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Crenças e atitudes lingüísticas: o que dizem os falantes das

capitais brasileiras
Vanderci de Andrade Aguilera

Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas – Universidade Estadual de Londrina


vanderci.aguilera@terra.com.br

Abstract. This article discusses the beliefs and the linguistic attitudes both
expressed and identified in speech by urban informants from twenty-five
Brazilian capital cities. The analysis is based on the components of
sociolinguistic attitudes, according to Lambert (1967) and Gómez Molina
(1987). The corpus consists of answers given in the Metalinguistic Questions
section of the questionnaires used in the Linguistic Atlas of Brasil – ALiB
(Comitê Nacional: 2001) project.

Keywords. Portuguese language; linguistic attitudes; urban informants.

Resumo. Este artigo discute as crenças e as atitudes lingüísticas assumidas e


realizadas na fala de informantes urbanos de vinte e cinco capitais
brasileiras. A análise faz-se com base nos componentes que integram as
atitudes sociolingüísticas, segundo Lambert (1967) e Gómez Molina (1987). O
corpus constitui-se das respostas dadas na seção de Questões
Metalingüísticas dos Questionários do Atlas Lingüístico do Brasil – ALiB
(Comitê Nacional: 2001).

Palavras-chave. Língua portuguesa, atitudes lingüísticas, falantes urbanos.

1. Introdução

Os estudos sociolingüísticos no Brasil vêm explorando uma ampla gama de temas


nos últimos vinte e cinco anos, concentrando-se sobretudo nos níveis fonético-
fonológico e morfossintático. Um campo pouco explorado, entretanto, é o das crenças e
atitudes lingüísticas, embora a sociolingüística insista na importância do estudo desse
campo, apontando que a atitude lingüística: atua de forma muito ativa nas mudanças de
código ou alternância de línguas; é um fator decisivo, junto à consciência lingüística,
na explicação da competência dos falantes; permite ao pesquisador aproximar-se do
conhecimento das reações subjetivas diante da língua e/ou línguas que usam os
falantes; e influi na aquisição de segundas línguas (GÓMEZ MOLINA, 1987, p. 25).
Relembramos, inicialmente, que já na década de 1960, mais precisamente em 1967,
Lambert chamava a atenção para a manifestação de preferências e convenções sociais
acerca do status e prestígio de seus usuários que ele chamou de atitude, observando que
os grupos sociais de mais prestígio social, ou os mais altos na escala sócio-econômica,
ditam a pauta das atitudes lingüísticas das comunidades de fala.
A atitude lingüística assumida pelo falante implica a noção de identidade, que se
pode definir como a característica ou o conjunto de características que permitem

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diferenciar um grupo de outro, uma etnia de outra, um povo de outro. A identidade pode
ser definida sob duas formas: (i) objetiva, ou seja, caracterizando-a pelas instituições
(educacionais, artísticas, políticas, culturais, sociais, religiosas) que a compõem e pelas
pautas culturais (usos, costumes, tradições) que lhe dão personalidade; ou (ii) subjetiva,
antepondo o sentimento de comunidade partilhado por todos os seus membros e a idéia
de diferenciação com respeito aos demais (Moreno Fernández: 1998, p. 180). Na
maioria das vezes, ao caracterizar um grupo ao qual não pertence, a tendência é o
usuário fazê-lo de forma subjetiva, procurando preservar o sentimento de comunidade
partilhado e classificando o outro como diferente.
Um traço definidor da identidade do grupo (etnia, povo) é a variedade lingüística
assumida e, desse modo, qualquer atitude em relação aos grupos com determinada
identidade pode, na realidade, ser uma reação às variedades usadas por esse grupo ou
aos indivíduos usuários dessa variedade, uma vez que normas e marcas culturais dos
falantes se transmitem ou se sedimentam por meio da língua, atualizada na fala de cada
indivíduo.

2. Componentes da atitude lingüística


Sobre os elementos que compõem a atitude, Lambert, citado por Moreno Fernandez
(1998: 182), registra que a atitude se constitui de três componentes colocados no mesmo
nível: o saber ou crença (componente cognoscitivo); a valoração (componente afetivo);
e a conduta (componente conativo), o que significa dizer que a atitude lingüística de um
indivíduo é o resultado da soma de suas crenças, conhecimentos, afetos e tendências a
comportar-se de uma forma determinada diante de uma língua ou de uma situação
sociolingüística.
Gómez Molina (1998: 31), no estudo sobre as atitudes lingüísticas na região
metropolitana de Valença - Espanha, discute o papel que cada um desses componentes
representa na manifestação da atitude lingüística do falante diante da fala do outro. Para
o autor, o componente cognoscitivo teria o maior peso sobre os demais por conformar,
em larga escala, a consciência sociolingüística, uma vez que nele intervêm os
conhecimentos e pré-julgamentos dos falantes: consciência lingüística, crenças,
estereótipos, expectativas sociais (prestígio, ascensão), grau de bilingüismo,
características da personalidade, etc.. O componente afetivo, por sua vez, está
alicerçado em juízos de valor (estima-ódio) acerca das características da fala:
variedade dialetal, acento; da associação com traços de identidade; etnicidade,
lealdade, valor simbólico, orgulho; e do sentimento de solidariedade com o grupo a que
pertence. O componente conativo, por sua vez, reflete a intenção de conduta, o plano de
ação sob determinados contextos e circunstâncias. Mostra a tendência a atuar e a reagir
com seus interlocutores em diferentes âmbitos ou domínios: rua, casa, escola, loja,
trabalho.

3. O falante das capitais brasileiras diante da própria variedade lingüística e da


variedade do outro
Analisamos as atitudes sociolingüísticas de 200 falantes de vinte e cinco capitais
brasileiras a partir das respostas dadas às Questões Metalingüísticas, que integram os
Questionários do Projeto Atlas Lingüístico do Brasil – ALiB (Comitê Nacional: 2001).

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Os grupos de informantes são formados por dois níveis de escolaridade: 100 deles
têm apenas o nível fundamental de escolaridade, sendo 25 homens jovens e 25 mulheres
jovens (entre 18 e 30 anos); os outros 50 estão na faixa dos 50 aos 65 anos, sendo 25
homens e 25 mulheres. A mesma distribuição se dá em relação aos 100 informantes de
nível superior, isto é, 50 jovens e 50 na segunda faixa etária, distribuídos
equitativamente por ambos os sexos.
A primeira questão indaga sobre a língua que o informante acredita falar e das
respostas dadas pelos 200 informantes, ou seja, oito informantes em cada uma das 25
capitais, a grande maioria afirma falar o português ou a língua portuguesa. No entanto,
8% deles inicialmente assumiram como a denominação mais apropriada para a língua
que falam ou o brasileiro/a língua brasileira; ou o cuiabanês; ou a língua nativa.
Verificamos, da mesma forma, que quase todos, ao serem questionados pela segunda
vez, prontamente retificaram a resposta anterior, retomando a denominação oficial –
português/língua portuguesa.
Ao analisar, nesses depoimentos sobre crença e atitudes lingüísticas, os
componentes acima mencionados, verificamos alguns casos que merecem destaque. O
primeiro deles diz respeito à prevalência do componente cognoscitivo. Isto fica muito
claro na declaração veemente do informante 7 (homem, de nível superior, na faixa etária
dos 50 aos 65 anos) do ponto 006 (Manaus), ao ser indagado sobre a língua que fala:
1. A língua portuguesa, aliás eu acho errado isso, devia ser língua brasileira, né.
Aliás já tem movimento aí pra ... é língua brasileira.
Por ser um defensor do purismo lingüístico de sua comunidade de fala – ao
assegurar que a nossa língua é a brasileira –, invoca seus conhecimentos sobre as
episódicas manifestações nacionalistas, alertando que já existe um movimento para a
mudança do nome oficial da língua falada no Brasil.
O mesmo informante, durante toda a entrevista, manifestou a segurança lingüística
de que trata Moreno Fernández (1998, p. 182), mantendo todas as características
fonéticas tipicamente nortistas, as quais representam para o informante a fala normal,
correta, sem sotaque. Sobre as perguntas 2 e 3, das Questões Metalingüísticas, indagado
se na localidade havia grupos que falavam diferente, e se poderia identificá-los, é
taxativo:
2. Não, não, não, ih, não, eu abomino esse negócio de sotaque... o mineiro adora
isso, o paulista fala com aquele... não. Aqui o amazonense... todos falamos iguais, não
tem esse negócio. Quando a senhora vê alguém hãhãhãhãhã, o cara não é daqui ou
passou uma temporada fora e absorveu aquilo. Não, nós falamos aqui télévisão e não
têlêvisão, Roráima e não Rorãima, nós falamos... as nossas palavras são bem
explicadas, letra por letra.
O componente cognoscitivo, presente na atitude lingüística manifestada no
depoimento 1, cede lugar ao afetivo, reforçando o mito do não sotaque na fala dos
naturais da localidade, que falam igual, portanto sem o abominável sotaque que
caracteriza os brasileiros mineiros e paulistas. Além disso, acredita ser o Amazonas o
único estado em que todos falam bem explicado. A ênfase dada pela reiteração da
negativa mostra o alto grau de rejeição às outras modalidades de fala e,
conseqüentemente, aos outros grupos de falantes. Essa postura de rejeição ao que é

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diferente ou regional leva, com certeza, à inclusão do componente conativo. Moreno
Fernandez (1998, p. 189), ao tratar do comportamento do falante em relação à própria
variedade, admite a ocorrência de duas atitudes: a de valorização e a de rejeição. A
valorização remete à noção de prestígio lingüístico, ou seja, o processo de concessão de
estima e respeito para indivíduos ou grupos que reúnem certas características e que
leva à imitação das condutas e crenças desses indivíduos ou grupos. No caso em
análise, o informante nega qualquer valor positivo à fala do outro, atribuindo prestígio
apenas à própria fala e à de seus conterrâneos.
Sem a veemência do depoimento anterior, temos a resposta do informante 108/7,
natural de Cuiabá, informante masculino, de nível superior de escolaridade e da segunda
faixa etária, alicerçada no componente cognoscitivo, associado ao afetivo :
3. No centro de Cuiabá mesmo, existe (sic) alguns que, com estilo intelectual, se
julgam mais sabidos, né. (...) Quando você analisa a questão do cuiabano saindo para
ir pro Rio de Janeiro pra estudar, (...) você via que a maioria deles se deixavam (sic)
adulterar pela fala, vinham de lá, como eu digo no meu livrinho lá, 'com ti ti ti na boca'
(refere-se ao s africado em sílaba travada), um horror, do carioca, entendeu? E perdia
aquela identidade filológica, ou lingüística, entendeu? Perdia lá... E ainda encontramos
esse tipo, que hoje em dia tem até vergonha de falar como cuiabano. (108/7)
O informante do exemplo 3 chama a atenção para os efeitos negativos do contato
lingüístico do cuiabano com outros dialetos, como o carioca. O cuiabano pseudo-
intelectual correria o risco de se deixar contaminar ou adulterar pela fala do grande
centro, modelo de prestígio lingüístico para o viajante, mas um horror, um
desencadeador da perda da identidade filológica ou lingüística, para o historiador e
jornalista cuiabano. O contato com outros falantes, segundo o informante, pode levar à
insegurança lingüística decorrente da alternância ou mudança de código, mas, pior
ainda, à deslealdade lingüística expressa na vergonha de falar como cuiabano.
Essa mesma perda de identidade é manifestada pelo informante jovem, de baixa
escolaridade, descendente de índios wapichana de Roraima:
4. Não. Esse “wapichana”.... esse negócio aí não é pra mim, não (003/1).
A questão da ‘morte’ de línguas nativas no Brasil é assunto de centenas de teses,
cada qual assumindo posturas teóricas e ideológicas distintas que não cabe aqui discutir.
O exemplo acima foi tomado para ilustrar um caso de deslealdade lingüística, em que a
língua dos antepassados, grupo minoritário frente à língua portuguesa, é sentida não
como um marcador de identidade do falante, mas um negócio, algo confuso com o qual
ele não tem, nem pretende ter, qualquer afinidade.
Outro depoimento significativo diz respeito ao contato lingüístico de falantes
nativos devido à chegada de agricultores do sul do Brasil às terras do Mato Grosso e à
reação negativa dos autóctones em relação ao diferente:
5. (...) Já mais pra cima, o nortão, se você pegar, por exemplo, Sinop, Vera Cruz,
Colider, então já são barriga verde, é pessoal do Paraná, já é gaúcho já... lá tem o Rio
Grande do Sul, você imagina.(...) Eu na campanha política fui lá. Todos loirinhos de
olhos azuis, cabelo de milho, né, um linguajar totalmente diferente, um costume
totalmente diferente, usando a cuia do gaúcho, o chimarrão, né?(...) tudo é ô tchê, né,

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tchê, dançando o vanerão, te cuida, guaíba!, aquele linguajar todo cantarolado,
totalmente diferente do nosso. (108/7)
O depoimento 5 do informante masculino, de alta escolaridade e na faixa etária de
50 a 65 anos, natural de Cuiabá, refere-se aos efeitos do encontro de duas culturas
diametralmente opostas: a matogrossense que vê chegar ao Estado numeroso
contingente de agricultores sulistas formado por gaúchos, catarinenses (barriga-verde) e
paranaenses. Até o início da década de 1950, a população do Mato Grosso era
constituída basicamente de indígenas não miscigenados e outros brasileiros setecentistas
e oitocentistas, descendentes de portugueses, indígenas e africanos. Em menos de meio
século, porém, o estado vê mudar substancialmente o perfil do estado, desde a
composição étnica da população – a chegada e estabelecimento dos loirinhos de olhos
azuis, cabelo de milho – ao contrário da gente autóctone de pele morena e cabelos
negros; passando pela introdução de culturas e de hábitos diferentes, usando a cuia do
gaúcho, o chimarrão, dançando o vanerão; atingindo a linguagem com a presença de
um linguajar todo cantarolado, marcado pelo ô tchê! né, tchê! e pelas frases
interjectivas, como te cuida, guaíba!
A rejeição, o choque diante daquilo que destoa da paisagem anterior, começa pelo
aspecto físico, passa para os elementos da cultura e se concentra na linguagem.
O informante 7, do ponto 21 (Rio Branco), da segunda faixa etária e de nível
superior, por sua vez, partilha as mesmas atitudes dos informantes anteriores, ao analisar
a presença do outro, de pessoas diferentes no espaço que habita, e que lhe parecia, até
então, relativamente homogêneo:
6. Ah todos, todos (falam diferente)... sobe esse interior aí, tem pessoal do Sul,
Sudeste, Centro-Oeste (...) uma mistura, um mosaico assim. É nego andando de
bombacha e com bota, botina no sol quente, chapéu, uma maluquice... (021/7).

4. Rumo a conclusões
Analisados os depoimentos de 200 informantes, moradores de 25 capitais
brasileiras, relativos às Questões Metalingüísticas constantes dos Questionários do Atlas
Lingüístico do Brasil e, particularmente, que dizem respeito à língua que cada um fala; e
sobre a existência ou não de grupos que falam diferente na localidade, verificamos que a
grande maioria (92%) acredita falar o português ou língua portuguesa. Outras
manifestações minoritárias (o falar brasileiro, o cuiabano, o nativo) eram corrigidas na
reformulação da pergunta em favor da crença majoritária.
As questões 2 e 3 – Você sabe se aqui nesta cidade há pessoas que falam diferente e
se poderia dar exemplo desses prováveis falares diferentes – ensejaram as mais diversas
manifestações que foram analisadas à luz de variáveis extralingüísticas, como faixa
etária, nível de escolaridade, sexo e região de origem.
Sobre a Questão 1, verificamos que a faixa etária é definidora da incerteza e da
vacilação no momento de o informante expor sua crença sobre a língua que fala: os mais
idosos demonstraram essa oscilação com muito mais ênfase que os da faixa I. No
entanto, pode-se concluir que a faixa etária não atua sozinha, ela está associada ao nível
de escolarização. O pouco tempo de permanência na escola, ou o fato de ter se
distanciado dela por muitos anos, pode ter colaborado para essa vacilação na hora de

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denominar a língua que fala. As mulheres, por sua vez, demonstraram menos oscilação
que os homens, independentemente do nível de escolaridade. Relativamente à origem do
informante, os naturais das regiões Norte e Nordeste demonstraram uma tendência
maior à incerteza sobre a crença de falar o português. Essa tendência pode, também,
estar associada à variável nível de escolaridade.
Quanto às respostas dadas às questões 2 e 3, conforme expusemos de início, o AliB,
ao, pela primeira vez na história da geolingüística do Brasil, no instrumento de recolha
de dados, Questões Metalingüísticas, que levam a respostas sobre crenças e atitudes
lingüísticas, dá um passo à frente nessa área do conhecimento e abre perspectivas de
aprofundamento de estudos a partir da base que ora oferece aos interessados no assunto.
Por outro lado, esperamos que a inserção de questões dessa natureza possa motivar
futuros autores de projetos geo-sociolingüísticos a contemplar, em suas investigações,
um tema cujos resultados podem indicar a direção da mudança lingüística que se
processa em dada comunidade, bem como esclarecer em que medida os fatos
lingüísticos valorizados ou estigmatizados podem interferir nessa mudança.
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