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Superior Tribunal de Justiça

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.192.059 - SP (2010/0077414-1)

RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


AGRAVANTE : MARIA CRISTINA BERNARDO DE LAET
ADVOGADO : MANOEL MARCELO CAMARGO DE LAET E OUTRO(S) -
SP099798
AGRAVADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE
ADVOGADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE (EM CAUSA PRÓPRIA) E
OUTROS - SP193765
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
INTEMPESTIVIDADE. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO PREVISTO NO
ART. 1.003 DO CPC/2015. APLICAÇÃO DE MULTA. 1.021, § 4º, DO
CPC/2015 . AGRAVO NÃO CONHECIDO.
1. O prazo legal para interposição do agravo interno é de quinze dias,
contado da intimação da decisão, nos termos do art. 1.003 do
CPC/2015. Interposto fora desse prazo, o recurso não merece ser
conhecido.
2. O presente agravo mostra-se manifestamente inadmissível a ensejar
a aplicação da multa prevista no artigo 1.021, § 4º, do CPC/2015.
3. Agravo interno não conhecido, com aplicação de multa.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do


Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas, por unanimidade, não conhecer do agravo interno, com aplicação de multa,
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel
Gallotti (Presidente), Antonio Carlos Ferreira e Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro
Relator.

Brasília (DF), 14 de fevereiro de 2017(Data do Julgamento)

MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


Relator

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AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.192.059 - SP (2010/0077414-1)

AGRAVANTE : MARIA CRISTINA BERNARDO DE LAET


ADVOGADO : MANOEL MARCELO CAMARGO DE LAET E OUTRO(S) -
SP099798
AGRAVADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE
ADVOGADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE (EM CAUSA PRÓPRIA) E
OUTROS - SP193765

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO (Relator):


1. Cuida-se de agravo interno interposto por Maria Cristina Bernardo de Laet
em face da decisão de fls. 914-920, assim ementada:
FALÊNCIA. EMBARGOS DE TERCEIRO. ARRECADAÇÃO. IMÓVEIS.
HIPOTECA DE BENS DE PROPRIEDADE DOS SÓCIOS. INEXISTÊNCIA
DE REGISTRO. FRAUDE. INOCORRÊNCIA. SÚM 7/STJ.
1. A subsistência de fundamento inatacado apto a manter a conclusão do
aresto impugnado impõe o não conhecimento da pretensão recursal, a teor
do entendimento disposto na Súmula nº 283/STF.
2. Ademais, na hipótese, chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido no
tocante a inexistência da fraude efetuada pelo comprador, de que a caução
dos imóveis não fora registrada, de que os imóveis estavam em nome dos
sócios da falida e de que a desconsideração da personalidade jurídica só veio
a ocorrer anos mais tarde, demandaria o revolvimento do contexto
fático-probatório dos autos e termos contratuais, o que encontra óbice na
Súmula 7 do STJ.
3. Recurso especial não provido.

Aduz, em expediente avulso, que não há falar em incidência da Súm


283/STJ, uma vez que teria impugnado todos os fundamentos, além de que não haveria
o óbice da súm 7, por se tratar de simples subsunção do direito ao caso concreto. No
mais, repisa os fundamentos do recurso especial.
É o relatório.

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RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


AGRAVANTE : MARIA CRISTINA BERNARDO DE LAET
ADVOGADO : MANOEL MARCELO CAMARGO DE LAET E OUTRO(S) -
SP099798
AGRAVADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE
ADVOGADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE (EM CAUSA PRÓPRIA) E
OUTROS - SP193765
EMENTA
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
INTEMPESTIVIDADE. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO PREVISTO NO
ART. 1.003 DO CPC/2015. APLICAÇÃO DE MULTA. 1.021, § 4º, DO
CPC/2015 . AGRAVO NÃO CONHECIDO.
1. O prazo legal para interposição do agravo interno é de quinze dias,
contado da intimação da decisão, nos termos do art. 1.003 do
CPC/2015. Interposto fora desse prazo, o recurso não merece ser
conhecido.
2. O presente agravo mostra-se manifestamente inadmissível a ensejar
a aplicação da multa prevista no artigo 1.021, § 4º, do CPC/2015.
3. Agravo interno não conhecido, com aplicação de multa.

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO (Relator):


2. O agravo interno não merece conhecimento.

O prazo legal para interposição do agravo interno é de quinze dias, contado


da intimação da decisão, nos termos do art. 1.003 do CPC/2015.
A publicação da decisão agravada, disponibilizada no DJE em 20.9.2016, foi
considerada publicada em 21.09.2016 (quarta-feira), tendo o prazo recursal expirado em
13.10.2016 (quinta-feira).
Ocorre que a petição do agravo interno foi protocolizada apenas no dia
14.10.2016 (sexta-feira), exatamente a data que os autos foram baixados ao Tribunal de
origem em razão do trânsito em julgado (certidão de trânsito - fl. 925).
Portanto, o presente recurso de agravo é intempestivo.
Nesse sentido:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.
INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO.
- É intempestivo o recurso interposto após o prazo de 5 (cinco) dias previsto
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nos artigos 545 do Código de Processo Civil e 258 do Regimento
Interno deste STJ.
Agravo regimental não conhecido.
(AgRg no REsp 1230953/PR, Relator Ministro CESAR ASFOR ROCHA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2011, DJe 07/06/2011).
_____________________
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
INTEMPESTIVO. NÃO-CONHECIMENTO.
1. A orientação desta Corte é no sentido de ser incabível o agravo regimental
interposto após o encerramento do prazo estabelecido pelo artigo 545 do
Código de Processo Civil e 258 do Regimento Interno deste Tribunal.
2. Na espécie em análise, a decisão agravada foi considerada publicada em
04 de fevereiro de 2011, consoante certidão (e-STJ fl. 410). O prazo para a
interposição do agravo regimental, então, iniciou-se em 07 de fevereiro de
2011 e, a teor do art. 557, § 1º, do CPC e do art. 258 do RISTJ, findou-se
cinco dias após. Ainda que se considere o prazo em dobro para a agravante
recorrer, o agravo regimental é intempestivo, pois foi protocolizado na
Secretaria do Superior Tribunal de Justiça somente em 16 de março de 2011
(e-STJ fl. 414).
3. A tempestividade de recursos interpostos para impugnar decisão proferida
pelo STJ é aferida pelo protocolo da secretaria desta Corte (Súmula n.
216/STJ), não se admitindo o protocolo integrado.
4. Agravo regimental não conhecido.
(AgRg no Ag 1365735/PR, Relator Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA
TURMA, julgado em 12/04/2011, DJe 27/04/2011).

3. Portanto, o recurso mostra-se manifestamente inadmissível a ensejar a


aplicação da multa prevista no artigo 1.021, § 4º, do CPC/2015.
4. Ante o exposto, não conheço ao agravo interno e aplico multa de 1%
sobre o valor atualizado da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso
condicionada ao depósito da respectiva quantia.
É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2010/0077414-1 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.192.059 / SP

Números Origem: 4384004 43840041 5830020010683705 994020111727


PAUTA: 14/02/2017 JULGADO: 14/02/2017

Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. HUMBERTO JACQUES DE MEDEIROS
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : MARIA CRISTINA BERNARDO DE LAET
ADVOGADO : MANOEL MARCELO CAMARGO DE LAET E OUTRO(S) - SP099798
RECORRIDO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE
ADVOGADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE (EM CAUSA PRÓPRIA) E OUTROS -
SP193765
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : MARIA CRISTINA BERNARDO DE LAET
ADVOGADO : MANOEL MARCELO CAMARGO DE LAET E OUTRO(S) - SP099798
AGRAVADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE
ADVOGADO : ALEXANDRE TURRI ZEITUNE (EM CAUSA PRÓPRIA) E OUTROS -
SP193765

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo interno, com aplicação de
multa, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti (Presidente), Antonio Carlos Ferreira
e Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.

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