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RIO DE JANEIRO - RJ
2017
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SUMÁRIO (sugestão)
1 INTRODUÇÃO
1.1 Problematização e relevância
1.2 Objetivos
1.3 Delimitação do estudo
1.4 Estrutura do Trabalho
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Modernização do Estado e das Instituições Federais de Ensino Superior
2.1.1 O modelo gerencial
2.1.2 Reformas nas instituições federais de ensino superior
2.1.3 Autonomia universitária
2.1.4 A missão das universidades
2.1.4.1 Ensino
2.1.4.2 Pesquisa
2.1.4.3 Extensão
2.2 Processo de gestão de recursos públicos
2.2.1 Orçamento público
2.2.2 Despesas públicas
2.2.3 Financiamento Público da Educação Superior no Brasil (Orçamento das IFES)
2.2.4 Prestação de contas das Universidades Federais
2.3. Desempenho das Universidades Federais
2.3.1 Avaliação universitária
2.3.2 Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
2.3.3 Indicadores de Desempenho do TCU
2.3.4 Rankings das Universidades Federais
2.3.5 O Tribunal de Contas da União e a avaliação das Universidades Federais
2.4 Eficiência como resultado
2.4.1 Eficiência na gestão pública
2.4.2 Conceitos de eficiência aplicados às instituições de ensino superior
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
3.2 Objeto de estudo e amostragem
3.3 Procedimentos e técnicas de coleta de dados
3.4 Análise Envoltória de Dados - DEA (Data Envelopment Analysis)
3.4.1 Índice de Malmquist
3.4.2 Estudos de aplicação da DEA em Universidades Federais
3.5 Seleção das variáveis
3.6 Indicadores determinantes e ou influenciadores do nível de eficiência relativas as UFs
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
1
1 INTRODUÇÃO
2
Com esse papel, ações e políticas públicas específicas são definidas, implantadas e
implementadas pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), dentre elas as
Universidades Federais (UFs). Essas entidades públicas são fundamentais para a sociedade
uma vez que elas contribuem para o desenvolvimento social e econômico do país, ao trazerem
benefícios de natureza social, cultural, econômica, educativa, tecnológica e moral, por meio
da produção e transmissão do conhecimento.
As IFES são consideradas pessoas (TROCAR PARA ORGANIZAÇÕES) jurídicas de
direito público, em forma de autarquia de regime especial, vinculadas ao Ministério da
Educação, com autonomia didático-científica, administrativa, disciplinar, de gestão financeira
e patrimonial, na forma da lei (FALTOU CITAR A Lei de Diretrizes e Bases da Educação) .
Regem-se pela legislação federal vigente, por seu Estatuto, pelo Regimento Geral e pelas
resoluções e normas internas. Os recursos aplicados nas IFES têm como fonte, a maior parte,
originária do tesouro, além do complemento que se faz com arrecadação própria. Pode-se
perceber que com a arrecadação de recursos de órgãos externos às mesmas, aponta que as
IFES continuam dependentes do governo central em relação à elaboração e execução do seu
processo orçamentário.
Os recursos aplicados nas IFES visam proporcionar à sociedade um ensino de
qualidade, realização de pesquisas, aperfeiçoamento e geração de novos conhecimentos, além
de inserção na sociedade por meio de atividades de extensão, com o objetivo de contribuir
para o seu desenvolvimento.
De 1998 a 2012 as IFES contaram com novos investimentos advindos do Programa de
Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni),
possibilitando que as Universidades Federais se expandissem, segundo o Ministério da
Educação – MEC (2018) a expectativa de investimentos do Reuni foi de R$ 3,5 bilhões até
2012 (FALTOU CITAR A FONTE DO DADO). Considerando que o programa resultou no
aumento dos gastos públicos, uma gestão mais eficiente foi exigida para o melhor
aproveitamento dos recursos recebidos a fim de atender os objetivos propostos pelo programa.
Entretanto, a partir de 2014, com a crise econômica e política as UFES passaram a
sofrer cortes orçamentários, inibindo assim sua expansão e até mesmo a manutenção de
algumas atividades. Os investimentos aplicados caíram R$ 3,38 bilhões em três anos, saindo
de R$ 10,72 bilhões em 2014 para R$ 7,34 bilhões em 2017. Houve ainda diminuição de mais
da metade dos recursos em investimentos (de R$ 3,7 bilhões para R$ 1,4 bilhão) e de 16% no
custeio (de R$ 7,02 bilhões para R$ 5,89 bilhões) FALTOU CITAR A FONTE DO DADO.
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Os dados foram corrigidos pela inflação pelo índice IPCA-IBGE e tabulados
pelo Estado com base em informações enviadas pelo Ministério da Educação (MEC). Foram
considerados recursos de fontes próprias, convênios, doações e emendas parlamentares.
Segundo os gestores das UFES, essa redução não acompanhou o crescimento das unidades,
que dobraram o número de seus alunos, de 589 mil, em 2006, para 1,1 milhão, em 2015,
conforme os dados do Censo da Educação Superior. SERIA MUITO MELHOR FAZER UM
QUADRO COMPARATIVO COM DADOS ANTES DE 2013 E DO PERIODO DE
ANALISE ENTRE 2013 A 2017.
Para o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes), Emmanuel Zagury, essa redução pode prejudicar o desenvolvimento do País.
O ano de 2014 foi o último em que houve correção do custeio pela inflação do ano
anterior e pela taxa de expansão do sistema... Não teríamos o sucesso que temos na
produção de alimentos, na exploração de petróleo em regiões profundas e em outras
áreas, por exemplo, sem a pesquisa na universidade federal. (ESTADÃO, 2017)
Diante dessa realidade vivenciada, percebe-se a importância dos gestores das UFES
conciliar os recursos recebidos com a missão da universidade, diluída em ações de ensino,
pesquisa e extensão perfazendo seu papel social. Tentando fazer com que essa redução de
investimentos não impacte, ou minimize, os resultados das suas instituições, bem como a
diminuição na qualidade dos serviços.
As ações de ensino, pesquisa e extensão praticadas por estas instituições atendem à
missão atribuída às mesmas, obedecendo assim ao princípio da indissociabilidade, instituído
na Carta Magna de 1988, em seu artigo 207, e configurando como pilares de sustentação, ou
os valores essenciais para que a universidade, como agente de transformação e transmutação,
seja preservada (FAZER CITAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO).
Com base na missão das instituições educacionais, pode-se entender o ensino,
pesquisa e extensão como funções pelas quais a missão se realiza, quais sejam, “formar ou
ensinar, investigar ou pesquisar e servir ou exercer a atividade de extensão" (OSPINA, 1990,
p.138).
Ensino é a transmissão sistemática de conhecimentos teóricos e/ou práticos
indispensáveis ao progresso da educação e da sociedade como um todo (HAWANY, 2012).
Pimenta e Almeida (2012, p.24) menciona que o ensino é a “convergência e articulação
equilibrada entre as dimensões científica, investigativa e pedagógica”.
Em relação à pesquisa universitária, ela integra o desempenho científico e técnico. É
uma prática sistematizada de aquisição, construção e desenvolvimento do conhecimento
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humano que se dá por meio de práticas de investigação dos fenômenos observando a origem,
as causas, os efeitos e as consequências (HAWANY, 2012). Para Collins (2001) a produção
acadêmica é o seu produto supremo e está vinculado aos conhecimentos tácito e explicito.
A extensão, por sua vez, significa a articulação da universidade com a sociedade com
o objetivo de que o conhecimento novo que ela produz pela pesquisa e difunde pelo ensino
não fique restrito aos seus muros (SAVIANI, 1987). É um processo de fomento educativo,
cultural e científico que viabiliza a inter-relação entre a universidade e a sociedade com o
propósito de disseminar e assegurar a transmissão e aquisição de novos conhecimentos; a
extensão é acima de tudo, a democratização dos saberes acadêmicos, é o veículo pelo qual se
dá a dialética entre a teoria e a prática de forma “inter”, “multi” e transdisciplinar (HAWANY,
2012).
Esse tripé de ações – ensino, pesquisa e extensão – reflete o perfil peculiar que a
execução do seu orçamento apresenta, contribuindo para a formação dos cidadãos e,
consequentemente, incrementando o capital humano e favorecendo a redução das assimetrias
da qualidade de vida verificadas no país. Todavia o resultado de tais ações dificilmente é
perceptível de forma imediatista, os recursos orçamentários que financiam as mesmas
necessitam acompanhar a magnitude da velocidade com que as transformações vivenciadas
pela sociedade estão ocorrendo.
Neste contexto, percebe-se a importância de conhecer como estão sendo aplicados os
recursos públicos nas IFES, avaliando se essa aplicação se dá em consonância com o papel
social que lhe é atribuído.
Os resultados das IFES são apresentados no seu Relatório de Gestão elaborados pelas
mesmas, permitindo que o Tribunal de Contas da União - TCU avalie o desempenho (TEM
QUE FAZER REF, POIS NO MEU ENENEDER O TCU NÃO AVALIA O DESEMPENHO
EM SI MAS SE O GASTO ESTÁ CONFORME A LEI). O Relatório de Gestão acaba por ser
um dos artefatos para a prestação de contas, pois possuem informações e indicadores que
evidenciam o montante de recursos recebidos, como e onde foram aplicados e os resultados
quantitativos e qualitativos gerados. Porém, não basta conhecer os resultados e seus
indicadores, é necessário analisá-los no sentido de verificar se a aplicação dos recursos está
sendo eficiente, bem como comparar estes resultados com outras instituições.
Para Lapa e Neiva (1996), o desempenho organizacional está ligado aos critérios de:
I. Produtividade: razão entre o que uma instituição de ensino gera como produtos
e resultados e o que ela consome na forma de recursos, não importando a
tecnologia de processo utilizada, nem como é utilizada.
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II. Eficiência: está relacionada à comparação entre os resultados alcançados com
os recursos disponíveis e os insumos utilizados, e o elenco de resultados
ótimos (fronteira de desempenho) que poderiam ser obtidos com aqueles
recursos.
III. Eficácia: está associada à comparação entre os produtos e resultados gerados
com produtos e resultados planejados, tendo como referencial a elaboração de
um plano de operações, isto é, com que os recursos e os resultados
correspondem aos planos e metas idealizados;
IV. Efetividade: é um conceito ligado à capacidade da instituição em corresponder
ao que dela se espera, ou seja, se os resultados gerados correspondem às
expectativas da sociedade, medidas comparando o planejamento e operações
com a realidade dentre da qual a instituição opera.
Uma vez que as UFs são organizações gratuitas, consideradas atípicas no sentido
financeiro por não operarem com recursos e resultados pois não existem preços de mercado e
por não terem como objetivo a lucratividade, essa situação faz com que avaliações baseadas
em preços, custos e investimentos sejam substituídas por outros enfoques que considerem
múltiplos recursos e múltiplos resultados que não podem ser reduzidos a uma unidade comum
de medida (Ahn, 1987). Assim, a análise do desempenho institucional será representada
apenas pelo critério da eficiência, dada a complexidade envolvida na análise da eficácia e da
efetividade em IFES.
Cabe ressaltar que a escassez de recursos públicos vivenciados pelas organizações,
principalmente aplicados às IFES, exigindo que essas instituições sejam mais flexíveis e
adaptáveis, conseguindo ainda que assim, produzir bens e serviços de alta qualidade,
considerando os recursos investidos. Arretche (1999, p.35) corrobora que a eficiência é a mais
urgente e necessária no âmbito da administração pública porque "a escassez de recursos
públicos exige maior racionalização do gasto".
Nuintin (2014) propõe um modelo conceitual sobre os recursos públicos aplicados nas
UFs, que geram atividades de ensino, pesquisa e extensão, e que os gestores, por sua vez,
devem informar e prestar contas dos resultados da aplicação destes recursos, sendo o
Relatório de Gestão um meio para isso e estes resultados são avaliados com a mensuração do
nível de eficiência relativa das UFs.
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Fonte: Nuintin (2014).
Esses relatórios de prestação de contas e de gestão das UFs, são exigidos pelo Tribunal
de Contas da União – TCU e que determina que deva conter informações financeiras,
patrimoniais, indicadores de desempenho, dentre outras, os quais são aprovados por conselhos
internos e enviados aos TCU e à Controladoria Geral da União – CGU. Além disso, esses
relatórios ficam disponibilizados para o acesso da sociedade nos sites das respectivas
universidades.
Diante dos vários problemas elencados, percebe-se que os gestores precisam trabalhar
de modo eficiente, fazendo com que a falta de recursos não cause desmotivação e nem traga
implicações nos resultados das instituições. Assim, a questão norteadora dessa pesquisa
centra-se em: ESSAS PERGUNTAS ESTÃO LIGADAS AO OBJETIVO
Como está a eficiência dos recursos públicos nas Universidades Federais
brasileiras frente às funções de ensino, pesquisa e extensão?
Quais os impactos nos resultados das Universidades Federais Brasileiras,
voltados para a eficiência de recursos públicos nas funções de ensino, pesquisa e
extensão, após os investimentos do Reuni e frente aos cortes orçamentários?
Após os investimentos do Reuni e frente aos cortes orçamentários, como está a
eficiência dos recursos públicos das Universidades Federais Brasileiras perante sua
missão?
Após os investimentos do Reuni e com os cortes orçamentários, como estão os
resultados das Universidades Federais Brasileiras voltados para a eficiência dos recursos
públicos frente às funções de ensino, pesquisa e extensão?
Uma forma de se conseguir analisar o desempenho das IFES é por meio da
mensuração do nível de eficiência, conseguida com a metodologia Data Envelopment
Analysis – DEA, a qual relaciona a quantidade ou volume de recursos recebidos, inputs, com
os resultados alcançados, outputs. Neste contexto, percebe-se a importância de conhecer como
esses recursos estão sendo aplicados e quais resultados estão sendo gerados para a sociedade.
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Trata-se de uma investigação relevante, dada a carência de pesquisas empíricas
relacionadas ao objetivo desse estudo, de modo especial, por se propor aplicar a metodologia
da DEA. Costa et. al (2012, p. 03) afirmam que:
Alguns estudos, além de análise qualitativa, se utilizam de metodologias
quantitativas para mensurar os indicadores de desempenho das IFES. Indicadores
como, por exemplo, “a proporção de alunos por professor e o custo por estudante”
são formas de avaliação do desempenho das universidades. Entretanto, as pesquisas
científicas sobre o desempenho das IFES vão mais além do que a simples criação de
indicadores. Com o propósito de compará-las e projetar metas para melhorarem seus
desempenhos, esses estudos estão se concentrando na estimação das funções
fronteiras (de produção ou de custo) na educação, notadamente as fronteiras não
paramétricas, que são estimadas por programação matemática, também conhecida
como Análise Envoltória de Dados (DEA).
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análise do desempenho das mesmas, indicadores voltados para extensão padronizados,
possibilitando assim verificar a eficiência das UFs em sua missão e sua comparabilidade.
A INTRODUÇÃO ESTÁ MUITO GRANDE. CONTÉM VÁRIOS ASPECTOS
CONCEITUAIS. ACHO QUE NÃO FICOU CLARO NA PROBLEMÁTICA - COMO A
QUEDA DOS RECURSOS ESTÃO IMPACTANDO DIRETAMENTE A EFICIÊNCIA DOS
RESULTADOS? FOI POR ISSO QUE SUGERI UM QUADRO ..... TB NÃO MENCIONA A
DEMANDA DA SOCIEDADE POR MAIS VAGAS, DAS EMPRESAS POR
RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS, a questão de atender as cotas, ETC....
1.2 Objetivos
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superior, na tentativa de fazer cumprir o importante papel das universidades na diminuição
das desigualdades sociais (MEC, 2012).
A expansão da educação superior contou com o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), possibilitando que as
universidades federais promovessem a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede
federal de educação superior.
Esse projeto foi instituído pelo Decreto 6.096/2007, com o objetivo maior de criar
condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior pelo melhor
aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades
federais. Assim, percebe-se que como objetivo indireto ou meio para consecução do objetivo
principal está a busca da eficiência pelo melhor aproveitamento dos recursos (MEC,2012).
Logo um programa nesta dimensão resultaria na elevação dos gastos públicos, nas
suas várias formas, tais como: despesas de custeio e despesas de capital, uma vez que a
eficiência dos recursos empregados estaria diretamente ligada a boas práticas de gestão para o
uso dos mesmos.
De 1998 a 2008, primeira etapa do Programa Reuni, o número de matrículas em
instituições públicas federais de ensino superior cresceu aproximadamente 60%. Destaca-se
que, percentualmente, igual crescimento foi atingido entre os anos de 2008 e 2010, número
alcançado em função da adesão das IFES aos programas de expansão do governo federal.
Esse novo contexto de estímulo do Governo Federal à expansão do ensino superior por meio
da interiorização levou à criação de 126 novos campi universitários, o que resultou na
presença das universidades federais em 272 municípios brasileiros, segundo dados
apresentados no relatório de análise sobre a expansão das universidades federais de 2003 a
2012 (BRASIL, 2012).
O Reuni foi concluído em 2012 e trouxe mudanças de ordens diversas para as
instituições integrantes, tais como de infraestrutura, financeira e cultural. Assim, no intuito de
não enviesar os resultados e objetivos perseguidos, a delimitação temporal dessa pesquisa
abordará os resultados referente anos de 2013 a 2017. NÃO CONCORDO COM ESSE
ARGUMENTO, DEVERIA SER FEITA UMA AVALIAÇÃO ANTES DO REUNI,
DURANTE A APLICALÇÃO DO REUNI E POSTERIOR.....TEM QUE EXPLICAR
MELHOR OS MOTIVOS QUE LEVAM O ESTUDO SÓ SER APÓS O REUNI?
Diante do exposto, será considerado como delimitação espacial o Brasil e a população
analisada será composta por todas as Universidades, totalizando 63 UFs.
10
1.4 Estrutura do Trabalho
FALTOU RELATAR QUAL A ESTRUTURA.....
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Nesse tópico, busca-se caracterizar e discutir a gestão pública e aplicação dos seus
recursos em prol da sociedade por meio das funções básicas das universidades federais
brasileira. Além de discutir o desempenho das mesmas e seus os indicadores aplicados as
IFES para sua avaliação. Em seguida, é realizado um estudo, em termos de estado da arte,
envolvendo a metodologia DEA em IFES.
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2.1.3 Autonomia universitária
2.1.4.1 Ensino
2.1.4.2 Pesquisa
2.1.4.3 Extensão
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2.3.2 Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
13
Indicadores são mecanismos que podem ser utilizados para avaliar a gestão da
aplicação de recursos públicos, permitem evidenciar os resultados desta aplicação, a situação
atual de uma entidade, em função da gestão dos recursos, bem como auxiliar o gestor no
processo de tomada de decisão.
Mafra (1999, p. 2) define indicador de desempenho como:
Relação matemática, resultando numa medida quantitativa, identifica-se o estado do
processo ou o resultado deste através de metas numéricas pré-estabelecidas.
Indicadores de desempenho significa medir, mensurar o resultado de ações
programadas. É essencial saber se o processo está apresentando progresso,
comparando-o consigo mesmo num momento anterior ao tempo, ou a partir de um
referencial estabelecido.
14
Especificamente para o ensino superior, importantes organismos internacionais têm
utilizado sistemas de indicadores, para avaliar a educação superior dos países, destacando-se
os indicadores da United Nations Education, Scientific and Cultural Organitazion – UNESCO
e da Organization for Economic Co-operation and Development – OCDE (BERTOLIN,
2011).
O Quadro 1 apresenta os indicadores da UNESCO.
A O Contexto Geral
1 População total
2 Taxas de crescimento populacional
3 População da terceira idade
4 Conexões de internet com banda larga
5 PIB per capita
6 Produtividade laboral
B Acesso, Participação e Progressão
7 Atendimento educacional
8 Número de graduados em ciências
9 Taxas de permanência nas IES universitárias
10 Estudantes despreparados na educação superior
11 Gastos em P&D na educação superior por área do conhecimento
12 Pesquisadores na educação superior
13 Pesquisadoras do sexo feminino
15
C Gastos com Educação Superior
14 Gasto por aluno
15 Mudanças nos gastos por aluno
16 Acumulação de gastos por aluno
17 Gastos com instituições educacionais como porcentagem do PIB
18 Subsídio público na educação superior
19 Pesquisa e desenvolvimento na educação superior
20 Financiamento da indústria na P&D da educação superior
D Retornos da Educação Superior
21 Educação e ganhos
22 Diferença de ganhos entre mulheres e homens
23 Taxa interna privada de retorno da educação superior
24 Educação e nível funcional
25 Situação da população jovem com baixo nível educacional
26 Participação na educação e capacitação continuada
E Internacionalização da Educação Superior
27 Estudantes estrangeiros na educação superior
28 Estudantes estrangeiros na educação superior por países de destino
29 Migração da educação
30 Bolsistas nos Estados Unidos
Quadro 2: Indicadores da OCDE
Fonte: Adaptado de Bertolin (2011)
16
Percebe-se, com a apresentação dos indicadores elaborados pela UNESCO, pela
OCDE e pelo TCU uma preocupação em acompanhar e avaliar a educação superior, sob
diversas perspectivas, com vistas a sua melhoria e contribuição para o desenvolvimento dos
países. ISSO PARECE UMA CONCLUSAO
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rendimento com uma referência ou padrão previamente estabelecido; (iii) recomendações para
melhorar os rendimentos apurados e a crítica dos resultados obtidos (BARACHO, 2000).
Sob o aspecto econômico, Peña (2008) conceitua eficiência como a combinação ótima
dos insumos e métodos necessários, (inputs) no processo produtivo de modo que gerem o
máximo de produto (output). Ou seja, eficiência é a capacidade de fazer certas as coisas, de
minimizar a relação insumos – produtos, com isso assegura a otimização da utilização dos
recursos e, portanto, relaciona-se com os meios e não com os fins.
A eficiência em uma IFES busca o desempenho em atividades de ensino, pesquisa e
extensão na transmissão de conhecimento como veremos a seguir.
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em atrair o desempenho geral. Seus resultados foram bastante diferenciados para os três
modelos, ou seja, a eficiência variou conforme o modelo utilizado.
Wolszczak-Derlacz e Parteka (2011) com o objetivo de analisar a eficiência e seus
determinantes em um conjunto de 259 instituições de ensino superior de sete países europeus,
no período de 2001 a 2005. Utilizou como variáveis o número de graduações, número de
publicações científicas, número de pessoal acadêmico, número de alunos e receitas totais para
seu estudo. O modelo utilizado foi o CRS e os resultados indicaram uma considerável
variabilidade de escores de eficiência dentre e entre os países.
Foltz et al. (2012) investigaram as determinantes da eficiência e processo tecnológico
em universidades de pesquisa americanas. Para tanto, as variáveis selecionadas foram: alunos
de graduação e pós-graduação formados, publicações, número de professores, estudantes de
doutorado e pós-doutorado. Os resultados mostraram como as mudanças nas fontes de
financiamentos para as universidades afetam o desempenho das pesquisas.
Sav (2012) utilizou as variáveis como o total de custos operacionais, horas de crédito
de graduação, número de matrículas e bolsa de estudos para determinar em que medida
existem ineficiência de custos operacionais no ensino superior público americano. Pelas
estimativas empíricas observou-se que a ineficiência dos custos universitários é afetada por
condições ambientais relacionadas às características de matrículas de alunos e de emprego dos
professores e que a ineficiência pode ser reduzida com ações gerenciais.
Vasquez (2012) estudou por meio da DEA as eficiências e as produtividades das
instituições portuguesas do ensino superior público: universidades e institutos politécnicos.
Na análise considerou oito períodos acadêmicos: 2000-2001 a 2007-2008. Nas considerações,
concluiu que as universidades e os institutos politécnicos melhoraram as suas eficiências
relativas e produtividades, além de verificar a assimetria regional como impacto na eficiência.
No Brasil, os primeiros estudos começaram em 1997 com a pesquisa de Ramos e
Souza, mas pode-se notar que as pesquisas voltadas para as universidades federais de ensino
superior vêm se intensificando na última década, principalmente devido à pressão de órgãos
ligados ao ensino superior junto ao Ministério da Educação para avaliar a magnitude dessa
eficiência e de seus resultados para a sociedade como um todo.
Corbucci (2000) avaliou os gastos do MEC com as instituições federais de ensino
superior, estabelecendo indicadores de eficiência e produtividade no período de 1995-1998.
Seus resultados constataram, apesar da redução nos gastos operacionais das instituições
analisadas, um aumento do acesso do número de formandos tanto na graduação quanto na
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pós-graduação stricto sensu, bem como um incremento da produção científica, o que
significou ganhos de eficiência e de produtividade nessas instituições.
Oliveira e Turrioni (2005) avaliaram a eficiência relativa IFES. Os inputs e os outputs
foram construídos com a utilização dos indicadores do Tribunal de Contas da União (TCU).
Foram avaliadas 19 instituições federais de ensino superior, das quais cinco foram
consideradas tecnicamente ineficientes.
Costa, Ramos e Souza (2010) buscaram, por meio da metodologia DEA, estimar a
fronteira de eficiência do setor educacional público federal a fim de obter o grau de eficiência
produtiva de cada instituição federal de ensino superior (Ifes) e, posteriormente, compor um
ranking, partindo da instituição mais eficiente para a menos eficiente. Os resultados mostram
que apesar das fronteiras apresentarem baixos escores de ineficiência, houve um
deslocamento da fronteira técnica de eficiência para um nível inferior, indicando que pode
estar havendo deterioração do produto educacional ao longo do tempo.
Nuintim (2014) utilizou a DEA para avaliar a eficiência da aplicação de recursos
públicos em 52 Universidades Federais nos períodos de 2008 a 2011. Os dados foram
coletados nos Através dos indicadores divulgados no Relatório de Gestão e os resultados dos
rankings universitários foi possível mensurar o nível de eficiência da aplicação de recursos
públicos, contribuindo para a melhoria da transparência e para a accountability reduzindo a
assimetria informacional entre a sociedade e as UFs.
Por fim, Curi (2015) com o objetivo de avaliar o nível de eficiência da utilização dos
recursos renováveis nas Universidades Federais, utilizou a DEA para verificar o nível de
sustentabilidade em 59 UFs. Os resultados possibilitaram uma visão geral do nível de
eficiência da utilização dos recursos renováveis contribuindo para um melhor aproveitamento
dos recursos naturais, para a melhoria da transparência na área pública, além da possível
utilização da pesquisa na tomada de decisões.
Esse tópico tem por objetivo apresentar e discutir os métodos que serão usados para
atender aos objetivos propostos. Identificando o tipo de pesquisa, objeto e amostragem do
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estudo, além de apresentar a Análise Envoltória de Dados, metodologia a ser utilizada para
analisar a eficiência das UFs.
Quanto aos fins essa pesquisa, trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva.
Exploratória no que tange à produção de informações que subsidiem a resolução do problema
proposto. Gil (2010, p. 27) afirma que este tipo de pesquisa “tem como propósito
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito”.
Raupp e Beuren (2006) corroboram afirmando que a pesquisa exploratória busca conhecer
com maior profundidade o assunto, tornando-o mais claro ou construindo questões
importantes para a condução da pesquisa.
Já em relação às características descritivas será aplicada no intuito de conhecer e
interpretar a realidade das IFES, identificando suas características específicas e indicadores,
de forma que possam ser classificados e interpretados os fenômenos ocorridos na mesma.
Nesse sentindo Cervo e Bervian (1996, p. 49) afirmam que “a pesquisa descritiva
procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com um fenômeno ocorre, sua
relação e conexão, com os outros, sua natureza e características, correlacionando fatos ou
fenômenos sem manipulá-lo”.
Em relação a forma de abordagem do problema utilizar-se-á o método quantitativo
devido ao fato de utilizar metodologias e técnicas estatísticas como a DEA e as técnicas
estatísticas descritivas, para avaliar como está a eficiência das Universidades Federais diante
do desempenho das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Conforme Richardson (1999, p. 70) a abordagem quantitativa caracteriza-se “[...] pelo
emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,
média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de correlação, análise de
regressão, etc”.
A pesquisa quantitativa, para Michel (2009, p. 33) “[...] se realiza na busca de
resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis preestabelecidas, na
qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras variáveis, através da análise da
frequência de incidências e correlações estatísticas”.
Considera-se, ainda, que a pesquisa tem uma dimensão empírica, pelo fato de se
propor observar organizações públicas reais e levantar dados a ela referentes.
21
3.2 Objeto de estudo e amostragem
22
3.4 Análise Envoltória de Dados
Por meio do uso da Data Envelopment Analysis – DEA, o estudo buscará apresentar
uma abordagem alternativa para mensurar o nível de a eficiência dos recursos públicos
aplicados às Universidades Federais no que diz respeito avaliação de desempenho das
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Farrel (1957) conforme o seu estudo The Measurement of Productive Efficiency
argumenta que para obter um planejamento econômico é importante saber o quanto pode ser
esperado de um determinado setor aumentar sua produção simplesmente aumentando a sua
eficiência, sem absorver mais recursos. Com seu estudo Farrel (1957) desenvolve um método
permitindo avaliar a eficiência de uma firma combinando múltiplos insumos e obter um
indicador de eficiência relativa.
Em 1978, com base no trabalho de Farrel (1957), Charnes, Cooper e Rhodes (1978)
desenvolvem a metodologia DEA, caracterizando-se como uma técnica não paramétrica
baseada na programação linear, a forma não paramétrica não se baseia em uma função
especificada a priori.
Essa metodologia objetiva mensurar a eficiência de unidades tomadoras de decisão,
também chamadas de Decision Marking Units (DMU), tais como empresas privadas,
instituições públicas, financeiras, sem fins lucrativos, departamentos ou setores internos,
dentre outros. Devido a sua flexibilidade no processo de avaliação, o DEA tem uma vasta base
de utilização prática em diferentes segmentos. Revilla et al (2003) e Hsu e Hsueh (2009)
destacam sua utilização em programas governamentais.
O objetivo da DEA consiste em comparar certo número de DMUs, que realizam
tarefas similares e se diferenciam nas quantidades de inputs que consomem e de outputs que
produzem. Determinada a eficiência do conjunto, as DMUs mais eficientes podem balizar as
ineficientes, sendo utilizadas como referência, no estabelecimento de metas com a função de
melhorar o desempenho (KOZYREFF FILHO; MILIONI, 2004).
Assim, a análise DEA mede a eficiência relativa de cada unidade com respeito aos
melhores desempenhos observados. Estes melhores desempenhos determinam fronteiras de
produção constituindo limites aos resultados alcançáveis com um dado conjunto de recursos.
Os índices de eficiência de uma unidade são medidos a partir das posições relativas por ela
ocupados em relação àquelas fronteiras. Com isso, interpreta-se cada resultado como
descritivo das habilidades e das restrições objetivas que o determinam, admitindo-se que,
23
contornadas as restrições e ampliadas as habilidades, os resultados possam ser incrementados
(LAPA, BELLONI, NEIVA, 1997).
DESCREVER MELHOR A DEA que é uma técnica não paramétrica de avaliação da
eficiência relativa de um conjunto de Unidades Tomadoras de Decisão. ESTÁ MAL
EXPLICADO O USO DA FERRAMENTA.....NÃO MENCIONOU COMO SÃO
SELECIONADOS OS INPUTS E OUTPUTS E SUAS CORRELAÇOES... O número de
variáveis (inputs + outputs) e de DMU utilizados na análise como será calculado ,,,,,,
3.4.1 Seleção das variáveis
ESSAS VARIÁVEIS NÃO FORAM MENCIONADAS NA PARTE REFERENCIAL?
COMO FORAM/SERÃO ESCOLHIDAS?
Com os dados do período de 2013 a 2017, referentes a 63 UFs, os cálculos serão
efetuados com o uso do software livre EMS, o que permitirá avaliar a eficiência relativa de
cada DMU, no caso as UFs, considerando-se o Orçamento de Custeio e Capital (OCC) que
dispõe (input) e os indicadores de desempenho (outputs) separados por atividades de ensino,
pesquisa e extensão. Será realizada uma análise com uma variável de input e nove variáveis
de outputs, conforme Quadro 4.
24
integração entre a UF e a
comunidade.
Output 10 Projetos de extensão Total de projetos de extensão Extensão
executados executados e aprovados.
Output 11 Bolsas de extensão Gasto total com bolsas de Extensão
extensão
Quadro 4: Nível de eficiência - variáveis de medidas de desempenho e atividades
Fonte: Dados da pesquisa (2017)
5 RESULTADOS ESPERADOS
VEJA SE VAI RESPONDER AS SUAS INDAGAÇÕES?
Os recursos aplicados nas UFs, para gerar atividades de ensino, pesquisa e extensão,
têm como fontes a arrecadação própria, a destinação de verbas via parlamentares e os recursos
do tesouro nacional, distribuídos por meio da matriz de alocação de recursos e por meio dos
programas de governo específicos para a educação superior.
Nas UFs o Relatório de Gestão é um dos instrumentos para a transparência e para a
prestação de contas que, por meio das informações divulgadas, possibilita verificar se os
resultados da aplicação de recursos públicos apresentam níveis de eficiência.
25
O princípio da eficiência, no setor público, faz com que o gestor público, em virtude
da escassez de recursos e demanda de serviços elevada, realize as atividades de forma mais
produtiva possível, ou seja, com menor nível de insumos obtenha níveis de produção maiores,
considerando as características das entidades públicas.
Um mecanismo utilizado para avaliação da gestão de recursos públicos são os
indicadores, os quais permitem evidenciar os resultados desta aplicação, a situação atual, bem
como auxiliar o gestor no processo de tomada de decisão. Os indicadores podem fornecer
informações quantitativas como, número de alunos, docentes, funcionários, pessoas atendidas.
Através da utilização da metodologia DEA, será possível verificar a eficiência dos
recursos públicos aplicados nas UFs para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa
e extensão. Verificando assim, se há indissociabilidade do tripé ensino-aprendizagem, além de
atender satisfatoriamente a sociedade. Posteriormente analisando os indicadores
determinantes e ou influenciadores do nível de eficiência relativas as UFs.
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