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As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por
leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que
postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note
também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações
mais recentes.
Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise
as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.
Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas
no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010,
utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.
Bom trabalho!
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GABARITO
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
Páginas 3 - 4
1. A Ásia, a Europa e a África.
2. O Oriente e Jerusalém, de forma a valorizar a Terra Santa.
3. A América, a Oceania e a Antártica.
4. O “Conceito cosmográfico de geógrafo cristão, século XI”.
5. Sim, revelam uma visão religiosa de mundo, porque no “Mapa-múndi de Sallustio,
século IV”, a Terra aparece no centro do mundo, e a cruz que simboliza Jerusalém
ocupa lugar de destaque (não aparece no mapa), enquanto no “Conceito
cosmográfico de geógrafo cristão, século XI”, o mundo habitado é representado
como um disco chato (“O”), em cujo centro também está Jerusalém.
Página 5
2
Páginas 6 - 7
Página 7
Hoje, com o Global Positioning System (GPS), é possível obter-se por satélite as
coordenadas geográficas de qualquer objeto sobre a superfície terrestre, não sendo mais
necessário o uso do astrolábio nas navegações marítimas.
Páginas 7 - 9
1.
a) Espera-se que os alunos concluam que os navegadores daquela época
precisavam encontrar uma rota favorável para a volta necessariamente diferente do
caminho que havia sido utilizado na ida. O debate visa enriquecer esta conclusão:
uma análise mais atenta da rota da esquadra de Colombo evidencia que o grande
navegador utilizou-se dos ventos alísios de nordeste para tomar o rumo das Américas
e os ventos de sudoeste para retornar à Europa.
b) Não é necessário porque os navios deixaram de ser movidos pelos ventos, e hoje
motores a propulsão é que os movimentam.
3
2. Espera-se que os alunos concluam que Espanha e Portugal ocuparam as maiores
extensões territoriais por apresentarem condições políticas favoráveis para a
realização da expansão ultramarina (unificação da nação em torno do rei, o maior
financiador das expedições marítimas) e acumularem conhecimentos preciosos dos
“segredos do mar”.
Página 10
1. A rota clássica das Antilhas à Europa estabelecida por Cristóvão Colombo passava
entre as ilhas de Cuba e Hispaniola, seguindo então rumo ao norte até atingir
latitudes mais altas e “pegar carona” nos ventos de oeste. Então, o que se espera é
que os alunos entendam a inovação de Antonio de Alaminos, que consistiu em passar
ao norte de Cuba, aproveitando-sedo impulso da Corrente do Golfo para atingir a
latitude dos ventos de oeste.
2. Os alunos deverão ser orientados para produzir uma argumentação coerente, com base na
análise de dados geográficos que comprovem a tese defendida. Nesse caso, é preciso que
eles esclareçam a importância do conhecimento dos mapas que registravam os regimes de
ventos e expliquem por que o trajeto de ida de Colombo foi diferente do trajeto de volta.
Dessa forma, a redação deve contribuir para que sejam capazes de organizar informações e
conhecimentos disponíveis para a construção de argumentações consistentes.
Páginas 11 - 12
1. Alternativa a.
2. O Brasil, mais especificamente, a costa brasileira, seria o destino mais provável, pois
a garrafa seria levada pela Corrente do Brasil.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
Páginas 13 - 14
Páginas 14 - 15
Desafio!
Página 15
1. A malha ferroviária é mais densa nos Estados Unidos e na Europa.
2. Nos Estados Unidos e nos países europeus, a densidade da malha ferroviária foi um
fator importante na unificação dos mercados nacionais. Na África e na América do
Sul, em contraste, foi implantada uma malha ferroviária menos densa, cuja função
básica era a de escoar as exportações.
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Páginas 16 - 18
1 As ferrovias africanas conectam as regiões produtoras de matérias-primas agrícolas e
minerais com os portos de exportação e não articulam os mercados internos do
continente; as ferrovias europeias, por seu turno, servem principalmente aos
mercados do próprio continente.
2. Com a Revolução Industrial, surgiram os navios a vapor e as ferrovias, que
possibilitaram a ampliação dos fluxos de mercadorias e de pessoas entre os países.
Portanto, a formação de uma economia de dimensões mundiais é uma das
características geográficas dessa “nova era”. Além disso, a Revolução Industrial
imprimiu um novo ritmo ao processo de crescimento das cidades: a era das indústrias
e também a era da intensa urbanização dos países em processo de industrialização.
3. Hoje predomina o transporte marítimo-fluvial, pois as embarcações carregam
grandes quantidades de produtos de uma só vez, o que torna os custos bastante
baratos.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
Página 19
Páginas 20 - 21
1. De acordo com o mapa, o uso da internet é mais disseminado no Distrito Federal e
nos seguintes estados brasileiros: Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Todos esses estados pertencem ao Centro-Sul,
região mais desenvolvida em termos técnicos e econômicos.
2. Não. De acordo com o gráfico, a distribuição de usuários da internet é muito
desigual. Mais da metade deles está concentrada em países ricos, tais como os
Estados Unidos, o Canadá e os europeus.
Páginas 21 - 22
1. Diante da dificuldade em encontrar as informações e navegar pela internet, uma vez
que existem milhões de páginas para serem visitadas pelos usuários, esses sites são
muito procurados por causa da sua facilidade em filtrar tais informações para os
internautas.
2. Enquanto o navegador genovês Cristóvão Colombo, financiado pelos reis da
Espanha, era um mestre dos mares, os criadores de programas de busca, jovens
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estudantes de universidades norte-americanas, conduzem os internautas pelo espaço
virtual.
Página 22
Página 23
Páginas 24 - 25
1. No texto, a palavra “rede” refere-se às múltiplas formas de interação entre indivíduos
e comunidades, seja para lazer, trabalho ou projetos de mobilização social.
2. Por meio da internet, as pessoas podem se associar das mais diferentes formas e com
os mais diferentes objetivos, como a produção de conhecimentos e o maior convívio
social. Além disso, aumenta a proximidade entre as pessoas, que ganham uma nova
maneira de satisfazer suas necessidades econômicas e afetivas.
3. Apesar de ser uma resposta pessoal, espera-se que os alunos desenvolvam um texto
que justifique sua escolha. Na justificativa, questões como a facilidade de
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comunicação na rede ou os crimes virtuais podem surgir e são bons elementos para a
condução da discussão.
4. Resposta pessoal, na qual se espera que os alunos abordem as questões de fraudes, de
redes ilegais, como pedofilia, venda de medicamentos sem prescrição etc.
Páginas 25 - 26
1. A expressão “exclusão digital” refere-se à situação de pessoas que vivem em um
mundo dominado pelas tecnologias digitais, mas não dispõem de meios para usufruir
dessas tecnologias.
2. Alternativa a.
3. Alternativa a.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
Páginas 27 - 28
O objetivo desta discussão inicial é deixar claro que nem sempre a “ajuda
internacional” contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Seria bem
interessante se fossem apresentadas alternativas de ajuda, mais eficazes, como o
compartilhamento de tecnologias agrícolas e industriais que pudessem de fato
incrementar o sistema produtivo dos países mais pobres do planeta. Evidentemente, a
discussão deve ser encaminhada para que o aluno perceba que atitudes solidárias são
fundamentais, mas que é necessário haver um estudo criterioso para que tais ações
apresentem resultados efetivos de inclusão social. Ou seja, a política assistencialista não
é uma boa solução, embora seja necessária em determinadas situações.
Página 29
De acordo com o texto, a maior parte dos países europeus não respeita as metas
estabelecidas pela ONU no que diz respeito à ajuda internacional. Além disso, muitas
vezes, os países doadores atrelam a ajuda aos seus interesses comerciais e financeiros.
Dessa forma, os juros sobre as dívidas que os países africanos são obrigados a pagar
costumam ser ainda maiores do que a ajuda internacional.
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AJUSTES
Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada
página.
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Em seguida, poderá apresentar o mapa do percurso de Colombo (Figura 7), solicitando aos
alunos que formem duplas e tentem responder à questão acima proposta.
Figura 7 – Rota da primeira viagem de Cristóvão Colombo. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo especialmente
para o São Paulo faz escola, 2008.
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OCEANO
NOVA ATLÂNTICO
ESPANHA
AMÉRICA CENTRAL
VENEZUELA
GUIANA
NOVA GRANADA
PERU
BRASIL
ALTO PERU
OCEANO
RIO DA PRATA
PACÍFICO
CHILE OCEANO
ATLÂNTICO
Território espanhol
Território português
Rotas de colonização espanhola
Rotas de colonização portuguesa
Figura 8 – Territórios coloniais portugueses e espanhóis, séc. XVIII. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo
especialmente para o São Paulo faz escola, 2008.
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rísticas, os países que detêm o desenvolvimento interpretar o mapa da inovação tecnológica,
científico e tecnológico desse tipo de produto proposto pelo Programa das Nações Unidas
tornaram-se extremamente poderosos e, con- para o Desenvolvimento (PNUD) em 2001
sequentemente, cada vez mais ricos. (Figura 15). O professor poderá apresentar o
mapa da figura 15 para os alunos e registrar
Com base nas características da globaliza- na lousa quais são as observações expressas
ção atual, os alunos poderão ser desafiados a pelos alunos.
MAPA 2.1
Mundo: geografia
A GEOGRAFIA das inovações
DA INOVAÇÃO e conquistas
E REALIZAÇÃO tecnológicas
TECNOLÓGICA
Índice de realização
tecnológica
Líderes
Líderes potenciais
Seguidores dinâmicos
Marginalizados
Dados não disponíveis
Resultados de inovação
Centros tecnológica
16 (máximo)
4 (mínimo)
Figura
Centros 15mundiais
– Mundo: de geografia das inovações
inovação tecnológica Em e2000,
conquistas
a revista Wiredtecnológicas.
consultou fontes locaisFonte: Programa
nos governos, dasdeNações
indústria e meios comunicaçãoUnidas
social, parapara o asDesenvolvimento
encontrar localizações mais im-
(PNUD). Relatório
portantes na nova de desenvolvimento
geografia digital. Cada uma foi classificadahumano
de 1 a 4, em2001. Disponível
quatro áreas: em:
a capacidade das <http://www.pnud.org.br/rdh/>.
áreas universitárias e das instalações de investigação paraAcesso em: 13qualificados
formar trabalhadores nov. 2008. ou desen-
volver novas tecnologias, a presença de companhias e de grandes empresas multinacionais para fornecer competências e estabilidade económica, o impulso empresarial da população para iniciar novas aventuras e
a disponibilidade do capital de risco para assegurar que as ideias se orientam para o mercado. Quarenta e seis locais foram identificados como centros tecnológicos, identificados no mapa com círculos pretos.
Resultados 13 Taipé, Taiwan (província 11 Malmo, Suécia - 10 Paris, França 8 Santa Fé, EUA
Espera-se que eles identifiquem
16 Sillicon Valley, EUA da China) quais sãoCopenhaga,
as principais
Dinamarca lideranças do desenvolvimento
10 Bade-Wurttemberg, tecnológico,
8 Glasgow-Edinburgo, RU
15 Boston, EUA 13 Bangalore, Índia 11 Baviera, Alemanha Alemanha 8 Saxónia, Alemanha
as regiões do planeta
15 Estocolmo-Kista, Suécia que
12 Nova seEUA
Iorque, encontram11 excluídas
Flandres, Bélgica desse processo e levantem hipóteses
10 Oulu, Finlândia capazes
8 Sophia Antipolis, França de
15 Israel 12 Albuquerque, EUA 11 Tóquio, Japão 10 Melbourne, Austrália 8 Inchon, Coreia do Sul
explicar essas desigualdades.
14 Raleigh-Durham-Chapel
12 Montreal, CanadáO “abismo tecnológico”
11 Quioto, Japão que9separa os países e regiões
Chicago, EUA prósperos
8 Kuala Limpur, Malásia dos
Hill, EUA 12 Seattle, EUA 11 Hsinchu, Taiwan 9 Hong Kong, China (RAE) 8 Campinas, Brasil
mais pobres deverá12 ser
14 Londres, RU identificado
Cambridge, RU e comentado pelos alunos.
(província da China) 9 Queensland, Austrália 7 Singapura
14 Helsínquia, Finlândia 12 Dublin, Irlanda 10 Virgínia, EUA 9 São Paulo, Brasil 6 Trondheim, Noruega
13 Austin, EUA 11 Los Angeles, EUA 10 Vale do Tamisa, RU 8 Salt Lake, EUA 4 El Ghazala, Tunísia
13 São Francisco, EUA 4 Gauteng, África do Sul
Fonte: Hillner 2000.
Quatro categorias do índice de realização tecnológica (ver anexo 2.1, p. 46; e quadro anexo A2.1, p. 48)
ricanos do cinema e do esporte. A partir daí, passa, então, a narrar a história. Luka teve
as roupas reforçam nessas pessoas os valores que parar de estudar e assumir a manuten-
da sociedade norte-americana. ção de sua família. Apesar de não acreditar
numa possível mudança de seu país, ele so-
ff Quem narra a história? Qual sua perspecti- nha em ter uma casa com luz elétrica, com-
va de vida? O narrador é crítico ao comér- pletar os estudos dos seus irmãos, comprar
cio de roupas usadas? um carro para transportar as roupas com
mais facilidade.
A história começa com a narração de uma
mulher que desenvolveu trabalho voluntário Caso o colega professor encontre alguma
no país e que se interessa pelo destino das dificuldade para reproduzir o vídeo sugerido,
roupas usadas, por isso o título “camisetas a análise crítica do processo de globalização
viajando”. Nesse percurso, a situação se in- poderá ser desenvolvida por meio de outras
verte. Ela encontra Luka, um jovem de 19 estratégias. Uma alternativa é a discussão dos
anos que procura manter sua família comer- tópicos abaixo, que poderão ser apresentados
cializando as “camisetas viajantes”. Ele na lousa:
1. A maior parte da ajuda financeira que os prios bens e serviços, ampliando o acesso de
países pobres da África recebem provém dos seus produtos aos mercados africanos.
países ricos da Europa. No entanto, a ideia
bastante difundida de que a Europa está aju- 4. Muitas vezes, a ajuda é complementada com
dando o desenvolvimento da África não cor- empréstimos, sobre os quais são cobradas
responde à realidade. taxas de juros mais baixas do que as vigen-
tes no mercado financeiro. Mesmo assim, em
2. Somente alguns países europeus, principal- muitos países africanos os juros sobre as dívi-
mente os nórdicos, atendem aos objetivos das já contraídas são maiores do que a soma
fixados pela ONU, que estipulam que 1% da da ajuda e dos novos empréstimos concedi-
renda dos países ricos deve ser destinada à dos. Quando isso ocorre, o país “beneficiá-
ajuda aos países pobres. rio” transfere ao país “doador” uma quantia
maior do que recebeu, tornando-se cada vez
3. Mesmo quando existe, a ajuda é, na maior mais pobre.
parte das vezes, interesseira. O país “doador”
obriga os países que recebem os benefícios a Fonte: LEMARCHAND, Phillippe (Dir.). L’Afrique et
l’Europe: atlas du XXe siécle. Paris: Editions Complexe,
gastar parte da ajuda adquirindo seus pró- 1994. p. 83.
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Roteiro para discussão tabelecidas pela ONU no que diz respeito
à ajuda internacional. Além disto, muitas
ff De acordo com o autor, a Europa não está vezes os países doadores atrelam a ajuda
efetivamente ajudando a África em seu cami- aos seus interesses comerciais e financei-
nho para o desenvolvimento. Quais os argu- ros. Assim, os juros sobre as dívidas que
mentos que ele usa para sustentar esta ideia? os países africanos são obrigados a pagar
costumam ser ainda maiores do que a aju-
De acordo com o texto, a maior parte dos da internacional.
países europeus não respeita as metas es-
1. Em seu livro Paratii: entre dois pólos (Com- a) A corrente marítima Norte Atlântica,
panhia das Letras, 1998), o navegador uma extensão da Corrente do Golfo.
Amyr Klink relata que certa vez lançou de
seu barco um vidro contendo uma cédula b) A alternância de marés entre a América
de 100 mil cruzeiros, um nó de marinheiro, e a Europa.
um cartão com seu endereço, solicitando
a quem o encontrasse que o remetesse ao c) Os ventos alísios do Atlântico Norte.
Brasil. Sem imaginar que isso ocorreria,
mesmo assim anotou a data, a posição e d) Os ventos monçônicos do Oceano
as coordenadas do local de lançamento Índico.
(latitude 49º49’ N, longitude 23º49’ O, 4
de junho de 1991). Para surpresa dele, sete e) O deslocamento das massas de ar no
meses após ter jogado o vidro n’água, re- Mar Mediterrâneo.
cebeu uma carta de um garoto norueguês,
com uma foto na qual segurava a nota que A questão pretende avaliar a habilidade de
havia encontrado. leitura de um mapa temático, bem como res-
gatar os conhecimentos acerca da circula-
Considerando o mapa abaixo, qual alter- ção dos ventos e das correntes marinhas
nativa identifica corretamente o fenômeno apresentados na primeira Situação de
natural que conduziu o vidro? Aprendizagem.
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