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Vídeo motivacional da disciplina – Sobre ser feliz.

Parte de uma palestra do Prof. Dr. Clovis de Barros Filho sobre autodescobrimento,
felicidade e viver uma vida que vale a pena ser vivida

https://www.youtube.com/watch?v=UXBF1ZkdIQI

AULA_01 - INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA

Objetivo da aula: Apresentação geral da disciplina, professor e alunos. Ter ciência dos
procedimentos de avaliação práticos e teóricos que serão realizados ao longo do semestre.
Exercícios de revisão para teste de “nivelamento” da turma. Conhecer o plano diretor do
município onde reside e interpretar as informações contidas nele.

Definição:
A palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "TOPOS" (LUGAR) e
"GRAPHEN" (DESCREVER), o que significa a descrição exata e minuciosa de um lugar.

Finalidade:
A topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa
de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas,
desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. A topografia é a ciência
que estuda uma área de terra limitada, e pode constar de um Memorial Descritivo, onde
conseguem elementos que permitam formar idéias da área descrita, ou pode estar contida
de modo convencional em uma folha de papel chamada, então, Planta Topográfica.
Compete ainda à Topografia, a locação, no terreno, de projetos elaborados de Engenharia.

Generalidades:
A topografia teve início no antigo Egito as margens do Rio Nilo, devido as cheias
destruírem os limites das terras e as necessidades de novas demarcações, levantamentos
cadastrais e avaliações de áreas rurais. A partir daí foram desenvolvidas técnicas que
possibilitaram a restituição das áreas inundadas, chegando hoje com equipamentos
eletrônicos modernos utilizando-se de automação para a segurança e rapidez dos
levantamentos e estudos.
Assim podemos dizer que a topografia é uma ciência aplicada na geometria e na
trigonometria, de âmbito restrito, pois é um capitulo da geodésia, que tem por objetivo o
estudo da forma e dimensões da terra.
A topografia como ciências, fornece os meios necessários à completa descrição
(caracterização) de um terreno, possibilitando as seguintes determinações: forma de
contorno do terreno, dimensões, posicionamento relativo, tanto das linhas do contorno,
como de todos os objetos significativos que se encontram à superfície do terreno, cálculo e
construção da planta do terreno (porção limitada da superfície de nosso planeta).
Os meios a que nos referimos, constituem-se basicamente, no desenvolvimento de
fundamentos teóricos, de processos de medição no campo, de tecnologia para construção
de instrumental topográfico, além de um elenco de normas e procedimentos para confecção
das plantas topográficas.
É fácil entender que a topografia atua somente em áreas de dimensões restritas
(pequenas relativamente), cujo interesse maior é a definição dos limites (contorno) e o
conhecimento da grande maioria dos objetos situados no interior dessa área e também
aqueles objetos localizados exteriormente, porém nas proximidades do contorno.
Os objetos a que nos referimos constituem o que si designa por detalhe planimétrico.
Exemplificando: edificações, cercas, rios, áreas cultivadas e benfeitorias em geral, córregos,
vales, espigões, postes, pontes, viadutos, estrada de rodagem, ferrovias, açudes, linhas
telefônicas, linhas de transmissão de energia elétrica, linhas de adutoras de água, redes
coletoras de esgotos sanitários, galerias de águas pluviais, aeroportos etc. São detalhes
planimétricos.

Importância da Topografia:
Analisando as etapas da construção civil pode-se constatar que esta atividade está
envolvida no desenvolvimento principalmente urbano e social. O construtor tem a idéia de
adquirir uma propriedade para nela construir um empreendimento imobiliário. A primeira
coisa que o construtor deverá fazer é solicitar um serviço de levantamento plani-altimétrico
cadastral do terreno. O levantamento topográfico não serve somente para se ter à certeza
da metragem de uma determinada área, é muito mais do que isso, em mãos do
levantamento plani-altimétrico, o construtor terá como avaliar não somente o preço, como
também se o seu investimento lhe trará retorno financeiro e também constatar o que sobrará
de área para construir levando em conhecimento as Leis do regem o plano diretor de seu
município. Um exemplo é se o cliente vai comprar um imóvel urbano com o lote de 15m x
35m que possui um córrego o qual passa pelos fundos da área. Com a posse de um
levantamento topográfico o cliente tem condições de saber que poderá construir em um raio
de 15m afastado do córrego, outro parâmetro de se levar em conta é o plano diretor, o qual
traz a informação que a área de construção deverá ter mais um recuo na calçada e mais
uma área verde de 5m na parte frontal do terreno. Chegamos à conclusão de que o terreno
com 35m de comprimento vai passar a ter somente 15m disponível para obras de
construção ou até menos dependendo das diretrizes que regem o plano diretor de seu
município. Neste sentido o cliente evita um investimento de grande valor por um que lhe
auxilie na tomada de decisão, que proporciona uma visão mais ampla em relação à compra,
assim o cliente pode informações que sejam relativamente de baixo custo.
A verificação da real geometria e altimetria do terreno também trazem segurança ao
engenheiro ou arquiteto que for realizar um estudo de massa. Um levantamento topográfico
bem apurado deverá considerar todos os elementos existentes no local, tais como: meio
fios, arruamentos internos, alinhamentos de muros e cercas, marcos demarcatórios, árvores,
caixas de drenagem, postes, ralos, edificações existentes, edificações confrontantes,
indicação do sentido do trânsito, existência de rios ou córregos próximos ao terreno, pontos
cotados, curvas de nível, taludes, rochas, etc. Portanto nós profissionais da Eng+ julgamos
que o levantamento topográfico do terreno é imprescindível antes de investir cegamente
num negócio imobiliário. Na fase de execução da obra, a topografia serve de instrumento
técnico para evitar erros, podemos citar os seguintes serviços: Demarcação dos limites do
terreno, locação de nivelamento dos furos de sondagem, demarcação do esquadro da obra,
locação de estacas, locação de pilares, nivelamento do terreno, acompanhamento das
prumadas dos pilares, nivelamento dos pisos e lajes, marcações das áreas de lazer e
jardim, etc.
Logo, ao se projetar qualquer obra de Engenharia, Agronomia ou Arquitetura, se
impõe um prévio levantamento topográfico do lugar onde a mesma deverá ser implantada.
Daí a grande importância que se dá a um levantamento ou medição topográfica que deve
ser precisa e adaptada ao terreno.
Por outro lado, para se executar as obras projetadas na planta, faz-se o transporte
dos elementos projetados para o terreno. Desta maneira, todas as medidas reduzidas do
projeto, devem ser traçadas em medidas naturais. Esta operação se chama "LOCAÇÃO".
Nesta oportunidade, também está presente a TOPOGRAFIA, cuja importância se torna
fundamental.
Em ambas as etapas, do projeto e o da construção, a TOPOGRAFIA, contribui com
os métodos e instrumentos que permitem o adequado conhecimento do terreno, e a correta
implantação da obra.

A topografia auxilia projetos e obras de:


- Construção Civil, como casas, prédios, pontes, rodovias, barragens, ferrovias, etc.
- Urbanismo, como plano diretor, sistema viário, eletrificação, saneamento,
loteamentos, rede telefônica, etc.
- Agricultura, como projetos de culturas, drenagens, irrigações, cadastro de culturas,
etc.
- Silvicultura, como reflorestamento, reservas florestais, etc.

Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial de Chapecó:


Link: https://www.leismunicipais.com.br/plano-diretor-chapeco-sc
AULA_02 – DEFINIÇÕES, FERRAMENTAS UTILIZADAS, GPS e ESCALAS.

Objetivo da aula: Apresentação e entendimento do instrumental utilizado para realizar as


atividades de levantamento topográfico. Conhecer o sistema de posicionamento com o GPS
e como utilizar essa ferramenta na profissão. Compreender a utilização e importância das
escalas nos projetos, mapas, cartas, croquis de levantamentos de terrenos e loteamentos.
Conhecer o sistema de notação sexagenal. Aprender a utilizar a calculadora utilizando o
sistema e notação sexagenal.

MEDIDAS DIRETAS E INDIRETAS DAS DISTÂNCIAS

Para que se execute um desenho técnico (planta de um terreno, por exemplo), além
de materiais e equipamentos de desenho, há necessidade de dados numéricos, tais como:
medidas de distâncias e medidas de ângulo. A obtenção dessas medidas em campo, nos
trabalhos práticos, que possibilitam a execução da representação gráfica, é denominada de
levantamentos topográficos.
A medida da distância entre dois pontos, em topografia, corresponde à medida da
distância horizontal entre esses dois pontos. Como já se deve saber, as distâncias
inclinadas são reduzidas às dimensões de uma projeção horizontal equivalente. As
grandezas lineares podem ser medidas direta ou indiretamente. A medição será direta
quando o instrumento de medida é aplicado diretamente sobre o terreno, e indireta ou
estadimétrica quando se obtém o valor da distância com auxilio de cálculos trigonométricos.
Métodos diretos: Percorrendo a linha: uso de diastímetro (trena de aço, pano, fibra,
plástico,corrente do agrimensor, fio de invar). Com aparelhos especiais: taqueometria, mira
de base, telemetria, métodos das rampas, equipamento eletrônico.
Métodos indiretos: Emprego de Trigonometria

O método é tido como direto quando, para se conhecer uma distância entre dois
pontos (A e B), mede-se a própria distância AB. O método é chamado indireto quando para
se determinar uma distância AB, medem-se qualquer outra reta e determinados ângulos que
permite o cálculo por trigonometria.

PRECISÃO E CUIDADOS NA MEDIDA DIRETA DE DISTÂNCIAS

A precisão com que as distâncias são obtidas depende, principalmente:


- do dispositivo de medição utilizado;
- dos acessórios;
- dos cuidados tomados durante a operação;
Os cuidados que se deve tomar quando da realização de medidas de distâncias com
diastímetros são:
- que os operadores se mantenham no alinhamento a medir;
- que se assegurem da horizontalidade do diastímetro;
- que mantenham tensão uniforme nas extremidades.

Os principais dispositivos utilizados na medida direta de distâncias, também


conhecidos por DIASTÍMETROS, são os seguintes: (trena de aço, lona, fibra de vidro,
plástico, corrente do agrimensor, fio de invar e etc. ). Cada trena possui determinada
característica de dilatação e precisão, o que confere diferentes qualidades nos trabalhos de
campo.

Ferramentas utilizadas nos levantamentos topográficos:

a) Piquetes: São estacas de madeira com secção transversal quadrada:

- são necessários para marcar, convenientemente, os extremos do alinhamento a ser


medido;
- são feitos de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no topo plana;
- são assinalados (marcados) por tachinhas de cobre;
- sua principal função é a materialização de um ponto topográfico no terreno.

b) Estaca Testemunha: São pedaços de madeira onde é colocado o nome ou número


do piquete a que esta estaca se refere. Tem por finalidade, possibilitar a identificação
e localização do piquete, ficando a mesma cravada a uma distância de
aproximadamente 50cm do referido piquete.
c) Balizas e Prismas - são as peças de material variado (geralmente de ferro) tendo na
extremidade inferior uma ponta aguçada, para facilitar sua fixação no terreno,
servindo com isso para materializar a ordenada vertical, tomada por um ponto do
terreno.

- são utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos,


- devem ser mantidas na posição vertical, sobre a tachinha do piquete, com auxílio
de um nível de cantoneira.
- O prisma serve para rebater a onda emitida pela estação total e calcular a distância
até o aparelho.

d) Nível de Cantoneira Aparelho em forma de cantoneira e dotado de bolha circular


que permite à pessoa que segura a baliza posicioná-la corretamente (verticalmente)
sobre o piquete ou sobre o alinhamento a medir.

e) Radio Permite a comunicação entre os trabalhadores a longas distâncias.

f) Estação total: Aparelho utilizado para medir ângulos (verticais e horizontais) e


distâncias a campo.
g) Nível: Aparelho utilizado para realização de nivelamento (medida de diferenças de
nível) em levantamento topográficos.

h) GPS: É um sistema que utiliza satélites para localizar onde o receptor do sinal do
satélite está naquele momento. O GPS funciona a partir de uma rede de 24 satélites
que ficam distribuídos em seis planos, próximos a órbita do planeta Terra. Estes
satélites enviam sinais para o receptor (o aparelho de GPS), e então, a partir disso, o
aparelho de GPS interpreta esses sinais dizendo onde exatamente você está
naquele momento

i) Cadernetas de Campo – são formulários próprios e apropriados onde são anotados


todos os dados coletados em campo (leituras distância, ângulo e informações,
croquis dos pontos, etc.), bem como todas as operações desenvolvidas;
normalmente são padronizadas, porém, nada impede que a empresa responsável
pelo levantamento topográfico adote cadernetas que melhor atendam suas
necessidades.

ESCALA

É uma razão de semelhança entre as dimensões do modelo (gráfica → mapa) e as


dimensões reais (naturais → objeto real).

Grafia dos Símbolos


- Os caracteres devem ser minúsculos
EX: 2 km e não 2 KM ou 2 Km; 5 m e não 5 M
- Não devem conter pontos, nem mesmo no final (exceto no final de frases como ponto
gramatical).
EX: 40 cm e não 40 c.m.; 10 mm e não 10 MM.
- Sempre no singular, mesmo que estejam indicando pluralidade de elementos
EX: 48 cm e não 48 cms; 35 m e não 35 ms ou 35 mts; 80 km e não 80 kms

Título da Escala
d = dimensão gráfica D = dimensão natural
A escala será a proporção entre estas duas dimensões, onde “d” é proporcional a “D” em
uma razão “R”.
R=d÷D
A escala dever ser indicada sempre pela expressão “d:D” reduzida à sua forma mais
simples, em que “d” seja sempre igual a “1”. A esta forma de expressão da Escala que
chamamos de “Título da Escala”. Ex.1:50.000. O “1” chama-se NUMERADOR DA ESCALA
e sempre se refere às dimensões do mapa. O número à direita chama-se DENOMINADOR
DA ESCALA e refere-se às dimensões reais. É comum a preocupação em saber a qual
unidade do sistema métrico os números se referem. Na verdade, NUMERADOR e
DENOMINADOR indicam apenas uma proporção entre as medidas do mapa e as
correspondentes na realidade.

Escala natural, reduzida e ampliada


ESCALA NATURAL - quando o numerador e denominador são iguais. Ex: 1 : 1
ESCALA AMPLIADA - quando o denominador for menor que o numerador. Ex: 1 : 0,5
ESCALA REDUZIDA - quando o denominador for maior que o numerador. Ex: 1 : 50.000

Escala maior e menor


Para identificar maior ou menor redução, basta verificar o DENOMINADOR da
escala, o qual indica o número de reduções que o objeto real sofreu. Ao compararmos
várias escalas, a MENOR delas será a que indica mais reduções, isto é, aquela que possui
maior denominador. Quanto MAIOR a escala, maior os detalhes possíveis de serem
representados na planta/croqui/mapa.
Exemplos:
1:10.000 (MAIOR)
1:50.000
1:100.000
1:500.000
1:20.000.000 (MENOR)

Modos de expressar a escala


- Escala Numérica
Apresenta-se na forma fracionária, possuindo um numerador e um denominador, ou
seja, um título.
1 .
(a) 120.000(em desuso) (b) 1 / 20.000 (pouco usada) (c) 1:20.000(mais usada)

A precisão das medidas será tanto maior quanto maior for também à escala do
mapa.
- Escala Gráfica
Mostra a proporção entre as dimensões reais e as do mapa através de um gráfico.

Vantagens da escala gráfica:


- obtenção rápida e direta de medidas sobre mapas.
- cópias reduzidas ou ampliadas por processos fotocopiadores.

- Escala de área
A escala numérica refere-se a medidas lineares. Ela indica quantas vezes foi
ampliada ou reduzida uma distância.
Quando nos referimos à superfície usamos a escala de área, podendo indicar
quantas vezes foi ampliada ou reduzida uma área.
Enquanto à distância em uma redução linear é indicada pelo denominador da fração,
a área ficará reduzida por um número de vezes igual ao quadrado do denominador dessa
fração.

Reforço complementar - Vídeo aulas:

Conversão de unidades: https://www.youtube.com/watch?v=yB8HjRq2pUo ou


https://www.youtube.com/watch?v=YHZiqGS3zyo

Exercícios para aprender estruturar regras de 3:


https://www.youtube.com/watch?v=1L_93o0TUQM

Exercícios e explicação com escala: https://www.youtube.com/watch?v=cMoIJamVMD8

Obs: Lembrem que o youtube é um canal aberto, caso ainda não conseguiram entender,
busquem mais vídeo aulas, corram na biblioteca!
AULA_03 – MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA TERRA, RUMO E AZIMUTE,
RELAÇÕES MÉTRICAS ENTRE O TRIÂNGULO:

Objetivo da aula: Compreender aspectos relacionados à localização e posicionamento de


terrenos. Indicação do Norte nos projetos. Entendendo o que é Rumo e Azimute. Revisão
sobre trigonometria plana.

SISTEMAS DE COORDENADAS

Os sistemas de coordenadas são necessários para expressar a posição de pontos


sobre uma superfície, seja ela um elipsóide, esfera ou um plano. É com base em
determinados sistemas de coordenadas que descrevemos geometricamente a superfície
terrestre nos levantamentos. Para o elipsóide, ou esfera, usualmente empregamos um
sistema de coordenadas cartesiano e curvilíneo (PARALELOS e MERIDIANOS). Para o
plano, um sistema de coordenadas cartesianas X e Y é usualmente aplicável.
Para amarrar a posição de um ponto no espaço necessitamos ainda complementar
as coordenadas bidimensionais (X e Y) com uma terceira coordenada que é denominada
ALTITUDE.

ORIENTAÇÃO
- Norte Magnético e Geográfico
O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido a circulação da
corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido. Estas correntes
criam um campo magnético, como pode ser visto na figura abaixo
Este campo magnético ao redor da Terra tem a forma aproximada do campo
Magnético ao redor de um imã de barra simples. Tal campo exerce uma força de atração
sobre a agulha da bússola, fazendo com que mesma entre em movimento e se estabilize
quando sua ponta imantada estiver apontando para o Norte magnético
Figura 1. Campo magnético ao redor da Terra.
Adaptado de: THE EARTHS MAGNETIC FIELD (2004).

A Terra, na sua rotação diária, gira em torno de um eixo. Os pontos de encontro


deste eixo com a superfície terrestre determinam-se de Pólo Norte e Pólo Sul verdadeiros
ou geográficos Figura 1.
O eixo magnético não coincide com o eixo geográfico. Esta diferença entre a
indicação do Pólo Norte magnético (dada pela bússola) e a posição do Pólo Norte
geográfico denomina-se de declinação magnética.
Em todos os levantamentos topográficos, que podem ser utilizados para construção
casas, praças, loteamentos, obras urbanísticas, estradas, hidroelétricas, obras de
saneamento entre outras, é necessário posicionar o trabalho levantado/realizado em relação
ao Norte. O conhecimento da posição do local em relação à orientação geográfica permite
fazer escolhas que ajudarão no conforto dos moradores/usuários do ambiente a exemplo
das escolhas do posicionamento de janelas, quartos, sacadas etc. A Figura 2 ilustra o
levantamento topográfico de um loteamento com destaque para a orientação geográfica do
terreno e a Figura 3 ilustra o levantamento de um loteamento com detalhes presentes no
terreno.
Figura 2 – Levantamento de um loteamento com destaque para a orientação geográfica.

Figura 3 – Levantamento de um loteamento com detalhes ilustrados presentes no terreno.


AZIMUTE
Azimute de uma direção é o ângulo formado entre a meridiana de origem que contém
os Pólos, magnéticos ou geográficos, e a direção considerada. É medido a partir do Norte,
no sentido horário e varia de 0º a 360º (Figura 4).

Figura 4 - Representação do azimute.

RUMO
Rumo é o menor ângulo formado pela meridiana que materializa o alinhamento Norte
Sul e a direção considerada. Varia de 0º a 90º, sendo contado do Norte ou do Sul por leste e
oeste. Este sistema expressa o ângulo em função do quadrante em que se encontra. Além
do valor numérico do ângulo acrescenta-se uma sigla (NE, SE, SW, NW) cuja primeira letra
indica a origem a partir do qual se realiza a contagem e a segunda indica a direção do giro
ou quadrante. A figura 5 representa este sistema.
Figura 5 – Formas de representação do rumo.

IMPORTÂNCIA/USO: Entre as partes presentes nas escrituras dos imóveis está a descrição
geral do imóvel. Nesta, encontra-se o alinhamento do terreno com seus confrontantes e as
dimensões da área. Para cada alinhamento (limites do terreno) existe um azimute que é a
distância medida em graus (ângulo) em relação ao Norte. Com o azimute, pode-se encontrar
a posição correta de um terreno quando ainda não demarcado no caso da abertura de um
novo loteamento, também pode ser utilizado para cálculos de áreas entre outras atividades
de orientações topográficas.

M E M O R I A L D E S C R I T I V O (exemplo da importância do azimute )


O presente memorial descreve a área rural, sem benfeitorias, na localidade de Flores, no
município de Floresta, Estado do Paraná, pertencente a herdeiros de José da Silva, com
cadastro junto ao INCRA de número 9999999999-9. A estaca 0=PP situa-se na divisa das
propriedades de Wilson de Oliveira e Nelson dos Santos. Partindo-se da estaca 0=PP em
um azimute verdadeiro de 87º 41,1’ a 110,54 m chega-se na estaca 1, limitando-se com a
propriedade de Nelson dos Santos. Da estaca 1, em um azimute verdadeiro de 13º 40,5’ a
97,62 m, limitando-se com a propriedade de Valdir de Melo, chega-se a estaca 2 . Da estaca
2, em um azimute verdadeiro de 274º 04,2’ a 162,30 m, limitando-se com a propriedade de
Valdir de Melo, chega-se a estaca 3. Da estaca 3, a 114,40 m, em um azimute verdadeiro de
165º 38,9’, limitando-se com a propriedade de Wilson de Oliveira, retorna-se a estaca 0=PP,
totalizando para a área desta propriedade 13 994,40 m2.

Engenheiro Fulano da Silva


CREA PR Carteira 00000-D Registro 00000
Curitiba, 22 de abril de 2014.

CONVERSÃO ENTRE RUMO E AZIMUTE

Sempre que possível é recomendável a transformação dos rumos em azimutes,


tendo em vista a praticidade nos cálculos de coordenadas, por exemplo, e também para a
orientação de estruturas em campo.
Para entender melhor o processo de transformação, observe a seqüência indicada a
partir da Figura 6.

Figura 6 - Representação do Rumo em função do Azimute.

a) Conversão de Azimute para Rumo


No Primeiro quadrante: R1 = Az1
No Segundo quadrante: R2 = 180º - Az2
No Terceiro quadrante: R3 = Az3 - 180º
No Quarto quadrante: R4 = 360º - Az4

b) Conversão de Rumo para Azimute


No Primeiro quadrante (NE): Az1 = R1
No Segundo quadrante (SE): Az2 = 180º - R2
No Terceiro quadrante (SW): Az3 = 180º + R3
No Quarto quadrante (NW): Az4 = 360º - R4

TRIGONOMETRIA

A trigonometria teve origem na Grécia, em virtude dos estudos das relações métricas
entre os lados e os ângulos de um triângulo, provavelmente com o objetivo de resolver
problemas de navegação, Agrimensura e Astronomia.

- RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO


A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°. A partir da Figura abaixo
podem ser estabelecidas as seguintes relações:

Figura 7 – Relações entre o Triângulo Retângulo

Seno Cosseno Tangente


sen α = Cateto Oposto (c) cos α = Cateto Adjacente (b) tg α = Cateto Oposto (c)
Hipotenusa (a) Hipotenusa (a) Cateto Adjacente (b)

Teorema de Pitágoras: “O quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos comprimentos dos catetos.”
a² = b² + c²
TRIÂNGULO QUALQUER

LEI DOS SENOS “Num triângulo qualquer a razão entre cada lado e o seno do ângulo
oposto é constante e igual ao diâmetro da circunferência circunscrita”.

LEI DOS COSSENOS: “Num triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual
à soma dos quadrados das medidas dos outros dois, menos o dobro do produto das
medidas dos dois lados pelo cosseno do ângulo que eles formam”.

a² = b² + c² – 2.b.c. cos A

ÁREA DO TRIÂNGULO

- Triangulo retângulo:

Área = base x altura


2

Área = 10 x 6,5
2

Área = 32,5 m²
- Triângulo irregular

Área = Distância 1 x Distância 2 x Sen α (interno)


2

Área = 11 x 14 x Sen 32º


2

Área = 40,803m²

Reforço complementar - Vídeo aulas:

Conversão de rumo em azimute: https://www.youtube.com/watch?v=AWe5DdTCE8s


Ou https://www.youtube.com/watch?v=FsgJQRsmwKY

Teorema de Pitágoras: https://www.youtube.com/watch?v=cLHIUb-3FJ4


https://www.youtube.com/watch?v=cLHIUb

Trigonometria: https://www.youtube.com/watch?v=UvJ59tLgTug ou
https://www.youtube.com/watch?v=BCr7jwEiVSM
tps://www.youtube.com/watch?v=BCr7jwEiVSM

Lei dos Senos: https://www.youtube.com/watch?v=9Paa5eSzGHw

Leis dos Senos e Cossenos e teorema de Heron:


https://www.youtube.com/watch?v=bin_IFWNkPQ

Obs: Quem ainda não conseguiu entender procura outros vídeos, livros na biblioteca,
vamos a luta!
AULA_04 – Encontrando ângulos dentro de um triângulo qualquer

Objetivo da aula: Aprender a calcular e encontrar áreas e ângulos em triângulos


irregulares. Locação de obras a campo através do conhecimento em trigonometria.

MEDIDAS ANGULARES: Conceitos e Definições Ângulo

Tratando-se da forma, é uma figura formada por duas retas com um ponto em
comum. Tratando-se de medida, é o afastamento entre estas duas retas ao longo de uma
circunferência.

- Ângulos Verticais - são ângulos formados sobre qualquer plano de referência vertical. Ou
seja, são aqueles formados pelo afastamento de planos horizontais; correspondem, ao
ângulo formado entre a linha de visada e uma linha de referência, que geralmente é a linha
do horizonte. A linha de visada pode estar acima ou abaixo da linha do horizonte para o
ponto onde está estacionado o equipamento. Deve-se ficar claro que o ângulo vertical é
utilizado principalmente para correções de distâncias e para encontrar diferenças de
nível entre os pontos.

- Ângulos Horizontais - São ângulos formados sobre qualquer plano de referência


horizontal. Ou seja, são aqueles que as direções dos alinhamentos formam entre si ou
aqueles que os alinhamentos fazem uma linha de referência. A linha de referência pode ser
o Meridiano Magnético, Meridiano Verdadeiro ou ainda uma linha de referência arbitrária. O
Meridiano Magnético corresponde à direção indicada pela agulha magnética, o Meridiano
Geográfico, Astronômico ou Verdadeiro, corresponde a direção indicada pela linha que
passa pelos pólos geográficos da Terra. O ângulo horizontal é utilizado principalmente
para o calculo de áreas e para o posicionamento (locação) de obras.

Procedimentos para leitura dos ângulos Horizontais:


a - Ângulo Interno (Ai): É o ângulo contado a partir do alinhamento anterior para o
posterior, internamente a poligonal ou seja, o ângulo medido entre dois alinhamentos
topográficos. Variam de 0° a 360° e normalmente mede-se no sentido anti-horário. Para a
medida de um ângulo horizontal interno a dois alinhamentos consecutivos o aparelho deve
ser estacionado, nivelado e centrado com perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o
prolongamento do eixo principal do aparelho deve coincidir com a tachinha sobre o piquete).
Assim, o método de leitura do referido ângulo, utilizando um teodolito convencional
(mecânico), teodolito eletrônico ou uma estação total, consiste em:
- Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a vante (primeiro alinhamento);
- Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição (procedimento padrão Hz =
00000'00");
- Liberar e girar o aparelho sentido horário, executando a pontaria (fina) sobre o
ponto a ré (segundo alinhamento);
- Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao ângulo
horizontal interno medido.

Vídeo aula

Teorema de Heron: https://www.youtube.com/watch?v=xzMtt2ORf6Q


AULA_05 – Métodos de levantamentos topográficos - Irradiação

Objetivo: Conhecer os procedimentos para realização do levantamento de terrenos


pelo método da irradiação bem como calcular as áreas provenientes destes levantamentos.
É um método de levantamento simples, de precisão relativamente boa, dependendo
dos cuidados do operador, pois não há controle dos erros que possam ter ocorrido. Aplica-
se este processo para áreas pequenas, já que baseia- se na medição de alinhamentos
(ângulos e distâncias) formados pelo ponto de estacionamento do aparelho e os vértices do
perímetro.
Geralmente é utilizado como método auxiliar de levantamento por caminhamento
perimétrico (será abordado em outra aula).

Trabalho de campo
A única condição exigida pelo método é de que do ponto escolhido (dentro ou fora da
área), possa-se visar todos os vértices do perímetro, anotando-se então os ângulos
horizontais e as distâncias entre a estação do teodolito e o ponto visado.

Figura 1 – Medida dos pontos dentro da área.


Figura 2 – Medida dos pontos fora da área.

Sistemas de Coordenadas

Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação de coordenadas


relativas de pontos. Para tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de
coordenadas. São utilizados basicamente dois tipos de sistemas para definição unívoca da
posição tridimensional de pontos: sistemas de coordenadas cartesianas e sistemas de
coordenadas esféricas.
Quando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do que atribuindo
coordenadas ao mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a um
sistema de coordenadas. Existem diversos sistemas de coordenadas, alguns amplamente
empregados em disciplinas como geometria e trigonometria, por exemplo. Estes sistemas
normalmente representam um ponto no espaço bidimensional ou tridimensional.
No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas
retangulares ou cartesiano. Este é um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de
duas retas orientadas X e Y, perpendiculares entre si (Figura 1). A origem deste sistema é o
cruzamento dos eixos X e Y.

Figura 1 – Sistema de coordenadas cartesianas

Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada


abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Um dos símbolos
P(x,y) ou P=(x,y) são utilizados para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y.
Na figura 2 é apresentado um sistema de coordenadas, cujas coordenadas da
origem são O (0,0). Nele estão representados os pontos A(10,10), B(15,25) e C(20,-15).
Figura 2 – Representação dos pontos no sistema de coordenadas cartesianas

Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é


caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados,
mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto, denominado de
origem. A posição de um ponto neste sistema de coordenadas é definida pelas coordenadas
cartesianas retangulares (x,y,z) de acordo com a figura 3.

Figura 3 – Sistema de coordenadas cartesianas, dextrógiro e levógiro.

Conforme a posição da direção positiva dos eixos, um sistema de coordenadas


cartesianas pode ser dextrógiro ou levógiro. Um sistema dextrógiro é aquele onde um
observador situado no semi-eixo OZ vê o semi-eixo OX coincidir com o semi-eixo OY
através de um giro de 90° no sentido anti-horário. Um sistema levógiro é aquele em que o
semi-eixo OX coincide com o semi-eixo OY através de um giro de 90° no sentido horário.

Cálculo de coordenadas na planimetria pelo método dos determinantes

Nesta fase, será detalhado o desenvolvimento necessário para a determinação das


coordenadas planas, ou seja, as coordenadas x e y. A obtenção da coordenada z será
discutida quando da apresentação do conteúdo referente à altimetria.
As projeções planas são obtidas em função da distância entre os vértices de um
alinhamento e o azimute ou rumo, magnético ou geográfico, deste mesmo alinhamento. De
uma forma mais simples, pode-se dizer que a projeção em “X” é a representação da
distância entre os dois vértices do alinhamento sobre o eixo das abscissas e a projeção em
“Y” a representação da mesma distância no eixo das ordenadas (figura 4).

Figura 4 - Representação da projeção da distância D em X (∆X) e em Y (∆Y).

Considerando a figura 4 e utilizando os conceitos de Trigonometria plana, é possível


calcular as projeções em “X” e “Y” da seguinte forma:

∆X = D . sen Az
∆Y = D . cos Az

Considerando a poligonal representada na figura 5, as coordenadas dos vértices da


mesma são obtidas através da soma algébrica das projeções.
Figura 5 - Representação de uma poligonal e suas respectivas projeções

O calculo da área pode ser realizado pelo método analítico ou pelo método
trigonométrico.

Calculo de área pelo método analítico:


Neste método a área é avaliada utilizando fórmulas matemáticas que permitem, a
partir das coordenadas dos pontos que definem a feição, realizar os cálculos desejados.
O cálculo da área de poligonais, por exemplo, pode ser realizado a partir do cálculo
da área de trapézios formados pelos vértices da poligonal (fórmula de Gauss). Através da
figura 6 é possível perceber que a área da poligonal definida pelos pontos 1, 2, 3 e 4 pode
ser determinada pela diferença entre as áreas 1 e 2.
Figura 6 – Cálculo de Áreas

A área 1 pode ser calculada a partir das áreas dos trapézios formados pelos pontos
2', 2, 1, 1´ e 1', 1, 4, 4'. Na figura 7 é apresentada a fórmula de cálculo da área de um
trapézio qualquer.

Figura 7 – Cálculo de área do trapézio

Para facilitar a compreensão, será calculada a área do trapézio formado pelos pontos
2', 2, 1, 1' (figura 8).
Figura 8 - Trapézio 2´2 1 1´.

Conforme pode ser visto na figura 10.5, a área do trapézio será dada por:

Desta forma a área 1 (figura 10.3) será calculada por:

Da mesma forma, a área 2 será calculada por:

A área da poligonal (Ap) será dada por:

Desenvolvendo, tem-se:

Outra equação também pode ser empregada (CINTRA, 1996):


2A = Σ( yi ⋅ xi+1) −Σ(xi ⋅ yi+1) (10.17)
O cálculo da área utilizando-se a equação (10.17) pode ser realizado facilmente
montando-se uma tabela com as coordenadas dos pontos, com o cuidado de repetir a
coordenada do primeiro ponto no final da tabela, e multiplicando-se de acordo com o
ilustrado pela figura 10.6.

Figura 9 - Forma de multiplicação dos valores.

Maiores detalhes sobre o calculo analítico podem ser visto em (VEIGA, Luis Augusto
Koenig; ZANETTI, Maria Aparecida Z.; FAGGION, Pedro Luis. Fundamentos de
Topografia. UFPR (Apostila), 2007), pg 122 a 127.

Vídeo aula:

Método de Gauss e prático: https://www.youtube.com/watch?v=TIsullzRmBc


AULA_06 – Caminhamento Perimétrico

Consiste numa medição sucessiva de ângulos e distâncias descrevendo uma


poligonal fechada.
Os vértices e os lados da poligonal são utilizados para levantamentos dos acidentes
topográficos que existem em suas imediações pelo emprego dos processos auxiliares.
O método de levantamento por caminhamento é caracterizado pela natureza dos
ângulos que se mede, daí classificar-se em:
- Caminhamento à bússola;
- Caminhamento pelos ângulos de deflexões.
- Caminhamento pelos ângulos horários;

CAMINHAMENTO PELOS ÂNGULOS HORÁRIOS

Ângulos horários são ângulos horizontais medidos sempre no sentido horário.


Dependendo do sentido do caminhamento, os ângulos medidos podem ser internos ou
externos.
Hoje, a maioria dos softwares topográficos tais como: GRAU MAIOR, DATAGEOSIS,
TOPOGRAF, TOPTEC, TOPOEVN, etc. trazem em seus menus de entrada de dados a
opção para ângulos horários.
Obs.: Quando o caminhamento é feito no sentido horário, os ângulos horizontais
medidos são externos.

to
1
en
m
ha
0
in
m
se ntid o d o c a

2
4

3
Quando o caminhamento é feito no sentido anti horário os ângulos horizontais
medidos são chamados ângulos internos.

4
e nto
m
a
inh

0
o do c am

3
1
id
se nt

Encontrando os Azimutes:
NM
Azimute de 0-1 = 145º 00’
0

5
1 2

4 a

Fórmula para o cálculo dos azimutes

Azimute calculado = azimute anterior + ângulo horário


< 180º => +180º
> 180º < 540º => -180º
> 540º => -540º
Observação: O azimute do alinhamento 0-1 é medido no limbo horizontal do
teodolito devidamente orientado.

Caderneta de campo
VISADAS ÂNGULO AZIMUTE
ESTACA
RÉ VANTE HORÁRIO LIDO CALC. OBS
0 5 1 267º 40’ 145º 00’ 145º 10’
1 0 2 116º 00’ 81º 00’
2 1 3 295º 00’ 196º 00’
3 2 4 263º 30’ 279º 30’
3 2 A 310º 45’ 326º 45’ CASA
4 3 5 227º 30’ 327º 00’
5 4 0 270º 30’ 57º 30’

Azimute calculado 1-2 = azimute anterior 145º 00’ + ângulo horário


Azimute calculado 1-2= 145º 00’+ 116º = 261º 00’ – 180º = 81º 00’
Azimute calculado 2-3 = 81º 00’+ 295º 00’= 376º 00’- 180º = 196º 00’
Azimute calculado 3-4 = 196º 00’+ 263º 30’ = 459º 30’ – 180º =279º 30’
Azimute calculado 3-A = 196º 00’+ 310º 45’ = 506º 45’ – 180º = 326º 45’
Azimute calculado 4-5 = 279º 30’ + 227º 30’ = 507º 00’ – 180º = 327º 00’
Azimute calculado 5-0 = 327º 00’ + 270º 30’ = 597º 30’ – 540º = 57º 30’
Azimute calculado 0-1 = 57º 30’ + 267º 40’ = 324º 70’ = 325º 10’ – 180º = 145º 10’

Verificação do erro angular


Soma dos ângulos externos de um polígono (Σae) = 180(n+2) n=nº de lados
Σae = 180(6+2)
Σae = 1440º 00’

Somando os ângulos externos do polígono em estudo, excluindo aqueles


correspondentes às irradiações teremos 1440º 10’.

Erro angular de fechamento do polígono = 0º 10’.


Observação: O erro angular obtido deve coincidir com a diferença entre o primeiro azimute
lido e o calculado (alinhamento 0-1). Isto indica que os cálculos dos azimutes
estão corretos. Em caso contrário, deve-se refazer os cálculos.

Tolerância do erro angular

Precisão do aparelho x √n ;
Onde n é o número de lados do polígono.
Precisão do aparelho = 0o05’20”
Número de lados = 5

x √n
0o05’20” √5 = 0o 11’55,54”
Tolerância aproximada = 12’
Erro angular = 10’
Como o erro angular cometido foi de 10’ e o permitido é até 12’ neste caso, o erro
angular de fechamento é permitido.

Correção do erro angular de fechamento

O erro angular de fechamento do polígono, igual a 10’, deverá ser distribuídos


igualmente em todos os ângulos do polígono.

Erro linear de fechamento :


Para a determinação do erro linear, necessário será a transformação dos dados em
coordenadas, trabalhando-se com um sistema de eixo ortogonais. São as chamadas
coordenadas retangulares ou cartezianas. E as mesmas serão úteis também par o desenho
da planta topográfica, bem como para o cálculo analítico da área da poligonal de base.
Os eixos coordenados são constituídos de um meridiano de referência que pode ser
verdadeiro, magnético ou assumido, chamado de eixo das ordenadas ou eixos dos “Y”,
dando a direção N-S é um paralelo de referência, situado perpendicularmente ao meridiano,
dando a direção E-W e chamado de eixo das abscissas ou eixo dos “X”.
Ordenada de um ponto é a distância desse ponto ao paralelo de referência, medida
portanto no sentido N-S no eixo dos “Y”, podendo ser positiva quando na direção norte ou
negativa na direção sul.
Abscissa de um ponto é a distância desse ponto ao meridiano de referência medida
no sentido E-W, no eixo dos “X”, podendo ser positiva quando na direção este ou negativa
na direção oeste.
Em outras palavras, ordenada ou latitude de um ponto é a projeção do ponto no eixo
dos “Y” e será positiva (N) ou negativa (S); abscissa ou longitude será a projeção do ponto
no eixo dos “X”, podendo ser E (+) ou W (-).

a) Coordenadas parciais ou relativas:

Convertendo-se os azimutes calculados compensados em rumos e tendo-se o seno


e o cosseno do rumo de cada alinhamento, o produto desses valores pela respectiva
distância dará a projeção (longitude ou latitude) de cada alinhamento.

No triângulo formado, tem-se que:


Sen rumo = cateto oposto / hipotenusa = longitude/distância,

donde,

Longitude parcial = distância x sen rumo


Cos rumo = cateto adjacente / hipotenusa = latitude / distância

donde,

Latitude parcial = distância x cos rumo

Essas projeções são chamadas coordenadas parciais, porque são contadas à partir
da origem do próprio alinhamento; equivale a transportar a origem do sistema de eixos para
cada vértice do polígono. Como as longitudes poderão ser E (+) ou W (-) e as latitudes N (+)
ou S (-), ao se multiplicar a distância do alinhamento pelo seno do rumo, tem-se a longitude
parcial, cujo valor será anotado ou na coluna E ou na coluna W, de acordo com o quadrante
do rumo; igualmente, o produto da distância pelo cosseno do rumo dará a latitude parcial, a
ser lançada na coluna N ou na S, dependendo também do quadrante do rumo.
Dando continuidade ao exemplo, a planilha será acrescida agora das colunas
necessárias para o cálculo das coordenadas parciais, incluídos os espaços reservados à
compensação do erro linear.

Exemplo:
b) Determinação do erro linear de fechamento:
Uma vez determinado e distribuído o erro angular de fechamento, considera-se a
poligonal “fechada” em termos angulares. Resta determinar o valor do erro linear de
fechamento, compará-lo com seu respectivo limite de tolerância e caso seja inferior a este,
efetua-se a compensação do erro linear.
Como a soma algébrica das projeções dos lados de um polígono sobre um sistema
de eixos ortogonais deve ser nula, é óbvio que a soma das longitudes parciais este (E)
deverá ser igual a soma das longitudes parciais oeste (W), o mesmo ocorrendo para as
latitudes, onde deverão ser iguais as somas norte (N) e sul (S). Se não houvesse erro linear,
como iniciou-se o caminhamento em um ponto e retornou-se a ele, o trajeto percorrido ou as
projeções, têm o mesmo valor, mas em sentido contrário, ficando o comprimento de uma
direção anulado pelo comprimento da outra. Entretanto, devido aos erros nas medições de
campo, isto não acontece; havendo erro de fechamento, este será refletido pelas diferenças
entre as direções E e W para as longitudes e entre N e S para as latitudes. O erro linear é
proveniente das imprecisões de leituras da mira e também pelos erros nas leituras dos
ângulos; embora o erro angular já tenha sido anulado pela compensação, as distâncias
ficarão afetadas, pois o erro de campo ainda persiste e provoca distorção nos alinhamentos.
Então, confrontando-se a soma das colunas das coordenadas parciais, tem-se :

∆E - ∆W = ∆X = erro de longitude

∆N - ∆S = ∆Y = erro de latitude

Estes dois erros é que compões o erro linear existente.


No exemplo, a planilha apresenta os seguintes totais para as colunas de
coordenadas parciais:

E o erro linear será :

Entretanto, o valor encontrado para o erro linear (E) por si só pouco representa;
necessário será compará-lo com outra grandeza, estabelecendo termos de
proporcionalidade e esta grandeza é o perímetro (P) do polígono levantado. Então:

Onde e = erro linear de fechamento.


Costuma-se expressar o valor de e em termos de %, donde:
que na planilha será :

c) Limite de tolerância do erro linear de fechamento :


Da mesma forma que ocorre para o erro angular, existe o erro máximo permissível para as
distâncias, com as mesmas discrepância entre os diversos autores. Na prática, pode-se
estabelecer os limites para o erro linear de fechamento como sendo:

1/1.000 = índice de um bom trabalho e,


2/1.000 = índice de um trabalho aceitável.

Assim, para cada 1.000m de perímetro, tolera-se um erro de 1 a 2 metros.


As mesmas restrições que foram feitas para o erro angular quanto ao julgamento de
um trabalho, são válidas para o erro linear de fechamento, já que ao determiná-lo apenas
aparece o resíduo dos erros acidentais, excluídas portanto as compensações naturais que
podem ter ocorrido no campo.
Assim, um trabalho cujo erro linear de fechamento esteve abaixo dos limites
preconizados, indica que provavelmente o levantamento foi bem feito, mas não
garantidamente. Por outro lado, toda vez que ultrapassar os referidos limites,
garantidamente não foi um bom trabalho de campo.

d) Compensação do erro linear de fechamento :


Estando o erro linear dentro do limite pré-estabelecido, efetua-se a compensação,
distribuindo-o proporcionalmente pelos comprimentos dos lados do polígonos. Duas são as
maneiras de se compensar :

∆ proporcional às coordenadas :
Se na direção E-W foi encontrado um erro longitude ∆X, e na direção N-S um erro de
latitude ∆Y, a distribuição será feita proporcionalmente em cada direção. Como o erro ∆X foi
encontrado no percurso Leste-oeste, esse erro corresponderá ao total das colunas E e W; o
mesmo ocorre para o erro ∆Y em relação à soma N e S. Então, para cada coordenada faz-
se a distribuição proporcionalmente ao comprimento da mesma. Como a soma das colunas
E e W deveriam ser iguais, o mesmo acontecendo para as colunas, duas a duas. Isto
equivale a repartir o erro de longitude (∆X) entre E e W e o erro de latitude (∆Y) entre N e S,
somando-se metade do erro à coluna de menor soma e subtraindo-se a outra metade da
coluna de maior soma. Para cada coordenada haveria uma correção (c) a ser adicionada ou
subtraída e proporcional ao seu comprimento.

Tomando-se o alinhamento MP-1 da planilha, como exemplo, a compensação a ser


efetuada seria:

Para Longitude :

∆E + ∆W = 213,20 + 212,79 = 425,99 m

longitude corrigida = 158,25 + 0,15 = 158,40 m

Para Latitude
S N + S S = 460,03 + 459,47 = 919,50 m

latitude corrigida = 111,91 – 0,07 = 111,84 cm

E assim seriam feitas as correções para todos os alinhamentos.


Na prática a compensação é facilitada, organizando-se tabelas de correções para as
longitudes e para as latitudes, fazendo-se aproximações dos centímetros a serem
compensados, bem como dos comprimentos das coordenadas. Como a soma das
compensações efetuadas nas longitudes (E e W) deverá ser igual ao erro de longitude (∆X),
pode ocorrer que devido à essas aproximações não se obtenha exatamente o valor do erro
a ser distribuído; poderá haver uma pequena diferença e então faz-se um ajuste,
eliminando-se essa diferença por falta ou por excesso, no alinhamento de coordenada de
maior comprimento. O mesmo se faz para as latitudes. No presente exemplo, as tabelas de
correções seriam:

Para Longitude :
⋅⋅E + ⋅⋅W = 426,00 m

Ainda tomando o alinhamento MP-1 como exemplo, de longitude = 158,25 = 160,00


m, a compensação seria feita adicionando-se 16 cm, por ser oeste (de menor soma),
resultantes de 10 cm correspondentes a 100 m e 6 cm a 60m, de acordo com a tabela. A
longitude parcial compensada seria : 155,25 + 158,41 m.

Para Latitude :
∆N +∆S = 919,50 = 920,00 m
Para o alinhamento MP-1, a latitude será = 110,00m, correspondendo a tomar 6 cm
para 100m e 1 cm para 10m, totalizando 11 cm de compensação, negativa, já que a latitude
é norte, a coluna de maior soma. A latitude parcial
compensada seria: 111,91 – 0,07 = 111,84 m.
Eliminando-se dessa forma o erro linear, distribuído pelos alinhamentos, a planilha
prossegue pela adição de mais quatro colunas, compostas dos valores corrigidos das
longitudes e das latitudes. São as coordenadas parciais compensadas, as quais quando
efetuadas as somas terão que apresentar totais iguais para as colunas E e W, o mesmo
ocorrendo em relação às colunas N e S.
A esta altura, com os dados corrigidos, a poligonal se “fechará” totalmente e a
planilha ficará: Exemplo (continuação):
∆ proporcional às distâncias: ao invés de se compensar proporcionalmente às
coordenadas, pode-se efetuar a compensação proporcional às distâncias relacionando os
valores de X e de Y com o perímetro (P) do polígono. A correção (c) para cada distância (D)
será :

⋅⋅Para Longitude:
Em P houve um erro ∆X, para cada distância D haverá uma correção c :

Reportando-se ao alinhamento MP-1 como exemplo, cuja distância é 193,81 m


194,00 e sendo o perímetro P = 1.114,91 ⋅⋅ 1.115,00 m, a correção a ser feita seria:

A longitude parcial compensada seria = 158,25 + 0,07 = 158,32 m


⋅⋅Para Latitude:

A latitude parcial compensada seria = 111,91 – 0,10 = 111,81m.

f) Coordenadas totais ou absolutas


Quando mantém-se o sistema de eixos fixo, fazendo-se a origem coincidir com um
ponto do polígono, os demais vértices terão suas coordenadas contadas a partir desse
ponto de origem. São as coordenadas totais ou absolutas. Estas são obtidas pela soma
algébrica das coordenadas parciais, já que convencionou-se que as longitudes parciais
serão positivas quando este e negativas quando oeste e as latitudes serão positivas quando
norte e negativas quando sul.
As coordenadas totais facilitam o desenho da poligonal e permitem também o cálculo
analítico da área do polígono, sem que haja necessidade de se desenhar a planta.
As coordenadas dizem respeito aos pontos (aqueles situados à direita na coluna de
alinhamentos), isto é aos pontos finais ou extremos dos alinhamentos. Assim sendo, as
coordenadas totais do primeiro vértice situado após a origem do sistema de eixos serão
sempre iguais às suas próprias coordenadas parciais; os demais vértices terão suas totais
calculadas pela soma algébrica das parciais, até retorna-se ao ponto de origem, que deverá
Ter valores zero tanto para longitude como para a latitude total, pois foi onde situou-se o
sistema de eixos. A verificação, por cálculo, desses valores zero para o ponto inicial deve
ser feita como garantia da exatidão dos cálculos.
A totalização é mostrada abaixo, completando-se a planilha, com as colunas de
longitudes e latitudes totais, tomando-se como origem o vértice MP.

g) Totalização em torno de um ponto qualquer:


Como as totais são obtidas pela soma algébrica das parciais, pode-se situar o
sistema de eixos passando em qualquer dos vértices do plígono e não necessariamente
sobre o ponto MP. As longitudes e latitudes parciais conservam seus valores; apenas as
totais é que terão valores diferentes, conforme a localização do sistema de eixos, mas de
qualquer forma o ponto situado mais a oeste permanecerá sendo mais a oeste, o mesmo
acontecendo para aqueles situados mais a norte, sul ou este do polígono. Escolhido o ponto
por onde passará o sistema de eixos, este terá coordenadas totais igual a zero, o vértice
seguinte terá totais iguais ás parciais e os demais serão calculados algebricamente. Como
exemplo, serão reproduzidas as coordenadas parciais compensadas da planilha e feita a
totalização em torno, agora, do ponto 5.
· CÁLCULO DE ÁREAS :
Os métodos para cálculos da área levantada são três: gráficos, analíticos e
mecânicos, cada um apresentando suas limitações e vantagens.

·Métodos Analíticos :
São os que apresentam melhor precisão e com a vantagem de não ser necessário se
utilizar do desenho para o cálculo da área. Entretanto, os métodos analíticos possibilitam a
avaliação de áreas de lados retos apenas, o que equivale a avaliar a área da polígonal da
base. Toda vez que a planta apresentar lados curvos, a mesma não poderá ser, em sua
totalidade, avaliada por este processo. E, no levantamento por caminhamento, mesmo que o
perímetro se constitua tão somente de lados retos, na prática dificilmente a poligonal irá
coincidir com o perímetro, já que torna-se problemático o estacionamento do aparelho
exatamente sobre as divisas (caso de cercas, etc.). Como grande parte da área é abrangida
pela poligonal, emprega-se um método analítico para a área do polígono, mas para a parte
extra-poligonal, ter-se-á que recorrer à decomposição em figuras geométricas, com os
inconvenientes anteriormente citados.

· Método das Coordenadas (Gauss)


Este processo se utiliza das coordenadas totais para o cálculo da área e é
relativamente mais simples que o método das DDM.
Na figura, o polígono situado no sistema de eixos, terá suas coordenadas totais
referenciadas por X1, X2 ,..., como as longitudes totais dos vértices e por Y1,Y2,...., as
latitudes totais.

Área (S)01234 = SOD234E - SOB1 – SBD21 – SO4E

Decompondo a área total (SOD234E) em figuras geométricas :

SOD234E = S (trapézio)CD23 + S(trapézio)AC34 + S(quadrado)OA4E

Substituindo :

S01234 = S(trapézio)CD23 + S(trapézio)AC34 + S(quadrado)OA4E – S(triângulo)OB1 –


S(trapézio)BD21 - S(triângulo)O4E

Para o cálculo da área de cada figura as dimensões serão dadas em função dos valores das
totais:

S01234 = X2 + X3 (Y2 – Y3) + X3 + X4 (Y3 – Y4) + X4 Y4 – X1Y1 - X2 + X1 (Y2 – Y1) + X4


Y4

Multiplicando-se todos os termos por 2 e efetuando os produtos, tem-se:

2 S = X2 Y2 - X2 Y3 + X3 Y2 - X3 Y3 + X3 Y3 - X3 Y4 + X4 Y3 – X4 Y4 + 2
X4 Y4 – X1Y1 – X2 Y2 + X2 Y1 –X2 Y1 – X1 Y2 + X1Y1 – X4 Y4

Para melhor memorização da fórmula, dispõe-se as longitudes totais sobre suas


respectivas latitudes, totais e efetuam-se as multiplicações em cruz respeitando os sinais
das coordenadas e adotando-se o critério de que numa direção os produtos serão positivos
e na outra negativos.

O cálculo da área fica facilitado, chamando de X1 e Y1 as coordenadas do ponto


seguinte ao que se totalizou (0,00) e assim por diante.
Com os dados da planilha que serviu como ilustração desse texto, a mesma terá a
área da poligonal calculada pelo método das coordenadas (Gauss).

2 S = - (-158,41 x 302,43) – (-68,34 x 414,17) – (-72,60 x 445,56) – (-2,78 x 457,10) – (10,47


x 459,75) – (33,11 x 394,70) – (42,39 x 280,34) – (49,98 x 146,80) – (50,33 x 49,03) – (49,85
x 0,00) + (-68,34 x 111,84) + (-72,60 x 302,43) + (-2,78 x 414,17) + (10,47 x 445,56) + (33,11
x 457,10) + (42,39 x 459,75) + (49,98 x 394,70) + (50,33 x 280,34) + (49,85 x 146,80) +
(0,00 x 49,03).
2 S = (+190.273,70 – 70.321,41) = 119.952,29

S = 59.976,15 m 2 = 5,9976 ha

Video aula:

Calculo de azimute: https://www.youtube.com/watch?v=YdUouZqxPRg


AULA_07 – Altimetria

A determinação da cota/altitude de um ponto é uma atividade fundamental em


engenharia. Projetos de casas, redes de esgoto, estradas, planejamento urbano, entre outros,
são exemplos de aplicações que utilizam estas informações. A determinação do valor da
cota/altitude está baseada em métodos que permitem obter o desnível entre pontos.
Conhecendo-se um valor de referência inicial é possível calcular as demais cotas ou altitudes.
Estes métodos são denominados de nivelamento. Existem diferentes métodos que permitem
determinar os desníveis, com precisões que variam de alguns centímetros até sub-milímetro.
A aplicação de cada um deles dependerá da finalidade do trabalho.

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ALTIMÉTRICO


De acordo com a ABNT (1994, p3), o levantamento topográfico altimétrico ou
nivelamento é definido por: “levantamento que objetiva, exclusivamente, a determinação das
alturas relativas a uma superfície de referência dos pontos de apoio e/ou dos pontos de
detalhe, pressupondo-se o conhecimento de suas posições planimétricas, visando a
representação altimétrica da superfície levantada.”
Basicamente três métodos são empregados para a determinação dos desníveis:
nivelamento geométrico, trigonométrico e taqueométrico.
Nivelamento geométrico ou nivelamento direto: “nivelamento que realiza a medida da
diferença de nível entre pontos no terreno por intermédio de leituras correspondentes a
visadas horizontais, obtidas com um nível, em miras colocadas verticalmente nos referidos
pontos.” ABNT(1994, p3).
Nivelamento trigonométrico: “nivelamento que realiza a medição da diferença de nível
entre pontos no terreno, indiretamente, a partir da determinação do ângulo vertical da direção
que os une e da distância entre estes, fundamentando-se na relação trigonométrica entre o
ângulo e a distância medidos, levando em consideração a altura do centro do limbo vertical do
teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno do sinal visado.” ABNT (1994, p.4).
Nivelamento taqueométrico: “nivelamento trigonométrico em que as distâncias são
obtidas taqueometricamente e a altura do sinal visado é obtida pela visada do fio médio do
retículo da luneta do teodolito sobre uma mira colocada verticalmente no ponto cuja diferença
de nível em relação à estação do teodolito é objeto de determinação.” ABNT (1994, p.4).
A NBR 13133 estabelece, em seu item 6.4, quatro classes de nivelamento de linhas ou
circuitos e de seções, abrangendo métodos de medida, aparelhagem, procedimentos,
desenvolvimentos e materialização (ABNT, 1994, p.15):
a) Classe IN - nivelamento geométrico para implantação de referências de nível (RN) de
apoio altimétrico.
b) Classe IIN - nivelamento geométrico para a determinação de altitudes ou cotas em pontos
de segurança (Ps) e vértices de poligonais para levantamentos topográficos destinados a
projetos básicos executivos e obras de engenharia.
c) Classe IIIN - Nivelamento trigonométrico para a determinação de altitudes ou cotas em
poligonais de levantamento, levantamento de perfis para estudos preliminares e/ou de
viabilidade de projetos.
d) Classe IVN - Nivelamento taqueométrico destinado a levantamento de perfis para estudos
expeditos.
A norma apresenta para estas quatro classes uma tabela abrangendo os métodos de
medição, aparelhagem, desenvolvimento e tolerâncias de fechamento. Somente como
exemplo, para a classe IN (nivelamento geométrico), executado com nível de precisão alta, a
tolerância de fechamento é de 12mm . k1/2, onde k é a extensão nivelada em um único
sentido em quilômetros. Cabe salientar que na prática costuma-se adotar o valor de k como
sendo a média da distância percorrida durante o nivelamento e contranivelamento, em
quilômetros.
Independente do método a ser empregado em campo, durante um levantamento
altimétrico destinado a obtenção de altitudes/cotas para representação do terreno, a escolha
dos pontos é fundamental para a melhor representação do mesmo. A figura 1 apresenta uma
seqüência de amostragem de pontos para uma mesma área, iniciando com a amostragem mais
completa e finalizando em um caso onde somente os cantos da área foram levantados.
Os pontos levantados são representados pelas balizas. Apresenta-se também as
respectivas curvas de nível obtidas a partir de cada conjunto de amostras.
Figura 1 – Amostragem de pontos altimétricos e representação do relevo.

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
O nivelamento geométrico é a operação que visa à determinação do desnível entre dois
pontos a partir da leitura em miras (estádias ou em código de barras) efetuadas com níveis
ópticos ou digitais. Este pode ser executado para fins geodésicos ou topográficos. A diferença
entre ambos está na precisão (maior no caso do nivelamento para fins geodésicos) e no
instrumental utilizado.

MÉTODOS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO.


É possível dividir o nivelamento geométrico em quatro métodos:
- visadas iguais
- visadas extremas
- visadas recíprocas
- visadas eqüidistantes

- VISADAS IGUAIS
É o método mais preciso e de larga aplicação em engenharia. Nele as duas miras são
colocadas à mesma distância do nível, sobre os pontos que deseja-se determinar o desnível,
sendo então efetuadas as leituras (figura 2). É um processo bastante simples, onde o desnível
será determinado pela diferença entre a leitura de ré e a de vante.

∆HAB = Leitura de ré – Leitura de vante

Figura 2 – Nivelamento Geométrico – método das visadas iguais.

- MÉTODO DAS VISADAS EXTREMAS.

Neste método determina-se o desnível entre a posição do nível e da mira através do


conhecimento da altura do nível e da leitura efetuada sobre a mira (figura 3). É um método de
nivelamento bastante aplicado na área da construção civil.
Figura 3 – Nivelamento Geométrico método das visadas extremas.
Onde:
hi: altura do instrumento;
LM : Leitura do fio nivelador (fio médio);
∆hAB = desnível entre os pontos A e B.

A grande vantagem deste método é o rendimento apresentado, pois se instala o nível


em uma posição e faz-se a varredura dos pontos que se deseja determinar as cotas, porém tem
como inconveniente não eliminar os erros como curvatura, refração e colimação, além da
necessidade de medir a altura do instrumento, o que pode introduzir um erro de 0,5 cm ou
maior. Para evitar este último, costuma-se realizar uma visada de ré inicial sobre um ponto de
cota conhecida, e desta forma determinar a altura do instrumento já no referencial altimétrico
a ser utilizado (figura 4).
Figura 4 – Visada a uma RN para determinação da altura do instrumento.

Onde:
hi: altura do instrumento;
LM : Leitura do fio nivelador (fio médio);
LRN: Leitura na mira posicionada sobre a RN;
HRN: altitude da RN;
HB: altitude do ponto B;
∆hAB = desnível entre os pontos AB.

Para ilustrar a aplicação deste método é apresentado a seguir um exemplo. Deseja-se


determinar as cotas dos pontos A, B, C e D, localizados dentro de uma edificação, em relação
à referência de nível dada (figura 5). O nível é estacionado em uma posição qualquer e faz-se
primeiro uma visada de ré à referência de nível para determinar a altura do instrumento.

Figura 5 – Determinando as cotas de pontos em uma edificação.

Agora são feitas as visadas de vante às estações A e B. Da posição atual do nível é


impossível realizar as leituras dos pontos C e D. Então o equipamento será estacionado em
uma nova posição (figura 6). Cada vez que o equipamento é estacionado é necessário
determinar a altura do mesmo e deve-se realizar uma leitura de ré em um ponto com cota
conhecida.
Como a cota ponto B já foi determinada na ocupação anterior do equipamento, é
possível utilizá-lo agora como estação de ré. Sempre que um ponto for utilizado com este
propósito, a leitura de vante no mesmo será denominada de mudança. Todas as demais
visadas de vante serão denominadas de intermediárias. Neste exemplo, para a primeira
ocupação, a visada ao ponto A é denominada de intermediária e ao ponto B de mudança.
Após a nova instalação do equipamento é feita a visada de ré ao ponto B, sendo então
possível fazer as visadas de vante aos pontos C e D. O exemplo de preenchimento de
caderneta para este caso é mostrado na figura 7. A última leitura de vante executada no
trabalho será sempre considerada como de mudança. Os valores das observações e dados
iniciais estão representados em negrito e os valores calculados estão sublinhados. Durante o
preenchimento da caderneta deve-se tomar o cuidado de, para cada posição do nível, anotar
primeiro todas as visadas de vante intermediárias e por último a visada de vante de mudança.

Figura 6 – Determinando as cotas de pontos C e D.

Figura 7 – Caderneta para nivelamento geométrico método das visadas extremas.

Os dados deste exemplo podem ser representados esquematicamente, conforme é


apresentado a seguir, onde os valores indicados sobre as linhas de visada representam as
leituras efetuados nos pontos, em metros (figura 8).
Figura 8 – Representação esquemática do nivelamento.

A seguir é apresentado o porquê de considerar a última leitura efetuada como sendo de


mudança. Tome-se como exemplo o caso apresentado na figura 9, onde foram determinadas
as cotas dos pontos de 1 a 7 através do nivelamento geométrico por visadas extremas. Neste
caso o nível foi estacionado quatro vezes.

Figura 9 – Determinação do desnível entre os pontos 1 e 7.

Pela figura pode-se deduzir que:


∆HRN 7 = ΣRé – ΣVante Mudança
H7 = HRN + ΣRé – ΣVante Mudança
Desta forma, ao realizar-se os cálculos, é possível verificar se a cota do último ponto
está correta.
Em alguns casos pode ser necessário determinar a cota de pontos localizados na parte
superior de uma estrutura, conforme ilustra a figura 10. Neste caso a única diferença é que a
leitura efetuada com a mira nesta posição deve ser considerada negativa. Na figura 10 a
leitura efetuada na mira ré é de 1,5m e na mira vante de 1,7m, a qual terá o sinal negativo. O
desnível é calculado fazendo-se a diferença entre a leitura de ré e vante, ou seja:

Desnível = 1,5 – (-1,7) = 3,2 m

Figura 10 – Determinação de cotas de pontos no “teto”.

Exercício 1 - Calcular as cotas dos pontos B, C, D e E utilizando o nivelamento geométrico


por visadas extremas. Nos pontos B e D a mira foi posicionada no teto da edificação (mira
invertida). A cota do ponto A é igual a 100,00m. As leituras são dadas na caderneta do
nivelamento.
Tabela de referência do Exercícios 1:

C. F. 95,968

- MÉTODO DAS VISADAS EQÜIDISTANTES.


Neste método de nivelamento geométrico efetuam-se duas medidas para cada lance
(figura 11), o que permite eliminar os erros de colimação, curvatura e refração. A principal
desvantagem deste método é a morosidade do mesmo.

Figura 11 – Nivelamento Geométrico método das visadas eqüidistantes.

E1: erro na visada no lado curto


E2: erro na visada no lado longo
∆HAB = (LAI – LBI)/2 + (LAII – LBII )/2
Nas representação planimétrica, a carta ou mapa tem por objetivo a representação de
duas dimensões, a primeira referente ao plano e a segunda à altitude. Desta forma, os
símbolos e cores convencionais são de duas ordens: planimétricos e altimétricos.
Para que este método tenha sua validade é necessário que ao instalar o nível nas duas
posições, tome-se o cuidado de deixar as distâncias d1 e d2 sempre iguais (ou com uma
diferença inferior a 2m). Uma das principais aplicações para este método é a travessia de
obstáculos, como rios, terrenos alagadiços, depressões, rodovias movimentadas, etc. (Figura
12).

Figura 12 – Contorno de obstáculos utilizando o método de visadas extremas.

- MÉTODO DAS VISADAS RECÍPROCAS


Consiste em fazer a medida duas vezes para cada lance, sendo que diferentemente dos
outros casos, o nível deverá estar estacionado sobre os pontos que definem o lance (figura
13). Também são eliminados os erros de refração, colimação e esfericidade, porém não
elimina-se o erro provocado pela medição da altura do instrumento.
Figura 13 – Método das visadas recíprocas.

Formas de representação do relevo.

Aspecto do relevo
A cor da representação da altimetria do terreno na carta é, em geral, o sépia. A própria
simbologia que representa o modelado terrestre (as curvas de nível) é impressa nessa cor. Os
areais representados por meio de um pontilhado irregular também é impresso, em geral, na
cor sépia.
À medida que a escala diminui, acontece o mesmo com os detalhes, mas a
correspondente simbologia tende a ser tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM), o relevo, além das curvas de nível, é
representado por cores hipsométricas, as quais caracterizam as diversas faixas de
altitudes.
Também os oceanos além das cotas e curvas batimétricas, têm a sua profundidade
representada por faixas de cores batimétricas.
Figura 14 - Escala de cores Hipsométrica e Batimétrica (CIM).

O relevo de uma determinada área pode ser representado das seguintes maneiras:
curvas de nível, perfis topográficos, relevo sombreado, cores hipsométricas, etc.
As cartas topográficas apresentam pontos de controle vertical e pontos de controle
vertical e horizontal, cota comprovada e cota não comprovada, entre outros.

Ponto Trigonométrico - Vértice de Figura cuja posição é determinada com o levantamento


geodésico.

Referência de nível - Ponto de controle vertical, estabelecido num marco de caráter


permanente, cuja altitude foi determinada em relação a um DATUM vertical. É em geral
constituído com o nome, o nº da RN, a altitude e o nome do órgão responsável.

Cota não Comprovada - Determinada por métodos de levantamento terrestre não


comprovados. É igualmente uma altitude determinada por leitura fotogramétrica repetida.
Cota Comprovada - Altitude estabelecida no campo, através de nivelamento geométrico de
precisão, ou qualquer método que assegure a precisão obtida.

Curvas de nível

O método de representação do relevo terrestre por curvas de nível, permite ao usuário,


ter um valor aproximado da altitude em qualquer parte da carta.
A curva de nível constitui uma linha imaginária do terreno, em que todos os pontos de
referida linha têm a mesma altitude, acima ou abaixo de uma determinada superfície da
referência, geralmente o nível médio do mar.
Com a finalidade de ter a leitura facilitada, adota-se o sistema de apresentar dentro de
um mesmo intervalo altimétrico, determinadas curvas, mediante um traço mais grosso. Tais
curvas são chamadas "mestras", assim como as outras, denominam-se "intermediárias".
Existem ainda as curvas "auxiliares".

Figura 15 - Curvas de Nível.

Principais Características:
a) Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação.
b) Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.
c) As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros.
d) Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice
apontando para a nascente.
e) As curvas de nível formam um “M” acima das confluências fluviais.

f) Em geral, as curvas de nível formam um “U”nas elevações, cuja base aponta para o pé da
elevação.

Formas Topográficas
A natureza da topografia do terreno determina as formas das curvas de nível. Assim,
estas devem expressar com toda fidelidade o tipo do terreno à ser representado.
As curvas de nível vão indicar se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou se o
mesmo é íngreme ou de declive suave.
Figura 16 – Formação escarpada e suave

Figura 17 – Formação côncava (a) e convexa (b).

Rede de Drenagem
A rede de drenagem controla a forma geral da topografia do terreno e serve de base
para o traçado das curvas de nível. Desse modo, antes de se efetuar o traçado dessas curvas,
deve-se desenhar todo o sistema de drenagem da região, para que possa representar as
mesmas.

- Rio: Curso d’água natural que deságua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as águas
superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das águas. Seus cursos
estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o ponto mais baixo (foz ou
jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um lago ou de outro rio do qual é
afluente. De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos d’água recebem diferentes
nomes genéricos: ribeirão, lajeado, córrego, sanga, arroio, igarapé, etc.

A Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. É
resultante da reunião de dois ou mais vales, formando uma depressão no terreno, rodeada
geralmente por elevações. Uma bacia se limita com outra pelo divisor de águas. Cabe ressaltar
que esses limites não são fixos, deslocando-se em conseqüência das mutações sofridas pelo
relevo.

Divisor de Águas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos mais elevados
do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as águas de um e outro curso
d’água. É definido pela linha de cumeeira que separa as bacias.

EQÜIDISTÂNCIA
Na representação cartográfica, sistematicamente, a eqüidistância entre uma
determinada curva e outra tem que ser constante. Eqüidistância é o espaçamento, ou seja, a
distância vertical entre as curvas de nível. Essa eqüidistância varia de acordo com a escala da
carta com o relevo e com a precisão do levantamento. Imprescindível na representação
altimétrica em curvas de nível é a colocação dos valores quantitativos das curvas mestras.
Obs: Normalmente, a curva mestra é a quinta (5ª) curva dentro da eqüidistância normal.

Figura 18 – Identificação de curvas mestras

Cores hipsométricas
Nos mapas em escalas pequenas, além das curvas de nível, adotam-se para facilitar o
conhecimento geral do relevo, faixas de determinadas altitudes em diferentes cores, como o
verde, amarelo, laranja, sépia, rosa e branco.
Em se tratando de relevo submarino, passam a chamar-se cores batimétricas. O
problema da representação do relevo através de cores é basicamente a definição número de
intervalos de altitude (intervalos de classe) entre as altitudes extremas, que serão
representadas pelas cores e a escolha das próprias cores que representarão cada intervalo de
classe.
A representação hipsométrica por cores, é uma das possibilidades de representação de
uma distribuição contínua de um fenômeno sobre a superfície terrestre. Pode-se de uma
maneira geral representar qualquer ocorrência de distribuição contínua por este processo.

Figura 19 – Representação do relevo por intervalo de cores.

Relevo sombreado

O sombreado executado diretamente em função das curvas de nível é uma modalidade


de representação do relevo.
É executada, geralmente, à pistola e nanquim e é constituída de sombras contínuas
sobre certas vertentes dando a impressão de saliências iluminadas e reentrâncias não
iluminadas.
Para executar-se o relevo sombreado, imagina-se uma fonte luminosa a noroeste,
fazendo um ângulo de 45º com o plano da carta, de forma que as sombras sobre as vertentes
fiquem voltadas para sudeste.
Figura 20 - Representação do Relevo Sombreado.

VÍDEO AULA
https://www.youtube.com/watch?v=zKg2tBGo7aQ

Bibliografia
FRIEDMANN, R. M. P. Fundamentos de orientação, cartografia e navegação terrestre.
Pró Books Editora & CEFET-PR, 2003, 400 pp.
GASPAR, Joaquim (2005) - Cartas e Projecções Cartográficas, 3.ª edição. Lidel Edições
Técnicas, Lisboa.
Manual Técnico de Noções Básicas de Cartografia - Fundação IBGE, 1989.
OLIVEIRA, Cêurio. Curso de Cartografia Moderna/Cêurio de Oliveira, 2 ed., Rio de
Janeiro, IBGE, 1993.
AULA_08 – Corte e Aterro

15.1 - INTRODUÇÃO
O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas
maneiras para representar o mesmo (figura 15.1), sendo as mais usuais as curvas de nível e
os pontos cotados.

15.2 - MÉTODOS PARA A INTERPOLAÇÃO E TRAÇADO DAS CURVAS DE NÍVEL.


Com o levantamento topográfico altimétrico são obtidos diversos pontos com
cotas/altitudes conhecidas. A partir destes é que as curvas serão desenhadas (figura 15.13).
Cabe salientar a necessidade das coordenadas planas dos pontos para plotá-los sobre a
carta. O número de pontos e sua posição no terreno influenciarão no desenho final das
curvas de nível.

Figura 15.13 - Representação a partir dos pontos obtidos em campo.

O que se faz na prática é, a partir de dois pontos com cotas conhecidas, interpolar a
posição referente a um ponto com cota igual a cota da curva de nível que será representada
(figura 15.14). A curva de nível será representada a partir destes pontos.
Figura 15.14 - Interpolação da cota de um ponto.

Entre os métodos de interpolação mais importantes destacam-se:

15.2.1 MÉTODO GRÁFICO


A interpolação das curvas baseia-se em diagramas de paralelas e divisão de
segmentos. São processos lentos e atualmente pouco aplicados.

a) Diagramas de paralelas
Neste método traça-se um diagrama de linhas paralelas eqüidistantes (figura 15) em
papel transparente, correspondendo as cotas das curvas de nível.

Figura 15.15 - Diagrama de linhas paralelas.

Rotaciona-se o diagrama de forma que as cotas dos pontos extremos da linha a ser
interpolada coincidam com os valores das cotas indicadas no diagrama. Uma vez concluída
esta etapa, basta marcar sobre a linha que une os pontos, as posições de interseção das
linhas do diagrama com a mesma. A figura 15.16 ilustra este raciocínio
Figura 15.16 - Interpolação das curvas empregando diagrama de linhas paralelas.

b) Divisão de segmentos.
O processo de interpolação empregando-se esta técnica pode ser resumido por:
- Inicialmente, toma-se o segmento AB que se deseja interpolar as curvas. Pelo
ponto A traça-se uma reta r qualquer, com comprimento igual ao desnível entre os pontos A
e B, definido-se o ponto B´ (figura 15.17). Emprega-se a escala que melhor se adapte ao
desenho.

Figura 15.17 - Traçado de uma reta r com comprimento igual ao desnível entre os pontos A
e B.
Marcam-se os valores das cotas sobre esta reta e une-se o ponto B´ ao ponto B. São
traçadas então retas paralelas à reta B´B passando pelas cotas cheias marcadas na reta r
(figura 15.18). A interseção destas retas com o segmento AB é a posição das curvas
interpoladas.

Figura 15.18 - Retas paralelas ao segmento AB´.

15.2.2 MÉTODO NUMÉRICO


Utiliza-se uma regra de três para a interpolação das curvas de nível. Devem ser
conhecidas as cotas dos pontos, a distância entre eles e a eqüidistância das curvas de nível.
Tomando-se como exemplo os dados apresentados na figura 15.19, sabe-se que a distância
entre os pontos A e B no desenho é de 7,5 cm e que o desnível entre eles é de 12,9m.
Deseja-se interpolar a posição por onde passaria a curva com cota 75m.

Figura 15.19 - Exemplo de interpolação numérica.

É possível calcular o desnível entre o ponto A e a curva de nível com cota 75m ( 75m
- 73,2 = 1,8m). Sabendo-se que em 7,5 cm o desnível entre os pontos é de 12,9 m, em "x"
metros este desnível será de 1,8 m.
Neste caso, a curva de nível com cota 75m estará passando a 1,05cm do ponto A.
Da mesma forma, é possível calcular os valores para as curvas 80 e 85m (respectivamente
3,9 e 6,9cm). A figura 15.20 apresenta estes resultados.

Figura 15.20 – Resultado da interpolação numérica para o segmento AB.

No traçado das curvas de nível, os pontos amostrados podem estar em formato de malha
regular de pontos. Neste caso, as curvas de nível são desenhadas a partir desta malha. A
seqüência de trabalhos será:
- definir a malha de pontos;
- determinar a cota ou altitude de todos os pontos da malha;
- interpolar os pontos por onde passarão as curvas de nível;
- desenhar as curvas.

Quando se utiliza este procedimento aparecerão casos em que o traçado das curvas
de nível em uma mesma malha pode assumir diferentes configurações (ambigüidade na
representação). Nestes casos, cabe ao profissional que está elaborando o desenho optar
pela melhor representação, bem como desprezar as conceitualmente erradas.

Terraplenagem Para Plataformas

Nesta parte abordaremos os trabalhos de terraplenagem para construção de plataformas


horizontais. Para melhor planejarmos devemos ter conhecimento da altimetria, por pontos cotados em
uma malha, ou pelas curvas de nível, isto é obtido pelo levantamento planialtimétrico do local onde
realizar-se-á a terraplenagem. Esta malha anteriormente citada será quadrada de 20 X 20 metros,
podendo ser reduzida em função da área, para 10 X 10 metros ou ainda 5 X 5 metros para lotes
urbanos e pequenos. A terraplenagem é feita para uma determinada finalidade ou objetivo como
segue:

- 1a hipótese: o plano horizontal sem imposição de uma cota final determinada.


- 2a hipótese: o plano horizontal com imposição de uma cota final determinada.

Sabemos que o custo da terraplenagem compõe-se basicamente pelo custo do corte e


transporte. O aterro é uma conseqüência do corte e transporte, como tal não é pago. baseado nisso a
topografia poderá escolher uma altura do plano final que determine volumes iguais de corte e aterro ou
o mínimo de transporte possível, solução portanto mais econômica. Caso o projeto obrigue a uma
determinada altura do plano, restará a topografia a sua aplicação e cálculo dos volumes de corte e
aterro, os quais serão diferentes.
Para exemplificarmos as duas hipóteses usaremos o mesmo modelo de terreno, um quadrado
de 30 X 30 metros como segue:
1 - Calcular a cota final para um plano horizontal, de forma que os volumes de corte e aterro sejam
iguais.
2 - Calcular o volume de bota-fora para que a cota final do plano horizontal fique em 4,60 m.

Resolução:
PESO 1 PESO 2 PESO 4
4,2 3,0 4,0
4,4 2,8 3,5
7,4 5,1 4,7
7,0 6,3 5,0
6,0
6,2
6,1
5,0
TOTAL: 23,0 40,5 68,8
Peso 1 = 4 Cotas x Pesos
Peso 2 = 8 23,0 x 1 = 23
Peso 4 = 4 40,5 x 2 = 81
Total = 16 17,2 x 4 = 68,8
Cota Final = (23 +81+17,2 + 68,8)/16 = 4,8 metros.

2 - determinação do volume de bota fora para cota final de 4,6 m.

Diferença entre a cota 4,8 m (cota para corte = aterro) e cota final de 4,6 m, é de 0,20 m, em uma área
de 900 m2 (30m X 30m), teremos um volume de bota-fora iguala 180 m3.

VÍDEO – AULA

Curvas de Nível – Interpolação: https://www.youtube.com/watch?v=wN_hju1IMZ0

Altura Média:
https://www.youtube.com/watch?v=vSOXMYJFwBo&src_vid=W4ZBG8Ujl7I&feature=iv&ann
otation_id=annotation_2740762871

Cálculos de corte e aterro:


https://www.youtube.com/watch?v=W4ZBG8Ujl7I

https://www.youtube.com/watch?v=TcAQl6xpTxw

https://www.youtube.com/watch?v=H2LLWKhkoBU

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