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Apesar ser casado com Dona Constança, Dom Pedro apaixona-se por Inês,

que correspondeu a este sentimento e os dois vivem um romance adúltero


sem igual.

Quando Dona Constança, a esposa de Dom Pedro, morreu de parto, o


herdeiro da Coroa sentiu-se livre para viver o seu romance e casar com
Inês, mas o Rei nunca o permitiu.
Diz-se, no entanto, que o casal teria casado em segredo e que Inês era a
legítima esposa de Pedro. Os dois viveram juntos em Coimbra e tiveram
vários filhos.

A influência que os irmãos de Dona Inês de Castro pareciam ter sobre


Pedro e o perigo dos descendentes bastardos do casal tomarem o lugar do
herdeiro legítimo, filho de Dom Pedro e da falecida Dona Constança,
começou a assustar o Rei.
Por isso ele encomendou o assassínio de Inês.
Um grupo de homens encarregou-se de matar Inês e diz-se que esta terá
sido degolada ou apunhalada em frente aos filhos, implorando misericórdia
aos assassinos e ao Rei.

A lenda afirma que na Quinta das Lágrimas em Coimbra, onde Inês foi
morta, a cor vermelha que ainda hoje vemos nas pedras da Fonte das
Lágrimas são marca do sangue vertido por ela.
A morte de Dona Inês deixou Pedro devastado e furioso. Diz-se que estava
disposto a iniciar uma guerra com o pai, mas a sua mãe terá intercedido
pela paz. Apesar de ter prometido que não perseguiria os responsáveis pela
morte de Inês, quando o seu pai faleceu e Dom Pedro subiu ao trono,
mandou imediatamente capturar os assassinos.

A fúria de Pedro era incrível e o seu maior desejo era vingar a morte da
amada. Os assassinos foram torturados e Dom Pedro infligiu-lhes uma
morte macabra ao arrancar-lhes o coração, pelo peito e pelas costas. A
lenda diz que o terá feito com as suas próprias mãos e que terá depois
comido os seus corações.

Aclamando Inês como Rainha de Portugal, diz-se também que Dom Pedro
terá exumado o corpo da amada, vestindo-o das mais belas roupas,
colocando-o no trono, coroando-a e obrigando a nobreza a beijar a mão de
Inês.

Dona Inês teria sido sepultada inicialmente em Coimbra. No entanto, Pedro


ordenou a construção de um túmulo merecedor da realeza de Inês, ao qual
se iria juntar o de Pedro.
Os corpos dos dois amantes foram sepultados no Mosteiro de Alcobaça,
digno de acolher os restos mortais dos
Os túmulos encontram-se voltados de frente um para o outro para que,
quando chegar o dia do Juízo Final, os dois amantes se possam ver
imediatamente.

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