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Revista Ciência Contemporânea

jun./dez. 2017, v.2, n.1, p. 111 - 126


http://uniesp.edu.br/sites/guaratingueta/revista.php?id_revista=31

A PRÁXIS NA GESTÃO ESCOLAR: A FILOSOFIA COMO


NORTEADORA DA ESCOLA REFLEXIVA

Fernando Carlos Pereira1

Resumo
Este estudo tem como pressuposto que o papel do gestor implica uma responsabilidade que resulta em
exigência de aperfeiçoamento constante. Tal gestor corresponde ao profissional manifestando atitude de
“reflexão sobre sua prática”, não apenas em sua preparação, mas durante o seu desenrolar e depois desta,
procurando extrair da própria “ação” elementos que ajudem a melhorá-la constantemente. Assim, ressalto a
importância do papel do gestor em repensar constantemente o progresso da escola em consonância com a
profissionalização do trabalho docente, através da consideração de cada contexto especifico, num
movimento de busca de sentido para o ensino e para a aprendizagem. Finalizando este estudo pretendo
esclarecer o papel da filosofia como norteadora entre o gestor e a escola reflexiva e a construção desta, seja
na formação do professor ou na administração desta escola, tudo isso, indispensável na época da sociedade
da informação e fazer a análise dos referenciais teóricos existentes sobre a escola reflexiva utilizando a
filosofia.
Palavras-chave: Escola Reflexiva. Gestão Escolar. Filosofia. Filosofia da Práxis. Teoria e Prática.

Abstract
This study assumes that the manager's role implies a responsibility that results in constant improvement.
Such a manager corresponds to the professional expressing an attitude of "reflection on his practice", not
only in its preparation, but during its development and afterwards, seeking to extract from its own "action"
elements that help to improve it constantly. Thus, I emphasize the importance of the role of the manager in
constantly rethinking the progress of the school in consonance with the professionalization of teaching work,
through the consideration of each specific context, in a movement of search for meaning for teaching and
learning. At the end of this study I intend to clarify the role of philosophy as a guide between the manager
and the reflective school and the construction of this, whether in the training of the teacher or in the
administration of this school, all this, indispensable in the era of the information society and make the
analysis of the references theorists about reflective school using philosophy.
Keywords: Reflexive School. School management. Philosophy. Philosophy of Praxis. Theory and
practice.

1
Mestrado em Teologia pela Faculdade de Educação Teológica do Estado de São Paulo; Pós-Graduação em Gestão
Educacional e Pós-Graduação em Sociologia e ensino da Sociologia pelo Centro Universitário Claretiano; Bacharel
em Teologia (Princípios Evangélicos) pela Faculdade Teológica de Boa Vista – RO; Bacharel em Teologia (Princípios
Católicos) pelo Centro Universitário Claretiano; Licenciatura em Filosofia – Centro Universitário Claretiano;
Segunda Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Metodista de São Paulo. Atualmente dedica-se na prestação de
serviços de Revisão de Artigos Científicos, Monografias e Projetos de Mestrados e Doutorados.
prof.fernandopereira@hotmail.com
Introdução

Este trabalho procura relatar a importância da filosofia da práxis no auxílio da gestão


educacional com o intuído de proporcionar momentos de reflexão que orientem o gestor no
desenvolvimento de uma escola reflexiva.

Assim, o trabalho conta com duas partes e uma ação reflexiva. A primeira descreve o papel
do Gestor no desenvolvimento da escola reflexiva; que resultou nos tópicos sobre o conceito de
reflexão no contexto da profissão docente; a formação reflexiva de professores; escola reflexiva e
a importância do gestor na formação do professor reflexivo.

Em seguida, na parte dois, a importância da filosofia das práxis na gestão com o intuito de
permitir a “reflexão sobre a pratica” e nas ferramentas de ensino uma vez que a escola tem a função
de difundir os conteúdos concretos e vinculados às realidades sociais.

Esta reflexão pretende mostrar um breve caminhar pelas formas como os estudiosos
discorreram sobre a questão do conhecimento.

Com o auxílio das obras desses e outros autores, teremos uma bússola para apontar uma
direção de como a gestão pode ser pensado a fim de se criar na organização (escola reflexiva) um
ambiente propício a maiores possibilidades de se atingir as metas e manter a sobrevivência da
própria organização.

Gestão Escolar: compreendendo conceitos

Nesta primeira parte, uma vez que a escola tem a função de difundir os conteúdos concretos
e vinculados às realidades sociais, estudar o papel do gestor no desenvolvimento da escola reflexiva
nos permite a reflexão sobre suas práticas e ferramentas.
Martins (2007) nos mostra que a gestão tem como objetivo geral, dar condições para que
os objetivos da educação sejam atingidos. Envolve o aperfeiçoamento do processo total ensino-
aprendizagem, pois, até certo ponto, há uma interdependência dos dois aspectos. Os objetivos
gerais da educação nacional são o desenvolvimento integral do aluno e a sua integração no meio
físico e social.
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Brandão (1991) nos mostra que educar significa conduzir, orientar e é neste momento que
entra o papel do Gestor no intuito de guiar seus professores e subordinados na direção correta, a da
reflexão. Também conduzir toda pessoa que não sabe alguma coisa, isto é, a educação é influência
deliberada e sistemática exercida por maturos sobre imaturos, através de instrução, disciplina e
desenvolvimento harmonioso de todas as potencialidades do ser humano, de acordo com a sua
hierarquia essencial, dirigidas no sentido da união do educando com o seu educador como fim
último.
Os objetivos do gestor vão de acordo com a época. E este devendo estar preparado para os
desafios de cada realidade, diante de tantas linhas de pensamentos existentes mesmo contraditórios
entre si. Cabe ao gestor ou ao colegiado, além de conhecer tais linhas, ter o bom senso de adequar
à sua realidade uma corrente de pensamento que mais se aproxime de seu meio, sem, no entanto,
isolar possibilidades de adequações de outras correntes.
Diante de todo o exposto, conclui-se que não existe educação sem associação filosófica e
gestão educacional. Ainda que não se tenha consciência, o ato de educar, ensinar e supervisionar
tornar-se sinônimo de filosofar. Não se pode negar que todas as correntes filosóficas deram
contribuições super valorosas na construção da educação e, por isso, são tão importantes o estudo
e a reflexão sobre a prática desses.
Neste contexto, o gestor deve ter conhecimento das linhas filosóficas e correntes de
pensamento, adquirindo o que for positivo em cada uma. Porém, o gestor deve ter por base o
questionamento, a indagação e, com isto, levar primeiramente, sua equipe de gestão, professores e
os educando a questionar e a querer formar conceitos, conhecimentos sólidos e enraizados. Mas
acreditando no senso crítico, nas indagações do ceticismo; e acreditando que cabe ao gestor levar
a todos envolvidos com a escola reflexiva a adquirir conhecimentos através das indagações, dos
“como” e “porquês”, e não apenas dar conhecimentos pré-fabricados e inquestionáveis, ter o
ceticismo como a linha filosófica que mais se aproxima de uma verdadeira filosofia da educação.
Na obra Supervisão da prática pedagógica uma perspectiva de desenvolvimento e
aprendizagem, Alarcão e Tavares (2007, p.16) conceituam supervisão como “o processo em que
um professor, em princípio, mais experiente e mais informado, orienta outro professor ou candidato
a professor no seu desenvolvimento humano e profissional”.

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O “gestor” precisará organizar as situações onde o professor possa praticar e confrontar-se
com problemas reais, para cuja resolução necessite da reflexão. O papel do gestor será então o de
facilitar a aprendizagem, de encorajar, valorizar as tentativas e erros do professor e incentivar a
reflexão sobre sua ação.
Será caracterizada a reflexão como meio, como estratégia para desenvolver professores
reflexivos. A reflexão que as estratégias acarretam em vários níveis como mostra Quaglio (1989,
p.10)
 Nível Técnico: a reflexão visa que os formandos atinjam, em curto prazo
determinados objetivos;
 Nível Prático: a reflexão revela preocupação com os pressupostos,
predisposições, valores e consequências aos quais as ações estão ligadas;
 Nível Crítico: a reflexão centra-se nos aspectos éticos, sociais e políticos de
âmbito geral. Atenção para a necessidade de passagem nos níveis de reflexão. É
preciso partir do mais simples para o mais complexo.

O papel do Gestor deverá ser sempre o de monitorar, sem dirigir em excesso a formação,
que pode ser desenvolvida utilizando uma ou outra estratégia. É necessário criar condições
propícias, não só de reflexão, mas também à emergência do professor investigador, pois um
professor reflexivo levará o educando a refletir.
A escola reflexiva vê nos problemas motivo de crescimento, pois toda busca gera a
aprendizagem. Está construída a partir da pesquisa-ação, pois como nos apontou Alarcão (2004,
p.38), “uma escola reflexiva é uma comunidade de aprendizagem e um local onde se produz
conhecimento sobre educação”. Tendo a pesquisa-ação como característica a contribuição para a
mudança, a escola reflexiva traz dentro de suas veias profissionais condições de gerir sua própria
ação e dialogar constantemente com ela, pois tem como finalidade a educação.
A base da escola reflexiva é a formação em serviço, visto que a avaliação constante das
práticas conduz ao aprendizado.
Essa escola precisa ser gerida por um corpo reflexivo: a equipe pedagógica. Diz-se “equipe
pedagógica” apropriando-se de uma nomenclatura utilizada por Brandenburg (2003, p. 23), que
considera o serviço pedagógico estendido a várias pessoas: diretor, vice-diretor, coordenadores de
curso, supervisores e orientadores, nomenclatura essa contrária a Teoria Geral da Administração
de Chiavenato (2000).
Essa equipe tem a função de gerir de forma participativa, cooperativa e educativa. Educativa
é a equipe que transpõe o conhecimento teórico para a prática de forma contextualizada, tendo a
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realidade enquanto problematizadora, vendo a si e os coautores da gestão em diálogo e aprendizado
contínuo. Age dentro de uma liderança compartilhada, percebendo a cultura organizacional
enquanto elemento educativo e é gerida por todos, representada por um.
Essa escola reflexiva é baseada na inclusão, pois traz para si todo o corpo de alunos e
professores num movimento de conhecer-se e se fazer conhecer, respeitando as individualidades,
vivências e limitações.
O Gestor tem nos pares da equipe o apoio para as discussões, nos professores os
problematizadores do seu fazer, pois sua ação induz ao crescimento profissional dos mesmos e seu
próprio.
O supervisor pedagógico contribui para a formação dos professores articulando a teoria e
prática, como mostra Nóvoa (2002) buscando fazer elo do seu saber e o conhecimento profissional
dos professores, interagindo, mediando, intervindo, problematizando e questionando as vivências
escolares, num movimento de aprendizagem contínua e mútua. Afinal, o papel fundamental do
supervisor pedagógico é acompanhar as práticas dos professores com vistas à continuidade de sua
formação no interior da escola, como nos aponta Placco e Almeida (2003, p. 25).
Nessa escola reflexiva, Alarcão (2004, p. 36) sugere que os envolvidos necessitam ter vários
conhecimentos: conhecimento do conteúdo disciplinar, conhecimento do currículo, conhecimento
do aluno e de suas características, conhecimento dos contextos, conhecimento dos fins educativos,
conhecimento de si mesmo e conhecimento de sua filiação profissional. Esses conhecimentos são
necessários enquanto base para um trabalho que vê no outro a extensão de si mesmo. Ao gestor
cabe auxiliar o professor, instigando-o a partir de sua prática.

A supervisão é uma atividade cuja finalidade visa o desenvolvimento profissional dos


professores, na sua dimensão de conhecimento e de ação, desde uma situação pré-
profissional até uma situação de acompanhamento no exercício da profissão e na inserção
na vida escolar. (ALARCÃO, 2004, p.65).

Portanto, gerir essa escola reflexiva é considerar a experiência, utilizar-se da observação,


conceitualização, generalização e experimentação na ação. É considerar a escola em
desenvolvimento e aprendizado, é estar integrada às pessoas e processos. É ter no centro não
somente o aluno, mas todo o elemento humano.
Para gerir essa escola reflexiva é necessário ter um projeto, construído a partir de um
diagnóstico inicial, um projeto vivo, dialogado e com objetivos claros. É necessário também
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transformar esse projeto em projeto ação/reflexão, que é a característica da escola reflexiva:
diagnosticar, refletir, buscar caminhos a partir da análise conjunta e agir. Este processo deve ser
contínuo, ou seja, realizada a ação, inicia-se o processo avaliativo com as mesmas premissas:
diagnóstico, reflexão, novos caminhos e nova ação.
Gerir esta escola requer a existência de professores igualmente reflexivos, que pensem e
programem ações visando uma qualidade de ensino e aprendizagem.
Deseja-se, assim, uma equipe autora de ideias e pensamentos, que busque respostas para as
indagações e não seja uma reprodutora de práticas não refletidas.
Durante muitos anos os professores foram usados como mão de obra para a formação de
pessoas iguais em pensamento (poucos pensamentos!) e ações. Os programas curriculares, os livros
didáticos, a legislação, os cursos de formação, muito contribuíram com esta perpetuação. No
entanto estamos sentindo necessidade de mudança, as amarras já não podem nos segurar. A nova
LDBEN2 trouxe a tão conclamada autonomia pedagógica autorizada por ela ainda não se firmou
nas escolas brasileiras, como afirma Alarcão (2004, p. 45).
O autor ainda continua afirmando que é urgente a formação de profissionais reflexivos e
para que isto aconteça tornam-se necessários contextos que favoreçam o seu desenvolvimento,
contextos de liberdade e responsabilidade.
Destacam-se os termos liberdade e responsabilidade por se acreditar que fazem parte dos
espaços escolares, onde os atores deste meio interagem e fazem uma educação pautada também
nestes princípios. Atualmente a escola, diferente de concepções anteriores, é considerada um
espaço privilegiado para a formação de profissionais reflexivos. Muitos professores que se
encontram nas escolas já frequentaram a formação inicial há um bom tempo.

Portanto a formação proporcionada no seio da escola deve viabilizar o estudo, a troca entre
os pares, sendo capaz de (trans)formar práticas, conceitos e proporcionar um debate coerente com
o atual contexto educacional. A escola deve estar organizada de modo a criar condições favoráveis
ao diálogo e a refletividade tanto individuais como coletivas.

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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
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A escola e especialmente aqueles que organizam as situações de diálogo entre os
professores precisam compreender o que é ser professor e como se pode e deve formar aquele
profissional que é o professor como mostra Alarcão (2004, p.25).

A práxis, a filosofia norteando a escola reflexiva.


Na parte anterior mostrou-se o papel do Gestor no sentido de levar “toda” a sua equipe à
reflexão, isto acarretaria, ou é o esperado, de que toda a escola se torne reflexiva, visto a conduta
de seus gestores.

É impossível falar em educação sem se falar em filosofia. Ainda que de forma inconsciente,
respira-se e vive-se a filosofia no dia-a-dia, tendo a filosofia como estudo que orienta o indivíduo
tanto na aquisição da concreta visão da vida, seus valores e significados, seus fins próximos e
últimos, ou seja, quando sob a conduta humana em geral.

Assim, torna-se difícil escolher uma escola, uma linha de pensamento para identificá-la com
a filosofia da educação, visto que todas dão valorosas contribuições e tendo em vista também o
valor das experiências.

Sobre a definição de filosofia, Teles (2006, p.79) afirma que:


[...] A definição que proporemos a seguir é, apenas, uma dentre outras possíveis.
Distingue-se das outras, talvez, por seu realismo e por sua simplicidade e modéstia. Há
realmente muitas definições de acordo com o sistema ou o ponto de vista que se adote.
Contudo, objetivamente temos que convir: primeiro, que objeto da filosofia não pode
coincidir com os das ciências positivas e em segundo lugar que o seu método de tratar
objetos coincidentemente com as ciências é inteiramente diverso do método científico.

A relação da filosofia com a educação existe desde o mundo grego. Os filósofos gregos, em
busca da aretê3 humana, foram os que deram início às discussões sobre a filosofia da educação e
seu sentido no mundo. Viam na educação um meio necessário para o alcance de uma cultura ideal
e de uma alma purificada, capaz de elevar o homem ao conhecimento inteligível, apostando na
busca de um ideal artístico de cultura.

3
Aretê (do grego ἀρετή aretê,ês, "adaptação perfeita, excelência, virtude") é uma palavra grega que expressa o conceito
grego de excelência, ligado à noção de cumprimento do propósito ou da função a que o indivíduo se destina
(ABBAGNANO, 2000, p.294).
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A busca pela educação ideal é representada por Platão na metáfora da “alegoria da
caverna”, no momento em que um dos homens presos no fundo de uma caverna consegue se libertar
do conhecimento da doxa4, enxergando a luz da verdadeira realidade.
Portanto o caminho da Filosofia, para Platão, era o de conhecer a realidade por conceitos,
“até perceber que a própria realidade é, ela mesma, o mundo das ideias, dos conceitos puros, ou
mais exatamente, das formas puras” como mostra Ghiraldelli (2001, p.32-33).
Na visão platônica, a filosofia deveria transcender a contingência histórica, contribuindo
para o processo de esclarecimento da verdadeira sabedoria, na superação das falsas crenças,
lançando a ideia de uma educação para a virtude, uma educação perfeita, com a qual o homem se
torna culto e erudito.
E, nessa expectativa, a educação acabou tornando-se objeto de estudos e reflexão da
filosofia desde os tempos gregos. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo
entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com
as formas do conhecimento perfeito, orientou o homem segundo a razão, inferindo um pensamento
pedagógico que busca a perfeição.
Assim, percebe-se a disciplina sendo marcada pela história do pensamento filosófico, com
fundamentos e objetivos voltados aos entendimentos da tradição. Diante disso, emerge a
necessidade de se questionar sobre a própria formação dos professores e rediscutir a tarefa da
disciplina através de parâmetros mais atualizados da cultura filosófica.
Considerando que a maioria das instituições educativas não contemplam a especificidade
do assunto, torna-se relevante discutir essas questões, aprofundando as investigações na área. Em
outros termos, a motivação deste trabalho é o de encontrar através dos debates no processo de
formação de educadores novos abordagens teóricas e práticas para uma escola reflexiva que saiba
usar as dúvidas como meio para superar as dificuldades.

Ribeiro (1991) citando Gramsci, afirma que é impossível visualizar saídas que não passem
pela escola, e isto nos mostra um caminho, antes de tornar-se nossas escolas reflexivas, precisamos
fazer refletir nosso sistema educacional, e isto é algo complicado.

4
Doxa (δόξα) é uma palavra grega que significa opinião e de onde se originam as palavras ortodoxo e heterodoxo
(JIAPIASSÚ, 2006, p.78).
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A “práxis”, que é a reflexão sobre a nossa prática, nos mostra que não podemos ficar
dependentes do Estado quando se trata de reformar a escola, mas sim, se quisermos transformar a
escola de hoje em uma escola reflexiva no futuro seus gestores deverão não só ser educadores, mas
administradores, capazes de ajustar estruturas e modificar sistemas.

É o que a filosofia da práxis nos norteia, é preciso pensar o mundo e a realidade de modo
diferente, novo, elaborar um pensamento crítico entre a nossa teoria e a nossa prática, pois a práxis
é transformadora, tanto no sentido reflexivo como no sentido social que é o resultado final
esperado.

O gestor será levado o tempo todo a refletir sobre sua teoria e prática e isto será levado a
todos da equipe e para a escola reflexiva, assim terá uma compreensão da realidade e sentirá o
movimento transformador da práxis.

Este é o significado literal da práxis, ação, e é isto que um gestor que tem em mente uma
escola reflexiva precisará ter ação, agir na hora necessária, refletir sobre o que é necessário, tomar
medidas de transformação, mesmo que estas gerem no primeiro momento desconforto, mas
refletindo conjuntamente para não correr o risco de se precipitar e ter de voltar atrás em uma decisão
não correta.

A filosofia vai nortear o gestor para uma escola reflexiva, pois em síntese, não é tão-
somente uma interpretação do já vivido, daquilo que esta objetivando, mas também a interpretação
de aspirações e desejos do que está por vir, do que está para chegar. Os filósofos captam e dão
sentido à realidade que está por vir e a expressam como um conjunto de ideias e valores que devem
ser vividos, difundidos, buscados. Eles têm uma “sensibilidade”, um “faro” mais atento para
perceber o que já estão se manifestando na realidade, ainda que de uma maneira tênue.

A educação é um típico fazer humano, ou seja, um tipo de atividade que se caracteriza


fundamentalmente por uma preocupação, uma finalidade a ser atingida. A educação dentro de uma
sociedade não se manifesta como um fim em si mesmo, mas sim como um instrumento de
manutenção ou transformação social.

Assim sendo, ela necessita de pressupostos, de conceitos que fundamentem e orientem os


seus caminhos. A sociedade dentro da qual ela está deve possuir alguns valores norteadores de sua
prática, é a práxis, a reflexão sobre a própria prática.
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Não é nem pode ser a prática educacional que estabelece os seus fins. Quem o faz é a
reflexão filosófica sobre a educação dentro de uma dada sociedade. As relações entre educação e
filosofia parecem ser quase “naturais”. Enquanto a educação trabalha com o desenvolvimento dos
jovens e das novas gerações de uma sociedade, a filosofia é a reflexão sobre o que e como devem
ser ou desenvolver jovens e esta sociedade.

Teixeira (1969, p.9) afirma que:


Chega a refletir que “muito antes que as filosofias viessem expressamente a ser formuladas
em sistemas, já a educação, como processo de perpetuação da cultura, nada mais era do
que o meio de se transmitir a visão do mundo e do homem, que a respectiva sociedade
honrasse e cultivasse”. Evidentemente, nessa afirmação o autor está tomando filosofia
como forma de vida de um povo, e não como sistema filosófico elaborado e explicitado
deliberadamente.
Filosofia e educação são dois fenômenos que estão presentes entendidas as sociedades. Um
como interpretação teórica das aspirações, desejos e anseios de um grupo humano, o outro como
instrumento veiculado dessa interpretação, e a práxis faz refletir sobre estes dois fenômenos.

A filosofia fornece para a educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada,
sobre o educando, o educador e para onde esses elementos podem caminhar.

Nas relações entre filosofia e educação só existem realmente duas opções: ou se pensa e se
reflete sobre o que se faz e assim se realiza uma ação educativa consciente; ou não se reflete
criticamente e se executa uma ação pedagógica a partir de uma concepção mais ou medos obscura
e opaca existente na cultura vivida do dia-dia e assim, se realiza uma ação educativa com baixo
nível de consciência.

O educando, quem é, o que dever ser, qual o seu papel no mundo; o educador, quem é,
qual o seu papel no mundo; a sociedade, o que é, o que pretende; qual deve ser a finalidade
da ação pedagógica. Estes são alguns problemas que emergem da ação pedagógica dos
povos para a reflexão filosófica, no sentido de que esta estabeleça pressupostos para
aquela. (LUCKESI, 1994, p. 28)
Assim, sendo, não há como se processar uma ação pedagógica sem uma correspondente
reflexão filosófica. Se a reflexão filosófica não for realizada conscientemente, ela o será sob forma
do “senso comum”, assimilada ao longo da convivência dentro de um grupo. Se a ação pedagógica
não se processar a partir de conceitos e valores explícitos e conscientes, ela se processará,
queiramos ou não, baseada em conceitos e valores que a sociedade propõe a partir de sua postura
cultural.

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Quando não se reflete sobre a educação, ela se processa dentro de uma cultura cristalizada
e perenizada. Isso significa admitir que nada mais há para ser descoberto em termos de
interpretação do mundo. É propriamente a reprodução dos meios de produção.

Por mais grandiosa que seja uma cultura, ela jamais é a interpretação acabada do ser. A
ciência, a moral, a arte, a religião, a política, a economia são expressões visíveis,
codificadas de uma determinada interpretação, que em seu conjunto perfaz aquilo que
denominamos cultura ou de modo mais amplo, “mundo”. Estamos tão habituados a
encarar esse “mundo”. Estamos tão habituados a encarar esse “mundo” interpretado como
“natural” que não nos damos conta de que ele é apenas possível e realizada interpretação
do ser. (BUZZI apud LUCKESI, 1994, p. 32)
Inconscientemente, nos adaptamos a essa interpretação do mundo e ela permanecerá como
a única para nós, se não nos pusermos a filosofar sobre ela, a questioná-la, a buscar novos sentidos
e novas interpretações de acordo com os novos anseios que possam ser detectados no seio da vida
humana.

Filosofia e educação, pois, estão vinculadas no tempo e no espaço. Não há como fugir a
essa “fatalidade” da nossa existência. Assim sendo, parecer-nos ser mais válido e mais
rico, para nós e para a vida humana, fazer esta junção de uma maneira consciente, como
bem cabe a qualquer ser humano. É a liberdade no seio da necessidade. (LUCKESI, 1994,
p. 33).

Diante disso, emerge a necessidade do gestor se questionar sobre a própria prática (práxis),
sobre a formação dos professores e rediscutir a tarefa da disciplina através de parâmetros mais
atualizados da cultura filosófica.

Ação Reflexiva

A reflexão é, na atualidade, um dos conceitos mais utilizados por investigadores,


formadores e educadores diversos, para se referirem às novas tendências da formação. A sua
popularidade é tão grande que se torna difícil encontrar referências escritas sobre propostas de
formação que, de algum modo, não incluam este conceito como elemento estruturador.
O conceito de reflexão é definido por Dewey (1959, p.175) como:
Uma forma especializada de pensar. Implica uma perscrutação ativa, voluntária,
persistente e rigorosa daquilo em que se julga acreditar ou daquilo que habitualmente se
pratica, evidencia os motivos que justificam as nossas ações ou convicções e ilumina as
consequências a que elas conduzem.

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A atual retórica educacional sobre a reflexão levanta grandes esperanças, mas também
grandes veleidades: prometem novas versões da reflexão bem como novas atitudes a respeito dela.
A questão da reflexão tem se tornado foco de muitas orientações e de interesses opostos, mas se dá
pouca atenção ao significado do próprio conceito.

Ribeiro (1991) citando Kosik, mostra que “a tarefa da filosofia é descobrir a estrutura da
coisa e a coisa em si”, e é através da reflexão, que eminentemente chegaremos a um processo de
negação ativa. É um tipo especial de recusa dos “fatos dados”.
Na utopia da reflexão, o eu ético questiona o domínio do auto evidente, quebra-lhe a casca
e o examina bem pertinho. Nunca se trata de um só elemento positivo, ou simplesmente “funcional”
para o equilíbrio do sistema social. Eis porque a reflexão necessariamente entra em conflito com
orientações positivistas e com grupos e tendências de qualquer sociedade.

Gadotti (2010) afirma que “duvidar é existir” então à educação por mediação da filosofia
interessa fundamentalmente o pensar real, interpretar as dúvidas, a ela interessa criar atitudes que
desenvolvam nos seres humanos um pensamento efetivo, reflexivo, uma postura mental de
questionar, problematizar, sugerir e construir a partir daí um conhecimento alicerçado em bases
sólidas.
É tempo de ser reflexivo? A resposta a esta pergunta pode ocorrer em dois níveis: ao nível
da resposta espontânea e ao nível da resposta refletida, pois mesmo a resposta espontânea
já contém algum elemento de reflexão. Ao se colocar no primeiro nível há o fator moda
ou atualidade, pois que hoje em dia o discurso educativo foi invadido por conceitos como
reflexão, professor reflexivo, aluno reflexivo, cognição, metacognição,
consciencialização, aprender a aprender, aprender a pensar e outros tantos termos
relacionados a este. A atitude de submissão à moda retira a capacidade de decisão
consciente e autônoma. (QUAGLIO, 1989, p. 25)

Considerações Finais

Na teoria, o trabalho do gestor já deixou de ser uma inspeção técnica. Porém, na prática
ainda ocorre esse equívoco. Deixa de ser a mediação necessária para ocupar-se de assuntos
técnicos, burocráticos e administrativos, ainda que pedagógicos. Ainda ocorre que o gestor venha
à escola, passe as orientações necessárias e certo tempo depois, volte para verificar se tudo foi feito.
E o resultado desta ação: Parabéns! Ou “não foi desta maneira que passei”!

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Não mensura a real necessidade do gestor. A necessidade real é que o gestor atue junto à
equipe gestora como orientador, com foco na melhoria da qualidade de ensino.
Para tanto é necessário mais que visitas periódicas com fim de fiscalização. É necessário
conhecer e envolver-se com toda a comunidade escolar.
A escolha do tema refere-se à necessidade por mim observada nas escolas públicas por onde
passei. Poderia perguntar se hoje estamos realmente melhores do que estava Platão, em sua época?
Acho que estamos muito melhor. Penso que a filosofia é o que fazemos quando não sabemos
quais são as perguntas certas. E na gestão o problema é o mesmo, enquanto não sabemos fazer as
perguntas certas e principalmente as respostas certas, estaremos fadados ao fracasso.
Platão tem uma célebre frase que diz: “Toda filosofia começa na dúvida”. Sendo assim,
vivenciamos um sistema de erros e de falhas. Os frutos da nossa disciplina são os erros que hoje
sabemos reconhecer. E os erros são profundos, não são tontices. Quando Aristóteles, Platão ou
Kant cometeram algum erro no passado, não foi uma tontice, mas sim uma oportunidade de
reflexão. E esta reflexão nos norteia hoje não para o erro, mas sim para o acerto.
A educação, como qualquer outra atividade humana, exige reflexão, esforços convergentes
de grupos de pessoas a fim de ser eficientes no alcance de seus objetivos e, portanto, necessárias
de ser bem administradas.
Hoje, em dia os erros de gestão são tão normais que os tornam gritantes e vistos por todos.
Então, porque não refletir sobre a necessidade de pensar uma teoria geral para a escola a partir de
seus próprios modelos explicativos? Por que não refletirmos sobre as suas (práxis) práticas?
Discutir a forma de gestão tendo em vista a escola reflexiva que utiliza a pesquisa-ação
enquanto metodologia para a elaboração de seu próprio projeto-pedagógico. E ainda uma discussão
sobre equipe pedagógica, supervisão e a presença da teoria e de prática no fazer escola.
Pouco a pouco, o indivíduo passa de cidadão local a cidadão do mundo, o que lhe causa
tensões, muitas vezes, difíceis de serem superadas.
Evidentemente, diante desse quadro delineado, a educação deve ser constantemente
repensada e, principalmente, a maneira de administrá-la eficientemente. Daí a preocupação em
revisarmos algumas posições e propormos novas posturas e técnicas que possam contribuir para
que o processo educacional prepare o novo cidadão do mundo para superar suas tensões de forma
eficaz.

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A escola deve preocupar-se com suas integrações externas e internas. Portanto, necessita de
um bom estudo da sua realidade, que forneça um perfil claro das dimensões humana e político-
social, bem como dos recursos disponíveis e, a partir de então, torna-se possível seu planejamento
segundo os princípios de administração.
A educação tradicional enfatiza o intelectualismo e tem como centro o professor,
responsável pela organização de todas as atividades do processo ensino-aprendizagem, elitizando
a escola. Por outro lado, a ampliação da rede escolar sem aumento significativo dos investimentos
determina uma qualidade inferior de ensino. A fim de atender aos interesses da classe privilegiada,
utiliza-se a burocracia, que provoca uma ruptura entre os que fazem a educação e a direção da
escola.
Importa ressaltar que a formação de profissionais reflexivos pode – e deve – se dar em
qualquer contexto que preze uma formação eficiente e eficaz, de modo a possibilitar a conquista
progressiva ou a manutenção de sua autonomia profissional. Cabe a todos os envolvidos com a
Educação a mobilização de esforços afetivos, cognitivos e profissionais na direção cada vez mais
próxima da escola reflexiva. A escola assim concebida é vista como organismo vivo, em
desenvolvimento e em aprendizagem, norteada pela finalidade de educar, que se concretiza num
grande plano de ação que é o projeto educativo.
Reforço, a partir deste argumento, que uma escola precisa se alimentar do saber, da
produção e da reflexão dos seus profissionais, de forma tal que venha a tornar-se um espaço onde
os professores se sintam úteis à sociedade e onde os alunos apreciem como é bom crescer em saber.
Parafraseando Alarcão (2003, p.25), pode-se dizer que é uma escola que sabe onde está e
para onde quer ir. Uma escola onde se pense e se tenha um projeto orientador de ação que se efetiva
no trabalho em equipe. Esta escola se constitui como uma comunidade pensante. Ao pensar a escola
nesta escola, os seus membros enriquecem-se e qualificam-se.
Schon (2000) nos mostra uma concepção de escola reflexiva como uma escola inteligente,
que decide o que deve fazer em cada situação específica, é capaz de agir com flexibilidade nos
contextos complexos, diferenciados e instáveis que caracterizam no presente as situações das
organizações escolares. Para mim, uma escola reflexiva (ideal) corresponde ao espaço no qual tanto
os interesses educativos da escola, quanto os interesses pedagógicos dos professores sejam
contemplados, ressalvando-se a ideia de complexidade da condição escolar de forma harmoniosa,

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articulada, imbricada, coerente. É importante afirmar que a construção desse projeto na escola só
tem significado quando é resultante de um trabalho interdisciplinar, transdisciplinar e coletivo, com
base em relações democráticas, em gestão participativa e colegiada e na produção do
conhecimento, referenciada na pesquisa-ação. Entendendo que pesquisa-ação são as análises e as
discussões em grupo que levam a um olhar sobre o homem e a sociedade, pois todos são sujeitos
conscientes e colaboradores, servindo de instrumentos de mudança social como afirma Barbier
(2004, p. 32; 52 e 53).
Ao final, parece válido pensar no que se torna possível empreender no espaço da escola
para minimizar e até mesmo superar os problemas corriqueiros, por vezes tidos como insuperáveis
pelos profissionais educadores envolvidos no cotidiano escolar.
Sendo assim, a ação do gestor na escola reflexiva, passa a ser parte integrante de um projeto
educacional, que deve ser organizado, apoiado, controlado e administrado pelos agentes da gestão.
Estes, como mostra Konder (1992) os "intelectuais problematizadores" têm a tarefa de
possibilitar a consciência da função de educadores, apoiados na mediação da filosofia, levando-os
à reflexão de suas práticas (práxis) orientando-os na direção necessária.

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