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FACULDADE DO MARANHÃO - FACAM

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ELISSANDRA COSTA LOPES

PROJETO DE PESQUISA:
Violência Doméstica Contra a Mulher

Viana - MA
2018
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ELISSANDRA COSTA LOPES

PROJETO DE PESQUISA:
Violência Doméstica Contra a Mulher

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de


Serviço Social da Faculdade do Maranhão -
FACAM, como requisito para elaboração do
trabalho de conclusão de curso.

Pro.ª Orientadora: Linnete Nascimento Pinto

Viana - MA
2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................03
2 PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................05
3 OBJETIVOS............................................................................................................05
3.1 Objetivo Geral.......................................................................................................05
3.2 Objetivos Específicos...........................................................................................05
4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................06
5 METODOLOGIA......................................................................................................07
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1 INTRODUÇÃO

Este projeto tem como objetivo pesquisar na literatura existente, a


violência doméstica que tem acometido milhares de mulheres nos dias atuais. Esta
situação tornou-se um problema de saúde pública, por isso diversas políticas de
atenção têm sido desenvolvidas para prevenir e combater à violência contra as
mulheres.
De modo geral, define-se violência como sendo o uso de palavras ou
ações que machucam as pessoas. É violência também o uso abusivo ou injusto do
poder, assim como o uso da força que resulta em ferimentos, sofrimento, tortura ou
morte.
Violência familiar contra a mulher ou violência doméstica refere-se a
agressões de ordem física, psicológica e sexual cujo principal agressor é o parceiro
íntimo. Dominada como um ato de brutalidade, agressão física, psíquica, moral ou
patrimonial contra alguém.
Segundo Moreira (2013), em relatório da Organização Mundial de Saúde
– OMS, a violência física e sexual é considerada como um problema de saúde
pública.
A Lei “Maria da Penha” é inovadora e conforme os princípios e preceitos
da normativa internacional de proteção aos direitos humanos, muito especialmente
da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a
Mulher, da ONU (1979) e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher, da OEA (1994).
As Delegacias Especializadas de atendimento à mulher criadas pela Lei
nº 5.467/1986 como resposta para as exigências de grupos feministas que
reivindicavam participação social e mudança de hábitos.
As mulheres vítimas de violência geralmente não contam que vivem nesta
situação, por isso a interferência da Assistente Social e de suam importância, para
que esteja informando-a e incentivando-a a denunciar e ter seus direitos
respeitados.
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A violência contra a mulher tornou-se objeto de intervenção profissional


do assistente social como um desafio no seu cotidiano, fazendo suas intervenções
através de dinâmicas, organização e informação.
Os elevados índices da violência contra a mulher por agressão
psicológica, lesão corporal ou homicídio e, ainda, as políticas públicas no combate a
estas modalidades de crime sensibilizam e conduzem estudiosos a discutirem o
tema, na tentativa de se entender o que motiva e conduz os indivíduos a
consumarem tais delitos, com o intuito de prevenir e impedir esta fatalidade que
emerge da sociedade e marca a contemporaneidade, ceifando vidas. Tais crimes
acabam por colocar sob várias situações de risco as pessoas que convivem no
contexto intrafamiliar, incapacitando-as para o trabalho, o estudo e a vida em
sociedade, podendo inclusive levá-las à morte. A violência representa, assim, um
risco maior para a realização do processo vital humano: ameaça a vida, altera a
saúde, produz enfermidade e provoca a morte como realidade ou como
possibilidade próxima.
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2 PROBLEMATIZAÇÃO

O ato da violência é praticado por agressores que possuem um


relacionamento amoroso com a vítima e entre suas características associadas estão
à presença do o uso de álcool ou drogas e um período de ocorrência grande até a
realização da denúncia. Como fazer uma denúncia contra alguém que faz parte do
seu convívio familiar?

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivos Gerais:

 Identificar as principais formas de violência sexual contra a mulher dentro do


casamento ou relação estável e suas consequências, a aplicação da Lei
Maria da Penha e a atuação do Assistente Social.

3.2 Objetivos Específicos:

 Identificar os tipos de violência doméstica contra as mulheres;


 Investigar as consequências desta violência;
 Conhecer os benefícios da lei Maria da Penha;
 Indentificar a atuação do assistente social nas relações familiares visando seu
fortalecimento.
 Analisar a intervenção do Assistente Social, quanto à garantia dos direitos da
mulher, como acesso aos programas e benefícios sócio-assistenciais.

4 JUSTIFICATIVA
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A violência doméstica e familiar constitui um problema preocupante no


Brasil e, para o combate a esse problema, surge a Lei Maria da Penha (Lei nº
11.340). Para o efetivo enfrentamento dessa violência, são fundamentais a
discussão acadêmica, bem como e o debate público acerca da questão, buscando
propagar valores éticos de respeito à dignidade da pessoa humana e à igualdade
entre os sexos, e consolidação da democracia, nas relações de gênero e os
mecanismos de proteção dos direitos humanos da mulher.
Esta pesquisa justifica-se em razão de conhecer mais sobre o tema e
sobre a lei Maria da Penha, para que através do conhecimento, possa haver
melhorias no combate a violência doméstica contra a mulher, com o intuito de
contribuir para o debate acerca das formas de erradicação do fenômeno social,
cultural e histórico que é a violência doméstica e familiar contra a mulher.
A violência doméstica contra as mulheres muitas vezes é tida como usual,
banal, e que não precisa de nenhuma providência, exceto, em casos de grande
gravidade e risco de vida.
Portanto, a agressão por parceiro íntimo é sempre percebida, por quem a
sofre, como situação indesejável, que não deveria ocorrer. Entretanto, diversas
razões dificultam a saída da situação e o pedido de apoio, algumas relacionadas à
dinâmica própria do ciclo da violência, outras relacionadas ao estigma associado à
condição de vítima de violências, além da importância do casamento e do cuidado
dos filhos como projeto de vida para as mulheres.
“Com base na experiência que vivi como vítima de violência doméstica,
durante uma boa parte da minha vida, fez-me querer lutar por meus direitos e de
muitas mulheres, como, também, em todos os segmentos sociais, enquanto futura
assistente social, tanto quanto se fizer necessário.”

5 METODOLOGIA
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Será realizada uma pesquisa bibliográfica, que segundo (Gil, 2002),


tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto, e contribuir
para o estudo, através da pesquisa em livros, artigos científicos e legislações
referentes ao tema. A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de
uma gama de fenômenos mais amplos do que se pesquisasse diretamente.

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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“A violência familiar contra a mulher, denominada muitas vezes como


violência doméstica, refere-se a agressões de ordem física, psicológica e sexual cujo
principal agressor é o parceiro íntimo” (Day et al, 2003; OMS, 2002; Schraiber et al;
2002 apud MOTA, 2004).
Segundo o outro autor, Violência é

um ato de brutalidade, abuso, constrangimento, desrespeito, discriminação,


impedimento, imposição, invasão, ofensa, proibição, sevícia, agressão
física, psíquica, moral ou patrimonial contra alguém e caracteriza relações
intersubjetivas e sociais definidas pela ofensa e intimidação pelo medo e
terror. Segundo o dicionário Aurélio violência seria ato violento, qualidade de
violento ou até mesmo ato de violentar. Do ponto de vista pragmático pode-
se afirmar que a violência consiste em ações de indivíduos, grupos, classes,
nações que ocasionam a morte de outros seres humanos ou que afetam
sua integridade moral, física, mental ou espiritual. Em assim sendo, é mais
interessante falar de violências, pois se trata de uma realidade plural,
diferenciada, cujas especificidades necessitam ser conhecidas. (SOUZA,
2008)

De acordo com a Declaração das Nações Unidas, de 1949, sobre a


Violência Contra a Mulher, aprovada pela Conferência de Viena em 1993, a violência
se constitui em “[...] todo e qualquer ato embasado em uma situação de gênero, na
vida pública ou privada, que tenha como resultado dano de natureza física, sexual
ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou a privação arbitrária da liberdade.”
(BARRETO, 2005 ).
Segundo Moreira (2013), em relatório da Organização Mundial de
Saúde – OMS, a violência física e sexual é considerada como um problema de
saúde pública que afeta a mais de um terço de todas as mulheres do mundo, sendo
considerado também como um problema de saúde global com proporções
endêmicas.
A violência doméstica contra a mulher recebe esta denominação por
ocorrer dentro do lar, e o agressor ser, geralmente, alguém que já manteve, ou ainda
mantém, uma relação íntima com a vítima. Pode se caracterizar de diversos modos,
desde marcas visíveis no corpo, caracterizando a violência física, até formas mais
sutis, porém não menos importantes, como a violência psicológica, que traz danos
significativos à estrutura emocional da mulher.
Segundo Kato e Pimental (2006), a Lei “Maria da Penha” é
inovadora e conforme os princípios e preceitos da normativa internacional de
proteção aos direitos humanos, muito especialmente da Convenção sobre a
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Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher, da ONU (1979) e


da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher, da OEA (1994).
As Delegacias Especializadas de atendimento à mulher:

foram criadas inicialmente no Estado de São Paulo, pela Lei nº 5.467/1986


(1986 apud CUNHA; PINTO, 2007, p.46) do então Governador do Estado,
André Franco Montoro, as Delegacias Especializadas no Atendimento à
Mulher foram a resposta para as exigências de grupos feministas que
reivindicavam participação social e mudança de hábitos. Teve relevância
nessa etapa histórica a socióloga Eva Blay, primeira presidenta (1983-1985)
do Conselho Estadual da Condição Feminina, criado à época da gestão de
Montoro. (IEMBO, 2010, p. 51).

As mulheres vítimas de violência geralmente não contam que vivem


nesta situação, seja porque ainda não confiam nos atendimentos em delegacia ou
nos serviços de saúde. É importante ter em mente que cuidar da mulher e do grupo
familiar a que ela pertence inclui necessariamente lidar com a violência doméstica,
que é um contexto instaurador de sofrimento e doenças emocionais.
Para o autor é relevante destacar a recente decisão do STF,
segundo a qual,

nos casos de lesão corporal decorrentes de violência contra a mulher, em


âmbito doméstico, é cabível ação penal pública incondicionada à
representação, ou seja, o Ministério Público, nesses casos, pode entrar com
a ação penal pública sem necessitar de representação da ofendida. Todavia,
na decisão, ressaltou-se a permanência da necessidade de representação
para os casos de crimes dispostos em leis diversas da Lei nº 9.099/95, por
exemplo, o crime de ameaça e os praticados contra a dignidade sexual.
(BARROS, 2012)

O grande desafio no enfrentamento da violência contra a mulher é a


efetivação de uma rede de serviços que agregue os diferentes programas e projetos,
consolidando uma política social de atendimento. Os serviços existentes ainda não
conseguem atender as mulheres de forma integral.
Segundo Lisboa (2005), “a violência contra a mulher tornou-se
objeto de intervenção profissional do assistente social como um desafio posto no
cotidiano, sobre o qual ele deverá formular um conjunto de reflexão e de
proposições para a intervenção”.
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O profissional de Serviço Social faz suas intervenções através de


dinâmicas, organização e informação.

7 CRONOGRAMA
Atividades Meses
Agosto Setembro Outubro
Elaboração do
Projeto X
Revisão de literatura
X
Coleta de dados
X X
Conclusão da
redação X
Correção
X
Entrega
X
Apresentação do
Projeto X

8 ORÇAMENTO
Nº Descrição Quantidade R$ Unitário R$ Total
Ordem
1. Papel Sulfite 01pc 15,00 15,00

2. Livro 02 27,00 54,00

3. Encadernação 01 5,00 5,00

4. Cartucho de 01 45,00 45,00


impressão preto
Total 119,00
9 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que este estudo venha contribuir para o entendimento


sobre a violência domestica contra a mulher, e fazendo com que elas tenham
coragem de denunciar seus companheiros que as fazem sofrer tanto. Que a
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assistente social possa atuar auxiliando essas mulheres, para que consigam sair
desta violência e garantir seus direitos através da execução da Lei Maria da Penha.

REFERÊNCIAS

BARRETO. Larissa Daiane Owski. Violência sexual contra a mulher: uma questão
de gênero. 2 Seminário Nacional Estado e políticas sociais no Brasil. Unioeste –
Campus de Cascavel. 2005.

BARROS, Gabriela dos Santos. Análise da violência doméstica e familiar contra a


mulher no contexto da aplicação da Lei Maria da Penha. In: Âmbito Jurídico, Rio
Grande, XV, n. 105, out 2012. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12364>. Acesso em:
01/10/ 2013.

BRASIL. Lei Maria da Penha: Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006, que dispõe
sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. –
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 34 p.

FONSECA, Paula Martinez da; LUCAS, Taiane Nascimento Souza. VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS.
Salvador-Ba, 2006. Disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/tcc/152.pdf. Acesso
em: 19/09/2013.

IEMBO¸ Thaís Rodrigues. A fragilidade da lei n. 11.340/2006 frente às formas de violência


doméstica e familiar contra a mulher. Paranaíba, MS: [s.n.], 2010. 94f.

JULIÃO, Valéria da Silva. Projeto De Pesquisa Violencia Domestica Contra


Mulheres e Seus Efeitos Emocionais. TrabalhosFeitos.com. 2012. Disponível em:
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Projeto-De-Pesquisa-Violencia-Domestica-
Contra/182107.html. Acesso em 15/09/2013.

KATO, Shelma Lombardi de; PIMENTEL, Silvia. INSTALAÇÃO DOS PRIMEIROS


JUIZADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. São
Paulo e Cuiabá, 25 de setembro de 2006.

LISBOA, Teresa Kleba; PINHEIRO, Eliane Aparecida. A intervenção do Serviço


Social junto à qustão da violência contra a mulher. Katálysis. V.8 n.2 jul/dez.
Florianópolis SC 2005. 199-210. Disponível em:
12

https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/6111/5675. Acesso em
01/10/2013.

MOREIRA, Camila. Violência contra a mulher é um problema de proporções


endêmicas, afirma OMS. 11 de Julho de 2013. http://www.defensoria.ba.gov.br/
portal/index.php?site=1&modulo=eva_conteudo&co_cod=9253.

MOTA. Jurema Corrêa da. Violência contra a mulher praticada pelo parceiro
íntimo: estudo em um serviço de atenção especializado. Ministério da saúde.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de
Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro. 2004. Disponível
em: http://arca.icict.fiocruz.br/bitstream/icict/4914/2/726.pdf. Acesso em 10/09/2013.

SOUZA, Valéria Pinheiro de. Violência doméstica e familiar contra a mulher - A


lei Maria da Penha: uma análise jurídica. 2008. Disponível em:
http://monografias.brasilescola.com/direito/violencia-domestica-familiar-contra-
mulher-lei-maria-.htm. Acesso em: 19/09/2013.

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 03
2 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................... 04
3 OBJETIVOS ................................................................................................... 04
3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 03
3.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 04
4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 05
5 METODOLOGIA ............................................................................................. 05
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................
7 CRONOGRAMA .............................................................................................
8 ORÇAMENTO ................................................................................................
9 RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................
REFERÊNCIAS .................................................................................................

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