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Exposições sobre temas literários

10.º ano

Redigir uma exposição sobre um tema literário

© AREAL EDITORES
Luís de Camões, Rimas
Exercício resolvido
Redação de uma exposição
Tendo em conta a sua experiência de leitura das Rimas, de Luís de Camões, apre-
sente as principais características da lírica camoniana, numa exposição de cento e
trinta a cento e setenta palavras, fundamentando as suas afirmações.

Como redigir uma exposição (130-170 palavras) sobre um tema literário?


• Leia a instrução.
• Sublinhe os verbos de instrução.
• Atente no número de palavras do texto a produzir.
• Elabore tópicos para cada uma das três partes em que deve estruturar o seu texto.
• Redija o seu texto.
• Reveja a estrutura do texto.
• Verifique a pontuação, o vocabulário, elimine repetições, diversifique conectores.

Análise da instrução e planificação


Tendo em conta a sua experiência de leitura das Rimas de Luís
de Camões, apresente as principais características da lírica camo- Análise da
niana, numa exposição de cento e trinta a cento e setenta palavras, instrução
fundamentando as suas afirmações.

Tópicos para a construção da resposta


• Luís de Camões escreveu poesia em moldes tradicionais e clássicos. Introdução
• Conciliação entre uma vertente tradicional e a inovação renascentista
de influência italiana.
Desenvolvimento
• Formalmente, escreveu redondilhas e sonetos, entre outras composi-
• explicação
ções poéticas.
• exemplificação
• Vários e diversificados temas: amor, saudade, relação do “eu” com a
natureza, sofrimento, revolta,…
• Afirmação do homem universal. Conclusão
Resposta
Luís de Camões, poeta do século XVI, escreveu poesias que reto-
mam a tradição, ao mesmo tempo que desenvolveu poemas de Introdução
influência renascentista.
Nas Rimas de Camões, coexistiram uma poesia com sabor trova-
doresco (lírica tradicional) e uma poesia (lírica renascentista) que Desenvolvimento
• explicação
revela, pelos modos formais e pela temática, a cultura humanística e
clássica do autor, que soube encontrar em Platão, Petrarca ou Dante
os seus mentores. Cantando o amor nas suas múltiplas formas, o
poeta soube definir a alma humana como poucos, oferecendo-nos a
sua experiência de vida ou o mundo no seu desconcerto. O mundo do • exemplificação
“eu” camoniano transmite-se excessivamente nos sonetos através do
seu saudosismo, da definição de estados amorosos, da comunicação
do “eu” com a natureza, das várias formas de evasão do sujeito des-
contente e, por vezes até, revoltado contra o seu destino.
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Luís de Camões, Rimas

Em suma, os temas da lírica camoniana são variados, percorrendo


a análise da vida interior, a caracterização da realidade ou a busca do Conclusão
dimensionamento do homem universal. (164 palavras)

Exercício 1 (nível 1: com tópicos)


Exposição sobre tema literário (130-170 palavras)

Numa exposição (130-170 palavras), explique a forma como o tema da mudança é


tratado na lírica camoniana, fazendo referência a textos exemplificativos.

Tópicos para a construção da resposta ao exercício 1


• Tema da mudança: vertente tradicional e vertente clássica
• A mudança atua sobre a Natureza e sobre a vida humana
• Mudança na Natureza
– cíclica
– regular
– previsível
– períodos de decadência dão lugar ao ressurgimento
• Mudança na vida humana
– desesperança
– angústia
– desencanto
• Mudança com conotação negativa para o sujeito

Exercício 2 (nível 2: sem tópicos)


Exposição sobre tema literário (130-170 palavras)

Numa exposição (130-170 palavras), apresente os diferentes papéis que a Natureza


pode assumir nas Rimas de Luís de Camões.
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Exercício 1 Em suma, a Natureza e as suas diferentes re-
Propostas de resolução
presentações assumem na lírica camoniana
O tema da mudança na lírica camoniana é re-
um papel de grande destaque.
corrente, tanto na vertente tradicional como
clássica, e surge frequentemente como um fa-

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tor de angústia para o sujeito.
Os efeitos da mudança são diversos. Assim, a
mudança atua sobre a Natureza e sobre o mundo
de forma cíclica, regular e previsível, oscilando
entre períodos de decadência e momentos de
ressurgimento. Deste modo, as estações do ano
sucedem-se e a Natureza passa de um período
de definhamento para outro de revitalização, em
ciclos perfeitamente previsíveis.
Opostamente, na vida humana em geral e na
do sujeito em particular tal não acontece, pois
a sua vida é marcada pelo implacável destino,
pela infelicidade e pela miséria, como demons-
tra o soneto “Oh! Como se me alonga, de ano
em ano”. Constata então o sujeito que, se no
passado houve momentos de esperança, a
mudança transformou-os em angústia e tris-
teza, não havendo forma de inverter a situação.
Em suma, na poesia camoniana, a mudança
apresenta uma conotação negativa e conduz o
sujeito ao desencanto e desespero.
Exercício 2
A Natureza é um tema recorrente na poesia
camoniana e está associada às temáticas do
amor e da mudança.
Assim, a Natureza assume diversos papéis
nos diferentes poemas. Nos poemas de con-
teúdo amoroso, verifica-se a preferência por
um cenário verdejante, primaveril e tranquilo,
que se identifica com a expressão latina: “locus
amoenus”. Os elementos naturais criam um ce-
nário favorável para o amor, realçam a beleza
da mulher amada ou desempenham a função
de confidentes (“Alegres campos, verdes arvo-
redos”). Por vezes, a exuberância e beleza da
Natureza surgem como contraponto ao estado
de espírito do “eu”, como acontece no soneto
“A fermosura desta fresca serra”.
Noutros poemas, a Natureza surge como ob-
jeto de contemplação que propicia a reflexão
sobre a existência humana (“Mudam-se os
tempos, mudam-se as vontades”). Surge então
um cenário natural em que as estações do ano
se sucedem de uma forma regular, contras-
tando com a mudança negativa constante na
vida do sujeito.

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