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REDE SOCIAL

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

INDÍCE

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DIAGNÓSTICO CONCELHIO DO CONCELHO DE RIBEIRA DE PENA

 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1.1 - Considerações Iniciais 20


1.2 - Diagnóstico Social 21
1.3 - Agentes envolvidos no processo 24
1.4 - Metodologia 26
1.5 - A Rede Social como Motor de Arranque para o Desenvolvimento Local 29

 CAPÍTULO II– ACESSIBILIDADES E REDE DE TRANSPORTE

2.1 – Enquadramento Territorial 33


2.2 – Acessibilidades 34
2.3 – Redes de Transporte 34
2.4 – SWOT – Acessibilidades e Transporte 36

 CAPÍTULO III– ANÁLISE DEMOGRÁFICA

3.1 – População 38
3.2 – População por Grupos Etários 44
3.3 – Evolução da População por Sexo 46
3.4 – Indicadores Estatísticos 47
3.5 – Nados Vivos/Óbitos 48
3.6 – Taxa de Fecundidade 51
3.7 – População – Grandes tendências 52
3.8 – Migrações 54
3.9 - SWOT – Análise Demográfica 57

 CAPÍTULO IV – FAMÍLIA

4.1 – Caracterização das Famílias 59


4.2 – Tipologia 59
4.3 – Dimensão 61

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4.4 – Famílias Clássicas segundo a estrutura etária dos membros da família 62


4.5 – Famílias Clássicas, segundo o nível de Ensino do representante 64
4.6 – Famílias Clássicas, segundo o tipo de alojamento 64
4.7 - SWOT – Caracterização das famílias 65

 CAPÍTULO V– HABITAÇÃO

5.1 – Habitação 67
5.2 – Alojamentos e Edifícios 68
5.3 – Tipos de Alojamentos 68
5.4 – Alojamentos familiares segundo a forma de Ocupação 68
5.5 - Condições de habitabilidade do concelho 69
5.6 – Habitação Social 71
5.7 - SWOT – Habitação 72

 CAPÍTULO VI– EDUCAÇÃO

6.1 – Educação 74
6.2 – Taxa de Analfabetismo 75
6.3 - Oferta Educativa e Recursos Educativos no Concelho 79
6.4 – Distribuição dos alunos por nível de ensino 81
6.5 – Evolução do número de alunos pelos diferentes níveis de Ensino 83
6.6 – Taxa de ocupação dos equipamentos escolares 84
6.7 – Desempenho Escolar 85
6.8 – Níveis de ensino 86
6.8.1 – Educação Pré-escolar 87
6.8.1.1 – Estabelecimentos de Ensino Pré-Escolar existentes no concelho em
2003/2004 87
6.8.1.2 – Taxa de Ocupação 88
6.8.1.3 - Condições das infra-estruturas de apoio ás escolas do ensino
Pré-escolar 89
6.8.2 – Ensino Básico 91
6.8.2.1 – Caracterização das escolas do 1º Ciclo 93
6.8.2.2 – Evolução do número de alunos 94
6.8.2.3 – Taxa de Ocupação 94

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6.8.2.4 – Taxa de Retenção no Ensino Básico 95


6.8.2.5 - Condições das Infra-estruturas de Apoio do Ensino Básico 95
6.8.2.6 – Estado de Conservação das Escolas o 1º Ciclo do Ensino Básico 97
6.8.3 – Ensino Básico – 2º e 3º Ciclo e Secundário 97
6.8.3.1 –Caracterização das escolas do 2 e 3 Ciclo e Secundário 97
6.8.3.2 - Condições das infra-estruturas de apoio ás escolas do 2º, 3º Ciclo e
Secundário 99
6.8.3.3 – Ensino Básico – 2º Ciclo 99
6.8.3.4 – Ensino Básico – 3º Ciclo 102
6.8.3.5 – Ensino Secundário 105
6.8.4 – Ensino Profissional 108
6.8.5 - Ensino Recorrente e Educação Extra-escolar 108
6.8.6 – Transporte Escolar 109
6.8.7 – Apoio Psicológico Desenvolvido no âmbito Escolar 110
6.8.8 – Acção Social Escolar 112
6.8.9 – Alunos Subsidiados 112
6.8.10 – Principais Problemáticas a Nível da Educação 113
- Baixos Níveis de Educação e Formação 113
- Abandono Escolar Precoce 114
- Importância da Escola para o aluno Versus família 115
6.8.11 - SWOT – Educação 119

 CAPÍTULO VII– EMPREGO

7.1 – Emprego 121


7.2 – Taxa de Actividade 122
7.3 - Dinâmica Empresarias versus Desenvolvimento Local 127
7.4 - Alguns indicadores Demográficos 129
7.4.1 - Percentagem de Poder de Compra 129
7.4.2 - Indicador per Capita 129

 CAPÍTULO VIII – DESEMPREGO

8.1 – Desemprego 132

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8.2 - Centro de Emprego de Basto 139


8.2.1 - Desemprego no concelho de Ribeira de Pena, Dados oficiais do Instituto
de Emprego e Formação Profissional. 139
8.2.2 -Movimento registado no Centro de Emprego do Basto relativamente ao
concelho de Ribeira de Pena. 140
8.3 – Aspectos a Reter 143
8.4 – Conclusões 144
8.5 – SWOT – Emprego/Desemprego 146

 CAPÍTULO IX – SAÚDE

9.1 – Indicadores de Saúde 148


9.2 - Estabelecimentos de Saúde 150
9.3 – Estabelecimento de Saúde em Ribeira de Pena 151
9.4 - Centro de Saúde de Ribeira de Pena 152
9.4.1 Ficha Técnica 152
9.5 - Toxicodependência e Alcoolismo e Violência doméstica 157
9.5.1 – Toxicodependência 157
9.5.2 – Alcoolismo 157
9.5.3 – Violência Doméstica 160
9.5.4 – Negligência Parental 161
9.6 - Farmácias 161
9.7 – SWOT - Saúde 162
 CAPÍTULO X– ACÇÃO SOCIAL

10.1 - Acção Social 164


10.2 - Instituições Que Prestam Serviço na Área Social 164
10.2.1 – Acção Social da Câmara Municipal 164
1 - População Idosa
a) Cartão do Idoso 170
2 – Habitação
a) SOLARH 171
b) Apoio às Habitações Degradadas 172

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3 - Crianças e Jovens
a) Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco 174
b) Incentivo à Natalidade 176
c) Bolsas de Estudo a alunos do Ensino Superior 176
d) Acção Social Escolar 177

e) Programa OTL – Ocupação de Tempos Livres 177


4 – População em Geral
a) Projecto de Luta Contra a Pobreza 178
b) Rede Social 180
c) Poc’s/ Trabalhadores Subsidiados 180
d) UNIVA – Apoio à População Desempregada 180
10. 3 - Instituições Particulares de Solidariedade Social e Associações de Cariz Social,
Existentes no Concelho de Ribeira de Pena 181
10.3.1 – IPSS 181
a) Apoio a Terceira Idade 184
1 - Lares de Terceira Idade 184
2 - Centros de Dia 186
3 - Serviço de Apoio Domiciliário 187
4 - Centro Comunitário 188
b) Crianças e Jovens 189
1 - Creche 190
2 - Estabelecimento De Educação Pré-Escolar 191
3 - Actividades De Tempos Livres – ATL 192
10. 4 – A Acção Social da Segurança Social 197
1 - Infância/Juventude 198
1.1 – Medidas e Programas promovidos pela Acção Social da Segurança
Social 198
1.1.1 – Amas 198
1.1.2 - Acolhimento Familiar 199
1.1.3 Intervenção junto das Instituições Particulares de
Solidariedade Social/Cooperação 200

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1.2 - Medidas e Programas desenvolvidos pela Acção Social do ISSS e


por outras entidades 201
1.2.1- Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação
Pré-escolar 201
1.2.2 - Programa “SER CRIANÇA” 201
1.2.3 - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo 203
2 - Idosos e Adultos Dependentes/Deficientes 203
2.1 - Pensionistas 203
2.2 - População Portadora de Deficiência 204
2.3 – População Dependente no concelho de Ribeira de Pena 206
2.4 – Medidas e Programas desenvolvidos pela acção Social da Segurança
Social 212
2.4.1 – Acolhimento de Idosos e Pessoas com Deficiência 212
2.4.2 – Serviço de Apoio Domiciliário 213
3 - Família e Comunidade
3.1 – Medidas e Programas Desenvolvidos pela Acção Social da
Segurança Social 213
3.1.1 - Atendimento/Acompanhamento Social 214
3.1.2 – Ajudas Técnicas 214
3.1.3 – Rendimento Mínimo de Inserção (RSI) 215
3.1.4 – Programa de Luta Conta a Pobreza 215
10.6.– SWOT – Acção Social 216
 CAPÍTULO XI – CULTURA; DESPORTO E LAZER
11.1 - Associações Desportivas, Recreativas e Culturais no Concelho de
Ribeira De Pena 218
11.1 - Instalações Desportivas 226
11.2 - Espaços Verdes 227
11.3 - Espaços Culturais 228
11.4 – Festas e Romarias 228
11.5 - SWOT – Associativismo (Cultura Desporto e Lazer) 231
 CAPÍTULO XII – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
 CAPÍTULO XIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

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 CAPÍTULO XIV – BIBLIOGRAFIA


 CAPÍTULO XV – ANEXOS

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INDÍCE DOS QUADROS

Quadro n.º 1 – Serviços de transportes público, em Ribeira de Pena, em 2001


Quadro nº 2 – Distribuição da população por freguesias – Ribeira de Pena
Quadro nº3 - População residente e população presente entre 1991 e 2001 por
freguesias
Quadro nº 4 - Evolução da população Residente no concelho de Ribeira de Pena entre
1950 e 2001.
Quadro nº 5 – População Presente e Residente em 1991 e 2001 por freguesias.
Quadro nº 6 – População por faixas etárias em 1991 e 2001
Quadro n.º 7 – Evolução da população residente por sexo – Ribeira de Pena
Quadro n.º 8 – Evolução da Taxa de Natalidade/Mortalidade por zona geográfica
(Permilagem)
Quadro nº 9 – Nados Vivos/óbitos de 1992 a 2001
Quadro n.º 10 – Nados Vivos por freguesia de 2001 a 2005
Quadro n.º 11 – Óbitos e Nados-mortos s por sexo e freguesia de 2001 a 2005
Quadro nº 12 – Nados-Vivos, segundo a Idade da Mãe no concelho de Ribeira de Pena
Quadro nº 13 Taxa de Fecundidade entre 1998 e 2002 por região
Quadro nº 14 – Índices de Envelhecimento 1991,2001, 2002, 2003 por Região
Quadro nº 15 – Indicadores Demográficos – Índice de Dependência e Índice de
Envelhecimento 1991,2001, 2002, 2003 por Região
Quadro nº 16 – Emigração e Taxa Bruta de Emigração entre 1960 a 1988
Quadro nº 17 – População Residente, segundo as migrações (relativamente a
99/12/31), por concelho de residência habitual em 2001/03/12
Quadro º 18 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem no
concelho em Ribeira de Pena em 1991e 2001
Quadro nº 19 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem na
região Norte em 1991e 2001
Quadro nº 20 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem na
região Tâmega em 1991e 2001
Quadro n.º 21 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem no
concelho em Ribeira de Pena em 1991e 2001

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Quadro n.º 22 - Distribuição de famílias clássicas por freguesia em 2001 e sua


percentagem
Quadro nº 23 – Famílias Clássicas segundo a sua estrutura etária em 2001
Quadro nº24 - Famílias Clássicas, segundo o nível de ensino do representante
Quadro nº 25 - Famílias Clássicas segundo o tipo de alojamento
Quadros nº26 – Alojamentos e Edifícios em Ribeira de Pena, 1991 e 2001
Quadro nº27 – Distribuição por Tipos de Alojamento
Quadro nº28 – Alojamentos Familiar segundo a forma de ocupação em 2001
Quadro nº29 – Alojamentos por Freguesias – Ribeira de Pena
Quadro nº 30 – Edifícios por Freguesias – Ribeira de Pena
Quadro nº31 – Taxa de Cobertura Infra-estruturas Básicas, em Ribeira de Pena , e a
sua variação percentual entre 1991 e 2001.
Quadro nº32 - Alojamentos Familiares Ocupados como Residência Habitual, segundo
as Instalações Existentes (Electricidade e Instalações Sanitárias) nos Alojamentos no
concelho de Ribeira de Pena em 2001
Quadro nº 33 – Alojamentos Familiares Ocupados como Residência Habitual,
segundo as Instalações Existentes (água canalizada /sistemas de esgotos/sistemas
de aquecimento Central/cozinha) nos Alojamentos no Concelho de Ribeira
Quadro nº34 – Taxa de Analfabetismo por Zona Geográfica – 1991/2001
Quadro nº 35 - Nível de Instrução da População do Concelho de Ribeira de Pena , do
Tâmega, Norte e Portugal em 2001
Quadro nº36 – População Residente segundo o Nível de Ensino, em 2001
Quadro n.º 37 – Agrupamentos Escolares existentes em Ribeira de Pena em
2004/2005
Quadro nº38 – Locais onde é administrado cada nível de Ensino
Quadro nº39 – Repartição dos alunos pelos vários Níveis e Redes de Ensino (Ano
lectivo de 2003/2004)
Quadro nº 40 - Taxa de ocupação dos Equipamentos escolares (Equipamentos e
Alunos)
Quadro nº41 - Indicadores de desempenho escolar em 2001
Quadro n.º 42 - Jardins-de-infância no concelho em 2003/2004
Quadro n.º 43 – Taxa de cobertura por freguesias

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Quadro n.º 44 - Equipamentos de apoio a escolas do Ensino Pré-escolar


Quadro nº 45 - Caracterização da Escolas de Ensino Básico – 1º Ciclo no Concelho
em (2003/2004)
Quadro nº 46 - Evolução do Número de alunos no 1º Ciclo do Ensino Básico desde
1994 a 2004 no concelho de Ribeira de Pena
Quadro n.º 47 – Taxa de Retenção no 1º Ciclo
Quadro n.º 48 - Equipamentos de apoio às escolas Públicas do 1º Ciclo
Quadro n.º 49 – Número de alunos/sala, alunos/turma e professores nas escolas com
2º e 3º ciclos Básico, no ano lectivo de 2003/04.
Quadro n.º 50 – Taxa de ocupação das escola com 2º e 3º ciclo e Secundário de
Ribeira de Pena no ano lectivo 2003/04
Quadro n.º 51 – Caracterização das infra-estruturas de apoio nas escolas 2º, 3º Ciclo e
Secundário
Quadro n.º 52 – Evolução do Número de alunos Matriculados no 2º Ciclo do Ensino
Básico entre os Anos Lectivos de 1994/95 e 2003/2004
Quadro n.º 53 - Taxa de Retenção e Taxa de Abandono de 2000 a 2003
Quadro n.º 54 – Evolução do Número de alunos Matriculados no 3º Ciclo do Ensino
Básico entre os Anos Lectivos de 1994/95 e 2003/2004
Quadro n.º 55 - Taxa de Retenção e Taxa de Abandono de 2000 a 2003
Quadro n.º 56 – Número de alunos, Matriculados, por Ano de Escolaridade no Ensino
Secundário, no ano Lectivo de 2003/2004
Quadro n.º 57 - Evolução dos alunos matriculados no Ensino Secundário desde
1994/95 a 2003/0
Quadro n.º 58 – Evolução da Taxa de Retenção do Secundário, por ano de
escolaridade entre os anos lectivos de 2000/01 a 2002/03 e a Média
Quadro n.º 59 – Evolução da Taxa de Abandono do Secundário, por ano de
escolaridade entre os anos lectivos de 2000/01 a 2002/03 e a Média
Quadro nº 60 – Alunos que beneficiam de transporte escolar e sua percentagem no
ano lectivo de 2003/2004
Quadro n.º 61 - Síntese dos alunos em acompanhamento psicológico pelos diferentes
níveis de Ensino no ano lectivo de 2004/2005

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Quadro n.º62 - Taxas de Abandono Escolar, Saída Antecipada e Saída Precoce no ano
2001, em Ribeira de Pena Tâmega e Continente
Quadro n.º 63 - Códigos de Actividade Económica
Quadro nº 64 - População Economicamente Activa no concelho de Ribeira de Pena
Quadro nº 65 - População Economicamente Activa, por Zona geográfica, em 2001
Quadro nº66 - Taxa de Actividade em Ribeira de Pena, em 1991 e 2001, segundo o
sexo (%)
Quadro nº67 - População Economicamente activa e Empregada, por CAE, segundo a
Zona Geográfica, em 2001.
Quadro nº68 - Distribuição da População por Sectores de Actividade (Ribeira de
Pena)
Quadro nº 69 – População empregada segundo o tipo de profissão em Ribeira de
Pena
Quadro n.º 70 – População Residente, com 15 ou mais anos, segundo o grupo etário,
por condição perante a actividade económica (sentido lato) nível de instrução e sexo,
no Concelho de Ribeira de Pena
Quadro nº 71 - Percentagem do Poder de Compra por Região em 1993 a 2002
Quadro nº 72 – Indicador per Capita por Região em 1993 a 2002
Quadro nº73 - População Desempregada por sexo, por Zona Geográfica, em 2001
Quadro nº 74 - População desempregada segundo a condição de procura de emprego
e sexo em 2001
Quadro n.º 75 – População Desempregada segundo o principal meio de vida em 2001
Quadro n.º76 - População residente, por freguesia, segundo a condição perante a
actividade económica (%)
Quadro n.º 77 -Taxa de desemprego, por freguesia, em 1991 e 2001
Quadro n.º 78 – População Residente, Desempregada (sentido lato), segundo o grupo
etário, por Nível de Instrução e Sexo, no Concelho de Ribeira de Pena
Quadro n.º 79 - População Residente (sentido lato) , segundo a condição de procura
de emprego e grupos etários, no Concelho de Ribeira de Pena
Quadro n.º 80 - Número de Beneficiários de prestações de desemprego, por zona
geográfica, em 2004.

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Quadro n.º 81 – Desemprego, registado no concelho de Ribeira de Pena segundo o


Género, o tempo de inscrição e a situação face à procura de emprego de Março de
2005 a Março de 2006
Quadro n.º 82 – Desemprego registado no concelho de Ribeira de Pena segundo o
grupo etário de Março de 2005 a Março de 2006
Quadro nº 83 – Desemprego registado no concelho de Ribeira de Pena segundo os
Níveis de Ensino de Março de 2005 a Março de 2006
Quadro nº 84 – Desempregados inscritos por motivos de inscrição de Março de 2005
a Março de 2006
Quadro nº 85– Taxa de Mortalidade no concelho de Ribeira de Pena em 1991/2000
Quadro nº 86 - Estabelecimentos de Saúde por Zona Geográfica em 2001
Quadro nº87 - Indicadores de Saúde em 2003
Quadro nº 88 – Centros de Saúde e suas extensões por concelho, 2003
Quadro nº 89 -Médicos por concelho de Residência, segundo a especialidade por
concelho em 2003
Quadro nº 90 – Centros de Saúde e suas extensões por concelho, 2003
Quadro nº91 - Percentagem de Bebedores Excessivos por Distrito
Quadro nº92 - Farmácias e Profissionais de Farmácia por Zona Geográfica, em 2001
Quadro n.º 93 - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Ribeira de
Pena
Quadro nº 94 – População com 65 anos ou mais em 1991/2001 e sua variação
Quadro nº 95 – População com 0 a 14 anos ou mais em 1991/2001 e sua variação
Quadro nº 96 – Indicadores Demográficos – Índice de Dependência e Índice de
Envelhecimento, Índice de dependência de jovens e idosos em 2001, no concelho de
Ribeira de Pena
Quadro nº97 - Lares - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005
Quadro nº98 – Centros de Dia - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005
Quadro nº99 – Serviço de Apoio Domiciliário - Capacidade, Utilização e Lista de
Espera, em 2005
Quadro nº100 Taxa de Cobertura de Equipamentos de Apoio à Infância
Quadro nº101 – Creche - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005
Quadro nº102 – Pré-escolar – Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005

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Quadro nº103 – ATL – Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Quadro n.º 104 - Famílias de Acolhimento de crianças
Quadro n.º 105 - Famílias de Acolhimento de crianças
Quadro n.º 106 – Crianças em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de
Pena
Quadro n.º 107 – Crianças em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de
Pena (Freguesias)
Quadro n.º 108 - Pensionistas por invalidez, velhice e sobrevivência em 31.12 de 2004
por área geográfica
Quadro nº109 - Percentagens de Pensões e Reformas por situação social, por área
geográfica
Quadro n.º 110 - População Residente com Deficiência, segundo o Grau de
Incapacidade e Sexo no Concelho de Ribeira de Pena (2001)
Quadro n.º 111 - População Residente Segundo o Tipo de Deficiência no Concelho de
Ribeira de Pena (2001)
Quadro n.º 112 - População Residente Deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o
Tipo de Deficiência, por Principal Meio de Vida no Concelho de Ribeira de Pena
(2001)
Quadro 113 - Percentagem de Dependentes no concelho por Grupo Etário em 2006
Quadro nº 114 – Dependentes por freguesias em 2006
Quadro nº 115 – Dependentes por Faixa Etária e Freguesia onde residem no concelho
de Ribeira de Pena em 2006
Quadro nº 116 – Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Freguesia e Grau
de Dependência em 2006
Quadro nº 117 – Dependentes no Concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde
Permanecem e Grupo Etário em 2006
Quadro nº 118 – Dependentes no Concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde
Permanecem e Grau de Dependência em 2006
Quadro n.º 119 - Famílias de Acolhimento de idosos/adultos dependentes
Quadro n.º120 – Idosos/Adultos Dependentes em Famílias de Acolhimento no
concelho de Ribeira de Pena

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Quadro n.º 121 – Idosos em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de Pena


(Freguesias)
Quadro n.º 122 – Adultos Dependentes em Famílias de Acolhimento no concelho de
Ribeira de Pena (Freguesias)
Quadro nº 123 - Caracterização das Associações desportivas, recreativas e culturais
existentes do Concelho
Quadro nº 124 - Actividade das Colectividades do Concelho
Quadro n.º125 - Caracterização das actividades praticadas por cada Associação no
concelho
Quadro nº 126 - Oferta de equipamentos desportivos no concelho de Ribeira de Pena
Quadro n.º127 - Espaços Verdes existentes no concelho de Ribeira de Pena
Quadro n.º 128 - Espaços culturais no concelho de Ribeira de Pena
Quadro nº129 - Festas e Romarias realizadas no Concelho de Ribeira de Pena

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INDÍCE DOS GRÁFICOS


 Gráfico n.º 1 - Distribuição de áreas por freguesias
 Gráfico n.º 2 – Evolução da População no concelho de Ribeira de Pena
 Gráfico nº 3– Evolução da população da população residente entre 1950 e 2001
 Gráfico nº 4 – Pirâmide etária da população residente em 1991 em Ribeira de Pena
 Gráfico nº 5 – Pirâmide etária da população residente em 2001 em Ribeira de Pena
 Gráfico nº 6 – População residente por sexo em 1991 e 2001 em Ribeira de Pena
 Gráfico nº 7 – Evolução da Natalidade e Mortalidade de 1991 a 2000
 Gráfico nº 8 – Taxa de Crescimento Natural por zona Geográfica
 Gráfico nº9 – Nados-Vivos, segundo a idade da Mãe entre 2000 e 2003.
 Gráfico nº10 – Taxa de Fecundidade em Ribeira de Pena de 1998 até 2002.
 Gráfico nº 11 – Índice de Envelhecimento em Ribeira de Pena de 1991 até 2003.
 Gráfico nº12 – Emigração em Portugal: Total, Permanente e Temporária entre 1976 e
2003
 Gráfico nº 13 – Total de famílias por freguesias em 1991 e 2001
 Gráfico nº14 – Famílias Clássicas segundo a sua estrutura etária
 Gráfico nº 15 – Percentagem de famílias clássicas unipessoais com ind. 65 anos ou
mais e famílias clássicas unipessoais em 1991 e 2001
 Gráfico nº 16 – Taxa de Analfabetismo em 1991/2001 por região.
 Gráfico nº 17 – Percentagem de População que sabe ler/População que não sabe
escrever em 2001
 Gráfico nº 18 – População que sabe ler/População que não sabe escrever por sexo em
2001
 Gráfico nº 19 – Distribuição da oferta Público/Privado em 2003/2004
 Gráfico nº20 – Número de alunos por ano de escolaridade em 2003/2004
 Gráfico nº21 – Percentagem de alunos por níveis de Ensino 2003/2004
 Gráfico nº22 – Evolução do número de alunos matriculados na rede publica e Privada
no concelho de Ribeira de Pena no ano lectivo de 1994/95 até 2003/04.
 Gráfico n.º 23 - Taxa de ocupação dos estabelecimentos de Ensino pré-escolar
 Gráfico n.º 24 - Estado de conservação das infra-estrutura
 Gráfico nº 25 - Percentagem de equipamentos de apoio ás escolas do Ensino Pré-
escolar

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

 Gráfico n.º 26 – Número de alunos, Professores, Salas e Turmas nas Escolas do 1º


Ciclo do Ensino no ano lectivo de 2003/2004
 Gráfico n.º 27 - Evolução dos alunos do 1º Ciclo do Ensino desde 1994 a 2004
 Gráfico nº 28 – Taxas de Retenção nos 2º ano, 3º ano e 4º ano do 1º Ciclo do Ensino
Básico
 Gráfico nº 29 – Estado de conservação dos edifícios das Escolas do 1º Ciclo
 Gráfico n.º 30 – Evolução no Número de Alunos desde 1994/1995 a 2003/04
 Gráfico n.º 31 – Evolução da Taxa de Retenção do 2º Ciclo, por ano de escolaridade,
desde 2000/01 até 2002/03 e a Média
 Gráfico n.º 32 – Evolução da Taxa de Abandono do 2º Ciclo, por ano de escolaridade,
desde 2000/01 até 2002/03 e a Média
 Gráfico n.º 33 – Evolução no Número de Alunos desde 1994/1995 a 2003/04
 Gráfico n.º 34 – Evolução da Taxa de Retenção do 3º Ciclo, por ano de escolaridade,
desde 2000/01 até 2002/03 e a Média
 Gráfico n.º 35 – Evolução da Taxa de Abandono do 3º Ciclo, por ano de escolaridade,
desde 2000/01 até 2002/03 e a Média
 Gráfico n.º 36 – Evolução dos Alunos Matriculados no Ensino Secundário desde
1994/95 a 2003/04
 Gráfico nº 37 – Percentagem de alunos que beneficiam de transporte escolar
 Gráfico nº 38 – Alunos Subsidiados por Agrupamento escolar no Concelho de Ribeira
de Pena, no ano lectivo de 2003/2004
 Gráfico nº 39 – Percentagem de alunos Subsidiados por Agrupamento escolar no
Concelho de Ribeira de Pena, no ano lectivo de 2003/2004
 Gráfico nº40 – Percentagem das profissões dos Pais/Encarregados de Educação em
2003/2004
 Gráfico nº 41 – Número de vezes que os pais vem a escola – Percentagem
 Gráfico nº 42 – Nível de ensino que os pais gostariam que o filho estudasse
 Gráfico n.º 43 – Taxa de actividade em 2001/1991
 Gráfico nº 44 – População economicamente activa e empregada por zona geográfica
 Gráfico nº 45 – Distribuição da população activa por sectores de actividade
 Gráfico nº 46 - Percentagem de população empregada, por nível de ensino, em 2001
 Gráfico n.º 47 - Taxa de Desemprego por sexo e região em 1991
 Gráfico nº 48 - Taxa de Desemprego por sexo e região em 2001

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

 Gráfico nº 49 – Número de óbitos no concelho de Ribeira de Pena desde 1992 a 2002


 Gráfico nº 50 – Óbitos segundo a causa de Morte no Concelho de Ribeira de Pena em
1999.
 Gráfico nº51 - Taxa de Mortalidade (Alcoolismo) por zona geográfica em 2002
 Gráfico n.º 52 – Esperança de Vida à Nascença nos anos
1960,1970,1975,1980,1985,1990,1995,2000,2002 em Portugal
 Gráfico n.º 53 – Número de filhos por mulher em,1972,1977,1982,1987,1992,1997,2002
 Gráfico nº 54 - Número de dependentes/Percentagem por grupo etário no concelho em
Ribeira de Pena
 Gráfico nº 55 – Percentagem de Pessoas Dependentes por Sexo no Concelho de
Ribeira de Pena em 2006
 Gráfico nº 56 – Dependentes por Sexo e freguesia no concelho de Ribeira de Pena em
2006
 Gráfico nº 57 – Dependentes por faixas etárias e freguesias onde residem no concelho
de Ribeira de Pena em 2006
 Gráfico nº 58 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde
permanecem e Grupo etário em 2006
 Gráfico nº 59 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde
permanecem e sexo em 2006
 Gráfico nº 60 – Actividade das Associações no concelho de Ribeira de Pena
 Gráfico n.º61 - Distribuição dos Equipamentos Desportivos por freguesia

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CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

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1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Em Portugal existem várias entidades de caracter público, semi-público e privada que


desenvolvem actividades de âmbito da solidariedade social e que, através das suas acções particulares,
visam acima de tudo a melhoria da qualidade de vida dos mais desfavorecidos. São muitas vezes
responsáveis pelo despertar de interesse pelas dinâmicas de desenvolvimento comunitário, na medida
em que pressupõem o trabalho em parceria, promovem a implementação e crescimento de uma forte
cultura de cooperação.
Nesta medida, o Município de Ribeira de Pena, interessado na melhoria da qualidade de vida e
no bem estar da comunidade, tem debruçado a sua acção nos problemas de caracter social através da
promoção de políticas sociais activas que permitam intervir no processo social do concelho.
O concelho de Ribeira de Pena tem vindo a desenvolver algumas experiências de trabalho em
parceria nomeadamente, através da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, do
Rendimento Mínimo Garantido e do Projecto “Vento Solidário”- Projecto de Luta contra a Pobreza. Tem-
se verificado através destas experiências a partilha de iniciativas, bem como a rentabilização de esforços
como forma adequada para à consciencialização dos problemas e, por consequente, para a resolução
dos mesmos.
Foi nesta perspectiva, e com o intuito de alargar já o trabalho de parceria desenvolvido, que foi
formalizada a candidatura ao Programa Rede Social.
A REDE SOCIAL criada pela Resolução de Ministros n º 197/97, de 18 de Novembro tem como
objectivo a participação concertada, permitindo que os promotores de diferentes projectos se integrem
num projecto mais global, mais eficaz na resolução dos problemas, e que paralelamente promova
sinergias e active os meios e agentes necessários e capazes de lhe dar reposta.

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1.2 - DIAGNÓSTICO SOCIAL

“Para agir é necessário conhecer”

“O Diagnóstico Social é o primeiro instrumento de um bom plano, ao permitir uma compreensão


da realidade social que inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e
respectivas causalidades, bem como dos recursos e das potencialidades locais, que constituem reais
oportunidades de desenvolvimento”. (1999:7.2)
Este Relatório, pretende ser um elo de ligação do documento anteriormente realizado, o Pré-
Diagnóstico. Assim o Pré-Diagnóstico serviu como um ponto de partida para uma análise mais complexa
e aprofundada do concelho de Ribeira de Pena.
O Pré-Diagnóstico permitiu obter um primeiro olhar sobre a realidade de Ribeira de Pena, bem
como caracterizar o concelho nas mais diversas áreas e apercebermo-nos de alguns problemas e
dificuldades com que se confronta o concelho do ponto de vista do desenvolvimento social. Mais ainda,
permitiu-nos um conhecimento mais alargado dos recursos e potencialidades disponíveis no concelho de
Ribeira de Pena de forma a desenvolver uma intervenção mais concertada e eficaz sobre os problemas
e dificuldades existentes no concelho.
O objectivo principal do Diagnóstico Social será identificar as problemáticas apontadas pelos
parceiros locais dentro do concelho, bem como apontar possíveis propostas de intervenção para a
resolução dos mesmos.
Assim, nesta óptica, o Diagnóstico Social deverá assentar na consolidação do trabalho em
parceria e na co-responsabilização. Revela-se como fundamental para a realização de um plano de
actuação eficiente e sustentado e plenamente participado colocando assim em marcha os princípios
básicos em que assenta a Rede Social, nomeadamente, o princípio da participação. Este princípio apela
à participação activa dos agentes envolvidos no processo, isto é, às associações e entidades locais de
forma a promover a coesão social e combate a Pobreza e a Exclusão Social.
Defende ainda que a participação e o envolvimento das pessoas é condição fundamental para
qualquer processo de desenvolvimento pois, só estas é que podem determinar quais são as
necessidades prioritárias.
Assim sendo, nesta óptica os indivíduos são vistos no processo de desenvolvimento como
objectos e como sujeito desse desenvolvimento. Com isto, o processo de desenvolvimento passa a ser
encarado como um desenvolvimento de pessoas auto-determinadas em promover a igualdade e o

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benefício das comunidades envolvidas no processo aproveitando para tal as potencialidades e os


recursos endógenos o respeito democrático pela identidade e a própria vontade das populações.
Assim podemos dizer com toda a certeza que a produção do Diagnóstico Social foi realizada
tendo em conta toda a filosofia de base que norteia o programa Rede Social, ou seja, o combate à
pobreza e a exclusão social através do desenvolvimento de redes de cooperação entre o sector público
e privado, da participação e co-responsabilização dos agentes locais de forma a desencadear
mecanismos de respostas capazes de erradicar os problemas locais.

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Programa Rede Social

Objectivo Geral da Rede Social

Combater a Pobreza e
Exclusão Social numa
perspectiva de Promoção
do Desenvolvimento Social

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Realizar um diagnóstico Social do Concelho de Ribeira de


Pena que permita conhecer a realidade actual

Conhecer o
concelho a nível Rentabilização
demográfico, O Diagnóstico dos recursos
económico, social vai humanos e
e cultural materiais
Permitir: existentes no
concelho

Identificar os problemas
Conhecer de forma mais existentes no concelho,
aprofundada as instituições assim como as
sociais, desportivas e potencialidades e
culturais do concelho ao nível constrangimentos ao
das actividades que Procurar desenvolvimento
desenvolve, das dificuldades respostas sociais
na realização dessas aos problemas
actividades , e apoios detectados
necessários para a realização
das mesmas

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1.3 - AGENTES ENVOLVIDOS NO PROCESSO

Um dos princípios em que assenta a Rede social é a promoção da coesão social,


nomeadamente através do estabelecimento de parcerias locais tendo em vista uma intervenção social
concertada e organizada. Este trabalho em parceria pressupõem uma co-responsabilidade e interacção
de todos os actores sociais envolvidos que deverão ser capazes, depois de delinear uma estratégia
consensual e comum para cada acção, de a por em prática e reforçar de certa maneira os seus
objectivos de intervenção particulares.

A realização do Diagnóstico Social implicou uma intervenção a dois níveis:

1 – Conselho Local de Acção Social, que envolve 36 entidades locais, sendo que 16 são instituições
públicas e 20 são instituições privadas de solidariedade social;
2 – Núcleo Executivo, que integra um representante das seguintes entidades: Câmara Municipal de
Ribeira de Pena, Serviço Local de Segurança Social; Centro de Emprego e Formação Profissional do
Arco de Baúlhe, Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena, Associação Pisão Louredo.

Identificação da População Alvo e seus representantes:

1 - Presidente do Conselho de Acção Social de Ribeira de Pena


Entidade Representante Cargo
Município de Ribeira de Pena Agostinho Pinto Presidente da Câmara Municipal de Ribeira
de Pena

2 - Núcleo Executivo da Rede de Ribeira de Pena


Entidade Representante Cargo
Município de Ribeira de Pena Carla Correia Técnica da Rede Social

Serviço Local de Segurança Social Beatriz Pereira Técnica Superior de Serviço Social

Centro de Emprego e Formação Profissional do Arco de Baúlhe Joaquim Carvalho Oliveira Director
Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena Ana Paula da Costa Conselho Directivo

Associação Pisão Louredo Daniel Cardoso Secretário

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3 - Conselho Local de Acção Social de Ribeira de Pena


Entidade Representante Cargo

Município de Ribeira de Pena Carla Correia Técnica da Rede Social

Serviço Local de Segurança Social Beatriz Pereira Técnica Superior de Serviço Social
Centro de Emprego e Formação Profissional de Basto Joaquim Carvalho Oliveira Director

Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena Ana Paula da Costa Conselho Directivo


Associação Pisão Louredo Daniel Cardoso Secretário

Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena João Pereira Provedor


Irmandade Nossa Senhora da Misericórdia de Cerva Joaquim Albertino da Costa Provedor

Centro de Saúde de Ribeira de Pena Paulino Rodrigues Director


Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Rib. De Pena João Pereira Presidente

Agrupamento das Escolas de Cerva Carlos Neto Presidente do Conselho Executivo


Guarda Nacional Republicana de Ribeira de Pena Comandante

Guarda Nacional Republicana de Cerva Comandante


Junta de freguesia de Alvadia Serafim Faria Presidente

Junta de Freguesia de Canedo Guilherme Barreiro Presidente


Junta de Freguesia de Limões António Guilherme Dinis Presidente

Junta de Freguesia de Salvador Joaquim Alves Pinto Presidente


Junta de Freguesia de Cerva Marcial Rodrigues Presidente

Junta de Freguesia de Santo Aleixo José Pacheco Almeida Presidente


Junta de Freguesia de Santa Marinha António Leite Teixeira Presidente

Casa do Povo de Ribeira de Pena Braulio Manuel Ferreira Presidente


Pároco da freguesia de Alvadia Fernando José da Costa Pároco

Pároco da freguesia de Limões Joaquim Albertino da Costa Pároco


Pároco da freguesia de Cerva Joaquim Albertino da Costa Pároco

Pároco da freguesia de Salvador Fernando Silva de Matos Pároco


Pároco da freguesia de Santa Marinha Fernando Silva de Matos Pároco

Pároco da freguesia de Santo Aleixo de Além Tâmega Fernando Silva de Matos Pároco
Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – APAV de Vila Real Elisa Brite

Grupo de tecelagem de Limões Maria Ester Presidente


Associação de pais e encarregados de Educação Amadeu Lamelas da Silva Presidente

Grupo Desportivo de Ribeira de Pena Manuel Costa Presidente


Agrupamento 689 da CNE Escuteiros Carlos Pinto

Núcleo da Cruz Vermelha de Ribeira de Pena Adelaide Noronha Presidente


Cáritas Diocesana de Vila Real Joaquim Costa Presidente

Associação Cultural e Recreativa de Balteiro Manuel Marques Presidente


Fundo Social e cultural dos Servidores da Câmara Municipal de Ribeira de Julieta Pinto Presidente
Pena

Associação Cultural “Os Artesãos da Trofa”. Maria Georgina Vilela Presidente


Associação Amigos de Asnela Amadeu Silva Presidente

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1. 4 - METEDOLOGIA

A realização do Diagnóstico Social revela-se uma tarefa complexa, impondo-se para tal a
utilização de metodologias de trabalho capazes de consolidar a multidimensionalidade dos fenómenos
sociais. O Diagnóstico Social Concelhio pressupõe a adopção de uma metodologia de planeamento
integrada e participada onde os actores sociais envolvidos se revelam fundamentais para o conhecimento
das situações problemáticas e para a resolução dos mesmos.
Em termos metodológicos, este documento foi elaborado tendo em conta a informação já
recolhida no processo de elaboração do Pre-diagnóstico. Dentro dos métodos e das técnicas destacam-se:
a análise documental e estatística, recolha de informação junto de informadores privilegiados, bem como a
aplicação de um inquérito aos 7 Presidentes de Juntas de Freguesias do concelho de Ribeira de Pena
com o intuito de complementar a informação já existente. Paralelamente, também foram aplicados
inquéritos a todos os parceiros do CLASRP com o objectivo de delimitar as áreas de estudo. Embora no
Diagnóstico seja focada a generalidade do Concelho, dá-se primazia às áreas que se mostram mais
problemáticas.
Apresenta-se de seguida, as técnicas aplicadas e respectivos públicos alvos utilizados nesta fase
de elaboração do Diagnóstico Social:

Inquérito por Questionário:


∆ 7 Inquéritos aplicados aos Presidentes de Junta. Teve como objectivo obter um conjunto de
informações que permitisse definir áreas de intervenção ao nível social.
∆ 4 Inquéritos aplicados aos Párocos das Freguesias do concelho – estes inquéritos tiveram a
mesma finalidade dos supracitados. Estes interlocutores revelam-se importantes, dada a proximidade
que estabelecem com a comunidade e o conhecimento que detêm dela.
∆ 2 Inquéritos aplicados aos Agrupamentos Escolares existentes no concelho. O agrupamento
Escolar de Ribeira de Pena e o Agrupamento escolar de Cerva. Teve como finalidade obter um conjunto
de informações que permitisse delinear as áreas de intervenção ao nível social escolar.
∆ 1 Inquérito aplicado ao Centro de Saúde de Ribeira de Pena e sua extensão. Teve como
principal objectivo a obtenção de dados referentes a temática da saúde.

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∆ 2 inquéritos aplicados as IPSS existentes no concelho, com o objectivo de recolher


informação sobre o funcionamento e abrangência da instituição quer a definição de áreas de intervenção
social.
∆ Inquéritos às Associações Desportivas, Culturais e Recreativas identificadas como tendo
estatuto, embora seja do nosso conhecimento a existência de outras associações com algum dinamismo
mas que ainda não estão legalizadas. Contudo podemos observar que o número que responderam ao
inquérito foi reduzido, por tal a caracterização das instituições foi feita mediante os inquéritos
respondidos. O objectivo deste inquérito centrava-se no conhecimento da dinâmica de cada associação,
nomeadamente através do número de sócios, do tipo de actividades desenvolvidas, dos recursos físicos
e humanos, das instalações e equipamentos e das fontes de financiamento.

Fontes de informação

Para a realização de qualquer documento, neste caso específico o Diagnóstico Concelhio, a


recolha de informação e as suas fontes são fundamentais para a sua credibilidade e sustentação.
Posto isto, para a elaboração deste estudo recorreu-se não só das informações exógenas, mas
também de informações e fontes endógenas ao concelho de Ribeira de Pena de modo a conhecer e
compreender melhor os problemas do concelho. Importa acrescentar ainda que as várias fontes de
informação aqui accionadas nos permitiu não só realizar analises quantitativas como também nos
permitiu fazer análises de carácter qualitativo.
De seguida será apresentado um esquema síntese das fontes utilizadas para a realização do
diagnóstico.
De referir também que a realização deste Diagnóstico Social concelhio contou com alguns
constrangimentos, nomeadamente a demora das instituições em responder às nossas solicitações, nas
respostas aos inquéritos (alguns dos quais ainda não foram entregues), no fornecimento de dados por
parte da Serviço Distrital da Segurança Social de Vila Real e outro tipo de informação fundamental para
a concretização deste trabalho.
Face a isto, torna-se premente que haja uma mudança de atitude por parte dos parceiros
envolvidos na Rede de maneira a proporcionar uma maior cooperação/envolvimento entre os parceiros
locais e o Núcleo Executivo que colabora no Conselho Local de Acção Social (CLAS), para que deste
modo sejam traçadas as estratégias de intervenção do Plano de Desenvolvimento Social (PDS) e
posteriormente no Plano de Acção.

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FONTES DE INFORMAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO:

INE
INSTITUTO IEFP ESCOLAS
NACIONAL DE DE DO
ESTATÍTICA BASTO CONCELHO

PRESIDENTES CDSS
DE DIAGNÓSTICO SERVIÇO
JUNTAS DE SOCIAL LOCAL DE
FREGUESIAS CONCELHIO RBP

CENTRO MUNICÍPIO IPSS


DE DE EXISTENTES
SAÚDE DE RIBEIRA DE NO
RBP PENA CONCELHO

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1.5 - A REDE SOCIAL COMO MOTOR DE ARRANQUE PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL

Hoje em dia o processo de Desenvolvimento deve ser entendido como um processo


multidimensional que alcance desde as infra-estruturas materiais até as preocupações com o bem-estar
social dos indivíduos O bem-estar deverá ser um conceito sempre presente em todas as políticas.
Assiste-se cada vez mais a um afastamento entre as noções de crescimento e de desenvolvimento de
intervenção.
Com efeito, não deve entender-se o desenvolvimento apenas numa óptica de crescimento
económico, deixando de lado os aspectos sociais e humanos. O desenvolvimento deve integrar ambas
as componentes, privilegiando um conjunto de acções que incidam sobre os acessos e as infra-
estruturas, sobre o tecido empresarial e as actividades económicas, mas também sobre factores sociais
como as mentalidades e cultura.
A participação e o envolvimento da população são a chave para o sucesso de projectos de
desenvolvimento, tornando-os mais humanos e mais igualitários. Daí a importância dada a novos
actores no processo de desenvolvimento, como é o caso da sociedade civil e de novos actores políticos
que actuam para construir novas formas de poder de base territorial que visem uma ajustada distribuição
do poder político ao nível local. Este processo traduz-se no envolvimento de novas estruturas de tomada
de decisão, que se articulem territorialmente e nas diversas escalas.
O Desenvolvimento deve ser pensado de forma integrada envolvendo estratégias globalizantes
mas de intervenção local. É com este intuito que surge a Rede Social. Uma política social activa,
abrangente, com aplicação nacional, com materialização e concretização ao nível local, ou seja, a nível
do concelho e a nível das freguesias.
A Rede Social tem como objectivo central a racionalização e territorialização de respostas e
procura soluções a novos processos de exclusão social e problemáticas emergentes.
Nesta medida este Programa lançado a nível nacional pressupõem uma intervenção local, isto
porque é a nível local que os problemas surgem e é a nível local que deverão ser encontradas soluções
para os mesmos, de maneira integrada e ajustada conforme as necessidades da comunidade.
A Rede Social intervém sobre a realidade e sobre a dimensão local de modo a potencializar as
especificidades do meio, respeitando a diversidade cultural, promovendo a criação de emprego, fixando
as populações visando como prioritário a melhoria da qualidade de vida das populações. É neste sentido
que tem de ser entendida a Rede Social, e que se implementa um desenvolvimento social e local
sustentado.

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Ou seja, falar em desenvolvimento local é, antes de mais, falar num processo de diversificação e
enriquecimento das actividades quer económicas, quer sociais de um determinado território, mobilizando
e coordenando os seus próprios recursos e as suas próprias sinergias.
Ao longo tempo foi possível observar a importância acrescida que têm assumido as redes de
cooperação e parcerias no processo de desenvolvimento. As redes de cooperação, entre as iniciativas
locais, funcionam como elementos extremamente importantes no favorecimento de novas práticas de
desenvolvimento. Assim, será o resultado dos esforços da população de uma determinada região, que
pressupõe a existência de um Projecto de Desenvolvimento Integrado as suas diferentes componentes
económicas, sociais e culturais.
As comunidades locais são hoje encaradas como lugares privilegiados para a transformação da
própria realidade social, na medida em que a participação e o envolvimento das próprias populações é
não só visto como um objectivo mas também como uma condição para o processo de desenvolvimento,
que se torna tanto ou mais importante como a própria resolução dos problemas a ele inerentes.
Com isto, o processo de desenvolvimento passa a ser encarado como um desenvolvimento de
pessoas auto-determinado em promover igualdade e o benefício das comunidades envolvidas no
processo, aproveitando para tal, as potencialidades e os recursos endógenos e o respeito democrático
pela identidade e a própria vontade das populações.
.

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CAPÍTULO II – ACESSIBILIDADES E REDE DE


TRANSPORTES

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Ribeira de Pena “Concelho com características mistas de vale e montanha espalhadas nas
suas várias freguesias sendo a situação específica da Vila sede de concelho praticamente
um caso á parte, protegida que está numa concha natural disposta à margem esquerda do
Tâmega”.(In Monografia de Pena).

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2.1 - ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

O concelho de Ribeira de Pena situado a noroeste de Portugal na região Norte de Portugal e


sub-região do Tâmega, é limitado a Norte pelo concelho de Boticas, a sul pelos concelhos de Vila Real e
Mondim de Basto a Este pelo concelho de Vila Pouca de Aguiar, e a Noroeste pelo concelho de
Cabeceiras de Basto.
Ribeira de Pena constitui, conjuntamente com Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços, Vila
Pouca de Aguiar, o Agrupamento de Municípios do Alto Tâmega abrangendo uma área total de 2.922
Km2; isto é 13,7% da superfície total da região norte de Portugal. Fazem parte do agrupamento de
municípios do Alto Tâmega 155 freguesias, com uma área média de 19 Km2, e em conjunto com o
agrupamento de municípios do Vale do Douro do Norte constituem o distrito de Vila Real.
O Alto Tâmega situa-se na região do Alto Trás-os-Montes inserida na classificação do NUTT III,
faz fronteira a Norte com a Galiza, mais concretamente com a província de Ourense, a sul, com o
agrupamento de municípios do Vale Douro Norte, a Este com a Terra Quente e Fria Transmontana, e a
Oeste com os agrupamentos do Vale de Lima, Alto Cavado e Alto Ave.
O concelho de Ribeira de Pena é constituindo por sete freguesias (Alvadia, Canedo, Cerva,
Limões, Salvador, Santa Marinha e Santo Aleixo de Além Tâmega) estendendo-se por uma área de
cerca de 217,6Km2. Este concelho ocupa 8,3% da área total da Região do Tâmega e 1,0% da área total
da Zona Norte. Apresenta uma densidade populacional de 34,1 hab. /Km2, sendo o valor mais baixo
dentro da sub-Região do Tâmega.
Figura n.º 1 – Localização e enquadramento do concelho de Ribeira de Pena

Fonte: Município de Ribeira de Pena

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2.2 – ACESSIBILIDADES

A rede viária no Concelho é composta por um vasto conjunto de caminhos e estradas


municipais, sendo o território do concelho também atravessado por uma estrada nacional (EN 206) que
faz a ligação do concelho de Vila Pouca de Aguiar ao Arco de Baúlhe e ainda à Auto Estrada A7/IC5,que
liga a Vila Nova de Famalicão ao IP3,em Vila Pouca de Aguiar, passando entre Cerva e Salvador. A
Auto- estrada (A7/IC5) é uma via estruturante importante para a política de ordenamento do território,
possuindo um Nó na Portela de Santa Eulália, onde se situa a novíssima Zona Industrial. Este nó
permite a efectiva ligação da A7 com a rede municipal através da ligação à EN 206.
Uma via de grande importância distribuidora no concelho é a EN 312 que permite a ligação norte
–sul de Ribeira de Pena, ligando o concelho de Boticas a Modim de Basto. Esta via, na parte Norte, que
liga Boticas a Salvador sofreu intervenção quer a nível de traçado, quer a nível do pavimento em virtude
das intempéries sofridas nos últimos terem degradado parcialmente o pavimento.
O troço Sul, que liga a EN 206 a Mondim de Basto, passando pela freguesia de Cerva, tem um
traçado bastante sinuoso e sem pontos de ultrapassagem, o que faz aumentar o tempo de percurso
nesta ligação. Ao nível de pavimento ainda se encontra em bom estado, apesar de já ter sido executado
há onze anos. De acrescentar ainda, que este troço esta a ser alvo de um projecto que visa introduzir
alterações ao seu traçado e ao melhoramento da sua plataforma.

2.3 – REDES DE TRANSPORTES

No quadro apresentado abaixo são apresentadas as empresas existentes no concelho de


Ribeira de Pena que prestam serviço público de transporte.

Quadro n.º 1 – Serviços de transportes público, em Ribeira de Pena, em 2004

Empresa Tipo de Serviço Localização


Familiatur – Viagens e Turismo Autocarro (viagens para o estrangeiro) Salvador
Filipetur – Viagens Turismo Lda. Autocarro (viagens para o estrangeiro e transportes escolares) Salvador
Praça de Táxis Táxis Salvador
Praça de Táxis Táxis Cerva

Fonte: Estudos realizados no âmbito da Rede Social.

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Relativamente ao tema dos transportes em 2002 foram vendidos em Ribeira de Pena, 71


automóveis. Dos concelhos que fazem parte da região do Tâmega foi o concelho com o menor número
de automóveis vendidos. Já no que diz respeito aos acidentes de viação com vítimas foi aquele onde se
registaram menos acidentes (10 acidentes) em 2003.

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2.4 Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Acessibilidades e Rede de Transportes

Forças Fraquezas
 Localização privilegiada;  Rede de transporte insuficiente, principalmente no
 Construção do A7/ IC5; meio rural;
 Elevado número de táxis em Cerva e Ribeira de  Deteriorização de estradas e caminhos municipais
Pena; e caminhos rurais;
 Elevado número de autocarros da Câmara.  Falta de unidades hoteleiras;
 Falta de Miradouros;
 Falta de parque de campismo na freguesia de
Cerva ;
 Caminhos rurais desajustados (estreitos e por
arranjar)

Oportunidades Ameaças
 A7/ IC5;  Interioridade sofrida;
 Localização geográfica;  Baixo nível de desenvolvimento Económico;
 Surgimento de novos sectores de mercado;  Baixo PIB;
 Valorização dos recursos endógenos;  Fluxo de pessoas estranhas ao meio com
 Maior Fluxo de turistas; possibilidade de progressão do crime organizado.
 Desenvolvimento do sector terciário (hotelaria,
restauração, serviços e comércio).
 Áreas industriais

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CAPÍTULO III – ANÁLISE DEMOGRÁFICA

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3.1 – POPULAÇÃO

O concelho de Ribeira de Pena situa-se na sub-região do Tâmega integrando-se na


classificação de NUT III – Nomenclatura da Unidade Territorial, à qual pertencem, Amarante, Baião,
Cabereiras de Basto, Castelo de Paiva, Celourico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de
Canaveses, Mondim de Basto, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende. Este concelho possui a
superfície de 217, 6 Km2, ocupa 8,3 % da área total da região do Tâmega e 1,0 % da área total da Zona
Norte. Fazem parte deste concelho 7 Freguesias. A saber: Alvadia, Canedo, Cerva, Limões, Santo
Aleixo de Além Tâmega, Salvador e Santa Marinha. Cerva é a freguesia que apresenta uma maior área,
cerca de 41,19 Km2, seguido da freguesia de Salvador com cerca de 40, 73 Km2, encontram-se entre as
mais pequenas a freguesia de Santo Aleixo de Além Tâmega que apresenta valores de 12,7% Kms e a
freguesia de Limões que tem cerca de 18,85%.

Gráfico n.º 1 - Distribuição de áreas por freguesias

Área KM2 por Freguesia

41,19 40,73
45
36,16
40 33,73 34,41

35

30

25 18,85

20
12,37
15

10

0
Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Santa Santo Aleixo
Marinha de Além
Tâmega

Fonte: INE, Censos de 2001.

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Mapa do Concelho de Ribeira de Pena

Fonte: Município de Ribeira de Pena

Naturalmente que entre freguesias registam-se diferentes níveis de densidade populacional em


termos de área. Verificamos uma maior concentração de população em Cerva 2607 habitantes (61,7
hab. /Km2) distribuídos por uma área 41,19 Km2 e Salvador 2573 habitantes (63,6 hab. /Km2)
distribuídos por uma área 40,73 km2.

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Quadro n.º2 - Distribuição da população por freguesias – Ribeira de Pena


Freguesias N.º de habitantes Área/Freguesia Densid.Pop. Aldeias/Lugares
Km2 Hab/Km2 Da Feguesia
Alvadia
Alvadia 220 34.56 6,4 Favais
Lamas
Alijó
Canedo
Canedo 507 39.47 12,8
Penalonga
Seirós
Adoria
Agunchos
Alvite
Amarante
Asnela
Assureira
Barreiro
Cabo da Costa
Cabriz
Canda
Casas Novas
Cerva
Eirinha da lomba
Escoureda
Cerva 2.607 47.28 55,1 Feira da Lomba
Fontela
Formoselos
Minas de S.João
Mourão
Outerinho
Penaformosa
Praça
Quinta do Torto
Qintela
Ribeira do casal
Rio Mau
São João
Seixinhos
Vitória
Cavadal
Tojais
Azeveda
Limões 393 17.02 22,3
Carvalahais
Limões
Macieria

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Freguesias Nº de habitantes Área/Freguesia Densid.Pop. Aldeias/Lugares


Km2 Hab/Km2 Da Freguesia
Senra
Salvador
Friúme
Ruvial
Caminho
Daivões
Trofa
Bacelar
Reboriça
Escarei
Cavalinho
Brunhedo
Bustelo
Portela S. Eulalia
Sta. Eulália
Póvoa
Vilarinho
Salvador 2.573 39.02 65,9 Balteiro
Bela Vista
Bouça
Bounilho
Cancela
Carido
Carvalhas
Chão da Cruz
Concelho
Olaria
Periro
Quinta de Baixo
Ribeira de Cima
S. Salvador
Fontes do Ruival
Sobreira
Venda Nova
Entrocamento
Santa Marinha
Melhe
Viela
Paço
Fragalhinha
Simães
Granja Nova
Fonte Mouro
Cruz
Abelheira
Choupica
Amarelos
Santa Marinha 665 12.49 53.2 Ouro
Capão
Boavista
Aldeia Douro
Cardunho
Ferreiros
Granja Velha
Lamedo
Padrozelos
Seixas
Sabrado
Sabrado Velho
Tuande
Bragadas
Santo Aleixo 447 32.56 13,7 Manscos
Santo Aleixo
Fonte: Censos 2001 – Tratamento de dados ADRAT

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Dada a sua interioridade, este concelho apresenta um quantitativo demográfico bastante inferior
à média nacional. Se tivermos em conta a NUT a que pertence este concelho (NUT III – Tâmega)
constatamos que na maioria dos concelhos apresentam uma perda demográfica. O concelho de Ribeira
de Pena não sendo o mais pequeno em termos de área, é o que apresenta menos população. A
densidade populacional é para a Sub-região do Tâmega de 209,45 Hab/km2 e de 34,1 hab/km2 para o
concelho de Ribeira de Pena.
Num concelho fortemente marcado pela desertificação e pelo envelhecimento populacional
registou entre 1991 e 2001 um decréscimo populacional de cerca 1128 habitantes, apresentando uma
variação negativa de – 12,8% a mais baixa de toda a sub-região do Tâmega.

Quadro nº3 - População residente e população presente entre 1991 e 2001 por freguesias

Região População Residente População Presente População Residente População Presente


em 1991 em 1991 em 2001 em 2001

Concelho de Ribeira de
8540 8250 7412
Pena 7067
Fonte: INE, Censos de 2001.

Gráfico n.º 2 – Evolução da População no concelho de Ribeira de Pena

Evolução da População no concelho entre 1950 e 2001

14000

12000

10000

8000
Rib. Pena
6000

4000

2000

0
1950 1960 1970 1981 1991 2001

Fonte: INE (Censos 1960,1970,1981,1991 e 2001).

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Fazendo agora uma análise retrospectiva relativamente à população residente no concelho nas
últimas décadas, verificamos que o concelho sofreu uma grande perda populacional. Nestes últimos 50
anos perdeu cerca de 41% da população. Esta quebra populacional pode ser explicada pelo fenómeno
da emigração (grande parte da população residente emigrava em busca de melhores oportunidades e
condições de vida). Como podemos constatar através da observação dos valores apresentados no
quadro nº 4, esta quebra populacional tem maior incidência na década de 60, época em que se
intensificaram os fluxos migratórios. Todas as freguesias do concelho de Ribeira de Pena apresentam
um decréscimo populacional.

Quadro nº 4 - Evolução da população Residente no concelho de Ribeira de Pena entre 1950 e 2001.

Freguesias 1950 1960 1970 1981 1991 2001


Alvadia 498 500 398 446 329 220
Canedo 1363 1468 1145 889 642 507
Cerva 4148 4332 3525 3811 2676 2607
Limões 910 919 695 688 481 393
Salvador 3445 3609 2715 3214 2895 2573
Santa Marinha 1317 1398 910 1039 853 665
Santo Aleixo 999 1083 765 709 628 447
Total 12580 13309 10145 10796 8504 7412
Fonte: INE (Censos 1960,1970,1981,1991 e 2001).

Gráfico nº 3 – Evolução da população da população residente entre 1950 e 2001

E v o luç ã o da P o pula ç ã o R e s ide nt e no C o nc e lho de R ibe ira de P e na e nt re 1 9 5 0 e


2001

14000

12000

10000 1950
1960
8000 1970
1981
6000 1991
2001
4000

2000

0
A l vad ia C aned o C er va Limõ es Sal vad o r Sant a Sant o R ib . Pena
M ar i nha A l ei xo

Fonte: INE (Censos 1960,1970,1981,1991 e 2001).

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No quadro nº 5 poder-se-á verificar como se distribui o quantitativo demográfico (população


Presente/Residente) concelhio pelas freguesias que dele fazem parte em 2001.

Quadro n.º 5 – População Presente e Residente em 1991 e 2001 por freguesias.

População População População População


Região Residente em % Presente em % Residente em % Presente em %
1991 1991 2001 2001

Concelho de
8540 100 8250 100 7412 100 7067
Ribeira de Pena 100
Alvadia 329 3,8 328 3,9 220 2,9 217 3
Canedo 642 7,5 627 7,6 507 6,8 491 6,9
Cerva 2676 31,3 2739 33,9 2607 35,1 2454 34,7
Limões 481 5,6 463 5,6 393 5,3 358 5
Salvador 2895 33,8 2659 33,2 2573 34,7 2457 34,7
Santa Marinha 853 9,9 840 10,1 665 8,9 661 9,3
Stº Aleixo de
628 7,3 594 7,2 447 6,0 429 6
Além Tâmega

Fonte: INE , Censos de 2001.

Assim pela observação do quadro acima apresentado podemos retirar as seguintes


conclusões:
• Todas as freguesias perderam população entre 1991 e 2001 quer população presente quer
população residente;
• A freguesia de Cerva (2607 hab.) e do Salvador (2573 hab.) são as que concentram mais
população;
• A freguesia menos populosa é Alvadia (220 hab.);
• A freguesia que perdeu mais população residente de 1991 para 2001 foi Salvador (-236
Residentes).

3.2 – POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS

De seguida é apresentada a distribuição da população por faixas etárias segundo os Censos de


1991 e 2001.
Quadro n.º 6 – População por Faixas Etárias em 1991 e 2001
Região Total 0 a 14 Variação 15 a 24 Variação 25 aos 64 Variação 65 ou Variação
H M anos entre 1991 anos entre 1991 anos entre 1991 mais entre 1991 e
e 2001 e 2001 e 2001 2001
Rib. 2001 3615 3655 1203 1078 3507 1624
- 40 % -22,7 % -5,1 % 16,6 %
Pena 1991 4254 4250 2023 1394 3694 1393
Fonte: INE, Censos de 2001.

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Gráfico n.º 4 – Pirâmide etária da população residente em 1991 em Ribeira de Pena

Fonte: INE, Censos de 2001.

Gráfico n.º 5 – Pirâmide etária da população residente em 2001 em Ribeira de Pena

Fonte: INE, Censos de 2001.

Posto isto, podemos referir:

1) Pela observação dos gráficos, o concelho de Ribeira de Pena espelha a tendência nacional do
aumento do escalão etário dos mais idosos, ou seja, o fenómeno global de envelhecimento
populacional;

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2) Diminuição da população nas faixas mais jovens o que desencadeia fenómenos de


desertificação principalmente nas zonas mais rurais;
3) Fenómeno do “duplo envelhecimento” da estrutura etária, na medida que estamos perante um
incremento do seu número de idosos, o que se traduz num envelhecimento da pirâmide no topo
por um lado, e por outro se assiste a um decréscimo de habitantes nas faixas etárias mais
jovens o que nos remete desde logo para um envelhecimento na base.

3.3 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO

No seguimento desta nossa análise importa ter em linha de conta a evolução da população
residente por sexo no concelho. Do quadro abaixo apresentado podemos concluir que a diferença entre
ambos os sexos é quase nula, contudo em 2001 o sexo feminino reunia mais efectivos com cerca de
3725 mulheres.

Quadro n.º 7 – Evolução da população residente por sexo – Ribeira de Pena


População Residente em 1991 População Residente em 2001
Concelho HM Homens % Mulheres % HM Homens % Mulheres %
Ribeira de
8504 4254 50 4250 50 7412 3687 49,7 3725 50,2
Pena
Fonte: INE: Censos 2001

Gráfico n.º 6 – População residente por sexo em 1991 e 2001 em Ribeira de Pena

Fonte: INE: Censos 2001

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3.4 – INDICADORES ESTATÍSTICOS

De seguida são apresentadas as taxa de natalidade e Mortalidade no Concelho de Ribeira de


Pena.
Quadro n.º 8 – Evolução da Taxa de Natalidade/Mortalidade por zona geográfica (Permilagem)

Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade


Concelho 1991 2001 1991 2001
Ribeira de
9,44 8,2 14,56 16,5
Pena

Tâmega 15,5 13 8,33 7,6

Norte 13,17 11,3 9,07 8,7

Fonte: INE: Censos 2001

Pela observação do quadro acima exposto podemos concluir que a tendência verificada no
concelho de Ribeira de Pena quanto a taxa de mortalidade é inversa à registada na região Norte e na
sub-região do Tâmega.
Isto porque a taxa de crescimento natural no concelho de Ribeira de Pena regista um saldo
negativo, visto que apresenta uma taxa de mortalidade superior a taxa de natalidade.

Gráfico nº 7 – Evolução da Natalidade e Mortalidade de 1991 a 2000

Fonte: INE: Censos 2001

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Gráfico n.º 8 – Taxa de Crescimento Natural por zona Geográfica

TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL

RIBEIRA DE PENA -5,6

TÂMEGA 5,2

NORTE 2,6

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6

Fonte: INE: Censos 2001

Como podemos observar, o concelho de Ribeira de Pena apresenta uma taxa de crescimento
natural negativa, ou seja, o número de nascimentos é inferior ao número de óbitos o que reforça a ideia
desde logo que estamos perante um concelho com população bastante envelhecida.

3.5 – NADOS VIVOS/ÓBITOS

Como já foi referido anteriormente, o concelho de Ribeira de Pena registava em 2001 segundo
os Censos, uma taxa de mortalidade superior à taxa de natalidade, o que traduz desde logo um
concelho com forte peso da população idosa do que propriamente com população jovem.
Observando o quadro nº 9, verificamos que ao longo dos anos espelhados no quadro, que o
saldo natural foi sempre negativo com excepção do ano de 1994 que apresenta um saldo natural
positivo mas pouco significativo.
Quadro nº 9 – Nados Vivos/óbitos de 1992 a 2001
Anos Nados-Vivos Óbitos Saldo Natural
2001 60 120 - 60
2000 70 114 - 44
1999 66 83 - 17
1998 56 88 - 32
1997 61 92 - 31
1996 67 105 - 38
1995 77 115 - 38
1994 91 88 3
1993 85 115 - 30
1992 82 121 - 39
Fonte: INE, Censos 2001

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Quadro n.º 10 – Nados Vivos por sexo e freguesia de 2001 a 2005

Freguesia 2001 2002 2003 2004 2005


M F M F M F M F M F
Alvadia 2 0 0 1 2 0 0 0 0 2
Canedo 1 0 0 0 2 2 0 2 1 2
Cerva 8 11 8 11 23 12 7 10 11 12
Limões 3 0 0 3 0 1 0 2 1 1
Salvador 11 4 11 12 12 9 6 5 10 11
Santa Marinha 0 2 4 2 1 1 1 3 3 2
S.to Aleixo de Além Tâmega 0 0 2 4 2 3 0 2 0 0
Total 25 17 25 33 42 28 12 21 26 26
Fonte: Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Quadro n.º 11 – Óbitos e Nados-mortos s por sexo e freguesia de 2001 a 2005

Freguesia 2001 2002 2003 2004 2005


M F M F M F M F M F
Alvadia 2 3 2 0 1 0 0 4 0 0
Canedo 2 3 4 4 2 1 1 1 3 5
Cerva 6 3 5 9 8 7 6 6 10 4
Limões 0 1 0 2 2 0 0 1 2 1
Salvador 14 8 7 5 10 5 18 11 10 12
Santa Marinha 3 3 8 3 1 2 1 1 2 3
S.to Aleixo de Além Tâmega 2 1 5 4 3 5 6 0 2 1
Total 29 22 31 25 27 20 33 24 29 26
Fonte: Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Resumindo:

1) O número de óbitos foi, ao longo das últimas décadas, superiores ao número de nados vivos,
isto é o saldo natural do concelho apresenta-se sempre negativo;
2) O decréscimo da taxa de natalidade está intimamente relacionado com a limitação do número
de filhos concebidos por jovens casais;
3) Emancipação da mulher no mercado de trabalho, o que condiciona o papel da mulher enquanto
mãe;
4) Participação activa da mulher no sistema de ensino, o que origina a que as mulheres criem um
seio familiar muito mais tarde limitando assim o número de filhos;
5) Limitações feitas pelo casal por razões económicas (preferindo ter apenas um filho);

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6) O Concelho necessita de promover um desenvolvimento económico sustentado que vise a


fixação das populações mais jovens e de maneira a colmatar a desertificação;

Quadro nº 12 – Nados-Vivos, segundo a Idade da Mãe no concelho de Ribeira de Pena

2000 2001 2002 Total


-15 - - - -
15-19 anos 11 2 6 19
20-24 anos 16 9 12 37
25-29 anos 18 11 18 47
30-34 anos 13 14 13 40
35-39 anos 10 11 7 28
40-44 anos 2 1 4 7
45-49 anos - - - -
50 ou + anos - - - -
Fonte: INE, Censos 2001

Como podemos observar o maior número de nascimentos no ano de 2002 ocorreram na faixa
etária entre 25-29 anos e 30-34 anos. Assim temos 18 nascimentos para o primeiro intervalo e 13
nascimentos para o segundo. Já no ano de 2000 as faixas etárias onde se registaram maior número de
nascimentos foram entre 20-24 anos e 25-29 anos. Podemos constatar também, existe a tendência para
o prolongamento da idade de ser mãe o que por sua vez vai limitar o número de filhos.

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Gráfico nº9 – Nados-Vivos, segundo a idade da Mãe entre 2000 e 2003.

Nados-Vivos, segundo a Idade da Mãe

50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50 ou +
-15
anos anos anos anos anos anos anos anos
2000 0 11 16 18 13 10 2 0 0
2001 0 2 9 11 14 11 1 0 0
2002 0 6 12 18 13 7 4 0 0
Total 0 19 37 47 40 28 7 0 0

Fonte: INE, Censos 2001

3.6 – TAXA DE FECUNDIDADE

Quadro n.º 13 – Taxa de Fecundidade entre 1998 e 2002 por região


ANOS
REGIÃO
1998 1999 2000 2001 2002

NORTE 44,8% 45,0% 45,9% 42,8% 42,8%

TÂMEGA 53,6% 52,3% 52,1% 47,9% 47,9%


RIBEIRA DE PENA 29,6% 34,8% 37,7% 26,0% 35,9%
Fonte: INE, Censos 2001

Tal como podemos verificar através dos dados apresentados no quadro n.º 13, a taxa de
fecundidade tem vindo a diminuir ao longo dos anos. A difusão de novos métodos de contracepção, a
actividade profissional da mulher, a afirmação social e profissional, a dificuldade em conciliar a vida
profissional e familiar, bem como a alteração de modelos familiares tradicionais são alguns factores
explicativos dos fenómenos apresentados.

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Gráfico nº10 – Taxa de Fecundidade em Ribeira de Pena de 1998 até 2002.

Taxa de Fecundidade - Ribeira de Pena

40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
1998 1999 2000 2001 2002

Fonte: INE, Censos 2001

3.7 – POPULAÇÃO – GRANDES TENDÊNCIAS

O envelhecimento demográfico é encarado como sendo o fenómeno mais relevante do século


XXI. Isto porque tem implicações ao nível da esfera socio-económica, bem como produz alterações que
se reflectem a nível individual e em novos modos de vida. Estamos perante o fenómeno de
envelhecimento demográfico quando existe um aumento das pessoas idosas no total da população.
Contudo, também se pode falar em envelhecimento quando há uma diminuição do número de
idosos (pessoas com 65 anos ou mais) sendo apenas necessário que as outras faixas etárias diminuam
mais de maneira a que a proporção de idosos no total da população seja superior. Antigamente
pensava-se que a principal causa do envelhecimento residia na diminuição da mortalidade.
Contudo, hoje associa-se este fenómeno outras causas explicativas, como sendo a diminuição
da fecundidade (provoca efeitos directos na dimensão dos efectivos mais jovens) e os fluxos migratórios
internos e externos (provoca efeitos directos e imediatos na estrutura etária, principalmente na
população em idade activa na medida em que os nascimentos são transferidos para outros locais). O
envelhecimento da população portuguesa tem vindo a acentuar-se quer pela base da pirâmide etária,
com a diminuição da população jovem, quer pelo topo com o incremento da população idosa.
Em Portugal a quantidade de pessoas com 65 anos ou mais duplicou nos últimos quarenta anos.
Em 1960 tínhamos 8%,em 1981 era de 11%, em 1999 de 14% e em 2001 cerca de 16%. O processo de
envelhecimento demográfico estende-se a todo o território nacional, contudo, é nos concelhos do interior

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do país que este se faz mais notar. As assimetrias mantém-se entre o litoral com uma população mais
jovem, e o interior, com a população mais idosa. Exemplo disto, é o concelho de Ribeira de Pena que
apresenta uma variação populacional negativa, contrariando a tendência da região do Tâmega. Posto
isto, e de forma a compreender melhor a evolução da população, importa reter alguns indicadores
demográficos nomeadamente o Índice de Envelhecimento e Dependência.
Assim, entre 1981 e 2001 segundo a indicação dos Censos 2001, verificamos que o Índice de
Envelhecimento aumentou para mais do dobro. De 45 idosos em 1981, passamos em 2003 para 109
idosos por cada 100 jovens, isto significa que o número de idosos no país é superior ao número de
jovens. Pela analise dos valores abaixo apresentados nota-se que estamos perante uma população
bastante envelhecida, sobretudo no concelho de Ribeira de Pena, região que detém os valores mais
elevados.

Quadro nº 14 – Índices de Envelhecimento 1991,2001, 2002, 2003 por Região


REGIÃO ANOS
1991 2001 2002 2003
PORTUGAL 73,5% 107% 108% 109%

NORTE 51,7% 79,8 % 84% 86%

TÂMEGA 39,7% 56,7% 60% 61%


RIBEIRA DE PENA 68,9% 135% 147% 157%
Fonte: INE, Censos 2001

Gráfico nº 11 – Índice de Envelhecimento em Ribeira de Pena de 1991 até 2003.

Índice de Envelhecimento - Ribeira de Pena

180,00%
160,00%
140,00%
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
1991 2001 2002 2003

Fonte: INE, Censos 2001

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Relativamente ao Índice de Dependência dos idosos verificamos que este aumentou de 1991
para 2003 principalmente em Ribeira de Pena. Nos restantes índices observamos que é o concelho de
Ribeira de Pena que possui os valores mais elevados.

Quadro nº 15 – Indicadores Demográficos – Índice de Dependência e Índice de Envelhecimento em 2001 por Região
Região
Indicadores
Portugal Norte Tâmega Ribeira de Pena

Índice de Envelhecimento 107% 79,8% 56,7% 135%

Índice de Dependência Total 47,7% 45,9% 48,2% 61,7%

Índice de Dependência Jovens 23,3% 25,5% 30,7% 26,2

Índice de Dependência Idosos 24,4% 20,4% 17,4% 35,4%

Fonte: INE, Censos 2001.

3.8 – MIGRAÇÕES

Na continuação do estudo sobre a evolução populacional não podíamos deixar de referir o forte
impacto das migrações no crescimento da população portuguesa. Portugal era visto como um país
tradicionalmente de emigração, contudo, com a alteração dos fluxos migratórios na década de 90,
passou a ser um pais de forte imigração o que originou um saldo migratório intersencitário (1991-2001)
positivo.
“No contexto das migrações internacionais, de acordo com a informação disponível referente ao
período de transição do século XX para o século XXI, a componente imigratória passou a ter maior
proporcionalidade no saldo migratório externo. No entanto, a emigração portuguesa total não passou a
ser irrelevante, os valores têm oscilado nos últimos anos, entre 20 000 e 30 000 ocorrências, ou seja
Portugal passou a ser uma placa giratória de movimentos migratórios: saem cidadãos nacionais para os
habituais países de destino da emigração portuguesa e entram os cidadãos estrangeiros originários
maioritariamente dos países africanos de língua portuguesa, do Brasil , dos países de leste e do extremo
oriente”. (INE: Censos 2001).
Embora não existam registos exaustivos sobre esta temática achamos uma importante fonte de
informação.

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Quadro n.º 16 – Emigração e Taxa Bruta de Emigração entre 1960 a 1988

Ano Emigração Taxa Bruta Ano Emigração Taxa Bruta


(n.º) de (n.º) de
Emigração Emigração
(%0) (%0)
1960 32318 3,6 1975 24811 2,55
1961 33526 3,7 1976 19469 1,96
1962 33539 3,7 1977 19543 1,96
1963 39519 4,4 1978 22112 2,21
1964 55649 6,1 1979 26318 2,64
1965 89056 9,7 1980 25207 2,55
1966 120239 13,1 1981 23147 2,34
1967 92502 10,0 1982 17135 1,72
1968 80452 8,7 1983 13680 1,37
1969 70165 7,7 1984 13963 1,39
1970 66360 7,19 1985 14944 1,49
1971 50400 5,35 1986 13690 1,36
1972 54084 5,72 1987 16228 1,62
1973 79517 8,37 1988 18302 1,83
1974 43397 4,55
Fonte: INE/Estatísticas Demográficas .

A análise ao quadro nº16 permite observar que o boom da emigração portuguesa se deu
sobretudo no ano de 1966, mas podemos verificar também que a partir da década de 80 o número de
emigrantes começou a diminuir.
O gráfico abaixo apresentado permite-nos analisar dois tipos de emigração: a emigração
permanente e a temporária1. A partir da década de 1990 a emigração de carácter permanente2 deixou
de ter um peso significativo tendendo a ter uma tendência de carácter temporária.

1
Emigração temporária - Deslocação de uma pessoa através de um determinado limite espacial, com o objectivo de aí fixar
residência por um período inferior a 1 ano.
2 Emigração permanente - Indivíduo que deixou o país com a intenção de residir no estrangeiro por um período contínuo

superior a um ano, tendo residido no país por um período continuo superior a um ano.

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Gráfico nº12 – Emigração em Portugal: Total, Permanente e Temporária entre 1976 e 2003 (%)

Percentagem de Emigração Permanente; Emigração Temporária desde 1974 a 2003

90,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%
1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002 2003

emigração permanente % 89,90 88,10 84,40 78,20 71,70%71,30%60,0051,90%47,00 47,80 45,70 50,00 52,10%56,80 46,90 27,00 37,70 33,00 19,90 14,50%22,00 32,20 32,20 24,80
emigração temporária % 10,10%11,90%15,60%21,80 28,70 28,70 40,00 48,10 53,00 52,20 54,30 50,00 47,90 43,2053,10%73,00 62,30 67,00 80,40 85,50 78,00 67,80 67,80 75,20

Fonte: INE, Censos 2001.

Se observarmos o quadro abaixo exposto, verificamos que dos 7412 habitantes residentes no
concelho em 2001 apenas 236 habitantes mudaram de concelho ou seja 3,1% da população.
Relativamente aos imigrantes temos cerca de 85 habitantes que provêem de outros concelhos, e
os emigrantes do concelho que foram residir para outro concelho foram 123 indivíduos. Em 2001 a
diferença entre os imigrantes de outros concelhos e os emigrantes para outro concelho apresenta um
saldo negativo de menos 38 indivíduos, ou seja as saídas da população concelhia para outros concelhos
é superior à entrada de imigrantes de outros concelhos. Posto isto, podemos concluir que esta região
não se revela muito atractiva para a fixação de população visto se tratar de uma região do interior
levando ao fenómeno da desertificação.

Quadro nº 17 – População Residente, segundo as migrações (relativamente a 99/12/31), por concelho de residência
habitual em 2001/03/12
População que não Emigrantes do concelho Saldo da migrações
População Imigrantes no concelho
mudou de concelho para outro concelho internas
Residente Provenientes de outro Provenientes do
em 2001 HM H concelho estrangeiro HM H HM H
HM H HM H
7412 7176 3562 85 40 78 46 123 63 -38 -13
Fonte: INE, Censos 2001.

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3.9 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Analise Demográfica

Forças Fraquezas
 Construção do A7/ IC5;  Envelhecimento populacional;
 Sossego e qualidade de vida  Desemprego
 Recursos naturais e hídricos  Desertificação
 Incentivo a valorização e recuperação do  Êxodo rural
património arquitectónico  Saldo fisiológico negativo
 Fracos incentivos para a fixação da população
mais jovem
 Diminuição da população presente e
residente;
 Inexistência de políticas sociais activas.
 Isolamento da população idosa;
 Baixa natalidade

Oportunidades Ameaças
 Emigração (retorno)  Interioridade sofrida ;
 Carência de incentivos para o investimento de
jovens empresários
 Falta de apoios económicos;
 Acessibilidades;
 Atracção por zonas do litoral e centros
urbanos;

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CAPÍTULO IV – FAMÍLIAS

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4.1 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS


Nas últimas décadas, a estrutura familiar em Portugal têm sofrido profundas alterações. Para
explicar este fenómeno temos alguns indicadores demográficos como sendo: o decréscimo acentuado
das taxas de fecundidade, a diminuição do número de filhos por casal, a dimensão média das famílias, o
adiamento da idade ao nascimento do primeiro filho, aumento das pessoas a viverem sozinhas entre
outros.

4.2 - TIPOLOGIA

Quadro º 18 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem no concelho em Ribeira de Pena em
1991e 2001
Ribeira de Famílias % de famílias Famílias % de famílias
Famílias total
Pena Clássicas Clássicas Institucionais Institucionais
1991 2477 2476 99,9 % 1 0,04%
2001 2495 2492 99,8% 3 0,12%

Fonte: INE, Censos 2001.

Segundo os Censos 2001, 99,9% das famílias portuguesas são famílias clássicas, ou seja,
englobam indivíduos que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco entre si
ocupando a totalidade ou parte do alojamento, incluindo a pessoa independente que ocupa parte ou a
totalidade de uma unidade de alojamento.
Dentro das famílias clássicas verificamos que estas se distribuem de forma heterogénea pelo
território nacional, existindo em maior numero na região do Norte.
Como podemos verificar pela observação dos quadros abaixo expostos, o número de famílias aumentou
de 1991 para 2001 quer na região Tâmega quer na Região Norte.

Quadro nº 19– Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem na região Norte em 1991e 2001
Famílias % de famílias Famílias % de famílias
Norte Famílias total
Clássicas Clássicas Institucionais Institucionais
1991 1009594 1008923 99,9 % 671 0,06%
2001 1211590 1210631 99,8% 959 0,07%

Fonte: INE, Censos 2001.

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Quadro nº 20 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem na região Tâmega em 1991e 2001
Famílias % de famílias Famílias % de famílias
Tâmega Famílias total
Clássicas Clássicas Institucionais Institucionais
1991 136659 136615 99,9 % 44 0,03%
2001 167482 167397 99,9% 85 0,05%

Fonte: INE, Censos 2001.

No quadro nº 21 são apresentados os número de famílias clássicas e famílias institucionais em


1991 e 2001 no concelho. Observamos que ambas as tipologias de famílias aumentaram (+ 18 famílias)
para as famílias clássicas e + 2 famílias para as famílias institucionais).

Quadro nº 21 – Famílias Clássicas, Famílias Institucionais e sua percentagem no concelho em Ribeira de Pena em
1991e 2001
Famílias % de famílias Famílias % de famílias
Rib de Pena Famílias total
Clássicas Clássicas Institucionais Institucionais
1991 2477 2476 99,9 % 1 0,04%
2001 2495 2492 99,8% 3 0,12%

Fonte: INE, Censos 2001.

Segundo os Censos de 2001 a dimensão média das famílias no concelho de Ribeira de Pena
era em 1991 de 3,43% passando em 2001 a ser de 2,96%. A taxa de crescimento das famílias no
concelho de Ribeira de Pena foi pouco significativo situando-se nos 0,72%.

Quadro nº 22 - Distribuição de famílias clássicas por freguesia em 2001 e sua percentagem

Unidade Geográfica Famílias Clássicas - Total Percentagem


N.º

Ribeira de Pena 2492 100%


Alvadia 70 2,8
Canedo 193 7,7
Cerva 828 33,2
Limões 140 5,6
Ribeira de Pena (Salvador) 854 34,2
Santa Marinha 246 9,8
Santo Aleixo de Além-Tâmega 161 6,4
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Pela observação do quadro podemos afirmar que as freguesias do Concelho de Ribeira com o
maior número de famílias são exactamente aquelas que têm também o maior número de população
residente. Com mais famílias destacam-se a freguesia de Cerva (829 famílias) e Salvador (856 famílias).

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Gráfico nº 13 – Total de famílias por freguesias em 1991 e 2001

Total de Familias em 1991 e 2001

900

800

700

600

500

400

300

200

100

0
Al vadi a Canedo Cerva Li mões Ri beir a de Sant a Mar inha Sant o Al ei xo
Pena de Al ém-
( Sal vador ) Tâmega

Famílias - Total 1991 Famílias - Total 2001

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

4.3 – DIMENSÃO

Ao longo do tempo, têm vindo a diminuir em Portugal, as famílias de maior dimensão. As


famílias compostas por 5 ou mais pessoas, em 1981 representavam 25,1% do total de famílias e em
1991 19,8%, eram apenas 11,4% em 2001. Em contrapartida as famílias de menor dimensão
aumentaram.

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Gráfico nº 14 – Percentagem de Famílias Clássicas Residentes segundo a sua dimensão

Familias Clássicas Residentes segundo a sua dimensão em 2001 - Percentagem

21%
17%

28%

16%

18%

1 Pessoa residente 2 Pessoas residentes 3 Pessoas residentes 4 Pessoas residentes 5 Pessoas residentes

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Em 2001 a maior percentagem de famílias do concelho de Ribeira de Pena eram compostas por
duas ou três pessoas representando assim uma percentagem de 48% do total das famílias.

4.4 - FAMÍLIAS CLÁSSICAS SEGUNDO A ESTRUTURA ETÁRIA DOS MEMBROS DA FAMÍLIA

Tal como podemos verificar pela observação do quadro abaixo exposto, 39,4% (983 famílias)
são compostas por três pessoas com mais de 15 anos, seguem-se as famílias compostas por três ou
mais pessoas com 15 ou mais anos de idade sem outras de idade inferior a 15 anos, com uma
percentagem de 23,3% (582 famílias). De assinalar também é a percentagem significativa de famílias
compostas por duas pessoas com mais de 65 anos, 16,6% (414 famílias) o que vem comprovar que
estamos perante um concelho bastante envelhecido.

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Quadro nº 23 – Famílias Clássicas segundo a sua estrutura etária em 2001

Famílias Clássicas - Segundo a estrutura etária dos membros da família - 2001 Número
F.Cláss. - 1 pess. do sexo masc. c/ idade entre 15 e 24 anos 2
F. Cláss. - 1 pess. do sexo masc. c/ idade entre 25 e 64 anos 87
F. Cláss. - 1 pessoa do sexo masc. com 65 ou mais anos 87
F. Cláss. - 1 pess. do sexo fem. c/ idade entre 15 e 24 anos 3
F. Cláss. - 1 pess. do sexo fem. c/ idade entre 25 e 64 anos 67
F. Cláss. - estrutura etária dos membros da fam. - 1 pess. do sexo fem. c/ 65 ou mais anos 213
F. Class. - 1 pess. do sexo masc. c/ 15 ou + anos, com 1 ou + pess. de idade < a 15 anos 2
F. Cláss. - 1 pess. do sexo fem. c/ 15 ou + anos, com 1 ou mais pess. de idade < a 15 anos 26
F. Cláss. - 2 pess.ambas c/ idade entre 15 e 24 anos 12
F. Cláss. - 2 pess. ambas c/ idade entre 25 e 64 anos 211
F. Cláss. - 2 pess., 1 c/ idade entre 15 e 24 anos e outra entre 25 e 64 anos 30
F. Cláss. - 2 pess., ambas ou pelo menos 1 c/ 65 ou mais anos 414
F. Cláss. - 2 pess. ambas com 15 ou + anos, com outras de idade < a 15 anos - Total 355
F. Cláss. - 2 pess. ambas com 15 ou + anos, com outras de idade < a 15 anos - C/ 1 de idade < a 15 anos 178
F. Cláss.- 2 pessoas ambas c/ 15 ou + anos, c/ outras de idade < a 15 anos - C/ 2 de idade < a 15 anos 127
F. Cláss. - 2 pess. ambas c/ 15 ou + anos, c/ outras de idade < a 15 anos - C/ 3 de idade < a 15 anos 36
F. Cláss. - 2 pess. ambas c/ 15 ou + anos, c/ outras de idade < a 15 anos - C/ 4 ou mais de idade < a 15 anos 14
Fam. Cláss. - 3 ou + pess. com 15 ou + anos de idade - Total 983
F. Cláss. - 3 ou mais pess. c/ 15 ou + anos de idade - Sem outras de idade < a 15 anos 582
F. Cláss. - 3 ou mais pess. com 15 ou + anos de idade - Com 1 de idade inferior a 15 anos 275
F. Cláss. - 3 ou mais pess. com 15 ou + anos de idade - Com 2 ou mais de idade < a 15 anos 126
F. Cláss. - Outros casos 0
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

De acrescentar ainda o facto as famílias clássicas unipessoais terem aumentado de 1991 para
2001 o mesmo aconteceu com as famílias unipessoais constituídas por pessoas com mais de 65 anos.

Gráfico nº 15 – Percentagem de famílias clássicas unipessoais com ind. 65 anos ou mais e famílias clássicas
unipessoais em 1991 e 2001

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números

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4.4 - FAMÍLIAS CLÁSSICAS, SEGUNDO O NÍVEL DE ENSINO DO REPRESENTANTE

Neste momento podemos verificar qual o nível de ensino dos representantes dos agregados
familiares do concelho de Ribeira de Pena, pelo que o quadro abaixo, dá-nos a indicação de que grande
parte dos agregados familiares ou seja 55,4% apenas possuem o 1º ciclo.

Quadro nº24 - Famílias Clássicas, segundo o nível de ensino do representante


Famílias Clássicas
Nível de Ensino N.º %
Nenhum 698 28
Básico
1º Ciclo 1383 55,4
2º Ciclo 208 8,3
3º Ciclo 90 3,6
Secundário 66 2,6
Ensino Médio 6 0,24
Ensino Superior 41 1,6
Total 2492 100
Fonte: INE; 2002

4.5 - FAMÍLIAS CLÁSSICAS SEGUNDO O TIPO DE ALOJAMENTO

É importante agora analisar de que forma estas famílias se distribuem em termos de


alojamentos.

Quadro nº 25 - Famílias Clássicas segundo o tipo de alojamento em 2001

Tipo de Alojamentos N.º %


Alojamentos Clássico 4250 99,3
Alojamentos Não Clássicos 23 0,53
Alojamentos Colectivos 5 0,11
Total 4278 100
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Verificamos que a grande maioria dos agregados 99,3%, reside em alojamentos familiar
clássico. Este tipo de alojamento, apenas se destina à habitação.

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4.6 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Caracterização das famílias

Forças Fraquezas
 Existência de Projectos de apoio a famílias  Violência doméstica
carenciadas;  Alccolismo/Droga;
 Apoio e respeito pelas pessoas de idade;  Disfunção familiar;
 Comissão de Protecção de Crianças e jovens  Desemprego;
em risco;  Insucesso Escolar/Abandono Escolar;
 Santa casa de Misericórdia de Ribeira de Pena e  Pouco rendimentos por parte das famílias
de Cerva  Falta de motivação e envolvimento da
comunidade,
 Desresponsabilização dos familiares face aos
idosos;
 Falta de ocupação dos idosos
 Falta de Higiene/condições da habitação;
 Quebra de valores familiares;
 Falta de equipamentos sociais
 Mentalidade cultural

Oportunidades Ameaças
 Candidaturas a programas nacionais e  Falta de verbas;
comunitários;  Falta de metodologias organizacionais e de
 Programas ocupacionais; políticas de educação e voluntariado;
 Rendimento Mínimo/RSI;
 Formação Profissional;
 Abono de Família;
 Apoios da Segurança Social;
 Bolsas escolar
 IPSS’s – Instituições particulares de
Solidariedade Social;
 Recursos humanos (voluntariado);

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CAPÍTULO V – HABITAÇÃO

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5.1– HABITAÇÃO

“Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em
condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”.
(n.º 1 – artigo 65, da Constituição da Republica Portuguesa.)

O nível de pobreza de um concelho pode ser avaliado através das condições de habitacionais.
Pode dizer-se que estamos perante uma situação de pobreza quando a habitação se caracteriza pela
sua reduzida dimensão relativamente ao agregado familiar, quando não oferece condições de
salubridade e por ter carências de infra-estruturas básicas como sendo a electricidade, água, rede de
esgotos, instalações sanitárias, entre outros. Neste sentido, torna-se premente analisar em detalhe as
situações-problema do concelho.

5.2 - ALOJAMENTOS E EDIFÍCIOS

Os quadros que se seguem indicam a variação de ocupação dos alojamentos e edifícios entre
1991 e 2001 no Concelho de Ribeira de Pena.

Quadros nº26 – Alojamentos e Edifícios em Ribeira de Pena, 1991 e 2001

Ano Alojamentos Edifícios


1991 3805 3739
2001 4278 4027
Variação + 473 + 288
Fonte: INE, 2001

No concelho existiam em 2001, 4027 edifícios com 4278 alojamentos com apenas 2492 famílias
residentes. Comparando a evolução a partir de 1991, verificamos que o número de alojamentos tem
aumentado significativamente o que não acompanha a evolução da população nem o número de
famílias. Isto pode traduzir-se num aumento da melhoria das condições de vida das famílias, ou mesmo
da capacidade económica dos agregados familiares. Pode ser justificado ainda pelo investimento dos
emigrantes na sua “terra natal”.

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5.3 – TIPOS DE ALOJAMENTOS

No ano censitário de 2001, o total de habitantes deste concelho era de 7412 habitantes,
distribuindo-se por 4278 alojamentos, dos quais 4250 são do tipo familiar clássico, isto é, pelo tipo em
que se construiu ou se utiliza, se destina apenas a uma família e 5 destes alojamentos são do tipo
colectivo, este tipo de alojamento pode destinar-se a mais de uma família, residentes ou presentes não
residentes.

Quadro nº27 – Distribuição por Tipos de Alojamento


Alojamentos
2001 Familiares Colectivos
Clássicos Não Clássicos Colectivos
Ribeira de Pena 4250 23 5
Fonte: INE, 2001

5.4 - ALOJAMENTOS FAMILIARES SEGUNDO A FORMA DE OCUPAÇÃO

Observando agora os alojamentos familiares segundo a forma de ocupação, verificamos que a


grande maioria dos alojamentos no concelho de Ribeira de Pena estão ocupados segundo a forma de
residência habitual clássica. Verificamos ainda que existem 1500 alojamentos com uso sazonal ou com
residência secundária, ou seja 35% dos alojamentos sem ocupação permanente são de população que
se encontra emigrada.

Quadro nº28 – Alojamentos Familiar segundo a forma de ocupação em 2001


Alojamento familiar Alojamento familiar de Alojamento familiar de Alojamento Familiar de uso Alojamento
de residência residência habitual – residência habitual – Não sazonal ou residência Familiar Vagos
habitual – Total Clássico Clássico secundária
2482 2459 23 1500 291

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

5.5 - ALOJAMENTOS FAMILIARES SEGUNDO AS CONDIÇÕES DOS ALOJAMENTOS

Tal como podemos observar no quadro abaixo exposto as freguesias que concentram mais
população são aquelas que reúnem maior número de alojamentos, Salvador 1511 alojamentos e Cerva
1263 alojamentos. As freguesias com menos alojamentos são as freguesias de Alvadia 126 alojamentos
e Limões com 230 Alojamentos.

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Quadro nº29 – Alojamentos por Freguesias – Ribeira de Pena


Freguesias Alojamentos %
Alvadia 126 2,9
Canedo 365 8,5
Cerva 1263 29,5
Limões 230 5,3
Salvador 1511 35,3
Santa Marinha 385 8,9
Santo Aleixo de Além Tâmega 398 9,3
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

No que diz respeito aos edifícios estes aumentaram de 1991 para 2001 cerca de 7,7 % o que se
traduziu em mais 288 edifícios. Tal como acontece em relação aos alojamentos são as freguesias mais
populosas do concelho que reúnem maior número de edifícios (Cerva e Salvador).

Quadro nº 30 – Edifícios por Freguesias – Ribeira de Pena


Freguesias Edifícios %
Alvadia 116 2,8
Canedo 365 9,0
Cerva 1222 30,3
Limões 225 5,5
Salvador 1331 33
Santa Marinha 376 9,3
Santo Aleixo de Além 392 9,7
Tâmega
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Conclusão: Ao nível dos edifícios, foi a freguesia de Limões que registou um maior crescimento
ao nível dos alojamentos 32,3%, também foi a freguesia de Limões aquela que registou maior
crescimento (cerca de 35,2%).

5.7 - CONDIÇÕES DA HABITABILIDADE NO CONCELHO

Tal como está estipulado na Constituição Portuguesa, “todos tem direito a habitação condigna”
contudo, nem toda as famílias tem condições económicas para recorrerem ao arredamento dos fogos
disponíveis no mercado. Quando falamos de habitação condigna significa ter infra-estruturas e
condições básicas de habitabilidade. No quadro nº 31 são apresentadas algumas infra-estruturas
básicas e sua taxa de cobertura no concelho.

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Quadro nº31 – Taxa de Cobertura Infra-estruturas Básicas, em Ribeira de Pena , e a sua variação percentual entre
1991 e 2001.
Tipo de Infra-estrutura Taxa de Cobertura Variação

Electricidade 97,9 8,0


Água 93,2 43,6
C/ Retrete 87,4 27,2
Esgotos 92,9 51,9
C/ Banho 80,4 65,1
C/ Cozinha 98,0 - 0,36

Fonte INE, 2002

Podemos constatar, nas infra-estruturas acima expostas que todas, exceptuando o equipamento
– cozinha, apresentam uma variação positiva que foi aumentando de 1991 para 2001 e uma taxa de
cobertura acima dos 80 %.
Os quadros 32,33 fornecem com mais detalhe informações sobre os alojamentos.

Quadro nº32 - Alojamentos Familiares Ocupados como Residência Habitual, segundo as Instalações Existentes
(Electricidade e Instalações Sanitárias) nos Alojamentos no concelho de Ribeira de Pena em 2001
Instalações de Electricidade Instalações Sanitárias
Com Retrete no Alojamento Instalação de banho ou duche
Com Com instalação Sem instalação
Sem Electricidade Com retrete para Com retrete para Sem retrete
Electricidade de banho ou de banho ou
uso exclusivo uso partilhado
duche duche
Alojamentos
familiares de
2431 51 2084 87 311 1998 484
residência
habitual
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Ao observarmos os alojamentos familiares ocupados como residência habitual, segundo as


condições existentes, verifica-se que num total de 2482 alojamentos existentes 51 (2%) não tem
electricidade e 311 (12,5 %) não dispõem de retrete. Em relação as instalações sanitárias observamos
que ainda existe cerca de 484 alojamentos (19,5%) que se encontram ainda desprovidas de instalação
de banho ou duche.

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Quadro nº 33 – Alojamentos Familiares Ocupados como Residência Habitual, segundo as Instalações Existentes
(água canalizada /sistemas de esgotos/sistemas de aquecimento Central/cozinha) nos Alojamentos
no Concelho de Ribeira
Água canalizada Instalações
Sistema de aquecimento Central
Sistemas de Esgotos Cozinha
disponível
Com Sem
Com Sem Não tem
Água Água Com Sem
Sistema Sistema Tem cozinha
can. can. Aquecimento Aquecimento Tem kitchenete
de de Cozinha
Central Central
Esgotos Esgotos
Alojamentos
familiares de
2314 168 2306 176 158 2324 2434 8 17
residência
habitual
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Ainda no que diz respeito aos alojamentos familiares como residência habitual, 2314 (93,2%)
tem água canalizada, dos quais 168 (6,7%) alojamentos sem água canalizada. Em relação ao sistema
de aquecimento central temos apenas 158 (6,3%) alojamentos 2324 (93,6%) sem aquecimento central.
Por último, no que se refere aos alojamentos apenas 17 (0,68%) não possuem cozinha.
Em síntese, podemos dizer que são as freguesias de Canedo e Limões aquelas que registam
maior carência em relação às infra-estruturas, em contra partida são as freguesia de Cerva e Salvador
aquelas que tem maior cobertura ao nível das infra-estruturas nos alojamentos.

5.8 - HABITAÇÃO SOCIAL NO CONCELHO

O Bairro social do Cavalinho trata-se da única urbanização no concelho com características,


com 40 fogos (sendo que 16 foram concluídos nos últimos anos) permitindo assim realojar 56 agregados
familiares.

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5.9 – Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Habitação
Forças Fraquezas
 Existência de Projectos a nível nacional –  Violência domésticaAlccolismo/Droga;
Programa SOLARH  Disfunção familiar;
 Juntas de Freguesia;  Desemprego;
 Programa de Apoio à habitação degradada;  Pouco rendimentos por parte das famílias
 Falta de Higiene/condições da habitação;
 Quebra de valores familiares;
 Falta de equipamentos sociais

Oportunidades Ameaças
 Candidaturas a programas nacionais e  Falta de verbas por parte das autarquias;
comunitários;  Desemprego;
 Envelhecimento populacional;
 Rendimentos baixos das famílias;
 População idosa e com pensões baixas;
 Acessos fracos para pessoas com pouca
mobilidade;
 Habitações muito degradadas;
 Idosos com habitações sem condições;
 Ausência de condições de habitabilidade
colocando em risco o desenvolvimento integral
de crianças e jovens,

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CAPÍTULO VI – EDUCAÇÃO

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6.1- EDUCAÇÃO

A problemática da Educação foi uma das problemáticas identificadas e definida para o


diagnóstico e intervenção a nível concelhio no âmbito do programa Rede Social.
A temática da educação foi pouco explorada aquando da realização do Pré-diagnóstico Social,
pela escassez de dados, pelo que será do todo conveniente fazer uma analise mais profunda sobre esta
questão não descurando no entanto os dados já utilizados anteriormente.
De seguida será feita a caracterização da realidade educativa do concelho de Ribeira de Pena e
da oferta educativa existente.
A educação, tal como já foi referido anteriormente no Pré-diagnóstico tem um papel fundamental
na nossa sociedade, e a sua principal função consiste em preparar os jovens para a vida adulta
transmitindo-lhe valores, cultura, regras e conhecimentos necessários.
Como defende a constituição da República Portuguesa no artigo n.º 74 “Todos têm direito ao
ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidade de acesso e êxito escolar”. Assim, cabe à
pessoa do Estado garantir o ensino básico, obrigatório e gratuito de forma a desenvolver a educação
permanente e eliminar o analfabetismo. A partir da segunda metade do século XX a democratização do
ensino teve em linha de conta a diversidade dos indivíduos, com o intuito de criar uma escola extensiva
a todos.
A escola por vezes não consegue abranger esta diversidade provocando desigualdades sociais.
Assim sendo, esta assume-se como um espaço que não individualiza o ensino conforme as
necessidades de cada um usando para tal um modelo uniforme para todos.
Nesta medida, a educação, como defende o autor Almeida, é um habitáculo que leva à pobreza
e à exclusão social manifestando-se em elevado absentismo e abandono escolar precoce, níveis de
escolaridade mais fracos e mais baixos, culminando num número significativo de analfabetos. Em
consequência, níveis mais elevados de trabalho infantil, inserção profissional difícil e precária por falta
de qualificação (Almeida:1992:45).
A educação é uma vertente de vulnerabilidade à pobreza e à exclusão social. Os grupos socais
mais desfavorecidos têm dificuldade no acesso ao mercado de trabalho devido, entre outras razões, à
idade, a desajustamentos qualitativos das instituições de formação e carências de escolaridade. Será
necessário que as instituições de formação possibilitem e promovam novas oportunidades de formação
no sentido de diminuir o já significativo contingente de exclusão social.

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O ensino e a formação profissional sendo assim, deveram ser encarados como um vector de
arranque para o desenvolvimento nacional e local. Deve-se apostar decididamente na valorização e
qualificação dos recursos humanos da região, orientados para projectos com actividades geradoras de
riqueza para evitar que se alargue o fenómeno de desertificação da região.

6.2 - TAXA DE ANALFABETISMO

Segundo o Instituto Nacional de Estatística a taxa de Analfabetismo é definida tendo como


referência a idade a partir da qual um indivíduo que acompanhe o percurso normal do sistema de ensino
deve saber ler e escrever. Considerou-se que essa idade correspondia aos 10 anos, equivalente à
conclusão do ensino básico primário. No quadro que se segue são apresentados os valores referentes a
taxa de analfabetismo no país no Norte, no Tâmega e no concelho de Ribeira de Pena.

Quadro nº34– Taxa de Analfabetismo por Zona Geográfica – 1991/2001


Região 1991 2001
Continente 10,9% 8,9%
Norte 9,9% 8,3%
Tâmega 12,3% 10,2%
Ribeira de Pena 25,3% 20,7%
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Tal como podemos observar no quadro acima exposto, a evolução da taxa de analfabetismo de
1991 para 2001 tem diminuído em todas as zonas apresentadas, contudo não podemos deixar de referir
que em termos comparativos o concelho de Ribeira de Pena apresenta uma taxa de analfabetismo
bastantes acima do valor nacional e do valor da região do Tâmega.

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Gráfico nº 16 – Taxa de Analfabetismo em 1991/2001 por região ( Continente, Norte, Tâmega, Ribeira de Pena)

Taxa de Analfabestismo 1991/2001

30,00%
1991
2001
25,00%

20,00%

25,30%
15,00%

10,00%

10 ,90% 9,90% 12,30 %


5,00%

0,00%
Continente Norte Tâmega Ribeira de Pena

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Gráfico nº 17 – Percentagem de População que sabe ler/População que não sabe escrever em 2001 – Ribeira de Pena

Percentagem de População que sabe ler e escrever/população que não sabe Ler e
Escrever em 2001

24%

76%

Sabem Ler e Escrever - Total Não Sabem Ler e Escrever - Total

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

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Pela observação do gráfico acima apresentado podemos verificar que 24% da população do
concelho de Ribeira de Pena não sabe ler nem escrever. Pormenorizando mais a nossa análise
verificamos que é o sexo feminino que apresenta um percentagem maior (13,8%) de pessoas sem saber
ler nem escrever.

Gráfico nº 18 – População que sabe ler/População que não sabe escrever por sexo em 2001

População que sabe ler/População que Não sabe escrever por Sexo em 2001

6000

5000

4000

3000

2000

1000

0
Sabem Ler e Não Sabem Ler
Sabem Ler e Sabem Ler e Não Sabem Ler Não Sabem Ler
Escrever - e Escrever -
Escrever - H Escrever - M e Escrever - H e Escrever - M
Tot al Tot al

Série1 5600 2905 2695 1812 782 1030

Fonte: Censos 2001, INE

Quadro nº 35 - Nível de Instrução da População do Concelho de Ribeira de Pena , do Tâmega, Norte e Portugal em
2001
Nenhum Nível Ens.
1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Ens. Médio Ens. Superior
de Ensino Secundário
Rib. de Pena 23,6% 42,1% 13,1% 9,8% 7,5% 0.26% 2,9%
Tâmega 16.5% 42.7% 18.6% 9.9% 8% 1.9% 4.1%
Norte 14% 37.6% 15.1% 10.7% 13% 0.6% 8.9%
Portugal 14.4% 35.0% 12.7% 10.8% 16.0% 0.6% 10.6%
Fonte: Censos 2001, INE

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Quadro nº36 – População Residente segundo o Nível de Ensino, em 2001

Nível de Ensino Nº %

Analfabetos (10 ou + anos) 1392 18,7


Nenhum Nível de Ensino 1751 23,6
1º Ciclo 3126 42,1
Ensino 2º Ciclo 972 13,1
Básico 3º Ciclo 733 9,8
Ensino Secundário 559 7,5
Ensino Médio 20 0,26
Ensino Superior 251 2,9
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números

Como podemos observar nos quadros exposto acima o concelho de Ribeira de Pena tem
acompanhado a tendência nacional relativamente a redução da taxa de analfabetismo, contudo, ainda
apresenta valores superiores aos nacionais e aos regionais. Isto traduz obviamente um maior
investimento nacional ao nível do ensino, o que significa que temos um aumento da alfabetização da
população o que representa uma mais valia para o desenvolvimento local. No entanto, não podemos
deixar de referir que a diminuição verificada no concelho de Ribeira de Pena esta longe de ser a ideal.
O concelho ainda possui um peso significativo de pessoas sem qualquer nível de ensino 23,6%.
Esta franja da população terá certamente maior dificuldade em aceder ao mercado de trabalho,
estes estão mais sujeitos a salários mais baixos e a empregos mais precários e, consequentemente
mais vulneráveis às situações de desemprego e de precariedade económica dos agregados familiares.
Este cenário reflecte-se obviamente em termos de condições de habitabilidade e de qualidade de vida
dos agregados que se materializa na intensa procura de apoio camarário para a realização de obras nas
habitações. Relativamente à escolaridade obrigatória, podemos verificar que ao nível do Primeiro Ciclo
do Ensino Básico o concelho de Ribeira de Pena surge com uma percentagem elevada, o que poderá
resulta da população que nasceu antes de 1966, onde o grau de ensino obrigatório seria o primeiro ciclo.
Relativamente aos restantes graus de ensino dentro do primeiro ciclo, Ribeira de Pena apresenta os
seguintes valores: 13,1% para o Segundo Ciclo do Ensino Básico e 9,8% para o Terceiro Ciclo do
Ensino Básico. Com os restantes graus de Ensino verificamos que à medida que o grau de Ensino
aumenta diminui proporcionalmente a percentagem de população.
Olhando agora para o Secundário, verifica-se uma diferença considerável entre o concelho
(7.5%) e os NUT I (16%) e NUT II (13%), e a NUTIII (8%).

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No concernente ao Ensino Médio, surgimos em último lugar da tabela com uma diferença
significativa para o Tâmega que tem mais 1.5% da população com este nível de ensino em relação ao
concelho. Este cenário mantém-se em relação ao nível do ensino superior, constatando-se uma
diferença percentual (1,2%) da população Ribeirapenense, que possui licenciatura (2,9%), quando
comparada com o Tâmega (4.1%), já para não falar das restantes regiões aqui em análise onde o Norte
apresenta uma percentagem 8.9% de licenciados e o país conta com 10,6% licenciados.
Estes valores espelham bem a situação geográfica do concelho que, visto se tratar de um
concelho do interior, mantém características rurais como sendo os baixos níveis de escolaridade. Daí a
importância que assume promover políticas locais integradas de desenvolvimento que atendam a esta
problemática.

6.2 – OFERTA EDUCATIVA E RECURSOS EDUCATIVOS NO CONCELHO

Actualmente, no Plano Educativo o concelho de Ribeira de Pena possui 2 Agrupamentos


Escolares: Cerva e Ribeira de Pena. O primeiro situado na freguesia de Cerva, integra 3 freguesias, a
saber: Cerva, Limões e Alvadia. É composto por 6 escolas do 1º ciclo, sendo que o ensino
correspondente ao 2º ciclo e 3º ciclo é garantido pela sua escola nuclear (EB2,3 de Cerva). O
agrupamento de Ribeira de Pena, situado na freguesia de Salvador, integra 4 freguesias, a saber:
Salvador, Santo Aleixo de Além Tâmega, Santa Marinha, Canedo. Tem como unidade nuclear a escola
EB2,3/S de Ribeira de Pena, que é o único estabelecimento no concelho com ensino secundário, tendo
ainda 11 estabelecimentos onde é leccionado o 1º ciclo do ensino básico.
A criação de agrupamentos escolares teve como objectivo central a promoção de condições de gestão
das escolas, de racionalização dos meios e de aumento da qualidade geral do ensino. A reforma
estrutural do Ministério da Educação e do sistema educativo (através do Despacho nº 13313/2003 de 8
de Julho) foi um importante impulso para que tal acontecesse. Conforme o D.L. 115/98 de 4 de Maio, um
Agrupamento de Escolas “é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e
gestão, constituída por estabelecimentos de educação pré-escolar e de um ou mais níveis e ciclos de
ensino, a partir de um projecto pedagógico comum, com vista à realização das finalidades seguintes:
a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade
obrigatória numa dada área geográfica;

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b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social;


c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional
dos recursos;
d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente
diploma;
e) Valorizar e enquadrar experiências em curso.”

Assim sendo, os pressupostos que estão na base da criação dos agrupamentos escolares
prendem-se com a existência de projectos pedagógicos comuns, a criação de percursos escolares
integrados, maior articulação entre os diferentes graus de Ensino, proximidade geográfica,
desenvolvimento da rede pré-escolar, bem como, a reestruturação de toda a rede educativa.

Quadro nº 37 – Agrupamentos Escolares existentes em Ribeira de Pena em 2004/2005

Agrupamento Escolar Jardim-de-infância 1º Ciclo 2º Ciclo Secundário

Agrupamento de escolas de EB 1 de Agunchos Escola Básica de 2º,3º


Cerva EB 1 de Limões Ciclos De Cerva
EB 1 de Rio Mau
EB 1 de Cerva
EB 1 Macieira
EB 1 Lamas
Agrupamento de Escolas de JI de Santa Marinha EB1 Canedo Escola Básica de 2º, 3º Escola Básica de 2º,
Ribeira de Pena JI de Santa Eulália EB1 Ribeira de Pena Ciclos de Ribeira de 3º e secundária de
JI do Salvador EB1 Santa Eulália Pena Ribeira de Pena
JI das Carvalhas EB1 Trofa
JI Canedo EB1 Santa Marinha
EB1 Santo Aleixo
EB 1 de Alvadia
EB 1 Escarei
EB 1 Friume
EB 1 Carvalhas
EB 1 de Penalonga
Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

Quadro nº38 – Locais onde é administrado cada nível de Ensino


Freguesia Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Total
Freguesias
Alvadia 0 1 0 o 0 1
Canedo 1 2 0 0 0 3
Cerva 2 4 1 1 0 8
Salvador 5 6 1 1 1 14
Limões 0 2 0 0 0 2
Santo Aleixo 0 1 0 0 0 1
Santa Marinha 1 1 0 0 0 2
Concelho de Rib. de Pena 9 17 2 2 0 31
Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

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6.4 – DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS POR NÍVEIS DE ENSINO

A distribuição dos alunos pelos diferentes níveis de ensino encontra-se representada no quadro nº
39, onde podemos concluir que existe uma distribuição equitativa nos diferentes níveis de ensino, com
excepção do Pré-escolar e do ensino secundário que apresentam um peso baixo relativamente aos
restantes níveis de ensino. O 2º e 3º ciclo são os que apresentam um peso mais elevado no que diz
respeito a distribuição dos alunos por níveis de ensino. De acrescentar ainda que são muito baixas a
percentagem de alunos a frequentar o ensino recorrente, apenas 4 % do total dos alunos da rede escolar
do concelho.
Nesta medida, torna-se premente apostar neste nível de ensino de forma a promover a
qualificação dos recursos humanos do concelho, capacitando-os com mais qualificações académicas e
profissionais e uma maior autonomia e poder de negociação nas relações de trabalho.
Para concluir, podemos referir também que o ensino público garante a maioria da oferta de
ensino no concelho, o ensino privado apenas representa 10 % do total dos alunos matriculados.

Quadro nº39 – Repartição dos alunos pelos vários Níveis e Redes de Ensino (Ano lectivo de 2003/2004)

Tipos de Ensino Percentagens (%) de Alunos Número de Alunos


Matriculados
Ensino Pré-Escolar
Público 49% 79
Privado 54% 93
Total 100% 172
EB 1º Ciclo
Público 100% 334
Recorrente 0% 0
Total 100% 334
EB 2º Ciclo
Público 100% 174
Público Recorrente 0% 0
Total 100% 174
EB 3º Ciclo
Público 100% 285
Público Recorrente 0% 9
Total 100% 294
Ensino Secundário
Público 82% 178
Público Recorrente 18% 38
Total 100% 216
Ensino Profissionalizante
Total 0%
Total do Ensino de Rib. De Pena
Público 88% 1050
Público – Recorrente 4% 47
Não Público 8% 93
Total 100% 1190
Fonte: Carta Educativa, IST, 2003.

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Pela observação do gráfico nº 19, podemos verificar que o ensino público garante a maioria da
oferta de ensino no concelho, o ensino privado apenas representa 10 % do total dos alunos
matriculados.

Gráfico nº 19 – Distribuição da oferta Público/Privado em 2003/2004

Distribuição da oferta Público/Privado em 2003/2004

Ensino Profissionalizante

Secundário

3º Ciclo

2º Ciclo

1º Ciclo

Pré-escolar

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Público Privado

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

No gráfico nº20 apresenta-se o número total de alunos matriculados com o número médio de alunos
por ano de escolaridade, podendo concluir-se que a educação Pré-escolar tem menor expressão a
nível do Concelho (172 alunos) com uma percentagem de 14 % (ver gráfico 22).

Gráfico nº20 – Número de alunos por ano de escolaridade em 2003/2004


Número de Alunos matriculados por anos de escolaridade em
2003/2004

350

300

250

200
334

150 294
216
172 174
100

50

0
Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

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É de salientar que o 1º e 3º Ciclos são os níveis de escolaridade que apresentam maior número
de alunos matriculados, 334 alunos e 294 alunos respectivamente, apresentando uma percentagem de
28% para o 1º Ciclo e 25 % para o 3º Ciclo.
Observa-se que existe um significativo decréscimo no número total de alunos matriculados na
transição do 3º Ciclo para o Ensino Secundário, o que pode levar a concluir que um significativo número
de jovens não prossegue os estudos após a conclusão do Ensino Obrigatório (9º ano), ou provavelmente
alguns alunos estarão a usufruir da oferta de outros concelhos neste nível de ensino (nomeadamente,
nas vertentes profissionalizantes para as quais não existe oferta no concelho de Ribeira de Pena).

Gráfico nº21 – Percentagem de alunos por níveis de Ensino 2003/2004

Percentagem de alunos por niveis de ensino em 2003/2004

18% 14%

28%
25%
15%

Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

6.5 – EVOLUÇÃO DOS ALUNOS MATRICULADOS PELOS DIFERENTES NÍVEIS DE ENSINO

No gráfico 22, apresenta-se a evolução do número de alunos matriculados na rede de ensino no


concelho de Ribeira de Pena desde o ano de 1994/95 até 2003/2004, podendo tirar as seguintes
conclusões:
a) O Concelho tem vindo a sofrer gradualmente uma perda no número de alunos matriculados
nos vários níveis de ensino, com excepção do Pré-escolar e do Secundário, decréscimo
global da população escolar desde 94/95, consequência das quebras populacionais sentidas
no concelho;

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b) Nos 1º, 2º e 3º Ciclos verificam-se quebras significativas do número de alunos matriculados entre os
anos lectivos de 1994/95 e 2003/04, constatando-se decréscimos de 30%, 50% e 26% respectivamente.
c) No Ensino Secundário, depois de uma subida da população escolar até ao ano lectivo de 1999/00,
constata-se desde então uma ligeira descida, mas com um aumento de 7% no último ano lectivo
(2003/04).

Gráfico nº22 – Evolução do número de alunos matriculados na rede publica e Privada no concelho de Ribeira de
Pena no ano lectivo de 1994/95 até 2003/04.

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
1994/ 95 1995/ 96 1996/ 97 1997/ 98 1998/ 99 1999/ 00 2000/ 01 2001/ 02 2002/ 03 2003/ 04

Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Total

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

6.6 – TAXA DE OCUPAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ESCOLARES

As taxas de ocupação da rede escolar são apresentadas no Quadro nº40 são indicados a
Capacidade em turmas das instalações (dados fornecidos pelas próprias escolas), e da Capacidade em
número de alunos dessas instalações, obtida pela multiplicação do número de turmas por 24 (n.º de
alunos por turma), é também indicada a População Matriculada em cada nível de ensino para o ano
lectivo 2003/04.
Mediante estes dados é calculada a Taxa de Ocupação (dada pela razão entre o número de
alunos matriculados no nível de ensino e a capacidade total das escolas desse mesmo nível). Este
indicador permite-nos saber o grau de saturação dos equipamentos de ensino, no concelho de Ribeira
de Pena.

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Quadro nº 40 - Taxa de ocupação dos Equipamentos escolares (Equipamentos e Alunos)


Estabelecimentos Capacidade em turmas Capacidade (n.º de População Matriculada em Tx. De ocupação dos eqs
turma*24) 2003/04 existentes
(n.º de alunos/capacidade)
Jardim- de- infância 10 240 172 71,75
EB 1 33 792 334 42,2%
EB 2,3 27 645 459 71,2%
E. Secundário 11 267 178 66,6%
EB 2,3+ES 38 912 637 69,8%
Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

Verificamos que os estabelecimentos de Ensino apresentam Taxas de Ocupação baixas. Os 2º


e 3º Ciclos e Pré-escolar apresentam valores superiores a 70%. Deste modo, as escolas do concelho de
Ribeira de Pena, dadas estas taxas de ocupação, apresentam ainda a possibilidade de acolher um
número superior de alunos principalmente no que diz respeito as escolas do 1º Ciclo que apresentam
uma taxa de ocupação bastante reduzida (42%).

6.7 - DESEMPENHO ESCOLAR

Os dados oficiais do Ministério da Educação que de seguida apresentamos, datam do ano de


2001. Não foi possível obter dados mais recentes para levar a cabo uma análise mais pormenorizada
sobre o ensino no concelho de Ribeira de Pena.

Quadro nº41 - Indicadores de desempenho escolar em 2001


Região Ensino Básico Ensino Secundário
Taxa de Taxa de Taxa de saída Taxa de saída Aproveitamento no
abandono Retenção antecipada precoce ensino Secundário
Continente 2,7% 12,7% 24,0% 44,0% 63,0%
Ribeira de pena 3,65 15,1% 41,1% 62,0% 73,7%
Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

No que diz respeito ao abandono no Ensino Básico (obrigatório), isto é, o total de indivíduos
no momento censitário com 10-15 anos que não concluíram o 3º ciclo e não se encontram a frequentar a
escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário o concelho de Ribeira de Pena apresenta
valores na ordem dos (3,6%) acima da média nacional que se situa nos 2,7%.
Já no que diz respeito à taxa de retenção no ensino Básico (Percentagem dos efectivos
escolares que permanecem, por razões de insucesso ou de tentativa voluntária de melhoria de
qualificações, no ensino básico 1º, 2º e 3º ciclos em relação à totalidade de alunos que iniciaram esse
mesmo ensino) verificamos que o concelho de Ribeira de Pena continua a ter valores acima dos
valores apresentados pelo Continente.

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Na taxa de saída antecipada (definida como a percentagem da população residente na faixa


18-24 anos que não concluiu o 9º ano, nem esta a frequentar qualquer nível de ensino) verificamos que
os valores apresentados pelo concelho de Ribeira de Pena (41,1%), o que significa que 41% da
população jovem nesta faixa etária, não concluiu o ensino obrigatório. Valor muito acima do verificado
para o Continente que se situa nos 24%.
A Taxa de Saída Precoce entendida como a percentagem de residentes na faixa etária 18-24
anos que não concluiriam nem estão a frequentar o Ensino Secundário é no concelho de Ribeira de
Pena de 62,0% significativamente superior a média nacional 44,0%. De acrescentar ainda que esta taxa
apresenta um valor muito elevado, indicando que a maioria dos jovens não prossegue os estudos após
conclusão do ensino obrigatório (9º Ano) constituindo-se um desafio acrescido à implementação da
escolaridade obrigatória de 12 anos conforme esta previsto na nova lei de Bases da Educação.
Seguindo com a nossa análise apresenta-se a Taxa de Transição no ensino Secundário (ou o
aproveitamento no Ensino Secundário) onde observamos que em Ribeira de Pena se encontra acima
do continente.

6.8 – NIVEIS DE ENSINO

7.8.1 EDUCAÇÃO PRÉ – ESCOLAR

A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação escolar. É encarada como uma fase
complementar da acção educativa das famílias. A Lei de n.º 5/97, de 10 de Fevereiro, Lei-quadro de
Educação Pré – Escolar, tutela no seu artigo 2.º, a educação pré-escolar como sendo “a primeira etapa
no processo de educação ao longo da vida”. Ao Estado compete o papel de universalização da oferta da
Educação Pré-Escolar.
Esta etapa destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e os 6 anos de
idade, sendo facultativa a sua frequência nestes estabelecimentos de Educação Pré-escolar (instituição
que presta serviços para assegurar o desenvolvimento da criança, assegurando-lhe actividades
educativas e de apoio à família).
Assim sendo, à família compete a educação e ao Estado a universalização da oferta da Educação
Pré-Escolar.
A educação Pré-Escolar tem como objectivo principal a promoção do desenvolvimento pessoal e social
da criança, bem como a integração da criança em diferentes grupos sociais.

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Procura também contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem, estimular o seu desenvolvimento global respeitando as características individuais de
cada criança, desenvolve a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas.
Ainda no que concerne aos seus objectivos, pretende proporcionar às crianças condições de bem-
estar e segurança e realizar a despistagem de inadaptações e deficiências de forma a efectuar a melhor
orientação e encaminhamento. Tem também a importante função de incentivar a participação da família
no processo educativo do seu educando e estabelecer relações de colaboração com a comunidade.

6.8.1.1 - Estabelecimentos de Ensino Pré-escolar existentes no concelho em 2003/2004

No quadro que se segue é apresentado o número de estabelecimentos onde é ministrado o ensino


pré-escolar. Assim, em Ribeira de Pena temos um total de 8 Jardins-de-infância, sendo que 5 são de
gestão pública e os restantes de gestão privada. De acrescentar ainda que temos o Jardim-de-infância
de Santa Marinha a funcionar de forma integrada na EB 1 de Santa Marinha, e quatro destes jardins-de-
infância prestam o serviço de Creche.

Quadro n.º 42 - Jardins-de-infância no concelho em 2003/2004

Estabelecimento Gestão Localidade Freguesia Serviços integrados


Jardim-de-infância de Canedo Público Canedo Canedo Creche
JI da Irmandade de Nossa Senhora da
IPSS Cerva Cerva Creche
Misericórdia
JI da Irmandade de Nossa Senhora da
IPSS Agunchos Cerva Creche
Misericórdia
Jardim de Infância das Carvalhas Público Carvalhas Salvador Autónoma
Jardim de Santa Eulália Público Santa Eulália Salvador Autónoma
Jardim de Infância do Salvador Público Salvador Salvador Autónoma
JI da Santa Casa da Misericórdia de
IPSS Salvador Salvador Creche
Ribeira de Pena
Jardim de infância de Santa Marinha Público Santa Marinha Santa Marinha Integrada da EB 1

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

No que diz respeito a taxa de cobertura do Ensino Pré-escolar o concelho no seu geral
apresenta um valor de 65%. Fazendo uma analise mais micro, isto é ao nível das freguesias,
constatam-se algumas disparidades no valores a taxa de ocupação. Nomeadamente na freguesia
de Alvadia e de Santo Aleixo tem apenas 8 habitantes neste estrato etário (dos 3 aos 5 anos), e
que tem de procura a oferta a este nível de ensino nas freguesias mais próximas.

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Tendo presente o Decreto-Lei nº 147/97 que estabelece o ordenamento jurídico do


desenvolvimento e expansão da rede pré-escolar pública e privada, estabelece como objectivo “elevar,
até ao final do século, a oferta global de educação pré-escolar em cerca de 20% de modo a abranger
90% das crianças de 5 anos, 75% das de 4 anos e 60% das de 3 anos”, verificamos que os valores
obtidos para o concelho de Ribeira de Pena estão longe se serem alcançados para as crianças que se
situam na faixa etária dos 5 anos de idade.

Quadro n.º 43 – Taxa de cobertura por freguesias


Freguesia Número de População com 3-5 N.º de crianças Taxa de Cobertura
Jardins-de- anos em 2001 inscritas (%)
infância (Média 00/01 e 01/02)
N.º % N.º %
Alvadia 0 8 3,8% 0 0% 0%
Canedo 1 11 5,3% 7 5% 64%
Cerva 2 72 34,6% 55 40,7% 76%
Limões 0 13 6,3% 0 0,0% 0%
Salvador 4 78 37,5% 62 45,6% 79%
Sta. Marinha 1 18 8,7% 11 8% 61%
Sto. Aleixo 0 8 3,8% 0 0% 0%
Concelho de Rib.
8 208 100% 135 100% 65%
De Pena

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

6.8.1.2 - Taxa de ocupação

No que diz respeito a taxa de ocupação, observa-se que os jardins-de-infância com os valores
mais elevados são o jardim-de-infância do Salvador com uma taxa de 100% e o jardim de infância da
Santa de Misericórdia de Ribeira de Pena com 125% de taxa de ocupação. Os restantes dos jardins-de-
infância apresentam taxa de ocupação rondam os 20% a 90%. A média da taxa de ocupação do
concelho situa-se nos 71,7% valor que é bastante razoável quando comparado com outros concelhos
com características idênticas.

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Gráfico n.º 23 - Taxa de ocupação dos estabelecimentos de Ensino pré-escolar

Taxa de ocupação nas escolas de Ensino Pré-escolar

JI do concelho de Ribeira de Pena 71,70%

JI de Santa M arinha 45,80%


JI da Santa Casa de Misericórdia
de Ribeira de Pena
125%

JI de Salvador 100%

JI de Santa Eulália 91,70%

JI das Carvalhas 66,70%


JI da Irmandade de Nossa Senhora
da M isericórdia 69,40%

JI da Agunchos 52,20%

JI de Canedo 25,00%

Taxa de ocupação

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

6.8.1.3 - Condições das infra-estruturas de apoio as escolas do ensino Pré-escolar


Relativamente ao estado de conservação das infra-estruturas dos estabelecimentos de Ensino
Pré-escolar verificamos que e segundo indicação da carta educativa do concelho de Ribeira de Pena,
houve necessidade de se proceder a obras de adaptação em 3 dos 8 jardins de infância existentes no
concelho. No gráfico acima apresentado observa-se que a grande maioria das escolas necessitam
intervenção ao nível da pintura. No que diz respeito às restantes componente verifica-se que se
encontram em estado aceitável.
Gráfico n.º 24 - Estado de conservação das infra-estruturas

90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Pavim ento Pintura Coberturas Janelas Electricidade Àgua Es gotos Aquecim ento sA rCondicionado Wc's

B - Bom R - Razoável D - Deficiente I - Irrecuperável

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

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Atendendo agora a dotação de infra-estruturas e equipamentos de apoio às escolas do Ensino


Pré-escolar, verificamos que todas elas estão dotadas de recreio descoberto, já relativamente ao recreio
coberto verificamos que só cinco detêm este equipamento. A saber: JI de Canedo, JI de Agunchos, JI
das Carvalhas, JI do Salvador, JI da Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena. O JI da Irmandade
de Nossa Senhora da Misericórdia é aquele que dispõem de menos equipamentos, mas mesmo assim
dispõem ainda de um recreio descoberto, sala polivalente e cantina. Em contrapartida os jardins-de-
infância de Santa Eulália e o Jardim-de-infância da Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena são
as que estão mais bem servidas em termos de equipamentos.

Quadro n.º 44 - Equipamentos de apoio a escolas do Ensino Pré-escolar


Nome Sala Sala de Recreio Recreio Campo de
Sala de ATL Outras Salas Baloiços Cantina
do estabelecimento polivalente informática Coberto Descoberto jogos
JI de Canedo
Não Não Não Sim Sim Sim Não Não Sim

JI da Irmandade de N.
Sim Não Não Não Não Sim Não Não Sim
Senhora da Misericórdia
JI de Agunchos
Sim Não Não Não Sim Sim Não Não Não

JI das Carvalhas
Não Não Não Não Sim Sim Não Sim Sim

JI de Santa Eulália
Não Não Não Sim Não Sim Sim Sim Sim

JI de salvador
Não Não Não Não Sim Sim Não Não Sim

JI da Santa Casa de
Sim Não Sim Sim Não Sim Não Não Sim
Misericórdia de R. Pena
JI de Santa Marinha
Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Sim

Fonte: Carta Educativa, IST, 2001

Gráfico n.º 25 - Percentagem de equipamentos de apoio ás escolas do Ensino Pré-escolar

Percentagem de equipamentos de apoio as escolas do Ensino Pré-escolar

Sala Polivalente

sala de informática

Sala ATL

outras salas

Recreio coberto

Recreio descoberto

Baloiços

Campo de Jogos

Cantina

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Não Tem Tem

Fonte: Carta Educativa, IST, 2003

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6.8.2 - ENSINO BÁSICO – 1º CICLO

6.8.2.1 – Caracterização das Escolas de 1º Ciclo

No quadro seguinte é feita uma caracterização das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico de
Ribeira de Pena. Podemos constatar que a rede de estabelecimentos de Ensino Básico é constituída por
24 escolas que acolhem um total de 334 alunos, o que se traduz numa média de cerca de 14 alunos por
escola. Com este valor podemos concluir que na grande maioria as escolas deste concelho apresentam
valores muito baixos de alunos por sala e por professor. Existe uma grande percentagem de escolas
com 9 a 5 alunos inscritos (41%). Cerca de 17 % das escolas do concelho tem entre 1 a 4 alunos,
somando este valores temos cerca de 58% das escolas de Ribeira de Pena com menos de 10 alunos
inscritos. No que diz respeito aos professores, constata-se que cerca de 50 % das escolas contam com
apenas 1 professor nos seus quadros. Cerca de 71% das escolas possui apenas uma sala de aula.
Para concluir, podemos dizer que face aos valores expostos, cerca de 82% das escolas tem
apenas uma turma que, comparando com a percentagem de escolas que têm menos de 25 alunos
(83%), se pode verificar que mesmo as escolas que têm duas ou mais turmas têm valores muito baixos
em termos de alunos por turma. Todos estes indicadores servem para fundamentar as baixas taxa de
ocupação dos estabelecimentos de Ensino no concelho que rondam os 42,2%.

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Quadro n.º 45 - Caracterização da Escolas de Ensino Básico – 1º Ciclo no Concelho em (2003/2004)

N.º de N.º N.º de Capacidade


Nome do N.º de N.º de Nº de
Freguesia Salas de de alunos por (nº de Taxa de ocupação
estabelecimento Turmas Alunos Alunos por
aula Professores Turma alunos)
Professor
EB 1 de Lamas Alvadia 1 2 1 11 11 6 24 45,8%
EB 1 de Canedo Canedo 2 2 1 - - - 48 -
EB 1 de Penalonga Canedo 1 1 1 5 5 5 24 20,8%
EB 1 de Seirós Canedo 2 1 1 2 2 2 48 4,2%
EB 1 de Adoria Cerva 1 3 1 6 6 2 24 25,0 %
EB 1 de Cabriz Cerva 1 2 1 6 6 3 24 25,0 %
EB 1 de Agunchos Cerva 2 3 2 30 15 10 48 62,5 %
EB 1 de Cerva Cerva 4 9 4 68 17 8 96 70,8%
EB 1 de Rio Mau Cerva 1 1 1 12 12 12 24 50,0%
EB 1 São João Cerva 1 1 1 6 6 6 24 25,0%
EB 1 Asnela Cerva 1 1 1 6 6 6 24 25,0%
EB 1 de Limões Limões 1 1 1 10 10 10 24 41,7%
EB 1 de Macieira Limões 1 1 1 3 3 3 24 12,5%
EB 1 Carvalhas Salvador 2 3 1 13 13 4 48 27,1%
EB 1 Escarei Salvador 1 2 1 16 16 8 24 66,7%
EB 1 Fruime Salvador 1 1 1 6 6 6 24 25,0%
EB 1 Reboriça Salvador 1 1 1 6 6 6 24 25,0%
EB 1 de Rib. De Pena Salvador 2 6 4 76 19 13 48 158,3%
EB1 de Santa Eulália Salvador 1 1 - - - - 24 -
EB 1 de Trofa Salvador 1 2 1 10 10 5 24 41,7%
EB 1 Paçô St. Marinha 1 1 1 6 6 6 24 25,0%
EB 1 de St. Marinha Santa Marinha 1 2 2 26 13 13 24 108,3%
EB 1 de Bragadas Sto. Aleixo 2 2 1 5 5 3 48 10,4%
EB 1 de Sto. Aleixo Sto. Aleixo 1 1 1 5 5 5 24 20,8%

Concelho de Ribeira de Pena 33 50 31 334 11 7 792 42,2%


Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

Gráfico n.º 26 – Número de alunos, Professores, Salas e Turmas nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino no ano lectivo de
2003/2004

N º d e al uno s p o r esco la d o 1 º C iclo Nºdeprofessoresporescolado1º Ciclo

17% 17%
4% 4%4%
13%
21%
41%
50%
29%
1prof. 2prof. 3prof. 6prof. 9prof.
1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 24 2 5 ou ma i s

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Nº de Salas por escola de 1º Ciclo Nº de turm a por escola de 1º Ciclo

10% 14%
40% 20%

57% 29%

30%

1 2 3 4
1 2 3

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.2.2 - Evolução do número de Alunos

Analisando agora a evolução da população que frequenta o 1º Ciclo do Ensino Básico, observa-
se uma ligeira diminuição do número de alunos inscritos devido as quebras populacionais sentidas no
concelho. Assim se analisarmos a variação de 1994/1995 e 2003/2004 verificamos que apresenta uma
taxa de variação negativa de 30%.

Quadro nº 46 - Evolução do Número de alunos no 1º Ciclo do Ensino Básico desde 1994 a 2004 no concelho de
Ribeira de Pena
1994/1995 1995/1996 1996/1997 1997/1998 1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004
Nº de
479 454 418 425 382 362 372 362 348 334
alunos

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

Gráfico n.º 27 - Evolução dos alunos do 1º Ciclo do Ensino desde 1994 a 2004

Evolução dos alunos do1º Ciclo do Ensino Básico desde 1994 a 2004

600

500

400

300

200

100

0
1994/ 1995 1995/ 1996 1996/1997 1997/ 1998 1998/ 1999 1999/2000 2000/2001 2001/ 2002 2002/2003 2003/2004

Nº de alunos

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena.

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6.8.2.3 – Taxa de Ocupação

Um aspecto a ter em conta é que as taxas de ocupação das escolas rondam os 40%. A que
apresenta maior ocupação é a escola de Ribeira de Pena com 158,3% Seguindo-se a escola de Santa
Marinha 108,5%. Relativamente as restantes escolas apresentam valores que não superam os 70%.

6.8.2.4- Taxas de Retenção

A Taxa de Retenção no ensino Básico traduz-se na diferença dos efectivos escolares que
permanecem, por razões de insucesso ou de tentativa voluntária de melhoria de qualificações, no ensino
básico 1º, 2º e 3º ciclos, em relação à totalidade de alunos que iniciaram esse mesmo ensino.

Quadro n.º 47 – Taxa de Retenção no 1º Ciclo


Taxa de Retenção das escolas do 1º Ciclo
2001/02 2001/2002 2002/03 Média
2º Ano 21,2% 18,8% 25,2% 21,7%
3º Ano 6,6% 4,2% 4,0% 4,9%
4º Ano 2,6% 3,5% 12,8% 6,3%
Média 11,0%

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

No gráfico nº 28, é apresentada a evolução das taxas de retenção para os 2º, 3º e 4º anos ao
longo dos anos lectivos 2000/01, 2001/02 e 2002/03. O ano de escolaridade em que ficaram mais alunos
retidos foi sempre o 2º ano, tendo-se verificado nos últimos 3 anos uma ligeira tendência para aumentar.
No ano lectivo 2002/03, mais de 25% dos alunos ficaram retidos, com a agravante de este valor não
incluir ainda o Abandono Escolar.
Já no que diz respeito ao 3º ano, verificou-se uma ligeira tendência decrescente das taxas de
retenção. No 4º ano, verifica-se uma clara tendência crescente, marcada sobretudo pelo aumento
verificado entre os anos lectivos 2001/02 e 2002/03 (passou dos menos de 5% de retenções para os
quase 15%).

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Gráfico nº 28 – Taxas de Retenção nos 2º ano, 3º ano e 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico

Taxas de Retenção

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00% 2º Ano
3º Ano
5,00% 4º Ano

0,00%
2001/02 2001/2002 2002/03 Média
Taxa de Retenção das escolas do 1º Ciclo

2º Ano 21,20% 18,80% 25,20% 21,70%


3º Ano 6,60% 4,20% 4,00% 4,90%
4º Ano 2,60% 3,50% 12,80% 6,30%

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.2.5 - Condições das infra-estruturas de apoio as escolas do 1 º Ciclo do ensino Básico

No quadro que segue são apresentados de uma forma detalhada as infra-estruturas e


equipamentos de apoio as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho de Ribeira de Pena. A
primeira ilação que podemos retirar é que nenhuma das escolas possui Biblioteca. Relativamente ao
resto dos equipamentos observamos que na maioria da escolas apenas dispõem de recreio coberto e
descoberto. Verificamos assim que existe uma grande carência a maioria os equipamentos de apoio
sendo a escola de Santa Eulália a que apresenta mais carências, apenas dispõem de cantina. De referir
que estes indicadores são importantes na medida em que nos permitem medir qualitativamente os
equipamentos escolares.

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Quadro nº 48 - Equipamentos de apoio às escolas do 1º Ciclo


Nome Sala Sala de Sala de Outras Recreio Recreio Campo de
Biblioteca Baloiços Cantina
do estabelecimento polivalente informática ATL Salas Coberto Descoberto jogos
EB 1 de Lamas
Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não

EB 1 de Canedo
Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Não

EB 1 de Penalonga
Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não

EB 1 de Seirós
Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não

EB 1 de Adoria
Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não

EB1 de Agunchos
Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Não Não

EB1 de Cabriz
Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não

EB 1 de Cerva
Sim Não Sim Não Não Não Sim Não Sim Não

EB 1 de RioMau
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de São João
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Asnela
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Limões
Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Não Não

EB 1 de Macieira
Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Não Não

EB 1 de Carvalhas
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Escarei
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Friúme
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Reboriça
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Ribeira de Pena
Sim Sim Sim Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Santa Eulália
Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim

EB 1 de Trofa
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Paçô
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Santa Marinha
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Bragadas
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

EB 1 de Santo Aleixo
Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

6.8.2.6 – Estado de Conservação das escolas o 1º Ciclo do Ensino Básico

O gráfico nº 29 dá conta do estado de conservação do edificado , relativamente ao nível do


pavimento, cobertura, pintura, janelas. Podemos concluir que os problemas surgem ao nível da pintura.
Cerca de 50% dos estabelecimentos encontram-se em estado deficiente relativamente e esta
componente. No que se refere às restantes componentes analisadas verificamos que se encontram num
estado razoável.

Gráfico nº 29 – Estado de conservação dos edifícios das Escolas do 1º Ciclo

Estado de conservação dos edificios das Escolas do 1º Ciclo

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0% Pavimento cobertura Pintura Janelas Electricidade Água Esgotos Aquecimento Wc's

Deficiente 30% 20% 58% 21% 0% 27% 27% 27% 0


Razoável 60% 60% 55% 65% 80% 65% 55% 60% 56%
Bom 9% 19% 10% 14% 20% 20% 20% 13% 9%

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.3 - ENSINO BÁSICO – 2º e 3º CICLO e SECUNDÁRIO

6.8.3.1 – Caracterização das escolas de 2º e 3º Ciclo e Secundário

O concelho de Ribeira de Pena ao nível da oferta do 2º e 3 º Ciclo dispõem de duas escolas.


Uma situada em Cerva (Escola Básica do 2º e 3º Ciclos de Cerva) e outra situada em Salvador (Escola
Básica do 2º e 3º Ciclo e Secundário de Ribeira de Pena) que para além de ter o 2º e 3º Ciclo, tem
ensino Secundário, sendo a única no concelho onde é ministrado este tipo de ensino. De acrescentar
ainda que estas escolas são de gestão pública.

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Quadro nº 49 – Número de alunos/sala, alunos/turma e professores nas escolas com 2º e 3º ciclos Básico, no ano
lectivo de 2003/04.
Nome Alunos Matriculados Salas de Aula N.º de Nº de turmas Nº de Alunos/Turma Professores
2º 3º Sec. Total Alunos/n.º de 2º 3º Sec. Total 2º 3º Sec. Total com
Ciclo Ciclo Salas Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo funções
lectivas

Escola
Básica do
2º e 3º
Ciclos e 89 178 178 445 20 22,3 4 8 9 21 22,3 22,3 18,8 21,2 75
Secundário
de
Rib.Pena
Escola
Básica do
2º e 3º 85 107 - 192 8 24,0 4 6 - 10 21,3 17,8 - 19,2 -
Ciclos de
Cerva

174 285 178 637 28 22,8 8 14 9 31 21,8 20,4 19,8 20,5 75


Total

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

No quadro n.º 49 são apresentados alguns indicadores que nos permitem caracterizar as
escolas com 2º, 3º Ciclo e secundário do concelho de Ribeira de Pena. Verifica-se que no ano lectivo de
2003/2004 o número de alunos que frequentou o 2º Ciclo foi de 174 distribuídos por 8 turmas; no 3º
Ciclo de 285 alunos distribuídos por 14 turmas; e no secundário de 178 alunos distribuídos por 9 turmas.
O cálculo do rácio alunos por sala de aula foi efectuado com base no número total de alunos
que frequenta cada escola sobre o número de salas de aula de cada escola, tendo sido obtidos, para
2003/04, os resultados apresentados no referido quadro. Destes resultados pode verificar-se que o
número de alunos por sala de aula é igual ou inferior a 24 nas duas escolas. É importante salientar que
este indicador não atende à existência de outro tipo de salas e laboratórios.
Relativamente ao rácio de alunos por turma por escola, apresenta uma média para o concelho de 20,5
% situando abaixo dos valores recomendáveis.

Quadro n.º 50 – Taxa de ocupação das escola com 2º e 3º ciclo e Secundário de Ribeira de Pena no ano lectivo
2003/04
Capacidade Nº de turmas Alunos Matriculados Taxa de ocupação =
alunos Matriculados/
Nome Alunos 2º 2º 3º
Turma 3º Ciclo Sec. Total Sec. Total Capacidade
(turmax24) Ciclo Ciclo Ciclo
(turmas *24)
Escola Básica do 2º
Ciclo e 3º Ciclo e
26 624 4 8 9 21 89 178 178 445 71,3%
Secundário de Rib.
Pena
Escola Básica do 2º
e 3º Ciclos de 12 288 4 6 - 10 85 107 - 192 66,7%
Cerva
Total 38 912 8 14 9 31 174 285 178 637 69,8%

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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A taxa de ocupação é obtida pela razão entre o numero de alunos matriculados e a capacidade
(n.º de turmas *24). Assim no quadro que se segue são apresentados as taxas de ocupação de ambas
as escolas. Pode-se concluir que, pelas taxas de ocupação que apresenta têm número inferior às
respectivas capacidades, pelo que cada escola poderá ainda acolher um acréscimo de inscrições de
alunos sem exceder a capacidade máxima.

6.8.3.2 - Condições das infra-estruturas de apoio as escolas do 2º, 3º Ciclo e Secundário

Relativamente às infra-estruturas das escolas aqui em análise, podemos verificar que de uma
forma geral e de acordo com a Carta Educativa do concelho se encontram de uma forma geral em bom
estado de conservação. De acrescentar ainda que as referidas, escolas no que diz respeito a material de
laboratórios e material desportivo, estão bem equipadas mas, no entanto, não estão preparadas para
receberem cidadãos de mobilidade reduzida.

Quadro n.º 51 – Caracterização das infra-estruturas de apoio nas escolas 2º, 3º Ciclo e Secundário
N.º de N.º de salas N.º de
Nome N.º de salas N.º de Pavilhão
Salas de de Biblioteca Auditório campos de Balneários Refeitório
do estabelecimento de EVT laboratórios Desportivo
aula informática jogos
Escola Básica do 2º e 3º
8 3 2 0 Sim Não Não 1 Não Sim
Ciclos de Cerva
Escola Básica do 2º e 3º
Ciclos e Secundário de 20 1 2 1 Sim Não Sim 1 Sim Sim
Ribeira de Pena

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.3.3 – Ensino Básico – 2º Ciclo

No concelho, tal como já foi referido, o 2º Ciclo do Ensino Básico é ministrado na Escola Básica
do 2ºe 3º Ciclos de Cerva e na Escola Básica do 2º e 3º Ciclo e Secundária de Ribeira de Pena. De
seguida será apresentada a evolução do número de alunos neste nível de Ensino Básico. Da análise do
gráfico n.º 31 concluímos que a população escolar do 2º Ciclo do Ensino Básico tem vindo a diminuir
registando-se um decréscimo de 1994/95 a 2003/04 de cerca de 50% (-171 alunos)

Quadro n.º 52 – Evolução do Número de alunos Matriculados no 2º Ciclo do Ensino Básico entre os Anos Lectivos de
1994/95 e 2003/2004
Ano
1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04
Lectivo
2º Ciclo 345 319 301 265 253 260 221 198 190 174

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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Gráfico n.º 30 – Evolução do Número de Alunos desde 1994/1995 a 2003/04

400

350

300

250

200

150

100

50

0
1994/95 1995/ 96 1996/ 97 1997/98 1998/ 99 1999/ 00 2000/ 01 2001/ 02 2002/03 2003/ 04

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

No que diz respeito a taxa de retenção3 apresentada no quadro que se segue, observamos que
nos três anos lectivos aqui em analise os valores para o 5º ano diminuíram significativamente, de 21,8%
que tínhamos em 2000/01 passamos para 2,2% no ano lectivo de 2002/03. Ao contrário do que
acontece no 6º ano que no mesmo período de tempo passamos 12,5% para 19%.

Quadro n.º 53 - Taxa de Retenção e Taxa de Abandono de 2000 a 2003

Concelho de Ribeira de Pena


Taxa de Retenção Taxa de Abandono
Taxa de
2º Ciclo Retenção +
Taxa Média
Taxa Média Taxa de
2000/01 2001/02 2002/2003 2000/01 2001/02 2002/2003 de
de Retenção abandono
Abandono
(média 00/01
a 02/03)
5º Ano 21,8% 9,8% 2,2% 11,3% 7,3% 4,9% 0,0*% 4,1% 15,3%
6º Ano 12,5% 16,1% 19,0% 15,9% 5,7% 8,1% 7,9% 7,2% 23,1%
Média 2º
17,2% 13,0% 10,6% 13,6% 6,5% 6,5% 4,0% 5,6% 19,2%
Ciclo
* - Informação não disponível Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

3A Taxa de retenção apresentada apenas dizem respeito à escola para a qual existe informação disponível, a Escola Básica do 2º e 3º Ciclo e Secundário
de Ribeira de Pena.

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Gráfico n.º 31 – Evolução da Taxa de Retenção do 2º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2000/01 até 2002/03 e a
Média

Evolução daTaxa de Retenção de 2000 até 2003 no 3º Ciclo do Ensino Básico

35,00%

30,00%

25,00%
7º Ano
20,00%
8º Ano
9º Ano
15,00%
Média 3º Ciclo
10,00%

5,00%

0,00%
2000/01 2001/02 Taxa Média de
Retenção

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena


Nota: As taxa de Retenção apresentadas dizem respeito apenas à escola para a qual existe informação disponível para 2002/03.

Analisando agora a taxa de abandono para o 2º Ciclo verificamos que no 5 º Ano os valores da
taxa diminuem entre 2000/01 (7,3%) e 2001/02 (4,9%) , não dispondo de informação relativamente a
2002/2003. Para o 6º Ano, os valores da Taxa de Abandono tem vindo a aumentar em 2000/01 tínhamos
uma percentagem de 5,7% e em 2002/2003 de 7,9%.

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Gráfico n.º 32 – Evolução da Taxa de Abandono do 2º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2000/01 até 2002/03 e a
Média

Evolução da Taxa de Abandono de 2000 a 2003 no 2º Ciclo do Ensino Básico

Taxa Média de
Abandono
Taxa de Abandono

2002/2003
Média 2º Ciclo
6º Ano
5º Ano
2001/02

2000/01

0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00%

Nota: As taxa de Retenção apresentadas dizem respeito apenas à escola para a qual existe informação disponível para 2002/03. Fonte:
Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6,8.3.4 – Ensino Básico – 3º Ciclo

No quadro n.º 55 pode observar-se a evolução do numero de alunos no 3º Ciclo desde o ano
lectivo de 1994/95 até 2003/2004. Fazendo a variação deste período de tempo verificamos que esta se
apresenta negativa – 25%, ou seja menos 100 alunos.

Quadro n.º 54 – Evolução do Número de alunos Matriculados no 3º Ciclo do Ensino Básico entre os Anos Lectivos de 1994/95 e
2003/2004
Ano
1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04
Lectivo
3º Ciclo 385 384 367 343 363 341 343 354 323 285

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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Gráfico n.º 33 – Evolução no Número de Alunos desde 1994/1995 a 2003/04

450

400

350

300

250

200

150

100

50

0
1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/ 99 1999/ 00 2000/ 01 2001/ 02 2002/ 03 2003/ 04

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

Relativamente a taxa de retenção para o 3º Ciclo verificamos que apenas no 8º ano ocorreu um
aumento de 24,4% em 2000/01 passando para 25,2% em 2002/03,no 7º ano verificamos que a taxa de
retenção diminuiu de 31,7% em 2000/01 para 20,9% em 2003;. O mesmo se verificou relativamente ao
9º ano de 26,8% em 2000/01 passou para 20,7% em 2002/03.

Quadro n.º 55 - Taxa de Retenção e Taxa de Abandono de 2000 a 2003

Concelho de Ribeira de Pena


Taxa de Retenção Taxa de Abandono
Taxa de
3º Ciclo Retenção +
Taxa Média
Taxa Média Taxa de
2000/01 2001/02 2002/2003 2000/01 2001/02 2002/2003 de
de Retenção abandono
Abandono
(média 00/01
a 02/03)
7º Ano 31,7% 27,8% 20,9% 26,8% 12,7% 7,8% 12,2% 20,9% 37,7%
8º Ano 24,3% 25,9% 25,2% 25,1% 10,0% 17,2% 5,2% 25,2% 35,9%
9º Ano 26,8% 16,9 % 16,1% 19,9% 12,7% 7,7% 16,1% 16,1% 32,1%
Média 3º
27,6% 23,5% 20,7% 24,0% 11,8% 10,9% 11,2% 20,7% 35,2%
Ciclo
Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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Gráfico n.º 34 – Evolução da Taxa de Retenção do 3º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2000/01 até 2002/03 e a Média

Evolução daTaxa de Retenção de 2000 até 2003 no 3º Ciclo do Ensino


Básico

35,00%
30,00%
25,00% 7º Ano
20,00% 8º Ano
15,00% 9º Ano
10,00% Média 3º Ciclo
5,00%
0,00%
2000/01 2001/02 2002/2003 Taxa Média
de Retenção

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

Nota: As Taxas de Retenção apresentadas dizem respeito apenas à escola para a qual existe informação disponível, a Escola Básica do 2º e 3º Ciclos e
Secundário de Ribeira de Pena, com excepção do ano lectivo 2002/03, em que a informação se refere às duas escolas com 3º Ciclo.

A Taxa de Abandono para o 3º Ciclo de 2000 a 2003 manteve os 12,2%, já no 8 º ano


verificamos um decréscimo sendo que em 2000 tínhamos 10% de taxa e em 2003 de 5,2%, no 9º ano
registamos em 2000 uma taxa 12,7% e em 2003 16,1%.

Gráfico n.º 35 – Evolução da Taxa de Abandono do 3º Ciclo, por ano de escolaridade, desde 2000/01 até 2002/03 e a
Média

Evolução da Taxa de abandono no 3º Ciclo de 2002 a 2003


Taxa de Abandono

Taxa Média de Abandono

2002/2003

2001/02

2000/01

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%

7º ano 8º ano 9º ano média do 3º Ciclo

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

Nota: As Taxas de Retenção apresentadas dizem respeito apenas à escola para a qual existe informação disponível, a Escola Básica do 2º e 3º Ciclos e
Secundário de Ribeira de Pena, com excepção do ano lectivo 2002/03, em que a informação se refere às duas escolas com 3º Ciclo.

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Nota: Segundo o que se apurou junto da Escola Básica 2º e 3º Ciclo e Secundário de Ribeira de Pena,
foi criado pela primeira vez neste ano lectivo de 2005/2006, um curso CEFA (Curso de Educação e
Formação para Adultos) na área de electricidade destinado aos alunos com mais de 15 anos que
concluíram o 6º ano. Este curso tem a duração de 2 anos dando equivalência ao 9º Ano. Surgiu da
necessidade sentida pela escola de incentivar os alunos a conclusão da escolaridade obrigatória bem
como para um possível prosseguimento por parte destes alunos da vida escolar. Este tipo de cursos
revestem uma componente mais prática que vai de encontro à grande dificuldade que se encontra
nestes jovens, à motivação para a aprendizagem na escola.

6.8.3.5 – Ensino Secundário

O ensino secundário de uma determinada região deve ser estruturado de maneira a oferecer
uma maior variedade possível de cursos tendo em conta os interesses locais e as especificidades locais.
Este tipo de ensino possui características próprias, com percursos orientados para o
prosseguimento de estudos no ensino superior, e cursos orientados para a integração dos jovens no
mercado de trabalho.
Relativamente a esta última tipologia, o ensino secundário, prepara técnicos intermédios
habilitados com uma qualificação profissional de nível 3, o que permite exercer uma actividade
profissional de forma autónoma.
Dentro do ensino secundário temos um variedade de cursos que pretende dar resposta as
expectativas e necessidades da população. No sistema de ensino português existem dois tipos de
vertentes:
1ª – Os Cursos Predominantemente Orientados para o Prosseguimento de Estudos (CSPOPE)
ou cursos gerais, que permitem uma formação de base no respectivo domínio do conhecimento, como
também permitem o acesso ao ensino superior. Estes cursos são compostos por três anos lectivos (10º,
11º e 12º ano).
2ª – Os Cursos tecnológicos Predominantemente Orientados para a Vida a Activa (CSPOVA) ou
Cursos Tecnológicos, dada a sua componente tecnológica e técnica, permitem a aprendizagem de
competências profissionalmente qualificantes e tem como objectivo principal a integração do jovem no
mercado de trabalho, como permite também a continuação dos estudos com vista a frequência do
ensino superior.

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Dadas as exigências pedagógicas que revestem este tipo de cursos quer em termos de
instalações, material didáctico e de recursos humanos, aconselham a criação destas escolas em centros
que, pela sua acessibilidade e áreas de influência, permitem uma maior abrangência da população a
frequentar este tipo de curso e a fixação de um corpo docente.
No concelho de Ribeira de Pena existe apenas uma escola com ensino secundário (integrada com 2º e
3º Ciclo) de cariz público.

Quadro n.º 56 – Número de alunos, Matriculados, por Ano de Escolaridade no Ensino Secundário, no ano Lectivo de 2003/2004
CSPOPE (1) Total de
Escola Modalidade N.º de alunos Alunos
10º Ano 11º Ano 12º Ano
Escola Básica
do 2º e 3º Ciclo
e Secundário Público 75 49 54 178
de Ribeira de
Pena
(1) – Cursos Secundários Predominantemente Orientados para o Prosseguimento de Estudos
Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

A escola Secundária de Ribeira de Pena acolheu no ano lectivo de 2003/2004 cerca de 178
alunos, um valor baixo quando comparado com os alunos que frequentam o 3º Ciclo (285 alunos).
Este baixo valor pode ser explicado pelo facto do Ensino Secundário ainda não revestir carácter
obrigatório, o que leva alguns jovens a não prosseguirem os estudos e optarem pela procura de
emprego.
No quadro n.º 57 é apresentada a evolução de alunos matriculados no ensino secundário desde
1994/95 a 2003/2004, onde se verifica um ligeiro aumento do número de alunos a frequentar este tipo de
ensino. Tal como podemos observar a variação de 1994795 para 2003/2004 apresenta-se positiva 56%
(+ 64 alunos inscritos).

Quadro n.º 57 - Evolução dos alunos matriculados no Ensino Secundário desde 1994/95 a 2003/04
1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04
Escola Básica do
2º e 3º Ciclos e
114 153 155 171 193 193 159 154 166 178
Secundário de
Ribeira de Pena
Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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Gráfico n.º 36 – Evolução dos Alunos Matriculados no Ensino Secundário desde 1994/95 a 2003/04

250

Evolução do Nº de alunos no Ensino Secundário 200

150

100

50

0
1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

No quadro que se segue são apresentadas as taxas de Retenção no Ensino Secundário, no


concelho de Ribeira de Pena. Verifica-se que é no 10º Ano onde ocorre maior retenção escolar, apesar
que nos últimos anos esta taxa tem vindo a diminuir mas não de forma significativa. De acrescentar
ainda que no 12º a taxa de retenção atingiu nos últimos anos valores muito elevados (44,7%).

Quadro n.º 58 – Evolução da Taxa de Retenção do Secundário, por ano de escolaridade entre os anos lectivos de
2000/01 a 2002/03 e a Média
Anos Taxa de Retenção
escolares 2000/01 2001/02 2002/03 Taxa Média

10º Ano 35,3% 34,9% 26,6% 32,3%


11º Ano 20,8% 11,9% 4,1% 12,3%
12º Ano 34,9% 28,9% 44,7% 36,2%
Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

No que diz respeito à taxa de Abandono no Ensino Secundário, verifica-se que é o 10º ano que
apresenta maior numero de abandonos escolares, seguindo-se o 11º ano que apresenta uma taxa
significativa de 6,1%. De acrescentar ainda que, de forma geral, as taxas de abandono escolar tem vindo
a diminuir no ensino secundário desde 2000/01 até 2003/04.

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Quadro n.º 59 – Evolução da Taxa de Abandono do Secundário, por ano de escolaridade entre os anos lectivos de
2000/01 a 2002/03 e a Média
Anos Taxa de Abandono
escolares 2000/01 2001/02 2002/03 Taxa Média

10º Ano 17,6% 15,9% 15,2% 16,2%


11º Ano 12,5% 2,4% 6,1% 7,0%
12º Ano 9,3% 4,4% 5,3% 6,3%
Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.4 - ENSINO PROFISSIONAL

No concelho de Ribeira de Pena não existe oferta ao nível do Ensino Profissional.


Recentemente foram concluídas obras de beneficiação na antiga escola primária de Penaformosa
localizada na freguesia de Cerva que tinha por objectivo reforçar componente do Ensino Profissional.
Esta escola esta equipada com 4 salas, secretaria, sala de professores, instalações sanitárias e
mobiliário recentemente adquirido.

6.8.5 - ENSINO RECORRENTE E EDUCAÇÃO EXTRA-ESCOLAR

Ensino Recorrente, Educação Extra-escolar

O Ensino Recorrente define-se como um tipo de ensino destinado a um público alvo especifico
que visa garantir o acesso à educação a todos os cidadãos , tal como está consagrado na Constituição
da República Portuguesa. Este corresponde a um dos tipos de respostas institucionais de formação
apara adultos, estabelecida pelo sistema de ensino.
O Ensino Recorrente, destina-se aos indivíduos que ultrapassem a idade normal de frequência
do ensino básico e secundário sem o(s) haverem frequentado, ou que não obtiveram sucesso (ao nível
do ensino básico a partir dos 15 anos e ao nível do ensino do secundário a partir dos 18 anos).
Os cursos de Ensino Recorrente ao nível do Ensino Básico têm como objectivo principal, a
diminuição do analfabetismo, incentivar o alunos a escolaridade obrigatória e prepara-los para a
prosseguimento dos estudos para além do obrigatório, bem como promover o desenvolvimento de
competências profissionais.

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No ano lectivo de 2003/2004, o ensino recorrente no concelho de Ribeira de Pena, apenas


funcionou na escola Básica do 2º, 3º Ciclo e Secundário de Ribeira de Pena, onde frequentaram um total
de 47 alunos, 9 a frequentar o 3º Ciclo e 38 do ensino secundário.
Funcionando em horário nocturno, este ensino conta também com o apoio do Município de
Ribeira de Pena, tanto a nível financeiro como a nível logístico. Paralelamente, são organizados cursos
de formação Extra-Escolar para alunos do Ensino Recorrente, do 1º e 2º Ciclo do Ensino, pretende-se
com esta formação oferecer uma segunda oportunidade a quem abandonou precocemente a escola ou
dela não usufruiu em idade própria.
A Formação Extra-Escolar pretende incentivar o convívio e a socialização, enquanto se
desenvolvem competências e gostos por várias áreas.

6.8.6 – TRANSPORTE ESCOLAR

A Câmara Municipal de Ribeira de Pena faculta gratuitamente a todos os alunos durante o


Ensino Básico Obrigatório transporte.
No quadro apresentado abaixo figuram o número de alunos que beneficiam de transporte
escolar (268 alunos) por nível de ensino e o número total de alunos matriculados no ano lectivo
2003/2004 por nível de ensino.

Quadro nº 60 – Alunos que beneficiam de transporte escolar e sua percentagem no ano lectivo de 2003/2004
Níveis de ensino Nº Alunos Matriculados Alunos com Transporte Escolar
Nº Percentagem
Pré-escolar 172 109 63%
1º Ciclo 334 159 48%
2 e 3º Ciclos e Secundário 637 0* 0*
Total Pré-escolar e 1º ciclo 506 268 52,9%
* - dados não disponíveis Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

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Gráfico nº 37 – Percentagem de alunos que beneficiam de transporte escolar

Percentagem de alunos que beneficiam de transporte escolar por niveis


escolares

70%

60%
50%

40%

30%
20%
10%

0%
Pré-escolar 1º Ciclo Total

Percentagem 63% 48% 23%

Fonte: Carta educativa do Município de Ribeira de Pena

6.8.7 – APOIO PSICOLÓGICO DESENVOLVIDO NO ÂMBITO ESCOLAR

A Câmara Municipal de Ribeira de Pena contratou em regime de prestação de serviços uma


Psicóloga para prestar apoio psicológico a tempo inteiro aos Agrupamentos de Escolas de Cerva e de
Ribeira de Pena e para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Ribeira de Pena.
De seguida é apresentado o quadro síntese dos alunos e suas problemáticas que estão em
acompanhamento ao nível da psicologia pelos diferentes níveis de ensino no ano lectivo de 2004/2005.

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Quadro n.º61 - Síntese dos alunos em acompanhamento psicológico pelos diferentes níveis de Ensino no ano lectivo
de 2004/2005
Ano de escolaridade
N.º de alunos Tipo de Problemas

Apresenta Trisomia 21
Dificuldades de aprendizagem
Comportamentos perturbadores na sala de aula
1º Ano 6
Dificuldades de aprendizagem e agressividade para com os pares

1º Ciclo
Dificuldades de aprendizagem
2º Ano Dificuldades nas relações com os pares
8
Dificuldades na linguagem
Características de hiperactividade
3º Ano
1 Dificuldades de aprendizagem
Falta de atenção e concentração na realização das tarefas
4º Ano 3
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem;
Dificuldades de aprendizagem e falta de motivação escolar
Dificuldades na relações com os pares
Problemas de comportamento em sala de aula
5º ano 12 Comportamento perturbador em sala de aula e dinâmica familiar
Comportamento apático em sala de aula
Comportamento pouco participativo em sala de aula
Dinâmica familiar

6º Ano Problemas de comportamento em sala de aula


Dificuldades na relações com os pares
Percepção errada da socialização com os pares
Problemas perturbadores em sala de aula
11
Dificuldades nas relações interpessoais
Dificuldades de aprendizagem
Problemas de comportamento em sala de aula e recreio
Situação familiar, habitacional e económica
Dificuldade no desenvolvimento das relações interpessoais
Problemas de socialização
Conflitos familiares
Dificuldades na leitura e na escrita
Perturbação da personalidade
7º Ano 8 Falta de Motivação escolar
Problemas familiares
Rendimento escolar baixo
Comportamentos perturbadores em sala de aula
Conflitos com os pares
Comportamentos perturbadores em sala de aula e recreio
Problemas de comportamento em sala de aula e recreio
Dificuldades nas relações interpessoais e deficiência motora
Dificuldades na escrita
8º Ano 10 Suspeita de dislexia
Falta de motivação escolar
Comportamento perturbadores

Problemas na dinâmica familiar


9º Ano 4 Perturbação de personalidade
Dificuldade no desenvolvimento das relações interpessoais
Fonte: Registo efectuados pela Psicóloga de acompanhamento destes alunos

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6.8.8 – ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR

No que diz respeito aos apoios escolares, a autarquia de Ribeira de Pena disponibiliza
transporte escolar a todos os alunos, distribui gratuitamente os manuais escolares aos alunos até ao 1º
Ciclo, aos alunos do pré-escolar e do 1º ciclo garante alimentação gratuita. Aos alunos do ensino
superior atribui um incentivo anual de 400 €.

6.8.9 - ALUNOS SUBSIDIADOS

Dos dados recolhidos junto dos agrupamentos existentes no concelho, verificamos que no
agrupamento das escolas de Cerva e no agrupamento das escolas de Ribeira de Pena o número de
alunos subsidiados é o seguinte: 147 alunos num total de 287 alunos (no agrupamento de escolas de
Cerva) e 192 alunos num total de 492 alunos (no Agrupamento de Ribeira de Pena).

Gráfico nº 38 – Alunos Subsidiados por Agrupamento escolar no Concelho de Ribeira de Pena, no ano lectivo de
2003/2004

Alunos Subsidiados por Agrupamento em 2003/2004

500
450
400
350
300
Agrup. Cerva
250 492
Agrup. Rib. De Pena
200
150 287
192
100 147
50
0
Total Subsidiados

Fonte: Dados obtidos através do inquérito por questionário aplicado a ambos os agrupamentos

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Gráfico nº 39 – Percentagem de alunos Subsidiados por Agrupamento escolar no Concelho de Ribeira de Pena, no
ano lectivo de 2003/2004

Precentagem de alunos subsidiados por agrupamento

43%

57%

Agrup. Cerva Agrup. Rib. De Pena

Fonte : Dados obtidos através do inquérito por questionário aplicado a ambos os agrupamentos

Pela indicação do alunos que recebem subsídios podemos afirmar que estamos perante uma
região com algumas debilidades económicas. Verificamos também que são grandes as dificuldades
económicas de alguns encarregados de educação de fazer face às despesas com a educação dos filhos
neste sentido torna-se fundamental encontrar politicas de apoio a nível educativo de forma a combater o
abandono escolar e o trabalho infantil.

6.8.10 - PRINCIPAIS PROBLEMÁTICAS A NÍVEL DA EDUCAÇÃO

- Baixos níveis de Educação e Formação


Os baixos níveis de escolaridade e de formação da população portuguesa tem sido um
problema que o país não tem conseguido colmatar de forma eficaz o quanto seria desejável.
“Se, nos últimos 30 anos, a promessa de escola para todos foi mais ou menos cumprida, o compromisso
de ensinar todos está por realizar. Se todos estão na escola, muitos estão lá apenas a marcar presença:
os níveis de insucesso são os mais altos da União Europeia”(Visão:2005)
Ainda que nas últimas décadas existisse um esforço por parte do governo do prolongamento da
escolaridade obrigatória, factores como o insucesso escolar e abandono escolar precoce continuam a
contribuir para a manutenção deste problema. Modelos escolares muito teóricos tendo por base
estratégias verticais e pouco participativas, bem como as reduzidas expectativas dos pais face a escola
são apontadas como motivos para o insucesso escolar e abandono escolar.

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De acordo com os dados dos últimos Censos apenas 10,8% da população portuguesa tem formação
superior e que 58,64% da população tem formação até ao 9º ano, sendo que desta, 35,1% apenas
possui o 1º Ciclo do ensino básico.
Estes valores explicam as baixas qualificações escolares da população e a grande parte de
jovens que ingressa no mercado de trabalho com baixas qualificações escolares e profissionais. Da
recolha dos dados fornecidos pelo INE referentes aos censos de 2001 , verificamos para o concelho de
Ribeira de Pena
- 18,7% da população residente é analfabeta;
- 42,1% da população possui apenas o 1º ciclo;
- 9,8% possui apenas o 3º ciclo do ensino Básico;
- 2,9% possui o ensino superior
Todos estes indicadores demonstram o baixo nível de escolaridade da população em idade
activa no concelho. Esta situação reveste um carácter estrutural, e alguns estudos sobre o concelho
revelam que esta vulnerabilidade resulta de factores sócio-culturais. Quando analisamos esta temática
não podemos esquecer as consequências que estão associados como sendo o trabalho infantil, bem
como vir a desencadear situações de pobreza e de exclusão social.

- Abandono Escolar Precoce


Com a democratização do ensino a escola tornou-se acessível a todos o ensino básico, isto é, o
9º ano passou a ter carácter universal, obrigatório e gratuito. Contudo o abandono escolar precoce
continua a ser um problema no concelho de Ribeira de Pena.
O concelho apresenta assim uma taxa de abandono escolar na ordem dos 3,6% bem acima da
média nacional que se situa nos 2,7%. O abandono escolar neste concelho pode estar relacionado com
a situação económica dos agregados familiares, isto porque o facto de o aluno frequentar a escola
representa um custo acrescido no rendimento mensal. Pelo contrário, se a criança e/ou jovem for
trabalhar representa mais um força de trabalho ajudando assim nas despesas familiares.
Para combater este problema a Câmara Municipal de Ribeira de Pena tem apoiado os
agregados familiares com alunos em idade escolar nomeadamente através da oferta dos manuais
escolares a todos os alunos que frequentam o 1º Ciclo para além de oferecer também alguns materiais
de apoio.
Aos alunos que frequentam o ensino superior é lhes atribuído um incentivo anual no valor de
400€. Com este tipo de medidas o município pretende colmatar o fenómeno de abandono escolar e o

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insucesso escolar que se faz sentir no concelho. Relativamente ao abandono escolar é na passagem
para o terceiro ciclo e com maior intensidade no final da escolaridade obrigatório que este fenómeno se
faz mais sentir, o que coincide desde logo com a idade mínima para começar a trabalhar.
De acrescentar ainda, que os alunos que abandonam a escola, ou ainda aqueles que saem do
sistema de ensino depois de obterem a escolaridade obrigatória, não tem as competências profissionais
necessárias que lhes permita entrar no mercado de trabalho de forma a obter um trabalho socialmente
valorizado.

Quadro n.º62 - Taxas de Abandono Escolar, Saída Antecipada e Saída Precoce no ano 2001, em Ribeira de Pena
Tâmega e Continente
Ano de 2001 (%)
Rib. de Tâmega Continente
Pena
Abandono Escolar 3,6 6.2 2.7
Saída Antecipada 41,1 50.2 24
Saída Precoce 62,0 68.2 44
Ano de 1999/2000 (%)
Retenção no ensino básico 15,1 14.7 12.7
Aproveitamento no Ensino Secundário 73,7 63.5 63
Fonte: Ministério da Educação – www.min-edu.pt

Contudo, os alunos que abandonam a escola, quer numa saída precoce quer no final da
escolaridade obrigatória, fazem-no sem ter adquirido as competências profissionais que lhes permitam
ingressar no mercado de trabalho de forma satisfatória, ou seja, com precariedade ao nível da relação
contratual, ficando, consequentemente, sujeitos aos empregos socialmente menos valorizados, para
além de diminuir a sua capacidade reivindicativa, quer ao nível da relação contratual, quer ao nível dos
seus direitos no que concerne às condições de trabalho, nomeadamente de higiene e segurança, e
seus restantes benefícios sociais.

6.8.11 - A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA PARA O ALUNO VERSUS FAMÍLIA

Tal como tivemos oportunidade de referir, o sistema de ensino em Portugal encontra-se dividido
em diferentes níveis de ensino. Aqui poderá ser incluído o ensino pré-escolar, que embora não revista
um carácter obrigatório, tem como objectivo principal a promoção do desenvolvimento pessoal e social
da criança, bem como a integração da criança em diferentes grupos sociais. Vários estudos comprovam
que a frequência do pré-escolar varia de acordo com a posição social dos pais assim como as
habilitações literárias.

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Isto indica que existe diferença nos percursos escolares dos alunos que frequentam o ensino pré-escolar
e os alunos que não o fazem. Assim, podemos afirmar que o jardim de infância pode tornar-se um
incentivo à motivação e à capacidade dos alunos, visto que vai permitir desde cedo o contacto com
materiais didácticos bem como contribuir para o processo de socialização da criança.
Na impossibilidade de se realizar atempadamente para este presente diagnóstico um estudo sobre
os motivos que levam os jovens a abandonar a escola precocemente e as suas expectativas face ao
futuro, recorremos aos projectos educativos dos dois agrupamentos de escolas existentes no concelho
de Ribeira de Pena.
Segundo o projecto Educativo 2003/2004 do Agrupamento de Ribeira de Pena, a grande maioria
dos encarregados de educação pertencem ao sector Primário, possuindo um reduzida escolaridade o
que poderá significar que não possuem conhecimentos suficientes para poderem ajudar os filhos a
estudar. Verifica-se que a grande maioria (80%) dos encarregados de educação não ajudam os filhos na
realização dos trabalhos de casa, e são conscientes que estes não têm tempo suficiente para estudar.
Assim o grau de habilitações literárias dos encarregados desempenha um peso determinante no
rendimento escolar dos educandos. Os encarregados de educação com maiores habilitações escolares
tem no fundo maior percepção da importância da escola no papel de socialização da vida das pessoas.

Gráfico n.º 40 – Percentagem das profissões dos Pais/Encarregados de Educação em 2003/2004

Percentagem das profissões dos pais/encarregados de educação

60%

50%

40%
53%

30%

20%
27%
10%
10% 5% 4%

0%
Agricultor Doméstica Funcionário Pedreiro outra
Publica

Fonte: Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena.

Um dos problemas apontados pelo projecto educativo prende-se com a falta de expectativas dos
pais em relação a escola o que origina a que estes não incutam nos seus filhos hábitos de estudo, e não

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os esclareçam sobre a importância da escola no seu percurso, mostrando-lhes quais as vantagens de


optarem por um percurso escolar, ou as desvantagem de o abandonarem precocemente.
Outro factor que merece algum destaque resulta de os pais participarem pouco em todo o
processo educativo do filhos. Tal como podemos constatar no gráfico, os pais/encarregados de
educação na sua grande generalidade não participam no processo escolar do seu filho, 30% dos pais do
alunos do Agrupamento Escolar das escolas de Ribeira de Pena nunca foram à escola, e 17% vai uma
vez por mês. Este segundo refere o projecto educativo é um dos problemas mais graves com que se
depara a escola. De certa forma, parece existir uma abdicação por parte dos pais na educação dos
filhos, isto prende-se obviamente com a falta de tempo e com as exigências do mercado de trabalho,
que originam que os pais tenham pouco tempo quer para eles próprios quer para se dedicarem á
educação dos próprios filhos. Quando são chamados à escola, pouco ou nada participam, apenas se
limitam a ter uma postura de compradores de serviços e responsabilizando a escola da educação dos
seus.

Gráfico nº 41 – Número de vezes que os pais vem a escola – Percentagem

Número de Vezes que os pais vem a escola - Percentegem

30%

25%

20%
30%
29%
24%
15%

17%
10%

5%

0%
1 vez no mês 2 vezes por 3 vezes por ano Nunca
período

Fonte: Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena.

Segundo o Projecto Educativo aqui em análise os pais/encarregados de educação pretendem que a


escola desenvolva essencialmente dois aspectos fundamentais: preparação para a vida activa e que
ensine regras básicas de comportamento. Relativamente às expectativas, verifica-se que na sua maioria
os pais/encarregados de educação ambicionam que os seus filhos ingressem no ensino superior (56%).

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Gráfico n.º 42 – Nível de ensino que os pais gostariam que o filho estudasse

Nível de ensino que os pais gostariam que o filho estudasse

24%

56%

20%

9º ano 12º ano universidade

Fonte: Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena.

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6.13 – Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


EDUCAÇÃO

Forças Fraquezas
 Luta da comunidade contra as assimetrias  Envelhecimento Populacional;
regionais;  Baixa Natalidade;
 Trabalho em parceria realizada através dos  Elevada taxa de Analfabetismo;
agrupamentos escolares;  Elevada taxa de Abandono escolar;
 Existência de cursos de alfabetização e formação  Forte dispersão geográfica;
profissional;  Fraca Rede de transportes públicos.
 Carta Educativa;  Inexistência de instituições para responder às
 Criação de uma nova infra-estrutura Biblioteca necessidades das crianças portadores de
 Divisão de Sociocultural e desporto ; deficiência;
 Existência de uma psicóloga que presta apoio aos  Falta de recursos económicos dos pais;
agrupamentos;  Falta de oferta de Ensino profissionalizante;
 Incentivos camarários  Falta de Formação cívica
 Espaços Internet (Município, Junta);
 Rede Escolar

Oportunidades Ameaças
 Apoio de materiais às escolas;  Inexistência de formação de professores para
 Actualização da formação de professores; o ensino especial;
 DREN;  Falta de ateliers e ocupação de tempos livres
para crianças e jovens a nível nacional;
 Falta de expectativas dos pais face a escola ;
 Currículos longos e pouco apelativos;
 Reduzida participação da escola na rede de
parceria;
 Demissão do pais do papel educador em
relação ao filhos;
 Instabilidade da adolescência

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CAPÍTULO VII – EMPREGO

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7.1– EMPREGO

As actuais tendências mostram uma clara e provável situação em que o concelho de Ribeira de
Pena seguirá perdendo população devido às grandes dificuldades de gerar e por conseguinte fixar a
população residente, principalmente nas zonais rurais, (a natalidade diminui quando a população
residente em idade fértil deve procurar formas de vida em outras regiões). Dever-se-ão promover
actividades geradoras de auto-emprego ou emprego dependente da região.
Também podemos constatar, a existência de elevadas taxas de analfabetismo, de abandono
precoce da escola e de mão de obra pouco qualificada, o que constitui um factor limitativo da introdução
de inovações e novas tecnologias, logo da criação de emprego. De seguida será apresentada uma
analise sobre a temática emprego e desemprego de modo a compreender melhor estas dinâmicas
sociais.
Começaríamos por definir a população activa, segundo o Instituto Nacional de Estatística, como
o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que constituem mão-de-obra disponível para a
produção de bens e serviços que entram no circuito económico. Considerem-se, neste contexto, a
população empregada, a população à procura de novo emprego e a população desempregada à procura
do primeiro emprego.
Em Portugal as actividades económicas, são atribuídas os chamados Códigos de Actividade
Económica (CAE) de seguida será apresentada a listagem dos códigos.

Quadro nº 63 - Códigos de Actividade Económica

CAE 0 Forças Armadas


CAE 1 Membros dos corpos legislativos, quadros dirigentes da função pública, directores e
quadros dirigentes de empresas
CAE 2 Profissões intelectuais e científicas
CAE 3 Profissões técnicas intermédias
CAE 4 Empregados administrativos
CAE 5 Pessoal dos serviços de protecção e segurança, serviços pessoais, domésticos e
trabalhadores similares
CAE 6 Trabalhadores da agricultura e pescas
CAE 7 Trabalhadores da produção industrial e artesãos
CAE 8 Operadores de instalações industriais e máquinas fixas, condutores e montadores
CAE 9 Trabalhadores não qualificados da agricultura, industria, comércio e serviços.
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

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Entende-se por condição perante a actividade económica, a relação que existe entre o indivíduo
e a actividade económica desenvolvida. Esta pode revestir 3 situações: Empregado, desempregado e
sem actividade económica.
De seguida serão apresentados dados relativamente população activa e população
economicamente activa empregada relativamente às três áreas geográficas.

Quadro nº64 - População Economicamente Activa no concelho de Ribeira de Pena


População Activa População Activa empregada
Região
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Ribeira de Pena 2553 1679 874 2260 1551 709
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

7.2- Taxa de Actividade


Taxa de actividade permite definir o peso da população activa sobre o total da população. No
quadro que se segue apresenta dados relativos a população economicamente activa relativamente ao
ano de 1991 e 2001, por zona geográfica e sua percentagem.

Quadro nº 65 - População Economicamente Activa, por Zona geográfica, em 2001

Região Pop. Economicamente activa em 2001 Pop. Economicamente activa em 1991


Total Homens Mulheres % Total Homens Mulheres %
Norte 1656103 935351 720752 48,1 1501995 884046 617949 45,5
Tâmega 200343 146842 93501 46 207670 133098 74572 42,5
Rib. De Pena 2260 1551 709 43,4 2527 1820 707 30,7
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Verificamos através dos dados expostos acima no quadro nº 66, que a região que apresenta
menor taxa de actividade é ao região de Ribeira de Pena com 43,4% e regista a mais baixa das três
regiões aqui em analise. Contudo podemos verificar que a taxa de actividade tem vindo a aumentar +
12% de 1991 para 2001.

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Gráfico nº 43 – Taxa de actividade em 2001/1991

Taxa de Actividade 1991/2001

50
45
40
35
30
48,1 46 43,4 2001 -%
25
1991 - %
20
15 45,5 42,5 30,7

10
5
0
Norte Tâmega Rib. De Pena

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Quadro nº66 - Taxa de Actividade em Ribeira de Pena, em 1991 e 2001, segundo o sexo (%)

Grupo 1991 2001 Variação


Homens 43,6 45,5 +4,3
Mulheres 17,9 23,5 +31,2
HM 30,7 43,4 +12
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Analisando agora a taxa de actividade por sexo é notório que esta é mais elevada no sexo
masculino 45,5. Embora a taxa de actividade feminina tenha aumentado 31,2% continua a ser inferior a
taxa de actividade masculina.
Este aumento da taxa de actividade feminina pode estar relacionada com a evolução da
escolarização e da terciarização, bem como também poderá estar associado a estratégias familiares de
sobrevivência para fazer face às dificuldades económicas das famílias.

Quadro nº67 - População Economicamente activa e Empregada, por CAE, segundo a Zona Geográfica, em 2001.

Zona Norte Tâmega Ribeira de Pena


CAE Nº % Nº % Nº %
0 4,8 736 4,9 545 24,1
1-4 758 079 45,8 141468 58,8 672 29,7
5-9 819 298 49,5 86862 36,1 1043 46,1
Total 1656 103 100,0 240343 100,0 2260 100,0
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

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A comparação entre indicadores sobre o peso da população economicamente activa e


empregada, por zona geográfica e por código CAE, está exposta no quadro nº 65.
Assim, em Ribeira de Pena, comparativamente às Zonas geográficas sob análise, as actividades
inscritas no CAE 5 a 9 (agricultura, comércio, serviços e indústria) têm uma importância de relevo
(46,1%) seguindo-se o CAE 1 a 4, onde se inscrevem 29,7% da população economicamente activa.
Estes valores contrastam com os da Zona Norte onde se verifica uma distribuição mais ou
menos igualitária entre os indicadores de CAE 1 a 4 e 5 a 9. Já na região Tâmega verifica-se que é 1 a 4
onde se encontram mais inscritos com 58,8% da população economicamente activa. Verificamos
também que as actividades inscritas no CAE o vão perdendo peso a favor do CAE 5 a 9 em Ribeira de
Pena.

Gráfico nº 44 – População economicamente activa e empregada por zona geográfica

População economicamente activa e empregada por zona geográfica

60

50
CAE 0
40 CAE 1-4
49,5
45,8 CAE 5-9
30
58,8 46,1
20
36,1 24,1 29,7

10 4,8
4,9

0
Região Norte Tâmega Rib. De Pena

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Tal como já tivemos oportunidade de observar anteriormente de acordo com os últimos dados
do Censos de 2001 o sector primário que reúne maior população é o sector terciário (46,1%). Se
observamos os dados relativamente a 1991 verificamos que era o sector primário que detinha maior
percentagem com 56,1% da população activa.

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Quadro nº68 - Distribuição da População por Sectores de Actividade (Ribeira de Pena)

População
Sector de Actividade 2001 1991
Sector Primário (CAE 0) 24,1% 56,1%
Sector Secundário (CAE 1-4) 29,7% 15,7%
Sector Terciário (CAE 5-9) 46,1% 28,1%
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Gráfico nº 45 – Distribuição da população activa por sectores de actividade

Distribuição da pop. activa por sectores de actividade em Ribeira de


Pena

24,10%

46,10%

29,70%

Sect or Primário (CAE 0) Sect or Secundário ( CAE 1- 4) Sector Terciário (CAE 5-9)

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Depois da análise feita aos sectores de actividade económica, entendemos que seria importante
analisar a população activa empregada pelo tipo de profissão que exercem.
Analisando o quadro abaixo n.º 69 observamos que a maior parte da população empregada
exerce profissões por conta de outrem 1605 indivíduos - (71%). Seguindo-se os trabalhadores por conta
própria que reúne neste concelho cerca de 301 indivíduos – (13,3%), e 282 indivíduos – (12,4%) são
empregadores.

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Quadro nº 69 – População empregada segundo o tipo de profissão em Ribeira de Pena

POPULAÇÃO EMPREGADA SEGUNDO TIPO DE PROFISSÃO

Empregador 282
Trabalhador por conta Própria 301
Trabalhador familiar não remunerado 63
Trabalhador por conta de outrem – Militar de carreira 4
Trabalhador por conta de outrem – serviço militar obrigatório 9
Trabalhador por conta de outrem – Outros 1592
Membro Activo de cooperativa 2
Outra Situação 7
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Quadro n.º 70 – População Residente, com 15 ou mais anos, segundo o grupo etário, por condição perante a
actividade económica (sentido lato) nível de instrução e sexo, no Concelho de Ribeira de Pena

De 45 a De 60 a De 65 ou
Nível de De 15 a 19 De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 34 De 35 a 39 De 40 a 44 De 50 a 54 De 55 a 59 Total
49 64 +
Instrução e
Sexo H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M

Sem Nível de
- - 2 1 2 0 6 0 5 2 16 3 9 2 7 0 9 5 16 4 4 6 76 23
Ensino
Ensino
106 45 166 65 189 68 137 92 176 102 203 79 162 57 103 40 93 46 48 4 21 9 1403 617
Básico

1.ª Ciclo 11 4 29 10 61 20 58 28 116 46 150 44 145 47 87 29 87 74 44 12 20 5 808 291

2.º Ciclo 39 15 71 30 95 31 59 46 47 48 37 22 9 7 8 7 4 2 1 1 -- -- 370 209

3.º Ciclo 56 26 66 25 33 17 20 18 13 8 16 13 8 3 8 4 2 1 3 1 -- -- 225 117

Ensino
9 35 48 60 34 36 18 22 14 9 12 6 9 1 3 4 2 -- -- -- 1 -- 150 153
Secundário
Ensino
-- -- -- -- -- -- 1 -- -- -- -- 1 1 3 -- 2 -- 1 -- -- -- -- 2 7
Médio
Ensino
-- -- 8 10 12 13 3 5 6 5 5 17 6 13 5 4 1 1 1 2 -- -- 48 70
Superior
TOTAL 221 125 390 201 426 185 302 211 377 220 439 185 349 133 221 90 197 130 113 24 45 23 3081 1485

Fonte: INE, Censos 2001.

Como é possível deduzir pelo quadro que acima se apresenta, o nível de instrução da população
residente do concelho de Ribeira de Pena está predominantemente concentrada no ensino básico
(2020, 79,1%). Neste nível de ensino, a maioria encontra-se no 1.º ciclo do ensino (1099, 43%).
Posto isto podemos afirmar que a população residente possui qualificações académicas baixas.
Contudo, não podemos deixar de referir que a população empregada sem nenhum nível de ensino tem
igualmente uma percentagem elevada de (99,3,8%). São as camadas jovens que integram o grupo de
trabalhadores mais qualificados.

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O gráfico nº46 indica-nos as percentagens de população empregada por nível de ensino em


2001.

Gráfico nº 46 - Percentagem de população empregada, por nível de ensino, em 2001.

Percentagem de população empregada por nível de Ensino em 2001

11,8%

0,35%

4,60%

3,80%

79%

Sem Ní vel de Ensino Ensino Básico Ensino Secundário Ensino M édio Ensino Superior

Fonte: INE, Censos 2001.

7.3 - DINÂMICA EMPRESARIAL VERSUS DESENVOLVIMENTO LOCAL

Quando falamos da temática do emprego não podemos deixar de falar noutros fenómenos
sociais económicos e culturais a ela associado. O nosso concelho, como já tivemos oportunidade de
demonstrar através dos dados expostos, apresenta uma forte tendência para o envelhecimento e que a
região não oferece oportunidades de emprego de forma a fixar as populações. Atendendo ao que foi
dito, qualquer projecto de desenvolvimento integrado de uma dada região deverá equacionar as
potencialidades, os recursos, a diversidade de motivações assim como as carências e ambições das
comunidades que a compõem, para tal torna-se fundamental o envolvimento de todos os actores que
nela intervém.
O concelho revela uma dinâmica negativa devido aos grandes movimentos migratórios,
nomeadamente o êxodo rural e emigração que se fez sentir na década de 60 e parte de 70. Este
fenómeno conduziu à fuga das populações dos seus concelhos de residência para áreas
economicamente e socialmente mais desenvolvidas, quer a nível nacional (áreas metropolitanas de
Porto e Lisboa), quer a nível internacional (países da Europa).

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Contudo vários tem sido os esforços para alterar a situação, mas a região ainda não conseguiu
valorizar e fomentar os recursos e as potencialidades existentes na região e proporcionar às populações
níveis aceitáveis de bem-estar social e económico.
Várias podem ser as razões que conduzem a estes desequilíbrios, contudo é importante
destacar a falta de informação e de estudos sobre o concelho de maneira a criar políticas de
desenvolvimento que em colaboração com os diversos actores locais, criem soluções necessárias para
resolver os grandes problemas.
Nesta óptica surge o programa Rede Social com o objectivo encontrar soluções para evitar a
degradação das condições de vida que se sentem. Verificou-se que se tornava indispensável a
conjugação e coordenação de esforços por parte dos parceiros locais que, de alguma forma, pudessem
estar envolvidos num processo de desenvolvimento que se torna importante despoletar na Região.
Como se pode verificar através dos dados estatísticos atrás mencionados, o peso relativo do
concelho de Ribeira de Pena em termos nacionais e, mesmo relativamente à Região Norte, é muito
baixo, o que se explica pela debilidade do seu tecido industrial ou de serviços.
De uma forma sucinta, deve referir-se que a situação de debilidade do concelho de Ribeira de
Pena tem, se fica a dever, essencialmente à existência de um tecido produtivo incipiente, onde uma
agricultura praticada em moldes tradicionais, com níveis de produtividade muitos baixos tem um peso
significativo em termos de produto ao que se alia um sector industrial que se encontra concentrado em
actividades tradicionais apresentado baixos níveis de evolução tecnológica, situação que é agravada
com a fraca qualidade das acessibilidades de que a região se encontra dotada, sem esquecer o baixo
nível de qualificação técnica que a mão-de-obra, de forma geral, apresenta.
Desta forma, o processo de desenvolvimento a que as populações locais têm direito terá que
prever a ultrapassagem de todas as questões acima referenciadas, aproveitando também os recursos
existentes e proporcionando a fixação de mais-valias na zona, de forma a contribuir para o aumento do
emprego e para a criação de riqueza, beneficiando toda a população residente e eliminando os focos de
pobreza e marginalidade.
Estas possibilidades permitiram ao concelho afirmar-se de uma forma positiva. Caso possam ser
aproveitadas as potencialidades existentes, nomeadamente no que se refere à produção de produtos
tradicionais de qualidade, nomeadamente provenientes da transformação agro-florestal; a transformação
de recursos naturais abundantes e de boa qualidade possibilitando o aumento do valor acrescentado na
região; o aproveitamento das potencialidades existentes a nível turístico, principalmente nas fileiras de

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turismo e de turismo ecológico, que possuam excelentes possibilidades de exploração.


A criação de emprego é inquestionavelmente uma das bases de qualquer processo de desenvolvimento,
pois, só desta forma é possível garantir a manutenção das populações, nomeadamente das camadas
jovens e até provocar o aumento populacional. Por outro lado, a criação de emprego pode proporcionar
condições de salvaguarda ao gradual desaparecimento de sectores tradicionais como acontece com a
agricultura na nossa Região.
Em síntese, é necessário valorizar e fomentar os recursos e as potencialidades existentes na
região para proporcionar às populações níveis aceitáveis de bem-estar social e económico.

7.4 - ALGUNS INDICADORES DEMOGRÁFICOS

7.4.1 - Percentagem de Poder de Compra

A percentagem de Poder de Compra é entendida como sendo o peso de cada concelho no


total nacional, reflectindo a distribuição do poder de compra pelo país e a repartição da população.
Em Portugal é na região de Lisboa que se registam mais elevados com 38%, seguindo a Região
Norte com uma valor também acima dos 30%.
Observando agora os valores apresentados no quadro abaixo podemos verificar que a zona
onde se registam os valores mais baixos é no concelho de Ribeira de Pena com 0,03 % em 2002, já
para a região do Tâmega verificam-se valores mais elevados cerca de 2,84% em 2002. De acrescentar
ainda, analisando a evolução do poder de compra de 1993 a 2002 observamos que este valor tem vindo
a aumentar de uma forma gradual.

Quadro nº71 - Percentagem do Poder de Compra por Região em 1993 a 2002


Zona Geográfica 1993 1995 1997 2000 2002
Zona Norte 28,5 29,01 29,06 30,82 30,34
Tâmega 1,94 2,17 2,51 2,87 2,84
Concelho Ribeira de Pena 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03
Fonte: INE, 2001

7.4.2 - Indicador per Capita

O Indicador per Capita é um número índice que compara o poder de compra regularmente
manifestado nos diferentes concelhos, em termos de capita, com o poder de compra médio do país.

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Assim observando o quadro exposto abaixo verificamos que é novamente o concelho de Ribeira de
Pena que regista o menor numero relativamente ao índice per capita (39,27%).

Quadro nº72 – Indicador per Capita por Região em 1993 a 2002

Zona Geográfica 1993 1995 1997 2000 2002


Zona Norte 81,72 81,87 83,17 85,96 85,58
Tâmega 37,97 41,12 47,15 53,22 53,55
Concelho Ribeira de Pena 21,33 25,76 31,68 33,97 39,27
Fonte: INE, 2001

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CAPÍTULO VIII – DESEMPREGO

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8.1 – DESEMPREGO

O desemprego pode ser definido como o resultado da falta de capacidade do sistema


económico de promover a ocupação produtiva para todos aqueles que a desejam.
Esta situação têm como principais vitimas os empregados menos qualificados, contudo esta
atinge também os trabalhadores qualificados que ocupam funções intermediárias.
Assim, a formação e a qualificação são critérios importantes para esta questão uma vez que são
geradores de empregabilidade.
Por outro lado, quando falamos desta questão, surge logo a ideia de um fenómeno económico e
social relacionado com o emprego instável ou melhor, o emprego precário.
Este tipo de emprego é aquele que possibilita ao empregador ter primazia sobre o empregado,
através da fragilidade contratual, isto é, o primeiro define todas as condições no que diz respeito ao
horário, remuneração, etc.
O mercado de trabalho é o local onde se encontra a oferta e procura de emprego, contudo, o
crescimento deste tem influenciado, a diminuição de salários, o emprego precário e a baixa qualificação,
criando cada vez mais uma situação desfavorável aos trabalhadores e sobretudo aqueles que procuram
emprego.
Portugal enfrenta um desafio de fulcral importância para o seu futuro na promoção do emprego,
da formação e da integração social.
Assim, o nosso país tal como os restantes parceiros europeus tem como principal desafio a
diminuição do desemprego, sendo este um indicador de força de uma nação.
O actual modelo económico português, assenta numa economia do tipo liberal, em que o estado
intervêm na regulação da lei da oferta e da procura. A lógica de mercado, visa o ajustamento de preços,
as baixas remunerações, trabalho temporário e as contribuições para a segurança social.
Tanto a sociedade como toda a economia portuguesa, tem vindo a beneficiar das reduções das
taxas de juro e inflação, o que por sua vez diminui a taxa de desemprego.
Do ponto de vista qualitativo, a questão do desemprego encontra-se intimamente relacionada
com o desajustamento da oferta e da procura de emprego, o baixo nível de escolaridade, e o abandono
precoce da escola pelos jovens marca-a bem.
“De uma forma geral, em todo o território, a evolução do emprego/ desemprego parece indicar a
crescente importância de fenómenos de desajustamentos qualitativos associados aos processos de
reestruturação que marcam a evolução da economia portuguesa. Estes desajustamentos traduzem-se

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mais recentemente por crescimento intenso dos processos paralelos de criação/ destruição de
empresas, bem como acumulação de sinais de crescente inadequação entre a oferta e procura,
especialmente notório nos jovens” (IEFP: Plano Nacional de Emprego,1998-2003).
Um outro aspecto relacionado com o desemprego é a mobilidade profissional e geográfica.
Sabemos que a instabilidade no emprego e as situações de sub-emprego conduzem a uma degradação
do mercado de trabalho em geral em Portugal. Lisboa e Vale do Tejo são pois atractivos para o procura
de emprego, contrariamente às regiões do interior.
Na análise da taxa de desemprego, verifica-se que de uma forma geral, toda a sociedade
portuguesa, mas sobretudo nos indivíduos com mais de 40 anos, o baixo nível de formação significativo,
assim como o de inovação, serão os factores que dificultam e se tornam uma barreira para a integração
de jovens qualificados. No concelho de Ribeira de Pena a situação verificada não contraria aquilo que
foi dito até aqui, para tal torna-se necessário implementar políticas urgentes na luta contra estes factores
geradores de desemprego.
De um modo geral, por todo o país, a taxa de desemprego têm vindo a decrescer situando-se nos
4% para os homens e 6,2% para as mulheres. Apesar destes resultados, os problemas relativos à
qualidade ainda são visíveis.
Assim podemos afirmar que a situação do desemprego nos nossos dias é bastante problemática
sendo que os jovens e as mulheres são os grupos mais afectados. Contudo apesar do grupo das
mulheres ser afectado regista-se um aumento da taxa de actividade feminina que pode estar relacionada
com a evolução da escolarização e da terciarização, bem como também poderá estar associado a
estratégias familiares de sobrevivência para fazer face às dificuldades económicas das famílias.
No quadro nº 73 é apresentado o número de desempregados por sexo, bem como a sua taxa de
variação. Assim, como já foi referido anteriormente são as mulheres as mais atingidas pela questão do
desemprego, com cerca de 56,3% (165 mulheres) para o concelho de Ribeira de Pena, 62,2% para a
região do Tâmega e 56,6 % para a região Norte. Em termos de taxa de variação é de longe o concelho
de Ribeira de Pena o que teve um maior aumento da taxa de desemprego registando um valor na ordem
dos 236,7% de 45,2% para a sub-região do Tâmega e 51,6% para a Região do Norte.

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Quadro nº73 - População Desempregada por sexo, por Zona Geográfica, em 2001

Zona Geográfica Variação Total H M


de 1991- 1991 2001 1991 2001 1991 2001
2001
Zona Norte 51,6% 78430 118912 35230 51504 43200 67408
Tâmega 45,2% 8948 13016 4046 4911 4902 8105
Ribeira de Pena 236,7% 87 293 33 128 54 165
Fonte INE: Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos)

A taxa de desemprego permite-nos definir o peso da população desempregada sobre o total da


população activa. Assim de acordo com os dados espelhados no quadro nº 73, ocorreu nas três regiões
um aumento da taxa de desemprego, com o valor mais elevado a pertencer ao concelho de Ribeira de
Pena.
Concluindo, podemos afirmar que a situação de desemprego em Ribeira de Pena não se afastou
do cenário nacional, o que denota desde logo problemas económicos estruturais de âmbito nacional. A
taxa situa-se no 11,5%, com um aumento de 8,2% relativamente a 1991.
Tal como já foi referido o grupo das mulheres é o mais atingido registando um aumento de
11,8% de 1991 para 2001. O desemprego feminino no concelho é um a questão preocupante, na
medida em que a oferta existente no mercado de trabalho pode não ser suficiente para absorver esta
mão-de-obra, agravado ainda da baixas qualificações que esta franja da população possui. Em suma
podemos referir que se torna cada vez mais premente delinear estratégias locais concertadas de forma a
dar respostas a estas problemáticas.

Gráfico nº 47 - Taxa de Desemprego por sexo e região em 1991

Taxa de desempergo por sexo e região em 1991

8 7,1
7 6,5
6,2
6
5
5 4,1
3,8
4 3,3
3
3
1,8
2
1
0
total H M

Zona Norte Tâmega Ribeira de Pena

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

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Gráfico nº 48 - Taxa de Desemprego por sexo e região em 2001

Taxa de desemprego por sexo e por região em 2001

20 18,9
18
16
14
11,5
12
10 8,6 8
7,6
8 6,7
6 5,1 5,2

4 3,2

2
0
Total H M

Zona Norte Tâmega Ribeira de Pena

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Analisando agora a população desempregada segunda a condição de procura de emprego


observamos que num total de 293 desempregados, 73 desempregados isto é cerca de 24,9% do total da
população desempregada encontrava-se em 2001 à procura de primeiro emprego, e cerca de 75% à
procura de novo emprego.

Quadro nº 74 - População desempregada segundo a condição de procura de emprego e sexo em 2001


Região Pop. Des – à procura do 1º Pop. Des – à procura de novo
Emprego Emprego
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Ribeira de 73 22 51 220 106 114
Pena
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Analisando agora a população desempregada segundo seu principal modo de vida verificamos
49,1% (144 indivíduos) vivem dependentes da retaguarda familiar, seguindo-se os que se encontram a
receber subsidio de desemprego 26,6% ou seja cerca de 78 indivíduos, ambos representam 75% do
total da população desempregada.
Com apenas 37 indivíduos isto é 12,8% vivem do trabalho.

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Quadro n.º 75 – População Desempregada segundo o principal meio de vida em 2001

Total
Principal Meio de Vida
N %

Trabalho 37 12,8

Rendimentos da propriedade e da empresa 0 0

Subsídio de Desemprego 78 26,6


Subsídio temporário p/ acidente trabalho ou
0 0
doença profissional
Outros subsídios temporários 1 0,34

Rendimento Mínimo Garantido (RMG) 7 2,3

Pensão/Reforma 1 0,34

Apoio Social 0 0

A cargo da família 144 49,1

Outra situação 25 8,5

TOTAL 293 100


Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Debruçando-nos agora sobre a população residente segundo a condição perante a actividade


económica e por freguesia, verificamos que são as freguesias de Cerva (11,7%), Salvador (12,4%) que
têm uma maior proporção de pessoas com actividade económica, o que pode ser explicado pelo facto
destas duas freguesias deterem o maior numero de população residente.
Contrariamente, são as freguesias, onde predominam as marcas de ruralidade mais acentuadas e
a população é menor e onde as estruturas de emprego são escassas, são aquelas que apresentam
maiores percentagens de indivíduos sem actividade económica, nomeadamente Alvadia (1,41%),
Limões (2,6%).
Neste último grupo de pessoas sem actividade económica, destacam-se as domésticas (0,29%
do total de habitantes na freguesia de Alvadia, 0,55% na freguesia de Limões e 16,6, mas também os
aposentados ou em reserva, salientando-se os 0,90% dos residentes em Limões, 0,47%, o que estará
associado à elevada percentagem de idosos residentes nestas freguesias o que traduz desde logo uma
população envelhecida.

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Quadro n.º76 - População residente, por freguesia, segundo a condição perante a actividade económica (%)

População com actividade Económica População sem actividade económica


Aposentada Incapacitada
Zona Geográfica Total Empregada Desempregada Total Estudante Doméstica ou em para o Outras
reserva trabalho
HM HM HM HM HM HM HM HM HM
Ribeira de Pena 34,3 30,4 3,9 49,1 5,7 12,0 24,0 2,8 4,6
Alvadia 1,0 1,0 0,04 1,41 0,17 0,29 0,90 0,04 0,01
Canedo 1,9 1,9 0,02 3,72 0,16 0,94 1,9 0,40 0,32
Cerva 11,7 10,7 1,0 16,7 2,0 4,3 8,1 0,52 1,8
Limões 1,7 1,6 0,18 2,6 0,22 0,55 1,2 0,47 0,21
Salvador 12,4 11,1 1,3 16,3 2,3 4,4 7,8 0,79 1,1
Santa Marinha 3 2,1 0,9 4,33 0,31 0,74 2,5 0,10 0,68
Santo Aleixo 1,8 1,6 0,2 3,41 0,71 0,32 1,5 0,51 0,37
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Como já foi referido anteriormente, no concelho de Ribeira de Pena, a taxa de desemprego


aumentou de 3,3% em 1991 para 11,5% em 2001.
Analisando a taxa de desemprego por freguesia, verificamos que a que apresentam taxas mais
elevadas de desemprego são as freguesias de Santa Marinha 31,4% e Santo Aleixo de Além Tâmega
(15,3%), salientando-se a preponderância das mulheres desempregadas (com uma taxa de 47,1%, e
24,5%, respectivamente).

Quadro n.º 77 -Taxa de desemprego, por freguesia, em 1991 e 2001


Taxa de Desemprego (%)
Zona Geográfica Em 1991 Em 2001
HM H M HM H M
Concelho de Ribeira de Pena 3,3 1,8 7,1 11,5 7,6 18,9
Alvadia - - - 3,6 1,6 8,7
Canedo 0,3 0 0,8 1,3 1 2,1
Cerva 1,9 1,6 2,9 8,9 6,2 15
Limões 4,3 1,8 14,3 10 8,4 13,3
Salvador 5,7 3,2 11 11 8,1 16,1
Santa Marinha 5,7 1,9 13,2 31,4 18,4 47,1
Santo Aleixo de Além Tâmega 0 0 0 15,3 9,9 24,5
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Como podemos deduzir pelo quadro que abaixo se apresenta, o nível de instrução da população
desempregada do concelho de Ribeira de Pena está predominantemente concentrada no ensino básico
(235, 44,5%). Neste nível de ensino, a maioria encontra-se no 1.º ciclo do ensino (118, 22,3%).

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Posto isto, pode dizer-se que as qualificações académicas da população desempregada são
baixas. Estas baixas qualificações são obviamente um obstáculo a inserção desta população no
mercado de trabalho, e quando esta ocorre, baseia-se em empregos precários ou na economia informal,
o que conduz a situações de pobreza e exclusão social.
Por outro lado não podemos deixar de referir que a população desempregada com o ensino
superior é nula (9,1,7%), isto prende-se com o facto de não haver muita população a possuir este grau
de ensino.

Quadro n.º 78 – População Residente, Desempregada (sentido lato), segundo o grupo etário, por Nível de Instrução e
Sexo, no Concelho de Ribeira de Pena
De 45 a De 60 a De 65 ou
Nível de De 15 a 19 De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 34 De 35 a 39 De 40 a 44 De 50 a 54 De 55 a 59 Total
49 64 +
Instrução e
Sexo H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M H M

Sem Nível de
-- -- -- -- -- -- 1 -- 1 1 3 1 -- -- 1 -- -- 2 1 -- -- -- 7 4
Ensino
Ensino Básico 19 12 18 16 13 17 2 24 16 27 11 22 11 8 4 4 5 3 3 -- -- -- 102 133

1.ª Ciclo 3 -- 4 1 7 8 -- 9 11 14 10 16 10 7 4 3 5 3 3 -- -- -- 57 61

2.º Ciclo 9 6 8 8 3 5 2 13 4 12 1 5 1 -- -- 1 -- -- -- -- -- -- 28 50

3.º Ciclo 7 6 6 7 3 4 -- 2 1 1 -- 1 -- 1 -- -- -- -- -- -- -- -- 17 22

Ensino
2 3 8 2 4 7 2 5 -- 2 -- 2 1 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 17 21
Secundário

Ensino Médio -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Ensino
-- -- 2 2 -- 3 -- 1 -- -- -- 1 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 2 7
Superior
TOTAL 40 27 46 36 30 44 6 54 33 57 25 48 23 16 5 8 10 8 7 -- -- -- 230 298

Fonte: INE, Censos 2001.

Dos 255 desempregados, destacam-se os 118 (46,2%) que fizeram as diligências há 12 ou mais
meses e paralelamente, os 77 (30%) que o fizeram até um mês. É ainda de referir os 16,8% , 41
desempregados que não fizeram qualquer tipo de diligência no sentido de encontrarem um novo
emprego.

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Quadro n.º 79 - População Residente (sentido lato) , segundo a condição de procura de emprego e grupos etários, no
Concelho de Ribeira de Pena

Não Fez
Fez Diligências
Diligências
Mais de 4
Mais de 1 Mês Há 12 ou mais
Até 1 mês meses até 11 Total Total
até 4 Meses Meses
Meses
H M H M H M H M H M H M
De 15 a 19 7 4 3 2 4 3 2 4 16 13 5 2
De 20 a 24 5 7 5 3 2 4 9 4 21 18 7 2
De 25 a 29 3 4 3 1 2 4 7 16 15 25 2 2
De 30 a 34 3 4 1 4 0 2 1 16 5 26 0 4
De 35 a 39 5 9 5 2 0 2 2 14 12 27 5 3
De 40 a 44 3 8 0 1 4 1 2 12 9 22 3 4
De 45 a 49 5 4 2 0 1 0 4 3 12 7 0 1
De 50 a 54 2 1 0 1 0 1 2 0 7 3 0 2
De 55 a 59 1 2 0 1 0 0 2 3 3 6 0 1
De 60 a 64 0 0 3 0 1 0 0 0 4 4 0 0
De 65 ou mais anos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 34 43 22 15 14 17 32 86 104 151 22 21
Fonte: INE, Censos 2001.

8.2 - CENTRO DE EMPREGO DE BASTO

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) é um organismo de carácter público, sob


a tutela do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, que tem como objectivo central a execução de
políticas de emprego e formação profissional, decretadas e aprovadas pelo Estado. A nível Nacional
existem 86 Centros, espalhados por todo o território nacional. O centro de Emprego de Basto, inserido
na Delegação Regional do Norte, esta situado na vila de Arco de Baúlhe, concelho de cabeceiras de
Basto, intervém nos quatros concelhos que fazem parte da denominada sub-região de Basto,
distribuídos pelo distrito de Vila Real e Braga, a saber: Cabeceiras de Basto, Celourico de Basto,
Mondim de Basto, Ribeira de Pena.

8.2.1 - Desemprego no concelho de Ribeira de Pena, Dados oficiais do Instituto de Emprego e


Formação Profissional.

O quadro nº80 retrata a situação no que concerne a prestações de desemprego, por zona
geográfica, em 2004.
Em qualquer das Zonas Geográficas sob observação, a taxa de beneficiários de prestações sociais de
desemprego é sempre superior para o grupo das mulheres, que se situava em 2004 nos 50%.

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Quadro n.º 80 - Número de Beneficiários de prestações de desemprego, por zona geográfica, em 2004.
Zona Geográfica HM H M
N % N %
Portugal 546152 237498 43,4 308654 56,5
Zona Norte 226948 100766 44,4 126182 55,5
Tâmega 29914 13461 44,9 16453 55
Ribeira de Pena 179 89 49,7 90 50,2
Fonte; INE, 2001

8.2.2 -Movimento registado no Centro de Emprego do Basto relativamente ao concelho de


Ribeira de Pena

Analisando agora a população desempregada durante o período de Março de 2005 e Março de


2006, tendo por base os dados fornecidos pelo IEFP, constatamos que de Março de 2005 a Março de
2006 o desemprego aumentou cerca de 2,9%. Em Março de 2006, tínhamos um total de 454
desempregados, sendo que 77 (16,9%) desempregados se encontram na situação de 1º emprego e 377
(83%) na situação de novo emprego.

Género
Confirmando as tendências anteriormente analisadas, ao longo do período aqui em analise as
mulheres continuam a representar a maior fatia registado, em Março de 2006 eram 291 as mulheres
inscritas ou seja 64% do total dos indivíduos desempregados.

Tempo de inscrição
No que diz respeito ao tempo de inscrição dos desempregados que se regista um maior número
na categoria menos de um ano, que em Março de 2006, 248 desempregados 54,6%, muito próximo
temos a categoria de inscritos a mais de um ano 209 desempregados 45,3%.

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Quadro n.º 81 – Desemprego, registado no concelho de Ribeira de Pena segundo o Género, o tempo de inscrição
e a situação face à procura de emprego de Março de 2005 a Março de 2006

Género Tempo de inscrição Situação face á procura de emprego


Mês/Ano

H M Total < 1 ano 1 ano e + 1º Emprego Novo Emprego


Março de 2005 149 292 441 191 250 82 359
Abril de 2005 146 300 446 199 247 78 368
Maio de 2005 138 322 460 221 239 70 390
Junho de 2005 131 315 446 213 233 69 377
Julho de 2005 128 310 438 202 236 77 361
Agosto de 2005 128 311 439 211 228 79 360
Setembro de 2005 140 327 467 239 228 85 382
Outubro de 2005 149 316 465 240 225 87 378
Novembro de 2005 164 310 474 250 224 92 382
Dezembro de 2005 172 285 457 236 221 83 374
Janeiro de 2006 181 308 489 266 223 89 400
Fevereiro de 2006 168 300 468 258 210 85 383
Março de 2006 163 291 454 248 206 77 377
Fonte: www.iefp.pt

Faixas etárias
No que concerne as faixas etárias, observamos que o desemprego se concentra mais nas faixas
etárias 35-54 anos, em Março de 2006 tínhamos 213, 46,9%, seguindo-se a faixa dos 25-34 anos com
105 desempregados 23,1%. De referir também a faixa etária dos 55 ou mais anos que regista um total
de 32 desempregados 7,0% o que é uma percentagem muito elevada para uma faixa etária onde é mais
difícil encontrar emprego devido a idade.

Quadro nº 82 – Desemprego registado no concelho de Ribeira de Pena segundo o grupo etário de Março de 2005 a
Março de 2006

Grupo etário
Mês/Ano Total

< 25 anos 25-34 anos 35-54 anos 55 anos ou +


Março de 2005 86 106 215 34 441
Abril de 2005 89 109 216 32 446
Maio de 2005 92 13 223 32 460
Junho de 2005 86 107 223 30 446
Julho de 2005 88 94 224 32 438
Agosto de 2005 85 108 215 31 439
Setembro de 2005 93 125 217 32 467
Outubro de 2005 94 120 219 32 465
Novembro de 2005 100 117 222 35 474
Dezembro de 2005 98 104 217 38 457
Janeiro de 2006 115 110 227 37 489
Fevereiro de 2006 115 107 216 30 468
Março de 2006 104 105 213 32 454
Fonte: www.iefp.pt

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Habilitações

O desemprego é composto maioritariamente por indivíduos com baixo nível de escolaridade. De


facto, pode observar-se que em Março de 2006, a concentração de desempregados com o 1º ciclo e 2º
ciclo rondando perto dos 37,6% e dos 24,2% respectivamente. De salientar ainda é o numero registado
para quem não possui nenhum grau de ensino que se situa nos 8,8% (40 desempregados), este grupo
de desempregados tem obviamente maior dificuldade em serem absorvidos pelo mercado de trabalho.

Quadro nº 83 – Desemprego registado no concelho de Ribeira de Pena segundo os Níveis de Ensino de Março de
2005 a Março de 2006

Nível de Ensino
Mês/Ano

Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior Total


Março de 2005 42 166 116 72 36 9 441
Abril de 2005 41 159 130 71 3 10 446
Maio de 2005 42 159 144 74 40 1 460
Junho de 2005 39 158 140 65 40 4 446
Julho de 2005 40 160 126 62 44 6 438
Agosto de 2005 38 162 125 65 42 7 439
Setembro de 2005 40 165 125 69 46 22 467
Outubro de 2005 40 169 122 67 48 19 465
Novembro de 2005 43 180 116 70 49 16 474
Dezembro de 2005 45 185 104 70 40 13 457
Janeiro de 2006 45 193 118 76 45 12 489
Fevereiro de 2006 41 178 116 80 39 14 468
Março de 2006 40 171 110 85 36 12 454

Fonte: www.iefp.pt

Motivos de inscrição
Relativamente aos motivos de inscrição nos Centro de Emprego, verifica-se que a fatia maior
recai sobre a categoria fim de trabalho não permanente, 37,9%. Persiste no concelho e a nível
nacional o aumento desta modalidade de emprego. As diferentes formas de emprego precário que
compõem o emprego não permanente continuam a assumir uma proporção elevada, sendo
responsáveis, em grande medida, pelo crescimento que o emprego registou neste últimos anos.

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Quadro nº 84 – Desempregados inscritos por motivos de inscrição de Março de 2005 a Março de 2006

Grupo etário

Mês/Ano Total
Trab
Desp. Mutuo Fim trab.
Ex- por Outros
inactivos
Despedido Despediu-se
acordo
Não
conta motivos
permanente
própria
Março de 2005 6 4 1 - 8 1 14 34
Abril de 2005 8 4 4 - 11 - 1 38
Maio de 2005 4 39 1 - 5 - 4 53
Junho de 2005 6 3 1 - 6 - 3 19
Julho de 2005 9 6 - - 7 - 4 26
Agosto de 2005 8 9 1 - 8 - 10 36
Setembro de 2005 5 10 1 - 19 - 3 38
Outubro de 2005 16 2 - - 15 - 2 35
Novembro de 2005 13 2 1 - 20 - 9 45
Dezembro de 2005 2 7 2 - 12 - 4 27
Janeiro de 2006 11 10 2 0 22 0 13 58
Fevereiro de 2006 2 4 1 0 6 1 4 18
Março de 2006 6 4 2 0 14 0 3 29
Fonte: www.iefp.pt

8.3 – ASPECTOS A RETER:

Entre 1994 a 2002, segundo o Instituto Nacional de Estatística houve um aumento de cerca 40
empresas com sede no concelho de Ribeira de Pena, isto é, aumentou de 437 para 477, distribuindo-se
pelas seguintes áreas de actividade, por ordem decrescente:
 Comércio por grosso e retalho – (145, 30,3%)
 Agricultura e pesca – (89, 18,6%);
 Construção (83,17,4%)
 Alojamento e Restauração (62, 12,9%)
 Transformadoras” – (29, 6%)
 As restantes actividades situam-se abaixo do 3%
 As três primeiras áreas de actividades económicas somam no seu conjunto cerca de 6% do
total das empresas com sede no concelho.
No que diz respeito as sociedades com sede no concelho verifica-se que houve um ligeiro
aumento (+ 33 sociedades), entre 1994 para 2002. Assim em 1994 registavam-se apenas 21 sociedades
e em 2002 54 sociedades. Estas são constituídas pelas seguintes áreas de actividade:
 Comercio por grosso e retalho – (16, 29,6%)
 Transportes, armazém e comunicações – (12, 22,2%)
 Transformadoras e construção – (8,14,8%)
 As restantes actividades situam-se nos 3%

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Este conjunto de sociedades enraizadas no Concelho empregava no final do ano 2001, 265
activos.
As que mais pessoal tinha ao serviço eram as sociedades na área:
• Indústria Transformadoras (88,33,2%);
• Construção (78, 29,4%);
• Comércio (43,16,2%);
• Estas actividades no seu conjunto, empregavam, em 2001, cerca de 209 activos (78,8%) do
total de trabalhadores ao serviço nestas sociedades.

Dos 2260 indivíduos empregados no concelho:


• 545 (24,1%) Pertencem ao sector Primário;
• 672 (29,7%) no sector Secundário;
• 1043 (46,1%) no sector Terciário.

O número de trabalhadores por conta de outrem, no total dos sectores é de 1592, isto é cerca
de 70,4% do total de pessoas empregadas.

8.4 - CONCLUSÕES:
Dos 6581 residentes com 15 ou mais anos, 2260 (34,3%) é população economicamente activa
e 3656 (55,5%) não têm qualquer actividade económica;
49,1% (144 indivíduos) dos desempregados no concelho, vivem dependentes da retaguarda
familiar; 26,6% encontram-se a receber subsídio de desemprego 26,6%;
O sexo feminino é o mais atingido pelo desemprego representa cerca de 56,3 do total da
população desempregada.
49,3% do total da população são considerados inactivos (3656 indivíduos);
As debilidades do sistema de emprego deriva das manutenção de baixos níveis e de habilitação
escolar e de qualificação da sua mão-de-obra;
O desemprego não atinge apenas os trabalhadores menos qualificados, frequentemente os que
possuem níveis de qualificação mais elevados também têm, dificuldade em serem absorvidos
pelo mercado de trabalho;
Os jovens, as mulheres, os trabalhadores mais idosos e outros grupos socialmente
desfavorecidos, continuam a apresentar dificuldades de inserção no mercado de trabalho

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O tecido empresarial é composto, maioritariamente, por pequenas ou muito pequenas


empresas, e na sua maioria muito pouco abertas a necessidades de inovação.
Manutenção de assinaláveis assimetrias regionais, o que conduz desde logo na concentração
em alguns territórios rurais;

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8.5 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


EMPREGO/DEMPREGO
Forças Fraquezas
 Localização privilegiada após a construção da A7;  Êxodo Rural;
 Localização geográfica privilegiada, para o turismo;  Perda da importância do sector primário;
 Criação do parque industrial junto do Nó da A7;  Pouco espirito empreendedor e de estruturas de apoio
 Tradição Gastronómica;  Pouco espírito empreendedor;
 Grande riqueza arquitectónica e paisagística;  Insuficiente capacidade de inovação empresarial com a estagnação
 ACISAT; ou perda de sectores ligados a gastronomia e ao artesanato;
 PROBASTO;  Falta de produtos locais de referência;
 Centro de Emprego de Basto;  Inexistência de uma estrutura para valorização de actividades
 Nervir; económicas da região;
 Vasta área Florestal;  Envelhecimento Populacional;
 Associação Florestal;  Baixa Natalidade;
 Pecuária, vitivinicultura;  Elevada taxa de Analfabetismo;
 Trabalho desenvolvido de parceria entre entidades públicas e privadas;  Elevada taxa de Abandono escolar;
 Existência de instituições de apoio IPSS e Segurança Social;  Forte dispersão geográfica;
 Agricultura como forma de subsistência de algumas famílias;  Rede de transporte deficitária;
 Melhores acessibilidades;  Falta de apoios à criação de projectos;
 Parque industrial;  Falta de incentivos para a modernização de novas actividades
 Experiência dos artesãos do concelho; económicas;
 Pouca dinâmica empresarial
 Desemprego;
 Envelhecimento populacional;
 Baixas qualificações profissionais da população;
 Insuficiente apoio a jovens empresários
 Elevada taxa de desemprego;
 Tecido empresarial débil;
 Excessiva dependência de subsídios;
 Falta de empreendorismo

Oportunidades Ameaças
 Aumento do número de visitantes com a A7;  Existência de uma forte concorrência de produtos estrangeiros face
 Localização geográfica favorável; aos produtos nacionais;
 Valorização dos produtos tradicionais (gastronomia, artesanato);  Desertificação;
 Valorização dos espaços verdes;  Interioridade;
 Formação Profissional;  Êxodo rural;
 Apoios comunitários;  Existência de focos de pobreza e de exclusão social;
 Apoio à criação de emprego;  Existência de mão-de-obra não qualificada;
 UNIVA;  Êxodo da população para o mercado de trabalho na cidade
 Aproveitamento dos recursos naturais (projectos turísticos);  Abandono das aldeias e concentração das populações na sede do
 Mão-de-obra disponível concelho;
 Insuficientes apoios aos grupos socialmente vulneráveis.
Conjuntura económica do país;
 Vinda de outros trabalhadores (imigrantes);
 Tipo de legislação;
 Insuficiência de apoios a fixação de empresas no interior – política
local;
 Atractivo pelo litoral e dos grandes centros

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CAPÍTULO IX – SAÚDE

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9.1 – INDICADORES DA SAÚDE

O estado de saúde de um país corresponde, genericamente, ao grau de desenvolvimento do


mesmo. A partir dos anos setenta tem-se verificado melhorias significativas em alguns indicadores. O
sistema de saúde nacional está organizado de maneira a prestar cuidados a toda a população nas áreas
da prevenção, tratamento e reabilitação, podendo ser acesso quase gratuito, uma vez que admite taxas
moderadoras.
Constatamos que nos últimos quarenta anos a esperança de vida aumentou 7,8 anos nas
mulheres e 8,4 nos homens, tendo passado, respectivamente, de 71 anos para 78,8 anos e de 63,3 para
71,7 anos, entre 1970 e 1998. Segundo os dados do INE, a taxa de mortalidade no Concelho, em 2002,
era de 16,5 %. O quadro nº85 mostra a taxa de mortalidade de 1992 a 2002.

Quadro nº 85– Taxa de Mortalidade no concelho de Ribeira de Pena em 1991/2000

Ano Taxa de Mortalidade


2000 15.25
1999 10.94
1998 11.43
1997 11.77
1996 13.22
1995 14.25
1994 10.75
1993 13.87
1992 14.37
1991 14.56

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

No gráfico nº 50 são apresentados os número de óbitos no período de 1992 a 2002, verificamos


que este sofreram poucas alterações.

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Gráfico n.º 49 – Número de óbitos no concelho de Ribeira de Pena desde 1992 a 2002

Óbitos no concelho de Ribeira de Pena de 1992/2002

140
121 120
115 115 114
120
105
100 92 89
88 88
83
80

60

40

20

0
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

O gráfico nº50 indica o número de óbitos segundo a causa de morte, em 1999, verificamos que
96% das causas de morte foram as doenças. E que 2% das mortes derivam de acidentes.

Gráfico nº 50 – Óbitos segundo a causa de Morte no Concelho de Ribeira de Pena em 1999.

Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

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9.2 - ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Através do quadro nº86 pode verificar-se a condição do Concelho relativamente a centros de


saúde e avaliarmos o seu peso em relação à situação nacional, da Região Norte e do Tâmega.

Quadro nº 86 - Estabelecimentos de Saúde por Zona Geográfica em 2001


Estabelecimentos Zona Norte Tâmega Ribeira de Pena

Hospitais 64 3 0
Centros de Saúde e extensões
572 82 2
dos centros de saúde
Fonte: INE, CD-ROM O País em Números.

Quadro nº87- Indicadores de Saúde em 2003


Zona Enfermeiros Médicos por Farmácias e postos Internamento Consultas Camas por Camas
Geográfica por 1000 1000 de medicamentos por 1000 por habitante 1000 Tx. Ocupação
habitantes habitantes por 1000 habitantes habitantes habitantes %
Portugal 4,2 3,3 0,3 118,3 3,7 3,8 73
Zona Norte 3,8 3.0 0,2 112,9 3,8 3,1 71
Tâmega 1.6 0,7 0,2 - - - 59.0
Ribeira de 2.7 1,0 0,3 16,2 3,8 1,9 39
Pena
Fonte: INE,2001

Do quadro nº 87 podemos concluir o seguinte:

 O concelho, comparativamente, detém um número de médicos inferior à média nacional, bem


como de enfermeiros;
 Por habitante, o concelho apresenta uma média de consultas ligeiramente acima à da média
nacional e da Zona Norte.
 O concelho apresenta uma média de cama e de internamento bastante a baixo da média
nacional, da zona Norte e da sub-região Tâmega.
 A taxa de ocupação das camas no concelho deRribeira de Pena fica bastante abaixo das
regiões aqui em análise.

Quadro nº 88 – Centros de Saúde e suas extensões por concelho, 2003


Zona Centros de Saúde
Geográfica
c/internamento S/internamento Extensões Camas
Portugal 70 323 1945 1161
Norte 21 104 442 395
Tâmega 5 12 65 122
Rib. De Pena 1 - 2

Fonte:INE,2002

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Segundo podemos observar através do quadro nº 89, são apresentados as várias


especialidades médicas por zona geográfica. Assim verificamos que o concelho de Ribeira de Pena
comparativamente ao resto das regiões em análise que apenas dispõem de um medico especialista.

Quadro nº 89 – Médicos por concelho de Residência, segundo a especialidade por concelho em 2003
Zona Não Especialistas Cirurgia Estomatologia Ginecologia Medicina oftalmologia Ortopedia Pediatria Psiquiatria Outras
Geográfica especialistas geral E Geral e especialidades
Obstetrícia Familiar
Portugal 12087 24666 1339 723 1387 4705 773 881 1368 878 12612
Zona Norte 4057 7626 413 214 431 1625 205 278 430 3743 3743
Tâmega 169 209 15 7 5 103 2 7 6 3 61
Ribeira de 6 1 - - - 1 - - - - -
Pena
Fonte:INE,2002

10.3 – ESTABELECIMENTO DE SAÚDE EM RIBEIRA DE PENA

O concelho de Ribeira de Pena possui, ao nível dos cuidados de saúde: um centro de saúde
com serviço de urgência e internamento sedeado na freguesia do Salvador(que serve as freguesias de
Salvador, Canedo, Santa Marinha, Santo Aleixo de Além Tâmega, Alvadia), uma extensão do centro de
saúde que funciona na freguesia de Cerva (que serve as freguesias de Cerva e Limões). São prestados
cuidados médicos e de enfermagem nas áreas de Saúde Infantil, Saúde Materna, Planeamento Familiar,
e cuidados médicos de base. Conta também com uma unidade móvel de saúde que percorre todas as
freguesias do concelho. Esta resulta de uma colaboração entre o Centro de Saúde, a Santa Casa de
Misericórdia de Ribeira de Pena e o Município, e visa despistar várias situações clínicas, nomeadamente
da Diabetes, Hipertensão Arterial, bem como a vigilância da saúde dos grupos mais vulneráveis. A
Unidade Móvel esta equipada com oxigénio, eletrocardiógrafo, esfignomanómetros, aspirador e
nebulizador, e o restante material necessário para os cuidados de saúde. A curto prazo está previsto a
construção de uma Unidade de Cuidados Continuados e uma Unidade de Fisioterapia, a funcionar na
Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena. Esta infra-estrutura vai dar resposta a algumas
carências da população idosa do concelho na área do atendimento da saúde.

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A Santa Casa da Misericórdia com esta unidade complementar pretende prestar um acompanhamento
adequado aos pacientes no período de convalescença.
O centro de saúde e a sua extensão conta com mais de 7 mil utentes, tendo a sua disposição 5
médicos e 15 enfermeiros. Também conta com o apoio de 9 administrativos e 10 auxiliares e dois
técnicos (1 técnico de saúde ambiental e um técnico de serviço social).
Relativamente as vagas existentes constatamos que existem ainda vaga para 3 médicos e dois
enfermeiros.

9.4 - CENTRO DE SAÚDE DE RIBEIRA DE PENA

10.4.1 - Ficha Técnica

 Ano de construção: 1980


 Ano de abertura: 1980
 Ano da últimas obras: 2005

- Objectivos:
 Promover a saúde e a prevenção da doença
 Assistência na doença

- Estrutura:
 Número total de quartos: 8
 Número de quartos em funcionamento: 8
 Número total de Camas. 14
 Número total de enfermarias: 5
 Número de enfermarias em funcionamento: 5
 Número de consultórios médicos: 4
 Número de consultórios médicos em funcionamento: 5

- Funcionamento:
 Horário de funcionamento: 8 – 20 horas
 Horário de atendimento: 8- 20 horas
 Freguesias abrangidas: 5 (Salvador, Santa Marinha, Canedo, Alvadia, Santo Aleixo de Além
Tâmega)

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 Número de utentes por médico: 1689


 Número de utentes sem médicos: nenhum

Serviços:
Tipo de Serviços Sim Não
Serviço de atendimento permanente X
Serviço de Urgência X*
Consultas de Clínica Geral X
Consultas de Planeamento Familiar X
Consultas de Saúde Infantil X
Consultas de Especialidade X
Consultas de Enfermagem X

* serviço disponível até as 20 horas

Equipamentos Médicos:
O Centro de saúde conta com os seguintes equipamentos: electrocardiografico; desfibrilador;
Nebulizador; Aparelho de Hemograma; Oximetro; Aparelho de medir a tensão arterial; Dx- Glicemia
capilar; entre outros.

Recursos Humanos:
Recursos Humanos – Saúde – 2004 Número
Nº de Médicos 5
Nº de Enfermeiros 15
Nº de Pessoal Administrativo 9
Nº de Pessoal Auxiliar 10
Nº de Pessoal Técnico 2

Fonte: Inquérito da Rede Social, 2006.

Recursos Humanos segundo o tipo de contrato e o lugar vagos


Recursos Humanos – Saúde – 2004 Contratados No quadro Vagos
Médicos 2 0 3
Enfermeiros 5 10 2
Médicos Especialistas - 3 -
Pessoal Administrativo - 9 -
Pessoal Auxiliar 3 7 -
Pessoal Técnico 1 1 -

Fonte: Inquérito da Rede Social, 2006.

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Mapa estatístico sobre consultas


Destino do utente 1- 01- 2004 a 31-12-2004 1 – 01-2005 a 31 – 12 - 2005
Ambulatório no C.S ou Domicilio 4387 4388
Internamento C.S 82 112
Cuidados Hospitalares 468 400

Mapa estatístico sobre consultas


Tipo de Consulta 1- 01- 2004 a 31-12-2004 1 – 01-2005 a 31 – 12 - 2005
Domicílios 15 59
Total de consultas 25013 24450
Consulta de reforço 137 13
Primeiras consultas 5655 5527

Mapa estatístico sobre consultas


Período Saúde Infantil (2 – 13 anos) Saúde Juvenil 14 – 18 anos

Vigilância Doença Total Vigilância Doença Total


1º ano Seg.s 1º ano Seg.s 1º ano Seg.s 1º ano Seg.s
1- 01- 2004 a 341 399 232 292 1264 61 71 207 190 529
31-12-2004
1 –01-2005 a 277 339 236 291 1143 64 73 166 154 457
31–12 -2005

Mapa estatístico sobre consultas


Período 1ª consulta vida

< = 28 dias > 28 dias < 3 > = 3 meses Total


meses < 12 meses

1- 01- 2004 a 28 10 5 43
31-12-2004
1 –01-2005 a 29 18 1 48
31–12 -2005

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Mapa estatístico sobre consultas


Período Vigilância

1º ano Seguintes Total consulta


< 12 12 a 23 < 12meses 12 a 23 meses de vigilância
meses meses

1- 01- 2004 a 71 30 180 137 418


31-12-2004
1 –01-2005 a 68 26 154 98 346
31–12 -2005

Consultas de Planeamento Familiar


Período Planeamento familiar

1º ano Seg. Total

1- 01- 2004 a 659 985 1644


31-12-2004
1 –01-2005 a 695 709 1404
31–12 -2005

• Os internamentos no Centro de Saúde aumentaram de 2004 para 2005;


• Os cuidados hospitalares diminuíram de 2004 para 2005;
• Em contrapartida as consultas domiciliárias aumentaram de 2004 para 2005 (+ 44
consultas) o que vem reforçar que estamos perante um população envelhecida e que requer
muitos cuidados de saúde;
• Relativamente as consultas de Planeamento familiar estas diminuíram de 2004 para 2005.

Os itens seguintes tiveram como objectivo recolher opinião acerca da instituição, para tal foi aplicado um
inquérito por questionário onde se obtiveram as seguintes conclusões:

- Espaço exterior:
Espaços exteriores Características
Espaços verdes Razoável
Acessos á instituição Razoável
Adaptação do espaço a deficientes Inexistência de portas automáticas
Estacionamento Deficiente

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- Espaço interior:
Espaços interiores Características
Nº de consultórios Muito Bom
Dimensão do Nº de consultórios Muito Bom
Luminosidade Boa
Aquecimento Bom
Arejamento Bom
Organização do espaço Boa
Casa de banho Razoável – não estão adaptados a deficientes
Sala de espera Razoável – cadeiras pouco confortáveis

- Equipamentos:
Equipamentos Características
Equipamento médico Razoável
Equipamento informático Razoável

Recursos Humanos:
Número de recursos humanos Características
Nº médicos Deficiente
Nº de enfermeiros Razoável
Nº de pessoal administrativo Bom
Nº de pessoal auxiliar Razoável
Nº de pessoal técnico Deficiente

- Apoio/Relacionamento com outras entidades:


Entidades Características
Município de Ribeira de Pena Razoável
Juntas de freguesias Razoável
Colectividades/ Associações Razoável
Centro de Emprego Deficiente
Escolas Bom
Igreja Razoável
Segurança Social Bom
Outras instituições Razoável

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10.5 - Toxicodependência e Alcoolismo e Violência doméstica

10.5.1 - Toxicodependência

O gosto constrói-se, e posteriormente cria um hábito, e deste hábito à dependência e desta


a doença, as distâncias podem ser rapidamente galgadas com forte prejuízos para o indivíduo, a
família, a comunidade e a sociedade em geral.(Magalhães,2002,58)

No concelho Ribeira de Pena não existe qualquer instituição para o tratamento ao nível das
toxicodependências. Contudo sabemos da existência do fenómeno preocupante e latente no concelho
embora não dispondo de dados concretos. Existem alguns toxicodependentes que estão a ser
acompanhados pelo CAT de Vila Real. Não se sabe o número exacto de toxicodependentes residentes
no concelho de Ribeira de Pena. Seria pertinente e útil a realização de um estudo de investigação que
permitisse identificar e caracterizar os toxicodependentes residentes no concelho de Ribeira de Pena,
por maneira a delinear estratégicas de actuação concertados que conduzam a processos de reinserção
dos mesmos.

9.5.2 - Alcoolismo

“O alcoolismo é uma das patologias que mais afligem indivíduos e colectividades,


pelas suas particularidades e história através dos tempos é tão antigo quanto o
próprio homem”. (Fortes & Cardo 1991, Cardim et al. 1986, Vargas 1983,
Materazzi 1985).

Relativamente ao alcoolismo, não existem referências específicas de consultas de alcoologia, no


Centro de Saúde, contudo sabe-se que existe um elevado número de casos de alcoolismo.
De acrescentar ainda que existe um número significativo de mulheres com esta patologia. Os
problemas ligados ao álcool projectam-se na vida relacional das famílias, no trabalho e sob variados
aspectos na Comunidade.
A Região Norte é responsável por 66,5% da produção de vinho a nível nacional. O quadro que se
segue apresenta o consumo excessivo de álcool por distrito. Na falta de dados relativos ao concelho
reportamo-nos aos dados a nível distrital. Do conjunto dos distritos, o distrito de Vila Real, surge em
1994, no quarto lugar. A percentagem de alcoólicos no Distrito, é de 11,0%, ocupando igualmente, o 4º
lugar a nível nacional.

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Os costumes e tradições do nosso concelho estão muito associados ao consumo do álcool. É


muito usual nas aldeias do concelho que a sala de visitas seja a ”adega” e que as pessoas
independentemente da idade que “levem a mal” se não aceitarem beber um “copo”. Hoje em dia beber é
considerado um acto social. Este tipo de atitudes e comportamentos reflectem bem que o álcool constitui
constante “risco” para a saúde e segurança do indivíduos na sociedade.

Quadro nº90 - Percentagem de Bebedores Excessivos por Distrito

Distrito %
Aveiro 11,9%
Beja 4,7%
Braga 11,3%
Bragança 14,4%
Castelo Branco 15,1%
Coimbra 13,2%
Évora 4,7%
Faro 4,4%
Guarda 15,2%
Leiria 12,4%
Lisboa 11,0%
Portalegre 4,9%
Porto 11,3%
Santarém 6,8%
Setúbal 10,3%
Viana do Castelo 12,4%
Vila Real 13,7%
Viseu 13,3%
Fonte: Aires Gameiro, 1994

Com estes dados podemos afirmar que em Portugal, o álcool é a 4ª causa de morte. A taxa de
mortalidade por doenças crónicas do fígado e cirrose representam 26% dos óbitos no Distrito.

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Percentagem muito elevada quando comparada com a Zona Norte que apresenta valores na
ordem dos 19, 9%, e 17,5 da média nacional.

Gráfico nº51 - Taxa de Mortalidade (Alcoolismo) por zona geográfica em 2002

Taxa de Mortalidade (Alcoolismo)

17,50%
Portugal

19,90%
Norte

26%
Vila Real

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Fonte:CRAN,2002

Pela apresentação do gráfico acima verifica-se uma elevada taxa de mortalidade por alcoolismo,
comparativamente aos mesmos indicadores reportados a Portugal e à Região Norte.

O Centro Regional de Alcoologia do Norte, refere que as principais consequências do alcoolismo


são as seguintes:
- Elevada Taxa de Mortalidade (é a 4ª causa indirecta de morte);
- Os custos económicos e sociais representam 3 a 5% do PIB;
- Acidentalidade rodoviária (1 em cada 3 acidentes);
- Acidentalidade Laboral (15ª 30% dos acidentes);
- Violência familiar (conjugal e crianças);
- Criminalidade: em Portugal entre 1995 e 2003, os crimes ligados ao álcool, triplicaram, passando, em
igual período, de 81 para 218, por cada 100 habitantes;

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9.5.3 - Violência Doméstica

“Apesar da família ser idealizada como um espaço seguro, como lugar privilegiado dos afectos
sabe-se, nos nossos dias, que ela constitui um espaço onde são cometidas as mais diversas
agressões sobre história dos seus membros. Embora a violência doméstica só recentemente se
tenha tornado num problema público ela não constitui um fenómeno novo”. (Gelles,1987,p.13).

Tal como nos mostram alguns estudos sobre esta temática, a violência na família tem sido um
fenómeno constante quer nas sociedades ocidentais, quer noutras sociedades e culturas no mundo. No
decorrer dos anos, esta tem sido um fenómeno latente nos membros da família mais vulneráveis
nomeadamente sobre as mulheres, crianças e idosos. Contudo, mantém-se a tradição histórica de
violência na família e de tolerância sócio-cultural em relação a este fenómeno o que explica, em parte, o
interesse e a identificação tardia deste fenómeno. No entanto, a “família moderna” tem tentado manter o
sentimentalismo dentro da família continuando a ser palco onde se praticam actos violentos.
Apesar de se tentar idealizar um tipo de família harmoniosa, actualmente nenhuma família esta
livre de desencadear comportamentos agressivos sobre os seus membros. Tal como defende o autor
José Azevedo é aqui que reside o carácter paradoxal da família moderna.(Azevedo, 2002: 181).
Assim a família é vista como um espaço onde se desencadeiam relações de intimidada,
privacidade e de autenticidade, como ser um espaço marcado pela violência sobre os seus membros.
Mas, a análise desta temática acarreta alguns problemas metodológicos. Dado o carácter
privado e confidencial deste fenómeno bem como a sua pouca visibilidade, torna-o como um fenómeno
de difícil estudo. Esta dificuldades tornam-se ainda maiores quando reportadas ao contexto português,
isto porque só recentemente é que o fenómeno da violência doméstica é classificado como um problema
social emergente nas nossas sociedades. Relativamente a esta temática não existem dados disponíveis,
o que não significa que o fenómeno não seja latente no concelho muito pelo contrário, o facto é que a
maioria dos casos de vitimas de maus tratos não denunciam o fenómeno.
No contexto nacional as estatísticas afirmam que em cada semana seis mulheres são vitimas de
atentado contra a vida. A violência contra as mulheres no contexto doméstico é a maior cauda de morte
e invalidez nas mulheres com idade 16 anos e aos 44 anos, ultrapassando o cancro e os acidentes de
viação.

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No que diz respeito á violência doméstica contra as mulheres, a sua denúncia e medidas de
apoio tem sido da responsabilidade de algumas Organizações Não Governamentais, nomeadamente da
Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres (CIDM), a Associação Portuguesa de Apoio
à Vitima (APAV). Não existe contudo nenhuma instituição no concelho que possa acolher mulheres
vitimas de maus tratos.

9.5.4 – NEGLIGÊNCIA PARENTAL

Outro factor que merece aqui da nossa parte uma especial atenção é negligência parental. De
acordo com os dados da CPCJ de Ribeira de Pena a negligência e os maus tratos físicos e psicológicos
os principais motivos que intervenção.
Posto isto, torna-se premente desencadear uma linha de intervenção junto destas famílias que
aposte na prevenção capaz de promover soluções ás situações problemas que se apresentam. Estas
acções devem centrar-se no apoio ás famílias/indivíduos e redes de solidariedade, assim como
desenvolvimento e dinamização dos recursos de apoio para os indivíduos que no exercício das suas
funções e competências servirem de base ao nível social e pessoal.

9.6 - Farmácias

O quadro nº91 permite verificar o número de farmácias existentes em termos geográficos.

Quadro nº91 - Farmácias e Profissionais de Farmácia por Zona Geográfica, em 2001

Zona geográfica Nº Farmácias Profissionais de Farmácia


Portugal 2566 6601
Zona Norte 757 2644
Tâmega 206
Ribeira de Pena 2 9
Fonte: INE,2001

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9.7 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Saúde
Forças Fraquezas
 Existência de um Centro de Saúde e uma
extensão do mesmo;  Insuficiência de pessoal técnico e de
 Unidade Móvel de Saúde; recursos humanos;
 A totalidade da população usufrui de médico de  Inexistência de um Centro de Apoio à
família; Toxicodependência;
 Centro de Cuidados continuados;
 Unidade de Fisioterapia;
 Protocolo entre o Município e a Cáritas de Vila
Real (toxicodependência e alcoolismo)

Oportunidades Ameaças
 Alargamento dos cuidados domiciliários;  Alcoolismo e toxicodependência;
 Programa de alargamento de equipamentos de  Envelhecimento populacional;
Redes Sociais – PARES  Violência doméstica;
 Outros tipos de comportamentos de risco
dos mais jovens.

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CAPÍTULO X – ACÇÃO SOCIAL

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10.1 ACÇÃO SOCIAL

“A acção social, consiste numa “forma de protecção social, destinada a prevenir determinadas situações
de carência económica ou social e assegurar especial aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente
crianças, jovens e idosos, bem como a outras pessoas nas situações acima mencionadas, quando estas
situações não sejam ou não possam ser superadas através do Regimes de Segurança Social”. (INE:
Cadernos Regionais).

Nesta fase importa elencar os recursos que existem actualmente para dar resposta ao nível da
acção social. Assim, no concelho de Ribeira de Pena existem algumas instituições que tem a sua área
de actuação na acção social, nomeadamente o C.D.S.S.S – Serviço Local de Ribeira de Pena, Câmara
Municipal de Ribeira de Pena, Santa Casa de Misericórdia e outras entidades que visam
fundamentalmente responder as necessidades das famílias e da sociedade civil. Estas instituições que
actuam na área social desempenham um papel relevante no âmbito da politica social.

11.2 - INSTITUIÇÕES QUE PRESTAM SERVIÇO NA ÁREA SOCIAL

11.2.1 – Acção Social da Câmara Municipal

A acção social da Câmara Municipal de Ribeira de Pena integra-se na Divisão Sócio-cultural.

A divisão Sócio-Cultural compreende os seguintes serviços:


- Apoio administrativo;
- Acção Social e saúde;
- Educação;
- Cultura;
- Desporto
Esta divisão tem como principais competências na área da acção social e saúde:

a) Promover a articulação das actividades sociais realizadas no município, designadamente as


dirigidas à infância, idosos e deficientes;
b) Estimular e apoiar a criação e o funcionamento de associações de solidariedade social, nas
áreas da infância, idosos e deficientes;
c) Dinamizar as estruturas concelhias de coordenação, nos domínios da acção social e saúde;

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d) Proceder à realização de levantamentos e estudos de diagnóstico da situação, no âmbito da


infância, idosos e deficientes;
e) Propor, promover e apoiar programas de ocupação de tempos livres e actividades destinadas à
infância, idosos e deficientes;
f) Promover contactos e propor formas de actuação conjunta com associações e instituições locais
e regionais, de modo a resolver situações problemáticas de crianças em risco, marginalidade e
debilidade económica;
g) Proceder ou propor a elaboração de estudos e inquéritos sobre a situação económica da
população, de modo a propor superiormente medidas que visem debelar carências sociais da
comunidade;
h) Encaminhar casos de carências sociais detectados para os organismos competentes da
administração central e regional;
i) Concretizar planos anuais de actividades, em colaboração com o centro de saúde de Saúde;
j) Proceder a acções de informação e divulgação na área prevenção;
k) Propor, promover ou apoiar a realização de encontros concelhios na aérea social e da saúde;
l) Proceder a estudos e projectos para a definição e implementação de equipamentos para a
infância, idosos e deficientes;
m) Assegurara as competências municipais no âmbito do Rendimento mínimo garantido e da
Comissão de Protecção de Menores;

Esta divisão tem como principais competências na área da apoio administrativo:

a) Minutar e dactilografar o expediente dos respectivos serviços;


b) Informar os processos burocráticos a cargo dos serviços;
c) Organizar e actualizar os ficheiros do serviço;
d) Efectuar os demais procedimentos administrativos que lhe sejam determinados.

Esta divisão tem como principais competências na área da educação:


a) Realizar diagnósticos da situação escolar do concelho, em cooperação com os vários níveis de
ensino , com vista à elaboração de propostas de implementação de equipamento escolar;

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b) Executar as acções inerentes ao bom funcionamento dos estabelecimentos da rede publica de


educação pré-escolar e ensino básico do município;
c) Promover e apoiar programas de actividades de ligação escola-comunidade;
d) Apoiar, no plano técnico, a participação da Câmara nos órgãos de gestão e administração dos
agrupamentos e outros estabelecimentos de ensino;
e) Promover a articulação estreita e contínua com os órgãos directiva dos estabelecimentos de
ensino, associações de estudantes e associação de pais;
f) Assegurar as competências municipais no âmbito de conselho local de educação;
g) Manter uma intensa e regular colaboração com a comunidade concelhia, de forma a potenciar a
sua relevante função educativa;
h) Propor, promover e apoiar acções da educação básica de adultos e ensino recorrente,
nomeadamente através do apoio à coordenação concelhia de ensino recorrente e a programas
de actividade extracurriculares;
i) Preparar os contactos e as relações com os órgãos competentes da administração central e
regional e associações, visando a construção dos equipamentos necessários a nível dos 2º e 3º
ciclos do ensinos básico e secundário;
j) Propor, promover e apoiar a realização de encontros concelhios sobre educação;
k) Acompanhar a execução das obras de manutenção dos edifícios de educação pré-escolar e 1º
ciclo do ensino básico incluindo equipamentos desportivos e culturais;
l) Assegurar os procedimentos necessários para o fornecimento de refeições aos alunos do ensino
pré-escolar e carenciados do 1º ciclo do ensino básico;
m) Propor e proceder ao fornecimento de mobiliário, equipamento e material didáctico às escolas
da competência da autarquia;
n) Proceder à organização da rede de transporte escolares, assegurando os procedimentos
necessários a respectiva gestão;
o) Estudar e propor tipos de apoio a prestar a estabelecimentos privados de educação;
p) Participar na divulgação, junto dos estudantes, professores e restante comunidade educativa,
das actividades promovidas pela Câmara Municipal que lhes digam respeito;
q) Promover a articulação das bolsas de estudo de iniciativa municipal;
r) Propor a atribuição dos subsídios de auxílios económicos aos alunos carenciados, de acordo
com a legislação em vigor, assegurando os procedimentos necessários á respectiva gestão.

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Esta divisão tem como principais competências na área da cultura:


a) Proceder á articulação das actividades culturais no município, fomentando a participação
alargada das associações, colectivas e outras organizações;
b) Estimular e apoiar o movimento associativo;
c) Colaborar com associações e outros agentes culturais na dinamização de projectos culturais e
recreativos;
d) Fomentar a utilização pública das instalações de carácter cultural existentes, preconizada nos
protocolos assinados com colectividades, associações e outras organizações;
e) Proceder às acções necessárias para o funcionamento dos equipamentos culturais municipais;
f) Apoiar e incentivar as formas tradicionais de expressão das culturas populares;
g) Propor e concretizar programas de intercâmbio de grupos a nível intermunicipal, nacional ou
internacional;
h) Fomentar a criação de uma rede de instalações e equipamentos culturais de interesse
municipal;
i) Promover os contactos e relações a estabelecer com órgãos da administração central e regional
e associações na área da animação cultural e outros fins;
j) Colaborar com os serviços municipais, organizando os apoios a prestar a feiras, festas
tradicionais e a outras realizações, no âmbito das suas atribuições;
k) Assegurar as actividades municipais no âmbito da museologia, promovendo a gestão dos
espaços dos espaços museológicos;
l) Propor e implementar a recolha de toda a documentação de interesse histórico para o município;
m) Executar programas de extensão cultural que sensibilizem as populações para a salvaguarda e
conservação do seu património;
n) Estimular e apoiar o associativismo de defesa do património natural, histórico e cultural do
município;
o) Proceder ao inventário sistemático do património natural, histórico e cultural do Município;
p) Promover a rentabilização e recuperação funcional de vestígios e testemunhos do património
histórico e natural municipal;
q) Proceder a acções e programas de investigação, designadamente nos domínios da história local
e etnografia;

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r) Desenvolver acções e programas diversificados de animação, designadamente itinerários


culturais e turísticos, na área do município;
s) Promover o contactos e relações a estabelecer com os órgãos da administração central e
regional com competências mas áreas de defesa e conservação do património;
t) Propor e executar programas específicos de prestação e salvaguarda do património cultural
popular, tanto material como imaterial;
u) Desenvolver acções de protecção e conservação do património, sensibilizando as populações
para a sal preservação;
v) Promover a utilização e manutenção dos equipamentos da rede de leitura pública.

Esta divisão tem como principais competências na área do desporto:

a) Proceder á realização de levantamento e estudos de diagnóstico da situação desportiva no


concelho, nomeadamente a elaboração e actualização da carta educativa;
b) Elaborar estudos sobre a rede de instalações desportivas do concelho, bem como de pareceres
sobre instalações a serem construídas;
c) Acompanhar a execução da rede de instalações e equipamentos para a prática de actividades
físicas, desportivas e recreativas de interesse municipal;
d) Propor o estabelecimento de protocolos de colaboração com empresas, colectividades, escolas
e outros organismos, para a utilização pública dos equipamentos desportivos existentes na área
do concelho;
e) Promover a gestão e utilização das instalações desportivas municipais;
f) Apoiar, em instalações e material, os estabelecimentos pré-escolar e do 1º ciclo do ensino
básico e as colectividades na prática da educação física e do desporto;
g) Conceber, propor e implementar projectos desenvolvimento da educação física e do desporto
para todos os escalões etários da população;
h) Programar e realizar actividades/animações desportivas na área do concelho;
i) Dinamizar a prática de actividades desportivas de natureza;
j) Prestar apoio necessário a manifestações desportivas organizadas por colectividades., juntas de
freguesia, federações e associações desportivas, com impacte municipal, regional, nacional e ou
internacional, desde que realizadas no município;

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k) Apoiar a realização de actividades desportivas no 1º ciclo do ensino básico, bem como no


âmbito de protocolos de cooperação nos níveis de 2º e 3º ciclos e secundário;
l) Propor, promover e apoiar a realização de encontros, seminários, acções de formação ou
outros no âmbito da educação física e desporto;
m) Assegurar o apoio às actividades de desporto, escolar, em articulação com o sector de
desporto.

Compensar o desequilíbrio social que desfavorece os mais carenciados é uma tarefa da


Autarquia, seja através do apoio aos idosos ou aos deficientes, seja através da melhoria do acesso aos
serviços de saúde das populações mais isoladas ou quer mesmo em proporcionar melhores condições
de habitabilidade.

Assim e jeito de síntese, a área de intervenção da Acção Social desta Câmara abrange 7
freguesias. Para tal conta com uma equipa técnica composta por: 1 Assistente Social, 2 Sociólogas, e
uma Psicóloga, também estão afectas a esta divisão uma chefe de secção e uma administrativa.

Posto isso, as áreas de intervenção são as seguintes:

1 - População Idosa

O envelhecimento progressivo da população é uma tendência nacional e não é excepção do


nosso concelho. Fenómenos como o avanço da medicina (aumento da esperança de vida), melhoria das
condições de vida e bem estar social, bem como, a baixa natalidade e fecundidade, podem estar na
origem do crescimento desta faixa etária. Existe , no entanto, uma crescente preocupação em dar
resposta a algumas debilidades que esta população apresenta.
Constatamos que estes idosos apresentam problemas habitacionais, carências económicas,
situação de dependência sem retaguarda familiar e que se encontram muitos deles em situação de
isolamento dada a sua pouca mobilidade e as características geográficas do concelho. Neste sentido
foram pensadas algumas medidas de maneira a promover a qualidade de vida destes idosos, bem como
colmatar alguns dos seus problemas:

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- Organização de eventos e festas para esta faixa etária;


- Colaboração com outras entidades, na promoção de actividades ligadas aos idosos;
- Transporte para consultas – a autarquia fornece o transporte a todos aqueles que necessitam
de deslocar-se a outros concelhos por motivo de consultas, tratamento ou exames médicos.

a) Cartão do Idoso
A Câmara Municipal de Ribeira de Pena constatou que um dos principais problemas que afecta
a população idosa do concelho são as elevadas despesas, principalmente no que diz respeito à
aquisição de medicamentos e por outro lado as baixas pensões de que são beneficiários, pelo que
definiu uma política de intervenção social que se traduz na atribuição do Cartão do Idoso a pessoas em
situação de carência económica. Este cartão pode permitir o acesso gratuito a medicamentos
comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde, isenção do pagamento no consumo de água para fins
domésticos até 5m3, isenção do pagamento das entradas em actividades culturais e recreativas,
promovidas por associações e apoiadas pela autarquia, passe gratuito para o transportes da câmara
Municipal, entre outras.
Esta iniciativa permitirá diagnosticar desvios e introduzir melhoramentos que tornem eficaz este
instrumento que contribuirá em grande medida para a melhoria das condições de vida das populações e
para o desenvolvimento social do concelho.
Apesar da acção em concreto não estar contemplada na lei de atribuições, convém proceder à
análise da questão no quadro da lei que regula as competências dos diversos órgãos autárquicos. Assim
conforme consta na alínea c) do nº 4 do artigo 64 da lei 169/99, alterado pela lei 5-A/2002, refere que
compete a Câmara no âmbito do apoio a actividades de interesse municipal:
 Participar na prestação de serviços a estratos socais mais desfavorecidos ou dependentes em
parceria com as entidades competentes da Administração Central;
 Prestar apoio aos referidos estratos sociais pelos meios adequados e nas condições constantes
de regulamento Municipal. A lei das atribuições confere pois competências á Câmara Municipal
para regulamentar o apoio considerado necessário as camadas sociais mais desfavorecidas ou
dependentes.
Para tal foi criado um regulamento próprio onde estão estipuladas todas as regras inerentes a
este apoio.

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Os destinatários destes apoios são todos os beneficiários de pensões de velhice ou invalidez,


independentemente da idade e situações de extremas carência económica, devidamente comprovada.

Quadro n.º 92 – Distribuição do Tipo de Cartão do idoso pelas freguesias do concelho de Ribeira de Pena

Freguesia Cartão Total Cartão Parcial


Alvadia 18 20
Canedo 54 77
Cerva 58 257
Salvador 57 233
Limões 14 47
Santa Marinha 23 74
Santo Aleixo 34 44
Total 258 752
Fonte : Câmara Municipal de Ribeira de Pena (Divisão sociocultural)

2 – Habitação

a) SOLARH
Este programa de apoio financeiro especial, destina-se a financiar sob a forma de empréstimo, sem
juros, a conceder pelo Instituto Nacional de Habitação, a realização de obras de conservação ordinária
ou extraordinária e de beneficiação nos seguintes casos:
 Em habitação própria permanente de indivíduos ou agregados familiares que preencham as
condições previstas no Decreto-Lei nº 39/2001, de 9 de Fevereiro;
 Em habitações devolutas de que sejam proprietários os municípios, as instituições particulares
de solidariedade social, as pessoas colectivas de utilidade pública administrativa que
prosseguem interesses assistenciais e as cooperativas de habitação e construção;
 Em habitações devolutas de que sejam proprietários pessoas singulares.
Assim, o SOLARH, para além da reabilitação do parque habitacional tem também como objectivo a
criação de condições que permitam estimular a colocação no mercado de inúmeros fogos devolutos de
que são proprietários as entidades referidas acima, quer pessoas singulares que, até á publicação deste
diploma não beneficiaram deste tipo de apoio.

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Este programa visa assim, facultar aos proprietários abrangidos os meios financeiros necessários a
reposição das condições mínimas de habitabilidade e salubridade das habitações, como também
promover o aumento da oferta de habitações para o arrendamento com valores moderados e
compatíveis com os rendimentos de estratos sociais de menor rendimentos. O limite máximo do
empréstimo é de 11971, 15€ e a realização das obras não pode exceder os 12 meses.
O concelho de Ribeira de Pena é um dos concelhos que mais processos tem formalizados para
este tipo de apoio. Só no ano de 2004/2005 instruídos 34 processos de SOLARH, neste momento estão
em curso cerca de 12 processos. O elevado numero de candidaturas realizadas pela Câmara a medida
SOLARH só vem reforçar o que já referido anteriormente, que estamos perante um concelho que tem
graves problemas ao nível das condições habitacionais dos agregados familiares.

b) Apoio às Habitações Degradadas


De acordo com a competências previstas no novo quadro de competências dos municípios
relativamente no que se refere á matéria de habitação, tal como é estabelecido na alínea b) do nº 4 do
artigo 64º da Lei 169/99, de 18 de Setembro que dispõem “Participar na prestação de serviços a estratos
sociais desfavorecidos ou dependentes, e prestar apoio aos referidos estratos sociais, pelos meios
adequados e nas condições constantes de Regulamento Municipal”.
Com este tipo de apoio a Câmara Municipal pretende apoiar directamente a melhoria das
condições de habitabilidade da construção, que para poder ser atribuído deverá enquadra-se em normas
de um regulamento municipal donde constem as condições de atribuição, os meios, as situações
possíveis de ser geridas e tudo o que para tal fim possa ser determinante na objectivação das condições
de apoio.
Este regulamento torna-se imprescindível para que se possa obter o principio da igualdade de
tratamento bem como para definir as regras de maneira a salvaguarda-se de uma enorme quantidade e
disponibilidade de processos que deverão ser decididos com base em critérios uniformes. Este apoio
visa apoiar a realização de obras de conservação e beneficiação em habitações degradadas, de
cidadãos socialmente desfavorecidos.
A atribuição do apoio depende das seguintes condições:

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a) residência no concelho de Ribeira de Pena;


b) situação comprovada carência económica;
c) fornecimento de todos os meios legais que lhes sejam solicitados com vista ao enquadramento da
sua situação económica e da dos membros do agregado familiar;
d) documento comprovativo do direito de propriedade que legitima o pedido;
e) cartão de eleitor.
No que se refere ao tipo de apoios este podem ser:
a) para apoio a melhoraria da habitação através da concessão de materiais para obras de
beneficiação e pequenas reparações sempre que as habitações tenham comprometida as
condições mínimas de habitabilidade;
b) apoio à melhoria da habitação através de recursos nos procedimentos previstos no Decreto-Lei
nº 197/99, de 8 de Junho e 59/99, de 1 de Março.

Os serviços a prestar neste tipo de apoio podem ser os seguintes:


a) Concessão de mão de obra (funcionários da Câmara sempre que a situação o justifique;
b) Elaboração do projecto e arquitectura de especialidade e de execução, quando legalmente seja
exigível;
Contudo podem existir outro tipos de apoios:
a) Isenção do pagamento de taxas em processo de ligação domiciliária de água, incluindo a
ligação a contadores, quando a melhoria habitacional passe por dotar a habitação daquela infra-
estrutura;
b) Isenção do pagamento das taxas de prolongamento de condutas, quando a ligação de água
exija este tipo de acção;
c) Isenção do pagamento de taxas com processos de obras, objecto do presente apoio;
d) Isenção de pagamento de taxas de processos de obras cujos requerentes tenham recorrido a
programas de beneficiação de habitação para agregados economicamente desfavoráveis.
Os valores das atribuições será calculado de acordo com a situação económica do requerente e
seu agregado familiar assim como as condições habitacionais do imóvel em questão.

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2 - Crianças e Jovens

a) Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco


A família é entendida com a entidade responsável pela instrução da criança, construção da sua
identidade e pela padronização de condutas sociais morais.
As Comissões de protecção de Crianças e jovens em Perigo são constituídas e funcionam nos
termos da Lei nº 147/99, de 1 de Setembro, alterada pela lei nº 31/2003, de 22 de Agosto, e
regulamentada pelo Decreto-lei nº 332-B/200 de 30 de Dezembro. São instituições oficiais, não judiciais
com autonomia funcional eu visam promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou acabar
com situações que podem afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento
integral.
Exercem as suas funções de acordo com a lei e deliberam com imparcialidade e independência
necessária, recorrendo a colaboração das autoridades administrativas e policiais, assim como as das
pessoas singulares e colectivas copetadas para o efeito.
Considera-se que uma criança ou jovem está em situação de perigo:
a) Está abandonada ou vive entregue a si própria;
b) Sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
c) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
d) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação
pessoal prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
e) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua
segurança ou equilíbrio emocional;
f) Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem gravemente a sua
saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais o representante legal ou
que tenha a guarda de facto se lhes ponham de modo adequado a remover essa situação.
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em perigo de Ribeira de Pena é composta por
um equipa multidisciplinar, que integram uma psicóloga, uma socióloga, uma assistente social,
professores de diversas entidades do concelho. A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em
Perigo de Ribeira de Pena funciona nas modalidades de comissão restrita e comissão alargada.

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A comissão restrita funciona em permanência e o seu plenário reúne sempre que convocado
pelo respectivo presidente, no mínimo com a periodicidade quinzenal.
A comissão alargada funciona em plenário ou por grupos de trabalho para assuntos específicos,
reunindo no mínimo o plenário com a periodicidade exigida pelo cumprimento das suas funções. A
Autarquia fornece apoios decisivos: o local onde funcionam a Comissão, 1 Técnico Superior na área de
Psicologia, 1 técnico superior na área da sociologia e disponibiliza a viatura para visitas domiciliárias e
contactos inter institucionais envolventes.
No ano de 2004 a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens perigo acompanhou cerca de
25 crianças e no anos de 2005 cerca de 28 crianças. A Autarquia fornece apoios decisivos: o local onde
funcionam a Comissão, 1 Técnico Superior na área de Sociologia,1 Técnico Superior na área de
Psicologia, e disponibiliza a viatura para visitas domiciliárias e contactos inter institucionais envolventes.

Quadro n.º 93 - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Ribeira de Pena

Categorias
COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM PERIGO
20.12.2000
Constituição

Acompanhamento de situações de menores em risco;


Actividades
Realização de actividades com os menores (Ateliers de Verão)

Objectivos da Promoção e Protecção dos direitos das crianças e jovens.


Instituição
Área (s) de
O concelho Ribeira de Pena
Intervenção
Modalidade de Modalidade restrita – reúne mensalmente
funcionamento Modalidade alargada – Reúne 2 vezes por ano.
Motivos da Quando os pais ou representantes legais põem em perigo a segurança, saúde, formação,
Intervenção desenvolvimento dos menores que têm á guarda.
Cooperação,
parceiras e relações Escolas, RMG, Projecto de Luta Contra a Pobreza, Rede Social, os parceiros da Comissão alargada
interinstitucionais
Necessidades/
Reforço técnico (Educadora social a tempo inteiro)
estrangulamentos
Problemas
Alcoolismo; Crianças e jovens em perigo; habitação degradada; baixos níveis de instrução violência
detectados a nível do
domestica;
concelho
Grupos que Idosos pensionistas, jovens com abandono precoce escolar, Crianças em famílias disfuncionais.
considera mais
vulneráveis a
situação de Exclusão
social

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b) Incentivo à Natalidade
Esta iniciativa promovida pelo Município surge da necessidade de inverter a tendência da
diminuição da taxa de natalidade no concelho.
Os pressupostos que estão na base da realização deste incentivo são os seguintes:
1 – Existência de um elevado número de famílias em situação de carência económica, desemprego e
trabalho precário;
2 – Diminuição da taxa de natalidade, realidade bastante marcante neste concelho;
3 – Inexistência de medidas concretas e relevantes no social que antevêem ou invertam esta situação;
4 – Necessidade premente em adoptar medidas concretas que contribuam para inverter a situação da
baixa natalidade, salvaguardando desta forma o futuro geracional do concelho.
Para tal foi criado um regulamento interno ao incentivo onde são estabelecidas as normas
atribuídas ao incentivo à natalidade na área do Município de Ribeira de Pena.
O incentivo consiste na atribuição de uma prestação pecuniária mensal no valo de 200 euros a
crianças até aos dois anos de idade. O incentivo é atribuído até ao mês em que completar 2 anos de
idade e inicia-se no mês seguinte ao deferimento do pedido. Tal como já foi referido o dito incentivo
destina-se a crianças que residem ou estejam integradas em agregados familiares residentes no
concelho de Ribeira de Pena. Podem requerer este incentivo, os progenitores, em conjunto ou
separadamente, caso sejam casados ou vivam em união de facto, o progenitor que, comprovadamente
tiver a guarda da criança, qualquer pessoa singular a quem, por decisão administrativa ou outras, a
criança esteja confiada.

c) Bolsas de Estudo a Alunos do Ensino Superior

O desenvolvimento de um concelho está intimamente ligado ao desenvolvimento cultural da


formação da população. Deparamos que alguns jovens no concelho de Ribeira de Pena não frequentam
o ensino superior por dificuldades económicas do seu agregado familiar, estando desta forma
condicionado o acesso a uma educação condigna. Os municípios visam a prossecução dos interesses
próprios das respectivas populações, sendo uma atribuição da autarquia local tudo que diga respeito ao
desenvolvimento concelhio designadamente na área da educação e ensino.
Contudo, a prossecução de tais atribuições só e possível através de medidas que permitam, no caso em
apreço, a melhoria das condições de vida das populações.

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Foi neste sentido que o Município e Ribeira de Pena criou esta medida para facilitar aos seus
jovens o acesso ao ensino superior através das atribuição de incentivos.
Como é sabido é da competência da Câmara Municipal deliberar em matéria de Acção Social Escolar,
nomeadamente no que diz respeito á atribuição de auxílios económicos a estudantes, conforme decorre
do disposto no nº 4, alínea d), do artigo 64º da lei 169/99, de 18 de Setembro.
Para legislar todo o processo foi criado um regulamento que estabelece os princípios gerais e
as condições de acesso em matéria de atribuição de bolsas de estudo.
Assim, a Câmara Municipal de Ribeira de Pena, atribuirá em cada ano lectivo, bolsas de estudo,
de quantitativo variável, a fixar anualmente por deliberação da Câmara, a alunos que frequentem o
ensino superior ou curso equivalente.
Dentro dos pré-requesitos para a atribuição das bolsas destacamos: residir no concelho, pelo
menos 5 anos, não terem reprovado no ano anterior ao da atribuição da bolsa a que se candidatam, não
beneficiarem de outra bolsa ou vantagem equivalente, não dispor por si, ou pelos responsáveis pela sua
educação, de meios suficientes Para custear os encargos correspondentes à frequência no ensino
superior.

d) Acção Social Escolar


De maneira a cumprir uma das suas obrigações, a Câmara Municipal tem movido esforços na
organização e no desenvolvimento da rede de transportes escolares do concelho, de maneira a servir
melhor a comunidade educativa, jovens e respectivas famílias.
Posto isto, e tendo em conta a realidade geográfica, social e educativa do concelho, bem como os
interesses da comunidade educativa, as necessidades sentidas pela escola e pelos alunos, a autarquia
tem vindo a implantar o sistema misto: passes escolares em carreira pública e circuitos especiais.

e) Programa OTL – Ocupação de Tempos livres

Este programa do Instituto Português da Juventude visa promover a ocupação de forma


saudável dos tempos livres dos jovens, orientando-os para o desempenho de actividades ocupacionais
que incentivem a conquista de hábitos de voluntariado, bem como o contacto experimental com algumas
actividades profissionais e que promovam a capacidade de intervenção e participação cívica dos jovens,
contribuindo desta forma para o processo de educação não formal.

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O Ministério da Juventude e do Desporto, ao abrigo do nº 2 do artigo 2º, do Decreto-lei nº 70/96,


de 4 de Junho, atendendo ao estabelecido no Decreto-lei nº 198/96, de 17 de Outubro é aprovado o
Regulamento do Programa de Ocupação de Tempos Livres (OTL), bem como a atribuição da gestão do
Programa OTL ao Instituto português da Juventude.
No programa OTL os jovens são ocupados em actividades desenvolvidas nas seguintes áreas:
a) Ambiente e Protecção Civil;
b) Apoio a idosos e ou crianças;
c) Cultura e ou Património;
d) Combate a Exclusão social;
e) Saúde;
f) Outras de reconhecimento interesse social (desporto, tecnologia, e ciência)
Este projecto decorre durante o verão, nos meses de Julho e Agosto de cada ano, destinado a
jovens com idades compreendidas entre ao 12 e os 25 anos, tendo cada projecto uma duração de 10
dias.
Assim a Câmara com tem vindo anualmente a realizar candidaturas a este tipo de programa
como forma de ocupar o tempos livres dos jovens do concelho. No ano de 2005 realizaram 3 turnos
compostos por 9 jovens. Este ano foi elaborada um candidatura com o objectivo de incutir
comportamentos saudáveis ao mesmo tempo que ocupam o tempo livre. A candidatura foi feita para um
total de 72 alunos divididos por 4 turnos, as áreas contempladas foram: Ambiente e protecção civil,
desporto e apoio a idosos e ou crianças.

4 – População em Geral

a) Projecto de Luta Contra a Pobreza

O Programa de Luta contra a Pobreza (PLCP) é um programa de âmbito nacional, criado pela
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/90, de 22 de Fevereiro, no âmbito do III Programa Europeu de
Lua contra a Pobreza (PELCP, visando a promoção de projectos especiais do domínio do combate a
pobreza. O projecto de luta Contra a Pobreza, “Vento Solidário” do concelho de Ribeira de Pena, tem
como entidade promotora a Câmara Municipal de Ribeira de Pena e como entidade executora a Santa
Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena. Este projecto, surgiu no seguimento da candidatura da
entidade executora e promotora ao Programa Nacional de Luta contra a Pobreza , sendo-lhes concedida

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a aprovação a 29/12/2000 . Este projecto teve a duração de 48 meses (4 anos), tendo terminado a 31
de Dezembro de 2004. Este projecto teve como principal objectivo dar resposta às situações concretas
de pobreza e exclusão social, ajudando a população a melhorara as suas condições de Bem-Estar como
também a sua qualidade de vida, contribuindo desta forma para a promoção do desenvolvimento social
e comunitário, das áreas abrangidas pelo projecto.
Assim este projecto contempla 6 grandes áreas de intervenção sendo elas, Habitação,
Segurança Social, Emprego, Sócio-educativa, Associativismo, Saúde. De seguida iremos especificar
cada uma das áreas de intervenção e que tipo de actividades.
Habitação, esta acção teve como principal objectivo a melhoria das condições habitacionais,
através de obras de beneficiação de habitação. No total deste projecto foram alvo de intervenção cerca
de 40 habitações de famílias carenciadas.
Na área da Segurança social pretendeu-se a promoção do desenvolvimento pessoal e social.
Foi construído o Centro Comunitário na freguesia de Canedo e um centro de convívio em
Seiros, de maneira a promover o convívio dos idosos, o convívio inter-geracional, bem como a ocupação
de tempos livres de crianças e jovens, foi reforçada também a rede de apoio domiciliário para idosos.
Com esta acção pretendeu-se acima de tudo melhorar as condições de vida das populações e combater
o isolamento de que são alvo esta franja da população.
No emprego, pretendeu-se a integração profissional da população mais carenciada.
O projecto na área do associativismo, apoiou a instalação de associações para futura gestão dos
espaços criados nomeadamente a beneficiação das escolas de Bragadas e Macieira. Esta acção
mostrou-se muito importante na medida em que pretendeu sensibilizar a população para a temática do
associativismo e para a importância que as associações enquanto motores de preservação das nossas
tradições e saberes.
No plano socio-educativo apostou-se na promoção das competências nas crianças e jovens,
bem como no combate ao analfabetismo. Para tal foram criadas ludotecas no sentidos de estas
desenvolverem actividades de carácter educativo que promovam nos jovens o gosto pela escola,
estabelecimento de parceria com a câmara para a criação de um parque infantil na freguesia de Cerva.
Por último na área da saúde, onde em parceria com a Câmara Municipal é efectuado o
transporte de doentes e deficientes carenciados a consultas e tratamento. Com esta medida pretende-se
melhoria das condições de saúde dos doentes.

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Todas estas acções lançadas elo projecto de luta contra a pobreza continuam ainda a serem
implementadas o que significa que foram para além da duração do projecto.

b) Rede Social
Este programa torna-se fundamental para o desenvolvimento do concelho uma vez que permite o
estabelecimento de parcerias, privadas e/ou públicas, que adiram ao programa.
Pretende desenvolver e consolidar uma consciência colectiva dos problemas sociais, bem como
contribuir para a activação das respostas para optimização dos recursos de intervenção ao nível local .
A autarquia há cerca de dois anos, aderiu a iniciativa nacional da Segurança Social, que tem
como principal objectivo combater a exclusão social e erradicar a pobreza. O papel da Câmara é criar
uma rede que envolva várias instituições, publicas e privadas, que através da conjugação de esforços e
sinergias daí resultantes permita alcançar os objectivos inicialmente propostos.
A Rede Social ribeirapenense conta assim com entidades tão diferentes como Associações
Recreativas, Agrupamentos escolares, Juntas de Freguesias, paróquias; comissão de Protecção de
Menores, Segurança Social, Santas Casas de Misericórdia do concelho e outras IPSS, e forças de
segurança.

c) Poc’s/ Trabalhadores Subsídiados


Atendendo ao número significativo de utentes a solicitar inserção profissional, e visto que esta
franja se caracteriza por ter baixas qualificações quer escolares quer profissionais a Câmara Municipal
de Ribeira de Pena tem recorrido, a esta medida do Instituto de Emprego – Programas Ocupacionais -
de maneira a integrar socialmente e capacita-los de formação pessoal, social e profissional.

d) UNIVA – Apoio á população Desempregada


O objectivo central da UNIVA é apoiar a população desempregada na resolução dos seus
problemas de Inserção/reinserção profissional em cooperação com Instituto de Emprego e Formação
Profissional de Basto.

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11. 3 - INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL E ASSOCIAÇÕES DE CARIZ


SOCIAL, EXISTENTES NO CONCELHO DE RIBEIRA DE PENA

11.3.1 – IPSS

Mediante os problemas sociais emergentes, o Estado e a Sociedade civil sentiram necessidade


de se organizar de forma a criar condições para acolher o número crescente de idosos e demais
população carenciada. É neste contexto que surgem as Instituições Particulares de Solidariedade Social
(IPSS).
As IPSS tem como objectivo principal o exercício da acção social, e centram a sua acção na
prevenção de situações de carência, exclusão social ou outro tipo de situações, bem como a promoção
da integração social destes grupos. Desenvolvem actividades de apoio à família, juventude, terceira
idade, deficientes e a toda a população carenciada.
O estatuto das IPSS define-as como instituições não lucrativas, privadas e tal como esta
regulamento no decreto lei n.º 119/83 estas existem com “o propósito de dar expressão organizada ao
dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos”.
O mesmo Decreto lei define como objectivos principais destas instituições: o apoio a crianças e
jovens, à família, a integração social e comunitária, a protecção na velhice e invalidez e na diminuição de
meios de subsistência e capacidade para o trabalho, a promoção e protecção da saúde, a educação e a
formação profissional e a resolução de problemas habitacionais.
A Constituição da República Portuguesa as IPSS encontram-se referenciadas na secção que diz
respeito a Segurança Social mais concretamente no artigo n.º 63, competindo ao estado a fiscalização
do seu funcionamento e se estas estão a cumprir os objectivos de solidariedade social que lhe
consagrados.
Em suma, “As IPSS não visam substituir o Estado, mas são expressão viva da sociedade civil,
são grupos de pessoas que preocupadas e atentas ao meio que as rodeia se unem animadas com
espírito da solidariedade e que agem em prol dos mais carenciados e necessitados”. (Luis:2004).
As IPSS representam hoje cerca de 46,2% das valências de acção social e 80% das valências
para os idosos. (DEPP,2000).
Segundo estudos recentes do INE, Portugal poderá perder um quarto da sua população até 2050

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Gráfico n.º 52 – Esperança de Vida à Nascença nos anos !960,1970,1975,1980,1985,1990,1995,2000,2002 em Portugal

Esperança de vida à Nascença

90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1960 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2002

M H

Fonte: INE, Censos 2001.

Gráfico n.º 53 – Número de filhos por mulher em 1960,1972,1977,1982,1987,1992,1997,2002

Número de Filhos por Mulher

3,5
3
2,5

1,5
1
0,5
0
1960 1970 1980 1990 2000 2010

Fonte: INE, Censos 2001.

Reportando-nos agora ao concelho de Ribeira de Pena, e segundo os dados dos Censos de


2001, residiam no concelho 7412 habitantes, em relação a 1991 o concelho perdeu cerca 1128
habitantes 8540, apresentando uma variação de -13,2%.

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Já no que se refere a população com 65 anos ou mais verificamos que esta aumentou de 1991
para 2001 cerca de 16,6%.

Quadro nº 94 – População com 65 anos ou mais em 1991/2001 e sua variação


Variação entre 1991 e
Pop. Com 65 ou mais
2001
2001 1624 16,6 %
1991 1393
Fonte: INE, Censos 2001.

Comparando agora com a população mais jovem verificamos que esta diminuiu de 1991 para
2001 (-820 indivíduos) apresentando uma taxa de variação muito elevada de 40%.

Quadro nº 95 – População com 0 a 14 anos ou mais em 1991/2001 e sua variação


Variação entre 1991 e
Pop. Com 0 a 14 anos
2001
2001 1203 - 40 %
1991 2023
Fonte: IN, Censos 2001.

Comparativamente aos demais indicadores de dependência (quadro nº94), o índice de


envelhecimento do concelho, em 2001 situava-se nos 135%, o que significa que por cada 100 jovens
existiam 135 pessoas com idade >=65 anos. Verificamos ainda que o índice de dependência dos idosos
é superior ao índice dos jovens.

Quadro nº 96 – Indicadores Demográficos – Índice de Dependência e Índice de Envelhecimento, Índice de


dependência de jovens e idosos em 2001, no concelho de Ribeira de Pena

Indicadores
Ribeira de Pena

Índice de Envelhecimento 135%

Índice de Dependência Total 61,7%

Índice de Dependência Jovens 26,2

Índice de Dependência Idosos 35,4%

Fonte: INE, Censos 2001.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Atendendo a este valores, verificamos que se torna premente a existência de redes de


equipamentos sociais com respostas especificas destinadas às crianças, facilitando a conciliação da
vida familiar com a vida profissional; às pessoas idosas, criando condições de forma a promover a sua
autonomia, e melhorando a resposta ao envelhecimento a ás situações de dependência. No concelho de
Ribeira de Pena este tipo de serviços da acção social estão a cargo, maioritariamente, da Santa Casa de
Misericórdia de Ribeira de Pena e da Santa Casa de Misericórdia de Cerva.
Relativamente a Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena caracteriza-se por ser um
Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede na Vila do Salvador. A sua área de intervenção
estende-se a quatro freguesias. A saber: Salvador, Santa Marinha, Santo Aleixo de Além Tâmega e
Canedo. Esta instituição visa prestar apoio a pessoas carenciadas, de diferentes faixas etárias, servindo
diariamente 270 utentes. A Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena tem na infância as valências
de Creche, Jardim-de-infância e ATL e na terceira idade as valências de Centro de Dia, Lar e Apoio
Domiciliário. De acrescentar ainda que esta instituição funciona num edifício inaugurado em Setembro
de 2004, proporcionando desta maneira excelentes condições aos seus utentes.
A Santa Casa de Misericórdia de Cerva é uma Instituição Particular de Solidariedade Social com
sede na Vila de Cerva, que dá cobertura as freguesias de Alvadia, Cerva e Limões. Esta instituição
presta apoio na área Social a pessoas em situação de carência, de diferentes faixas etárias, servindo
diariamente 287 utentes.
A Santa Casa da Misericórdia de Cerva tem na infância as valências de Creche e Jardim-de-
infância nas instalações de Cerva e na extensão de Agunchos. No que diz respeito a terceira idade
dispõe da valências de um mini-lar com 11 idosos, Centro de Dia em Cerva e Lamas (Alvadia) onde
existe uma extensão desta valência e Apoio Domiciliário.
De seguida serão apresentados outros tipos de respostas sociais dirigidos a esta faixa etária
aqui em analise.

a) Apoio a Terceira Idade

1 - Lares de Terceira Idade

O Lar de Idosos, segundo a nomenclatura da Ministério do Trabalho e da Segurança Social,


entende-se como “Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a alojamento colectivo, de
utilização temporária ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de maior risco de
perda de independência e/ou de autonomia”. (2006:B 1.7).

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Estes tem como principal objectivo acolher pessoas de idade ou outras, que se encontrem em situação
familiar, económica e de saúde precárias que não lhes permita permanecer no seu meio familiar.
Também tem como objectivos garantir a prestação dos cuidados necessários à satisfação das
necessidades visando sempre a manutenção da autonomia do individuo; proporcionar alojamento
temporário, como forma de apoio; promover condições de maneira a preservar e incentivar as relações
inter-familiar; e por último pretende encaminhar e acompanhar pessoas idosas para soluções ajustadas
aos seus problemas.

O lar de idosos deve assegurar os seguintes serviços:


a) Alojamento permanente;
b) alimentação;
c) Tratamento de roupa;
d) Higiene pessoal;
e) Cuidados de saúde;
f) Apoio psicossocial;
g) Actividades de animação.

Da leitura do quadro podem retirara-se as seguintes conclusões:

Quadro nº97 - Lares - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
Lares /Acordo (utentes n.º) B (B-A) Espera
(utentes n.º) A n.º
Lar da Misericórdia
40 46 +6 20
de Ribeira de Pena

Lar de Misericórdia 11 11 0 47
de Cerva
51 55 +6 67
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Da leitura do quadro podem retirara-se as seguintes conclusões:

- O Concelho tem de um elevado deficit de equipamentos colectivos de acolhimento


institucional para idosos, face ao número de elementos em lista de espera (+67
indivíduos);
- Existência de um elevado número de idosos que não estão cobertos por esta resposta
social.
- Concelho muito envelhecido o que exige desde logo respostas sociais que vão de
encontro as necessidades desta faixa etária.

2 - Centros de Dia
Segundo a definição da Ministério do Trabalho e da Segurança Social, entende-se por Centro de
Dia “A resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de serviços que
contribuem para a manutenção das pessoas no seu meio sócio-familiar”. (2006:B 1.3).
Este tipo de resposta tem como objectivos principais:
a) proporcionar serviços ajustados à satisfação das necessidades dos utentes;
b) contribuir para a estabilização ou retardamento dos feitos nefastos do envelhecimento;
c) Prestar apoio psicossocial aos utentes;
d) Incrementar relações interpessoais e intergeracionais de maneira a evitar o isolamento;
e) Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu contexto familiar;
f) Contribuir para a prevenção de situações de dependência, promovendo a autonomia.

Quadro nº98 – Centros de Dia - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
Lares /Acordo (utentes nº) B (B-A) Espera
(utentes nº) A nº
Lar da Misericórdia de
20 8 0 0
Ribeira de Pena
Irmandade de Nossa
Senhora da 30 23 0 0
Misericórdia de Cerva
50 31 0 0
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Nesta valência podemos verificar através do quadro acima exposto existe uma taxa de utilização
bastante inferior a capacidade o que significa que a este nível a situação é muito positiva, a este
propósito, não existindo nenhum indivíduo em lista de espera.

3 - Serviço de Apoio Domiciliário

O serviço domiciliário define-se como “Resposta Social, desenvolvida a partir de um


equipamento, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a
indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam
assegurar temporária ou permanente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as actividades da
vida diária”. (2006:B 2.2).
Este tipo de serviço visam essencialmente:
a) contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos;
b) Assegurar a prestação de cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos indivíduos e
famílias, promovendo desta forma para o seu bem estar social;
c) Apoiar os indivíduos e famílias na satisfação das necessidades básicas e actividades da vida
diária;
d) Proporcionar condições de forma a preservar e incentivar as relações inter-familiares;
e) Colaborar e/ou assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde;
f) Prevenir situações de dependência, promovendo a autonomia.

Quadro nº99 – Serviço de Apoio Domiciliário - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005
Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
Lares /Acordo (utentes n.º) B (B-A) Espera
(utentes n.º) A n.º
Lar da Misericórdia de
89 135 + 46 0
Ribeira de Pena
Irmandade de Nossa
Senhora da 143 145 +2 0
Misericórdia de Cerva
232 280 48 0
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Relativamente ao apoio domiciliário verificamos que o número de utentes protocolados pela


Segurança Social fica muito aquém das reais necessidades do concelho. Verificamos que no lar da
Misericórdia de Ribeira de Pena o número de utentes a usufruir deste serviço vai muito para além do
protocolados pela Segurança Social (+ 46 utentes). O mesmo acontecendo no Lar da Misericórdia de
Cerva que dentro do apoio domiciliário a Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia de Cerva presta
apoio domiciliário nocturno protocolado a 6 idosos, contudo este número revela-se insuficiente para as
necessidades sentidas na zona.
O sistema Apoio Domiciliário prestado pela Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena,
pode revestir o caracter de 1 tempo (4 horas) onde uma funcionária da Santa Casa presta apoio aos
idosos (desde a limpeza da casa, a higiene pessoal do utente, do vestuário do utente), o caracter de
dois tempos (8 horas) onde é prestado o mesmo serviço acima referido. De acrescentar ainda que este
serviço de apoio domiciliário é marcado em função da disponibilidade do utente. Existe também dentro
do serviço de Apoio Domiciliário o sistema de refeições que consta no fornecimento de refeições aos
utentes que pedem este serviço. De acrescentar que este tipo de serviço cobre cerca de 30% do total de
utentes em apoio domiciliário. Este serviço é fornecido de segunda a sexta excepto nos dias Santos.
Contudo, foi também referenciado pela mesma instituição que pretende fazer uma
reestruturação a este serviço, esta passa essencialmente pela aquisição de uma viatura adaptada para
este tipo de apoio nomeadamente no que se refere à distribuição das refeições, bem como no carro de
apoio em que a funcionária da Santa Casa se desloca às habitações. De um modo geral pretende-se
com esta reestruturação que os serviços prestados sejam um pouco diferentes dos prestados até então.
Uma preocupação sempre presente com este serviço prestado pela Santa casa de Misericórdia
de Ribeira de Pena é que existe um esforço de adaptação das necessidades dos utentes que apelam a
este serviço com as possibilidades da Santa Casa.

4 - Centro Comunitário

O Centro Comunitário é uma estrutura, onde se prestam e desenvolvem actividades que, de


uma forma articulada, tendem a construir um pólo de animação com vista á prevenção de problemas
sociais e á definição de um projecto de desenvolvimento local, colectivamente assumido.
Os objectivos destes centros prendem-se essencialmente:

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a) Contribuir para a criação de condições que possibilitem aos indivíduos, o exercício pleno do seu
direito de cidadania;
b) Apoiaras pessoas e famílias no desempenho das suas funções e responsabilidades, reforçando
a sua capacidade de integração e participação social;
c) Constituir um pólo de animação gerador de dinâmicas locais;
d) Fomentar a participação das pessoas, das famílias e dos grupos;
e) Dinamizar e envolver os parceiros locais e fomentar a criação de recursos;
f) Desenvolver actividades dinamizadoras da vida social e cultural da comunidade;
g) Promover a inserção social de pessoas e grupos mais vulneráveis;
h) Criar condições para responder às necessidades concretas da população;
i) Gerar condições para a mudança.

No concelho de Ribeira de Pena existe um Centro Comunitário de Canedo que resultou de uma
acção enquadrada no Projecto de Luta Contra a Pobreza “Vento Solidário”. Contudo de referir também,
que neste momento o Centro Comunitário apenas dispõem da valência de Centro de Dia da Santa Casa
da Misericórdia de Ribeira de Pena não lhe tendo protocolada a valência de funcionamento como Centro
Comunitário.
Actualmente encontram-se a frequentar este Centro de Dia 10 idosos, ao que conseguimos
apurar junto da Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena foi recentemente elaborada um
candidatura para a valência de Centro de Dia para 35 idosos.

b) Crianças e Jovens

Tal como já foi referido anteriormente o decréscimo da natalidade do concelho de Ribeira de


Pena acompanha o cenário nacional. A taxa de natalidade em 2004 do concelho situa-se nos 5,8% e a
nacional em 10,4% no mesmo período. Segundo os Censos de 2003, a população residente até 24 anos
representava 29,7% do total de residentes.
Segundo os dados do INE (2004), nasceram 42 crianças e morreram cerca de 80 pessoas, o
que revela um saldo fisiológico negativo.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Quadro nº100 Taxa de Cobertura de Equipamentos de Apoio à Infância


Tipo de Equipamentos N.º Taxa de cobertura
(%)
Jardins-de-infância 8 65%
Fonte: Carta Educativa do Concelho de Ribeira de Pena

Relativamente à taxa de cobertura, o concelho de Ribeira de Pena apresenta globalmente um


valor aproximadamente igual a 65%.Verificamos contudo que existe algumas freguesias desprovidas
deste tipo de equipamento. Dentro deste grupo, encontram-se algumas freguesias como a de Alvadia e
de Santo Aleixo que, pelo facto de terem em 2001 apenas 8 habitantes no escalão etário (dos 3 aos 5
anos). Podemos afirmar que as freguesias sem oferta de pré-escolar têm todas valores de população
com idades entre os 3 e os 5 anos de idade inferior a 10.

1 - Creche
A valência creche é entendida como um resposta social, desenvolvida em equipamento, de
natureza sócio-educativa, para acolher crianças até aos 3 anos de idade, durante o período diário
correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto, vocacionado
para o apoio à criança e à família. Destina-se a crianças até aos 3 anos de idade.
Objectivos:
a) Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num clima de segurança
afectiva e física, durante o afastamento parcial de seu meio familiar através de um atendimento
individualizado;
b) Colaborar estritamente com a família num partilha de cuidados e responsabilidade em todo o
processo evolutivo das crianças;
c) Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência
assegurando o seu encaminhamento adequado;
d) Prevenir e compensar défices sociais e culturais do meio familiar.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Quadro nº101 – Creche - Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
Lares /Acordo (utentes n.º) B (B-A) Espera
(utentes n.º) A n.º
Lar da Misericórdia de
40 40 0 0
Ribeira de Pena
Irmandade de Nossa
Senhora da 40 45 +5 0
Misericórdia de Cerva
80 85 - 0
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

2 - Estabelecimento De Educação Pré-Escolar

Entendemos a educação pré-escolar como uma resposta social vocacionada para o


desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe actividades educativas e actividades de apoio á família.
Destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino
básico.

Tendo como principais objectivos:


a) Promover ao desenvolvimento pessoal e social da criança e proporcionar-lhe condições de bem-
estar e segurança;
b) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem e desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens
múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão
do mundo;
c) Despertar a curiosidade e pensamento crítico;
d) Proceder a despistagem de inadaptações, deficiências e precocidade, promovendo a melhor
orientação e encaminhamento da criança;
e) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva
colaboração com a comunidade;
f) Apoiar a família através de fornecimento de refeições e prolongamentos de horário com
actividade de animação sócio-educativa.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Quadro nº102 – Pré-escolar – Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
Lares /Acordo (utentes nº) B (B-A) Espera
(utentes nº) A nº
Lar da Misericórdia
25 20 -5 _
de Ribeira de Pena
59 63 +4 0
Lar de Cerva
84 83 9 0
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

3 - Actividades de Tempos Livres - ATL

O ATL trata-se de um tipo de resposta social, desenvolvida em equipamentos ou serviço, que


proporciona actividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis das
responsabilidades escolares e de trabalho, desenvolvendo-se através de modelos de intervenção,
nomeadamente acompanhamento/inserção, prática de actividades especificas e multi-actividades.
Objectivos desta resposta são:
a) Criar um ambiente propício ao desenvolvimento de cada criança ou jovem, de forma a ser capaz
de se situar e expressar num clima de compreensão, respeito e aceitação de cada um;
b) Colaborar na socialização de cada criança ou jovem, através da participação na vida no grupo;
c) Favorecer a inter-relação família/escola/comunidade/estabelecimento, em ordem a uma
valorização, aproveitamento e rentabilização de todos os recursos do meio;
d) Proporcionar actividades integradas num projecto de animação sócio-cultural, em que as
crianças possam escolher e participar voluntariamente, considerando as características dos
grupos e tendo por base o maior respeito pela escola;
e) Melhorar a situação sócio-educativa e a qualidade de vida das crianças;
f) Potenciar a interacção e a inclusão social das crianças com deficiência, em risco e em exclusão
social e familiar

Quadro nº103 – ATL – Capacidade, Utilização e Lista de Espera, em 2005


Instituições Capacidade Utilização Variação Lista de
/Acordo (utentes nº) B (B-A) Espera
(utentes nº) A nº
Lar da Misericórdia
40 40 0 0
de Ribeira de Pena
40 40 0 0
Total
Fonte: Questionário Rede Social, 2004.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

Relativamente a esta valência segundo o que podemos apurar junto da santa Casa de
Misericórdia de Ribeira de Pena que este serviço sofreu alguns ajustamentos em consequência das
alterações do efectuadas Ministério da Educação aos alunos do 1º Ciclo (Prolongamento do horário até
as 16 horas). Posto isto, a Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena optou por fazer um
ajustamento ao horário do ATL, este horário é prestado das 7.30 horas da manhã até as 9 horas e das
16 horas ás 19 horas, de maneira a proporcionar uma maior flexibilidade entre os horários do alunos de
1ºCiclo e os horários do ATL. A Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena, disponibiliza ainda o
serviço de ATL das 12 horas as 14 horas dando almoço, apoio e deslocação para as crianças que
usufruem deste serviço.
Para um conhecimento real dos apoios institucionais disponíveis no concelho, foi remetido às
diferentes entidades um questionário por questionário, de maneira a permitir um conhecimento da
situação actual das instituições.
Os resultados obtidos foram os que se seguem nos quadros abaixo apresentados. Os quadros
tentam dar conta da situação dos idosos, sintetizam no que diz respeito ao internamento em instituição,
e beneficiários do regime de centro de dia.

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1 - Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena


Categorias
Santa Casa da Misericórdia
Constituição como 19.06.1948, Instituição particular sem fins lucrativos.
IPSS e estatuto da
instituição
Âmbito de Freguesias de: Canedo, Salvador, Santa Marinha, Alvadia, santo Aleixo de Além Tâmega.
intervenção
Geográfico
Morada/contactos Morada: Bairro do Cavalinho 4870 - 150 Salvador
Telf: 259490260 Fax: 259490261 E-mail: scmrp-iol.pt
Número de Sócios Total: 208 Masculino: 98 Feminino: 110

Valências Capacidade N.º de Utentes


Lar de idosos 40 46
Centro de dia 40 4
Valências e áreas Idosos Apoio domiciliário Sem limite 135
de actividade
Cuidados continuados de saúde 18 -
Creche 40 40
Crianças Infantário 25 20
ATL 40 20
Objectivos da Apoio aos idosos e crianças
Instituição
Caracterização 23 quartos; salas de reunião; sala de espectáculos; Espaços ao ar livre; sala de fisioterapia/reabilitação; parque
física infantil;
Recursos Humanos 1 – Assistente social; 1- Gestor; 4 – Educadoras; 1 – Fisioterapeuta; 1 Psicopedagoga;
da instituição 1 – Animador Sócio-cultural; 1- Educadora de Ensino Especial; 3 – Administrativos;
4 – Motoristas; 2 – Ajudante de Cozinha; 2 – Telefonistas; 28 – Empregadas de limpeza; 33 – Ajudante de lar e
centro de dia, auxiliares de educação e operadoras de lavandaria. Total de funcionários: 85
Cooperação, Segurança Social; Centro de saúde; IEFP; Câmara Municipal de Ribeira de Pena e outras instituições do meio;
parceiras e relações
interinstitucionais
Projectos em curso Centro de Cuidados Continuados (em construção);
ou a realizar Unidade de Fisioterapia (em construção).
Projecto da unidade Móvel de Saúde que presta cuidados de saúde as pessoas mais distantes.
Identificação dos  Pobreza;
problemas  Isolamento e solidão;
 Analfabetismo;
 Desemprego;
 Envelhecimento da população;
 Habitação degradada;
• Rede de transportes deficitária;
• Desertificação
• Carência de determinados serviços/equipamentos
• Alcoolismo
• Doença/deficiência
Grupos que Idosos pensionistas; Desempregados; Desempregados de longa duração
considera mais
vulneráveis a
situação de
Exclusão social
Fonte: Questionário Rede Social, 2005.

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REDE SOCIAL
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DIAGNÓSTICO SOCIAL

2 - Irmandade Nossa Senhora da Misericórdia de Cerva


Categorias
Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia de Cerva
Constituição Como 12/04/1918
IPSS e estatuto da
instituição
Âmbito de Freguesias de: Cerva, Limões e Alvadia
intervenção
Geográfico
Morada/contactos Morada: Rua Padre António André 4870 – 042 Cerva
Telf: 259478130 Fax: 259478139
Número de Sócios
Valências Capacidade N.º de Utentes
Lar de idosos 11 11
Centro de dia 30 23
Valências e áreas de Idosos Total 143 145
actividades Apoio Apoio Domiciliário Integrado - ADI 6 6
domiciliário Und. de Apoio integrado - UAI 16 16
Creche 40 45
Crianças Infantário 30 33
Objectivos da Apoio aos idosos e crianças
Instituição
Caracterização física sala de reunião; sala de espectáculos; Espaços ao ar livre; sala de ginástica; parque infantil;
Meios de Quotas dos sócios, peditórios públicos e quermesses e Câmara Municipal.
financiamento da
intuição
Projectos em curso Alargamento da valência do lar de idosos com a realização da candidatura ao Programa Pares
(Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais).
Identificação dos  Envelhecimento da população;
problemas  Analfabetismo;
 Baixos Níveis de Instrução;
 Alcoolismo;
 Violência Doméstica;
• Desertificação;
• Solidão;
• Isolamento;
• Habitação Degradada;
• Desemprego.
Grupos que Deficientes, Famílias monoparentais, Jovem com abandono Precoce Escolar.
considera mais
Vulneráveis a
Situação de Exclusão
social
Fonte: Questionário Rede Social, 2005

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

O concelho de Ribeira de Pena conta ainda com associações de cariz social, nomeadamente a
Cruz Vermelha de Ribeira de Pena.
De seguida, procederemos à apresentação esquemática desta instituição, em resultado do
inquérito por questionário que lhe foi administrado.

1 – Núcleo da Cruz Vermelha de Ribeira de Pena

Categorias Núcleo da Cruz Vermelha Portuguesa de Ribeira de Pena


Constituição Como
IPSS e estatuto da
2000, Entidade Pública sem fins Lucrativos.
instituição

Morada/contactos Morada: Rua Manuel José de Carvalho (instalações cedidas pela Câmara)

Número de Sócios 85 sócios


Apoio em recursos materiais – cedências de camas articuladas, cadeiras de rodas.
Valências e áreas de
Área de actuação: Saúde, Acção Social.
actividade
Objectivos da
Apoiar os mais carenciados.
Instituição
Área (s) de
Todo o concelho
Intervenção
Dificuldades com se Deficientes instalações para o desenvolvimento de novos projectos.
confronta esta Necessidade de mais apoios por parte da Câmara Municipal
instituição Falta de equipamentos de apoio: telefone, fotocopiadora, computador
Meios de Quotas de sócios
financiamento da Peditórios públicos e quermesses
Entidade Câmara Municipal
• Desemprego;
• Carência de determinados serviços/equipamentos;
Identificação dos • Baixos níveis de instrução;
problemas • Alcoolismo;
• Envelhecimento da população;
• Solidão
Grupos que
• Deficientes;
considera mais
• Desempregados;
Vulneráveis a
Situação de • Jovens com abandono precoce escolar;
Exclusão social
Fonte: Questionário Rede Social, 2005

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

10. 4 – A ACÇÃO SOCIAL DA SEGURANÇA SOCIAL

A Acção Social da Segurança Social tem como objectivos fundamentais a prevenção e


reparação de situações de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção,
exclusão ou vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o
desenvolvimento das respectivas capacidades (Número 2 Sistema de Acção Social – Lei n.º 32/2002, de
20 de Dezembro).
A acentuação do envelhecimento demográfico, o aumento de desemprego e a emergência de novos
riscos sociais, nomeadamente: exclusão Social, dependência, deficiência, entre outros, são alguns
factores que contribuíram para a inevitável reforma da Segurança Social em Portugal.
Esta nova lei de Bases da Segurança Social, em vigor desde Dezembro de 2002, assenta
essencialmente em três pilares basilares, com objectivo de promover a sustentabilidade da segurança
Social:
a) O Sistema Público (incluindo os subsistemas previdencial, de Solidariedade e de protecção
social) que pretende garantir a sustentabilidade através de mecanismos de corresponsabilização
social do Estado, das empresas e das famílias assentando numa cultura de partilha de riscos
socais;
b) O sistema de acção social, a desenvolver pela Estado, autarquias e outras instituições
libertando desta forma o sistema publico de determinados encargos e intensificar as garantias
de sustentabilidade da segurança Social;
c) Sistema complementar, que tem como objectivo conjugar os princípios da equidade social entre
as gerações e de eficácia macro-económica, promovendo desta forma a poupança e a eficácia
financeira.

Tendo por base a nova Lei de Bases do Sistema da Segurança Social – Lei n.º 32/2002, de 20 de
Dezembro compete a Segurança Social:
 Garantir a concretização do direito à segurança social;

 Promover a melhoria das condições e dos níveis de protecção social e o reforço da


respectiva equidade;

 Proteger os trabalhadores e as suas famílias nas situações de falta ou diminuição de


capacidade para o trabalho, de desemprego e de morte;

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RIBEIRA DE PENA
DIAGNÓSTICO SOCIAL

 Proteger as pessoas que se encontram em situação de falta ou diminuição de meios de


subsistência;

 Proteger as famílias através da compensação de encargos familiares;

 Proteger a eficácia dos regimes prestacionais e a qualidade da sua gestão, bem como
a eficiência e sustentabilidade financeira do sistema.

Posto isto, passamos a apresentar as principais medidas e programas desenvolvidos por esta
entidade e respectivos públicos-alvos.
Este tipo de medidas e programas revelem-se fundamentais para o concelho, na medida que
acabam por ser um recurso importante para um concelho com estas características.

1. INFÂNCIA/JUVENTUDE

1.1- MEDIDAS E PROGRAMAS PROMOVIDOS PELA ACÇÃO SOCIAL DA SEGURANÇA SOCIAL

1.1.1 – Amas
Segundo a nomenclatura da Segurança Social entende-se por ama a resposta social
desenvolvida através de um serviço prestado por uma pessoa idónea que, por conta própria e mediante
retribuição, cuida de crianças que não sejam sua parentes ou afins na linha recta ou no 2º grau da linha
colateral, por um período de tempo correspondente ao trabalho ou impedimento dos pais. (Decreto Lei
n.º 158/84, de 17 de Maio).

Esta medida tem como objectivo:


 Apoiar as famílias mediante o acolhimento de crianças, providenciando a continuidade dos
cuidados;
 Manter as crianças em condições de segurança;
 Proporcionar, num ambiente familiar, as condições adequadas ao desenvolvimento integral
das crianças.
Segundo indicação do Centro Distrital da Segurança Social de Vila Real, não temos indicação que
existam amas no concelho de Ribeira de Pena.
Contudo, apesar de se saber que existem amas não legalizadas no concelho, não dispomos de
informação acerca do seu número, nem das crianças que aí se encontram integradas.

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1.1.2 – Acolhimento Familiar


Este tipo resposta é desenvolvida através de um serviço, que consiste na atribuição da
confiança da criança ou jovem a uma família ou a uma família ou pessoa singular, habilitadas para o
efeito, tecnicamente enquadradas, decorrente da aplicação da medida de promoção e protecção,
visando a sua integração em meio familiar. (Decreto Lei n.º 190/92, de 3 de Setembro).

Os objectivos com esta reposta social são os seguintes:


 Garantir integração em meio familiar adequado que, lhe assegure os cuidados e a atenção
que a sua família não lhe pode proporcionar;
 Assegurar alojamento à criança e ao jovem;
 Garantir prestação de cuidados adequados às suas necessidades e bem estar e ao seu
desenvolvimento integral;
 Assegurar os meios necessários ao desenvolvimento pessoal e á formação escolar e
profissional em cooperação com a família, a escola, as estruturas de formação profissional
e a comunidade;
 Promover, sempre que possível, a integração na sua família de origem.

Quadro n.º 104 - Famílias de Acolhimento de crianças - 2006

Famílias Crianças
N.º N.º
Ribeira de
13 22
Pena
Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

Quadro n.º 105 – Crianças em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de Pena - 2006
Famílias de Acolhimento Natural Família de acolhimento Total
Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

Ribeira de 10 12
7 8 3 4
Pena
22

Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

Do total de crianças em famílias de acolhimento (22 crianças) 13 crianças possuem grau de parentesco
com as famílias que as acolhem. A freguesia que possui mais crianças em família de acolhimento é a
freguesia de Cerva (M-6/F-8). As freguesias de Alvadia, Limões e Santo Aleixo não possuem nenhuma
criança em família de acolhimento.

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Quadro n.º 106 – Crianças em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de Pena (Freguesias) 2006
Freguesia/ Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Sta. Sto. Total
Género Marinha Aleixo
Masculino 0 0 6 0 1 2 0 10
Feminino 0 1 8 0 2 2 0 12
Total 22
Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

1.1.3 - Intervenção Junto das Instituições Particulares de Solidariedade Social/Cooperação

Este tipo de resposta social visa a atribuição de prestações sociais a IPSS’s (Instituições
Particulares de Solidariedade Social)
É uma medida que visa a atribuição de prestações sociais a IPSS’s (Instituições Particulares de
Solidariedade Social), que assenta no reconhecimento e valorização por parte do Estado, do papel que
estas desempenham no exercício da acção Social. O estatuto da IPSS´s define-as como instituições não
lucrativas, privadas, constituídas com “o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de
solidariedade e de justiça entre os indivíduos”.
Assim ao Estado compete a inspecção e fiscalização do funcionamento destas instituições no
sentido de apurar se estas instituições estão a cumprir os objectivos para os quais foram criadas e as
condições em que o fazem, bem como a orientação e apoio às acções relacionadas em cooperação com
as IPSS’s e outras entidades que tenham a mesma finalidade.
Estabelece também a emissão de pareceres relativamente a pedidos de financiamento e
licenciamento, a instrução de processos nos termos do Regulamento de Registos das IPSS’s e a acção
fiscalizadora destas instituições e de outras entidades privadas de apoio social.
Esta temática tal como podemos verificar já foi abordada anteriormente aquando abordamos a
acção social das instituições particulares de solidariedade social e associações de cariz social,
existentes no concelho de Ribeira de Pena.

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1.2. Medidas e Programas desenvolvidos pela Acção Social do ISSS e por outras entidades

1.2.1- Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-escolar

Esta resposta social tem como objectivo promover a igualdade de oportunidades no acesso à
escola e para o sucesso das aprendizagens, proporcionando-lhes actividades educativas e actividades
de apoio a família.
Tendo por base a Lei de n.º 5/97, de 10 de Fevereiro, Lei-quadro de Educação Pré-Escolar, define
no seu artigo 2º, a educação pré-escolar como sendo “a primeira etapa no processo de educação ao
longo da vida”.
Posto isto, compete ao Estado contribuir para a universalização da oferta da Educação Pré-
Escolar.
De referir ainda, será explanada com mais rigor no capitulo dedicado à educação, aquando da
caracterização das escolas públicas e as IPSS´s que detém a valência do ensino pré-escolar.

1.2.2 – Programa “Ser Criança”

O programa Ser Criança é um programa de âmbito nacional, regulamentado pelo Decreto-lei n.º
314/94 de 23 de Dezembro, pelo Despacho 26MSSSS/95, de 28 de Dezembro e pelo despacho
6580/2005 82º série) do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Segurança Social,
da Família e da Criança, de 30 de Março.
Programa Ser Criança tem por objectivo a prevenção e eliminação de situações de
desprotecção social que atingem as crianças/jovens e suas famílias, através do apoio ao
desenvolvimento de projectos de incidência na família e na comunidade, promovendo igualmente a
experimentação de novas metodologias de intervenção e investigação-acção.
O Programa pauta-se, entre outros, pelos princípios emanados pela Convenção dos Direitos da
Criança pela Lei 147/99, de 1 de Setembro que aprovou a Lei de Protecção de Crianças e Jovens em
Perigo.
A concepção e execução dos projectos deve obedecer aos seguintes princípios gerais:
a) Participação das crianças e/ou jovens e suas famílias como agentes do seu próprio processo de
mudança;
b) Envolvimento comunitário mediante o estabelecimento e integração de redes de solidariedade locais;
c) Parceria interinstitucional e intersectorial, integrando vários saberes e perspectivas pertinentes para

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as áreas de actuação do projecto, garantindo o desenvolvimento de uma intervenção integrada,


participada e coordenada territorialmente e a sustentabilidade pós-projecto;
d) Intervenção Precoce, promovendo respostas que actuem preventivamente nos factores de risco social
e ou de deficiência que afectam as crianças, evitando situações de risco, de marginalização e exclusão
social;
e) Flexibilidade e Inovação, motivando o desenvolvimento de capacidades criativas na acção, de modo a
demarcar-se das respostas tradicionais;
f) Avaliação da intervenção, enquanto processo sistemático, participado, aberto e pluridisciplinar
respeitante a processos e resultados.
Em Maio de 2005 a Santa Casa de Misericórdia de Ribeira de Pena apresentou uma
candidatura a este Programa denominado “Faz Sentido”. Para tal foram estabelecidas parcerias com
determinadas entidades do concelho a saber:
 CDSSVRL – Serviço Local de Ribeira de Pena
 Câmara Municipal de Ribeira de Pena;
 Junta de freguesia de Salvador;
 Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena;
 Agrupamento de Escolas de Cerva;
 Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia de Cerva;
 Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Ribeira de Pena;
 Junta de Freguesia de Canedo;
 Junta de Freguesia de Alvadia;
 Junta Freguesia de Cerva;
 Junta de Freguesia de Santo Aleixo de Além Tâmega;
 Junta de Freguesia do Salvador;
 Grupo Desportivo de Ribeira de Pena;
 Casa do Povo de Ribeira de Pena;
 Sub-região de Saúde de Vila Real.

Os destinatários deste projecto são crianças com idade compreendidas entre os 0 aos 18 anos.
Este projecto tinha como objectivo central: Contribuir para o bem estar físico e mental das crianças e
jovens e harmonia familiar.
Contudo este projecto não foi aprovado por falta de financiamento.

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1.2.3 – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo

As Comissões de Protecção de Crianças e Jovens são instituições oficiais não judiciais,


implementadas por concelho/comarca, que têm por objectivo a protecção das crianças e jovens em
perigo, envolvendo a participação dos pais ou representante legal, por forma a evitar ou protelar a
intervenção judicial.
Estas Comissões são acompanhadas, apoiadas e avaliadas pela Comissão Nacional de
Protecção das Crianças e Jovens em Risco, à qual cabe a planificação da intervenção do estado e a
coordenação, acompanhamento e avaliação dos organismos públicos e da comunidade na protecção
das crianças e jovens em risco. A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo foi criada no
concelho de Ribeira de Pena em 12 de Dezembro de 2000.
Por último, podemos referir que a Acção Social contempla outras medidas/programas que neste
momento não tem incidência no nosso concelho, dentro destes destacamos: Serviço de Adopção,
Estabelecimento integrados, CAO, programa Creche 2000, Programa Jovens sem fronteiras, Programa
Escolas, Plano para a eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI)

2. IDOSOS E ADULTOS DEPENDENTES/DEFICIENTES

2.1 - Pensionistas
A pensão é uma prestação pecuniária mensal, atribuída em situações de morte, invalidez e
velhice.
De seguida serão apresentados os quadros permitem visualizar a distribuição destas
prestações, por zona geográfica.
No ano de 2004, a população reformada do concelho era de 2176 pensionistas (30%) da
população total. Ao observar-se a distribuição dos pensionistas pelos vários tipos de pensões, pode
verificar-se que a grande fatia recai sobre aqueles que auferem de pensão de velhice – 64,1% (1395
indivíduos), seguindo-se dos que recebem pensão de sobrevivência – 27,3% (595 indivíduos) do total de
pensionistas do concelho.
O cenário repete-se quando analisadas as regiões, Continente, Norte, Tâmega, em que os
reformados que auferem pensões por velhice são aqueles que reúnem o maior número de indivíduos.
(ver quadro n.º 108)

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Quadro n.º 107- Pensionistas por invalidez, velhice e sobrevivência em 31.12 de 2004 por área geográfica
Invalidez Velhice Sobrevivência Total
Total Pensionistas Total Pensionistas Total Pensionistas Total Pensionistas
Portugal 336274 328037 1701662 1627161 674450 637482 2712386 2592680
Norte 123125 119806 536128 513353 220605 208733 879858 841892
Tâmega 16639 16178 66552 63527 29802 28136 112993 107841
Rib. de Pena 236 227 1475 1395 595 554 2306 2176
Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte, 2004

De um total de 2 592680 pensionistas em Portugal, 32% (841892 pensionistas) destas


prestações são distribuídas pela Zona Norte, 4,1% (107841 pensionistas) na sub-região do Tâmega e
apenas 0,08% (2176 pensionistas) são atribuídas ao nosso concelho.

Quadro nº108 - Percentagens de Pensões e Reformas por situação social, por área geográfica
Espaço Invalidez Velhice Sobrevivência Total
Geográfico N.º % N.º % N.º % N.º %

Portugal 328037 3,1 1627161 15,4 637482 6,0 2592680 24,6


Norte 119806 3,2 513353 13,7 208733 5,6 841892 7,9
Tâmega 16178 2,9 63527 11,3 28136 5,0 107841 19,3
Rib. De Pena 227 3,1 1395 19,2 2554 7,6 2176 30
Fonte: INE, 2003

2.2 – População Portadora de Deficiência

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística em 2001 no que se refere ao população


deficiente no concelho de Ribeira de Pena existiam 477 indivíduos portadores de deficiência
(aproximadamente 6,4% do total da população residente).

Quadro n.º 109 - População Residente com Deficiência, segundo o Grau de Incapacidade e Sexo no Concelho de
Ribeira de Pena (2001)
Homens Mulheres Total %
Sem grau de incapacidade atribuído 85 72 157 32,9
Com incapacidade inferior a 30% 36 22 56 11,7
Com incapacidade entre 30% a 59% 74 50 124 25,9
Com incapacidade entre 60% a 80% 64 23 87 18,2
Com incapacidade superior a 80% 30 21 51 10,6
Total de população residente com deficiência 289 188 477 100
Fonte: Censos 2001, INE.

De acordo com o quadro acima exposto, dos 477 indivíduos, 157 (32,9%) não possuíam
qualquer grau de incapacidade, em contrapartida cerca de 87 (18,2%) tinham grau de incapacidade,
especialmente entre os 60% e 80% (corresponde a 1,1% da população). Com o grau de incapacidade

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entre os 30 a 59% temos cerca de 124 indivíduos (25,9%) ou seja 1,6% do total da população do
concelho.

Quadro n.º 110 - População Residente Segundo o Tipo de Deficiência no Concelho de Ribeira de Pena (2001)
Homens Mulheres Total %
População residente sem deficiência 3398 3537 6935 93,5
Deficiência auditiva 24 15 39 0.52
Deficiência visual 43 39 82 1.1
População Deficiência motora 140 79 219 2,9
residente com Deficiência mental 36 18 54 0.72
deficiência Deficiência paralisia 6 5 11 0.14
Outra deficiência 40 38 72 0,97
Total 289 188 477 6,4
População Residente Total 3687 3725 7412 100
Fonte: Censos 2001, INE.

No que se refere ao tipo de deficiência, é de mencionar que 219 indivíduos portadores de


deficiência motora (corresponde a 45,9% do total de deficientes) e os 54 com deficiência mental (11,3%).
De acrescentar ainda, que os 72 (corresponde 15% do total de deficientes) com outra deficiência,
conforme podemos verificar no quadro n.º 103.
Ainda atendendo a este quadro, podemos observar que predomina o sexo Masculino com 289
indivíduos (3.3% do total da população residente) contra 188 do sexo feminino (2.6%).

Quadro n.º 111 - População Residente Deficiente, com 15 ou mais anos, segundo o Tipo de Deficiência, por Principal
Meio de Vida no Concelho de Ribeira de Pena (2001)
Paralisia Outra
Principal Meio de Vida Auditiva Visual Motora Mental Total
Cerebral deficiência
Trabalho 6 21 10 4 - 12 53
Rendimentos da propriedade e da empresa 1 - - - - - 1
Subsídio de Desemprego - 3 1 - - 1 5
Subsídio temporário p/ acidente trabalho
1 - 2 1 - 1 5
ou doença profissional
Outros subsídios temporários - 1 1 - - - 1
Rendimento Mínimo Garantido (RMG) 1 1 5 1 - 6 14
Pensão/Reforma 22 44 171 30 10 41 318
Apoio Social - - 2 5 1 - 8
A cargo da família 1 9 15 11 - 7 43
Outra situação 2 - 5 - - 2 9
TOTAL 34 79 212 52 11 70 457
Fonte: Censos 2001, INE.

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Ao observar-se o quadro n.º 111, verificamos que o principal meio de vida da população com 15
ou mais anos portadora de deficiência é proveniente de pensões/reformas (313), seguida do trabalho e a
cargo da família com 53 e 43 indivíduos, respectivamente.

2.3 – População Dependente no concelho de Ribeira de Pena

Relativamente à população dependente no concelho por grupo etário verificamos que estes se
situam na sua maioria na faixa etária dos 75-84 anos.

Quadro nº 112 - Percentagem de Dependentes no concelho por Grupo Etário em 2006


Grupo etário Nº de Dependentes Percentagem
0 – 18 anos 3 2,3
19 – 40 anos 14 10,5
41 – 64 anos 31 23,3
65 – 74 anos 23 17,3
75 – 84 anos 44 33,1
> ou = 85 anos 18 13,5
Total 133 100

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Gráfico nº 54 - Número de dependentes/Percentagem por grupo etário no concelho em Ribeira de Pena

Número de Dependentes/Percentagem por grupos etários no concelho


em 2006

140

120

100

80
133 100

60

40

20 44
31 33,1
23,3
23 17,3
3 2,3 14 10,5 18 13,5
0
0 – 18 anos 19 – 40 41 – 64 65 – 74 75 – 84 > ou = 85 Total
anos anos anos anos anos
Nº de Dependentes Percentagem

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

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De seguida é apresentado o número de dependentes por sexo, verificamos que a maior


percentagem se concentra no sexo masculino com 51,1% dos dependentes.

Gráfico nº 55 – Percentagem de Pessoas Dependentes por Sexo no Concelho de Ribeira de Pena em 2006

Percentagem de depedentes no concelho por sexo em 2006

51%
49%

Homens Mulheres

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Verificamos que a freguesia que concentra mais dependentes é a freguesia de Cerva com 70
dependentes – 52,6% seguida da freguesia de Canedo com 28 dependentes 21,1%.

Quadro nº 113 - Número de dependentes/percentagem por freguesia em 2006

Freguesia Nº de dependentes Percentagem


Alvadia 0 0
Canedo 28 21,1
Cerva 70 52,6
Limões 4 3,0
Salvador 17 12,8
Santa Marinha 7 5,3
Santo Aleixo 7 5,3
Total 133 100
Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

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Gráfico nº 56 – Dependentes por Sexo e freguesia no concelho de Ribeira de Pena em 2006

Dependentes por sexo e freguesia no concelho de Ribeira de Pena em 2006

70

60

50

40

30

20

10

0
Santa Santo
Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Total
Marinha Aleixo

Nº de dependentes Homens 0 13 35 1 9 6 4 68
Nº de dependentes mulheres 0 15 35 3 8 1 3 65

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Quadro nº 114 – Dependentes por faixas etárias e freguesias onde residem no concelho de Ribeira de Pena em 2006
Freguesias onde residem os Dependentes
Grupo etário Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Santa Marinha Santo Aleixo
0 – 18 anos 0 2 2 0 1 0 0
19 – 40 anos 0 0 3 2 5 4 0
41 – 64 anos 0 2 20 1 3 2 3
65 – 74 anos 0 4 12 1 3 1 2
75 – 84 anos 0 17 23 0 4 0 0
> ou = 85 anos 0 5 10 0 1 0 2
Total 0 28 70 4 17 7 7

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

 Faixa etária dos 75 – 84 anos que concentra maior número de dependentes;


 A freguesia de Cerva é a concentra maior número de dependentes;
 O sexo masculino o que detêm maior número de dependentes

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Gráfico nº 57 – Dependentes por faixas etárias e freguesias onde residem no concelho de Ribeira de Pena em 2006

Dependentes por Grupos Etários e freguesia no concelho de Ribeira de pena em 2006

25

20

0 – 18 anos
15 19 – 40 anos
41 – 64 anos
10 65 – 74 anos
75 – 84 anos
> ou = 85 anos
5

0
Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Santa Santo
Marinha Aleixo

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Relativamente aos dependentes segundo o seu grau de dependência verificamos que a grande maioria
possui um grau de dependência leve, embora existam 18 casos de dependência total no concelho. As
freguesias que reúnem maior número de dependentes totais são Cerva (9) Canedo (5).

Quadro nº 115 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por freguesia e grau de dependência em 2006
Freguesias onde residem os Dependentes
Grau de Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Santa Marinha Santo Aleixo
dependência
< 20 – Dependência 0 5 9 0 3 1 0
total
20 – 35 0 0 2 0 4 1 0
Dependência grave
40 – 45 0 1 2 0 0 0 0
dependência
moderada
< ou = 60 – 0 22 57 4 10 5 7
dependência leve
Total 0 28 70 4 17 7 7

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

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Quadro nº 116 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde permanecem e grau de
dependência em 2006
Instituição Faixas etárias
41 - 64 anos 65 – 74 anos 75 – 84 anos > ou = 85 anos Total
Santa casa de 6 8 12 10 36
Misericórdia de
Ribeira de Pena -
Lar
Santa casa de 0 2 1 0 3
Misericórdia de
Ribeira de Pena –
Centro de Dia
Santa casa de 0 1 9 2 12
Misericórdia de
Cerva – Lar
Santa casa de 0 1 4 1 6
Misericórdia de
Cerva – Centro de
Dia
Apoio Integrado 0 3 4 4 8
Família de 2 3 8 6 19
Acolhimento
Total 8 18 18 20 84

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Verificamos que maioria dos dependentes encontram-se institucionalizados nas duas Santas Casas
existentes no concelho visto se tratarem na grande maioria de pessoas com idade avançada. Contudo
também temos algumas situações de reposta a esta população em família de acolhimento (19
Dependentes)

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Gráfico nº 58 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde permanecem e Grupo etário em
2006

Dependentes do concelho por Instituição onde permanecem a grupo etário

90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 St a. Casa St a Casa Sant a casa
St a casa de
de de de Famí lia de
Miser icór di Apoio
Misericór di Miser icór di Miser icórdi Acolhiment Tot al
a de Cerva Int egr ado
a de Rib. de a de Rib. de a de Cer va o
– C. de Dia
Pena - Lar Pena – C. – Lar
Faixas et árias 41 - 64 anos 6 0 0 0 0 2 8

Faixas et árias 65 – 74 anos 8 2 1 1 3 3 18

Faixas et árias 75 – 84 anos 12 1 9 4 4 8 18

Faixas et árias > ou = 85 anos 10 0 2 1 4 6 20

Faixas et árias Tot al 36 3 12 6 8 19 84

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

Gráfico nº 59 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde permanecem e sexo em 2006

Dependentes do concelho por Instituição ondem permanecem e sexo em 2006

90

80

70

60

Homens
50
Mulheres
40 total

30

20

10

0
Sta. Casa de Sta Casa de Santa casa de Sta casa de Apoio Família de Total
Misericórdia de Misericórdia de Misericórdia de Misericórdia de Integrado Acolhimento
Rib. de Pena - Rib. de Pena – Cerva – Lar Cerva – C. de
Lar C. de Dia Dia

Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

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Quadro nº 117 - Dependentes no concelho de Ribeira de Pena por Instituição onde permanecem e grau de
dependência em 2006
Freguesias onde residem os Dependentes
Grau de
Sta. Casa Sta Casa de Santa casa Sta casa de Apoio Família de Total
dependência
de Misericórdia de Misericórdia Integrado Acolhimento
Misericórdia de Rib. de Misericórdia de Cerva –
de Rib. de Pena – C. de Cerva – C. de Dia
Pena - Lar de Dia Lar

< 20 – 13 0 5 0 2 3 23
Dependência
total

20 – 35 0 0 0 0 0 1 1
Dependência
grave

40 – 45 2 0 0 1 2 0 5
dependência
moderada

< ou = 60 – 21 3 7 5 4 15 55
dependência
leve

Total 36 3 12 6 8 19 84
Fonte : Dados disponibilizados pelo Centro de Saúde de Ribeira de Pena

2.4 – Medidas e Programas desenvolvidos pela acção Social da Segurança Social

2.4.1 – Acolhimento de Idosos e Pessoas com Deficiência

Este tipo de Medida consiste em integrar, temporariamente, em famílias consideradas idóneas,


pessoas idosas quando, por ausência ou falta de condições de familiares e/ou inexistência ou
insuficiência de respostas sociais, não possam permanecer no seu domicílio
Os principais objectivos desta medida prendem-se:
Acolher pessoas idosas (no máximo três), que se encontrem em situação de dependência
ou perda de autonomia, vivam isoladas e sem apoio de natureza sócio-familiar e/ou em
situação de insegurança;
Garantir à pessoa acolhida um ambiente sócio-familiar e afectivo propício à satisfação das
suas necessidades e ao respeito pela sua identidade, personalidade e privacidade;.
Evitar ou retardar o recurso à institucionalização.

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Quadro n.º 118 - Famílias de Acolhimento de idosos/adultos dependentes - 2006

Adultos
Famílias Idosos
dependentes
N.º N.º N.º
Ribeira de
15 23 3
Pena
Fonte: CDSSVRL- Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

Do total de 15 Famílias de Acolhimento de Idosos/Adultos Dependentes, temos 22 idosos e 3


adultos dependentes. A freguesia que possui mais idosos em família de acolhimento é a freguesia de
Cerva (M-6/F-8). Este elevado número de pessoas em família de acolhimento pode estar associado com
o facto de na freguesia apenas existir como resposta a esta franja da população um mini lar (11 utentes)
o faz com que as famílias de acolhimento sejam uma resposta social alternativa a esta população.

Quadro n.º119 –Distribuição de Idosos/Adultos Dependentes em Famílias de Acolhimento por sexo no concelho de
Ribeira de Pena em 2006

Famílias de Idosos Adultos Dependentes Total


Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

Ribeira de 11 14
9 14 3 0
Pena
25
Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

Quadro n.º 120– Idosos em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de Pena (Freguesias)

Freguesia/ Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Sta. Sto. Total


Género Marinha Aleixo
Masculino 0 0 4 2 2 1 1 10
Feminino 0 0 2 0 9 1 1 13
Total 23 23
Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

Relativamente aos adultos dependentes existem 3 em famílias de acolhimento 1 na freguesia de Cerva e


dois na freguesia de Salvador.

Quadro n.º 121 – Adultos Dependentes em Famílias de Acolhimento no concelho de Ribeira de Pena (Freguesias) em
2006
Freguesia/ Alvadia Canedo Cerva Limões Salvador Sta. Sto. Total
Género Marinha Aleixo
Masculino 0 0 1 0 0 0 0 1
Feminino 0 0 0 0 2 0 0 2
Total 3
Fonte: CDSSVRL - Técnica Local de Serviço Social de Ribeira de Pena

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2.3.2 – Serviço de Apoio Domiciliário


Segundo a indicação dos CDSSSVRL- Equipa Local de Ribeira de Pena actualmente paga
apoio domiciliário de vizinhança a 7 indivíduos, sendo que 5 são mulheres e 2 são homens, visto não
existir resposta por parte das IPSS.

3. FAMÍLIA E COMUNIDADE

3.1 – Medidas e Programas desenvolvidos pela Acção Social da Segurança Social

3.1.1 - Atendimento/Acompanhamento Social


Trata-se de uma resposta social através de um serviço de primeira linha, que visa apoiar as
pessoas e as famílias na prevenção e/ou reparação de problemas geradores ou gerados por situações
de exclusão social e, em certos casos, actuar em situações de emergência. Segundo o Guião Operativo
para o Atendimento/Acompanhamento Social trata-se de um acto profissional dinâmico, que tem como
ponto de partida o pedido ou problema apresentado e que, aliado a outros modos, meios e estratégias
de intervenção com base na relação interpessoal, possibilita o estudo, a análise e a interpretação
diagnosticada, bem como a programação das acções o desenvolvimento da intervenção e a avaliação
do processo.
Tendo em conta os diferentes níveis de atendimento/acompanhamento realizados do âmbito da
Acção Social, podem definir-se diferentes modalidades.
São elas:
Atendimento de 1ª linha ou acolhimento Social – Refere-se a recepção do cidadão, à recepção
básica de informação e orientação. É um serviço social geral polivalente, faz a recepção e triagem,
selecciona as situações-problemas a acompanhar e em alguns casos dá respostas sociais;
Atendimento de 2ª linha ou acompanhamento Social – Dá respostas articuladas e qualificadas
às problemáticas sociais especificas; funciona, completarmente ao atendimento de 1ª Linha. É um
serviço especializado nas diversas áreas da acção social, tem competências para contribuir para as
respostas articuladas e qualificadas às situações individuais e familiares bem como a problemáticas
sociais específicas; funciona como consultadoria especializada aos pedidos de atendimento de 1º linha.
3º Linha ou Acompanhamento especializado - Refere-se a um atendimento que trabalha em
concreto uma determinada vertente do problema detectado, no âmbito do diagnóstico realizado durante
o acompanhamento social.

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Segundo a indicação dos CDSSSVR- Equipa local de Ribeira de Pena, no número de processos
de acção social em acompanhamento são 122.

3.1.2 – Ajudas Técnicas

Esta medida enquadra-se num Despacho Conjunto dos Ministérios da Segurança Social e do
Trabalho e as Saúde, que pretende “compensar a deficiência ou atenuar-lhe as consequências e permitir
o exercício das actividades quotidianas na vida escolar, profissional e social”.
As ajudas técnicas indispensáveis à autonomia e integração das pessoas com deficiência,
destinam-se compensar a deficiência ou a atenuar-lhe as consequências e permitir o exercício das
actividades quotidianas e a participação na vida profissional, escolar e social.
A verba para a atribuição e financiamento de ajudas técnicas é disponibilizada anualmente pelos
Ministérios da Saúde, da Segurança Social e Trabalho.
Segundo a indicação dos CDSSSVR- Equipa local de Ribeira de Pena, no ano de 2005 foram
contemplados 5 agregados familiares com esta medida.

3.1.3 – Rendimento Mínimo de Inserção (RSI)

A lei 13/2003, de 21 de Maio, veio revogar o Rendimento Mínimo Garantido criado na altura
pela Lei 19- A/96., de 29 de Junho, e é criada em substituição o chamado Rendimento Mínimo de
Inserção (RSI), actualmente regida pelo Lei 42/2006 de 23 de Fevereiro.
O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação incluída no Subsistema de
Solidariedade no âmbito do Sistema Público de Segurança Social, e num Programa de Inserção, de
modo a conferir às pessoas e aos seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal,
que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e favoreçam a progressiva inserção
laboral, social e comunitária.
Relativamente ao número de processos de RSI em acompanhamento no concelho de Pena não
nos foram fornecidos os dados pelo Centro Distrital de Solidariedade Social de Vila Real
atempadamente para a realização deste diagnóstico.

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3.1.4 – Programa de Luta Conta a Pobreza

Este programa visa a eliminação dos mecanismos que conduzem à pobreza e à exclusão social,
através quer da cooperação entre o sector público e o sector privado, quer da acção intersectorial num
perspectiva integrada, da participação e responsabilização de grupos e comunidades locais. Contudo,
neste últimos anos, as políticas sociais têm sofrido alguns ajustamentos cada vez mais direccionados
para os públicos e comunidades mais desfavorecidos, tornando-se assim necessário adequar a
intervenção que o programa de Luta Contra a Pobreza tem vindo a desenvolver. É neste contexto que
surge o Programa Progride.
Com a criação do presente Programa pretende-se promover o desenvolvimento de Projectos
direccionados para territórios onde a gravidade dos fenómenos de pobreza e exclusão social justifica
intervir prioritariamente e para grupos específicos particularmente confrontados com situações de
exclusão marginalidade e pobreza persistente, assentes na participação de todos os actores locais e na
congregação das várias sinergias locais.
No concelho de Ribeira de Pena já foram implementados dois Projectos de Luta Contra a Pobreza,
“Projecto Rio Beça” e o “Projecto Vento Solidário”. Em Fevereiro de 2005 a Santa Casa de Misericórdia
de Ribeira de Pena como entidade executora e a Câmara Municipal como entidade promotora
apresentaram uma candidatura a este programa. Contudo, esta candidatura não foi aprovada por falta
de financiamento.

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10.5 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Acção Social
Forças Fraquezas
 Segurança Social;  Duplicação de parcerias;
 Instituições de Solidariedade Social;  Falta de Recursos Humanos;
 Centros de Dia;  Insuficiência de Equipamentos e Serviços;
 Centros de Convívio;  Falta de Programas de Apoio à Integração de
 Lares de Idosos; grupos Socialmente Vulneráveis;
 Creches;  Falta de resposta para a população com
 CPCJ; deficiência;
 ATL;  Insuficiente resposta ao nível do apoio domiciliário
 Actuação dos Centros de Saúde para a 3º idade;
 Santas Casas da Misericórdia;  Falta de Centro de Apoio Temporário a crianças
 Cruz Vermelha; em risco (0 aos 12 anos).
 Criação de uma unidade de cuidados
continuados na sede do concelho;
 Alargamento da valência lar idosos;
 Associações existentes no concelho

Oportunidades Ameaças
 Rendimento Social de Inserção;  Insuficiência de apoios financeiros;
 Parceria com a Segurança Social;  Falta de apoio para a continuidade de actividades
 Parceria com IPSS com a Câmara; iniciadas;
 Alargamento dos cuidados domiciliários;  Aumento do número de utentes e insuficiência de
 Programa de alargamento de equipamentos de Equipamentos Serviços;
Redes Sociais – PARES  O Envelhecimento Populacional;
 Programa Saúde XXI;  Restrições orçamentais;
 PIDDAC;
 POEFDS – 5.6; .
 Aplicação da legislação existente para famílias de
acolhimento a idosos

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CAPÍTULO XI – CULTURA, DESPORTO E LAZER

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11.1 - ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS, RECREATIVAS E CULTURAIS NO CONCELHO DE RIBEIRA


DE PENA

O concelho de Ribeira de Pena conta com 18 Associações, devidamente estatuídas, e grande


parte delas de cariz desportivo, recreativo e cultural, que cobrem quase todas as freguesias do concelho.
Para um conhecimento mais pormenorizado destas instituições, nomeadamente que tipo de
actividade desenvolvem e para que tipo de público, foi elaborado e enviado pelo Núcleo Executivo do
Conselho Local de Acção Social (CLAS) um inquérito por questionário.
Não obstante, nem todas as associações responderam ao inquérito. Desta forma, passaremos a
apresentar as actividades desenvolvidas e identificadas por estas associações.

Quadro nº 122 - Caracterização das Associações desportivas, recreativas e culturais existentes do Concelho em 2005
Colectividade Sede N.ºSócios Fundação Legalização
Total activos
G. D. Cerva Cedida 400 350 08-05-81 -
A. D. C R. de Agunchos Própria 145 50 15-08-99 12-11-99
A. D. C R. de Amigos de Cerva Cedida 10 10 11-04-04 17-05-04
Clube Caça e Pesca do Poio Cedida 202 122 - -
A. D. C R. Amigos de Asnela Não Tem 100 50 - -
Casa do Povo de Cerva Própria 125 100 - -
ADRIPoio Cedida 50 45 27-02-98 05-03-98
Casa do Povo de Ribeira de Pena Própria 96 21 - -
F. S. S. C. M. de Ribeira de Pena Cedida 165 165 14-12-98 14-12-98
C. Caça e Pesca Ribeira de Pena Não Tem 81 - 04-04-90 04-04-90
Associação Unilsete Alugada 100 - 31-07-98 30-09-98
G.D. Ribeira de Pena Própria 240 180 15-01-74 -
Associação Fórum Metanóia Cedida 108 - 17-06-87 29-09-87
A. D. C R. Artesãos da Trofa Cedida 20 - 05-11-98 05-11-98
Associação Pisão Louredo Cedida 39 31 - -
A. D. C R. de Balteiro Própria 50 20 15-04-83 15-04-83
A. D. C R. de Stª Marinha Não Tem 92 40 07-05-87 -
A. D. C R. Stº Aleixo Cedida 50 20
Total 2073 1202
Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

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De seguida serão apresentados as associações que se encontra activas/inactivas existentes no


concelho de Ribeira de Pena
Quadro nº 123 - Actividade das Colectividades do Concelho
Colectividade Freguesia Activa Inactiva
Grupo Desportivo de Cerva x
Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Agunchos x
Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Amigos de Cerva x
Clube Caça e Pesca do Poio Cerva x
Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Amigos de Asnela x
Casa do Povo de Cerva x
ADRIPoio x
Casa do Povo de Ribeira de Pena x
Fundo Social Servidores da Câmara Municipal de Ribeira de Pena x
Clube Caça e Pesca de Ribeira de Pena x
Associação Unilsete x
Associação Fórum Metanóia Salvador x
Associação Cultural, Desportiva e Recreativa Artesãos da Trofa x
Associação Pisão Louredo x
Grupo Desportivo de Ribeira de Pena x
Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Balteiro x
Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Stª Marinha Santa Marinha x
Associação Cultural, Desportiva e Recreativa Stº Aleixo Stº Aleixo Além Tâmega x
Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

Como podemos verificar pela observação do quadro acima apresentado existem no concelho 18
Associações Desportivas, Recreativas e Culturais, distribuídas pelas diferentes freguesias do concelho,
excepto nas freguesias Alvadia, Limões e Canedo que não possuem qualquer tipo de Associação.
Relativamente a sua actividade verificamos 15 (83%) associações se encontram activas e 3 (17%)
inactivas.
Gráfico nº 60 – Actividade das Associações no concelho de Ribeira de Pena

Actividade das Associações no concelho de Ribeira de Pena

17%
Inactiva

Inactiva
Activas
83%
Activas

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

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Dos dados apresentados observamos que é o grupo desportivo de Cerva e Ribeira de Pena
aqueles que detém maior numero de sócios com 400 sócios e 240 sócios respectivamente.
Relativamente as associações que detém menor número de sócios, temos a Associação de
Amigos de Cerva com 10 sócios e A .D.C.R Artesãos da Trofa com 20 sócios. Analisando as
Associações quanto suas instalações verificamos que a sua maioria funciona em sedes cedidas, apenas
28% tem sede própria, 6% funcionam em sedes alugadas e 17% não tem sede.
Conclusões:
Uma das maiores dificuldades com que se deparam estas associações é a falta de recursos
financeiros para poderem desenvolver as suas actividades. A maioria das fontes de financiamento
destas associações provem das quotas dos associados, instituições públicas, nomeadamente Câmara
Municipal e Instituto Português da Juventude.
Um outro obstáculo às suas actividades prende-se com o facto de estas associações e do seu
papel na comunidade não ser reconhecido nem valorizado.
Desta forma, passaremos a apresentar as actividades desenvolvidas e identificadas por estas
associações.
 Teatro;
 Futebol federado;
 Torneios Futsal;
 Futebol;
 Futebol de 7;
 Folclore;
 Festas e romarias;
 Ensino de danças, música e cantares;
 Caça e Pesca Desportiva;
 Tiro ao prato;
 Taekwondo;
 Ténis de Mesa;
 Perícias de carros;
 Formações;
 Jogos tradicionais;
 Torneio de sueca
 Viagens culturais;

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 Defesa do património;
 Desporto Motorizado;
 Edição de Jornal

Quadro n.º124 - Caracterização das actividades praticadas por cada Associação no concelho
Associação Actividade/ modalidades desenvolvidas
• Futebol Federado;
Grupo Desportivo de Cerva
• Torneios de Futsal;
• Rancho;
A.D.C R. de Agunchos • Teatro;
• Torneios de Futsal;
• Futsal Federado;
A.D.C R. de Amigos de Cerva • Jogos tradicionais;
• Torneios de Futsal;
• Torneio de sueca;
Clube de Caça e Pesca do Poio • Tiro ao Prato;
• Pesca e Caça Desportiva
• Festas populares;
ADRIPOIO • Perícias de carros;
• Formações
• Teatro;
Casa do Povo de Ribeira de Pena • Taekwondo;
• Ténis de Mesa
Fundo Social dos Servidores da Câmara Municipal de Ribeira de Pena • Jogos de Futsal
• Torneios de futsal;
Associação Unilsete
• Edição de um jornal Ribeirapenense
• Futebol;
• Futsal Federado;
Grupo Desportivo de Ribeira de Pena
• Torneios de Futsal;
• Futebol de 7
• Desporto motorizado;
Associação Fórum Metanóia
• Edição do Jornal Ecos da Ribeira
• Rancho;
A.D.C.R Artesãos da Trofa
• Festas populares;
• Festas populares;
Associação Pisão Louredo
• Defesa do Património
• Torneios de Futsal;
A.D.C.R de Balteiro • Festas Populares;
• Ranchos e Cantares.
A.D.C.R de Santa Marinha • Cantares Populares.
• Torneios de Futsal;
A.D.C.R de Santo Aleixo
• Viagens Culturais

Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

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De referir ainda que as Associações que apresentam mais número de jovens a praticar desporto
è o Grupo Desportivo de Ribeira de Pena com 60 praticantes, e o Grupo Desportivo de Cerva com 30
praticantes e a Casa do Povo de Ribeira de Pena com 20 praticantes.

De seguida será apresentada a caracterização de algumas instituições desportivas, recreativas e


culturais no concelho de Ribeira de Pena:

1 – Artesãos da Trofa

Categorias Associação os Artesãos da Trofa

Constituição e estatuto da
instituição 1999, Entidade Pública sem fins Lucrativos.

Morada/contactos Morada: Escola Eb 1 da Trofa Salvador Telf: 259494146

Número de Sócios 30 sócios


Área de actuação: Educação, Associativismo e equipamentos desportivos, recreativos e culturais.
Áreas de actuação
- Divulgar a cultura e tradições populares;
Objectivos da Associação - Colaborar activamente para os valores de cada um, contribuam, para a alegria e bem estar da
comunidade.
Área (s) de Intervenção Todo o concelho
- Participação em festivais de Folclore;
- Festas populares;
- Inter-câmbios culturais;
Actividades
- Cortejo Tradicional de Carnaval;
Desenvolvidas/organizadas
- Festa de S. Martinho;
pela Associação em 2004
- Festa em Honra da Nossa Padroeira;
- Jogos populares;
- Passeio Recreativo
Entidades com quem - Câmara Municipal de Ribeira de Pena;
mantêm contactos - Junta de Freguesia do Salvador.
- Falta de instalações próprias;
Dificuldades com se
- Acesso difícil à Associação;
confronta esta instituição
- Falta de espaço para a realização das actividades culturais e recreativas
Meios de financiamento da - Câmara Municipal
Entidade - Junta de Freguesia do Salvador
Entidades de quem - Instituto da juventude;
gostaria de ter mais apoio - Inatel
• Desertificação;
• Desemprego;
Identificação dos • Baixos níveis de instruçã;
problemas • Carência de Determinados serviços e equipamentos;
• Envelhecimento da população;
• Alcoolismo
Grupos que considera
• Emigrantes;
mais Vulneráveis a
• Desempregados;
Situação de Exclusão
social • Jovens à procura do 1º emprego
Fonte: Inquérito por questionário da Rede Social - 2005

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2 – Grupo Desportivo de Ribeira de Pena

Categorias Grupo Desportivo de Ribeira de Pena

Constituição e estatuto da
instituição 15/01/1974, Entidade Pública sem fins Lucrativos.

Morada/contactos Morada: Rua 25 de Abril Telf:

Número de Sócios 240 sócios


Área de actuação: Educação, Associativismo e equipamentos desportivos, recreativos e culturais;
Áreas de actuação
Futebol masculino e feminino e actividades de lazer .
- Dinamizar o concelho através do futebol;
Objectivos da Associação - Formação pessoal e desportiva dos jovens

Área (s) de Intervenção Todo o concelho


Actividades - Participação em campeonatos da Associação Futebol de Vila Real;
Desenvolvidas/organizadas - Torneios;
pela Associação em 2004 - Actividades
- Câmara Municipal de Ribeira de Pena;
Entidades com quem
- Junta de Freguesia do Salvador.
mantêm contactos
- Escolas

Dificuldades com se - Falta de instalações adequadas;


confronta esta instituição - Apoios financeiros;

- Câmara Municipal
Meios de financiamento da - Junta de Freguesia do Salvador
Entidade - Sócios;
- Donativos
- Socorpena;
Que entidades/organismos
- Veiga Alimentar;
apoiam logisticamente a
- Câmara Municipal
Associação
- Junta de Freguesia do Salvador
Entidades de quem
- de todas
gostaria de ter mais apoio
- informáticos (ligação a Internet)
- Televisão;
Equipamentos s que a - Vídeo;
associação não tem mas - Câmara de Filmar;
gostaria de ter - DVD;
- Ginásio;
- salas equipadas (mesas, cadeiras, armários)
• Crianças e jovens em Risco;
• Baixos níveis de instrução;
• Analfabetismo;
Identificação dos
• Desemprego
problemas
• Solidão;
• Isolamento;
• Envelhecimento da população
Grupos que considera
• Famílias Monoparentais;
mais Vulneráveis a
• Desempregados;
Situação de Exclusão
social • Jovens com abandono precoce escolar
Fonte: Inquérito por questionário da Rede Social - 2005

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3 – Associação Cultural e Desportiva e Recreativa de Balteiro

Categorias Associação Cultural e Desportiva e Recreativa de Balteiro

Constituição e estatuto da
instituição 15/04/1984, Entidade Pública sem fins Lucrativos.

Morada/contactos Morada: Balteiro 4870 – 104 Salvador Telf: 259495251

Número de Sócios 50 sócios


Áreas de actuação Área de actuação: Associativismo e equipamentos desportivos, recreativos e culturais.
- Ocupação de Tempos Livres;
Objectivos da Associação - Preservação das tradições;
- Organização de convívios.
Área (s) de Intervenção Todo o concelho
- Organização do desfile de Carnaval;
- Festa da aldeia em honra da Nossa Senhora de Fátima;
Actividades - S. Martinho;
Desenvolvidas/organizadas - Baile de Natal;
pela Associação em 2004 - Cantar dos Reis;
- Organização de torneios de futebol de salão;
- Torneio de Sueca
- Câmara Municipal de Ribeira de Pena;
Entidades com quem - Junta de Freguesia do Salvador.
mantêm contactos - Inatel;
- Grupo Desportivo de Ribeira de Pena

Dificuldades com se - Falta de meios humanos;


confronta esta instituição - Falta de meios financeiros;

- Câmara Municipal
Meios de financiamento da - Junta de Freguesia do Salvador
Entidade - Sócios;
- Donativos
Que entidades/organismos
apoiam logisticamente a - Subsídios
Associação
Entidades de quem
gostaria de ter mais apoio
Equipamentos s que a
associação não tem mas
gostaria de ter
• Desemprego:
• Desertificação;
• Analfabetismo;
Identificação dos
• Solidão;
problemas
• Crianças e jovens em Risco;
• Envelhecimento da população
• Alcoolismo
Grupos que considera
• Idosos pensionistas;
mais Vulneráveis a
• Desempregados;
Situação de Exclusão
social • Jovens à procura do 1º emprego
Fonte: Inquérito por questionário da Rede Social - 2005

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4 – Associação Cultural e Desportiva e Recreativa Grupo de Tecelagem de Limões

Categorias Associação Cultural e Desportiva e Recreativa Grupo de Tecelagem de


Limões
Constituição e estatuto da
instituição 1987, Entidade Pública sem fins Lucrativos.

Morada/contactos Morada: Limões Telf: 259470127

Número de Sócios 22 sócios


Área de actuação: Associativismo e equipamentos desportivos, recreativos e culturais;
Áreas de actuação
- Emprego e formação.
- Ocupação de Tempos Livres;
Objectivos da Associação - Preservação das tradições;
- Organização de convívios.
Área (s) de Intervenção Todo o concelho
Actividades
Desenvolvidas/organizadas
pela Associação em 2004
- Câmara Municipal de Ribeira de Pena;
Entidades com quem - Junta de Freguesia do Salvador.
mantêm contactos - Inatel;
- Grupo Desportivo de Ribeira de Pena

Dificuldades com se
confronta esta instituição

Meios de financiamento da - Câmara Municipal


Entidade
Que entidades/organismos
apoiam logisticamente a - Subsídios
Associação
Entidades de quem
gostaria de ter mais apoio
Equipamentos s que a
associação não tem mas - Uma viatura
gostaria de ter
• Crianças e jovens em Risco;
• Redes de Transportes Deficitária;
• Isolamento;
• Carências de Redes viárias;
• Falta de habitação;
Identificação dos • Habitação degradada;
problemas • Pobreza
• Alcoolismo;
• Doenças/deficiência;
• Desemprego
• Envelhecimento da população
• Carências de determinados serviços/equipamentos
Grupos que considera
• Idosos pensionistas;
mais Vulneráveis a
• Jovens com abandono precoce escolar
Situação de Exclusão
social • Jovens à procura do 1º emprego
Fonte: Inquérito por questionário da Rede Social - 2005

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11.2 - INSTALAÇÕES DESPORTIVAS

Fazendo agora uma análise da oferta dos equipamento na área desportiva o concelho encontra-
se caracterizado com os seguintes equipamentos.

Quadro nº 125 - Oferta de equipamentos desportivos no concelho de Ribeira de Pena

Equipamentos Desportivos
Freguesia
Grandes Pequenos Pista de Salas de
Piscinas Especiais Total
Jogos Jogos atletismo Deporto

Alvadia 1 - - - - - 1

Limões 1 - - - - - 1

Cerva 3 6 - 2 - 2 13

Salvador 1 5 - - 2 1 9

St.ª 1 - - - - 1 2
Marinha

St.º Aleixo 1 1 - - - 1 3
Além
Tâmega

Canedo 2 1 - - - 1 4

Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

Como podemos verificar pela observação do gráfico abaixo apresentado, ao nível dos
equipamentos desportivos todas as freguesias apresentam pelo menos uma infra-estrutura desta
natureza. Contudo de referir ainda das 30 infra-estruturas desportivas existentes em todo o concelho,
treze concentram-se na freguesia de Cerva e nove na freguesia do Salvador.

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Gráfico n.º61 - Distribuição dos Equipamentos Desportivos por freguesia

Equipamentos Desportivos - Freguesias

1
3 4
2

9
13
1

A lv a dia C a ne do C e rv a Lim õ e s
S a lv a do r S a nt a M a rinha S a nt o A le ixo

Fonte: Carta Desportiva do Concelho de Ribeira de Pena

11.3 - ESPAÇOS VERDES

Freguesias com Espaços Verdes (5): Canedo, Cerva, Salvador, Santo Aleixo de Além Tâmega,
Santa Marinha.
Freguesias sem Espaços Verdes (2): Alvadia, Limões.

Quadro n.º126 - Espaços Verdes existentes no concelho de Ribeira de Pena

Nome do espaço Freguesia


Parque de Lazer de Canedo Canedo
Parque de Lazer de Seirós Canedo
Parque de Lazer da Sra. Guia Santa Marinha
Parque de Lazer de Bragadas Santo Aleixo de Além Tâmega
Parque de Lazer de Lamelas Salvador
Parque de Lazer de Cervinhas Cerva
Parque de Lazer Madragoso Cerva
Praia Fluvial de Canedo Canedo
Praia Fluvial de Meadas Cerva
Praia Fluvial de Casas Novas Cerva
Praia Fluvial de Santo Aleixo Santo Aleixo de Além Tâmega
Fonte: Município de Ribeira de Pena – Gabinete Florestal

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11.4 - ESPAÇOS CULTURAIS

Freguesias com Espaços Culturais (1): Salvador


Freguesias sem Espaços Culturais (6): Alvadia, Canedo, Limões, Cerva, Santo Aleixo de Além
Tâmega, Santa Marinha.

Quadro n.º 127 - Espaços culturais no concelho de Ribeira de Pena

Nome do Espaço Tipo de Espaço Freguesia


Biblioteca Municipal Biblioteca* Salvador
Núcleo Museográfico de
Museu Venda Nova (Salvador)
Venda Nova
Fonte: Município de Ribeira de Pena * Em fase de construção

11.5 – FESTAS E ROMARIAS

Ocorrem durante todo o ano eventos que marcam diferentes ritmos de vida, nomeadamente, o
de produzir e o de lazer. As feiras, festas e romarias animam e agitam a vida das comunidades locais,
promovendo o seu dinamismo e constituindo assim importantes manifestações culturais que traduzem a
união do homem à terra.
Mostrando aspectos de carácter económico, espiritual e etnográficos, apelam a população e
sobretudo para quem a visita o concelho a entrar num universo de emoções lúdicas e de aprendizagem
de simbologias tipicamente rurais. Revelam-se como verdadeiras momentos de liberdade e de alegria,
assim como de encontro e de troca de vivências onde se celebram datas importantes e se agradece aos
santos padroeiros a concretização das promessas e se promove a participação da comunidade local.
Das festas e romarias destacam-se a majestosa e colorida Romaria da Senhora da Guia, padroeira do
concelho, que se realiza em Agosto e concebera um garante numero de peregrinos e forasteiro.

Quadro nº128 - Festas e Romarias realizadas no Concelho de Ribeira de Pena

Festas e Romarias Freguesia Data

Nossa Senhora da Guia


(Festa do Concelho) Santa Marinha 14 e 15 de Agosto
Divino Salvador e a Senhor das Angústias (festa da Vila) Salvador
(Ribeira de Pena) 1º Domingo de Agosto

Festa de S. Pedro Cerva 29 de Junho

Festa do São João Baptista Limões 24 de Junho

Festa de Santa Luzia Póvoa 13 de Dezembro

Festa de São Gonçalo Fruíme 1 0 de Janeiro

Festa se São Brás Salvador 3 de Fevereiro


Fonte: Câmara municipal de Ribeira de Pena

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No que diz respeito às feiras no concelho nelas podemos encontrar os produtos agrícolas locais,
os animais para criação e consumo, a doçaria tradicional bem como também peças artesanais.
Destacam-se as feiras de Natal que se realizam nas freguesias de Salvador e Cerva com produtos tipos
da época.
Com a Primavera e o Verão decorrem também nestas localidades duas feiras que merecem
destaque da nossa parte. Em Cerva realiza-se a chamada feira do Gado que é marcada por um
concurso de pecuária, e em Salvador mais recente a Feira do Linho local por excelência de mostras de
produtos artesanais nomeadamente produtos em linho feitos pelos artesãos locais.
A cultura do linho esta fortemente enraizada na tradição do concelho. Nesta feira o objectivo é
expor vários artigos em linho e produtos regionais. Esta feira tem como objectivo central promover,
incentivar e dinamizar os vários sectores de actividade do concelho. O Vinho Verde e a Gastronomia são
outros produtos da região que marcam presença neste certame.

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11.6 - Análise de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças


Associativismo (Cultura Desporto e Lazer)

Forças Fraquezas

 Grupos desportivos existentes no concelho;  Falta de Apoios financeiros;


 Casas de Povos;  Falta de um parque desportivo;
 Associações existentes no concelho;  Falta de incentivos e empreendorismo
 Caça e Pesca  Falta de voluntariado;
 Pouca diversidade de actividades (modalidades);
 Insuficiência de actividades direccionadas para
população mais envelhecida

Oportunidades Ameaças
 IPJ;  Insuficiência de apoios financeiros;
 Programas comunitários e nacionais  Envelhecimento populacional;
 Restrições orçamentais;

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.
CAPÍTULO XII – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

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12.1 – Principais problemas

NA ÁREA DA SAÚDE

1 – Saúde Mental

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Acolhimento;  Articulação inter-


Saúde Mental  Transportes  Centro de
 Apoio em institucional;
disponibilizado Saúde de
situações de
pelo Município Ribeira de Pena;
Crise;
de Ribeira de  Hospital distrital
 Ocupação
Pena para as de Vila Real
destes doentes
consultas
em centros
ocupacionais;
 Recursos
humanos;
 Diagnóstico dos
doentes
mentais no
concelho

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2 – Gravidez na adolescência

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Acolhimento;  Sessões de
Gravidez na  Transportes  Centro de
adolescência  Melhoria das planeamento
disponibilizado Saúde de
competências familiar
pelo município Ribeira de
maternais;
de Ribeira de Pena;
 Apoio Psicológico;
pena para as  CDSS;
 Acompanhamento;
consultas  Município de
 Sessões de
Ribeira de Pena
planeamento
familiar

3 – População com Deficiência

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Acolhimento;
População com  Algumas  Município de
deficiência  Respostas para
escolas do 1º Ribeira de Pena;
a população
Ciclo  CDSS
com deficiência;
desactivadas no
 Falta de
concelho que
equipamento
podem funcionar
para
como
acolhimento da
equipamento de
população
resposta a esta
deficiente em
população.
idade adulta;
 Eliminação de
barreiras
arquitectónicas

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4 – Alcoolismo/Droga

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Educação para a  Sessões de


Alcoolismo/Droga  Rede Social  Município de
Saúde: esclarecimento a
como Ribeira de Pena;
- Tratamento; comunidade sobre
instrumento a  CDSS- Serviço
- Reabilitação; estes problemas;
utilizar para Local;
- Inserção Social;  Intervenção nas
dinamização  Centro de
- Sensibilização; escolas com acções
destas sessões; Saúde de
- Informação; de prevenção sobre
 Saúde XXI Ribeira de Pena;
- Prevenção. estas temáticas;
 IDT.  CRA-NORTE;
 Diagnóstico do  Respostas para a
 Agrupamentos
número de ocupação de tempos
de escolas do
indivíduos com este livres para os jovens
concelho;
problema; e adolescentes;
 Associações de
 Levantamento dos  Acções de formação
pais.
consumos a nível para os técnicos;
 ARS-Norte
concelhio;  Identificação e
 Recursos humanos tipificação dos
para consumos a nível
acompanhamento e concelhio;
tratamento de  Realizar Workshops,
situações ligadas ao Fóruns de
alcoolismo e as Discussão dirigidos
toxicodependências a jovens e
(Psicólogo, adolescentes dobre
Assistente Social e as novas drogas.
enfermeiro);  Implementar
 Combater o hábito extensão de CAT de
cultural quanto ao Vila Real
consumo de álcool

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5 – Violência Doméstica

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Articulação  Sensibilização para a


Violência Domestica  APAV.;  Município de Ribeira
interinstitucional; importância de maior
 Linha de de Pena;
 Atendimento celebridade dos
emergência 144;  CDSS- Serviço
formalizado da queixa processos judiciais;
 CDSS- Serviço Local;
apresentada;  Formação às entidades
Local;  Centro de Saúde
 Educação para a receptoras de processos;
 GNR; de Ribeira de Pena;
Saúde:  Encaminhamento de
 Município de Ribeira  APAV;
- Tratamento; agressores para terapias
de Pena;  GNR
- Reabilitação; adequadas;
 Saúde
- Inserção Social;  Implementar terapia
- Sensibilização; familiar;
- Informação;  Estabelecer parcerias
- Prevenção. com instituições já
(para agressores com existentes de
dependência de acolhimento às vitimas
substâncias ilícitas) de Violência Doméstica;
 Formação para técnicos  Sessões de divulgação
e interlocutores sociais; dos direitos das vitimas
 Instituições para o de violências doméstica
acolhimento das vitimas
alvo de agressão;
 Combater as
mentalidades da
comunidade que vê este
problema social como
prática normalizada

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6 – Negligência Parental

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Competências Pessoais  Constituição de


Negligência  Programa  Município de
Parental parentais e sociais: uma equipa
Escolhas; Ribeira de
- Cuidados básicos; multidisciplinar para
 POEFDS – Pena;
- Sensibilização às o acompanhamento
eixo 5 –  CDSS- Serviço
famílias e à comunidade; às famílias
medida 5.6; Local;
- Equipa de disfuncionais ao
 IPSS  Centro de
acompanhamento às domicílio
 CDSS; Saúde de
famílias disfuncionais  Programa
- Equipa de Ribeira de
 Informação; Escolhas;
Menores; Pena;
 Acções de formação  POEFDS – eixo 5 –
I  Agrupamento
sobre gestão domestica medida 5.6
. de escolas;
as famílias
 Associações de
pais;
 Juntas de
freguesias
 Comissão de
Protecção de
Crianças e
Jovens em
Perigo;
 IPSS´s

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NA ÁREA DO EMPREGO

1 – Desemprego Feminino

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Respostas sociais de  Criação/dinamização


Desemprego  Medidas  Município de
feminino apoio à empregabilidade de estruturas de
destinadas a Ribeira de
feminina; apoio ao emprego;
promover Pena;
 Levantamento do  Criação de uma
igualdade de  CDSS- Serviço
numero de mulheres bolsa de emprego no
oportunidades: Local;
que nunca exerceram município e nas
- PEOE –  IEFP;
actividade profissional juntas de freguesias.
Programa  UNIVA;
remunerada;
Estimulo à oferta  Juntas de
 Bolsas de emprego
de Emprego; freguesias;
para esta população;
- ILE´S – Criação  Ensino
 Qualificação
do próprio Recorrente
profissional desta
emprego
mulheres.
 Programa
Escolhas;
 POEFDS –
eixo 5 –
medida 5.6

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2 – Baixas qualificações e escolaridade da população empregada/desempregada

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Aumento da  Estabelecimento de
Baixas  Cursos  Município de
qualificações e qualificação e parcerias entre o
EFA; Ribeira de
escolaridade da escolaridade da Centro de Emprego e o
população  Cursos de Pena;
empregada/des população activa; Ensino Recorrente
RVCC;  IEFP;
empregada  Reconhecimento do
 Ensino  Agrupamento
saber fazer adquiridas
Nocturno; de escolas
ao longo da vida;
 .Ensino  UNIVA;
Recorrente  Juntas de
Freguesias;
 PROBASTO

NA ÁREA DAS ACESSIBILIDADES E TRANSPORTES

1 – Rede de transportes Deficitária

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Adequação dos
horários dos  Estabelecimento de
Rede de  Município de
transportes transportes públicos ás parcerias com
Ribeira de
deficitária necessidades da empresas de
Pena;
população; transportes;
 Juntas de
 Resposta concertada
freguesias;
que permita uma maior
 Rodoviária
mobilidade da a nível
Nacional
concelhio;
 Combater a dispersão
geográfica do concelho

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NA ÁREA DA ACÇÃO SOCIAL

1 – Idosos

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Programa
 Apoiar os idosos que se  Criação de uma
Idosos PARES-  Município de
encontrem em situação de Unidade de
Programa de Ribeira de
grande dependência; Cuidados
Alargamento de Pena;
 Combater o isolamento desta Continuados;
Redes de  Juntas de
população;  Alargamento dos
equipamentos freguesias;
 Prestar serviços de qualidade acordos de Apoio
Sociais;  IPPS´s
a esta franja de população; Domiciliário;
 PIDDAC;  CDSS –
 Alargamento da Valência do  Famílias de
 Unidade Móvel Serviço Local
lar de idosos; Acolhimento a
de saúde; de Ribeira de
 Aumento do nº de utentes em idosos – criação
 CDSS Pena;
acordo de cooperação de de uma bolsa de
 Centro de
acordo com as necessidades Famílias de
Saúde
no apoio domiciliário; Acolhimento com
Rodoviária
 Rentabilizar as respostas e os o suporte do
Nacional
recursos existentes CDSS – serviço
local de ribeira de
Pena;
 Alargamento da
valência de Lar de
Idosos –
Irmandade Nossa
Senhora da
Misericórdia de
Cerva (em curso);
 Articulação
interinstitucional

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NA ÁREA DA EDUCAÇÃO

1 – Abandono/insucesso Escolar

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Programa Escolhas;  Município de


 Resposta para os alunos com idades  Identificação das causas
Abandono/
 IPJ; Ribeira de Pena;
insucesso compreendidas entre os 11 e os 15 do abandono escolar e
escolar  CPCJ alargada;  Juntas de
anos; insucesso escolar;
 SER CRIANÇA ; freguesias;
 Gabinete de apoio aos alunos (com a  Intervenção social nas
 Professores e  Associações e
oportunidades e saídas profissionais); escolas;
educadores; pais;
 Maior participação dos encarregados  Sessões de
 Associações de  Agrupamentos
de educação/pais no projecto esclarecimento e fóruns
estudantes escolares;
educativo dos seus alunos; de discussão com os
 Centro da área
 Desenvolvimento de actividades que jovens de forma a
Educativa;
envolvam os encarregados de alargar as expectativas
 IEFP – Centro de
educação/pais dos alunos; profissionais de futuro;
Emprego de
 Criação de cursos técnicos  Criação de feiras de
Basto;
profissionais que vão de encontro às emprego;
 IPJ;
expectativas e aspirações dos alunos e  Sensibilização “porta-a-
 CPCJ de Ribeira
que, ao mesmo tempo, se ajustem às porta”, junto dos
de Pena
necessidades dos mercado de agregados com maior
trabalho; risco de abandono
 Intervenção Social nas escolas; escolar;
 Currículos com componente  Criação de actividades
profissional ; mensais (uma vez ) aos
 A escola deve estar atenta a fins de semana;
instabilidade característica da  Sessões de informação
adolescência; (duas vezes ao ano)
 Combater o trabalho infantil; para debate de ideias
 Falta de tempo (trabalho) por parte dos para o combate a várias
pais para participarem nas actividades problemáticas entre
escolares dos filhos; escola-parceiros-
 Maior responsabilização dos vários comunidade. .
parceiros sociais relativamente ao
processo educativo;

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2 – Fraca participação das escolas na rede de parcerias locais

Problema Necessidade Tipo de Intervenção Recursos Parceiros

 Programa  Município de
 Sensibilizar/apelar para uma  Guias de
Fraca
Escolhas; Ribeira de
participação participação activa; Recursos
das escolas  IPJ Pena;
 Promover
na rede de
parcerias seminários/Workshops  Juntas de
locais freguesias;
sobre os problemas
educativos do concelho;  Associações e

 Apresentar estudos de pais;

casos com sucesso;  Agrupamentos

 Criação de um projecto escolares;

educativo concelhio;  Centro da área

 Conhecimento dos recursos Educativa;

institucionais;  IEFP – Centro

 Apoio técnico a de Emprego

candidaturas a de Basto;

programas/projectos;  CPCJ de

 Maior articulação das Ribeira de

respostas existentes; Pena

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CAPÍTULO XIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

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13 .1 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste diagnóstico teve como objectivo dar a conhecer alguns dos principais
desafios a que o concelho de Ribeira de Pena deve atender. Indicadores como o envelhecimento
populacional, declínio demográfico, diminuição da população jovem em idade activa, os baixos níveis de
escolaridade, a perda do sector primário, são alguns exemplos, de um concelho marcadamente do
interior. São vários os esforços feitos por alguns agentes locais no sentido de promover o concelho a
nível local e a nível nacional. Apesar dos estrangulamentos existentes no concelho característicos de um
concelho do interior e sobretudo da falta de afirmação de toada a região do Tâmega, temos plena
consciência que este concelho tem as condições para promover o seu próprio desenvolvimento. O
diagnóstico Social é um instrumento útil para um conhecimento do concelho e para a promoção do
desenvolvimento sustentado do mesmo.
É necessário portanto, que diagnóstico social não seja entendido apenas como uma sucessão de
etapas mas sim como um inicio para realização e materialização de parcerias que terão, um maior
impacto aquando da realização do Plano de Desenvolvimento Social. Este instrumento será útil não só
para a delimitação das áreas de actuação, mas também na co-responsabilização dos parceiros na
promoção do desenvolvimento social local.
Ao longo da realização deste diagnostico fomo-nos apercebendo de que qualquer projecto de
planeamento estratégico, que tenha como objectivo central a mudança social , implica necessariamente
o estabelecimento e parcerias conduzindo a co-responsabilização dos agentes locais, de forma a
desencadear mecanismos de respostas capazes de responder aos problemas locais.
Temos plena consciência que os problemas diagnosticados neste trabalho não apenas
problemas particulares deste concelho mas espelham-se a nível nacional, mas acreditamos que se
existir um esforço por parte dos parceiros locais muitos são passíveis de resolução.
São vários os problemas diagnosticados, contudo achamos que o objectivo passará
necessariamente pela optimização e diversificação dos recursos existentes do que pela criação de
novas estruturas.
Este trabalho permitiu-nos apontar alguns eixos de actuação a ter em conta no Plano de
Desenvolvimento Social, nomeadamente: Ensino/Educação, Emprego/Desemprego, Respostas e
equipamentos sociais e Acessibilidades. De acrescentar ainda, que não significa que não se possam
inclui outros eixos que se considerem pertinentes.

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Por último pensamos que uma intervenção concertada nestes eixos, permitirão atenuar alguns dos
problemas do concelho diagnosticados.

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CAPÍTULO XIV – BIBLIOGRAFIA

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14.1 - BIBLIOGRAFIA

 Barbier, Jean Marie, Elaboração de Projectos e Acção de Planificação, Porto Editora, Porto, 1996.

 Bell, Judith, Como Realizar um Projecto de Investigação, Gradiva, 1997.

 Carta Educativa do Concelho de Ribeira de Pena, Instituto Superior Técnico, Lisboa, 2003.

 Carta Social, Rede de Serviços e Equipamentos, DEPP- Departamento de Estudos, Prospectivas e


Planeamento, Ministério de Trabalho e da Solidariedade, Lisboa, 2000.

 Guião Operativo para o Atendimento/Acompanhamento Social, Caderno A: Orientações Técnicas,


Ministério do Trabalho e da Segurança Social, Lisboa.

 FERNANDES, António Teixeira, (1993), “Poder autárquico e poder regional”, in Sociologia,


Faculdade de letras, nº3, Porto, pp. 35-50.

 FERNANDES, António Teixeira, (2002), “A Inserção Social: Percursos e Desvios de um Processo”,


in Comissão de Coordenação da Região Norte ,Porto.

 Módulos PROFISS, Diagnóstico Social, IEFP, IGFSS, 2001.

 Módulos PROFISS, Construção de um Projecto de Investigação, IEFP, IGFSS, 1999.

 Silva, Augusto Santos; Pinto, José Madureira, Metodologia em Ciências Sociais, Edições
Afrontamento, Porto, 1990.

 Pretextos Revista nº 16, As Crianças e os seus Direitos, No Coração das Politicas e das Acções,
Instituto de Segurança Social, I.P., 2004.

 Pretextos Revista nº 14, Plano Nacional de Acção para a Inclusão, Instituto de Segurança Social,
I.P., 2003.

 Respostas Sociais, Nomenclaturas/Conceitos, Ministério do Trabalho e da Segurança Social,


Lisboa,2006.

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

 RODRIGUES, Eduardo Vítor, (2000), “O Estado-Providência e os processos de Exclusão Social:


considerações teóricas e estatísticas em torno do caso português” , in Sociologia, Faculdade de
letras, nº10, Porto, pp. 173-203.

FONTES:

 Atlas das Cidades de Portugal, Instituto Nacional de Estatística, 2002.

 Anuário da Região Norte, Instituto Nacional de Estatística, 2001.

 Recenseamento Geral da População e Habitação, resultados definitivos da Região Norte,


Instituto Nacional de Estatística, 2001.

SÍTIOS:

 www.apav.pt
 www.espigueiro.pt
 www.ine.pt
 www.idt.pt
 www.iefp.pt
 www.min-edu.pt
 www.seg-social.pt
 www.reapn.org
 www.pnai.pt

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CAPÍTULO XV – ANEXOS

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ANEXO 1 – Mapas do Concelho


ANEXO 2 – Inquéritos por Questionários
ANEXO 3 – Glossário do Diagnóstico
ANEXO 4 - Caracterização das Freguesias

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