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Curso de capacitação - Porteiro

A função de Porteiro não é apenas abrir e fechar portas e


portões. O profissional de portaria deve saber orientar e tomar
decisões diante de inúmeras situações, por isso, essa função
exige pessoas responsáveis e bem preparadas. O trabalho
desse profissional é muito importante para a manutenção e
segurança em prédios, clubes e condomínios”.
Ari de Assis (2010)

A profissão

1 - Conhecendo a profissão

Em nosso país, é comum as pessoas assumirem compromissos sem ter


consciência do que fazem, sendo levadas pela necessidade de sobrevivência.
O candidato a emprego normalmente “agarra” o primeiro serviço que
aparece sem levar em consideração se é o que sabe e gosta de fazer. Por
herança cultural, nós brasileiros, não damos o devido valor à profissão. Por
isso, também é comum, nas entrevistas de seleção, o entrevistador
perguntar qual a profissão do candidato e ele responder que sabe fazer
“quase tudo”.

Nos países mais desenvolvidos, a profissão de uma pessoa é muito


valorizada, por isso é frequente o sobrenome das pessoas espelharem a
profissão da família. O valor do trabalho de uma pessoa é definido pelo
mercado, e depende diretamente do grau de dificuldade e responsabilidade
das atividades e da oferta de mão de obra com a qualificação necessária. É
muito importante escolher uma profissão que realmente se tenha aptidão e
satisfação em exercê-la para que você possa se diferenciar no mercado de
trabalho.

Vamos então conhecer a profissão do porteiro!


Porteiro, também chamado de encarregado de portaria, é a designação
da profissão onde o trabalhador deve ficar na entrada de um
estabelecimento para proteger a entrada indevida de estranhos. Este local é
designado como portaria.

1.1 Perfil da Profissão

Você já sabe que esta é uma profissão que deve inspirar orgulho, não é
verdade? Mas qual é o perfil de um profissional do condomínio? Vejamos:

• Conhecimento básico de informática;


• Habilidade em relações humanas;


• Capacidade de operar equipamentos de segurança;


• Estabilidade funcional comprovada em carteira de trabalho;


• Aptidões físicas e mentais, comprovados em exames de saúde;


• Ficha criminal isenta de antecedentes;


• Experiência comprovada na função;


• Cursos e treinamentos na sua área de atuação;


• Indicações através de cartas de apresentação (cuja veracidade será


confirmada);

• Endereço residencial fixo.

1.2 Funções e atribuições

•. Atender o interfone com educação;

•. Ser paciente com os condôminos;

•. Receber a correspondência;

•. Atender a todos os visitantes com educação;

•. Atender aos prestadores desserviço e encaminhá-los ao zelador ou


síndico;
•. Não deixar a portaria vazia. Quando for ao banheiro, avisar o zelador ou
outro funcionário que tenha habilidade para ficar em seu lugar;

•. Permitir a entrada de visitantes somente depois da autorização do


condômino anfitrião. Lembrando que todos devem ser anunciados no
momento da chegada;

•. Manter a portaria limpa e organizada;

•. Proibir a entrada de condôminos que queiram ficar na guarita;

•. Ficar atento aos monitores do circuito fechado de TV. Qualquer


irregularidade deve ser comunicada ao zelador;

•. Anotar numa agenda ou num caderno, o horário de entrada e saída de


prestadores de serviço e visitantes;

•. Não abrir o portão para carro de estranhos;

•. Observar com atenção a entrada e saída de carros da garagem, bem


como a pessoa que está dentro dele;

•. Não falar palavras de baixo calão;


•. Manter a barba e o cabelo cortados;


•. Cuidar bem do uniforme, que deve estar sempre limpo e passado;

Todos os profissionais do condomínio devem trabalhar em conjunto a fim de


promover conforto e segurança para seus principais clientes, os condôminos.

Ao atender visitantes, o portão somente poderá ser aberto após:

•. Avisar o morador e obter sua autorização;

•. Na dúvida, solicitar ao morador para vir identificar o visitante, mantendo-


o ainda do lado de fora;

1. No caso de entrega de encomendas:

•. Avisar o condômino e solicitar sua presença na portaria;

•. Na ausência do condômino, receber e guardar para, posteriormente, ser


retirado por um morador ou entregue por um funcionário;
•. Em alguns condomínios, o porteiro aproveita a troca de turno para
distribuir as correspondências;

2. Prestadores de serviços:

•. Avisar o condômino e só abrir a porta mediante autorização do morador;

•. Depois que entrar, pedir crachá com foto e anotar os dados de seus
documentos;

•. Se for prestador de serviço para o condomínio, só abrir a porta depois de


autorizado pelo zelador;

•. Também deve pedir o crachá e anotar os dados;

3. Em caso de obras no condomínio, só permitir o acesso de funcionários


listados pela empreiteira, portando crachá com foto. Em caso de dúvida,
chamar o zelador;

4. Os porteiros e seus substitutos devem ser alertados quanto aos disfarces


que os ladrões têm usado para invadir os condomínios;

5. Nos horários de limpeza e recolhimento de lixo, manter as entradas do


edifício fechadas;

6. Na entrada ou saída de pessoas do condomínio, somente abrir o portão


após verificar se não há suspeitos próximos;

7. Não devem aceitar a guarda de chaves das unidades e dos automóveis


dos moradores;

8. Não comentar sobre a vida pessoal dos condôminos, como horários em


que podem ser encontrados e outras informações;

9. É interessante que seja instalada uma linha telefônica na portaria, para


que se possa acionar rapidamente a polícia ou os bombeiros em caso de
emergência, sem depender do zelador - que pode não estar no condomínio
na hora;

10. Neste caso, é conveniente pregar no telefone uma lista com o telefone
da delegacia mais próxima, bem como do Corpo de Bombeiros e da
conservadora do elevador.
1.3 Condomínio

Você sabe qual o significado da palavra condomínio?

A palavra “condomínio” significa o domínio de vários, por isso muitas são as


situações em que pode existir um condomínio, ou seja, um bem cujo
domínio pertença a várias pessoas (físicas ou jurídicas).

Veja o conceito segundo o dicionário Houaiss: em um prédio de


apartamentos, o conjunto das dependências de uso comum (corredores,
elevadores etc.), e que, por essa razão, pertencem à totalidade dos
proprietários de apartamentos do prédio.

Existem dois tipos de condomínio: o civil e o especial.

Condomínio civil – também chamado de condomínio geral – se desdobra


em vários tipos de condomínio, por exemplo, o condomínio que se
estabelece em razão de herança de bem indivisível deixado em favor de
várias pessoas; o condomínio entre sócios de fato em relação ao patrimônio
adquirido em face da sociedade; o condomínio em face de separação judicial
ou divórcio em relação ao patrimônio indivisível do casal, etc. Trata-se de
uma propriedade que pertence a duas ou mais pessoas, onde cada uma
delas possui parte da propriedade que é expressa na forma de fração ou
percentual.

Cada condômino tem o direito de usar, gozar, dispor e reaver sua


propriedade de acordo com a sua fração ideal, não podendo o condômino
usufruir da propriedade dos demais sem a anuência deles.

Embora em todos esses casos, e outros, exista uma relação jurídica


condominial, os direitos e obrigações desses condôminos são regidos pelo
Código Civil, que dispõe sobre o direito de condomínio de uma forma geral.

Condomínio Especial - também chamado de “condomínio horizontal”, é


regido pela Lei 4.591/64, que regula especificamente o condomínio de
edificações e incorporações imobiliárias, portanto, de forma especial.
Condomínio em edifícios de apartamentos. As edificações com apartamentos
devem ser caracterizadas como horizontais, pois o plano que os separa é
horizontal.

Existe uma diferença fundamental entre o condomínio civil (ou geral) e o


condomínio especial (ou horizontal). No condomínio geral os direitos dos
condôminos recaem sobre a integral extensão do bem, e não apenas sobre
uma ou mais partes dele. Já no condomínio especial, os condôminos têm
propriedade exclusiva sobre as partes denominadas de “unidades
autônomas” e têm propriedade partilhada nas partes comuns que lhes
pertencem na proporção de suas respectivas frações ideais.

Exemplificando o condomínio

O condomínio é uma pequena sociedade, na qual existem diversos tipos de


personagens, tais como síndico, condômino e zelador. Cada um deles realiza
funções específicas, com regras definidas. Só é possível um convívio de paz,
quando as normas são respeitadas.

1.4. Principais instrumentos de controle de um condomínio:


. Livro de ocorrência; 


. Livro controle de condôminos; 


. Livro ou relação de visitantes; 


. Livro de fichas de fornecedores e prestadores de serviços; 


. Livro de sugestões ou reclamações; 


Livro de protocolo. 
Livro de ocorrência: 
É onde são registrados todos os


fatos que fogem à rotina. O livro deve ser preenchido sempre que houver um
acontecimento que fuja da normalidade e precisa ser registrado. Exemplo:
morador que perdeu sua chave, barulho no andar de cima, unidades que se
recusam a consertar vazamentos etc. 
Livro controle de condôminos: 
É
necessário porque todo condomínio existe uma rotatividade de condôminos e
principalmente de porteiro e vigia. Caso surja um visitante ou entregador que
não saiba o número da unidade identificamos pelos condôminos. 
Livro ou
relação de visitantes: 
Muito comum em prédios comerciais. Tem sido cada
vez mais substituído por computadores com câmeras integradas. Se o controle
for a livro, registrará o nome, documento de identidade, destino de cada
visitante. Alguns têm espaço para anotar o dia, horário de entrada e saída, Serve
para anotar os dados dos fornecedores do condomínio e dos profissionais que
prestam serviço. No caso registra-se o nome da empresa, telefone, e-mail, o
nome do contato, e os dados dos prestadores do serviço. Em alguns casos,
registra-se também o que foi adquirido da empresa. Nos casos de prestadores de
serviços autônomos (bombeiros, pintores, eletricistas, etc.), é interessante anotar
o nome, telefone, identidade, para qual unidade. Em alguns locais existem o
cadastro de responsabilidade do condômino onde o mesmo sinaliza para o
condomínio a responsabilidade sobre esses trabalhadores.
Livro de sugestão ou reclamação:
É um espaço para manifestação dos condôminos. As anotações ali deixadas
devem ser encaminhadas ao zelador ou síndico para que os mesmos tomem
conhecimento e promovam as devidas providências. Em alguns condomínios,
esses tipos de anotações são feitos no próprio livro de ocorrências.
Livro de protocolo:
É o instrumento de controle geral para documentos recebidos. Nesse livro o
porteiro ou vigia anota o dia da chegada, numeração e inviolabilidade do
documento ou encomenda. Para retirá-la, o destinatário deve assinar e datar o
livro acusando o recebimento. As anotações realizadas nesse livro são aquelas
identificadas pelo porteiro ou vigia como importante e deve ser registrada e
devido a isso, deve ser entregue o mais rápido possível.
Controle e encaminhamento de correspondência:
A atividade de separar, classificar e encaminhar a correspondência pode parecer
simples. Mas não é. Hoje em dia, é cada vez maior o número de documentos e
objetos importantes que chegam pelo correio, direto por mensageiros,
notificações judiciais, compras, etc. Geralmente essas correspondências são
organizadas em escaninhos (caixa de separação de correspondências)
individuais para cada unidade: apartamento, empresa ou casa.
A chave do escaninho fica com o condômino e só ele pode retirar a
correspondência. Embora o sistema de escaninho seja seguro, ele não se presta a
todo tipo de correspondência. Nem toda correspondência cabe no estreito
espaço de escaninho.
Também temos os condôminos que não tem o hábito de verificar seu escaninho
diariamente e deixar de ver uma alguma correspondência importante. Por esse
motivo, antes de colocar a correspondência no escaninho é preciso classificá-la
em grupos:
. Grupo 1 – cartas simples, bilhetes, contas, folhetos de propagandas. 


. Grupo 2 – cartas registradas, sedex, cartas com aviso de recebimento,


telegrama, encomendas. Essas correspondências precisam ser anotadas no
livro de protocolo e 
entregues ao condômino o mais rápido possível. 


Grupo 3 – correspondência simples, mas que não cabem no escaninho como os



jornais e revistas. Estas podem ficar na portaria para serem entregues ao
condômino assim que o mesmo passar pelo local. Com o uso cada vez maior das
compras pelo meio virtual, a responsabilidade do porteiro ou vigia em relação
ao recebimento e a entrega de correspondência e encomendas aumentou muito.
Chega de tudo na portaria (TV, som, aparelhos celulares etc.) 
Atualmente,
determinados tipos de ordem judiciais já são entregues aos responsáveis pela
portaria, que devem assinar o aviso de recebimento, formulário dos Correios
que permite comprovar quem recebeu a correspondência e quando. Isso é muito
importante, por que as notificações enviadas pela justiça têm prazo curto e caso
o destinatário não atenda o tempo, ele pode até responder a processo. Para evitar
esse tipo de transtorno e para resguardar o serviço de portaria, o ideal é que se
use o livro de protocolo para registrar a chegada e a entrega dessas
correspondências. 
Violar correspondência é crime6. Portanto, jamais abra uma
correspondência, seja ela cartas, revistas, telegramas, embalagens, etc. De
acordo com o art. 151 do código penal, quem faz isso esta sujeito a pagamento
de multa ou cumprimento de pena.

2. SEGURANÇA DO CONDOMÍNIO

2.1 Segurança Física de Instalações

A segurança física das instalações de um condomínio ou de uma empresa é


fator imprescindível para a diminuição dos riscos que possam ameaçar o
bem-estar dos condôminos ou funcionários.

Você saberá agora como promover a segurança dos condomínios.

Você sabe o que são barreiras físicas? Vamos entender!

• Barreiras Físicas

São obstáculos naturais ou artificiais que servem para impedir ou dificultar o


acesso de pessoas estranhas a locais delimitados ou proibidos e controlar os
locais permitidos. (Exemplos: vegetação, muros, cercas, concertinas,
alambrados, ofendículos, cancelas, portarias, portões, portas, etc.).
Mas será que somente isso é necessário para oferecer segurança ao
condomínio?

• Divisas Físicas

As divisas físicas de uma instalação devem ser bem definidas para que
possam atender às exigências técnica e estética, assim como à proteção
perimetral do local. Normalmente, nas divisas frontais se utilizam muros
fechados, gradis, grades com vegetação, misto de muro e gradil, cercas
vivas, alambrados, entre outros.

Deve-se atentar para que tais obstáculos físicos não sirvam como escada
para posterior escalada de marginais e, também, para que não sirvam como
esconderijo. Ao se optar por grades de ferro, é necessário observar que
estas devem ser altas, no mínimo 2,50 metros, e com barras transversais
distantes entre si o máximo possível, para que não sirvam como degrau. As
divisas frontais podem também ser fechadas com muros, pois na grande
maioria existe uma portaria que elimina a necessidade de se observar o
interior dos jardins à chegada dos moradores.

E a vegetação do condomínio, como deve ser? Baixa, alta, com


árvores grandes, pequenas? Pense, o que você acha?

• Vegetação

É comum que se tenha vegetação tanto na parte externa quanto interna,


mas deve-se atentar para que as árvores grandes e com galhos longos
estejam distantes das divisas periféricas. A vegetação deve ser baixa e
esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como
esconderijo de malfeitores.

A segurança dos condôminos é muito importante, não é mesmo? Por isso, é


necessário que você esteja atento a todas as formas de segurança. Esteja
sempre atento!

• Muros

Os muros devem ser de alvenaria ou de concreto, com altura mínima de


2,50 metros, não devendo fugir de seu projeto arquitetônico e estético. Pode
também ser protegido no topo por extensões em “L”, voltadas para dentro,
o que é muito empregado em edificações verticais.
• Cercas Físicas

Feitas de arame farpado, com os intervalados de 10 centímetros, com altura


máxima de 2,50 metros. Podem ter extensões em ângulo, semelhantes aos
muros para aumentar a e ciência. Normalmente, são complementadas com
vegetação ou cercas vivas. São bastante usadas em condomínios horizontais
em áreas rurais.

• Alambrados

São construídos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e
malhas de no máximo 5 cm x 5 cm, presos em cima e embaixo com arame,
tudo isso revestido em PVC.

Servem como telas, sendo muito e cientes quando utilizados, também, como
extensões nos topos de muro, com suas pontas em “l”, complementadas por
arame farpado em forma de ganso, em “Y” ou dupla, voltadas para dentro
do condomínio.

• Ofendículos

São extensões físicas que servem como complemento de muros, cercas,


alambrados e que dificultam a transposição de criminosos. (Exemplo: pontas
de lança, pedaços de vidro, pregos, grampo, pedaços de lâminas, arames
farpados e cercas eletrificadas).

• Cancelas

São porteiras de pequena altura, geralmente de armação metálica, que se


abrem e se fecham ao trânsito nas passagens de nível. Normalmente, são
utilizadas em condomínios, empresas e estacionamentos comerciais,
servindo para controlar o acesso de veículos no trânsito local e interno.

• Portarias

Uma portaria deve ser construída de maneira a ficar recuada das divisas da
área a ser controlada, estando a uma altura acima do nível da rua para
aumentar o ângulo de visão do Agente de Portaria. É importante salientar a
necessidade de que se tenha dois portões, formando assim, as chamadas
eclusas, onde um se abre quando o outro se fecha.

O ideal é que a portaria seja protegida com vidro à prova de balas


complementado por uma película que dificulte a visão do seu interior no
horário diurno ou noturno. O agente de portaria precisa ser preservado e,
para isto, é necessário que a portaria possua um banheiro exclusivo,
intercomunicadores, monitores de vídeo, interfones, guichês para
recebimento de encomendas, espelhos convexos para facilitar a observação
de áreas internas ou externas e rádio.

• Guaritas

As guaritas são torres de proteção para abrigo dos agentes de portarias e/ou
vigilantes. Devem ser elevadas e construídas de alvenaria, situadas em
locais estratégicos e rentes aos muros ou cercas a fim de aumentar o
alcance de visão bem como para garantir a ostensividade (que chama a
atenção; vistoso, ostentatório) da segurança.

• Portões

Os portões de entrada, tanto de pedestres quanto de veículos, devem ser


fabricados de materiais leves, mas resistentes, devendo possuir trancas e
fechaduras em perfeitas condições e de boa qualidade, a fim de evitar
muitos defeitos e manutenções.

O número de portões que serve a área externa deve ser reduzido ao mínimo
possível, sendo o ideal apenas um para veículos e outro para pedestres. De
preferência, devem ser automáticos para abertura a distância, sendo
complementados com interfones ou vídeos-porteiro.

• Portas Internas ou Intermediárias

Servem para delimitar áreas de acesso reduzidas e devem ser fabricadas de


materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumínio,
possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes.
Devem sempre permanecer fechadas e trancadas.

• Garagens

Por indisciplina ou descaso dos usuários, a garagem é um dos pontos mais


vulneráveis para a segurança de um condomínio ou empresa.

Por isso, é importante construir portões acionados eletronicamente que


confinem o veículo entre si, de modo que uma delas se abra somente
quando a outra estiver fechada, evitando-se, assim, a entrada de um
“carona” indesejado. A garagem deve possuir espelhos convexos que
facilitem a visualização de Agente de Portarias ou garagistas.

• Iluminação

É fundamental que todas as dependências sejam bem iluminadas, a fim de


que possa desestimular a ação dos meliantes. As áreas externas também
precisam ser iluminadas para que se tenha uma ampla visão da
rua,
calçadas, frente da portaria e da porta da garagem. Nas áreas de entrada de
pedestres e veículos pode ser instalado um holofote a ser utilizado pelo
Agente de Portaria para poder identificar visitantes e veículos que estejam
defronte do portão.

Devem ser instaladas luminárias ao redor dos muros do perímetro, caso


haja trânsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos fundos da
edificação,
a fim de melhorar a iluminação pública, isso se a existente não
for adequada. É importante evitar pontos de penumbra nas áreas internas,
principalmente nos jardins, “playgrounds” ou mesmo corredores ao redor do
condomínio, para que possa ser verificada a presença de pessoas estranhas.
Para economizar energia, existem sensores que permitem que as luzes
acendam automaticamente ao detectarem a aproximação de pessoas ou
veículos.

Diante de toda essa explicação, o que é necessário para manter a segurança


do condomínio? Pense um pouco!

Para prevenir o condomínio de modalidades de crime, é necessário


estabelecer um plano eficaz e, principalmente, respeitar o tripé básico de
segurança condominial, constituído de tecnologia, pessoal qualificado e
comportamento. Essas três vertentes têm de funcionar em perfeita sintonia,
pois, qualquer delas que falhe, terá aberto a brecha que favorece o crime, e
suas consequências são imprevisíveis.

Lembre-se: a prevenção é fundamental para evitar o crime.


• Sinalização

O sistema de sinalização tem a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou


sobre alguma norma convencionada. Pode ser visual, por meio de placas ou
sinais luminosos, como também sonora. Pode ser horizontal, por meio de
marcas inscritas no piso, ou vertical, por meio de placas ou faixas expostas
ao longo das instalações. Aos condôminos ou funcionários cabe respeitar e
obedecer à sinalização convencionada quando estiverem dentro do
condomínio.

Você já sabe que proteger o condomínio não é tarefa fácil, não é mesmo?

Portanto essa proteção dependerá de aplicação do síndico, colaboração dos


condôminos, uma boa orientação aos funcionários, além dos equipamentos
de segurança.

2.2 SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA E ATITUDES DO

PROFISSIONAL DE CONDOMÍNIO

2.2.1 Sistemas eletrônicos de segurança

A interação do homem com os equipamentos eletrônicos promove um


elevado nível de segurança, pois amplia muito a capacidade de observação e
reação de uma pessoa. Existem muitos tipos de equipamentos à disposição,
e para adquiri-los deve ser feito um planejamento com consultores
especializados, a fim de que eles definam os pontos vulneráveis e as
medidas a serem adotadas para criar um sistema de segurança adequado.

A utilização dos equipamentos eletrônicos deve ser precedida de um projeto


tecnológico que permita o ótimo funcionamento ao longo do tempo. A
instalação deve ser de boa qualidade para se evitar problemas futuros.

Sistemas de Segurança Monitorados

Os sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas e servem para reduzir


riscos de intrusão, incêndios, coação. São dotados de uma central de
monitoramento desenvolvida para receber os sinais de alarmes dos sistemas
de segurança instalados. Estes sinais podem ser enviados por linha
telefônica exclusiva do monitoramento; por linha telefônica regular; por
linha telefônica celular, por ondas de rádio de longo alcance e até por
satélites. Ao receber um sinal de emergência, o operador da central deverá
ter disponível todos os dados do local, bem como as zonas onde foram
instalados os sistemas e onde ocorreu a emergência, assim como as atitudes
predeterminadas pelo cliente que deverão ser tomadas. A qualidade e
quantidade das informações recebidas podem ser variadas, conforme a
tecnologia dos sistemas e da central de monitoramento.

Saiba que além de investimento e norma, condomínio seguro é fruto


do empenho de síndico, morador e funcionário.

Sensoriamento e Alarmes

Estes equipamentos eletrônicos servem para alertar sobre situações


incomuns, tais como violação de procedimentos e locais, proteção contra
roubos, furtos, alagamentos, incêndios, etc. Um bom sistema de alarmes
deve permitir ótimo funcionamento ao longo do tempo, por isso é
importante que a instalação do sistema seja feita por uma empresa
conceituada e idônea, que utilize materiais de qualidade.

É recomendável a instalação das câmeras de vídeo com movimentação


horizontal, de forma que possibilite a varredura das áreas desejadas, tais
como jardins e locais de lazer. O monitor de TV e os comandos do sistema,
inclusive os de iluminação, podem ser instalados em local sigiloso na área
privativa, evitando que o agente de portaria ou vigilante se exponha nas
janelas ou nos jardins para averiguar se está tudo normal. Componentes de
um sistema de CFTV:

• Câmeras - podem ser em preto e branco ou em cores de 2,5 mm a16 mm;

• Domus – equipamento que permite à câmera completar uma volta de


360o, ficando protegido no interior de uma redoma;

• Fonte - transforma a voltagem de 110 ou 220 volts para 12 volts;


• Lentes: com ou sem diafragma, de 4 mm a 16 mm;


• Suportes e caixas de proteção para áreas externas, em ferro ou alumínio;

• Cabo coaxial - conduz a imagem da câmera ao monitor;


• Motor giratório em 360° - para áreas interna e externa;


• Kit para injeção de sinal em antena coletiva, modulador, filtro e atenuador;


• Comando para Pan - executa um movimento horizontal da câmera


•Comando para Pantilt executa movimento vertical e horizontal da câmera;

• Controle de lente tipo zoom;



• Seletor digital automático/manual para até 32 câmeras (digital);

• Sequencial - faz a sequência de imagens das câmeras na tela do monitor;

• Quad Spliter - divide a tela do monitor em até 4 imagens (com gerador de


caracteres, data hora e congelamento de imagens, para 4 câmeras);

• Dual Quad - divide a tela do monitor em 8 imagens, sendo 4 por vez (com
gerador de caracteres, data, hora, congelamento de imagens, zoom e
alarme para até 8 câmeras);

• Multiplexador - permite a visualização simultânea de até 16 imagens, na


tela do monitor, com a utilização de até 16 câmeras;

• Monitores - em preto e branco e em cores de até 29 polegadas;

• Videocassete Time Lapse - grava até 960h em uma única fita;


• Câmera Falsa - inibe vandalismo ou intrusão.

Cerca Eletrificada

É um ofendículo bem aceito em condomínios e empresas, pois inibe


possíveis tentativas de intrusão pela ostensividade e pelo receio das
descargas elétricas. O uso da cerca eletrificada nos muros não se configura
como abuso de direito, nem tampouco incide em ato ilegal, pois todo
cidadão pode usar livremente o direito de proteção à sua propriedade.
Contudo, existem critérios técnicos de instalação que devem,
obrigatoriamente, ser seguidos para que a utilização destes ofendículos não
invada o campo da ilegalidade, fato este que culminaria em consequências
reversas a seus usuários. Para a instalação da cerca eletrificada no interior
da propriedade a ser protegida é necessário que não invada o espaço físico
e/ou aéreo da propriedade vizinha. Para isso a cerca deve ser instalada
sobre o muro do usuário, de forma perpendicular ao solo ou vergada para o
lado interno da propriedade protegida. Devem ser instaladas a uma altura
superior a 2,50 metros por sobre as barreiras físicas limítrofes e
demarcatórias da área a ser protegida, devendo ser colocadas placas
sinalizadoras (com fundo amarelo e letras pretas) sobre os riscos de tal
ofendículo. Esse quesito é muito importante para caracterizar a intenção
dolosa do invasor em ingressar no interior de propriedade alheia, fato que
estaria fazendo por decisão pessoal, assumindo, em decorrência desta
circunstância, os ônus consequentes de sua ação típica. O atendimento
dessas prerrogativas técnicas também evita o contato de crianças que,
desavisadas, poderiam tocá-la. As cercas eletrificadas deverão apresentar,
obrigatoriamente, voltagem acima de 8.000 volts; amperagem 0 (zero) e
corrente alternada (pulsativa com intervalo mínimo de 1 segundo entre cada
descarga elétrica).

Sistemas de Controle de Acesso

O Sistema de Controle de Acesso tem como objetivo efetuar o controle


eletrônico do movimento de pessoas nas áreas sob supervisão. Ele se
constitui de tecnologias de proximidade, cartão magnético, código de barras,
biométricos de leitura digital, analisadores de marca, voz, entre outras. Esse
sistema torna possível gerenciar o acesso de pessoas previamente
identificadas, onde seja necessário controle seletivo de entrada, controle
estatístico de movimentação ou controle de dados de apontamento de
frequência de funcionários. Existem softwares de controles de acesso que
permitem arquivar na memória de um microcomputador a fotografia dos
moradores, funcionários, frequentadores e veículos. Esse sistema permite o
total acompanhamento de toda movimentação da portaria, facilitando o
trabalho de identificar e controlar o acesso de pessoas e veículos.

Sistema de ronda eletrônica

Para acompanhar o serviço dos agentes de portarias e/ou vigilantes, é muito


importante instalar um sistema de ronda eletrônica, com pontos espalhados
em toda a extensão de sua área. Esse sistema está ligado a uma central
para que os monitores possam checar se todos os pontos foram cobertos
pela ronda, permitindo apoio ao agente de portaria ou vigilante, em caso de
impossibilidade de acionamento devido a situações de risco.

3. AS PRINCIPAIS ATITUDES DO AGENTE DE PORTARIA SÃO:

• identificar o visitante na portaria, antes de permitir sua entrada;

• verificar, com o setor de destino, se está autorizado a entrar;

• anotar o nome do motorista, o número da placa do veículo e a carga que


está entrando, bem como, a identificação das demais pessoas (lembrar que
é proibida por lei a retenção de documentos pessoais nas portarias);
• registrar o horário de entrada e de saída;

• orientá-los de como se movimentarem no interior da organização;

• entregar e orientá-los quanto ao uso de crachás;

• conferir notas fiscais e mercadorias a serem entregues.

Diante de todas as atitudes que um porteiro\zelador deve tomar, você já


sabe que essa é uma profissão merecedora de bastante respeito pela sua
tamanha importância. Não é mesmo?

3.1 Atitudes em relação aos empregados de fornecedores

Profissionais terceirizados que transitam pela portaria necessitam de muito


apoio do agente de portaria e devem receber tratamento respeitoso e
cortês. Porém, é importante que haja um controle mais rigoroso, pois, não
são funcionários diretos da organização.

Nessa situação as principais atividades do agente de portaria são:

• ter em mãos a relação nominal dos profissionais que têm autorização para
prestar serviços na empresa, a m de se evitar a entrada de estranhos;

• identificar, minuciosamente, as pessoas, por intermédio do confronto entre


a identidade e a fisionomia (verificar a possibilidade de falsificação do
documento);

• registrar o horário de entrada e saída dessas pessoas;

• vistoriar sacolas e veículos (se for norma e atribuição do agente de


portaria);

• não permitir aglomerações na portaria, na hora da entrada ou saída.


3.1 Atitude na portaria de condomínios

Os Agentes de Portaria (Porteiros) de condomínios lidam mais com a entrada


e a saída de condôminos, visitantes, entregadores de móveis e utensílios
domésticos, fiscais dos serviços de empresas terceirizadas e de profissionais
autônomos (bombeiros, eletricistas, marceneiros, etc.), que frequentemente
são chamados para a manutenção dos apartamentos ou residências dos
condôminos.
Principais atividades do Agente de portaria de condomínios:

• tratar todas as pessoas com cortesia e presteza;

• ter na portaria a listagem atualizada de todos os moradores do


condomínio;

• não permitir a entrada de terceiros, sem a autorização do condômino ou


síndico;

• registrar a entrada e anotar os dados de todos os visitantes autorizados


em livro próprio do condomínio, inclusive o nome da pessoa que autorizou a
entrada;

• não permitir badernas nas áreas do condomínio, tanto por parte de


moradores os de terceiros;

• não permitir brincadeiras e jogos nas áreas do condomínio, salvo se for


uma praça de esportes ou um local devidamente destinado a essas práticas;

• não fornecer informações pessoais dos condôminos a terceiros, salvo se


autorizado;

• não permitir a saída do prédio de móveis, pacotes, sem a autorização do


síndico ou do proprietário;

•conferir, minuciosamente, se o documento apresentado como identificação


do visitante é da própria pessoa através da comparação da foto do
documento com a fisionomia da pessoa ou pedindo que ela confirme algum
dado do documento;

• selecionar a correspondência recebida, despachando-a com rapidez;

• não abandonar a portaria, em hipótese alguma; em caso de urgência peça


a sua cobertura para algum colega ou o síndico;

• à noite, manter a portaria às escuras e as partes externas racionalmente


iluminadas;

• estar atento e tomar decisões convenientes quando notar qualquer atitude


diferente por parte dos condôminos (muitas vezes uma atitude estranha de
alguém pode ser algum aviso ou mesmo um pedido de socorro).
Você está estudando para se tornar um guardião do patrimônio.

. 3.3 Recebimento de encomendas 


. É recomendável que o recebimento de encomendas seja sempre realizado


na portaria do prédio pelo morador a m de evitar a entrada e
circulação de estranhos na área comum, quando poderão observar a
rotina de funcionários e moradores, e posteriormente, realizar um
furto, um roubo ou ainda depredar algum bem pertencente aos
moradores, como por exemplo, um veículo na garagem, ou mesmo o
próprio elevador. 


. Eventualmente, uma exceção poderá ser aberta para que o zelador


faça uma gentileza e entregue pessoalmente um remédio a um
morador que esteja acamado e não possa deslocar-se até a portaria,
ficando claro que esta é uma situação excepcional, não devendo se
tornar uma rotina.
. Em alguns condomínios até existe uma pequena abertura no portão
permitindo a passagem de pequenos objetos para evitar a abertura do
portão de pedestres e evitar o risco de o morador ser rendido pelo
“falso” entregador.
. Muitas vezes, o porteiro tem de ter uma postura antipática para com o
morador que, justamente pede uma pizza desejando recebê-la na sua
porta. Porém, essa comodidade traz um risco desnecessário a todos.
. Nos casos de entrega de móveis ou eletrodomésticos, é interessante
que o morador avise ao zelador que, inclusive, poderá acompanhar o
recebimento na ausência do morador. Deve ser estipulado um horário
para entregas, evitando-se os períodos noturnos ou fins de semana
quando a circulação de pessoas é maior.
.
. 3.4 DICAS DE POSTURA E COMPORTAMENTO DO PORTEIRO
EFICIENTE
. Para a elaboração de um bom trabalho em nosso condomínio, algumas
informações devem estar no seu dia a dia. Abaixo estão 11 dicas e
lembretes que vão lhe ajudar a melhorar seu trabalho e manter sua
qualidade.
. 1. Cumprimente sempre seus colegas de trabalho e moradores do
condomínio.
. 2. Uma boa aparência contribui para um ambiente de trabalho
harmônico, por isso, esteja sempre bem vestido
. e limpo.
. 3. As regras de segurança devem ser cumpridas de maneira rígida.
. 4. Desobedecê-las pode colocar a vida dos moradores e funcionários
em risco.
. Qualquer abordagem deve ser feita com delicadeza e educação.
. 5. Não abra exceções quanto à entrada no condomínio e sempre
identifique as entradas e saídas de visitantes.
. 6. Fique atento às movimentações externas, principalmente quando
um funcionário do condomínio faz serviços externos.
. 7. Não comente sobre a rotina do condomínio, nem mesmo com
conhecidos. A discrição é também um item de segurança.
. 8. Sempre que cometer um erro, não tenha medo de comunicá-lo e
discutir o que levou a ele com seu gestor.
. 9. Pessoas estranhas e que não são funcionárias não podem ter acesso
à guarita da portaria.
. 10. Identifique sempre um visitante com um crachá, se possível, além
de anotar todos os seus dados. Parte da segurança está em
proporcionar essa sensação aos moradores.
. 11. Os portões de segurança não devem ser ignorados. Use-os de
acordo com as regras de segurança estabelecidas.
. Esse é um profissional de confiança, educado e sempre disposto a
ajudar os condôminos.
. Diante de toda essa explanação sobre a profissão do agente de
portaria.
. Pense e responda: qual a importância desse profissional para o
condomínio?

. 4. SEGURANÇA NO CONDOMÍNIO
. Garantir a segurança de um condomínio é uma tarefa de grande
responsabilidade. Por isso, os porteiros devem saber como agir em
diferentes situações, seguindo padrões que garantam a integridade
dos moradores. Por mais comum que seja a situação, como a abertura
de portões para pedestres ou veículos, há normas e condutas que
devem ser seguidas.

. 4.1. Exemplos de insegurança


. A segurança preventiva dos condomínios está diretamente ligada à
mudança de hábitos de síndicos, moradores e funcionários.
. Verifique abaixo os dez principais erros de comportamento que
devem ser evitados para não expor os edifícios a riscos
desnecessários.
. Descumprir as próprias normas estabelecidas pelo condomínio é a
primeira atitude a ser banida, com multas se necessário, pois
desestrutura qualquer sistema de segurança. Outro erro muito comum
é em relação ao controle de acesso para a garagem. “O profissional de
portaria não pode querer identificar o veículo, mas especialmente
quem está dentro do veículo. E, na dúvida, não abrir o portão”.
. Por vezes os condôminos não se preocupam em observar o movimento
das áreas internas do condomínio pelo circuito de TV, comprometendo
todo o investimento em equipamentos de segurança. Além disso, é
comum que as pessoas, ao chegarem próximas do edifício, esqueçam-
se de verificar se há estranhos nas imediações ou mesmo se os
funcionários de vigilância e portaria estão devidamente posicionados.
. Outro equívoco básico é o morador entrar no condomínio juntamente
com visitantes. As visitas devem passar sempre por um sistema de
identificação, por mais incômodo que esse procedimento possa
parecer. E o condômino jamais deve pedir ao porteiro que permita a
entrada de alguém que ainda não tenha de fato chegado. A visita deve
ser anunciada ao morador na hora.
. Como você pôde verificar, a atitude da condômina está errada,
não é mesmo?
. Porteiros não devem deixar nunca seu posto, ainda que por poucos
minutos, sem nenhuma cobertura. Nesse caso, deve-se chamar outro
profissional – faxineiro ou zelador – para ficar na guarita. A presença
de equipamentos como rádio e TV nas portarias também é incorreta,
pois pode tirar a atenção do profissional. Apenas um monitor com
imagens do circuito de câmeras deve ser mantido.
. Deixar as chaves do apartamento ou do carro na portaria e repreender
funcionários que causem algum transtorno justamente por cumprir as
normas de segurança do condomínio são outras práticas que devem
ser abolidas.
. Veja agora o resumo dos principais riscos:
. 1. Desrespeitar as normas de segurança pré-estabelecidas;
. 2. Porteiro abrir o portão da garagem ao identificar apenas o carro,
sem verificar quem está no interior do veículo;
. 3. Morador não observar o movimento nas áreas comuns do
condomínio pelo circuito de TV antes de sair da unidade;
. 4. Ao chegar ao condomínio, não verificar se há estranhos nas
imediações;
. 5. Entrar no prédio juntamente com visitantes;
. 6. Autorizar o porteiro que libere antecipadamente a entrada de uma
visita que ainda não chegou;
. 7. Funcionário deixar a portaria vazia, sem cobertura de outro
profissional;
. 8. Equipamentos de rádio e televisão na portaria;
. 9. Morador deixar as chaves do apartamento ou do carro na portaria;
. 10. Condômino repreender funcionário que cumpre uma norma de
segurança.

5. QUALIDADE NO ATENDIMENTO

Reflita sobre as seguintes perguntas!

Quando você é mal atendido, como se sente? Como você gosta de receber o
atendimento? Qual a importância de um bom atendimento? Como deve ser o
atendimento dos funcionários de um condomínio?

Para facilitar a comunicação entre o síndico, os funcionários e os


condôminos, algumas regras e posturas devem estar sempre claras.

O atendimento depende da atitude dos profissionais em todos os níveis.


Caso uma empresa deseje ter esta qualidade, terá de passar por uma
mudança cultural que se caracteriza por ser lenta e complexa.

O profissional precisa tomar consciência de que a sua imagem e a da


empresa estão intimamente relacionadas. Nenhuma outra organização irá
querer contratar um profissional viciado, proveniente de uma empresa com
imagem negativa. O comprometimento do colaborador com os resultados da
organização é importante para a empresa e para a manutenção dos
empregos, a interação de todos os subsistemas é um pré-requisito para a
qualidade dos serviços ou produtos e para a qualidade no atendimento.

5.1. Virtudes profissionais

Você conhecerá agora as virtudes de um profissional do condomínio.


Vamos lá!

Em relação aos deveres de um profissional, devem ser levadas em conta as


qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua
atuação profissional. Muitas dessas qualidades poderão ser adquiridas com
esforço e boa vontade, aumentando neste caso o mérito do profissional que,
no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-las à sua
personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.

Em recente artigo publicado na revista EXAME o consultor dinamarquês


Clauss MOLLER (1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes
lealdade, responsabilidade e iniciativa como fundamentais para a formação
de recursos humanos. Segundo Clauss Moller, o futuro de uma carreira
depende dessas virtudes.

Vejamos:

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da


empregabilidade. Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar
lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma pessoa que se sinta
responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de
maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e
fora da organização [...]. A consciência de que se possui uma influência real
constitui uma experiência pessoal muito importante.

É algo que fortalece a autoestima de cada pessoa. Só pessoas que tenham


autoestima e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir
responsabilidade. Elas sentem um sentido na vida, alcançando metas sobre
as quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade
real, de maneira consciente.

As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter


dificuldades em encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é
regido pelas recompensas e sanções de outras pessoas - chefes e pares
[...]. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes.

Conheça a virtude da lealdade:
A lealdade é o segundo dos três


principais elementos que compõe
a empregabilidade. Um funcionário leal se alegra quando a organização ou
seu departamento é bem-sucedido, defende a organização, tomando
medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da
organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.

Lealdade não quer dizer necessariamente fazer o que a pessoa ou


organização à qual você quer ser ela quer que você faça. Lealdade não é
sinônimo de obediência cega. Lealdade significa fazer críticas construtivas,
mas mantendo-as no âmbito da organização. Significa agir com a convicção
de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo
que você acha que poderá prejudicar a organização, a equipe de
funcionários.

As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma


terceira, a iniciativa, capaz de colocá-las em movimento.

Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao


mesmo tempo demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de
empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto
no interesse da organização ou da equipe, mas também assumir
responsabilidade por sua complementação e implementação.

Conheça ainda, outras qualidades importantes no exercício de uma


profissão. São elas:

• Honestidade:

A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com


a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus
direitos.

É muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação


pelos lucros, privilégios, satisfação e benefícios fáceis, pelo enriquecimento
ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança coletiva de
uma coletividade. Já ARISTÓTELES (1992,
p.75) em sua “Ética a
Nicômanos” analisava a questão da honestidade.

Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer coisa e de


qualquer fonte - por exemplo os que fazem negócios sórdidos, os proxenetas
e demais pessoas desse tipo, bem como os usuários, que emprestam
pequenas importâncias a juros altos. Todas as pessoas deste tipo obtêm
mais do que merecem e de fontes erradas. O que há de comum entre elas é
obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam um aviltante por causa
do ganho - de um pequeno ganho, aliás. Com efeito, aquelas pessoas que
ganham muito em fontes erradas, e cujos ganhos não são justos - por
exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades e roubam templos, não são
chamados de avarentos, mas de maus, ímpios e injustos.

São inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma


profissão. Um psicanalista, abusando de sua profissão, ao induzir um
paciente a cometer adultério está sendo desonesto. Um contabilista que,
para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um comerciante
está sendo desonesto.

• Sigilo:

O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo
muito importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja
preservação de silêncio é obrigatória.

Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em


geral, nada interessa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e
projetos de uma empresa ainda não colocados em prática possam ser
copiados e colocados no mercado pela concorrência antes que a empresa
que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los.

Por esse motivo, o profissional do condomínio deve guardar certos


assuntos, buscando ser discreto em suas ações.

• Competência:

Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento


de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos
buscá-la sempre. “A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom
citarista é tocá-la bem. “ (ARISTÓTELES, p.24).

É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer


área de atuação.
O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas
profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade.

Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por


determinada tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de
recusar serviços quando não se tem a devida capacitação para executá-lo.

Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência médica, causas


que são perdidas pela incompetência de advogados, prédios que desabam
por erros de cálculo em engenharia são apenas alguns exemplos de quanto
se deve investir na busca da competência.

O que você pode perceber com isso? Um profissional do condomínio deve


buscar aprimorar suas habilidades e conhecimentos, a m de desempenhar
um melhor trabalho.

• Prudência:

Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança.

A prudência, fazendo com que o profissional analise situações complexas e


difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui
para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A
prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita
os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

• Coragem:

Todo profissional precisa ter coragem, pois “o homem que evita e teme a
tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde” (ARISTÓTELES,
p.37).

A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender


dignamente quando estamos certos de nosso dever. Nos ajuda a não ter
medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem
de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos de ter coragem
para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a e ciência do
trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos
chefes ou colegas.

• Perseverança:
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser
superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a
decepções ou mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que
precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.

• Compreensão:

Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que
dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o
diálogo, tão importante no relacionamento profissional.

É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o


profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre válidas
para e ciência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros
objetivos a serem alcançados pela profissão.

Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela


prudência. A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano
pode realizar muito em benefício de uma atividade profissional, dependendo
de ser convenientemente dosada.

• Humildade:

O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono
da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um
grande número de pessoas.

Representa a autoanálise que todo profissional deve praticar em função de


sua atividade profissional, a m de reconhecer melhor suas limitações,
buscando a colaboração de outros profissionais mais capazes, se tiver essa
necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de
aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor
interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com
submissão, dependência. Quase sempre lhe é atribuído um sentido
depreciativo. Como exemplo, ouve-se frequentemente a respeito de
determinadas pessoas frases como estas:

• Imparcialidade:

É uma qualidade tão importante que assume as características do dever,


pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em
nossa época dinheiro, técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores
sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações
que terá de enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça
depende muito da imparcialidade.

• Otimismo:

Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e


deve ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa
humana, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e
bom humor.

5.2. Código de ética profissional

Os profissionais do condomínio devem ser pessoas de confiança,


correto?

É de confiança porque o funcionário integra e passa a interagir com os


moradores de uma forma bem próxima, uma vez que conhece a rotina, os
hábitos e os comportamentos dos moradores. Diante disso, é de extrema
importância que a seleção para a contratação de um funcionário seja de
rigorosa filtragem, visando buscar um cidadão de bons princípios:
profissionais éticos.

Qual a origem da palavra ética?

Ela é de origem grega (ethos), significa caráter e refere-se a valores básicos,


tais como honestidade e responsabilidade. Portanto, entende-se por ética
profissional o conjunto de princípios básicos norteadores que regem a
conduta funcional de uma determinada profissão.

Cabe sempre, quando se fala em virtudes profissionais, mencionarmos a


existência dos códigos de ética profissional. As relações de valor que existem
entre o ideal moral traçado e os diversos campos da conduta humana podem
ser reunidos em um instrumento regulador.

É uma espécie de contrato de classe e os órgãos de fiscalização do exercício


da profissão passam a controlar a execução de tal peça magna. Tudo deriva,
pois, de critérios de condutas de um indivíduo perante seu grupo e o todo
social. Tem como base as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no
exercício da profissão, abrangendo o relacionamento com usuários, colegas
de profissão, classe e sociedade.

O interesse no cumprimento do aludido código passa, entretanto, a ser de


todos. O exercício de uma virtude obrigatória torna- se exigível de cada
profissional. Cria-se a necessidade de uma mentalidade ética e de uma
educação pertinente que conduza à vontade de agir, de acordo com o
estabelecido. Essa disciplina da atividade é antiga, já encontrada nas provas
históricas mais remotas, e é uma tendência natural na vida das
comunidades.

É inequívoco que o ser tenha sua individualidade, sua forma de realizar seu
trabalho, mas também o é que uma norma comportamental deva reger a
prática profissional no que concerne a sua conduta, em relação a seus
semelhantes. Toda comunidade possui elementos qualificados e alguns que
transgridem a prática das virtudes; seria utópico admitir uniformidade de
conduta.

A disciplina, entretanto, através de um contrato de atitudes, de deveres, de


estados de consciência, e que deve formar um código de ética, tem sido a
solução, notadamente nas classes profissionais que são egressas de cursos
universitários (contadores, médicos, advogados, etc.) Uma ordem deve
existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente evitar que se
macule o bom nome e o conceito social de uma categoria.

Se muitos exercem a mesma profissão, é preciso que uma disciplina de


conduta ocorra.

6. HABILIDADES DO PROFISSIONAL DE PORTARIA

Quais são as habilidades de um profissional de portaria?

Vamos saber agora!

I. RESPONSABILIDADE - indica a pessoa que responde pelos atos praticados,


cumpre com a sua palavra e seus compromissos, e assume tudo o que faz e
diz.

II. RESPEITO – indica a pessoa que tem o sentimento de consideração e


cordialidade no trato com as outras pessoas ou com as coisas. É condição
inseparável da dignidade humana.
III. INICIATIVA - indica a pessoa que é capaz de apresentar uma decisão
diante
de situações de emergência ou de problemas imprevistos.

IV. PRESTEZA - indica a pessoa que cumpre com presteza uma ordem
recebida, indo ao encontro do serviço e ao cumprimento imediato do dever.

V. ENTUSIASMO - indica a pessoa que tem alegria, orgulho, motivação e


satisfação em desempenhar determinada atividade.

VI. CONTROLE EMOCIONAL - indica a pessoa que tem a capacidade de


dominar as reações psicológicas surgidas face às emoções que se
apresentam diante de determinados fatos.

VII. INTELIGÊNCIA - indica a pessoa que tem a capacidade, maior ou


menor, de entender as coisas que chegam ao seu conhecimento e adaptar-
se às situações novas.

VIII. LEALDADE - indica a pessoa que manifesta honestidade e fidelidade no


cumprimento das responsabilidades assumidas, fazendo jus à confiança que
lhe é depositada.

IX. MORALIDADE - indica a pessoa que possui um conjunto de regras de


conduta consideradas como corretas, deixando de praticar certos atos por
obediência à sua consciência.

X. URBANIDADE - indica a pessoa que sabe tratar com educação, cortesia e


civilidade as pessoas, por meio do desenvolvimento de atitudes
física,
intelectual e moral, visando à sua melhor integração individual e social.

XI. PONTUALIDADE - indica a pessoa que tem correta observância na


execução de trabalhos e compromissos no horário programado, mostrando
exatidão no cumprimento do dever.

XII. ASSIDUIDADE – indica a pessoa que desenvolve o hábito de estar


sempre presente onde deve estar para cumprir seus deveres.

XIII. IMPARCIALIDADE - indica a pessoa que não sacrifica
a sua própria


opinião à própria conveniência, nem às de outrem, fazendo julgamento
desapaixonado e justo dos atos e ações.

XIV. ZELO - indica a pessoa que tem cuidado com os seus pertences ou com
o patrimônio a ele confiado, mantendo-o em perfeito estado de conservação.
XV. EFICIÊNCIA - indica a pessoa que apresenta resultados satisfatórios no
desempenho das atividades realizadas através do alcance dos objetivos a ele
propostos.

Portanto, o porteiro deve:

• falar pouco, somente o necessário;

• ouvir com atenção e não se esquecer de sempre anotar todas as


informações;

• desconfiar sempre de pessoas que falam muito, principalmente aquelas


que fazem perguntas dirigidas às questões de segurança do condomínio ou
referente à vida dos moradores;

• jamais comentar assuntos referentes a seu serviço e nunca passar


informações internas do prédio em público, com pessoas estranhas ao
ambiente de trabalho, familiares e amigos, namoradas(os) e porteiros de
outros prédios;

• não permitir que pessoas estranhas ao condomínio tomem ciência das


normas de procedimentos internos e dos equipamentos de segurança
existentes.

6.1. Público com quem o agente de portaria mantém relações

humanas:

• Público Externo

Clientes, visitantes (familiares ou não), fornecedores, agentes das


concessionárias de água, luz ou telefone, agentes de órgãos governamentais
(Polícia, Sucam, etc.).

Como tratar o público externo:

A atitude deve ser de CORDIALIDADE, EDUCAÇÃO, CALMA, SIMPATIA,


GENTILEZA e PRESTEZA, pois cada pessoa possui diferenças físicas, raciais,
intelectuais e sociais.

• Público interno

- Todos os funcionários da organização, sejam próprios ou terceirizados, ou


todos os moradores do condomínio.

Como tratar o público interno:

Boa tarde! Em que posso ajudá-lo?

A atitude deve ser de buscar obter a cooperação de todos na obediência às


normas estabelecidas pela administração. É importante evitar intimidade,
atitudes indecorosas e gírias. Este público deve ser tratado com:
DIGNIDADE, EDUCAÇÃO, DISCRIÇÃO, SOBRIEDADE, AMIZADE, CORTESIA,
RESPEITO, ACATAMENTO, RECONHECIMENTO e ENTENDIMENTO.

O profissional do condomínio deve também atender com cordialidade e


assistir aqueles com necessidades especiais, idosos e crianças, oferecendo o
apoio necessário.

6.2 ATENDIMENTO TELEFÔNICO:

Como o profissional do condomínio deve atender ao telefone? Vamos


conhecer algumas atitudes indispensáveis para essa prática.

Atitudes indispensáveis no atendimento telefônico

No atendimento telefônico, deve-se transmitir uma imagem profissional, de


eficácia e de bom funcionamento da organização. Esse atendimento integra-
se ao conjunto de serviços oferecidos pela instituição, sendo o atendente o
principal agente da situação em que o telefone é o meio de comunicação.

Portanto, cabe ao atendente assumir algumas atitudes indispensáveis ao


atendimento telefônico de qualidade, tais como:

a) agir de forma receptiva (demonstrar paciência e disposição para servir,


como, por exemplo, responder às dúvidas mais comuns dos usuários como
se as estivesse respondendo pela primeira vez);

b) ouvir com atenção (evitar interrupções, dizer palavras como


“compreendo”, “entendo” e, se necessário, anotar a mensagem do
interlocutor);

c) valer-se da empatia (para personalizar o atendimento, pode-se


pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas nunca utilizar expressões
como “meu bem”, “meu amor”, “coração”, entre outras);

d) evitar que o interlocutor espere por respostas;

e) evitar fazer ruídos durante a ligação telefônica (deve-se evitar comer ou


beber enquanto se fala);

f) concentrar-se no que diz o interlocutor (evitar distrair-se com outras


pessoas, colegas ou situações, desviando-se do tema da conversa);

g) manifestar comportamento ético na conversação e evitar promessas que


não poderão ser cumpridas.

7. Noções de apresentação e higiene

É dever do porteiro também auxiliar na limpeza, organização, arrumação da


portaria. Um local de trabalho organizado é muito importante para sua
imagem profissional e pessoal, demonstra sua e ciência e melhora o
conforto.

Um Agente de Portaria deve seguir algumas orientações quanto à sua


apresentação e higiene pessoal:

. lavar as mãos antes das refeições e, sobretudo, no final da jornada de


trabalho; 


. tomar banhos de chuveiro diariamente, principalmente, antes e depois de


qualquer trabalho, lavando corretamente a pele e o couro cabeludo; 


. escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia, principalmente, após as


refeições; 


. manter as mãos e unhas limpas e aparadas; 


. manter cabelos limpos, cortados e penteados; 


. manter barba e bigode aparados e limpos; 


. manter os pés limpos e enxutos, a m de evitar micoses super ciais; 



. alimentar-se em intervalos regulares, procurando comer alimentos
saudáveis; 


. usar uniformes limpos, lavados e passados; manter sapatos limpos e


lustrados.
. Bibliografia
. CARDOSO, Márcio Alfredo Tanure. O Agente de Portaria do Futuro –
manual Prático do Agente de Portaria. Belo Horizonte, 2001.
. GODOY, José Elias de; BARROS, Saulo C. Rêgo. Manual de Segurança
em Condomínios. São Paulo: Igal, 1998.
. SMITH, Laura Ditt; LIMA, Sueli Santos. Treinamento de Pessoal de
Condomínio. Viçosa: Aprenda Fácil, 1999
. TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos do Direito Penal. 5a ed.
São Paulo: Saraiva, 2007.
. CAMINO, Carmem. Direito Individual do Trabalho. 2a ed. Porto Alegre:
Síntese, 1999.
. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3a ed. São
Paulo: LTr, 2004.
. MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 15a ed. São Paulo: Atlas,
2002.
. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19a ed.
São Paulo: LTr, 2004.

A Importância do Porteiro e do Vigia:

Pouca importância ou valor é dado, em muitos casos, ao trabalho de


porteiros, recepcionistas ou vigias. Entretanto, o que seria do atendimento,
da resolução de problemas, da proteção não só do patrimônio público ou
particular, mas principalmente da manutenção do direito de crianças e
idosos, dentre tantas outras atribuições que são delegadas aos porteiros e
vigias em geral?

Atualmente, com a grande expansão de empreendimentos imobiliários e a


conseqüente contratação de equipes multifuncionais para operacionalizarem
as mais diversas demandas de atividades de controles dos estabelecimentos
comerciais, residenciais, industriais ou mistos, percebemos que em muitos
casos que apenas um porteiro, experiente e qualificado, consegue se
responsabilizar pelas mais variadas atividades do dia-a-dia, executando
serviços que muitos não fariam com a mesma dedicação e maestria.

Strausz e Leite (2009 p. 8) deixam clara a importância da profissão de


porteiro e vigia ao afirmarem o que a pouco dissemos: “Em alguns casos,
ainda dão conta, sozinhos, de todo o serviço” e completam explicitando que
se torna cada vez mais raro o trabalho solitário do porteiro ou vigia,
indicando a crescente contratação de diversos profissionais que auxiliam nas
operações dos estabelecimentos condominiais.

Nesse sentido, torna-se necessária a constante qualificação profissional, a


fim de que a manutenção do posto de trabalho seja mantida, bem como
para busca e habilitação a outras oportunidades de trabalho ou até mesmo a
mudança de ramo de atividade ou de profissão: quanto maior a qualificação,
maior a empregabilidade.

Sendo assim, fica evidenciada a importância e a necessidade de se investir


na própria formação, seja acadêmica ou profissional, para que a qualidade
da prestação dos serviços em portarias ou recepções seja verdadeiramente
eficiente e de confiabilidade, uma vez que simples procedimentos como

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