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FACULDADE METROPOLITANA MARABÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE MARABÁ

DISCIPLINA FISIOTERAPIA EM NEUROPEDIATRIA

ACADEMICA: Lidiane Nascimento Silva

RELATORIO: Visita Técnica Referente a Tecnica Integrada

Caso Clinico: Paralisia Cerebral

MABABÁ

2017/2
LIDIANE NASCIMENTO SILVA

RELATÓRIO: Visita Técnica Referente a Prática Integrada


Caso Clinico :Paralisia Cerebral

Relatório de visita tecnica apresentado a Faculdade Metr


Marabá, no curso Bacharelado em Fisioterapia, como req
obtenção de nota referente a disciplina de Fisioterapia em
ministrada pela Prof.ª Tatiana Arouca.

MABABÁ
2017/2
1. INTRODUÇÃO

Este relatório objetiva apresentar caso clinico da paciente portadora de


Paralisia Cerebral do tipo tetraparesia espática observado na atividade de
monitoramento de pacientes para as disciplinas de Fisioterapia em Neuropediatra
órteses e próteses ministradas pelas as Prof. Tatiane Arouca e Priscila Mendes
no dia 04 de outubro 2017.
A visita foi agendada pelas as professoras em sala de aula semanas antes,
sendo destinada Turma Fisio 82 do curso de Fisioterapia, da Faculdade
Metropolitana de Marabá realizada no período matutino entre ás 08h e as10h, no
laboratório de cinesioterapia da Faculdade Metropolitana de Marabá.
Conforme a data e local determinado para a realização da visita os alunos
compareceram munidos de jalecos, sapatos fechados e roupas adequadas.
inicialmente recebemos instruções para desenvolver as atividades do dia. Em
seguida a turma foi dividida em grupos de 6 componentes eu mais Andressa Silva,
Andreza Lobato, Edgar Mateus Santos, Weullyana Rocha dando início a realização
tarefas distribuídas pela as professoras.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Promover independência funcional da paciente com utilização e adaptação


da Órteses.

Específicos

I. Promover ortostatismo;
II. Auxiliar a deambulação;
III. Proporcionar maior estabilidade

IV. Prevenir deformidades em pé equino

V. Promover o alinhamento articular

3 . MATERIAIS E MÉTODOS

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Este relatório foi elaborado a partir de informações colhidas durante visita
técnica o realizando no laboratório de Cinesiologia da faculdade Metropolitana de
Marabá, localizada Rod.BR 230, S/N - Nova Marabá, Marabá - PA, 68507-765 Bairro
Nova Marabá –PA, sob orientação das professoras; Tatiane Arouca e Priscila
Andrade.
Atividade foi desenvolvida, com a participação de uma criança do sexo
feminino e diagnostico de encefalopatia crônica não progressiva da infância .do tipo
tetraparesia espástica que realiza tratamento fisioterapêutico com os acadêmicos do
curso de fisioterapia que estão em período de estágio na clínica escola da referida
instituição.
Paciente deu início ao tratamento fisioterapêutico em 2015, mediante assinatura
prévia do termo de consentimento livre e esclarecido pelo responsável. Após
levantamento das informações sobre a criança em tratamento, foi efetuada a coleta
de dados por meio de análise do prontuário em único momento e também por
observações feitas durante o atendimento da paciente a onde se efetuou a medição
perimétrica da dimensão dos membros inferiores. Material utilizado na confecção de
órteses: Placa de PVC. EVA. Velcro dupla face, Rebites, Cola de silicone e Papel
adesivo.

3.1 RELATO DE CASO

Paciente N, V, S ,5 anos de idade, diagnostico clinico Encefalopatia crônica


não progressiva da infância, tipo diparesia espática, com predomínio em membros
inferiores, sexo feminino, avó leva para a realizar fisioterapia com queixa principal de
que a paciente não deambula sozinha, mesma apresenta dificuldade na fala,
estrabismo é pé equino GMFCS V. se locomovem transportada em cadeira rodas
manuais
História da clínica: distúrbios de coagulação, descoberta da PC com 1 ano
pelo os pais, iniciado o tratamento logo após 1 anos de idade. cirurgias:
alongamento do tendão de Aquiles faz uso de medicamento para convulsão.
Posturas e transferências: paciente rola, senta sem apoio, fica em pé com apoio por

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poucos segundos, fala mãe e pai se comunica por gestos, realiza manipulação de
brinquedos, bianualmente
Com três anos adquiriu controle de tronco. Na postura em pé permanece com
os joelhos semi-flexionados rolar e sentar. Não anda e não engatinha. Reflexos
primitivos: Babinski (+), Preensão plantar e palmar (-) Reações posturais: Equilíbrio
sentada (+), em pé (-), prono e supino (+); Reações de proteção (+); Reação de
anfíbio (-); RCR (+); RLR (+); ROR (+); RTCS (-); RTCA (-).
Avaliação postural: paciente apresenta cabeça inclinada, escapula alados,
ombros profusos, rotação da pelve, senta-se com apoio, sem apoio, pois não
conseguia manter-se na posição inicial para marcha apresentando espasticidade em
membros inferiores.
A mesma realiza movimentos de pega e apreensão de objetos com a mão
direita e realiza flexão e extensão do braço, cotovelo e punho, consegue efetivar
movimento de tronco com apoio e sem apoio. Avaliação de marcha: Paciente não
realiza dorsiflexão do pé D-E - pé equino apresenta atraso no desenvolvimento
motor, Diminuição de ADM em MMII; Encurtamento muscular; Déficit de equilíbrio
estático em pé. A criança avaliada apresentou necessidade do uso da órtese para o
membro inferior para evitar a flexão

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5. RESULTADOS.

Os objetivos foram alcançados, porém será necessário ajustes no tamanho


das órteses para melhor adaptação dos membros inferiores da paciente
.

Órteses vista posterior Órteses Vista lateral

Órteses vista. Anterior socialização


6. DISCUSSÃO

Baseado no caso em questão, os alunos do oitavo período do curso de


fisioterapia desenvolveram a órteses utilizando material de baixo custo. O trabalho
foi resultados da disciplina órteses e próteses administrada pela a professora Priscila
Andrade, e da disciplina de Fisioterapia em Neuropediatras administrada pela a
Professora Tatiane Arouca.
O conhecimento adquirido para confecção dessas órteses tiveram como
base uma busca ativa da necessidade da paciente. A busca foi realizada a partir dos
conhecimentos adquiridos em salas de aulas e através de práticas observacionais e
pesquisas em literatura
A órteses produzida pelos os alunos têm o propósito de auxilia o processo de
reabilitação da paciente portadora de Paralisia Cerebral, e usuária da clínica escola
de fisioterapia e para área de estágios durante longa permanecia. Visando estimular
conhecimentos teóricos com experiências vivenciado na pratica durante a realização
de atendimento a crianças com sequelas neurologias permitidas a facilitação do
processo de compreensão e aplicabilidade do conhecimento. A seguir abordaremos
de forma sucinta sobre a patologia referente ao caso clinico apresentado.

6.1 PARALISIA CEREBRAL

A paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva são terminações


empregada para definir um conjunto de alterações motoras decorrente de lesões
cerebrais nos primeiros estádios do desenvolvimento que atingem cérebro quando
imaturo nas fases perinatal, pré-natal e pós-natal. Ocasionadas alterações das
integridades sensoriais (LEITE, PRADO ,2004)
Os distúrbios são estáveis adquiridos durante a infância que vão manifestado
desordens de formas variadas como retardo metal espasticidade, alterações
posturais e dos movimentos, cognição, comunicação, distúrbios dos tônus muscular,
rolar, levantar sentar, andar em alguns caso pode surgir crises
(MERIGHITABAQUIM, et, al 2015)
Esses pacientes podem apresenta alteração no padrão de marcha em flexão,
adução e rotação interna de quadril, flexão de joelho e flexão plantar de tornozelo
(pé inquino) déficit contanto inicial do calcanhar devido ângulos articular atípicos de
complicações musculares. (KERPPERS 2006)
Quanto a classificação topográfica da PC feita de acordo com a localização
dos segmentos corporais afetado. Tendo como base as alterações clinicas do tônus
muscular, tipo de tônus, desordens, posturais, movimento involuntários,
espasticidade, hipertônico, flutuações, ataxia e mistos, atetóide, quanto o grau de
severidade pode ser classificado como leve, moderada e grave, com base na
capacidade de locomoção da criança. (ROQUE, et .al 2012).
HEMIPARESIA: compromete apenas um lado do corpo, sendo membro
superior e mais afetado.
DIPARESIA: compromete mais membros inferiores, que membros superiores.
QUADRIPARESIA: compromete os quatro membros, os braços estão mais
prejudicados em relação as pernas
Ressaltando que inicialmente Bobath classificou a paralisia cerebral em
distribuição topográfica, sendo hemiplégicas, diplegicas e quadriplégicas. (ROCHA
2003)

7. CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA GROSSA (GMFCS)

Gross Motor Function classification system (GMFCS) e um instrumento


elaborado para classificação da função motora grossa de crianças com PC em
níveis. A escala possui cinco níveis de classificação baseada nas faixas etárias de 1
a 12 anos. Esse instrumento classifica o grau de independência funcional atual que
a criança se encontra dentro de suas limitações. Cada faixa etária possui sua
característica para diferenciar incapacidades e limitações do desempenho motor em
níveis. (CHAGAS, et al,2008)
Nível I -Deambula sem limitação, Nível II- deambula com auxílio de dispositivo
manual e de mobilidade Nível IV Dependente, se locomovem por meio de cadeira
rodas motorizadas, Nível V -totalmente dependente, locomoção somente
transportado em cadeiras de rodas manual. (SANTOS 20011)

8. ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO


A paralisia cerebral e um complexo de sintomas determinados por causas
multifatoriais, sendo que as principais etiologias são: leucomalácia periventricular,
asfixia durante o parto, disgenesia cerebral, hemorragia intracraniana e causas
vasculares, quanto ao período que ocorrem a lesão no cérebro pode ser durante as
fases perinatal, pré-natal e pós-natal. Dos fatores riscos principais para desenvolver
a PC: prematuridade bebes que nasce antes das 37 semanas de gestação e bebes
com baixo peso ao nascer, especialmente os bebes pré-termos. (ROTTA2002)

8.1 DIAGNOSTICO.

O diagnóstico da PC deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar


precocemente. O diálogo entre esses profissionais e fundamental para se obter
progressão satisfatória do tratamento. A avaliação deve ser criteriosa exigido do
examinador a capacidade de evidencia alterações e manifestações clinicas da
diversidade da Patologia. O exame anamnese divide -se em subjetivo ou objetivo
(exame físico). (ROTTA 2002)
Anamnese Subjetiva -refere -se manifestações dos sintomas desde do início
da doença até o momento da realização da anamnese. Sendo relatado com as
palavras do paciente. Anamnese objetiva ou exame físico: o examinador busca
sinais presentes utilizando técnicas apropriadas para evidenciar alterações anormais
decorrentes das disfunções neurológicas devido a patologia. (CHRISTOFOLETTI, et,
at2017)

8 .2 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTCIO

A fisioterapia dispõe de vários recursos e métodos que pode ser empregada


em um programa de tratamento. O parâmetro para a escolha do tratamento dessa
patologia leva em consideração as desordens motoras, e o grau de envolvimento
neurológico e biomecânico. Seguindo essa ordem a ênfase do programa de
fisioterapia deve conter, fortalecimento muscular dos membros inferiores,
manutenção da flexibilidade e do alongamento muscular, treinamento da marcha,
realização de atividades técnicas que promova a mobilidade independente e a
execução de atividades funcionais, atividades que promova o posicionamento
corporais variados. (MORAES 2014)
Entre os recursos disponíveis podem ser prescritas as órteses com objetivo
de tonar os resultados dos tratamentos mais eficaz. As órteses são fabricadas de
acordo com a necessidade do paciente. As órteses possuir tamanhos e modelos
variados como a Karfo (joelho, tornozelo e pé), tem a função de promover
estabilidade articular, controlar motricidade, equilíbrio do tônus muscular, redução da
flexão plantar e do tornozelo, atua no ângulo da passada proporcionado maior
estabilidade na fase de apoio durante a marcha, atua na prevenção de futuras
deformidades de tornozelo e pé através da retificação da articulação, impedindo
encurtamentos. (OLIVEIRA 2010)
10. CONCLUSÃO

A fisioterapia e fundamental na recuperação da funcionalidade de crianças


portadoras de paralisia cerebral, permite que elas sejam capazes de realizar novas,
posições, adquirir habilidades que levarão a vivencia de novas experiências,
mostrado que elas também são capazes de brincar, andar, falar, estudar, interagir,
são capazes de usufruir da vida e ocupar seu papel na sociedade mesmo com suas
limitações diárias neurológicas. E que o diagnóstico e intervenção precoce faz muita
diferença na vida delas, pois através das técnicas e recursos disponíveis que pode
ser utilizando durante o tratamento fisioterapêutico e possível manter ou ganhar
padrões de postura e movimento.

.
11. REFERÊNCIAS

1 ROQUE, Aryane Helena et al. Análise do equilíbrio estático em crianças com


paralisia cerebral do tipo diparesia espástica com e sem o uso de órteses.
Fisioter. mov, v. 25, n. 2, p. 311-316, 2012 /Disponivel http;/ /www.scielo.br/pdfm,
acesso em 29/10 /2017
2 ROTTA, Negra Telexe-a. Paralisia cerebral: novas perspectivas
terapêuticas. Jornal de pediatria. Vol. 78, suppl. 1 (2002), p. S48-S54,2002,
Disponivel em www.google acadêmico .com .br acesso em 29/10/2017.
3 CHRISTOFOLETTI, Gustavo; HYGASHI, Francine; GODOY, Ana Lúcia Ribeiro.
Paralisia cerebral: uma análise do comprometimento motor sobre a
qualidade de vida. Fisioterapia em movimento, v. 20, n. 1, 2017.Disponievl em
www.google acadêmico .com br, acesso ,02 /11/2017.
4 OLIVEIRA, Lorena Bezerra et al. Recursos fisioterapêuticos na paralisia
cerebral pediátrica. CATUSSABA-ISSN 2237-3608, v. 2, n. 2, p. 25-38,
2013.Disponivel em www.repositorio .com br, acessado em 03/11/2017
5 KERPPERS, IVO ILVAN. análise da variabilidade de frequência cardíaca em
indivíduos portadores de paralisia cerebral. Tese de Doutorado. Dissertação.
São José dos Campos. -SP. Universidade do Vale do Paraíba, Univap.2006,
Disponivel em www.googleacademico .com .br, acesso em 02/11/2017
6 LEITE, J. M. R. S.; PRADO, GF do. Paralisia cerebral: aspectos
fisioterapêuticos e clínicos. Revista Neurociências, v. 12, n. 1, p. 41-45,
2004. Disponivel em www.google acadêmico.com.br. acesso em 04/11/2017.
7 MERIGHITABAQUIM, Maria de lourdes; Ribeiro, Maria valeriana leme de Moura;
Ciasca, Sylvia Maria. APRENDIZAGEM E PARALISIA CEREBRAL. Transtornos da
Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar, p. 427, 2015.Dispónivel
em www.google acadêmico .com br, acesso ,05/011/2017
8 SANTOS, Thaís Rejs et al. Avaliação do comportamento lúdico de crianças com
paralisia cerebral. Arquivos brasileiros de paralisia cerebral, v. 5, n.
11,P,1825,2011,Disponivel,em;www.googleacademico.com.br/http//s3amazonasw
s.com/academia.edu.documents/416224336/Santos,ePdf,acesso,em;05/11/201

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