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Alunas do 2º ano do curso de Administração de Empresas da Universidade Salvador.
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Doutoranda pela Universidad de Leon, Espanha. Professora e Coordenadora de Assuntos
Comunitários da Universidade Salvador. Membro do Núcleo de Estudos Sociais
(CORDIS/UNIFACS).
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Como o estado não pode mais com o ensino superior é inevitável que a
expansão ocorra através do setor privado. Apesar do aumento no valor das
mensalidades que eram em média R$ 243,00 (duzentos e quarenta e três reais) e
saltaram para R$ 453,00 (quatrocentos e cinqüenta e três reais), o número de
matriculados cresceu em 57% representando mais de 60% de alunos de 3º grau.
Não obstante, essa tendência tem matizado todo o complexo de ensino
superior brasileiro. Afinal, tais “empresas” nem sempre se preocupam se seus
professores possuem um mestrado, doutorado, se realmente são capacitados a
ensinarem em um curso superior.
Um outro cerco ameaçador para as universidades públicas é a migração de
docentes para instituições particulares, universidades ou não, atraídos por
melhores salários. Entre outras coisas, há uma dificuldade de captar docentes
qualificados e dispostos a ganhar um salário inicial baixo.
Um diferencial a favor das universidades públicas é a pesquisa científica,
pois são nelas que a maioria das pesquisas brasileiras são realizadas. As
instituições privadas, principalmente as mais novas, não têm capital para investir
em pesquisas de ponta que envolvem laboratórios complexos e dedicação total de
uma equipe de professores. Uma proposta sugerida pelo MEC é de que
contribuam com a sociedade, focalizando suas pesquisas em assuntos locais, que
possam trazer benefícios imediatos à população.
Baseado na idéia de Luiz Carlos de Menezes, autor de “Universidade
Sitiada”, “os doutores são hoje a medida mais imediata da maturidade didática
de uma universidade e das pesquisas que ela pode realizar. A pós-graduação e a
pesquisa, em princípio são os domínios em que a universidade pública poderia se
sentir soberana, pois ela concentra no Brasil a pesquisa científica, participa da
produção e da crítica cultural, congrega grande parte dos centros de ensino de
pós-graduação” .
Devido a esse diferencial da universidade pública e o fato dela absorver os
melhores alunos através do seu qualificado processo seletivo, comprovou-se o
destaque desta quando comparada com algumas instituições particulares. Então,
para avaliar o ensino superior, observar o andamento desses cursos o MEC
implantou o “Provão”. Três fatores são observados nas instituições: seu corpo
docente, instalações físicas e avaliações aplicadas aos alunos. As notas são
classificadas entre A e E. Caso o curso tenha, por três anos consecutivos, uma
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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