Professional Documents
Culture Documents
ARGENTINA Buenos Aires: Antonia Cam izo de N atiello, Solis 831 0,80 4,00
Córdoba: H éctor Bruno, 9 de Julio 508
Mendoza: Pbro. Carlos Pujol, Espejo 567
Santa Fe: A lberto Estrubia, M itre 5099
BRASIL Río de Janeiro: Editora Civilizagáo B rasileña SA, Rúa 7 de Setembro 97 0,70 3.50
Sao Paulo: Livraria Duas Cidades,' Rúa Bentos Fieitas 158
BOLIVIA La Paz: P. Carlos Dahm , casilla 1966 0,70 3.50
Cochabam ba: M ario Suárez, casilla 1239
COLOMBIA Bogotá: Pablo Enrique Cabal, Apartado aéreo 21056 0,70 3.50
Luis Bernal, Librería Nueva, Carrera 69, N 9 12-85
M edellin: Librería Aguirre, calle 53, N9 49-123
Calí: Julián Arboleda, calle 59 A sur, N9 22-163
C H ILE Santiago: Carlos Baráibar, Huérfanos 714, apto. 406 0,70 3.50
COSTA RICA San José: Elieth Matam oros, Apartado 2715 0,80 3.50
ECUADOR Quito: Fetronio Espinoza R., Av. 10 de Agosto 427 0,70
Guayaquil: Jorge Bohorquez, Apartado 5230 3.50
Los precios señalados para suscripciones corresponden a envíos por vía terrestre desde ol distribuidor más próximo o desde Montevideo
por la m ism a vía.
Por suscripciones aéreas certificadas, consultar a la adm inistración.
v ís p e ra
I
l
, ; . v (¿ , - v
i - - n ,* w -» . ¿t. • • ■ '■
'
;3f U\ i i7 't ó '
v C - ' • • :
íitíüii ,€ ofts- . x
.
ví rrrvr ,ty *iT4'A: V ’ MNlt
LA PASTORAL DE LA
IGLESIA EN AMERICA LATINA
por el P. Gustavo Gutiérrez
(Conferencias del P. Gutiérrez en la I Sesión de Esta
dios del Movimiento Internacional de Estudiantes Católi
cos, Toledo, Uruguay, enero de 1967) ......... U$S 1.—
IGLESIA UNIVERSIDAD:
e le m e n to s p ara un c o m p ro m is o
u n iv e rs ita rio
(G. Giménez; C. Aguiar; G. Carriquiry. Ponencias y do
cumentos base del Seminario Latinoamericano de Pastoral
Universitaria, organizado por los Secretariados Latinoame
ricanos del MIEC y JECI. en México, julio de 1967)
................................................ U$S 1 —
* ediciones del
centro de documentación MIEC - JECI
* pedidos e informes: Centro de Documentación MIEC - JECI
Canelones 1486
Montevideo - Uruguay
ENCICLOPEDIA C O LE C C IO N C O M P R O M IS O C R IS T IA N O
A n c i a n o s d e C r i s t i a n d a d y
CIENTIFICA J e a n - M a r ie P a u p e r t C t Í S t Í a n O S
DEL U R U G U A Y P a n f l e t o
o b r a
c o m
d o n
o
d
d e
e
u n
e l
y p r o f e c í a ,
P a u p e r t ,
l i b r o
a u t o r
e s t a
a p a r e c e
c o l é r i c o
f u s t i g a
d e l a ñ o 2 . 0 0 0
d u r a m e n t e a l o s
i n t e g r i s t a s y a l o s
s e c u la r ?
Asesor General:
Rodolfo V. Tálice C O LE C C IO N P E N S A M IE N TO C R IS T IA N O
Asesor en Antropología: L a s c i n c o l l a g a s d e l a S a n t a
Asesor en Geografía: U n a o b r a , q u e e s c r it a
c o n t in ú a s ie n d o d e
Asesor en Biología: p a lp it a n t e a c t u a lid a d .
Dr. Rodolfo V. T á lic e
R o s m in i in c lu id o e n e l
Asesor en Ciencias: ín d ic e ,e n 1 8 4 3 , h a s id o
Sociales y Políticas e n 1 9 6 6 , e l p r im e r a u t o r
Prof. M a rio S am b arin o r e h a b ilit a d o g r a c ia s a l .
Concilio
D is t r ib u id o r a I F A C
G r a l. M a r t ín e z C a m p o s , 1 5 T e l . 2 2 4 .2 3 .2 3 M a d r id - 1 4
S O R IA N O 875, esc. 6 - T E L E F O N O 8 58 50
De M arx a C risto
p o r I . L e p p
E a a u t o b i o g r a f í a d e I g n a c e L e p p , p u b lic a d a p o r p r i
m e ra v e z e n c a s te lla n o e n s u v e rs ió n ín te g r a s in c e n s u ra .
G racia,
Sexualidad re a lid a d y vid a
autoridad papal p o r P ie l F r a n g e n * . j .
U n i .i b r o e s c r i t o p o r e l s u c e s o r d e IC a rl R a h n e r e n la
conciencia c á te d ra d e In n s b ru c k p a ra la ic o s q u e h a c e n p re g u n ta s .
p o r B . D e lf g a a u tc
E l
g rá fic o ,
c o n t r o
p e ro
l d e la
s ie m p re
n a ta lid a d
e s
p u e d e
p ro b le m a
s e r
d e
p ro b le m a
la
d e m o
c o n c ie n c ia
Fenomenología
existencial
p e rs o n a l q u e e lig e en lib e rta d .
p o r W . L u y p e n
Fenomenología del S o
filo s o fía
b r e e l s u p u
e x c lu s iv a m e n te
e s t o d e q u e
a
n o
p a r tir
se
d e
p u e d e
u n a
f o rm u la r
p r o b le m á tic a
u n a
v ie ja c o m o la e s c o lá s tic a , L u y p e n p ro p o n e u n a in tro d u c
p o r W . L u y p e n
E s t e
o rig in a le s
l i b r o
y
, d e u n o
s ó lid o s ,
d e ' lo s
e s ta b le c e
p e n s a d o re s
lo s
m o d e rn o s
fu n d a m e n to s
m á s
s o b re
El hombre en e l
lo s q u e se d e b e e d ific a r h o y u n a é tic a .
I n d is p e n s a b l e
G . P id o u x
p a ra c o m p re n d e r e l le n g u a je y la s e x
de la moda
p re s io n e s b íb lic a s y e l m e n s a je d e la R e v e la c ió n .
p o r R e n e K ó n ig
m o d a
n e s t u
e n
d
e l
i o fa s c in a n te
p a s a d o co m o
y c la ro
ta m b ié n
ta n to
d e
d e
lo s
la s r a íc e s
d iv e rs o s
d e
a s p e c to s
la . Esa comunidad
d e l fe n ó m e n o e n e l m u n d o c o n te m p o rá n e o .
llam ada Iglesia
p o r / . L . S e g u n d o y o t r o s
Psicología de la P r i m e r o d e l a o b r a e n c in c o to m o s in d e p e n d ie n te s
T e o lo g ía a b ie r ta p a ra e l la ic o a d u lto . L o s a u to re s p la n
vid a social te a n
c a ra c te rís tic a s
c ia y
e l
a l
p o r
m u n d o
q u é
q u e
d e
h a
la Ig le s ia
d e
c o n te m p o rá n e o .
te n e r
h o y
p a r a
e in q u ie r e n
s e r fie l a
s o b re
s u
la s
e s e n -
p o r A . O U le n d o r f f
U n a v i s i ó n d ire c ta d e e s te v a s to y m ú ltip le c a m p o ,
c e n tra d a en u n a p e rs p e c tiv a h u m a n is ta .
E n C h ile : D .I .L . A .P .S . A ., M o n e d a 1 9 5 8 , S a n tia g o
La h isto ria d e
L im a .
M é x ic o
C h ile .
E n
6
E n
M é x ic o :
D
P e r ú :
. F . y e n
L ib r e r ía
E d ic io n e s
to d a s la s
S tu d iu m
C a r l
b u e n a s
o s
S . A .
L o h l
lib r e r ía s
é
C a m a n á
, B e r lín
d e
9 3 9 ,
1 7 ,
A m é
p o r B . D e lfg a a u tc
y fo rm u la c ie n tífic a m e n te e l p e n s a m ie n to d e T e ilh a rd E D I C I O N E S
d e C h a rd in . D e lfg a a u w e m p ie z a d o n d e T e ilh a rd te rm in a ,
T o m o
T o m o
T o m o
I :
I I :
111:
L a
L a
L a
a p a ric ió n
h is to ria
e te rn id a d
d e l
d e l
h o m b re .
h o m b re .
d e l h o m b re .
G ARLO S L O H L É
V i a m o n t e 7 9 5 • T . E . 3 9 2 - 6 2 3 9
B U E N O S A I R E S
APARECIO
p ró lo g o
UNA REVISTA LITERARIA DIFERENTE
j- JO vi r'0 r! •: y
.btirnUr i'.
CO N TE R IS — F E R N A N D E Z R ETAM AR — G U TIERREZ
. . . e s t u d i a n la r e a l i d a d p o lítico-soc ial iuruguaya
y latino am erican a.. .
G U IR A L — E YH E R A B ID E H LAGO — M U S T O
. . . n a r r a n sus o u e n t o s . . .
B E N E D E T T I — IB A R G O YEN — MAIA - - SC H IN C A — S O M M A
. . .escriben p o e m a s . . . •
■... , i- .
1 -
M A R Q U E Z — R E IN — UBILLA
h a b l a n de l i b r o s . . .
distribuye: correspondencia:
AMERICA LATINA REVISTA PROLOGO
18 de Julio 2043 Misiones 1290
Montevideo - Montevideo - Uruguay
c a r t a d e l e d i t o r
1
dio ocasión para dos “encuentros” mayores: uno de ellos, con Paulo Frei
ré, irá en la próxima VISPERA; el otro, publicado en ésta, lleva el nom
bre del Secretario General del CELAM, que fue también Secretario Ge
neral de Medellín: Monseñor Eduardo Pironio.
2
p e r s p e c t i v a s
JULIO DE SANTA A N A
I n t r o d u c c i ó n a K a r l B a r t h
Karl Barth es, sin duda alguna, después de Agus problemas de su tiempo. Teniendo esto en cuenta,
tín, Tomás de Aquino, Lutero, Calvino y Schleier- haremos una rápida revisión de los elementos que
macher, uno de los grandes teólogos de la historia componen el marco en el cual ha surgido y se ha
de la iglesia cristiana. A mi modo de ver, Barth desarrollado la vida de Barth.
se situaría a la misma altura que Agustín y Tomás
de Aquino, no solamente por la calidad de su pen Barth nació en el mes de mayo de 1886. Era h ijo
samiento teológico, sino también por cómo ha sa de un profesor de Nuevo Testamento, en Basilea;
bido situar ei pensamiento teológico en el tiempo por lo tanto, Karl perteneció a una estirpe de aca
que ha estado viviendo. No obstante debemos re démicos alemanes. Su hermano todavía hoy os pro
conocer que no ha llegado a resolver la mayoría de fesor de filosofía en Basilea. Con esto simplemente
los problemas que se plantean a la tarea dogmática deseo indicarles el ambiente intelectual de la fam i
de nuestra era. En ese sentido Barth, como teólogo, lia a la cual Barth perteneció. Su juventud, por con
más que el creador de una nueva teología, ha sido siguiente, comenzó a transcurrir a fines del sig'o X IX
el testigo lúcido de una encrucijada que muchos y principios del siglo XX.
habían presentido, de la cual él tuvo una conciencia
clara. En medio de eta encrucijada Barth ha perma Desde el punto de vista económico, es la época
necido en el marco de la teología tradicional, es del auge del imperialismo, en que ese auge llevó a
decir, ha sido fundamentalmente un teólogo de la tal acumulación de capitales que el proceso desem
Iglesia, no un teólogo de la humanidad. Si se mira bocó en dos guerras mundiales; es la época — a par
a Barth con ojos extraños a la Iglesia, inevitable tir del fin de la segunda guerra mundial— del auge
mente se habrá de polemizar con él y probablemente de la descolonzación y, a partir de la década del
no se le comprenderá. 50, de la revolución tecnológica. Esta revolución tec
nológica podría ser mencionada como formando par
te no del sector económico, sino del culture! pero
la s.tuo en e primero en virtud de que significa
una nueva relacon del hombre con la naturaleza
I. - L A E N C R U C IJ A D A que al m.smo t.empo está posibilitando nuevas m al
de todavíaPr0dUCC'° n' Una rac,° n«,»»Ción diferente
E te tras o n d r e T - 7' - ' ^ ’° t3nt° ' de ,a Industria,
DOS SIGLOS. DOS GUERRAS n o rta m if d eC° nomico ™e parece a mi muy im
portante, porque de él se desprende una nueva nro-
Habiendo expuesto esa tesis, que intentaré de
peoT h 'a T t a ^ lV 1 QUS d if!c i,™ n te 'os euro-
fender a lo largo de mi presentación, corresponde o c d d e n d 'a de h° y - V
t a U sólo los
P ¡ e n s o e n
entender que la obra de un hombre — y la obra de Henad * ' S'n0 también en los socialistas— han
un teólogo no escapa a la ley— se hace en diálogo llegado a tratar.
con su tiempo, se hace en actitud de interrelación
dialéctica entre lo que constituye la cultura ambien Desde el punto de vista social, encontramos que
Barth madura y cumple la mayor parte de su obra
te, las estructuras socio-económicas y los grandes
?n el periodo en el cual se asienta el procero de
3
modernización de la sociedad europea. Alrededor de sino que, a partir especialmente de 1918, se hace
la década del 20, la modernización lleva a la so en las calles, a través de movimientos de masas,
ciedad de Europa a entrar en el período de la so los cuales pueden ser coordinados por pequeños gru
ciedad del ocio, el período en el cual el hombre es pos de activistas; pero la política no es ya cuestión
más que nunca dueño de un lapso vacío que debe de algunos hombres poderosos, sino que es cuestión
llenar, el período de la sociedad de consumo, de de presiones populares. Por supuesto, en la vida de
una cultura de consumo, el período de ia facilidad Barth hay dos situaciones que son culminantes: una
de vida. Esta facilidad de vida es algo que Barth, es la primera guerra mundial, que, por otra parte,
por lo menos en su "E tic a ", ha tratado de tomar es la que determina la emergencia de la conciencia
en cuenta. trágica europea. (No debemos olvidar, por ejemplo,
que si bien el libro de Spengler fue escrito antes de
El aspecto cultural se puede comprender a través esa primera guerra, "La decadencia de Occidente"
de cuatro coordenadas: filosófica, científica, litera tuvo éxito a partir justamente de su edición en el
ria y religiosa. Pretendo simplemente apuntar a los año 1918.) Otra es la segunda guerra mundial, cuan
grandes elementos. Desde el punto de vista filosófico, do, por un lado, entre algunos se afirma esa con
Barth deja la universidad cuando en Francia triu n ciencia trágica y, entre otros, en cambio, surge un
faban las ideas de Bergson y en Alemania hacía es espíritu de optimismo; no un optimismo fácil, como
cuela el pensamiento fenomenológico de Husserl el que campeó en ciertos espíritus inadvertidos luego
(1 9 0 7 -0 8 ). Es también el período en el cual — si de la primera guerra, sino sobre todo un optimismo
bien esto no es filosofía, incide en ella— surge el basado en la lucha, en la militancia, un optimismo
pensamiento de Freud, con sus investigaciones psico- impulsado a partir de una ideología, que es la del
analíticas, desembocando todo ello — tras la guerra socialismo. [
de 1914-18— en la emergencia de la filosofía de
la existencia con Jaspers y de existencialismos de d i Estas dos guerras son un elemento fundamental;
versas suertes, entre los cuales aparece con un ca sin embargo, no llegan a empequeñecer la importan
rácter muy nítido el de Heidegger en Alemania, el cia de dos procesos que se dan a partir del año 20
de Gabriel Marcel en Francia (1927) y el de Ber- en adelante: el primero es el enfrentamiento entre
diaev, amalgamando existencia y socialismo, entre el capitalismo y el socialismo; el segundo es aquél
los años 1924-35. Pasado este período, que uno que se ha acelerado especialmente desde la mitad
puede denominar período de la reemergencia de la de la década del 50 en adelante, que es el enfren
conciencia trágica en Europa, entre el fin de la p ri tamiento entre pueblos ricos y pueblos pobres. Me
mera guerra mundial y comienzos de la segunda, los parece que Barth supo ver especialmente el primero
años que se dan a partir de la postguerra están do de estos procesos; ha seguido con interés el segundo,
minados por el debate con el marxismo y últimamente pero no lo ha comprendido.
con el estructuralismo. Barth tomará en cuenta todos
estos movimientos, con excepción del último.
Desde el punto de vista científico, Barth estaba UNA REVOLUCION TEOLOGICA
entrando en el secundario cuando Planck estaba en
ese momento despuntando la nueva ciencia con Por último — porque al fin de cuentas Barth es
su teoría de los cuantas. El período que con el si un teólogo— ¿cuál era la situación de la teología,
glo X X se abre para las ciencias es el de la gran cuando él comenzó a in flu ir con su pensamiento so
revolución, inspirada precisamente por los trabajos bre ella? A partir de principios del siglo X IX , en
de Planck e implementada por los de Einstein, que teología se había producido lo que uno podría llamar
ha llevado, especialmente en los últimos 20 años, un giro copernicano. De la misma manera que el
al desarrollo de la cibernética contemporánea. pensamiento de Kant había provocado una situación
semejante allá por el año 1788, cuando publicó
Desde el punto de vista literario podríamos decir "La crítica de la razón pura", Schleiermacher, teó
sin entrar a calificar el proceso en todas sus partes, logo alemán imbuido por el espíritu romántico, ami
que especialmente el período que se abre desde el go de Schlegel, provocó una revolución teológica al
fin de la primera guerra mundial en adelante, es un hacer de la teología una pretendida ciencia. En efec
período caracterizado por la autenticidad en literatu to, Schleiermacher es el primero que en la historia
ra, autenticidad que debe ser comprometida en dos n i del pensamiento teológico sistematiza el pensamiento
veles. En primer término, el nivel de la forma: ya de una forma científica y al mismo tiempo centra
no se copia, ya no se siguen estilos. (En este sen de una inanera definitiva — por lo menos desde su
tido, me parece que el surrealismo fue pionero.) época hasta nuestros tiempos— esa reflexión teoló
Pero se da además, una autenticidad del escritor, que gica no ya sobre la revelación y la razón, sobre la
se revela por 'un lado en su compromiso con el arte revelación y la historia, sobre la revelación y otras
y, por otro, en su compromiso con la sociedad: dos fuentes de autoridad, sino sobre Jesucristo única
tipos, por lo tanto, de revolución que en el fondo, mente. Es decir que Schleiermacher, aunque podemos
a mi modo de ver, convergen en algunas figuras considerado un liberal en teología, abre el camino
fundamentales de la literatura de nuestro tiempo, en teología para que el pensamiento sea realmente
como, por ejemplo, Cortázar. cristocéntrico.
Finalmente, desde el punto de vista religioso, po Esto dio motivo a que en el siglo X IX surgiera
dríamos decir que, en forma paradojal, se da la ex una serie de pensamientos sobre Cristo, que pusie
tensión fabulosa del cristianismo misionero y la des ron más importancia en la parte humana de Cristo,
cristianización que promueve el proceso de seculari esto es en Jesús, que en el Cristo mismo, que en la
zación en la mayoría de los pueblos que, antigua o cristología; que pusieron más importancia en la ma
recientemente, habían adoptado la fe cristiana. nera de sentir a Jesús, en el corazón del creyente,
que en entender quién había sido Jesús, de acuerdo
Respecto a la dimensión política, podríamos ca a la concepción- modelo de Mesías, a la cual Schleier
racterizar la situación diciendo que es el período macher se había atenido. Una serie de teólogos más
del fin de la vieja política basada en alianzas diplo o menos liberales desfiló entonces hasta el fin del
máticas, que es también el fin de la "belle époque". siglo X IX . Aunque el esfuerzo de Schleiermacher
iLa política no se hace ya más en las cancillerías, trajo la atención teológica sobre la persona de Je-
sus, de todos modos debemos comprender que ella
procuraba hacer a Jesús contemporáneo del momen
to en el cual esos teólogos estaban reflexionando. II. -1 8 8 6 -1 9 6 8
Se intentaba lograr que el mensaje de Jesús tuviera
algo que ver con los hombres del siglo X IX y todo
esto provocó el movimiento de la teología liberal, He dividido su vida en nueve períodos, que van.
que condujo, hacia fines del siglo X IX y principios desde su niñez hasta sus últim os días.
del X X en paticular, a la corriente del "Social Gos-
p e l" (Evangelio Social), que tomaba en cuenta el HERR PROFESSOR
despertar social del mundo europeo y norteamerica
no de fines del siglo pasado y trataba de mostrar Primer período. — Se deben subrayar sobre todo
el filón social — socialista, si se quiere— del pen sus antecedentes familiares académicos. En el m un
samiento de Jesús. Por supuesto, esta tendencia cho do alemán, el ser hijo de profesores, nieto de pro
có con los conservadores. Y estos conservadores plan fesores, bisnieto de profesores, constituye algo muy
tearon un problema: ¿cuál es, al fin de cuentas, la serio. Significa toda una tradición fa m ilia r del "H e rr
fuente de autoridad de la teología cristiana? ¿Es la Professor", que necesariamente se debe continuar.
comprensión de Jesús o es aquel documento, aquel (Dicho sea de paso, los dos hijos de Barth son pro
hecho histórico a partir del cual es posible compren fe s o r e s ...). Como ya dije, el padre de Karl Barth
der a Jesús? Como ese hecho histórico en el cato había sido profesor de Nuevo Testamento en Z ürich,
licismo estaba mediatizado por la Iglesia y en el pasando después a Basilea. Aquí había ejercido el
protestantismo, entre los conservadores, por la Bi profesorado contemporáneamente con Federico N ietzs-
blia, se dio una polémica entre tres partes: (1 ) por che, en el período en el cual éste había escrito su
un lado estaban estos liberales, especialmente los del famoso primer libro "E l origen de la tra g e d ia ".
Evangelio Social; (2) por otro estaban los católicos Como profesor de Nuevo Testamento, el padre dé
con su integrismo, integrismo que definió al V a ti Barth era un helenista, un profesor de lenguas clá
cano I, que mostró cierta veta social en la obra de sicas y podía captar no solamente el pensamiento
León X III, pero integrismo al fin ; (3) en fin , entre de Hegel o Nietzsche, sino además las barbaridades
que este últim o había dicho. Sin embargo, según pa
los protestantes conservadores estaban los fundamen-
rece, las nociones de Nietzsche nunca fueren discu
talistas, que se apegaban estrictamente a la letra
tidas en el ambiente fa m ilia r de Barth. ¿Por qué?
de la Biblia y de esta manera trataban de decir:
Por la sencilla razón no de que Nietzsche fuera un
"L o único que debemos hacer es predicar los fu n
mal profesor, no porque sus ideas fueran dispara
damentos de la fe, entre los cuales la inspiración tadas, sino por el tipo de vida que él había tenido.
divina de la Escritura es uno de los más importantes, Predominaba en la familia de Barth, por consiguiente,
si no el más im portante". un cristianismo piadoso, un cristianismo rígido con el
que Karl Barth posteriormente rompería. De todas
En medio de este panorama bastante confuso, don maneras, esto explicará en parte algunas de las po
de la polémica se hacía en base a equívocos (se siciones que, si bien en un principio fueron muy
discutía no sobre el fundamento de la teología, sino osadas en su pensamiento y en su teología, poste
sobre el criterio de autoridad en la teología), apa riormente no fueron llevadas hasta sus últim as con
recieron dos pensadores alemanes, a los cuales ha secuencias.
bría que agregar un inglés (éste recién ha adqui
rido importancia alrededor de la década del 4 0 ), que Barth estudió en Basilea, haciendo sus estudios
intentaban renovar en parte la teología. Esos dos teológicos no solamente en esa universidad, sino ta m
pensadores alemanes, padre e hijo, eran de nombre bién en la de Zürich.
Blumhardt y adherían ambos a la corriente del Evan
gelio Social. Ellos abogaban por un Evangelio que ENTRE LOS TIEMPOS
lomara en cuenta la obra de Dios en el mundo, que
tomara en cuenta el proceso de renovación social y Segundo período. — Corresponde al período de
que, en medio del mismo, insertara la novedad del sus primeros escritos y trabajos. Cabe señalar que
Evangelio, que para ellos consistía en la formación después de haber desempeñado algunos cargos comó
de un nuevo hombre, nuevo hombre que, evidente pastor en algunas parroquias de la Suiza alemana,
mente, no se encontraba dentro de la Iglesia. De se estableció como pastor de la congregación re fo r
chí que hayan intentado crear movimientos fuera de mada alemana en la ciudad de Ginebra y vivió alK
la Iglesia, una especie de falansterio no del tipo de desde el año 1909 hasta 1916. En ese período in
Fourier, ppro algo semejante, donde las personas re tim ó aún más con quien ha sido hasta hoy el grafi
cibían np sólo instrucción para actuar en la socie compañero de toda su vida: el profesor Eduardo
dad, sino también una especie de renovación espiri Thurneysen, también de Basilea. También intim ó con
tual que les permitiría posteriormente actuar como uno de los que más tarde sería uno de sus enem i
cristianos que fueran realmente levadura en la ma gos teológicos y personales más acérrimos, Federico
sa, no cristianos que estuvieran acomodados en el Gogarten, y con quien sería uno de sus polemistas
orden social existente, como la mayoría de aquel más arduos, Emil Brunner. Con todos ellos, sin em
tiempo. bargo, alia por el año 1917, form ó un equipo de
trabajo que comenzó a editar una revista que dio
Barth participó activamente en esta corriente del mucho que hablar: "E n tre los tiem pos" (Zwischen
Evangelio Social de los Blumhardt. Pero así como se den Z e ite n ). Esa revista, que perduró entre los
entusiasmó por estas ¡deas, también comprendió que años 1 9 1 7 -2 5 , fue el instrum ento fundam ental que
ellas desembocaban en un optimismo y una ilusión promovería, por lo menos en el ambiente europeo,
o.ue no tenían fundamento: el optimismo de que ios la renovación teológica de la cual Barth sería justa
cristianos podían cambiar el mundo, la ilusión de mente el adalid.
que el Reino de Dios podía ser establecido en la
tierra. Este pensamiento de Barth se afirm ó particu
ROMANOS
larmente al ver lo que estaba ocurriendo en eso que
era obra fundamentalmente de cristianos: la primera Tercer período. -— Este comienza con la edicióh
guerra mundial. de su comentario a la Epístola a los Romanos, en el
$
año 1919. Ese comentario es, hasta el día de hoy, centraban todo el problema cristiano en las relacio
lin a pieza clave para comprender la teología con nes entre Dios y el hombre, comenzando a entender
temporánea. Barth mismo, a pesar de toda la polé ahora que la revelación de Dios es inseparable de
mica que desencadenó, a pesar de que ha abandonado la existencia de la Iglesia. A partir de ese momento
muchas de las ¡deas ah! presentadas, realmente lo comienza a escribir una nueva Dogmática, que lleva
considera como una de sus obras claves. Las ideas el títu lo significativo de Dogmática Eclesiástica. No
que postulaba el comentario estaban basadas funda es una Dogmática cristiana; es una Dogmática de
mentalmente en la dialéctica entre hombre y Dios, la Iglesia. Ella está realizada teniendo en cuenta
que Pablo desarrolla en esa Epístola. Barth, rom por un lado la exégesis bíblica y la discusión de
piendo con la tradición que se había establecido en los datos de la exégesis y, por otro, en una letra
la teología protestante luego de la segunda genera distinta, más menuda, toda la discusión que sobre
ción posterior a los reformadores, a través de la cual ese punto se ha hecho a lo largo de toda la his
se buscaba un acuerdo, una especie de concordan toria de la Iglesia. El no pretende, de ningún modo,
cia entre la obra de Dios y la de los hombres, como romper con la Iglesia; por el contrario, pretende
si una y otra convergieran hacia un mismo punto en afirm ar su existencia.
el cual se operara la redención y la salvación, se
ñala que la relación entre el hombre y Dios no es
CONTRA EL NAZISMO
una relación de acuerdo, sino que es una relación
de ruptura. En el caso del hombre, esa relación de Sexto período — Por aquel tiempo, en Alema
ruptura lo lleva a enemistarse con Dios, a rebelarse nia se vivía la crisis y esa crisis, que en determina
frente a Dios; en el caso de Dios, lo conduce al do instante, allá por el año 30 despuntó hacia una
máximo sacrificio, que es el de Jesucristo mismo. orientación que podría haber llevado a forjar una re
Por lo tanto, el hombre no puede ser entendido co pública socialista, fue truncada por el surgimiento
mo un ser que hace el bien; el hombre es, por el del nacional - socialismo. Cuando este movimiento se
contrario, un ser pecador. entroniza en el poder, se produce una división muy
seria en las filas de la iglesia protestante: por un
El concepto de pecado, dice Barth, es un con
lado se da un grupo mayoritario, el de los "c ris
cepto teológico, no es un concepto ético. Unica
tianos alemanes", algunos de los cuales están sedu
mente se puede hablar de pecado a p a rtir de una
cidos por la figura del "F ü h re r", mientras otros
reflexión sobre la revelación de Dios. No es un
comprenden que no es posible luchar contra Hitler,
concepto ético porque el hombre no hace pecados,
y por otro lado, un grupo reducidísimo, que con
sino que está en pecado; estar en pecado sianifica
sideraba que el cristianismo de ningún modo podía
estar alejado de Dios, significa estar volviéndole la
aceptar al nazismo, que habia en él un principio de
espalda a Dios, significa rebelarse frente a Dios.
idolatría en torno a la figura del líder máximo, Adol
Sostiene Barth que el hombre está en actitud de
fo H itler, que debía ser rechazado. Ese y otra serie
perpetua rebeldía frente a Dios. Por supuesto, esto
de errores fueron condenados en el año 1934, en
aumenta la importancia de la obra de Dios en Je
sucristo y, al decir esto, Barth está señalando una una célebre declaración del Sínodo de la Iglesia
vez más que su teología, como la que se venía rea Confesante de Alemania, reunido en Barmen, que
lizando desde Schleiermacher, ha de ser cristocén- fue redactada justamente por Karl Barth, mientras
trica; aún más, ése es el concepto principal de todo la mayoría de la gente "dormía la siesta". De esa
su pensamiento dogmático. declaración de Barmen, que Uds. pueden leer en el
libro "Comunidad civil, comunidad cristiana", les
pido que tomen especialmente en cuenta la 5.a te
EL ESCANDALO sis, que a mi modo de ver es todavía vigente en
Cuarto período. — Vemos a Barth abandonando una situación política y social como la que toda
Suiza, después de haber sido convocado por las auto vía perdura en una gran parte de los países del
mundo.
ridades de la universidad de Gottinaen en Alemania,
para enseñar en una cátedra especial. Corre el año A partir de ese momento, Barth comenzó a ser
1921-22. Barth no ocupa la cátedra oficial de teo persequido. Fue obligado a abandonar la docencia
logía, sino una cátedra especial: habían producido en Munich, y, como era suizo, en el año 38 pudo
tal escándalo sus teorías, habían sianificado una rup acercarse a la frontera con Basilea. A llí entró nue
tura tan seria con el pensamiento humanista que vamente en una cátedra que no era la oficial sino
venía siendo la tónica general de la teología que una cátedra paralela e — ¡ironía de las ironías!. __
■imperaba en las universidades alemanas, que no que era sostenida no por la tradición de la Iglesia
podía ser considerado seriamente como un profesor. sino por los liberales. Sin embargo, Barth la acen'
Solamente algunos espíritus un poco inquietos deci tó y desde el año 38 hasta el día de hoy ha perma-
dieron costear su gasto docente. necido en Basilea.
Durante este período Barth comenzó a escribir su
Dogmática, de la cual posteriormente renegó. La BASILEA
Dogmática de 24 volúmenes, que actualmente cono
cemos, no es aquélla que comenzara a escribir por Séptimo período _ Es el período de la guerra,
el año 1922. durante el cual Barth continúa escribiendo su Dog
mática. A partir de esta época su. pensamiento co
mienza a ser aceptado por quienes hasta entonces
U N A DOGM ATICA DE LA IGLESIA lo habían combatido.
Quinto período. — Yo lo denomino el período del
g ra n cambio. Se puede situar alrededor de los años EN TAN TO DIOS ES HOMBRE
1925-28, cuando Barth es llamado a enseñar no ya
en una cátedra especial, sino en una cátedra que Octavo período — Este período, posterior a la
cuenta con la anuencia de la Iglesia Reformada, a guerra, nos presenta un nuevo Barth y, a mi pare
la cual él pertenecía. Es llamado a enseñar en la cer, el más importante. Ya no pone sus ojos sola
u n iv e rs id a d de Bonn; es entonces cuando abandona mente en la lucha entre el hombre y Dios, en la
sus pensamientos radicales, esos pensamientos que redención que Dios hace sobre el hombre salvando
toda distancia y toda rebeldía humana, ya no pone nifica "estudio de D ios". A lo largo del período que
sus ojos solamente en la Iglesia, sino que los pone se inicia con la Reforma y la Contrarreforma, este
sobre todo en un carácter de Dios que él dice q t estudio de Dios se venía realizando fundam ental
es el definitivo, el único que vale, que para él está mente a partir de las confesiones eclesiásticas. Los
dado fundamentalmente por la humanidad de Jesu católicos habían hecho un estudio mediante la pro-
cristo. En este sentido, el pensamiento de Barth al fundización de la Doctrina de Trento y los protes
canza la paradoja máxima: sólo se puede hablar tantes lo habían hecho profundizando los 39 A r
de Dios, en tanto Dios es hombre en Jesucristo. tículo de Fe de los anglicanos, o la Fórmula de
Por supuesto, esto ha desencadenado especialmente Concordia, o la Confesión de Auosburqo, o la Con
en los últimos cinco o seis años, una gran discu fesión de La Rochelle, o el Sínodo de Chanforan.
sión teológica. Hay quienes dicen que se puede ha
blar seriamente en el día de hoy, de que Dios se Lo que Barth entiende como teología no es el
ha hecho hombre en Jesucristo. Pero ¿se puede decir estudio de Dios según las confesiones de la Igle
que ése es un hecho histórico? ¿Se puede decir que sia, sino el estudio de Dios a través de la Pala
eso constituye una afirmación fundamental de fe bra. Más importante que lo que confiesa la Ig le
para el cristiano, o debe ser entendido meramente sia es la revelación de Dios y ésta, para Barth, es
como un símbolo, como una indicación de carácter principalmente Palabra. Entiende esa Palabra de tres
de Dios, siempre y cuando se pueda seguir hablan maneras: a) Palabra predicada; b ) Palabra escrita;
do de Dios en el tiempo en que nosotros vivimos? c) Palabra encarnada. La revelación, por lo tanto, se
Barth ha sostenido ese punto y al hacerlo nos ha da a p a rtir de las Escrituras, oue reaistran los hechos
mostrado el centro mismo de toda su Dogmática. de Dios en la historia. Esos hechos de Dios fueron
motivo de lo que Barth llama la Palabra de Dios
DOS VECES LUCIDO encarnada, actuante en medio del mundo, oue tuvo
su manifestación más orande en el hecho de Jesu
Noveno periodo — En el año 1961 dejó de dar cristo. Según Barth, todos los hechos de Dios en
clase oficialmente. Durante algunos años siguió re la historia no hacen nada más que ser el hecho de
cibiendo en su casa al seminario francés y en la Jesucristo. Ampliaremos este punto más adelante.
cervecería de enfrente, que es mucho más grande,
al de estudiantes ingleses y alemanes, además de Hay por lo tanto Palabra escrita, que registra esos
algunos alumnos especiales, en lo que él llama el hechos de Dios en Jesucristo y posibilita, a tra
coloquio: un reducido núcleo de alumnos que vés de su explicación, la Palabra predicada, esa
hacen el doctorado con él, conversan con Barth Palabra predicada a través de la cual se expone,
en un trabajo muy serio de investigación teoló en forma contemporánea, lo que Dios significó en
gica, en el que realmente es excepcional participar. la carne, actuando en la historia, de lo cual hay un
registro en un libro que se llama la Biblia. A l ad
El últim o período, el últim o Barth, es en el que, m itir que es posible tener una revelación de Dios,
ya viejo, muy enfermo, casi ciego, continúa traba al considerar la Palabra encarnada — Jesucristo— ,
jando. Es un hombre lúcido en dos sentidos: tiene al considerar la Palabra escrita — la Biblia— , al es
una notable inteligencia, penetra profundamente los cuchar la Palabra predicada mediante la Iglesia, Barth
asuntos que le presentan, pero también es lúcido adhiere al concepto calvinista del testim onio interno
para saber que hay ciertas cosas en las que debe del Espíritu Santo. Dicho de otra manera, cuando al
aprender. Recuerdo una discusión que tuvimos en leer la Biblia, al reflexionar sobre Jesucristo o al
torno al problema Cuba; recuerdo que entonces hizo escuchar la predicación de la Iglesia se entiende
una gran cantidad de preguntas y cuando le pedimos que hay allí una revelación de Dios, no es porque
que aventurara algún tipo de pensamiento, admitió se crea que Dios está hablando, sino porque es el
que de eso nada sabía. En un hombre que ha sabido Espíritu Santo que, unido a un hecho objetivo, sub
comprender con gran claridad una enorme porción jetivamente le esta anunciando al hombre que allí
de los procesos europeos de nuestro tiempo, como Dios se está expresando.
ser el proceso de descolonización de ciertas poten
cias europeas, como la francesa o la inglesa, reve Esta revelación, entendida como Palabra y corro
la por un lado una gran humildad y por otro una borada por lo que dice el Espíritu Santo, se impone
tremenda inteligencia, la inteligencia de que hav al hombre; se impone al hombre porque no es h u
que saber callar cuando no se sabe de qué se tra mana, se impone al hombre en tanto éste la acep
ta. Realmente, no se puede dejar de admirarlo. ta, por supuesto, pero cuando el hombre la acepta
es porque ha respondido a una Palabra que no es
suya, que deviene del exterior. Aquí se muestra, por
consiguiente, el primer tipo de pensamiento de Barth
sobre Dios.
III. - L A T E O L O G IA , L A
En este concepto Barth está muy in flu id o por
una obra de Rudolf O tto, que fue publicada en ale
IG L E S IA Y L A H U - mán allá por el año 1 9 1 0 -1 2 , "L o Santo" (tra
ducida al castellano por Revista de O ccid e n te ), don
de Dios es considerado como algo completamente
M A N ID A D D E D IO S
distinto al hombre, lo absolutamente heterogéneo.
Dios era para O tto — un teólogo de M arburgo que
posteriormente se suicidó— un misterio. Frente a
Tres conceptos (que presentaré en forma cro este misterio, el hombre tenía dos reacciones d ife
nológica) que fueron surgiendo a lo largo del pro rentes, que por lo tanto motivaban una com pren
ceso de su pensamiento, son muy importantes. sión del mismo totalm ente ambigua: por u n lado,
lo santo, lo sagrado, atrae, seduce, encanta y en
1) EL HECHO JESUCRISTO ese sentido O tto lo llamó un "m is te riu m fascinan»";
por otro lado, lo sagrado es algo que repele, que
El primero de ellos corresponde al de la juzga, que aterroriza y en ese sentido O tto lo llam ó
teología. Como Uds. saben, la palabra teología sig "m iste riu m tre m e n d u m ".
7
Para comprender esto no se debe fija r el fenó se a partir de los anos 1925-26, es una Dogmática
meno solamente a! hecho cristiano, sino a toda ma de la Iglesia, en la Iglesia y para la Iglesia.
nifestación religiosa de la historia de la humanidad.
Dios no puede ser comprendido, mas existe un Cuando se dice que es de la Iglesia, Barth está
anhelo del alma humana por querer penetrar en el diciendo algo que hasta ese momento los teólogos
ser de Dios. Las vestales de Roma eran seres d ivi no habían visto, pero que en una época de des
nos o semi-divinos. Del mismo modo que atraían, cristianización como la nuestra, es una perogrullada:
se sabía muy bien que si alguien atentaba contra los únicos que pueden hacer teología son los cre
una vestal, inmediatamente recibía el castigo o la yentes. Antes, en cambio, la teología se imponía a
condenación de la "rom anitas", ese poder im plíci todos. La Dogmática, por lo tanto, no es para los
to de la república que iba a acarrear consigo jus no-creyentes. Es para que la Iglesia sepa pensar
tamente la muerte. En los pueblos primitivos toda acerca de la revelación; no para que predique. A
manifestación sagrada tiene este carácter ambivalen partir de la Dogmática es posible hacer sermones,
te : por un lado atrae, por otro aterroriza. Basán pero la teología no puede ser predicación. No es
dose en este pensamiento de Otto, Barth llegó a un discurso edificante; es un discurso a través del
sostener que más allá del misterio de Dios, está el cual hay una toma de conciencia de la revelación
hecho de que de esa manera se aprecia que Dios es dentro de la Iglesia y no más allá de ella.
algo completamente distinto del hombre y está si
tuado en una esfera de vida completamente lejana Pero al mismo tiempo, es Dogmática en la Ig le
a la del hombre. Ya no es posible hablar de con sia. Al decir esto, Barth señala que ella no es ta
cordancia, de convergencia, entre Dios y el hom rea de un escritorio, no es tarea de un pensador
bre. Ya no se puede decir que la imagen de Dios aislado por muy cristiano que sea, sino que es ta
en el hombre es el hálito de la divinidad en la rea comunitaria. La Dogmática debe hacerse en diá
vida humana; lo que se debe afirmar, en cambio, logo y ese diálogo se da, en primer término, entre
es lo que podría llamar en términos griegos una el creyente y la revelación y, en segundo lugar,
"diástasis", una distancia infinita entre Dios y el entre la comunidad de creyentes y la revelación.
ser humano. Esa distancia infinita de ningún modo
Paralelamente, es Dogmática para la Iglesia. No se
puede ser salvada por el hombre; solamente un
intenta hacer una teología a través de la cual los
ser in fin ito puede llegar a cubrirla. Esto significa
creyentes den razón de su fe a los que no creen.
que la obra de salvación no es una obra en la
En ese sentido, la teología de Barth es lo menos apo
cual el hombre tenga parte, que la redención del
logética que se pueda pedir. No intenta defender la
hombre se opera sin que el hombre tenga algún rol
fe cristiana, porque la fe cristiana es indefendible.
que jugar, que la redención del hombre se opera
Desde el punto de vista de la revelación está visto
porque Dios lo desea. Y esto es muy importante, se
que Jesucristo es una piedra de tropiezo para los
gún veremos posteriormente, en el concepto que
judíos y un escándalo para los gentiles. Como pie
Barth tiene, incluso en el día de hoy, sobre la re
dención. dra de tropiezo de los judíos, Jesucristo rompe con
cualquier tipo de demostración teológica que, me
Las consecuencias de este pensamiento sobre la diante una ética, pueda llegar a establecer que Dios
teología como Palabra, como estudio de la revela existe o que El es Dios. Como escándalo para los
ción que lleva a comprender esta distancia in fi gentiles, Jesucristo de ninguna manera puede ser
nita entre Dios y el hombre, son varias. Además aceptado mediante un discurso racional. Nuevamente
de la mentada incapacidad humana para obtener la se afirma que la revelación se impone al hombre,
salvación, para v iv ir con Dios, hay que mencionar crea la Iglesia y es en la Iglesia donde se ha de
también la soberanía divina-, esa soberanía divina hacer esta reflexión, pero para ella, para que ella
que una vez más acerca a Barth al pensamiento de comprenda mejor lo que la revelación significa, para
Calvino y, aparte de eso, lo que uno podría llamar que como Iglesia actúe siendo un verdadero te s ti
una primera comprensión del pensamiento de Barth monio en el mundo en que le toca vivir. Barth, to
sobre la redención: ésta es un drama que se repre mando conciencia del hecho de la descristianización
senta .únicamente entre Dios y el hombre, entre promovida fundamentalmente por el proceso de secu
Dios como persona y el hombre como persona. En larización, entiende que la Iglesia ha de ser m ino
este período Barth está de tal modo influido por las ría en el mundo, de ahora en adelante y que, como
ideas de Kierkegaard, que no aprecia todavía ni la minoría, no puede llegar a intentar, como se pensó
irradiación cósmica de la redención, ni tampoco, mediante la obra misionera del siglo X IX , que todo
por otro lado, el aspecto comunitario que encierra la el mundo se vuelva cristiano. Lo que la Iglesia pue
redención según el Nuevo Testamento. de hacer es vivir siendo consciente de la revelación.
Y ser consciente de la revelación implica que la
Iglesia tenga que ser al fin de cuentas la Iglesia.
2) PUEBLO, PRESENCIA, CONCIENCIA
¿Y qué es la Iglesia? En primer término, para
El segundo concepto al cual quisiera refe Barth la Iglesia es un pueblo de testigos. A l decir
rirme y que aparece luego del período que corres esto — utilizando la expresión bíblica que es la que
ponde a la edición del comentario a la Epístola a él también utiliza— se quiere señalar que la Igle
los Romanos, se da a partir de lo que he llamado sia es un grupo de personas que proclama algo y
"e l gran cam bio". Es el que corresponde a la ig^a- que tiene una misión en el hecho de esa proclama
sia. Ya se ha mencionado que cuando tomó la cá ción. Barth señala que la tarea de la Iglesia es algo
tedra en Bonn, comenzó a escribir una nueva Dog semejante a lo que pasa en ese cuadro de G rün-
mática, que fue una Dogmática Eclesiástica, escri wald donde en el tríptico famoso de la obra de
ta en relación con toda la historia de la Iglesia. O Cristo, en el cuadro de la izquierda, hay un dedo
sea, que esta Dogmática no fue ya sólo una inves enorme que señala — en medio de una oscuridad que
tigación del drama de la redención, representado evidentemente preludia el pardo de Rembrandt—
entre el hombre y Dios, sino un pensamiento elabo el único punto luminoso que está en la esquina del
rado en el marco de la historia del dogma cristiano cuadro. Ese dedo enorme es el de Juan el Bautista.
y, especialmente, de la doctrina reformada. Yo d i Su figura no se ve; lo importante es el dedo y más
ría que esta nueva Dogmática, que comienza a dar importante aún la dirección hacia la cual señala.
8
que es justamente hacia la figura de Jesucristo. Si cuenta las esperanzas humanas. Jesucristo, la re
la Iglesia llega a ser tan evidente que a través de surrección y lo que de aquí justamente surge han
ella Jesucristo no se ve, entonces la Iglesia no es desmitologizado estas esperanzas. La Iglesia, que tie
iglesia. No es una iglesia que proclama, ni es una ne conciencia por lo tanto de la revelación, no pue
iglesia que tiene una misión; es una iglesia que de dejar de indicarlo ante aquellos que una y otra
se impone. Está tan interesada en mostrarse a sí vez están elaborando pretendidas soluciones abso
misma como entidad respetable, está tan orgullosa lutas para el drama de la historia. El cristiano puede
de su potencia, que olvida que Alguien la ha con aceptarlas, sabiendo que con eso en definitiva nada
gregado y deja de lado la proclamación de ese A l arregla, aunque sí temporariamente.
guien que la ha congregado.
9
r
debe v iv ir el amor a Jesucristo, ese amor a Jesu cultural, que es el "patois" (dialecto) de Canaán,
cristo que se da a través del servicio a los más el "p a to is "' teológico por el cual los hombres d e :
pequeños, a los que nada poseen. nuestro tiempo no pueden conocer absolutamente.
nada? Este es un punto que Barth no contesta.
Entiende, por el contrario, que es necesario seguirlo
haciendo en ese sentido.
. ' .. ; iI
IV . - U N A C O N C IE N C IA
3) IGLESIA Y SOCIEDAD
r: j
1 0
A B R A H A M GUILLEN
E l m a l t h u s i a n i s m o
n o t i e n e b a s e
e n A m é r i c a L a t i n a
1 1
les agorerías, por e! ruido tremendista de la prensa de población casi 9 veces mayor, que sería hoy
de la C ity o de W all Street, por tecnócratas asala — 1968— 30 veces mayor que en el Medioevo:
riados que se disfrazan de "neutralidad académica", 2 % contra 0,07 %.
linea en la cual hasta podríamos inclu ir al comicio
de la Academia de Medicina de los principales países El petróleo y el carbón vinieron a reforzar el po
latinoamericanos que, en los primeros días de agosto der del hombre sobre la naturaleza, multiplicando su
de 1968, reunida en Bogotá, afirm ó en su declara capacidad productiva en mayor proporción que el
ción final " . . . q u e el continente (latinoamericano) aumento de la población. Por ejemplo, en Roma y
■está amenazado por (a superpoblación y, por tanto, Atenas, durante la época esclavista, la media de es
se sol cita a los Gobiernos urgentes medidas para de clavos por hombres libres era de 4 a 5; si a ello
tener el rápido crecimiento demográfico". Como se se añadiera la fuerza de los animales domésticos, se
ve, la ideología de la dominación contamina hasta tendría por romano y ateniense no más de la fuerza
a los médicos y Ies hace form ular declaraciones sin productiva de 10 esclavos. Como un hombre produce
base científica, atentatorias contra el mero sentido en trabajo Vi de HP (medida de fuerza en caba
común. llos), los romanos y atenienses de las clases supe
riores vivían comparativamente peor que los proleta
rios de nuestra época, con menos nivel de vida. A c
tualmente, hay países que disponen de 50 a 60 HP
2. HISTORIA Y POBLACION por obrero, es decir, unos 400 esclavos mecánicos de
fuerza productiva. ¿No es esto posible para A m é
A l comienzo de la era cristiana se estima que el rica Latina?
Im perio Romano contaba con unos 54 millones de
Pero la revolución demográfica toma otro rostro
■habitantes. Actualm ente sólo Italia tendría cerca de
en el Tercer Mundo, se transforma en una forma
54 millones de habitantes, con más nivel de vida
agravada de la lucha de clases en los países subde
que el Im perio Romano en tiempos de Augusto, a
sarrollados, pues éstos no experimentaron la revolu
pesar que Italia es ínfima parte de su antiguo Im
ción industrial y recibieron principalmente su " im
perio.
pacto sanitario", vacunas, sulfamidas, insecticidas, etc.
Egipto, en 1568, tenía una población superior a Es que no se puede recibir ciertos "e fe cto s" de la
los 30 millones de habitantes: tres veces más que el Sociedad Industrial sin recrear simultáneamente sus
A frica Romana, comprendiendo Egipto, Libia, N um i- "causas", es decir, su base infraestructura!. De ahí
dia, y M auritania. El día que la represa de Assuan la distorsión que hoy aterra a las fuerzas del viejo
sea terminada se añadirán al viejo Egipto un 40 % régimen y da alimento a los neomalthusianos colonia
más de tierras c u ltiv a b le s ... les. ¿Más salud sin más productividad del trabajo?
Disminuyamos pues el número de saludables, se nos
Un economista muy conservador como Leroy Bea- aconseja. Hagamos el control artificial de los naci
lieu criticó con la "parábola de los tres M althus", mientos. Pues la expansión de la población tiende,
las teorías catastróficas de la inflación demográfica en las condiciones actuales, a recrear un régimen
en estos térm inos: a) supongamos que es necesario apropiado de producción para su sobrevivencia, y esto
un territo rio de 2 0 km 3 para la subsistencia de una sería un peligro para el "statu q u o " imperante.
trib u de cazadores prim itivos, integrada por 100 ha
bitantes: si éstos aumentaran a 200 correrían el El óptimo territorial y de población es muy rela
riesgo de agotar la caza y morirse de hambre una tivo en nuestra sociedad tecnológica. Por ejemplo,
parte de su población excedentaria; b) pero luego Dinamarca, un pequeño país, con una densidad de
fas cosas no suceden así, porque el primer Malthus población por hectárea similar a la de la URSS, pro
pesimista queda destruido por un segundo Malthus, duce, sin embargo, 5 veces más por hectárea que
que supera el hambre mediante una economía pecua los "koljoses" y los "sovjoses". Dinamarca posee
ria, sobre la base de la domesticación de los anima alredelor de 1,4 personas por hectárea, contra 0,14
les, lo cual perm itiría alimentar hasta 500 personas, personas en Argentina, es decir, 10 veces más de
en los 20 km"; c) la cosa se pondría seria cuando población en el agro; pero Dinamarca es capaz de
la población avanzase hasta las 1.000 personas; pero, exportar hasta el 45 % de su producción agropecuaria
en ese momento crítico, un tercer Malthus aprende neta. Uruguay, con 7 veces menos trabajadores por
a explotar la agricultura y la ganadería combinadas, hectárea que Dinamarca, sólo exporta, aproximada
produciendo así alimentos para varios millares de per mente, el 20 % de su producción agropecuaria. El
sonas; d) a pesar de ello, con agricultura y ga malthusianismo es, por consiguiente, en América La
nadería combinadas (decimos nosotros añadiendo un tina, subdesarrollo económico, cultural y tecnológico.
cuarto M a lth u s ), en países con 10 o más personas
por hectárea cultivada, tales como Egipto y Japón, las
personas tendrían que comerse entre sí; pero no su 3. POBLACION Y REVOLUCION
cede, ya que gastando 10 veces más de fertilizantes
químicos por hectárea, se consiguen rendimientos has La superpoblación relativa, en los países del T e r
ta 4 0 veces superiores que en países que no los cer Mundo se transforma en la mayor fuerza histó
emplean. Por consiguiente, los gigantescos avances rica revolucionaria, en la máxima fuerza de presión
tecnológicos modernos ya existentes (sin apelar a un política y económica, para poner las fuerzas produc
posible quinto M a lth u s ), posibilitan al Tercer M un tivas en concordancia con las relaciones sociales, con
do un aumento gigantesco de su productividad. Cla formas adecuadas de la propiedad del capital y de la
ro que para ello, el Tercer Mundo debe penetrar tierra. La población creciente y la producción decre
de lleno en la Sociedad Industrial que es lo que el ciente devoran el progreso económico. Para salir de
malthusianismo actual busca evitar. ese vacío de la "geografía del ham bre" (de la no re
producción simple del capital gastado en el curso de
La revolución demográfica es un fenómeno social un año), la inflación de población, en un punto no
(biológico y económico) de la Sociedad Industrial: dal dado, se convierte por Su propia dialéctica in te r
se ha producido con el maqumismo en la producción na en revolución social, para liquidar los frenos a la
industrial, primero, y en el maquinismo agrícola, des propia y ya necesaria Revolución Industrial.
pués. La máquina de vapor produce la primera gran
mutación en la población, en 1850, pasando el cre Aristóteles en su "P o lítica ", ya veía que " e l cre
cim iento demográfico mundial del 0,07, a lo rargo cimiento excesivo de la población era generatriz de
de la Edad Media, al 0 ,6 4 , es decir, un incremento sediciones y conflictos políticos". Cantillórt, uno de
los primeros grandes economistas del mundo burgués, Hacia 1963, la densidad de población en Europa
estimaba que la población y el bienestar entraban en occidental promediaba 86 habitantes por Krrv2, 2 5 7
antagonismo (claro está a la escala de las formas en Japón, 68 en China continental, 63 en Asia orie n
productivas de su época). Simón de Sismondi (un tal y sudorienta!, pero sólo alcanzaba a unos 10 habi
economista que cuestionó las injusticias distributivas tantes por kilóm etro cuadrado en Am érica Latina y a
del capitalismo) expresaba que el mejor régimen se 9 en A frica. ¿Cómo ju s tific a r la despoblación en paí
ría el que equilibrara mejor la riqueza y la pobla ses como Argentina y Uruguay que tienen 6 a 7 hec
ción. Malthus, en el fondo, quería descargar a los táreas por cultivador y más de 30 por población rural?
ricos del peso muerto de una excesiva población de Y la misma situación se repite, con ligeras variantes^
pobres, para que durara el régimen burgués. Marx, en casi todos lados. ¿Despoblar entonces no es perder
por el contrario, quería aliviar a los pobres del peso el futuro de una gran nación latinoamericana? La sub-
muerto de los ricos. Es que en una sociedad profun población latinoamericana fa c ilita la colonización eco
damente antagónica, cada uno toma — en econo nómica y financiera actual y aún la colonización d i
mía o en filosofía— la doctrina que es favorable a recta (como en la Am azonia) .
su clase: pero lo humano sólo tiene la medida de lo
universal. ' El desequilibrio entre población y producción es
problema más tecnológico y económico que bioló
El mundo avanza demográficamente, por año, a gico, pues el hombre es animal racional y por ende
razón de 70 millones más de habitantes, cifras vá animal político, y puede m odificar el medio natural
lidas para 1967 a 1968, es decir, que el crecimien y social. Y nosotros, más que problemas de gig antis
to de la población mundial produce, anualmente, una mo biológico demográfico, tenemos problemas de ra
nación tan grande, en habitantes, como Brasil. Pero quitism o económico y formas de dominación p o líti
el aumento de la población mundial se realiza muy ca anacrónicas, que retroceden hacia el irracionalís-
desigualmente: es mayor en los países de menor de- mo, en vez de abrir paso a proyectos políticos ra
sirrollo. Por ejemplo, mientras América Latina, en cionales, acordes con el ser del hombre.
tre 1968 y el año 2.000, acrecentaría su población
157%, Norteamérica sólo lo haría en 42% y Euro
pa (sin la URSS) en 25% . Estas cifras, proyectadas 4. POBLACION Y DESARROLLO DESIGUAL
en el futuro por los demógrafos malthusianos, plan
tean un pesimismo histórico, sobre todo en el por En un subcontinente virgen como América Latina
venir de América Latina. Pero las bases de tales pre sólo se utiliza como tierra de labrantía el 5% de su
visiones escamotean el siguiente hecho: a medida superficie total, contra el 11,8% en Norteamérica (a
que una sociedad acrece su nivel de vida abre la po- pesar de sus desiertos y tierras heladas), 2 6 ,8 % en
s bilidad para una paternidad responsable, en tanto Europa occidental, 11,7% en la URSS, 16% en Asia
que, como esto no puede ocurrir en las áreas de la y 7,8% en A frica. Consecuentemente, Latinoam éri
geografía del hambre, aquí se trataría de imponer ca es la "tie rra de prom isión" en el Tercer M undo.
compulsivamente por vía de los Estados dependientes No debe temer sino más bien estim ular el crecim ien
a los dictados metropolitanos, el control masivo de to de población para crear así la más gran nación del
la natalidad. Es que una política coherente de as mundo.
censo del nivel de vida impondría cambios estructu
rales que no se quieren. El subdesarrollo está determinado por la subínd-us-
trialización: el hecho que Estados Unidos tuviera en
La verdad es que América Latina tiene más de 1964 una renta bruta por habitante de u?s 2 .5 0 5
22 millones de kilómetros cuadrados, para una po contra una media de u?s 308 para países sudameri
blación de 260 millones de habitantes (1 9 6 8 ), canos (los más importantes) se debería a que un
pero con ese enorme espacio, la renta bruta global norteamericano consumía (como promedio anual)
de los países latinoamericanos era alrededor de 8.507 Ks. de carbón (como energía total equivalen
uSs 1 0 0 .0 0 0 millones: algo así como la de Fran te) y 540 ks. de acero; contra únicamente 725 ks.
c a o la de Alemania, en 1967, en espacios geográ de carbón y 48 ks. de acero, en los principales paí
ficos, respectivamente, de 5 5 1 .0 0 0 y de 2 4 7 .0 0 0 ses de Sudamérica.
kilómetros cuadrados. Consecuentemente, quienes de
fienden las tesis malthusianas, en América Latina, Estados Unidos, en 1967, invertía cerca de u$s
abogan para que esta parte del mundo siga siendo un 2 0 .0 0 0 millones en investigación y educación, con
continente vacío. Con los niveles productivos actua tra unos u$s 700 millones en Latinoamérica. Los
les de Francia o Alemania y a su nivel de vida, A m é países latinoamericanos deben soportar además una
rica Latina podría albergar sin problema 1 .0 0 0 m i "co m p ra " permanente de sus técnicos por los sala
llones de habitantes. ¿Entonces por qué tomarse " p il- rios superiores de la república del dólar, y a causa
doritas" norteamericanas anticonceptivas contra es de su atraso, viven de las patentes y marcas norte
casos dólares de la "A lia n z a " p a r a ... el retroceso? americanas. Por otra parte, aquí los tractores y co
sechadoras se venden tres o cuatro veces más caros
Los malthusianos de la OEA, de la "A lianza para que en Europa o Norteamérica. Los fe rtiliz a n te s q u í
el Progreso", los que programaron en Punta del micos, igualmente, controlados por grandes empresas,
Este, en 1961, un crecimiento económico latinoame son más caros: se da el caso de que en Europa una
ricano por habitante del 2,5% anual, tienen razones tonelada de nitrógeno vale menos del doble que una
de alarma. No sólo por el fracaso de sus planes, sino de trigo, pero en A rgentina y Uruguay, el n itró g e
porque con un incremento demográfico del 3% en La no químico suele valer varias veces más que una to
tinoamérica (y del 3,5 en Centroamérica y M éjico) nelada de trigo. En este sentido, no es económica
el crecimiento económico absoluto, anualmente, ten mente rentable aumentar la productividad de la tie
dría que ser del 5,5% al 6 % : pero ello no es posi rra por medio de fe rtiliza n te s, ya que siendo muy
ble con el imperialismo económico (que controla la caros se llevan casi toda la ganancia obtenida por una
comercialización y sus precios, las industrias claves, mayor productividad de la tierra.
etc.) ni con latifundios improductivos (el 1% de los
grandes propietarios latinoamericanos poseen el 50% Las Pampas argentinas y praderas uruguayas, que
de la tie rra). Pues en gran medida, América Latina en las primeras décadas del siglo X X eran el gra
es un espacio subdesarrollado porque es subpoblado, nero del mundo, procurando anualm ente una e xpor
por falta de presión demográfica para empujar la tación de granos de unos 1 1 m illones de toneladas,
revolución industrial, la reforma agraria, la sociedad han quedado con sistemas atrasados y rendim ientos
avanzada de alta tecnología. de 1,2 a 0,8 ton. de trig o por hectárea, contra tres
13
•o cuatro toneladas en algunos países de Europa, que La tradicional balcanización latinoamericana reside,
(utilizan por año cerca de 500 kilogramos de fe rti principalmente, en que el "international big business"
lizantes por hectárea, contra 20 a 30 en Sudaméri- separa nuestras patrias, manteniendo economías de
ca. Así, América Latina, que exportaba anualmente monocultivo, micronaciones que no pueden defender
•unos 1 1 millones de toneladas de cereales (en 1935- se del neocolonialismo, ya venga del Oeste o del Este,
39 ) se convierte ahora en región importadora de gra que se opone a que lleguemos a la energía nuclear,
nos; pero debido al latifundio improductivo, al trac a la industrialización plena. Y decimos también del
tor y abonos caros (monopolizados). "Este" pues es bien conocido el drama de Guevara y
sus planteos industrializadores. Si la Cuba socialista,
Hacia 1980 América Latina deberla aumentar la hoy como ayer, es productora de azúcar, si no puede
producción de granos a unos 30 millones de ton., y lograr autonomía económica, diplomática y estraté
hacia el año 2.000 a 89 millones de ton.; lo que gica ¿Cuál será, en definitiva, el destino de Cuba
requeriría por año, respectivamente, una producción desligado de un gran "salto adelante" de América
de fertilizantes químicos de 4 a 10 millones de ton. Latina?
Actualmente se estaría utilizando 1 millón. ¿Cómo
' se podrían elaborar tantos millones de toneladas a En América Latina, la mejor política es poblar el
buen precio sin una gran industria nacional? ¿Y cómo espacio vacío: sólo así se construirá una gran nación
^desarrollar una gran industria nacional con una Amé unificada desde el Río Grande al Cabo de Hornos.
rica Latina dividida por el imperialismo, subdesarro Los malthusianos quieren condicionarnos con la esca
llada por el latifundio, por un raquitismo capitalista sez económica y la escasez de población. El imperialis
dependiente del gran capital financiero internacional? mo tiene tendencia a imponernos una heteronomía y
nosotros a lograr una autonomía. El desarrollismo de
los Rostow y el "estructuralismo conceptista" de la
"Alianza para el Progreso", la OEA y ciertos medios
5. PERSPECTIVAS DE LATINOAMERICA cristianos no conducirá a ninguna liberación. Más
bien, la veintena de repúblicas de América Latina se
Para hacer la historia hay que tener fuerzas pro convertirían en el Conmonwealth de los Estados U ni
ductivas no mediatizadas por el imperialismo ni ra- dos. Así, todo tiempo futuro será peor, pero la alie
quitizadas por las oligarquías agrarias, hay que tener nación económica latinoamericana deberá conducir a
renergía nuclear, computadores, empresas automatiza- una revolución, pues cuando la alienación es insopor
idas, una agricultura mecanizada y bien abonada; hay table la revolución es inevitable. Si se elige a Dracón
.que ser una nación de dimensión continental. Pero y no a Solón, es evidente que en el gran cambio so
.América Latina, que pudiera serlo, teniendo el mis cio-económico latinoamericano, la violencia tendrá
mo idioma, la misma religión, el mismo origen y que ser la partera de una historia, paradójicamente,
destino histórico, se aletarga en retóricas o en el en pos de la erección de condiciones sociales no-
opio intelectual de modas intelectuales importadas violentas.
desde sus metrópolis.
Las formas de dominación actuales no son una fa
Para sobrevivir en este siglo atómico, cibernético talidad ni significan categorías eternas. No hay lugar
y astronáutico hace falta algo más que ser micro- pues al desaliento o a la resignación. No hay que
nación, es preciso contar con un gran espacio eco- temer al malthusianismo en la medida que seamos ca
rnómico, con mucha y moderna maquinaria, con abun paces de levantar grandes corrientes populares nacio
dante energía mecánica, con capacidad de inversión nales, socialistas, con la contribución de un cristia
m ultim illonaria para construir centrales nucleares, fá nismo desaburguesado. La sociedad, en determinados
bricas de química pesada, siderurgia, electrometalur momentos, urge la reforma o la revolución. De nada
gia, etc. Sólo una nación populosa latinoamericana, 'sirven los voluntarismos o subjetivismos para dete
entre Méjico y la Antártida, tendría sentido de la nerlas. La historia y la sociedad sólo se plantean lo
unidad histórica para superar el raquitismo (inheren que pueden resolver, y lo resuelven necesariamente
te a la balcanización) y al divisionismo impuesto por por transformación o revolución. Ha llegado la hora
el imperialismo económico, diplomático y estratégico histórica de crear una nación: América Latina, libre,
de! dólar. independiente, unida y soberana.
14
I
JEAN-BAPTISTE LASSEGUE
M a r c u s e : ¿ u t o p í a v a l i e n t e
o p e n s a m i e n t o p e r v e r s o ?
15
Estos dos hechos sociológicos, podemos resumir tamente nuestra crítica del pensamiento de M ar-
los así: primero, los avatares de la comunicación, cuse. Justamente, es teniendo en cuenta la situación
traducción y edición, constituyen la situación aleato sociológica compleja en que se encuentra inevita
ria del pensamiento moderno; segundo, la actualiza blemente todo autor, que se comprende la superfi
ción presente, inmediata, puntual del personaje cons cialidad con que la opinión pública ha exaltado lo
tituyen la despersonalización del pensamiento. Si más superficial y peligroso del pensamiento de M a r-
tuación aleatoria del pensamiento despersonalizado, cuse, sometido a un viraje efectista y unilateral. Es
véase aquí una nueva forma de la utopía que inte teniendo en cuenta esa hambre de imágenes sensa
resaba agregar a nuestro panorama inicial de "la cionales e inmediatamente consumidas, que nosotros
utopía renaciente". No podemos hacer abstracción hemos sentido la necesidad de religar, recoger, el
de esta forma utópica cuando nos proponemos inte pensamiento de Marcuse a la utopía alemana y a la
rrogar a Marcuse. Pues el crítico literario, artísti historia de la filosofía más clásica: hemos así, al
co, filosófico, el comentador, ha cambiado tam liberarnos en la moda de la moda, practicado un
bién de situación, lo que configura un hecho social esbozo de una utopía del pensamiento latinoameri
nuevo. En efecto, los comentarios, al multiplicarse cano más independiente, porque apela más directa
las representaciones, en imágenes visuales o retra mente al tesoro, a la tradición, del pensamiento
tos escritos, del pensamiento o las obras de un humano. Es teniendo en cuenta lo que hemos l la-
autor, constituyen un lugar nuevo, un espectáculo, mado "la situación aleatoria del p ic a miento des-
un museo imaginario, reservado otrora a los espe personafizado", que queremos aprehender, bajo su
cialistas, ampliamente abierto ahora al público. Esta barniz entristecido y glacial^- uñ penslimiénto que
presentación o representación de un "actor-artista- expresa uña T5úsqueda~soBre el sentido de~ las ¿ón-
a u to r" por el "crítico -co m e n ta d o r" toma a menudo 3iciones de posibilidad del conocimiento científico:
y vertiginosamente sea la forma de un elogio deli por ahí Marcuse deviene próximo y fraterno.
rante que apunta a consagrar un ídolo, sea la forma Pero la crítica a Marcuse no tiene derecho a l i
de una condenación y juicio final sin apelación: de mitarse a la descripción de los condicionamientos
todas maneras hay que golpear ligero y fuerte. Nue del pensamiento de Marcuse, si esta crítica no tiene
va situación de la crítica: el crítico no puede ha el coraje de su responsabilidad, es decir, de sugerir
cer abstracción de su "fo rc é de frappe". Pero este una actitud de respuesta ante los condicionamientos
condicionamiento del crítico y del autor presenta que son condición de la libertad. ¿Qué trazos de
do, pone al crítico bajo una responsabilidad in i este estudio permitirían un esbozo teórico-práctico >•
gualada hasta hoy; esa responsabilidad se perfila de la ufopfa latinoaroericanaP^Or'utopía^ una ima-
lentamente en la hora actual, cuando se pone én
gen del porveníF~que permite saTIr de lo ya reali
fasis en una ética del periodista, del informador, del
zado^ para criticar y juzgar el presente, ya síntoma
editor. En cuanto al crítico literario, artístico, filo
de fracaso e impotencia en la acción, ya manifes
sófico que no está sometido aún como el perio tación de un impulso afectivo hacia la acción" . Si
dista a una carrera contra reloj, debe asumir más admitimos este esquema director para una síntesis
todavía esta responsabilidad. Lo que no es sobres- de la utopía latinoamericana, también podemos pre
tim a r el rol del comentador, del profesor, del f i guntarnos cuáles serían los lugares teológicos ma
lósofo, del educador en general. En efecto, este rol yores donde se ejercería esta dialéctica de la crítica
es por sí mismo demasiado limitado y la vida co y la animación en la Iglesia y por la Iglesia, para
tidiana se encarga bien de poner a prueba la fe que la utopía como filosofía de lo posible imbrique
del filósofo, del educador, del crítico, pero aún
con la escatología cristiana.
cuando la vida les impone ver los límites de la e fi
cacia visible de su tarea, ellos tienen el derecho
y el deber de tom ar conciencia de la importancia
de esta tarea limitada. Aquí reside lo esencial de la I I . - C U A N D O E L P A T H O S
tarea del comentador en la hora actual: se trata,
para él, de pa rtir de su propia situación, de mos
E N G E N D R A L A
tra r las elecciones implícitas, y a veces explícitas,
ofrecidas a los miembros de una sociedad, en el
condicionamiento mismo de actores de esa sociedad. E S T E T I C A
A llí donde el pensamiento y la acción están some
tidos a un programa más o menos consciente y
querido, el más grande error del pensamiento y la
La reivindicación de Marcuse contra una socie
más grande falta en la acción, consistirían en des
dad de consumo de tipo americano (en "E l Hombre
crib ir ese condicionamiento programático como una
Unidimensional") y contra una sociedad aplastante
estructura que funcionara automáticamente, por en
d i seguridad dogmática Ten "E l marxismo sovié
cima de los individuos, contra su voluntad y por una
tico ^) la podemos hacer nuestra. Ls comprensible
especie de fatalidad. Hacer surgir la libertad en el
que Marcuse haya sido sentido por la juventud euro
lugar mismo de la necesidad: gigantesca resurrec
pea como el filósofo — líder— defensor de los de
ción de la utopía a p a rtir de un lugar improbable,
es quizá el rasgo mayor de la situación de la utopía rechos del hombre en la sociedad de la 2.a Revolu
moderna. ción Industrial. Pero tememos que esta nueva " d e
claración de los derechos del hombre y del ciuda
M arx no era insensible a esto, sobre todo en sus dano" esté cargada por el lastre de un individua
obras de juventud, y reconocer lúcidamente esta si lismo liberal, a la manera de la Declaración oriunda
tuación moderna de la utopía es posiblemente la de la Revolución Francesa. Que el individuo no sea
condición de rejuvenecimiento del marxismo. De to agobiado por el bienestar, ya del consumo, ya de
dos modos, el filósofo, el m ilitante, el crítico, deben
la seguridad dogmática, no puede ser mal visto desde
entrar en su nueva situación utópica que consiste el Tercer Mundo, pero éste protesta desde todo su
en despertar a la nueva situación utópica, expresada
cuerpo y sangre social e histórica, flagelado y m ar
según la dura dialéctica entre lo probable y lo im
cado por la opresión del Norte, pues tal opresión
probable.
ha contribuido a la formación de la sociedad de
Esta disquisición sociológica y esta vuelta al pa consumo opresiva en el Norte. (C f. Ver estudio de
norama de la utopía no es inú til para situar exac Guzmán Carriquiry en VISPERA 8 ) .
1 6
Es significativo que los héroes de la liberación donde no se podría d is tin g u ir la resignación de la
latinoamericana, estos parias de un continente mar fatalidad del destino. Sin embargo, es aquí donde
ginal al desarrollo industrial, hayan sido utilizados bruscamente, por un pase de alquimista asomado
por el Norte para orquestar artísticamente a esta ansiosamente sobre la retorta de la dialéctica pun
reivindicación del Norte contra la opresión del Norte tual, un elemento viene a transustanciar al cero
en el Norte. Y, salvo escasas excepciones, sin que absoluto en el Absoluto, en rojo vivo de la espe
la juventud del Norte reconociera explícitamente que ranza y la utopía. Un nuevo estilo de vida, dice
el problema de la opresión se plantea ante todo en Marcuse, puede crear al hombre nuevo y la socie
relpción al Tercer Mundo, donde su resolución con dad nueva donde el trabajo, el tedio, la muerte
diciona la del Norte mismo. ¿Por qué este consumo sean abolidas en su aspecto de fatalidad. A h ! don
del héroe-paria por el Norte y a la vez su ceguera de reinaba Thanatos, surge Eros, Narciso, Orfeo,
sobre el sentido mismo de su reivindicación? Seria el Edén, la Vida. La utopía escatológíca recapitula
demasiado fácil invocar el egoísmo y otras catego el Paraíso perdido.
rías morales: esto se lim itaría a un cosquilleo de
la mala conciencia. No, es aqui donde Marcuse y sus Es d ifícil, reconozcámoslo a la par, merced a una
discípulos devienen significativos, y significativos de vieja tradición humanista y cristiana, no dejarse e n - .
una insuficiencia radical. Digámoslo rotundamente: cantar por momentos por este malabarismo de la
Marcuse, que propone al "filó s o fo " y al "p a ria " dialéctica puntual. Razón de más para mostrarse
como las figuras claves de un porvenir y de una más exigente, en la hora actual donde la utopía,
sociedad sin opresión, en su perspectiva de la uto sobre todo en América Latina, debe expresarse por
pía, es incapaz de aprehender el sentido de la si una dura dialéctica de lo probable-im probable. Hay
t uación existencial del paria, de la pobreza, de la entonces que pedir razones críticas, manteniendo
contingencia humana. Su "fiTósofo'7 y su "p a ria " son la esperanza imperturbable, a todos los magos de la
f i guras evanescentes contempladas en un cielo esté- utopía que nos prometen la luna (aunque esta
tico. La contemplación estética — sea paradisíaca por no sea objeto de aspiración rom ántica). Se recono
un retorno a la naturaleza prim itiva, sea esotérica cerá a los falsos mesias por dos signos salientes:
por proyección a un más allá— arruina la seriedad
5e Ia~ utopia marcusiana y la vuelve inválida, per 1) Recorren la tierra desolada, gritando la m i
seria y rehúsan el arraigo paciente, analítico, labo
versa para el Sur primero, para el Norte por vía de
rioso, del encadenamiento causal de una situación
consecuencia. Pues la fe marcusiana en una utopía
determinada. Con una pureza angélica en la lucha
ta la vez "lu g a r de felicidad" y de "felicidad uni
contra la miseria, están vacíos de todo concepto en
versal") se vacía de las situaciones concretas de la
historia de hoy. cuanto al sentido y dirección de ese caos de m i
seria que atrae sus corazones generosos.
Podría sorprender la dureza de estas afirmaciones,
pero’ no ocultamos nuestra mayor sorpresa ante la 2 ) Habiendo sido todo reducido al espectáculo y
ingenuidad de la juventud europea, ju nto con la es al pathos, la nada toca de no se puede más cerca,
peranza — inherente a todo critico—- que la juven a la creación y al milagro. El pathos y el caos v a
tu d latinoamericana sabrá rechazar este género de cíos de sentido se tranforman bruscamente en una
utopía que no es sino una coartada estética. Y puesto alucinación m ulticolor del espejismo y la utopía. El
que el asombro es el principio de la reflexión filo pathos engendra la estética.
sófica, es necesario mostrar: 1 ) cómo la actitud de
Marcuse encubre una estética que no es sino n íh i- Habría que analizar largamente este proceso del
l s.m,o; 2) cómo Marcuse prolonga por su estética pathos estético; tan común en el dinamismo de la
nihilista una corriente determinada de la utopía ale -
juventud y en el compromiso de los intelectuales,
mana y 3) cómo sólo un cuerpo constituido en el visionario encuentra, en las imágenes que crea,
organismo'económ ico-político puede ser el ¿mico lu
un goce de la sensibilidad e, inconscientemente, bajo
gar adecuado de una utopía latinoamericana. apariencia de conocimiento, no busca mas aue esta
sensibilidad, sinestésica y estética. Si en " E l hombre
Unidim ensional" este segundo elemento utópico y
UN SEGUNDO ROMANTICISMO mágico está decaído, en "Eros y C iv iliz a c ió n " la
solución de la miseria social en los países de la 2.®
Marcuse insiste largamente en su obra sobre la Revolución Industrial reside expresamente en un nue
miseria del hombre sometido a la opulencia y a vo estilo de vida que combina los rasgos del artista,
la seguridad. Nos hace un cuadro patético de la el contemplativo, el niño, el herm afrodita, en una
miseria en los países desarrollados por la Revolu palabra: lo Bello refinado. La segunda revolución
ción Industrial en el siglo X X . Cuadro patético, en industrial termina con un segundo rom anticism o.
el sentido del "p a th o s ", de la enfermedad inhe Vemos el mimetismo de un Marcuse, intelectual de
rente al hombre: el hombre como animal enfermo. izquierda, atravesando los campos de batalla revuel
En esto, Marcuse es discípulo de Marx, de Freud tos de la historia económica y social en el H em is
y de Nietzche. Pero es aquí que comienza nuestra ferio Norte, que trasmuta su desesperanza en una
discrepancia contra el diagnóstico de este Profesor. bella rosa roja. Nos inclinamos ante sus propios e x i
Porque aquí entra en juego la "dialéctica p untual" lios ideológicos que le han m arginalizado sucesiva
a que nos referimos anteriormente, y exhibe su con mente de Alem ania, la URSS y los E E U U ;.vreco-
notación perversa: se trata de reducir las contradic nocemos en él al arquetipo del hombre paria en
ciones a la anulación, y de la anulación hacer sur todo lugar, en toda utopía, pero ¿no se puede ex
g ir el absoluto. En efecto, Marcuse acentúa la ne traer de esta experiencia mucho más que una es
gación de la negación de cualquier solución y por tética y que una sabiduría de Nirvana? Marcuse no
una cierta mecanicidad del procedimiento, rehúsa es sino la nueva versión de Schopenhauer: el ro
gradualmente toda esperanza de solución, para ano mántico n ih ilista y esteta de 1a Primera Revolución
nadarla y reducirla a cero. Por ejemplo — lo que Industrial, reaparece bajo nuevo rostro en la Se
á 1veces es cierto— hasta el intelectual que se gunda Revolución Industrial. Tenemos que Marcuse
opone a la "represión sobrante" de la sociedad y los sectarios de su sabiduría schopenhaneriana es
hace el juego a esta misma represión y la a li tén ya, aplastados por su "bienestar sobrante", en
menta a su vez. Achatamiento universal, patético, un lugar intem poral y en una falsa situación, que
17
* • • '> • ■ . í ti 1 " ■ \ ..• *
les ha^e • incapaces de entender' los ecos de la sorda nación alemana. ¿Por qué M arti lanza la utopia .
lucha que trabaja en el interior del mundo Sur. realista en tanto que Rodó se cubre en una actitud
.M ás,.allá del caso Marcuse, queremos señalar la estética y helenista? ¿No asomaba también el. n i- .
hilismo en la utopía del Ariel? Los caminos de la
lógica implacable que lleva a una falsa filosofía de
utopía no están aún esclarecidos en la historia de ^
la . vida, en ra z ó n . de una ciega estética, sensi
América Latina. De todas maneras, en la actuali
blería del p.athos y de la generosidad. A quí reside
dad, cuando se elabora de nuevo la ¡dea de la
un inmenso' problema especulativo y práctico, en el
Patria Grande, .cuando Marcuse parece abordar al
hombre y el cuerpo social, y es el de la ligazón en
continente latinoamericano (¿será un aporte, o se lo
tre la naturaleza y el-espíritu, entre la sensibilidad
llevará el viento?), importa retomar precisamente
y , la razón .humana. Se impone más. que nunca la
a Fichte y el romanticismo alemán.
compresión de esa zona intermediaria entre natu
raleza y cultura, en el cuerpo humano y social; Entre el racionalismo aún clásico de la Filosofía
zona intermediaria, donde el hombre hace justa de las Luces y él nuevo clasicismo de la Suma h e - '
mente mediación, en el sentido de un acto radical geliana, el romanticismo alemán presenta una rup- ’
de libertad. Esta zona en acto de mediación puede tura significativa-. Período de aspiraciones y de nos
llevar diversos nombres; sea el de la "cogitativa" talgias, en un’ país dividido e impotente, donde la '
en- su unión con la "im a g in a d o " en la única y insatisfacción V ael espíritu''1 duda, ír o h iz á , ju e g a .'
originaria virtu d configurativa del espíritu, según el Nada más favorable para una concepción estética
pensamiento aristotélico-tom ista; sea "la imagina del mundo. Todos los valores se le someten, in
ción trascendental" en esa gigantesca utopía de las cluso la ciencia. Estaba también bajo el impacto de
condiciones de posibilidad, de la razón que es el la Revolución Francesa, y fue liberado un espíritu
Kantismo. Lo que importa aquí señalar es que esa revolucionario'y una idea del nacionalismo alemán:
zona intermediaria es un sismógrafo, demasiado des Fichte será su mayor expresión. La revolución fra n
cuidado, donde repercuten sin embargo todas las cesa es para él punto de partida para una nueva
variaciones y tanteos del hombre, tanto en sus pro filosofía y de una nueva estética.
cesos hatürales, biológicos, éticos; como en sus
aventuras económicas, políticas y culturales.. Los Fichte opera en la "Doctrina de la Ciencia" una •
grandes cambios en la sensibilidad y mentalidad hu nueva alianza: con ella permitía una traducción-
manas han repercutido siempre en ese lugar de la cómoda de la filosofía pura — de un voluntarismo*
imaginación y han engendrado una renovación de la como expresión de la finalidad moral del mundo— 1
utopía. Todo depende de-la manera y el tacto con al lenguaje de la estética. La estética clásica, to--*
el cual el hombre maneje- esta zona intermediaria, mista o kantiana, había desarrollado una filoso fía !
donde se hace el acto de mediación — es decir de y un sentido de la libertad según un modo de
libertad— y donde el fin ito trasciende al infinito desarrollo analítico, en tanto que la estética román
mismo bajo su forma vaga, indeterminada. La ima tica proveniente de la "Doctrina de la C iencia" de
ginación como- acto originario de libertad, donde el Fichte se orientará hacia la figura del héroe s o li-í
condicionamiento como obstáculo deviene condición tario, del genio, y hacia la potencia creadora y el
de trascendencia, negación de la limitación. Lo que mundo como obra de arte. Además, el espíritu- r o - j
sugerimos aquí, en primera aproximación, atrae la mántico, en su trascendencia y- potencia puras, se ,
atención de Marcuse pero su negación de la nega aliará (sin precisar la naturaleza de ese lazo) a
ción en su diálética puntual, termina en un nive- toda realidad, materia, espacio-tiempo, cuerpo, por
lam iento desolado y desolante, puesto que su tras un Inconsciente creador ciego y espontáneo, cuyos'
cendencia constituye un Salto mortal. Un salto mor productos serán sólo después analizados por el espí
tal no se sabe a santo de qué, porque ni la fe ni ritu. Este aspecto irracional debería seducir- a los
la razón pueden justifica r ese salto. Todo y Nada; estéticistas, : ensayistas -y poetas por ese coeficiente
mucho antes que Marcuse, el nihilismo ha preten absoluto de personalidad que marca la obra, se re
dido dar su mensaje de liberación; el Todo: mucho presenta el mundo a partir de un centro de pers
antes que Marcuse, la totalidad y la trascendencia pectiva único, a partir de un punto utópico donde
extremadas han pretendido llevar ventaja sobre el el artista-filósofo se ubica para ofrecerse al m undo -
intelecto humano y los pacientes tanteos de la ra como espectador y creador. Finalmente, Fitche d i
zón. Todo y Nada se excluyen en ciertos momen vulgará, por la , "Doctrina de la C iencia" y quizá
tos de la historia, pero en otros se alian inexora a pesar suyo, una noción de in fin ito que no es más
blemente contra la belleza de la contigencia hu un yalor objetivo del ser, sino un "e la n " de supe-'
mana, cuando ésta ensaya reconocerse. ración de toda alma: el yo, la libertad, la belleza
se referirán respectivamente a la afirmación del in
En la hora actual, es necesario ubicar a .Marcuse finito, a la aspiración a. alcanzar y a la im posibi
en la historia de los avatares de la imaginación ro lidad de lograrlo. Fichte, siempre acuciado por una
mántica; aquí se abre un aspecto de la utopía ale preocupación ética, asumirá una actitud valiente de
mana que puede servir de lección para el bien de búsqueda del infinito imposible, por un voluntarism o
la utopía latinoamericana. Haremos sólo un bosquejo. exacerbado. Sus amigos y discípulos Cultivarán una
aspiración y una nostalgia como actitud esencial
para la creación de un mundo como voluntad y
EL M U N D O COMO OBRA DE ARTE representación. Schopenhauer y Nietzsche estarán en
esas, órbitas, en sus resonancias ya finiseculares. Y
Parece que una cierta lógica liga al romanti como la estética necesita a la vez la dramatización
cismo alemán de los años 1600, quizá a través de de lo patético y la ironía del desencanto, la "D o c
sus epígonos traducidos en el esplendor finisecu trina de la Ciencia" se encontrará completamente
lar: Nietzsche y Schopenhauer, con el "modernismo" alienada y enervada. Ahora pensamos en las líneas
latinoamericano del 900. Claro, se trata de un mo de fuerza subterráneas que culminarán en el fas
vim iento de menor potencia especulativa, más poé cismo (Gentile) y el nazismo. Marcuse y los " m a r-
tico como oficio, más decadentista, pletórico de xistas esotéricos" han asistido al Crepúsculo de los
suicidas. Pero también un M artí y un Rodó lanzan dioses. ¿Han sido tan conmovidos que proponen,,
al principio de nuestro siglo su llamamiento a la aún y quizá a pesar de- ellos, la bella alianza del
nación latinoamericana, como Fichte lo hizo a la nihilismo y del heroísmo? ¿En nombré de qué?
1 8
UNA EXALTACION UNILATERAL de hacer sentir, con más' realismo en -ef seno de
' . , >
19
en la que el hombre hace precisamente mediación, conocimiento: el sujeto cognoscente recibe un " r e
en el sentido de acto radical de libertad. Y esa fle jo " del ser y la nada, pero es incapaz de ordenar
zona es el ámbito de la relación entre lo especu lo real según la formalidad de un acto de conoci
lativo y lo práctico, el lugar de la epistemología, miento.
de lo imaginario como zona privilegiada en tanto
sismógrafo de lo real. En este sentido hemos re Esto muestra una tendencia general de las filo
cordado la función de la "imaginación trascenden sofías de la finitud, que oscilan entre una trascen
ta l" en Kant, en la que lo real y lo posible pre dencia espiritualista y una finitud materialista. M a r-
sentan — a pesar de su ligazón— una cierta dis cuse es ilustrativo al respecto, pues — al mismo
continuidad. Por el contrario, en Hegel el tránsito tiempo— coexisten un espíritu puntual e idealista
de lo cognoscitivo a lo real se hace continuo, se con un naturalismo del instinto, del Eros, del cual
produce una siempre apresurada victoria de una se señala su fuerza ciega y omnisciente. En reali
continuidad mecánica entre los opuestos, lo que se dad, es necesario sostener que el hombre no es
ñala su indo'e idealista; mientras que lo irreductible menos discurso racional que perspectiva limitada,
kantiano entre esos opuestos delata su realismo cons exigencia de totalidad no menos que receptividad
titu tiv o Así se hace necesaria una relectura de Marx, limitada, amor espiritual no menos que deseo sexual.
en la que éste sea curado de la facilidad del "co n Así, no podemos privilegiar sino en un momento
tin u o " hegeliano (aunqué se hable de contradiccio dialéctico de la lectura paradojal, ni la fin itu d ni
nes) oue da pie a todas las variedades chatas del la infinitud. Siempre permanece como cuestión la
dogmatismo, y a la vez que impida que la práctica cerante que relanza sin cesar la utopía.
quede bloqueada por una realidad inaccesible, no
mediada verdaderamente por la imaginación, y pueda Es necesario repetirlo, el hombre no está menos
entonces proyectarse legítimamente hacia el futuro destinado a la racionalidad ilimitada, a la toralidad
posible. En una palabra, la relectura de Marx exige y a la beatitud que limitado a una perspectiva, en
hoy volver a plantear la cuestión epistemológica, co tregado a la muerte y clavado al desee. ¿Qué ca
rreado a Hegel por Kant y a Kant por Hegel. N i pacidad hay en el hombre para sostenerse en ese
la facilidad del "c o n tin u o " ni la obturación de lo lugar insostenible? Aquí está el lugar propio, la raíz
"d isco n tin u o ", lo que nos l'eva a una nueva crítica de la utopía, pero también lo que la utopía no
de!, conocimiento que sea a la vez crítica de la ac debe borrar, so pena de anular su razón de ser.
ción. Sin esto, no habrá verdadera revisión del mar Así, ese lugar, sostén de lo insostenible, se m ani
xismo. verdadera crisis de la dialéctica, que fiesta en el problema del conocimiento, que os a
Marcuse no afronta directamente. En Marx el mé la vez un problema tópico, ontológico, que apunta
todo de la mediación es inseparable de su doctrina, a situar al ser humano en la comunidad de los seres,
y revisarlo es tocar justamente el nervio de la me con esta especificación del ser cognoscente que apun
diación. t)e lo contrario, no hay revisión del mar ta a la totalidad del ser. De tal modo, el hombre
xismo. en el acto de conocer y querer es el tópico de lo
utópico, el lugar de la utopía. Decimos conocer p ri
Hemos mostrado también cómo esa fenomenolo mero, pues si sólo fuera querer, caeríamos en la
gía o sociología marcusiana de la sociedad indus irracionalidad de lo patético.
tria l corre el riesgo de conducir a una resignación
sin resortes, a partir de la cual es imposible dar No resolver adecuadamente la estructura del ser
un solo paso para una reflexión liberadora. N ihilis humano como lugar de la utopía, lleva al marxismo
mo del pensamiento y abdicación de la acción van a una disyuntiva incesante. El marxismo ortodoxo
pareias o — lo que es peor— el anonadamiento del considera la realidad humana como una región, como
pensamiento engendra un voluntarismo ciego de la un lugar situado entre otras realidades, en tanto que
acción Y esto es lo que hace o a lo que conduce el marxismo esotérico lo arrancará bruscamente del
Marcuse. En tanto que Marx, que procede siempre lugar, arrojándolo vagamente a la utopía, situada
en el interior de una totalidad más ó menos opaca, vagamente entre el ser y la nada. El marxismo o r
prOqresa siempre por la elucidación filosófica de la todoxo, más objetivo, invita a tratar del hombre
visión global. La totalidad de lo real está dada antes como un objeto entre otros objetos. Pero ambas te n
que la filosofía, en una precomprensión que se dencias olvidan que el hombre mismo es el lugar de
presta a la reflexión: es necesario que la filosofía la intermediación, capacidad de apertura de todos
proceda por una elucidación segunda de esa nebu los lugares, en el acto mismo de la mediación cog
losa dé sentido que comporta un carácter prefilo noscitiva.
sófico. Es necesario entonces disociar la idea de mé
todo en filosofía de la de su punto de partida. La Marcuse, en su relectura de M arx, no ha reen
filosofía no comienza nada absolutamente, pues es contrado la categoría de mediación en epistemología,
llevada por lo real no filosófico: ella vive de la con su fundamento ontológico. De tal modo, des
sustarc:a de lo que ha sido ya vivido y comprendido virtúa al acto de mediación, y por ende al objeto
s!n c=r reflexionada sistemáticamente. La reflexión y su circunstancia. Marcuse falla a la vez en las
ÍF;!os-f:ca, en una sínte-is ron el ob'eto, a f r o n t a el dos dimensiones que él propone para remediar la
problema de ese tercer término, del intermediario unidimensionalidad del mundo de la revolución in
qu° Kant llama la "im aginación trascendental", oue dustrial: el filósofo y el lum pen-proletario, el paria.
rerihe y configura al objeto. Sin esta etapa trascen- El filósofo no puede reducirse al conocimiento e p i-
donla l, la antropología y la sociología filosóficas no fenomenal o sociológico de los seres situado en un
saldrán de lo patético, de una descripción miserable horizonte falsamente objetivo entre el ser y la nada.
de la miseria, para caer en una ontología fantás El lumpen-proletariado o paria de la civilización, a
tica entre el ser y la nada. El hombre desaparece: su vez, cae en el nihilismo si no hace acto de m e
es la tonalidad general de la obra de Marcuse. Esa diación, por una dialéctica concreta y apretada, en
de aoaríc'ón no es sólo una constatación sociológica la sociedad en vía de organización política. M a r-
■s:nn la consecuencia de un sujeto cognoscente re cuse, eludiendo la teoría crítica del conocim iento,
di 'nido a las palabras y a las cosas, es decir, ¡n- se abandona a una descripción de la miseria socio
qnn-a* de un auténtico "objeto de conocimiento", lógica y termina en una miseria concerniente al
•piioc en realidad el anonadamiento de lo real dia- hombre, como ser cognoscente en acto de m edia
llértieo es consecuencia de una teoría pasiva del ción.
UNA UTOPIA DEL DIALOGO ETEREO Ahora bien, las etapas de ese reconocimiento se
hacen a través de los terrenos socio-polít:cos. que
La utopía epistemológica de Marx, reasunción del repercuten en el sentir humano, estructurándolo so
"¿Qué puedo yo esperar?" kantiano, nos pone en cio-políticamente. La dialéctica se hace objetiva,
el lugar paradojal de lo " fin ito -in fin ito " del hom económico-política, y desde esa objetivided se apun
bre. Hemos visto que la "imaginación trascenden ta y construye la utopía, que a la vez fuga sin
ta l" respeta la totalidad y la concreción, pues el cesar. La fuga de la utopía hacia el fu tu ro atiza
hombre no puede sacrificar ni uno ni otro de estos sin embargo a la conciencia como tarea y desalie
nación, funda la crítica de la actualidad histórica
dos términos, pues la felicidad total que significa
la utopía no puede hacer abstracción de los objetos económico-política. Hay una conexión nunca rota
entre la realización histórica y la utopía, aunaue esa
que dan peso y sustancia a ese deseo de felicidad.
Es precisamente en la dialéctica entre esos dos sen conexión no alcance jamás su identidad. ¿Fracasa
así la concreción de la felicidad? ¿Fracasa así la
tidos de la utopía — universalidad de la felicidad y
felicidad concreta— que debemos entrar en la pro- universalidad de la felicidad? La ruta contradictoria
de la utopía, en M arx, hace prim ar finalm ente a la
blamática, demasiado a menudo soslayada, de la
utopia en Marx. misma ruta contradictoria y pospone indete.m ina-
damente a la utopía. De todos modos, quien trabaja
para la utopia nunca va a gozar de la utopia, pero no
No es suficiente subrayar que la imaginación tras suelta lo concreto económico-poltico.
cendental de Kant se convierte en la esperanza
marxista, puesta en una "clase realizadora" de una
La utopía de Marx se fundamenta en y se mueve
revolución tal que todo el hombre y toda la socie por la lucha y la contradicción. Ese carácter h=ce
dad se apropian de su ser alienado. Pues nos pa que la utopía marxista se distinga de las otras utopías
rece que tanto la concretización de la imaginación y por eso se asemeja más a la cristiana, de modo
kantiana como la "puesta sobre sus pies de Hegel" que la crítica de la utopía de M arx requiere un
por Marx reside más bien en un relanzar la utopia estudio myy serio y detenido, del que los cristianos
bajo la forma dialéctica del hacer y del sentir, ante no pueden prescindir ni aún en la política de " la
un objeto epecifico: la economía en su contexto mano tendida". Mientras que, la utopía de Marcuse
político. diluye de antemano a la contradicción interna y por
ende se hace imprescindible: es más utopía del diá
El trasfondo de los escritos de juventud de Marx logo etéreo que de la dialéctica permanente de lo
es la mediación como acto significativo de libera real, en génesis. Una utopía del diálogo que sobre
ción: esta mediación se concretiza en la dialéctica vuela la base precaria de la dialéctica marcusiana:
de la naturaleza y lo humano; en tanto que en las la del individuo y la masa. Pues esa dialéctica in
obras posteriores a 1848, M arx analiza esta misma dividuo-masa se despreocupa de la objetividad y la
mediación en sus sectores más concretos y donde especificidad de lo económico-político: aquí, como
la economía política toma la mayor importancia. La en tantas otras dialécticas hoy vulgares del individuo
utopía deviene técnica a medida que el objeto de y la masa, el individuo se disuelve en la masa, por
la praxis transforma la cosa en realidad significante, que de entrada la ética individual absorbe la dim enr
pero el "hacer" no puede hacer abstracción del sión ética de la política. Así, en este orden, M a r-
sentir que le da su sentido. M arx acentúa la con cuse se cierra para una relectura fecunda de M arx.
ciencia como capacidad subjetiva y colectiva, y al
mismo tiempo la ve determinada por el objeto, en
su especificidad económica-política. De una parte, es PARA UNA RELECTURA CE M A R X
por haber insistido de modo unilateral en el aspecto
exclusivamente económico que ciertos marxistas han
La conciencia y la utopía en su juego recíproco
relegado completamente la utopía de Marx. Por otra de corrección y promoción permanecerían muy abs
parte, es por haber disminuido la dialéctica hombre- tractas si la historia no ofreciera sus ironías. M a r-
naturaleza que el revisionismo se deja ganar por cuse entró en la trama misma del "m arxism o so
una utopía sin consistencia, extraviado en lo paté viético " para seguir los múltiples avatares sobre el
tico. Sin embargo, el objeto económico de la utopia terreno político y ético. Es, sin duda, la obra más
marxista implica su contexto político, donde se jue palpitante de Marcuse pues su tesis central se des
ga la dialéctica apretada entre el hombre y la na prende a través de la m ultiplicidad de elementos
turaleza, al mismo tiempo que los desarrollos eco contrarios que forman la entretela histórica: se trata
nómico-políticos relanzan, por su concreción histó
del debilitamiento del potencial revolucionario en
rica, el esquema natural-humano de la utopía. N¡n.-
las sociedades industriales avanzadas del Occidente,
guno de esos términos debe ser privilegiado a priori,
provocado por el vigor persistente del capitalismo
so pena de fijarse en un dogmatismo que es el ú l organizado y por la persistencia del totalitarism o en
tim o bastión del nihilismo. la sociedad soviética (dos tendencias interdependien
tes), que parece convertir a los partidos comunistas
Más aún, Marx al privilegiar la praxis en la eco en herederos históricos de los partidos social demó
nomía política, pone de relieve a la conciencia como cratas de la pre-guerra.
factor de alienación y desalienación Pero la con
ciencia como apropiación del mundo alienado no se Las cuestiones se agolpan en esta obra de M a r-
define en términos psicológicos. La orientación, el
cuse, como si éste no estuviera todavía aplastado
sentir de la conciencia, están espacificados por el
por el aflojam iento de la tensión entre la sociedad
objeto elaborado por el trabajo y la racionalidad,
capitalista y la sociedad marxista soviética en et
por la praxis. Así el hacer y el sentir se estructuran
hemisferio norte. La coexistencia pacífica no había
mutuamente, pero esta dialéctica no es psicológica.
estragado aún su pensamiento. La obra se desarrolla
Su propósito es el nacimiento de Si Mismo desde el
en la dialéctica que es esencial a Marcuse: la re
Fuera de Sí Mismo (alienación) : se trata de pasar
lación individuo-sociedad, pero, por una vez, en " e l
del deseo como déseo del otro, al reconocimiento, hombre m arxista", la dialéctica naturaleza-cultura,
al nacimiento de Sí en el desdoblamiento de la con naturaleza-hum ano, naturaleza-historia se plantean
ciencia social.
con mayor fuerza.
2 1
Esto nos lleva a subrayar en Marx la importancia modo abstracto, ideológico, en el concepto de na
de la dialéctica naturaleza-cultura y nos sitúa en ción del siglo X IX europeo (ver el libro de J . A .
un ángulo vital para la relectura de M arx. La no Ramos ''Historia de la nación latinoamericana") .
ción de naturaleza en Marx designa la realidad Para sugerir la praxis de esta dialectización son
cósmica, pero está cargada de implicaciones onto- útiles los desarrollos de Fougeyrollas sobre el por
lógicas que estallan en el dominio antropológico y venir de las ideas socialistas en el A frica (Víspera
.social: contrariedad entre afectividad y racionalidad, 8 ). Este autor, cuya mentalidad en obras anterio
entre naturaleza y técnica, naturaleza y cultura. La res se emparenta con la de Marcuse, palpa en tierra
distancia entre el hombre y la naturaleza no cesa africana nuevas actualizaciones emergentes e iró n i
de crecer según algunos (como Marcuse), pero otros cas de la utopía de Marx. Es en los países nuevos
— al tom ar consciencia de ello— tratan de fra n donde la naturaleza, la realidad nacional, se en
quear la separación, no por el ensueño romántico, cuentra hoy en tensión constante con la cultura
sino en la práctica concreta, aunque ésta decaiga marxista internacional (europea, occidental y orien-
, siempre y nuevamente en otras formas se margina- 'ta l). Por eso, a despecho de Marcuse, podemos a fir
. lidad y alienación: tal parece ser la orientación ge mar que, hoy, el marxismo no se plantea verdaderos
neral de la acción de naturaleza en Marx. problemas sino en cuanto los entienda del Tercer
Mundo en la hora del imperialismo.
La naturaleza, según el espíritu de M arx, desig
na confusa y simultáneamente, dos modos de ser. Es aquí sobre todo que la dialéctica permanece
Por un lado, es el ser humano, la naturaleza hu abierta a todos los áleas de la naturaleza y de la
mana, que surge progresivamente de la historia, de historia, a la densidad novedosa de los "fu tu ro s con
su mundo cósmico, pero que se esfuerza por re tingentes".
unificarse, arraigar, re flu ir en la naturaleza de la
que se separa. Por otro lado, la naturaleza designa t: •
aquello de donde surge la historia que se metamor-
fosea y toma consistencia propia en las formas su
cesivas de la acción, de la abstracción, de la racio
nalidad lógica, de los signos que favorecen la acción,
la autoridad, el poder.
I V . - ¿ M A R X I S M O
La naturaleza, en esta confusión de sentidos, no
acentúa la lectura de ninguno de estos dos aspectos.
Ella es, sin embargo, el terreno de la dialéctica, que F R E U D I A N O O
opera en esta masa confusa y rica, donde no se
puede distinguir exactamente lo que viene del hom
bre y de la praxis, de lo que viene antes de la F R E U D I S M O
23
diata de si Freud y su epistemología se sitúa pues jetivo o psicológico, otorga sentido al inconsciente
en la línea de Descartes, Kant y Hegel; en esa en el momento mismo en que éste se constituye. No
misma línea, Freud es el hermano de M arx y Nietzs- se trata de tiempo, de contradicción, de negación
che que prosiguen y elaboran la duda sistemática. para superación, porque el inconsciente está despro
Marcuse no se ha equivocado en eso: merodea al visto de esas categorías, en la exacta medida en que
rededor de esos maestros de la certidumbre difícil; el inconsciente es apertura al campo de lo posible,
pero, impregnado por el romanticismo alemán, no ha de lo posible de lo cual es imposible disociar la ley
podido soportar los rigores epistemológicos de un de lo real, la ley de lo conocido y la ley del fu tu ro
K ant y traiciona a Freud so pretexto de explicitarlo posible. La realidad del inconsciente está constituida
y desarrollarlo. Y nos parece que lo traiciona en en y por la interpretación en un sentido epistem oló
dos puntos: primero, en el realismo propio del in gico trascendental, en la medida en que la donación
consciente, y, luego, en la relatividad relacional, ca de sentido hace posible la constitución del campo
racterística de ese inconsciente. de significación. La imaginación trascendental se
realiza por una doble relación que no puede expresar
Cuando Marcuse opone y relaciona el principio del Marcuse refiriéndose ai principio de placer y de
placer y el principio de realidad, opera una trans realidad. Freud dice, precisamente en la obra "M á s
posición indebida de los términos analíticos al do allá del principio de placer", que la realidad del
m inio ético, estético, político. Principio de placer y inconsciente se constituye primero en relación ela
principio de realidad no se definen esencialmente por borada con los signos que son el síntoma, el mé
la mayor o menor resistencia que encuentra la pul todo analítico y los modelos a los cuales vuelve con
sión en la psiqué; si bien, prácticamente, terapéu preferencia cada paciente. Pero, hay si puede decir
ticamente, la resistencia es un elemento capital, cons se así, otra relación más importante aún: los hechos
titu tiv o , incluso en cuanto obstáculo, lo que sigue traídos del inconsciente por el análisis son sign ifica
siendo el punto central del pensamiento de Freud tivos primero para el analista, cuyo papel es esencial
es la naturaleza de la pulsión. Muchos discípulos de para la interpretación que el paciente hará suya, pero
Freud se rehúsan a aceptar esa meta-psicología que ante todo para la relación inconsciente y c o n stitu
confronta ai hombre con los horizontes últimos y yente del inconsciente mismo. Es por descentra-
perturbadores de la confusión, de los contrarios, de miento respecto a su propia conciencia y por la la-
la libido, de la destrucción, en una palabra de la teralidad, el rodeo de otra conciencia que se cons
fin itu d . Marcuse reprocha, fundadamente, al neo- tituye el inconsciente.
freudismo culturalista el dar al análisis, como meta;
una mera adaptación a la sociedad; pero, a su vez, En esa medida, y según una orientación bastan
Marcuse ¿no adapta indebidamente la mecánica de te distinta de la de Marcuse, se podría decir que
las pulsiones inconscientes a la técnica de las re Freud nos lleva a una regresión in fa n til y sexual,
presiones sociales? ¿No crea entidades físicas allí don allí donde se constituye, por renacer en forma dis
de se abren posibilidades meta-físicas? Freud lo fu l tinta, el mundo vital de las imágenes constitutivas
minaría quizá con la misma condena que pronun del "h ijo del hombre" en su relación con el padre
ció contra Jung. O es que Marcuse piensa que se y la madre, nudo vital cuyo topo está situado en
ría suficiente desoxidar, de alguna manera, la re alguna parte, en Utopía, allí donde el deseo adquie
presión sobrante para obtener una resistencia pul- re consistencia por la pérdida de la ilusión. M arx,
sional químicamente pura? El "super-yo" más "e x al contrario, nos lleva a un lugar totalm ente d ife
terior , social ', bajo la forma de la constricción rente, igualmente utópico, allí donde el hombre, en
social se enraiza en lo más inconsciente y contribu las relaciones laborales, en las necesidades elemen
ye, por su parte, en la relación analítica, a la cons tales y en el poder organizador, teje una visión de
titución del inconsciente. De imaginar de otro modo la sociedad de donde estaría excluida la ilusión abe
las cosas, habría un fideísmo, por no decir una in rrante y mortal para la humanidad: la alienación
genuidad, a propósito de la pulsión buena, de la es económico política. .,
pontaneidad auto-reguladora, de la inocencia pri
mordial. Arrastrado Marcuse por esas falsas cosifi-
caciones, pasa de una sociedad desgraciada a un mito UTOPIA Y TECNICA
del paraíso perdido y reencontrado. En realidad para .
Freud, se trata de condiciones epistemológicas que, Los dos tópicos, el de Freud y el de M arx, no
representando alguna clase de legitimidad, son la sé recubren exactamente ni son ajenas entre si. Si
fuente del poder curativo del inconsciente, allí don bien a través de la crítica epistemológica la utopía
de el ver en el pasado fue mancha de sombra y de freudiana constituye su validez en un sentido re
culpabilidad Lo significante del inconsciente es l> trospectivo y la marxista adquiere más bien u n sen
real, más real que las imágenes subterráneas, que tido prospectivo y escatológico, ambas sin embar
los mitos culturales y las motivaciones ideo-cultura- go poseen un sentido totalizante: se apunta al todo
les afectivas e impuestas por la sociedad. Lo cog del hombre, a su felicidad total. De suerte que, le
noscible del inconsciente no es la pulsión en su ser jos de trasladarse u oponerse, las dos utopías pare
biológico o cultural de pulsión, sino la representa cerían continuarse. Pero justamente, sólo el acto de
ción de lo que, 'una vez conocido en el pasado, se mediación, el acto de donación de sentido en un
ha vuelto incognoscible y que, sin embarago, se ejercicio específico de imaginación y libertad, puede
re-presenta gracias a una elaboración que es, ante establecer conexiones entre esas dos totalidades. Más
todo, del orden de lo hablado. Freud se esfuerza aún, sólo un acto libre del espíritu puede operar la
por determinar este lugar tópico del inconsciente, traducción menos inadecuada de una a otra utopía,
esa utopía humana. en una expresión feliz que es el estilo mismo del
hombre, el estilo de la dicha.
Pero — y es otro aspecto olvidado u obviado por
Marcuse— ese realismo del inconsciente no se da Parecería que Marcuse se orienta im plícitam ente
más por un idealismo trascendental, es decir, si hacia ese continuo en suspenso entre dos ciencias,
guiendo una línea kantiana, por una donación de lo cual explicaría el encanto inquietante experimen
sentido al campo del inconsciente. Una imaginación tado en diversas relecturas de "Eros y la C iviliza
trascendental que no tiene nada que ver con lo sub ción".
24
Pero rep lanteam os el p ro b le m a : ¿dónde se a lza , cuse, una u to p ía la tin o a m e ric a n a de a rista s firm e s
en q u é fo n d o tra n s o b je tiv o se o rig in a ese a cto de y concretas, a u n q u e sea a m e n u d o al p re c io de lo
to ta lid a d lib re que co m p o rta im p líc ita m e n te to d a im p ro b a b le que e m p u ja lo p ro b a b le hasta sus ú l t i
c ie n c ia hasta en su te c n ic id a d más seca y en el m as p o sib ilid a de s. En f in , M a rc u s e nos parece f r a
o b je to e specífico que se da a sí m ism a? En este te rn a l porque en c ie rto s a ce n to s es e l h e rm a n o m e
p u n to debem os re to m a r de m odo más siste m á tico n o r de un h u m a n is ta c ie n tífic o al cu a l se re fie re
ese c u id a d o p o r d a r un se n tid o desde el p u n to de con to d a h o n e s tid a d : B a ch e la rd .
v is ta d e l c o n o c im ie n to a los m étodos em pleados para
conocer. S em ejante cu id a do es un rasgo m ayo r de la M a rcu se y B a c h e la rd tie n e n a m b o s el m é r ito de
u to p ía c ie n tífic a . K a n t — lo hem os subrayado varias m overse, sin q u e im p o rte d e te rm in a r de q u ie n es la
veces— es en esto el fu n d a d o r de la filo s o fía de p rio rid a d , en las fro n te ra s c ie n tífic a s q u e es n e ce
las cienqias m ate m á tica s y físicas, pero el c u id a d o es sario fre c u e n ta r la rg a m e n te a n te s de a cce d e r a una
co m ú n a toda fo rm a de ra cio n a lid a d q ue q u ie ra ser m e ta cie n cia e in c lu s o a la m e ta fís ic a . En B a ch e la rd
u n a cie n c ia y a toda fo rm a de a rte c ie n tífic a que en p a rtic u la r, y de m o d o s ig n ific a tiv o , " L e R a tio -
es cada té cn ica .
n a lism e A p p liq u é " y " L 'A c t iv it é de la P h ysiq u e
C o n te m p o ra in e " se a ve cin a n co n " L a P sychanalyse
Es im p o rta n te re fle x io n a r de n u e vo y más hondo des E lé m e n ts " y " L a Psychanalyse de la C o n n a is -
acerca de ese nexo e n tre u to p ía y té cn ica q ue a n a sance O b je c tiv e " , y los dos te c la d o s to c a n ju n to s
lizá b a m o s en la p rim e ra p a rte y q u e es fa c to r esen a lg u na a rm o n ía u tó p ic a de " L a C on n aissan ce A p -
c ia l para v a lo ra r el pe n sam ie n to y el a p o rte de M a r - p ro c h é e ". Este p ro ye cto in te g ra l de im a g in a c ió n c ie n
cuse. Pues es verdad que M arcu se se rehúsa — y en tífic a y p o é tica , p ro y e c to que p a rte de la e s té tic a en
e sto condena— a esperar a lg ú n v a lo r de la u n i- el s e n tid o de p e rce p ció n sensible para d e sb o rd a rla
d im e n s io n a lid a d del Logos que "d e s e x u a liz a " y es en todas p a rte s, s ig n ific á n d o la a u té n tic a m e n te c o m o
te r iliz a toda fu e rz a e ró tica y v it a l: hem os m ostra d o la c ifra p o é tica de lo h u m a n o en lo e le m e n ta l, este
las consecuencias perniciosas de se m e ja n te a c titu d p ro ye cto q u e reú n e q u iz á las a sp ira cio n e s de los
e sté tica que condena a la G ehenna to d a té cn ica . Pero m e ta físico s y de los m ístico s, está desde h o y en
ta m b ié n nos parece ju s to señalar que en esa d ia lé c más an cla do en la m e n ta lid a d d e l s ig lo v e in te : o ja
tic a im precisa e n tre dos ciencias — el psicoanálisis lá este sig lo pueda a p ro p ia rse de su u to p ía m e
y la te o ría m arxista — M arcuse se o rie n ta de m a d ia n te u n a in te lig e n c ia a u d a z y p o r e l ú n ic o r o
nera o rig in a l y dig n a de a te n ció n hacia una te o ría m a n tic is m o v á lid o , el ro m a n tic is m o de la in t e li
c rític a del c o n o c im ie n to y replantea a su m anera el
g encia.
p ro b le m a del s e n tid o : sentido de c o n o c im ie n to c ie n
tífic o y del a rte c ie n tífic o que es la té cn ica . Es c ie r
to q ue la cie n cia aplicada no re tie n e su a te n c ió n . Pero no q u isié ra m o s te rm in a r co n este v o to d e
Pero ya en "E ro s y C iv iliz a c ió n " y to d avía más en m asiado general la c ritic a de M a rcu se s in a p lic a r
" E l H o m b re U n id im e n s io n a l", ta n d e sp ro visto de la al caso tó p ic o de la A m é ric a L a tin a . R eoH am os a
u to p ía , M arcuse se esfuerza sin e m bargo p o r re le estos e fe cto s con más n itid e z lo q u e q u iz á ha c o n
v a r el s e n tid o o n to ló g ico de las cie n cia s m od e rn as y se g u ido a firm a rs e a travé s del a m b ie n te de c ie rta s
m u y esp e cialm e n te de la lin a ü ís tic a . (Lo s te x to s co n clu sio ne s crítica s.
esenciales fig u ra n en los ca p ítulo s V , V I , y V i l , en
p a rtic u la r : " L a racion a lid a d de la te c n o lo g ía ") . El A m é ric a L a tin a re m o n ta n d o p o r u na penosa d ia lé c
c o n o c im ie n to c ie n tífic o parece p o s tu la r una filo s o tic a de lo p ro b a b le -im p ro b a b le u n a c o rrie n te de c in c o
fía del s e n tid o m ie n tra s q u e las té cn ica s p re se n ta siglos, debe e n c o n tra r (en q ué lu g a r y có m o ? ) u n a
ría n u n no se n tid o , y to d o lo más u n fo rm a lis m o es ra c io n a lid a d que se exprese m e d ia n te té c n ic a s , c o n s
te riliz a n te de la vid a p rá ctica , social y p o lític a Pero tru c c io n e s e in s titu c io n e s cu yo c a rá c te r p o s itiv o p u e
p o r o tra p a rte las refe re n cias se m u ltip lic a n b ru sca da reposar sobre el c a rá c te r a le a to rio , sobre la c o a r
m e n te al fin a l del " H o m b re U n id im e n s io n a l", re fe tada y la u to p ía del p e n sa m ie n to p u ro . Los he ch os
ren cia s a A ris tó te le s y K a n t p o r una p a rte , a H u s - enm ascaran y tra d u c e n el p e n sa m ie n to p e ro la p re
se rl y Bachelard p o r o tra . Es un gran m é rito de la sencia del p e n sa m ie n to es u n h e ch o m ie n tra s se
o b ra m arcusiana — nos com placem os en destacarlo m ueva a q u í y a llá u tó p ic a m e n te , y no m u e ra de su
después de ta n ta s reservas— el habernos in tro d u c id o p ro p ia posesión p o s itiv a . El p e n s a m ie n to q u e no p u e
de red u cirse a la ló g ic a de la v e rd a d y a lo p o s iti
.en dos te m a s esenciales del pensam iento c o n te m p o
vo de los hechos necesita de la ló g ica m ás fo rm a l
rá n e o : 1) La filo s o fía del se n tid o en la ra cio n a lid a d
c rític a d e l c o n o c im ie n to c ie n tífic o , y 2 ) El p ro b le - y de la p o s itiv id a d más c o n s tric tiv a para q u e e l p e n
>ma de una m e ta cie n cia que en las fro n te ra s de las sa m ie n to se v u e lv a el b año v ita l, el rodeo m e d ia n te
c ie n c ia s e sp ecializadas se c o n s titu iría en u n cam po el cual se exprese d e l m o d o más d ire c to , e l Lo g os,
•racion a l y filo s ó fic o cuyo te n o r se b e n e ficia ría de lo im p e re ce d e ro , lo m e ta -fís ic o del h o m b re y de la
la v e c in d a d de estas cie n cia s al m ism o tie m p o que o b ra h u m a n a . H a y u n a m a rg in a lid a d d e l p e n s a m ie n
o fre c e rle s una a p e rtu ra : ta l sería acaso e l alcance to q u e es la ú n ica que p e rm ite p e n sa r el h e c h o p o
de la tra n s p o s ic ió n m u tu a de fre u d is m o y m arxism o s itiv o en la c o n v e rg e n c ia de lo s p o s ib le s y e n la
en " E ro s y C iv iliz a c ió n " . c o n tin g e n c ia de los p o sib le s y en la c o n tin g e n c ia d e l
fu tu r o . Es p re ciso ser re v is io n is ta en c u a n to filó s o fo
M a rc u s e no es e x p líc ito sobre esos dos tem as, p e de la c o n tin g e n c ia d e l ser y v o lv e rs e p ro s p e c tiv o ,
ro las su gestiones son num erosas y la hem os v iv id o en c u a n to p o lític o , de la é tic a o b je tiv a y s o c ia l.
c o m o m u y e s tim u la n te s : ese h o riz o n te de pe n sam ie n Sólo as! re to m a re m o s ra d ic a lm e n te " a l filó s o fo y
to sereno e in te rro g a tiv o nos hacen s e n tir u n M a r - al p a r ia " de M a rcu se cu ya c o m p a ñ ía nos ha tra íd o
cuse p ró x im o y fra te rn a l hasta a q u í. A g ra d e z c á m o s e lo .
25
V f l encuentros
DARCY RIBEIRO
La industrialización
recolonizadora
26
to de dem ostración, c r e a n d o a ú n e n l a t capas sus regalías del desem peño de los cargos p olí
más bajas y m arginales de la población, aspi ticos, donde m uchas veces consigue ganancias
raciones crecientes, seguir m anteniendo a los — m onetarias— incluso m ayo res que las devenga
países subdesarrollados y concretam ente a los das por la propiedad de una in d u stria o de una
latinoam ericanos, como exportadores de m aterias hacienda. D entro de ellos y desem peñando el pa
prim as en fo rm a exclusiva con la estru ctu ra so pel más nocivo, se en cu e n tra n los codificadores,
cial y política que ello conlleva, crearía tensio los in stitu cio n alizad o res del régim en d esig u a lita
nes sociales, como las viene creando, que pueden rio que tenem os, los ideólogos de nuestro esta
lle v a r a una situación explosiva. Por lo tanto tu to de dependencia, tam b ién hoy ac tiv a m e n te
urge lev an tar esas condiciones de vida y para com prom etidos en ese proceso de ac tu a liza ció n .
ello ind u strializar, “ m o d ern izar” (p alab ra clave, Pero aún tam b ién son cóm plices muchos In te le c
precisam ente por su am bigüedad y su presunto tuales y aún u n iv e rs ita rio s , que creen posible re
ap o liticism o ), pero m anteniendo las condicio so lver el problem a de la U n iv e rs id a d sin to m a r
nes de dependencia. M ien tras E E U U sube la en cuenta m ayo rm en te los de la nación, como
escalera, ¿no sería peligroso d ejar a A m érica por ejem plo los que creen que el d ilem a de la
L atin a a su p:e? ¿No se co rrerá el p eli U n iversid ad se a rre g la con m a yo r d is cip lin a sor
gro de que comience a subir por sus pro bre los estudiantes o con m a yo r ca n tid ad de m a -
pios esfuerzos? Para e v ita r ello, ¿qué m ejor idea quinitas de colores o con m ejo res ed ificio s. E llos
que ayudarla a subir de ta l m anera que cuando son tam bién cóm plices, en su conciencia in g e
E E U U suba 4 escalones, e lla suba sólo uno? A n nua, de la m odernización re fle ja , del progreso
tes E E U U exportaba su m aquinaria agrícola e p arcial y dependiente. Ese mism o progreso p a r
in d u strial, ahora exporta com putadoras y cen-i cial y dependiente que nosotros tu vim o s después
tra le s atómicas, pero siem pre expolia a través de la Independencia y que nos condenó a un es
de los térm inos de intercam bio y los royalties. ta tu to neocolonial, al mism o tiem p o que E E U U
Y al mismo tiem po, este proyecto “ a c tu a liza - se propuso y logró re a liz a r un proyecto m ucho
dor” tra ta de ahogar en nuestros propios países más am bicioso de aceleración ev o lu tiv a : s a lta r de
la “ aceleración evolu tiva” que im plica nuestro una etapa colonial a una de capitalism o m e rc a n
desarrollo auténtico, nuestra Industrialización til y luego in d u s tria l, lo que sig nificaba in te g ra r
autónom a, nuestras transform aciones revolucio a su población a la civ ilizació n in d u s tria l m o d er
narias, Ilusionando a am plias capas de la pobla na entonces naciente.
ción con el soborno de cie rta prosperidad a r t if i
cial, pues no es fru to del esfuerzo nacional lib e
“ U N A E C O N O M IA P A R A S I"
rador, sino de la siem bra de capitales e x tra n
jeros que verán m ultiplicados sus réditos en un — J e a n J a e q u e s S e rv a n -S c h re ib e r d e s c rib e e n
fu tu ro próxim o. su lib ro “ E l d e s a fio a m e ric a n o ” e l p e lig ro d e la
“ n o rte a m e ric a n iz a c ió n ” d e la in d u s tria e u ro p e a
e n la z o n a d e l M e rc a d o C o m ú n . ¿ H a s ta q u é p u n
— ¿ Q u é p a p e l d e s e m p e ñ a p a ra U d . la A L A L C en
to e x is te n s im ilitu d e s e n tre e s te fe n ó m e n o y la
e s te p ro c e s o ?
“ in d u s tria liz a c ió n re c o lo n iz a d o ra ” d e q u e h a b la
27
Jh> que tien e en cuenta además el vertiginoso ■— para quien tenga sensibilidad p ara p e rc ib irla —
■aum ento de la población. Pues bien, si Brasil que la de los países desarrollados. Se tr a ta por
co n tin u ara creciendo a ese ritmo, en un período lo tanto de fo rm u la r aquí y ah o ra, un proyecto
de intensa “ industrialización recolonizadora” — lo nacional global, capaz de m o v iliz a r el esfuerzo
que no sucedió realm ente pues la tasa comenzó de toda la población de| país para la c o n s titu
a descender cuando las fábricas extranjeras im ción de una economía para sí y para el progreso
p lantadas em pezaron a drenar divisas hacia el de toda la población.
e x te rio r— , si continuara con la misma tasa de
2 .8 per cápita, necesitaría 136 años para alcan
D IA G N O S TIC O , D E N U N C IA , P R O Y E C T O
z a r el nivel de producción de E E U U en 1960.
Sin em bargo si Brasil alcanzara la tasa de desa — L a s fu e rz a s d e iz q u ie rd a e n A m é ric a L a tin a
rro llo que .experimentó la URSS según los cálcu h a n d e n u n c ia d o d e sd e h a c e tie m p o e s ta v in c u
los norteam ericanos, que fue de 6 .8 % por año la c ió n e x p o lia tiv a . ¿ C re e U d , s in e m b a rg o , q u e
(no según los propios soviéticos que la conside tie n e n u n a c o n c ie n c ia c la ra d e la s fo rm a s q u e
ran de 1 1 .4 % ), en 40 años Brasil podría alcanzar a su m e e n e s te m o m e n to o, p o r e l c o n tra rio , p ie n s a
a los E E U U de entonces. ¿Era acaso la tecno q u e a c u d e n a e sq u e m a s y a b a s ta n te p e rim id o s ?
logía in d u strial de las fábricas rusas d,e enton
ces m e jo r que la de las norteamericanas? ¿La — Es obvio que las fuerzas de izq u ierd a en A m é
cuestión fue jugada en térm inos de tecnología rica Latina son muy heterogéneas y es d ifíc il
co m p etitiva o en térm inos más profundos, en to r tratarlas como si fu eran un ente p olítico p re
no al dilem a e n tre una economía para sí o una ciso. En general yo d iría que hay en A m é ric a '
econom ía para otros? Latina una conciencia c rític a que se g e n e ra liza
cada vez más y se a rra s tra por v a ria s capas
de la población, a la que yo lla m a ría izq u ie rd is -
— E n e s e c o n te x to , p o r K> ta n to , ¿ c u á l p ie n s a
mo de vanguardia, qu.e es m ucho m enos el re
U d . q u e s e ría la e s tra te g ia d e in d u s tra liz a c ió n
sultado del trabajo de las izq u ierd a s tra d ic io n a
a u tó n o m a d e lo s p a ís e s s u b d e s a rro lla d o s ?
les que de una percepción que surge es p e cial
— P re v ia m e n te te n e r claro que el subdesarrollo no mente en las últim as generaciones de que el
es la antesala del desarrollo, sino la contraparte atraso no es natural ni necesario y de que la
necesaria y contem poránea del desarrollo de pobreza de mucho es lu c ra tiv a p ara algunos. E s
otros. Es la condición misma para que el desarro ta percepción genera un estado de m o v iliza c ió n
llo de otros sea próspero y proficuo: el uno sólo espiritual que tiene lugar hoy en A m é ric a L a
puede e x is tir gracias al otro. Entonces toda la tina. ¿Cuánto han ayudado las izq u ierd a s t r a d i
ta re a del T e rc e r Mundo consiste en romper esa cionales en esto? A mi c rite rio , han ayudado
vinculación de natu raleza expoliativa. Nada de poco, porque n0 sólo es m alo su diagn ó stico sino
ío que acrecien ta nuestros vínculos con el mundo también porque es flo ja su den un cia y au sen te
desarrollado dentro de la estructura del in te r su proyecto. No es posible hacer un diagn ó stico
cam bio in te rn ac io n al actual, nos liberará. Nada. de Am érica L atina m ediante un esfuerzo b ru ta l
Es necesario en co n trar form as de romper ese de aplicarle a ra ja tab la esquemas europeos. P o r
vín cu lo. Y an te todo, la ruptura exige reordenar ejemplo, ¿por qué h ab lar de feu d alis m o ? El fe u
toda la econom ía. Y la industrialización compa dalismo es una categoría h is tó ric a que ex istió
rece en este proceso como algo que exige opcio en Europa, pero que jam ás pudo re a liz a rs e en
nes. Tom em os ‘nuevam ente el caso brasilero. nuestras condiciones ya que su rg im o s d en tro de
Basta m ira r los periódicos y las revistas brasi una estructura económica que era ya desde el
leras, todas en T echnicolor, en colores brillantes: prim er día productora de m ercan cías de e x p o r
dan la im presión de un pueblo muy rico. M iran tación, lo que es ju s tam e n te lo opuesto de la
do una de esas revistas uno ve anuncios de estructura feudal. ¿Por qué h a b la r de b urgu esía,
coches como el G alaxy y se pregunta: ¿cómo que es un térm ino tan europeo y que no c o rres
puede te n e r uno un G alaxy sin ninguna sanción ponde para nada a nuestra clase d o m in a n te , m e z
m o ral en un país en el que millones no tienen cla de patriciado y de em presariad o ? O tro ta n to
cu ch illo s para com er o incluso no tienen qué sucede con la denuncia. La den un cia so cia lista
com er? A lgunos capitalistas brasileros dicen que del siglo pasado en Europa era m uy co n v in c e n te ;
la posib ilid ad de que un empleado brasilero pue hoy lo es mucho menos y m enos aún p ara A m é
da te n e r coche es m ayor que la de un ruso. Eso rica Latina. Y sobre todo es n o to ria esta in s u
es v e rd ad ero , incluso evidente, pero ahí preci ficiencia en la incapacidad para e la b o ra r un p ro
sam ente está la deform ación: en la ordenación yecto, no' en térm in o s técnicos sino p o lític o s ,
d.e la econom ía para la eficacia y el lucro de capaz de ganar para sí a am p lia s capas de la
grupos m u y pequeños. Las consecuencias son población latinoam ericana. Los in te le c tu a le s la
cla ra s : en B rasil el 1% de la población — sólo tinoamericanos estamos d esafiados: ¿serem os ca
9GO.COO personas— reciben una porción mayor de paces de m ira r a nuestra re a lid a d la tin o a m e r i
la re n ta nacional que un 50% de la población. cana y de verla con nuestros pro pio s ojos y a
E x is te n 45.000.000 de brasileros que tienen una p artir de ella, de d e fin ir cam inos? El p ro yecto
re n ta per cá p ita anual promedio de 110 dólares, cubano es, sin duda, ap licab le, al m enos a p a re n
fre n te a 900.000 que la tienen de 6500 dólares. temente, en muchos países de A m é ric a L a tin a ,
E n la m edida en que nuestros países continúan porque sus realidades son co rresp o n d ien tes a la
con ta le s desigualdades, tan despreocupados de la de la Cuba p rerre vo lu cio n a ria (lo que no es el
in te g rac ió n de estas enorm es masas, que no tienen caso de A rg e n tin a o U ru g u a y ). P ero ello nos
nada, que no pertenecen a la nación, porque no lleva a preguntarnos: ¿alguna izq u ie rd a de tip o
son alfab etizad o s ni tienen los medios para el tradicional h ab ría sido capaz de re a liz a r la re v o
tra b a jo p erm an en te, n¡ tien en los medios para el lución cubana? O por el c o n tra rio , ¿ ella fu e po
m ín im o cuidado de la salud de sus hijos, ni son sible sólo porque h ab ía un grupo no c o m p ro m e
capaces de fo rm a rse una idea de su propia na tido con ideas hechas, p a ra liza d o ra s , incap aces
ció n, en la m edid a en que ello continúe, sere de p e rm itir la percepción de la re a lid a d e in c a
mos naciones subdesarrolladas, con una riqueza paces de p e rm itir la m o vilizació n de to d a la po
m ás o s te n ta to ria y una pobreza más escandalosa blación para luchar por un proyecto propio?
28
MONS. EDUARDO F. P IR O N IO •)
. * - • • i v i
i * í ; >
o 'v
29
— ¿ C o n s id e ra U s te d q u e la p o s te rio r re o rg a n iz a — Cuando el hom bre tom a conciencia de la pro
c ió n d e la P o n tific ia C o m is ió n p a ra A m é ric a L a fundidad de su m iseria — individual y colectiva,
tin a , c o n s e d e e n R o m a , im p lic a u n e fe c tiv o r e física y esp iritu al— se va despertando en el un
c o n o c im ie n to , p o r p a rte d e la S a n ta S e d e , d e la “ ham bre y sed de ju s tic ia ” verdadera que lo p re
m a d u re z q u e e n M e d e llin lia m a n ife s ta d o e l c a to para a la bienaventuranza de los que han de ser
lic is m o la tin o a m e ric a n o ? saciados y se va creando en su in te rio r una capa
cidad muy honda de ser salvado por el Señor.
— L a Com isión va a ca m b iar la estru ctu ra, se ha Santo Tom ás enseña que es preciso que el hom
rá m ucho más sim ple, para se rv ir de enlace entre bre padezca prim ero la hum illación de su pecado,
el episcopado latino am erican o y la S an ta Sede. experim ente la necesidad de un lib ertad or, reco
E llo indica el reconocim iento de la responsabili nozca su propia debilidad, para que pueda clam ar
dad y m adurez del episcopado latino am erican o, por el médico y ten er ham bre de su gracia. Sólo
que cada vez va asum iendo su destino él mismo, entonces llega el “ salvador” enviado por el Padre
en plena com unión con el Papa. en la “ plenitud de los tiem pos’. Y ese es precisa
m ente el proceso de Dios a lo largo de la h isto ria
— ¿ Q u é a g e n d a p ro p o n d ría u s te d p a ra lo q u e v e n
de la salvación. Sólo cuando los judíos sienten
d r á d e s p u é s d e M e d e llin ?
en Egipto la opresión de la esclavitud in te rv ene
Dios para liberarlos de “ la casa de la servid u m
.—A h o ra vie n e el tra b a jo de poner en práctica to bre”, como dice Exodo 13,3, y conducirlos, a través
do lo que ha dicho M ed ellin . Y para eso hace f a l de la peregrinación por el desierto, a la tie rr a de
ta : p rim ero, una am p lia difusión de los documen la promesa. Sólo cuando el pueblo de Dios, d's-
tos; segundo, una captación del verdadero espíri gregado en el exilio, tom a conciencia del d ram a
tu de M ed ellin que an im a ahora a la Iglesia la tismo de su situación y, por la voz de los Profetas,
tin o a m e ric a n a ; terce ro , c a p ta r la línea central o de la situación de pecado que la engendra, se
el contenido esencial de los documentos de M e- compromete Dios a recoger a los dispersos para
dellín . congregarlos de nuevo en su tie rra y en su te m
plo. Sólo cuando el hombre padece la in e f!cacia
intern a de la Ley, irrum pe Cristo con su gracia
— ¿ Q u e e s, e n su o p in ió n ...? que hace posible el pleno cum plim iento del pre
cepto del am or a Dios y al prójim o. Por eso creo
— L a salvación integral del hom bre la tin o a m e ri
que, si bien el “ día de la salvación” es todo
cano. Que com prendería dos aspectos: la lib e ra
el tiem po actual de la Igles’a que va desde la
ción to ta l del hom bre del pecado y sus consecuen
Ascensión hasta la Parusía, este hoy de A m érica
cias — inju sticia, opresión, ham b re— y la p ro gre
L a tin a señala verdaderam ente lo que el apóstol
siva inserción en el C risto vivo. Pablo lla m a ría “el tiem po favorable, el día de la
salvación" — Segunda Corintios 6,2.
— L o c u a l su p o n e a n u n c ia rlo , p re d ic a rlo , c o n v iv ir
lo e n u n a g ra n d iv e rs id a d d e s itu a c io n e s , d e li
m ita c io n e s , d e p o s ib ilid a d e s , d e e x p e c ta tiv a s . ¿N o E L U N IC O Q U E S A L V A
le p a re c e q u e a ú n q u e d a m u c h o p o r d e c ir p o r
h a c e r— e n e s e s e n tid o , ta n to a l C E L A M c o m o a
— U n m o m e n to , u n a o c a s ió n , u n k a iró s a b s o lu ta
to d o s n o s o tro s ? m e n te d e c is iv o , p u e s. E l k a iró s d e n u e s tra “ lib e
ra c ió n , p a ra d e c irlo c o n la p a la b ra q u e M e d e llin
—Creo que aquí hab ría que p a rtir de un p a r de h iz o le m a y p ro p u e s ta y ta re a .
afirm aciones fundam entales. La p rim e ra : todo
momento histórico, a p a rtir de la E n carn ació n, — Esta es una perspectiva llena de optim ism o so
es momento de salvación, puesto que la salvación b re n a tu ra l y de responsabilidad cristian a para
— en germen ya desde ios comienzos del m undo y quien in te rp re ta los acontecim ientos actuales a la
adm irablem ente preparada en la A lia n z a con el luz de la fe. El Señor glorificado vive y actúa
Israel de Dios— irrum pe radical y d e fin itiv a m e n te siem pre en la h is to r ia ...
“ en ios últim os tiem pos" con la presencia sa lva
dora de Jesús y la acción v iv ific a d o ra de su E s
— S e ñ o r d e la h is to ria , E l q u e v ie n e .
p íritu . Cristo culm ina los tiem p o s an terio re s,
“pues todas las promesas hechas p or Dios han te — ...p re p a ra n d o el Reino que ha de ser entregado
nido su Sí en E l: y por eso decim os por El d e fin itiv a m e n te al Padre.
“ Amén” a la g loria de Dios”, Segunda C o rin tio s,
1,20. Pero a la vez, constituido por el P ad re en
— C u a n d o E l q u e v ie n e v e n g a e fe c tiv a m e n te , e n
“ Señor y Mesías”, como dice Hechos 2,36, preside
s u P a ru s ía .
ahora la historia dando contenido sa lvífic o a ios
tiempos que le siguen, hasta que llegue el m o
— P recisam en te. Pero hay momentos — y para
mento de la plenitud d efin itiva cuando “ todas las
A m éric a L a tin a , insisto, es este el suyo— en que
cosas se reúnan bajo un solo je fe , que es C ris to ” ,
la acción s a lvífic a de Dios se m anifiesta de un
Efesios 1,10. Esta es la p rim era afirm ac ió n que
sobre este punto querría destacar. modo p a rtic u la r y nuevo. El Espíritu Santo des
p ie rta sim u ltán ea m en te en los hombres la con-
ciencia de su m iseria, en la Iglesia la responsa
R o tu n d a m e n te e s c a to ló g ic a , q u e e s c o m o d e c ir b ilidad de su m isión, en los pueblos la seguridad
b íb lic a , c r is tia n a . ¿ Y la se g u n d a ? de su salvación por Cristo Jesús. Por lo m smo,
conviene que nos situem os en perspectiva de es
— Es ésta: creo que hay “ momentos” especiales
peranza.
en la historia que van marcados con el sello pro
videncial de la salvación, y que este “ hoy de
A m éric a L a tin a ” es uno de ellos. 3 — E n v ís p e ra . E n v ís p e ra e s c a to ló g ic a , y p o r e so
m is m o h is tó ric a .
____¿ E n q u é s e n tid o ?
— Y en d e fin itiv a , esta esperanza se apoya fu n -
30
d am entalm en te en la acción de Dios que es el gunta qué es ella para el hom bre, qué sig nifica
único que salva. su presencia para los pueblos latinoam ericanos,
cómo responde a sus inquietudes y esperanzas,
cómo realiza sus aspiraciones más hondas, qué
— H e c h o fu n d a m e n ta l, y c a d a d ía más o lv id a d o
e n a ra s d e u n h u m a n is m o b la n d o , c o m p la c ie n
aporta de “ o rig in alm e n te nuevo" a todo el p ro
ceso de transform ación y desarrollo. El continen
t e . ..
te latinoam ericano m ira a la Iglesia y espera. Y
— H a y una presencia nueva en nuestro continen la respuesta de la Iglesia es una sola: C risto.
te que, desde la profundidad de su m iseria, ad
quiere conciencia de su m'sión y de sus valores
y busca ser to talm en te liberado. Hay una acción — ¿N o le p a re c e , M o n se ñ o r, q u e p ro c la m a r y s u b
ra y a r e s ta re s p u e s ta e x ig e a c o rd a rn o s m u c h o m á s
nueva del Espíritu Santo que congrega a la Igle
sia de A m érica L atin a para que — en esta expre d e a lg u ie n a q u ie n e c h o d e m e n o s n o s ó lo e n
lo s te x to s d e M e d e llín , s in o e n la s p ro p ia s p á
sión de colegialidad que fue la Segunda Conferen
cia Episcopal L atinoam ericana— tome conciencia g in a s d e V IS P E R A ? ¿ A lg u ie n q u e s e g u im o s s in
n o m b ra r, o n o m b ra m o s m u y p o co , a p e s a r d e q u e
de si m ism a, se renueve y se disponga al diálogo
o c u p a lu g a r p re e m in e n te e n e s a s fo rm a s d e “ r e
salvad o r con el mundo. Esto “ marca el tiempo y
lig io s id a d p o p u la r" d e la s q u e ta n to h a b la m o s
el m om ento" de A m érica L atina, para decirlo con
un giro de Hechos 1,7. Heredera de las rique p e ro q u e ta n p o co e x p lo ra m o s e n c o n c re to ? ¿ N o
31
VENEZUELA
SEGUNDA DC AL PODER
E l a c tu a l P r e s id e n te e le c to re s o lv ió fa v o ra b le m e n te la p rim e r d is p u ta e n b a s e a
u n a c a m p a ñ a p re e le c to ra l e s c ru p u lo s a m e n te d is e ñ a d a , q u e le e x ig ió u n e x c e p c io n a l-
d e s p lie g u e d e d in a m is m o y v e rs a tilid a d . A d e m á s d e s o s te n e r lo s b a lu a r te s c a m p e
s in o s q u e d e te n ta d e s d e h a c e d ie z a ñ o s, C a ld e ra se e m p e ñ ó e n m e jo r a r s u s ta n c ia l
m e n te s u a p o y o e n C a ra c a s y o tra s c o n c e n tra c io n e s u rb a n a s — y o b tu v o u n é x ito
d e c is iv o . T r a s é l fu n c io n ó a d m ira b le m e n te e l C O P E I, u n p a rtid o q u e e s m o d e lo d e
o rg a n iz a c ió n y te c n ific a c ió n , a u n q u e s u fre a g u d o s d é fic it id e o ló g ic o s y tie n e u n a ¡
s ig n ific a c ió n s o c ia l c o n fu sa .
ta b a n m a q u in a lm e n te : lo d e c is iv o e ra n la s fe b rile s g e s tio n e s a n te lo s je f e s d e la s
F u e r z a s A rm a d a s . E s to s o p ta ro n fin a lm e n te p o r la p re s c in d e n c ia le g a lis ta ; q u iz á s
in flu y ó e n s u d e c is ió n la c e rte z a — a b o n a d a p o r o p o rtu n a s d e c la ra c io n e s — d e q u e
e l C O P E I n o a d m itiría b a jo m e ra s p ro te s ta s o lím p ic a s la c o n s u m a c ió n d e l fra u d e .
ID E A S DONDE PUEDEN R E N D IR
C a ld e ra p u b lic ó — m e s e s a n te s d e la s e le c c io n e s — u n P ro g r a m a d e G o b ie rn o s in
p r e c e d e n te s n o c o p e y a n o s y d e m a rc a d a s in g u la rid a d e n u n p a ís d o n d e e l d e b a te
p o lític o tr a n s ita n iv e le s p o b re s . C u id a d o s a m e n te e la b o ra d o , e l p ro y e c to d e b e c a
lif ic a r s e te rm in a n te m e n te c o m o a m b ic io s o . P ro p o n e o b je tiv o s e c o n ó m ic o s y s o c ia
le s q u e r e q u e rir ía n e s fu e rz o s d e e n v e rg a d u ra e n g ra n c a n tid a d d e s e c to re s . P a r a
ju z g a r e s ta o rie n ta c ió n , h a y q u e te n e r e n c u e n ta la s p e c u lia re s c a r a c te r ís tic a s d e
la e c o n o m ía v e n e z o la n a : u n a a lta d is p o n ib ilid a d d e re c u rs o s , m u c h o s d e e llo s d i
r e c ta m e n te c a n a liz a d o s a tra v é s d e u n s is te m a fis c a l a b u n d a m e n te m e n te p re v is to ;
u n a in e lu d ib le n e c e s id a d d e d iv e rs ific a r e x p o rta c io n e s y e q u ip a ra r la p ro d u c tiv id a d
d e d is tin ta s a c tiv id a d e s ; a u s e n c ia d e p re s io n e s in fla c io n a ria s y c u a n tio s a s r e s e r v a s
m o n e ta r ia s . E n ta le s c o n d c io n e s , la in ic ia tiv a g u b e rn a m e n ta l p o s e e v a s tís im a s p o
s ib ilid a d e s y la im a g in a c ió n , u n a re n ta b ilid a d in m e d ia ta . C O P E I p u e d e a p ro v e c h a r
e n la la b o r d e g o b ie rn o la d is c ip lin a y rig o r té c n ic o c o n lo s q u e d e s a rro lló s u
p r o p ia o rg a n iz a c ió n in te rn a y s u s n u trid o s c u a d ro s d e p ro fe s io n a le s jó v e n e s . E s
le g ítim o e s p e r a r d e su p a rte u n a a d m in is tra c ió n p a rtic u la rm e n te e fic a z . E s ta s c o n s
titu y e n la s m e jo re s p o s ib ilid a d e s d e l p ró x im o p e río d o .
E n lo s a s p e c to s s o c ia le s , Caldera im p u ls a T á u n c o n ju n to d e re fo rm a s p a rc ia le s y.
m o d e ra d a s, te n d ie n te s a la " p ro m o c ió n p o p u la r” y la “ in te g ra c ió n d e lo s m a rg in a
d o s” , d e s p ro v is ta s d e s ig n ific a d o c la s is ta (p o r a q u í a flo ra rá n la s c a re n c ia s d o c tri
n a le s d el C O P E I, m u y a ta d o a la s v e rs io n e s m á s p rim itiv a s d e la D e m o c ra c ia C ris
tia n a la tin o a m e ric a n a ). L a s re la c io n e s q u e se e s ta b le z c a n e n tre la s c o rrie n te s p o
lític a s d e te rm in a rá n , s in e m b arg o , p a rc ia lm e n te , la a c titu d g u b e rn a m e n ta l e n e se
te rre n o . O b lig a d o p o r lo e x ig u o de su v e n ta ja y la m a y o ría re la tiv a q u e lo g r ó e n el
C o n g re so a b u sc a r a lia n z a s , Caldera p a re c e d irig irs e a Prieto Figueroa y su M o v i
m ie n to E le c to ra l d el P u e b lo , co n lo q u e e n tra ría e n c o n ta c to co n la fu e rz a d e
m a y o r v ig o r p o p u lis ta e n V e n e z u e la . Betancourt — d u eñ o y se ñ o r d e A c c ió n D em o
c rá tic a — p o d ria c o n trib u ir a ra d ic a l z a r el ré g im e n c o p e y an o s i, e n el a fá n d e a p u n
ta la r su s e g u ra c a n d id a tu ra p re s id e n c ia l d e 1974, re c u rre a su s v in c u la c io n e s c o n ei
e m p re s a ria d o n a c io n a l y lo s in v e rs o re s n o rte a m e ric a n o s , p re s e n tá n d o s e co m o o p c ió n
d e la s e g u rid a d fre n te a l re fo rm is m o d e C O P E I.
L A S E S P A L D A S D E L C A U D IL L O
R P
URUGUAY
C U A T R O M E S E S , T R E S D O C U M E N T O S
E l d o c u m e n to p ro v o c ó el re v u e lto in tra e c le s ia l c o n s ig u ie n te (a u n q u e ta m b ié n lo
tu v o e x tra e c le s ia l). D ifíc il d e v u ln e ra r en la p o lé m ic a , s u s d e tra c to re s — g ru p o s
c o n s e rv a d o re s m u y m in o rita rio s e n su e x p re s ió n y m ilita n c ia , p e ro b ie n in s ta la d o s
e n la g ra n p re n s a , v in c u la d o s a s e c to re s in flu y e n te s — tra ta ro n d e c u e s tio n a rlo
a trin c h e ra d o s d e trá s d e a lg u n o s o b je tiv o s co m o “ te m p o ra lis m o , s o c io lo g is m o ” , e tc .,
c u rio s a m e n te c o n tra d ic to rio s co n su s p ro p io s c rite rio s . (L o s p a rtid a rio s d e la
" c iu d a d c a tó lic a ” , tra ta n d o a h o ra d e c o n fin a r la Ig le s ia a la s a c r is tía ...) .
S o b re la b a s é d e u n a d o c e n a d e "h e c h o s” d e la re a lid a d m e n c io n a d o s e n la P a s to ra l
d e A d v ie n to (d ific u lta d e s dé" v iv ie n d a , e s p e c u la c ió n , a b u rg u e s a m ie n to , c ris is , te
n e n c ia d e la tie rra , p ro b le m a s e d u c a c io n a le s , e tc .) s e c o n fe c c io n a ro n o tro s ta n to s
h e c h o s d e v id a ” fa c tib le m e n te re c o n o c id o s c o m o re a le s p o r q u ie n lo s a n a liz a ra .
A c a d a u n o d e e s to s “ h e c h o s d e v id a ” s e a g re g ó u n c u e s tio n a rio d e p ro fu n d iz a c ió n
q u e a y u d a ra u n “ v e r” c a u s a l d e la s itu a c ió n a e s tu d ia r.
F u e ro n o c h o s e m a n a s d e in te n s o tra b a jo , a u n ritm o d e s u s a d o p a ra la a v e c e s
r u tin a ria p a rtic ip a c ió n e n la v id a d a Ig le s ia d e m u c h o s c ris tia n o s , q u e s e c o n c lu y ó
c o n u n v iv o , m a n te n id o in te ré s .
L a s e g u n d a e ta p a — re fle x ió n te o ló g ic a — u tiliz ó c o m o p u n to d e re fe re n c ia la C o n s
titu c ió n P a s to r a l “ G a u d iu m e t S p e s ” . L a a rid e z y d ific u lta d e s d e m a n e jo d e m u
c h o s d e lo s p a rtic ip a n te s , h ic ie ro n d ifíc il e l d e s a rro llo d e e s ta se g u n d a p a rte .
P e ro n o h u b o c o la p s o — a u n q u e s í a lg u n a s d e s e rc io n e s e n e l tra b a jo . L o s g ru p o s
d e re fle x ió n — in te g ra d o s p o r u n n ú m e ro n o m a y o r a 15 p e rs o n a s — fu e ro n lo g ra n d o
u n a c a d a v e z m a y o r in te g ra c ió n h u m a n a , y y a a e s ta a ltu ra e l b a la n c e d e la
ta r e a e r a h a la g ü e ñ o .
U n s e g u n d o d o c u m e n to , p re p a ra d o p o r te ó lo g o s q u e s ig u ie ro n d e c e rc a la a c c ió n
p a s to ra l, fu e re d a c ta d o c o m o re s u m e n d e la s e g u n d a e ta p a .
A e s to s d e le g a d o s se le s p ro p u s ie ro n , p a ra s u c o n s id e ra c ió n , tr e s D o c u m e n to s B a se -
a d o s d e e llo s y a n o s h e m o s re fe rid o : u n a s ín te s is d e l v e r d e la re a lid a d n a c io n a l
y u n d o c u m e n to d e re fle x ió n te o ló g ic a . ’
E l te rc e ro — re d a c ta d o c o n p a rtic ip a c ió n d e re p re s e n ta n te s d e lo s g ru p o s d e re fle
x ió n — c o n tu v o la s o p c io n e s p a s to ra le s fru to d e l e s tu d io p re v io .
L o s d o c u m e n to s p ro p u e s to s fu e ro n re e s tu d ia d o s e n g ru p o s , s e a c e p ta ro n e n m i e n
N o e s é s te e l m o m e n to d e su e x é g e s is , n i c re e m o s q u e s e a n n u n c a s u s c e p tib le s d e
e lla . S o n u n a p u e s ta e n c o m ú n , u n a a p ro x im a c ió n ta l v e z im p e rfe c ta , e u
d e u n tra b a jo p lu ra l. P e ro e x a m in a d o s e n s u c o n ju n to n o s e v id e n c ia n u n a c ia ra
p e rs p e c tiv a p o s tc o n c ilia r, re s u lta d o d e c o n s e n s o s a m p lia m e n te m a y o n a ,
n o d e ja n d u d a re s p e c to a q u e u n im p o rta n te s e c to r d e l la ic a d o d e a
h a c o m p re n d id o q u e la v id a c ris tia n a , la v id a d e F e , n o e s u n a g re g a d o b ie n c o m -
p a rtim e n ta d o a l re s to los gozos y las esperan
d e l s e r h u m a n o , s in o q u e s a b e q u e ‘
zas, las tristezas y las angustias de los de la época actual, sobre todo de h o m b r e s
los pobres y afligidos de toda clase, son también los gozos y las esperanzas, las
tristezas y las angustias de los discípulos de C ris to ...
P o r e s o lo s d o c u m e n to s a p ro b a d o s c e d e n e n im p o rta n c ia a n te la s c o n s e c u e n c ia s d e
la lin e a p e d a g ó g ic a e m p le a d a . U n a lín e a q u e s e in ic ia co n u n a d e s c u b ie rta d e la
re a lid a d , q u e p ro s ig u e a tra v é s d e la c o n fro n ta c ió n d e e sa re a lid a d c o n la F e , y
q u e e x ig e a c tiv o s c o m p ro m is o s .
P a r a u n a Ig le s ia a c o s tu m b ra d a a e s p e ra r to d o d e re c e ta s p a s to ra le s , in a c tiv a e n
la b ú s q u e d a d e c o n ju n to , h ip e rc rític a y e n c e rra d a e n lo s c u a d ro s in s titu c io n a le s ,
la v a ria n te e s c o n s id e ra b le .
S e h a n n u c le a d o m ilita n te s d e d iv e rs o s o ríg e n e s y fo rm a c ió n ; se h a a c e rc a d o a
p a r tic ip a r e n lo s tra b a jo s c o m u n e s a c ris tia n o s h a s ta a h o ra m a rg in a d o s d e 1a
v id a d e Ig le s ia ; u n g ru p o d e te ó lo g o s — s a c e rd o te s “ p a s to re s ” q u e a c o m p a ñ a ro n e l
P la n d e P a s to ra l— e s tá in te g rá n d o s e , e sp e rá n d o se m u c h o d e su a p o rte d e fu tu ro .
(L a re a lid a d d e m u e s tra q u e lo s te ó lo g o s “ c o n fe re n c is ta s ” so n rá p id o s e n c u e s tio n a r,
e n p ro b le m a tiz a r, p e ro le rd o s e n la “ c u ra d e a lm a s ” ).
T o d o s e s to s n o s p a re c e n fru to s a le n ta d o re s , e n la a c c ió n p a s to ra l re a liz a d a .
L a e v a lu a c ió n d e l P la n d e 1968 h a s id o c o n c lu id a e n lo s d iv e rs o s n iv e le s ; la ic o » ,
p re s b ite rio , c o o rd in a c ió n , e tc . L a s lim ita c io n e s m á s im p o rta n te s q u e s e h a n c o n s
ta ta d o s o n : u n a d e fic ie n te in te g ra c ió n d e la s c o m u n id a d e s re lig io s a s , la s e ria d ifi
c u lta d d e d iá lo g o e n la e ta p a d e re fle x ió n te o ló g ic a , y u n a im p e rfe c ta p a rtic ip a c ió n
d e lo s m o v im ie n to s e in s titu c io n e s , co m o ta le s , q u e h a c e v a lio s o s ó lo in d iv id u a l
m e n te la p a rtic ip a c ió n d e s u s m ie m b ro s .
E n re s u m e n : u n a ta re a d in a m iz a d o ra d e la v id a d e Ig le s ia , a n im a d o ra d e la re n o
v a c ió n c o n c ilia r, d e fin id o ra e n c u a n to a la s o p c io n e s d e fu tu ro , q u e se d e s a rro lla
e n a rm o n ía c o n la p a la b ra lib e ra d o ra q u e e n M e d e llín , p ro n u n c ia ro n lo s O b is p o s
d e la P a tr ia G ra n d e .
JLR
L A H O R A D E L L O B O
E L S IL E N C IO
D e jé e l n u e v o film d e In g m a r B e rg m a n co m o q u ie n e m ig ra d e l in fie rn o , p e ro el
in fie rn o s ig u ió d e trá s m ío , v a rio s d ía s , a c o sá n d o m e . ¿ Q u é , “e l s ile n c io d e D io s ” e s
c o n d e n a s in e s c a p e , b lo q u e o d e to d a p o s ib le s a lv a c ió n p o r e l a m o r? ¿ U n a “ p e r
s o n a ” p u e d e id e n tific a rs e c o n o tra a ta l g ra d o q u e la o tra la in m o le a s u s
p ro p io s d e m o n io s , la d e s h a g a a su im a g e n y s e m e ja n z a ?
" L a h o ra d e l lo b o ” p a re c e la h o ra fin a l, d o n d e to d o s e c la u s u ra y n o h a y e s c a
p a to r ia p o s ib le . N o re c u e rd o u n m in u to m á s p e sa d o d e a n g u s tia s q u e a q u e l q u e
e s te p in to r fu g a d o q u ie re c o m p u ta r co m o fija c ió n d e la e te rn id a d , c o m o s i u n a
h o r r ib le e te r n id a d h ic ie ra in d ife re n te a l tie m p o , v a n a a la h is to ria ; n i u n a c o so
d e im á g e n e s m á s im p la c a b le q u e e l q u e e n c ie rra a l p in to r y s u m u je r e n tr e lo s
in f e r n a le s c o m e n s a le s d e l c a s tillo . P e ro n o s ó lo a llí d e n tro , n i e n la c h o z a d o n d e
v iv e la p a r e ja e l e n c ie rro s u b s is te : in c lu s o a l a ire lib re , a o rilla s d e l m a r, in
c re íb le m e n te , p e rs is te y se a h o n d a u n a c la u s tro fo b ia q u e n o d e p e n d e d e p u e rta s ,
m u ro s n i p a re d e s s in o d e lo s e s c a s o s p ró jim o s d e e s te re fu g io d e l N o rte .
O q u iz á s , d e la a u s e n c ia d e a q u e llo s p ró jim o s re h u id o s , q u e q u e d a ro n e n E s to c o l-
m o , p o r m á s in to le ra b le s q u e e llo s fu e re n a l p in to r. C o m o s i e n e l re c h a z o d e lo s
o tr o s s e c o n s u m a ra la p ro p ia c o n d e n a . C o m o si n o h u b ie ra d e s a p ro x im a c ió n p o
s ib le , n i n a d ie tu v ie ra e l d e re c h o a d e s lig a rs e d e lo s o tro s m e d ia n te u n re to rn o
a la n a tu r a le z a o a u n o m is m o o a la p a re ja e n te n d id a c o m o c o m u n id a d ú n ic a .
C u a n d o e l p in to r d e s c u b re q u e ta m b ié n e n e s a is la h a y o tro s , su in te n to d e r e
c h a z a rlo s e s d e rro ta d o p o r e l a c o so d e e llo s ; c u a n d o su e sp o sa , s o la , p ro c u ra p o r
s i la s a lv a c ió n d e l p in to r, lo s o tro s a s o m a n a tra v é s d e l fo rtu ito d e s c u b rim ie n to
d e s u d ia rio . Y ta n to lo s e x p ró jim o s d e E s to c o lm o co m o e s to s p ró jim o s im p re v is
to s d e la is la d e d u c e n u n a te rc e ría in s o s la y a b le . L a p a re ja n o p u e d e g ira r s o b re
s í m is m a , la c iu d a d — lo s o tro s — n o p u e d e n q u e d a r a trá s . N o h a y m e m o ria in -
te rru p ta , y m e n o s a ú n s i e lla m e m o riz a u n in te n to d e in te rru p c ió n , u n a ru p tu ra .
S i q u ie re h u ir d e lo s o tro s , e s to e s, d e u n o m is m o , e n ta n to q u e “h o m b re -p a ra -lo s -
o tro s ” , q u e p ró jim o . P re c is a m e n te c u a n d o p re te n d e o lv id o s , e s d e c ir, c u a n d o a b o -
m 'n a d e la h is to ria , to d a h u id a p a re s itu a c io n e s m o n s tru o s a s : e l a s e s in a to d e l
n iñ o s e p a re c e m u c h o a u n in te n to d e liq u id a r a q u e l tra u m a in fa n til d e l p in to r
q u e lite ra lm e n te — a l s e r e n c e rra d o p o r s u s p a d re s e n u n ro p e ro — h iz o d e é l u n
c la u s tró fo b o , p e ro e l n iñ o m u e rto e m e rg e u n a y o tra v ez d e l fo n d o d e la s a g u a s ,
s e h a c e p re s e n te ; la re a p a ric ió n d e la a n tig u a a m a n te e m p ie z a p o r p a re c e r su
v e la to rio s o b re u n a m e s a , e n m e d io d e u n a fe ro z c e le b ra c ió n fú n e b re p re p a ra d a
p o r Ib s s á d ic o s d e l c a s tillo , p e ro c u a n d o e l c u e rp o se y e rg u e , se m u e s tra d e s n u d o
y v iv o , e l c o ro d e r is a s p a re c e a s e s in a r c u a lq u ie r in te n to d e re c u p e ra c ió n d e u n
a m o r q u e s e d a b a p o r m u e rto .
M i a m ig o L a s s é ig u e e n tie n d e q u e e s ta s d o s s e c u e n c ia s — la s p ro p ia s d f e r e n c ia s
d e ilu m in a c ió n lo d e m o s tra ría n — n o so n s in o im a g n a c ió n d e Ja m u je r. S i a s i
fu e ra , e x p re s a ría n h a s ta q u é lím ite s e l p in to r p u e d e a r r a s tr a r la a su p ro p io in
fie rn o — p re c s á m e n te c u a n d o to d a la v o lu n ta d d e e lla e s tá te n s a p a ra e x o rc iz a r
lo s d e m o n io s d e l o tro . P e ro e s e in fie rn o d e la m u je r q u e d a e n lo im a g in a rio , n o
e s u n v e rd a d e ro in fie rn o . E lla lo s o b re v iv e . E l d el p in to r, e n c a m b io , p a re c e ría
ta n “ a u té n tic o ” q u e lo a n iq u ila ría e n e l s u ic id io . ¿ P o r p u ra a rb itra rie d a d ? T o d o
lo c o n tra rio . H a c e d o r y p a c ie n te d e s g a rra d o d e e s ta h is to r a — q u e le lle g a y n o s
lle g a te n ie n d o c o m o in te rlo c u to ra a la m u je r d e l p in to r, B e rg m a n h a id o a c u m u
la n d o m á s d e u n in d ic io q u e , s e m e o c u rre a h o ra , a c a s i u n a s e m a n a d e v is to
e l film , tie n d e n a d e s m o n ta r e s te in fie rn o a p a re n te , a m o s tra r e n é l, y to d a v ía
d e trá s d e u n v id rio o s c u ro , el ju ic io d e D io s . L a h u id a d e E s to c o lm o n o e s re s o
lu c ió n d e la p a re ja s n o n e u ró tic a n e c e s id a d d e l p in to r. L a ru p tu ra c o n lo s p ró
jim o s ta m b ié n : h a s ta c u a n d o e x h ib e s u s re tra to s , a g ig a n ta d is ta n c ia s d e lo s a n
tig u o s m o d e lo s a s im J á n d o lo s a a n im a le s ; a l ir a l re e n c u e n tro d e la a n tig u a a m a n te
— d e u n a a n tig u a re a lid a d q u e rid a — a c e p ta q u e le m a q u ille n e l ro s tro y le v is ta n
c o m o u n g a lá n c o n v e n c io n a l, e s to es. q u e le h a g a n in té rp re te d e s í m sm o , u n o
m á s e n la fic c ió n q u e o tro s u rd ie ro n . (Y si e s te re e n c u e n tro e s tá s ó lo e n la
im a g in a c ió n d e la m u je r, c o m o d r ía L a s s é g u e , s e ría la p ro p ia m u je r la q u e p in
ta r ía a h o ra , p e ro s in d is ta n c ia m ie n to , e n tra ñ a b le m e n te , e l r e tr a to d e l p in to r ...) .
H u id a y ru p tu ra n o s o n a c c ió n s n o p a s ió n d e la m u je r, e n el d o b le s e n tid o d e
a m a r y p a d e c e r a su m a rid o . E n e s ta s itu a c ió n h a y p o r lo d e m á s u n a c o n n o ta c ió n
b íb lic a e v id e n te : e l p in to r v iv e lite ra lm e n te c o m o u n “ h ijo d e la s tin ie b la s ” , c e r
c a d o p o r e lla s , q u e le a te r r a n p e ro co n u n te r r o r tre m e n d o , fa s c in a n te . T o d a su
v ig ilia e s n o c tu rn a y h a c e fa lta " la h o ra d e l lo b o ” — la s b a rra s d e l d ía , la s p u n ta s
d e l a lb a — p a ra q u e p u e d a c o n c ilia r el s u e ñ o ... c e rrá n d o s e a la l u z ”. L a m u je r
se s o m e te a e s te h o ra rio p a ra r e s c a ta r d e é l a l m a rid o , n o p o r d e te rm in a c ió n
p ro p ia .
P o r e so n o h a y d e s e s p e ra c ió n s in o u n d o lo r p ro fu n d o e n la s p a la b ra s d e la m u je r
q u e c u lm in a c o n u n a in te rro g a n te : ¿ p a ra q u é e l a m o r? ¿ q u é e f i c a c 'a h a te n id o to d o
lo q u e in te n tó p o r su m a rid o , si te rm in ó m a tá n d o s e ? ¿ a c a s o si lo h u b ie r a a m a d o
m e n o s ... lo h a b ría a u x ilia d o m e jo r?
trá n s ito p a s c u a l?
in te rro g a n te .
DETRAS DE UN V ID R IO OSCURO
a m a n z a n e p a i a
A la m u je r
d e l p i n t o r s i n e m b a r g o , e s t a i n t e r r o g a n t e p a r e c e r p o n „ e s t a N o
c a e r e n la d e s e s p e r a c i ó n . P o r q u e q u i e n i n t e r r o g a e s p e ra , e s p e r a r e s p u e s t a . N o
s e e n c ie rra e n s u s t i n i e b l a s n i c o l o c a u n p u n t o f i n a l . M e m o r i z a n d o s u d r a m a a
la b ú s q u e d a d e u n s e n tid o , lo p ro y e c ta m á s a llá d e su s itu a c ió n , e n u n a e m p i
n a d a a p u e s ta a lo s p o s ib le s .
N i r u p tu ra c o n su tie m p o , n i ru p tu ra c o n s u s p ró jim o s . P o r e so , e n lu g a r de
a q u e l in fie rn o , e s ta n u e v a c re a tu ra d e B e rg m a n m e d e v u e lv e a la C ru z . A u n a
C ru z q u e b ie n p o d ría e n te n d e rs e co m o u n a le c c ió n de a m o r.
P o rq u e s o lo u n a m o r m u y fu e rte y e n te ro , c a p a z d e p e rs e v e ra r a lo la rg o d e la
tre m e n d a p e rip e c ia , p u e d e e x p lic a r q u e e s ta m u je r h a y a m a n te n id o s u e n tre g a
a l p in to r a ú n c u a n d o é s te la re tu v ie ra a s fix iá n d o la e n s u s p ro p ia s tin ie b la s , y
la a c o s a ra to d o e l d ía , y lle g a ra a e x tre m o s d e in te n ta r a s e s in a rla . “ E n e s to h e
m o s c o n o c id o e l A m o r (a g a p e ); él d io su v id a p o r n o s o tro s . Y n o s o tro s , ta m b ié n
n o s o tro s , d e b e m o s d a r n u e s tra v id a p o r n u e s tro s h e rm a n o s ” (1 J n 3 ,1 6 ). E l a m o r
d e e s ta m u je r n o c o n o c e n in g ú n c re sc e n d o ro m á n tic o , n o e n c u e n tra a p o y o s s e n
s ib le s e n la s a c titu d e s d e l m a rid o , n o d .s fr u ta d e g o zo a lg u n o e n e l m u n d o c e
r ra d o y a g re s iv o d e e s te n e u ró tic o . P a re c e , a n te to d o , v o lu n ta d d e a m a r, e s to e s,
d e s e rv ir, d e h a c e r: m á s q u e e ro s , ag a pe . P o r eso n o s ó lo p a d e c e s in o q u e p e r
s e v e ra e n e s te p a d e c im ie n to , co m o c o n tin u a a c e p ta c ió n q u e e s d e su p ró jim o .
P a s ió n p a d e c id a y c o m p a d e c id a , la n z a h a c ia el a m a d o la s fo rm id a b le s e n e rg ía s
d e l a m o r a g a p e , s ó lo p o s ib le s e n ta n to q u e g ra tu ita m e n te c o m u n ic a d a s a e lla p o r
A q u é l c u y o n o m b re e s A g a p e : “A m a d o s m ío s , a m é m o n o s u n o s a o tro s , p o rq u e o l
a m o r (a g a p e ) e s d e D io s y q u ie n q u ie ra a m e n a c ió d e D io s y c o n o c e a D io s . E l
q u e n o a m a n o c o n o c ió a D io s , p o rq u e D io s es A m o r (a g a p e )” (1 J n 4 .7 s ).
¿ P o r q u é e n to n c e s e s ta s e n e rg ía s , si v ie n e n d e D io s , p a re c e n d ila p id a rs e , d e s d e
q u e n o re s c a ta r ía n a l m a rid o d e su in fie rn o n i im p e d iría n su m u e rte ? D e s e s c ri
b ie n d o a l film co m o a n é c d o ta in fe rn a l y re a rm á n d o lo a h o ra co m o e c o n o m ía d e
g T a c ia , c o m o a c c ió n d e a g a p e , n o p u ed o m e n o s q u e v o lv e r a to p a rm e , e n c la v e
e v a n g é lic a , c o n la m is m a g ra n in te r ro g a n te fin a l q u e la n z ó la m u je r. ¿ P a ra q u é
e l a g a p e , si n o h a y p ru e b a a lg u n a d e q u e h a y a s id o e fic a z p a ra e l p ró jim o a m a d o ?
¿ P a r a q u é lle v a r e l a g a p e a l e x tre m o d e o fre n d a r la p ro p ia v id a p o r e l o tro ,
c o m o D io s m a n d a , si el o tro a l f n y a l c a b o te rm in a a n iq u ilá n d o s e a sí m is m o ?
C u e s tió n c ru c ia l: e n c ru c ija d a , cru z . L a re s p u e s ta m á s p re v is ib le — y m á s c ó
m o d a — s e re s o lv e ría p o r la s a lv a c ió n in e x tre m s d e l p in to r, o p o r u n a s u e rte
d e e fic a c ia p ó s tu m a , q u e s a lv a ría a l m a rid o e n el “ m á s a llá ” d e s p u é s d e h a b e r
f ra c a s a d o e n e l “ m á s a c á ” . P u e d e se r, p u e d e se r. P e ro q u iz á s h a y a o tra q u e,
s i n o e x c lu y e a la p rim e ra , p o r lo m e n o s la c o m p lic a , d e s p e já n d o la d e c o n s o la
d o ra s f a c .lid a d e s .
“ E l a m o r (a g a p e ) e s d e D io s ” , d e c ía a q u e lla c ita d e 1 J n 3 ,1 6 d o n d e s e h a b la
d e u n a ta l ra d ic a liz a c ió n d e l a m o r q u e n o es s in o " d a r n u e s tra v id a p o r n u e s tro s
h e r m a n o s ” . “ E n e s to c o n s is te su a m o r”— a g re g a la m 's m a e p ís to la , e n 4 , 1 0 '— :
“ n o s o m o s n o s o tro s q u ie n e s h e m o s a m a d o a D io s , s in o q u e e s E l q u ie n n o s a m ó
y q u e e n v ió a s u H ijo e n v ic tim a d e p ro p ic ia c ió n p o r n u e s tro s p e c a d o s ” . D o n a
c ió n d e D io s , e n e rg ía d e D io s , C ru z im p u e s ta p o r D io s a su p ro p io H ijo , e s c a n
d a lo s o a m o r q u e c ru c ific a a l q u e a m a , a u n tie m p o g ra tu ito y c o s to s o , d u ro a m o r
lib e r a d o r ¿ q u ié n s in o D io s q u e e s A m o r v a a m a rc a rle la s ru ta s y a ju z g a r s p s
r e s u lta d o s ? ¿ C ó m o a c e p ta rlo y a c tu a rlo n o s o tro s s in o e n la C ru z , e n la p a s ió n
p a r a lo s o tro s , a u n q u e la hora del lobo n o n o s d e je e n tre v e r s u s m o v im ie n to s s in o
d e trá s de un v id rio oscuro?
HB
37
V jJ lecturas
B A L T A S A R C O N T R A L A C O R R IE N T E
H a n s U r s V o n B a l t h a s a r
¿ Q U IE N E S U N C R IS T IA N O ?
E d . G u a d a r r a m a , M a d r i d , 1 9 6 7
S E R IE D A D C O N L A S C O S A S
E d . S í g n e m e , S a l a m a n c a , 1 9 6 8
— I —
El m o v im ie n to p o s t-c o n c ilia r de la Ig le sia es e x - cia la B ib lia , hacia la L itu rg ia , hacia el E cum enism o
te m a d a m e n te c o m p le jo y te n so , en u n a e clo sió n de y hacia el " m u n d o p ro fa n o ". Pero es en esta ú l
d ire c c io n e s d ife re n te s y sim u ltá n e a s , n o sie m p re c o n tim a te n de n cia donde reside el p u n to clave y c e n
c o rd e s. N o es fá c il c a ra c te riz a r con s e n c ille z sus t r a l: se q u ie re rep a ra r el ve nerable e d ific io de la
rasgos p re d o m in a n te s . Sin e m b a rg o , p u ede p e rcib irse Ig le sia , ro m p e r su a isla m ie n to , y para e llo ¿qué m e
u n to n o g e n e ra l de o p tim is m o , una sensación de jo r que una "c o n v e rs ió n al m u n d o ? " Eso es lo que
b u e n a s re la c io n e s resta b le cid a s con el " m u n d o " . Y se e xig e y eso está im p lic a d o en la lógica c ris tia
b ie n , esa c o rrie n te d ifu s a y poderosa ha e n co n tra d o na. ¿Cómo? ¿En qué sentido? ¿Qué lo e sp e cifico
u n " r e - a ju s ta d o r " se ñ e ro : el e m in e n te te ó lo g o Hans c ris tia n o en su conversión al m un d o ? Balthasar ju z g a
U rs V o n B a lth a sa r. a esa a p e rtu ra no eventa de am bigüedades. "Para
ser digna de fe, la Iglesia, se dice, debe acomo
Su p re te n s ió n es " e n ju ic ia r " Jas nuevas te n d e n darse a la época. Si esto se toma en serio, ello
cias, q u e p e nen a la lu z u na g ra n v ita lid a d , pero significaría que Cristo fue actual y se acomodó a
q u e d e n o ta n ta m b ié n una s itu a c ió n de crisis. "Esta la época cuano'o realizó su misión, que constituía
crisis no significa que haya que "condenar" tal un escándalo y una locura para judíos y gentiles,
tendencia — como proyecto, movimiento y resulta y cuando murió en la Cruz" (p. 3 9 ) . ¿Podrá C ris
do— sino más bien que debe ser "juzgada" per to n o h a b e r sid o " a n t ig u o " y sí ahora m o d e rn o "?
manentemente con un juicio cristiano, pues en la ¿'No es lo que p resum en ta n to s cristia n o s, al f in ,
claridad de la superficie se oculta en todo caso una " a d u lto s " ? ¿Qué s ig n ific a v e n ir de Dios e ir hacia
ambigüedad de fondo: hallarse en camino desde el m u n d o p ro fa n o ? ¿Acaso q ue lo c ris tia n o es u n a
Dios al mundo "puede" ser también huida de Dios, "idea" p ro p o rcio n a d a a la ra zó n y al o b ra r h u m a
miedo al escándalo de la Cruz, trs ic ió n a Cristo. nos? ¿Es sólo lo h u m a n o ? ¿No es más q ue u n h u
Todas las cosas tienen su reverso: sólo Cristo no lo m a n ism o conse cue n te ? Si fu e ra así ¿para q u é ta n to
tiene" (p. 4 2 ) . " m is t e r io " , fe , d ogm as, e x te rio rid a d e s in c o m p re n
sib le s p o r no re d u c tib le s a la razón? ¿Estaría en lo
La obra se d iv id e en tre s p a rte s, con una in t r o
c ie rto G ehlen cu a n d o se ñ a la : "La Humanidad se con
ducción. Es m u y su scin ta , a p re ta d a , p e ro a la ve z
vierte entonces en sujeto y objeto de su propia glo
densa, y enuncia las cuestiones más graves q u iz á de
rificación, pero bajo el incógnito de la religión cris
m odo p e re n to rio , pero en poderoso lla m a d o a la
tiana del amor" (p . 6 4 ) .
m ed ita ció n y el a h o n d a m ie n to . Es im p o s ib le s in t e t i
za r el pensam iento de B althasar, pues se g u ra m e n te B a lth a s a r in s is te : "Incluso las posiciones más con
nos insum iría más páginas que a él m ism o . Bastan tradictorias se dejan conciliar aquí, pero sólo en
algunos calados en su discurso, para d a r idea que apariencia y sin auténtica mediación. Así hoy se
im p o rta to d o lo que toca o roza.
afirma a la vez con el mismo tono brusco y con
' INTRODUCCION a n a liza las c o n d ic io vencido que el mundo se ha desdivinizado por fin
nes de soledad en que nos fo rm u la m o s h o y la p re y se ha vuelto puramente profano, y que hay que
g u n ta preocupada de ¿quién es un cristia n o ? Esa concebirlo como misterio eucarístico total, como el
p re g u n ta es la que acompaña in e v ita b le m e n te a t o cuerpo místico de Cristo en aumento. . . Y ello ocu
dos los m o vim ie n to s reform istas actuales. N o d e b e rre a pesar de su sumisión al poder único del hom
mos darla por sabida, sino que es el asunto p rim o r bre que piensa y proyecta técnicamente. El mundo
d ia l, de vid a o m uerte. N o podemos p re -s u p o n e rla . desdivinizado hasta el ateísmo es también, en cuanto
tal, el mundo sacralizado hasta la divinidad, Pero
II — "DIOS LA ESPALDA» es la c rític a de todas estas afirmaciones no son, en última instancia,
A
38
engañan y ciegan en el mundo de hoy, que sigue hum anism o, lib ra d o a sí m ism o , es nadería y divi
avanzando muy bien sin ellos. Cuando se han elimi n iza ció n del h o m b re , q u e es lo m ism o . "Es preciso
nado antes tácitamente las diferencias, carece o’e decidir: Dios o la nada" (p . 1 3 3 ) .
sentido actuar como si so las mantuviera todavía y
se dijera algo profundamente cristiano al afirmar que El ce n tro es C ris to , el c e n tro de la Ig le sia es
lo cristiano es espiritual, y lo espiritual, mundano" C risto , y desde a llí el c ris tia n o se " d ila t a " , s irv e
(p . 6 7 ) . al m undo. "El cristiano dice "sí" a Dios y de aquí
recibe su envío a los hombres" (p . 1 ^ 5 ) . Por eso,
I I I — "DIOS ANTE NOSOTROS" q u iere ir d i "la Iglesia es la luz del mundo, la sal de la tierra,
re c ta m e n te al c e n tro de la pregunta de ¿quién es la levadura de la masa. Es pues relativa al mun
u n c ris tia n o ? Y a q u i está lo ce n tra l y más rico de la d o . . . La Iglesia es la concentración absolutamente
re fle x ió n de Balthasar, que rebasa to d o resum en, indispensable para la dilatación. Pues "si la sal de
"En esto está el amor: no en que nosotros hubié la tierra se hace insípida ¿con qué se la salará?".
ramos amado a Dios, sino en que él nos amó a Concentración significa reflexión oyente y activa so
nosotros y envió a su Hijo como victima propicia bre lo esencial" (p . 1 3 0 ) . Desde el c e n tro de la
toria por nuestros pecados". (1 Juan, 4 , 1 0 ) . C o Eucaristía, a c tu a liz a c ió n de C ris to en m e d io de la
m e n ta B a lth a sa r: "la interrupción ("no nosotros") co m u n id a d , para q ue "no viva yo, sino Cristo en
y el volver a comenzar ("sino él") es, desde el mí", se re a liza la "expropiación del yo para algo
punto o'c vista cristiano lo principal, y de aqui se mayor, para Cristo y sus intereses: la Iglesia y el
deduce todo para nuestro propio amor" (p. 1 2 1 ) . mundo. Por eso la doble celebración — palabra y
"U n cristiano es un hombro que "vive de la fe" sacramento— acaba necesariamente con el envío o
(R o m a n o s, 1 ,1 7 ) es decir, un hombre que ha pues misión: Ite, missa (missio) est. Es enviado aquél
to toda su existencia a la oportunidad única pro que, por la celebración, se ha hecho adulto, "m a
porcionada por Jesucristo, el Hijo de Dios obedien yor de edad", éste ha e n te n d id o la p a la bra de la
te por todos nosotros hasta la Cruz: la oportunidad C ru z y el c u e rp o en la C ru z . A m b a s cosas fo rm a n
de participar en el "si" obediente o'ado a Dios, "si" una u n id a d , y él las ha c o n v e rtid o en su fo rm a
que redime el mundo" (p . 8 2 ) . Es la profunda de vid a en el m u n d o para el m u n d o " (p . 1 3 0 ) .
u n id a d de o b e die n cia y lib e rta d : "La obediencia li
bre por amor es el punto en que se tocan los La d in á m ica re fle x iv a de B a lth a sa r q u e da s in
incomparables hasta llegar a la identidad" (p. 8 1 ) . m ostra r en su a n u d a m ie n to , pero va le se ñ a lar, e n tre
"Pues lo que la existencia del Hijo manifiesta de otras, sus atin a da s observaciones en la p a rte t i t u
la esencia de ese amor es la renuncia a disponer lada "¿Quién es un cristiano mayor de edad?", p o r
de sí. Sólo esa renuncia confiere su explosividad tratarse de una de las ú ltim a s bogas.
inaudita a la realización de su tarea", (p. 8 3 ) .
IV — EXPROPIACION Y MISION EN EL M U N
"La palabra que nos invita a ir más allá de la DO, se e x tie n d e acerca de cóm o sirve u n c ris tia n o
esfera de nuestros proyectos y deseos finitos es ne al m un d o y cóm o no le sirve . Es un a le g a to c o n tra
cesariamente dura. Tiene que romper, en efecto, la cie rta " g n o s is " c ris tia n a a c tu a l, c o n tra la c o n fu s ió n
dura cáscara de nuestra finitud, de nuestro atrin de lo n a tu ra l y s o b re n a tu ra l. "La gnosis cristiana
cheramiento pecador. Por ello todas las palabras del corrompe tanto la filosofía como la teología; filo—
Señor en el Evangelio tienen un sonido de acero. sofiza la revelación de la Escritura, insertando la pa
Hasta el final del mundo la humanidad seguirá rom labra juzgadora y salvadora de Dios en un sistema
piéndose los dientes en ellas. Pero, en lo más íntimo abarcable, y teologiza la filosofía, paralizando el
de la dureza, esas palabras encierran una dulzura riesgo franco de la historia del mundo y de la hu
infinita. Su carácter implacable, que en cuanto a manidad mediante un optimismo anticipado. Ambos,
su sustancia, es igual al que tiene el Antiguo Tes reino del mundo y reino de Dios, la naturaleza y
tamento, no hace más que subrayar la naturaleza la gracia, conservan su propia dignidad tan solo
efectiva, libre, soberana, del Dios vivo, cuya vo cuando mantienen sus leyes propias y el compromi
luntad santificadora es infinitamente superior a todo so libre que les es peculiar. El hombre no puede
deseo, anhelo e inteligencia del hombre, y, en la construir por sí mismo la convergencia de ambas
medio'a en que el hombre es pecador, permanece realidades (en un punto Omega) en tanto Dios con
contrapuesta a aquellos. El deseo del hombre no serve su libertad de llegar como un ladrón en la
puede ser jamás criterio último del obrar moral, alli noche y de seguir administrando por sí la fuerza
donde Dios ha manifestado su libre voluntad amo de la Cruz" (p. 1 4 0 ) .
rosa . . . al hombre le resulta esencialmente impo
sible abrazar con anticipación el Absoluto... lo F in a lm e n te , B althasar v u e lv e sobre la d ia lé c tic a
que el Absoluto es como amor sólo puede decírselo de lo sagrado y lo p ro fa n o , que se p a ra liz a cu a n do
al hombre el mismo Dios del Amor, más allá de se se cu la riza o sacraliza to d o : "Los agrios discur
todos los criterios propios de la criatura. Esta es sos de los trascendentalistas acerca de la total pro
la razón por la que el primer amor decisivo de la fanidad del mundo recusan el avance de la espe
criatura consista en la obediencia, y no en saber ya ranza, de igual manera que lo hacen los entusiasta^
de antemano (teniendo a Dios a la espalda) qué discursos de los teilhardianos acerca de la total
es el amor y qué efectos produce" (p. 9 3 ) . sacralidad del cosmos" (p . 1 6 1 ) . P or el c o n tra r io :
"pro-fano significa: lo que está fuera, delante del
Y a ve m o s en qué d ire cció n se m ueve Balthasar santuario (fanus). E! "pro" significa para nosotros
c o n tra la c o rrie n te de m uchas esp iritu a lid a d e s co n que todavía no estamos dentro, pero asimismo cue
te m p o rá n e a s : D ios no está d isu e lto en los hom bres, estamos siempre delante y marchamos hacia ello.
D io s n o está abarcado p o r el p ró jim o . Con C risto, Esto es lo que ocurre en todo trato con los hom
en C ris to , a n te C ris to , se nos abre la radical tra s bres: tiene lugar dalante del santuario, pero no ocu
c e n d e n c ia de D ios. Por eso Balthasar reivind ica ej, rriría si el cristiano no mirase hacia lo santo a tra
s e n tid o de la fe , la c o n te m p la ció n , que no se id e n vés de la profanidad y, en esa visión, no avanzase
t if ic a s in m ás con la acción en el m undo. El h u m a también hacia él. Al avanzar, la diferencia entre lo
n is m o no b a s ta : "Detrás de mi hermano está la en profano y lo sagrado queda eliminada. Pero sólo pre
trega de Dios hasta la muerte; por ello, posee real cisamente al avanzar. . . El que, en la obediencia
mente un valor eterno por Dios" (p . 1 2 5 ) . El de la fe, es un expropiado, vislumbra el pequeño
39
avance de la esperanza" ( p . 161). A h o ra no te n e - ambos son esencialmente distintos? Y responde: es
mos a a la e s p a ld a , s in o q u e avanzam os posible una identidad porque Dios otorga a su amor
— a b ie r to s a lo in e s p e r a d o d e su v o lu n t a d — en figura de obediencia, y el; hombre otorga a su obe
a b ie r t a e x p e c t a c i ó n , c o m u n it a r i a y e s c a to ló g ic a , es diencia el sentido del amor. Esto acontece si el hom
d e c ir , e s y p o r la Ig le s ia .
bre está de acuerdo con que Dios (a quien ama
porque El lo ha amado) le lleve más allá de todo
I^s religiones tienen que decidirse en última ins
lo que el mismo puede proyectar, abarcar, desear
tancia, o a suprimir la diferencia entre Dios y el
mundo, o a permitir que el hombre se diluya en y resistir por sus propias fuerzas" (p . 9 1 ) .
' t i * • ■ •. ____ •
Dios (en la muerte, el éxtasis, el ensimismamien
to, etc.) ¿cómo es posible, pregunta el cristianis Pero esta obra no es todavía la ú ltim a palabra
mo, una identidad entre Dios y el hombre, dado que de B althasar sobre la a ctu a lid a d y su ju ic io .
— I I —
40
en el m u n d o , ¡a te n c ió n a h o ra !: "la marcha en la p u n to de p a rtid a c o n tra d ic to rio , p e ro n o p o d em o s
pasión de la noche última es la marcha de la vida extendernos aq u í en esa re fu ta c ió n filo s ó fic a . N os
o'c acá hasta su límite extremo. . . La transfigu basta con m o s tra r e l e n c a d e n a m ie n to de las 4 tesis
ración pascual es el más allá que abre, en el limite, del sistema:
al que acá muere, las puertas de la vida ete rn a ...
La dimensión que se abre pa a introducir ai cos I Tesis: la in f in it u d ( lib e r ta d ) es la m e d ic ió n de
mos, en sus primicias, Cristo (1 Cor. 1 5 ,2 3 ), en la p ro p ia f in it u d ; el h o m b re m id e su d iá
la transfiguración no es en modo alguno disponible, m e tro . Es ra d ic a lm e n te a u tó n o m o , la esen
ni siquiera como futuro. La historia universal no es cia se to rn a fu n c ió n de la e x is te n c ia q u e
por ningún caso una progresiva cristificación del lib re m e n te se p ro ye cta a sí m ism a ( K a n t,
cosmos, ora con ayuda de la eucaristía y su aprove S ch e llin g , S a rtre , e t c . ) .
chamiento para fines mundanales, ora por la des
viación de las "virtudes divinas" a la obra común II Tesis: La lib e rta d só lo e x is te e s p e c u la tiv a m e n te
sobre el mundo de la humanidad Esa visión olvi com o in te rs u b je tiv id a d ( F ic h t e ) , a co n te ce
daría dos cosas: primero, que la aquendidad de lo "dialógicamente": eso es "lo divino" e n
"últim o" (eschaton) es la muerte en la Cuz; y se tre los h o m bres (F e u e rb a c h ). De a q u í,
gundo, que la Iglesia y el cristiano particular están M a rx saca las consecuencias p rá c tic a s p a
insertos en el doble misterio unitario de la cruz y la ra la c o n s titu c ió n d e l "reino de la liber
resurrección... El acontecimiento de este giro les tad".
es dado a los cristianos como centro de su existencia" I I I T esis: Es la d e cisiva : de lo a n te rio r s u rg e q u e
(p. 4 7 ) . "El Cristiano vivo en el ámbito o'el amor el cosmos sólo puede ser pensado co m o
absoluto, es o'ecir dentro ac lo ilimitado, más allá "mediación" de la lib e rta d . Si la lib e rta d
de la cual no puede pensarse algo más grande. Si es lo ab so luto b a jo fo rm a f in it a , tie n e q u e
alguien intenta pensar eso más grande, desplegar conquistarse a sí p o r m e d io d e l n o -y o ,
las velas hacia "nuevas orillas", cae en el vacío y la n a tu ra le za , superando la o b je tiv id a d l i
destruye al hombre, que fue creado por razón de m ita d o ra . H ay 'una e v o lu c ió n creadora ¿de
esto más grande y siomp-e mayor. Esto no es so quién? Del Espíritu, (¡a u n q u e sea con n o m
lamente "ideas" cjue trascienden todo concepto, no bre de M a te ria !) para lle g a r a sí m is m o .
solamente un "ser absoluto, sino expresamente el El E spíritu asciende hacia sí en la n a
acontecer en el mundo de aquel "ser", que es el tu ra le za , hacia la H u m a n id a d , q u e a s u
amor absoluto, que acontece trinita'iamente, entre vez c o n v ie rte a la n a tu ra le za en el m a
el padre y el Hijo en el Espíritu Santo, en un te ria l y cantera para el d o m in io d e s í;
acontecimiento que me toca a mi con la misma in dom in á n d o la el h o m b re se h o m in iz a , se
mediatez que a todos los otros" hace libre,.
"Este acontecimiento es para los cristianos el cen
IV Tesis: Sigue gom o co ro la rio de las o tra s. En ese
tro de su existencia, y todos los pesos del mundo
m o v im ie n to del E sp íritu hacia sí m is m o ,
gravitan para ellos hacia ese centro. No puede ha
que es el ab so luto , no puede h a b e r d u
blarse de que esc acontecimiento do muerte y re
p lica , e x te rio rid a d , trasce n d e n cia , o tro a b
surrección esté al extremo último del mundo, con
s o lu to : p o r ta n to Dios es s u p e rflu o . Lo
lo que sería un fenómeno marginal, que pudiera ser
a b soluto no puede rep e tirse . De h e ch o , el
impune y legítimamente descartado hasta que .el
h o m bre es "ca u sa f in a l" de la e v o lu c ió n
cristiano haya satisfecho sus deberes en un "muno’o
y a la vez su "ca u sa e fic ie n te '. El h o m
mundano". No a la verdad es que para él, todo lo
bre se fu n d a a sí m ism o com o a m o r, d ia
mundano se sitúa concéntricamente en tomo al cen
lóg ica m e n te . El E sp íritu es la H u m a n id a d ,
tro de "lo más grande", cuya cualidad como mis
que se cie rra sobre sí, a b so luta , d iv in iz a
terio irradia sobre todo lo subsistente" (p. 49).
da, (al p recio de no to m a r en cu e n ta se
"EL SISTEMA Y LA ALTERNATIVA". ( I I Par ria m e n te su c o n tin g e n c ia , p o r la que san
te) nos lle va al co ra zó n de las ideologías co n tem gra p re su n ta a b so lu te z de su c e rr a z ó n ).
p o rá n e a s, a su u n id a d rad ica l, justam ente la que per
De ta l m odo, to d o se reduce a a n tro p o lo g ía : y
m ite q u e "los bloques de este y oeste, de momento
Balthasar señala con cla rid a d su c o n tra d ic c ió n in h e
políticamente dividio'os, converjan, no obstante, en
rente, la c o n tra d ic c ió n que e l "sistema" no p u ede
una ideología total media que, ya casi lograda, pue
d ig e rir: "La antropología total lleva como tal al sa
de ser descrita anticipadamente sin particular don
crificio o'el hombre a favor de la Humanidad, que
de profecía" (p . 5 5 ) . se compone siempre de puros hombres. Su ética es
¿ D ón d e rad ica su un id ad ? En la h isto ria del p en un altruismo, que es el amor al todo, a la idea de
s a m ie n to h u m a n o hay varios m om entos de poderosa "dios" realizada, como al prójimo particular; y que,
c o n c e n tra c ió n , co m o podría ser el siglo V a.C. de en el caso auténtico, a la hora de la verdad, está
los g rie g o s (P la tó n , A r is tó te le s ); el siglo X I I I con dispuesto a desaparecer y perecer ante ese todo"
la g ra n e sco lá stica (B u e n a ve n tu ra , Tom ás, E scoto); (p. 6 4 ) O o s e a , ................... to d o n o es más q u e u n
el s ig lo X V I I (D escartes, Locke, L e lb n itz , e tc.) y m a q u illa je " d in á m ic o " de la n o ria d e vo ra d o ra d e l
fin a lm e n te ese p o rte n to s o período que corre desde Eterno R etorno. La ve rd a d ú ltim a de ta l h u m a n is
K a n t a M a r x , q u e podríam os d e fin ir como el del m o es la fu g a d e l' " n ih ilis m o " , p a ra s ita n d o fu e ra
"romanticismo alemán" y del cual vivim o s hoy t o de su ó rb ita , la riq ue za de s e n tid o y v a lo r del
dos ¿ q u ié n n o es h o y epígono de ese período? ¿Có c ristia n ism o . ¡ N o es ta n fá c il s e c u la riz a r! ¿Qué p u ede
m o c a ra c te riz a r ese "tiempo eje" ú ltim o del p en s ig n ific a r esa lib e rta d a b so luta , es d e c ir, ¡nnecesldad,
s a m ie n to h u m a n o ? A éste y a su caracterización lla que sólo puede co n quistarse a tra v é s d e l n o -y o , si
m a B a lth a s a r " e l s is te m a ", que hoy penetra y sus no que no es absoluta? ¿Qué queda e n to n ce s d e l
te n ta to d as las c o rrie n te s contem poráneas. "sistema"?
41
Es d e c ir ¿ cóm o p u ede d ia lo g a r con ,el "sistema"? cristiano es calculable. Por eso puede abandonar la
La respuesta m ás o b via sería a sim ila rse al s iste m a (al congoja y dqjarse poner por Dios en la indefensión.
; f in y al c a b o es de " o r ig e n " c ris tia n o ) de ta l m od » .Que como hombre entre los hombres, sea solidario
q u e , a c e p ta n d o las tre s p rim e ra s te sis, n e g u e m o s la con todos y por estricto deber coopere en la obra co
c u a rta . B a lth a s a r ve c o m p ro m e tid o en ese c a m in o a mún presente y futura, es cosa que cae de su peso,
' g ra n p a rte d e l p e n sa m ie n to c ris tia n o a c tu a l. Es m u y y no hay por qué mentarla y menos hacer alarde
• f á c il p e rc ib ir c ó m o las tre s tesis p rim e ra s im p re g de ella. "El que no quiera trabajar, que tampoco
n a n a n u m e ro sas te o lo g ía s de h o y, y si se q u ie re coma" ( 2 Tes. 3 . 1 0 ) . Hacer alarde de la "aper
una e je m p lific a c ió n la tin o a m e ric a n a p o d ría m o s seña tura de los cristianos al mundo", es cosa super-
la r la o b ra te o ló g ic a de Ju a n L . S e g u n d o y el flua, pues ellos mismos son pieza del mundo y
c e n tro P edro Fabro. Lo in te re sa n te es q u e B a lth a han de portarse sencillamente como los demás. Sólo
sa r c e n tra su c rític a en las fu e n te s p rin c ip a le s de .que son además otra cosa que no puede encajar
^esas te n d e n c ia s : T e ilh a rd de C h a rd in y R a h n e r. Se en "el mundo" (p . 131) . "¿Qué debe ser un cris
tr a ta a q u í n o de una p o lé m ica c u a lq u ie ra , s in o de tiano? Uno que emplea su vida por sus hermanos,
" l a s " c u e s tio n e s q u e a todos c o m p ro m e te n . L o m e porque él mismo debe su vida al Señor crucificado"
jo r de la in te lig e n c ia c ris tia n a está a q u í h o y en ( p. 127). _____________
ju e g o , y n o es p o s ib le n in g u n a d e sa te n ció n . Respec
Esta la rga cró n ica que es sólo n o tic ia de un p e n -
t o a T e ilh a r d , B a th a sa r se ha e x p e d id o ya en u n
sar c ris tia n o ta n p ro fu n d o com o el de V o n B a lth a
a rtíc u lo c é le b re . R especto a R a h n er, la d iscu sió n
sa r, no es lu g a r a p ro p ia d o para una discusión y la
co b ra m a y o r v ig o r, pues c o m p a rte n una c o m ú n t r a
fo rm u la c ió n adecuada de nuestros p ro p io s p u n to s de
d ic ió n in te le c tu a l, la de S anto T o m á s de A q u in o . Per»
vsta , que no aceptan sin más el c o n ju n to de e n fo
el to m is m o tie n e en su seno va rie d a d de c o rrie n te s ,
ques de B althasar. Pero nos p a re ció m u y o p o rtu n o
c o m o e l m a rx is m o , y b a jo p ro fu n d a s a fin id a d e s e sta
re co g e r una v o z disco rd a n te de la " a c tu a lid a d " , para
lla n las m ás g ra n d e s d ife re n c ia s . En R a h n er ve B a l
e x ig irn o s una re fle x ió n aún más tensa. Se ha d ich o
th a s a r la s u s titu c ió n de la C ru z de C ris to , p o r el
q u e la Iglesia es una "c o in c id e n c ia de los o p u e s to s ",
~ " a m o r al p r ó jim o " , la te o ría d e l " c r is tia n o a n ó n i
sie m pre a p u n to de crisis. B althasar representa hoy
m o " , q u e te rm in a d is o lv ie n d o a C ris to , a D ios, en
u n opuesto necesario para p o d er m a n te n e r ese e q u i
el p ró jim o , c o n v e rtid o a h o ra en lu g a r c e n tra l, c r ite
lib r io su p e rio r que a tie n de sin am p u ta cio n e s el m is
r io d e l " c a s o a u té n tic o " y no la C ru z , m ed id a ¡n -
te rio de Dios y de C risto , y que trascie n d e las f u e r
c o n d ic io n a d a de to d o . C ris to v ie n e p o r " a ñ a d id u r a "
zas d e l h o m b re solo, no m enos que a las de la p ro
d e l p ró jim o , y n o al revés. En T e ilh a rd (a n te s en
p ia c o m u n id a d de fie le s en la h is to ria . B althasar es
S o lo v ie v ) ve B a lth a s a r la se cu la riz a c ió n d e l R eino de
u na grave a d ve rte n cia , que debem os to m a r en c u e n
D io s en la " f u g a hacia a d e la n te " de la e v o lu c ió n ,
ta , y p e n e tra rla hasta las raíces, cu ando dem asiados
q u e de cosm ogénesis pasa a a n tro p o g én e sis, donde
c ris tia n o s co rre n con ta n ta fa c ilid a d a las c a te g o -
e l h o m b re to m a c o n s tru c c ió n sim u ltá n e a del m u n d o
. rías d e l " s is te m a " y son sus presas in co n scie nte s.
y el R e in o . En su m a , B a lth a sa r c ritic a la red u cció n
N o hace m u ch o , escribía J. M . D om enach, el d i
de lo ir r e d u c tib le : la T e o lo g ía de la C ru z . P or eso
re c to r de " E s p r it " : "Sería una gran desgracia para
te m e q u e la sal se to rn e in síp id a, p o r la d ila c ió n
. la Iglesia si los cristianos post-conciliares se con
o su sp e nsió n d e l "c a s o a u té n tic o " hasta que se h a
tentaran con buscar mejores "estructuras de diálo-
g a n to d a s ias trasp o sicio n e s d e l "sistema" a lo c ris
. go" con los hombres o una liturgia más "parlan
tia n o . ¿Quedará así lo c ris tia n o a b sorbiendo al sis
te m a , o el "sistema" a b sorbiendo a lo cristia no ?
te", o una más grande proximidad al mundo, olvi
B a lth a s a r cree lo ú ltim o : gana e l a te o a n ó n im o en
dando la otra vertiente: una interrogación tanto más
los c ris tia n o s , y no el c ris tia n o a n ó nim o en los ateos.
viva del Dios de Jesucristo, una resolución más
fuerte de buscar a El en lo que El es y en todo sig
CORDULA es la v u e lta al "ca so a u té n tic o " c r is no de los tiempos, en toda circunstancia. ¿La vo
tia n o . "¿ Q u ié n es c ris tia n o ? " "Viene de Dios a sus luntad mística de escrutar a Dios no está demasiado
¡hermanos y con sus hermanos mira a Dios. Por el ausente hoy?" (E s p rit. O c tu b re de 1 9 6 7 , p. 5 3 3 ) .
camino, pues, de Jesucristo. No sólo por el camino Si esto es así, to d a n u e stra a c tu a c ió n de c ris tia n o s
del mundo a Dios. Pero la curva que Jesucristo re en la h is to ria está en c u e s tió n . Pues la " o tr a v e r-
corre no es calculable por la sencilla razón de que, • t ie n t e " es, ju s ta m e n te , para los c ris tia n o s , la p r in
en medio de ella está el abismo de la cruz, el in c ip a l, la o rig in a ria .
fierno y la resurrección. Así tampoco la curva del AMF
A M IT A D D E C A M I N O
F e m a n d o A in s a
" C O N C I E R T O A S O M B R O ”
, E d i t o r i a l A l f a , M o n t e v i d e o , 1 9 6 8
La obra que reseñam os aparece sin d uda com o la Esta segunda novela de A in s a q u e a lca n za las
más a m b iciosa de Fernando Ainsa, jo ve n n a rra d or 2 4 0 páginas, se in ic ia cuando M a ría Isabel S u s p le it,
u ru g u a y o , n a cid o en 1 9 3 7 , a u to r de una novela c o r una e stu d ia n te de S e rvicio Social de d ie c io c h o años,
ta , "El Testigo" ( 1 9 6 4 ) y de u n c o n ju n to de c u e n es e n co ntra d a h e rid a de bala en un m édano
to s, "En la orilla", p u b lic a d o en 1 9 6 6 . de una playa d e l Este u ru g u a y o . A p a r t ir de este
42
h e c h o se e s tru c tu ra la ob ra . A lo largo de la m ism a ciarse su sta n cia lm e n te lo q ue se m a n ifie s ta e n la se
se nos d a rá n las claves que p e rm ita n d e scifra rlo . m ejanza del e s tilo q u e e n co n tra m o s en u n o y o tro .
A p e sa r de lo cu a l no nos hallam os ante una novela
p o lic ia l; si in te re sa la resolución de este " c a s o " «a Pero a través d e l in trin c a d o ju e g o de las re la c io
p o rq u e s im u ltá n e a m e n te al de ve lam ie n to del m ism o, nes personajes, d e l d ra m a v iv id o a n iv e l in d iv id u a l
se d e s c u b re n co m o en superpuestos rompecabezas los A in sa in te n ta d a rn o s una v is ió n de u n m o m e n to h is
p e rs o n a je s y la re a lid a d que los rodea. El revelarnos tó ric o v ivid o p o r el país, y p ienso q u e a q u í ra d ic a
lo s u n o s y la o tra c o n s titu y e , creem os, el interés p r i el interés que pueda te n e r la n o ve la para u n la tin o
m a rio de la n o ve la. am ericano. P a ra le la m e n te al d e s c u b rim ie n to de esta
jo ve n herida en u n o de n u e stro s b a ln e a rio s se re c u e r
C o n p re c is ió n m ate m á tica irru m p e n y vive n los da ta m b ié n que la revista en la q u e tra b a ja C a rlos
p e rs o n a je s en la obra — el a u to r emplea incluso la M a ría , M a rio y G óm ez, d irig id a y fin a n c ia d a p o r
té c n ic a de n u m e ra r sus in te rve n cio n e s— y uno a Raúl G e ik, rep re se nta n te de la a lta b u rg u e sía , c ie rra .
u n o v a n a te s tig u a n d o sobre la vid a del único d e te "La revista era un sueño imposible, un juguete de
n id o , e l p e rio d is ta R icardo Góm ez, vin cu la d o ín ti lujo, una más que cerraba en el país." ( p á g . 2 7 ) .
m a m e n te a M a ría Isabel Suspleit. De ahí que el tie m "Se sabía ya, sabían todos ustedes ya, que una re
p o d e la n o v e la sea de evocación, una evocación vista de este tipo no funciona en este país." Y se
m e d ia n te a lte rn a d o s m onólogos p o r los que se re descubre ta m b ié n este país co m o "el reino de la
c o n s tru y e el tie m p o pasado y desde el cual se llega chatarra, el reino de la grisura sin imaginación, ef
e n to n c e s a co n o ce r la tra m a de peripecias in d iv id u a reino del terror a la fantasía que todos tenían."
les, y , p a ra le la m e n te , de a co n te cim ie n to s de la h istoria (pág. 2 0 2 ) . A p a re ce n u e va m e n te en esta o b ra este
d e l país. Busca el a u to r presentarnos la realidad des n u e stro U ru g u a y sin salida, sin fu tu r o d e n tro de las
d e d ife re n te s á n g u lo s : m uchas veces un m ism o p e r e stru ctu ras a ctuales com o el q ue con rasgos ta n f i r
s o n a je a b o cad o a esa reco n stru cción del pasado qua mes ya nos habia m ostrado M a rio B e n e d e tti. E s tru c
es la n o v e la , es capaz de desdoblarse y m ira rlo desde tu ra s d e n tro de las que p rim a n los in te re se s y e g o ís
m ú ltip le s p e rsp e ctiva s. Su co n d ició n de testigos pa mos personales co m o e l caso de Raúl G e ik , e x tr a
r a d ó jic a m e n te sile n cio so s da a los personajes la po ñam ente co n d icio n a d o p o r la co n d u cta de G ó m e z
s ib ilid a d de su p e rp o n e r las imágenes, las e xp e rie n que in te n ta rá re p e tir. E stru ctu ra s que hacen de G ó
c ia s v iv id a s , las o p in io n e s y ju ic io s sobre los hechos m ez "un solterón y bohemio viejo" y de M a ru ja una
d e l m o m e n to . N o s parece sin em bargo que Ainsa "mujer perdida por el gin". A n te este c lim a de e n
e n esta n o v e la se queda a m ita d de cam ino. Si bien ce rra m ie n to la novela se v u e lv e te s tim o n io de una
se m u e s tra a g u d o en la cap tación de realidad in d i búsqueda de salida en lo personal y en lo p o lític o ,
v id u a l y p o lític a , después de la le ctu ra de la obra ambos in te n to s ligados en la a cción de la n o ve la .
u n o e x p e rim e n ta la im p re sió n de que no hay un El a m o r hacia una adolescente lle va al p ro ta g o n is ta
e n s a m b la m ie n to , una cohesión su ficie n te m e n te lo g ra a p a rtic ip a r en una nueva a lia n z a p o lític a q u e u ne
da de las p a rte s q u e la in te g ra n . M onólogos que se a la izq u ie rd a in d e p e n d ie n te . R e m iniscen cia s de a c o n
s u m a n u n o s a o tro s , perspectivas que se superponen te cim ie n to s concretos de la vid a p o lític a n a c io n a l
d e m a s ia d o a b ru p ta m e n te , en fo rm a cortada, estilo a tra e n para un u ru g u a y o la re so lu ció n de las claves
veces fo rz a d o h acen q ue se sienta la técnica de la que presenta sin d uda la o bra. In d e p e n d ie n te m e n te
n o v e la c o m o a lg o a rtific io s a m e n te superpuesto a su de la resolución de las m ism as creem os q ue la n o v e
c o n te n id o , s in q u e se lle g u e a una fu sió n espontánea la interesa para un la tin o a m e ric a n o ya q u e al m o s
de a m b o s. A l f in de la m ism a se com prueba que el tra r el fracaso de esta u n ió n q ue q u iso a cce d er al
ro m p e c a b e z a s se ha a rm a d o m anteniéndose sin e m poder p o lític o p o r la vía e le c to ra l, el a u to r está
b a rg o la in d iv id u a lid a d de cada pieza. preguntándose al m ism o tie m p o p o r e l d e s tin o de
los grupos de iz q u ie rd a separados de la ó rb ita d e l
Si nos d e te n e m o s en el análisis de los personajes P artido C o m un ista . T a m b ié n señala A in s a c rític a s que
nos p a re ce M a r u ja (a m a n te de R icardo Góm ez, cuyo nos parecen váidas a la iz q u ie rd a u ru g u a ya (si n o
ú n ic o p a s a tie m p o es la b e b ida , divorciada de un " a t i l se p retende e n ca silla r, co m o es e v id e n te , d e n tro de
d a d o " e m p le a d o de banco, y con un h ijo de cuatro ellas a to d a la iz q u ie rd a ) : su fa lta de rea lism o , la
a ñ o s a l q u e n u n c a v e ) el más logrado. La lu cid e z rapidez con la q ue se a fe rra a esquem as y te o ría s
d e su m ira d a , la está im p lic a n d o dueña de una c o n que pueden ser fá c ilm e n te s u s titu íb le s . Después de
c ie n c ia r e fle x iv a so b re si m ism a, sobre los otros, so lu ch a r p o r o b te n e r el p o d e r en el P a rla m e n to re n ie
b re e l m u n d o q u e la c irc u n d a . Consciente de que ga con friv o lid a d e s de esta lu ch a para b u sca r n u e
e stá m e tid a en u n p o zo del q ue no podrá evadirse, vos cam inos sin m e d ir con s u fic ie n te m e n te p r o fu n
re n u n c ia de a n te m a n o a la lucha. Y lo dice e x p líc i didad lo que e lla s ig n ific ó . En M a ría Isabel m u e stra
ta m e n te " M e iba a poner yo — harta de experien A insa el snobism o presente m uchas veces en la i z
cias, incapaz para un combate con la fresca juven q u ierda e s tu d ia n til, to m a d a com o pose e x te rio r, co m o
tu d . . . — a tratar de impedir que salieras como me solución a los problem as personales a n tes q u e co m o
habías dicho alguna vez rabiosamente "del pozo en a c titu d fin a l a la que se llega después de u n a re
que estamos metidos los dos?" Trepar por las paredes fle x ió n fría sobre la rea lid a d .
no me interesaba. Había renunciado mucho antes.. ." .
P e rs o n a je q u e e x is te p o r sí m ism o, verdaderam ente La no ve la se cie rra m ostrá n d on o s u n U ru g u a y ca
a u tó n o m o a tra v é s de cuyas palabras ta m b ié n R i duco "de dos millones y media de náufragos solita
c a rd o G ó m e z c o b ra v id a . rios y morbosamente complacidos en verse ahogarse
al prójimo antes que ellos" (p á g . 2 0 3 ) . Sociedad
C re e m o s s in e m b a rg o que no sucede lo m ism o de la m e d io crid a d a la q u e n in g u n o de lo s p e rso
c o n los d e m á s. El e je m p lo típ ic o nos lo ofrece en najes logrará escapar. M a ru ja se sabía fa ta lm e n te
e s te a s p e c to A lfr e d o , p ro fe s o r de h is to ria , p a ra lítico , ligada a e lla desde el p rin c ip io . G ó m e z a d q u irirá al
a m ig o de G ó m e z. En u n m o m e n to él m ism o se fin a l de la novela plena co n cie n ca de esta " p e s a
e n c u e n tra "sin vida interior que justifique al per d illa " y aún en ese m o m e n to s in fu e rz a s para e n
sonaje secundario que soy en toda esta historia" fre n ta rse a e lla e le g irá e l e n g a ñ o , la m e n tira a sí
(p á g . 1 6 1 ) , dem asiadas veces se tie n e la c e rtid u m m ism o y a los demás co m o fo rm a de v id a , p e rm a
b re de q u e es el a u to r que habla p o r él. Por o tro neciendo en él sin e m b a rg o la in e lu d ib le se g u rid a d
la d o C a rlo s M a ría y M a rio , periodistas compañeros "de lo mucho peor que estaría este país en los años
d e tr a b a jo de G ó m e z ta m p o co llegan a d ife re n subsiguientes".
,43
N o s p a re ce q u e , a l tra n s m itirn o s esta v is ió n del no de filo, que las ráfagas de agua no serán de
U ru g u a y , A ín s a se e n c u e n tra ta m b ié n a m ita d de ametralladora" (pá g . 1 8 6 ) . C reo q ue el U ru g u a y
c a m in o , q u iz á s d e m a sia d o a ta do a los a c o n te c im ie n m arch a hacia u n a nueva im a ge n de sí m ism o e x i
to s q u e m o tiv a ro n la n o ve la . N o sé si se p u e d e ca g ié n d o n o s nuevas respuestas, que nos a p ro xim a n cada
lif ic a r to d a v ía h o y a n u e s tro país co m o el ''país de v e z más a n uestros herm anos de la P atria G rande.
la chatura", p u e de ser.
R e a liza n d o u n ba la nce de los a cie rto s y lim it a
P ero es c ie r to q u e ya n o va le la a firm a c ió n q ue ciones de la n ovela, creo que e lla s son p ro m etedoras
e l a u to r p o n e e n boca de u n o de los p e rso n a je s: s in d u d a , está e x ig ie n d o una nueva p u b lic a c ió n d e l
"Son pocos los que se 'juegan en serio y muchos a u to r. La esperam os.
los que corren tres cuadras, huyendo de una auto-
bomba, sabiendo que los sablazos irán de plano y B E A T R IZ D E U E O N
C O N D O M H E L D E R
44
V j - I in fo rm e
EL CRISTO
DE LA FE
Y LOS
CRISTOS
DE AMERICA
LATINA
:• . - i
¡‘i;;. . . i '
EL CRISTO
DE LOS SINOPTICOS ■* - «> . i -i
q u e q u ie r e d e c ir “ e l U n g id o ” , lo q u e a s u v e z e n la e s p e ra n z a , lu e g o d e E s d ra s y N e h e m ía s .
e q u iv a le a l a ra m e o M e s ía s . T o d o s e s p e ra n a lg o : la lib e ra c ió n d e l y u g o d e
lo s b a b ilo n io s , la d e s tru c c ió n d e lo s p o d e re s a d
E llo n o s lle v a p o r lo ta n to a b u s c a r lo s a n te
v e rs o s a l p u e b lo d e D io s , la s a lv a c ió n e n to d o s
c e d e n te s d e la C ris to lo g ía e n la s c o rrie n te s m e -
lo s s e n tid o s p a ra e l p u e b lo q u e to d o h a b ía p e r
s iá n ic a s . d id o . T o d o s e s p e ra n q u e a p a re c e rá u n n u e v o
R e y , q u e a s e g u ra rá e s to s o b je tiv o s y r e s ta u r a r á
E n e l A n tig u o T e s ta m e n to , e l c o n c e p to m e -
la g ra n d e z a d e Is ra e l, n a c ió n e le g id a e n tre to d a s
s iá n ic o a p a r e c e fu n d a m e n ta lm e n te e n la é p o c a
la s n a c io n e s .
d e l r e to r n o d e l e x ilio . A n te s d e l E x ilio , n o s e
h a b la b a d e l M e s ía s e n e l s e n tid o a c tu a l. P e ro e l E s a e s p e ra n z a s e e x p re s a y a e n fo rm a c la r a e n
E x ilio c o n s titu y e u n a e x p e rie n c ia h is tó r ic a q u e a lg u n o s S a lm o s , c o m o e l S a lm o 2 :
lle v a a la in te le c c ió n c o n c re ta d e e s a c a te g o ría
“ ¿ P o r q u é s e a m o tin a n la s g e n te s y tr a z a n
b íb lic a . E l E x ilio s e c a ra c te riz a p o r la d is p e r
la s n a c io n e s p la n e s v a n o s ? ...
s ió n d e l p u e b lo d e I s r a e l, q u e e s e x p a tria d o d e
E l q u e m o r a e n lo s c ie lo s se r íe , Y a h v é
la T ie r r a S a n ta y p ie r d e la a u to n o m ía e n s u
s e b u r la d e e llo s .
g o b ie rn o p o lític o y e c le s iá s tic o .
A s u tie m p o le s h a b la r á e n s u ir a y lo s
I s r a e l p a s a a s í p o r u n a p r o f u n d a c ris is , s ig c o n s te r n a r á e n s u fu r o r .
n a d a p o r e l d e r r u m b e d e to d a s s u s in s titu c io n e s . Y o h e c o n s titu id o m i R e y s o b r e S ió n , m i
S e e n c u e n tr a s in L e y , s in T e m p lo , s in u n id a d m o n te s a n to . . . ”
v is ib le y o rg á n ic a d e la N a c ió n . T o d o s lo s v a lo
y e l S a lm o 1 1 , e n e l q u e se h a b la d e u n H ijo d e
re s re lig io s o s c o n v ig e n c ia e n e l p a s a d o , b a s a d o s
D a v id , c o lo c a d o a la d ie s tra d e D io s , a l q u e
e n la P ro m e s a , tie n e n q u e s e r re c u p e ra d o s y
le s e rá n s o m e tid o s to d o s lo s e n e m ig o s .
r e c o n s tr u id o s d e a lg u n a m a n e ra .
S e g e s ta a s í u n m e s ia n is m o b ie n c o n c r e to :
Y e n e s te a m b ie n te d e c ris is , a p a re c e e l c o n
v e n d rá u n S a lv a d o r q u e s e rá R e y c o m o D a v id
c e p to d e l M e s ía s .
p a r a r e u n ir y lib e r ta r a s u p u e b lo y S a c e rd o te
¿ Q u ié n s e r á e l f u tu r o R e y d e I s ra e l? ¿ Q u ié n c o m o A a ró n , p a ra r e s ta u r a r e l c u lto d e l T e m p lo .
s e r á e l f u tu r o S a c e rd o te ? ¿ C ó m o se f o r m a r á e l E s te n u e v o R e y S a c e rd o te tr a e r á la p a z y la
46
ju s tic ia a l p u e b lo o p rim id o y d is p e rs o . E l p o n d r á 1 Y m u y e s p e c ia lm e n te d e l p r im e r E v a n g e lio ,
f in a a d e s g r a c ia d e l p u e b lo e le g id o . d e l E v a n g e lio d e M ú r e o s , re d a c ta d o e n u n a é p o c a
te m p ra n a , h e n c h id a a ú n d e e s p e ra n z a s m e s iá -
P e r o h a y u n a s e g u n d a c o rrie n te m e s iá n ic a , la
n ic a s .
a p o c a líp tic a , q u e s e e n c u e n tra y a e n la B ib lia , ' ; . > o - ? . * ■ . . " d o
e n e l L ib r o d e D a n ie l, e n la s v is io n e s d e l fu E l e s tu d io d e la c ris to lo g ía e n lo s E v a n g e lio s ,
tu r o , e n e s a s .g ra n d e s im á g e n e s s e g ú n la s c u a le s n o s o b lig a a re a liz a r la s s ig u ie n te s e ta p a s :
v e n d r á n I m p e r io s c o m o b e s tia s , p e ro s e rá e l H ijo
— p re c is a r lo s h e c h o s y d ic h o s q u e r e la ta ;,
d e l H o m b r e e l v e n c e d o r d e l ú ltim o Im p e rio . Y
— d e te rm in a r e n q u é fu e n te s s e b a s a n ;
e n e s a lín e a d e e s a e s p e ra n z a a p o c a líp tic a , a p a
— d e s c u b rir e l c rite rio d e s e le c c ió n y o rd e -¡
ré e le m u c h a lite r a tu r a d e la é p o c a , n o in c lu id a
n a c ió n ;
e n lo s c á n o n e s b íb lic o s , c o m o e l L ib ro d e E n o c h
‘ — a v e n tu ra r u n a in te r p r e ta c ió n e x e g é tic a
y n u m e r o s a s v is io n e s g ra n d io s a s , d e tin te o n í
a c e rc a d e la s in te n c io n e s q u e tr a s lu c e n
r ic o , d e la s p o s tr im e r ía s . '
d ic h o s c rite rio s .
L a e s p e r a n z a m e s iá n ic a y la e s p e ra n z a a p o
E llo im p lic a d ific u lta d e s in n e g a b le s , d e r iv a d a s
c a líp tic a c o n v e r g e n . e n la g e s ta c ió n d e v a ria s
e n , b u e n a p a rte d e la in s u fic ie n c ia d e e s tu d io s
im á g e n e s , e n tr e la s c u a le s d e s ta c a m o s a l p ro fe ta .
e x e g é tic o s , p e s e a lo m u c h o q u e .h a a d e la n ta d o
E lia s y e l S ie r v o S u frie n te .
la h e rm e n é u tic a b íb lic a e n lo q u e v a d e l s ig lo .
E lia s , q u e a s c e n d ie r a e n v id a a l c ie lo e n u n P e ro s ó lo s ig u ie n d o e se p ro g ra m a , a u n c o n g r a n
c a r r o d e fu e g o , e s e s p e ra d o n u e v a m e n te ro d e a d o c a u t e l a , 'p o d r e m o s a c e rc a rn o s a l tr a b a jo d e d e s
p e r o lo s q u e lo h a g a n , s a b r á n q u e e l M e s ía s
e s tá c e r c a . E s u n a e s p e ra q u e a ú n s o b re v iv e e n
é l T a lm u d y q u e e n c o n tra m o s e n e l N u e v o T e s
ta m e n to , e n la s e s p e ra n z a s q u e s e c e n tra n en
I. - M A R C O S
J u a n e l B a u tis ta , d e l c u a l J e s ú s d ic e : “ E lia s
y a v in o y n o s e d ie r o n c u e n ta ” .
C o m e n c e m o s p o r M a r c o s .
E l S ie r v o S u f r ie n te n o s lle g a a tra v é s d e lo s
E s p rá c tic a m e n te im p o s ib le o p o r lo m e n o s
h im n o s d e l D e u te r o I s a ía s , c o m o u n a fig u ra r e
m u y d ifíc il s u je to d e c o n je tu ra s , e l d e s c u b r ir
d e n to r a q u e c a r g a lo s p e c a d o s d e l m u n d o , p a ra
o tra fu e n te d e l E v a n g e lio d e M a r c o s , e l p r im e r o
s a lv a r lo .
e n s e r e s c rito , q u e la tr a d ic ió n o r a l d e la é p o c a
y d e la re g ió n .
tu d io a la d e te rm in a c ió n d e lo s h e c h o s n a r r a d o s
d e e s p e r a n z a , d e in q u ie tu d , d e a p e r tu r a a l fu tu ro : e s tru c tu ra c ió n .
to d o s e s p e r a n e l f u tu r o c o n c o n fia n z a y , c u a n to
M a r c o s c o m ie n z a a n u n c ia n d o : “ E s te e s e l c o
m á s n e g r o e s e l p re s e n te , m á s se a b re c a m in o
m ie n z o d e la B u e n a N u e v a , d e J e s ú s e l C r is to ,
la c o n v ic c ió n d e la p r o x im id a d d e u n fu tu ro
H ijo d e D i o s ____ ” S u in te n c ió n e s p o r lo ta n to ,
b r illa n te .
a c la ra r d e e n tra d a e l s e n tid o d e la p ro c la m a c ió n
d e J e s ú s c o m o M e s ía s , c o m o C ris to . Y a e s te
Y n o s ó lo s e h a b la d e l f u tu ro , s in o q u e ta m
p ro g ra m a c o rre s p o n d e s u s e le c c ió n d e n a r r a
b ié n s e a c tú a e n v is ta s a e s e m is m o fu tu ro .
c io n e s .
E l m is m o N u e v o T e s ta m e n to m e n c io n a la
L a p rim e ra e s la d e l b a u tis m o d e J e s ú s , d o n d e
e x is te n c ia d e m o v im ie n to s m e s iá n ic o s e n e l tie m
p a s a p o r e l a g u a , lla m a d o p o r J u a n , e l ú ltim o
p o d e J e s ú s , q u e e s p e r a b a n la a p a ric ió n d e l
p ro fe ta d e l A n tig u o T e s ta m e n to , e n u n e v e n to
M e s ía s e n e l d e s ie rto , la lle g a d a d e u n g ra n
q u e re m e m o ra e l p a s a je d e l M a r R o jo p o r e l
L i b e r ta d o r q u e v a a le v a n ta r e l y u g o d e lo s
P u e b lo .
h ij o s d e I s r a e l y le s v a a d a r la s o b e ra n ía , la
te r o n o m io , q u e d e s c r ib e e l lid e ra z g o d e M o is é s la te n ta c ió n , e n u n n u e v o s ím il d e la tr a v e s ía
e n e l d e s ie r to e n e l la r g o p ro c e s o d e lib e ra c ió n d e l d e s ie rto , e n m e d io d e te n ta c io n e s , e n c a m in o
d e l y u g o e g ip c io , e l p u e b lo e s p e ra e n c o n tra r d e a la T ie r r a P ro m e tid a .
in c ó g n ito a l M e s ía s e n lo s p re d ic a d o re s q u e
D e e s ta m a n e r a y a M a r c o s v a e x p lic ita n d o
a p a r e c e n e n e l d e s ie rto , J u a n e l B a u tis ta e n tre
c ó m o e n tie n d e e l r o l d e l M e s ía s : c o m o la r e n o
e llo s , q u ie n d e b e e x p re s a m e n te n e g a r s u c a
v a c ió n y la r e c a p itu la c ió n e n J e s ú s d e lo q u e
r á c t e r d e M e s ía s .
D io s y a h iz o c o n e l P u e b lo .
E s te e s e l m a r c o d e r e f e r e n c ia d e la c ris to - L u e g o v ie n e n la s d e s c rip c io n e s d e la c u r a d e
lo g ia d é lo s E v a n g e lio s . lo s e n fe rm o s y lo s e n d e m o n ia d o s y d e l p e rd ó n
47
d e lo s p e c a d o s , la s d o s g ra n d e s ta r e a s m e s iá te d e la n e g a c ió n y d e la p ro te s ta a ira d a d e l S a
n ic a s , a c e r c a d e la s c u a le s J e s ú s m is m o p id e n e d rín , c u y o s m ie m b ro s se ra s g a s la s v e s tid u ra s .
q u e n o s e p u b liq u e n , q u e n o s e p r o c la m e s u N o a p a re c e c o m o u n a a firm a c ió n te ó ric a e n e l
c o n d ic ió n m e s iá n ic a , c o m o c o n fia n d o m á s e n s u s e n o d e u n a a p a c ib le d is c u s ió n c ris to ló g ic a , s in o
o b r a lib e r a d o r a q u e e n lo s ró tu lo s o títu lo s c o m o u n a c to d e c o m p ro m is o .
q u e s o b r e É l p u d ie r a n c o lo c a r s u s c o m p a trio ta s .
Y p o r e s te a c to d e c o m p ro m is o , J e s ú s v a a la
L a m is m a e le c c ió n d e lo s D o c e p a r e c e c o n
C ru z , p a s a n d o a s í p o r la c e le b ra c ió n d e la P a s
tin u a r e s ta la b o r m e s iá n ic a , re c a p itu la n d o la
c u a , n u e v o s ím il d e la P a s c u a d e Is ra e l.
fu n d a c ió n d e l p u e b lo a l lle g a r a la T ie r r a P r o
P e r o J e s ú s le s p ro h íb e q u e d ig a n e s to d e v e r é is , c o m o o s h a d ic h o ”. Y c o n la s p a la b ra s “ y
É l, lo q u e M a r c o s s u b r a y a c o n u n v ig o r q u e a n a d ie d ije r o n n a d a , ta l e ra e l m ie d o q u e te
e s p e c ia lm e n te c o m p a rá n d o la c o n e l p a s a je h o q u e s ig u e n d e la s a p a ric io n e s c o n tin ú a n e n u n
m ó lo g o d e M a te o , e n e l q u e la p r o h ib ic ió n s ig u e to n o m e n o r, a u s e n te s ie m p re la p ro c la m a c ió n
a la la r g a a la b a n z a d e P e d r o : “ B ie n a v e n tu r a d o tr iu n f a l d e la v ic to ria m e s iá n ic a .
e r e s . . .
9 9 ' 1
E n la m is m a lín e a s e in s c rib e la n a r r a c ió n d e
" A TODAS LAS NACIONES"
la T r a n s f ig u r a c ió n , d o n d e J e s ú s a p a re c e ju n to
a d o s f ig u r a s d e ta n n ítid a s ig n ific a c ió n m e
¿ Q u é in te rp re ta c ió n p u e d e h a c e rs e d e e s ta
s iá n ic a c o m o M o is é s , e l c o n d u c to r d e l p u e b lo 3
p e c u lia r s e le c c ió n d e M a rc o s e n la e s tru c tu ra c ió n
tr a v é s d e l d e s ie rto r u m b o a la lib e ra c ió n d e la
d e s u E v a n g e lio ?
T ie r r a P r o m e tid a y a E lia s , e s p e ra d o p o r e l
p u e b lo c o m o p r e c u r s o r y a n u n c ia d o r d e l M e s ía s . M a r c o s e lig e e n su d e s c rip c ió n d e la v id a d e
P e r o n u e v a m e n te J e s ú s r e ite r a la e n ig m á tic a , J e s ú s a q u e llo s h e c h o s y n a rra c io n e s q u e re v e la n
p a r a d ó jic a p r o h ib ic ió n d e c o n ta r n a d a a n a d ie s u c a rá c te r m e s iá n ic o , p e ro e v ita e n fo rm a c u i
d e lo v is to . d a d o s a p ro c la m a rlo e n fo rm a a b ie rta : n o d e s e a
R e y , u n R e y m a n s o , s o b r e u n a s n o ” , c u a n d o
A lb e rt S c h w e itz e r, e n u n tr a b a jo re la tiv a m e n te
to d o e l m u n d o le a c la m a e n u n a e s c e n a p le tó ric a
re c ie n te , s o s tie n e q u e J e s ú s n o se c o n s id e ra b a
d e re s o n a n c ia s m e s iá n ic a s , p e rm a n e c e a u s e n te la
a s í m is m o c o m o M e s ía s y q u e M a r c o s in te n ta
r e v e la c ió n p ú b lic a e s p e ra d a d e l c a rá c te r s a lv a
p re c is a m e n te c o n su E v a n g e lio c o n tra rre s ta r la
d o r d e J e s ú s .
te n d e n c ia d a la Ig le s ia p rim itiv a , im p re g n a d a
Y r e c ié n a l c o m ie n z o d e la P a s ió n , c u a n d o la d e la e s p e ra n z a ju d ía , d e c o n s id e ra rlo c o m o ta l.
s u e r te y a e s tá e c h a d a , e n c o n tra m o s la p rim e ra
P e ro C u llm a n n h a d is c u tid o e s ta a firm a c ió n ,
c o n fe s ió n m e s iá n ic a f r a n c a , te rm in a n te , d e J e
d e s a rro lla n d o la te s is d e q u e e s ta a c titu d d e
s ú s , e n o c a s ió n d e la d is c u s ió n c o n e l S u m o
M a r c o s re s p o n d e a l re s p e to a la tra s c e n d e n c ia d e
S a c e rd o te , p rá c tic a m e n te la ú n ic a d is c u s ió n c ris -
J e s ú s , q u e e s tá m á s a llá d e to d o s lo s títu lo s y
to ló g ic a d e l E v a n g e lio d e M a r c o s , c o n e x c e p c ió n
d e to d a s la s e s p e ra n z a s h u m a n a s , y a l q u e p o
d e l p e q u e ñ o p a s a je d e M a r c o s 1 3 , s o b re la r e
d e m o s e n c o n tra r s ó lo e n u n e n c u e n tro d e fe , lo
la c ió n d e l M e s ía s c o n D a v id . E n e s ta d is c u s ió n ,
q u e im p lic a m á s q u e e x p re s ió n d e n u e s tra re li
c u a n d o e l S u m o S a c e rd o te le p re g u n ta d e s o
g io s id a d , re v e la c ió n d e l p ro p io D io s . S ó lo e n
p e tó n : “ ¿ E r e s T ú e l M e s ía s , e l H ijo d e D io s
e l . e n c u e n tro d e fe e s p o s ib le d e s c u b rir to d a
v iv o ? ” , J e s ú s fin a lm e n te lo c o n fie s a e n fo rm a
la a m p litu d y la p ro fu n d id a d d e la R e v e la c ió n
c a te g ó ric a , e n u n a re s p u e s ta lle n a d e re s o n a n
d iv in a y d e c ir e n to n c e s c o n v e rd a d q u e e n J e s ú s
c ia s s a lm ís tic a s y a p o c a líp tic a s : “ Y o s o y y v e
se c u m p le n to d a s la s e s p e ra n z a s m e s iá n ic a s .
r é is a l H ijo d e l H o m b r e s e n ta d o a la d ie s tr a
d e l P o d e r v e n ir s o b r e la s n u b e s d e l c ie lo ” , E n M a r c o s 8 , se e n c u e n tra u n a tis b o d e e s ta
P e r o d e b e m o s te n e r p re s e n te e l m o m e n to p r e in te rp re ta c ió n . In m e d ia ta m e n te lu e g o d e la c o n
c is o d e e s ta c o n fe s ió n : e s s e g u id a in m e d ia ta m e n fe s ió n d e P e d ro , lu e g o d e p e d ir q u e n o s e d ig a
a n a d ie s u c a r á c te r d e M e s ía s , c u a n d o J e s ú s c o a to d o s su s e s c o g id o s ” , fig u ra d e la o b ra m is io
m ie n z a a a n u n c ia r s u P a s ió n y la p e rs e c u c ió n n e ra d e la Ig le s ia , p a r a lo c u a l e n v ia rá a “ s u s
d e s u s d is c íp u lo s , P e d r o s e p o n e a re p re n d e rlo , á n g e le s ”, es d e c ir s u s m e n s a je ro s , c o m o s e t r a
p e r o É l le d ic e c o n v io le n c ia : “ Q u íta te a llá d u c e la m is m a p a la b r a g rie g a “ a n g e lo i” , q u e e n
S a tá n , p o r q u e n o s ie n te s s e g ú n D io s , s in o se g ú n e s te c a so , m á s q u e la s fig u ra s m ito ló g ic a s o
lo s h o m b r e s ” . Y a c o n tin u a c ió n : “ E l q u e q u ie r a b íb lic a s , so n c o n c re ta m e n te s u s d is c íp u lo s , e n
v e n ir e n p o s d e m í, n ie g ú e s e a s í m is m o , to m e v ia d o s a to d o s lo s c o n fin e s d e la tie r r a c o n s u
s u c r u z y s íg a m e ” . m is ió n e v a n g e liz a d o ra .
C u a n d o P e d r o h a b ía d ic h o , m in u to s a trá s , “ T ú M a rc o s c o lo c a p o r lo ta n to e s ta v is ió n a p o c a
e r e s e l C r is to ” n o s e h a b ía e q u iv o c a d o , p e ro líp tic a e n u n a d im e n s ió n m is io n e ra : n o le in
h a b ía h a b la d o c o m o h o m b re , e n u n a p e rs p e c tiv a te re s a ta n to c o m o fu tu ro , s in o c o m o d e s c rip c ió n
h u m a n a , c o m o s e p o d ía p e n s a r y d e h e c h o se re a l d e la o b ra e v a n g e liz a d o ra d e la Ig le s ia ,
p e n s a b a e n e l a m b ie n te ju d ío d e e se tie m p o , la m is m a a la q u e h a c e m e n c ió n lín e a s a n te s
im p r e g n a d o d e e s p e ra n z a s m e s iá n ic a s — o e n e l en 1 3 .1 0 : “ A n te s h a b r á d e s e r p r e d ic a d o e l
L a c o n f e s ió n d e P e d r o c o m o ta l e s u n d is c u rs o
T e n e m o s a s í ta m b ié n u n a d im e n s ió n m is io n e ra
c o r r e c to , p e r o n o e s a ú n e l e n c u e n tro c o n Je s ú s.
e n la c ris to lo g ía d e M a rc o s.
C la r a m e n te lo d e m u e s tr a e l e p is o d io s ig u ie n te
c u a n d o P e d r o n o c o m p re n d e la p re d ic c ió n d e
la P a s ió n d e C ris to y d e s u Ig le s ia , p o rq u e s ig u e
p e n s a n d o c o m o “ p ie n s a n lo s h o m b r e s ” , p e ro n o
c o m o p ie n s a D io s . Y e l p ro p io C ris to s e ñ a la
II. - M A T E O
e n to n c e s la s c o n d ic io n e s a u té n tic a s d e l e n c u e n tro
v e r d a d e r o , q u e c o m p ro m e te a la v id a y n o a l
E n tre M a rc o s y M a te o se p ro d u c e u n a c o n
s a b e r , a la p r a x is y n o s ó lo a la g n o s is : “ E l
te c im ie n to h is tó ric o , q u e c a m b ia la s itu a c ió n
q u e q u ie r a s e g u i r m e .. . ” E l e n c u e n tro s ó lo se
d e lo s c ris tia n o s e n u n a fo rm a ra d ic a l, lo q u e
d a e n e l m a r c o d e l d is c ip u la d o , d e la e n tre g a ,
re p e rc u te e n e l p a s o d e u n a a o tra c ris to lo g ía .
d e l d o n . M a r c o s c o lo c a a s í s u c ris to lo g ía , d e
N o s re fe rim o s a la d e s tru c c ió n d e J e ru s a lé n ,
a c u e r d o a la in te r p r e ta c ió n d e C u llm a n n q u e
q u e tie n e lu g a r e n e l a ñ o 7 0 , c u a n d o la s tr o p a s
c o m p a r tim o s , e n u n a d im e n s ió n d e fe .
d e T ito c o n q u is ta n la c iu d a d . E l p u e b lo ju d ío
v iv e e n to n c e s u n a e x p e rie n c ia s im ila r a la d e l
P e r o y e n d o u n p a s o m á s a d e la n te , ta m b ié n
E x ilio , c o n e l a g ra v a n te d e la e x is te n c ia d e
lo h a c e e n u n a d im e n s ió n e s c a to ló g ic a .
e sp e ra n z a s m e s iá n ic a s q u e s e v e n fr u s tr a d a s e n
V e a m o s e n e s e s e n tid o e l c a p ítu lo 1 3 d e M a r fo rm a to ta l. E l m e s ia n is m o s e v u e lv e c u lp a b le :
c o lo c a a C r is to e n e l m a rc o d e la s e s p e ra n z a s re b e lió n y so n re s p o n s a b le s d ire c ta s d e la t r a
d e e s a s v is io n e s g ig a n te s c a s , d e s m e s u ra d a s , d o n
¿ C ó m o se p o d rá h a b la r e n a d e la n te d e l M e
d e a la p r ó x im a c a tá s tr o f e s e g u irá la lib e ra c ió n
s ía s ? ¿ Q u é s ig n ific a rá a h o ra e s te n o m b re q u e
d e f in itiv a . E n e s e c a p ítu lo s e d e s c rib e n lo s te
h a p e rd id o g ra n p a rte d e s u s ig n ific a d o p o lític o ?
r r ib le s e v e n to s q u e s o b re v e n d rá n “ e n a q u e llo s
¿ D ó n d e q u e d a n la s p ro m e s a s d e D io s ? E s to s
d ía s ” e n u n to n o p a re c id o , y u s a n d o im á g e n e s
in te rro g a n te s ta n a n g u s tio s o s n o e x is tía n e n la
s im ila r e s a la s d e lo s d e m á s A p o c a lip s is d e la
é p o c a d e M a r c o s , p e ro fo rm a n p a rte d e la t r a
é p o c a . P e r o e n lo s v e rs íc u lo s 2 4 -2 7 s e in te rc a la n
m a v ita l d e l p u e b lo e n la d e M a te o . Y e s te á m
u n a s f r a s e s q u e p u e d e n p e rfe c ta m e n te s u p ri
b ito v a a o b lig a r a M a te o a p re s e n ta r s u E v a n
m ir s e s in a f e c ta r la c o n tin u id a d d e la d e s c rip
g e lio c o n u n a ó p tic a d is tin ta a la d e s u a n te
c ió n , p e r o q u e p r e c is a m e n te in d ic a n la in te n c ió n
c e s o r, b u s c a n d o q u e c o n s titu y a u n a re s p u e s ta a
p e c u lia r d e la in c lu s ió n d e e s te c a p ítu lo e n
la s in q u ie tu d e s d e s u m e d io .
M a r c o s . “ P e r o e n a q u e llo s d ía s , d e s p u é s d e a q u e
lla tr ib u la c ió n , s e o s c u r e c e r á e l s o l, y la lu n a U n o d e lo s p rim e ro s ra s g o s d e M a te o e s la
c ie lo y lo s p o d e r e s d e lo s c ie lo s se c o n m o v e r á n . p ro m e s a s , fre n te a l v a c ío e n q u e s u s c o n te m
E n to n c e s v e r á n a l H ijo d e l h o m b r e v e n ir so b re p o rá n e o s h a b ía n c a íd o . P a r a e llo , in s e r ta d e
la s n u b e s c o n g r a n p o d e r y m a je s ta d . Y e n v ia r á m o d o re ite ra d o e n s u E v a n g e lio u n b u e n n ú
a s u s á n g e le s y ju n ta r á a s u s e le g id o s d e lo s m e ro d e c ita s d e l A n tig u o T e s ta m e n to , r e p i
c u a tr o v ie n to s , d e l e x tr e m o d e la tie r r a h a s ta e l tie n d o e n fo rm a c a s i m o n ó to n a : “ Y to d o e s to
e x tr e m o d e l c ie lo ” . A s í, m e d ia n te im á g e n e s c o a c o n te c ió p a ra q u e s e c u m p la lo d ic h o . . . ” E s
m u n e s a la tr a d ic ió n p ro fé tic a , q u e s e e n c u e n u n a c o n s ta n te d e M a te o : s u e s fu e rz o p o r d e s
tr a n e n E z e q u ie l, e n J o e l, e n D a n ie l, e n Z a c a ría s , p e ja r e l fra c a s o a p a re n te d e la s p ro m e s a s s a l-
m á s a c tu a l q u e e s p e ra d a , q u e v ie n e a “ c o n g re g a r e lla s se h a n c u m p lid o y a , d e m a n e ra q u e lo s
49
a n h e lo s s u r g id o s d e la e x p e rie n c ia h is tó r ic a d e l a c to d e re v e la c ió n d iv in a . Y p o r g ra c ia d e e se
p u e b lo d e D io s y a h a n s id o c o lm a d o s . a c to d e ilu m in a c ió n , P e d ro e s c o n s titu id o e n
p ie d r a , e n ro c a s o b re la q u e s e e d ific a rá el
L a s e g u n d a c o n tr ib u c ió n d e M a te o e s la u ti
N u e v o P u e b lo d e D io s , la Ig le s ia . E x is te n e n
liz a c ió n d e u n a n u e v a fu e n te , c o n s titu id a s o b r e
e s a f ra s e a lu s io n e s a l A n tig u o T e s ta m e n to q u e
to d o p o r d ic h o s y e n s e ñ a n z a s d e J e s ú s , q u e n o
p u e d e n p a r e c e r o s c u ra s p e ro q u e n o lo e ra n
a p a r e c e e n M a r c o s . E s ta tr a d ic ió n , ig n o r a d a p o r
p a r a u n a m e n ta lid a d e d u c a d a e n la s e n s e ñ a n z a s
e l p r im e r E v a n g e lis ta , p e r o q u e a lim e n ta a lo s
ra b ín ic a s . C u llm a n , e n s u lib ro s o b re P e d ro ,
o tr o s h a s id o lla m a d a p o r lo s e x é g e ta s f u e n te lla m a la a te n c ió n s o b re e l p a ra le lis m o d e e s te
Q . A la te o e n c u e n tr a e n e s ta n u e v a f u e n te la s e v e n to c o n la e le c c ió n d e A b ra h a m . A b ra h a m
e n s e ñ a n z a s d e l S e rm ó n d e l M o n te , la s in s tr u c e s la ro c a s o b re la q u e e l S e ñ o r e d ific a e l p u e
c io n e s a lo s d is c íp u lo s , la e n s e ñ a n z a d e l P a d r e b lo e le g id o . A b ra h a m re c ib e c o m o P e d r o u -’
n u e s tr o y u n a s e r ie d e d is c u rs o s s o b r e e l R e in o , n u e v o n o m b re , ju n to c o n la e le c c ió n d iv in a . A
p e r o p r á c tic a m e n te c a s i n in g u n a n a r r a c ió n . T o d o A b r a h a m ta m b ié n s e le d a a lg o : “ E n ti s e rá n
e s d ic h o , to d o s a b id u r ía , to d o e n s e ñ a n z a .' P e r o , b e n d e c id a s to d a s la s n a c io n e s ” . C o n A b ra h a m
h e c h o a d e s ta c a r , s i u n o b u s c a la in tr o d u c c ió n s e h a c e u n p a c to , u n “ b e r it” , q u e c o m ie n z a c o n
d e e s te m a te r ia l e n e l E v a n g e lio d e M a te o , s e lo la re v e la c ió n d iv in a . E n la n a r r a c ió n d e M a te o
e n c u e n tr a , e n f o r m a c a s i u n á n im e , u b ic a d o c o m o se e n c u e n tra e l in ic io d e u n n u e v o p a c to , c o n
e n s e ñ a n z a p a r a e l g r u p o lim ita d o d e lo s d is c í e l n a c im ie n to d e l P u e b lo N u e v o s o b re la s r u i
p u lo s , y n o c o m o e n s e ñ a n z a s g e n e ra le s a la s n a s d e Is ra e l.
m u ltitu d e s s o b r e la v id a c r is tia n a . A s í s u c e d e
“ Y o te d a r é la s lla v e s d e l c ie lo y c u a n to a ta
c o n la s in s tr u c c io n e s a lo s d is c íp u lo s , c o n e l d is
r e s e n la tie r r a se rá a ta d o e n lo s c ie lo s , y c u a n to
c u r s o e s c a to ló g ic o y a ú n c o n e l m is m o S e r m ó n
d e s a ta r e s e n la tie r r a s e r á d e s a ta d o e n lo s c ie
d e l M o n te . A M a te o le in te r e s a f u n d a m e n ta l
lo s ” . L a s lla v e s s im b o liz a n la m is ió n c o n fe rid a
m e n te la r e la c ió n d e J e s ú s c o n e s o s d is c íp u lo s ,
a lo s d is c íp u lo s , q u e y a d e s ta c a b a M a te o e n lo s
a lo s q u e e n v ía c o m o m is io n e r o . N o s e h a b la
d is c u rs o s . E n v irtu d d e l p o d e r d e J e s ú s , s u s
d e l M e s ía s , n i d e l H ijo d e l H o m b r e a p o c a líp tic o ,
d is c íp u lo s p o d rá n a ta r e n la tie r r a a la s f u e r
s in o d e l M a e s tro , d e l g r a n R a b í q u e e n s e ñ a a
z a s d e la in iq u id a d y d e s a ta r a la s fu e rz a s d e
lo s d is c íp u lo s . E n M a te o a p a r e c e y a lo q u e p o
lib e ra c ió n , d e s a lv a c ió n , p u e s “ la s p u e r ta s d e l
d r ía m o s lla m a r u n p u n to d e v is ta e c le s iá s tic o ,
in fie r n o n o p r e v a le c e r á n c o n tr a e lla ” .
u s a n d o e l té r m in o c o n c ie r ta c a u te la . M ie n tra s
e n M a r c o s e s d if íc il e n c o n tr a r la Ig le s ia , e n
M a te o s e la e n c u e n tr a f o r m a n d o p a r te in tr ín
"TO D O PODER ME HA SIDO D A D O . .
s e c a d e s u c r is to lo g ía .
D e e s ta m a n e ra b r in d a e n s u m is m a n a r r a
P e r o M a te o n o s ó lo d is p o n e d e m a te r ia l p r o
c ió n u n a in te rp re ta c ió n e n c ie rn e s d e la f ig u r a
v e n ie n te d e la fu e n te Q s in o ta m b ié n d e m a te
y la m is ió n d e J e s ú s , u n a c ris to lo g ía “ in n u c e ” .
r ia l p r o p io , o r ig in a l, a u s e n te d e lo s d e m á s E v a n
P o r e lla , m á s q u e u n M e s ía s , C ris to e s e l J e fe ,
g e lio s , q u iz á lo m á s c a r a c te rís tic o d e l s u y o . E n
e l C a u d illo , e l S e ñ o r, q u e fo rm a u n g ru p o d e
e á o s p a s a je s , s e re v e la n ítid a m e n te la in te n c ió n
d is c íp u lo s o s e g u id o re s e n v ia d o s e n ta re a m is io
d e M a te o d e m o s tr a r q u e J e s ú s e s e l c o m ie n z o
n e ra a to d a la tie r r a , a p e rd o n a r lo s p e c a d o s y
d e u n n u e v o P u e b lo d e D io s , q u e c o lm a y r e
p r e d ic a r la s a lv a c ió n .
m u e v a la s e s p e ra n z a s d e l p u e b lo e le g id o , e n m e
m is m o E v a n g e lio . E n M a te o 2 8 , a l fin a l, le e m o s :
T o m e m o s c o m o ilu s tr a c ió n e l p a s a je c la v e d e
“ T o d o p o d e r m e h a s id o d a d o e n e l c ie lo y e n
A la te o 1 6 ,1 .3 - 2 1 , d o n d e s e d e s c rib e la c o n fe
la tie r r a ; id , p u e s , e n s e ñ a d a to d a s la s g e n te s ,
s ió n d e P e d r o a la q u e y a h e m o s a lu d id o a l h a
b a u tiz á n d o la s e n e l n o m b r e d e l P a d r e y d e l H ijo
b la r d e M a r c o s . A q u í, lu e g o d e la c o n fe s ió n
y d e l E s p ír itu S a n to , e n s e ñ á n d o le s a o b s e r v a r
“ T ú e r e s e l C r is to ” y a n te s d e p ro s e g u ir c o n la
to d o c u a n to y o o s h e m a n d a d o . Y o e s ta r é c o n
d e s c rip c ió n d e l m a le n te n d id o tr á g ic o d e P e d ro ,
v o s o tr o s s ie m p r e h a s ta la c o n s u m a c ió n d e l m u n
S e in s e r ta la fa m o s a fra s e , a u s e n te s e n M a r c o s :
d o ” . C ris to , n u e v a m e n te , c o m o C a u d illo , c o m o
“ B ie n a v e n tu r a d o e r e s , S im ó n B a r J o ñ a , p o r q u e
S e ñ o r, e n v ía a s u s m is io n e ro s h a s ta to d o s lo s
n o e s la c a r n e n i la s a n g r e q u ie n e s o te h a r e
c o n fin e s d e l o rb e , p e ro q u e d a s ie m p re c o m o
v e la d o , s in o m i P a d r e , q u e e s tá e n lo s c ie lo s .
J e fe , p re s e n te “ h a s ta la c o n s u m a c ió n d e l m u n d o ” .
Y y o te d ig o a ti q u e tú e r e s P e d r o , y s o b r e
e s ta p ie d r a e d ific a r é y o m i Ig le s ia , y la s p u e r Y a q u í te n e m o s m e n c io n a d a la p a la b r a q u e in
E s ta c o n fe s ió n d e P e d r o , e s ta in c ip ie n te c ris to - b r a “ to d o p o d e r ” . E l p o d e r, la a u to r id a d d e J e
lo g ia d e P e d r o n o tie n e s e n tid o e n c u a n to s a s ú s s o n c o n s ta n te m e n te s e ñ a la d o s a lo la r g o d e
b e r d e P e d r o , e n c u a n to g n o s is h u m a n a , s in o e n s u E v a n g e lio , lo q u e e n g rie g o s e c o n o c e c o n e l
l a m e d id a e n q u e s u s o j o s s e a b r e n p o r u n n o m b r e d e “ e x u s ía ” . L a “ e x u s ía ” e s l a s u p e r -
50
e m in e n c ia d e J e s ú s , a lg o ú n ic o q u e s o b re s a le p o r g ítim a d e l M a e s tro , a l d e c irle : “ S e ñ o r , n o s o y
e n c im a d e la a u to r id a d d e lo s R e y e s y d e lo s d ig n o d e q u e e n tr e s e n m i c a s a ; p e r o d i u n a
P r o f e ta s . Y e s ta “ e x u s ía ” s e m a n ifie s ta e n la s o la p a la b r a y m i s ie r v o s e r á c u r a d o . P o r q u e
a tr a c c ió n q u e d e s p ie r ta e n la g e n te q u e le s i y o s o y u n s u b o r d in a d o , p e r o b a jo m í te n g o s o l
g u e . V e a m o s a lg u n o s e je m p lo s : d a d o s y d ig o a é s te : V é , y v a ; y a l o tr o : V e n .
y v ie n e ; y a m i e s c la v o : H a z e s to , y lo h a c e ” .
— e n M t 9 , b a s ta e l s im p le p a s a je d e J e s ú s
A lo q u e J e s ú s re s p o n d e : “ E n v e r d a d o s d ig o
ju n to a l r e c a u d a d o r d e im p u e s to s M a te o , a q u ie n
q u e en n a d ie d e Is r a e l h e h a lla d o ta n ta fe ” .
le d ic e s ó lo p a r c a m e n te : “ S íg u e m e ” , p a ra q u e
M a te o a b a n d o n e to d o y lo s ig a . L a c ris to lo g ía d e M a te o d e s ta c a p o r lo ta n to
la a u to rid a d d e C ris to , la “ e x u s ía ” , lo q u e le
— e n M t 9 , J e s ú s d e m u e s tr a s u a u to rid a d p a ra
d a u n s e llo p e c u lia r. E l m is m o P a s o lin i, e n b u
p e r d o n a r lo s p e c a d o s , d is c u tid a p o r lo s e s c ri
“ V a n g e lo s e c o n d o M a tte o ” s u b r a y a , m u y p r o
b a s , d a n d o a l m is m o tie m p o e l te s tim o n io d e su
b a b le m e n te e n fo rm a in c o n s c ie n te , e s ta in te r p r e
p o d e r s o b r e la e n f e r m e d a d d e l p a ra lític o . “ P u e s
ta c ió n : a lo la rg o d e la p e líc u la , J e s ú s s e r e
p a r a q u e v e á is q u e e l H ijo d e l h o m b r e tie n e
v e la c o m o u n c a u d illo , p le n o d e a u to r id a d e n
s o b r e la tie r r a e l p o d e r d e p e r d o n a r lo s p e c a
la e n s e ñ a n z a y e n la d e n u n c ia .
d o s , d ijo a l p a r a lític o : “ L e v á n ta te , to m a tu le
c h o y v e te a tu c a s a ” .”
— e n M t 7 ,2 9 , a l te r m in a r e l S e rm ó n d e l
M o n te , la g e n te s e m a r a v illa d e s u d o c trin a , p o r
q u e “ e n s e ñ a b a c o m o q u ie n tie n e p o d e r y n o c o m o
III. - L U C A S
lo s d o c to r e s ” . L a “ e x u s ía ” d e J e s ú s c o n tra el
s e g u im ie n to s e r v il d e la le tr a — n o d e l e s p í
L u c a s e s c rib e s u E v a n g e lio e n é p o c a m u y p o s
r itu — d e la B ib lia .
te rio r, c u a n d o la d e s tru c c ió n d e J e r u s a le m e s
— e n M t 8 , a l fin d e la te m p e s ta d e n e l la g o , y a c o sa d e l p a s a d o y tie n e lu g a r e n to r n o s u y o
la g e n te p r e g u n ta : “ ¿ Q u ié n e s e s te q u e h a s ta la e x te n s ió n p ro g re s iv a d e la o b r a m is io n e r a d e
lo s v ie n to s y e l m a r le o b e d e c e n ? ” . E s in te re la Ig le s ia . L u c a s v iv e e n e l tie m p o e n e l q u e e l
d io e n M a r c o s y e n M a te o . E n M a r c o s , lo s d is m a R o m a re s p o n s a b le d e la d e s tru c c ió n d e J e
c íp u lo s le d e s p ie r ta n d ic ie n d o : “ M a e s tr o , ¿ n o ru s a le m , a la m is m a R o m a c o n s id e ra d a e n lo s
te d a c u id a d o d e q u e p e r e c e m o s ? ” . Y J e s ú s m e d io s p ia d o s o s c o m o “ e l p o d e r d e la s tin ie
“ C a lla , e n m u d e c e ” . Y s e a q u ie tó e l v ie n to y se q u e h a v is to m u c h o d e lo q u e la s g e n e ra c io n e s
h iz o c o m p le ta c a lm a ” . Y re c ié n e n to n c e s in c re a n te rio re s n o h a b ía n v is to .
p a a s u s d is c íp u lo s p o r s u fa lta d e fe . E n M a te o ,
L u c a s s e a lim e n ta e n g ra n p a r te d e la tr a d i
e l c la m o r d e lo s d is c íp u lo s e s m á s a n g u s tia n te :
c ió n o ra l q u e n u tre e l E v a n g e lio d e M a r c o s y
“ S e ñ o r , s á lv a n o s , p o r q u e p e r e c e m o s ” , c o m o s i
d e la fu e n te Q q u e a p ro v e c h a M a te o , a u n q u e
M a te o y a in c lu y e r a e n é l la e x p e rie n c ia e c le
n o es p ro b a b le q u e h a y a le íd o a m b o s E v a n g e
s iá s tic a d e l K y r ie s d e l c u lto . P e ro s o b re to d o
lio s . P e ro a d e m á s L u c a s tie n e u n g r a n a c o p io
in te r e s a la in v e r s ió n d e l o r d e n : p rim e ro , J e s ú s
d e m a te ria l p ro p io , s in d u d a re c o g id o e n s u s
r e p r e n d e a lo s d is c íp u lo s p o r s u fa lta d e fe y
v ia je s y e n s u s in v e s tig a c io n e s , m a te r ia l q u e in
lu e g o c a lm a la te m p e s ta d s in n e c e s id a d d e h a
c lu s o n o s e e n c u e n tra e n J u a n . N o s c o n c e n tr a r e
b la r . M a r c o s d e s ta c a fu n d a m e n ta lm e n te e l m ila
m o s fu n d a m e n ta lm e n te e n e l e s tu d io d e e s te
g r o , la a c c ió n lib e r a d o r a d e J e s ú s , s u d o m in io
a p o rte p ro p io d e L u c a s , p a r a d e s c u b r ir e n é l lo s
s o b r e la s f u e r z a s n a tu r a le s ; M a te o , la re la c ió n
ra s g o s s o b re s a lie n te s d e s u c ris to lo g ía .
d e fe , e l d is c ip u la d o , la N a c h jo lg e .
E n e s te m a te ria l lu c a n o , e l e p is o d io m á s c o
■— e n M t 1 0 , 2 3 -2 8 , lo s p rín c ip e s d e lo s s a
n o c id o e s la p a rá b o la d e l H ijo p ró d ig o , títu lo
c e r d o te s y lo s a n c ia n o s c u e s tio n a n la a u to rid a d
in fe liz q u e s e r ía v e n ta jo s a m e n te s u s titu id o p o r
d e J e s ú s p a r a e n s e ñ a r y J e s ú s , lu e g o d e d e s
“ E l p a d r e y lo s d o s h ijo s ” . E n e s ta p a r á b o la
b a r a t a r s u s a r g u m e n to s , te r m in a d ic ié n d o le s :
n o s e e n c u e n tra a J e s ú s c o m o p r o ta g o n is ta . S e
“ P u e s ta m p o c o o s d ig o y o c o n q u é p o d e r h a g o
lim ita a d e s c rib ir u n s u c e s o , u n tr o z o d e v id a ,
e s ta s c o s a s ” , n e g á n d o s e a s í a d a r c u e n ta d e s u
e n e l q u e s o n m e n o s im p o r ta n te s la s fig u ra »
a u t o r id a d s u p e r io r a to d a a u to r id a d , s ó lo e n -
d e l p a d r e y lo s h ijo s q u e la s r e la c io n e s e n tr e
te n d ib le e n u n á m b ito d e fe , d e e n c u e n tro v e r
e llo s . E l p a d r e c o m p re n d e y p e r d o n a a l h ijo
d a d e r o , y n o e n la p o lé m ic a e n ra re c id a y m a l
q u e se a p a r tó y e l h ijo p r ó d ig o c o m p re n d e lo
in te n c io n a d a d e e s c r ib a s y fa ris e o s .
in e fa b le d e l a m o r d e l p a d r e . E l h ijo m a y o r n o
-— e n M t 8 , e l e n c u e n tr o , p o r ta n to s c o n c e p c o m p re n d e e s ta v iv e n c ia d e a m o r y m is e ric o r
to s s ig n if ic a tiv o , c o n e l c e n tu r ió n d e C a fa rn a u m , d ia : e s p u r a ju s tic ia r e tr ib u tiv a , in c a p a z d e la
v u e lv e a in s is tir e n e l te m a d e la “ e x s u s ía ” d e c o m p re n s ió n a m o ro s a . E s u n a p a r á b o la d e la »
J e s ú s . E l c e n tu r ió n r e c o n o c e e s a a u to rid a d le re la c io n e s r o ta s y r e s ta b le c id a s . Y e llo re s u m e a
51
la p e rfe c c ió n la o b r a d e J e s ú s p a r a L u c a s : r e a li a la a c c ió n d e l P n e u m a , d e l E s p íritu d e D io s , q u e
z a r la re c o n c ilia c ió n e n tr e D io s y lo s h o m b r e s . e s y a p rim ic ia d e la v id a f u tu r a . Y p re c is a
m e n te e s a a c c ió n r e s ta u ra d o ra , re c o n c ilia d o ra
T o d a s la s d e m á s p a r á b o la s d e L u c a s s e ñ a la n
d e J e s ú s e s ta m b ié n la o b r a d e l E s p íritu .
e n e l m is m o s e n tid o : re c o rd e m o s s i n o la f ra s e
f in a l d e la p a r á b o la d e la o v e ja p e r d id a : " Y o
o s d ig o q u e e n e l c ie lo s e r á m a y o r la a le g r ía
p o r u n p e c a d o r q u e h a g a p e n ite n c ia q u e p o r
U N A V IV E N C IA
n o v e n ta y n u e v e ju s to s q u e n o la n e c e s ite n ” .
c e n tr a d a e n to r n o a la o b r a r e s ta u r a d o r a y r e
T re s E v a n g e lio s , tre s c ris to lo g ía s .
c o n c ilia d o r a d e J e s ú s , te n d ie n te a re s ta b le c e r la
a r m o n ía e n tr e lo s h o m b re s y D io s y ta m b ié n e n ¿ S ig n ific a e s to q u e e l N u e v o T e s ta m e n te o fre
tr e lo s h o m b re s e n e l á m b ito d e la s o c ie d a d , lo c e u n p lu r a l d e c ris to lo g ía s ?
q u e h a lle v a d o a d e c ir q u e e l E v a n g e lio d e
¿ S ig n ific a a c a s o q u e s e ro m p e la u n id a d d e l
L u c a s e s e l m á s “ s o c ia l” d e lo s E v a n g e lio s .
te s tim o n io b íb lic o , c a y e n d o e n e l re la tiv is m o d e
lo s p u n to s d e v is ta p e rs o n a le s ?
"EL SEÑOR"
C re e m o s q u e d e n in g u n a m a n e ra p u e d e p e n
P e r o ta m b ié n p u e d e a b o r d a r s e e n L u c a s u n a
s a rs e a s í, p o rq u e la s d is tin ta s fo rm a s d e a c e rc a
c r is to lo g ía d e lo s títu lo s .
m ie n to y d e p re s e n ta c ió n d e la fig u ra d e J e s ú s
s ó lo tie n e n u n f in : d a r te s tim o n io d e l J e s ú s
E l m á s u s a d o e s e l d e S e ñ o r o " K y r io s ” . D o n
v iv ie n te .
d e lo s o tr o s E v a n g e lio s d ic e n J e s ú s , é l y a d ic e
s ic a s a p a r ic io n e s d e l R e s u c ita d o : p re s e n te a u n b á s ic o d e la R e v e la c ió n q u e P e d r o c o m p e n d ia
q u e e n f o r m a n o c o n o c id a , p e ro d irig ie n d o la a d m ira b le m e n te e n lo s H e c h o s : “ A h o r a r e c o
o b r a y lle v á n d o la a l é x ito . L u c a s ta m b ié n n a n o z c o q u e n o h a y e n D io s a c e p c ió n d e p e r s o n a s
r r a e l m is m o e p is o d io p e ro lo u b ic a a l c o m ie n s in o q u e e n to d a n a c ió n e l q u e p r a c tic a la ju s
tic ia y te m e a D io s es a c e p ta d o . É l h a e n v ia d o
z o d e s u E v a n g e lio , e n la é p o c a d e l J e s ú s p r e
p a s c u a l, y y a n o p o s tp a s c u a l. Y e s ta tr a n s p o s i s u P a la b r a a lo s H ijo s d e Is r a e l, a n u n c iá n d o le s
c ió n e s p a r a é l p o s ib le , p o r q u e e l S e ñ o r e s tá la p a z p o r J e s u c r is to , q u e es e l S e ñ o r d e to d o s .
s ie m p r e p r e s e n te y e s s ie m p re e l m is m o , a n te s y V o s o tr o s s a b é is lo a c o n te c id o e n to d a J u d e a ,
m o p r e d ic a d o p o r J u a n ; e s to e s, c ó m o a J e s ú s
ric o . L a s lín e a s d e la h is to r ia s e p ie rd e n u n
p o c o : e l S e ñ o r e s o m n ip o te n te . d e N a z a r e t le u n g ió D io s c o n e l E s p ír itu S a n to
I y c o n p o d e r y c ó m o p a s ó h a c ie n d o b ie n y c u
Y lle g a m o s a s í a l te r c e r p u n to d e la c o n tr i r a n d o a to d o s lo s o p r im id o s p o r e l d ia b lo , p o r
b u c ió n p e c u lia r d e L u c a s : e l é n fa s is p a r tic u la q u e D io s e s ta b a c o n é l. Y n o s o tr o s s o m o s te s
r ís im o e n la a c c ió n d e l E s p ír itu S a n to . E n L u c a s tig o s d e to d o lo q u e h iz o e n la tie r r a d e lo s
r e c u r r e c o m o L e itm o tiv la m e n c ió n d e l E s p íritu . ju d ío s y e n J e r u s a le m y d e c ó m o le d ie r o n
V e á m o s lo e n s u E v a n g e lio : m u e r te , s u s p e n d ié n d o le d e u n m a d e r o . D io s le
r e s u c itó a l te r c e r d ía y le d io m a n ife s ta r s e , n o
e n 3 , 2 1 -2 2 , n a r r a c ió n d e l b a u tis m o d e J e
a to d o e l p u e b lo , s in o a lo s te s tig o s d e a n te m a n o
s ú s , e l E s p ír itu d a te s tim o n io s o b re é l.
e le g id o s p o r D io s , a n o s o tr o s , q u e c o m im o s y
— e n 4 ,1 8 , a l v e n ir J e s ú s a N a z a re t y h a b e b im o s c o n é l, d e s p u é s d e r e s u c ita d o d e e n tr e
c e r la le c tu r a e n la s in a g o g a , le e : " E l e s p ír itu lo s m u e r to s . Y n o s o r d e n ó p r e d ic a r a l p u e b lo y
d e l S e ñ o r e s tá s o b r e m í, p o r q u e m e u n g ió p a ra a te s tig u a r q u e p o r D io s h a s id o in s titu id o ju e z
e v a n g e liz a r a lo s p o b r e s . . . d e v iv o s y m u e r to s . D e é l d a n te s tim o n io to d o s
lo s p r o fe ta s , q u e d ic e n q u e p o r s u n o m b r e c u a n
— e n to d o e l lib r o d e lo s H e c h o s , o b ra d e l
to s c r e e n e n é l r e c ib ir á n e l p e r d ó n d e lo s
m is m o L u c a s , lo s d is c íp u lo s c o m o E s te b a n o
p e c a d o s ” .
F e lip e , a p a re c e n c o m o “ h o m b r e s lle n o s d e l
E s p ír itu ” .
( E s t a e s l a v e r s i ó n n o c o r r e g i d a d e la i c o n f e r e n c i a
d a d a e n P a r r o q u i a U n i v e r s i t a r i a d e M o n t e v i d e o e n
E n L u c a s la a c c ió n d e J e s ú s s e in te g ra ju n to d ic ie m b r e d e 1 9 G 8 .)
52
F R . G I L B E R T O G O R G U L H G , O P
© § TITULOS
D E JESUS
d e N a z a ré , R e i d o s J u d e u s , C o r d e ir o d e D e u s ,
N o v o T e s ta m e n to a tr a v é s d a e x p lic a g a o d o s tí L o g o s.
tu lo s d e J e s ú s . T o d a v ia , s u a s ig n ific a g á o c o lo c a
N a o se p re te n d e u rn a e x p lic a g a o d a s o rig e n e
u m p r o b le m a d e lin g u a g e m e d e c o n te ú d o . E m
ra íz e s h is tó ric a s o u lite rá ria s d é s te s títu lo s . S u a
s u m a , tr a ta - s e d e in te r p r e ta r u rn a lin g u a g e m a n -
o rig e m p o d e s e r p ro c u ra d a n a fig u r a d o P ro f e ta -
tig a e , s o b r e tu d o , u rn a lim g u a g e m e x p re s s á o d a
R e i d e D e u t 1 8 ,1 5 s s , n o R e i-S a b e d o ria d o P s
f é c r is ta p r im itiv a .
2 ,ls s , o u a in d a n a fig u ra d o F ilh o d o H o m e m
a p r o c la m a g á o d e J e s ú s d e N a z a ré c o m o s ig n i á rv o re s d o c o n h e c im e n to d o b e m e d o m a l e d a
e s c a to ló g ic o q u e p r o v o c a a d e c is á o d o lio m e m e e m e sm o fu n d a m e n ta l. (2 ) C o n tu d o é a in d a m a
lh e tr a n s f o r m a o s e n tid o d a e x is te n c ia . te ria l.
E s s a in te r p r e ta g á o q u e r q u e J e s ú s s e ja u rn a P re te n d e -s e e n tá o u rn a a n á lis e f o r m a l q u e p r o
m a e a o : “ A c r u z n a o é o a c o n te c im e n to e s c a to ló d e D e u s q u e e x ig e a re s p o s ta d e fin itiv a d o s h o -
g ic o p o r q u e é a C r u z d e C r is to ; m a s p o r q u e é o m e n s. O s títu lo s s a o a e x p re s s á o c o m p le x a d a
te r m in a f a ta lm e n te n u m a g n o s tic is m o v o lu n ta - o s h o m e n s ” .
r is ta .
JULGAMENTO E VERDADE
A r tif ic ia l s e r ia ta m b é n a e x p lic a g a o q u e p re -
te n d e s s e d e m o n s tr a r o c o n te ú d o c ris to ló g ic o d o s A n te s d e p r o c u r a r o c o n te ú d o d e c a d a títu lo
m a n id a d e e d iv in d a d e d e J e s ú s : a lg u n s d e s ig n a - liz a g ñ o a b s o lu ta d a e s c a to lo g ia : a p re s e n g a d e
r ia m a h u m a n id a d e e o u tr o s a d iv in d a d e . (1 ) D e u s n a v id a h u m a n a s e fa z g r a g a s a o te s te -
m u n lio d e J e s ú s e m s u a m o rte , r e s s u r r e ig á o e
C o lo c a -s e a q u i o p r o b le m a d e m o d o m a is re s-
p a ru s ia . J e s ú s é a s ín te s e d o a n ú n c io p ro fé -
tr ito a p a r t i r d o e v a n g e lh o d e J o ñ o . C o m e fe ito ,
tic o s o b re o R e i-M e s s ia s , e d o e n s in a m e n to s a
é s te e v a n g e lis ta , e m J o ñ o 2 0 ,3 0 s s , re s u m e s u a
p ie n c ia l s o b re a S a b e d o ria f o n te d e v id a . (3 )
m e n s a g e m c o m tr e s títu lo s : J e s ú s , C r is to e F ilh o
d e D e u s . I g u a lm e n te , a in s c rig á o d a c ru z é u m E s ta re a lid a d e to ta l d e J e s ú s c o m p re e n d e -s e n a
c o m o r e s u m o d e to d a a c ris to lo g ia d o e v a n g e lh o : e s tru tu ra d o J u lg a m e n to : J e s ú s é a m a n if e s ta g á o
J e s ú s N a z a r e n o , R e i d o s J u d e u s (J o ñ o 1 9 ,1 9 ). d e D e u s a fim d e p o s s ib ilita r a o s h o m e n s u m
E n o d e c o r r e r d o e v a n g e lh o , p e rc e b e -s e a im p o r a to d e c o n h e c im e n to e d e a m o r q u e o s re a liz e m
53
n a v id a ( J o ñ o 3 ,1 4 -2 1 ; 1 7 ,3 ) . J e s ú s é s ig n ific a - é o d a n d o v id a , n a fé e n o a m o r q u e te n d e m
g ñ o e c o m u n ic a g ñ o d e f in itiv a e n tr e D e u s e o p a r a fo rm a g ñ o d e u rn a s ó h u m a n id a d e c o n g re
m u n d o ( J o ñ o 1 4 ,6 ) (4 ) g a d a n a u n id a d e d o a m o r d e D e u s . N a o é u rn a
re a le z a p o lític a (J o ñ o 6 ,1 5 ) . J e s ú s é re i p e la re -
S e n d o u rn a lin g u a g e m d e fé o q u a r to e v a n -
v e la g ñ o d a v e rd a d e d o a m o r (J o ñ o 1 8 ,3 7 s s ) .
g e lh o e n u n c ia d e m o d o c o m p le x o a s im p lic id a d e
M a n ife s ta s u a re a le z a n a h u m ilh a c ñ o d a c ru z q u e
d o m is té r io d e C ris to e m s u a in tim id a d e p e s s o a l
é s e u tr o n o (J o ñ o 1 9 ,1 -3 ; 1 9 ,1 9 ). A e n tra d a e m
e e m s u a m is s ñ o n o m u n d o . A tr a v é s d e u rn a
J e ru s a lé m n o c a m in h o p a r a a m o rte é o s in a l
lin g u a g e m c o m p le x a , e s p a c ia l e te m p o r a l, o a u to r
d e s u a m a n ife s ta g ñ o e s c a to ló g ic a c o m o re i q u e
q u e r e x p r im ir a r e a lid a d e s im p le s d a o rig in a li-
d á a v id a (J o ñ o 1 2 ,1 2 - 1 6 ) . E s te títu lo m o s tra
d a d e d a re la g ñ o d e J e s ú s c o m o P a i e o E s p ir ito ,
o q u e J e s ú s tra z p a ra o s h o m e n s e c o m o é a q u é -
e s u a re la g ñ o c o m o s h o m e n s e o m u n d o .
lo q u e c o n g re g a o s h o m e n s n a v e rd a d e e n o
P a i ( J o ñ o 1 6 ,2 8 s s ) . E é s te e s q u e m a m a n if e s ta
C o r d e ir o d e D e u s (J o ñ o 1 ,2 9 ,3 6 ) e x p rim e a
s e n a e s tr u tu r a d o e v a n g e lh o c o n c e b id o c o m o d e n s id a d e h u m a n a d o m e s s ia n is m o d e J e s ú s . É s
u m s in a l: o s s e u s d o is e le m e n to s s ñ o a g lo r ifig a o
te títu lo c o m o a s o u tra s im a g e n s d o S e rv o
(re la g ñ o d e J e s ú s c o m D e u s ) , e m a n ife s ta g a o
( I s a ía s 5 3 ) , d o s a c rific io d e e x p ia c ñ o o u d e re -
(re la g ñ o d e D e u s c o m o s h o m e n s a tra v é s d e J e
c o n c ilia c a o (M a rc o s 1 0 ,4 5 ; C o io s 1 ,2 0 ; H e b r
s ú s ) . E s ta e s tr u tu r a d o s in a l é s in te tis a d a e m
9 ,ls s ) e x p rim e o m o d o d e re a liz a c á o d o m e s s ia
J o ñ o 2 ,1 1 . <5 >
n is m o d e J e s ú s p o r u m a to h u m a n o d e o b e d ie n
c ia e d e a m o r q u e te rm in a n a o fe re n d a d e s u a
N e s te e s q u e m a g e r a l a lg u n s títu lo s re fe re m -s e
v id a e m fa v o r d a s a lv a g ñ o d o s o u tro s . É s te tí
á g lo r if ic a c ñ o o u o e s ta b e le c im e n to d a c o m u n h ñ o
tu lo e x p rim e e n ta o a m o d a lid a d e h u m a n a d a
d e f in itiv a e n tr e D e u s e o s h o m e n s : o s títu lo s
e s tr u tu r a d o te s te m u n h o d e J e s ú s p rin c ip a lm e n te
m o s tr a m a s ig n if ic a c a o d e J e s ú s n a re a liz a g ñ o
e m s u a m o rte (J o ñ o 1 0 ,1 0 s s ; 1 J o ñ o 5 ,1 0 s s ) ;
d a E s c a to lo g ia (J e s ú s d e N a z a r é , R e i d o s J u d e u s ,
é s te títu lo d e v e p o is s e r c o m p re e n d id o e m c o rre -
C o r d e ir o d e D e u s , F ilh o d o H o m e m ) . O u tro s
la e ñ o c o m o títu lo d e F ilh o d e D e u s c o m o v e re
re fe re m -s e a m a n ife s ta g ñ o , o u a e s tr u tu r a d a c o
m ú n ic a e ñ o e n tr e D e u s e o s h o m e n s a tra v é s d a m o s a p a r tir d e J o ñ o 5 ,1 7 s s .
d e n s id a d e d o te s te m u n h o d e J e s ú s : e s te s titu lo s
F ilh o d o H o m e m in d ic a a re a lid a d e m e s m a d a
m o s tr a m q u e a o r ig in a lid a d e d a p e s s o a d e J e s ú s
m e d ia c á o d e J e s ú s . É P a la v ra d e D e u s n a s u a
é s e r c o m u n ic a g ñ o ( F ilh o d e D e u s , E u S o u . . . ,
r e a lid a d e m e d ia d o r a (J o ñ o 1 ,5 1 ) q u e se m a n i
L o g o s ) .
fe s ta n a m is s ñ o te rre s tre d e J e s ú s . É s te títu lo
in d ic a J e s ú s c o m o o fu n d a m e n to d a re a liz a g ñ o
G L O R IF IC A C Á O E ESCATOLOGIA d a e s c a to lo g ia , i.é , o fu n d a m e n to d a p re s e n c a d e
D e u s n a v id a d o s h o m e n s a tra v é s d e s u a m o rte ,
A g lo rific a g ñ o é a re a liz a g ñ o d a e s c a to lo g ia .
re s s u rre ic a o e p a ru s ia (J o ñ o 3 ,1 4 ; 8 ,2 8 ; 1 2 ,3 4 :
E s c a to lo g ia j á r e a liz a d a a p a r tir d a e p ifa n ía d a
tré s a n u n c io s d a g lo rific a c ñ o q u e c o rre s p o n d e m
g lo r ia d e D e u s e m J e s ú s , e n a o s ó m e n te n u m a
a o s tré s a n u n c io s d a p a ix ñ o n o s s in ó tic o s ). O
v in d a f u tu r a d o F ilh o d o H o m e m (J o ñ o 1 ,1 4 ;
F ilh o d o H o m e m é P a la v ra m e d ia d o ra q u e
2 ,1 1 ) . E e s c a to lo g ia j á re a liz a d a n o s a to s d e
p o s s ih ilita a p re s e n g a d e D e u s n a v id a d o s h o
f é e d e a m o r q u e s ñ o n a r e a lid a d e a v in d a d e
m e n s s u s c ita n d o n e s te s a fé e o a m o r (J o ñ o 1 4 ,
D e u s n a v id a d o s h o m e n s (J o ñ o 5 ,2 4 ; 1 4 ,2 1 ).
2 1 ) . A H o ra d o F ilh o d o H o m e m é a u n id a d e
O s titu lo s e v o c a m a s ig n ific a g ñ o d e J e s ú s n e s ta
g lo b a l d e s u a M o rte -R e s s u rre ig ñ o -P a ru s ia c o m o
re a liz a g ñ o d a e s c a to lo g ia .
fu n d a m e n to d a c o m u n h ñ o e n tre D e u s e o s h o
m e n s : c o m u n h ñ o já in ic ia d a n a fé e n o a m o r
J e s ú s d e N a z a r é é o a s p e c to fu n d a m e n ta l. É
e e m te n s ñ o p a r a a c o n s u m a g ñ o n a g lo rific a -
n o h o m e m q u e a g lo ria s e m a n ifie s ta ( 1 ,1 4 ) .
( J o ñ o 1 7 ,ls s ; 1 8 ,1 -1 1 ) . P o r is s o é o b je to d e fé m a n u te n g ñ o d e s ta c o m u n h ñ o só é p o s s iv e l g ra -
to m a a s p a la v r a s d o q u é r ig m a c ris ta o (J o ñ o g lo rific a c ñ o d e J e s ú s (J o ñ o 7 ,3 9 ; 1 6 ,7 -1 5 ) .
1 ,4 6 - 5 1 ) , e c o m o o d e m o n s tra a in s c ric ñ o d a
c ru z ( J o ñ o 1 9 ,1 9 ) . A v id a d e J e s ú s d e N a z a ré MANIFESTACÁO E PRESENCA
s u s c ita a fé m e s m o q u a n d o re v e la s u a id e n tid a d e .
A m a n ife s ta g ñ o é a e s tr u tu r a d a c o m u n ic a -
É s s e títu lo in d ic a a e s tr u tu r a d o “ s e g r é d o m e s -
g ñ o d e D e u s c o m o s h o m e n s a tra v é s d a m is s ñ o
s iá n ic o ” . <G)
d e J e s ú s . É a re a lid a d e d a p re s e n c a d e D e u s n a
R e i d o s J u d e u s in d ic a a e s tr u tu r a d o m e s s ia - v id a d o s h o m e n s : é a re a lid a d e d a p re s e n g a d a
n is m o d e J e s ú s : o b e m q u e tr a z p a r a o s h o m e n s tra n s c e n d e n c ia n a im a n é n c ia . A m a n ife s ta g ñ o é
54
a d e n s id a d e g lo b a l d e te s te m u n h o d e J e s ú s c o m o c ia d e D eu s o d o M u n d o (G S 4 5 ) , o H o m e m .
c o m u n ic a g ñ o d e v id a ( J o ñ o , 5 ,1 7 s s ) . N o v o q u e re v e la o h o m e m a o h o m e m (G S 2 2 ) '
e n q u a n to é a m a n ife s ta g ñ o d o a b s o lu to n a r e
F ilh o d e D e u s é o títu lo q u e e x p rim e a e s
la tiv id a d e d a h is to ria (D V 4 ) . E s te s te x to s s ñ o
t r u t u r a d e s te te s te m u n h o (1 J o a o 5 ,1 0 s s ). E x
in d ic a g o e s d o s p a rá m e tro s d e u rn a c ris to lo g ia
p r im e a ig u a ld a d e d o F ilh o c o m o P a i, e e x
p a r a o s d ia s d e h o je : a p re s e n ta g ñ o d e u m C ris to
p r im e ta m b é m s u a o b e d ie n c ia á v o n ta d e d o P a i.
c o m p re e n s ív e l p a r a o s h o m e n s n a s u a s itu a g ñ o
O te s te m u n h o d e J e s ú s é u m a to o rig in a l q u e
e s p iritu a l a tu a l.
s in te tiz a o m u n d o d iv in o e h u m a n o . É u m a to
h u m a n o d e o b e d ie n c ia e d e a m o r e c u jo c o n - T o d a v ia a e x p re s s ñ o d e u rn a n o v a c ris to lo g ia
g lo b a l h u m a n o d iv in a . É p o is n o a to d e te s te c e s s id a d e d e u rn a le itu ra c rític a a n ñ o in g e n u a
n ic a g ñ o e n tr e D e u s e o s H o m e n s . S e u te s te n o e v a n g e lh o d e J o ñ o a p re s e n ta o s p a r á m e tr o s
m u n h o é o a to c e n tr a l d a e s c a to lo g ia : d á te s te d e s ta c ris to lo g ia . P o is J o ñ o a o a p r e s e n ta r s u a
m u n h o e m u n iñ o c o m o P a i, e d é s te te s te m u n h o c ris to lo g ia n a e s tru tu ra d o s in a l é u m d e s e n v o l-
b r o ta o te s te m u n h o d o E s p r ito e p a r a e le c o n v im e n to d o e n s in a m e n to s in ó tic o s o b re o s in a l
v e r g e o te s te m u n h o d a s E s c r itu r a s e o d e J o ñ o d e J o ñ a s (L u c a s 1 1 ,2 9 ; M a te u s 1 2 ,3 8 s s ) o n d e
B a tis ta ( J o ñ o , l ,5 s s ; l ,1 9 s s ) . se e n c o n tra m a s c o o rd e n a d a s fu n d a m e n tá is d o
m is té rio d e J e s ú s d e N a z a ré : a c o n v e rs ñ o , a h is -
E u S o u . . . é u m títu lo s e m p re a c o m p a n h a d o
to ric id a d e d o h o m e m , a s ig n ific a g ñ o d a m a n i
d e u m s u je ito : P a o d a V id a , L u z d o M u n d o ,
fe s ta g ñ o d a tra n s c e n d e n c ia n a r e la tiv id a d e d a
B o m P a s to r , e tc . I n d ic a a re p e rc u s s ñ o u n iv e rs a l
v id a h u m a n a . O s títu lo s d e J e s ú s e m S ñ o J o ñ o
e d e f in itiv a d o te s te m u n h o d e J e s ú s c o m o fo n le
m o s tra m q u e o s p a rá m e tro s d a c ris to lo g ia d e -
d e v id a e d e s a lv a g ñ o p a r a o s h o m e n s . E m se u
v e rñ o s e r p o is : a h is to ria d a lib e rd a d e , a d e n s i
te s te m u n h o e le é a c o m u n ic a g ñ o d o a b s o lu to n a
d a d e d a v id a d o h o m e m n a a c e ita c ñ o d o s v a lo
r e la tiv id a d e d a v id a h u m a n a . É a re a liz a g ñ o d a s
re s re la tiv o s e d e s u a s ig n ific a g ñ o . É c e rta m e n te
te n d e n c ia s h u m a n a s e m s u a s e n e rg ía s p ro fu n d a s
a p a r tir d a í q u e o s c ris tñ o s s e rñ o c a p a z e s d e
d e c o n h e c im e n to , d e a f e tiv id a d e e d e e lñ v ita l.
d ia lo g a r c o m o s h o m e n s e m s u a s itu a g ñ o e s p ir i
E q u a n d o e m p r e g a d o d e m o d o a b s o lu to E u S o u
tu a l a tu a l e lh e s m o s tra r a s ig n ific a g ñ o d e J e s ú s
( J o ñ o 8 ,5 6 s s ) e x p r im e a re a lid a d e d a in tim i-
c o m o re s p o s ta á p ro c u ra d a s ig n ific a g ñ o d *
d a d e e d a m is s ñ o d e J e s ú s c o m o m a n ife s ta g ñ o
e x is te n c ia h u m a n a n o te m p o e n a s u a d ire g ñ a
d a v id a in tim a d e D e u s n o m u n d o e n a h is to ria .
d e fin itiv a p a ra o a b s o lu to .
n a h is to r i a ; e in d ic a ig u a lm e n te a P a la v ra d e 2 . C f. W . A . M eek s, T h e P r o p h e t-K in g : M o se s
m id a d e é s e r s ig n if ic a g ñ o e c o m u n ic a g ñ o q u e R e v u e T h é o lo g ig u e , 88 (1 9 6 6 ) 9 0 7 ss.
p o s s ib ilita a p r e s e n g a e a c o m u n h ñ o . (8 ) 5 . C f. W . T h e s in g , D ie E r h o h u n g u n d V e r n h e r -
lic h u n g J e s u im J o h a n n e s e v a n g e liu m , A sc h e n -
d o rf, 196 0 : (v e r a re s e n h a d e M . E . B o is -
P A R Á M E TR O S D A CRISTO LO G IA m a rd , O .P ., em R e v u e B ib liq u e , iL X X I (1 9 6 4 )
6 2 8 -6 2 9 ).
a c o m p r e e n s ñ o d e C r is to n ñ o é u rn a e x p e rie n 8 . C f. M .F . L a c a n , " L e p ro lo g u e d e s a in t J e a n ” ,
em L u m ib r e e t V ie , N .° 33 (1 9 5 7 ) 9 1 -1 1 0 .
c ia e s o té r ic a e u r n a e x p e r ie n c ia in te r io r e in d i
P . L a m a rc h e , C h r is t V iv a n t (E s s a i s u r la
v id u a lis ta . S im , u rn a r e a lid a d e p ú b lic a , s o c ia l, c h ris to lo g ie d u N o u v e a u T e s ta m e n t) , L e c ti*
h is tó r ic a ( A d G e n te s 3 ) . C ris to é a c o n v e rg e n D iv in a 43, É d d u C e rf, P a r is , 1 9 6 6 , 1 2 4 ss.
55
F R A N C I S C O L O P E Z
LOS NOMBRES
Y EL NOMBRE
c o n tin e n te , p a r a p o d e r a f ir m a r q u e A m é ric a L a q u ín M u r ie ta . U n a o b ra q u e , s e g ú n e l m is m o
tin a v a to m a n d o c o n c ie n c ia d e e s ta r e n u n a v ís N e ru d a , e s “ tr á g ic a , p e r o ta m b ié n , e n p a r te , e s tá
p e r a h is tó r ic a d e f in ito r ia . E s ta c o n c ie n c ia n o s e s c r ita e n b r o m a . Q u ie r e s e r u n m e lo d r a m a , u n a
p la n te a la p r e g u n ta ir r e p r im ib le p o r “ n u e s tr a ” ó p e r a y u n a p a n to m im a ” ( P r e s e n ta c ió n ) .
e s p e ra n z a , a l m is m o tie m p o q u e h a c e n a c e r a s u
s o m b r a la p a la b r a c o n c re ta d e e s ta e s p e ra n z a la NERUDA Y LA HISTORIA
tin o a m e r ic a n a . D e fo r m a s v a r ia d a s y e n d iv e r
A p rim e ra v is ta p a re c e ría a b s u rd o h a b la r d e
s o s n iv e le s : p o lític o , e c o n ó m ic o , a rtís tic o , s e e s
e s ta o b ra c o m o u n a re s p u e s ta d e e s p e ra n z a . P a
t á r e s p o n d ie n d o a la p r e g u n ta c ru c ia l: ¿ e n q u é
r a u n a m ira d a p o c o h a b itu a d a , s ó lo s e tr a ta r ía
c re e m o s ? ¿ q u é e s p e ra m o s ? ¿ p o r q u é c a u s a n o s
d e u n c a n to fú n e b re , e v o c a c ió n d e l b a n d id o c é
ju g a m o s ?
le b re m u e rto e n s u s a v e n tu ra s , a llá p o r C a lifo r
L a s r e s p u e s ta s p ro v e n ie n te s d e m ú ltip le s c a m n ia , c u a n d o e l o ro c o m e n z a b a a s e d u c ir la p o
p o s e x is te n c ia le s y d e te rm in a d a s a s u v e z p o r b re z a d e lo s c h ile n o s . L a o b ra s e ría u n p a s a
c ie n c ia c r is tia n a la p r e g u n ta d e c is iv a p o r e l s ig e m b a rg o n o h a y n a d a q u e e s té ta n le jo s d e l e s
n if ic a d o d e s u fe , s u e s p e ra n z a y s u c o m p ro m is o . p ír itu c o m b a tie n te d e l p o e ta .
L o s v a lo re s d o lo ro s a m e n te d e s c u b ie rto s p o r n u e s
“ F u lg o r y m u e rte d e J o a q u ín M u rie ta ” e s
tr o s p u e b lo s e s ta b le c e n , d e e s ta m a n e ra , u n ju i
u n a o b ra d e e s p e ra n z a , p o rq u e a n te s q u e n a d a
c io a l V a lo r q u e g r a tu ita m e n te n o s h a s a lid o
es u n m e m o r ia l. U n a o b ra h is tó ric a e s c rita p a r a
a l p a s o e n n u e s tr a s v id a s . E l c ris tia n o n o lo p u e
L a p r e g u n ta n o s ó lo v ie n e d e fu e ra , s in o ta m b ié n c u e rd o s e h a c e a c tu a liz a c ió n y la a c tu a liz a c ió n
y p r in c ip a lm e n te d e la p r o p ia e x is te n c ia p e rs o o fre c e c o m o lo v e re m o s p o s ib ilid a d e s d e e x is
n a l. E l d iá lo g o e n tr e lo s v a lo re s y e l V a lo r, e n te n c ia . U n m e m o ria l e s s ie m p re la e x p re s ió n e n
tr e lo s c ris to s y e l C ris to , e s e l d r a m a d e n u e s p re s e n te d e u n p a s a d o q u e d e a lg u n a m a n e r a
t r a c o n c ie n c ia c r is tia n a h is tó ric a . tr a e a l n iv e l d e la c o n c ie n c ia u n f u tu r o e x p e r i
m e n ta d o c o m o p u ja n z a la te n te . E l m e m o ria l e s
U n a d e l a s ú l t i m a s r e s p u e s t a s e s l a d e P a b l o a n te s q u e n a d a in te rp e la c ió n v ita l: “ S i m e d e jé
N e r u d a , e n s u r e c i e n t e c a n t a t a , q u e p r e s e n t a d a lle v a r p o r e l v ie n to d e la fu r ia q u e lo a c o m p a ñ ó ,
56
s i m is p a la b r a s p a r e c ie r e n e x c e s iv a s , m e q u e d a c e s ím b o lo y , a m e d id a q u e é s te a d q u ie r e c o n
r é c o n te n to . P o r q u e a l e m p r e n d e r e s te c a n to ta l s is te n c ia , la e x is te n c ia m is m a d e l h o m b r e y d e l
v e z s ó lo p r e te n d í a s o m a r m e a la s h a za ñ a s d e l p u e b lo se u n ific a n c o n fo rm a n d o u n a f ig u r a e x is -
te n c ia . P o r e s o a q u í d o y te s tim o n io d e l fu lg o r e l m e o llo d e la e s p e ra n z a .
d e e s a v id a y d e la e x te n s ió n d e esa m u e r te ”
A h o ra b ie n , e n tre lo s p a p e le s d e la h is to r ia
( P r e s e n ta c ió n ) . E s ta p a rtic ip a c ió n d e la e x is te n
c h ile n a , h u b o u n a c ró n ic a p o lic ia l d e l s á b a d o
c ia e s la q u e c o n fie re a la ta r e a lite ra ria s u m i-
3 0 d e ju n io d e 1 8 5 3 e n T h e S a n F r a n c is c o D a ily
lita n c ia h is tó r ic a . E l p o e ta re s c a ta n d o d e l c a m p o
H e r a ld , titu la d a “ C a p tu r e a n d D e a th o f J o a q u ín
d e la h is to r ia d e s u p u e b lo lo s g e s to s y lo s h o m
tlie B a n d it” , q u e d e s p e rtó e l in te ré s d e l p o e ta .
b r e s q u e la m is m a h is to r ia se e n c a rg a d e s e p u l
E l a v is o q u e a p a re c ió e n S to c k to n , C a lif o r n ia , e l
ta r e s u n f o r ja d o r d e e s p e ra n z a a l m is m o tie m
1 2 d e A g o s to d e e se a ñ o , y q u e d e c ía e n g r a n d e s
p o q u e la c o n c ie n c ia d e u n p u e b lo q u e s e re c o g e
le tra s : W IL L B E E X H IB IT E D ( fo r o n e d a y
p a r a p ro y e c ta rs e . L a p a la b r a d e l p o e ta e s e s ta
o n ly !) T H E IiE A D o f th e r e n o w n e d B a n d it J O A
“ la r g a h is to r ia d e u n h o m b r e e n c e n d id o / n a tu
Q U IN , fu e p a ra N e ru d a , ju n to a o tr a s e r ie d e
r a l, v a le r o s o , s u m e m o r ia es u n h a c h a d e g u e
d o c u m e n to s , la e x p re s ió n d e u n m e d io v ita l e n
r r a ” . E l p o e ta c re a , c o n s u e x p re s ió n , u n tie m p o
q u e se m u e v e el se r la tin o a m e ric a n o . E l m e d io
h is tó r ic o e s p e c ia l, e l tie m p o d e l re to rn o el tie m
v ita l d o n d e a lc a n z a y d e s a rro lla s u s p o s ib ilid a
p o m ític o : “ E s tie m p o d e a b r ir e l re p o s o , e l s e
d e s d e e x is te n c ia y d o n d e r e c ib ir á la in te lig e n c ia
p u lc r o d e l c la r o b a n d id o / y r o m p e r e l o lv id o
d e sí m is m o y d e su s p ro p ia s v ir tu a lid a d e s . M u
o x id a d o q u e a h o r a lo e n tie r r a ” (P ró lo g o ).
rie ta e ra u n a p re s e n c ia n u e v a p a r a N e r u d a , p e r o
su n o v e d a d s in e m b a rg o n o fu e c o m p le ta , y a
E s te b u c e a d o r s e n s ib le a l tie m p o y d u e ñ o d e
q u e la h is to ria d e M u rie ta s e e n c o n tr a b a p r e
é l e s e l c r e a d o r d e la s c o n d ic io n e s d e p o s ib ilid a d
s e n tid a en p o s ib ilid a d e s la te n te s y e n la s v ir tu a
d e u n a a s c e n s ió n h is tó r ic a : e l m ito d e u n a e s
lid a d e s d e su s e r m is m o . D e a q u í q u e F u lg o r y
p e r a n z a . M ito q u e e s fu e rz a d e re c u p e ra c ió n , r e
M u e rte v e n g a a e x p lic ita r te n d e n c ia s y a o s c u r a
d e n c ió n , d e la p r o p ia a lie n a c ió n e x ig id a p o r la
m e n te v iv id a s . Y p o r e s te e s te a c c e s o a la p a la
m a r c h a ; p o r q u e e l m ito ú n ic a m e n te p u e d e c o n s
b ra d e lo p re s e n tid o e n s u e ñ o s , s u m e m o ria c o n s
titu ir e n p r e s e n c ia a c tu a n te lo h is tó ric o y a p e r
titu y e u n a e s p e ra n z a .
d id o p e r o d e a lg u n a m a n e ra to d a v ía p re s e n te .
q u e c a n te p a r a m í P a b lo N e r u d a ” . E s e s ta v e r
EL M IT O DE JOAQUIN M U R IE TA
d a d d e s n u d a e l c o ra z ó n d e l m e m o ria l, lo q u e
ru d a lo c o n s titu y e e l h e c h o d e q u e e l p e r s o n a je
P e r o la v e r d a d h is tó r ic a p o r la q u e e l p o e ta
p o r e l q u e se h a s e n tid o e le g id o n o e s u n h é ro e
s e s ie n te s o b re c o g id o , e l “ h a c h a d e g u e rra ” p o r
n a c io n a l, n i u n “ p e rs o n a je h is tó ric o ” , n i u n s a n
la q u e s u e x is te n c ia s e s in tió u n d ía e s tre m e c id a ,
to , n i u n c ru z a d o . E s s im p le m e n te u n b a n d id o ,
s u p o n e n u n a p re -c o m p re n s ió n d e s í m is m o ,
u n “ c h ile n o s in c r u z d e s o ld a d o , n i s o l n i e s ta n
d e te r m in a d a e n s u s g ra n d e s lín e a s p o r la p re
d a r te / e l lu jo s a n g r ie n to y s a n g r a n te d e l o ro
c o m p r e n s ió n c u ltu r a l q u e e l p u e b lo , e n q u e se
y la fu r ia te r r e s tr e / e l p o b r e v io le n to y e r r a n te
n u tr e e l p o e ta , p o s e e d e s í m is m o . P re -c o m p re n
q u e e n la C a lifo r n ia d o r a d a / s ig u ió a lu c in a n te
s ió n q u e s e p u e d e c a r a c te riz a r c o m o a lg o q u e
u n a lu z d e s d ic h a d a . . . . . m u e r to e n s u o r g u llo
e s tá p u ja n d o p o r re a liz a rs e , a lg o q u e s e e x p e
s i fu e u n b a n d o le r o n o s é n i m e im p o r ta ” .
r im e n ta c o m o v a c ío , a n s ie d a d o a n g u s tia . E s
la d e s e s p e r a c ió n q u e p o s ib ilita d e te rm in a d a e s M u r ie t a e s u n t i p o e s p e c i a l d e h é r o e . S u v a l o r
p e r a n z a y n o o tr a . E s e s ta p u ja n z a a u ro ra l la n o l e v i e n e n i d e l a f u e r z a f í s i c a , n i d e s u e s p a
q u e h a c e v u ln e r a b le a d e te rm in a d o s ig n ific a d o d a o s u c a b a l l o , n i s i q u i e r a d e s u b o n d a d m o
d e l p a s a d o . E s e lla la q u e e n tre la in m e n s a m a s a r a l. M u r ie t a e s u n h é r o e p o r l a s a n g r e y p o r l a
d e c e n iz a d e la h is to r ia , s e s ie n te e s c o g id a p o r p o b r e z a : h i j o s a n g r i e n t o y s a n g r a n t e , p o b r e v i o
u n a d e te r m in a d a p re s e n c ia . E s ta p re s e n c ia s e h a
l e n t o y e r r a n t e . N o e s u n h é r o e c o m ú n p e r t e n e -
57
c ie n te a la o r to d o x ia d e la le y : “ N o p o r e l m a l re s a v io la d a y m u e rta p o r lo s y a n q u is o la tie rra
q u e h a y a o n o h e c h o , n i p o r e l b ie n ta m p o c o q u e c h ile n a p ro s titu id a p o r lo s e x p lo ta d o re s im p e
s o s tu v e / s in o p o r q u e e l h o n o r fu e m i d e r e ria lis ta s (a m b o s u n id o s e n u n a p ro fu n d a s im
T a m p o c o p e r te n e c e a la re c titu d d e la c a r n e y d e h o m b re in fla m a d o , e l v e n g a d o r s in ru m b o , q u e
la s a n g r e . S u e x is te n c ia e s e n te r a m e n te g r a tu ita : s ó lo s a b e u n a c o s a : m a ta r a lo s q u e h a n m u e rto
la d o y p o r g u a r d a d a n i p o r p e r d id a .”
“ P o r s e r d e a m o r e s te fu lg o r te r m in a e n la
M u r ie ta e s d e l d o m in io d e l im p u ls o v ita l, d e l m u e r te , y p o r s e r u n a m u e r te d e ta l m a n e r a fe
d o m in io d e l e s p ír itu y d e l f u e g o ; u n h o m b re c u n d a d a , s u m a r tir io es s u fe c lw . d e n a c im ie n to :
“ v a lie n te y p e r d id o ” , u n a d e e s a s “ a lm a s a r u n n iñ o e n la s tin ie b la s , es u n m u e r to ” . J o a q u ín
d ie n te s ” p a r a la s q u e “ n o e x is te u n c a m in o e le m u e re s o b re la tu m b a d e T e re s a , s o b re s u tie rra ,
m a , lo s a lz a , lo s v u e lv e a s u n id o , / y s e s o s tu tie r r a / d o n d e d o r m ía s u e sp o sa / d e s a r m a d o lo
v ie r o n v o la n d o e n la lla m a : s u fu e g o lo s h a c o n m a ta r o n / lle v a b a s ó lo u n a ro sa / p a ra T e re sa
n e c e a la e s fe ra d e lo a b s o lu to , u n a b s o lu to q u e r id a s a b ie r ta s / y d e jó lle n a d e r o s a s , la tu m b a
fu e g o , m e n o s f u lg u r a n te q u e la v e n g a n z a , p e ro titu y e e n u n n u e v o tip o d e p re s e n c ia , v iv a , a c
ig u a lm e n te d e v o r a d o r h a s ta la s a n g r e e s e l a m o r. ta le s le c a n ta n c o n b o c a d e p la ta y le c a n ta
E n la c o n flu e n c ia d e e s ta s d o s v e rtie n te s M u r ie ta m b ié n e l p o e ta . / F u e a m a r g o y v io le n to e l
ta p u e d e d e c ir : “ D e ta n to a m a r lle g u é a ta n ta d e s tin o d e J o a q u ín M u r ie ta . / D e s d e e s te m i
tr is te z a / d e ta n to c o m b a tir f u i d e s tr u id o ” . P o r n u to e l P u e b lo r e p ite c o m o u n a c a m p a n a e n te
q u e c a e r e n la s m a n o s d e l a m o r e s tr á g ic o p a r a r r a d a m i la r g a c a n ta ta d e lu to ” (C o ro f in a l) .
e l h o m b r e , e s c o m e n z a r e l c a m in o h a s ta la s o le
E s te g e s to d e M u rie ta e s la p o s ib ilid a d e x is -
d a d y la m u e rte . C u a n d o e n e l c a m in o d e u n
te n c ia l q u e é l o fre c e a la h is to ria . P o s ib ilid a d
h o m b r e s o b r e v ie n e e l a m o r, c u a n d o c o m o M u
re c o g id a e n e l tie m p o p o r u n p o e ta q u e a n h e la
r ie ta s e d e s c u b r e n u n o s o jo s o s c u ro s , lo s d e T e
e l a m o r: “ h a lle g a d o la h o r a .. . la h o r a , e l m i
r e s a , e l h o m b r e s e s ie n te p e r d id o e n s u n u e v a
n u to e n q u e h a lla m o s la e te r n a d u lz u r a d e l m u n
e e r te z a y “ p r e s ie n te q u e e s te a m o r in fin ito / y
d o y b u s c a m o s / e n la d e s v e n tu r a e l a m o r q u e
s a b e ta l v e z q u e e s tá e s c r ito s u fin y la m u e r te
s o s tie n e la c ú p u la d e la p r im a v e r a ” (c u a d ro V I ) .
lo e s p e r a ” p o r q u e “ e n la n a v e e l a m o r h a e n c e n
P o r u n h o m b re q u e c o m p re n d e e so s g e s to s h is
d id o u n a h o g u e r a : n o s a b e n q u e y a c o m e n z ó la
tó ric o s q u e e s tá n s in e m b a rg o m á s a llá d e lo
* g o n ía ” ( C u a d r o I I , c o r o ) .
h is tó ric o , q u e p e rte n e c e n a l d o m in io d e lo s a l-
E s te a m o r, e s ta a g o n ía d e J o a q u ín e r a T e re s a ; v ífic o . S o la m e n te u n h o m b re y u n p u e b lo c a p a
T e r e s a q u e n o e s s ó lo e l a m o r d e la m e s a f a m i c e s d e e s ta v is ió n y d e e s ta s e n s ib ilid a d p u e d e n
T e r e s a e s a lg o m á s q u e u n a m a d r e o u n a e s p o e s p e ra n z a . P o rq u e la in m o rta lid a d e s p r e c is a
s a , e s m u je r . E l p e r f il d e s u c u e rp o s e d ilu y e m e n te e s to : p e rm a n e c e r c o m o s ím b o lo d e e x is
r a m p a n g u e y p o r tu b o c a h u r a ñ a / m e lla m a S u f ig u ra , p o r m u e rta y p o r g ra n d e , d e s a p a re c e .
la s m o n ta ñ a s / A c u é s ta te o tr a v e z a m i c o s ta d o u n a v o z ; s u p re s e n c ia y s u p a la b r a : “ y e n la
/ c o m o a g u a d e l e s te r o p u r o y fr ío / y d e ja r á s s o m b r a s e r e n a es e l r a y o q u e n a c e , s e lla m a
m i p e c h o p e r fu m a d o / a m a d e r a c o n s o l y c o n M u r ie ta / y n a d ie s o s p e c h a a la lu z d e la lu n a
r o c ío / . . .B e s o a m i tie r r a c u a n d o a tí te b e s o ” q u e u n r a y o n a c ie n te / se d u e r m e e n la c u n a
( D iá lo g o a m o r o s o ) . e n tr e ta n to se e n c o n d e e n lo s m o n te s la lu n a ”
(c . I, c o r o ) .
E l f u lg o r d e s u v id a y la e x te n s ió n d e s u
m u e r te le v ie n e n d e e s te a m o r c o n o c id o p o r el N a c id o d e l c ie lo , d e l c ie lo c h ile n o , y c r ia d o
b a n d id o , y a q u e é l le d a a M u r ie ta la s ra íc e s e n m e d io d e l p a is a je , n o c o n o c e p a d r e n i m a
te lú r ic a s n e c e s a r ia s p a r a s e r u n p e r s o n a je c a p a z d re . L a tie r r a le h a d a d o s u c a rn e y s u s a n g re .
58
s a je , u n tro z o v iv o y c o n s tru c to r, v io le n to e p e rte n e c e s a n u e s tra tie r r a ; n o s a b e s lo q u e eg
in q u ie to , c o m o e l p a is a je m is m o : “ P a re c e q u e s e r e x p lo ta d o , tra ic io n a d o , m a rg in a d o . T ú n *
h u b ie r a fo r ja d o c o n fr ío y c o n b ra sa s p a ra u n a c o n o c is te n in g u n a m u je r y p o r ta n to n o h a s
s u v o z , y s u s m a n o s s o n d o s a m e n a za s” . . . d e v o ra d o p o r e l fu e g o d e la v e n g a n z a y d e la
“ tr a ía e n la s m a n o s e l g o lp e a le d a ñ o d e l r ío q u e ju s tic ia . T ú n o m a ta s te n i in c e n d ia s te , p o r q u e
h o s tig a y d iv id e la n ie v e fr a g a n te y y a c e n te y n u n c a te ro b a ro n n i te m a ta ro n a n a d ie ; s im
lo tr a s p a s a b a a q u e l lib r e a lb e d r ío , la v ir tu d s a l p le m e n te p o rq u e tú n o te n ía s n a d a n i a n a d ie ” .
v a je q u e lo c a la ¡ r e n te d e lo s in d o m a b le s y s e lla
“ ¿ Q u ié n e re s tú p a r a n u e s tra s v ís p e r a s ? ¿ Q u é
c o n ir a y lim p ie z a e l o r g u llo d e a lg u n a s c a b e za s” .
d ic e tu p a la b ra a n u e s tra s e s p e ra n z a s ? ¿ Q u é
N a c id o d e l c ie lo y fo rm a d o p o r la tie rra , r e d ic e n tu a c c ió n y tu s g e s to s a n u e s tr a s lu c h a s
c ib e la v o c a c ió n d e l g e m id o d e s u p u e b lo . E s p o r la lib e ra c ió n ? T u im a g e n e s m u y le ja n a y
u n im p e r a tiv o : “ G a lo p a M u r ie ta ! L a sa n g re c a í m u y p a c ífic a . D e s g ra c ia d a m e n te n o p u e d e s s e r
d a d e c r e ta q u e u n s e r s o lita r io / r e c o ja e n la m o d e lo p a ra n u e s tra re v o lu c ió n . E r e s u n p e r s o
r u ta e l h o n o r d e l p la n e ta y s o l s o lid a r io , d e s n a je m u y p o b re p a ra o c u p a r u n s itio e n lo s
a m a n te s c a íd o s y h e r m a n o s h e r id o s ” (c . V ,
Y es a s í. E l a le g a to d e n u e s tr a s e s p e ra n z a s
c o r o ) .
h u m a n a s tie n e s u ra z ó n e n e s te ju ic io . I n te n ta r
tía y la p r o y e c ta n e n e s p e ra n z a : “ a tr a v é s d e l a la fe . E s n e c e s a rio a c e p ta r e l ju ic io .
tie m p o m e r e c e m i c a n to y m i m a n o ¡ p o rq u e
É l c o m ie n z a c o n la o p c ió n a b s o lu ta d e J e s ú s
d e fe n d ió m o s tr a n d o la c a ra , lo s p u ñ o s , la fr e n
d e N a z a re th . L a s E s c ritu ra s q u e c o n s titu y e n s u
te / la p o b r e a le g r ía d e la p o b r e g e n te sa q u e a d a
s e lla m a la ir a d e m i c o m p a tr io ta J o a q u ín a n te d o s im á g e n e s d e la e s p e ra n z a d e lo s s u y o s :
M u r ie ta ” . e l H ijo d e D a v id o e l S ie rv o d e Y a h v é ; e n tr e
u n a v o c a c ió n d e p o d e r y u n a v o c a c ió n d e p o
C o n e s to s tr a z o s s u e lto s , n o s p o d e m o s a c e r b re z a . A l e le g ir la s e g u n d a , J e s ú s e s ta b a e li
c a r a la d im e n s ió n d e la e s p e ra n z a n e ru d ia n a . g ie n d o a lg o m u y im p o rta n te : e l á m b ito d e e n
N u e s tr a tie r r a e s tá p o r s e r y s u fu tu ro se lla m a c u e n tro c o n e l h o m b re , e l h o riz o n te e x is te n c ia l
lib e r ta d . N u e s tr a s v ís p e ra s s ó lo re c o n o c e rá n c o e n q u e u n a o p c ió n p o r é l s e ría p o s ib le y f u e r a
m o s u s e n tid o a u n g r a n a m o r q u e b u s q u e r e d e l c u a l to d a o p c ió n s e ría id o la tría . A p a r tir
c u p e r a r la tie r r a d e s p o s a d a e n b o d a s d e sa n g re . d e e s ta d e c is ió n d e J e s ú s , e s e v id e n te q u e n o
S ó lo u n a lib e r ta d a b ie r ta a l a m o r a b s o lu to d e c u a lq u ie r n iv e l d e p re -c o m p re n s ió n d e s í m is m o
lo c o n c r e to ; s ó lo la tr a g e d ia d e la tra s c e n d e n c ia re c ib e su in te lig e n c ia e n É l. A s í c o m o e l a c c e s o
e n la s o le d a d h is tó r ic a ; s ó lo la a u te n tic id a d e x is a la c o n c ie n c ia d e s í e s p ro g re s iv o , a s í ta m b ié n
te n c ia ! e n la a m b ig ü e d a d d e la le y ; s ó lo u n a
e l a c c e so a C ris to . A s í c o m o e l p ro c e s o d e la
v e n g a n z a c u y o n o m b r e e s ju s tic ia , p o d rá n lle
a u to c o n c ie n c ia e s d ia lé c tic o y g ra tu ito , ig u a l
n a r e s ta v ís p e r a h is tó r ic a c o m o la s ie n te N e ru d a .
m e n te lo es e l a c c e so a la m a d u re z d e la fe . E s
N u e s tr a h is to r ia a s c e n d e rá e n la m e d id a e n q u e
e n e s te p ro c e s o d e n o m b ra rs e a s í m is m o y a l
h a y a h o m b r e s p o s e íd o s p o r e s te fu e g o y p o r e s te
V a lo r d e la p ro p ia e x is te n c ia , d o n d e lo s d iv e r
e s p a n to . L a o p c ió n e x is te n c ia l p re s e n ta d a p o r
so s le n g u a je s d e n u e s tra s e s p e ra n z a s tie n e n a lg o
M u r ie ta e s : a c e p ta r la p ro s titu c ió n d e la tie rra
q u e c o m u n ic a rs e .
( ¿ q u é m u je r p ie n s a s e r v irg e n m ie n tra s s u tie
r r a e s v io la d a ? ) o m o r ir p o r la re c o n q u is ta d e E s u n m u tu o ju ic io e l q u e se e s ta b le c e . Y a
lo q u e u n a m o r u n ió p a r a s ie m p re ( ¿ q u é h o m q u e a m b o s le n g u a je s se n e c e s ita n re c íp ro c a m e n
s u ti e r r a e s v e n d id a ? ) . c io n e s a l ú n ic o n o m b re e s c o n d id o y re v e la d o ,
s ie m p re b u s c a d o y y a e n c o n tra d o p e ro to d a v ía
EL M U R IE T A DEL M IT O Y n o p ro n u n c ia d o . E n e s te s e n tid o s e r ía b u e n o r e
EL M IT O DE LA FE c o rd a r la c o n c e p c ió n d e la id o la tr ía d a d a p o r
e l A n tig u o T e s ta m e n to y re n o v a d a e n e l N u e v o .
V o lv ie n d o a la p r e g u n ta d e l c o m ie n z o , a ese P a r a e l A n tig u o T e s ta m e n to , la e s e n c ia m is m a
ju ic io c u ltu r a l y a l m is m o tie m p o p re s e n te en d e l íd o lo c o n s is te c o n s is te e n te n e r u n n o m b re .
e l c o r a z ó n d e n u e s tr a in te r io r id a d , e l M u rie ta T o d a c o s a tie n e u n n o m b re , p o rq u e s e e n c u e n
59
c ió n y p o r e s o f re c u e n te m e n te e l p u e b lo h e b re o , S ó lo la a c e p ta c ió n lú c id a d e la d ia lé c tic a Ig le
a c o s tu m b r a d o a e s ta m e n ta lid a d , b u s c a n o m b r a r s ia -M u n d o , q u e e x ig e p ro b re z a c o m o p o s ib ilid a d
a s u D io s d e la h is to r ia . P e r o la ú n ic a r e s p u e s ta d e d iá lo g o , y a q u e e x ig e q u e n i u n a n i o tro s e
q u e c o n o c e e s : Y o s o y e l s in -n o m b re . S u s e r e s ta b le z c a n e n e l “ re in o d e la v e rd a d ” , e n el
n o e s u n s e r c o m p le to y c e r r a d o c o m o e l d e u n a r e in o d e l N o m b re . P o rq u e e s te N o m b re e s tá
c o s a , s in o q u e e s u n p ro c e s o v iv ie n te , u n d e s o b re to d o N o m b re , c o m o n o s d ic e P a b lo e n su
v e n ir p o r c o m u n ió n . P o r e s to D io s n o tie n e c a r ta a lo s E fe s io s y p o r ta n to n o p e rte n e c e a
n o m b r e , p o r q u e n o h a a lc a n z a d o s u p le n itu d la e s fe ra d e lo q u e se to c a y s e p a lp a . E s te
fin a l. E s to e s p r o p io d e l a m o r, n u n c a p o d e r n o m b re e s u n d o n d e l P a d re , le h a s id o d a d o
d a r s e p o r te r m in a d o y p o r a b a r c a b le e n u n a J e s ú s (p o r s u m u e r te ) , y p o r ta n to e s tá a l
n o m b re . fin d e l p ro c e s o y p o r e so m is m o e n c a d a p u n to
d e d ic h o p ro c e s o , c o m o g e rm e n y p o s ib ilid a d
P o r e s to e s ta n id o lá tr ic o q u e r e r h a c e r d e
d e s e r e x p re s a d o : “ Y o s o y e l q u e s e r é ” re s p o n
M u r ie ta u n p ro to -C ris to c o m o q u e r e r h a c e r d e
d ió Y a h v é a M o is é s . E s to es lo p ro p io d e u n a
C ris to la p le n itu d d e M u r ie ta . E s in ú til q u e re r
a firm a c ió n q u e s u rg e p o r n e g a c ió n d ia lé c tic a .
c o n v e r tir a l m ito e n u n p r e á m b u lo d e la fe y
a la fe e n u n a r e a liz a c ió n a c a b a d a d e l m ito .
E s c ie rto q u e h a y C ris to s e s c o n d id o s b a jo
la s e x p re s io n e s s e c u la riz a d a s d e n u e s tro s p u e
P e r o n o ú n ic a m e n te D io s e s tá in a c a b a d o , s in o
b lo s , p e ro e s ta k c n o s is (v a c ia m ie n to ) n o h a y
q u e la v id a m is m a d e l h o m b r e y s u h is to ria .
q u e c o n fu n d irla c o n u n c o n c o rd is m o b íb lic o s e
P o r e s to , to d o n o m b r e q u e q u ie r a c o p a r a l h o m
c u la riz a d o . C ris to e s tá e s c o n d id o , p o rq u e s u k é-
b r e y a s u h is to r ia e s s im p le m e n te id o la tría .
n o s is lo h a c o n v e rtid o e n s e m illa e n te r r a d a a l
A s c e n d e r e n e l h o m b r e y e n la h is to r ia e s u n a
c a lo r d e la tie rra q u e se p ro n u n c ia a s í m is m a
ta r e a d ia lé c tic a , e n q u e e l c o n te n id o d e l m ito
e n fo rm a b a lb u c e a n te .
e s s u p e r a d o p e ro n o d e s tru id o y la p re s e n c ia
d ig n a d e fe c o n s ta n te m e n te re -c o n o c id a y v u e lta
P o d e m o s c o n c lu ir q u e lo q u e N e ru d a e x p re s a
a n o m b r a r .
n o e s C ris to y lo q u e n o s o tro s o p o n e m o s b ie n
c o s if ic a r m e jo r , d is p o n e r d e u n n o m b re y e s to c o n fo rm a n el p ro c e s o a tra v é s d e l c u a l s e g e s ta
e s id o la tr ía . la n u e v a re a lid a d q u e n o e s o b je to d e m ito n i
o b je to d e fe , s in o o b je to d e p le n itu d e n la c o
N u e s tr a tie r r a , p u e b lo e in te r io r id a d p e rs o n a ]
m u n ió n ; n u e v a re a lid a d q u e n o e s o b je to d e e s
s ó lo p id e n lá lu c id e z y la c o n s ta n c ia d e l d iá lo g o
p e ra n z a s n i d e E s p e ra n z a , s in o d o n g r a tu ito d e l
y la p o b re z a d e e s ta r c o n tin u a m e n te e n p e rp e
P a d r e e n e l H o y d e c a d a d ía .
tu o ju ic io in te r io r , e n u n a p e rp e tu a e s c a to lo g ía ,
p o r q u e e s ú n ic a m e n te e n e s e h o y c o n s ta n te m e n S ó lo u n a c o n c ie n c ia d ia lé c tic a q u iz á s p u e d a
in d is p e n s a b le p a r a to d a a s c e n s ió n . N i u n e sc a - s e e r la re a lid a d e n e l n o m b re , e l o b je to e n s u
to lo g is m o b a r a to q u e d iv id a la c o n c ie n c ia y la e x p re s ió n , p ro v e n ie n te s d e u n o y o tro la d o , e
s o c ie d a d e n “ e llo s ” y “ n o s o tro s ” , n i u n e n c a r- in s ta u ra r el d iá lo g o a n h e la d o a n iv e l d e c o m u
n a c io n is m o id o lá tr ic o q u e q u ie r a h a c e r u n a g e o n id a d e s o a n iv e l d e la c o n c ie n c ia c r is tia n a e n
g r a f ía d e l m is te r io , p u e d e n s o lu c io n a r e l d ra m a tre e sa p a rte q u e e s p e ra c re e r y e s a o tr a q u e
d e la Ig le s ia y d e la c o n c ie n c ia c ris tia n a . p a re c e d e s e s p e ra r d e c re e r.
60
F R . T I M O T E O A M O R O S O A N A S T A C I O
S I I N I V A L D E I T A C A R A M B I L E A O
. . . . . . • • .
O CRISTO DA
CIDADE SALVADOR
DE BAHIA
O p o v o d a B a liia é a fa m a d o e m to d o o B ra s il (c ris ta ) c o m a s c u ltu ra s e re lig io e s d o s p o v o s
la r iz a d a s c id a d e s d e S . P a u lo e R io d e J a n e iro , fe n ó m e n o , e m S a lv a d o r, é p a r tic u la r m e n te s e n
r e f e r e n c ia s e lo g io s a s d é s te te o r : “ O p o v o d e lá tid o . A p e s a r d o tra b a lh o e n o rm e d e e tn ó lo g o s
b a ia n o s . a s s im c h a m a d o C a n d o m b lé e s tá a ín d a p o r s e r
e s tu d a d a , a fu n d o .
É u m f a to h is tó r ic o in c o n te s tá v e l q u e , á se-
p a n h o la , c o m o o M é x ic o e o P e rú , a c id a d e d o c id a d e d o S a lv a d o r” , p re te n d e s e r, n a o u m c o n
S a lv a d o r m a n te v e a h e g e m o n ia e c o n ó m ic o -c u l ju n to d e a s s e rtiv a s rig o ro s a s , m a s s im u m q u e s -
tu r a l, d u r a n te a é p o c a d a C o lo n ia . Is to a c a rre - tio n a m e n to in ic ia l d o p ro b le m a . S e rv im o -n o s ,
d e a te n g ó e s p a r a S a lv a d o r, p o r p a rte d a C o ró a n o s d o In s titu to d e T e o lo g ía d e S a lv a d o r, e ,
p o r tu g u e s a . D a í s e e x p lic a a q u a n tid a d e e n o rm e ta m b é m , d e a lg u n s c o n ta to s c o m p e s s o a s d o
d e c o n v e n to s e ig r e ja s , q u e s e m a tin g ir o n ú C a n d o m b lé — “ a g e n te d o s s a n to s ” — •, a s s im c o
m e r o c a n ta d o p o r C a im i ( “ T re s e n ta s e s e s s e n ta m o d e c o n v e rs a s c o m p e s s o a s in te re s s a d a s e
e c in c o ig r e ja s / A B a b ia te m ” ) , c rio u e a li- e n te n d id a s n o a s s u n to .
m e n to u u m a m b ie n te d e in te n s a s c o n o ta g o e s r e
T a is c o n ta to s e x p lo ra to rio s p e rm itira m -n o s o
lig io s a s .
e s ta b e le c im e n to d e a lg u m a s h ip ó te s e s . T e m o s tr e s
A p r e s e n te c o m u n ic a g a o n a o c o m p o rta u rn a h ip ó te s e s d e tr a b a lh o q u e n o s le v a m a u rn a a p ro -
s e te n h a e m c o n ta é s s e .f a to . 0 c o n s c ie n te co - C ris to e n tre a p o p u la g a o s im p le s e a s c r ia n c a s .
le tiv o d a p o p u la g a o d e p e n d e , e e m m u ito , d a q u e le A s e g u n d a : c o -e x is te u rn a p e rc e p g á o h u m a n is ta
p a s s a d o re v e s tid o d e o u ro , c e le b ra g ó e s e p ro - d a p e s s o a d e C ris to e m fa ix a s m a is e s c la re s -
c is s o e s p o m p o s a s , s e rm ó e s g o n g ó ric o s e d e u m c id a s d a p o p u la g a o e e n tre a ju v e n tu d e u n iv e r-
“ S e n h o r d o B o n fim ” e “ O x a lá ” , o r ix á ( “ d iv in -
C u m p r e fa z e rn o s a lg u m a s o b se rv a g o e s m e to
d a d e ” ) m a is im p o rta n te d o C a n d o m b lé .
d o ló g ic a s . O a s s u n to q u e “ V ís p e r a ” se p ro p ó e
a a p r e s e n ta r é u m c a m p o , c ie n tífic a m e n te , p o u -
61
é C r is to , r e s p o n d e u : “ É le é f ilh o d e D e u s , e in fo rm a g á o p a ra le la e p o r o b s e rv a rá d ire ta , s a -
n a o n a s c e u c o m o u m h o m e m , m a s a p a r e c e u b e -s e q u e e s te s a g ru p a m e n to s d e p e n d e m d a e s-'
p le ta v a a id é ia : “ V e io d e p o is d e A d á o a E v a u rn a v is a o d e C ris to tr ib u tá r ia d o s m o v im e n to s
p a r a v e r c o m o ia a té r r a , m a s c o m o e n c o n tr o u re lig io s o s d e P a ra y le -M o n ia le (S a g ra d o C o ra c á o
v in d o , c o m o p e s s o a e n c a n ta d a ” . E o u tr o : “ É le c a ra c te riz a g o e s d e C ris to n e s te s m o v im e n to s , c o
m o r r e u , m a s s ó d e a p a r e n ta s , o s o f r e u ta m b é m m o j á se v e rific o u e m F ra n c a (c f. C o n g a r, “ M a
a p a r e n te m e n te , p o is n a o p o d ia s o f r e r , e r a D e u s rre , le C lir is t e t l ’É g l i s e ” ) te m c o n o ta c ó e s q u a s e
e n te r r a d o n a I g r e ja d e s u a c id a d e e a a lm a e s tá e s tá o b a s ta n te e s p a lh a d o s a q u i e m S a lv a d o r.
n o c é u . A n te s d e m o r r e r e s c re v e u c o m o o s h o - A p e s a r d e d e s a c re d ita d o s ju n to a o s jo v e n s , p e r-
m e n s d e v ia m v iv e r p a r a i r p a r a o c é u ” . m a n e c e m firm e s n o s e s tra to s m é d io s e v e lh o s d a
p a p u la g á o c a tó lic a .
E s ta v is a o d o c e tis ta (d o g re g o d o k é o , a p a r e
c e r ) d e C ris to é u rn a f ó r m u la c o n c ilia to r ia d e
e n te n d im e n to d e d o is d a d o s d a c r is to lo g ia : a CRISTO É U M HO M EM PERFEITO
d iv in d a d e e a h u m a n id a d e d e C ris to . N u m a c o s-
S e v o lta rm o s a o s g ru p o s q u e j á a p re s e n ta m o s
m o v is á o d e s p r o v id a d e c a te g o r ía s te o ló g ic a s r e
a c im a , n o ta m o s u rn a c a m b ia n te d e te s te m u n h o s
b u s c a d a s , o r e c u r s o d o e n c a n ta m e n to o u d a a p a -
r ig á o d e D e u s n u m h o m e m s u r g e c o m o in te r b a s ta n te in te re s s a n te . N o g ru p o d e m o ra d o re s
p r e t a d o p la u s ív e l e a c e itá v e l. d o s b a ir ro s p o b re s (a d u lto s ) e o s d e s e m p re -
g a d o s , a s s im c o m o a s fa ix a s e tá ria s m a is b a ix a s ,
N u m g r u p o d e p e s s o a s p o b r e s e d e s e m p re g a -
o a s p e c to h u m a n o d e C ris to é p o u c o re s s a lta d o .
d a s , p o p u l a d 0 a lta m e n te in s e g u r a p s ic o ló g ic a e
A fig u ra g á o c o n s ta n te fo g e d o h o m e m h is tó ric o .
s o c ia lm e n te , n o ta -s e u rn a p r o je c á o v io le n ta e
A p e n a s u m o p e rá rio d a P e tr o b r á s , p o r e x e m p lo ,
a lie n a n te : “ C ris to é u m ju iz e p o r is s o d e v e m o s
lig o u a fig u ra d e C ris to á fig u r a d e F id e l C a s tro .
o b e d e c e r o s m a n d a m e n to s ” . O u tro d iz ia : “ É le é
E é s s e o p e rá rio e ra p o litiz a d o .
a lg u e m d is ta n te . . . O n ip o te n te ” . “ C ris to é o e n
v ia d o p a r a n o s s a lv a r ” , s e m s a b e r, c o n tu d o , é sse P a s s a n d o p a ra u m g ru p o d e e s tu d a n te s , d e
fig u ra p ró x im a d e s u a s v id a s . D o s 1 0 e n tre v is
S e s e a c e rc a d a p o p u l a d o a d o le s c e n te e jo -
ta d o s , 6 té m C ris to c o m o “ h o m e m p e r f e ito ” ,
v e m , h á u rn a c o n s ta n te e m s e a f ir m a r a fé e m
“ p e rs o n a lid a d e e c a r á te r s u p re m o s ” . P a r a 4
C ris to . E n tr o 6 0 jo v e n s d e b a ir r o s p o b re s a p e
d é le s C ris to é o “ s e n tid o ú n ic o d e n o s s a v id a ,
n a s u m n e g o u te r m in a n te m e n te c r e r e m C ris to ,
fu n d a m e n to d e to d a s a s c o is a s ” . S e n te m -s e m is -
h a v e n d o a ín d a o u tr o q u e a f irm a v a c r e r a p e n a s
s io n a d o s n o m u n d o d e h o je : “ T e m o s o b rig a g ü o
n o h o m e m q u e f ó r a C ris to , h a v e n d o a ín d a o u tro s
d e le v á -lo a o s o u tro s a tra v é s d o te s te m u n h o ”
q u e s e f u r ta v a m a q u a lq u e r d e fin ie á o p e s s o a l.
(4 e n tre v is ta d o s ).
E n tr e o g r u p o j o v e m a s c a ra c te riz a g o e s d e
N o g ru p o u n iv e rs itá rio e n c o n tra m o s a lg u n s
C r is to d e p e n d e m m u ito d a in c ip ie n te c a te q u e s e
d e p o im e n to s q u e re s s itu a m C ris to d e n tro d o s
r e c e b id a e m c a s a o u p a r a a p r im e ir a c o m u n h á o .
C ris to é “ o g u ia d o s m e u s p a s s o s , a ju d a a c u m - p a rá m e tro s d o m u n d o c o n te m p o rá n e o . D iz ia u rn a
p r ir o s m a n d a m e n to s e liv ra d e c o m e te r p e c a m o g a d e 2 3 a n o s : “ C ris to é e s p e ta c u la r q u a n d o
d o s ” . O u tr o d e p o im e n to : “ C ris to m e a ju d a e m e m e te a c h ib a ta n o s v e n d ilh o e s d o te m p lo . S e
o r ie n ta ; p o r c a u s a d ’É l e s in to tr a n q u ilid a d e n a h o je v ie s s e , m e te ría o c h ic o te e m q u a s e to d o s
p a n h e ir o e a m ig o ” . O e n fo q u e p e lo q u a l é le s D e p o is d é le , só M a rx ” .
s e n te m a p e s s o a d e C ris to é s e m p re o d e s e r
A p e s a r d e s e r c o lo c a d o c o m o h o m e m , C ris to
s u p e r io r d o ta d o d e p o d e re s ilim ita d o s . S e m p re
n e m s e m p re s e a p re s e n ta c o m o id e a l. O te s te
u m C ris to tra n s c e n d e n te . E s tá a ín d a n e s ta lin h a ,
m u n h o d e u m a lu n o d a F a c u lta d e F e d .e r a l d e
e m q u e p e s e a o r ig in a lid a d e d e s e u d e p o im e n to ,
F ilo s o fía le v a -n o s a is s o : “ A c h o C ris to u m su -
a u n iv e r s itá r ia d e 2 0 a n o s , d a F a c u lta d e d e F i
p e r-h o m e m : n a o a m o u , n a o p e c o u , n a o a d o e -
lo s o fía d a U n iv e r s id a d e d a B a h ia , q u e d iz ia d e
c e u , m o rre u p o rq u e q u iz ” . U rn a s u a c o le g a d e
C r is to : “ É u m f a n ta s m a , v iv e n o E d é n d ita n d o
2 3 a n o s c o m p le ta v a : “ U m p e rs o n a g e m d ifíc il d e
le is d if ic ílis s im a s ” .
s e r s e g u id o c o m ta n to s m is té rio s ” . U rn a o u tr a
H a v e r i a a i n d a t o d o u m g r u p o a s e r e n t r e v i s d e s d e n h a v a : “ Id e a l p a r a c ria n g a s e v e lh o s ” . E
t a d o , a s a b e r , o g r u p o d e f i é i s , p e r t e n c e n t e s á a in d a : “ A c h o m u ito b o m p a ra q u e m e s tá n a m i-
6 2
e y a te , é s u p e r a d o ” . U m o u tro u n iv e rs itá rio , d e v a g e m ” d a ig re ja , a tu a lm e n te , d a d a a in tr a n s i
K e n n e d y ” . e s ta q u e q u a s e n in g u e m s a b e e x p lic a r, o u d a
q u a l q u a se n in g u e m te m c o n h e c im e n to . O x a lá á
P a r a 5 d o s u n iv e r s ita r io s e n tre v is ta d o s , C ris to
p ro c u ra d e s u a b e m -a m a d a N a n a c a i p r is io n e ir o ,
p e r m a n e c e u rn a in te rro g a g á o e m s u a s v id a s .
in c ó n ita m e n te , n o R e in o d a X a n g ó , o r ix á d o
“ E x c e d e o u n iv e r s o q u e s e to rn a p e q u e n in o p a ra
tro v á o e d o ra io . P r o c u r a d o p o r to d o s o s o r ix á s
c o m p r e e n d e r o C ris to in fin ito . In c o m p re e n s ív e l” .
e fin a lm e n te d e s c o b e rto , é r e s ta u r a d o n a p le -
E o u tr o : “ C ris to é a in c o m p re e n s á o d o h o m e m .
n itu d e d e se u p o d e r, a tra v é s d e u m r ito o n d e
S ó a p r a z e r é c o m p re e n s ív e l e a d m is s ív e l” . U rn a
se c o n ju g a m u m b a n h o e a v e s tig á o d e r o u p a -
o u tr a m e n in a , e s tu d a n te d e F ilo s o fia , o p in a v a :
g e n s b ra n c a s . É p o r is s o q u e a s y a lo r ix á s (m a e s -
“ A c h o C r is to u rn a a b s tra g á o . N in g u e m p o d e
d e -s a n to ) la v a m a Ig r e ja , e d á o u m c o lo r id o p a s -
a m a r e m tr ia n g u lo ” . C ris to “ é u m s u je ito c o m
c a l a é sse r ito : ro u p a s b r a n c a s , a c o m p a n h a -
q u e m n u n c a m e e n c o n tre i. N a d a d e le p o sso d iz e r
m e n to d e flo re s a lv a s : m a r g a r id a s , d á lia s , ro s a s
n e m a f i r m a r ” , a s s e g u ra v a u m a lu n o ta m b é m d a
e a n g é lic a s .
F ilo s o f ia , d e 2 0 a n o s .
Ñ a s p e sso a s e n tre v is ta d a s , n o ta -s e d e in ic io a
a u s e n c ia c o m p le ta , e n tre o s u n iv e r s itá r io s e o s
" M E U SENHOR DO B O N FIM "
q u e e s tu d a m , d e ju s ta p o s ig á o e n tr e o S e n h o r
d o B o n fim e o s a n to d o C a n d o m b lé . J á e n tr e
N o s e g u n d o d o m in g o d o m e s d e J a n e iro , S a l
o s e n tre v is ta d o s d o s b a ir ro s p r o le tá r io s e e n tr e
v a d o r c o n h e c e a m a io r fe s ta “ d e la rg o ” , o u
o s e m p re g a d o s v a m o s e n c o n trá -la , s e n d o q u e
s e ja , f e s ta p o p u la r , q u e “ é a o m e sm e te m p o o
n é le s o p ro b le m a m a is a g u d o , é a c o n fu s á o e n tr e
m a io r e x e m p lo d e s in c re tis m o re lig io s o d e n o sso
C ris to e o S e n h o r d o B o n fim . O p o v o d e s a n to
te m p o , c o m s a n to s c a tó lic o s e o rix á s d a Á fric a
(C a n d o m b lé ) ñ a s p e s s o a s c o m q u e m tiv e m o s
r e v e la n d o a p e r m a n e n c ia d e u m e s p irito c o n c i
o p o rtu n id a d é d e c o n v e rs a r, v a r ia s u a s o p in io e s
lia d o r ñ a s c iv iliz a g ó e s m is ta s ” . T ra ta -s e d a fe s ta
c o n fo rm e o g ra u d e in ic ia c á o d o in f o r m a n te .
d o S e n h o r d o B o n fim e d e O x a lá .
a tr a v é s d e p ro c e s s o d e m im e tiz a g á o c o m a c u l u rn a ig n o ra n c ia q u a s e to ta l e m a lg u n s , s o b re a
lu ta d a m o r te ) d is fa rg o u -s e n a d a n g a d a ca- d iz ia : “ C ris to n a o te m n a d a a v e r c o m m in h a
im p ie d o s o s d a e s c ra v id á o . A liá s to d o o e sc ra v o lo c a l, v a i m a is lo n g e : “ C ris to -R e i é a m e s m a
p a r a e n t r a r n o B ra s il d e v ia s e r b a tiz a d o . Is to b e s ta fe ra d o A p o c a lip s e ” .
E m S a lv a d o r , c o m re la g a o a o o rix á s u p re m o e m p re c is a r q u a l d o s d o is . C a d a in v o c a g á o d e
c io s o c r u c if ix o , g u a r d a d o n a lin d a e c e le b ra d a “ A s m e s m a s p e s s o a s n u m c o rp o s ó ! ” .
ig r e ja d e I ta p a g ip e . J á O x a lá é o o rix á d a c ria -
C o m o g ru p o d e p e s s o a s d e s e m p re g a d a s te n to u -
g á o . É a p r e s e n ta d o ñ a s d a n g a s c u ltu a is c o m o
u m v e lh o a lq u e b r a d o , c o rc u n d a , a p o ia d o n u m
se m e d ir a lg u m a d ife re n c ia g á o e n tr e C ris to e
S e n h o r d o B o n fim . E is c o m o é le s s e e x p re s s a -
c a ja d o d e m e ta l b r a n c o (O x a lá -O x a lu fa n ) o u
r a m : “ S e n h o r d o B o n fim é im a g e m e C ris to
c o m o u m g u e r r e ir o v e s tid o d e b ra n c o q u e le v a
n á o ” . O u tro : “ S e n h o r d o B o n fim é im a g e m d e
e s p a d a , e s c u d o e u rn a m á o d e p ilá o a m a rra d a á
C ris to ” . “ É u rn a im a g e m , m a s n á o d e C ris to ” .
c in tu r a ( O x a lá - O x a g u ia n ) .
U m o u tro fo i m a is lo n g e : “ S e n h o r d o B o n fim é
N a f e s t a d o S e n h o r d o B o n f i m , t e m o s a “ la -
m a is d o p o v o e C ris to n á o é ” . “ S e n h o r d o B o n *
63
f ím é S a n to e C ris to é D e u s ” . “ S e n h o r d o B o n -' s e d a e te rn a te n ta g á o d o n e s to ria n is m o , h o je ,
f im é s a n to m ila g r o s o q u e in te r c e d e ju n to a m a is d o q u e n u n c a p re s e n te e m n o s s o s d ia s . U m
D e u s ” . “ S e n h o r d o B o n fim é o s a n to a m ig o q u e p o n to é c e r to : c a d a v e z m a is o h o m e m m o d e rn o ,
e s tá p e r to d a g e n te ” . d e s s a c ra liz a d o e s e c u la riz a d o , c o lo c a rá p a r a s i o
C ris to , e p o d e rñ o fa z e r s e n tir c o n c re ta m e n te
E s te s te s te m u n h o s c o lh id o s , a q u i e a c o lá , e m
p a r a o s h o m e n s s e u s c o m p a n h e iro s d a H is to ria ,
c o n v e rs a s , n a o s a o c o n f ir m a d o s p e lo s in ic ia d o s
a q u e la s p a la v ra s d o S e n h o r: “ E s to u n o m e io d e
d o c a n d o m b lé . P a r a C a m a f é u d e O x o s s i o p o v o
v ó s a té a c o n s u m a g á o d o s s á c u lo s ” .
d iz q u e S e n h o r d o B o n f im e O x a lá s a o o m e s m o
s a n to , m a s e x is te d if e re n c a . P a r a e le a s e ita d o
Á d e s m itiz a g á o d o C ris to p ro v in d o d e e s q u e
c a n d o m b lé te m s u a s c o is a s p r ó p r ia s . O lg a d e
m a s c u ltu rá is im p o rta s e g u ir to d a u rn a p re g a g á o
Á la k e tu , u rn a d a s m a is fa m o s a s m á e s -d e -s a n to
q u e rig m á tic a , p re g a g á o e s ta q u e d e v e rá s e r d i-
d e S a lv a d o r , n a o g o s ta q u e s e m is tu r e m a s c o is a s
m e n s io n a d a n a lin h a d o s a p é lo s h is tó ric o s d a
d a I g r e ja C a tó lic a c o m a s d o C a n d o m b lé , n e m
c o m u n id a d e h u m a n a e n a lin h a d o s im p u ls o s d o
q u e s e id e n tif iq u e O x a lá c o m o S e n h o r d o B o n
E s p irito d e D e u s. A m a rc h a d a h u m a n id a d e
fim .
p a ia o s o c ia lis m o , a m a rc h a d a H is to r ia p a r a s e u
p o n to d e c o n s c ie n c ia e v o lu tiv a m á x im o — q u e n o
CRISTO DA C U L T U R A E CRISTO D A FE e s q u e m a te ilh a rd ia n o é o p o n to O m e g a (C ris - .
t o ) — c o lo c a e x ig é n c ia s d e o rd e m h is tó r ic a p a r a
O m a te r ia l e x p lo r a to r io q u e a c a b a m o s d e
o s c ris tá o s . A c e ita r, p o r e x e m p lo , u m d e s e n v o l-
a p r e s e n ta r , p e r m ite q u e s e te c a m a lg u m a s re -
v im e n to q u e n á o d e s e n v o lv e o h o m e m , a c e ita r
fle x ó e s d e c a r a te r te o ló g ic o . O q u e in ic ia lm e n te
u m s ta tu s p o lític o d e o p re s s á o , s e r á u r g ir — p e r-
c h a m a a a te n g a o d e q u e m a n a lis a o s d e p o im e n -
g u n ta m o s — o p ro c e s s o d e e m e rg é n c ia d o h o
to s le v a n ta d o s é n tr e a p o p u la g á o m a is s im p le s
m e m n o v o q u e o C ris to d a fé s u s c ita ? P a r a m u i-
( p o b r e s e a d o le s c e n te s ) é a c o n o ta g á o d e tip o
to s s e rá p re fe rív e l a lim e n ta r a fix a c á o d o C ris to
m o n o f is ita o u s e m i-m o n o fis ita , e n tre m e a d a n a
p e n d e n c ia s e m d ú v id a d e to d a u rn a c a te q u e s e P a r a o u tro s s e im p o e te s te m u n h a r a p re s e n g a
c e n te n á r ia , q u a s e s e m p re a lie n a n te , p o is d im e n - d in á m ic a e p n e u m á tic a d a q u e le q u e é p a r a a
H is to ria , o S a c e rd o te e o P ro fe ta , d a q u e le q u e
s io n a v a a re v e la g á o e o C ris to , f o r a d a H is to r ia
a le v a á tra s c e n d e n c ia fin a liz a d a e m p le n itu d e
e d a v iv e n c ia d a fé , o b r ig a n d o a re c u rs o s d e
e s c a to ló g ic a , m a s q u e é ta m b é n in c a rn a g á o d o
o r d e m m á g ic a , c o m o o m ila g re , o u d e o rd e m
p ro le tá rio m a rg in a liz a d o d o p ro c e s s o h is tó ric o ,
tr a n s - h is tó r ic a , c o m o a p ro m e s s a d e u rn a s a lv a -
q u e é s a c ra m e n to d o s p o v o s s u b m e tid o s a to d o s
g a o n o f u tu r o re m o to e te rn o . G ilb e rto G il, c o m
o s tip o s d e e s c ra v id á o e im p e ria lis m o s .
p o s ito r e c a n to r b a ia n o d a a tu a lid a d e , te m u rn a
m ú s ic a o n d e s a tir iz a e s ta v is á o : “ O lh a lá v a i
C a b e a q u i d e ix a r u rn a in te rro g a g á o fin a l.
p a s s a n d o a p r o c is s á o / S e a r r a s ta n d o q u e n e m
Q u a l a fu n g á o d a L itu rg ia n a c la rific a g á o e n a
c o b r a p e lo c h a o / A s p e s s o a s q u e n e la v á o p a s
v iv é n c ia e x p e rim e n ta l d o C ris to d a fé ? S e e la ,
s a n d o / A c r e d ita m ñ a s c o is a s lá d o c é u . / E le s
a n te s d e m a is n a d a , é a p re s e n g a d in á m ic a d o
v iv e m p e n a n d o a q u i n a té r r a / E s p e ra n d o o q u e
S e n h o r re s s u c ita d o e m a g á o s a lv ífic a n a a s s e m -
J e s ú s p ro m e te u . / E J e s ú s p ro m e te u c o is a m e lh o r,
b lé ia d o s e u P o v o e m fe s ta , re s ta to d a u rn a re -
/ P a r a q u e m v iv e n e s te m u n d o s e m a m o r, / S ó
n o v a g á o d a s fo rm a s r itu a is e d a p a s to r a l litú r g i
d e p o is d e e n tr e g a r o c o rp o a o c h a o , / S ó d e p o is
c a a fa z e r, p a r a q u e o s c ris tá o s e m a to d e c u lto ,
d e m o r r e r n é s te s e r tá o / E u ta m b é n e s to u d o
te n h a m c o n s c io n c ia lú c id a , e x p e rie n c ia v ita l a u
la d o d e J e s ú s / S ó q u e a c h o q u e o le s e e s q u e -
té n tic a d o S e n h o r n o m e io d e le s , c o m a s u a
c e u / D e d iz e r q u e n a té r r a a g e n te te m / D e
fis io n o m ia re a l, a p e n a s r e f r a ta d a n o e s p é lh o d e
a r r a n j a r u m je itin h o d e v iv e r.”
u m c u lto tra n s p a re n te .
A p o p u la g á o e s c o la riz a d a o u in flu e n c ia d a p e
lo s m e io s d e c o m u n ic a g á o m a is e s c la re c id o s , é
* A tra b a lh o a c im a d e v e -se p rin c ip a lm e n te a o s e
c a p a z d e p e r c e b e r o la d o h u m a n o d e J e s ú s C ris g u n d o s ig n a tá rio , c a b e n d o ao p rim e iro a o rie n -
to , e p o r v é z e s , d e f ic a r s ó n e s te a s p e c to . T r a ta ta g á o d e c o n ju n to e c e rta s s u g e s to e s d e c is iv a s .
64
U N A EDITORIAL URUGUAYA
R A R A LATINOAM ERICA
N A R R A T I V A C O L E C C I O N C A R A B E L A
A S I E N L A P A Z C O M O E N L A
G U E R R A ' G U I L L E R M O C A B R E R A I N F A N T E
L O S P R A D O S D E L A C O N C I E N C I A
C A R L O S M A R T I N E Z M O R E N O
J U N T A C A D A V E J R E S
J U A N C A R L O S Q N E T T !
L O S h a b i t a n t e s
M A R I A D E M O N T S E R R A T
G R A C I A S P O R E L F U E G O M A R I O B E N E D E T T I
L A F O S A T R A D U C C I O N
E U G E N B A R B U
C O N C I E R T O A S O M B R O F E R N A N D O A 1 N S A
E L J U E G O C O N L A M U E R T E T R A D U C C I O N Z A H A R I A S T A N C U
D E I N M I N E N T E A P A R I C I O N
B A R C E L O N A T R A D U C C I O N G E R M A N O L O M B A R D I
E N S A Y O . - C O L E C C I O N C A R A B E L A
l a E T I C A E N E L C O N T E X T O
C R I S T I A N O T R A D U C C I O N P . L L E H M A N N
S O B R E A R T E S Y O F I C I O S
M A R I O B E N E D E T T I
D E I N M I N E N T E A P A R I C I O N
E L U R U G U A Y D E V E R A S W A S H I N G T O N L O C K H A R T
1 1 E N S A Y O - C O L E C C I O N M U N D O A C T U A L
E L C A S T E L L A N O D E E S P A Ñ A v
A N G E L R O S E M B L A T
E L C A S T E L L A N O D E A M E R I C A
L A E R A T E C N O L O G I C A T R A D U C C I O N R A Y M Q N D a r o n
EDITORIAL A LF A
CIUD ADELA 1389
TELEFONO 98-12-44
con p a u lo fr e ir e
LOCAL F. C. U.
25 de M ayo 537 horario: 9a 20 horas
una auténtica organización cultural universitaria, recuérdela para sus compras de libros;
enviamos al interior del país y al exterior en las mejores condiciones.
J O U R N A L O F E C U M E N I C A L S T U D I E S
T E M P L E U N I V E R S I T Y
P H I L A D E L P H I A , P E N N S Y L V A N I A , 1 9 1 2 2
E n t e r m y s u b s c r ip tio n w i t h V o l. 5 (1 9 6 8 ) [ |, V o l. 4 D V o 1 - 3 D
V o l. 2 j |, V o l. 1 Q j ( S u b s c r ip tio n s b e g in w ith f ir s t n u m b e r e a c h y e a r)
Ñ a m e __________________
A d d r e s s __
C i t y S ta te Z i p
| | B ill m e □ C h e c k e n d o s e d
F o u r i s s u e s o f a b o u t 2 0 0 p a g e s e a c h p e r y e a r . S u b s c r i p t i o n s : f 8 . 0 0 U .S . A .
a n d C a ñ a d a ; $ 8 . 5 0 a l l o t h e r c o u n t r i e s ; $ 4 . 0 0 s t u d e n t s u b s c r i p t i o n ; $ 2 . 5 0
s i n g l e i s s u e ; $ 1 5 . 0 0 S U S T A I N I N G S U B S C R I P T I O N .
L IB R E R IA A M E R IC A L A T IN A
18 de Julio 2043 Local G Galería Territorial Tel. 41 51 27
p u b l i c a c i ó n A r t u r o P a o l i
* EL ENCUENTRO
_ De sus páginas surge sencilla, Clara, accesible, la amistad personal
S O C I E D A D SAN G R E G O R I O con Cristo que implica amor filia l al Padre y amor fraterno al pró
jimo. Esta obra está prologada por el R. P. René Voillaume, fun
dador de los Hnos. de C. Foucauld.
1 vol. 11 x 19 cms., 195 págs.
* EL TRABAJO Y LA PAZ
El autor con estos ensayos, penetra en el misterio de la tarea
humana y aclara el concepto de una paz auténtica.
1 vol. 11 x 16 cms., 96 págs.
Carlos Roxlo 1379 - Montevideo Tel.: 4 47 23
* DIALOGO DEL SILENCIO
MONJES EN LA IGLESIA DE HOY
P a b l o S á c n x O S B , M o n j e d e l S i a m b o n
Prólogo de A r t u r o P a o l i
Centro de Investigación y Orientación Psicológica Señalan los requisitos de una ética indispensable del desarrollo
Institu cion al en todos los niveles de la vida social. Es preciso hundir en la re a
lidad, escuchar la pulsación profunda de ese mundo en vías de
desarrollo y tomarlo como punto de partida.
1 vol. 11 x 16 cms., 64 págs.
in d iv id u a l:
A M E R I C A ESTADOS UNIDOS
N E W Y O R K ................E X P R I N T E R , 5 0 0 F i f t h A v .
L O S A N G E L E S .E X P R I N T E R , 4 12, W e s t 6 t h S t r e e t
AR G EN TINA C H I C A G O . . , ............ E X P R I N T E R , 191 N o r th M ic h ig a n A v e
H O U S T O N ...................E X P R I N T E R , M e llie E s p e r s o n B lo g
B U E N O S A I R E S .E X P R I N T E R , S a n M a i-ttn 176
B U E N O S A I R E S .E X P R I N T E R , S a n t a F e 834
M E N D O Z A .................... E X P R I N T E R , S a n M a r tin 1198 PERU
R O S A R I O ...........................E X P R I N T E R , C ó r d o b a 960
L I M A ..................................... E X P R I N T E R , A v . N ic o lá s d e P i e r d a 806
B A R I L O C H E ______ E X P R I N T E R , B a r to lo m é M itr e 70
C U Z C O .............................. E X P R I N T E R , P la z a R e g o c ijo 1 8 9
C O R D O B A ....................E X P R I N T E R , R iv a d a v ia 39
B O L IV IA PARAGUAY
L A P A Z ................................E X P R I N T E R , A v . C a m a c h o 314 A S U N C I O N ............... I N T E R - E X P R E S S , E s t r e l l a 553
C O C H A B A M B A ..E X P R I N T E R , P l a z a 14 d e S e tie m b r e 6143
( E s t e )
MEXICO
BRASIL M E X I C O .......................... E X P R I N T E R D E M E X IC O S . A . A v e n i
d a M o re lo s 9 8 -2 0 1
R . D E J A N E I R O . E X P R I N T E R , A v d a . R ío B a n c o 5 7 A
P O R T O A L E G R E . E X P R I N T E R , R ú a d a s A n d a d a s 1079
S A O P A U L O .................E X P R I N T E R , B a a o d e I ta p e tin ig n a 243 COLOMBIA
B O G O T A ............. . . . E X P R I N T E R , C a r r e r a 6 .“ N .° 1 4 -6 4
C H IL E
S A N T I A G O ....................E X P R I N T E R , A g u s tin a s 1074 VENE Z U E L A
V A L P A R A I S O . . E X P R I N T E R , P r a t 895
P U E R T O V A R A S . E X P R I N T E R , f e n te H o te l P u e r to V a r a s C A R A C A S ................... E X P R I N T E R , A v d a . U r d a n e ta 1 0
& 4 5
S E R V IC IO M U N D IA L DE VIA JE S
S A R A N DI 700 T E L E F S .: 9 55 01 ■ 9 06 06
M O N T E V ID E O - U R U G U A Y
año V I n? 15: M IG R A C IO N E S IN T E R N A S EN A M E R IC A L A T IN A
F r a n g o i s X a v ie r B e r t h o u y H e r v é G r o g u e n e c . H a b ía n s i d o d e t e n i d o s e l 2 8 d e N o v i e m b r e d e 1 9 6 8 , j u n t o
c o n u n d i á c o n o b r a s i l e ñ o . T o d a v ía s i g u e n s u j e t o s a la j u s t i c i a m ilit a r , c o n o b l i g a c i ó n d e p e r m a n e c e r
e n la c a p i t a l m i n e i r a , a la e s p e r a d e l f a l l o d e f in i t i v o .
L a s i g u i e n t e h o m i l í a f u e p r o n u n c i a d a p o r e l O b i s p o A u x ilia r d e B e lo H o r iz o n t e , D o n S e r a f í n F e r n a n d a s
d e A r a ú j o , e l 1 9 d e D i c i e m b r e .
“ Espero que nuestros caros hermanos no se sorprendan con los textos litúrgicos de nues
tras misas en este Primer Domingo de Adviento. La Iglesia de Belo Horizonte, continua
ción viva de la Iglesia de Cristo, vive en estos días, entre sus constantes angustias y
preocupaciones, momentos que llamaríamos de persecución. Están presos tres sacerdo
tes y un diácono de la comunidad parroquial de Horto. La Iglesia parroquial está cerrada,
los fieles sin misa y sacramentos.
Queremos estar presos por nuestra fidelidad al Evangelio de Cristo, de ahí la obligación
que sentimos de separarlo de cualquier sentimiento político o línea ideológica. Los que
sufren por ideales políticos sufren por sus motivos, los que son fieles al Evangelio su
fren por el Evangelio de Cristo. ..-síísl Í
Hoy podría pedir al pueblo que mandase telegramas al Sr. Presidente de la República
reclamando por la prisión de los padres. Nada de esto. No lo haremos. No queremos pri
vilegios sólo porque somos sacerdotes.
Lo que nosotros pensamos en materia política, social y económica es muy claro. Pensa
mos como piensa la Constitución “ Gaudium et Spes” , como piensa la “ Populorum Pro-
gressio” , como piensan los documentos de Medellín.
¿Cómo podemos no ver la situación del pueblo si no somos ciegos, cómo podemos no
oír su clamor si no somos sordos, cómo podemos callar sus problemas si no somos mu
dos? Aún más, a la Luz que nos ilumina, !a voz que nos habla es la misma voz de
Cristo que clama en la situación, el drama y los problemas de nuestros hermanos.
No tenemos compromisos con cualquiera que sea. Y si parece que los tenemos es por
que todavía nos falta una fidelidad total y completa al Evangelio de Cristo. Queremos
ser independientes y libres para servir a Dios y a los hombres.
Sabemos que nuestra actitud ante los hechos será juzgada diversamente, conforme a las
opiniones. Unos van a decir que merecemos también estar presos, otros van a quedar
condolidos por los sacerdotes; unos van a hallar que somos auténticos, otros dirán que
no es ésta la Iglesia de Cristo; unos irán a quejarse a las autoridades, otros van a usar
de nuestro testim onio para su política o su ideología; para unos ésta es la Iglesia que
ellos soñaban, para otros nosotros la estamos traicionando. Para nosotros basta que el Dios
verdadero nos juzgue.”
i * %4 ^ •** „
i j ú * 3 e'
Vi—
s u m a r io ;' .
j| 1 """
1 Carta del Editor __
perspectivas V
encuentros
26 “ La industrialización recolonizadora’’ Darcy Ribeiro
29 “ En el Cristo vivo’’ Mons. Eduardo F. Piróme
situaciones
32 Segunda DC al poder RP
33 Cuatro meses, tres documentos JLR
35 La hora del lobo HB
lecturas
38 Balthasar contra la corriente AMF
i