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Células do Sangue

Sangue

O sangue está contido em um compartimento fechado, o aparelho circulatório, que


o mantém em movimento regular e unidirecional. O volume total de sangue em uma
pessoa saudável é de aproximadamente 7% do peso corporal.

Funções Gerais
Transporte:
• Nutrientes e gases
• Produtos do metabolismo
• Metabólitos
• Hormônios e outras moléculas sinalizadoras
• Eletrólitos (sais)

✓ Nutrição e eliminação de metabólitos.


✓ Hormonal (glândulas endócrinas).
✓ Regulação térmica.
✓ Trocas gasosas (O2 e CO2).
✓ Defesa imunológica (LEUCÓCITOS).

Composição Sanguínea
Formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma.
Glóbulos sanguíneos:
• Eritrócitos ou hemácias.
• Plaquetas (fragmentos do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea).
• Leucócitos ou glóbulos brancos.

Eritrócitos
Os Eritrócitos, ou hemácias dos mamíferos, são anucleados (não possuem
núcleo) e contêm grande quantidade de hemoglobina (proteína transportadora
de O² e CO², sendo também uma das principais funções dos Eritrócitos). Em
condições normais, os eritrócitos não saem do sistema circulatório,
permanecendo no interior dos vasos.
Os Eritrócitos humanos têm forma de disco bicôncavo. Esse formato
proporciona grande superfície ao volume, facilitando troca de gases, sendo
também flexíveis, usam energia proveniente da glicose e são acidófilos. (coram-
se com eosina).
Durante a maturação na medula óssea, os eritrócitos perdem seu núcleo e outras
organelas, não podendo renovar suas moléculas. Possuem em média 120 de
vida. Passado esse tempo, as enzimas já estão em novel critico, o rendimento
dos ciclos metabólicos geradores de energia é insuficiente e o corpúsculo é
digerido pelos macrófagos.

Reticulócitos
Reticulócitos são Eritrócitos
jovens/imaturos, recém-saídos da medula óssea,
encontrados no sangue em pequena quantidade (1%
dos Eritrócitos). Contém ainda certa quantidade de
ribossomos, quando corados apresentam cor azulada
devido a basofilia do RNA.

Eritropoiese
É o processo que corresponde a formação dos eritrócitos. Este processo
é dinâmico e envolve os processos de mitose, síntese de DNA e hemoglobina,
incorporação do ferro, perda de núcleo, organelas e resulta na produção de
glóbulo vermelho sem núcleo e com reservas energéticas (eritrócito).

Célula Célula Célula


Progenitora Percussora Madura
1. Queda de Volume > 2. Picnose > 3. Queda de Nucléolos > 4. Queda de Ribossomos
>5. Queda de Mitocôndrias > 6. Expulsão nuclear.
Leucócitos – Células Brancas

Os leucócitos são incolores, de forma esférica e tem


função de proteger o organismo contra infecções.
São produzidos na medula óssea ou em tecidos
linfoides, e permanecem temporariamente no
sangue, utilizando-o como meio de transporte para
alcançar seu destino final, os tecidos.
São classificados em 2 grupos: Granulócitos e
Agranulócitos.
Os Granulócitos têm núcleo de forma irregular e possuem grânulos específicos em
seu citoplasma. Distinguem-se em 3 tipos: Neutrófilos, Eosinófilos e Basófilos.
Os Agranulócitos têm núcleo com forma mais regular e seu citoplasma não possui
granulações específicas. Há dois tipos de Agranulócitos: Linfócitos e Monócitos.

Leucócitos
(Células Brancas)

Eritrócitos
(Hemácias)
Neutrófilos

Neutrófilos (ou Leucócitos Polimorfonucleares) são células arredondadas com


núcleos formados de 2 a 5 lóbulos (mais frequentemente 3 lóbulos), ligados entre si
por finas pontes de cromatina.
O Neutrófilo “jovem” tem núcleo não
segmentado em lóbulos, sendo chamado
de neutrófilo com núcleo em bastonete, ou
simplesmente bastonete. O citoplasma do
neutrófilo apresenta predominantemente
grânulos específicos e azurófilos. Esses
grânulos, além de apresentar enzimas
importantes no combate aos
microrganismos, também tem
componentes para reposição da
membrana e proteção da célula contra
agentes oxidantes.
Eosinófilos
Os Eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas
1 a 5% do total de leucócitos. São Polimorfonucleares e possuem aproximadamente o
mesmo tamanho dos neutrófilos ou ligeiramente
maiores, com muitos grânulos eosinófilicos. Seu
núcleo geralmente é bilobulado. Nos Eosinófilos o
R.E., mitocôndrias e Complexo de Golgi são pouco
desenvolvidos. A principal característica para
identificação do Eosinófilo são as granulações
ovoides. Essas granulações são maiores que as dos
Neutrófilos. As proteínas presentes nessa célula
permitem que ela exerça defesa contra parasitoses e
participação em processos inflamatórios.
Basófilos
Os Basófilos possuem núcleo volumoso, com forma
retorcida e irregular, geralmente com o aspecto da
letra S. Seu citoplasma é carregado de grânulos
maiores do que os dos outros Granulócitos. Constituem
menos de 2% dos leucócitos do sangue. Sua meia-vida
é estimada em 1 a 2 dias. Seu grânulo específico
contém histamina e heparina. (intensamente basófilo).
A membrana plasmática apresenta receptores para
imunoglobulina E (IgE). Secretam citocinas e
leucotrienos, que são mediadores inflamatórios.
Acredita-se que tenham ação imunomoduladora
devido a uma possível modulação da função de determinadas populações de linfócitos
T por meio da secreção de citocinas.
Granulocitopoiese
Granulocitopoiese é o processo que corresponde a formação dos Granulócitos.
(Neutrófilos, basófilos e Eosinófilos)
No processo de maturação dos Granulócitos ocorrem modificações citoplasmáticas
caracterizadas pela síntese de muitas proteínas acondicionadas em dois tipos de
grânulos: azurófilos e específicos. O primeiro estágio resulta na produção de
grânulos azurófilos. No segundo estágio ocorre uma modificação na atividade sintética
da célula, com produção das proteínas dos grânulos específicos, que contém diferentes
tipos de proteínas conforme o tipo de Granulócitos (neutrófilos, basófilos e
eosinófilos).
O mieloblasto é a célula que forma os 3 tipos de Granulócitos. Quando nela
surgem granulações citoplasmáticas específicas essa célula passa a ser chamada de
Promielócito. Os próximos estágios são chamados de Mielócito e Metamielócito, onde
começam a ocorrer as diferenciações conforme o tipo de Granulócito.
Basófilos

Eosinófilos

Neutrófilos
Linfócitos
Linfócitos são responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Essas células
reconhecem moléculas estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos,
combatendo-as por meio de resposta humoral (produção de imunoglobulinas) e
resposta citotóxica mediada por células.
São células esféricas, com diâmetro variável, conhecidos
como linfócitos pequenos e linfócitos grandes.
O linfócito pequeno tem núcleo esférico que se colora em
aspecto escuro. (grumos grosseiros de cromatina) e seu
citoplasma muito escasso.
Ao microscópio, os linfócitos se mostram pobres em
organelas e seu tempo de sobrevivência é muito
variável, podendo ser de apenas alguns dias para muitos
anos.
Embora tenham morfologia semelhante, os linfócitos podem ser separados em dois
tipos principais: B e T, com diversos subtipos. Os linfócitos voltam dos tecidos para
o sangue, recirculando continuamente.
Linfócitos T
Os linfócitos T iniciam a vida como células imaturas
denominadas células-tronco, que migram para o timo
durante a infância e ali amadurecem e se transformam em
linfócitos T. A maioria dos linfócitos circulantes no
corpo são do tipo "T.
É no timo que os linfócitos T aprendem a diferenciar o
que é próprio do organismo e o que não é. Quando
estão maduros, os linfócitos T deixam o timo e entram
no sistema linfático, onde fazem parte do sistema imune
de vigilância.
A função dos linfócitos T é reconhecer e destruir células anormais do corpo, como
as células infectadas por vírus, por exemplo.

Linfócitos B
Os linfócitos B permanecem na medula óssea, onde amadurecem e se transformam em
células B. Os linfócitos B reconhecem células e micro-
organismos estranhos ao organismo, como bactérias
invasoras por exemplo.
Quando entram em contato com uma proteína
estranha (na superfície das bactérias, por exemplo), os
linfócitos B produzem anticorpos que se "acoplam"
na superfície da célula estranha, provocando a sua
destruição.
Os linfócitos B originam as células B de memória que
sintetizam anticorpos e também os plasmócitos.

Células NK ou Natural Killer


As células natural killers ou assassinas naturais são
ligeiramente maiores que os linfócitos T e B, e recebem
esse nome porque estão prontas para destruir diversas
células-alvo logo que são formadas, sem necessidade de
maturação como acontece com os linfócitos B e T. Essas
células também produzem citocinas, que são substâncias
mensageiras que regulam certas funções dos linfócitos T e B,
bem como dos macrófagos.
Monócitos
Os monócitos são os maiores Leucócitos circulantes. Possuem núcleo ovoide, com
forma de rim (reniforme) ou de ferradura, geralmente excêntrico. Seu núcleo
contem dois ou três nucléolos, seu citoplasma é basófilo, contem grânulo azurófilos,
uma pequena quantidade de polirribossomos e R.E. granuloso pouco desenvolvido.
Há muitas mitocôndrias pequenas e o complexo de golgi é grande. A superfície
celular mostra muitas microvilosidades e vesículas de
pinocitose.
Os monócitos desenvolvem-se a partir da medula óssea,
circula depois na corrente sanguínea por poucos dias
e finalmente deslocam-se para os tecidos onde são
denominados macrófagos. Os macrófagos são os
responsáveis pela proteção dos tecidos, mantendo-os
livres de corpos estranhos.
O monócito faz parte do sistema mononuclear
fagocitário.
Agranulocitopoese
Os linfócitos circulantes no sangue e na linfa se originam principalmente no Timo e nos
órgãos linfoides periféricos, a partir de células levadas da medula óssea pelo sangue.
Os linfócitos T e B se diferenciam no timo e na medula óssea. Nós tecidos o linfócito
B se diferencia em plasmócitos (célula produtora de imunoglobulinas).
A célula mais jovem dessa linhagem é o Linfoblasto, que forma o Prolinfócito, que
formará os linfócitos maduros.

Os Monócitos são células intermediárias, destinadas a formar os macrófagos dos


tecidos. Sua origem está na célula mieloide multipotente que origina todos os outros
leucócitos, exceto os linfócitos.
A célula mais jovem da linhagem é o Promonócito, encontrado somente na medula
óssea. Os Promonócitos se dividem duas vezes e se transformam em monócitos que
passam para o sangue, no qual permanecem cerca de 8hrs, depois migram para o tecido
conjuntivo e se diferenciam em macrófagos.
Plaquetas
Plaquetas são corpúsculos anucleados
com forma de disco, derivados dos
megacariócitos (MO). Elas promovem a
coagulação do sangue e auxiliam na
reparação da parede dos vasos
sanguíneos evitando a perda de sangue.
Possuem um tempo de vida de
aproximadamente 10 dias. Tendem a
aparecer aglutinadas, e seu citoplasma
apresenta grânulos (Granulômero).

Coagulação sanguínea
Em um indivíduo normal, a coagulação é iniciada dentro de 20 segundos após a lesão
ocorrer ao vaso sanguíneo causando danos às células endoteliais. As plaquetas formam
imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão. Essa é a chamada
hemostasia primária. A hemostasia secundária acontece quando os componentes do
plasma chamados fatores de coagulação respondem (em uma completa cascata de
reações) para formar fios de fibrina, que fortalecem o tampão plaquetário. Ao
contrário da crença comum, a coagulação a partir de um corte na pele não é iniciada
pelo ar ou através da secagem da área, na verdade ocorre através das plaquetas que
se aderem e que são ativadas pelo colágeno do endotélio do vaso sanguíneo que fica
exposto, quando cortado o vaso. As plaquetas ativadas então liberam o conteúdo de
seus grânulos, que contém uma grande variedade de substâncias que estimulam uma
ativação ainda maior de outras plaquetas e melhoram o processo hemostásico. A
Fibrina (ou fator Ia) é uma proteína fibrosa envolvida na coagulação de
sangramentos. Ela sofre polimerização de modo a, em ação conjunta à das plaquetas,
formar uma camada que detém hemorragias.
Plaquetopoese
As plaquetas se originam na medula óssea vermelha pela fragmentação do
citoplasma dos megacariócitos, formados pela diferenciação dos megacarioblastos.
O amadurecimento dos megacariócitos acarreta no aumento da quantidade de
membranas lisas que vão formar os canais de demarcação. Essas membranas acabam
confluindo, dando origem à membrana das plaquetas.
O megacariócitos possui núcleo lobulado, cromatina grosseira e citoplasma com
grânulos. São adjacentes aos capilares sinusoides, facilitando a liberação de plaquetas
para sangue.

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