seu domínio sobre seus ombros.
Obtendo a mensagem não tão sutil que ela era uma distração sem
importância, Yvette brilhou com raiva. — Vou administrar a loja.
É claro que ela sabia que ele tinha uma reputação de fazer amizade
com todas as mulheres que ele conhecia, mas ela nunca o tinha visto em
ação antes.
Mindi sorriu. — Sim, claro. Peço desculpas. —Em vez de se retirar, ela
andou na garagem desordenada. — Então, o que é tudo isso?
Oh, agora espere um minuto! Yvette quis protestar, mas Cannon olhou
por cima do ombro para ela. — Volto logo.
CAPÍTULO 11
Ele poderia falar com Mindi durante o tempo que ele quisesse. Ela não
se importava.
Sabendo que ela nunca pareceria tão elegante quanto Mindi, ela nem
sequer tentava. Depois de secar-se, ela passou loção, desfez a trança no
longo cabelo e vestiu-se com uma camiseta e shorts.
Com a trança desfeita, seu cabelo caía em longas ondas. Ele penteou
com os dedos o cabelo preto molhado, deixando-o amassado.
Dada à forma como sua mandíbula parecia suave, ele poderia ter
raspado.
Yvette foi para a geladeira pegar uma Coca-Cola, mas quando ela viu
seu grande jarro de chá gelado sem açúcar, ela preferiu.
— Disse-lhe que eu tinha que renegar a sua oferta, isso é tudo. — Ele
usou a borda da faca de açougueiro para empurrar as cebolas fora da placa
de corte e em uma frigideira quente com azeite de oliva.
— Sexo.
— Sim. Whitaker teve que sair para tribunal, estávamos sozinhos, ela
estava interessada e não me importo de dizer isso. — Ele ergueu um
ombro em desinteresse. — Eu recusei a oferta, porém, porque, bem, você
sabe, eu estava muito machucado, e a ideia de Tipton me deixando metade
do seu material realmente me jogou fora do passo. Então, eu me encontrei
com você novamente e... — Seu olhar mergulhou em cima dela, fixando por
um momento sobre as coxas. — Não estou interessado em Mindi.
Ele lhe deu um sorriso. — Sim, eu sei. Ela disse que sim. Entendi tudo
quando tentou me agarrar e fazer coisas ali mesmo na calçada.
Lutando mais do que Cannon, ela disse: — Eu disse que não podia...
Será que ele quer que ela faça isso? Agora? E se assim for, por que ele
parece tão sucinto quando disse?
Seu coração sentia-se muito pesado para ficar em seu peito. — Sim.
Mas isso foi quase uma semana atrás.
Então, por que ele ainda está esperando? — Você tem certeza disso?
Caramba. Estava quente demais para cozinhar e ela não estava com
vontade de ser provocada. — Esqueça isso. — Ela colocou o copo vazio na
pia e teria saído, mas Cannon antecipou seu temperamento envolvendo
aqueles braços fortes ao seu redor e prendendo-a contra o balcão.
— Você está me matando, você sabe disso, certo? Estes shorts... Você
poderia ser letal.
Antes que ela pudesse ficar muito animada sobre isso, ele deu a ela
uma de suas suaves mordidas de amor em seu músculo do ombro.
Como se ele soubesse, ele abriu uma mão firme sobre seu estômago,
acima da cintura do short abraçando o quadril. Através do algodão da
camiseta, ela sentiu o calor de sua palma. — Sabe o que eu quero fazer?
Ainda bem que ele gostou de seu short, porque ela sabia que os usara
especificamente para ter de volta o seu pensamento, ela o pressionou de
volta.
Sua mão era grande, dura, quente, e a forma como a palma da mão
raspou sobre seu mamilo endurecido tornava a respiração difícil. — Você
quer que eu te toque, não é?
— Eu quero, mas...
— Lá vai você. — Sua mão foi até a coxa. — Vai ser muito ter minha
mão debaixo da bainha desfiada deste short. — Para provar seu ponto, ele
afiou as pontas dos dedos ásperos ao longo de sua coxa, mais e mais até
que ele escorregou sob a franja...
Quando ela estava lá, Cannon roçou as costas dos seus dedos sobre
sua bochecha. —Quer que eu o pegue?
Ela, também, pode descobrir como puxar para baixo a escada, para
que ela pudesse verificar o espaço de armazenamento ao longo do teto.
Cheirava celestial.
Ele sorriu com ela. — Sopa de feijão com presunto e pão de milho era
um dos meus favoritos. Eu conseguia acabar com a metade do pão de
milho, tudo por minha conta. Rissy tinha um ataque quando ela queria e
em segundos ele tinha ido.
— É incrível.
Dá mesma forma casual que ele acariciou seu traseiro, ele disse: —
Você vai gostar de me tocar, também.
— Mas se há algo que você não gosta, eu quero que você me diga. Ou
se há algo que você desfrute especialmente...
Ciúmes nunca tinha sido seu caminho. Porque ele era tão especial
para ela, Cannon merecia a verdade. — Estou feliz que funcionou dessa
maneira.
Ele olhou para o relógio. — É cedo. Nós vamos ter horas para brincar
antes de deitar. Eu já estou meio duro só de pensar nisso. — Ele engoliu
mais uma grande mordida de massa.
Luxúria, aparentemente, não diminuía seu apetite. Mas então, ele era
mais ativo do que qualquer pessoa que ela conhecia.
Por sua parte, Yvette queria derreter direto de sua sede. — Você sabe
que eu não posso...
— Gozar? — Mais suavemente, ele disse: — Está tudo bem. Tocar, isso
é tudo que vamos fazer, lembra?
Mas por quê? Certamente ele iria querer mais do que isso. Só porque
ela não podia não significa que ele...
Pensando nisso, ele sobre ela, nela, enviou um aperto doce de desejo
em cada músculo. — Ok. — ela sussurrou.
***
Era meio engraçado como ela reagiu. Mesmo depois que disse a ela
que ele era uma aberração pura e podia muito bem lidar com as tarefas
domésticas, ela parecia esgotada. Relutantemente ela guardou a roupa e se
sentou, principalmente para que ele pudesse sentar-se, também.
Ela esperava que ele saltasse sobre ela? Retirasse sua camisa e
começasse a apalpá-la? Se assim for, ele iria desapontá-la, indo tão lento,
ela seria a única pedindo-lhe para tirar a camisa fora dela.
Mas, como ele disse a ela, esta noite seria uma doce tortura. Ambos
acabariam frustrados, mas ela se sentiria confortável com ele.
Ela ficou com os olhos arregalados, talvez pensando que ele ia parar.
O inferno que ele pararia, porque ele adoraria ter as mãos em cima dele,
mas ainda não. Seu controle de ferro, forte como poderia ser, tinha limites.
De frente para ela quando ele se sentou, um braço ao longo das costas
do sofá para que pudesse brincar com seu cabelo longo, Cannon fez o seu
melhor para parecer casual em vez de ferrado. — Eu disse-lhe que Rowdy
e eu concordamos que vou trabalhar no bar no sábado? Ele anunciou por
toda a semana. Deve ser uma grande paixão.
— Sábado?
Bem, ele sabia. Ela iria com ele, e eles teriam uma explosão. Era
importante para ela entender que a química entre eles não era apenas
sexual.
Certamente uma mulher que reagia tão facilmente poderia ser levada
no limite para o grande O. Com o homem certo.
Ele.
— OK.
— Que nós estamos juntos. — Ele beijou atrás da orelha, até sua nuca.
— Os caras vão estar lá, também. Mas eles já sabem como é.
— Outros lutadores?
Ele pegou sua mão e levou-a para baixo, para sua ereção. Ele já estava
inchado, pulsando. Mas dar um tempo não ajudou com seu controle.
Agora, ela respirou fundo. A mão dela era pequena, seu toque
hesitante enquanto traçava ao longo do seu comprimento.
Sem hesitar, ela colocou as duas mãos sobre ele, acariciando dos seus
peitorais para os ombros, em seguida, novamente para baixo, para
Atando uma mão em seu cabelo, Cannon disse: — Você deve saber
meu bem, tudo o que você fizer para mim, eu tenho que pagar na mesma
moeda.
— Sim.
— Conte-me.
Deus Todo Poderoso, ela estava tão quente que ele não sabia o quanto
mais ele poderia tomar.
Ele usou dois dedos para acariciar do seu osso do quadril até o
umbigo, ficando mais quente ainda quando ela se mexeu. — Sensível?
— Sim.
Ele não podia esperar para ver como ela reagiria quando ele
acariciasse com os mesmos dois dedos profundamente dentro dela.
Ela se moveu contra ele, rolando seus quadris até que ele abraçou-a
para mantê-la quieta.
Dada à dificuldade que ela tinha admitido, ele esperava que ela fosse
mais reservada.
ofegantes. A cada segundo, ele estava ciente dela, suas reações, avaliando o
que ela gostava, e o que ela amava, o que mais a transformou.
Com sua língua, ele zombou dela, chegando perto de seu mamilo, mas
nunca tocando, não importa como ela se movia, tentando dirigi-lo.
— Cannon.
— Diga-me
Assim mesmo, ele pensou, mais convencido do que nunca que seu
único problema era estar com o homem errado.
Sua reação era a coisa mais quente que ele já tinha experimentado.
Com a cabeça inclinada para trás, seu longo cabelo caído sobre seu
antebraço e seus seios erguidos. Com seus quadris abertos, suas pernas
longas e finas tremiam. Ela engasgou com cada respiração, chorando,
gemendo.
Mesmo quando ele advertiu a si mesmo para não apressá-la, ele abriu
o botão desse short curto e sensual, então aliviou o zíper para baixo, para
que ele pudesse colocar a mão dentro.
Gemendo, suas unhas mordendo seus ombros, ele olhou para cima
para ver a cabeça dela caindo para frente, seus olhos apertados fechados.
Seu cabelo escuro caindo em torno de seu rosto como uma cortina.
— Eu sei que é difícil para você, mas eu adoro tocar em você, Yvette.
Aqui, — ele disse, lambendo o mamilo. — E aqui. — Ele apertou seus
dedos para seu sexo, capaz de sentir os lábios inchados através do
material colante de sua calcinha.
— OK?
Sedosa e molhada.
— Bom?
—Tão bom.
Ele sabia o que a faria se sentir melhor, mas, caramba, ele estava com
medo de explodir o momento. É melhor deixá-la liderar o caminho agora.
— Beije-me, querida.
Ela o fez, os dedos em seus cabelos, seus seios esfregando contra seu
peito, seu corpo apertando para baixo em seus dedos, apertando cada vez
que ele se retirava, ficando cada vez mais úmida, ele pressionou-os
novamente.
— Oh, Deus.
Agora, ele decidiu. Tinha que ser agora. — Você confia em mim,
Yvette?
Ela beijou seu ombro, mordeu o peito. Sua voz rouca — sim, —
seguindo por um urgente, — por favor, — assegurou-lhe que tudo ficaria
bem.
Seu cabelo caiu em torno dela. Luxúria deixou seus olhos escuros e
pesados, seus lábios macios e inchados de tanto beijar. Enquanto ele
observava, lágrimas brilhavam em seus olhos, mas ela balançou a cabeça.
Sem perder tempo, ele arrastou os shorts para baixo e fora de suas
pernas, deixando-a em nada mais do que uma tanga preta minúscula. Ele a
queria fora dela também, mas primeiro...
CAPÍTULO 12
Ela pairou perto, rolando sobre ela em ondas cada vez maiores,
apenas para recuar novamente.
— Eu preciso te provar.
Por um longo tempo ele apenas olhou para ela, e isso também era
indescritível, também. Um calor incandescente iluminou seus olhos azuis
vívidos. Cada músculo em seu torso parecia mais definido, como ela tinha
notado durante suas lutas, quando seu sangue bombeava mais difícil de
esforço. Sua expressão era tão concentrada, tão possessiva, que ele a fez se
sentir sexy quando ela sempre se sentia arruinada em vez disso.
Ele abriu as pernas para que ela se sentasse entre elas. Suas mãos
grandes e ásperas pareciam escuras contra sua pele pálida, passando
sobre ela em uma varredura lenta que envolvia os ombros, os seios, onde
ele se demorava em seus mamilos, então sua cintura, até os quadris e suas
coxas, onde ele abriu as suas pernas mais amplas ainda.
Estreitando os olhos, ele virou a mão contra ela, à palma para cima.
Ela o sentiu separando-a, então, a pressão de dois dedos grossos
empurrando. Isso era o bastante, mas então ele fez algo, entortou os dedos
de certa maneira e atingiu um local...
Ela sentiu sua mandíbula contra suas coxas, seus dedos sobre os
mamilos, o calor da sua boca sugando. — Não pare. — Ela sabia que
lágrimas rastreavam suas bochechas, mas ela não se importava. — Por
favor, não.
Quando Cannon beijou sua boca, ela abriu os olhos. Ele estava em
cima dela, entre suas pernas, e olhando para ele, ela sabia que ele ainda
não havia acabado.
Uau. Ela realmente tinha feito isso. Ou melhor, ele tinha feito isso. Um
pouco confusa, ela olhou para ele. — Eu gozei.
A ternura voltou seu sorriso para outros cem watts. — Sim, eu sei. —
Provocando-a, ele disse, — eu ouvi.
— Você é tão perfeita como eu sabia que você seria. E juro por Deus,
meu bem, eu me sinto como o melhor amante na terra agora.
Ele não estava tão sério. — Eu não tinha planejado ir tão longe hoje.
Desde que ele ainda não tinha obtido alívio, ela não achava que ele
tinha ido longe o suficiente. — Estou tão feliz que você não parou.
— Eu também.
Ela podia sentir sua latejante ereção contra ela, mas ele não fez
nenhum movimento para entrar nela. Na verdade... Ela mudou sua perna
contra ele e sentiu o material.
Ele a beijou tão gentilmente, que mais lágrimas tentaram encher seus
olhos.
Seu sorriso entortou. — É verdade, mas você não pode me julgar por
isso. Você pesa nada.
Cinquenta e quatro quilos não era “nada”, mas ela entendeu o seu
significado.
Intrigada, ela considerou coisas. — Você quer que eu faça para você o
que você fez para mim?
— Não me empurre Yvette. Isso é novo para você e nós vamos levar
lentamente mesmo que me mate.
— Mas...
— Não faça isso mais difícil do que tem que ser, ok?
Ele tomou a decisão dela, puxando-a para perto para que ele pudesse
ficar de conchinha com ela, uma mão grande sobre o seu seio. Depois de
um beijo superficial no topo da sua cabeça, ele disse, — durma.
O aborrecimento afastou seu humor suave, mas ela não tinha ideia de
como proceder. Parecia que ele tinha feito a sua mente. Ainda assim, ela
tentou. — Eu estou nua.
Ela pensou que seria uma coisa muito boa. — Por quê? — Então,
pensando que ele não entenderia, ela esclareceu: — Por que temos que
esperar?
Mas agora... Bem, talvez ela tenha feito algo errado. Ficou muito
entusiasmada ou gritou muito alto. Desligou-o de alguma forma. Pode ser...
— Pare de analisar tudo, querida. Compartilhar isso com você foi tão
quente quanto parece.
O alívio fez com que ela caísse de volta contra ele. — Então...
— O fato é que eu quero mais do que sexo com você. — Ele a rodeou,
abraçando-a com seus braços musculosos, alinhando suas fortes pernas
peludas contra as dela. Seu aroma e calor embalando-a; a maneira doce
que ele beijou seu ombro fez seus olhos se sentirem pesados. — Quanto
mais... Isso é algo que vamos ter que resolver. Mas eu sei que vai ser
melhor se chegarmos lá um passo de cada vez.
Até que ela sentiu agora, com Cannon, que ela não tinha percebido o
quão insegura ela se sentiu por tanto tempo.
***
Ele tinha caído sobre ela como se comê-la em seu sofá fosse uma
ocorrência cotidiana em vez de uma fantasia que ele tinha assumido que
nunca iria acontecer.
A tensão dos seus pés magros, suas mãos em punho. Como as suas
costas tinham arqueado e a barriga tinha entrado.
Como ela tinha olhado para ele com admiração... Apenas do jeito que
ela costumava fazer.
Ele deu-lhe dez minutos para se certificar de que ela não iria
despertar, então, sabendo que ele não seria capaz de dormir, escorregou
da cama, saiu do seu quarto e foi para o seu, para se aliviar. Não demorou
muito, e não com o cheiro dela ainda agarrado a ele.
Quando ele voltou para ela na cama, menos nervoso, mas ainda na
necessidade dela, ela se moveu em seu sono, virando-se para encará-lo,
aconchegando-se contra seu peito.
Levou muito tempo para conseguir dormir, mas ele nunca desfrutou
de uma noite sem dormir mais, ou por uma razão melhor.
***
ela bateu suavemente. Se ele estivesse na cama, bem, então não há razão
para acordá-lo.
Significava que ele não teria aberto a porta quase completamente nu,
se ele soubesse que era ela? — Kelli? — Ela tinha dificuldade em manter
seu olhar fora de seu corpo.
Armie pegou seu pulso e segurou sua mão ainda maior contra sua
pele nua e esticada.
Ela se virou. A loira. Com mais peitos mostrando do que ela tinha
coberto. Ela carregava uma garrafa de vinho em uma mão, suas sandálias
na outra, e ela parecia pronta para... Festa.
Rissy tinha dificuldade de respirar. Certo, certo, ela tinha ouvido falar
sobre os excessos de Armie, assim como ela tinha ouvido falar sobre sua
aversão às mulheres agradáveis. Talvez agradável significasse qualquer
uma que não acomodasse o apetite sexual exagerado.
Por muito tempo ele olhou para o chão e, então, finalmente se virou
para ela. — Por que você está aqui?
Não. Isso foi um grande erro; nenhuma razão para torna-la pior com
desculpas esfarrapadas. — Não importa. — Abraçando-se para afastar o
frio da humilhação, ela virou-se para ir.
Armie pegou seu braço. — Oh, não, você não vai. — Muito perto, atrás
de sua orelha, ele rosnou — não me deixe em suspense.
Ela sentiu o calor de seu torso nu ao longo de suas costas. Sua altura o
colocava apenas uma polegada mais alto. Mas onde ela era magra, ele tinha
o volume e os músculos de um lutador.
Quando ela permaneceu muda, ele não se afastou. Ele poderia até
mesmo ter cheirado seu cabelo.
— Você também.
Oh. Sua confiança sofreu, mas ela fingiu, lançando para trás seus
longos cabelos e olhando-o nos olhos. — Eu pensei...
Um grande passo trouxe-lhe peito a peito com ela. Ele irradiava raiva
quente e muito mais. — Você veio até mim, garotinha.
Merissa olhou para suas longas costas, sua pele escurecida pelo sol
em contraste atraente com seu cabelo claro. O sulco profundo de sua
espinha dividia todo aquele músculo firme e sem sequer pensar nisso, ela
o seguiu até a pele mais pálida de sua tensa parte traseira exibida pelas
calças de brim, afrouxadas e penduradas.
Por cima do ombro, ele fez uma careta para ela, em seguida,
lentamente encarou novamente.
Por que Armie sempre mantêm à distância? E por que, pelo amor de
Deus, isso só a faz querer mais dele? — Yvette quem?
Quando Armie sorria, ele era o homem mais bonito que ela
devastadoramente já tinha visto. — Lento?
— Oh, pelo amor de... — Merissa virou-se, ansiosa para evitar mais
constrangimento.
— Espere, caramba.
Zombando dela, ele perguntou: — Por que você está tão brava?
— Eu não estou.
Ele bufou e puxou uma mecha de seu cabelo. — Você tem vapor
saindo de sua bunda.
Com as mãos nos quadris, Armie olhou onde ela indicava. —No
escuro. Longe do prédio. — Seu olhar se inclinou. — Onde diabos está seu
namorado?
Sabendo que ela teria que explicar isso a ele, porém, ela disse: — Eu
vou ligar para ele amanhã.
Ela notou que ele não negou a parte obcecados por sexo. — Adeus,
Armie.
— Você não está preocupado que suas amigas vão terminar sem
você?
— O quê?
Por que a vista de suas axilas a deixou nervosa, ela não sabia, a não
ser que a forma como ele estava e o que ele mostrou enfatizava sua
masculinidade em grande forma.
Ela tinha ouvido o apelido a maior parte de sua vida. Soou muito
diferente vindo dele, de alguma forma mais pessoal. Preparando-se para o
seu impacto, ela encontrou seu olhar.
CAPÍTULO 13
Na verdade, agora que ele tinha visto Merissa, ele tinha menos do que
zero interesse em qualquer uma delas. Ele sabia que ela estava voltando
para casa hoje e essa foi a única razão que ele tinha convidado Avril em
primeiro lugar, como uma distração. Tinha sido ideia de Avril misturar as
coisas e convidar Kelli para participar. Inferno, quanto mais escandaloso
que ele era, mais algumas mulheres competiam para ficar com ele.
Mas não Rissy. Não, ela parecia partes iguais de chocada, revoltada e
envergonhada. Por ele.
Meninas agradáveis estavam fora de sua lista, e Rissy era melhor que
a maioria. Acrescentando o fato de que ela era irmã de Cannon e ele não
tinha nenhum negócio maldito que colocar pensamentos sobre ela.
Ele olhou para as escadas. As mulheres não iriam gostar, mas sorte
para ele, ele era homem o bastante para enviar-lhes para casa de qualquer
maneira. Decidido, ele correu até a escada.
Porque ele certo como a merda não podia contar com seu próprio
controle. Não com ela.
***
O cheiro dela faz coisas insanas para ele; seu hálito quente em seu
peito o afetou como um golpe.
Porra, mas ele queria colocar a boca sobre ela, para sugar suavemente
até que seus mamilos apertassem e doessem.
Até que ela acordasse querendo ele tanto quanto ele a queria.
Quando ela fez um som em seu sono, seu coração bateu fortemente,
seu pau se contraiu.
Droga, ele não tinha nada que fazer isso, atormentando-se como um
masoquista. O mais silenciosamente possível, ele saiu da cama, encontrou
seus shorts no chão e puxou-os. Com um último olhar demorado em seu
corpo, em seguida, em seu belo rosto relaxado, ele se esgueirou para fora
da sala.
Ele era um lutador, maldição. Ele tinha o controle. Ele tinha força de
vontade.
Yvette.
Ele viu a escrita em seu caminhão empoeirado, logo que ele chegou à
calçada. — Rissy esteve aqui.
Ele sorriu. Então, sua irmã estava em casa. Ele checou seu celular e
com certeza, a chamada que ele não havia respondido a noite passada foi
dela. Ele imediatamente chamou de volta.
— De quem?
— Rissy?
— Não, seu caminhão apenas acomoda dois e eu quero que você traga
Yvette. Venha para casa. Eu vou cozinhar.
Ele fez uma pausa, franzindo a testa. Então, ela sabia sobre Yvette,
hein? Talvez os caras estivessem fofocando como um bando de galinhas
velhas.
Ela bufou. — Será que você tirou um dia depois que chegou em casa?
— E eu não posso esperar para ouvi-la. Então, você está tendo uma
pausa? Eu posso cozinhar um pequeno café da manhã à moda antiga ou
panquecas, o que eu preciso fazer para fazê-lo vomitar tudo?
A luz do sol matutino derramava sobre ela, fazendo sua pele clara
dourada e mostrando destaques avermelhados em seu cabelo escuro. Ela
usava apenas uma camisa, deixando suas belas pernas em exibição. Ele
sabia que ela não estava usando um sutiã, e como ela puxou a barra da
camisa, ele supôs que ela tinha deixado a calcinha para trás, também..
Mal piscando os olhos, ele mentiu. — Sim. — Ela não encontrou o seu
olhar, e ele sabia que era constrangimento. Ele nunca deveria ter
apressado as coisas. — Eu vou esperar, se você quiser ficar pronta.
— O que foi?
Levantou seu olhar fora de seu peito e levou ao seu rosto a tempo de
ver sua língua lisa sobre seu lábio inferior.
Desde que ela ainda estava mexendo com a bainha da camisa, ele
tomou-lhe as mãos e tentou parecer razoável em vez de ligado. — O que
está em sua mente, querida?
— Nós somos bons juntos, — ele disse a ela com satisfação. E ele sabia
que, mesmo se ela não acreditasse, uma vez que ele estivesse dentro dela
seria nada menos do que alucinante.
— Fomos nós.
Ele absolutamente não podia pensar nela fazendo algo agora, não se
quisesse manter qualquer aparência de controle. — Eu ajudei você, é
verdade. É chamado de preliminares, e eu adorei. Mas nunca houve nada
de errado com você.
Ele estendeu a mão para ela, mas ela esquivou-se. — Eu não usaria o
cartão de simpatia, no entanto, eu juro. Eu nunca faria algo tão patético
ou...
— Eu nunca disse...
Ele a beijou, mas apenas por um segundo, porque, caramba, ele tinha
muito a dizer. — E você não é tão manipuladora.
Sem calcinha.
Ela olhou para ele todo, exceto para sua coxa, seu olhar esfumaçado,
os lábios entreabertos.
de seu corpo, ele levantou a camisa de modo que seu abdome rígido estava
contra sua barriga lisa, e, Deus, era doce.
— Eu sei como ler as mulheres. Eu sei como ler você. Você é diferente
de todo o resto. — Ele respirou fundo, então, se inclinou para lamber sobre
um mamilo.
Não era uma provocação lenta. Ele chupou seu peito, saboreando seus
gemidos quebrados, enquanto ela torcia contra ele.
Apoiando uma das mãos na parede perto da cabeça, ele moeu contra
ela.
Então de novo.
— Ela está bem aqui. — Cannon acalmou. — Ela está bem. Muito bem.
Quem está chamando?
— Eu perguntei primeiro.
— Oh.
— Vanity Baker.
Ah, sua amiga de Cali. Querendo saber o quanto Yvette tinha dito a
ela, ele disse: ― Prazer em conhecê-la, mesmo que apenas via telefone
celular.
— Bem aqui, sim. — Tão perto como uma mulher vestida poderia
estar.
Ela estava tão excitada quanto ele, evidenciado pela forma como ela
ficou se contorcendo em sua ereção.
Yvette começou a sair do seu colo, mas ele não estava pronto para
deixá-la ir ainda. Com uma mão em seu quadril, ele a manteve, então
acariciou. — Eu gosto de te segurar.
—Vanity.
Ela engasgou. — Você está na cama com ele agora, não é? É por isso
que ele respondeu? — Outro guincho. — Foi quente? Você já foi
convertida? Você está agora entre a maioria da população?
Apressando-se, Yvette disse: — Mas nós não fomos... Nós não ter...
— Aham.
— Vanity.
— Talvez. Yvette não iria deixa-lo perto dela se você não fosse um dos
caras bons. É por isso que o velho Heath foi arrancado. Mas eu quis dizer
sexualmente. Ela merece
— Vanity!
— Eu poderia visitar.
— Se é conselho...
— Não pensei que sim. Mas apesar de qualquer coisa, eu queria dizer
a você sobre Heath.
Ele não tinha ideia de qual é a resposta certa, então, ele disse: — Eu
não vou deixar nada acontecer com ela.
Yvette apoiou as mãos nos quadris. — Pare com isso, vocês dois. Eu
sou uma menina grande e eu posso cuidar de mim mesma.
— Oh infernos, não. Tentei isso da última vez e veja onde isso nos
trouxe.
Ela fez uma careta, provavelmente porque ela percebeu que Cannon
iria insistir em saber agora.
***
Eles não conseguiram correr, não depois que Vanity falou sobre
Heath. Mas Cannon entrou em seu exercício, seguindo-a pela casa e vigiou
cada detalhe.
Ele andava ao redor dela enquanto ela bebia o seu café e comeu um
muffin, encostou-se na pia enquanto ela escovava os dentes, não se mexeu
quando ela trocou por roupas limpas, mas no chuveiro, ele cedeu e deu-lhe
um pouco de privacidade.
O que significava que ele agora podia ver suas fotos e ele sabe o quão
linda ela era. —E?
Isso era o que ele tinha notado? Próxima à Vanity, tudo sobre ela
desaparecia, ou assim ela pensava. — Vanity estava em um biquíni,
também.
Sorrindo para ela, ele beijou o nariz e deu um passo atrás. — Minha
irmã ligou esta manhã. Ela nos convidou para o café da manhã.
Oh. Sabendo que ele quis dizer com fome de comida real em vez de
sexo, deixou-a murcha, prova de que Cannon tinha virado sua vida de
cabeça para baixo.
Isso o cobria, e foi por isso que ela se recusou a aceitar seus
telefonemas.
Incrédulo, Cannon olhou para ela. — Você está dando desculpas para
ele?
Cannon grunhiu, fazendo sua opinião, de suas táticas para lidar com
ele, compreendida.
Ela odiava como o dia tinha azedado, especialmente quando ele tinha
começado com aquele beijo incrível e a promessa de mais.
CAPÍTULO 14
Armie não podia acreditar que tinha sido convocado para a casa de
Rissy. Porra e maldição, ele não queria vê-la novamente. Não tão cedo.
Não importa que ele tinha chegado cedo ao ginásio, que ele levantou
pesos, feito cardio e batido o saco pesado até que estivesse encharcado de
suor, ele ainda não tinha se recuperado desse encontro com ela ontem à
noite.
— Oi, Yvette. — Ele não se esforçou para olhar para além dela em
Rissy. — E aí?
— Não.
— Huh. — O olhar que Cannon deu-lhe falou alto, ele achou que
alguém tinha fodido com seu caminhão. Alarme levou Armie de volta aos
seus pés. — Isso aconteceu aqui, ou na casa de Yvette?
nós chegamos aqui para o café da manhã por volta das dez, então... — Ele
deu de ombros.
Um par de horas atrás, então, uma vez que agora era meio-dia. —
Ainda assim, — disse Armie. — Eu estou pensando que poderia ser uma
boa ideia colocar algumas câmeras de segurança aqui.
Isso servia perfeitamente para Armie. Foda-se, ele não podia sentir
Rissy ali, a poucos passos de distância. Quanto maior a distância que ele
colocava entre eles, mais fácil de respirar.
Ele olhou para Yvette. — Pode me pegar algo frio para beber?
— Não me diga?
— Sua amiga ligou ontem à noite e disse que Heath tinha pulado em
um avião. Ele postou alguma bobagem em seu Facebook sobre recuperar o
que é seu.
— Você acha que ele já está aqui? — Ele acenou para os pneus. —
Você acha que ele fez isso?
— O que posso fazer para ajudar? Além de dar-lhe uma carona hoje,
quero dizer.
— Pode ser. Pelo que Yvette me disse, ele é o tipo perseguidor. Mas eu
juro, parece mais do que isso.
Rissy trabalha durante o dia. Ele poderia chamar Stack ou Miles para
cobrir as coisas no centro de recreação e, em seguida, passar por aqui para
que ele não tenha que bater de frente com ela.
— Sim claro. Fico feliz em ajudar. Você sabe disso. — Armie imaginou
que poderia colocar em apenas algumas horas. Certamente não demoraria
muito tempo.
— Olá pessoal.
— Cherry. —Agora, havia uma mulher que ele poderia cobiçar, Armie
pensava. — Será que a acordamos?
Encantado por ela, Armie sorriu. Sim, ele sabia que Denver estava
sobre ela, portanto ele não iria ultrapassar. Mas ele poderia divertir-se um
pouco. — A bebida poderia ter ajudado.
— Armie, — alertou.
Armie congelou, estremeceu e se virou para ver Rissy parada lá. Com
os olhos apertados. Os braços cruzados. Uma batida de pé.
Não foi fácil, mas Armie conseguiu manter seu rosto em branco,
mesmo quando Cannon olhou para ele. Steve era um mentiroso maldito,
mas seja o que for.
Ha. Não vai acontecer. Ele não era louco. E ela sabia muito bem como
ele se sentia...
— Bem, se você precisar voltar, Cherry estará aqui, mas acho que ela
pode voltar para a cama. ― Ela apontou para Armie. ― Nem uma palavra
de você.
Esquecendo o que ele estava prestes a dizer, algo a ver com Cherry e
uma cama e não dormir, Armie fechou a boca.
Armie fez questão de não olhar para ela. Inferno, ele tentou não olhar
para Cannon, também. Mas Rissy não tinha se afastado do meio-fio quando
Cannon olhou para ele.
— Por que diabos você não me disse que foi com Steve que você
lutou?
Não vendo nenhuma razão para negar, Armie bufou. — Não houve
luta para ele, é por isso. Ele e seus amigos punk saltaram em mim, deram
algumas lambidas e, em seguida, saíram mancando. Você ouviu Rissy. O
covarde ainda está descansando na cama, sem dúvida exagerando para seu
benefício. — Desapontado com a ideia, ele murmurou, — o bastardo
provavelmente está esperando para apelar ao seu lado mais suave.
— Eu já fiz.
Conhecia Cannon bem o suficiente para saber que ele não o deixaria
ir, Armie deu de ombros. Por que não? Ele o censuraria de forma adequada
e Cannon iria agradecê-lo. — Ouvi-o disparando sua boca, isso é tudo.
— Uh... — Sim, isso o cobria. Mas ele não queria dar a impressão
errada. — Você ouviu Rissy. Ele já é um cão espancado. Por que sujar as
suas mãos acabando com ele?
— Não o defenda.
Infelizmente, Steve era um puto paranoico, por isso, quando ele sentiu
que estava sendo seguido, ele reagiu para ter seu círculo de amigos em
torno de Armie.
— Ruim o suficiente.
— Detalhes.
Agora, o que era aquilo? Armie escutou, mas aparentemente ele tinha
perdido a piada.
— É muito ruim você não ter ido para o Japão com a gente. Nós
tivemos um grande momento.
Armie estava bastante certo de que Cannon iria mudar isso. Se ele
conhecia seu amigo, e ele o fazia, Cannon gostaria de tê-la por perto a
partir de agora.
— Espero que Cannon tenha algum tempo antes que ofereçam a ele
outra luta.
— Deve ser pelo menos alguns meses, — disse Yvette, — mas até
agora nunca parece funcionar dessa maneira para ele.
— Estou curiosa para saber se eles são deliciosos por toda parte.
Cherry brincou com ela, dizendo ―Você deve saber, desde que você
tem a visão de perto e pessoal.
Pobre Denver. Ainda não roubou o show. Embora ele tivesse adorado
ouvir um pouco mais, Armie anunciou-se tocando na parede. — Toc Toc.
Ele colocou seu sorriso perverso. — Peguei vocês fofocando, não foi?
E sobre o material superficial como o corpo de um cara. — Colocando a
mão sobre o coração, ele estalou. — Eu estou esmagado. Eu pensei que as
mulheres eram mais esclarecidas, cuidando apenas de sentimentos e
merda como essa.
— Armie!
Sorrindo, ele cedeu. Oh, ele a provocaria sobre a loja pornô de agora
até a eternidade, poderia até comprar alguns pornôs para seu aniversário,
mas na frente dos outros ele se conteria.
— Uau. — Ela ficou mole com alívio, mas disse: — Na verdade, estou
um pouco decepcionada.
— Não fique. — Cherry era inteligente, ele daria isso a ela. Sagacidade
e coragem, cabelos loiros, olhos castanhos e definitivamente uma cabeleira
agradável. Não é de admirar que Denver fosse atingido. ― Tenho certeza
absoluta que Denver iria felizmente dar-lhe um show, e ele é o melhor no
grupo. ― Ele piscou e saiu.
Quando ele olhou para trás, ele a viu cair em seu assento, olhos
fechados, uma mão em seu peito, a outra abanando seu rosto.
***
Depois que Armie os levou para pegar seu carro, eles se dirigiram
para o centro de recreação.
Ele estava atento a ela, mas não tão focado como de costume.
— Você se divertiu?
Ela adorava vê-lo, ver sua força misturada com gentileza. A maneira
fluida como seu musculoso corpo se movia, quer ele estivesse
demonstrando para os meninos mais velhos ou se debatendo com os mais
jovens. Quando ele ria, seu coração batia mais forte e emoção crescia
dentro dela.
Ela estava parada ao lado agora, conversando com os avós de dois dos
meninos. Eles adoravam Cannon, não apenas sobre como ele havia
influenciado seu neto de uma forma positiva, mas como ele tinha ajudado
com o seu negócio, com sucesso e de forma pacífica, fazendo os traficantes
de drogas se afastarem.
Ela não tinha direitos reais, mas o orgulho quase lhe tirava o fôlego.
Choque enviou tensão para baixo de sua espinha, e ela girou para ver
Heath parado lá. Sorrindo, um sorriso tímido, um sorriso feliz, nada
ameaçador, mas porra, ela o conhecia. Ele realmente fez isso, na verdade, a
seguiu.
Da Califórnia.
Ela tinha que fazer isso. Agora. — Heath. — Com as mãos em seus
ombros, ela se afastou.
Para vê-la.
CAPÍTULO 15
Como se devesse ser óbvio, ele disse: — Eu vim para ver você.
Oh, Senhor. Ela se recusou a olhar para trás, para Cannon. Ela sabia
que se o fizesse, se ele encontrasse o olhar dela, ele se arrastaria para seu
drama pessoal.
Então, ele poderia ter sido aquele que danificou os pneus de Cannon.
Pequenas destruições era certamente a sua coisa.
Ele riu, e o fato de que sua risada soou tão normal, simplesmente
divertida, em vez de insana, não a tranquilizou.
— Não foi difícil. — Mais uma vez, ele estendeu a mão para tocá-la,
mas Yvette se esquivou, ganhando uma ligeira careta. Mostrando seu
desapontamento com ela, ele deixou cair sua mão. — Você está saindo com
um lutador famoso, que fica por aqui. — Ele rolou um ombro. — Não é
preciso um detetive para descobrir que você estaria aqui.
Mas como ele sabia que ela estaria aqui agora? A ideia de ele talvez a
observando, seguindo-a, era tão repugnante, que ela não tinha certeza de
como proceder.
Ela tentou suavizar sua carranca, mas não conseguiu e isso o fez
franzir a testa. — Heath.
Ah. Era aquela voz desequilibrada que ela estava esperando. Ele
cheirava a demanda e desespero, coberto de raiva fervente.
— Isso é o que você tem que fazer e você sabe disso. Você tem que ir.
Ele estendeu a mão novamente, e desta vez esquivando-o não lhe fez
nada de bom. Ele trancou aquela mão grande e dura em seu braço e, oh,
Deus, ela sentiu, sua determinação. Sua intenção.
Ele nunca a machucou. Mas, novamente, ele teve uma série de textos
desagradáveis para deixa-lo neste ponto.
Com um pequeno puxão, ele a trouxe para mais perto, para que ela
quase batesse nele. — Eu sinto a sua falta, — ele insistiu, como se ela
devesse estar feliz em ouvir isso. — Eu sinto falta de nós.
— Não diga isso. — Seu olhar era um pouco selvagem. — Nunca diga
isso. Você sabe que você não quer dizer isso.
Neste momento, ela principalmente queria evitar uma cena. Ela tinha
estado na frente de notícias muito feias já. — Ouça-me, Heath...
Ele estava com seu olhar escuro em Heath, e quando ele olhou para
ele, suas sobrancelhas levantaram.
— Oi, Yvette, — disse ele, dessa forma provocante que ela já tinha se
acostumado. Ainda com uma sobrancelha arqueada, ele meditou: — Você
tem um tipo, não é, boneca? Grande, escuro... — Ele balançou a cabeça. —
Por alguma razão, eu esperava que ele fosse diferente. Mais suave, menor.
Parecendo idiota.
Nem uma única nota de raiva pode ser ouvida em seu tom. Na
verdade, Armie poderia estar discutindo o tempo.
— Eu vim até aqui para vê-la. Eu não vou embora até conversarmos.
Armie olhou para ela. — Você está interessada em falar com o seboso?
Ou eu devo colocar sua bunda na calçada?
Caramba. Armie estava entrando para uma luta, e isso só iria chamar
a atenção de todos no local.
Ele riu. — Agora, querida, você tem que saber que eu não me importo
com uma cena.
Com a boca apertada ela disse, — Você pode não se importar, mas eu
sim.
Contra seus lábios entreabertos, ele perguntou: — Por que não fui
convidado para esta pequena festa?
Sua respiração tocou seu ouvido, e ele disse tão baixinho que só ela
podia ouvir. — Tenha um pouco de fé, querida.
Olhos brilhantes de ódio, Heath olhou para ele. — Eu sei quem você é.
Cannon não perdeu uma batida. — Heath, certo? Como você está?
Ambos os homens olharam para ela, Heath com raiva, Cannon com
apoio. — Estou farta, Heath. O que mais posso dizer? Estamos terminados
e não há mais nada para falar.
— Você tem certeza que quer dar esse tom? — Ele ignorou Cannon e
focou apenas nela. — Depois de tudo?
Quando Cannon apertou, ela colocou a mão sobre ele para deixá-lo
saber que ela poderia lidar com isso. Claro, ela estava tremendo.
Mortificada. Nervosa. Mas ela não deixaria que Heath a intimidasse. — Eu
vou usar qualquer tom que for necessário para você entender.
Heath ficou vermelho de raiva, uma raiva que apontou para Yvette. —
Então você está transando com ele?
Como ela o tinha visto fazer antes, Heath passou de zero a oitenta em
um piscar de olhos.
— Com a forma como você está agindo, você pode culpa-la? — Ele
deixou afundar, em seguida, acrescentou: — Eu sei que você não quer
perturbar qualquer das outras pessoas agradáveis que estão aqui, muitas
delas crianças.
— Você e eu.
Ele olhou para além de Cannon para onde Yvette estava de pé, os
braços cruzados, o rosto quente.
Cannon entrou em sua linha de visão. — Olhe para mim, Heath. Não
ela.
— Estou no Colonial.
Mantendo a cabeça para cima e seu olhar para frente, ela tentou não
correr para longe. Cannon merecia muito mais do que os problemas que
ela trouxe. Ele merecia mais do que um espetáculo.
Droga, ela estava trabalhando nisso. De jeito nenhum que ela iria
deixar Heath arruinar seu progresso.
***
Fazendo o seu melhor para esconder sua raiva, Cannon assistiu Heath
ir até seu carro, notou a marca e modelo, as placas, e esperou até que o
filho da puta desaparecesse na esquina.
Ele se virou e não ficou surpreso ao ver que Yvette tinha ido e Armie
estava lá.
— Ela está na sala de descanso, — disse Armie baixo. — Ela saiu como
uma rainha, mas ela está chateada. Faz-me querer sufocar aquele bastardo.
— Ela vai ficar. — Depois que ele a tranquilizasse sobre o que ele
planejava fazer no momento.
Eles com certeza seriam mais vigilantes para um dos seus próprios.
E ela era. Yvette pode não perceber isso ainda, mas ela tinha sido
aceita no círculo interno, mesmo que não tivesse sido a sua intenção.
Ela não tinha se incomodado em pegar algo para beber. Suas mãos
descavam, calmas e ainda sobre a mesa, mas ele viu o pulso batendo em
sua garganta, a maneira que ela respirava profundamente.
Agora que ele tinha conhecido Heath, ele entendeu melhor por que ela
pensou que tinha um problema. Em uma dúzia de maneiras diferentes,
assim que for humanamente possível, ele iria mostrar-lhe de novo, que ela
não tinha.
— Ei.
Ao som da sua voz suave, ela olhou para cima. Seus olhares se
encontraram. — Ele se foi?
— Sim. — Cannon entrou, mas ele não se sentou. Em vez disso, ele a
puxou para cima e para fora de sua cadeira e em seus braços.
Ela resistiu. — Você perguntou onde ele estava hospedado para que
você possa verifica-lo, não foi?
Ele assentiu.
— Eu duvido que ele vá concordar com isso, mas se ele fizer, com
certeza. — Com um dedo, ele tocou sua boca. — Que melhor maneira de
tornar as coisas claras para ele.
— Ok. — Ele afrouxou seus braços, e quando ela inclinou o rosto para
cima, ele tomou sua boca, beijando-a com todo proteção possessiva
produzida dentro dele.
Toda a raiva que ele tinha mantido à distância soou em seu tom agora.
—Eu queria mata-lo. Você sabe disso, certo?
— A pessoa que precisa de mim? — Porque, porra, ele queria que ela
fosse isso e muito mais.
Ela colocou a mão na sua mandíbula, acalmou ele e sua raiva. — Todo
mundo lá fora estava olhando.
— Eles sabiam o que estava acontecendo, sim. Isso é sobre Heath, não
você.
Ele balançou a cabeça. Ela tinha tão sido ferida, e não importa o
quanto ela tentasse esconder, o quanto ela era determinada como um
soldado, as feridas ainda não curaram. — Não seja boba, ok? Ninguém aqui
está te julgando. Na verdade, qualquer mulher em sua posição teria a
mesma consideração e preocupação dos caras.
Obtendo seu bom senso de volta, ela empurrou para fora da mesa. —
Eu não quero isso.
— Sério? — Ele pegou sua mão e segurou-a. — Bem. Você vai ter que
dizer há um monte de lutadores que eles não precisam notar quando
algum idiota vem e incomoda uma mulher metade de seu tamanho.
Continue. Veja a reação que você recebe.
Desta vez, humor verdadeiro provocou sua boca. — Pare com isso. —
Ela caiu contra ele com um gemido. — Você sabe que eu não vou voltar lá
fora ainda.
Dada a forma como ela estava abraçada nele, ela não se importava
que ele estava um pouco suado. — Armie vai terminar com as crianças e
eu posso tomar banho em casa. Na verdade, eu estava pensando que
talvez...
Armie pigarreou.
última. — Ele apertou-lhe. — Não sei como você faz isso, mas eu aprovo,
eu aprovo.
— Fique à vontade.
— Estou ouvindo.
Pegou Cannon de surpresa. Não que ele estaria lutando pelo título. Ele
estava esperando por isso.
Mas inferno, Justice tinha perdido apenas uma luta como um peso
pesado, embora o homem para quem ele tinha perdido tinha sido um
inferno de uma barreira para o campeonato, por isso fazia sentido mudar
de categoria. — Eu acho que você escolheu um caminho muito difícil,
porque nós dois sabemos que eu vou rasgá-lo em pedaços.
— Ho! — Justice riu alto, fazendo Armie achatar sua boca. — Então,
porra de arrogante.
Yvette não entendia. Ela olhou entre eles. — Vocês vão lutar um com o
outro?
Seu sorriso lento alegou “besteira”, apesar de que Yvette nunca diria
isso.
— Muito bom.
— Quer dizer que ele sabe que seu jogo no solo é péssimo ― disse
Cannon com nervosismo.
Confusa, Yvette olhou para cada um por sua vez. — Eu não entendo.
Isso só fez Justice rir com tanta força que ele caiu contra a parede.
— Oh.
— Tem um pouco de beijo para fazer, hein? Entendi. Não posso dizer
que eu o culpo.
Ele a puxou para um gosto, boca a boca, língua fazendo uma incursão
rápida. Ao redor dela, ele não pôde resistir. — Amo isso. — Mas não tanto
quanto ele amava... Não, ele não poderia começar a pensar nela dessa
maneira. Ainda não. Mas em breve ele estaria a apressando assim. — Eu
também adoro um desafio.
— Sim?
— Está tudo bem com Justice. Convide-o a ficar por perto e fazer uso
do lugar, ok?
Cannon riu, e quando Yvette olhou para ele em confusão, ele disse, —
Armie vai se oferecer para treinar com ele.
A maneira como ela disse isso, seu olhar quente descendo seu corpo,
ele sabia que ela esperava ficar íntima novamente. E ele estava pronto
para essa ideia. Mas primeiro... ― Precisamos ir ver o tenente.
CAPÍTULO 16
Quando a menina apenas fez uma careta para ela, Cannon disse: —
Vamos lá, Button. Seja legal.
— É hora de seu banho, querida. Você pode ver Cannon mais tarde.
Porque ela amava os banhos ainda mais do que Cannon, Bethany foi
de boa vontade, mais ou menos se lançando dos braços de Cannon em seu
pai. — Eu quero bolhas. E o meu barco, e Bob Esponja e Barbie, e...
Ainda esperando para lidar com Heath sem causar muito barulho, ela
estava hesitante em ter os policiais envolvidos. Mas ele estava fora de
controle hoje, e ela sabia disso. Isso significava que ele poderia ser uma
ameaça para Cannon ou o centro de recreação, não só para ela.
Cannon tinha contado a ela sobre Marcus sendo adotado pelo detetive
e sua esposa, depois que seu pai abusivo foi para a prisão e sua mãe
morreu de uma overdose. Pensando nisso agora a deixou com um humor
melancólico. Ela não tinha nenhum negócio em ser tão fraca, quando uma
criança como Marcus poderia ser tão forte.
— Claro que não. — Yvette realmente odiava lavar sua roupa suja,
mas porque ela e Cannon já haviam discutido o assunto, e ela concordou,
ela compartilhou o resto. — Eu tenho e-mails, textos e posts no Facebook,
dele. Além disso, a minha amiga disse que ele está postando sobre mim em
sua página.
Claramente Cannon queria lê-las também, mas ela não ofereceu, e ele
não perguntou.
Ele pegou a mão de Yvette, seu polegar roçando seus dedos. — Não
muito.
Cannon fez uma careta sobre isso, mas Yvette deu-lhe um olhar de “eu
avisei”.
— Você vai precisar de uma ordem de restrição. Isso vai estar no topo
da lista na segunda-feira. Infelizmente, não é válida até que ele tenha sido
notificado. Se ele ainda está no hotel, nós vamos chegar a ele. Mas,
enquanto isso, se você está sozinha e ele se aproxima de você e não vai
embora, chame alguém imediatamente. Mesmo 911, ok?
Agora, ela sentiu-se alarmada. — Você realmente acha que é tão ruim
assim?
Com cada palavra que ela disse, o humor de Cannon escureceu mais.
— Eu sei que você foi franca, e isso é bom. Mas não jogue de legal
mais. Não diga a ele que não é uma boa ideia serem amigos. Diga-lhe que
nunca mais será sua amiga e você não quer que ele entre em contato com
você por qualquer razão.
— Eu sei que ser mau não vem naturalmente para a maioria de nós.
Mas você não quer que ele entenda mal. Ele não pode pensar que ele pode
ser capaz de convencê-la, ou que se Cannon estiver fora, você estaria mais
inclinada em aceitá-lo de volta.
Fora da imagem? O medo bateu nela. — Você não acha que ele...
Yvette sentiu seu rosto ficar quente, mas Margaret apenas balançou a
cabeça. — Bom. Você pode querer pensar sobre a obtenção de um cão,
também. Algo com um grande latido. — Ela continuou listando suas
instruções. — Quando você começar a trabalhar na loja, evite qualquer
cronograma definido. Não deixe a casa na mesma hora todos os dias ou
feche a loja quando você estiver lá sozinha.
Yvette estava sentada um pouco mais reta. — Está tudo bem, — ela
sublinhou, esperando que Cannon deixasse ir.
— Da última vez que ela esteve aqui, ela estava no meio de uma
investigação macabra com todos os jornalistas querendo a sua história. —
Ele caminhou de volta para ela, com a mão no ombro dela. — Seu rosto
estava no noticiário a cada hora, para que possa entender por que ela
prefere evitar a publicidade.
— Obrigada.
Dada a forma hesitante que ela tentava dizer, Cannon arqueou uma
sobrancelha. — O que está em sua mente, Tenente?
— Tudo bem. — Ela empurrou sua cadeira, então ficou atrás dele. —
Você já pensou em dar aulas de autodefesa para as mulheres? — Então, ela
acrescentou: — Há um monte de mulheres do bairro que se beneficiariam.
Yvette se perguntou a mesma coisa. Até agora Cannon não tinha dito
quanto tempo ele planejava ficar por aqui, embora ela agora soubesse que
ele ia ter outra luta chegando.
Ela franziu a testa quando ele balançou a cabeça sem esclarecer por
quanto tempo “um tempo” poderia ser.
Correndo atrás dela com uma toalha, sua camiseta e calça jeans
molhadas, Dash chamava, — Bethany Marie Riske.
Um gato que Yvette não tinha notado correu pelo corredor atrás
deles, mas fugiu debaixo do sofá quando ele percebeu que tinha
companhia.
— Ama ela, — Dash disse, e ele fez uma careta para a filha.
Margaret balançou a cabeça, mas ela sorriu também. — Não saia antes
que ela vista a camisola. Ela vai ficar desapontada se ela não chegar a
dizer-lhe adeus.
— Sim, Mama vai, — disse Margaret, e ela levou sua filha, abraçando-
a. — Diga adeus a Cannon e Yvette, querida.
— Obrigada.
Yvette não conseguia entender o que ela tinha feito para merecer
essas pessoas maravilhosas. Eles todos foram corajosos, mesmo heroicos,
e ela tinha sido... Uma covarde completa.
Sendo honesta, ela disse, — Deste jeito não é como eu queria que
alguém me visse quando eu voltei.
Não foi até que eles estavam em seu carro e fora da garagem que
Cannon falou. — Você pode confiar em todos eles.
Agora que ele tinha dado a entender, virou-se em seu banco e deu
lugar a sua curiosidade. — Quando você toma aquelas longas caminhadas
— Algo parecido.
— Certo. Tenho certeza de que isso é tudo que você fez. Um bom bate-
papo amigável.
— Parece perigoso.
Cobrindo sua mão com a dela, sabendo que havia mais, ela esperou.
Ele levou a mão à boca para beijar os nós dos dedos. — Não sou
incrível, querida. Apenas aprecio o que eu tenho e as pessoas que eu
conheço. Incluindo você. E isso nos traz em um círculo completo.
— Se por algum motivo você não puder nunca chegar a mim, bem,
Rowdy é o cara durão mais honrado que eu já conheci, seguido de perto
pela tenente.
— Uau. — Reunindo uma risada, Yvette caiu para trás em seu assento.
— Você está esperando que eu desperte um grande caos em cada turno?
Porque a sério, Cannon, eu estou esperando que Heath decole e tudo isso
só desapareça, nesse caso, por que eu iria precisar de todo este excelente
backup?
Wow novamente. Ela não tinha nada a dizer sobre isso, exceto que
talvez fosse melhor se ela apaziguasse sua luxúria. Como... Esta noite.
— Eu não, hein?
Agora, ele soava quase irritado. Ela olhou para ele. — Eu não estou
dizendo que você tem que ignorar os insultos de Heath, se esbarrarmos
com ele.
— Caramba, obrigado.
— Mas você pode tentar me deixar lidar com ele antes de você entrar
no meio.
Ele ficou quieto por um tempo muito longo, e isso fez com que Yvette
se tornasse ainda mais incerta sobre seus sentimentos. Cannon era um
cara ótimo para todos. Ele era conhecido por sempre tratar as mulheres
com respeito, mesmo às mulheres que ele recusou. Desde que ela o
conhecia, ele tinha sido um defensor... De todos.
Ela sabia que ele se importava com ela, mas, em seguida, ele se
importava com um monte de gente.
— Sim. — Ele olhou para ela. — Eu vou mostrar para você um dia, ok?
Não é tão longe de carro. Talvez três horas.
Percebendo que ele tinha uma vida inteira montada em outro lugar,
fez muito para amortecer o seu humor. Em caso de necessidade, o seu
tempo aqui teria de ser limitado. — Gostaria disso. Obrigada. — Voltando
ao seu pensamento original, ela perguntou: — Sua casa tem uma garagem?
— Três carros, sim. — Mais uma vez ele olhou para ela. — E uma
piscina. Eu adoraria vê-la em um biquíni.
Ela devia ter sorrido ao ver o modo como ele dizia isso, mas a culpa
tinha um estrangulamento nela, novamente. — Se você não estivesse aqui,
brincando de casinha comigo... - Provavelmente porque ele se preocupava
com ela estar sozinha. ― Então, seu caminhão já estaria trancado em
segurança em uma garagem em vez de...
Como ele poderia não saber? Ela estava tão feliz de estar em casa.
Para estar com ele.
Porque ela não poderia fazer muito sobre Heath agora, ou sobre seus
pneus, ajustou a sua atitude em vez disso, sorrindo, inclinando-se em
direção a ele, para voltar a acariciar seu ombro duro. — Eu estou. Muito.
Uma vez que ela abrisse a loja, ela estaria de volta ao balanço de
trabalho. O que iria fazer muito para ajuda-la a recuperar o equilíbrio
emocional.
— Eu não tenho certeza. — Ela sempre quis ter um, mas seu
apartamento na Califórnia não permitia animais de estimação. E mesmo se
permitisse, seu espaço era pequeno demais para caber um animal.
— Eu também. Com a minha viagem não foi possível, mas você vai
ficar agora, certo?
— Sim.
Mais e mais ele fez planos que pareciam tão permanentes, sem nunca
realmente dizer a ela sua intenção de longo prazo. Mas, apesar das coisas
da vida, ela adoraria ter a companhia de um cão. — Ok.
— Muito.
Suas mãos flexionadas no volante. — Você sabe que há algo entre nós,
certo?
—Isso aí. A luxúria está lá. Eu penso em você e quero você. Eu vejo
você e eu te saúdo.
— Oh. — Seu olhar automaticamente foi para o seu colo, e seus olhos
se arregalaram.
Era o tom, mais do que qualquer coisa, que atraiu sua atenção para o
seu rosto.
O calor encheu seu coração. Recordando como paciente ele tinha sido,
mesmo quando ela lhe contou sobre seus problemas, ela mordeu o lábio.
— Mais?
O que ele queria dizer? Ele parecia querer uma resposta, então, ela
balançou a cabeça. —Tudo certo.
Yvette seguiu seu olhar e empalideceu com o que viu. Fúria misturada
com derrota.
Alguém queria que ela fosse, quando ela tinha acabado de decidir
ficar.
CAPÍTULO 17
Tão orgulhosa.
Ele fez uma rápida varredura na casa, mas tudo estava em ordem. Ele
verificou na garagem, o pequeno quintal, cada janela.
Quando voltou, ela tinha seu telefone celular em sua mão. Sem ele ter
que pedir, ela disse: — Eu estava pronta para pedir reforços, se
precisássemos.
Cannon chegou ao seu redor, desligou a água, e puxou-a até seu peito.
— Isso só vai manchá-la e torna-la pior. Com este calor, ficará seco em
outra meia hora. Então, eu posso lixá-la.
Através de uma risada tensa, ela recostou-se contra ele. — Você tem
uma resposta para tudo?
Ela olhou para ele com aqueles grandes olhos verdes ao mesmo
tempo tristes e doces, e como cada indivíduo em todos os lugares, sua
reação foi uma agitação dolorosa.
— Eu posso encobrir.
Não era um problema. Ele tinha uma rede que poderia cobrir um
monte de terreno. A partir desta noite, ele colocaria tantas pessoas na rua
quanto fosse necessário.
Cannon sabia que era por causa dele. Heath provavelmente tinha
assumido que ela ficaria disponível até que ele pudesse descobrir uma
maneira de convencê-la a voltar para ele.
Uma vez lá dentro, ele tentou uma atitude casual para esconder sua
raiva. — Enquanto eu tomo um banho, por que você não arruma algo para
nós comermos?
Você. Não, ele não deve pensar assim. Especialmente não com ela
observando-o assim, com tanta expectativa. Ele precisava lidar com as
coisas no chuveiro. — Algo leve. Talvez um sanduíche?
Ele tinha tirado a luxúria, mas nem sequer chegara perto de abalar a
possessividade.
Não aconteceria.
De uma forma ou de outra, Cannon sabia que tinha que pôr fim ao
assédio.
Seus cílios varreram quando ela olhou para ele. — Eu não tinha
certeza se você iria querer fritas ou pickles. Quero dizer, por causa de seu
treinamento.
Tinha tanto na bandeja, então, ele pegou uma fatia de pickles. — Isso
está bom, obrigado.
Ela mordiscou o dela e uma vez que ela não era uma comedora
meticulosa, ele tomou isso como um sinal de que ela ainda estava
perturbada.
E isso o fez sorrir. Assumindo que ele teria que sofrer com algum
drama sentimental, ele disse: — O que, então?
Ele a queria pra caramba, mas não sabia uma maneira fácil de seguir
com a sedução.
Por mais que a quisesse nua e sob ele, também queria que ela se
sentisse segura e protegida quando estivesse com ele.
***
Toda vez que ela olhava para Cannon, sua temperatura aumentava.
A última coisa de que me lembrava, era estar esperando por ele fazer
um movimento. Mas ele não tinha. E, tanto quanto ela o odiava por isso, ela
tinha que saber que ele tinha segurado por consideração a ela, talvez,
pensando que ela precisava de mais tempo.
Cannon sempre parecia digno de baba, mas não mais do que nas
manhãs com restolho de barba e cabelo escuro, cara amarrotada de sono e
pesados olhos azuis sombreados por cílios longos.
Quando ele presenteou-a com aquele pequeno, sexy sorriso... Sim, ela
quis exigir que ele a satisfizesse. Bem ali e depois.
Em vez disso, ela ficou muda até que ele a beijou suavemente e se
dirigiu ao banheiro.
Isso significava que ele teria que voltar a treinar de forma mais
rigorosa em breve. Tempo integral. Em Kentucky.
Longe dela.
Se Heath não tinha voado de volta para casa, pelo menos ele não
estava mais tão perto, o que lhe deu conforto.
Para colocar Cannon mais à vontade, ela chamou Vanity e pediu uma
atualização se Heath postou qualquer em seu Facebook. Até agora, ele não
tinha.
Ela poderia dizer que preocupou Cannon, que por sua vez se fez mais
demonstrativo. Ele continuamente a tocou, a beijou, e a observou.
Com todos eles ajudando, a loja agora estava pronta para arrumar as
coisas, a garagem estava quase vazia, a varanda da frente não tinha sinais
de tinta e... E ela sentiu vontade de chorar sem nenhuma boa razão.
Preocupação? Alívio? Um acúmulo de tudo, começando com a perda do
vovô e terminando com um vândalo desconhecido?
Talvez a falta de alívio sexual? Ela soprou o cabelo fora do seu rosto.
Sim, poderia ser isso, porque ao redor do Cannon ela ficava tensa.
— Ei.
Ela olhou para cima, para ver Armie entrando, seu semblante
sombrio.
Uau. Será que Cannon sabia que seu melhor amigo tinha um caso de
amor importante por sua irmã? Duvidoso.
Se assim for, ela era ainda mais sem pistas sobre caras do que Yvette.
— Eu não acho...
Cannon entrou. — Você quer ir até a loja e talvez dar alguma direção
sobre onde colocar o resto das caixas? Ou você só quer que os caras as
soltem e nós podemos arranjar as coisas quando tivermos uma chance?
O que significava que ela ainda não teria a chance de explorar essa
intimidade emocionante com Cannon. Seria melhor se ela ficasse ocupada
em vez de se deter sobre oportunidades perdidas.
Cannon pegou Yvette antes que ela pudesse sair. Sua atenção foi em
seu cabelo despenteado, as bochechas ruborizadas. Ele limpou a poeira da
ponta do nariz. —Seja cuidadosa.
Ela achou difícil provocar com sua consciência dele tão afiada. ― Tem
medo que um dos caras deixe cair alguma coisa em mim?
Que o levou a beijá-la, novamente. — Nós temos que sair para o bar
do Rowdy às seis. — Ele segurou seu queixo com dois dedos por baixo, seu
olhar quente de admiração. — Se de muito tempo para fazer o que você
quiser para se preparar.
Agora, o que isso significa? Ela era uma completa bagunça e sabia
disso. Ela torceu o nariz. — Vai demorar pelo menos uma hora, então, eu
não vou demorar.
Depois que Merissa entrou no carro com Yvette, Armie tentou trocar
de lugar com Denver. Mas Cherry tinha decidido ficar para trás, de modo
que Denver não se mexeria.
Assim que ela obtivesse sua licença de negócio, esperava que dentro
das próximas duas semanas, ela seria capaz de fazer uma grande abertura.
2
Demonstração publica de afeto (Public Displays of Affection)
Merissa suspirou.
— Nosso adorável fã-clube, ― disse Stack. ― Pena que elas não são
moças de vinte e um anos de idade, em vez de adolescentes.
— Eu sei sobre você, — disse Rissy para Stack antes de ela se virar
para Armie. — O que ele fez para você?
Ele fez uma careta para ela. — Eu estava falando sobre Cannon e eu.
Falando sobre eles, Stack disse: — Eles brigam como irmãos, não é?
— Com um braço ao redor de Yvette, ele disse: — Se todos nós acabamos
aqui, eu preciso voltar para o centro de recreação.
Armie disse: — Merissa está indo para lá. Ela pode leva-lo e eu vou
com Yvette.
Merissa abriu a boca para discutir, mas deve ter mudado de ideia. —
Certo. Vamos, Stack. Conversaremos. Sobre as coisas. — Ela lançou um
olhar para Armie, assim ele saberia exatamente o que ela queria discutir.
Não pegando a isca, ele abriu a porta do caminhão para ela. — Quer
saber, né?
— Oh. — Ficando surpreendida com a forma como ele disse isso, ela
balançou a cabeça. — Não, eu estava apenas... - Ele fechou a porta e
caminhou até o lado do motorista.
— Está tudo bem. — Ele ligou o caminhão, mas ainda não se afastou.
Olhando para frente, ele disse: — Eu uma vez fui acusado de alguma
coisa... Muito ruim. O tipo de coisa que nenhum cara quer ser acusado de
ter feito.
Ela não tinha ideia do que "poderia ser", mas ela concordou. ― OK.
— Se ele não estivesse... Eu não sei. Teria ficado muito feio. Mas
Cannon fez o que sempre faz. Ele se envolveu. Encontrado as pessoas
certas que poderia me limpar, levantou-se por mim, mesmo quando outros
não. — Ele flexionou os ombros, quebrando seu pescoço. — Sinta-se livre
para perguntar a ele sobre isso, se quiser.
Armie relaxou o suficiente para piscar para ela. — Veja, é por isso que
você se encaixa bem.
Ela faz? Ela esperava que sim. Ao redor dos amigos de Cannon, ela se
sentia mais em casa, desde que se mudou para a Califórnia... — A coisa é,
isso é entre você e Cannon. Isso não obriga você a mim por extensão.
— Não...
— Eu me diverti.
— Bom.
Ele desceu a rua em direção a casa dela. Eles viram que a porta estava
colocada, e parecia ótima. Melhor do que a porta velha. Provavelmente
mais segura, também.
— Canalha.
— O covarde que fez merda com a sua porta. Eu odeio essa porcaria
sorrateira.
Sabendo que ele provavelmente estava certo, ela disse em uma voz
baixa, — Eu só queria dizer não envolvido com o problema. — E antes que
ele a fizesse se sentir ainda pior, ela explicou: — Eu queria que ele me
visse de maneira diferente, desta vez.
Insultada, ela estreitou os olhos para ele. — Por que é tão engraçado?
— Como diabos você quer que ele te veja? O pobre rapaz está de
cabeça para baixo em cima de você. — Ele arqueou uma sobrancelha. —
Principalmente na luxúria.
— Armie, — alertou.
Mas ele já tinha seguido em frente. — Ele gosta de você, também. Não
teria trazido você em torno do centro de recreação se fosse o contrário. E
claramente ele gosta de você. Não pense que eu já vi o cara tão meloso, e
sempre sorrindo. —Balançando a cabeça, ele perguntou: — Você gostaria
que ele fosse alheio?
— Claro que não. — Ela queria que ele ficasse... Bem, impressionado.
E isso não fez com que ela soasse superficial?
— Então, eu diria que ele está vendo você exatamente como deveria.
— Suavizando, indo mais sério, ele disse: — Mas, querida, eu entendo o
que você está dizendo. Você queria mostrar-lhe que você está livre do
passado.
— Só que ninguém nunca está. Nem eu, nem Cannon. — Ele olhou
para ela. — Nem você. Algumas merdas entram, ficam embaixo de nossa
pele, e enquanto nós podemos nos acostumar com isso, não podemos nos
livrar delas. Faz parte de tudo o que fazemos, e de cada decisão que
tomamos.
— Eu não tenho!
Ela não teve tempo de assimilar isso antes que Cannon abrisse a
porta, puxou-a e cumprimentou-a com sua boca sobre a dela.
—Porque nenhum de nós vai beber. — Ele roubou outro beijo, pegou
a mão dela e começou a ir para a garagem. — Eu tenho que mostrar o que
encontramos. — Ele olhou para trás. — Vamos, Armie. Você vai querer ver
isso, também.
—Sim. Centrado em dois por quatro através das vigas. A maldita coisa
pesa cerca de quase cinquenta quilos. Levamos um tempo para trazê-lo
para baixo.
— Denver ajudou. Ele mal se encaixa através da abertura, por isso era
muito estranho.
— Até então, eu acho que eu vou trazê-lo para dentro, apenas no caso
de ele ter alguma coisa valiosa lá. Duvido, dado o que ele tinha
armazenado, mas... — Cannon deu de ombros. — Pode ser que o que está
lá dentro é tão importante que ele não queria deixa-lo em lugares óbvios.
Embora Armie não dissesse nada pelo seu deslize, teve que apertar
sua boca para não sorrir. — Acho que devo ir. Vou ver vocês dois no
Rowdy's.
Depois que ele saiu, Cannon levantou o cofre para carregá-lo e Yvette
segurou a porta aberta. Ele colocou-o dentro de seu armário para guardá-
lo.
Hoje à noite, quando eles voltassem do Rowdy, ela faria uma pesquisa
para ver se ela poderia encontrar uma maneira de acessar o cofre.
CAPÍTULO 18
Para que? Se Heath ainda estiver por perto, ele não poderá incomodá-
la em um lugar tão congestionado com espectadores. — Eu vou ficar bem,
— prometeu ela. — Vá e se divirta.
Quando Cannon alcançou a frente, Rowdy fez uma pausa para sacudir
a camiseta do bar do Rowdy e, com o bando de mulheres assobiando e o
aplaudindo, entregou a Cannon.
Yvette mal podia ver, mas quando ouviu o novo rugido, ela ficou na
ponta dos pés para espreitar.
Ele puxou a camisa preta, que servia como um uniforme para o bar, e
os aplausos se transformaram em protestos tristes. Sorrindo, Cannon
abanou o dedo na multidão.
Armie parecia resistente, o que lhe disse que ele era o seu cão de
guarda para a noite. —Chovendo no seu desfile, não estou?
Sua mão enrolada sobre sua nuca. Ele colocou a boca na sua garganta,
sua mandíbula, até sua orelha, onde ele sussurrou, — Eu sinto sua falta.
Seus dentes pegaram sua orelha, sua língua tocou e ele respirou, —
Eu estou desestimulando todos os caras que estão procurando o seu
caminho.
— Bobagem, né?
Como se estivesse perplexo, ele estudou seu rosto, seus olhos azuis
escuros na penumbra, seus cílios deixando sombras exageradas sobre seu
lindo rosto. — Incrível.
— O quê?
Seu rosto ficou quente. De jeito nenhum que ela iria dizer a ele como a
palavra “amo” tinha feito seus joelhos vibrarem, ou como o toque breve de
sua língua quente tinha começado uma queimadura lenta, inadequada à
situação.
Quando Denver riu, os dois se viraram para ver Cherry, agora sentada
em seu colo. O que, entretanto, não a impediu de desfrutar de brincadeiras
sugestivas com todos os caras.
Outra hora se passou sem Cannon voltar para eles. Entre as bebidas
que servia, ele deu autógrafo e posou com os fãs. Um cara não gostou de
como seu encontro encarava Cannon. Já bêbado e, obviamente, estúpido,
ele tentou desafiá-lo, mas Cannon riu dele, esquivando-se fora do alcance
de um soco selvagem jogado em seu rosto.
Ela deveria ter usado seu próprio vestido sexy, droga. Mas... Só não
era ela. E por que ela deveria se esforçar tanto de qualquer maneira? Ela
não quer ou precisa competir com Mindi. Ela não tinha feito uma promessa
a si mesma de independente e corajosa? Isso incluía levantar-se para si
mesma.
Ela olhou para Armie. — Por que ele está bebendo se você e Cannon
não estão? — Stack tinha jogado para trás um par de longnecks, também,
como tinha a maioria dos homens.
Ela empurrou seu ombro. — Por que você não disse nada?
— Eu apenas fiz.
Yvette perguntou se isso tinha alguma coisa a ver com o seu passado.
— Onde?
— Onde o que?
Claro que era, ainda mais agora, que ela sabia que ele mantinha
segredos. — Eu quero assistir.
Ela ficou um pouco mais instável do que ela deveria e saltou para
dentro dele.
Então, por que não dizer a ele? Talvez fosse o vinho fazendo-a sentir-
se mais aberta, mas ela gostava de Armie, sentia-se confortável com ele
como um amigo. E ele poderia dar uma grande visão sobre Cannon.
Com um rolar de olho exagerado, Armie a pegou pelo braço e foi com
ela em direção ao bar. — Você está bêbada?
— Não? Sério?
Ele estava sendo jocoso? — Vanity diz que eu não posso segurar
minha bebida. Ela é minha amiga.
—Sim, é verdade, porque você deve saber que você não tem que
preocupar-se sobre...
— Quem?
— Guarde isso, está bem? Ela é a mulher com quem Cannon estava
indo dormir, exceto que eu apareci e acidentalmente descarrilei seus
planos. — O que fazia ela agora contente. —Tenho certeza que ela está
esperando para reconectar...
Outras senhoras esperavam, e como Armie havia dito, era uma linha
desorganizada e enlouquecida.
Ela murchou.
— Ele não trai — disse Armie em seu ouvido para que apenas ela iria
ouvir.
Ela sabia disso, mas ela não queria que ele fosse tentado tanto, talvez
a ponto de lamentar a sua decisão de morar com ela.
Em seguida, o perfume caro bateu nela e ela queria gemer. Ela virou a
cabeça e encontrou o sorriso condescendente de Mindi.
— Olá, Yvette.
Armie também olhou para ela, depois para longe. Talvez, Yvette
pensou, eles poderiam evitá-la e ela acabaria indo embora.
Esse plano foi frustrado quando Merissa acenou para eles do outro
lado da sala. Yvette acenou de volta, mas Armie, depois de um gemido
abafado, deliberadamente pisou para o lado dela e corajosamente correu
seu olhar sobre Mindi, do topo da cabeça até os dedos dos pés e de volta
para seu decote. — Mindi, certo?— Ele perguntou aos seus seios.
Fascinada, Yvette estava ali, com os olhos arregalados. Isso foi porque
Mindi o excitava, ou porque Merissa estava assistindo? Ela olhou para o
lado, pegou a mágoa no rosto de Merissa.
Mindi se envaideceu.
— Eu não vou?
Firme, confiante, ele declarou: — Você vai voltar para casa comigo.
— Olhe para ele o tanto que você quer querida, eu não me importo.
Mas é o mais longe que isso vai. — Ele tocou sua clavícula, e ambas, Mindi
e Yvette, prenderam a respiração. Mas ele apenas afastou seus dedos por
cima do ombro, em uma pretensão de mover seu cabelo para trás.
Bom Deus. Isso era pior do que assistir a um filme pornô, porque era
perto e pessoal. Yvette precisava ficar longe deles antes que ela visse mais
do que ela queria.
Bem, se ele comemorou com ela ou não, ela apreciou como ele tinha
dado Mindi um novo foco.
Até que Mindi paralisou-a dizendo, — Eu queria falar com você sobre
Cannon. — Cutucando Yvette para um canto mais calmo, ela acrescentou:
— Mais especificamente, sobre você e Cannon.
— Eu não posso imaginar por que. — Elas tiveram que pisar próximo
da linha de Cannon. Ele estava agora servindo bebidas para senhoras que
agitavam seu dinheiro no ar.
Dificilmente. Cannon se esquivou dela em cada turno. Isso foi até que
ela quase tinha sido morta.
Cada palavra cortava mais profundo. Ela tinha sido apaixonada por
ele muito antes disso. Mas sim, tê-lo vindo em seu socorro significava que
ele tinha roubado seu coração para sempre.
Ou, pelo menos, sair do bar lotado para que ela pudesse resolver
através de sua mágoa, sozinha.
Com nenhum incentivo dela, Mindi continuou, — Você tem que ser
realista querida. Você sabe que ele tem uma vida para voltar. Uma carreira
grande e muito exigente.
Verdade.
— Eu sei disso. — Assim como ela sabia que, eventualmente, ele teria
que voltar para lá.
—Se você sabe disso, então, porque você está criando uma vida aqui,
uma vida que eu sei que você quer com Cannon? Isso é apenas estar se
preparando para dor de cabeça.
Se ele soubesse que Mindi estava repetindo tudo para ela, ele viria em
seu socorro. Mais uma vez.
Como Mindi tinha acabado de explicar, ele ainda a via como uma
imatura menina carente, incapaz de cuidar de si mesma.
Ela tinha ido lá com Cannon, mas ela não iria perturbá-lo. Não para
isso.
Talvez porque ela o observava, ele olhou para cima e seus olhares se
chocaram. Embora ele sorrisse para o homem falando com ele, ela ainda
sentia seu escrutínio. Seus lábios rígidos formaram um sorriso e ela
conseguiu um aceno de cabeça.
Infelizmente, isso só aguçou sua atenção. Ele deu um passo para longe
da multidão e Mary o bloqueou.
— Ele está convencido de que você precisa dele. Por que você acha
que ele foi morar com você?
— Adeus, Mindi.
Não havia nada que Yvette poderia adicionar a isso, então ela se virou
e começou a empurrar o seu caminho através da multidão. Ela ouviu
Denver chamada por ela. Stack olhando para ela.
Eles estavam todos preocupados por ela e, caramba, ela não queria
isso.
Yvette desviou o olhar de dois homens que olhavam para ela. Indo
para a parede mais próxima da porta, ela descansou para trás, as palmas
das mãos plana contra o tijolo áspero. Cinco minutos, isso era tudo que ela
precisava. Cinco minutos para limpar a cabeça e recuperar seu equilíbrio.
Decidindo que já estava se sentindo melhor. Ela podia lidar com isso,
e ela faria.
— Sim, bem. Não estava planejando falar muito com ela, de qualquer
maneira.
Nunca mais.
— Tudo bem. — Antes de sair, ele apontou para ela. — Se você deixar
uma cadela como Mindi incomodá-la, eu vou estar muito decepcionado
com você.
Armie engraçado.
Cannon maravilhoso.
Ohio... Casa.
Então, ele não tinha ido embora, depois de tudo. O medo tentou se
intrometer, mas eles estavam em público. Pessoas ao seu redor. Edifícios
iluminados. Tráfego.
Preocupada com seu estado de espírito, ela tentou passar por ele.
— Deus, não. Enviei um policial para falar com você, para dizer-lhe
para me deixar em paz.
Ela se esforçou para se afastar da ameaça de seu tom baixo, seu corpo
grande. — Ele quer que você me deixe em paz, o mesmo que eu.
Sua mão apertou ainda mais. — Será que aquele filho da puta te
deixou bêbada?
— Saia do meu espaço e você não vai. — Ela empurrou com força
contra seu peito, mas com muito pouco esforço ele puxou-a perto de seu
corpo, apertando-a com tanta força, que ela não conseguia respirar.
CAPÍTULO 19
Ele já havia dito que não haveria nada entre eles. Ele não sentia
vontade de refazer novamente tão cedo.
Mas ela emaranhou uma mão na parte de trás da sua cintura e deu um
puxão. Quando ele olhou para ela em descrença, ela disse: — Eu sinto
muito, — disse, em seguida, novamente para o jovem casal que tinha
estado a ponto de servir. — Eu não iria interromper, exceto que isso é
importante. Pelo menos, eu acho que é.
Algo em seu tom lhe fez parar, e isso fez com que ele
automaticamente varresse o bar a procura de Yvette.
Ele não a viu. Armie tinha afirmado que ela só estava recebendo ar e
estaria de volta.
Ajuda com o quê? Ele entregou a bandeja sobre o bar para Rowdy. —
Eu estou fazendo uma pausa.
— Claro. — Ele pulou a sua atenção para Mary, mas não fez nenhum
comentário. —Você necessita de qualquer maneira.
— Yvette?
— Eu a vi lá fora.
Ele sabia que Mary o seguia, talvez alguns outros, também. Droga,
Yvette odiava cenas. Se ele fosse lá fora, a metade do maldito bar iria com
ele.
Mas o seu coração batia mais forte e uma mistura perigosa de fúria e
medo se acumulava dentro dele.
Heath abriu uma porta do carro e Yvette protestou. Ela se virou para
sair, mas Heath agarrou-a de volta.
— Deixe-a ir. — A ordem letal deve ter dado a Heath uma pausa,
porque ele hesitou. Yvette quase se afastou, mas Heath pegou na parte de
trás de sua camiseta. Ele rasgou a partir do ombro.
Sem se importar com quem pudesse ouvir, Cannon lhe disse: — Você
está tão fodidamente morto.
Ele só teve um segundo para olhar para Yvette, para ver que ela
estava bem, antes que Heath estivesse lá, bem na frente dele.
Cannon o encontrou com um punho que bateu sua cabeça para trás.
Outro para seu intestino. Quando Heath voltou, Cannon chutou as costelas.
A batida soou como uma explosão, e ele sabia que ele tinha acabado de
quebrar uma costela ou duas.
Fácil só porque Armie não estava lutando com ele. Era mais uma
questão de impedi-lo de matar o imbecil.
Ele tentou. Mas o que sentia naquele momento, sede de sangue puro,
era noite e dia de uma luta sancionada onde ele usava a calma para vencer.
Diferente da defesa que ele ofereceu aos negócios da vizinhança para
combater os criminosos. Diferente de... Qualquer coisa que ele já conheceu.
Ele vinha evitando olhar para Yvette, só porque naquele momento ele
não conhecia a si mesmo. Ele lutou em muitas competições. Lutou por
justiça. Lutou por amigos.
Três anos atrás, ele tinha lutado com o filho da puta fodido que tinha
tentado estuprar Yvette, que provavelmente a teria matado. Isso tinha sido
devastador. Para ela e para ele.
Mas isso era muito mais pessoal, porque na época ela tinha sido uma
menina doce do bairro. Jovem demais. Intocável.
Precisava.
— Estou bem.
Afastar-se dela parecia sua melhor escolha, mas ele só conseguiu dois
pés antes de voltar. — Eu estou envolvido porque estamos envolvidos.
— O quê? Você?
— Sexo? — Ele enfiou uma mão em seu cabelo, ancorando-a para ele.
— Um relacionamento?
Ela não lutou com ele, apenas ofegou de surpresa. Ele afundou em sua
língua, roubando o som.
Provando-a.
Sua confusão.
Usando seu braço livre para arqueá-la mais perto, ele virou a cabeça,
consumindo-a, saboreando seus pequenos gemidos, a aceitação no seu
gemido suave.
Jesus.
De jeito nenhum. Ele inclinou a cabeça para trás para tentar vê-la, mas
ela gritou e apertou-o novamente.
Ele esfregou as mãos para cima e para baixo das suas costas. — Você
está histérica?
Armie riu.
— Não me afaste, — ela disse quando ele tentou mais uma vez ver o
rosto dela. — Minha camiseta está rasgada, lembra? Eu estou usando você
como um escudo.
Incrível que ela poderia manter-se equilibrada, dado tudo o que tinha
acontecido. Mas a maneira como ela se manteve o incomodava. Ela se
agarrou a ele, ela o beijou de volta, mas, caramba, ele sentiu... Algo. Alguma
distância. Alguma fachada forjada de autodomínio.
Ou por ele?
Ela ficou quieta naquele momento, então, ele suspirou e imaginou que
ele só precisaria corrigir, assim que eles estivessem sozinhos. E pensando
nisso... Ele virou a cabeça, procurando. — Onde está Heath?
Armie olhou para onde ele estivera, mas um mar de corpos agora
enchia o espaço.
***
Yvette sentia-se como o Pied Piper3 quando todos eles voltaram para
o bar do Rowdy, seguido pelos clientes. Armie tinha lhe dado sua camiseta
para cobrir a rasgada, mas ela ainda era uma bagunça, ainda o centro de
sussurros e olhares curiosos e especulações. Ela odiava.
Mesmo durante esta nova crise, o respeito que ele tem daqueles ao
redor dele, a fez orgulhosa.
Sua posição era tão insustentável, que ela não tinha certeza do que
fazer ou dizer. Ela sentiu, como todos os homens a observavam. Sua
preocupação queimou de dentro para fora, deixando seu rosto quente e
sua garganta apertada.
33
O Flautista de Hamelin - é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm e que narra um desastre
incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284.
Assim, tão burra. E agora toda essa confusão. Por que ela não tinha...
O silêncio encheu a sala até que Cannon se levantou e foi para Logan.
Ela podia ouvir as vozes abafadas, mas não exatamente o que foi dito.
Ela pensou nisso, como estava assustada, em como ela foi estúpida, e
as lágrimas ameaçaram. Respirando fundo, ela lutou contra elas.
Sim, ela tentou escapar, mas ele a conteve, implorando com ela antes
de entrar em um acesso de raiva.
Sim, ele tentou coloca-la em seu carro. Foi assim que o braço ficou
ferido, sua camiseta rasgada.
Ela não sabia sobre Mary até que Cannon explicou como ele soube
que havia um problema, porque ele tinha ido em busca dela.
A próxima vez que Yvette a visse, ela tinha que lhe agradecer.
Levantando o copo de isopor, ela terminou o café. Não foi fácil, mas
ela se forçou a sentar um pouco mais reta, para parar de evitar o contato
visual.
— Depende do que ele fizer. Temos seu carro, marca e modelo, uma
boa descrição dele. E Cannon diz que ele está ferido.
Com um som evasivo, Logan bebeu mais café. — Então, ele vai
precisar de cuidados médicos?
— Provavelmente.
Yvette olhou para ele, horrorizada. Não, Heath não estava nem perto
de ser Cannon. Mas ele era insano.
Logan queria que ela fosse pela história de novo, apenas para garantir
que os detalhes permaneciam o mesmo e ela não tinha esquecido nada.
— Não mais. — Ele olhou para ela e para Cannon de volta. — É uma
boa ideia se você não ficar sozinha.
CAPÍTULO 20
Cannon não queria sair, nem mesmo por um segundo. Mas ele
também se recusou a deixá-la desprotegida.
— Fique aí um minuto.
— Observar a vizinhança?
Ele assentiu. — Você pode ficar com ela enquanto eu vou falar com
Armie? Então, eu só vou precisar de dez minutos para ter as coisas
alinhadas.
Cannon o deteve com a mão em seu braço. — Ela é... — Estoica além
da razão. — Isto é...
Mas pensar nisso agora era uma grande distração do que precisava
ser feito.
Ele encontrou Armie exatamente onde ele esperava que ele estivesse:
em uma conversa com os outros caras, fazendo planos. Eles estavam fora
juntos, bem longe dos policiais para não serem ouvidos.
— Então. — Armie enfiou as mãos nos bolsos. — Você ainda está com
os olhos vermelhos e com uma aparência feroz.
— Fora de controle?
— Não.
— Olhe isto deste modo, — disse Armie, nunca desistindo. — Será que
você realmente queria que Yvette testemunhasse você eviscerando ele?
— Ho. O que é isso? Você queria que ela começasse a berrar e ficasse
histérica? Porque eu tenho que dizer, eu odeio essa merda.
Ele lançou seu cenho ao redor em cada um deles e percebeu que suas
noites haviam sido queimadas, também. — Desculpa.
Ele deu de ombros. — Ou ela vai esperar ou ela não vai. Nada demais.
— Ele apontou para Cannon. — Mas você já ganhou o prêmio, então, por
que perder tempo aqui com a gente? Nós temos tudo sob controle.
Provavelmente.
Será que ele queria que ela o necessitasse? Não. Isso nunca. Ele amava
sua força e independência. Mas ele precisava de sua confiança.
Esfregando uma mão sobre o rosto, Cannon riu de novo. — Certo. Fico
feliz que eu sempre posso contar com você para se concentrar nas coisas
importantes.
Cannon fez algumas ligações, fez arranjos, depois fez suas próprias
perguntas para as testemunhas. Tudo se resumia ao fato de que Heath
tinha tentado levá-la, ela tinha resistido e o bastardo tinha fugido.
— Nós vamos levá-lo conosco. — Agora que ele tinha feito tanto
quanto podia, ele queria levá-la para casa.
***
Quanto mais pensava sobre isso, mais Yvette não podia acreditar em
seu próprio comportamento.
A mulher que não poderia ter um clímax. Ou melhor, não podia, até
Cannon.
Mesmo agora, sabendo que ele só estava passando um tempo, que ele
havia revelado suas mágoas mais profundas e mais escuras para Mindi, ela
ainda o queria.
Desesperadamente.
Fazia sentido. Cannon era um cara ótimo, respeitado por muitos. Ele
tinha um corpo perfeito, forte.
Pensar nisso enviou calor adicional pulsando entre suas pernas. E sua
barriga. Seus seios. No fundo do seu núcleo.
Graças a Deus ninguém lhe pedira para repetir essa parte das coisas.
Ela tinha acabado de dizer que Cannon estava verificando-a e foi assim que
Heath escapou.
Ela não sabia onde Cannon tinha ido depois de deixá-la na sala de
descanso. Ele não disse, e ele estava tão distante agora, ela não perguntou.
Graças a Deus Armie lhe tinha dado sua camisa para vestir. Isso, pelo
menos, a manteve decentemente coberta, escondendo sua própria camisa
rasgada. Ela também era grata que ele tinha parado Cannon de ferir Heath
mais. Não que ela se preocupava com as lesões de Heath, mas ela não
queria que Cannon tivesse que lidar com as consequências por causa delas.
Ela não via a atração. Mas então, ela não era do sexo masculino.
Homens, ela descobriu, eram difíceis de entender.
Tudo.
Uau. Ela nunca tinha visto ele num estado de espírito como este.
Normalmente, ele era mesmo moderado, a calma personificada, no
controle total.
Incerta de como lidar com ele, ela mordeu o lábio, então, perguntou:
— Comigo?
Intensificando o cenho franzido, ele olhou para ela, antes de levar sua
atenção de volta para a estrada.
Naquele momento, ela não o queria. Quando ela pensava nele falando
com Mindi sobre ela, a deixava desolada. Mas entrar em tudo isso agora só
faria uma noite ruim piorar.
Se tudo o que ele queria era, como Mindi tinha dito, era terminar o
que tinha começado, bem, ela queria isso, também. De alguma forma, ela
tinha que fazer isso ser suficiente, e ele nunca saberia que ela ainda
carregava sua paixão colegial.
Sabendo o que ele esperava, ela veio com a primeira desculpa que
pudesse encontrar sem abrir outra veia. — Você tinha fãs fazendo fila para
vê-lo.
— Recebo pausas, também. — Esse tom calmo gelado era pior do que
um grito. — Ou você achou que eu precisava atender aos fãs durante
quatro horas seguidas?
Ela estremeceu; a maneira como ele disse, a fez soar idiota. — Eu não
queria ser um incômodo.
Ela ignorou isso para enfatizar, — Eu não sabia que Heath ainda
estava por perto. Eu não sabia que ele era idiota o suficiente para tentar
me arrastar, com as pessoas ao nosso redor. Até esta noite, ele sempre foi
uma dor, mas não um psicopata total. — Ele tinha escalado para o papel
insanamente obcecado tão rapidamente, ela precisava de tempo para se
adaptar. — Eu não quis sair com ele por vontade própria, você sabe!
Até agora, até que ele disse isso, ela nunca o tinha visto ser um idiota.
Ela não podia ter ar suficiente. Voz tensa, ela lhe disse: — Sim, eu odeio
cenas, tudo bem? Eu tenho uma boa razão e você sabe disso!
Seu olhar piscou para ela novamente, talvez com remorso, mas não
podia dizer com certeza.
Mas este era Cannon, e não importa o que, ela sempre se sentiria mais
segura com ele, nunca ameaçada.
Ela entendeu que sua fúria era em seu nome. Deixando de lado
quaisquer erros de julgamento quando se tratava de Mindi, Yvette sabia
que ele se importava com ela, como ele se importava com todos. Ela não
podia suportar vê-lo assim.
Ele era um grande lutador, mau, mas talvez ele precisasse também.
— Não.
Abraçando-se ao seu braço, ela suspirou com o contato com seu corpo
quente. Músculos sólidos como rocha, flexionados sob suas mãos, mais
provas da sua ira. — Eu estou bem, — ela disse-lhe suavemente.
Eles estariam em casa em mais dois ou três minutos. Ela queria uma
tigela de cereais, seus pijamas, Cannon e cama. Não necessariamente nesta
ordem.
Ela colocou a cabeça contra seu ombro. — Ele continuou dizendo que
me amava e só queria falar. — Precisando do contato, ela deslizou os
dedos sob a manga de sua camiseta, abrindo a palma da mão sobre toda
aquela força elegante e quente. Ele tinha os ombros e bíceps mais
surpreendentes, ela queria mordê-lo. Lambê-lo.
— De jeito nenhum.
Parecia tão quieto, estar na estrada esta hora da noite com apenas um
carro ocasional passando. Ela preguiçosamente acariciava o interior do
braço de Cannon, onde ele era elegante, suave e duro.
— Não fique com raiva de mim, ok? — Ela estava cansada demais
para isso.
— Nós veremos.
O que significava que ele planejava falar esta noite. Outro gemido
tentou sair, mas ela engoliu de volta. Se ele precisasse conversar, ela
falaria. Talvez enquanto estivesse sentada em seu colo.
Em seu pijama.
Mas se ele queria conversar em vez disso, ele poderia muito bem
esperar, pelo menos, até que ela conseguisse seu cereal.
***
Ele lutou com o seu temperamento, sabia que era inútil e considerou
ir direto lá embaixo, para o equipamento de treino no porão.
Não faria mal para ele trabalhar fora alguma raiva antes de confrontá-
la.
Louco? Inferno, louco nem sequer chegava perto. Ele foi pego em tal
fúria emocional que era tudo o que podia fazer para não sair e encontrar
problemas. Certamente, alguém em algum lugar do bairro precisava de
uma boa surra. E se fosse mais de uma pessoa, isso lhe serviria muito bem.
Mas ele era respeitado em seu papel auto atribuído como defensor da
paz, em grande parte porque ele não procurava problemas.
Vigilante, ele foi até a janela puxou-a para baixo e, graças a uma lua
brilhante, viu a sombra se movendo do outro lado do gramado.
***
chão. O item que tinha navegado através da janela? Lá, metade debaixo da
mesa...
— Espere!
Ele realmente queria partir alguém, ela podia dizer. Mas ela não
queria ficar sozinha.
Usando a pausa para sua vantagem, Yvette agarrou seu braço. — Não
se atreva a ir lá fora. — Ela preparou uma desculpa para o porquê que ele
deveria ficar, mas a preocupação rapidamente se tornou uma realidade.
Com as mãos tremendo, ela fez a chamada, então se inclinou para fora
da porta da cozinha para ver como Cannon desceu o corredor, desta vez
com mais discrição. Ele verificou a porta do porão, viu que ainda estava
trancada e continuou até os banheiros e quartos.
— Por que você não vai tomar seu banho enquanto eu cuido disso?
Ela se sentou no capô de seu carro, joelhos para cima, pulando com
cada som. Quando Cannon martelou uma prancha de madeira sobre a
janela, ela tapou os ouvidos e fechou os olhos.
Ela não estava, não por um longo tempo, mas ela balançou a cabeça de
qualquer maneira. — Cansada. — Forçando a cabeça para cima, ela
4
Balas de borracha.
Por alguma razão, isso a fez sorrir mesmo quando seus olhos
queimavam. —Sinto muito.
— Tudo certo.
Ela não protestou quando ele a levou para o banheiro. E quando ele
ficou de modo que eles escovavam os dentes lado a lado, ela estava
agradecida por não estar sozinha.
Mas, então, ele tirou sua roupa enquanto ela lavava o rosto, o que a
fez colocar sabão em seus olhos, porque, sério, como ela não podia
assistir?
Quando ela terminou, ele pegou sua mão e, vestindo apenas boxers
justas, andou com ela de volta para o quarto.
A cada passo que davam, o seu coração batia mais forte, fazendo-a
sem fôlego. Antecipação chiava ao longo de cada terminação nervosa.
Ele abriu uma gaveta e tirou outra camiseta da SBC, então, a segurou
no punho enquanto a encarava. — Você não está dormindo com a camiseta
de Armie.
Com a voz trêmula, ela lhe disse: — Você pode olhar. — Ela o queria.
Ela queria que ele a olhasse, tocasse e beijasse...
Será que ele não entende o quanto ela o queria? — Então, não vamos
parar.
Com os braços ao redor dele, ela alisou as palmas das mãos sobre seu
cabelo no peito, para baixo naquele abdome sólido. Ele deixou cair à
camiseta e pegou seus pulsos. — Você não sabe o que está fazendo.
Ele riu, o som tenso. — Sim, você faz. — Ainda apertando seus pulsos,
ele respirou fundo e se virou para ela.
Embora ela usasse apenas uma tanga rosa pálido, sua atenção
permaneceu teimosamente em seu rosto.
Ela poderia ter se sentido mais que humilhada, até mesmo magoada,
exceto que ela sabia que Cannon estava tentando ser nobre em seu
benefício. Hoje à noite tinha sido duro e ele pensou que ela precisava de
tempo para recuperar.
Se ela quisesse que Cannon a visse de forma diferente, ela teria que
ser diferente, também.
Mais ousada.
— Só um pouco.
—O quê? — Com uma clara reserva, ele segurou seu rosto, levantou-o
para que ele pudesse morder o lábio inferior e depois acalmá-lo com a
língua. — Se eu ficar louco com você? Porque é onde eu estou, querida.
Nenhuma elegância, nenhuma paciência como eu tive na última vez.
Ele bufou.
Atordoada que ele ainda iria negar-lhe, Yvette empurrou para trás
para ver seu rosto. —Eu estou começando a pensar que você é o único com
o problema!
Depois de colocar uma mão sobre o rosto, ele acenou com a cabeça. —
Talvez o meu problema seja com você.
- Você não confia em mim, Yvette, e eu quero que você faça. Quero
isso tão malditamente.
—Não, você usa essa máscara, escondendo quem você é e o que você
sente. Como você reage às coisas. Você não confia em mim para não julgá-
la. Você não confia em mim para ver a verdade das coisas.
— Que verdades?
Não, ele não poderia ler sua mente tão facilmente, conhecê-la tão
bem. — Eu não entendo você. — De repente, ela se sentia nua, se ajoelhou
e agarrou a camiseta que ele deixou cair no chão.
Cannon estava sobre ela. Ela puxou, mas ele não se mexeu. Ela estava
no nível dos olhos com seu colo, ele vestindo apenas cueca, ela em um fio
dental.
Eles deviam estar tendo sexo, não discutindo. Se fosse qualquer outro
homem, além de Cannon, eles estariam.
Mas se fosse qualquer outro homem, ela não iria querer isso.
— Mindi e Armie?
Ele estava ofendido? Cheio de acusação, ela ficou na ponta dos pés e
inclinou-se em sua raiva. — Você fez! Você disse a ela toda a minha
história!
Ela ficou ali, sem saber o que fazer a seguir, temendo fazer outro
movimento errado.
— Você acha que eu quero uma transa rápida? — Com uma ternura
que parou o coração, Cannon acariciou seus cabelos, moveu-o para trás
dos ombros para que pudesse ver melhor seus seios. — Você acha que
quando eu estiver dentro de você, eu vou parar?
A maneira como ele olhou para ela agora... Ela balançou a cabeça. Não,
ela não tinha pensado nisso. Não até Mindi ter descrito isso para ela. Em
seguida, tudo parecia muito plausível. — Honestamente, eu não sei mais o
que pensar.
CAPÍTULO 21
Como ela poderia pensar que uma vez seria suficiente? Ele percorreu
uma gama de emoções hoje, terminando com a raiva entorpecente que o
tinha deixado louco.
Boca aberta na pele dela, ele gentilmente fez o seu caminho até seus
seios, chupou um mamilo duro, cuidou dele enquanto puxava o outro com
as pontas dos dedos.
Ela gemeu seu nome, com as mãos em seu cabelo, segurando-o mais
perto.
Seu pau latejava, doía. Queria-a para sempre, negou-se por muito
tempo. Ela já estava úmida e ele a saboreou através da calcinha,
pressionando com a língua, mordendo levemente.
Ela tentou se afastar, mas ele manteve os quadris firmes. Ela tinha
sido avisada e ela queria isso, de qualquer maneira.
— Cannon?
Com ambas as mãos, ele abriu suas coxas. Yvette virou o rosto no
travesseiro, com as mãos em ambos os lados de seus quadris.
Seu peito trabalhava com um fole, a pressão aumentando até que ele
tão cuidadosamente separou sua vulva para expor ainda mais dela.
Ele tentou lutar contra isso, mas com cada pequeno som que ela fez, a
pressão cresceu dentro dele.
Discutível.
Tão pronta.
E ele adorou.
Ele queria ser gentil, mas ao invés disso ele bateu nela, mais duro e
mais profundo até que ela levantou as pernas ao redor dele. Cravando seus
calcanhares nas suas costas, ela combinava com seu ritmo urgente.
Mas por dentro, ele a sentiu ainda segurando-o com força. Sentiu as
pequenas ondulações de sua necessidade. O calor de sua pele e o martelar
de seu coração.
Ele tinha o rosto em seu pescoço, então ele esfregou contra ela e a
sentiu tremer.
E maldito se ele não sentia sua pequena língua quente lamber seu
ombro suado.
Lutando para ficar em seus antebraços mais uma vez, Cannon olhou
para ela. Seus lábios estavam inchados, seus cabelos enredados ao redor
dela. Ela tinha leve corado em suas bochechas e os olhos pesados, de uma
mulher em extrema necessidade.
— Melhor.
Ele não poderia ter se preparado para o impacto. Ele olhou para ela
esparramada na cama, sua para ser tomada, e isso fez coisas para ele.
Coisas que ele percebeu que estava sentindo mesmo antes de ela ir
para a Califórnia. Agora elas estavam amplificadas, mais tangíveis, porque
ele podia tocá-la e prová-la.
Fode-la.
Enquanto ele estava ali olhando para ela, ela moveu os pés inquietos,
agarrou as mãos no lençol.
Observá-la era a coisa mais erótica que podia imaginar. Sem pressa,
ele passou os dedos sobre ela, depois enfiou um dedo nela. Ela se
contorceu, seus quadris torcendo, sua respiração vindo mais rápida.
Vê-la preparada deste jeito agitou-o mais cedo do que ele estava
acostumado.
Ela mal se acalmou, sua respiração ainda estava forte, quando ele se
livrou do preservativo gasto e rolou outro. Não lhe dando tempo para se
preparar, ele colocou as mãos sobre os joelhos, empurrou-os para trás e
afundou nela.
Ela resmungou em seu sono e se virou para seu lado, arrumando uma
perna.
Ele queria tocá-la novamente. Inferno, ele queria beijar pela sua
espinha até a sua bunda perfeita. Mais tarde, ele disse a si mesmo.
Esfregando as mãos sobre o rosto, ele se ajeitou. Ela não precisava ser
molestada em seu sono. Ele puxou as cobertas, levantou-a e a cobriu
novamente.
***
Outra risada, seguida por um riso suave. Alguém agarrou seu pulso,
dedos duros apertando em um aperto de ferro. Outra mão no ombro dela.
Seu pescoço. Ela lutou silenciosamente. Mas mais mãos se juntaram aos
olhos, os rostos se aproximando...
Durante muito tempo ele procurou seu rosto até que ela não
conseguia mais encontrar seu olhar.
Ele se virou em suas costas, mas a puxou para cima de seu peito, suas
mãos apertando sua parte traseira. — Você teve um pesadelo.
Ela piscou para ele, um pouco mais incerta, agora que a luz do sol
manhã inundava o quarto.
Aturdida do mau sonho seguido de seu toque ousado, ela lutou para
se recompor. —Nós tivemos sexo incrível em seu lugar. — Sim, se ela
pudesse apenas se concentrar nisso...
— Muito incrível.
— Nada disso. — Ele tomou sua boca em um beijo que mal estava lá.
— Você quer fazer isso aqui, agora, ou você preferiria usar o banheiro e
pegar um café?
Torcendo, tentou ver o relógio, mas ele não lhe deu muito espaço para
isso.
Ele assistiu seu sono? Seu rosto esquentou e, então, ela percebeu... —
eu caí no sono.
— Sim.
— Eu quero dizer...
— Você é tão sexy. — Sua grande mão esquerda deixou seu peito e,
em vez disso, ele segurou o lado de seu rosto. — Mas nós temos que
conversar.
Isso tinha que ser uma piada. Mas não. Ele parecia muito sério.
Incrédula, ela empurrou seus ombros, mas ele não se mexeu. — Por que
você iria começar tudo se você não planejava que...
Mas como ela poderia ter certeza? —Você sempre gostou de sexo. —
Ele tinha dito isso a ela.
— Verdade. Mas com você é mais. — Juntando o outro seio, ele roçou
os lábios sobre o mamilo, fazendo-a querer muito mais. — Vai ser sempre
mais. — Soprou suavemente contra ela, em seguida, encontrou os olhos
dela. — Eu sei, se você faz ou não.
Excitação estremeceu através dela. Sim, ela poderia usar uma viagem
rápida ao banheiro. E ela não se importaria de um gargarejo rápido para
garantir que ela não tenha hálito matinal. Mas tudo era secundário à forma
como ele a fazia sentir no momento.
— Por quê?
— Porque, — ele disse, então, suavemente sugou seu mamilo até que
sua respiração a deixou em um gemido vibrante. Enrolando a língua em
volta dela, ele puxou, deixando seu mamilo dolorosamente tenso. Ele
soprou contra ela, então sussurrou: — Eu quero saber.
— Você é diabólico.
— A maioria dos sonhos parece assim uma vez que você está
acordado. Não tanto quando estão acontecendo.
— Continue.
Tinha sido. Mas ela sabia que Cannon, se alguma vez fosse
confrontado com essa situação, sonho ou realidade, teria bravamente
enfrentado a escuridão. Por fim, ela admitiu a pior parte. — Eu cheirava...
Querosene, também.
— Droga.
Ele beijou a bochecha dela, talvez para lembrar-lhe que ela não estava
sozinha, talvez apenas para levá-la a falar novamente.
— Acordei.
Silencioso, ainda acariciando-a, agora por seu lado e por seu quadril,
então de volta ao cabelo dela, Cannon a acalmou. — Todas as coisas
consideradas, isso é um pesadelo muito horrível.
Tão gentil e compreensivo. E tão valente. Sem pensar nisso, ela disse:
— Eu queria ser mais como você.
Ela não era tão boa em tomá-lo. Esforçando-se em sua espera, ela
estremeceu. — Se você não vai seguir em frente, então, você tem que parar
com isso.
Para sua decepção, ele a soltou e sentou-se. — Sabe o que eu acho que
devemos fazer?
— Vamos pegar uma bebida, um suco para mim e um café para você.
— Ele acariciou a mão sobre a barriga dela, entre suas pernas. —Vamos
deixar as coisas ferverem um pouco.
Seu sorriso fez por ela tanto quanto seu corpo incrível.
Enquanto ele entrou no jeans ele lembrou a ela do que ele queria. —
Acho que poderíamos ter mais conversas feitas dessa maneira, não é? —
Sem se incomodar em puxar o zíper ou fechar a calça jeans, ele colocou um
beijo superficial na testa. — Faça o que você precisa fazer e eu vou pegar o
café que combinamos.
De alguma forma ela o convenceu de que não era necessário ser tão
cuidadoso com ela. Ele não tinha necessidade de atender a sua psique,
para entender seus medos e fraquezas.
Talvez, uma vez que ela se abrisse totalmente para ele, ela seria capaz
de levá-lo a tratá-la como qualquer outra mulher.
Ela tinha sido privada por tanto tempo, não seria fácil. Mas ela o
desejava, todo ele, sem se conter.
E com isso em mente, ela decidiu apenas como fazer isso acontecer.
CAPÍTULO 22
Ele quis dizer o que ele disse. O acúmulo seria alucinante. Dada a
forma como ela era nova nisso, a parte do prazer, ele queria garantir que
ela estivesse confortável, tão pronta, quando ele poderia pegá-la.
Não que ela tenha lutado muito com ele, mas ainda assim...
Levantando uma cortina da janela, ele viu Armie parado lá. Bom. Com
Armie ele não teria que ser excessivamente educado. Ele abriu a porta
para ele, dizendo: — Você não pode ficar muito tempo.
Uma nota em sua mão, um pé na porta, Armie fez uma pausa. Ele
olhou para além de Cannon e quando ele não viu Yvette, ele sussurrou: —
Quer que eu saia?
— Nah. Cinco minutos está bom. — Sabendo que Armie o seguiria, ele
foi para a cozinha. — Eu queria falar com você de qualquer maneira.
Cannon virou-a leu, “Rissy esteve aqui”. Ele sorriu. — Ela deve ter
vindo esta manhã, assumindo que eu ainda iria correr.
Ele balançou a cabeça. Não, ele ficou lá, apreciando o quão bonita
Yvette parecia em seu sono tranquilo. — Eu acho que quando Rissy não viu
as luzes habituais lá dentro, ela sabia que estávamos dormindo.
— Sim. Eu não tive a chance de falar com ela muito ontem à noite, mas
agora eu sei que ela soube o que aconteceu.
Armie estava tão silencioso, que Cannon olhou para ele novamente.
— Não, e você?
— Não, — ele concordou. Todo mundo gosta de Rissy, e por que não?
Ela era engraçada, inteligente e bonita.
Armie sentou-se para frente. — Você não acha que ela se envolveu
com aquele ex idiota dela de novo, não é?
— Estávamos?
— Nada.
— Você sabe que ela não estava. Inferno, eu estava fora, em frente ao
bar com você, lembra?
Sabendo que isso poderia ser qualquer coisa, desde negócio com o
centro de recreação, sua próxima luta ou uma mulher, Cannon voltou a
fazer o café. Assumindo que Armie gostaria de algum, também, ele pegou
duas canecas e estava derramando-a quando sentiu duas mãos pequenas e
macias vir em torno dele, indo infalivelmente para sua calça.
Isso foi surpreendente o suficiente, mas então ele sentiu seios nus em
suas costas.
Yvette murmurou, — oh, meu Deus, oh, meu Deus, oh, meu Deus.
Ela ainda estava rindo, então, ele deu a ela um golpe naquela
deliciosa bunda.
Com os braços agora ao redor da sua cintura, ela caiu para sentar na
cama e tentou segurar sua risada.
Seu sorriso ficou torto. — Nenhum de nós jamais vai ouvir o final
disso.
Enxugando os olhos, ela sorriu para ele. — Você poderia ter me dito
que tínhamos companhia.
Embora ela ainda estivesse com a face cor-de-rosa por ter sido pega,
ela ficou de pé, braços ao seu lado, e o deixou olhar para seu corpo. ― Eu
estava esperando para descarrilar você um pouco.
— Você está nua. Você tentou agarrar meu pau. — Ele arqueou uma
sobrancelha. —Tenho certeza que posso adivinhar.
Quando ela chegou a ele, ela passou as mãos pelo seu corpo.
Suspirando entrecortada, ela sussurrou: — Ontem à noite, o jeito que você
estava...
Ela golpeou-o. — Agora que eu sei que não estamos sozinhos, você
pode contar com isso!
Ela estava, mas, caramba, ele não queria discutir seu corpo nu com
ninguém. — Eu lhe disse para calar a boca.
Para parar a sua espetada, Cannon sentou em frente a ele e lhe deu
um olhar fixo. — Então, você não estava com Mindi na noite passada?
Bufando, Armie disse: — Claro que não. Se ele encontrou alguém para
colocar o ombro no lugar, bem, isso dói, também. E se não, ele
provavelmente está enrolado em algum lugar chorando. Por quê?
Ela gemeu.
— Não.
— Gostosa.
— Promessa?
Cannon tentou protestar, mas ele tinha que ser completamente justo.
Armie, o cara que nunca chegou perto de agradáveis meninas, nem mesmo
se elas estivessem ligadas a outro homem, obviamente se tornou amigo de
Yvette. Ele estava completamente à vontade com ela, cuidando,
engraçado... como com ele mesmo.
Incrível.
Ah, claro, Armie poderia ser simpático com qualquer um. Ele era bom
para Harper, a namorada de Gage, mas Harper era quase como um dos
caras. Armie manteve suas interações com ela superficiais. E ele sempre
foi respeitoso o suficiente, embora distante, com Rissy.
Mas com Yvette, a mais bonita das meninas agradáveis, ele era o
mesmo bom amigo que Cannon conhecia tão bem.
Yvette tinha feito o que nenhuma outra mulher poderia, ela tinha
chegado perto de Armie.
— Dane-se isso. Você está olhando para mim como se tivesse crescido
uma segunda cabeça em mim, dissecando-me ou algo assim. Eu quero
saber por quê.
— Armie!
— Sim, isso é o que eu disse. — Cannon sabia 100 por cento. Ele
confiava em Armie sem reservas.
— Fiquei aliviado, — Cannon disse a ela. — Até que descobri que ela
não estava com ele depois de tudo.
Yvette não entendeu, então Cannon explicou, — Ele vai lutar mais de
uma vez.
— Como eu disse. Você vai lutar mais de uma vez. — Ele conhecia a
capacidade de Armie, mesmo que Armie escolhesse minimizar isso. — É
feito como um torneio de luta livre. Vencedores continuam avançando.
Acho que o seu avô poderia ter tido algo dela, talvez algo penhorado, e ela
está esperando para recuperá-lo.
— Armie!
― Mas o que você diz de darmos outra olhada naquele cofre primeiro?
Porra, ele a queria, mais do que nunca. Que ela conseguisse que Armie
se abrisse a fazia mais amável. Não que ela precisasse de muita ajuda
nesse departamento.
Quanto mais tempo passava com ela, mais convencido estava de que
ele sempre a amara. Mesmo quando ele se dizia que era muito jovem.
Mesmo quando ele fez o seu melhor para lembrar que ela era uma vítima.
Muito antes de ela ter ido embora. De tantas maneiras, ela sempre tinha
apelado para ele. Ao ser ousada, tímida, determinada ou com medo. Ele
lutou com o inevitável por um tempo muito longo
Agora que ele tinha acabado de lutar, ele não estava prestes a deixar
que nada acontecesse com ela.
CAPÍTULO 23
Mesmo antes que Armie começasse, Yvette mordeu o lábio e seu rosto
aqueceu.
Vendo isso, Armie deu um sorriso. — Ah. Nunca usou aquela pequena
cama, hein? Agradável. — Ele tentou golpear Yvette, mas ela se recusou a
brincar, batendo nele. Ele conseguiu transformar isso em uma batida de
palma, no entanto, e ela acabou rindo.
seu quarto antes. Ele sempre manteve a papelada no cofre e buffet, na sala
de jantar. Não que eu estive muito em seu quarto, geralmente apenas se
fosse a minha vez de limpar a casa. Então, eu entraria apenas para passar o
aspirador de pó. — Ela abriu a porta e entrou.
Seria possível que ele tivesse tido um romance ou dois? Ela sorriu,
imaginando-o com uma revista feminina escondida debaixo do colchão. Ou
uma carta de amor.
Cannon e Armie tanto esperaram ela decidir o que ela queria fazer.
Ela caminhou até uma foto emoldurada sobre a cômoda. — Esta era a
minha avó. Eu nunca a conheci, mas eu sabia que vovô nunca deixou de
amá-la.
— Quando eu vim aqui pela primeira vez. — Ela era tão jovem e tão
incrivelmente perdida. Na foto, ela parecia tímida e um pouco assustada...
Mas seu avô tinha consertado isso. Ele a amava, e lhe dera um lar, um
propósito e um lugar para chamar de seu.
5
Tipo de tecido.
Yvette agarrou seu pulso antes que ele pudesse pegar o telefone. O
colocou no viva-voz e, em seguida, entregou a ele.
— Mesma coisa.
—Eu estou supondo que você nunca teve um osso quebrado, certo?
Mas hey, volte e posso mostrar-lhe a diferença.
Como se isso não importasse, ele perguntou: — O que você sabe sobre
isso?
Não o único, então isso significava que Heath admitia que ele era um
problema?
Cannon teve seu braço apertado ao redor dela, sua mão em sua
cintura. E agora Armie acariciou seu joelho.
Será que ambos pensam que ela precisava ser advertida novamente
para ficar em silêncio?
Ela soltou uma respiração lenta e sorriu para deixá-los saber que ela
não era uma idiota.
— Avisando-me?
— Uh-huh.
Deus, eles teriam que deixar Margaret saber. Ou talvez ela precisasse
ficar em outro lugar por um tempo.
— Maldito seja.
— Bom. Então, eu vou para casa. Apenas... Apenas diga a ela. Diga a
ela que eu a amo. Que eu sinto muito. Você vai fazer isso?
***
Antes de abrir a caixa, ele levou-a até a mesa da cozinha. Agora todos
se sentaram ao redor, cautelosos, curiosos.
Como um, eles se viraram para ver Frank Whitaker em pé, em alerta.
Ao contrário de seu escritório, ele tinha um foco nítido agora, e uma Glock
de 9 mm.. Cannon podia ver com clareza e não tinha dúvida de que estava
completamente carregada.
Quando ele acomodou Yvette atrás dele, ele perguntou: — Como você
entrou?
Cannon puxou uma cadeira para Yvette, atrás dele. — O que você
quer?
Mas ela não o fez. Ela ficou calma, acariciou seu ombro, e ele estava
tão danado de orgulhoso dela.
Enquanto ela ficasse segura, escondida atrás dele, ele poderia lidar
com qualquer outra coisa. — Onde ela está?
— Ela me deixou.
— Ela estava realmente com você? — Armie olhou para ele, da sua
cabeça careca a sua barriga em expansão. — Cara, sério?
— Ela me amava!
— Claro que você não fez. Mindi me disse que estava ficando mais
perto de você, como uma forma de localizar a arma, é claro.
— O jeito que ela olhava para você. Era mais familiar do que o de uma
assistente para um chefe.
— Não tem nada a ver com você. — Ele se dirigiu a Cannon. — Mas
você... Você não vendeu tudo como deveria ter feito. — Ele se inclinou para
o lado para que ele pudesse ver Yvette. — E você. Pensei que você ia voltar
para a Califórnia. Tantas vezes Tipton queria que você ficasse, ele me disse
isso, mas você nunca fez. E agora que ele se foi, agora você decide se
instalar?
— Eu lembro.
— Então, quem?
— Mindi. Ela disse que minha esposa tinha que ir ou que nunca
seríamos capazes de estar juntos. — Ele engoliu em seco. — Enquanto eu
estava no tribunal, ela... Ela tomou algumas coisas da minha esposa para
fazer parecer um assalto e, então, ela atirou nela.
Frank não parecia ouvi-lo de qualquer maneira. Ele olhava para eles
sem realmente ver. — Não sabendo o que havia dentro, Tipton concordou
em guarda-lo para mim. Eu estava indo para consegui-lo de volta, mas
depois ele morreu...
Alarmado, Whitaker deu um passo mais perto. — Foi na carta que ele
deixou?
Bastardo miserável.
— Será que ele pediu para você ficar? — Whitaker olhou de Cannon
para Yvette e de volta. — É por isso que você ainda está aqui? Ele despejou
sobre o crime?
Voz suave e calma, Yvette perguntou: — Você sabe para onde Mindi
foi?
Cannon entrou em pânico, pensando que Yvette iria mais perto para
conseguir a nota.
Ela não se moveu de seu assento. — O que ela diz? — Ela perguntou
em voz baixa.
A nota amassada em seu punho. — Que ela me ama, mas ela não vai
para a cadeia por mim.
A ferida não parecia ruim; Armie estava em pé, não encolhido de dor.
A mão que segurava a arma estava firme, os pés apoiados.
— Armie?
— Eu estou bem. — Sem tirar os olhos fora dos dois homens, ele
perguntou: — Yvette?
Mesmo quando ele ligou, alegando que ele iria embora, ele tinha que
estar perto. Provavelmente vigiando a casa.
— Com prazer.
Lágrimas umedeciam seus olhos, mas ela não as deixou cair. Incrível.
— Sim, isso seria ótimo. — Se ela estivesse de pé para ajudar, então, talvez
ficar ocupada faria isso mais fácil para ela. Ela não era um manequim. Ela
também deve ter percebido o significado de Heath estar aqui agora. Mas
ela fingiu de qualquer maneira.
Cannon viu seu lábio inferior começar a tremer, e ele colocou seu
braço ao redor dela. Para Heath, ele disse: ― Se você realmente se importa,
deixe-a sozinha. ― Heath fechou os olhos, deu um aceno curto e desmaiou.
Ele fez uma pausa, cabeça caída para frente, depois resmungou uma
risada. — Uma dessas balas passou roçando a minha bunda. Não, não é
ruim, e sim, dói como o inferno. Então, se você me dá licença?
CAPÍTULO 24
Uma semana depois, no meio do dia, com a luz do sol entrando pelas
janelas abertas do quarto, Yvette ficou de joelhos na frente de Cannon. Não
pela primeira vez.
Tantas coisas que ele pensou que iria acertá-la, a morte de Whitaker,
o julgamento próximo de Heath que, felizmente, permaneceu atrás das
grades. A prisão de Mindi quando ela tentou deixar o estado.
A carta de seu avô, que ela tinha lido pelo menos uma dúzia de vezes.
Mas ela era muito mais resistente do que ele tinha imaginado. E tão
malditamente sexy, ele não tinha certeza de quanto mais ele poderia
tomar. Com as ameaças por trás deles, ela parecia determinada a desfrutar
de sua sexualidade recém-descoberta ao máximo.
Com ele.
A cada dia que passava, ela tinha se tornado mais ousada na cama e
fora dela. Saber o quanto Yvette gostava de sexo com ele o fazia se sentir
muito mais como um garanhão chutador de bunda que o SBC já teve.
Desde que ela disse enquanto estava nua, e de joelhos na frente dele,
ele não conseguia responder. Inferno, tudo o que podia fazer era se manter
de pé.
Ela segurou suas bolas em uma mão, provocou seu nariz sobre seu
pênis e fez um ronronar de prazer. ― Mas não é só o seu corpo.
— Shh. — Ela olhou para ele, seus olhos verdes grandes, suaves e
famintos. — Eu quero que você saiba que é você, Cannon. Não apenas o
lutador famoso, não apenas o grande corpo. É tudo sobre você. Eu ouço
você e eu quero você. Eu penso em você e eu quero você. Isso vai acabar?
— Não. — Ele apertou seus dedos em seu cabelo sedoso, então, teve
que trancar os joelhos para evitar forçá-la. Uma respiração profunda não
ajudaria. Ele sabia disso, mas tentou de qualquer maneira. — Eu disse que
somos bons juntos.
Ele deveria ter se deitado, ele percebeu enquanto achatava uma mão
na parede para apoiar-se. Olhar ardente, ele a observou trabalhar sobre
ele, sua boca, suas mãos... Ele até sentiu seus mamilos nas coxas.
Perdido, ele pôs a cabeça para trás e lutou contra a liberação. Ele
queria estar dentro dela, e ele a queria com ele quando ele viesse.
Por quanto tempo ele pudesse, ele gostava de suas atenções, até que
soube que não duraria mais um segundo.
Quando ela estava perto, ela tentou se afastar, mas ele a manteve
imóvel.
— Da próxima vez, — ela gemeu, cada vez mais perto, — eu não vou
parar, também.
Na maioria das vezes, o sexo era rápido e frenético, mas Yvette ficou
com ele a cada passo do caminho. Quando ela veio pela segunda vez, ele se
juntou a ela, e ele se perguntou como poderia ser tão incrivelmente
perfeito.
Os minutos passavam, mas ela não queria que ele se afastasse. Ele
relaxou com o rosto contra o pescoço dela, pensando em quão facilmente
ele poderia tê-la perdido.
Não é o suficiente, pelo seu cálculo. Ele queria dar a ela tudo. O prazer
sexual, com certeza. Segurança, absolutamente.
Mas ele mencionou uma vida, uma vez já, e ela reagiu com compaixão.
Nunca tinha se declarado a uma mulher. Mas desde que ela retornou,
ou realmente, desde que ela o deixou pela primeira vez, Yvette o manteve
em nós.
Ela falou sobre a paixão que ela tinha tido como uma colegial, o culto
ao herói que tinha tido por ele como seu salvador.
Ele levantou-se para vê-la, olhou para seu cabelo bagunçado e a boca
inchada e teve de beijá-la e depois beijá-la, novamente. — Avisado sobre o
quê?
Como a amava, e isso a deixava feliz, ele queria que funcionasse. Mas,
eventualmente, ele teria que voltar para Harmony, Kentucky. Duas ou três
vezes por ano, ele estaria lá por longos períodos, para treinar com seu
acampamento.
Quando ele saísse, ele queria Yvette com ele, não amarrada com
responsabilidades.
Ele olhou para ela dizer ao cão: — Você quer ir para o centro de
recreação com a gente? Você? Você, rapaz? Sim, você faz. Como um bom
menino.
— Você está falando com voz de bebê com Muggles. — E o fato de que
mesmo isso o excitava. — Acha que ele vai deixar-nos tomar banho juntos?
***
— Hey, garanhão.
Ele sorriu. — Será que é um código para alguma coisa? — ele nunca
estava muito certo das coisas que ela dizia.
Querendo saber o que ela queria, ele foi andando até o balcão da
recepção. — Então, o que se passa?
Ele riu abertamente. — Eu sei o que isso significa, e sim, Heath se foi
como um homem pode ir e ainda respirar.
6
É a abreviação para “Also Known As”, uma expressão em inglês que significa “também conhecido como”, é usado para dar
um significado ou nome mais conhecido a uma palavra ou pessoa.
— O prazer foi meu. Agora, você vai deixar-me dizer isso ou não?
— Aqui?
Foi quando ele percebeu como tranquilo o ginásio estava, todo mundo
olhando para a porta.
A loira.
Vestindo uma saia jeans curta e um colete branco, seu cabelo loiro
pendurado em seu traseiro, suas longas pernas bronzeadas e bem
torneadas, ela guardou o telefone enquanto entrava no centro de
recreação.
Elas fizeram alguns círculos, ainda fazendo esse som feminino agudo
de excitação. Muggles dançava em torno delas latindo em delírio maníaco,
embora duvidasse que o cachorro soubesse o que era o barulho.
Cannon sorriu e soube disso. Então ele olhou em volta e viu todos os
outros caras sorrindo, também.
Embora ele soubesse que não era o que Armie queria dizer, ele disse,
— Não há tatuagens ou piercing?
Libertando-se com uma risada. — Por que você não nos disse que
você estava vindo?
Esse era todo o convite que ela precisava emitir antes que meia dúzia
de lutadores convergissem para ela. Sabendo que Armie iria supervisionar
as coisas, Cannon foi de bom grado com Yvette.
Cannon não se sentou. Ele cruzou os braços e olhou para ela. — O que
está acontecendo, querida?
Ainda sem olhar para ele, ela respirou fundo, e soprou lentamente. —
Eu estive pensando sobre as coisas. Sobre... O futuro.
Com ele.
Como ela poderia ainda ver as coisas tão erradas? — Eu nunca fui
obrigado. — Embora ele certamente aproveitou o presente que seu avô lhe
dera. — Eu estava aqui por você. — Sempre.
— Não. Eu nunca...
Ela estava preocupada em ser pega no centro das atenções? Ele não
mentiria para ela, mas ele também não queria dar-lhe reservas. — Muitas
vezes, longe da multidão da luta, ninguém sabe quem eu sou.
Ele assentiu. Não que ele estivesse pensando nisso agora mesmo com
Yvette mantendo-o adivinhando. — Você não deve se preocupar sobre...
Risos na sala externa chamaram sua atenção, e ela olhou dessa forma
antes de enfrentá-lo novamente. — E tantos bons amigos.
— Você tem uma vida agitada, uma carreira próspera, dinheiro e...
Ele abriu a boca para falar, mas ela não lhe deu uma chance.
— Eu quero estar com você. E... E eu não quero que você vá para
Harmony sem mim.
Uau. Depois de tantos golpes retos, ela o encobriu com aquela rápida
combinação. — A loja de penhores...
— Porque eu sei que tudo isso foi uma espécie de imposição a você...
— O passeio?
Ela engasgou com uma risada, viu que ele estava falando sério, e suas
sobrancelhas se ergueram. — Mas... Eu sempre fui louca por você. Você
sabia disso.
— Você sabe por quê, né? — Ele esperou que ela dissesse que eles
eram bons juntos.
Mas ela foi mais longe e arriou seus joelhos, dizendo: — Porque eu te
amo.
— O quê?
Ele adorava a maneira como seu rosto ficava colorido, como ela
lambeu os lábios.
— O quê?
—Depois que eu passar pela próxima luta, você tem que casar comigo.
Com os olhos arregalados, ela olhou fixamente para ele, seus lábios
trêmulos entreabertos.
Deus, ele mal podia esperar para ver o rosto de Armie quando
dissesse que ele teria que vestir um smoking.
— Você ainda era tão jovem. — Ele moveu suas mãos sobre suas
costas. — E eu me envolvi com a SBC.
— Estou feliz que ele fez, porque eu tenho que dizer que esta é a
atitude de um lutador, tomar posse do que é seu. — Ele inclinou o rosto
para cima. — Quando necessário, eu posso lutar sujo, embora geralmente
eu apenas lute por esporte. Mas quando se trata de você, eu luto para
ganhar.
FÍM
Segurando Forte