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TerapiaS Cognitivo ComportamentaliS

Introdução ao Tema

Psic.Ms.Tiago Cardoso Gomes

VITÓRIA
2018
1º Módulo:
• História da TCC
• Base epistemológica
• O Modelo Beck de TCC
• Modelo relacional Terapêutico TCC
História da Psicologia

Filosofia
Psi pré científica

Psi científica

Final sec. XIX


História da Psicologia

1ª metade
sec. XX
Psi científica

Correntes de
Grandes “escolas”
pensamento
História da Psicologia

Psi científica - Psi. da Gestalt


- Psi. humanista
- Psi. comportamental
Grandes “escolas”
- Psicanálise
História da Psicologia

Psi científica
História da Psicologia

Psi ci entífica

Pesquisa básica ou áreas


de conhecimento Psicologia aplicada
(Ex.: Psi.clínica)
História da Psicologia

Pesquisa básica ou Psicologia aplicada


áreas de conhecimento:

- Psi. Desenvolvimento - Psi. Clínica


- Psi. Personalidade - Organizacional e trab.
- Psi. Saúde - Psi. Educação
- Psi. Trânsito
História da Psicologia

Psi científica - Psi. da Gestalt


- Psi. humanista
- Psi. comportamental
Grandes “escolas”
- Psicanálise
História da Psicologia

Psi científica - Psicanálise


- Psicologia comportamental

Grandes “escolas”
História da Psicologia

Psi comportamental

Behaviorismo radical Paradigma


estímulo resposta
(S - R)
Negação de entidades
“abstratas”: mente, Comportamento
pensamentos, cognições observável
etc..
História da Psicologia

Psi comportamental

Hegemonia até meados


Evidências de limitações dos anos 1950
do paradigma E - S
Comportamento
Restrição ao comportamento “encoberto”
observável
História da Psicologia

Psi comportamental

Evidências de limitações
do paradigma E - S Comportamento
“encoberto”

Teóricos e teóricos clínicos


comportamentais e não-comportamentais
História da Psicologia

Estudo científico
Ciência
da mente
dos computadores

Comportamento
“encoberto”

Teóricos e teóricos clínicos


comportamentais e não-comportamentais
História da Psicologia

Ciência
dos computadores

E R
História da Psicologia

Ciência Teoria do
dos computadores Processamento da
Informação
História da Psicologia

Ciência Teoria do
dos computadores Processamento da
Informação
Estímulo
Atenção
Percepção
defadhhsdhf
Processos de
pensamento
Decisão
Ação
História da Psicologia

Estudo científico
da mente
Aprendizagem
Teoria do
vicária (Bandura)
Processamento da
Informação
Retardo de
gratificação
(Mischel)
História da Psicologia

Estudo científico
da mente

Mente Percepções

COGNITION
Pensamentos
História da Psicologia

Pesquisa básica ou Psicologia aplicada


áreas de conhecimento:

- Psi. Cognitiva
História da Psicologia

Pesquisa básica ou Psicologia aplicada


áreas de conhecimento:

- Psi. Cognitiva
FIM
?
E a Terapia Cognitivo Comportamental

ou Terapia s Cognitivo Comportamentai s


História da Psicologia

Psi. Cognitiva

TCCs ?
História da Psicologia

Terapia Cognitivo Comportamental

Período das dec. 1960 e 70...


...até meados de 1980

Surgimento de novas
modalidades terapêuticas
História da Psicologia

TerapiaS Cognitivo Comportamentais

-Racional FIM
- Terapia Racional Emotiva
- Terapia Cognitiva
emotiva
- Treinamento de Auto- instrução
-Cognitiva
- Treinamento de manejo de ansiedade

-Tr Surgimento de novas


modalidades terapêuticas
INTRODUÇÃO
- Quais as influências, eventos ou fatores na
psicologia clínica que levaram ao desenvolvimento
das TCCs?;

- Quais os limites conceituais ou o que define uma


terapia/tratamento como TCC?;

(DOBSON et al., 2006)


INTRODUÇÃO
- Abordagem em perspectiva teórica ao invés de
texto (manual) técnico voltado à prática;

- Organização de textos sobre tratamento de


transtornos/problemas clínicos e derivação do
substrato teórico;

- Necessidade de aquisição de arcabouço conceitual


para compreensão dos aspectos técnicos, seleção e
aplicação de intervenções específicas ao paciente;
(DOBSON et al., 2006)
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Quais as influências, eventos ou fatores na
psicologia clínica que levaram ao desenvolvimento
das TCCs?

• Desenvolvimento das TCCs a partir das Terapias


Comportamentais Tradicionais;

• Incorporação da perspectiva mediacional na


abordagem aos problemas clínicos – final dos
anos 60 e meados dos anos 70;

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Quais as influências, eventos ou fatores na
psicologia clínica que levaram ao desenvolvimento
das TCCs?

• Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da


Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 1) Final de 1960 – limitações explicativas do


comportamento estritamente comportamentais:

 Aprendizagem vicária (Bandura, 1965,1971) e


Retardo de gratificação (Mischel, 1972);

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 1) Final de 1960 – limitações explicativas do


comportamento estritamente comportamentais:

 Insatisfação com esforço de ampliar e incluir a


categoria de comportamentos “encobertos” no
modelo tradicional.

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 2) Crescente rejeição ao modelo psicodinâmico de


personalidade:

 Textos da TCC refutavam a ênfase


psicanalítica em processos inconscientes,
material histórico, terapia de longo prazo,
insight e transferência e contratransferência.
(DOBSON et al., 2006)
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 2) Crescente rejeição ao modelo psicodinâmico de


personalidade:

 Revisões de resultados de pesquisas não


sugeriam eficácia superior das terapias
psicodinâmicas (psicodinâmicas);

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 3) Limitada eficácia das Terapias Comportamentais


à problemas no formato de comportamento e
pouca efetividade sobre problemas com outra
expressão (Ex.: pensamentos obsessivos).

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 4) Desenvolvimento de modelos de funcionamento


da cognição baseados no processamento de
informações (perspectiva mediacional) e sua
ampliação à psicologia clínica:

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 4) Desenvolvimento de modelos de funcionamento


da cognição:

 Pesquisas em psicologia cognitiva básica e


aplicada acumulavam evidencias sobre a
mediação cognitiva sobre construtos do campo
da clínica (Ex.: ansiedade);
(DOBSON et al., 2006)
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 4) Desenvolvimento de modelos de funcionamento


da cognição:

 Incorporação de construtos cognitivos aos


mecanismos dos modelos comportamentais –

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 4) Desenvolvimento de modelos de funcionamento


da cognição:

 – Princípios de auto regulação e auto controle:


indivíduos são capazes de monitorar, definir
objetivos internos e...

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 4) Desenvolvimento de modelos de funcionamento


da cognição:

 – ...manipular variáveis ambientes e pessoais


que os permitam exercer regulação sobre seu
comportamento.

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 5) Desenvolvimento e formação de amplo grupo de


teóricos clínicos identificados com a orientação
cognitivo-comportamental:

 Criação de periódico cientifico divulgando e


ampliando o campo das TCCs – Cognitive
Therapy and Research (1977);
(DOBSON et al., 2006)
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 6) Publicação de estudos sobre avaliação de


resultados e a conclusão da maior (ou igual)
efetividade das TCCs em comparação a outras
psicoterapias:

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 6) Publicação de estudos sobre avaliação de


resultados:

 Revisão de 1987 (Ledgewidge): comparação


com abordagens comportamentais e sugestão
de efetividade superior ou igual;

(DOBSON et al., 2006)


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DAS TCCs
- Fatores explicativos (6) do desenvolvimento da
Teoria e das TCCs como uma “necessidade lógica”:

• 6) Publicação de estudos sobre avaliação de


resultados:

 Modelo de psicoterapia com fundamentação


empírica em dados de pesquisas.

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Perspectiva teórica da ocorrência de processos


internos encobertos (“pensamentos”, “cognições”)
e que mediam (representam) a mudança cognitiva;

• Cadeira ou representação da
cadeira?

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• TCCs devem se basear no modelo mediacional


(mudanças cognitivas devem mediar/levar a
mudanças no comportamento);

• A mudança no comportamento será considerada


indicador indireto da mudança cognitiva.

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Cognição e comportamental como principais


indicadores de resultado na terapia;

• Inclusão de emoções e mudanças fisiológicas


como indicadores quando enfocados no problema
clínico (Ex.: transtornos da ansiedade).

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Métodos usados para mudanças cognitivas


visando mudanças comportamentais e avaliações
(resultados) cognitivas, comportamentais e
emocionais;
• Distinguem se TCCs com foco no processo e com
foco no conteúdo/estrutura de cognições:

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?
• Distinguem se TCCs com foco no processo e com
foco no conteúdo/estrutura de cognições:

• Terapia de Resolução de Problemas: concentra


se mais no processo de lidar com os problemas e
menos no seu conteúdo;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?
• Distinguem se TCCs com foco no processo e com
foco no conteúdo/estrutura de cognições:

• Terapia de Racional Emotiva e Terapia


Cognitiva: suposições teóricas sobre o conteúdo
das cognições dos pacientes e alterações nesses
conteúdos são os objetivos terapêuticos;
(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Estabelecimento de critérios baseados em


evidências empíricas (científicas) para julgar a
potencial eficácia de determinado tratamento;

• Ampla representatividade das TCCs entre terapias


reconhecidas com base empírica, que acumulam
indicadores relacionados à eficácia;
(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Quais os “mecanismos de ação” das TCCs? Quais


componentes dentro da terapia são responsáveis
pelos seus efeitos?;

• Aliança terapeuta-cliente como pré-requisito para


efetividade;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Quais os “mecanismos de ação” das TCCs? Quais


componentes dentro da terapia são responsáveis
pelos seus efeitos?;

• Necessidade de pesquisas que “isolem” aspectos


responsáveis pelos benefícios;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• Quais os “mecanismos de ação” das TCCs? Quais


componentes dentro da terapia são responsáveis
pelos seus efeitos?;

• Desenvolvimento de modelos “híbridos” (puros)


que possam maximizar benefícios;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• “Rótulo de TCC”: demonstrar que a mediação


cognitiva é um componente essencial do plano
terapêutico;

• Terapeuta desenvolve tratamento sob o modelo


estímulo-resposta aplicando os princípios do
condicionamento clássico: NÃO é TCC

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• “Rótulo de TCC”: demonstrar que a mediação


cognitiva é um componente essencial do plano
terapêutico;
• Modelo terapêutico afirme que memórias
traumáticas passadas são causadoras da
perturbação atual desconsiderando a mediação de
evento recente relacionado: NÃO é TCC
(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Quais os limites conceituais ou o que define uma
terapia/tratamento como TCC?

• “Rótulo de TCC”: demonstrar que a mediação


cognitiva é um componente essencial do plano
terapêutico;
• Modelos terapêuticos baseados estritamente na
expressão de emoções (modelos catárticos):

NÃO é TCC
(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs

• TCCs devem se basear no modelo mediacional


(mudanças cognitivas devem mediar/levar a
mudanças no comportamento);

- Desdobramento da suposição geral do modelo


mediacional em 3 (três) premissas fundamentais:

Premissa 1: a cognição afeta o comportamento

Premissa 2: a cognição pode ser monitorada e alterada


(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Desdobramento da suposição geral do modelo
mediacional em 3 (três) premissas fundamentais:

Premissa 1: a cognição afeta o comportamento

Premissa 2: a cognição pode ser monitorada e alterada

Premissa 3: a mudança de comportamento


desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 1: a cognição afeta o comportamento:

• Busca inicial por legitimação teórica e empírica;

• Evidências que avaliações cognitivas dos eventos


(não eventos em si) podem afetar as respostas
aos eventos;

• Valor clínico da modificação dos conteúdos das


avaliações cognitivas;

• Discussão sobre grau e natureza das avaliações;


(DOBSON et al., 2006)
CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 2: a cognição pode ser monitorada e
alterada:
• Possibilidade de acesso e conhecimento das
cognições ainda imprecisa;

• Desenvolvimento de estratégias de avaliação


cognitiva com validação comportamental;

• Estágio atual avaliação de conteúdos e avaliação


de resultados após intervenção;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva:
• Pesquisas sobre a influência mediacional da
mudança cognitiva sobre as mudanças no
comportamento;

• Ruídos de mesma intensidade causando


perturbação fisiológica diferente baseada nas
expectativas dos participantes;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva :
• Auto eficácia de Bandura – grau em que sujeito
percebe capacidade em abordar uma tarefa como
indicador do comportamento real;

• Limitações na premissa básica;

• Avaliação da mudança cognitiva deve ser


independente da mudança comportamental;

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva :
• Avaliação da mudança cognitiva deve ser
independente da mudança comportamental:

20 m

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva :
• Avaliação da mudança cognitiva deve ser
independente da mudança comportamental:

1m

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva :
• Avaliação da mudança cognitiva deve ser
independente da mudança comportamental:

(DOBSON et al., 2006)


CONCEITUAÇÃO DAS TCCs
- Premissa 3: a mudança de comportamento
desejada pode ser obtida pela mudança cognitiva :
• Avaliação da mudança cognitiva deve ser
independente da mudança comportamental:

1m

(DOBSON et al., 2006)


TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Questionamento sobre as formulações


psicanalíticas das neuroses depressivas;

• Fatores de natureza cognitiva eram ignorados em


favor de conceituações motivacionais e afetivas;

(DOBSON et al., 2006)


TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Investigação sobre o conteúdo temático das


cognições de pacientes psiquiátricos;

• Cognições apresentavam em geral características


associadas aos transtornos mentais;

(DOBSON et al., 2006)


TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Presença de distorções sistemáticas em padrões


de pensamentos dos pacientes;

• Formulação de tipologia das distorções deu origem


as categorias que reúnem os erros sistemáticos
(ex.: inferência arbitrária, abstração seletiva e
generalização);
(DOBSON et al., 2006)
TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Série de trabalhos que levam ao desenvolvimento


do modelo de terapia cognitiva;

• Depression causes and treatment (1967),


Cognitive therapy and the emotional disorders
(1976) e Cognitive therapy of depression (1979);

(DOBSON et al., 2006)


TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Ênfase inicial na depressão unipolar e ampliação


para outros transtornos nas décadas seguintes;

• Modelo cognitivo: foco sobre como pensamento


distorcido e avaliações cognitivas irreais afetam
negativamente sentimentos e comportamentos;

(DOBSON et al., 2006)


TERAPIA COGNITIVA

- Aaron Beck (1921 - ) – principal fundador da TC


tinha formação psicanalítica:

• Estado afetivo determinado pela forma como


indivíduo estrutura a realidade;

• Modelo cognitivo: relação reciproca entre afeto e


cognição de modo que se reforçam aumentando a
limitação emocional e cognitiva;

(DOBSON et al., 2006)


TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Descreve conexão entre...


Comportamento

Pensamentos Emoções

Fisiologia

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia


resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Processos cognitivos: afetam os substratos e vias


neurais do SNC – estados emocionais, reações
fisiológicas e comportamentais;

• Processos cognitivos: são afetados por alterações


biológicas;

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

• Processos cognitivos: afetam os substratos e vias


neurais do SNC – estados emocionais, reações
fisiológicas e comportamentais:

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

• Processos cognitivos: afetam os substratos e vias


neurais do SNC – estados emocionais, reações
fisiológicas e comportamentais:

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

• Processos cognitivos: são afetados por alterações


biológicas:

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

• Processos cognitivos: são afetados por alterações


biológicas:

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Experiência individual: composta pela percepção,


aprendizagem prévia, influências interpessoais e
desenvolvimento;

• Atenção seletiva à evidências: crenças e padrões


de interação duradouros, com/sem sentindo e
efetivo ou não;
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Atenção seletiva: crenças e padrões de interação


duradouros, com/sem sentindo e efetivo ou não:

O sr. White passa a maior parte do seu tempo


sozinho. Quando seus amigos o convidam para fazer
algo, ele pensa: “Eles sentem pena de mim”. Fica
irritado e triste, e rejeita o convite. (continua...)

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Atenção seletiva: crenças e padrões de interação


duradouros, com/sem sentindo e efetivo ou não:

Sempre que o sr. White está em uma situação social


com uma mulher, ele se mantém bastante atento a
sinais de críticas. Se ela não responde a algo que
ele diz com um comentário inequivocamente
positivo, ele pensa: “Estraguei tudo” fica triste e pára
de interagir com ela
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Alterações específicas na percepção:

 Pacientes deprimidos pensam de forma negativa


sobre si mesmo, os outros e o futuro;

 Pensamentos causam alterações emocionais,


comportamentais e fisiológicas – sintomas que
mantem o quadro.
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Análise Caso – Sr. White:

Pensa: “Eles sentem


pena de mim”
Recebe convite dos
amigos (positivo)

Fica triste, irritado


(furioso)
Rejeita o convite
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Análise Caso – Sr. White:

 Percepção imprecisa sobre o convite (negativa


ou positiva);

 Reação ao convite (irritação e recusa) “garantirá”


que receba menos convites (“Ele não está
interessado em nós ver”).
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:

• Análise Caso – Sr. White:

 Percepção imprecisa sobre o convite (negativa


ou positiva);

 Reação ao convite (irritação e recusa) “garantirá”


que receba menos convites (“Ele não está
interessado em nós ver”).
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: a psicopatologia
resulta de perturbações no pensamento do paciente:
• Análise Caso – Sr. White:

 Pouca interação com mulheres e busca por


críticas trazem obstáculos para parceira em
potencial;

 Pensamentos automáticos e comportamento


conduzem ao resultado “esperado” (socialmente
inadequado) (SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos;

• (2) Crenças intermediárias;

• (3) Crenças centrais (esquemas).

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Conteúdo refere-se ao self, ao mundo, outras


pessoas e/ou futuro;

 Pacientes deprimidos: são negativos e formam a


“tríade cognitiva”;

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Surgem de forma espontânea e não são


conscientemente dirigidos;

 Quando são negativos produzem afeto disfórico;

 Perturbação psicológica: são falsos ou


parcialmente verdadeiros;
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 São o tipo de pensamento mais facilmente


alterável;

 Testar sua precisão pode levar a melhora dos


sintomas;

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Primeiro passo para mudar é sua identificação;

 Técnica usual: perguntar ao paciente “o que


estava passando pela sua cabeça” discutindo
uma situação difícil e/ou terapeuta percebe
mudança de humor na sessão;
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Segundo passo na mudança é ensinar ao


paciente métodos para testar sua precisão;

 Testar precisão: buscando evidências, gerando


explicações alternativas plausíveis, entre outras;

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Mudança: gerando explicações alternativas


(avaliar se plausíveis), mudança do estado
emocional e grau de crença;

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

 Objetivo: conclusões mais lógicas sobre


evidências (afeto negativo) e obter efeito positivo
sobre o humor e comportamento.

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

O sr. White foi instruído por seu terapeuta a


procurar evidências de que seus amigos tinham um
interesse genuíno por ele e não apenas “sentiam
pena dele”. Com o tempo, ele conseguiu avaliar os
seus relacionamentos e usar essas informações...
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

...para ver que, embora fosse verdade que muitos


de seus amigos se preocupavam com ele desde o
rompimento, eles também estavam interessados
em fazer coisas com ele no meio social antes dele
ter rompido com a sua namorada...
(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos:

...essa compreensão possibilitou que ele aceitasse


alguns convites e, quando saiu com os amigos,
sentiu-se muito melhor.

(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos;

• (2) Crenças intermediárias;

• (3) Crenças centrais (esquemas).

(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (2) Crenças intermediárias:

 Importantes para determinar os significados


(percepção específica) de uma situação/evento;

 São as “regras” que o indivíduo desenvolve ao


longo do tempo;

(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (2) Crenças intermediárias:

 Contêm as expectativas sobre si mesmo, os


outros e orientam o comportamento;

 Segunda função: proteção contra as crenças


centrais;

(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (2) Crenças intermediárias:

 Segunda função: proteção contra as crenças


centrais;

 Ex.: crença central - “Sou incompetente” e


crença intermediaria – “Se tentar agradar a
todos, consigo me dar bem”.
(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (2) Crenças intermediárias:

O sr. White teve a experiência de ser criticado


constantemente pela sua mãe. Ele tambem tinha
vergonha de sua marca de nascença e sentia que
as pessoas criticariam a sua aparência física.
Aprendeu desde cedo que “se as pessoas se...
(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (2) Crenças intermediárias:

...aproximarem de mim, elas me criticarão e


saberão que sou incompetente”. Como esses
pensamentos eram dolorosos, e desenvolver
relacionamentos tinha o potencial de revelar aquilo
que considerava como suas fraquezas terríveis, ele
mantinha as pessoas a distância. (SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (1) Pensamentos automáticos;

• (2) Crenças intermediárias;

• (3) Crenças centrais (esquemas).

(SUDAK, 2008)
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Maior ênfase da terapia nos pensamentos e


comportamentos atuais;

 Modificação das crenças centrais leva a melhora


mais duradoura (maior resistência a estressores
futuros);
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Ativação ou desencadeamento das crenças


centrais por eventos internos ou externos;

 Podem ser negativas ou positivas, funcionais ou


disfuncionais;

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Trabalho com crenças negativas e disfuncionais


que levam a comportamentos compensatórios
(custosos e dolorosos);

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 São aprendidas muito cedo na vida e são


bastante rígidas;

 Experimentadas como a realidade (sendo ou


não);

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Eventos neutros ou pouco adversos sejam


percebidos como devastadores ao individuo;

 Divorcio que pode significar (ativar crença


central) para a pessoa não ser merecedor de
amor e/ou ser inútil;
(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

O sr. White está tomando café com quatro colegas


de aula. Ele faz um comentário sobre um programa
de televisão que viu. Uma das mulheres do grupo
desvia o olhar depois de seu comentário e faz
movimentos com a cabeça para outra pessoa...
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

...do outro lado da sala. Ele se sente envergonhado


e magoado, e seu primeiro pensamento automático
é: “Ela deve pensar que sou um idiota”.
Subitamente, o sr. White pede licença e deixa a
mesa.
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas)

- Análise Caso – Sr. White:

 Comportamento da mulher leva ao pensamento:


“Ela deve pensar que eu sou um idiota”;

 Não há evidências (contra ou a favor) mas afeto


e reação indicam forte crença (inquestionável);
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas)

- Análise Caso – Sr. White:

 Regra que (Se) Não prestam atenção em mim é


porque pensam que sou estúpido;

 Se pensam que sou estúpido, descobriram que


“sou incompetente” (crença central )
(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas)

- Análise Caso – Sr. White:

 Sua crença central “sou incompetente” explica a


reação de sair da mesa subitamente.

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Desenvolvimento de modelo interno para


estruturar e compreender nossas experiências;

 Influência de diferentes fatores: genética,


temperamento, primeiras experiências de vida,
relacionamentos, cultura, traumas entre outros;
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Atuação conjunta desses fatores sobre a forma


como extraímos sentindo das experiências.

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

O sr. White tem influencias evolutivas que


moldaram grande parte da sua visão de mundo.
Sua mãe o criticava, seu pai era ausente, ele não
tinha irmãos que fossem modelos de crenças
alternativas sobre o seu valor, e mal conheceu
suas três irmãs mais velhas. Ele acreditava...
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

...que o sucesso de suas irmãs mais jovens


significava que elas eram capazes e ele não, e que
nunca as alcançaria. Sua estatura e sua marca de
nascença contribuíram para sua crença de que era
diferente e inferior, e, ainda, culturalmente, isso era
reforçado, pois uma estatura baixa...
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

...costuma ser menos desejável, particularmente


em garotos. Quando seus amigos caçoavam dele,
se sentia completamente indefeso e acuado.
Esquiva-se das interações sociais, pois se senti
muito ansioso, levando-o a receber menos atenção
dos adultos envolvidos em sua vida...
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

...e a ter menos amigos. Sua experiência de vida


lhe deu poucos modelos para outros meios mais
efetivos de interações sociais e maneiras mais
objetivas de se avaliar no mundo

(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Importância no desenvolvimento psicológico;

 Crenças e estratégias compensatórias podem ter


função de manutenção e reforço de percepções
distorcidas;

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Manutenção das crenças centrais ao longo do


tempo apesar evidências contrárias;

 Ex.: adolescente: “Sou incompetente” aplica


estratégias de evitação de situações e
comportamentos para não se expor;
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Perda de oportunidades de interação efetivas e


desenvolvimento de déficits que levam a menos
habilidades (socialmente incompetente);

 Manutenção da crença: “Sou incompetente”;

(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Crenças e estratégias compensatórias podem ter


função de manutenção e reforço de percepções
distorcidas;

 Existência predominante de crenças centrais


positivas (percepção de ser boa e efetiva);
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Crenças seletivamente negativas (Ex.: “não


mereço ser amado”) e desenvolvimento de
estratégias para reduzir efeitos reais e a disforia;

 Regra (estratégia): “Se eu cuidar de todos e não


precisar de muita coisa, eu consigo me dar bem”;
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Caso a regra (estratégia) fracasse ou surgem


circunstâncias adversas (Ex.: rompimento de
relacionamento) a crença central pode
predominar;

(SUDAK, 2008)
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Crenças funcionam com filtro sobre os eventos


subsequentes;

 Percepção é distorcida: individuo rejeita ou


distorce evidências que são passiveis de alterar
sua crença;
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Percepção é distorcida: individuo rejeita ou


distorce evidências que são passiveis de alterar
sua crença;

 Ex.: preconceito – atitude e sentimentos sobre


determinadas pessoas;
(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Crença central negativa ativada: processamento


das informações dirigida a manutenção e
fortalecimento da percepção negativa e rejeição
de informações contrárias.

(SUDAK, 2008)
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• (3) Crenças centrais (esquemas):

Quando o sr. White rompeu com a sua namorada,


isso ativou a sua crença de que era socialmente
inadequado e que não merecia amor. Assim como
fazia na infância, sentiu que seria horrível se as
pessoas soubessem isso a seu respeito, e
começou...
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pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

...a compensar afastando se das interações


sociais. Começou a fazer menos coisas e a ter
pouco contato com outras pessoas. Quando seus
amigos o convidam para sair, pensa que eles estão
“fazendo isso por pena” e, portanto, rejeita o
convite.
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- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

... Como eles telefonam cada vez menos, por


causa de suas recusas constantes, considera isso
uma evidência de que não é capaz de ter
interações sociais ou de fazer amigos.

(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Evitação das crenças centrais através de


estratégias compensatórias e evitação de
situações aversivas;

 Crenças centrais não sendo ativadas impede o


trabalho de questionamento da sua validade.
(SUDAK, 2008)
TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- Modelo cognitivo de psicoterapia: perturbação no
pensamento é organizada em três níveis:

• (3) Crenças centrais (esquemas):

 Estratégias como hipervigilância podem levar à


profecia auto-realizáveis;

 Precocidade, rigidez e inflexibilidade das


estratégias compensatórias em pacientes com
transtornos de personalidade.
(SUDAK, 2008)
REFERÊNCIAS

• DOBSON, K. Manual de terapias cognitivo-


comportamentais. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

• GARDNER, H. A nova ciência da mente: uma história


da revolução cognitiva. São Paulo: Editora USP, 1996.

• SUDAK, D.M. Terapia cognitivo-comportamental na


prática. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Obrigado

Psic. Tiago Cardoso Gomes


E-mail: tgomes1601@yahoo.com.br
Cel: (27) 996154460

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