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Aula 03 CLP:Controle e Automação

Professor Jefferson Felizardo


Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho

jefferson.felizardo@aedu.com

Campo Grande, agosto de 2013.


CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Introdução

O diagrama Ladder utiliza lógica de relé, com contatos


(ou chaves) e bobinas, e por isso é a linguagem de
programação de CLP mais simples de ser assimilada por
quem já tenha conhecimento de circuitos de comando
elétrico.

Compõe-se de vários circuitos dispostos horizontalmente,


com a bobina na extremidade direita, alimentados por
duas barras verticais laterais.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Por esse formato é que recebe o nome de ladder que


significa escada, em inglês.

Cada uma das linhas horizontais é uma sentença lógica


onde os contatos são as entradas das sentenças, as bobinas
são as saídas e a associação dos contatos é a lógica.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

No ladder cada operando (nome genérico dos contatos e


bobinas no ladder) é identificado com um endereço da
memória à qual se associa no CLP.

Esse endereço aparece no ladder com um nome simbólico,


para facilitar a programação, arbitrariamente escolhido pelo
fabricante.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

O diagrama de contatos de um programa realizado em


linguagem "ladder" consiste em um desenho formado por
duas linhas verticais, que representam os pólos positivo e
negativo de uma bateria ou fonte de alimentação genérica.
Entre essas duas linhas verticais são desenhados ramais
horizontais que possuem chaves, que podem ser de lógica
normalmente aberta ou fechada, e que representam os
estados das entradas do CLP.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Nesses ramais horizontais são representadas (em geral com
um círculo) as saídas do CLP, de maneira tal que o estado
delas depende do estado das entradas desse mesmo ramal.
Por exemplo, um programa básico de uma entrada (sensor)
controlando uma saída (atuador) terá o aspecto mostrado
na figura 1.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Onde I0 é a entrada digital número 0 do CLP e Q0 é a saída


digital número 0 do CLP. Desta maneira, fica claro nesse
diagrama de contatos que o estado da saída Q0 dependerá
do estado da entrada I0:
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Implementação da função NOT

Se o projetista desejar utilizar lógica negativa, isto é, que o


estado da saída seja o inverso do estado da entrada, deverá
programar a entrada I0 como uma chave normalmente
fechada, de modo que quando essa entrada se ativar, se
abra o circuito entre os pólos virtuais da bateria, desativando
a saída Q0. O diagrama "ladder" correspondente terá, então,
o aspecto ilustrado na figura 2.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Observe que isso não implica que o pulsador, ou


genericamente, o sensor conectado à entrada I0, deva ser
normalmente fechado, mas que a lógica que o programa
aplicativo implementa é a lógica negativa, ao contrário do
exemplo anterior. Isso significa que, caso a CPU leia na
entrada I0 o valor 0 (pulsador desativado), colocará na saída
Q0 o valor 1, acendendo a lâmpada ou ativando o atuador
conectado nela. Se o programa executivo, ao efetuar a
varredura, ler na entrada I0 o valor 1 (pulsador ativado),
escreverá na saída Q0 o valor 0 apagando a lâmpada.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Implementação da função AND

Quando se quiser que uma saída fique ativada apenas


quando dois sensores estiverem ativados juntos, deveremos
implementar a função AND no diagrama "ladder", o qual terá
o aspecto exibido na figura 3.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Assim, seguindo a lógica descrita pela tabela verdade da


função AND, a saída Q0 só estará ativada quando as duas
entradas, I0 e I1, estiverem ativadas. Caso alguma delas se
encontre em estado lógico 0 (entrada desativada), a saída
Q0 estará desativada. Na lógica do diagrama de contatos,
apenas quando as duas chaves estiverem fechadas é que o
circuito virtual estará fechado e, portanto, será ativada a
saída Q0, ativando o atuador ligado nela.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Obviamente, assim como na função AND, o estado da saída
pode depender de mais de duas entradas. Nesse caso, é
suficiente desenhar no ramal correspondente todas as
chaves que representam as entradas em série. A seguir, é
apresentado na figura 4 um exemplo em que uma dessas
chaves é normalmente fechada.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Isso implica em que a saída Q0 só estará ativada quando a
entrada I0 estiver também em estado lógico 1 (fechando a
primeira chave), e a entrada I1 estiver desativada em estado
lógico 0 (mantendo a segunda chave fechada). Em outras
palavras, a lógica do programa se corresponde com a
tabela-verdade (tabela 1).
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Implementação da função OR

Quando se desejar que uma saída se ative diante da


ativação de qualquer uma de duas entradas, dever-se-á
implementar uma função OR no diagrama "ladder", o qual
terá o seguinte aspecto, visto na figura 5.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Assim, seguindo a lógica definida pela função OR, a saída


Q0 só estará desativada quando estiverem desativadas as
duas entradas I0 e I1. Se alguma delas (ou as duas)
estiverem ativadas, em estado lógico 1, o programa executor
ativará a saída, alimentando o atuador ligado nela.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Nesse caso, basta desenhar no ramal correspondente todas
as chaves correspondentes a todas as entradas das quais
depende a saída em paralelo. Atente para o exemplo dado
na figura 6 em que uma dessas chaves é normalmente
fechada.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Nesse caso, a saída Q0 estará ativada quando se ativar a
entrada I0, quando se desativar a entrada I1, ou quando se
cumprirem ambas as condições; pode ser visto de modo
inverso: a saída Q0 só estará desativada quando a entrada
I0 estiver desativada e a entrada I1 estiver ativada, único
caso em que o caminho entre os pólos virtuais da bateria do
diagrama fica aberto. Em outras palavras, esse diagrama
responde à tabela-verdade 2 (tabela 2).
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Implementação da função NAND

Se desejarmos que uma saída esteja desativada apenas


quando duas entradas estiverem ativadas, deve-se
implementar no diagrama "ladder" uma função NAND. Para
implementar tal função, existem duas possibilidades.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
A segunda possibilidade é implementar uma função AND
seguida de uma função NOT. Para isso, seria necessária a
utilização de uma variável intermédia, que representasse o
resultado da função AND e sobre a qual aplicaríamos a
função NOT. Assim sendo, o diagrama de contatos poderia
ficar com o aspecto mostrado na figura 8.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Implementação da função NOR

Se quisermos que uma saída esteja ativada apenas quando


duas entradas estiverem desativadas, deveremos
implementar no diagrama de contatos uma função NOR.
Neste caso, também contamos com as duas possibilidades
descritas na seção anterior.
CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER
Observe-se que a tabela-verdade que representa a lógica
desse diagrama, com I0 e I1 como variáveis de entrada e Q0
como variável de saída, responde àquela da função NOR. A
segunda possibilidade, similarmente ao descrito na seção
anterior, consiste em aplicar a função OR representando-a
em uma variável intermediária, para aplicar a função NOT
nessa variável. Assim, o aspecto do diagrama de contatos
seria o apresentado na figura 10.
KIT DIDÁTICO ZTK910
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CLP – PROGRAMAÇÃO LADDER

Fazer um programa para acionar um motor com reversão


de sentido de rotação.
FIM

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