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01) DEFINIR O DNA, SUAS CARACTERÍSTICAS, IDENTIFICANDO OS PROCESSOS DE REPLICAÇÃO,

TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM EUCARIOENTES

 ESTRUTURA E FUNÇÃO DO DNA

Na década de 1940, os biólogos tinham dificuldade em aceitar que o DNA era o material genético. A molécula parecia
muito simples: um longo polímero composto apenas por quatro tipos de subunidades, semelhantes quimicamente
entre si. No início da década de 1950, o DNA foi examinado por difração de raios X, uma técnica utilizada para
determinar a estrutura atômica tridimensional de uma molécula. Os primeiros resultados indicaram que o DNA era
composto por duas fitas de um polímero enroladas como uma hélice. A observação de que o DNA era composto de
uma fita dupla foi fundamental na elucidação do modelo da estrutura do DNA de Watson e Crick, o qual, logo após
sua proposta em 1953, tornou evidente o potencial do DNA para replicação e armazenamento da informação
genética.

 A molécula de DNA consiste em duas cadeias de nucleotídeos complementares

Uma molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA) consiste em duas longas cadeias polipeptídicas compostas por
quatro tipos de subunidades nucleotídicas. Cada uma dessas cadeias é conhecida como uma cadeia de DNA, ou
fita de DNA. As cadeias são antiparalelas entre si, e ligações de hidrogênio entre a porção base dos nucleotídeos
unem as duas cadeias. Os nucleotídeos são compostos de açúcares com cinco carbonos, aos quais um ou mais
grupos fosfato estão ligados, e uma base contendo nitrogênio. No caso dos nucleotídeos do DNA, o açúcar é uma
desoxirribose ligada a um único grupo fosfato, e a base pode ser adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou timina (T).
Os nucleotídeos estão covalentemente ligados em uma cadeia por açúcares e fosfatos, os quais formam a estrutura
principal alternada de açúcar-fosfato-açúcar-fosfato, chamada de cadeia principal. Esses símbolos (A, C, G e T)
normalmente são usados para representar as quatro bases ou os quatro nucleotídeos inteiros – isto é, as bases
ligadas com seus grupos fosfato e açúcar. A forma na qual os nucleotídeos estão ligados confere uma polaridade
química à fita de DNA. Em cada um dos casos, a base mais resistente, com dois anéis (uma purina, forma par com
uma base com um anel único (uma pirimidina). A sempre forma par com T, e G, com C. Esse pareamento de bases
complementares permite que os pares de bases sejam dispostos em um arranjo energético mais favorável no interior
da dupla-hélice.

 A estrutura do DNA fornece um mecanismo para a hereditariedade

A descoberta da estrutura do DNA imediatamente sugeriu respostas à uma questão sobre hereditariedade. A
resposta à questão veio da natureza helicoidal dupla da sua estrutura: como cada fita de DNA contém uma sequência
de nucleotídeos que é exatamente complementar à sequência de nucleotídeos da fita associada, cada fita pode atuar
como um molde para a síntese de uma nova fita complementar. Em outras palavras, se designarmos as duas fitas
de DNA com S e S’, a fita S pode servir como um molde para síntese de uma nova fita S’, enquanto a fita S’ pode
ser usada como molde para fazer uma nova fita S. Assim, a informação genética no DNA pode ser fielmente copiada
por meio de um processo simples no qual a fita S separa-se da fita S’ e cada fita separada atua como molde para a
produção de novas fitas complementares idênticas a sua fita associada. A capacidade de cada fita de DNA de atuar
como um molde para a produção de uma fita complementar permite que a célula possa copiar ou replicar seus genes
antes de passá-los a suas descendentes.
 PESQUISA USP: REPLICAÇÃO

Todos os organismos devem duplicar o seu DNA com extrema precisão e em altas taxas, antes de cada
divisão celular. Todas as vezes que uma célula se divide para produzir células filhas, o DNA precisa se
duplicar ou replicar dando origem a uma nova molécula de DNA com a mesma sequência de bases
existente na original, assegurando, assim, que as funções que executam serão perpetuadas na sua
descendência. A replicação do DNA envolve a separação das duas fitas parentais e a produção de duas
novas fitas, tendo as parentais como molde. Cada nova molécula de DNA contém uma fita parental e uma
fita recém-sintetizada, caracterizando a replicação semiconservativa. O processo de replicação é
complexo e envolve a participação de várias proteínas e enzimas que atuam de forma coordenada para
garantir uma fidelidade considerável. A separação dos dois filamentos de DNA é realizada pela enzima
DNA helicase. Esta enzima desenrola as duas fitas que compõem a dupla-hélice, quebrando as pontes
de hidrogênio estabelecidas entre as bases complementares de cada uma das fitas. De modo a aliviar a
tensão provocada pela torção da cadeia dupla durante o seu desenrolar pela helicase, a enzima DNA
topoisomerase I se associa com a cadeia parental a montante da helicase. Esta enzima cataliza quebras
transitórias das ligações fosfodiéster em um dos filamentos fornecendo um eixo de rotação que permite
que os segmentos de DNA em lados opostos da quebra girem independentemente, com o filamento intacto
servindo como eixo. As topoisomerases I são extremamente eficientes pois armazenam a energia
resultante da clivagem das ligações fosfodiéster para serem reaproveitadas para recompor o filamento. As
DNA polimerases catalisam a adição de nucleotídeos ao filamento em crescimento da extremidade 5’ para
a 3’. No terminal 5’ do açúcar há um grupo fosfato e no 3’ existe uma hidroxila livre onde se estabelece a
ligação fosfodiéster com o nucleotídeo que está sendo incorporado. Observou-se que as DNA
polimerases não são capazes de catalizar a síntese desde o início, elas necessitam de um pequeno
filamento de nucleotídeos, um oligonucleotídeo iniciador, ao qual ela adiciona os nucleotídeos seguintes.
Esse oligonucleotídeo iniciador é de RNA, copiado de forma complementar à fita molde de DNA pela RNA
primase. As DNA polimerases, para realizarem o processo de polimerização, necessitam também dos
quatro desoxirribonucleotídeos trifosfato (dTTP, dATP, dGTP e dCTP) e de Mg2+. Durante o processo de
replicação do DNA, uma das fitas novas é formada continuamente na direção 5’→3’ (fita líder) e a outra de
maneira descontínua e no sentido inverso para manter a mesma direção 5’→3’ (fita retardatária). A fita
descontínua é replicada através de fragmentos de Okasaki (1000 a 2000 nucleotídeos). Cada um desses
fragmentos apresenta, além do DNA recém-sintetizado, um RNA iniciador que será substituído por
desoxirribonucleotídeos pela DNA polimerase I e a DNA ligase reconstituirá a nova fita. O filamento líder
possui apenas um RNA iniciador que também será substituído pela DNA polimerase I. A replicação do
DNA se inicia em um ponto específico da dupla hélice denominado de origem de replicação e prossegue
em direções opostas gerando a formação de duas forquilhas de replicação. A medida que a replicação
avança as forquilhas se distanciam e ocorre a formação de uma bolha de replicação.
 PESQUISA USP: TRANSCRIÇÃO

A transcrição é a síntese de uma molécula de RNA complementar a um filamento molde de DNA. Os


RNAs produzidos nas células procarióticas e eucarióticas são moléculas de uma única fita composta
de nucleotídeos de adenina, guanina, citosina e uracila unidos por ligações fosfodiéster. As enzimas
responsáveis pela síntese dos RNAs são denominadas de RNA polimerases. Todos os RNAs são
sintetizados na direção 5’ para 3’ e todas as RNA polimerases são capazes de iniciar a síntese de
RNA. As células eucarióticas possuem três RNA polimerases: I (sintetiza os RNAr), II (sintetizam os
RNAm) e a III (sintetizam pequenos RNAs incluindo os RNAt).

Os RNAm representam a classe mais heterogênea de RNAs encontrada nas células, variando em
tamanho de 500 a mais de 6000 nucleotídeos, eles carregam a informação genética, definindo a
sequência de todas as proteínas da célula. Nos eucariontes os RNAm são sintetizados como grandes
precursores, composto de éxons (sequências codificadoras) e íntrons (sequências intervenientes ou
não codificadoras) que precisam ser processados (splicing) antes de se tornarem funcionais. Esse
processamento normalmente envolve a remoção dos íntrons e a ligação dos éxons.

Os RNAt se apresentam como uma estrutura dobrada com quatro alças distintas, denominada de
trevo de quatro folhas, onde a alça do anticódon é a estrutura responsável pelo reconhecimento do
códon complementar de uma molécula de RNAm. Outra estrutura proeminente encontrada em todas
as moléculas de RNAt, é o eixo aceptor, formado pelo pareamento de bases encontradas no final de
suas extremidade 5’ e 3’. As três últimas bases encontradas no final da extremidade 3’ se mantêm
não pareadas e possuem sempre a mesma sequência: 5’-CCA- na qual se liga o aminoácido. Essas
moléculas funcionam como adaptadores que levam os aminoácidos para o local de síntese de
proteínas.

As moléculas de RNAr dos eucariontes são de quatro tipos (18S, 28S, 5,8S e 5S) que realiza a síntese
de proteínas. A associação dos RNAs 28S, 5,8S e 5S a proteínas ribossômicas forma a subunidade
maior do ribossomo e o RNAr 18S se associa com outras proteínas específicas para formar a
subunidade menor do ribossomo e estas subunidades interagem para formar um ribossomo funcional.

O processo de transcrição dos RNAs pode ser dividido em três fases: iniciação, alongamento e
terminação. Durante a iniciação ocorre a ligação de uma RNA polimerase a região no DNA que
determina que aquele gene especificamente será transcrito, a região do promotor. Durante o
alongamento, a RNA polimerase começa a sintetizar um RNA complementar ao molde de DNA.
Quando um sinal de terminação é atingido ocorre a liberação do RNA e da enzima que poderá catalizar
outros processos de transcrição.
 PESQUISA USP: TRADUÇÃO

A síntese de proteínas ou tradução corresponde à etapa final da transferência de informação genética,


armazenada no DNA, para as moléculas de proteínas, que são os principais componentes estruturais e
funcionais das células vivas. Durante a tradução, essa informação, expressa em um RNA, é utilizada para
comandar a síntese de uma proteína. O processo de tradução envolve três componentes principais: o RNA
mensageiro (RNAm) que contém a informação necessária para direcionar a síntese de proteínas, o RNA de
transferência (RNAt) que carregam os aminoácidos que serão incorporados à proteína e os ribossomos que
reúnem o RNAm e o RNAt, de modo a permitir que o aminoácido correto seja incorporado à proteína. A tradução
começa próximo à extremidade 5’, que corresponde ao terminal amino da proteína e prossegue em direção à
extremidade 3’ do RNA, que corresponde ao terminal carboxila da proteína. A mensagem genética está contida
em um código triplo, degenerado e universal. Somente uma combinação das quatro bases existentes no RNA
(A, T, C e U) três a três pode gerar o número de combinações ou códons (64) necessários para codificar cada
um dos 20 aminoácidos que podem ocorrer nas proteínas. Nenhuma base é compartilhada entre códons
consecutivos. O ribossomo move-se ao longo de três bases por vez e como não existe qualquer base
interveniente entre os códons, o código é denominado sem vírgulas. O código é degenerado, porque mais de
um códon podem codificar o mesmo aminoácido e universal, porque é o mesmo seja em bactérias ou no
homem. Três códons (UAA, UAG e UGA) não especificam aminoácido e são utilizados como sinais para
interromper a síntese de uma proteína. O códon AUG, que especifica somente a metionina, tem um duplo papel:
ele codifica a metionina em qualquer lugar em que ele se encontre no RNA e também marca o início da síntese
proteica. A tradução é um processo dinâmico que envolve a interação de enzimas, RNAt, ribossomos e RNAm
de maneiras específicas para produzir uma molécula de proteína capaz de desempenhar uma função celular
específica. Esse processo é normalmente dividido em três etapas: iniciação, alongamento e terminação.

Iniciação: A iniciação da síntese de proteínas envolve a reunião de componentes do sistema de tradução antes
que ocorra a formação da ligação peptídica. Estes componentes incluem as duas subunidades ribossômicas, o
RNAm a ser traduzido, sequência de bases para metionina, especificado pelo códon iniciador AUG na
mensagem e o GTP (o qual fornece energia ao processo).

Alongamento: A elongação envolve a adição de aminoácidos à extremidade carboxila da cadeia polipeptídica


em formação. Durante a elongação, os ribossomos movem-se da posição 5' para 3' do RNAm que está sendo
traduzido. A formação das ligações peptídicas é catalizada pela peptidiltransferase. Após formar-se a ligação
peptídica, o ribossomo avança três nucleotídeos em direção ao 3' do RNAm. Isto causa a liberação do RNAt
descarregado

Terminação: A terminação ocorre quando um dos três códons de encerramento são lidos. O fator de liberação
faz a proteína recém-sintetizada ser liberada do complexo ribossômico e causa a dissociação entre o ribossomo
e o RNAm. O polipeptídeo recém-sintetizado pode sofrer modificações subsequentes; as subunidades
ribossômicas, o RNAm, o RNAt e fatores proteicos podem ser reciclados e usados para sintetizar outro
polipeptídeo.
02) DESCREVER COMO SE DÁ O PROCESSO DE REGULAÇÃO NA DIVISÃO DO DNA

Introdução

Todas as células passam pelo ciclo celular, mas elas passam rapidamente de uma fase à outra? Se forem
células cancerígenas, a resposta é sim. Entretanto, as células normais passam pelo ciclo celular de forma
regulada. Elas usam as informações sobre seu próprio estado interno e sinais do ambiente ao seu redor para
decidir se continuam com a divisão celular. Esta regulação garante que as células não se dividam sob condições
desfavoráveis (por exemplo, quando seu DNA está danificado, ou quando não há espaço para mais células em
um tecido ou órgão).

Pontos de checagem do ciclo celular

O ponto de checagem é um estágio no ciclo celular eucariótico em que a célula examina sinais internos e
externos e "decide" se irá continuar ou não a divisão celular.

Existem vários de pontos de checagem, mas os três mais importantes são:

 O ponto de checagem G1 na transição G1/S.

 O ponto de checagem G2, na transição G2/M.

 O ponto de checagem do fuso, na transição da metáfase para anáfase.

O ponto de checagem G1

O ponto de checagem G1 é o principal ponto de decisão para uma célula – ou seja, o primeiro ponto em

que deve-se escolher entre dividir ou não. Uma vez que a célula passa o ponto de checagem G1 e entra

na fase S, ela se torna irreversivelmente comprometida com a divisão. Ou seja, excetuando-se

problemas inesperados, tais como dano no DNA ou erros de replicação, uma célula que passa pelo

ponto de checagem G1 continuará pelo resto do caminho através do ciclo celular e produzirá duas

células filhas.
No ponto de checagem G1, a célula checa se as condições internas e externas são favoráveis para a divisão.
Aqui estão alguns dos fatores que uma célula pode avaliar:

 Tamanho. A célula tem tamanho suficiente para se dividir?

 Nutrientes. A célula possui reserva de energia suficiente ou nutrientes disponíveis para se dividir?

 Sinais moleculares. A célula está recebendo sinais positivos (como fatores de crescimento) das suas
vizinhas?

 Integridade do DNA. Há algum DNA danificado?


Se uma célula não obtém os sinais para seguir em frente que ela precisa no ponto de checagem G1, pode sair
do ciclo celular e entrar em um estado de repouso chamado fase G0. Algumas células permanecem em G0,
enquanto outras voltam à divisão se as condições melhoram.

O ponto de checagem G2

Nesta fase, a célula irá checar:

 Integridade do DNA. Há algum DNA danificado?

 Replicação do DNA. O DNA foi completamente copiado durante a fase S?

Se erros ou danos são detectados, a célula irá pausar no ponto de checagem G2 para permitir reparos. Se os
mecanismos do ponto de checagem detectam problemas com o DNA, o ciclo celular é interrompido e a célula
tenta completar a sua replicação de DNA ou reparar o DNA danificado.

Se o dano é irreperável, a célula pode sofrer apoptose, ou morte celular programada. Este mecanismo de
autodestruição assegura que o DNA danificado não é repassado para as células filhas e é importante para
prevenir o câncer.

Ponto de checagem do fuso

O ponto de checagem M é também conhecido como ponto de checagem do fuso: aqui, a célula examina se
todas as cromátides irmãs estão corretamente ligadas aos microtúbulos do fuso. Como a separação das
cromátides irmãs durante a anáfase é um passo irreversível, o ciclo não irá continuar até que todos os
cromossomos estejam firmemente ligados a pelo menos dois filamentos do fuso em lados opostos da célula.

Como este ponto de checagem funciona? Parece que as células na realidade não examinam a placa metafásica
para confirmar que todos os cromossomos estão lá. Ao invés disso, elas procuram por cromossomos
"retardatários" que estão no lugar errado (por exemplo, flutuando ao redor do citoplasma. Se um cromossomo
está no lugar errado, a célula irá pausar a mitose, permitindo que o fuso capture o cromossomo perdido.

03) EXPLICAR COMO OCORRE A DIVISÃO E FUNCIONAMENTO CELULAR EM EUCARIONTES

Após a multiplicação, as células crescem e aumentam a sua massa celular em uma fase denominada de G1
(gap = intervalo) onde ocorrem atividades metabólicas associadas ao crescimento e preparação do DNA para
replicação.

A fase subsequente é denominada de S (síntese) onde o material genético de cada cromossomo é replicado
ficando cada cromossomo com duas cromátides irmãs ligadas pelo centrômero.

Em seguida, a célula entra em outra fase de crescimento, G2, onde ocorrem os preparativos para a
multiplicação mitótica, denominada de M, que é a parte final do ciclo celular. As fases G1, S e G2 fazem parte
da interfase.
No início da prófase, os cromossomos, ainda bem distendidos, se separam e são movimentados, pelos
microtúbulos, para polos opostos da célula. Ao final da prófase, os cromossomos se apresentam altamente
condensados como entidades distintas. O envoltório nuclear e o nucléolo se fragmentam e se dispersam no
citoplasma.

Na metáfase, os cromossomos condensados, compostos por cromátides irmãs se localizam no centro da célula
ou placa equatorial.

Na anáfase, as cromátides que compõem cada cromossomo se separam e se movem para polos opostos da
célula, devido ao encurtamento dos microtúbulos. Cada cromátide mantem o seu centrômero e passa a ser
considerada como um cromossomo.

Na telófase, o movimento cromossômico se completa e os microtúbulos se desmontam. O envoltório nuclear


é reconstituído ao redor de cada núcleo filho, o nucléolo começa a reaparecer, os cromossomos ficam mais
distendidos e a mitose termina. A mitose garante que cada célula filha tenha a mesma informação genética que
a célula mãe.

A citocinese divide o citoplasma para as duas células filhas.

A meiose é um processo no qual o número cromossômico diploide (2n) é reduzido à metade no estado haploide
(n) durante a formação dos gametas. A meiose apresenta duas divisões sucessivas. A primeira (meiose I),
chamada de divisão reducional reduz o número de cromossomos pela metade e a segunda (meiose II)
denominada de divisão equacional separa cromátides irmãs que irão para quatro núcleos diferentes. Sendo
assim, quatro núcleos haploides resultam da divisão meiótica de um núcleo diploide.

O primeiro estágio da meiose é uma longa prófase constituída de cinco subestágios sequenciais: leptóteno,
zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.

No leptóteno, regiões cromossômicas denominadas de cromômeros se espessam e se unem para formar


estruturas filamentares.

No zigóteno, os cromossomos homólogos se alinham lado a lado para formar os bivalentes, pares de
cromossomos fortemente associados. Este processo de pareamento entre homólogos é chamado sinapse.

No paquíteno, os cromossomos duplicados continuam a se condensar. Durante o paquíteno é possível ocorrer


crossing-over.

No diplóteno, os cromossomos pareados separam-se um pouco, entretanto eles permanecem em contato


íntimo onde fizeram o crossing. Estes pontos de contato são chamados de quiasmas.

Na diacinese, os cromossomos condensam-se mais, a membrana nuclear fragmenta-se e um fuso acromático


se forma. Os microtúbulos do fuso se ligam aos cinetócoros dos cromossomos. Os cromossomos ainda
mantidos juntos pelos quiasmas movem-se para a região central da célula.
Durante a metáfase I, os cromossomos pareados migram para polos opostos do fuso o que garante que quando
a célula se dividir, um membro de cada par irá para cada pólo.

Durante a anáfase I, ocorre a disjunção cromossômica mediada pelo fuso que age em cada um dos bivalentes
da célula. Quando os cromossomos separados atingem os polos opostos, a primeira divisão meiótica chega ao
fim.

Durante a telófase I, o fuso é desfeito, as células filhas são separadas umas das outras por membranas, os
cromossomos se descondensam e um núcleo é formado ao redor do cromossomo em cada uma das células
filhas. As células produzidas pela meiose I contêm o número haploide de cromossomos. Cada cromossomo
ainda é formado por duas cromátides irmãs, que podem não ser, geneticamente idênticas porque podem ter
trocado material com outros cromossomos durante a prófase I.

Durante a meiose II, os cromossomos condensam-se e se ligam a um novo fuso acromático (prófase II). Eles
então se movem para posições no plano equatorial da célula (metáfase II) e seus centrômeros se dividem para
permitir que as cromátides irmãs se movam para polos opostos (anáfase II). Na telófase II as cromátides
separadas, agora chamadas cromossomos, atingem os polos e núcleos filhos se formam ao redor deles. Cada
núcleo filho contém um conjunto haploide de cromossomos.

04) ELUCIDAR SOBRE O RECONHECIMENTO E A CORREÇÃO DOS POSSÍVEIS ERROS DURANTE A


REPLICAÇÃO

Pontos Principais:

 As células têm uma variedade de mecanismos para prevenir mutações, ou mudanças permanentes na
sequência de DNA.

 Durante a síntese de DNA, a maioria das polimerases do DNA "checam seu trabalho", consertando a
maioria de bases não pareadas em um processo chamado revisão.

 Imediatamente após a síntese de DNA, qualquer base mal pareada restante pode ser detectada e
substituída em um processo chamado reparo por mau pareamento.

 Se o DNA fica danificado, pode ser reparado por vários mecanismos, incluindo reparo por de excisão
de base e de nucleotídeos, entre outros.

Revisão

DNA polimerases são as enzimas que constroem o DNA nas células. Durante a replicação do DNA (cópia), a
maioria das DNA polimerases "verificam seu trabalho" a cada base que acrescentam. Esse processo é
chamado revisão. Se a polimerase detecta que um nucleotídeo errado (incorretamente pareado) foi adicionado,
ela irá removê-lo e substituí-lo imediatamente, antes de continuar com a síntese de DNA.
Reparo por mau pareamento

Vários erros são corrigidos pela revisão, mas alguns poucos escapam. Reparo de mal pareamento acontece
logo após o novo DNA ter sido feito, e sua função é remover e substituir as bases mal pareadas (aquelas que
não foram corrigidas durante a revisão). O reparo do mal pareamento também pode detectar e corrigir pequenas
inserções e deleções que ocorrem quando as polimerases "deslizam" perdendo seu local de inserção na fita
molde. Como funciona o reparo de mal pareamento? Primeiro, um complexo de proteínas reconhece e liga-se
à base mal pareada. Um segundo complexo corta o DNA próximo ao mal pareamento e mais enzimas cortam
o nucleotídeo incorreto e um pedaço do DNA que o envolve. Uma DNA polimerase substitui a parte que falta
com os nucleotídeos corretos, e uma enzima chamada DNA ligase fecha a lacuna.

Reparo por excisão de base

Reparo por excisão de base é um mecanismo usado para detectar e remover certos tipos de bases
danificadas. Um grupo de enzimas chamado glicosilases desempenha um papel importante no reparo por
excisão de base. Cada glicosilase detecta e remove um tipo específico de base danificada.

Por exemplo, uma reação química chamada desaminação pode converter uma base citosina em uracila, uma
base normalmente encontrada apenas no RNA. Durante a replicação do DNA, a uracila irá parear com adenina
em vez de citosina, assim, uma mudança de citosina para uracila pode levar a uma mutação.

Para evitar tais mutações, a glicosilase da via de reparo por excisão de base detecta e remove as citosinas
desaminadas. Uma vez que a base tenha sido removida, o pedaço "vazio" do esqueleto de DNA também é
removido e a lacuna é preenchida e fechada por outras enzimas.

Reparo por excisão de nucleotídeo

Reparo por excisão de nucleotídeo é outra via usada para remover e substituir bases danificadas. O reparo
por excisão de nucleotídeo detecta e corrige tipos de avarias que distorcem a dupla hélice de DNA. Por exemplo,
esta via detecta bases que tenham sido modificadas com grupos químicos grandes, como aqueles que ficam
ligados ao seu DNA quando ele é exposto a produtos químicos da fumaça do cigarro. O reparo por excisão de
nucleotídeo também é usado para corrigir alguns tipos de danos causados por radiação UV, por exemplo,
quando você fica queimado de sol. A radiação UV pode fazer as bases citosina e timina reagirem com as bases
vizinhas que também são Cs ou Ts, formando ligações que distorcem a dupla hélice e causam erros na
replicação do DNA. O tipo mais comum de ligação, um dímero de timina, consiste de duas bases timinas que
reagem uma com a outra e tornam-se unidas quimicamente. No reparo por excisão de nucleotídeo, o(s)
nucleotídeo(s) danificado(s) são removidos junto com um retalho circundante de DNA. Nesse processo a
helicase (enzima de abertura do DNA) abre o DNA para formar uma bolha, e as enzimas de restrição de DNA
cortam a parte danificada dessa bolha. Uma DNA polimerase substitui o DNA que falta e a DNA ligase fecha a
lacuna na coluna do filamento.

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