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Divisões do SN: o SN é dividido em: 1) SNC. 2) SNP (dividido em): 2.1) somático
(voluntário): dividido em motor e em sensitivo. 2.2) VISCERAL (AUTÔNOMO): PODE
SER AFERENTE OU EFERENTE (SIMPÁTICO, PARASSIMPÁTICO, ENTÉRICO).
SINAPSE: zona de comunicação entre uma célula nervosa e outra; um neurônio pode
se comunicar com centenas de outros neurônios. Estrutura dos neurônios: 1)
dendritos: captam sinais; células com muitos dendritos (como as de Purkinge do
cerebelo, que é região que recebe grande quantidade de informação; por exemplo,
dos músculos e passa ao córtex; é responsável pela propriocepção) são aptas a
receber muitas aferências, muitas informações. 2) corpo celular. 3) axônio: e terminal
do axônio. Curare: causa paralisia; ele não afeta o nervo motor (experiência de
contração muscular); Claude Bernard: em experiência, colocou curare (choque no
nervo nos 3 experimentos) no nervo, nada aconteceu, o músculo continuou se
contraindo; colocou no músculo, não atrapalhou a contração; quando colocou curare
na sinapse: o músculo não se contraiu. Ou seja: o curare não afeta o músculo nem o
nervo, mas afeta a comunicação entre músculo e nervo (o curare tem molécula que
bloqueia o receptor de acetilcolina do músculo, impedindo a contração). Sinapses
elétricas: são sincronizadores celulares (ocorre quando várias células precisam
executar uma função ao mesmo tempo (como se fosse um órgão só, como sincício),
de maneira integrada; é o que ocorre no batimento do coração em que as células do
coração precisam se contrair ao mesmo tempo). Ocorrem: endotélio, coração, a
amídala tem alguns circuitos elétricos (circuito do medo, da ansiedade), músculo liso;
as sinapses elétricas são mais rápidas que as químicas.
-EEE
Ações dos receptores adrenérgicos. Receptor alfa. Subtipos dos receptores alfa:
(importante saber onde está cada receptor, pra saber onde determinado fármaco vai
agir). 1) ALFA 1 (de excitação): a maioria é acoplada à proteína Gq (de excitação). 2)
ALFA 2 (inibição) (o receptor alfa 2 está associado a proteínas Gi e G0, que inibem):
acoplada à proteína Gi (inibe a adenilato ciclse) e G0 (inibe a adenilato ciclase, fecha
canais de cálcio e abre de potássio). Receptores beta: (beta 1, beta 2 e beta 3:
acoplados à proteína GS, que é de inibição). Alfa: 1(excitação quando está expressa:
ativação de quinase); 2(inibição quando expressa). Beta: 1(excitação), 2(excitação),
3(excitação); “excitação e inibição: em relação a adenilato ciclase e ativação da
adenilato ciclase nem sempre significa ativação do sistema, por exemplo, no músculo
liso a ativação de GS (receptor beta acoplado à proteína G) leva ao relaxamento do
músculo (OU SEJA: Gq é proteína de excitação, mas em relação à adenilato ciclase
mas não em relação ao sistema). Alfa 1: Gq (ativação da adenilato ciclase; essa
ativação produz efeito no sistema). Alfa 2: Gi (inibição da adenilato ciclase). Beta 1,
beta 2 e beta 3: (acoplado à proteína GS). Receptores adrenérgicos (alfa 1 e 2; beta
1,2 e 3). Local onde se expressam os receptores adrenérgicos: 1) alfa 1 (acoplado
à Gq): “lembrar de vaso (controla o músculo dos vasos) e de esfíncteres (controla o
músculo dos esfíncter da bexiga. Localização: Músculo liso vascular/músculo liso
genitourinário (causa contração: de vasos e do esfíncter da bexiga). 2) alfa 2
(acoplado à proteína Gi e G0): “sinônimo de nervo: localizado no terminal axonal de
neurônios terminais noradrenérgicos; parte da noradrenalina liberada atua nos
receptores do próprio neurônio pré sináptico (atuam no receptor alfa 2 beta Gi e G):
causa inibição da adenilato ciclase e fechamento dos canais de cálcio, ou seja, inibe a
liberação de neurotransmissor)”; é receptor pra fedback negativo (no neurônio);
garantia de que não haverá noradrenalina em excesso na fenda sináptica; a própria
noradrenalina liberada inibe a liberação de noradrenalina (fedback negativo); esse
autorreceptores inibitórios também estão presentes nos neurônios colinérgicos. Ação
da ativação dos receptores alfa 2 (acoplados à proteína Gi e G0) no nervo: diminuição
da liberação de noradrenalina (fármacos que ativam os receptores 2 alfa são anti-
hipertensivos: diminuem a liberação de noradrenalina). 3) Beta 1 (acoplado à proteína
GS): “sinônimo de coração” e células justaglomerulares renais. 4) Beta 2: “sinônimo de
pulmão (músculo liso brônquico)”; a ativação desses receptores causa a diltação de
brônquios e bronquíolos (remédios pra asma: alguns são agonistas dos receptores
beta 2; dilata brônquios). Ação: relaxa brônquios e vasos do músculo esquelético. 5)
Beta 3: “tecido adiposo”. Alfa 1: (excitatório); vasos e esfíncter. Alfa 2: neurônios.
Beta 1: coração. Beta 2: pulmão. Beta 3: tecido adiposo. Mecanismo de fedback
negativo nos neurônios: busca o equilíbro; para que o neurotransmissor não seja
liberado em excesso, nem em quantidade insuficiente. Receptores colinérgicos: 1)
nicotínicos (são tipos de receptores ionotrópicos); são canais iônicos; o canal abre
diretamente com a ação do ligante; o ligante se liga e faz o canal se abrir. 2)
muscarínicos (são tipos de receptores metabotrópicos) são acoplados à proteína G. As
respostas a neurotransmissores ocorrem de acordo com o receptor ativado.
“FÁRMACOS COLINÉRGICOS”.Receptores Nicotínicos: são canais iônicos;
receptores ionotrópicos.(subtipos) 1) Muscular (N1 ou Nm): localizado no músculo
esquelético; é o receptor N1, que ativado pela acetilcolina, faz o músculo esquelético
contrair; esse receptor (N1) é inibido pelos curares. Leva à despolarização da placa
motora (abertura dos canais de sódio)2) Neuronal (N2 ou Nn): localizado na medula
adrenal (secreção de catecolamina), no SNC e nos gânglios. Receptores
muscarínicos: os receptores ímpares são acoplados à proteína Gq e os pares à Gi
(inibição da adenilato ciclase). São receptores metabotrópicos, acoplados à proteína
G. (existem 5 subtipos) 1) M1 (acoplados à proteína Gq): localizados nos gânglios e
no SNC. 2) M2 (acoplado à proteína Gi): “coração (diminui os batimentos cardíacos)
e nervos”; os fármacos que ativam M2 causam sobretudo bradicardia; os fármacos
que antagonizam M2 causam sobretudo taquicardia. O ALFA 2 É O INIBIDOR DOS
NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS; O M2 É O INIBIDOR DOS NEURONIOS
COLINÉRGICOS. 3) M3 (acoplados à proteína Gq): buscopan (é anti-espasmódico:
usada pra cólica intestinal; também pra menstrual; nem toda cólica menstrual melhora
com buscopan, poeque nem todas tem origem colinérgico. Principais causas da cólica
menstrual: 1) mediadores colinérgicos (acetilcolina): anti-espasmódico. 2) mediadores
inflamatórios: anti-inflamatório. 3) hormônios: anticoncepcional. Ou seja: a classe do
fármaco escolhido depende da fisiopatologia da doença; as causas de uma mesma
doença podem ser diferentes, por isso a abordagem farmacológica será diferente).
Atua em M3: sinônimo de músculo liso e no endotélio (causa liberação de óxido
nítrico, que leva à vasodilatação), principalmente TGI; a ativação de M3 (acoplado
à Gq), pela acetilcolina, causa contração da musculatura circular e longitudinal do TGI;
a proteína Gq causa liberação de cálcio (causa contração). Ativação de proteína Gq
em músculo liso: causa contração (ela é ativada por meio da ativação de M3). Ou seja:
a ativação de M3 (por acetilcolina) em músculo liso causa contração. Fármacos que
atuam em M3 são usados em doenças na bexiga: incontinência urinária e paralisia da
bexiga (agonista ou antagonista, dependendo da doença). Fármacos que atuam em
M3 são usados em doenças no intestino: constipação (distúrbio de hipomotilidade) ou
diarreia (distúrbio de hipermotilidade). 4) M4 (acoplado à proteína Gi). 5) M5
(acoplados à proteína Gq). Gânglios: conjuntos de corpo celular fora do SNC.
Divisão: 1) gânglios espinhais: controlam o SN somático. 2) gânglios autonômicos:
controlam o SN autonômicos; gânglios do simpático: estão nas cadeias para-vertebrais
e pré-vertebrais (por isso o neurônios pré ganglionar é curto); gânglios do
parassimpático: estão na parede dos órgãos que eles inervam. Gânglios: locais de
processamento. Função da farmacologia: corrigir distúrbios de função no corpo
(hiperfunção ou hipofunção). Tipos de neurotransmissores: 1) CLASSE I:
acetilcolina (derivada da colina e da CoA). 2) CLASSE II: (aminas) dopamina (derivada
da tirosina), noradrenalina (derivada da tirosina), adrenalina (derivada da tirosina),
serotonina (derivada do triptofano), histamina (derivada da histidina). 3) CLASSE III
(aminoácidos): GABA (principal neurotransmissor inibitório do SNC), GLICINA
(segundo principal inibitório do SNC), GLUTAMATO (principal neurotransmissor
excitatório do SNC), ASPARTATO (segundo principal neurotransmissor excitatório do
SNC). Glicina: tem receptor próprio; Gaba: tem receptor próprio; Aspartato e
glutamato: atuam no mesmo receptor. “Os neurotransmissores não são excitatórios
nem inibitórios, quem tem atividade inibitória/excitatória são os receptores”.
Receptores do GLUTAMATO: AMPA, CAIANATO, NMDA (Abertura do NMDA: entrada
de cálcio, depolarização (excitação)) (os 3 são ionotrópicos, isto é, são canais iônicos,
se abrem diretamente com a ação do ligante – GABA. Os 3 são excitatórios: são
canais de cátions. AMPA E CAIANATO: canais de sódio (a ativação dos receptores
AMPA e CAIANATO pelo glutamato resulta na aberturas dos canais e na entrada de
sódio, DESPOLARIZANDO A CÉLULA (EXCITAÇÃO)).; NMDA: canal de cálcio.) e
RECEPTOR METABOTRÓPICO (pode estar acoplado à proteína Gs (excitatório) ou
acoplado à Gi). “A maioria dos receptores de glutamato são excitatórios (quando
ativadas resultam na despolarização (entrada de cálcio no caso do NMDA ou entrada
de sódio no caso do AMPA e CAIANATO)”. Receptores do GABA: GABA A (o receptor
gaba a é canal de cloreto; sua abertura hiperpolariza a célula (entrada de cloreto); ou
seja: o receptor GABA A é inibitório), GABA B (é proteína acoplada à proteína Gi) e
GABA C (é proteína acoplada à proteína Gi). “Todos os receptores do gaba são
inibitórios”. SEROTONIA: tem 15 receptores; alguns são excitatórios, outros são
inibitórios. Receptores da acetilcolina e da noradrenalina: podem ser excitatórios
ou inibitórios, a depender da localização desses receptores. CLASSE IV: Óxido
nítrico (alguns autores consideram neuromoduladores). NEUROPEPITÍDEOS DE
AÇÃO LENTA: 1) Peptídeos pituitários: ACTH, beta-endorfina, hormônio do
crescimento, vasopressina e ocitocina (todos podem atuar como hormônios). 2)
Peptídeos que agem no cérebro e no TGI: substancia P, colecistocinina, gastrina,
peptídeo intestinal vasoativo e serotonina. Função dos neurotransmissores: 1)
dopamina: afeto; movimento corporal. 2) noradrenalina: estado de alerta. 3)
serotonina: humor, modulação da dor. 4) acetilcolina: cognição; movimento corporal. 5)
GABA: inibição geral; fármacos: ansiolíticos, hipnóticos, analgesia (como
benzodiazepínicos). 6) GLUTAMATO: excitação geral. 7) Substância P: transmissão
da dor. 8) Peptídeos opioides: controle da dor. 9) Òixido nítrico: vasodilatação.
Co-transmissão: (ATP, ADP e Adenosina são neurotransmissores); no século XX, em
experimento em cobaias, cientista descobriu que a contração da musculatura lisa
(causada pela ativação de receptores feita pela noradrenalina) era bifásica: ocorria a
contração e uma segunda, em seguida; ele fez 3 testes: 1) bloqueou noradrenalina:
não ocorreu a segunda contração. 2) bloqueou ATP: não ocorreu a segunda
contração. 3) bloqueou ATP e noradrenalina: não houve contração. Conclusão: para
contração muscular, o nervo libera 2 neurotransmissores (fenômeno chamado de co-
transmissão; não é presente em todos os neurônios). Co-transmissão: 1 neurônio
secretando mais de 1 neurotransmissor na mesma vesícula ou em vesículas
separadas. Modulação pré-sináptica da neurotransmissão autonômica: “intra-
neuronal”; a ativação de autorreceptores alfa 2/beta 2 resulta na dimimuição da
liberação de neurotransmissor (noradrenalina/acetilcolina); é feita pelos
autorreceptores (ALFA 2, no caso do simpático e M2, no caso do parassimpático); o
neurotransmissor (noradrenalina/acetilcolina) secretado atua no autorreceptor do
próprio neurônio pré-sináptico (o autorreceptor é acoplado à proteína Gi; ele inibe a
adenilato cilcase e fecha canais de sódio. Resultado: menos neurotransmissor será
liberado). “Feedback negativo”.
Modulação pré-sináptica da interação entre simpático e parassimpático: a
acetilcolina (parassimpático) atua no pré-sináptico noradrenérgico (inibindo a liberação
de noradrenalina) e vice-versa. Exemplo: nervo simpático que inerva o coração tem
eferencias que inervam o nervo vago (inervação parassimpática do coração).
Ou seja: o coração é inervado pelo simpático e pelo parassimpático (nervo vago); ao
ser ativado, o simpático atua no coração e algumas eferencias do simpático atuam na
inervação parassimpática (inibindo-a). Resumindo: a noradrenalina liberada atua no
coração (receptores beta 1) e na inervação parassimpática (receptores alfa 2:
“heterorreceptor”); garante que os efeitos simpáticos sejam sobrepujantes aos
parassimpáticos por determinado tempo. Inibição da inervação autônoma: é feita pelos
autorreceptores (ação dos neurotransmissores liberados pelo próprio neurônio) e
heterorreceptores (ação do neurotransmissor liberado pela inervação autonômica
antagônica).
Outro tipo de modulação pré-sinaptica: o neurônio pós-sinaptico libera NO que age no
pré-sinaptico, fazendo com ele libere mais neurotransmissor (feedback positivo:
“reforço de sinapse”). Exemplo: sinapse com neurotransmissor glutamina; a glutamina
age no receptor do pós e estimula a liberação de NO; este age no neurônio pré-
sinaptico fazendo com que ele libere ainda mais glutamina (feedback positivo).