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Resumo
O presente relatório apresenta os passos para a construção da ponte de macarrão com a
finalidade de aplicar os conhecimentos de maneira prática, enfatizando os conceitos de:
equilíbrio dos corpos, estática, compressão, tração e treliça. A ponte será composta por
treliças planas unidas por uma barra de aço, canos de PVC, macarrão Barrila nº 7 e cola.
Estudaram-se duas geometrias: a de viga pratt com montante externo inclinado e a viga pratt
com banzo externo curvo, após a análise definiu-se que a geometria utilizaria os conceitos da
viga pratt com banzo superior curvo, pois as barras de compressão possuem um tamanho
menor que as barras de tração, sendo possívendo reduzir os efeitos de flambagem e aumentar
a probabilidade de a ponte suporte uma carga maior.
Palavras-chave
Geometrias; Ponte de macarrão; Treliça.
1 Introdução
O objetivo principal do trabalho proposto é motivar o desenvolvimento de habilidades
que permitam aplicar os conhecimentos adquiridos durante o semestre na disciplina de
Mecânica dos Sólidos I, utilizando os conceitos físicos como: equilíbrio dos corpos, estática,
tração, compressão, entre outros diversos conceitos físicos. Podendo ao final realizar a análise
do peso sustentado pela ponte e comprar com os resultados obtidos nos cálculos de
dimensionamento.
Para a construção da ponte foram realizados estudos de duas geometrias diferentes, onde
por meio de cálculos de dimensionado e respeitando o regulamento da competição pontes de
espaguete da Faculdade da Serra Gaúcha, foi definido a ponte a ser confeccionada. A ponte é
composta por treliças planas unidas por uma barra de aço e dois canos de PVC, sendo esta
composta por macarrão Barilla - espaguete nº 07 e colas epóxi tipo massa e resina.
A ponte será dimensionada de modo que atinja o melhor resultado (quociente entre a
massa máxima suportada pela ponte antes da ruptura e a massa da ponte), aproximadamente
3ª COMPETIÇÃO DE PONTES DE ESPAGUETE
FACULDADE DA SERRA GAÚCHA
Prof.º: Carlos Rodrigo Pinheiro David, MSc
200 kg. A ponte será colocada entre dois apoios, superando um vão livre de 1,0 m e com peso
máximo de 750g (considerando a massa espaguete e as colas utilizadas), um vergalhão
atravessará a ponte no centro do vão livre no sentido transversal ao seu comprimento e no
mesmo nível das extremidades apoiadas, e que sustentará o dispositivo em que serão
colocados os pesos.
a) A ponte deverá ser indivisível, de tal forma que partes móveis ou encaixáveis
não serão admitidas;
b) A ponte deverá ser construída utilizando apenas massa do tipo espaguete número
7 da marca Barilla e colas epóxi do tipo massa (exemplos de marcas: Durepoxi,
Polyepox, Poxibonder, etc.) e do tipo resina (exemplos de marcas: Araldite, Poxipol,
Colamix, etc.). Será admitida também a utilização de cola quente em pistola para a
união das barras nos nós.
c) O peso da ponte (considerando a massa espaguete e as colas utilizadas) não
poderá ser superior a 750 g;
d) No limite de peso prescrito (750 g), não serão considerados o peso do
mecanismo de apoio fixado nas extremidades da ponte, nem o peso da barra de aço
para fixação da carga, que serão estimados em 150 g;
e) A ponte só poderá receber revestimento ou pintura com as colas permitidas;
f) A ponte deverá ser capaz de vencer um vão livre de 1 m, estando apoiada
livremente nas suas extremidades, de tal forma que a fixação das extremidades não
será admitida.
g) Na parte inferior de cada extremidade da ponte deverá ser fixado um tubo de
PVC para água fria de 1/2" de diâmetro e 20 cm de comprimento para facilitar o apoio
destas extremidades sobre as faces superiores (planas e horizontais) de dois blocos
colocados no mesmo nível. O peso dos tubos de PVC não será contabilizado no peso
total da ponte, como descrito anteriormente.
h) Cada extremidade da ponte poderá prolongar-se até 5,0 cm de comprimento
além da face vertical de cada bloco de apoio. Não será admitida a utilização das faces
verticais dos blocos de apoio como pontos de apoio da ponte.
i) A altura máxima da ponte, medida verticalmente desde seu ponto mais baixo até
o seu ponto mais alto, não deverá ultrapassar 50 cm;
j) A ponte deverá ter uma largura mínima de 5 cm e máxima de 20 cm, ao longo de
todo seu comprimento;
k) Para que possa ser realizado o teste de carga da ponte, ela deverá ter fixada na
região correspondente ao centro do vão livre, no sentido transversal ao seu
comprimento e no mesmo nível das extremidades apoiadas, uma barra de aço de
construção de 8 mm de diâmetro e de comprimento igual à largura da ponte. A carga
aplicada será transmitida à ponte através desta barra. O peso da barra não será
contabilizado no peso total da ponte, como descrito anteriormente.
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As geometrias escolhidas para análise foram: a) viga pratt com montante externo
inclinado (figura 01); e b) viga pratt com banzo superior curvo (figura 02). A escolha do
estudo destas geometrias foi realizada com base em pesquisas e análises geometrias que mais
são utilizadas em competições de pontes. Ao final da escolha das duas geometrias, iniciou-se
o processo de cálculos para avaliar qual a geometria mais adequada as especificações do
regulamento e que se suporta a maior carga. A carga determinada para fins de estudos pelo
grupo foi para a ponte montada suportar 200 Kg (1962 N), ou seja, 100 Kg (981 N) em cada
face, sendo utilizado um quociente de 266 vezes o peso da ponte.
Após as escolhas das geometrias da ponte, foi analisado com base em cálculos
estruturais como se comportariam as barras na ponte com viga pratt com montante externo
inclinado, ilustrado na figura 01. Para isso foram realizados os cálculos levando em
consideração que uma carga de 200 kg (1962 N) seria aplicada, ou seja, cada face da ponte
deverá suportar 100 kg (981 N). Diante disso, a figura 03 e 04 representam os cálculos de
forças de barras tracionadas e comprimidas, o comprimento de cada barra e o número de fios
de espaguete necessários para suportar a tração que cada barra vai receber.
4 Geometria Escolhida
Após o processo de análise de cálculos e discussões, foi definido a geometria da ponte. A
geometria utiliza o conceito da viga pratt com banzo superior curvo, porém com a
modificação das barras, onde optou-se por uma geometria onde as barras de compressão
possuem um tamanho substancialmente menor do que as barras de tração. Desta maneira, é
possível reduzir os efeitos de flambagem e com isso aumentar a probabilidade de a ponte
suportar uma carga ainda maior. O dimensional externo da ponte é de 1,1 m de comprimento,
0,25 m de altura e 0,15 m de largura. A figura 03 ilustra a geometria utilizada para a
confecção da ponte.
A figura 07, apresenta os esforços exercidos em cada barra de tração, sendo que com base
nesta informação foi possível dimensionar a quantidade de fios de espaguete que deve ser
utilizado nestas barras. Desta maneira, para as barras que estão tracionadas, foi adotado 4 fios
de espaguete para cada barra, tendo em vista que, para tomar essa ação foi utilizado como
base os cálculos realizados.
Em relação aos esforços de compressão nas barras, a figura 08, apresenta as forças
exercidas, sendo que com base nesta informação foi possível dimensionar a quantidade de fios
de espaguete que deve ser utilizado nestas barras. Desta maneira, para as barras que estão em
compressão, foi adotado 26 fios de espaguete para cada barra, tendo em vista que, para tomar
essa ação foi utilizado como base os cálculos realizados.
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Em seguida, com os cálculos prontos foi possível estimar qual o peso que a ponte terá
para suportar a carga de 200kg. A figura 10, apresenta um resumo da ponte e o peso atual da
mesma, onde pode ser analisado que ela está estimada em 739 g, tendo 30% (82,5 g)
reservado para as colas que serão utilizadas.
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Dessa forma, após finalizado o projeto da ponte de espaguete, cálculos revisados, inicia-
se o processo de montagem, em seguida a mesmo será submetida ao ensaio de destruição,
com o propósito de comparar os resultados obtidos nos cálculos (Ftool e cálculos manuais),
com os resultados obtidos na realidade.
5 Métodos de Construção
Com o projeto estrutural da ponte finalizado, foi definido um roteiro para a construção
da ponte, sendo ele:
6) Corte das barras nos tamanhos pré-determinados: com os tamanhos das barras já
definidos em projeto, foi realizado o corte e colagem das barras da ponte, onde para as barras
de compressão foi utilizado 26 fios e para as de tração 4 fios de espaguete.
7) Colagem das barras; nesta etapa foi realizado a colagem das barras, inicialmente foi
colocado cola epóxi nas barras e em seguida para garantir que estas ficassem coladas, foram
amarradas.
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8) Montagem do desenho em escala real: para facilitar a montagem das barras, foi
desenhado em autocad a ponte em escala real e impresso o desenho, desta maneira, foi
possível otimizar o processo de verificação das medidas.
10) Ajuste das barras necessárias: com o auxílio do desenho em escala real, foi
identificado que algumas barras deveriam ser ajustas antes de ser iniciado a colagem com
durepox.
11) Colagem das barras externas com durepox: para a colagem do arco externo da ponte,
foi necessário realizar alguns ajustes e em seguida feito a colagem com durepox.
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12) Pré-montagem da 1º face: nesta etapa, após as barras coladas com durapox, foram
colocadas em um desenho em tamanho real para avaliar as medidas da ponte na 1º face.
14) Montagem final da 1ª face: nesta etapa foi realizado a montagem final da 1ª face,
sendo realizado a pré-montagem dos contraventamentos e montagem do vergalhão, desta
forma, facilitando a montagem final, tendo os componentes pré-fixados.
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16) Pesagem da face 1: para avaliar o peso da ponte, antes da junção das faces foi pesado
a face 1, sendo que está possui o vergalhão e os contraventamentos, tendo um peso de 500 g.
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17) Montagem final da ponte: figura da montagem final: nesta etapa foi realizada a
montagem das faces.
18) Ajustes na ponte montada: após a montagem final da ponte, foi realizado alguns
ajustes para a retirado do excesso de massa durepox.
19) Ponte finalizada: após três dias de trabalho a ponte está finalizada e pesando 850 g.
20) Montagem da embalagem: devido a ponte ter um tamanho único, a embalagem para
transporte da mesma foi realizada a partir da utilização de caixas de papelão reciclado.
6 Considerações Finais
Durante o desenvolvimento da montagem do projeto, deparou-se com diversas
dificuldades, mas com o empenho e dedicação da equipe e planejamento das atividades, estas
foram superadas e o objetivo foi alcançado.
Para o início do projeto, foram estudadas duas geometrias e estabelecido a carga a ser
aplicada. Após a escolha da melhor geometria, passou-se ao planejamento das atividades,
sendo elas: a) materiais à serem adquiridos; b) determinação do local para a montagem; c)
data para realização da montagem; d) realizado a montagem conforme projeto. Desta forma,
com a aquisição de todos os materiais e instrumentos necessários, iniciou-se a montagem da
ponte.
Para a construção da ponte, foram necessários 3 dias, isso devido ao tempo de cura da
cola utilizada. A principal dificuldade enfrentada pela equipe durante a montagem foi a
formação dos nós. Salienta-se ainda que, o peso da ponte foi uma incógnita que permaneceu
durante todo o processo de montagem, pois não foi utilizado instrumento de pesagem durante
o processo, sendo apenas ao final das faces montadas que foi realizado a pesagem, em virtude
da balança anterior não estar funcionando corretamente.
estrutura física da ponte possa suportar, antes de seu colapso a carga estipula no projeto. Com
tudo, se isso ocorrer, os objetivos foram atingidos e de forma plena.
7 Referências
BENET, Elder. Mecânica, construção de pontes de macarrão. 2013. Disponível em:
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=17&cad=rja&uact
=8&ved=0CDAQFjAGOApqFQoTCJ-
V7cWQ7cgCFcKMkAodLn4Oxw&url=http%3A%2F%2Fwww.professores.uff.br%2Fsalete
%2Fmec%2FPontes.doc&usg=AFQjCNGknhn5cAYZAabX2tO5KgRzOn10bg&bvm=bv.106
379543,d.Y2I. Acesso em: 31 out de 2015.