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1. INTRODUÇÃO A URANÁLISE
O preparo do paciente para a coleta é decisivo para a obtenção de um material adequado para o tipo de exame que será realizado. Muito
frequentemente os erros em uranálise ocorrem antes da amostra entrar no laboratório.
O Laboratório Clínico deve possuir instruções escritas para o preparo do paciente, para a coleta do material e, fornecer informações verbais ao
paciente, sempre que necessário.
Existem diversos tipos de materiais com aspectos similares à urina humana e alguns deles são capazes de reagirem com as tiras reagentes. Dentre
estes materiais destacam-se as cervejas e refrigerantes, como os contendo guaraná.
2. TIPOS DE AMOSTRAS
Amostras aleatórias (ao acaso): é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem evidentes.
Jato médio da primeira amostra da manhã: embora seja necessário que o paciente vá ao laboratório sem urinar após levantar-se pela manhã, trata-se da
amostra ideal para o exame de urina de rotina (EAS), por ser mais concentrada e normalmente ácida. Também é essencial para evitar os resultados falsamente
negativos nos testes de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática. Essa amostra presta-se melhor à análise microscópica do que as outras amostras
obtidas normalmente por micção comum. Entretanto, é preciso orientar os pacientes sobre os métodos de higiene da genitália. Para as mulheres, deve ser
dada ênfase à separação dos lábios da vagina, enquanto para os homens, nos casos em que não tiver sido feita a circuncisão, deve ser feita a retração do
prepúcio, para então ser realizada a higiene íntima. Após a higiene íntima deve ser coletado o jato médio. Objetivo: eliminar contaminação vaginal e uretral.
Amostra em jejum (segunda da manhã): resultado da segunda micção, após um período de jejum. É recomendada para monitorização da glicosúria. Muitos
laboratórios utilizam esta amostra para o exame de urina de rotina.
Amostra colhida duas horas após a refeição (pós-prandial): instrui-se o paciente para urinar pouco antes de se alimentar normalmente e para colher uma
amostra duas horas depois de comer.
Amostra de 24 horas (ou com tempo marcado)
1o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.
2o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e junta esta urina com as outras micções colhidas. Para a maioria das determinações a amostra é guardada no
refrigerador durante a coleta.
Amostra colhida por cateter: a finalidade mais comum desse tipo de amostra é a urocultura. Outra indicação é a avaliação da função de cada rim
isoladamente.
Aspiração suprapúbica: urina colhida por introdução de uma agulha que, do exterior, atinge a bexiga
Amostras pediátricas: existem coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital de meninos e meninas, para a coleta de
amostras.
3. INTRODUÇÃO à URANÁLISE
O preparo do paciente para a coleta é decisivo para a obtenção de um material adequado para o tipo de exame que será realizado.Muito
freqüentemente os erros em uranálise ocorrem antes da amostra entrar no laboratório.
O Laboratório Clínico deve possuir instruções escritas para o preparo do paciente, para a coleta do material e, fornecer informações verbais ao
paciente, sempre que necessário.
Existem diversos tipos de materiais com aspectos similares à urina humana e alguns deles são capazes de reagirem com as tiras reagentes. Dentre
estes materiais destacam-se as cervejas e refrigerantes, como os contendo guaraná.
4. TIPOS DE AMOSTRAS
Amostras aleatórias (ao acaso): é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem evidentes.
Jato médio da primeira amostra da manhã: embora seja necessário que o paciente vá ao laboratório sem urinar após levantar-se pela manhã, trata-se da
amostra ideal para o exame de urina de rotina (EAS), por ser mais concentrada e normalmente ácida. Também é essencial para evitar os resultados falsamente
negativos nos testes de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática. Essa amostra presta-se melhor à análise microscópica do que as outras amostras
obtidas normalmente por micção comum. Entretanto, é preciso orientar os pacientes sobre os métodos de higiene da genitália. Para as mulheres, deve ser
dada ênfase à separação dos lábios da vagina, enquanto para os homens, nos casos em que não tiver sido feita a circuncisão, deve ser feita a retração do
prepúcio, para então ser realizada a higiene íntima. Após a higiene íntima deve ser coletado o jato médio. Objetivo: eliminar contaminação vaginal e uretral.
Amostra em jejum (segunda da manhã): resultado da segunda micção, após um período de jejum. É recomendada para monitorização da glicosúria. Muitos
laboratórios utilizam esta amostra para o exame de urina de rotina.
Amostra colhida duas horas após a refeição (pós-prandial): instrui-se o paciente para urinar pouco antes de se alimentar normalmente e para colher uma
amostra duas horas depois de comer.
Amostra de 24 horas (ou com tempo marcado)
1o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.
2o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e junta esta urina com as outras micções colhidas. Para a maioria das determinações a amostra é guardada no
refrigerador durante a coleta.
Amostra colhida por cateter: a finalidade mais comum desse tipo de amostra é a urocultura. Outraindicação é a avaliação da função de cada rim
isoladamente.
Aspiração suprapúbica: urina colhida por introdução de uma agulha que, do exterior, atinge a bexiga
Amostras pediátricas: existem coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital de meninos e meninas, para a coleta de
amostras.
A) Testes físicos
1. Cor
Incolor
Amarelo pálido
Amarelo claro
Amarelo ouro
Amarelo âmbar
Amarelo esverdeado
Marrom (amarelado ou esverdeado): bilirrubina ou biliverdina
Laranja (avermelhado a marrom): urobilina
Laranja brilhante (fenazopiridina)
Vermelho (límpida): hemoglobina
Vermelho (turva): hemácias
Vermelho pardacento: mioglobina
Vermelho escuro/púrpura: porfirinas
Preto pardacento: melanina, ácido homogentísico, envenenamento por fenol
Verde/azul: drogas, medicamentos e alimentos
2. Aspecto
Límpido
Ligeiramente turvo
Turvo
Muito turvo
3. Depósito
Nulo ou insignificante
Pequeno
Moderado
Abundante
Pergunta 04: Que elementos são responsáveis pelo aspecto e pelo depósito da urina?
4. Odor
Sui generis
Amoniacal (bactérias urease positivas)
Fétido ou pútrico (ITU)
Adocicado ou frutado (corpos cetônicos)
5. Espuma
Branca, em grande quantidade (presença de proteínas)
Amarela (bilirrubina ou medicamentos)
6. Densidade
1,015 a 1,025 (literatura)
1,014 a 1,025 (trabalho de pesquisa do ACL, considerando três diferentes fitas reativas e o refratômetro).
B) Exames químicos
1. Procedimento para utilização das tiras reagentes
Utilizar urina recente, não centrifugada e bem homogeinizada.
A amostra deverá estar à temperatura ambiente durante a análise.
Retire uma tira teste do frasco. Feche imediatamente o tubo das tiras teste, para evitar que a umidade descore ou produza reações nas mesmas, originando
resultados incorretos.
Mergulhe rapidamente a tira teste por não mais de 1 segundo.
Ao retirar a tira, encoste a extremidade à parede do recipiente para eliminar o excesso de urina.
Ler as reações químicas nos tempos indicados pelos fabricantes e registrar os resultados.
As mudanças de cor que se manifestem apenas nas extremidades das zonas de teste ou passados mais de 2 minutos não têm significado clínico.
2.2.Proteinúria
Das análises químicas de rotina, a mais indicativa de doença renal é a determinação de proteínas. A presença de proteinúria muitas vezes é indicativa de
doença renal incipiente.
1. Métodos para determinação de proteínas na urina
1.1. Tiras reativas
A análise de proteinúria com tiras reativas utiliza o princípio do erro dos indicadores pelas proteínas para produzir uma reação colorimétrica
visível. Contrariando a crença geral de que os indicadores produzem determinadas cores em resposta a determinados níveis de pH, certos indicadores mudam
de cor devido apresença ou ausência de proteínas, embora o pH do meio permaneça constante. A leitura é registrada como negativo, traços, positivo (+),
positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++).
Pode-se obter resultados falsamente positivos depois de infusões com polivinilpirrolidina (expansor de plasma) ou devido à presença de resíduos
de desinfetantes com radicais de amônio quaternário ou clorohexidina, no recipiente da urina.
Pelo fato de que as tiras reativas determinam principalmente a quantidade de albumina e podem deixar de detectar proteínas tubulares e a
proteína de Bence Jones, a maioria dos laboratórios confirma os resultados utilizando os métodos de precipitação de ácidos.
Qualquer substância precipitada por ácidos evidentemente produzirá falsa turvação neste teste. As substâncias encontradas com mais freqüência
na urina são os corantes radiográficos, os metabólitos da tolbutamida, as cefalosporinas, as penicilinas e as sulfonamidas. A urina muito alcalina produzirá
resultados falso-negativos.
2. Significado clínico
Lesão da membrana glomerular, comprometimento da reabsorção tubular, mieloma múltiplo, nefropatia diabética, pré-eclâmpsia e proteinúria ortostática
ou postural.
3. Microalbuminúria
2.3. Glicosúria
1. Métodos para determinação de glicose na urina
1.1. Tiras reativas (glicose-oxidase)
A glicosúria pode ser registrada como negativo, traços, positivo (+), positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++), mas as tabelas de cores também
fornecem medidas quantitativas, recomendadas pela American Diabetic Association.
1.2. Teste de redução do cobre (teste de Benedict)
Método inespecífico que também serve para outras substâncias redutoras.
2. Significado Clínico
Diabetes mellitus Tipos 1 e 2, reabsorção tubular deficiente, distúrbios da tireóide e diabetes gestacional.
Contudo, quando o uso de carboidratos como principal fonte de energia fica comprometido e os estoques de gordura do organismo precisam ser
metabolizados para suprimento de energia pode-se detectar corpos cetônicos na urina.
Os três compostos não se apresentam em quantidades iguais na urina. A acetona e o ácido beta-hidroxibutírico são produzidos a partir do ácido
acetoacético, sendo relativamente constantes em
todas as amostras as proporções de 78% de ácido beta hidroxibutírico, 20% de ácido acetoacético e 2% de acetona.
1.2. Testes em tubo de ensaio: prova de Legal, prova de Rothera, prova de Gerhardt e prova de Hart.
2. Significado Clínico
Acidose diabética, controle da dosagem de insulina, carência alimentar e perda excessiva de carboidratos.
a análise química para detecção de sangue como também produz coloração vermelha na urina transparente.
2. Significado Clínico
Hematúria: Cálculos renais, glomerulonefrite, pielonefrite, tumores, trauma, exposição a produtos ou drogas tóxicas e exercício físico intenso.
Hemoglobinúria: Reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções e exercício físico intenso.
Mioglobinúria: Traumatismo muscular, necrose do miocárdio (IAM) e coma prolongado.
2.6.Bilirrubinúria
A presença de bilirrubina na urina pode ser a primeira indicação de hepatopatia. Estaprova permite fazer a detecção precoce dehepatite, cirrose,
doenças da visícula biliar e câncer.
1. Produção de bilirrubina
A bilirrubina é um produto da degradação da hemoglobina. Em condições normais, o tempo de vida de um eritrócito é de aproximadamente 120
dias. A hemoglobina liberada é decomposta em ferro, proteína e protoporfirina. O ferro e a proteína são reutilizados pelo organismo e a protoporfirina é
convertida em bilirrubina pelas células do retículo endotelial. A bilirrubina é então liberada para a circulação, onde se liga à albumina e é transportada para o
fígado.
Neste ponto, a bilirrubina circulante não pode ser excretada pelos rins, por estar ligada à albumina e também por ser insolúvel em água. No
fígado, a bilirrubina conjuga-se com o ácido glicurônico pela ação da glicoronil-transferase, formando o diglicuronídio de bilirrubina, que é hidrossolúvel.
Geralmente, essa bilirrubina conjugada não aparece na urina porque passa diretamente do fígado para o ducto biliar e daí para o intestino. Neste, é reduzida
pelas bactérias intestinais e convertida em urobilinogênio e, finalmente, excretada nas fezes na forma de urobilina.
3. Significado clínico
Hepatite, cirrose, outras doenças hepáticas e obstrução biliar (Tabela 1).
2.7. Urobilinogênio
O urobilinogênio é produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias intestinais. Aproximadamente a metade é reabsorvida
pelo intestino, caindo no sangue, circula e volta para o fígado sendo mandado de volta para o intestino através do ducto biliar. O urobilinogênio que fica no
intestino é excretado nas fezes, onde é oxidado, convertendo-se em urobilina, pigmento responsável pela característica cor marrom das fezes.
Observa-se grande quantidade de urobilinogênio na urina nas hepatopatias e nos distúrbios hemolíticos. As disfunções hepáticas diminuem a
capacidade de processamento hepático do urobilinogênio que a circulação sangüínea traz do intestino, e o urobilinogênio que fica no sangue é filtrado pelos
rins.
1. Métodos para determinação de urobilinogênio na urina
1.1. Tiras reativas
Um sal estável de diazônio produz com o urobilinogênio um corante azóico vermelho.
1.2. Reação de Ehrlich
1.3. Prova diferencial de Watson-
2.Significado clínico
Detecção precoce de doenças hepáticas e distúrbios hemolíticos.
C) Exame do sedimento
Resultado: expressar os resultados como número de elementos por campo microscópico (por campo):
1. Diluir o sedimento, obtido nas mesmas condições anteriormente descritas, até 1,0 ml com o próprio sobrenadante ou fisiológica (MOURA et al., 1997).
1.
NCálculo:
= dx 1x n
0,0004 V
Onde:
d = diluição final do sedimento (de 1,0ml a 10,0ml dependendo da concentração dos elementos).
N = dx 1x n
0,0004 V
N = 1x 1x n
0,0004 10
N = n x 250
Recalcular o fator caso seja alterado o volume centrifugado e/ou diluição do sedimento. Não aumentar a diluição do sedimento, antes de
observar o sedimento diluído para 1,0 ml. O aumento da diluição do sedimento pode comprometer a sensibilidade do método para detecção de cilindros
ou de outros elementos encontrados em menor concentração.
1.2. Células de transição cobrem a pelve renal, ureter e bexiga. Sua presença, em grande número, pode indicar inflamação da via urinária descendente, se
associada a leucocitúria. Freqüentemente são redondas, com núcleo também redondo e relativamente grande. É difícil sua separação do epitélio renal.
1.3. Células tubulares renais: são células oriundas do epitélio tubular que aparecem ocasionalmente no sedimento urinário normal. São um pouco maiores do
que os leucócitos e apresentam um núcleo grande, geralmente excêntrico, muitas vezescom membrana nuclear espessada e com inclusões citoplasmáticas.
Como representa esfoliação renal, a presença de mais do que uma dessas células por campo de grande aumento (400x) sugere dano tubular renal.
Resultado:
1. Células epiteliais pavimentosas e de transição: poucas, moderadas e muitas. Células epiteliais tubulares e corpúsculos gordurosos ovais: resultado por
campo ou ml, de acordo com a metodologia empregada.
2. Cristais: identificar e quantificar como poucos, moderados e muitos. O cristal mais comumente encontrado nas urinas de participantes do trabalho de
pesquisa realizado no ACL foi o oxalato de cálcio.
3. Muco: pouco, moderado e muito.
4. Microrganismos, parasitas e espermatozóides (relatar apenas em urinas masculinas): poucos, moderados e muitos.
ASPECTO : || CLARO
ELEMENTOS ANORMAIS
GLICOSE : || NEGATIVO
BILIRRUBINA : || NEGATIVO
SANGUE: || NEGATIVO
PROTEINA: || NEGATIVO
NITRITO : || NEGATIVO
SEDIMENTOSCOPIA
CRISTAIS : || AUSENTES
OBSERVACOES:
O EAS é um exame pedido com bastante frequência na análise clínica básica e também utilizado na urgência e emergência em unidades de
pronto atendimento, por isso a grande importância da sua interpretação correta
Infecções urinárias
A análise da urina é feita através do exame físico, químico da urina, seguido de microscopia do sedimento urinário.
Cada tipo de análise tem uma orientação diferente, o paciente deve ser orientado por um profissional que tenha conhecimento dos
procedimentos corretos de coleta
o recipiente contendo a amostra deverá estar corretamente identificado, contendo: nome completo, data e horário.
A amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório, e analisada o mais rápido possível.
O paciente deve ser orientado a coletar a amostra fazendo antes a assepsia, desprezando a 1° porção da urina, coletando o jato
médio para realização da análise
Desempenho do teste
A sensibilidade do teste depende de vários fatores; a variabilidade de percepção da cor, a presença ou ausência de fatores inibidores
específicos, a densidade específica, o pH e as condições de iluminação.
PARÂMETROS FÍSICOS
Os parâmetros de volume, cor e aspecto são analisados macroscopicamente, a densidade é medida pela fita reativa.
1. Volume
O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. O volume varia também com a perda pela transpiração, secreção do
hormônio antidiurético, variação da quantidade de íons.
A urina é um ultrafiltrado do plasma que remove substâncias tóxicas que se acumulam com o metabolismo e também excretam
substâncias para a manutenção do controle ácido básico
A filtração é feita nos rins e parte dassubstâncias são reabsorvidas nos túbulos renais. São filtrados cerca de 180 litros de sangue por dia,
onde o volume urinário é normalmente de 1 à 2 Litros
Anuria
Poliuria
Oliguria
2. Cor
A cor da urina é dada por um pigmento denominado urocromo. A coloração indica de forma grosseira, o grau de hidratação, alguns
alimentos e medicamentos influenciam na cor da urina.
A coloração da urina, é classificada da seguinte forma, podendo haver variações entre os laboratórios :
Amarelo claro
Amarelo citrino
Amarelo escuro
Avermelhada
Medicamentosa- verde, laranja
Âmbar
3. Alterações na cor
Presença anormal de bilirrubina : amarelo-escuro ou âmbar, às vezes com espuma amarela
Urina com hemácias: vermelho,observar em urinas de mulher se a paciente não se encontra no período menstrual.
Urina com hipúria ou quilúria: branco, está relacionado com a obstrução linfática e ruptura dos vasos linfáticos.
Medicamentos:
Laranja – fanazpiridina -
Vermelha– levodopa -
Castanho– nitrofurantoína -
Verde – metocarbamol –
4. Aspecto
A urina normal, recém eliminada é límpida, podendo apresentar turbidez aumentada devido a presença de substâncias como cristais,
leucócitos, hemácias, bactérias, lipídios, células epiteliais, muco.
Classificação:
Límpido
Ligeiramente turvo
Turvo
5. Densidade
O volume de urina excretada, e sua concentração de solutos variam para a manutenção da homeostase dos fluídos corporais e eletrolíticos.
O valor da densidade medida na amostra, é influenciado pela hidratação, assim como pelo número e pelo tamanho das partículas e
moléculas químicas dissolvidas
A densidade depende do grau de hidratação do paciente e do número de partículas dissolvidas variando de 1.005 à 1.030.
ASPECTOS QUÍMICOS
Análise química é feita através da fita reativa que é imergida na urina e são analisados os seguintes parâmetros:
TIRA REATIVA
Toda tira reativa tem um tempo de leitura de cada parâmetro estipulado na caixa:
1. pH
O controle do ph é feito através de mecanismos que envolvem os rins, os pulmões, o tampão bicarbonato e tampão hemoglobina
Para os analistas de laboratório o conhecimento do pH urinário é importante na identificaçãodos cristais observados durante o exame
microscópico do sedimento urinário
proteínas
A quantidade de proteínas na urina é pequena e consiste principalmente de proteínas séricas de baixo Peso Molecular
PROTEINÚRIA: É o excesso de proteínas na urina, causada por lesão da membrana glomerular por complexos imunes, agentes tóxicos,
hemorragia, febre, fase aguda de várias doenças.
Positivo +++
Negativo
cetonas
acetona (2%),
CETONÚRIA: causada por diabetes mellitus, por vômitos, carência alimentar, redução de peso
Positivo +++
Negativo
Interferentes:Podem ocorrer reações falso-positivas, falso-negativas, devido à drogas anti-hipertensivas e ação das bactérias.
“Alguns medicamentos como o captopril, ácido valproico, vitamina C e levodopa podem causar resultado falso-positivo.”
bilirrubina
A bilirrubina é um composto instável à luz,portanto uma amostra exposta a luz pode apresentar resultado falso-positivo.
urobilinogênio
Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. Éproduzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das
bactérias intestinais.
glicose
Normalmente, quase toda a glicose filtrada é reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo
A hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosúria, quando o limiar renal para a glicose é excedido.
60 à 99 mg/dl- normal
A dosagem é feita na tira reativa e o resultado é liberado como positivo ou negativo e quantificado em cruzes
Os açucares redutores reduzem os sais cúpricos do reativo de Benedict em soluções quentes, mudando a reação de cor, em cores que
variam do verde ao marrom
nitrito
Parâmetro correlacionado com grande quantidade de bactérias e possivelmente com infecção urinária
A capacidade que certas bactérias têm de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, em nitrito
Interferentes: tempo de contato entre o nitrato e as bactérias, presença de ácido ascórbico, uso de antibióticos
Positivo
Negativo
sangue
O sangue pode estar na urina na forma de hemácias íntegras (hematúria) ou de hemoglobina livre (hemoglobinúria)
Podem ocorrer falsos-negativos ou falsos positivos por interferência de substâncias como ácido ascórbico, nitrito, densidade alta,
contaminação menstrual, traumas, etc
Positivo+ + +
Negativo
Leucócitos
Leucócitos são células defesa e quando estão em grande quantidade na urina indicam possivelmente infecção do trato urinário.
PIÚRIA: Presença de leucócitos degenerados na urina. Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar aumentados
transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos.
Positivo+ + +
Negativo
Microscopia do sedimento
O exame microscópico do sedimento urinário, tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis que se acumulam na urina
Os elementos são: hemácias, leucócitos, células epiteliais, cilindros, bactérias, leveduras, parasitas, muco, cristais.
Metodologia:
Desprezar o sobrenadante,
células
Células escamosas: revestimento interno da vagina e porções inferiores da uretra masculina e feminina
Células epiteliais: originam-se da pelve renal, da bexiga e da porção superior da uretra. São menores, esféricas, com núcleo central.
Quando presente em grande número, e com morfologia alterada, deve-se suspeitar de carcinoma renal.
Células dos túbulos renais: são redondas, possuem um núcleo redondo e excêntrico. Aparecem em doenças que causam lesão tubular:
pielonefrite, reações tóxicas
hemácias
Seu aparecimento em grande quantidade tem relação com lesões na membrana glomerular, ou nos vasos do sistema urogenital. Uma
grande quantidade de hemácias indica infecção aguda, reações tóxicas, pielonefrite, etc
leucócitos
Leucócitos são os glóbulos brancos que conservam suas características morfológicas intactas, reservando o termo piócitos aos elementos
degenerados
bactérias
leveduras
parasitas
Parasitas e ovos de parasitas, podem ser observados na urina como resultado de contaminação fecal ou vaginal. O parasita encontrado
com mais freqüência é o Trichomonas vaginalis
Filamentos de muco
O muco é um material protéico produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital e aparecem na microscopia como estruturas
filamentosas
Cristais
É comum encontrar cristais na urina, são formados pela precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou
concentração de determinadas substâncias, tipo de alimentação, hidratação
Uratos amorfos: aparecem como pequenos grânulos amarelo-castanhado. São pequenos granulações incolores, amorfas,
podendo ser amarelas ou avermelhadas, isoladas ou reunidas.Apresentam - se como urato de Na, Mg, Ca.
Sedimento não-organizado
Ácido úrico: possuem quatro lados, são achatados, em forma de losango, amarelos ou vermelhos-acastanhados. Apresentam
maior número de formas: losangos, isolados, cruzados ou em roseta, etc. Possuem coloração amarelo – avermelhada.
Identificação : é baseada na forma e na cor característica que apresentam. Dissolvem-se pelo calor 600C e álcalis.
Oxalato de cálcio: são octaedros incolores que lembram envelope, com um X no meio. São incolores, brilhantes possuindo na
maioria das vezes forma característica, assemelhando-se a um envelope.
CÁLCULO DE CISTINA
• Defeito metabólico que resulta na insuficiência de reabsorção tubular renal de cistina, lisina, arginina
• Supersaturação cistina. Ocorre por alterações do metabolismo protéico, como na cistinúria congênita, reabsorção tubular insuficiente, ou
ainda por graves intoxicações hepáticas.
Tirosina: agulhas finas arranjadas em grumos ou feixes, pH ácido. Aparecem em geral juntamente com os de leucina, de coloração escura
em forma de finas agulhas aglomeradas.
Leucina: E altamente refringente e pode aparecer sob forma poliédrica, ou como pequenas esferas que apresentam uma típica cruz.
Cilindros
Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto coletor. Precipitação dos sais da urina. Os Cristais são
formados pela precipitação dos sais da urina, submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade.
Cilindros Hemáticos: contém hemáceas emaranhadas ou ligadas à matriz das proteínas de Tamm-Horsfall
Cilindro Leucocitário: Os cilindros são refringentes, aparecem grânulos multilobulados.
A presença de cilindros leucocitários significa inflamação ou infecção nos néfrons
Cilindro de Células Epiteliais: Os cilindros de células epiteliais são muitas vezes observados em conjunto com cilindros de
hemácias e leucócitos
Cilindro de cor transparente formado por filamentos de muco e proteínas, em pequena quantidade não tem significado clínico,
pode significar desidratação quando aparece em grande quantidade
Cilindros Céreos provem da degradação de outros cilindros. São quase patognomônicos da glomerulonefrite crônica,
nefrosclerose, representando sempre sinal de gravidade.
Cilindros granulosos são formados por degeneração de outros cilindros contém cristais, bactérias, etc
Após a análise apresentada em laboratório, pode-se concluir que o experimento apresentado é de fundamental importância para
a formação e preparação de um bom profissional da área da saúde. O exame de EAS visa direcionar a diagnósticos precisos, se há ou não
infecção urinária ou outras alterações como Picos glicêmicos.
Dessa forma os elementos químicos desse exame analisados em aula, serve para complementar o diagnóstico clínico do médico
solicitante e soma-se a isto grande aprendizagem para formação dos acadêmicos que estão envolvidos neste processo de aprendizagem.