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CURSO:

LICENCIATURA EM QUÍMICA

MÓDULO: IV

DISCIPLINA: FÍSICO-QUÍMICA I

UNIDADE IV

AUTORAS:

CARLA MARIA ABIDO VALENTINI

ELIANE DIAS DE ALMEIDA

FEVEREIRO/10
Carla Maria Abido Valentini: graduação em Licenciatura
Ciências/Química (UFMT); mestrado em Física e Meio Ambiente
(UFMT) e doutorado em Agricultura Tropical (UFMT). Atua na
área de educação nos níveis básico, técnico e tecnológico há 23
anos sendo 15 desses no IFMT.

Eliane Dias de Almeida: graduação em Licenciatura


Ciências/Química (UFMT); mestrado em Física e Meio Ambiente
(UFMT). Atua na Atua na área de educação nos níveis básico,
técnico e tecnológico há 30 anos sendo 28 desses no IFMT.
SUMÁRIO

1. TÓPICOS DA UNIDADE
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3. CONTEÚDO DA UNIDADE
Unidade IV: CINÉTICA QUÍMICA

Tópicos:
-Velocidade de uma reação química
- Condições para que ocorra uma reação química
- Fatores que influem na velocidade das reações

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ao final da unidade IV o aluno deverá ser capaz de:

- Compreender os conceitos de velocidade das reações químicas.


- Aplicar os conceitos de velocidades para resolver problemas.
- Analisar diagramas de Energia em ralação à coordenada de reação, destacando a energia de
ativação do complexo ativado.
- Compreender que a velocidade das reações é influenciada por fatores internos do meio
reacional e dos reagentes e por fatores externos.

CONTEÚDO:
4.1. Introdução
4.2. Velocidade de uma reação química
4.2.1. Velocidade média
4.2.2. Velocidade instantânea
4.2.3. Lei da ação das massas
4.3.Condições para que ocorra uma reação química
4.3.1. Energia de ativação
4.3.2. Choques eficazes
4.3.3. Complexo ativado
4.4. Fatores que influem na velocidade das reações
4.4.1. Temperatura
4.4.2. Área contato entre os reagentes
4.4.3. Ação de catalisadores
4.4.4. Concentração dos reagentes
UNIDADE IV

CINÉTICA QUÍMICA

4.1. Introdução

- Hidrogenita, já não estudamos cinética em física? – pergunta Argonito.


- Sim Argonito, e vimos que é a energia de “movimento”, lembra? –responde Hidrogenita.
- É mesmo! Se as moléculas se “movimentam” dá para estudar a cinética na química!
- argumenta Argonito.
- Você está mesmo esperto colega! Então vamos nos movimentar logo e estudar a unidade IV
que refere-se a cinética química. - responde Hidrogenita.
- Vamos entrar logo na página do tutor Gasolito que fiquei curioso... – diz Argonito.

No estudo da Cinética Química


veremos:
- Como calcular a velocidade das
reações
- As condições necessárias para que a
reação aconteça e
- Os fatores que influenciam na
velocidade de uma reação.
4.2.VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO QUÍMICA

Garotos, todas as reações químicas ocorrem com a mesma velocidade?

Eu acho que não! Uma bomba explode em


frações de segundos e um pedaço de carne para
se deteriorar demora horas...

Você tem razão Hidrogenita! As reações, quanto ao aspecto da


velocidade, podem ser rápidas ou lentas.
A formação do petróleo no subsolo demora milhares de anos...é uma reação lenta! A
fermentação do suco de uva, por exemplo, usado na produção de vinho, pode demorar meses
para ser completada. Na nossa digestão ocorre uma série de reações químicas, que são reações
rápidas, por isso temos sempre fome!
E poderíamos citar tantas outras reações que vemos no nosso cotidiano: queima do
combustível nos automóveis, queimada de florestas, azedamento do leite, amadurecimento
dos frutos, enferrujamento da palha de aço e das estruturas de ferro, desbotamento das roupas,
etc.

E uma mesma reação pode ocorrer com


velocidades diferentes?

Sim Argonito! Veremos adiante que há fatores que influenciam na


velocidade de uma reação, podendo provocar um aumento ou diminuição da mesma.
A parte da química que estuda a velocidade das reações químicas chama-se
Cinética Química.

Cinética Química é a parte da química que estuda a velocidade de uma


reação, bem como os fatores que a influenciam.

Quando falamos em velocidade já nos vem em mente rapidez, certo? Então:

Velocidade de uma reação: traduz a rapidez com que os reagentes são consumidos ou a
rapidez com que os produtos são formados.

O exemplo mais simples de uma reação é quando um único reagente se transforma em um


único produto. Genericamente, temos:
A → B
reagente produto

Observando o gráfico abaixo, vemos que no instante inicial, a concentração ou a quantidade


do reagente A é máxima e vai diminuindo com o decorrer do tempo. Já a concentração do
produto B, no instante inicial, é igual a zero e vai aumentando com o decorrer do tempo.
Verificamos que, no tempo t, o reagente A foi totalmente consumido; logo, a reação terminou.
Nesse mesmo tempo t, a concentração do produto B formado é máxima.

Normalmente, a concentração é indicada em mol.L-1 (molaridade), sendo representada por um


colchete ([ ]) contendo a fórmula da substância.
É possível calcular a
velocidade de uma reação?

Sim, é possível calcular tanto a velocidade média, como a velocidade instantânea


de uma reação. Vamos ver como se calcula a velocidade média:

VELOCIDADE MÉDIA (Vm)


É a relação entre a quantidade consumida ou produzida e o intervalo de tempo para que
isso ocorra.

Vm= quantidade consumida (ou produzida)


Intervalo de tempo

Podemos dizer que representa a variação na quantidade de um reagente ou produto num


intervalo de tempo.
Além da molaridade (mol/L), as variações das quantidades de reagentes e produtos
podem ser expressas em massa, volume (gases), número de mols etc., enquanto o tempo pode
ser expresso em hora, minuto e segundo.

m = massa, n = no mols (quantidade de matéria), V = volume, C = concentração molar


\ Quando a concentração de reagentes e produtos for expressa em
molaridade, a expressão da velocidade média será dada por:

Vm = ∆[ ]/ ∆ t

onde:
∆ t = intervalo de tempo ocorre a variação da concentração, ou seja: ∆t = (tfinal – tinicial)
∆ [ ] = [final] – [inicial]

Vejamos através de exemplos como este cálculo pode ser feito:

1- Na queima do carvão, 2 mols de O2 são consumidos nos primeiros 30 segundos de reação.


Qual é a velocidade média:
a) de consumo de O2 em mols nesse intervalo de tempo?
b) de formação de CO2 em gramas/s?
Dado: massa molar do CO2: 44g/mol

Resolução:
a) Reação: C (s) + O2 (g) → CO2 (g)
A proporção em mols é: 1 mol 1 mol 1 mol

Como na queima de carvão são consumidos 2 mols de O2 em 30 segundos temos:


2 mols de O2 -----------30 segundos
X ------------ 1 segundo
X = 2mols/30s = 0,067 mol/s

Veja que é o mesmo de se aplicar a fórmula:

Vm= quantidade consumida (ou produzida)


Intervalo de tempo

Vm = 2 mols = 0,067 mol/s


30 s
b) Reação: C (s) + O2 (g) → CO2 (g)

1 mol 1 mol 1 mol

1 mol ------------- 44 g
2 mols ------------- x

X = 88 g de CO2 ----------- 30 s
y ------------ 1 s

y = 88g/30s = 2,93 g/s

Pela fórmula: Vm= quantidade consumida (ou produzida)


Intervalo de tempo

Vm = 88g = 2,93 g/s


30s

2- A figura abaixo indica a variação da quantidade de reagente em função do tempo (t), num
sistema em reação química. Calcule a velocidade dessa reação nos intervalos de tempo:
a) de 0 a 2min;
b) de 2 a 4min;

Fonte: http://www.profjoaoneto.com

Aplicando a fórmula da velocidade média, Vm = ∆n/ ∆ t , temos:


Observe:

• Usamos a variação do número de mols (quantidade de matéria) em módulo, pois não


existe velocidade negativa, o sinal negativo apenas representa que o reagente está
sendo consumido.
• Nesta reação a velocidade é constante, ou seja, não varia em função do tempo.

3- Analisemos, então, o que ocorre com a reação C2H2 + 2H2 → C2H6. Um químico, medindo
a quantidade de matéria de etano (C2H6) em função do tempo e nas condições em que a reação
se processa, obteve os seguintes resultados:

Tempo Quantidade de matéria (em


(min) mols) de etano formada
0 0
4 12
6 15
10 20

Teríamos então o gráfico da quantidade de matéria de etano em função do tempo.


Fonte: http://www.profjoaoneto.com

Poderíamos também calcular a velocidade média dessa reação em qualquer intervalo de


tempo utilizando a fórmula Vm = ∆n/ ∆ t

Nesta reação a velocidade não é constante, ou seja, ela varia em função do tempo.

VELOCIDADE INSTANTÂNEA (Vi ou V)


Representa a variação na quantidade de um reagente ou produto num instante (menor
intervalo de tempo que se possa imaginar).

A velocidade instantânea de uma reação é obtida através de uma expressão matemática


conhecida como LEI DA AÇÃO DAS MASSAS ou LEI CINÉTICA, proposta por Gulberg e
Waage, em 1876. O enunciado da Lei da ação das massas é:

“ A velocidade de uma reação é proporcional ao produto das concentrações molares das


substâncias reagentes”.
Para uma reação genérica homogênea ( reagentes e produtos no mesmo estado físico):
aA(g) + bB(g) → xX(g) + yY(g)

A velocidade instantânea é calculada pela expressão:

V = k [A]α. [B]β

Onde:
k = constante de velocidade
[A] e [B] = concentrações molares (mol/L) dos reagentes
α e β = ordens ou graus (expoentes determinados em experimentos).

Nas reações elementares, ou seja, que ocorrem em apenas uma etapa, os valores dos
expoentes α e β são iguais aos próprios coeficientes:
α=a e β=b

N2(g) + 3H2(g) → 2 NH3(g)

De acordo com a lei da ação das massas a velocidade instantânea será calculada por:

Vi = K. [N2]1. [H2]3

Nas reações complexas, ou seja, que ocorrem em duas ou mais etapas, os valores dos
expoentes α e β são iguais aos coeficientes da etapa mais lenta da reação, conhecida através
do mecanismo da mesma.

A reação 2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g), foi obtida da soma de duas etapas, uma rápida e
outra lenta:

1a etapa (rápida) : 2NO(g) → N2O2(g)


2a etapa (lenta) : N2O2(g) + O2(g) → 2NO2(g)

reação global : 2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)


De acordo com a lei da ação das massas a velocidade instantânea será calculada pela reação
mais lenta:

Vi = k [NO]2

Vejamos alguns exemplos do cálculo da velocidade instantânea:

1- Escreva expressão da Lei da velocidade para a reação:


Na2O(s) + CO2(g) →Na2CO3(s)
Neste caso a expressão será: V = K.[ CO2]
Veja que não entra na expressão da velocidade o reagente Na2O, porque ele está no estado
sólido, e não há como expressar concentração molar (mol/L) de sólido.

2- A reação 4HBr + O2 → 2H2O + 2Br2

Acontece nas etapas:


1ª etapa (lenta): HBr + O2 → HOOBr
2ª etapa (rápida): HOOBr + HBr → 2HBrO
3ª etapa (rápida): 2HBrO + HBr → 2H2O +2Br2

Qual á expressão da lei da velocidade para esta reação?

Resolução: Devemos nos lembrar que a velocidade de uma reação feita em etapas, está em
função da etapa lenta, portanto : V = K. [HBr]. [O2]

3- Seja a reação 2A + B  C + D. Suponhamos que a concentração de A seja triplicada e a


de B seja duplicada. Que alteração sofre a velocidade da reação?
resolução: Pela Lei da ação das massas a expressão para esta reação é:

v = K [A]2 [B]

Chamaremos de x a concentração inicial de A e de y a concentração inicial de B.

Logo, inicialmente temos: vI = K ⋅ x 2 ⋅ y


[A] = 3x
Depois fazemos: 
[B] = 2y

E passamos a ter:

v 2 = K ⋅ (3x)2 ⋅ (2y) = K ⋅ 9x 2 ⋅ 2y = 18 ∴

v 2 = 18vI

ou seja, a velocidade fica 18 vezes maior.

4- Foram medidas experimentalmente as velocidades da reação abaixo, de acordo com a


variação das concentrações molares, conforme é mostrado na tabela de resultados. As reação é
representada pela equação: 3 A(g) + 4 B(g) → 2 C(g)

Qual é a expressão da Lei da Ação das Massas para esta reação?

Experiência [A] [B] Velocidade


1 0,60 1,80 1,00
2 0,60 0,90 0,25
3 1,20 0,90 0,50

Resolução:

Sabendo que a equação de velocidade é v = k[A]x ⋅ [B]y , porém não podemos afirmar que x=3 e
y =2, pois se trata de um experimento. Neste caso devemos calcular os valores de x e y.

Aplicando a equação de velocidade às três experiências, teremos:

Experiência 1: 1,00 = k . (0,6)x . (1,8)y ......(I)


Experiência 2: 0,25 = k . (0,6)x . (0,9)y ......(II)
Experiência 3: 0,50 = k . (1,2)x . (0,9)y ......(III)

Dividindo-se, membro a membro, a equação (I) pela equação (II), teremos:

1,00 k ⋅ (0,6)x ⋅ (1,8)y


= ∴ 4 = 2y ∴ 22 = 2y
0,25 k ⋅ (0,6)x ⋅ (0,9)y
y=2

Dividindo-se membro a membro, a equação (III) pela equação (II), teremos:

0,50 k ⋅ (1,2)x ⋅ (0,9)y


= ∴ 2x
0,25 k ⋅ (0,6)x ⋅ (0,9)y

x=1
Então a expressão da lei da velocidade será: v = K[A]1 ⋅ [B]2

Observação:
A soma dos expoentes das concentrações na equação de velocidade é chamada de
ordem da reação. Neste exercício, a ordem da reação (x + y) é igual a 3 (reações de 3ª ordem),
uma vez que a equação de velocidade é v = K[A]1 ⋅ [B]2

4.3. CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA UMA REAÇÃO QUÍMICA

Quando discutimos velocidade de uma reação, seja ela rápida ou


lenta, temos que nos atentar aos vários fatores responsáveis pela ocorrência de uma
reação. Entre eles, temos:

Fundamentais

• Afinidade química entre os reagentes.

Substâncias diferentes podem ou não reagir. Quando ocorre reação, dizemos que existe uma
"afinidade" entre os reagentes. E muito difícil quantificar essa "afinidade", mesmo quando
sabemos que ela existe.

- Um ácido e uma base, por exemplo, sempre reagem; logo, entre eles há "afinidade".
- O gás oxigênio (O2) tem "afinidade" com o monóxido de carbono (CO) e na reação que
ocorre entre eles forma-se o gás dióxido de carbono (CO2).
- O O2 não reage com o CO2.

- Os gases nobres têm baixa afinidade química para com outras substâncias e, portanto, suas
reações são difíceis e lentas quando ocorrem.

• Contato entre os reagentes.

Para que as substâncias Interajam; é necessário que suas partículas se choquem.


Essa é a condição mais evidente para a ocorrência de uma reação.

Ácidos e bases, por exemplo, mesmo que apresentem afinidade, não irão reagir se
estiverem contidos em frascos separados. O contato entre os reagentes permite que ocorram
interações entre os mesmos, originando os produtos.

Quer dizer que basta que os reagentes tenham


afinidade, e sejam colocados em contato que
teremos uma reação química?

Não apenas isso! Também tem que haver algumas condições acessórias. Vejamos:

Acessórias

• Energia de Ativação (Ea).

Quantidade mínima de energia que devemos fornecer aos reagentes para a reação começar.
Como? Não basta a energia cinética que as
moléculas têm?

Não basta a entalpia dos reagentes! Por exemplo, Para que haja combustão do
álcool etílico (combustível) é necessário gás oxigênio (comburente), certo?
Mas se jogarmos álcool em um ambiente, mesmo que haja gás oxigênio, não se
iniciará a reação de combustão, concorda? E por quê?
Isto mostra que o processo de combustão necessita de um "empurrão" de energia,
que neste caso seria, por exemplo, um fósforo aceso.

Acho que entendi! Esse “empurrão”


é a energia de ativação.

Pois bem, esta energia inicial, que é uma energia “a mais” denomina-se energia de
ativação.
Todas as reações possuem uma energia de ativação, que pode assumir desde valores
muito altos até valores bastante baixos.
A energia de ativação pode ser considerada uma verdadeira "barreira" para as
moléculas.

• Orientação no choque.

Todas as reações químicas ocorrem quando há rearranjo dos átomos que formam os
reagentes. Esses rearranjos são ocasionados pela quebra de ligações entre os átomos dos
reagentes e pela formação de novas ligações que irão originar os produtos. Isso significa
que o fato das moléculas terem energia suficiente para iniciar uma reação, ou seja,
energia de ativação, não significa que ocorrerão esses rearranjos.

Com assim? Se as moléculas têm energia


suficiente para colidir umas com as outras, o que
ainda falta?

É também necessário que essas colisões entre as moléculas ocorram numa


orientação adequada!
Para que eles existam é necessário que a colisão ocorra em uma posição (geometria)
privilegiada, favorável à quebra de ligações e à formação de outras.
Os choques que resultam numa reação são denominados choques eficazes ou
efetivos, e os que não resultam na formação de produtos são os choques não-eficazes. De
modo semelhante,
O quadro abaixo mostra algumas possibilidades de colisões. Observe o fator
orientação:

Colisão (choque) Orientação do choque

Desfavorável (não-eficaz)

Desfavorável (não-eficaz)

Favorável (eficaz)

Fonte: Lembo & Sardella, 1982

No momento em que ocorre o choque em uma posição favorável, forma-se uma


estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, denominada complexo ativado.

Complexo ativado: estado intermediário (estado de transição) formado entre reagentes e


produto, em cuja estrutura existem ligações enfraquecidades (presentes nos reagentes) e
formação de novas ligações (presentes nos produtos).
Para entender melhor vejamos um exemplo:
Seja a reação: H2 + I2 → 2HI + calor

Observe que a reação é exotérmica, ou seja, libera calor, portanto a entalpia dos produtos
(Hp) é menor do que a entalpia dos reagentes (Hr). Observe que no gráfico abaixo são
representados as moléculas, e temos uma “barreira” entre os reagentes e produtos:
.

Fonte: Lembo & Sardella, 1982

Ponto 1: As moléculas reagentes não possuem suficiente energia para reagirem.

Ponto 2: A energia do sistema é maior, mas ainda não suficiente para que se verifique uma
colisão efetiva.

Ponto 3: Neste ponto, a energia é suficiente para a reação. Dá-se aqui a formação de um
composto intermediário, instável, denominado complexo ativado. Aqui temos um estado
ativado ou estado de transição.

Ponto 4: Está vencida a "montanha" de energia! As moléculas do produto estão praticamente


formadas.

Ponto 5: As moléculas do produto (HI) estão definitivamente formadas.

Com base em tudo isto, poderemos dizer: Energia de Ativação é a energia mínima que as
moléculas precisam possuir para que ocorra uma colisão efetiva.

No gráfico abaixo temos a mesma reação, mas agora nomeando a energia de ativação e o
complexo ativado:
Hi = Hr: entalpia dos reagentes

Hf = Hp: entalpia dos produtos

∆H: variação de entalpia

Ea: Energia de ativação

O estado ativado, ou seja, o "topo da montanha" é pouco conhecido pelos químicos. A


estrutura do composto formado (complexo ativado) é muito difícil de ser estudada, devido à
grande instabilidade que existe nessa situação.
No caso da reação de hidrogênio com iodo, espera-se que o complexo ativado possua
unia estrutura intermediária entre as estruturas dos reagentes e dos produtos:

Fonte: Lembo & Sardella, 1982

Genericamente, poderemos dizer: quanto menor a energia de ativação, mais


facilmente se forma o complexo ativado e, portanto, mais rápida será a reação.
Vejamos mais alguns exemplos:
1- O óxido de nitrogênio (NO), um dos poluentes da atmosfera pode ser formado durante a
combustão dos veículos automotores. No diagrama energia versus coordenada da reação,
representado abaixo, quem são M, N, O e P?

Resolução:
M: representa a entalpia dos reagentes (Hr)
N: representa a energia de ativação (Ea)
O: representa a energia do complexo ativado (Eca), que é a soma da entalpia dos
reagente e a energia de ativação.
P: representa a variação de entalpia (∆H), que neste caso é positiva, ou seja, reação
endotérmica, pois a Hp>Hr

2-Dentre os gráficos qual representa um processo exotérmico, com maior energia de


ativação?
Resolução: O gráfico 3, é exotérmico porque a Hp < Hr, e possui maior energia de
ativação, pois a “barreira” entre reagentes e produtos é maior, se compararmos, por
exemplo, com o gráfico 2 também exotérmico.

3- Observe o diagrama de energia e julgue as afirmativas:

I- O processo é exotérmico;
II- A reação tem variação de entalpia igual a –30 kcal
III- A energia de ativação vale +130 kcal
IV- O valor do complexo ativado é +90 kcal

Resolução:
I- F O processo é endotérmico, pois a energia dos produtos (40) é maior que a dos reagentes
(10);
II- F A variação de entalpia é de +30 kcal, ou seja, 40-10;
III- F A energia de ativação é 80 kcal, pois inicia em 10 kcal (entalpia dos reagentes) e vai até
90 kcal (complexo ativado);
IV- V O complexo ativado é o ápice da curvatura do gráfico (90 kcal)
4.3. FATORES QUE INFLUEM NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES

No início dessa unidade definimos a cinética química como a parte


da química que estuda a velocidade das reações químicas e os fatores que a influenciam.
Estudamos como calcular a velocidade média de uma reação, e quais as condições
necessárias para que uma reação possa acontecer.

O que pode influenciar na velocidade de


uma reação? A temperatura, por exemplo?

Sim, a temperatura é um deles. Vejam quais são os fatores:

• Temperatura;
• Área ou superfície de contato entre os reagentes;
• Ação de catalisadores;
• Concentração dos reagentes;

TEMPERATURA

Partindo da sua observação, por que guardamos os alimentos na geladeira?


Porque em temperaturas menores que a do ambiente, diminui a velocidade das reações
responsáveis pela decomposição.

Por que um ovo cozinha mais rápido em água fervendo do que em água morna?
Ovo em água fervendo cozinha mais rápido do que em água morna
Fonte: Lembo & Sardella, 1982

• Porque aumentar a temperatura significa aumentar a energia cinética das moléculas,


ou seja, aumentar a velocidade das moléculas.

• Moléculas mais rápidas colidem com mais freqüência e com mais violência. Logo,
mais moléculas reagirão em um certo espaço de tempo e, com isso, a velocidade
aumenta.

Outro exemplo da influência da temperatura na velocidade das reações ocorre com a


combustão, que é uma reação exotérmica. Em um ambiente onde a perda de calor é pequena
(como em uma floresta), a temperatura do ambiente aumenta e provoca um aumento na
velocidade de reação de combustão. É isso o que torna os incêndios, especialmente os
florestais, tão devastadores.

Há alguma quantificação de quanto


aumenta a velocidade quando há
aumento de temperatura?

Sim. O primeiro cientista a relacionar a variação de temperatura e a velocidade


das reações foi Van't Hoff, no final do século XIX. Ele percebeu que, em algumas reações,
uma elevação de 10°C durante a reação fazia com que a velocidade dobrasse. Essa
observação ficou conhecida como regra de Van't Hoff.
Temperatura 5ºC 15ºC 25ºC

Velocidade V 2V 4V

Maior temperatura Maior velocidade

ÁREA DE CONTATO ENTRE OS REAGENTES

Dois exemplos bem ilustrativos:


- Em qual situação a batata cozinha mais rápido:quando a colocamos inteira, ou
quando a cortamos em pedaços? Em pedaços, certo? Por que? Porque aumenta a superfície
de contato da batata com a água em que está sendo cozida.
Ou seja, quanto maior a área de contato, maior a velocidade da reação!

Então é por isso que se cortarmos um


pedaço de madeira em pedaços menores, a
combustão será mais rápida, do que se
usarmos o pedaço inteiro?

Isso mesmo! Veja que esse fator só tem sentido quando um dos reagentes
for sólido.
Isso ocorre porque as colisões entre as moléculas acontecem na superfície do sólido e,
considerando que quanto mais fragmentado está o sólido, maior é a superfície exposta, o
número de colisões aumenta, determinando também um aumento na velocidade da reação.

Então: Maior área de contato Maior velocidade

AÇÃO DE CATALISADORES

Quando alguém se machuca, é normal colocar sobre o ferimento água oxigenada. E


interessante é que quando ainda há sangue, ou seja, quando o ferimento ainda está aberto a
água oxigenada colocada sobre o mesmo produz bolhinhas, mas quando já cicatrizou não
produz as bolhinhas. Por que?

Bem, a presença de bolhas, indica


formação de gás, e que aconteceu
uma reação química.

Certo! A água oxigenada vem em frascos escuros, e na embalagem vem a


recomendação de se guardar ao abrigo da luz. Seguindo essa recomendação, e observando o
prazo de validade, a água oxigenada terá uma reação lenta de decomposição ao longo do
tempo.

H2O2(aq) → H2(g) +O2(g)

Mas, ao colocarmos em contato com o sangue ela sofrerá essa mesma decomposição
instantaneamente! No sangue há uma substância chamada catalase que acelera a
decomposição da água oxigenada. Essas substâncias que aceleram uma reação são chamadas
de catalisadores.

Catalisador é uma substância que adicionada ao sistema, aumenta a


velocidade da reação sem ser consumida.

Então, a luz é um catalisador?

Não, luz é um agente físico! Como diz na definição, só são catalisadores


substâncias que aceleram uma reação. No caso do exemplo inicial, foi usado como exemplo
de catalisador, a catalase, uma enzima presente no sangue, e, portanto trata-se de um
catalisador biológico ou biocatalisador.
E por que, os catalisadores aceleram
uma reação?

Os catalisadores têm a capacidade de diminuir a energia de ativação, tornando a


reação mais rápida. Observe o gráfico que mostra uma reação sem e com catalisador. Com
catalisador, não há variação de Hr, Hp e ∆H, apenas há diminuição da energia de ativação.

Veja agora um exemplo mostrando o valor da energia de ativação de uma reação sem e com
catalisador:

SO2(g) + ½ O2(g)  SO3(g) Ea= 240 KJ/mol (sem catalisador)

Utilizando NO2(g) como catalisador a energia de ativação reduz para 110 KJ/mol, tornando a
reação extremamente mais rápida!

Mecanismo da reação

SO2 + NO2 → SO3 + NO E1 (consumo do catalisador)


NO + ½ O2 → NO2 E2 (regeneração do catalisador)

Reação global: SO2 + ½ O2 → SO3 Ea = 110 KJ/mol


Pelo exemplo o catalisador não é
consumido na reação, certo?
Ele pode aumentar o rendimento de
uma reação?

Captou a mensagem! O catalisador realmente não é consumido numa reação,


saem da mesma forma que entram na reação. É como se eles encontrassem “caminhos
alternativos” para a reação, envolvendo menor energia.

Com relação ao rendimento, os catalisadores não aumentam o rendimento de uma reação, isto
é, eles produzem a mesma quantidade de produto, mas num período de tempo menor. Veja o
gráfico que mostra isso:

Podemos dizer então sobre os catalisadores:

• Somente aumentam a velocidade;


• Não são consumidos;
• Não iniciam reações, mas interferem nas que já ocorrem sem a sua presença;
• Podem ser utilizados em pequenas quantias, visto que não são consumidos;
• A introdução do catalisador diminui a Energia de Ativação.
• Não aumentam o rendimento de uma reação.
CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES

Como já vimos anteriormente pela Lei da Ação das Massas a velocidade é


proporcional à concentração dos reagentes:

V = k [A]α [B]β

Então pela própria expressão matemática desta Lei vemos que um aumento da a
concentração produzirá um aumento da velocidade de uma reação. Mas vamos pensar num
exemplo simples do cotidiano para entendermos melhor essa realçao entre velocidade e
concentração:

Você já deve ter percebido que quando há um incêndio, há uma preocupação muito grande
dos bombeiros de ocorrer ventanias. Por quê? Porque o que “alimenta” uma combustão é o
gás oxigênio certo? Imagine então, o quanto a concentração desse gás aumenta em uma
ventania, e aumentando a concentração de oxigênio o fogo se alastrará numa velocidade
muito maior, ficando mais difícil de controlá-lo.

Se tivermos maior concentração teremos um maior número de moléculas se chocando,


o que implica em maior possibilidade de choques efetivos, e consequentemente teremos uma
reação mais rápida.

Maior concentração Maior velocidade

Revisando através de exemplos:

1-Um comprimido efervescente de vitamina C intacto, pesando 5 g, quando colocado em um


copo contendo água a 25 °C, será dissolvido em dois minutos.
Considerando essa informação, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das
proposições.
Resolução:
( F ) Se o comprimido efervescente estiver em pequenos pedaços, o tempo de dissolução
também será de dois minutos, pois a massa continua sendo 5 g.
Falso, porque se o comprimido for cortado em pedaços, terá uma maior área de contato, e
consequentemente o tempo de reação será menor.

( F ) O tempo de dissolução do comprimido efervescente intacto mantém-se quando o


comprimido for dissolvido em água a 40 °C, pois a área de contato é a mesma.
Falso, porque aumenta-se a temperatura da reação, aumenta sua velocidade.

( V ) Quanto maior a superfície de contato do comprimido efervescente com a água, maior o


número de colisões favoráveis, portanto maior a velocidade de dissolução.

( F ) O aumento da temperatura diminui a energia de ativação, diminuindo, portanto, o tempo


de dissolução.
Falso, apesar do aumento da temperatura diminuir o tempo da reação devido ao aumento de
agitação das moléculas, e consequentemente, a possibilidade de maior quantidade de choques
eficazes, não diminui a energia de ativação.

2-Quando uma fita de magnésio é mergulhada em uma solução aquosa de ácido clorídrico,
ocorre a reação:

Mg(s) + 2HCl(aq) → MgC2(aq) + H2(g)

A temperatura da solução e a concentração do ácido afetam a velocidade da reação de


oxidação do magnésio. Considerando as condições experimentais durante a oxidação da fita
de magnésio, de acordo com os registros a seguir, em qual dos experimentos o magnésio será
mais rapidamente oxidado?
Resolução:

Nesta questão temos dois fatores que influenciam a velocidade de uma reação, a temperatura e
a concentração. O experimento 4 provocará o maior velocidade da reação, pois quanto
maior a temperatura da reação e maior a concentração dos reagentes mais rápida será a
reação.

3-Considere o diagrama de energia da reação de decomposição do H2O2:

.
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A reação de decomposição do H2O2 é exotérmica.
b) A curva "A" apresenta maior energia de ativação que a curva "B".
c) A presença de um catalisador afeta o ∆H da reação.
d) A curva "B" representa a reação com a presença de um catalisador.
e) A letra "Z" representa o ∆H da reação de decomposição do H2O2.

Resolução: a alternativa incorreta é a letra c, pois um catalisador, não muda a Hr, Hp, nem
∆H, apenas diminui a energia de ativação.
AUTO-AVALIAÇÃO

1-A revelação de uma imagem fotográfica em um filme é um processo controlado pela


cinética química da redução do halogeneto de prata por um revelador. A tabela abaixo mostra
o tempo de revelação de um determinado filme, usando um revelador D-76.

Nº de mols do revelador Tempo de revelação (min)

24 6

22 7

21 8

20 9

18 10

A velocidade média (Vm) de revelação, no intervalo de tempo de 7 min a 10 min, é:

a) 3,14 mols de revelador / min.

b) 2,62 mols de revelador / min.

c) 1,80 mols de revelador / min.

d) 1,33 mols de revelador / min.

e) 0,70 mol de revelador / min.

2-(Marckenzie-SP) A combustão da gasolina pode ser equacionada por (equação não-


balanceada):

C8H18 + O2 → CO2 + H2O

Considere que após uma hora e meia de reação foram produzidos 36 mols de CO2. Dessa
forma, a velocidade de reação, expressa em número de mols de gasolina consumida por
minuto, é de:

a) 3,00 mol/min.

b) 4,50 mol/min.

c) 0,10 mol/min.

d) 0,40 mol/min.
e) 0,05 mol/min.

3- (Unip-SP) A poluição é uma das causas da destruição da camada de ozônio. Uma das
reações que podem ocorrer no ar poluído é a reação do dióxido de nitrogênio com o ozônio:

2 NO2 (g) + O3 (g) → N2O5 (g) + O2 (g)

Essa reação ocorre em duas etapas:

I. NO2 (g) + O3(g) → NO3 (g) + O2 (g) (lenta)

II. NO3 (g) + NO (g) → N 2O5 (g) (rápida)

Assinale a lei de velocidade para essa reação:

a) v = k [NO2]2 . [O3]

b) v = k [NO2]. [O3]

c) v = k [NO3]. [NO2]

d) v = k [NO2]. [O3] + k’ [NO3]. [NO2]

e) v = k [NO2]2

4- No estudo cinético de uma reação representada por

2A(g) + B2(g) → 2AB(g)

colocou-se os seguintes dados:

A velocidade da reação pode ser expressa pela reação


a) v = k 2[A]
b) v = k [B]2
c) v = k [A] [B]
d) v = k [A]2 [B]
e) V = K [A] [B]2

5- Na decomposição térmica da amônia expressa pela equação:

2NH 3 → N2 + 3H2

Duplicando-se a concentração molar de NH3, a velocidade da reação ficará:

a) inalterada.

b) duas vezes maior.

c) três vezes maior.

d ) quatro vezes maior.

e) seis vezes maior.

6- Para que ocorra uma reação química, é necessário que os reagentes entrem em contato,
através de colisões, o que se chama Teoria das Colisões. Essa teoria baseia-se em que

I - todas as colisões entre os reagentes são efetivas (ou favoráveis).


II - a velocidade da reação é diretamente proporcional ao número de colisões efetivas (ou
favoráveis).
III - existem colisões que não são favoráveis à formação do produto.
IV - maior será a velocidade de reação, quanto maior for a energia de ativação.

Estão corretas
a) apenas I, II e III.
b) apenas II e III.
c) apenas I e IV.
d) apenas I, II e IV.
e) apenas III e IV.

7- O dióxido de nitrogênio (NO2) reage com o monóxido de carbono (CO) formando o óxido
nítrico (NO) e o dióxido de carbono (CO2).

NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g)


Analisando o diagrama de coordenadas de reação apresentado, um estudante fez as seguintes
afirmações:

I. A energia de ativação para a formação do óxido nítrico é de 132 kJ/ mol.


II. A formação do óxido nítrico é um processo endotérmico.
III. O aumento da temperatura do sistema reacional diminui a velocidade de formação do
óxido nítrico, pois aumenta a energia de ativação da reação.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmação(ões)


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

8- Considere o gráfico a seguir, referente aos diagramas energéticos de uma reação química
com e sem catalisador.

Assinale a afirmativa CORRETA.


a) A reação é endotérmica.
b) A energia de ativação em presença do catalisador é 150 kJ.
c) A curva II representa o diagrama energético da reação catalisada.
d) A reação acontece em duas etapas.

9-No laboratório, o hidrogênio pode ser preparado pela reação de zinco com solução de ácido
clorídrico.
Observe as condições especificadas nas experiências a seguir.

A velocidade da reação é maior em


a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

10-Sobre catalisadores, são feitas as quatro afirmações seguintes:


I - São substâncias que aumentam a velocidade de uma reação.
II - Reduzem a energia de ativação da reação.
III - As reações nas quais atuam não ocorreriam nas suas ausências.
IV - Enzimas são catalisadores biológicos.

Dentre estas afirmações, estão corretas, apenas:


a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
GABARITO: 1-d; 2-e; 3-b; 4-d; 5-d; 6-b; 7-a; 8-c; 9-c; 10-d
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ATKINS, P. Físico-Química – Fundamentos, 3ª. Ed., LTC Editora, Rio de Janeiro, 2003.

FELTRE, R. Físico-Química. 2a Ed. Vol.2. São Paulo: Moderna, 2001.

FONSECA, M. R. M., Completamente Química: Físico-química, São Paulo: FTD, 2001 –


(Coleção completamente química, ciências, tecnologia e sociedade)

SARDELLA, A. ; LEMBO, A. Química. V.2. São Paulo: Ática, 1982.

SILVA, E.R.; NÓBREGA, O.S. e SILVA, H. Química – Transformação e Energia. V. 2. São


Paulo: Ática, 2001.

TITO, M.P. e CANTO, E.L. Química na abordagem do cotidiano – 2ª Ed.


V. 2. São Paulo: Moderna, 1999.

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