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"É uma situação grave porque, se esse impasse não for superado, trará sérios
impactos sistêmicos'', disse ao Valor o diretor-geral da OMC, Roberto
China
05h00
Trump deve anunciar hoje tarifas a produtos da
Azevêdo.
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O Órgão de Apelação é formado por sete juízes. Mas, até o fim do ano, terá
apenas quatro. E pode ser menos, já que um ou outro juiz pode incorrer em
conflito de interesse em determinada disputa, por ter atuado no tema no
passado como funcionário governamental ou advogado. Videos
Isso significa que a partir de janeiro de 2018 o órgão pode ser paralisado
totalmente na solução dos conflitos comerciais. Ainda mais que os EUA
passaram a recusar que juízes que terminaram o mandato continuem
atuando em disputa na qual estavam trabalhando até o caso ser encerrado.
Mas alguns negociadores avaliam que o mecanismo com só três juízes não
será mais juridicamente válido. Ele foi criado com sete juízes por conta da Armaduras tecnológicas ajudam trabalhadores a
representativa geográfica e tradições jurídicas. concorrer com as máquinas
13/03/2018
''Como manter um sistema baseado em regras sem o garantidor dessas
regras?'', questiona um importante negociador.
Azevêdo deve voltar a discutir o bloqueio americano com o principal
negociador comercial de Trump, Robert Lighthizer, na semana que vem em
Washington. Valor International
The English news service from Valor
Os EUA nunca se sentiram confortáveis
com esse tribunal internacional no qual o BUSINESS
país não tem poder de veto, embora seja MMX restructuring plan challenged by creditors
quem mais utiliza o sistema, inclusive
ganhando a maioria dos casos. Isso
BUSINESS
ilustra a dificuldade de entender a Brazilian scientists take the startup road
posição americana, diz um negociador.
Governos americanos anteriores
reclamavam que o Órgão de Apelação era Subscribe Temporarily FREE
"ativista" demais, com interpretações dos acordos da OMC que resultavam na
criação de novas regras que os EUA dizem nunca terem negociadas.
A situação piorou este ano com o governo Trump coincidindo com o fim de
mandatos de juízes. A vaga da América Latina ficou aberta em julho, com o
Petróleo
(em dólares por barril)
fim do mandato do mexicano Ricardo Ramirez. Em agosto, o sul-coreano
WTI Brent
Kim Hyun-chong pediu demissão para se tornar ministro de Comércio de seu
país. E, em dezembro, será a vez da vaga europeia, com o fim do mandato do WTI
belga Peter van den Bossche. No ano que vem, mais uma vaga será aberta no
Meses Ajuste Osc.
órgão.
mai/18 64,30 -0,87
O Brasil tem candidato para a vaga latino-americana: o embaixador José jun/18 64,18 -0,77
Alfredo Graça Lima. Mas nem ele nem os outros cinco candidatos da região jul/18 63,83 -0,71
podem fazer campanha efetiva porque o processo de seleção não foi lançado ago/18 63,37 -0,63
até agora. Na semana passada, os países da região pela quinta vez set/18 62,84 -0,58
apresentaram proposta para resolver a situação atual, para que a seleção de out/18 62,30 -0,52
três novos juízes seja lançada imediatamente. Os EUA, porém, mostraram-se Veja as tabelas completas no ValorData
irredutíveis.
Fontes: Dow Jones Newswires e Valor PRO.
O governo Trump alega não estar em posição de apoiar o inicio do processo
de seleção até que suas preocupações sejam resolvidas. O problema é que
Washington não detalha que preocupações são essas nem que propostas
concretas teria para discutuir com os outros membros. Nessa toada, os
parceiros começam a temer o pior.
Essa regra, que existiu e foi uma fragilidade do antigo Gatt (Acordo Geral de
Tarifas e Comércio), permitia que um país bloqueasse sozinho decisões sobre
disputas comerciais. Esse foi um dos motivos para criar a OMC com "dentes",
ou seja, com poder de sanção.
Outros notam que o governo Trump acha que pode resolver unilateralmente
suas disputas, por meio de seu arsenal interno de leis comerciais, como a
Seção Super 301, e mostra que está pronto a "chutar o pau da barraca".
"Até agora, seus latidos [de Trump] tem sido piores que suas mordidas, mas é
o caso de se inquietar", afirmou Anne Krueger, ex-economista-chefe do
Banco Mundial e ex-número 2 do FMI.