You are on page 1of 1

Conservação de energia

Duas séries de reações estão associadas à conservação de energia em quimiorganotróficos: fermentação


e respiração. Em ambas as formas de conservação de energia, a síntese de ATP está acoplada à liberação
de energia em reações de oxidação-redução. Contudo, as reações redox que ocorrem na fermentação e
na respiração diferem de forma significativa. Na fermentação, o processo redox ocorre na ausência de
aceptores exógenos de elétrons. Ao contrário, na respiração, o oxigênio molecular ou outro aceptor de
exógeno de elétrons, atua como aceptor terminal de elétrons.

Fosforilação em nível de substrato e fosforilação oxidativa

A fermentação e a respiração diferem quanto ao mecanismo de síntese de ATP. Na fermentação, o ATP


é produzido por fosforilação em nível de substrato. Nesse processo, o ATP é sintetizado diretamente a
partir de um intermediário rico em energia durante etapas do catabolismo do composto fermentável.
Tal processo contrapõe-se à fosforilação oxidativa, na qual o ATP é produzido às custas da força próton
motiva. Um terceiro mecanismo de síntese de ATP, a fotofosforilação, ocorre em organismos
fototróficos. A fotofosforilação e a fosforilação oxidativa baseiam-se na força próton motiva para
conduzir a síntese de ATP. Na fermentação, diferentemente, a força próton motiva não está envolvida.

Conclusão

1º a fermentação e a respiração são dois mecanismos pelos quais os quimiorganotróficos podem


conservar energia a partir da oxidação de compostos orgânicos. Durante essas reações catabólicas, a
síntese de ATP ocorre pela fosforilação em nível de substrato (fermentação) ou pela fosforilação
oxidativa (respiração).

2º a glicólise corresponde à principal via de fermentação, sendo um processo de metabolismo


anaeróbio. O resultado final da glicólise consiste na liberação de uma pequena quantidade de energia,
conservada na forma de ATP e na formação dos produtos da fermentação. Para cada molécula de
glicose consumida na glicólise, são produzidas duas moléculas de ATP.

3º a síntese de ATP por fosforilação oxidativa está associada a um estado energizado da membrana.
Esse estado energizado é estabelecido pelas reações de transporte de elétrons, envolvendo os
carreadores de elétrons.

4º a respiração resulta na oxidação completa de um composto orgânico, com liberação muito maior de
energia que na fermentação.

5º as etapas iniciais da respiração de glicose envolvem as mesmas etapas bioquímicas descritas na


glicólise. No entanto, enquanto na fermentação o piruvato é reduzido e convertido a produtos de
fermentação que são excretados, na respiração o piruvato é oxidado a CO2. A via pela qual o piruvato é
completamente oxidado a CO2 é chamada de ciclo do ácido cítrico.

6º aceptores de elétrons diferentes do oxigênio podem atuar como aceptores terminais na geração de
energia. Como o O2 está ausente nessas condições, o processo é chamado de respiração anaeróbia.

7º os organismos capazes de utilizar compostos inorgânicos como doadores de elétrons são


+2
denominados quimiolitotróficos (doadores inorgânicos relevantes: H2S, H2 gasoso, ferro ferroso Fe e
amônia NH3). O metabolismo é normalmente aeróbio. Uma distinção importante com os
quimiorganotróficos, além de seus doadores de elétrons, refere-se às fontes de carbono. Os
quimiorganotróficos utilizam composto orgânico. Os quimiolitotróficos utilizam o CO2, como fonte de
carbono, sendo, portanto, autotróficos.

You might also like