You are on page 1of 8

v.5, n.

1, 2012
ARTIGO

DESENHOS ORIGINAIS DE ARQUITETURA E O SEU VALOR HISTÓRICO:


ACESSIBILIDADE POR MEIO DA DIGITALIZAÇÃO

1
HABE, Neusa K.
2
ULIANA, Dina E.

RESUMO
Relata a importância da conservação dos desenhos originais, a experiência da biblioteca na
realização da digitalização e a contribuição para diminuir os problemas de conservação e
restauração, facilitando o acesso aos materiais fornecendo aos pesquisadores arquivos digitais.
PALAVRAS-CHAVE: Desenhos originais de arquitetura. Conservação. Digitalização.

1 INTRODUÇÃO

Fundada em 1948 a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU –


USP, teve sua origem no antigo curso de engenheiro-arquiteto da Escola Politécnica da USP.

A Faculdade funcionou no início na Rua Maranhão, 88, no bairro de Higienópolis na cidade de São
Paulo, em um edifício estilo art nouveau de autoria do arquiteto Carlos Ekman (1866-1940). Esse
edifício era conhecido como “Vila Penteado”, pois foi um imóvel doado à Universidade de São Paulo
pela família Álvares Penteado no final da década de 30, com o fim específico de abrigar uma
Faculdade de Arquitetura. Em 1969 o curso de graduação foi transferido para a Cidade Universitária
para um edifício projetado pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas. Hoje a FAU abriga o curso de
pós-graduação na Vila Penteado e o curso de graduação no edifício Vilanova Artigas.

Criado em 1948, simultaneamente com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, o Serviço


de Biblioteca e Informação (SBI) se destaca como a principal biblioteca universitária brasileira
especializada em Arquitetura e Urbanismo.

O SBI da FAUUSP abriga ao lado de seu acervo de livros, teses, periódicos e materiais audio-visuais,
o Arquivo de Projetos Originais com mais de 7.000 projetos - 405 mil folhas. A doação, que deu
origem ao Arquivo na década de 70, foi a coleção do arquiteto Carlos Barjas Millan (1927-1964). Hoje
contamos com preciosas coleções de renomados arquitetos tais como: Ramos de Azevedo, Severo &
Villares, João Batista Vilanova Artigas, Rino Levi, Jacques Pilon, Oscar Niemeyer entre outros.

Os desenhos originais compõem-se em sua maioria por projetos do início do século 20, em papel
vegetal, papel manteiga, linho, e executados em diferentes técnicas como nanquim, aquarela, grafite,
carvão, guache, pastel, etc. Todo o acervo foi doado por escritórios de arquitetura, pelos próprios
arquitetos ou seus familiares que reconhecem a importância de deixar sua produção intelectual como
legado para o ensino e a pesquisa da arquitetura brasileira.

1
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Biblioteca
E-mail: nkhabe@usp.br
2
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Biblioteca
E-mail: uliana@usp.br
Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012
Neusa K. Habe; Dina E. Uliana

Esse acervo é aberto à consulta de pesquisadores e estudantes e por isso temos que encontrar
formas de preservar a coleção sem entretanto impedir o acesso à informação contida nos
documentos originais. No início optou-se por fazer uma cópia do desenho original, porém esta
solução com o passar do tempo mostrou-se inadequada pois gerou uma demanda muito grande de
espaço para armazenamento. Com o desenvolvimento dos recursos tecnológicos e o surgimento de
outras formas de duplicação, como os arquivos digitais, o SBI decidiu implementar um projeto de
conservação e digitalização de originais de arquitetura.

2 METODOLOGIA

O projeto de organizar uma coleção de desenhos originais de arquitetura e posteriormente digitalizá-


la exige uma série de procedimentos, a saber:

1º. O material deve ser higienizado para garantir a melhor conservação da documentação. Essa
etapa é desenvolvida pelo Setor de Conservação, que ao fazer a higienização mecânica de cada
desenho identifica quais pranchas necessitam de um trabalho de restauração. Após a higienização os
desenhos são acondicionados em tubos ou mapotecas;

2º. O setor de projetos de Arquitetura efetua o tombamento, a catalogação e a indexação. Nessa


etapa são coletados os dados de identificação do projeto como: nome do arquiteto, titulo, número de
pranchas etc e o projeto é classificado que identifica o tipo de construção: casa, hospital, escola, etc
e também determina um código para o nome do arquiteto;

3º. As informações são cadastradas na base de dados Catálogo de Projetos de Arquitetura e ficam
disponíveis para consulta no site da Faculdade;

4º. A partir da coleção catalogada são desenvolvidos os projetos para a digitalização. Podemos
afirmar que a digitalização dos projetos originais torna-se uma complementação da política de
conservação, facilita a consulta , evitando a degradação causada pela manipulação dos desenhos
originais, sem impedir o acesso à informação.

Consulta aos originais são autorizadas quando necessário. Para isso é preciso que seja enviada uma
solicitação ao Conselho Coordenador da Biblioteca, que avalia o pedido e indica os critérios que
deverão ser adotados para o atendimento.

Os recursos de financiamento obtidos junto aos órgãos de fomento para equipar o setor de
Conservação da Biblioteca, que executou o trabalho de conservação preventiva (1) e a digitalização
dos desenhos originais foram captados conforme a tabela abaixo:

NOTA

1- A conservação preventiva adotada é baseada nos princípios básicos internacionais de padrão de


conduta, i.é. rspeitando a integridade física, estética e histórica do documento.

Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012


Desenhos originais de arquitetura e o seu valor histórico: acessibilidade por meio da digitalização

QUADRO 1
Captação de recursos
Duplicação de projetos arquitetônicos da
1989 VITAE
FAUUSP
Diagnóstico geral dos acervos de obras
1995 FAPESP I
raras e projetos
FAPESP II e Diagnóstico do acervo da coleção Ramos
1996 e 1997
FAPESP III de Azevedo
Conservação preventiva e digitalização
1999 VITAE dos desenhos originais do arquiteto João
Batista Vilanova Artigas
FAPESPE IV e Higienização e acondicionamento da
2000 e 2001
FAPESP V coleção Ramos de Azevedo
Conservação da coleção Samuel e
2004 VITAE
Christiano das Neves
Reforma para armazenamento das
2005 CNPq coleções originais dos arquitetos Flávio
Império e Abrahão Sanovicz

2.1 O processo de digitalização

A digitalização só pode ser realizada respeitando a integridade física do material: o documento


precisa estar limpo, sem sujeiras e poeira para não danificar o vidro do escaner, por isso é tão
importante a execução prévia do trabalho de conservação quando se pretende executar um projeto
desse tipo.

Tanto a conservação como a digitalização devem ser executadas por pessoas especializadas. A
empresa/funcionário responsável pela digitalização deve ter experiência comprovada em digitalizar
desenhos de arquitetura e ser especializado no processo de escaneamento e limpeza de imagens. A
supervisão do trabalho deverá ser feita pelo gerente do projeto ou pelo bibliotecário da unidade.
Recomendamos que a supervisão na área de conservação seja feita por um especialista em
conservação e restauro e que outro especialista em digitalização e indexação de imagem se
responsabilize pela parte digital.

O critério de seleção da coleção a ser digitalizada é baseado no valor histórico do documento. A


seleção também diz respeito à largura do papel, que não deve exceder a largura do escaner; a
qualidade do risco do desenho também interfere na qualidade da imagem obtida pela digitalização.

O desenho digitalizado permite que a reprodução seja feita inúmeras vezes sem a perda de qualidade
da imagem.

3 HISTÓRICO DE ALGUMAS COLEÇÕES

Coleção do Arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915 – 1985) – professor e autor do projeto para
o prédio da FAU na Cidade Universitária, inaugurado e premiado pela Bienal de Arquitetura em 1969.

O acervo Vilanova Artigas, foi transferido à FAU pela Fundação Vilanova Artigas em 1999, é
constituído por 398 projetos de arquitetura com 11.400 desenhos do período de 1937 a 1984. Os
desenhos estão em papel vegetal, papel manteiga, cópia heliográfica, papel cartão, cópia ozalid. São
projetos de edifícios residenciais, administrativos, comerciais, públicos, para educação, religioso,
pesquisa, lazer, transporte, saúde, militares, projeto de urbanismo e mobiliário. A digitalização dos
desenhos está inserida dentro de um projeto mais amplo, denominado “Acervo Vilanova Artigas:
higienização e acondicionamento de fotografias; conservação e digitalização dos projetos originais”
além da digitalização de 4.000 desenhos foram feitas a conservação e acondicionamento de 3432
fotografias.
Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012
Neusa K. Habe; Dina E. Uliana

Figura 1

Coleção do Arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-1928) - formou-se engenheiro-


arquiteto em 1878, iniciou a sua vida profissional em Campinas. São Paulo deve ao arquiteto grande
parte de sua renovação arquitetônica no período do ecletismo, impulsionado pela produção cafeeira e
pela indústria nascente. O acervo Escritório Técnico “Ramos de Azevedo”, Severo & Villares Ltda. foi
doado à biblioteca da FAU pelo Prof. Dr. Carlos Lemos em 1983. São 119 projetos com 3.500
desenhos do período de 1927 a 1946. Estão em papel vegetal, papel manteiga e papel cartão. São
projetos de edifícios residenciais, comerciais, públicos, industriais, educação, religioso, lazer, saúde,
administrativos e túmulos. Foram digitalizados 3.500 desenhos e acondicionadas 1.022 fotografias.

Figura 2

Coleção do Arquiteto Elisiário Antonio da Cunha Bahiana (1891 – 1980) – graduou-se engenheiro-
arquiteto em 1920 executou projetos no Rio de Janeiro, mudou-se para São Paulo em 1930. É de sua
autoria o Edifício Saldanha Marinho, o Viaduto do Chá, o traçado do Parque do Anhangabaú.
Considerado por Lúcio Costa, como um arquiteto “pseudomoderno” devido ao seu estilo art déco. Os
desenhos são do período de 1936 a 1970, em papel vegetal, manteiga e cópia heliográfica. São
projetos de arquitetura para edifícios residenciais, comerciais, para educação e lazer. Totalizam 69
projetos, doados pelo Prof. Hugo Segawa no período de 1975/1985.

Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012


Desenhos originais de arquitetura e o seu valor histórico: acessibilidade por meio da digitalização

Figura 3

Coleção do Arquiteto Carlos Millan (1927 – 1964) – Formou-se pela Faculdade de Arquitetura da
Universidade Mackenzie em 1951. Utilizou as técnicas construtivas em pedra e madeira e a técnica
artesal. O projeto para a residência Fujiwara em 1954 é a sua obra marcante. Os desenhos de
arquitetura são do período de 1951 a 1963, em papel vegetal, manteiga e cópia heliográfica. São
projetos de arquitetura para edifícios residenciais, comerciais, industriais, militares, para saúde,
religiosos, para educação e lazer. Mobiliário. Totalizam 74 projetos, foram doados pelo Escritório
Carlos Millan em 1965.

Figura 4

Coleção do Arquiteto Victor Dubugras (1868-1933) – Cursou arquitetura em Buenos Aires e trabalhou
com um dos mais influentes arquitetos como Francisco Tamburini. Veio a São Paulo em 1891. Foi
professor na Escola Politécnica (1894). Projetou edifícios públicos (cadeias e escolas) dentro de uma
linguagem neo-românica e neogótica. Já os projetos da Vila Horácio Sabino e da Vila Uchoa são
obras estilo art nouveau. O projeto da Estação Mayrink (1907) foi um verdadeiro marco da arquitetura
moderna no Brasil. Seus desenhos são do período de 1896 a 1933, em papel vegetal, manteiga,
cartão, canson e cópia blue print. São projetos de arquitetura para edifícios residenciais, comerciais,
públicos, industriais, para transportes, lazer, saúde e educaçãoe túmulos. Totalizam 121 projetos,
doados pela família em 1986.

Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012


Neusa K. Habe; Dina E. Uliana

Figura 5

QUADRO 2
Relação das coleções existentes na biblioteca do SBI/FAUUSP
Abreu, João Clodomiro Kury, Eduardo
Antônio Menéres Planej. e Arquitetura Lefèvre, Rodrigo Brotero
Artigas, João Batista Vilanova Levi, Rino
Azevedo, Francisco de Paula Ramos de Lohbauer, Philipp
Bahiana, Elisiário Antonio da Cunha Longo, Eduardo
Bardi, Lina Bo Marx, Roberto Burle
Bellucci, José Augusto e José Carlos Millan, Carlos Barjas
Bratke, Oswaldo Arthur Monteiro Filho, Antônio Jorge
Caiuby, Olavo Franco Melo, Eduardo Knesse de
Campbell e Feltrini Arquitetos Ltda Neves, Christiano das
Casa de Projetos Arquitetos Associados Neves, José Maria da Silva
Cardozo, Roberto Coelho Neves, Samuel das
Celligoi, Jorge Niemeyer, Oscar
Chagas, Plínio José Ohtake, Ruy
Cia. Metropolitana de Habitação Ltda. Ottoni, David Araújo Benedito
Cia. Metropolitana de São Paulo Pallamin, Vera Maria
Construtora Warchavchick-Newmann
Palanti, Giancarlo
Ltda.
Cordeiro, Waldemar Penteado, Hernani do Val
Corona, Eduardo Piccolo, Jacques Émile Paul
Polizotto S.A. Serralheria Artística
Cristofani, Telesforo Giorgio
e Ind. Ltda.
Dubugras, Victor Projecon Soc. Civil Ltda.
Ekman, Carlos Reinach, Henrique
Rino Levi Arquitetos Associados
Empresa Municipal de Urbanização
Ltda.
Escritório de Archit. e Constr. Olavo
Rocha, Paulo A. Mendes da
Franco Caiuby
Escritório Téc. Ramos de Azevedo,
Rodrigues, Jayme C. Fonseca
Severo & Villares
Escritório Téc. Samuel e Christiano das Rosa Grena Kliass Paisag., Planej.
Neves e Projetos Ltda.
Escritório Téc. Siciliano e Silva Sanovicz, Abrahão
Forte & Ciampaglia Saraiva, Pedro Paulo de Melo
Fragelli, Marcelo Accioly Souza, Abelardo R. de
Gasperini, Gian Carlo Tibau, Roberto J. Goulart
Guedes Sobrinho, Joaquim Manoel Toscano, João Walter
Waldemar Cordeiro Paisag.,
Hospitais – Coleção
Planej. e Projetos Ltda.
Jorge, Wilson Edson Warchavchik, Gregori
Juliano, Miguel Wilheim, Jorge
Kliass, Rosa Grena Zmekhol, Roger

Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012


Desenhos originais de arquitetura e o seu valor histórico: acessibilidade por meio da digitalização

4 PÚBLICO ALVO

Essa coleção de desenhos originais é utilizada pelo nosso público interno formado por professores,
pesquisadores e alunos, tanto da graduação como da pós-graduação, e também pelo público externo:
arquitetos e escritórios de arquitetura; pesquisadores e estudantes de outras instituições do país e do
exterior; Órgãos governamentais, Condephaat, editores nacionais e estrangeiros, engenheiros,
expositores de obras históricas e museológicas e mídias em geral.

Os arquivos digitais são disponibilizados por email, CD-ROM e demais mídias.

5 LIMITAÇÕES E RESTRIÇÕES

Organizar todo material preservando o documento original e disponibilizar o acesso aos usuários tem
sido a maior dificuldade devido a falta de recursos humanos e espaço físico.

A digitalização dos desenhos originais de arquitetura tem as suas limitações e restrições e esbarram
em alguns itens como:

- a não aprovação do orçamento na sua totalidade: a qualidade do trabalho depende da aprovação da


equipe de conservação e da digitalização;

- largura do papel superior à largura do escaner;

- risco do desenho muito fraco;

- fragilidade do papel;

- imagem digitalizada não estar com100% de perfeição, devido a marcas de dobra e enrugamento do
papel.

6 CONCLUSÃO

Desde 2002 até julho de 2008 o SBI da FAUUSP forneceu 5.506 desenhos originais digitalizados em
sua maior parte o atendimento foi a alunos de graduação.

Vale à pena destacar também que, devido ao aumento considerável da coleção, tornou-se necessário
a criação de um Laboratório de Conservação de Projetos em Papel Vegetal com o objetivo de dar
continuidade à política de conservação da coleção que há muitos anos o SBI desenvolve. A criação
do Laboratório contou com o apoio diretor da Faculdade, Prof. Dr. Sylvio de Barros Sawaya, que
destinou uma área cedida pela USP para a instalação do equipamento e mobiliário necessário para
os trabalhos de higienização de projetos de arquitetura. A inauguração do Laboratório está prevista
para o 1º semestre de 2009.

O Serviço de Biblioteca e Informação da FAU/USP procura conservar a história da trajetória da


arquitetura brasileira por meio de projetos de conservação, permitindo que os pesquisadores,
estudantes e o público em geral tenham acesso a estes desenhos sem danificar o desenho original, e
o caminho encontrado foi a digitalização . Permitir que sejam estudados as obras de arquitetura
desde a criação e finalização é a função da biblioteca como apoio ao ensino e pesquisa.

REFERÊNCIA

ARTIGAS, João Batista Vilanova. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. (Projeto de


arquitetura, 1967. FIG.1)
Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012
Neusa K. Habe; Dina E. Uliana

AZEVEDO, Francisco de Paula Ramos de. Residência com armazém para o Sr. Luiz Anhaia Mello.
(Projeto de arquitetura, 1896. FIG. 2)

BAHIANA, Elisiário Antonio da Cunha. Edifício Saldanha Marinho. (Projeto de arquitetura, 1929. FIG.
3).

CATÁLOGO de desenhos de arquitetura da Biblioteca da FAUUSP. São Paulo: FAUUSP/VITAE,


1988.

DUBUGRAS, Victor. Vila para o Dr. Alberto Penteado. (Projeto de arquitetura, 1911. FIG. 5).

MILLAN, Carlos Barjas. Residência para o Sr. Fujiwara. (Projeto de arquitetura, 1954. FIG. 4).

Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 90-97, 2012

You might also like