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© 2017. Fundação Assefaz.

Elaboração Gerência Nacional de Saúde/GNS - Coordenação


Nacional de Promoção e Prevenção/CNPP.
Coordenação Técnica e revisão final Raquel Aguiar - Gerente Nacional de Saúde e
Sabrina Moreira da Silva - Coordenadora Nacional
de Promoção e Prevenção.
Revisão final e Impressão Setor de Administração Protocolo e Documentação
- SAPD
Conteúdo produzido pelos enfermeiros João Marcelo Ferreira da Costa e Renata
Gonçalves do Nascimento.
Arte e fotografia Setor de Informática e Comunicação - Infocon.
Projeto desenvolvido por Escola Coorporativa Assefaz - Ecofaz.

Resguardados todos os direitos autorais conforme autores bibliográficos devidamente


referenciados neste guia.

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Sempre visando contribuir para a melhoria contínua


da qualidade de vida do membro beneficiário, esse
workshop foi preparado a fim de dar mais um passo
para a concretização dos planos da Fundação
Assefaz de um futuro melhor, pois acreditamos que
estar inserido na comunidade de forma ativa e
participativa ainda é a melhor maneira de se fazer
saúde.

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SUMÁRIO

Introdução sobre os primeiros socorros 04


Parada cardiorrespiratória 08
Sangramento 10
Corpos estranhos e asfixia 12
Queimadura 13
Bibliografia 15

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PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros socorros são intervenções imediatas e provisórias feitas por pessoas sem
conhecimentos médicos, ainda no local de fato, em vítimas de acidentes, mal súbitos ou
enfermidades agudas e imprevistas até a chegada de recursos especializados ou remoção da
vítima para um Serviço de Atendimento Especializado.

Características do socorrista

 Ter conhecimento sobre o assunto;


 Dominar as técnicas, sabendo reconhecer suas próprias limitações (procurar superá-las);
 Ser rápido, mas não precipitado;
 Ter espírito de liderança (trabalhar em equipe);
 Usar sempre o bom senso; e
 Ter calma.

Dom da palavra

A comunicação é um instrumento básico do cuidado e deve sempre estar presente em todas


as ações que serão executadas pelo socorrista, pois a troca de informações com a vítima
poderá proporcionar o êxito do atendimento. Há nessa comunicação inúmeras finalidades,
tais como orientação, informação, apoio, conforto ou o atendimento às necessidades básicas.
É necessário ter muita atenção, porque, na maioria das vezes, o socorrista é o único elo da
vítima com o meio externo, e por esse motivo o dom da palavra transcende a fala e alcança
as diversas formas de expressões corporais, transmitindo assim mais segurança e confiança.

Grupo de Risco

Segundo dados estatísticos do Ministério da Saúde, os idosos e as crianças são classificados


no grupo de maior risco de acidentes de forma geral. Os idosos devido ao comprometimento
e deterioração das funções e mecanismos de defesa estabelecidos pelos cinco sentidos (tato,
paladar, olfato, visão e audição), muitos causados de forma irreversível devido doenças
crônicas como a diabetes, hipertensão e outras. No que se refere às crianças, que são as
principais vítimas de acidentes domésticos, os eventos estão relacionados ao comportamento
infantil e à relação imatura com os perigos expostos, e isso justifica os dados emitidos pelos
Sistema Único de Saúde (SUS) que, no período de 2013 a 2014, registrou mais de 15 mil
casos de internações por queimaduras em pessoas com idade entre 0 e 10.

Condições Especiais

Há, também, as condições especiais, que é o grupo de risco identificado de forma pontual,
com características passageiras, como por exemplo a gestante, pois no período gravídico, por
meio da ação dos hormônios responsáveis pela gestação, acontecem alterações na estrutura
corporal da mulher, acrescido do sobrepeso abdominal, o que acaba tornando o ato de
caminhar mais difícil, expondo a mulher à traumas relacionados ao simples fato de locomoção.

Legislação sobre Primeiros Socorros

Artigo 135: “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo


sem risco pessoal à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave ou eminente perigo; ou
não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena
Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único – A

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pena é aumentada da metade, se da omissão resulta lesão corporal


de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. ” (Decreto de lei nº
2.848 de 07 de dezembro de 1940).
Biossegurança

“A Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção,


minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos”. (Teixeira, 2010)

O significado da palavra biossegurança pode ser entendido por seus componentes: Bio (do
grego bios) que significa vida e segurança, que se refere à qualidade de ser ou estar seguro,
protegido, livre de riscos ou de perigo. Portanto, biossegurança refere-se à vida protegida,
preservada, livre de danos, perigo ou ameaças.

Equipamentos de Proteção Individual- EPI’s

A Norma Regulamentadora elaborada pelo Ministério da Saúde trata, especificamente, dos


Equipamentos de Proteção Individual -EPI’s, que são utilizados de forma individual e servem
para a proteção dos riscos que, porventura, possam ser ameaças à saúde e à segurança do
socorrista. Entre os EPI’s mais comuns destacam-se aqueles que protegem as regiões do
corpo que ficam expostas, como por exemplo a mucosa, pele e tecidos frágeis. Os principais
equipamentos são: óculos, máscara, gorro, bota em borracha e avental impermeável.

Primeiro Atendimento do socorrista

1. Avaliação do acidente: observar a cena do acontecimento, ser ágil, ser decido e observar
rapidamente se existem outros perigos para o acidentado e para quem estiver prestando
socorro.

2. Proteção do acidentado: deve-se observar o local em que as pessoas estão e os perigos


(por exemplo: locais de desmoronamento, alagamento e correntes elétricas) para o
acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades do local.

3. Exame geral do acidentado: deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes


prioridades: a) estado de consciência (avaliação de respostas lógicas como nome, idade etc.);
b) respiração (verificar se há movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar
normalmente pelas narinas ou boca); c) hemorragia (avaliar a quantidade, o volume e a
qualidade do sangue que se perde e se ele é arterial ou venoso); d)·pupilas (verificar o estado
de dilatação e simetria entre elas); e e) temperatura do corpo (observar a sensação de tato
na face e extremidades). Deve-se ter, sempre, uma ideia bem clara do que se vai fazer, para
não expor desnecessariamente o acidentado, verificando, com cuidado, se há ferimento,
atentando-se para não movimentá-lo excessivamente. Se o acidentado está consciente, o
socorrista deverá perguntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidade funcionais de
mobilização e pedir para que a própria vítima mostre o local dolorido.

Movimentação da vítima (porque não fazer)

A movimentação da vítima NÃO deve ser feita, pois pode prejudicá-lo. A manipulação da
vítima pode acarretar ou agravar uma fratura inicial. Recomenda-se, portanto, que as vítimas,
principalmente com traumas, não sejam manuseadas até a chegada do atendimento

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emergencial. O atendimento fora do ambiente hospitalar não disponibiliza os recursos


tecnológicos necessários para a correta avaliação da gravidade de uma lesão traumática.

Casos que constituem exceções

 Ambiente de risco;
 Asfixia; e
 Parada Cardiorrespiratória.

Posição decúbito lateral de segurança

1. Deite a pessoa de barriga para cima e ajoelhe-se ao lado;


2. Retire objetos que possam ferir a vítima, como óculos, relógios ou cintos;
3. Estique o braço que está mais perto de você e dobre-o, formando um ângulo de 90º,
como mostra a imagem;
4. Segure a mão do outro braço e passe-a por cima do pescoço, colocando-a junto do
rosto da pessoa;
5. Dobre o joelho que está mais longe de você;
6. Gire a pessoa para o lado do braço que está apoiado no chão;
7. Incline a cabeça ligeiramente para trás, para facilitar a respiração.

https://www.tuasaude.com/posicao-lateral-de-seguranca/

Posição decúbito ventral, como fazer o rolamento?

1. Priorizar a segurança;
2. Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio;
3. Socorrista 1: Estabilizar a cervical;
4. Com as duas mãos segurar na parte lateral da cabeça, na região das orelhas;
5. Não levantar a cabeça para passar a mão que está em baixo;
6. O dorso da vítima é avaliado pelo socorrista 2;

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7. Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados de forma lateral.


8. O socorrista 2 segura nas cinturas pélvicas (quadril) e escapular (ombro).
9. O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores.

***Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados;

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfAHAAE/protocolo-suporte-basico-vida-2011?part=4

Cadeia de sobrevivência do adulto

American Heart Association

A cadeia de sobrevivência do adulto é constituída por 5 elos, são esses:

1º) Reconhecimento imediato da parada cardíaca e acionamento do serviço de urgência


(SAMU 192 ou Resgate 193);
2º) Reanimação: Ressuscitação Cárdio Pulmonar RCP, com ênfase nas compressões
torácicas;
3º) Rápida Desfibrilação: Existem desfibriladores automáticos em diversos locais como
shoppings, estádios, aviões e grandes supermercados. Na maioria dos casos a rápida
desfibrilação está relacionado à chegada do serviço de emergência.

Os próximos 2 elos dependem, única e exclusivamente, da chegada do resgate, são eles:

4º) Suporte avançado de vida; e


5º) Cuidados pós-parada cardíaca eficiente.

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A T E N Ç Ã O!!!!!!!!!!

O socorrista que está fora do ambiente hospitalar deve se prender aos três primeiros elos
da corrente e, como é uma cadeia feita por elos, o mais importante deles é o primeiro:
CHAMAR AJUDA, gritar para alguém ou telefonar para o serviço de urgência.

Telefones úteis

SAMU-192
Dores com início súbito, intoxicação ou envenenamento, queimaduras graves, trabalho de
parto com risco de morte para mãe ou feto, queda acidental, convulsões, atropelamento,
sangramento, hemorragias, traumas e fraturas.

BOMBEIRO-193
Incêndios, desabamento e deslizamento, salvamento aquático, choque elétrico, acidente com
pessoas presas em ferragens, queda de altura superior a 7 metros, vazamento de produto
químico ou tóxico, pessoas perdidas em mata, mar ou montanha, resgate em alturas.

MEDLIFE- 3386-4413/3574-9704/3552-5064/3386-3480
Empresa parceira com filiais da Fundação Assefaz no Rio de Janeiro, atendimento
humanizado de urgência e emergência, com ênfase na atenção domiciliar.

Telefone: o que falar?

1. Identificar-se;
2. Dizer o que aconteceu;
3. Condições da vítima;
4. Endereço e referência do local; e
5. Riscos relacionados ao local.

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA - PCR

Causas:

1. Primárias: A parada cardíaca deve-se a um problema do próprio coração, causando uma


arritmia cardíaca e geralmente a fibrilação ventricular. A causa principal é a isquemia
cardíaca (chegada de quantidade insuficiente de sangue oxigenado ao coração). Essas
são as principais causas de paradas cardíacas em adultos que não foram vítimas de
traumatismos; e
2. Secundárias: A disfunção do coração é causada por problema respiratório ou por uma
causa externa. São as principais causas de parada cardiorrespiratória em vítimas de
traumatismos: a) Oxigenação deficiente: obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares;
b) Transporte inadequado de oxigênio: hemorragia grave, estado de choque, intoxicação
por monóxido de carbono. c) Ação de fatores externos sobre o coração: drogas e descargas
elétricas.

Identificação de Parada Cardiorrespiratória sinais e sintomas:

1. Ausência de pulso numa grande artéria, por exemplo a carótida. Esta ausência representa
o sinal mais importante de PCR e determinará o início imediato das manobras de
ressuscitação cardiorrespiratória;
2. Ausência de respiração ou respiração arquejante (ruidosa, dificultosa, ofegante). Na
maioria dos casos, a ausência de respiração ocorre cerca de 30 segundos após a parada
cardíaca;

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3. Inconsciência. Toda vítima em PCR está inconsciente, mas várias outras emergências
podem se associar à inconsciência. É um achado inespecífico, porém sensível; e
4. Dilatação das pupilas começam após 45 segundos de interrupção de fluxo de sangue para
o cérebro.

Pulso Carotídeo

Descrição da Técnica:

1º passo: com uma mão manter a cabeça inclinada


2º passo: utilizar a mão livre para com dois ou três dedos, localizar o pomo de adão, deslizar
os dedos de forma lateral, posicionando-os entre a traqueia e o músculo do pescoço
(esternocleidomastoideo), na porção superior rente ao queixo (mento) e mandíbula.

Orientações PCR

1. Outra pessoa deverá estabelecer contato com as equipes de salvamento;


2. Inicie imediatamente a massagem cardíaca, a qual deverá ser feita colocando as mãos
abertas, uma sobre a outra, no meio do tórax do paciente, na altura dos mamilos;
3. Deixe seus braços esticados para colocar pressão na massagem. Aperte o tórax
pressionando o coração e solte em seguida. A massagem deve ser intensa e forte; e
4. Devem ser feitas 100 compressões por minuto, com profundidade de 5 centímetros.
Mantenha o coração batendo por meio dessa massagem repetidamente até a chegada do
socorro especializado.

Orientações: boca a boca fazer ao não fazer

Dispositivos de barreira não reduzem o risco de transmissão de doenças

A técnica de respiração boca a boca é polêmica pois existe o risco real de transmissão de
microrganismos (bactérias, vírus etc).

Descrição da Técnica:

1. Deve-se deitar a vítima no chão de barriga para cima e virar a cabeça dela um pouquinho
para traz, deixando as vias aéreas mais livres;
2. Abrir a boca da vítima e observar se existe algo bloqueando sua garganta. Caso exista,
retirar com uma pinça ou com os dedos;
3. Tapar o nariz da vítima e inspirar profundamente;
4. Soltar todo o ar na boca da vítima e observar o tórax dela, que deve encher-se de ar e
subir; e
5. Se ela não voltar a respirar sozinha deve-se repetir a respiração boca a boca por cerca
de 20 vezes por minuto.

CAB

 C - CIRCULAÇÃO - (circulation) O pulso da vítima deve ser avaliado quanto à amplitude,


a frequência e a regularidade. Um pulso radial forte em condição normal para a idade é
um sinal positivo e indica um volume de circulação adequada. Um método fácil e rápido
para a avaliação é o teste do enchimento capilar/perfusão sanguínea periférica, que em
caso de vítimas normovolêmicas (volume de sangue que circula no corpo) a coloração
retoma ao normal em dois segundos. A hemorragia deve ser identificada e contida na
avaliação primária, pois a rápida perda de sangue pode ser controlada por pressão direta,
elevação e compressão de pontos de pressão próximos.

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 A - ABERTURA DE VIAS ÁEREAS - (airway) As vias aéreas devem ser avaliadas para
assegurar sua permeabilidade. Podemos realizar a simples limpeza da via aérea (retirar
corpos estranhos) ou usar a manobra de “chin lift” (Manobra de Inclinação da Cabeça e
Elevação do Mento) e “jaw thrust” (Manobra de Tração de Mandíbula), a fim de tentar
manter as vias aéreas permeáveis”. Uma atenção especial é direcionada para a
existência potencial de lesão da coluna cervical durante e após a permeabilização das
vias aéreas, isso porque uma fratura sem danos estruturais na medula ou neurológicos
pode ser convertida para uma fratura com lesão neurológica. Nunca, em trauma, deve-se
realizar a hiperextensão da cabeça e do pescoço da vítima durante o estabelecimento
e/ou manutenção das vias aéreas.
 B - RESPIRAÇÃO - (breathing) Deverá ser exposto o tórax para avaliação adequada de
expansão e troca ventilatória. A permeabilidade das vias aéreas não assegura uma
respiração adequada. A troca de ar adequada deve estar presente para promover uma
oxigenação suficiente.

DEA- Desfibrilador Externo Automático

O DEA é um aparelho que incorpora um sistema que analisa o ritmo e também um sistema
de aviso de choque para vítimas de parada cardíaca. Ele avisa sobre o choque e o operador
toma a decisão final de deflagrá-lo.

Legislação

As seguintes leis versam a respeito da obrigatoriedade, por parte do Governo, de ter


disponível o aparelho DEA (desfibrilador externo automático) em locais com grande
conglomerado de pessoas:

1. Rio Grande Sul (Lei nº 13.109/08);


2. Paraná (Lei nº 14.649/05);
3. São Paulo (Lei nº 12.736/07) a nível municipal (Leis nos 13.945/05, 14.621/07 e decreto
nº 46.914/06);
4. Distrito Federal (Lei nº 3.585/05); e
5. Vitória/ES (Lei nº 6605/06).

SANGRAMENTO

É o derrame do sangue fora do vaso. Entre tantas funções, o sangue é o responsável por
transportar o oxigênio e os nutrientes até os órgãos. Devido a este fato, um sangramento ativo
pode levar a pessoa à um estado de choque, que, se não for controlado, pode levar a morte
de 3 a 5 minutos.

Hemorragia Capilar

Neste caso, o sangue extravasa do seu trajeto atingindo a pele, através do rompimento de um
capilar ou de um vaso fino superficial e, na grande maioria das vezes, sem grandes
repercussões.

Hemorragia Venosa

Neste caso, o sangue sai do seu trajeto normal e atinge a pele por meio do rompimento de
uma veia. O extravasamento do sangue irá depender das circunstâncias do ferimento, uma
vez que o sangue venoso é pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.

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Hemorragia Arterial

Neste caso, o sangue sai do seu trajeto normal e atinge a pele, por meio do rompimento de
uma artéria. Essa é, sem dúvida, uma situação de elevado risco, pois as características do
vaso permitem ao sangue ser pulsátil e o sangramento ocorre em um fluxo elevado, além do
fato desse sangue ser rico em oxigênio, gás responsável pela manutenção e preservação da
vida humana.

Hemorragia Interna

Neste caso o sangue pode extravasar de qualquer vaso (capilar, veia ou artéria). A diferença
é que o sangue não chega a pele, ficando retido dentro do corpo em alguma cavidade como
por exemplo o abdômen, o fêmur, o quadril, a bexiga, dentre outros. É uma situação de risco
elevado pois o diagnóstico é mais difícil já que não se exterioriza o sangramento e o sangue
retido dentro do corpo em local impróprio prejudica as funções vitais do organismo humano.

Sangramento Nasal

A perda de sangue pelo nariz ocorre quando algum vaso se rompe. Nessa situação deve-se
considerar a regra do CAPILAR, pois o vaso pequeno e o sangramento é fácil de controlar.
Exige-se atenção quando o sangramento ocorre posterior à algum trauma, pois pode indicar
que o local inicial do sangramento nasal não seja de fato o nariz e que este esteja sendo
utilizado apenas como um sistema de condução para exteriorizar um sangramento interno.
Constitui caso de atenção os pequenos sangramentos que ocorrem em repetidos intervalos.
Nesse caso o médico deverá ser sempre acionado, com a finalidade de diagnosticar e tratar
a causa do sangramento.

O que fazer em casos de hemorragia?

1. Lavagem do ferimento com água, de forma abundante, com a finalidade de retirar


microrganismos;
2. Realizar compressão local aplicando pano limpo; e
3. Elevar o membro afetado (em caso de braços e pernas), porém, antes deve se certificar de
que não há nenhum tipo de lesão traumática em ossos e articulações. Essa conduta tem a
finalidade de favorecer a circulação.

O que não fazer?

1. Se expor ao sangue da vítima, lembre-se sempre das noções de biossegurança.


2. Não deixe a vítima comer;
3. Não deixe a vítima beber água;
4. Não aplique nada sobre o ferimento (café, açúcar, e etc).

Estado de alerta (gravidade e/ou piora do quadro).


***Atenção para os sinais que antecedem uma parada cardiorrespiratória (descritas na página
08). Nesses casos, deve-se buscar ajuda especializada imediatamente.

O que fazer em caso de vítima gravemente ferida?

Nos casos em que o sangue continuar saindo do local onde foi colocado o pano, não retire o
pano, coloque outro limpo em cima e continue a pressionar o local.
Deve-se aquecer a vítima e buscar ajuda especializada imediatamente, além de seguir a
cadeia de sobrevivência do adulto (página 07).

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CORPOS ESTRANHOS E ASFIXIA

CAUSAS:

1. Bloqueio da passagem de ar;


2. Insuficiência de oxigênio no ar;
3. Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio;
4. Paralisia do centro respiratório do cérebro; e
5. Compressão do corpo.

Manobra de Heimlich

Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar. Alguns sinais são
característicos, dentre os quais estão: a) a tentativa de falar e a voz não sair; b) a pessoa
começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos para a garganta; c) a pele pode mudar de
cor, passando a ficar azulada, o que indica a baixa oxigenação do sangue.

Inicie a manobra abraçando a pessoa pela cintura e firmando os punhos entre as costelas e
o abdômen. Puxe a pessoa para cima, em sua direção, rápida e rigorosamente, quantas vezes
forem necessários, pode-se, também, exercer forca de baixo para cima, como o punho
cerrado, a começar pela região da cicatriz umbilical.

http://fabianascaranzi.com.br/manobra-de-heimlich-aprenda-como-ajudar-uma-pessoa-engasgada/

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****Especificamente nos bebês

http://jpibiuna.com.br/JP/ibiuna/bebe-fica-engasgado-e-e-salvo-por-pm-pelo-telefone/

QUEIMADURAS

Queimaduras são lesões em tecidos, órgãos ou mucosas causadas por agentes externos
presentes no meio ambiente.

Tecidos afetados:

A pele é vital para a nossa saúde e bem-estar. Além de atuar como a primeira linha de defesa
do organismo contra bactérias e vírus, a pele saudável mantém o equilíbrio dos líquidos e
ajuda a conservar a temperatura corporal. Ela é altamente sensível e pode reagir ao toque
mais macio, assim como a dor. A pele é o maior órgão visível, pois cobre quase 2m² e compõe
quase um sexto do peso corporal. O estado da pele também pode ter um impacto significativo
em nossa autoestima.

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Epiderme: a camada mais superficial da pele, ou seja, a que está diretamente em contato
com o exterior;
Derme: camada subjacente à epiderme e é constituída por densa rede de tecido conjuntivo;
Hipoderme: tela subcutânea situada logo abaixo da pele, porém que não faz parte da pele e
é fixada nas estruturas subjacentes. Ela pode ter uma camada variável de tecido adiposo
(gordura) dependendo da região do corpo. Além da função de reservatório energético, a
hipoderme apresenta a função de isolamento térmico, modelagem da superfície corporal,
absorção de choques e preenchimento para a fixação de órgãos.

Características das lesões:

Queimadura de 1º Queimadura de 2º Queimadura de 3º Queimadura de 4º Grau


Grau(epiderme) Grau (epiderme Grau (todas as (todas as camadas +
+derme) camadas) órgãos)
Vermelhidão, Bolhas, lesão mais Necrose, dor ao Além do tecido adiposo,
doloroso, pele dolorosa, pele redor, pele seca, atinge músculo, ossos e
quente e seca úmida e brilhosa. esbranquiçada, órgãos internos.
chamuscada

Tipos de queimaduras
As queimaduras se classificam em graus (1º, 2º,3º e 4º).

Agentes causais
A injúria (ofensa, dano) do tecido pode ocorrer devido ao contato térmico com o calor
excessivo, o frio excessivo, a corrente elétrica (a corrente elétrica encontra no corpo humano
uma barreira a ser vencida e a maneira como ela o ultrapassa consiste em aquecê-lo ao ponto
de gerar faíscas e, até mesmo, o fogo), as substâncias químicas ou venenos com PH ácido
ou base.

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O que fazer em casos de queimadura?

1. Lavar o local de forma abundante;


2. Se houver ferida de grande extensão, deve-se ocluir o ferimento com pano limpo e úmido
para o pano não se aliar ao leito da ferida;
3. Abrir as roupas e deixar as vestimentas mais folgadas;
4. Retirar todo e qualquer tipo de adorno;
5. Em casos de queimadura por agentes químicos, deve-se realizar o banho de aspersão no
chuveiro (o uso de mangueira não é aconselhado, por não podermos controlar a força do
jato)

O que não fazer?

1. Aplicar qualquer outro tipo de substância (creme dental, gelo, clara de ovo, etc);
2. Não utilizar produtos que se desmancham para realizar o curativo, como exemplo o
algodão que pode ir se soltando e acabar aderindo à ferida; e
3. Não retirar a roupa do ferido, pois ela pode estar em contato com as lesões e bolhas que
irão se romper com a retirada da vestimenta. Nesse caso, o ideal é esperar o socorro para
que seja utilizada a técnica correta.

Sinais de que a lesão por queimadura está infeccionada

 Calor (aquecimento);
 Rubor ou hiperemia (vermelhidão);
 Edema (inchaço);
 Hiperestesia (dor ao toque); e
 Perda de função.

O que fazer em caso de vítima gravemente ferida?

Aquecer a vítima e buscar ajuda especializada imediatamente, além de seguir a cadeia de


sobrevivência do adulto (página 07).

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BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Patricia Gaston de, e ANDRADE, Claudia Alexandra de. "Biossegurança:


Responsabilidade no Cuidado Individual e no Cuidado Coletivo." Cadernos das Escolas de
Saúde1.7 (2012).
DA ENERGIA, Lei da Conservação. BIOMECÂNICA DO TRAUMA E/OU CINEMÁTICA DO
TRAUMA.
ELLIBOX, Silvana et alii. A gestante vítima de trauma em acidentes automobilísticos: um relato
de experiência. 2017.
FAHA, Hélio Penna Guimarães. Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA -
American Heart Association. Destaques de 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a
ACE. Edição em português (on line). Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-
content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
RIBEIRO, Luísa. Socorristas e socorro de urgência, uma abordagem do processo de tomada
de decisão imediata. 2011. Tese de Doutorado.
SAMU, Manual de Primeiros Socorros para leigos. Núcleo de Educação Permanente SAMU
192. PORTO ALEGRE. 2013
SUCUPIRA, Ana Cecília. A importância do ensino da relação médico-paciente e das
habilidades de comunicação na formação do profissional de saúde. Interface-Comunicação,
Saúde, Educação, v. 11, n. 23, 2007.
TEIXEIRA, Pedro; VALLE, Silvio. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. SciELO-
Editora FIOCRUZ, 2010.

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