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LEI COMPLEMENTAR Nº 29, de 18 de dezembro de


2006

Institui o Plano Diretor de


Desenvolvimento
Integrado do Município de
Sinop, Estado de Mato Grosso e dá
outras providências.

NILSON LEITÃO, PREFEITO DE SINOP, ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas


atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele
sanciona a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I
DA CONCEITUAÇÃO, DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS DO PLANO
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MUNÍCIPIO DE SINOP

Capítulo I
DA CONCEITUAÇÃO

Art. 1ºFica instituído, em atendimento às disposições do Artigo 182 da Constituição


Federal e às diretrizes e instrumentos instituídos pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho
de 2001 - Estatuto da Cidade - e ainda, de acordo com o Artigo 33, inciso VI da Lei
Orgânica Municipal de Sinop, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

Art. 2º O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município Sinop é o principal


instrumento básico, global e estratégico da política de desenvolvimento urbano e ambiental,
sob o aspecto físico, social, econômico e administrativo, objetivando o desenvolvimento
sustentável do Município, para propiciar melhores condições para o desenvolvimento
integrado e harmônico e o bem-estar social da comunidade de Sinop, sendo aplicável a
todo o território municipal e referência obrigatória para os agentes públicos e privados que
atuam no Município.

§ 1º O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual deverão


incorporar as diretrizes e as prioridades contidas neste Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado do Município Sinop, instrumento básico do processo de planejamento municipal.

§ 2º Sem prejuízo à autonomia municipal, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do


Município de Sinop deverá ser compatível com os seguintes instrumentos:

I - planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento


econômico e social;

II - planejamento macrorregional do Município de Sinop.

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§ 3º Além do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Sinop, o


processo de planejamento municipal compreende, nos termos do Artigo 4º da Lei Federal
nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, os seguintes itens:

I - disciplina do parcelamento e do uso e ocupação do solo;

II - zoneamento ambiental;

III - plano plurianual;

IV - diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

V - gestão orçamentária participativa;

VI - planos, programas e projetos setoriais;

VII - planos de projetos regionais e planos de bairros;

VIII - programas de desenvolvimento econômico e social.

Art. 3ºO Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado Município de Sinop abrange a


totalidade do território do Município, estabelecendo diretrizes para:

I - a política de desenvolvimento urbano do município;

II - a função social da propriedade urbana;

III - o desenvolvimento urbano e ambiental;

IV - o ordenamento territorial do município;

V - os instrumentos da política urbana;

VI - a gestão da política urbana.

Capítulo II
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS DO PLANO DIRETOR

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Sinop rege-se pelos


Art. 4º
seguintes princípios:

I - justiça social e redução das desigualdades sociais e regionais;

II - inclusão social, compreendida pela oportunidade como garantia de acesso a bens,


serviços e políticas sociais, trabalho e renda a todos os munícipes;

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III - direito à cidade para todos, compreendendo o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao
trabalho e ao lazer;

IV - respeito às funções sociais da cidade e à função social da propriedade;

V - transferência para a coletividade de parte da valorização imobiliária inerente à


urbanização;

VI - direito universal à moradia digna;

VII - universalização da mobilidade e acessibilidade;

VIII - prioridade ao transporte coletivo público na mobilidade urbana;

IX - preservação e recuperação do ambiente natural;

X - fortalecimento do setor público, recuperação e valorização das funções de


planejamento, articulação e controle;

XI - descentralização da administração pública;

XII - participação da população nos processos de decisão, planejamento e gestão;

XIII - democratização da participação técnica da população nos projetos a serem


desenvolvidos.

Art. 5º São objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados:

I - consolidar a cidade de Sinop como centro e pólo regional e sede de atividades


produtivas e geradoras de emprego e renda;

II - elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere à saúde, à


educação, à cultura, às condições habitacionais, à infra-estrutura e aos serviços públicos,
de forma a promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades que atingem diferentes
camadas da população e regiões da cidade;

III - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a


eqüidade social no Município;

IV - elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação dos recursos naturais
e da proteção do patrimônio histórico, arquitetônico, artístico, cultural, urbanístico,
arqueológico e paisagístico;

V - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços de

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infra-estrutura urbana;

VI - aumentar a eficiência econômica de forma a ampliar os benefícios sociais e reduzir os


custos operacionais para os setores público e privado, inclusive por meio do
aperfeiçoamento administrativo do setor público;

VII - promover e tornar mais eficiente, em termos sociais, ambientais, urbanísticos e


econômicos, os investimentos dos setores público e privado;

VIII - racionalizar o uso da infra-estrutura instalada, em particular a do sistema viário e de


transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade;

IX - democratizar o acesso a terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às


faixas de baixa renda;

X - prevenir distorções e abusos no desfrute econômico da propriedade urbana e coibir o


uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o cumprimento da
função social da propriedade;

XI - aumentar a eficácia da ação governamental, promovendo a integração e a cooperação


com os governos federal, estadual e com os municípios da região, no processo de
planejamento e gestão das questões de interesse comum;

XII - permitir a participação da iniciativa privada em ações relativas ao processo de


urbanização, mediante o uso de instrumentos urbanísticos diversificados, quando for de
interesse público e compatível com a observação das funções sociais da cidade;

XIII - implantar regulação urbanística baseada no interesse público.

TÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA DO MUNICÍPIO DE SINOP

Capítulo I
DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES

Art. 6º É objetivo da Política Urbana ordenar o pleno desenvolvimento e distribuição das


funções sociais do Município e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e
diversificado de seu território, de forma a assegurar o bem- estar e a melhoria da qualidade
de vida de seus habitantes mediante:

I - a recuperação para a coletividade dos investimentos feitos pelo poder público municipal
na realização de infra-estrutura pública que proporcione a valorização de imóveis urbanos;

II - a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por população de baixa


renda;

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III - a redução dos deslocamentos entre a habitação e o trabalho;

IV - a melhoria no abastecimento, na saúde, na educação e no lazer;

V - a incorporação da iniciativa privada no financiamento dos custos de urbanização e da


ampliação e transformação dos espaços públicos do Município, quando for de interesse
público e subordinado às funções sociais do Município;

VI - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente e da paisagem urbana;

VII - a promoção de estratégias de financiamento que possibilitem o cumprimento dos


planos, programas e projetos em condições de máxima eficiência;

VIII - a promoção social, econômica e cultural da cidade pela diversificação, atratividade e


competitividade das atividades;

IX - a integração e complementaridade das ações públicas e privadas, locais e regionais


através de programas e projetos de atuação;

X - o fortalecimento do setor público, a recuperação e valorização das funções de


planejamento, articulação e controle;

XI - a articulação das estratégias de desenvolvimento do Município de Sinop no contexto


regional;

XII - a regulação pública sobre o solo urbano mediante a utilização de instrumentos para
redistribuição da renda urbana e da terra e controle sobre o uso e ocupação do espaço do
Município;

XIII - a integração horizontal entre os órgãos e conselhos municipais, promovendo a


atuação coordenada no desenvolvimento e aplicação das estratégias e metas de planos,
programas e projetos;

XIV - o privilégio dos gastos públicos nas áreas que melhor proporcionem a melhoria da
qualidade de vida a todos os cidadãos.

Art. 7º A Política Urbana obedecerá às seguintes diretrizes:

I - a consolidação do Município de Sinop como centro regional integrado de


desenvolvimento sustentável nos setores industrial, educacional e de serviços e como pólo
competitivo de inovação tecnológica, sede de atividades produtivas e geradoras de
emprego e renda;

II - a implementação do direito à moradia, saneamento ambiental, infra-estrutura urbana,


transporte e serviços públicos, trabalho e lazer;

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III - a utilização racional dos recursos naturais de modo a garantir uma cidade sustentável,
social, econômica e ambiental, para as presentes e futuras gerações;

IV - a gestão democrática por meio da participação da população e de associações


representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano,
principalmente aqueles que trazem mais riscos ao ambiente natural ou construído;

V - a cooperação entre os governos municipal, estadual e federal, iniciativa privada e os


demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse
social;

VI - o planejamento do desenvolvimento do Município, da distribuição espacial da


população e das atividades econômicas do Município de modo a evitar e corrigir as
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

VII - a oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transportes e serviços públicos


adequados aos interesses e necessidades da população;

VIII - o ordenamento e o controle do uso do solo, de forma a combater e evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;


b) proximidade ou conflitos entre usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à
infra-estrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos
geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulta na sua subutilização ou não-
utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos entre usos e a função das vias que
lhes dão acesso;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a excessiva ou inadequada impermeabilização do solo;

IX - a integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista


o desenvolvimento socioeconômico do Município de Sinop e do território sob sua área de
influência;

X - a adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana


compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do
Município;

XI - a adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos


gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes

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segmentos sociais;

XII - a proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do


patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico, arqueológico e urbanístico;

XIII - a regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa


renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação
do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais;

XIV - a revisão e simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e


das normas edilícias, com vistas a adequar distorções entre leis e a realidade urbana,
assim como facilitar sua compreensão pela população;

XV - o retorno para a coletividade da valorização de imóveis decorrente de legislação de


uso e ocupação do solo.

Capítulo II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA

Art. 8º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado do Município de Sinop, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades
econômicas e sociais, respeitadas as diretrizes previstas nesta Lei e no Artigo 2º do
Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e os seguintes
requisitos:

I - o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça


social, o acesso universal aos direitos sociais e ao desenvolvimento econômico;

II - a compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura, equipamentos e serviços


públicos disponíveis;

III - a compatibilidade do uso da propriedade com a da preservação da qualidade do


ambiente urbano e natural;

IV - a compatibilidade do uso da propriedade com a segurança, bem-estar e a saúde de


seus usuários e vizinhos;

V - a distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em


relação à infra-estrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar
ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos.

Parágrafo único. São funções sociais do Município de Sinop:

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I - proporcionar condições gerais para melhor habitar e desempenhar atividades


econômicas, sociais e o pleno exercício da cidadania;

II - garantir qualidade ambiental e paisagística;

III - facilitar o deslocamento e acessibilidade com segurança e conforto para todos,


priorizando o transporte público coletivo;

IV - criar pontos de atratividade, com a implantação de equipamentos de turismo, eventos e


negócios;

V - promover infra-estrutura básica do saneamento ambiental.

TÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL

Capítulo I
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 9ºA Política Municipal de Desenvolvimento Econômico, entendida em sua ampla


vinculação com a de desenvolvimento social, tem o compromisso com a contínua melhoria
da qualidade de vida da população, com o bem- estar da sociedade e deverá ser
promovido a partir da dinamização e diversificação das atividades econômicas que
integram o sistema produtivo no Município com base nos princípios da inclusão social, da
sustentabilidade ambiental e do desenvolvimento local.

Art. 10 São objetivos gerais para o desenvolvimento econômico de Sinop:

I - promover a dinamização, o fortalecimento e a diversificação da economia local,


favorecendo a oferta de emprego e a geração de renda para a população de Sinop,
atendendo exigências de proteção ambiental;

II - potencializar os benefícios das atividades agrícola, comercial, industrial, agroindustrial e


do turismo, harmonizando as interferências e minimizando os impactos negativos no meio
ambiente rural e urbano;

III - identificar e desenvolver outras vocações econômicas no Município e fomentar


investimentos autônomos;

IV - consolidar a posição do Município como Centro de Referência em Negócios;

V - aperfeiçoar continuamente o modelo adotado a partir da perspectiva sistêmica,


considerando os desafios do crescimento econômico, a eqüidade social e o respeito ao
meio ambiente;

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VI - apoiar e incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das iniciativas individuais e


coletivas com a finalidade de desenvolver e consolidar a economia solidária.

Art. 11 Os programas, projetos e ações na área de desenvolvimento econômico das


atividades produtivas em Sinop observarão as seguintes diretrizes:

I - o estímulo à organização da produção local e à diversificação dos setores produtivos;

II - o fortalecimento de pólos produtivos em diferentes áreas do Município baseados nas


vocações e potencialidades locais;

III - o incentivo às parcerias e às ações de cooperação entre agentes públicos e privados,


incluindo as instituições de ensino e de pesquisa;

IV - a integração dos órgãos e entidades municipais, estaduais e federais de apoio às


atividades produtivas e culturais para o desenvolvimento regional;

V - a articulação com municípios vizinhos para dinamização da economia regional;

VI - o apoio à melhoria da qualidade das mercadorias produzidas no Município;

VII - a incorporação de parcelas da população à produção econômica formal e organização


e regulamentação das atividades do setor informal, utilizando mecanismos de apoio dos
órgãos e entidades governamentais;

VIII - a promoção da qualificação profissional da população e criação de ambientes para


disseminar o conhecimento;

IX - a consolidação da atividade turística municipal como atividade econômica e a cidade


de Sinop como pólo do turismo regional e de atividades produtivas relacionadas ao turismo;

X - a busca de parcerias com os atores do desenvolvimento econômico local,


estabelecendo consenso e a adesão criativa às iniciativas de promoção econômica;

XI - a promoção da infra-estrutura necessária e adequada ao desenvolvimento econômico,


turístico e social da cidade;

XII - a intensificação na promoção do desenvolvimento e aplicação de tecnologias


vinculadas às necessidades e possibilidades do sistema produtivo do Município;

XIII - a fomentação nas atividades econômicas baseadas em inovação tecnológica e em


uso intensivo de conhecimento;

XIV - a maximização na sinergia dos ativos da Indústria de Sinop potencializando a criação,


difusão e uso do conhecimento e inovação;

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XV - o desenvolvimento nas relações nacionais e internacionais com associações e


instituições multilaterais, empresariais, bem como, com organismos governamentais de
âmbito Federal e Estadual, no intuito de ampliar as parcerias e a cooperação;

XVI - o incremento na participação do setor produtivo no mercado mundial e diversificar a


pauta de exportações, favorecendo o aumento da competitividade regional;

XVII - a disponibilização dos serviços públicos em meios avançados de tecnologia,


proporcionando economia e rentabilidade temporal, espacial e ambiental;

XVIII - a articulação nas ações para a ampliação da sintonia entre a oferta e demanda de
capacitação profissional, em especial nas áreas prioritárias de desenvolvimento
socioeconômico do Município;

XIX - a constituição de instrumentos de apoio aos micro e pequenos empreendimentos,


individuais ou coletivos, na forma de capacitação gerencial, transferência tecnológica e
fornecimento de crédito;

XX - a integração com projetos e programas federais e estaduais voltados para a produção


local;

XXI - a elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico baseado em


"territórios socioeconômicos", estruturado em programas, projetos e ações locais e
compatibilizado com as diretrizes de estruturação urbana e de proteção do ambiente natural
e cultural, observando a integração e complementaridade ao Plano Municipal de
Desenvolvimento Social.

Seção I
Da Política e Gestão

Subseção I
Das Disposições Gerais

Art. 12 Deverá fazer parte constitutiva e fundamental da política de desenvolvimento


produtivo local, a relação com as políticas sociais e a integração aos programas sociais de
distribuição de renda, sem as quais não será possível alcançar a inclusão social.

Art. 13 São diretrizes para orientar a política e gestão do desenvolvimento econômico:

I - o estímulo à produção local com instalação e operação adequadas do ponto de vista


ambiental;

II - o incentivo a dinamização das atividades de comércio e de serviços, priorizando as


atividades voltadas à educação, saúde e ao turismo;

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III - o estímulo à implantação e dinamização de micro, pequenas e médias atividades


produtivas;

IV - o estímulo à produção industrial, em unidades fabris e em cooperativas;

V - o incentivo à produção agrícola e às hortas comunitárias;

VI - a articulação dos órgãos e entidades municipais responsáveis pela produção


econômica com entidades de apoio às atividades artesanais, pesqueiras, hortifrutigranjeiras
e de floriculturas, entre outras que possam ser desenvolvidas no Município;

VII - o estímulo à criação de cooperativas de produção artesanal;

VIII - o estímulo ao desenvolvimento de atividades peculiares em cada comunidade de


baixa renda, levando em conta as origens da população e suas aptidões;

IX - o incentivo à integração da agricultura de produção comunitária no abastecimento do


Município, inclusive através do fortalecimento dos mercados e feiras de bairro que
comercializam produtos locais;

X - o incentivo ao desenvolvimento turístico do Rio Teles Pires;

XI - o incentivo à implementação de um núcleo para o desenvolvimento sustentável


abrangendo as áreas de pesquisa e de formação da comunidade local para a nova
realidade econômica.

Art. 14As diretrizes para a política e gestão do sistema produtivo deverão ser
implementadas mediante:

I - a elaboração da política e do plano de desenvolvimento tecnológico e científico de


Sinop;

II - a formulação de projetos de desenvolvimento econômico para captação de


financiamentos públicos e privados;

III - a promoção de apoio técnico às áreas produtivas;

IV - o estudo das potencialidades econômicas proporcionadas na Zona Especial de


Interesse Turístico (ZEITUR) e em áreas afins;

IV - o estudo das potencialidades econômicas proporcionadas na Zona Especial de


Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL em áreas afins; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 151/2017)

V - os estudos de viabilidade de implantação de um Instituto Politécnico em Sinop;

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VI - o apoio técnico às estruturas produtivas locais a serem instaladas nas oficinas do


presídio local, em instituições de reeducação para jovens infratores ou outras instituições
educacionais;

VII - a realização de eventos que promovam a divulgação e a comercialização de produtos


artesanais e dos artistas plásticos locais e da região;

VIII - a priorização para apresentações de produtos e manifestações da cultura popular


local nos eventos oficiais;

IX - o apoio à organização das atividades do setor informal.

Subseção II
Das Micro, Pequenas e Médias Empresas

Art. 15São medidas específicas para o estímulo ao desenvolvimento das micro, pequenas
e médias empresas de produção local:

I - a criação de centros integrados de fomento ao comércio e serviços nas unidades


descentralizadas de gestão urbana;

II - a efetivação do apoio ao micro crédito para produção econômica, associado a programa


de capacitação profissional e empresarial;

III - a constituição de parcerias do setor público e privado com as entidades associativas


como SEBRAE, SESC, SENAI, SENAC e CEPROTEC, dentre outras, para assessorar
micro, pequenas e médias atividades produtivas e qualificar a mão-de-obra local;

IV - a utilização de benefícios fiscais para estimular o surgimento de pequenos negócios;

V - a criação ou ativação de programas e projetos de apoio às atividades produtivas de


pequeno e médio porte, a serem apresentados para agentes financiadores;

VI - a viabilização da formação de cooperativas de pequenos produtores locais, com


prioridade para as cooperativas de produção artesanal situadas nas comunidades onde
reside população de baixa renda.

Subseção III
Do Setor Industrial

Art. 16 São medidas específicas para o desenvolvimento industrial:

I - a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento industrial de Sinop;

II - o desenvolvimento de programas de capacitação industrial para população residente

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nos assentamentos precários, para aproveitamento da mão-de-obra local;

III - a implantação de melhorias infra-estruturais nos Distritos Industriais;

IV - a efetivação de maior controle e fiscalização das atividades industriais perigosas e


causadoras de impactos ambientais;

V - o reaproveitamento dos resíduos da madeira.

Subseção IV
Do Setor Agrícola

Art. 17 São medidas específicas para o desenvolvimento agrícola:

I - a elaboração de projetos para aproveitamento das áreas agricultáveis, para produção de


hortaliças, de fruticultura e para criação de pequenos animais, de forma integrada ao meio
ambiente;

II - o desenvolvimento de atividades rurais baseadas nos princípios da agroecologia;

III - a diversificação na produção agrícola.

Subseção V
Dos Programas

Complementam as medidas previstas para o desenvolvimento da produção


Art. 18
econômica local, os seguintes programas:

I - programas de incentivo à instalação de hortas comunitárias, com a integração a outros


programas municipais;

II - programas de distribuição e comercialização dos produtos hortifrutigranjeiros produzidos


em Sinop;

III - programas de incentivo à otimização da produção utilizando a matéria-prima local;

IV - programas de manejo florestal sustentável;

V - programas de extração da madeira de forma sustentável;

VI - programas de manejo florestal comunitário;

VII - programas de geração de trabalho e renda com apoio às tarefas da reciclagem do lixo
urbano e aproveitamento de resíduos orgânicos e inorgânicos, como garrafas PET, dentre
outros;

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VIII - programa de melhoria da qualidade da produção local;

IX - programa de qualificação da mão-de-obra local, incluindo:

a) desenvolvimento de núcleos de formação baseados nas vocações profissionais e


produções locais;
b) implementação de cursos de formação profissional para população de baixa renda;
c) apoiar a organização e a formação permanente do setor informal na fabricação de
produtos tradicionais e apoio na sua comercialização.

Parágrafo único. Complementam o programa previsto no inciso IX deste Artigo, as


seguintes medidas:

I - criação de balcão de atendimento municipal com cadastramento e classificados de


emprego;

II - apoio a programas de inserção social.

Seção II
Do Turismo

Art. 19 São objetivos da política do turismo:

I - realizar o desenvolvimento sistêmico do turismo em suas diversas modalidades;

II - estabelecer política de desenvolvimento integrado ao turismo, articulando-se com os


municípios vizinhos;

III - aumentar e manter o índice de permanência do turista no Município.

Art. 20 São diretrizes para desenvolver a atividade turística de forma sustentável:

I - a integração das ações de promoção ao turismo com programas de geração de trabalho


e renda e conscientização ambiental;

II - a integração de programas e projetos de incentivo à produção local e às políticas de


estímulo ao turismo;

III - o estímulo ao turismo ecológico aproveitando os recursos naturais municipais;

IV - o fortalecimento do turismo cultural e científico com dinamização de centros de


excelência de ensino e pesquisa;

V - a integração do turismo ao desenvolvimento da produção cultural local, especialmente


ao artesanato e às manifestações folclóricas, para gerar trabalho e renda para a população

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e preservar a identidade cultural de Sinop;

VI - a integração de ações do Município aos programas federais e estaduais;

VII - a sistematização do levantamento e atualização de dados e informações de interesse


para o desenvolvimento turístico no Município;

VIII - a garantia da oferta e qualidade na infra-estrutura de serviços e informação ao turista;

IX - a consolidação da política municipal de turismo;

X - o incentivo nas ações de formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos


humanos, visando o aprimoramento da prestação de serviços vinculados ao turismo;

XI - a criação de condições para a melhoria dos recursos turísticos, mediante estímulos às


iniciativas afins, estabelecendo critérios de caracterização das atividades de turismo, de
recreação e de lazer;

XII - a promoção e a orientação adequada para a expansão de áreas, equipamentos,


instalações, serviços e atividades ligadas ao turismo;

XIII - a consolidação da Política Municipal de Turismo, por meio do Conselho Municipal de


Turismo, conforme a Lei Municipal nº 704/2002.

As diretrizes para o desenvolvimento do turismo deverão ser implementadas


Art. 21
mediante:

I - o aprimoramento e a atualização dos estudos realizados para a atividade turística para


elaboração do plano municipal do turismo;

II - a criação de roteiros turísticos para a região e integrando as diversas modalidades de


transportes rodoviário e aeroviário;

III - o estabelecimento de consórcios e associações enfocando o turismo com municípios


vizinhos, tendo Sinop como núcleo de serviços da região;

IV - o apoio à instalação de terminais turísticos em pontos estratégicos no Município de


Sinop;

V - a promoção do turismo de negócios em Sinop, integrando o Aeroporto e Rodoviária


Municipal de Sinop, Casa da Cultura, rede hoteleira e atividades de serviços;

VI - a implantação da pesca esportiva no Rio Teles Pires;

VII - a revisão da localização e da configuração dos pontos de venda do artesanato local;

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VIII - o apoio à implantação do projeto hotel-escola no Município;

IX - a constituição de parcerias entre o Poder Executivo Municipal e entidades privadas


para promover campanhas de informação e capacitação da população, inclusive como
guias turísticos, para melhoria de atendimento ao turista;

X - o fomento de convênios e de parcerias com outras cidades, estados e países;

XI - a estruturação da Zona Especial de Interesse Turístico (ZEITUR) e áreas afins com


equipamentos de segurança e primeiros socorros.

XI - a equiparação da Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer -


ZEITURCL com infraestrutura que garanta bem estar e segurança. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2017)

Art. 22 São ações estratégicas para o turismo:

I - apoiar e criar incentivos ao turismo cultural e de negócios em âmbito municipal,


estadual, federal e internacional;

II - desenvolver programas de trabalho, por meio de ações coordenadas entre o Poder


Público e a iniciativa privada, com o objetivo de criar a infra-estrutura necessária à
execução de atividades relacionadas direta ou indiretamente ao turismo, abrangendo suas
diversas modalidades, eventos, negócios, lazer, aventura, cultura, gastronomia e o
agroecoturismo;

III - captar, promover e incentivar a realização de eventos mobilizadores para demanda de


turismo;

IV - desenvolver roteiros e implantar sinalização turística conforme padrões e


especificações técnicas pertinentes em âmbito nacional e internacional;

V - divulgar as facilidades operacionais, técnicas e estruturais dedicadas ao


desenvolvimento do turismo no Município;

VI - promover encontros, seminários e eventos específicos para os profissionais e


operadores de turismo no Município;

VII - produzir projetos e desenvolver atividades promocionais contemplando os atrativos


naturais do Município;

VIII - instalar postos de informação turística;

IX - estabelecer parceria entre os setores público e privado, visando o desenvolvimento do


turismo no Município;

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X - disponibilizar informações turísticas atualizadas para o mercado operador e para o


turista, visando subsidiar o processo de tomada de decisão e facilitar o desfrute da infra-
estrutura, serviços e atrações da cidade;

XI - promover atividades culturais, estimulando a dança, a música, as artes plásticas, o


teatro e o cinema;

XII - promover a expansão e o aprimoramento do Aeroporto Municipal com equipamento de


serviço internacional;

XIII - implantar sistema permanente de animação turístico- cultural e de lazer, orientando a


população para a prática de atividades em espaços livres e maximizando a utilização
turística e recreativa dos recursos naturais, físicos, humanos e tecnológicos disponíveis;

XIV - fomentar o turismo junto à Zona Especial de Interesse Turístico (ZEITUR) e áreas
afins;

XIV - fomentar o turismo junto à Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de


Lazer - ZEITURCL; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2017)

XV - fomentar o turismo de aventura;

XVI - estimular o aprendizado de espanhol e inglês nas escolas municipais para preparo de
pessoal especializado;

XVII - incrementar os convênios entre municípios, estimulando o intercâmbio social,


político, cultural e ecológico.

Capítulo II
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Art. 23 A Política Municipal de Desenvolvimento Social tem como objetivo geral a


promoção social e econômica, de forma a gerar melhoria na qualidade de vida da
população, preservando e incentivando as potencialidades locais, através da articulação
das políticas públicas em suas várias dimensões.

Art. 24 A Política Municipal de Desenvolvimento Social visa o pleno desenvolvimento das


funções sociais do Município a fim de proporcionar aos seus habitantes, em especial à
família, à criança, ao adolescente, ao idoso e ao portador de necessidades especiais, vida
digna e saudável, resgatando-os para o exercício de uma cidadania responsável.

Art. 25 A Política de Desenvolvimento Social do Executivo, que para os efeitos deste Plano
Diretor, vem traduzida no seu elenco de diretrizes, será implementada de forma global e
integrada pelos setores específicos, e permeará todas as ações da Administração
Municipal no seu objetivo de desenvolver as funções sociais do Município.

Art. 26

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18/133

Os planos setoriais serão elaborados pelos respectivos órgãos do Poder Executivo


Art. 26
Municipal, observando as diretrizes estipuladas neste Plano Diretor, sob a coordenação da
Secretaria Municipal da Assistência Social, Trabalho e Habitação, juntamente com a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Art. 27 As ações de governo e os programas assistencialistas, pela sua natureza


emergencial e compensatória, não deverão prevalecer sobre a formulação e aplicação das
políticas sociais básicas nas áreas de saúde, da educação, da habitação, da cultura, da
assistência social, da segurança, do abastecimento e do esporte e lazer constante neste
Plano Diretor.

Art. 28 São diretrizes gerais da política de desenvolvimento social:

I - o respeito e a valorização do indivíduo como cidadão, independentemente da condição


socioeconômica, raça, cor ou credo;

II - a ação social como processo sistêmico e integrado, a partir de base territorial e com
foco na família, na cultura local e na inclusão socioeconômica de cada cidadão;

III - a descentralização intersetorial do processo administrativo;

IV - a excelência em serviços públicos de assistência e promoção social, através de


práticas inovadoras;

V - a integração e complementação dos programas, projetos e ações entre os diversos


órgãos de governo e a sociedade civil;

VI - o estímulo à autonomia da população em situação de risco e vulnerabilidade social, em


especial na educação, na formação profissional e geração de oportunidades de trabalho e
renda;

VII - a elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Social de maneira integrada e


complementar ao Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico e demais planos
setoriais.

Seção I
Da Política Municipal da Habitação

Subseção I
Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

Art. 29A Política Municipal de Habitação tem por objetivo orientar as ações do Poder
Público e da iniciativa privada propiciando o acesso à moradia digna, a todos os segmentos
da população, entendida como necessidade básica dos cidadãos, bem como garantir infra-
estrutura urbana, equipamentos comunitários e condições de habitabilidade para a

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19/133

população de baixa renda, contribuindo, assim, para a inclusão social, a fim de reduzir o
déficit e as necessidades habitacionais e conter a produção de moradias irregulares, num
processo integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas
municipais.

Parágrafo único. Entende-se por habitação os componentes que integram a moradia, a


infra-estrutura, os serviços urbanos, os equipamentos urbanos e comunitários, permitindo
uma vida digna à população residente em Sinop.

Art. 30 São objetivos da política de habitação do Município:

I - universalizar o direito à moradia digna como direito social, conforme definido no Artigo 6º
da Constituição Federal e incorporando o direito à infra-estrutura, e serviços urbanos,
garantindo assim o direito pleno à cidade;

II - articular a política de habitação de interesse social com as políticas sociais, para


promover a inclusão social das famílias beneficiadas;

III - articular de forma democrática as instâncias municipal, estadual e federal de política e


financiamento habitacional, para otimizar os recursos e para enfrentar as carências
habitacionais;

IV - promover a melhoria das habitações existentes das famílias de baixa renda e viabilizar
a produção de Habitação de Interesse Social (HIS), de forma a reverter a atual tendência
de periferização e ocupação dos espaços inadequados;

V - garantir a diversidade dos programas e dos agentes promotores da política de


habitação de interesse social (HIS), de acordo com as características diferenciadas da
demanda;

VI - promover o uso habitacional nas áreas consolidadas e dotadas de infra-estrutura,


utilizando, quando necessário, os instrumentos previstos na Lei Federal nº 10.257, de 10 de
julho de 2001 - Estatuto da Cidade;

VII - coibir novas ocupações por assentamentos habitacionais inadequados nas áreas de
preservação ambiental e de mananciais, nas remanescentes de desapropriação, nas de
uso comum do povo e nas áreas de risco, oferecendo alternativas habitacionais em locais
apropriados e a destinação adequada a essas áreas;

VIII - criar condições para a participação da iniciativa privada na produção de Habitação de


Interesse Social (HIS), especialmente na área central e nos espaços vazios e subutilizados
da cidade;

IX - propiciar a participação da sociedade civil na definição das ações e prioridades e no


controle social da política habitacional;

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20/133

X - contribuir para o fortalecimento e organização independente dos movimentos populares


que lutam por moradia digna, pelo acesso à cidade e pela garantia da função social da
propriedade urbana;

XI - garantir a captação de recursos financeiros, institucionais, técnicos e administrativos


destinados a investimentos habitacionais de interesse social, promovendo-a em fontes
privadas e governamentais, incluindo aquelas externas ao Município;

XII - garantir o acesso e a permanência das famílias de baixa renda às linhas de


financiamento público de habitação de interesse social;

XIII - promover a urbanização, regularização e inserção dos assentamentos precários à


cidade;

XIV - fortalecer o papel do Município na gestão da política e na regulação dos agentes


privados;

XV - promover o acesso a terra urbanizada para viabilizar programas habitacionais de


interesse social (HIS);

XVI - promover a produtividade e melhorar a qualidade na produção habitacional;

XVII - incentivar a geração de empregos e renda, dinamizando a economia, apoiando-se na


capacidade que a indústria da construção apresenta em mobilizar mão-de-obra.

Parágrafo único. Entende-se por moradia digna aquela que dispõe de instalações sanitárias
adequadas, que garanta as condições de habitabilidade, e que seja atendida por serviços
públicos essenciais, entre eles: água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, coleta de
lixo, pavimentação e transporte coletivo, com acesso aos equipamentos sociais básicos.

A Política Habitacional do Município de Sinop será implementada por meio de


Art. 31
programas e projetos habitacionais contemplando as seguintes diretrizes:

I - a integração da política habitacional à política de desenvolvimento urbano, ambiental e


programas de geração de trabalho e renda, saneamento ambiental e regularização
urbanística e fundiária;

II - a priorização no atendimento à habitação de interesse social (HIS);

III - a consonância da política habitacional aos condicionantes ambientais do Município, à


capacidade de infra-estrutura e serviços urbanos;

IV - a articulação da política habitacional municipal às políticas e programas federais e


estaduais, de agências internacionais e de outros agentes intervenientes da cidade, para
otimizar os recursos e melhor enfrentar as carências habitacionais;

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V - a articulação com os municípios vizinhos e com os órgãos estaduais e federais para


integração das políticas de desenvolvimento que evitem o êxodo rural;

VI - a participação, fiscalização e controle pelos moradores locais e poder público nas


intervenções de habitação de interesse social;

VII - a formação de um controle social na atuação pública na habitação de interesse social;

VIII - a promoção ao cumprimento da função social da terra urbana respeitando o meio


ambiente, em consonância com o disposto na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da
Cidade e neste Plano Diretor;

IX - a viabilização na produção de lotes urbanizados e de novas moradias, com vistas à


redução do déficit habitacional e ao atendimento da demanda constituída por novas
famílias;

X - o desenvolvimento de projetos habitacionais que considerem as características da


população local, suas formas de organização, condições físicas e econômicas;

XI - o desenvolvimento de programas de melhoria da qualidade de vida dos moradores de


habitações de interesse social, nas unidades habitacionais, com infra-estrutura urbana e
equipamentos, estimulando programas geradores de emprego e renda, a valorização do
espaço público, assegurando a integração desses programas com a perspectiva de
desenvolvimento das comunidades;

XII - a produção de unidades habitacionais para a população de baixa renda, com


qualidade e conforto, assegurando níveis adequados de acessibilidade, de serviços de
infra-estrutura básica, equipamentos sociais, de educação, saúde, cultura, assistência
social, segurança, abastecimento, esportes, lazer e recreação;

XIII - a consolidação da moradia social nas áreas consolidadas, mediante a ação conjunta
da população e dos Poderes Públicos Municipal, Estadual e Federal, contribuindo para os
programas de reabilitação dessas áreas, compatibilizando-as com a inclusão social e
urbana da população de baixa renda que habita a região ou nela trabalha, de modo a evitar
sua expulsão;

XIV - a utilização de parte dos recursos provenientes da valorização imobiliária em


programas habitacionais de interesse social nas áreas bem dotadas de infra-estrutura e
serviços urbanos;

XV - a promoção da regularização física e fundiária de assentamentos já consolidados e


das unidades construídas, garantindo moradia digna às famílias de baixa renda;

XVI - a intervenção em áreas degradadas e de risco, de modo a garantir à integridade


física, o direito à moradia e à recuperação da qualidade ambiental dessas áreas;

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22/133

XVII - a garantia, nos programas habitacionais, de atividades conjuntas de proteção ao


meio ambiente e de educação ambiental, de modo a assegurar a preservação das áreas de
mananciais e a não-ocupação das áreas de risco e dos espaços destinados a bens de uso
comum da população, através de parcerias de órgãos de governo e organizações não
governamentais;

XVIII - o impedimento da ocupação irregular de novas áreas mediante a aplicação de


normas e de instrumentos urbanísticos e de fiscalização;

XIX - o estabelecimento de parâmetros físicos de moradia social, índices urbanísticos e de


procedimentos de aprovação de projetos, de forma a facilitar a produção habitacional pela
iniciativa privada;

XX - o estímulo às alternativas de associação ou cooperação entre moradores para a


efetivação de programas habitacionais, incentivando a participação social e a autogestão
como controle social sobre o processo produtivo e medida para o barateamento dos custos
habitacionais e de infra-estrutura, além da produção cooperativada;

XXI - o respeito ao meio ambiente, buscando adotar tecnologias de projeto, construção e


manutenção dos empreendimentos habitacionais voltados para os princípios do
desenvolvimento sustentável, incluindo-se alternativas de conservação de água e de
disposição de resíduos sólidos, além de recuperação de áreas verdes, preservação
ambiental e de reciclagem dos resíduos inerentes aos empreendimentos;

XXII - o estímulo à realização de parcerias com universidades e institutos de pesquisa para


desenvolvimento de alternativas de menor custo e maior qualidade e produtividade das
edificações habitacionais;

XXIII - a facilitação do acesso da população de baixa renda à moradia, por meio de


mecanismos de financiamento de longo prazo, investimento de recursos orçamentários a
fundo perdido, permissão de uso e subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na
aquisição ou locação social;

XXIV - a promoção de serviços de assessoria técnica, jurídica, ambiental, social,


arquitetônica e urbanística gratuita a indivíduos, entidades, grupos comunitários e
movimentos na área de habitação de interesse social, no sentido de promover a inclusão
social desta população;

XXV - a garantia de informação atualizada sobre a situação habitacional do Município,


especialmente em relação ao déficit e às necessidades habitacionais;

XXVI - o reassentamento da população local, no caso de necessidade de remoção de área


de risco à vida ou de desadensamento por necessidade de obra de urbanização, garantindo
relocação do atendimento habitacional das famílias a serem removidas, para áreas
preferencialmente na mesma região ou, na impossibilidade, em outro local, com a
participação das famílias no processo de decisão, juntamente com a Secretaria Municipal

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de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Assistência


Social, Trabalho e Habitação.

§ 1º Como melhoria das moradias entende-se programas e projetos que intervenham em


situações habitacionais precárias para garantir condições dignas de habitabilidade.

§ 2º Como produção de novas moradias entende-se a provisão de novas unidades em


empreendimentos habitacionais.

§ 3º A Lei Municipal estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à implantação


dos empreendimentos habitacionais de interesse social.

XXVII - a elaboração do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, com a criação


da Lei do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social e do Conselho Gestor do
Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social conforme Lei Federal 11.124, de 16 de
junho de 2005;

XXVIII - o desenvolvimento de estudos e pesquisas destinados a estabelecer critérios que


melhor traduzam a diferenciada realidade socioeconômica das famílias objeto dos
programas a serem patrocinados pela política pública;

XXIX - a promoção e apoio a mecanismos de transferências de recursos não onerosos


para atender a parcela de população sem capacidade de pagamento de moradia,
identificada como pertencente à faixa de população abaixo da linha de pobreza;

XXX - a delimitação de áreas para a implantação de programas habitacionais de interesse


social;

XXXI - a promoção e a implantação de planos, programas e projetos, por meio de


cooperativas habitacionais, com utilização do processo de autogestão e capacitação por
meio de assessorias técnicas;

XXXII - o estímulo de formas consorciadas de produção de moradias populares, inclusive


verticais, com a participação do Poder Público Municipal e da iniciativa privada;

XXXIII - a promoção por meio de programas específicos a serem definidos em Lei para a
utilização de edificações residenciais nos programas habitacionais destinados à população
de baixa renda.

Art. 32 Qualquer produção habitacional deverá contemplar as variáveis socioculturais, de


geração de trabalho e renda, de serviços e de infra-estrutura urbana, de desenvolvimento e
organização comunitária, que compõem o contexto da vida urbana.

Art. 33 A implementação da política habitacional no Município de Sinop se dará mediante:

I - o aperfeiçoamento da legislação municipal relativa à Política Habitacional;

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24/133

II - a implantação de um sistema de informações de habitação de interesse social que


inclua os tipos de irregularidades e a localização dos assentamentos precários e um
cadastro socioeconômico unificado;

III - a ação conjunta das secretarias responsáveis pelo planejamento, construção, meio
ambiente, ação social, saúde e educação;

IV - a integração de agendas e programas afins à habitação de interesse social com órgãos


e entidades federais e estaduais e com os municípios vizinhos;

V - a caracterização das várias condições dos assentamentos precários e dos programas e


critérios adequados a cada situação;

VI - a definição e implementação de programas voltados para:

a) a eliminação dos riscos na moradia relacionados à vida ou à saúde;


b) as melhorias habitacionais;
c) a promoção de novas unidades habitacionais de interesse social;

VII - a regularização urbanística e fundiária;

VIII - a disponibilização de informações, realização de campanhas educativas e apoio às


organizações de base.

Art. 34A criação de um banco de terras para provisão de habitação de interesse social ou
implantação de equipamentos urbanos ou comunitários priorizados pela população.

Art. 35 São ações estratégicas da Política Habitacional:

I - realizar o diagnóstico das condições de moradia no Município identificando seus


diferentes aspectos, de forma a quantificar e qualificar no mínimo os problemas relativos às
moradias em situação de risco, loteamentos irregulares, sem-teto, cortiços, co-habitações e
casas de cômodos, áreas que apresentam ocorrências de epidemias, áreas com alto índice
de homicídios, áreas com solo contaminado, áreas de interesse para preservação
ambiental ocupadas por moradia em bairros com carência de infra-estrutura, serviços e
equipamentos;

II - atuar em conjunto com o Estado, a União e a Caixa Econômica Federal para a criação
de um banco de dados de uso compartilhado com informações sobre a demanda e oferta
de moradias, programas de financiamento, custos de produção e projetos;

III - o Poder Executivo Municipal elaborará o Plano Municipal de Habitação (PMH), através
da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação em parceria com a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, com base nos objetivos
e diretrizes enunciados nesta Lei e com a participação social e que considere:

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25/133

a) o diagnóstico das condições de moradia no Município;


b) a articulação com os planos e programas do Município;
c) a definição de metas de atendimento da demanda até 2008;
d) os objetivos, diretrizes e ações estratégicas para a Política Municipal de Habitação
definida nesta Lei;
e) a definição de metas de atendimento da demanda, com prazos, priorizando as áreas
mais carentes;
f) a definição de diretrizes e a identificação de demandas por região, subsidiando a
formulação dos planos regionais;
g) a revisão da legislação habitacional do Município, compatibilizando os parâmetros de
uso, ocupação e parcelamento do solo das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) com
as normas construtivas de Habitação de Interesse Social (HIS).

IV - buscar a integração dos três níveis de governo para a formulação de um plano de ação
conjunta para a promoção de Habitação de Interesse Social no Município;

V - destinar parcela das unidades habitacionais para o atendimento aos idosos, aos
portadores de necessidades especiais e à população em situação de risco;

VI - aplicar nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), os instrumentos relativos à


regularização fundiária e, quando couber, a concessão especial para fim de moradia,
previstos na Medida Provisória nº 2220, de 04 de setembro de 2001;

VII - divulgar, de forma acessível, a legislação pertinente a empreendimentos e projetos


habitacionais;

VIII - priorizar os empreendimentos de interesse social estabelecendo acordos de


cooperação técnica entre os órgãos envolvidos;

IX - investir no sistema de fiscalização integrado nas áreas de preservação e proteção


ambiental constantes deste plano, de forma a impedir o surgimento de ocupações
irregulares;

X - implementar subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na aquisição ou


locação social, bem como criar instrumentos que possibilitem a inserção de todos os
segmentos da população no mercado imobiliário;

XI - compatibilizar a legislação de Habitação de Interesse Social (HIS) com as diretrizes


estabelecidas neste plano;

XII - realizar, a cada 2 (dois) anos a Conferência Municipal de Habitação para definição da
política municipal de habitação em conjunto com o Conselho Municipal de Habitação.

Subseção II
Da Habitação de Interesse Social

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Art. 36 Compete ao Município de Sinop promover a Habitação de Interesse Social.

§ 1º Habitação de interesse social é a habitação para os segmentos da população em


situação de maior vulnerabilidade social, abrangendo:

I - famílias em situação de miséria absoluta, residentes em assentamentos precários, em


unidades sujeitas à desocupação ou sem condições de habitabilidade, incapazes de arcar
com quaisquer ônus financeiros com a moradia;

II - famílias cuja capacidade aquisitiva possibilitem arcar com um dispêndio irregular e


insuficiente com a moradia, que sem subsídios permite residência em assentamentos
precários;

III - famílias residentes ou não em assentamentos precários cujas capacidades aquisitivas


possibilitam arcar com um dispêndio regular com a moradia, por meio de financiamentos
especiais, menos onerosos que os praticados no setor privado.

§ 2º Considera-se assentamento precário a ocupação urbana que possui pelo menos uma
das seguintes características:

I - irregularidade urbanística e dominial, em decorrência da ausência ou insuficiência de


infra-estrutura urbana e de equipamentos urbanos e comunitários, assim como ausência de
título em nome do possuidor correspondente ao imóvel;

II - insalubridade, por falta de saneamento básico;

III - inadequação da moradia, pela execução com materiais construtivos ou com área de
construção abaixo de padrões mínimos de habitabilidade;

IV - situação de risco, em decorrência das moradias estarem:

a) sujeitas a enchentes nos rios, riachos e canais ou em fundos de vale e linhas de


drenagem natural;
b) sob as redes de alta tensão;
c) sobre canais e galerias de águas pluviais;
d) junto ao local de destino final de resíduos sólidos.

Art. 37 A promoção da Habitação de Interesse Social no Município de Sinop tem como


objetivos:

I - elevar a qualidade de vida da população, particularmente no que se refere às condições


habitacionais, de forma a promover a inclusão social e ampliar a cidadania;

II - minimizar os efeitos negativos causados no Município pela migração de população


pobre das áreas rurais;

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III - diminuir o impacto social provocado pela transferência de famílias residentes em


situação de risco para áreas afastadas do centro urbano, sem infra-estrutura e condições
de trabalho;

IV - aumentar a oferta de habitação de interesse social na cidade e nos assentamentos


rurais através de:

a) financiamentos de longo prazo;


b) investimentos de recursos orçamentários a fundo perdido.

V - melhorar as condições de infra-estrutura urbana e de equipamentos urbanos e


comunitários, bem como de oportunidades de trabalho, nas áreas de transferência da
população removida de assentamentos precários;

VI - qualificar os espaços habitados por população de baixa renda, abrangendo a moradia


e o seu entorno;

VII - otimizar os recursos para implantar programas e projetos de melhorias habitacionais;

VIII - evitar a expansão da ocupação por população de baixa renda em áreas de


preservação ou de interesse ambiental;

IX - diminuir a situação de irregularidade urbanística e fundiária dos imóveis no Município;

X - ampliar o acesso da população a serviços, equipamentos e condições de trabalho e


renda próximos a sua moradia.

Art. 38Os objetivos relativos à Habitação de Interesse Social (HIS) serão alcançados
mediante:

I - a implementação da política habitacional de Sinop;

II - a identificação e delimitação de Zonas Especiais de Interesse Social;

III - a promoção de programas e projetos habitacionais e a implementação de instrumentos


que incluam a regularização urbanística e fundiária.

Art. 39 São diretrizes gerais da Política Municipal de Habitação de Interesse Social:

I - a diversificação nas modalidades de acesso à moradia, tanto nos produtos quanto nas
formas de comercialização, adequando o atendimento às características socioeconômicas
das famílias beneficiadas;

II - o estabelecimento de normas especiais de urbanização, de uso e ocupação do solo e


de edificações para assentamentos de interesse social, regularização fundiária e

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urbanização de áreas ocupadas por população de menor renda, respeitadas a situação


socioeconômica da população e as normas ambientais;

III - a instituição de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);

IV - o estabelecimento de critérios para a regularização de ocupações consolidadas e


promover a titulação de propriedade aos seus ocupantes;

V - a promoção na relocação de moradores residentes em locais impróprios ao uso


habitacional e em situação de risco, recuperando o meio ambiente degradado;

VI - o incentivo na produção de moradias e lotes urbanizados destinados ao atendimento de


famílias de menor renda;

VII - a permissão no parcelamento e ocupação do solo de interesse social com parâmetros


diferenciados, como forma de incentivo à participação da iniciativa privada na produção de
habitação para as famílias de menor renda;

VIII - a promoção na regularização fundiária e a urbanização de áreas de assentamentos,


adequando-as aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos e incluindo-os no
contexto da cidade formal;

IX - a promoção de melhores condições de habitabilidade às moradias já existentes, tais


como salubridade, segurança, infra-estrutura e acesso aos serviços e equipamentos
urbanos;

X - a promoção na assistência técnica e jurídica para a comunidade de baixa renda de


ocupações irregulares, visando à regularização da ocupação;

XI - a promoção na melhoria da capacidade de gestão dos planos, programas e projetos


habitacionais de interesse social;

XII - a busca na auto-suficiência interna dos programas habitacionais, propiciando o retorno


dos recursos aplicados, respeitando as condições socioeconômicas das famílias.

Subseção III
Dos Programas Habitacionais

Art. 40 A implementação dos programas de atendimento à habitação de interesse social,


visa ampliar a oferta de habitação e deverá propiciar parcerias e cooperação técnica com
órgãos governamentais, entidades e associações, públicas e privadas, financiamento de
diversas fontes e doações, possibilitando ações de fortalecimento da capacidade produtiva
das comunidades e sua inserção social, garantindo a infra-estrutura adequada, a
qualificação ambiental e oferecimento dos serviços necessários para a promoção da
qualidade de vida.

Art. 41

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Art. 41No atendimento à variedade de situações detectadas nos assentamentos precários


deverá ser priorizada a combinação de métodos construtivos que privilegiem:

I - autoconstrução e o mutirão com utilização de mão-de-obra local;

II - créditos para aquisição de materiais para autogestão da habitação;

III - lotes devidamente urbanizados.

Art. 42 Os programas deverão observar padrões específicos e técnicas de construção que


apresentem soluções tanto na promoção de novas construções quanto na melhoria
habitacional, privilegiando o uso de processos e materiais construtivos locais.

Art. 43Os programas deverão prever assessoria técnica aos moradores dos
assentamentos, fiscalização e procedimentos de manutenção das obras.

Subseção IV
Dos Instrumentos da Política Habitacional

Art. 44 Constituem instrumentos da política habitacional, sem prejuízo de outros previstos


nesta Lei Complementar e na legislação federal, estadual e municipal:

I - as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);

II - a política municipal de aquisição e gestão de terras para habitação;

III - a política municipal de financiamento e de subsídios à habitação.

Art. 45 As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) estão previstas no Título IV,
Capítulo IV, Seção I, neste Plano Diretor.

Seção II
Da Política Municipal da Educação

Subseção I
Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

Art. 46A Política Municipal de Educação tem como fundamento assegurar ao aluno
educação de qualidade para o exercício da cidadania, com os seguintes objetivos:

I - atender à demanda da educação infantil, conforme os parâmetros do Plano Nacional da


Educação;

II - universalizar o atendimento à demanda do Ensino Fundamental, garantindo o acesso e


permanência na escola;

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III - promover a erradicação do analfabetismo;

IV - compatibilizar as propostas educacionais com as necessidades oriundas do processo


de desenvolvimento sustentável da cidade;

V - melhorar os indicadores de escolarização da população;

VI - implementar no Município política de integração das Redes Escolares, municipal,


estadual e particulares;

VII - potencializar a integração das redes escolares, através do zoneamento escolar,


favorecendo o atendimento a demanda;

VIII - articular a política educacional ao conjunto de políticas públicas, em especial a política


cultural, compreendendo o indivíduo enquanto ser integral, com vistas à inclusão social e
cultural com eqüidade;

IX - superar a fragmentação, por meio de ações integradas que envolvam as diferentes


modalidades de ensino, profissionais e segmentos a serem atendidos;

X - assegurar a autonomia de instituições educacionais quanto aos projetos pedagógicos e


aos recursos financeiros necessários à sua manutenção, conforme Artigo 12 da Lei Federal
nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Lei
Orgânica do Município.

Art. 47A Educação, direito inalienável de todos, abrange os processos educativos que se
efetivam na convivência humana, na família, nas instituições de ensino, no trabalho, no
esporte, no lazer, nas manifestações culturais, nos movimentos sociais, organizações da
sociedade civil e no contato com os meios de comunicação social.

Art. 48 São diretrizes da política educacional:

I - a promoção à expansão e à manutenção da rede pública de ensino, oferecendo


Educação Infantil (0 a 5 anos), Ensino Fundamental de 9 anos (a partir do ano de 2006),
Ensino Fundamental de 8 anos, a Educação de Jovens e Adultos ( E.J.A.) e a Educação
Especial, de forma a cobrir a demanda;

II - a promoção à distribuição espacial de recursos, serviços e equipamentos, para atender


à demanda em condições adequadas, cabendo ao Município o atendimento em creches, a
educação pré-escolar e ao ensino fundamental;

III - a promoção na melhoria da qualidade de ensino, dando condições para progressão do


aluno e sua permanência até a conclusão do ensino fundamental;

IV - a promoção ao desenvolvimento de centros de excelência em educação, voltados para

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a modernização do padrão de ensino e a formação de recursos humanos;

V - a expansão e descentralização gradativa das atividades e os equipamentos do sistema


educacional, incluídas as creches e as pré-escolas;

VI - a promoção nos programas de integração entre a escola e a comunidade: inclusão


digital, Educação de Jovens e Adultos (EJA), AABB Comunidade, parcerias com Secretaria
Municipal de Esportes e Lazer, Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e
Habitação, Secretaria Municipal de Saúde, Coordenadoria de Cultura, e outros projetos e
programas a serem desenvolvidos através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura
e escolas;

VII - o acesso às escolas e da população às novas tecnologias;

VIII - a expansão do programa inclusão digital para comunidade;

IX - a ampliação e consolidação da autonomia administrativa, financeira e pedagógica das


unidades escolares, garantindo agilidade na qualidade do atendimento de acordo com o
Sistema de Ensino e do Decreto Municipal nº 080/2005 de Gestão Democrática;

X - a promoção à participação da sociedade nos programas educacionais da cidade;

XI - a promoção à articulação e à integração das ações voltadas à criação de ambientes de


aprendizagem;

XII - a promoção de programas de inclusão e de educandos portadores de necessidades


educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino, dando
complementação e suplementação aos mesmos, aplicados nas salas de apoio e recursos;

XIII - a promoção de ações que motivem a permanência das crianças e adolescentes no


ambiente escolar, em especial àquelas em situação de risco ou vulnerabilidade social;

XIV - a democratização do acesso e a garantia da permanência do aluno na escola,


inclusive em relação àqueles que não os tiveram em idade apropriada;

XV - o seguimento das metas do Plano Nacional de Educação e da Lei de Diretrizes e


Bases da Educação, articulando valores locais e regionais realizados pela Secretaria
Municipal de Educação e Cultura através da Coordenadoria de Cultura e escolas, em
parcerias com Instituições de Ensino Superior;

XVI - a promoção do Município de Sinop a Pólo Educacional;

XVII - a implementação de equipamentos específicos e de materiais didáticos pedagógicos


para o atendimento aos portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE);

XVIII - a formação de novas parcerias para o atendimento e encaminhamento aos

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portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE), para a inclusão no mercado


de trabalho;

XIX - a implantação, construção, urbanização e ampliação de Centros de Apoio ao


Deficiente Visual (DV) e Deficiente Auditivo (DA);

XX - a capacitação aos professores e adequação das salas de aula com recursos especiais
de apoio ao ensino regular, para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais;

XXI - a adaptação curricular, visando atender as necessidades específicas dos alunos


portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE);

XXII - a garantia da acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educacionais


especiais, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas, nas escolas, incluindo
instalações, equipamentos e mobiliários adequados;

XXIII - a parceria entre Secretaria Municipal de Educação e Cultura e Secretaria Municipal


de Esportes e Lazer para desenvolvimento de atividades esportivas que favoreçam
atendimento aos portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE);

XXIV - a implementação de palestras de orientação e acompanhamento aos familiares dos


portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE), bem como transporte para
visita aos mesmos;

XXV - a criação da Associação dos Deficientes Visuais e apoio às demais associações;

XXVI - a criação da Lei de Incentivo à Profissionalização do Deficiente;

XXVII - a criação do Conselho Municipal de Educação;

XXVIII - a aprovação do organograma da Secretaria Municipal de Educação e Cultura;

XXIX - a elaboração do regimento interno da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Art. 49 São ações estratégicas no campo da Educação:

I - relativas à democratização do acesso e permanência na escola:

a) realizar um censo educacional na cidade com o objetivo de detectar as reais demandas


existentes;
b) criar comissões permanentes de atendimento à demanda junto às instâncias regionais
da educação;
c) acompanhar projetos de Renda Mínima - transferência de renda a famílias de baixa
renda, vinculada à permanência dos dependentes na escola - articulados com as demais
Secretarias;

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d) estabelecer planejamento conjunto com outras instâncias para atendimento à demanda;


e) consolidar e acompanhar os programas de transporte escolar;
f) disponibilizar os espaços das escolas municipais nos finais de semana, feriados e
períodos de recesso para a realização de atividades comunitárias, de lazer, cultura e
esporte, em conjunto com outras Secretarias;
g) rever a metodologia para a permanência da criança e do adolescente na sala de aula.

II - relativas à democratização da gestão da Educação:

a) dar continuidade na elaboração e na conclusão do Plano Municipal de Educação, em


conjunto com representações da sociedade civil e outras esferas de governo;
b) realizar a Conferência Municipal de Educação, para aprovação dos objetivos e metas
levantados pelos segmentos, para a conclusão do Plano Municipal de Educação;
c) garantir a manutenção do orçamento participativo na Educação, envolvendo as
diferentes instâncias que compõem o sistema municipal de ensino;
d) propor e incentivar através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, orientação, o
acompanhamento e a execução do Plano de Desenvolvimento Escolar, do Plano Anual de
Metas (PAM), do Plano Individual de Trabalho (PIT) e do Projeto Político Pedagógico (PPP)
das escolas da Rede Municipal com a participação da comunidade escolar e Associação de
Pais Mestres das escolas (APM);
e) fortalecer os Conselhos Deliberativos das Escolas reorganizando-os e incentivando a
troca de experiências entre diferentes regiões do Município;
f) incentivar a auto-organização dos estudantes por meio da participação na gestão escolar,
em associações coletivas, grêmios e outras formas de organização;
g) descentralizar recursos financeiros e orçamentários para unidades escolares;
h) criar os grêmios estudantis.

III - relativas à democratização do conhecimento e à construção da qualidade social da


Educação:

a) habilitar os professores e demais profissionais da educação, condicionar o ingresso de


novos profissionais à titulação mínima de nível médio e profissionalizar os funcionários
quanto à utilização dos equipamentos de educação infantil;
b) garantir 9 (nove) anos de escolaridade no Ensino Fundamental;
c) fortalecer a formação continuada aos profissionais que atuam na Educação Infantil,
Ensino Fundamental de 9 anos (a partir do ano 2006), Ensino Fundamental (8 anos),
Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Infantil e Educação Especial.

IV - relativas a todos os níveis de ensino:

a) promover as Avaliações Externas (Diagnóstica, de Processo e de Resultados),


acompanhando o nível de aprendizagem dos educandos da Rede Municipal de Ensino;
b) promover o processo de reorientação curricular que permita a revisão permanente do
trabalho pedagógico em todas as escolas;
c) assegurar a autonomia de instituições educacionais quanto a projetos pedagógicos e
recursos financeiros, através da Lei 725/2003;

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d) implantar as novas tecnologias de informação em todas as escolas;


e) instituir programas de estímulo à permanência das crianças na escola;
f) fortalecer as instâncias de representação e participação da população no sistema
educacional;
g) trabalhar a comunidade escolar para o respeito e valorização às diferenças.

§ 1º São ações estratégicas para o Ensino Fundamental:

I - implantar e ampliar o quadro de atividades nas escolas municipais a fim de aumentar o


tempo de permanência das crianças, através de atividades culturais, esportivas e sociais;

II - promover a articulação das escolas de ensino fundamental com outros segmentos


sociais e culturais do Município e com organizações da sociedade civil, de modo a
proporcionar atenção integral.

§ 2º São ações estratégicas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA):

I - promover ampla mobilização para a superação do analfabetismo, reconstruindo


experiências positivas já realizadas e reivindicando a colaboração de outras instâncias de
governo;

II - ampliar a oferta de vagas em Suplência de primeiro segmento;

III - apoiar as iniciativas que permanecerem sob o comando de organizações comunitárias;

IV - implementar a Alfabetização de Jovens e Adultos, voltado ao ensino de novas


tecnologias de informação, articulado a projetos de desenvolvimento local e regional;

V - promover esforços para a ampliação de cursos no período noturno, adequados às


condições do aluno que trabalha;

VI - apoiar novos programas comunitários de educação de jovens e adultos e fomentar a


qualificação dos já existentes;

VII - promover a articulação das escolas com outros segmentos sociais e culturais do
Município e com organizações da sociedade civil voltados a jovens e adultos, de modo a
ampliar o atendimento a suas necessidades no campo educacional;

VIII - assegurar a permanência do aluno da EJA (Educação de Jovens e Adultos) na


escola, oferecendo, projetos como: teatro, curso de culinária, esporte, artes, aula de
informática e outros.

§ 3º São ações estratégicas para a Educação Especial:

I - promover reformas nas escolas regulares, dotando-as com recursos físicos, materiais,
pedagógicos e humanos para o ensino aos portadores de necessidades educacionais

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especiais;

II - capacitar os profissionais da educação na perspectiva de incluir os portadores de


necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, resgatando experiências bem
sucedidas de processos de inclusão social;

III - implantar Centros de Atenção visando o apoio psicopedagógico a professores e aos


alunos com necessidades educacionais especiais e seus familiares;

IV - desenvolver projetos em parcerias com diferentes entidades para realização de cursos


profissionalizantes, visando atender os cidadãos da região com maior índice de exclusão
social.

§ 4º São ações estratégicas para o Ensino Profissionalizante:

I - promover a flexibilização dos cursos profissionalizantes, permitindo sua adequação a


novas demandas do mercado de trabalho e sua articulação com outros projetos voltados à
inclusão social;

II - criar centros de formação e orientação profissional nas regiões do Município com


maiores índices de exclusão social;

III - promover a articulação dos agentes de cursos profissionalizantes na Cidade com vistas
a potencializar a oferta de educação dessa natureza;

IV - implantação de novos cursos para os profissionais voltados para a vocação econômica


da região.

§ 5º São ações estratégicas para o Ensino Superior:

I - manter entendimentos com as esferas estadual e federal visando à implantação


descentralizada de cursos de nível superior, voltados à vocação econômica da região;

II - apoiar e estimular a implantação de novos cursos nas Universidades Públicas e


Particulares;

III - manter parcerias para o atendimento aos profissionais da educação visando a


implantação de cursos de nível superior e cursos de pós- graduação voltados as
necessidades da demanda existente.

Seção III
Da Política Municipal da Saúde

Subseção I
Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

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Art. 50A Política Municipal de Saúde objetiva garantir à população plenas condições de
saúde física e psíquica, observados os seguintes princípios:

I - acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, para sua promoção,


proteção e recuperação, sem qualquer discriminação;

II - ênfase em programas de ação preventiva;

III - humanização do atendimento;

IV - gestão participativa do sistema municipal de saúde.

Parágrafo único. Entende-se como saúde o bem-estar físico, social e mental do ser
humano.

Art. 51A Política Municipal da Saúde visa a promoção da saúde da população pela gestão
e regulação dos serviços próprios e conveniados, pelo monitoramento de doenças e
agravos, pela vigilância sanitária, integrada às políticas de controle da qualidade ambiental
do ar e das águas, dos resíduos orgânicos e inorgânicos, tendo como objetivos:

I - promover a saúde, reduzir a mortalidade e aumentar a expectativa de vida da


população;

II - promover a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS);

III - implantar a gestão plena do Sistema de Saúde;

IV - consolidar o controle social;

V - promover a melhoria da gestão, do acesso e da qualidade das ações, serviços e


informações de saúde;

VI - consolidar e garantir a participação social no Sistema Único de Saúde;

VII - implementar equipamentos de primeiros socorros em empreendimentos de grande


porte.

Art. 52 São diretrizes gerais da política municipal da saúde:

I - o asseguramento da implantação dos pressupostos do Sistema Único de Saúde,


mediante o estabelecimento de condições urbanísticas que propiciem a descentralização, a
hierarquização e a regionalização dos serviços que o compõem;

II - a organização da oferta pública de serviços de saúde e estendê-la a todo o Município;

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III - a afirmação de melhoria na qualidade dos serviços prestados e o acesso da população


a eles;

IV - a promoção da distribuição espacial de recursos, serviços e ações, conforme critérios


de contingente populacional, demanda, acessibilidade física e hierarquização dos
equipamentos de saúde em centros de saúde, policlínicas, hospitais gerais, pronto-socorros
e hospitais especializados;

V - a garantia, por meio do sistema de transporte urbano, de condições de mobilidade e


acessibilidade às áreas onde estejam localizados os equipamentos de saúde;

VI - a promoção do desenvolvimento de centros detentores de tecnologia de ponta, de


forma a atender a demanda de serviços especializados;

VII - a garantia de boas condições de saúde para a população, por meio de ações
preventivas que visem à melhoria das condições ambientais, como o controle dos recursos
hídricos, da qualidade da água consumida, da poluição atmosférica e da sonora;

VIII - a promoção política da educação na área de saúde, conscientizando e estimulando a


participação nas ações de saúde, visando o auto-cuidado, a prevenção e a co-
responsabilidade da população por sua saúde;

IX - a cooperação técnica e ações articuladas com os setores de saneamento, educação e


controle da poluição ambiental da União, Estado e Município;

X - a participação popular na organização, controle e avaliação do Sistema Único de Saúde


no Município, através do Conselho Municipal de Saúde e apoio para a realização da
Conferência Municipal de Saúde;

XI - a promoção na melhoria constante da infra- estrutura pública dos serviços de saúde;

XII - a promoção na melhoria do quadro epidemiológico, reduzindo os principais agravos,


danos e riscos à saúde da população;

XIII - a promoção de ações estratégicas destinadas em atenção à mulher, à criança, ao


adolescente, ao adulto, ao idoso e ao portador de necessidades especiais;

XIV - a viabilização nas ações de prevenção, promoção, proteção e atenção à saúde, no


âmbito municipal;

XV - a promoção da melhoria dos índices de morbidade e mortalidade no município,


especialmente das patologias de enfrentamento contínuo;

XVI - a democratização do acesso da população aos serviços de saúde, de modo a:

a) promover a implantação integral do Programa de Saúde da Família, articulado aos

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demais níveis de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS);


b) desenvolver programas e ações de saúde tendo como base a territorialização, a
priorização das populações de maior risco, a hierarquização dos serviços e o planejamento
ascendente das ações;
c) adotar o Programa de Saúde da Família como estratégia estruturante da atenção à
saúde juntamente com a assistência odontológica.

XVII - a aplicação de abordagem intersetorial no entendimento do processo de saúde-


doença e nas intervenções que visem à proteção, à promoção e à reparação da saúde;

XVIII - a implementação da rede hierarquizada de atendimento hospitalar, de modo a:

a) reconstruir, redimensionar e ampliar os serviços hospitalares em relação à sua demanda


potencial;
b) reestruturar o atendimento pré-hospitalar;
c) equilibrar a oferta de leitos hospitalares utilizando como indicador o número de leitos por
mil habitantes.

XIX - a ampliação da rede física de atendimento, adequando-a as necessidades da


população;

XX - a implantação da Vigilância à Saúde no Município de Sinop, incorporando a vigilância


sanitária, epidemiológica, ambiental e saúde do trabalhador;

XXI - a elaboração do Plano Municipal de Saúde e sua discussão com representações da


sociedade civil e outras esferas de governo;

XXII - a elevação do padrão de qualidade e eficiência do atendimento em saúde prestado à


população, por meio de:

a) implantação da gestão plena municipal do sistema de saúde;


b) incentivo ao desenvolvimento gerencial do Sistema de Saúde Único no Município;
c) a modernização e a incorporação de novas tecnologias ao Sistema Único de Saúde
(SUS).

XXIII - a implementação de um Centro de Zoonose.

Art. 53 São ações estratégicas no campo da Saúde:

I - integrar as redes municipais com a rede estadual e federal já unificada ao Sistema Único
de Saúde (SUS);

II - habilitar o Município para a gestão plena do sistema, promovendo a integração da rede


pública com a rede privada contratada, com e sem fins lucrativos;

III - implantar no Município projetos que visem a melhoria do atendimento à Saúde através

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do Cartão Saúde;

IV - implantar processos gerenciais fundados na utilização de sistemas informatizados;

V - conceder autonomia administrativa e de organização às unidades de serviço de saúde


do Município, respeitados os compromissos já acordados entre os níveis de gestão;

VI - efetivar na área da saúde o planejamento descentralizado no nível regional, com foco


nas necessidades de saúde da população local;

VII - promover a formação, capacitação e ampliação dos recursos humanos da Secretaria


Municipal da Saúde;

VIII - estruturar e capacitar as equipes dos Programas de Saúde existentes como o da


Saúde da Família;

IX - promover a melhoria nas ações de vigilância, prevenção, diagnóstico, tratamento e


assistência aos portadores de DST/AIDS, incluindo treinamento de profissionais e parcerias
com a sociedade civil;

X - promover ações para os portadores de necessidades especiais nos diferentes níveis de


atenção à saúde, visando à melhoria de qualidade de vida;

XI - promover ações intersecretariais de prevenção à violência, abuso sexual, alcoolismo e


drogas;

XII - implantar serviços de referência voltados ao combate da violência sexual e doméstica;

XIII - promover a reabilitação e inserção social das pessoas acometidas de transtorno


mental;

XIV - promover a melhoria do programa de assistência farmacêutica básica no Município;

XV - promover ações de atenção à saúde bucal e de assistência odontológica;

XVI - promover a melhoria da saúde ambiental da cidade, no âmbito do controle da


qualidade do ar e dos níveis de ruído nos locais pertinentes;

XVII - implantar ações emergenciais de saúde, em conformidade com as demandas de


significativo impacto social;

XVIII - implantar a formação de consórcios intermunicipais da saúde;

XIX - promover programas e ações que visem atender as famílias distantes dos centros
estruturados com serviços da saúde e a implantação de postos de saúde em pontos
estratégicos no território municipal;

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XX - promover campanha de cunho educativo e informativo pela mídia, além de programas


específicos nas escolas municipais de todos os níveis sobre os princípios básicos de
higiene, saúde e cidadania.

Seção IV
Da Política Municipal da Assistência Social

Subseção I
Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

Art. 54 A Política Municipal de Assistência Social visa assegurar a universalização dos


direitos sociais, com base nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica do
Município, na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e tem como objetivos:

I - promover a proteção e a defesa dos direitos da população em situação de risco e


vulnerabilidade social;

II - realizar ações de promoção à família e de apoio ao desenvolvimento comunitário;

III - implementar ações que possibilitem a criação de oportunidades de trabalho e renda à


população em situação de risco ou vulnerabilidade social;

IV - investir e incentivar a educação profissional, priorizando a população de risco ou


vulnerabilidade social;

V - prover recursos e atenção, garantindo a proteção social e a inclusão da população no


circuito dos direitos da cidadania;

VI - atuar de forma preventiva, no que se refere a processos de exclusão social.

Art. 55 A responsabilidade pelo cumprimento da Política Municipal de Assistência Social


compete ao Poder Executivo Municipal, através da Secretaria Municipal de Assistência
Social, Trabalho e Habitação em regime de colaboração com a União, Estado e com o
Conselho Municipal de Assistência Social, órgão colegiado com estrutura e atribuições já
definidas em Lei.

Art. 56 A Política Municipal de Assistência Social será definida a partir das necessidades
identificadas através de estudos da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e
Habitação com base no Mapa de Exclusão Social, pelo Conselho Municipal de Assistência
Social e demais entidades da sociedade civil organizada através de representação,
conforme as diretrizes gerais estabelecidas neste Plano Diretor.

Art. 57A Política Municipal de Assistência Social será implementada garantindo o


desenvolvimento social de forma articulada, com a participação da comunidade e com

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outros órgãos com atuação no Município, evitando-se duplicidade de ações no trato das
questões da assistência social.

Art. 58 A Política Municipal de Assistência Social obedecerá as seguintes diretrizes:

I - a vinculação da Política de Assistência Social do Município de Sinop ao sistema único


nacional de provisão de serviços, benefícios, programas e projetos de assistência social,
determinada pelos Artigos 203 e 204 da Constituição Federal, e Lei Orgânica da
Assistência Social - Lei nº 8.742/93, de 7 de setembro de 1993;

II - a implantação do processo de Inclusão Social em todas as ações, como instrumento de


emancipação do cidadão;

III - o asseguramento aos cidadãos ao direito à Política de Assistência Social;

IV - o estímulo à livre organização da comunidade através da valorização das associações


de bairro, dos movimentos populares e de toda organização que garanta o pleno direito de
participação da sociedade;

V - o estímulo e o assessoramento às organizações comunitárias no redimensionamento


de sua concepção e função a fim de instrumentalizá- las para o exercício de uma co-gestão
social em relação aos equipamentos sociais do Município;

VI - o desenvolvimento das políticas sociais no âmbito de sua competência, no sentido da


valorização dos cidadãos;

VII - a garantia das ações articuladas e integradas entre o Poder Executivo Municipal,
através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação e as entidades
sociais;

VIII - o planejamento das ações de Assistência Social objetivará, sempre que possível, sua
integração com as diretrizes das áreas da educação, da saúde, da cultura, do esporte, do
lazer, da habitação, do meio ambiente, da segurança e do abastecimento alimentar;

IX - o estímulo para que todas as ações estejam pautadas na integração comunitária para a
construção da identidade pessoal e convivência social do destinatário da Assistência
Social;

X - a promoção da integração entre o poder público e os segmentos sociais organizados


que atuam na área de ação social;

XI - a promoção de ações orientadas para a defesa permanente dos direitos humanos;

XII - a promoção de programas que visem à reabilitação e reintegração social dos menores
infratores;

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XIII - a promoção de programas de capacitação profissional dirigidos aos segmentos


carentes;

XIV - a participação popular efetiva na elaboração das políticas de ação social;

XV - a promoção, junto à comunidade, do desenvolvimento e da melhoria das creches


existentes e a implantação de creches públicas;

XVI - a promoção para a implantação de centros de convivência para idosos;

XVII - a realização de triagem para o encaminhamento social, de pesquisa e formação de


educadores sociais, para dar apoio comunitário a portadores de ADIS e toxicômanos;

XVIII - a promoção ao acesso dos portadores de necessidades especiais aos serviços


regulares prestados pelo Município, mediante a remoção das barreiras físicas, de
locomoção e de comunicação e a promoção na melhoria das estruturas arquitetônicas
destinadas a estes;

XIX - a promoção, no âmbito da Assistência Social, ao enfrentamento à violência, à


exploração e abuso sexual, e ao atendimento à população de rua;

XX - o desenvolvimento de programas de convívio, de caráter socioeducativo voltado às


crianças, adolescentes e jovens, idosos, portadores de necessidades especiais,
direcionados ao exercício da cidadania, à ampliação do universo cultural e ao
fortalecimento dos vínculos familiares e societários;

XXI - a criação, no âmbito da competência da Assistência Social de políticas de prevenção


e de combate a toda e qualquer violência contra a mulher, o adolescente e o idoso.

Art. 59Os instrumentos básicos para o cumprimento da Política de Assistência Social do


Município, além de outros previstos nas legislações Federal, Estadual e Municipal, são:

I - a organização e implantação dos centros de capacitação contínua a fim de articular,


interdisciplinarmente, a produção do conhecimento, sua atualização e acompanhamento da
equipe técnica e de apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e
Habitação para todas as suas ações;

II - os estudos técnicos integrados com os órgãos do Poder Executivo Municipal sobre as


condições socioeconômicas do Município e da Região, visando gerar indicadores que
fundamentem as ações do planejamento social;

III - o Fundo Municipal de Assistência Social vinculará todas as receitas e despesas


orçamentárias da Assistência Social;

IV - a assessoria técnica, parceria, gestão e co-gestão de bens públicos às ações das


associações de moradores e movimentos populares em geral;

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V - os convênios e os intercâmbios com organizações locais, regionais, estaduais, federais


e internacionais, públicas e privadas;

VI - desenvolver estudos de caráter regional visando ações articuladas entre os municípios


com relação ao seguimento migrante.

Art. 60 São ações estratégicas da Assistência Social:

I - implantar serviços de caráter intergeracional favorecendo o desenvolvimento


socioeducativo e a convivência societária;

II - manter parcerias com entidades da sociedade civil na implantação de ações conjuntas


com vistas à organização da rede de serviços da Assistência Social;

III - instalar sistema unificado com o Conselho Municipal de Assistência Social para
cadastro das organizações privadas de Assistência Social e de usuários dos serviços,
benefícios, programas e projetos de Assistência Social;

IV - realizar o atendimento social à população vitimada por situações de emergência ou de


calamidade pública, em ação conjunta com a defesa civil.

§ 1º São ações estratégicas relativas à democratização da gestão da Assistência Social:

I - fortalecer as instâncias de participação e de controle da sociedade civil sobre as políticas


desenvolvidas no campo da assistência social, como os Conselhos Municipais, Conselho
Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho do Idoso e demais
organizações relacionadas à luta pela melhoria da qualidade de vida;

II - elaborar o Plano Municipal de Assistência Social, com a participação de outras esferas


de governo e representantes da sociedade civil;

III - organizar e promover a realização da Conferência Municipal de Assistência Social a


cada 2 (dois) anos;

§ 2º São ações estratégicas relativas à proteção da criança e do adolescente:

I - implementar ações e campanhas de proteção e de valorização dos direitos da criança e


do adolescente, com prioridade para temas relacionados à violência, abuso e assédio
sexual, prostituição infanto-juvenil, erradicação do trabalho infantil de risco, proteção ao
adolescente trabalhador, combate à violência doméstica e uso indevido de drogas;

II - implantar programas de caráter socioeducativo em meio aberto, dirigidos ao adolescente


que tenha cometido ato infracional;

III - implantar unidades de atendimento que promovam ações de orientação e apoio sócio-

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familiar, a crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social;

§ 3º São ações estratégicas relativas aos idosos e aos portadores de necessidades


especiais:

I - instituir o controle e avaliação do Benefício de Prestação Continuada destinado tanto à


população idosa como o com deficiência, de âmbito federal;

II - estender aos que necessitam dos benefícios da Assistência Social, vinculados às outras
áreas de ação governamental;

III - integrar programas de âmbito intersecretarial para que seja incorporado o segmento da
terceira idade e aos portadores de necessidade nas políticas públicas de habitação,
transporte e outras de alcance social, nelas garantindo o respeito e o atendimento às
especificidades do idoso;

IV - priorizar o atendimento aos idosos e portadores de necessidades especiais em salas


de atendimento em Secretarias Municipais, Empresas, Companhias e Autarquias do
Município.

Seção V
Da Política Municipal do Esporte e do Lazer

Subseção I
Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

Art. 61A Política Municipal de Esporte e Lazer têm como fundamento a promoção de
ações que possibilitem a utilização do tempo livre, a prática esportiva, a melhoria e
conservação da saúde por meio da atividade física e sociabilização, com os seguintes
objetivos:

I - alçar o esporte e o lazer à condição de direito dos cidadãos e considerá-lo dever do


Estado;

II - formular, planejar, implementar e fomentar práticas de esporte, lazer e atividades físicas


para o desenvolvimento das potencialidades do ser humano e de seu bem-estar;

III - desenvolver cultura esportiva e de lazer junto à população, com práticas cotidianas
baseadas em valores de integração do homem com a natureza e da sua identificação com
a cidade de Sinop;

IV - manter em funcionamento pleno as áreas livres municipais destinadas ao esporte e ao


lazer;

V - oferecer acesso universal e integral às práticas esportivas, promovendo bem-estar e

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melhoria da qualidade de vida.

Art. 62 São diretrizes gerais da política municipal do esporte e lazer:

I - a promoção da distribuição espacial de recursos, o acesso aos equipamentos esportivos


municipais e às suas práticas esportivas, objetivando a implantação de áreas
multifuncionais para esporte, lazer e de atividades físicas, proporcionando bem-estar e
melhoria da qualidade de vida;

II - a ampliação e consolidação dos programas nos segmentos de esporte, educação e


rendimento como fator de promoção social;

III - a ampliação e consolidação dos programas destinados à disseminação de práticas


saudáveis junto à comunidade;

IV - a ampliação da rede municipal de equipamentos para o esporte, lazer e atividades


físicas, de acordo com as necessidades atuais e projetadas;

V - a promoção de competições olímpicas e paraolímpicas de caráter municipal, regional e


estadual;

VI - o incentivo à prática do esporte olímpico nas escolas municipais;

VII - a orientação da população para a prática de atividades em áreas verdes, parques,


praças e áreas livres;

VIII - a promoção de revitalizações e reurbanizações de áreas propícias às práticas


esportivas e o diagnóstico de áreas potenciais, possíveis a serem destinadas a estas
práticas, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente - SDU;

IX - o estímulo à prática de jogos tradicionais populares;

X - a recuperação dos equipamentos de esportes, adequando-os à realização de eventos e


espetáculos esportivos;

XI - a garantia do acesso dos portadores de necessidades especiais a todos os


equipamentos esportivos municipais;

XII - a elaboração de diagnósticos, identificando áreas que necessitam de equipamentos


esportivos e de lazer visando a ampliação das redes de equipamentos da Administração
Direta e Indireta;

XIII - a implantação de um sistema regionalizado de administração dos equipamentos


esportivos e de lazer;

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XIV - a implantação de programas estruturantes de esporte e lazer para portadores de


necessidades especiais voltados ao fortalecimento da noção de cidadania.

XV - O incentivo fiscal para a realização de projetos esportivos, a ser concedido às


pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no município, de acordo com a Lei nº 885/05.

Art. 63 São ações estratégicas no campo dos Esportes e Lazer:

I - assegurar o pleno funcionamento de todos os equipamentos de administração direta,


garantindo a manutenção de suas instalações;

II - revitalizar os equipamentos esportivos municipais por ordem de prioridade;

III - promover jogos e torneios que envolvam o conjunto das regiões do Município;

IV - implantar unidades esportivas e áreas de lazer em todas as regiões do município, com


atenção especial as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);

V - elaborar e propor legislação de incentivo às atividades de esporte e lazer, com parcerias


público-privadas;

VI - atualizar a legislação que rege o Conselho Municipal de Esportes e Lazer e implantar o


Fundo Municipal de Esportes e Lazer;

VII - revitalizar e assegurar pleno funcionamento dos Centros Desportivos Municipais;

VIII - apoiar, na medida do possível, a administração comunitária dos Clubes Desportivos


Municipais, oferecendo apoio de corpo técnico competente que permita auxiliar na fase de
construção e manutenção de equipamentos;

IX - incentivar a organização de competições amadoras nas diferentes modalidades


esportivas, utilizando a rede pública direta e indireta de equipamentos esportivos;

X - implantar programa de ruas, de lazer, com prioridade nas Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS);

XI - criar e apoiar o pleno funcionamento dos Centros Desportivos Municipais (CDMs) e


garantir sua administração pela comunidade;

XII - elaborar um calendário anual de eventos esportivos, que garantam a continuidade sem
a interrupção dos eventos de maior tradição e popularidade.

Seção VI
Da Política Municipal da Cultura

Subseção I

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47/133

Dos Objetivos, Diretrizes e Ações Estratégicas

Art. 64 A Política Municipal de Cultura, em cooperação com a União e o Estado, garantirá


a livre, plural e democrática manifestação das ciências, artes e letras, com amplo acesso às
fontes da cultura, estimulando a participação de todos os grupos, sociais, em todos os
níveis, e em suas diversas formas de expressão, tem como objetivos:

I - contribuir para a construção da cidadania cultural no Município de Sinop, que significa:

a) universalizar o acesso à produção e fruição de bens e atividades culturais,


especialmente na perspectiva da inclusão cultural da população de baixa renda;
b) garantir a todos os espaços e instrumentos necessários à criação e produção cultural;
c) democratizar a gestão da cultura, estimulando a participação dos segmentos
responsáveis pela criação e produção cultural nos processos decisórios, garantindo a
formação e informação cultural do cidadão.

II - assegurar o pleno funcionamento de equipamentos e serviços culturais municipais;

III - construir políticas públicas de cultura e contribuir para a constituição de esfera pública
da cultura com a participação da sociedade;

IV - articular a política cultural ao conjunto das políticas públicas voltadas para a inclusão
social, especialmente as educacionais e de juventude;

V - apoiar manifestações culturais que se situam à margem da indústria cultural e dos


meios de comunicação;

VI - promover o aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da área da cultura;

VII - reformar e criar leis, instituições e mecanismos destinados ao financiamento e fomento


à cultura.

O cumprimento da Política Municipal de Cultura compete ao Poder Executivo


Art. 65
Municipal, especialmente através de:

I - a promoção, proteção e preservação do patrimônio cultural do Município como um todo;

II - a aquisição e manutenção dos mais diversos e variados equipamentos que promovam


cultura;

III - a informação, valorização e manutenção de arquivo cultural próprio para formação dos
valores culturais da cidade, da região e do Estado;

IV - a proteção, em sua integridade e desenvolvimento, das manifestações de cultura


popular, de origem étnica e de grupos participantes da constituição da nacionalidade
brasileira.

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48/133

Art. 66 A Política Municipal da Cultura nortear-se-á pelas seguintes diretrizes:

I - a estimulação e a criação de centros culturais para a produção e difusão das várias


formas de expressão artística e de valores culturais, visando também tornar-se um pólo
exportador dessas atividades;

II - a estimulação, a criação e a ampliação da rede de bibliotecas públicas, particulares e


cooperativas, concebidas como elementos de apoio para os núcleos estudantis e para uso
da população em geral e implantar sistema de atualização permanente de seus acervos;

III - a estimulação e a implantação de áreas culturais através de projetos específicos;

IV - a estimulação na formação, produção e difusão de áreas como artesanato, teatro,


dança, música, literatura, artes plásticas, vídeo, fotografia e atividades folclóricas entre
outras;

V - o aproveitamento dos espaços institucionais como centros culturais e estimular a


produção cultural;

VI - o asseguramento da participação democrática das entidades, organizações culturais e


da sociedade civil, através de seus conselhos representativos e dos agentes culturais na
elaboração e discussão dos planos e projetos culturais, e na produção de bens e
equipamentos necessários à área cultural.

VII - a fomentação para elaboração, execução e a construção do Teatro Municipal, em


parceria com o Governo Estadual e Federal;

VIII - a implantação de programas de formação e estímulo à criação, fruição e participação


na vida cultural, especialmente nas regiões mais carentes e também com atenção especial
aos jovens, adolescentes e idosos e portadores de necessidades especiais;

IX - o apoio a movimentos e manifestações culturais que contribuam para a qualidade da


vida cultural;

X - o apoio às manifestações institucionais ou não, vinculadas à cultura popular, grupos


étnicos e outros que contribuam para a construção da cultura, da paz e de uma sociedade
solidária;

XI - a consolidação da cidade como referência na promoção de eventos culturais na área


da música, do teatro, das artes plásticas, do cinema e da literatura;

XII - a ampliação e a consolidação das possibilidades de convivência cotidiana do cidadão


com atividades artísticas e culturais, considerando novas formas de expressão e a inserção
da arte no âmbito comunitário;

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XIII - a promoção e a utilização dos equipamentos municipais e dos espaços públicos como
mecanismo de descentralização e universalização da atividade cultural;

XIV - a ampliação as possibilidades de produção, difusão e acesso aos bens e atividades


culturais, incentivando as relações entre a arte e a tecnologia;

XV - a preservação e conservação do patrimônio cultural da cidade;

XVI - o incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido às pessoas
física ou jurídica domiciliada no Município, de acordo com a Lei nº 582/99.

Art. 67 São ações estratégicas no campo da Cultura:

I - elaborar o Plano Municipal de Cultura em conjunto com representações da sociedade


civil e outros setores do governo;

II - organizar e promover a Conferência Municipal de Cultura envolvendo todos os


segmentos culturais da cidade de Sinop;

III - manter ativo o Conselho Municipal de Cultura, com a participação de todos os


segmentos culturais;

IV - garantir a inserção da política cultural no processo de orçamento participativo;

V - estimular a ocupação cultural dos espaços públicos da cidade;

VI - recuperar e revitalizar os equipamentos culturais da cidade, como centros culturais,


bibliotecas, casa de cultura e centros de terceira idade;

VII - construir nas regiões a ação cultural descentralizada, conjuntamente com movimentos
sociais e agentes culturais;

VIII - implantar unidades culturais nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);

IX - utilizar os equipamentos municipais como: bibliotecas, centros culturais e casa de


cultura como espaços e mecanismos de descentralização e inclusão cultural;

X - promover, de modo descentralizado, a realização de mostras de cinema, teatro e


música;

XI - criar a fundação cultural de Sinop para a fomentação de recursos e gestão de ações


culturais do Município;

XII - informar e orientar a população sobre patrimônio artístico, arquitetônico e cultural,


incentivando assim sua fruição e preservação;

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XIII - revitalizar edifícios de interesse histórico e cultural, por meio de utilização, para
finalidade adequada à sua preservação e valorização;

XIV - preservar, atualizar, ampliar e divulgar a documentação e os acervos que constituem


o patrimônio cultural do Município;

XV - promover, em conjunto com a comunidade escolar, visando desenvolver programas


de artes;

XVI - estabelecer o mapeamento cultural com a contagem de equipamentos culturais


públicos e privados no Município.

Os instrumentos básicos para o cumprimento da política democrática cultural do


Art. 68
Município, além de outros previstos nas legislações Federal, Estadual e Municipal são:

I - a manutenção e ampliação dos equipamentos públicos e serviços prestados na área


cultural;

II - os contratos, convênios e acordos entre o Poder Público Municipal e outros agentes


intervenientes no processo cultural;

III - a garantia de participação, através dos processos de gestão, co-gestão e parceria, da


sociedade civil em geral, nas ações culturais.

§ 1º As ações culturais no Município de Sinop serão desenvolvidas sob o gerenciamento


dos órgãos previstos no Parágrafo 2º, sempre que possível, em integração com outros
setores e órgãos Municipais, especialmente os ligados à área social.

§ 2º O Município exercerá sua competência na área da cultura, de acordo com a Lei


Orgânica do Município de Sinop, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e
do Conselho Municipal de Cultura.

Seção VII
Da Política Municipal do Abastecimento Alimentar

Art. 69A Política Municipal de Abastecimento tem como objetivo garantir e ampliar o
acesso aos diversos segmentos da população a alimentos de qualidade e ao atendimento
das necessidades nutricionais da população de Sinop, especialmente àquelas em situação
de risco social, melhorando o seu padrão nutricional e facilitando o acesso a produtos
alimentícios básicos de qualidade, em quantidade suficiente e a preços acessíveis à
população, especialmente a de baixa renda.

Art. 70 São diretrizes gerais da Política Municipal do Abastecimento:

I - o planejamento e a execução dos programas de abastecimento alimentar, de forma


integrada com os programas especiais de nível Federal, Estadual e Municipal;

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II - a implantação e a ampliação das feiras livres e similares;

III - a criação de projetos de apoio e estímulo às cooperativas de compra para feirantes,


pequenos e médios comerciantes;

IV - a criação de programas, em convênio com as prefeituras da região e com o governo


estadual e federal, no aprimoramento e ampliação da estrutura logística para dar suporte
para o micro, pequeno e médio agricultor;

V - a criação de um programa específico para o desenvolvimento de hortas domésticas,


educacionais comunitárias e institucionais, com finalidade econômica e educacional;

VI - a criação de meios de condições para que o Horto Municipal seja um pólo com fins
educacionais, nas áreas de agricultura, abastecimento e meio ambiente;

VII - o fortalecimento das ações do Poder Executivo Municipal nas áreas de defesa
sanitária, classificação de produtos, serviço de informações de mercado, controle higiênico
das instalações públicas e privadas de comercialização de alimentos e fiscalização em
geral;

VIII - a estruturação de um sistema de abastecimento destinado à melhoria das condições


de atendimento à população, em termos de qualidade, quantidade e preços de produtos de
primeira necessidade, mediante políticas de apoio à produção e à distribuição;

IX - a consolidação e a ampliação do sistema de abastecimento, por meio:

a) da construção de um mercado municipal;


b) da implantação de mini-mercados e de restaurantes populares;
c) da ampliação e da modernização do programa de abastecimento municipal;
d) da criação da Cooperativa de Produtores de Hortifrutigranjeiros.

X - a promoção da implantação de hortas comunitárias, principalmente em regiões nas


quais possam representar suplementação da renda familiar;

XI - o desenvolvimento do programa de gestão compartilhada entre o Poder Executivo


Municipal e os permissionários dos equipamentos públicos de abastecimento;

XII - a promoção de políticas sociais para a população hipossuficiente;

XIII - a promoção para a criação de centro comercial de abastecimento e distribuição de


hortifrutigranjeiros nas regiões;

XIV - a ampliação e a consolidação da Rede Social de Abastecimento;

XV - a oferta de produtos mais baratos e de qualidade à comunidade de baixa renda;

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XVI - a promoção à educação alimentar que vise a forma correta e mais econômica de
assegurar uma alimentação saudável;

XVII - o incentivo a produção de hortaliças, grãos e plantas medicinais em imóveis públicos


e privados;

XVIII - a promoção de ações de combate à fome;

XIX - a viabilização de alimentos em situações emergenciais e de calamidade.

Seção VIII
Da Política Municipal da Segurança Pública e Defesa Social

Art. 71 A política municipal de segurança pública e defesa social tem como fundamento
desenvolver e implantar medidas que promovam a proteção do cidadão, articulando e
integrando os organismos governamentais e a sociedade, para organizar e ampliar a
capacidade de defesa da comunidade e dos próprios munícipes, com os seguintes
objetivos:

I - potencializar as ações e os resultados de segurança pública mediante a articulação com


a instância pública, federal e estadual e com a sociedade organizada;

II - articular as instâncias responsáveis pela proteção da população, dos bens, dos serviços
e dos próprios do Município;

III - ampliar a capacidade de defesa social da comunidade;

IV - coordenar as ações de defesa civil no Município, articulando os esforços das


instituições públicas e da sociedade.

Art. 72 São diretrizes gerais da política municipal de segurança pública e defesa social:

I - o estímulo, a parceria e a co-responsabilidade da sociedade com o Poder Público


Municipal nas ações de segurança pública, defesa comunitária e proteção do cidadão;

II - a promoção à educação e a prevenção na área de segurança pública e defesa social;

III - a intervenção em caráter preventivo nos ambientes e situações potencialmente


geradores de transtornos sociais;

IV - a promoção e a implantação descentralizada dos equipamentos necessários à


melhoria as condições de segurança pública, objetivando a redução dos índices de
criminalidade e dos sinistros;

V - a promoção de programas de prevenção de incêndio, inclusive no âmbito das áreas não

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edificadas;

VI - a implantação de sistema de controle e proteção dos bens municipais;

VII - a elaboração do Plano Municipal de Segurança e Defesa Social.

Capítulo III
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE E DO SANEAMENTO AMBIENTAL

Seção I
Da Política Ambiental

Subseção I
Dos Objetivos, Princípios e Diretrizes

Art. 73 A Política Ambiental objetiva garantir a todos o direito a um ambiente


ecologicamente equilibrado, regulando a ação do Poder Público Municipal e sua relação
com os munícipes e instituições públicas e privadas e constituindo a plataforma de
orientação e referência dos agentes para viabilizar formas de desenvolvimento sustentável,
a fim de preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.

Art. 74 A Política Ambiental Municipal é orientada pelos seguintes princípios:

I - garantia de não-exaustão e equilíbrio na interação de elementos naturais e antrópicos


para abrigar, proteger, conservar e promover a vida em todas as suas formas e níveis de
organização, sejam os indivíduos, as populações, as comunidades, o ecossistema e a
ecosfera;

II - racionalização do uso do solo, subsolo, da água, do ar e da produtividade no uso dos


recursos naturais para a satisfação das necessidades humanas;

III - controle e zoneamento das atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras;

IV - ação local contextualizada no ambiente global;

V - responsabilidade civil e criminal dos agentes responsáveis pelas interferências


ambientais;

VI - interação com as demais esferas de governo para sinergia no desenvolvimento e


aplicação das políticas ambientais;

VII - liberdade e acesso sem restrição, do cidadão e de suas organizações, às informações


sobre o meio ambiente e da sua participação na definição e orientação da política ambiental
do Município;

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VIII - valorização do desenvolvimento, da consciência ecológica e dos movimentos culturais


alinhados com o desenvolvimento sustentado.

Art. 75 São objetivos da Política Ambiental:

I - implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente, Política


Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Programa Nacional de
Controle da Qualidade do Ar, Lei Orgânica do Município, Lei da Política Ambiental do
Município e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal, da
legislação estadual e da legislação municipal no que couber;

II - proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana;

III - controlar e reduzir os níveis de poluição e de degradação em quaisquer de suas


formas;

IV - pesquisar, desenvolver e fomentar a aplicação de tecnologias orientadas ao uso


racional e à proteção dos recursos naturais;

V - incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que


visem à proteção e restauração do meio ambiente;

VI - preservar os ecossistemas naturais e as paisagens notáveis;

VII - garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um


sistema de informações integrado.

Art. 76 Constituem diretrizes da Política Ambiental do Município:

I - a aplicação dos instrumentos de gestão ambiental, estabelecidos nas legislações federal,


estadual e municipal, bem como a criação de outros instrumentos, adequando-os às metas
estabelecidas pelas políticas ambientais;

II - a elaboração do zoneamento ambiental do Município compatível com as diretrizes para


ocupação do solo e com a definição das áreas de proteção ambiental;

III - a elaboração de legislação específica para disciplinar as atividades desenvolvidas no


ambiente urbano;

IV - a compatibilização do desenvolvimento econômico e social com a preservação e


conservação ambiental;

V - a proteção do Patrimônio Cultural, Natural e Ambiental do Município;

VI - a elaboração da Agenda 21 local;

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VII - a implantação de programas de educação ambiental, integrando ações


governamentais e não governamentais;

VIII - a criação de canais de participação das comunidades na solução de seus problemas


ambientais;

IX - o desenvolvimento de programas de capacitação técnica dos recursos humanos do


Poder Público Municipal e da comunidade;

X - a instituição de meios administrativos e técnicos, visando a consolidação da gestão


municipal do meio ambiente;

XI - a articulação, a integração e cooperação das ações e atividades ambientais


desenvolvidas pelos diversos órgãos e entidades ambientais do Município com as dos
órgãos federais e estaduais;

XII - a articulação e integração das ações e atividades ambientais intermunicipais,


favorecendo consórcios e outros instrumentos de cooperação na aplicação e
desenvolvimento de políticas ambientais de âmbito regional;

XIII - a elaboração de uma base de dados ambientais para o Município, incluindo inventário
e mapeamento das coberturas vegetais nativas e antrópicas, hidrologia, pedologia,
geologia, geomorfologia, biodiversidade, fauna e patrimônio genético, dentre outras, em
escalas apropriadas para utilização em levantamentos das potencialidades e restrições na
utilização dos recursos naturais e para adoção de medidas especiais de proteção;

XIV - o controle das atividades produtivas, ou quaisquer outras, que acarretem danos
efetivos ou potenciais ao meio ambiente e à qualidade de vida da população;

XV - o estabelecimento de normas e padrões de qualidade ambiental, compatibilizando-os


com a legislação específica e com as inovações tecnológicas;

XVI - a criação, ampliação e gestão de unidades de proteção e conservação ambiental


incluindo parques, reservas, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e de
interesse paisagístico, urbano ou rural, no Município, dotando- as da infra-estrutura
necessária para o cumprimento de suas finalidades;

XVII - a promoção da recuperação ambiental das áreas degradadas do Município, seja pela
ação direta ou indiretamente, através do estímulo e da obrigação da participação dos
agentes degradadores na recuperação ambiental de áreas degradadas;

XVIII - a promoção do tratamento e disposição adequada dos resíduos sólidos, esgotos


domésticos e industriais produzidos no Município;

XIX - a elaboração de programas integrados para a redução da produção de resíduos


oriundos de todo tipo de atividade antrópica, seja doméstica, comercial, industrial ou de

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lazer;

XX - a promoção da educação e do marketing ambiental, visando ao desenvolvimento da


consciência social para que se encontre padrão de desenvolvimento sustentado no âmbito
municipal;

XXI - a garantia de taxas satisfatórias de permeabilidade do solo e das calçadas no


território urbano, através de Lei Municipal específica;

XXII - o monitoramento permanente das condições das áreas de risco e adoção de


medidas preventivas pertinentes;

XXIII - a proteção das áreas de mananciais, limitando, racionalizando a ocupação;

XXIV - a impedimento ou restrição da ocupação urbana em áreas impróprias à


urbanização, bem como em áreas de valor paisagístico;

XXV - a garantia da integridade do patrimônio ecológico, genético e paisagístico do


Município;

XXVI - a utilização de espécies adequadas ao clima local na arborização dos logradouros


públicos;

XXVII - a criação de mecanismos de fomento para:

a) estudos e pesquisas acerca do Meio Ambiente, visando preferencialmente a elaboração


do Código Ambiental do Município de Sinop;
b) florestamento e reflorestamento com a finalidade de suprir a demanda de produtos
lenhosos, ocupar área com vocação florestal e estimular o desenvolvimento da
agroindústria florestal no Município e de minimizar o impacto da exploração dos
adensamentos vegetais nativos;
c) programas de conservação de solos e dos mananciais aqüíferos para minimizar a
erosão e o assoreamento de corpos d`água interiores naturais ou artificiais;
d) programas de defesa e recuperação da qualidade das águas, do ar e do clima;
e) programas de florestamento com espécies nativas para fins de composição das áreas de
reservas legais;
f) programas de estímulo ao consumo e produção de energia oriunda de fontes renováveis,
inclusive as de biomassa em substituição das de origem fóssil;
g) projetos de pesquisas para o desenvolvimento tecnológico, dando prioridade para a
utilização de espécies nativas nos programas de reflorestamento do município.

XXVIII - a orientação e o controle do manejo do solo nas atividades agrícolas;

XXIX - o controle da poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo;

XXX - a definição de metas de redução da poluição;

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XXXI - a implementação do controle de produção e circulação de produtos perigosos.

Seção II
Do Saneamento Ambiental

Art. 77São elementos referenciais para o saneamento ambiental de Sinop, de modo a


melhorar as condições de vida da população no Município e impedir a degradação dos
seus recursos naturais, os seguintes sistemas:

I - abastecimento de água;

II - esgotamento sanitário;

III - drenagem das águas pluviais;

IV - gestão integrada de resíduos sólidos;

V - controle da poluição ambiental.

Art. 78A implantação de qualquer projeto público ou privado, no Município, deverá


obedecer às disposições e aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos na
legislação municipal vigente.

Constituem prioridades para a implementação da gestão do saneamento ambiental


Art. 79
no Município de Sinop:

I - elaboração e implementação do Plano Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental -


PLAGESAN, como instrumento da gestão do saneamento ambiental, a ser elaborada e
levada a Câmara Municipal através de lei complementar a este Plano Diretor em
consonância com as políticas municipal, estadual e federal de saneamento;

II - elaboração e implementação do Plano Municipal de Esgotamento Sanitário de Sinop;

III - elaboração e implementação do Plano Municipal de Drenagem Urbana e a criação de


um sistema de captação de águas pluviais;

IV - implantação de um sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos que adote uma


gestão integrada e participativa, com a definição de um local adequado para destinação
final, promovendo a recuperação ambiental de áreas degradadas, com a inserção social
dos catadores de materiais recicláveis;

V - elaboração do Plano Municipal de Águas Superficiais e Subterrâneas, com identificação


das áreas de contribuição das bacias hidrográficas e das áreas de preservação das águas
utilizáveis para o abastecimento da população;

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VI - elaboração de programas e de estudos baseados nas condicionantes ambientais e


socioculturais locais para a definição do destino final do lixo e do esgoto, priorizando-se a
coleta seletiva do lixo;

VII - definição de critérios para aplicação, no Município, dos recursos oriundos da prestação
de serviços de abastecimento de água e saneamento básico.

Art. 80 São diretrizes gerais para a gestão do saneamento ambiental no Município de


Sinop:

I - a integração das políticas, programas e projetos de abastecimento de água, coleta e


tratamento de esgotos, drenagem pluvial, coleta e disposição final de resíduos sólidos;

II - a integração nos programas e projetos da infra- estrutura de saneamento básico,


componentes de educação ambiental, de melhoria da fiscalização, do monitoramento e da
manutenção das obras;

III - a adequação das características tecnológicas e do dimensionamento da infra-estrutura


dos sistemas de saneamento básico às características do meio ambiente e às condições de
ocupação do solo no Município;

IV - a articulação dos órgãos responsáveis pelo planejamento e controle urbano com a


concessionária de água e esgoto para integrar as diretrizes e medidas relativas ao uso do
solo à capacidade de infra-estrutura implantada e prevista para o Município;

V - a articulação com municípios vizinhos para ações conjuntas de apoio na implantação ou


adequação dos sistemas de saneamento básico;

VI - o atendimento dos serviços de saneamento básico de acordo com a vulnerabilidade


ambiental das áreas urbanas e da intensidade da ocupação, especialmente por população
de baixa renda;

VII - o apoio no cadastramento e mapeamento de equipamentos e serviços de infra-


estrutura de saneamento básico.

Deverão ser contempladas na legislação urbanística as seguintes medidas relativas


Art. 81
ao saneamento básico:

I - a implantação de faixas sanitárias com arborização nas vias de fundo de vales;

II - as reservas de áreas para implantação de sistemas de tratamento de esgotos em


regiões não servidas por rede coletora em novos empreendimentos;

III - a exigência de sistemas alternativos de tratamento de esgotos para novos


empreendimentos nas áreas não servidas por rede coletora e de acordo com a densidade
populacional prevista;

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IV - as exigências quanto à permeabilidade do solo, compatíveis com as necessidades de


absorção das águas pluviais, especialmente para empreendimentos de grande porte e nas
áreas alagáveis da cidade;

V - a preservação das áreas de recarga de aqüíferos, restringindo o uso e a ocupação


urbana.

Art. 82 São diretrizes específicas para a gestão do sistema de abastecimento de água:

I - a adoção de sistema misto de captação de água, incluindo sistemas superficiais e


subterrâneos, equilibrando as ofertas e buscando a universalização do acesso ao uso da
água;

II - a implantação de cobrança diferenciada do serviço de abastecimento de água, de


acordo com a faixa de renda dos segmentos da população, o consumo dos usuários e a
qualidade da infra-estrutura instalada;

III - o apoio aos órgãos e entidades estaduais na fiscalização de operações irregulares de


captação de água, superficiais ou de subsolo, e no cumprimento de medidas rígidas para
controle de perfuração de poços por particulares;

IV - o apoio ao controle, à institucionalização e ao monitoramento da abertura de poços


profundos de captação para preservação da qualidade e quantidade da água subterrânea,
através de parcerias com as empresas perfuradoras, e dos poços rasos, por convênios com
a concessionária;

V - a conscientização da população para a necessidade de diminuir o consumo e


racionalizar o uso de água, através de campanhas de educação e ações técnicas
específicas;

VI - o asseguramento do abastecimento de água no Município, segundo a distribuição


espacial da população e das atividades sócio- econômicas;

VII - o asseguramento na qualidade da água dentro dos padrões sanitários.

Art. 83 São diretrizes específicas para a gestão do sistema de esgotamento sanitário:

I - a universalização da rede coletora de esgoto;

II - a prioridade do atendimento às áreas de vulnerabilidade ambiental e de alta densidade


populacional;

III - a utilização de recursos dos instrumentos urbanísticos para a melhoria do sistema de


esgotamento sanitário.

Art. 84

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Art. 84 São diretrizes específicas para a gestão do sistema de drenagem urbana:

I - a adequação do sistema de drenagem urbana com a ampliação e recuperação das


galerias de águas pluviais existentes;

II - a articulação entre órgãos municipais e entidades comunitárias para implementação de


um programa de prevenção à obstrução das galerias de águas pluviais, através da
educação ambiental;

III - a ampliação do conhecimento das condições de drenagem com a identificação e


mapeamento das principais áreas de recarga de aqüíferos de Sinop.

Art. 85 São diretrizes específicas para a gestão dos resíduos sólidos:

I - a conscientização da população para a necessidade de minimizar a produção dos


resíduos sólidos;

II - a ampliação e fortalecimento das ações para coleta seletiva na cidade;

III - o incentivo à formação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Art. 86 São diretrizes relativas à limpeza urbana:

I - a promoção da articulação do Município no tocante a coleta, transporte, tratamento e


destinação dos resíduos sólidos;

II - a implantação de programas especiais de coleta e destinação final do lixo em áreas


ocupadas por população de baixa renda;

III - o incentivo de estudos e pesquisas direcionados para a busca de alternativas


tecnológicas e metodológicas para coleta, transporte, tratamento final do lixo, visando a
prolongar ao máximo a vida útil dos aterros sanitários;

IV - a garantia da adequada prestação de serviço de limpeza urbana, segundo a


distribuição espacial da população e das atividades sócio- econômicas;

V - a complementação e consolidação da descentralização das atividades de limpeza


urbana, particularmente no que concerne às unidades de recepção, triagem e
reprocessamento de resíduos recicláveis, bem como de tratamento e destinação final dos
resíduos não recicláveis;

VI - a criação de condições urbanísticas para a implantação do sistema de coleta seletiva


dos resíduos sólidos urbanos, dando especial atenção ao tratamento e à destinação final
do lixo hospitalar;

VII - o incentivo de sistemas de monitorização para o controle de contaminação do lençol

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freático nas áreas de depósito de resíduos industriais e de aterros sanitários.

Capítulo IV
DA POLÍTICA MUNICIPAL DA MOBILIDADE URBANA

Seção I
Das Disposições Gerais

A política de mobilidade urbana é o instrumento da política de desenvolvimento


Art. 87
urbano de que trata o Artigo 182 da Constituição Federal, e tem como objeto a interação
dos deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.

A política de mobilidade urbana tem como objetivo contribuir para o acesso amplo e
Art. 88
democrático à cidade, por meio do planejamento e organização do sistema de mobilidade
urbana e a regulação dos serviços de transportes urbanos.

§ 1º O Sistema de Mobilidade Urbana é definido neste Plano como o conjunto estruturado


e coordenado de modos, serviços e infra-estruturas que garantem os deslocamentos de
pessoas e bens na cidade.

§ 2º Para os fins dispostos neste Plano, considera-se:

I - Modos de transporte urbano:

a) coletivos;
b) privados motorizados;
c) não-motorizados.

II - Serviços de transporte urbano:

a) coletivos;
b) táxi;
c) transporte de bens;
d) especiais de pessoas.

III - Infra-estruturas de mobilidade urbana:

a) calçadas, passarelas, passagens e faixas de pedestres;


b) estacionamentos;
c) rede viária urbana;
d) terminais ou estações, inclusive de integração intra ou intermodal de transporte urbano;
e) pontos de paradas para embarque e desembarque de passageiros;
f) ciclovias e ciclofaixas;
g) sinalização viária;
h) sistemas de informação;

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i) equipamentos e instalações;
j) garagens e pátios.

Seção II
Das Definições

Art. 89 Para os fins deste Plano, considera-se:

I - transportes coletivos: transporte público de pessoas utilizado simultaneamente por vários


usuários e acessível a toda população mediante pagamento individualizado com base em
preços pré-fixados pelo Poder Público Municipal;

II - transportes privado motorizado: transporte de pessoas por veículos motorizados de


propriedade privada, utilizado sem fins comerciais;

III - transportes não-motorizados: deslocamentos realizados a pé e por veículos movidos


pelo esforço humano ou tração animal;

IV - táxi: serviço de transporte de pessoas por automóvel com condutor, utilizado por
qualquer pessoa ou grupo de indivíduos mediante pagamento;

V - transportes de bens: serviço de movimentação de bens ou mercadorias, incluindo as


operações de carga e descarga;

VI - transportes urbanos: são definidos neste Plano como o conjunto dos meios apropriados
para o deslocamento de pessoas e bens na cidade e integra a política de mobilidade
urbana;

VII - serviços especiais de transporte urbano de pessoas:

a) por fretamento, realizado por meio de contrato público ou entre particulares, com
características operacionais exclusivas para cada linha e demanda;
b) escolar urbano, destinado ao transporte de estudantes mediante contrato público ou
entre particulares;
c) destinados a pessoas com necessidades especiais, mobilidade reduzida ou socialmente
vulneráveis.

VIII - subsistema viário: conjunto de vias e logradouros de uma área urbana onde transitam
veículos, pessoas e semoventes;

IX - acessibilidade urbana: a facilidade, em distância, tempo e custo, de se alcançar


fisicamente os destinos desejados na cidade.

Seção III
Dos Princípios, Objetivos e Diretrizes

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Art. 90 A Política de Mobilidade Urbana Sustentável está fundamentada nos seguintes


princípios:

I - o direito ao acesso universal, seguro, equânime, democrático ao espaço urbano de


circulação, vias e logradouros;

II - a transparência e participação social no planejamento, controle e avaliação da política


de mobilidade urbana;

III - o desenvolvimento da cidade, por meio da mobilidade urbana sustentável;

IV - a universalização do acesso ao transporte público coletivo;

V - a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais;

VI - as políticas públicas de transporte e trânsito, política municipal de mobilidade urbana


sustentável, articuladas entre si e com a política de desenvolvimento urbano e a do meio
ambiente;

VII - a mobilidade urbana centrada no deslocamento das pessoas;

VIII - o transporte coletivo urbano como um serviço público essencial;

IX - a eficiência e eficácia na prestação dos serviços de transporte urbano;

X - a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos de
transporte urbano;

XI - a transparência e participação social no planejamento, controle e avaliação da política


de mobilidade urbana;

XII - a paz e educação para cidadania no trânsito como direito de todos.

Art. 91 A Política Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável tem por objetivos:

I - contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável do Município, buscando


compatibilizar o crescimento, a eficiência econômica com a conservação ambiental;

II - promover e qualificar o planejamento dos transportes como viabilizador da redistribuição


do espaço e da circulação;

III - garantir a apropriação do uso do espaço urbano para a parcela mais numerosa e
vulnerável: pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo urbano, pessoas com
deficiência, portadoras de necessidades especiais e idosos;

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IV - promover a plena acessibilidade aos meios de transportes, sem barreiras;

V - estimular a participação cidadã, de forma a fomentar o efetivo controle social das


políticas públicas de transporte e trânsito;

VI - promover a universalização do acesso ao transporte público;

VII - expandir, promover e melhorar o uso dos transportes não motorizados;

VIII - garantir a acessibilidade das pessoas portadoras com deficiência ou com restrição de
mobilidade.

Parágrafo único. Entende-se por Mobilidade Urbana Sustentável o resultado de um


conjunto de políticas de transporte, circulação, acessibilidade e trânsito, além das demais
políticas urbanas, cujo objetivo maior está em priorizar o cidadão na efetivação de seus
anseios e necessidades, melhorando as condições gerais de deslocamento na cidade, com
o mínimo de impacto ambiental.

Art. 92 São diretrizes gerais da política de mobilidade urbana sustentável:

I - a priorização de pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo, pessoas com


necessidades especiais e idosos, no uso do espaço urbano de circulação;

II - a promoção ampla na participação cidadã, de forma a garantir o efetivo controle social


das políticas de Mobilidade Urbana;

III - a promoção no barateamento das tarifas de transporte coletivo, de forma a contribuir


para o acesso dos menos favorecidos;

IV - a articulação e a definição, em conjunto com os Estados, Distrito Federal e Municípios,


de fontes alternativas de custeio dos serviços de transporte público, incorporando recursos
de beneficiários indiretos no seu financiamento;

V - a promoção ao acesso das populações de baixa renda, especialmente dos


desempregados e trabalhadores informais, aos serviços de transporte coletivo urbano;

VI - a promoção à proteção aos cidadãos nos seus deslocamentos através de ações


integradas, com ênfase na educação;

VII - a promoção e o apoio a implementação de sistemas cicloviários seguros, priorizando


aqueles integrados à rede de transporte público;

VIII - a promoção e o apoio para a melhoria da acessibilidade, facilitando o deslocamento


no Município, através de uma rede integrada de vias, ciclovias e ciclofaixas e ruas
exclusivas de pedestres, com segurança, autonomia e conforto, especialmente aos que têm
dificuldade de locomoção;

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IX - o incentivo e a difusão de medidas de moderação de tráfego e de uso sustentável e


racional do transporte motorizado individual;

X - o apoio a planos e projetos que ordenem à circulação de mercadorias de maneira


racional e segura, principalmente em relação às cargas perigosas;

XI - a promoção à preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental dos centros


urbanos, regulando a circulação de veículos;

XII - a promoção e a viabilização da associação e a coordenação entre a política municipal


de mobilidade sustentável e de transporte e trânsito em consonância com as políticas de
promoção habitacional, desenvolvimento urbano, meio ambiente e saneamento ambiental
em especial as de drenagem de águas pluviais e resíduos sólidos;

XIII - a promoção de políticas de mobilidade urbana e valorização do transporte coletivo e


não-motorizado no sentido de contribuir com a reabilitação das áreas urbanas centrais;

XIV - a promoção na capacitação dos agentes públicos e o desenvolvimento institucional


dos setores ligados à mobilidade;

XV - a promoção e o apoio à regulamentação adequada dos serviços de transporte público;

XVI - a promoção ao desenvolvimento do transporte público, com vistas à melhoria da


qualidade e eficiência dos serviços;

XVII - o estímulo a adoção de novas tecnologias que visem a redução de poluentes,


resíduos ou suspensão e de poluição sonora, priorizando a adoção de combustíveis
renováveis;

XVIII - o desenvolvimento de modelos alternativos de financiamentos para a


implementação de projetos da mobilidade urbana;

XIX - o equacionamento no abastecimento e a distribuição de bens dentro do Município de


modo a reduzir seus impactos sobre a circulação viária e o meio ambiente;

XX - o apoio e a promoção de medidas para coibir o transporte ilegal de passageiros;

XXI - a integração com a política de uso e controle do solo urbano;

XXII - a diversidade e complementaridade entre serviços e modos de transportes urbanos;

XXIII - a priorização a proteção individual dos cidadãos e do meio ambiente no


aperfeiçoamento da mobilidade urbana, circulação viária e dos transportes;

XXIV - a promoção no controle, monitoramento e fiscalização, diretamente ou em conjunto

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com órgãos da esfera estadual ou federal, da circulação de cargas perigosas e dos índices
de poluição atmosférica e sonora nas vias do Município;

XXV - a priorização no espaço viário ao transporte coletivo em relação ao transporte


individual;

XXVI - a elaboração e a implementação do Plano Municipal de Mobilidade e Transporte


Urbano Integrado.

Parágrafo único. As diretrizes gerais da política municipal de mobilidade urbana e


transporte são voltadas para o conjunto da população do Município, com diretrizes
específicas para os seus principais componentes.

Seção IV
Do Sistema de Transporte Urbano

Art. 93O sistema de transporte urbano de Sinop é o conjunto formado por infra-estrutura,
veículos e equipamentos utilizados para o deslocamento de pessoas e bens na área
urbana, que possibilita o acesso ao direito de ir e vir dos indivíduos ao processo produtivo,
aos serviços, aos bens e ao lazer.

Art. 94 O sistema de transporte urbano é formado:

I - pelo sistema de circulação: conjunto de elementos voltados para a operação do sistema


viário, compreendendo os equipamentos de sinalização, fiscalização e controle de tráfego;

II - pelo sistema viário: constituído pela infra-estrutura física das vias e logradouros que
compõem a malha por onde circulam os veículos;

III - pelo sistema de transporte coletivo de passageiros: constituído pelos veículos de


acesso coletivo, pelas estações de passageiros e abrigos, pelas linhas de ônibus, pelas
empresas operadoras e pelos serviços de táxi;

IV - pelo sistema de transporte de carga: constituído pelos veículos, centrais, depósitos,


armazéns e operadores de cargas;

V - pelo sistema cicloviário: constituído pelas ciclofaixas e ciclovias interligadas.

Seção V
Dos Sistemas: Viário, Cicloviário e de Circulação

O planejamento do sistema viário tem por objetivo assegurar a melhoria das


Art. 95
condições de mobilidade da população, seja de pedestres, ou de veículos automotores, e
tem como principal instrumento, o sistema de classificação viária.

Art. 96

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Todos os planos programas e projetos que se relacionem, direta ou indiretamente,


Art. 96
com o sistema viário do município, deverão ser submetidos à apreciação da Secretaria
Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos juntamente com a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Art. 97 O sistema cicloviário constitui-se de ciclovias e ciclofaixas, assim definidas:

I - Ciclovias: são vias destinadas exclusivamente ao uso de bicicletas, separadas


fisicamente das vias destinadas ao tráfego motorizado;

II - Ciclofaixas: são faixas destinadas exclusivamente ao uso de bicicletas, separadas por


marcação e contíguas às faixas de tráfego motorizado.

Art. 98O sistema de circulação compreende as funções de apoio aos diversos tipos de
vias, ou seja, seus equipamentos e sua sinalização a saber:

I - Gráfica:

a) Horizontal;
b) Vertical.

II - Semafórico.

Art. 99 Os sistemas Viário, Cicloviário e de Circulação têm os seguintes objetivos:

I - assegurar o fácil deslocamento de pessoas e bens no Município;

II - induzir a ocupação adequada e desejada do solo urbano;

III - ampliar a acessibilidade às diversas áreas da cidade, com especial atenção para os
setores descentralizados de comércio e serviços que propiciem a consolidação dos
subcentros urbanos;

IV - garantir a fluidez adequada dos veículos conforme o tipo de via;

V - garantir sinalização e fiscalização viária eficientes;

VI - prever a área para futura implantação de sistema de veículos de transporte de


passageiros de alta capacidade;

VII - incentivar a utilização da bicicleta como meio de transporte e sua utilização como
lazer;

VIII - minimizar os efeitos nocivos da poluição do ar e sonora gerada pelos veículos


automotivos.

Art. 100

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Art. 100 São diretrizes dos sistemas viário, cicloviário e de sinalização:

I - a estruturação e a hierarquização do sistema viário através do plano viário, permitindo


condições adequadas de mobilidade do cidadão nas vias conforme o seu tipo;

II - a continuidade à implantação de sistema de sinalização indicativa e informativa nas vias


de circulação;

III - o desenvolvimento de programas educativos nas escolas e criar campanhas de


educação do trânsito, no sentido de promover a segurança de pedestre, ciclista e motorista;

IV - o desenvolvimento de um programa cicloviário municipal que permita a utilização


segura da bicicleta como meio de transporte, através da implantação do Plano Cicloviário
para a cidade juntamente com a elaboração de normas, regras e campanhas educativas
para sua correta utilização;

V - a demarcação de áreas de interesse urbanístico, para equipamentos destinados à


mobilidade e acessibilidade no município, como:

a) terminal rodoviário;
b) terminais de transportes urbanos;
c) terminais de carga.

VI - a demarcação de pontos estratégicos para o sistema viário e para a implementação de


pontos, paradas e transbordos;

VII - a priorização na circulação do transporte coletivo nos investimentos de expansão do


sistema viário com a segregação em relação ao transporte individual, quando necessário;

VIII - o asseguramento no cumprimento do disposto no Código de Trânsito Brasileiro, com


aplicação de rigorosa fiscalização voltada para a segurança do trânsito;

IX - o direcionamento nas ações de engenharia, operação e fiscalização do trânsito para a


priorização da circulação do transporte coletivo e para a segurança dos pedestres,
estendendo-se às áreas periféricas;

X - a importância da circulação no conjunto da gestão urbanística, em particular no que se


refere à preservação ambiental e uso e ocupação do solo com a avaliação de pólos
geradores de tráfego;

XI - o planejamento, a execução e a manutenção do sistema viário, segundo critérios de


segurança e conforto da população, respeitando o meio ambiente, obedecidas às diretrizes
de uso e ocupação do solo e do transporte de passageiros;

XII - a promoção e a continuidade ao sistema viário por meio de diretrizes de arruamento a


serem implantadas e integradas ao sistema viário oficial, especialmente nas áreas de

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urbanização incompleta;

XIII - a promoção no tratamento urbanístico adequado nas vias e corredores da rede de


transportes, de modo a proporcionar a segurança dos cidadãos e a preservação do
patrimônio histórico, ambiental, cultural, paisagístico, urbanístico e arquitetônico da cidade;

XIV - o melhoramento na qualidade do tráfego e da mobilidade, com ênfase nas ações de


educação, engenharia, policiamento e fiscalização do trânsito de forma integrada;

XV - o planejamento e a operação na rede viária municipal, priorizando o transporte público


de passageiros, em consonância com o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e
Transporte Integrado;

XVI - o aperfeiçoamento e a ampliação do sistema de circulação de pedestres e de


pessoas portadores de necessidades especiais, propiciando conforto, segurança e
facilidade nos deslocamentos;

XVII - a implantação de estruturas para controle da frota circulante e do comportamento dos


usuários.

Subseção I
Da Malha Viária

Malha Viária é o conjunto de vias do Município, classificadas e hierarquizadas


Art. 101
segundo critério funcional.

§ 1º Malha Viária Básica é o conjunto das vias de transição, arteriais e coletoras,


constituindo o principal suporte físico à mobilidade urbana.

§ 2º Função da Via é o seu desempenho de mobilidade, considerando aspectos da infra-


estrutura, do uso do solo, dos modais de transporte e do tráfego veicular.

Art. 102 As vias abertas à circulação são classificadas em conformidade com o Artigo 60,
inciso I, da Lei Federal nº 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro, em:

I - Via de Trânsito Rápido: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre,
sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de
pedestres em nível;

II - Via Arterial: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade;

III - Via Coletora: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade
de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das
regiões da cidade;

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IV - Via Local: aquela caracterizada por interseções em nível, não semaforizadas,


destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas.

Parágrafo único. Os novos projetos de construção e reformas de vias, obedecerão


obrigatoriamente o disposto no sistema de classificação viária a que se refere este Artigo.

Seção VI
Do Sistema de Transporte Público de Passageiros

O Sistema de Transporte Público de Passageiros é formado pelo Serviço de


Art. 103
Transporte Coletivo, Táxi, e Escolar.

Art. 104 O Transporte Coletivo tem os seguintes objetivos:

I - garantir transporte coletivo urbano eficiente e seguro;

II - promover a contínua melhoria dos serviços objetivando o aumento da oferta e aumento


da velocidade operacional do sistema;

III - estabelecer um novo padrão de atendimento que considere o desenvolvimento


tecnológico de veículos e equipamentos e garanta qualidade, quantidade adequada e preço
socialmente justo.

Art. 105 O Sistema de Transporte de Táxi e Transporte Escolar tem os seguintes objetivos:

I - implantar programas de melhoria constante do serviço de Táxi, visando o aumento de


qualidade dos veículos e melhor capacitação dos condutores;

II - desenvolver ações para a melhoria da qualidade dos Transportes Escolares através de


adoções de novas tecnologias veiculares e de capacitação de condutores;

III - elaborar regulamento para o transporte por fretamento.

Art. 106 São diretrizes específicas do Sistema de Transporte Coletivo Urbano:

I - a otimização das taxas de ocupação do sistema de transporte público de passageiros;

II - a integração do sistema de transporte coletivo urbano ao setor de serviços, assegurando


que itinerários estabelecidos facilitem ao munícipe o seu acesso à escola, posto de saúde,
farmácias, correios, bancos, lazer;

III - a conciliação dos traçados das linhas de transporte coletivo às vias com melhores
condições de fluidez e segurança, menor intensidade de uso residencial e maior
acessibilidade a comércio e serviços;

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IV - o desenvolvimento de ações visando ganhos de eficiência do transporte coletivo


diminuindo o custo de prestação do serviço e buscando novas formas de financiamento
para o setor que resulte na redução do gasto dos usuários;

V - a articulação aos meios de transporte coletivo que operam no Município em uma rede
única, integrada física e operacionalmente;

VI - o estabelecimento de critérios de planejamento e operação de forma integrada aos


sistemas estadual e interestadual, atendendo aos interesses e necessidades da população
e características locais;

VII - a promoção aos meios institucionais adequados para a perfeita harmonia no


planejamento e gerenciamento dos serviços públicos de transporte de passageiros no
âmbito federal e estadual;

VIII - a ordenação ao sistema viário, através de mecanismos de engenharia, legislação e


capacitação da malha viária, priorizando a circulação do transporte coletivo sobre o
transporte individual;

IX - a adoção de tecnologias apropriadas de baixa, média e alta capacidade, de acordo


com as necessidades de cada demanda;

X - a promoção na atratividade do uso do transporte coletivo por intermédio de


deslocamentos rápidos, seguros, confortáveis e custos compatíveis;

XI - o estabelecimento de políticas tarifárias que preservem o equilíbrio econômico e social


do sistema de transporte coletivo;

XII - o estabelecimento na excelência de padrões de qualidade que proporcionem aos


usuários do transporte coletivo crescente grau de satisfação do serviço;

XIII - a racionalização ao sistema de transporte e as formas de gerenciamento e controle de


operação;

XIV - a adequação na oferta de transportes à demanda, compatibilizando seus efeitos


indutores com os objetivos e diretrizes de uso e ocupação do solo e da circulação viária;

XV - a possibilidade na participação da iniciativa privada na operação e implantação de


infra-estrutura do sistema, sob a forma de investimento, concessão ou permissão de serviço
público ou obra;

XVI - a promoção e a possibilidade às pessoas portadores de necessidades especiais, e


aos idosos a terem condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma aos meios
de transporte urbano;

XVII - a estruturação às medidas reguladoras para o uso de outros sistemas de transporte

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de passageiros.

Seção VII
Do Sistema de Transporte de Cargas

Art. 107 O Sistema de Transporte de Cargas compreende:

I - as rotas;

II - os veículos;

III - os pontos de carga e descarga;

IV - os terminais:

a) Públicos;
b) Privados.

Art. 108 São objetivos da Política Municipal de Sistema de Transporte de Cargas:

I - normatizar a circulação e o funcionamento do transporte de cargas atendendo as


Legislações Federal e Estadual, visando minimizar os efeitos do tráfego de veículos de
carga nos equipamentos urbanos e na fluidez do tráfego;

II - indicar áreas para implantação de terminais de carga visando à integração intermodal.

Art. 109 São diretrizes específicas do Sistema de Transporte de Cargas:

I - a elaboração do Plano de Transporte de Cargas e de Terminais de Integração definindo


rotas, tipo de veículos, horários de circulação e localização dos pontos de carga e descarga
e dos terminais públicos e privados, inclusive para cargas perigosas, compatíveis com os
Sistemas Viário e de Circulação e com as atividades geradoras de tráfego;

II - o incentivo na criação de terminais próximo a entroncamentos rodoviários não


congestionados e distantes das zonas residenciais;

III - a estruturação às medidas reguladoras para o transporte de carga;

IV - a promoção na integração do sistema de transporte de cargas rodoviárias aos terminais


de grande porte, compatibilizando-o com os programas de desenvolvimento aéreo e
ferroviário e com a racionalização das atividades de carga e descarga na cidade;

V - a definição das principais rotas, os padrões de veículos e os pontos de carga e


descarga a serem utilizados no abastecimento e na distribuição de bens dentro do
Município;

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VI - o estabelecimento de horários especiais de tráfego de veículos de transporte de cargas


bem como restrições de tonelagem nos principais eixos ou áreas da cidade;

VII - a promoção nas medidas reguladoras para o uso de veículos de propulsão humana e
tração animal;

VIII - a viabilização na implantação de terminais integração e de centros de distribuição no


âmbito urbano.

Seção VIII
Da Política Municipal de Trânsito

Art. 110 A Política Municipal do Trânsito busca atingir 5 (cinco) grandes objetivos,
priorizados em razão de seus significados para a sociedade e para o cidadão brasileiro e
de seus efeitos multiplicadores, em consonância com as demais políticas públicas. Sendo
eles:

I - priorizar a preservação da vida, da saúde e do meio ambiente, visando a redução do


número de vítimas, dos índices e da gravidade dos acidentes de trânsito e da emissão de
poluentes e ruídos;

II - efetivar a educação contínua para o trânsito, de forma a orientar cada cidadão e toda a
comunidade, quanto a princípios, valores, conhecimentos, habilidades e atitudes favoráveis
e adequadas à locomoção no espaço social, para uma convivência no trânsito de modo
responsável e seguro;

III - promover o exercício da cidadania, incentivando o protagonismo da sociedade com sua


participação nas discussões dos problemas e das soluções, em prol da consecução de um
comportamento coletivo seguro, respeitoso e não agressivo no trânsito, de respeito ao
cidadão, considerado como o foco dos esforços das organizações executoras da Política
Municipal de Trânsito;

IV - estimular a mobilidade e a acessibilidade a todos os cidadãos, propiciando as


condições necessárias para sua locomoção no espaço público, de forma a assegurar
plenamente o direito constitucional de ir e vir, e possibilitando deslocamentos ágeis,
seguros, confortáveis, confiáveis e econômicos;

V - promover a qualificação contínua de gestão dos órgãos e aprimorando e avaliando a


sua gestão.

Art. 111 São diretrizes gerais da Política Municipal do Trânsito:

I - o aumento na segurança do trânsito;

II - a promoção da educação para o trânsito, através de programas, ações e equipamentos;

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III - o asseguramento na mobilidade e acessibilidade com segurança e qualidade ambiental


a toda população;

IV - a promoção do exercício da cidadania, a participação e a comunicação com a


sociedade;

V - o fortalecimento do Sistema Municipal de Trânsito.

Seção IX
Do Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado

Art. 112O Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado - PMTUI, nos
termos da legislação federal aplicável, visa melhorar a gestão dos transportes e as
condições de circulação e acessibilidade no Município de Sinop, priorizando os transportes
coletivos, não motorizados e a circulação de pedestres.

Parágrafo único. O Plano Municipal de Mobilidade e Transportes Urbano Integrado deverá


ser revisado preferencialmente em conjunto com os órgãos e entidades federais e
estaduais no que se refere ao planejamento das redes rodoviária, e cicloviária e sua
integração no sistema de mobilidade de Sinop, atendendo às diretrizes e normas
estabelecidas nesta Lei.

Art. 113 O Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado deverá prever:

I - ações a serem implementadas em curto, médio e longo prazo para melhoria da


qualidade do transporte coletivo no Município, incluindo:

a) estudo do sistema integrado de transporte coletivo de passageiros, com definição dos


custos operacionais;
b) itinerários e modalidades de transportes públicos;
c) regulamentação das condições de funcionamento, segurança, horários e tarifas;
d) procedimentos de fiscalização e controle social;
e) condições para a concessão de serviços públicos.

II - critérios para qualificação dos equipamentos de suporte do transporte coletivo que


incluam a distribuição dos locais de parada e de integração do transporte rodoviário;

III - prioridades para a implantação e melhoria nos terminais rodoviários e futuras


instalações de terminais de integração, na cidade e nas áreas rurais de Sinop;

IV - ações específicas para melhoria e manutenção das estradas vicinais;

V - ações específicas para melhoria do transporte rodoviário intramunicipal e intermunicipal;

VI - definição da hierarquia viária urbana;

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VII - normas para a qualificação da circulação e acessibilidade, estabelecendo


minimamente:

a) critérios para operação do tráfego de veículos;


b) padronização da sinalização das vias urbanas e das estradas e rodovias localizadas no
território municipal, em complementação às normas federais.

VIII - normas para o transporte de cargas, considerando a natureza das cargas


transportadas e o porte do veículo;

IX - identificação de áreas destinadas à implantação de terminais integração.

Art. 114Dever-se-ão adequar às diretrizes do Plano Municipal de Mobilidade e Transporte


Urbano Integrado:

I - órgãos municipais da administração direta e indireta;

II - instrumentos de regulação e controle urbano;

III - programas, planos e projetos municipais relativos à mobilidade e à estruturação e


qualificação urbana;

IV - ações dos órgãos responsáveis pelo planejamento e gestão do sistema viário e


transporte municipal;

V - concessionários de transporte público.

Art. 115O Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado complementa-se


com os seguintes planos, programas, campanhas e projetos:

I - plano para regularização e qualificação de calçadas que contemple entre outros


aspectos:

a) promoção da acessibilidade universal;


b) larguras mínimas, considerando a implantação de baias de ônibus nas vias de maior
fluxo;
c) padronização das calçadas e dos passeios públicos, quanto à declividade máxima, os
materiais e revestimentos adequados;
d) regras para o acesso de veículos;
e) definição de locais e tipos de arborização;
f) implantação de faixas de serviço e de percurso seguro livre de obstáculos;
g) proteção física no limite entre calçadas, fossos e canais;
h) implantação de faixas de alerta tátil e ilhas de serviço com agrupamento de mobiliário
urbano;
i) adequação de meio-fio com rebaixamento adequado à travessia de pessoas com
mobilidade reduzida;

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j) sinalização e comunicação eficiente.

II - programas de adequação do sistema viário e dos meios de transportes, com ênfase na


acessibilidade para portadores de necessidades especiais;

III - programa de educação para o trânsito no currículo escolar;

IV - campanhas de educação de trânsito com amplo alcance para população de Sinop;

V - campanhas educativas com os usuários dos transportes coletivos.

VI - programa de melhoria dos terminais urbanos de transporte coletivo, considerando:

a) acessibilidade para portadores de necessidades especiais;


b) comunicação e informação aos usuários;
c) segurança e conforto dos usuários;
d) operacionalidade do transporte coletivo.

VII - projeto cicloviário, nos padrões e normas técnicas recomendadas pelo governo
federal, abrangendo:

a) criação de ciclovias ou ciclofaixas nos principais corredores de tráfego;


b) regulamentação de dimensões mínimas e condições de segurança;
c) interligação de ciclovias;
d) integração do sistema cicloviário com outras modalidades de transporte;
e) estacionamento para bicicletas em terminais de transporte coletivo e equipamento
urbano;
f) sinalização horizontal e vertical nos cruzamentos.

TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO

Capítulo I
DAS DIRETRIZES GERAIS

Art. 116O Macrozoneamento e o Zoneamento do Município de Sinop deverão atender às


seguintes diretrizes:

I - a discriminação e a delimitação das zonas especiais, urbanas e rurais;

II - a definição das áreas urbanas e rurais, com vistas à localização da população e de suas
atividades;

III - a designação das unidades de conservação ambiental e outras áreas protegidas por
Lei, discriminando as de preservação permanentes ou temporárias, ainda, nas áreas de

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drenagem das captações utilizadas ou reservadas para fins de abastecimento de água


potável e estabelecendo suas condições de utilização;

IV - a restrição da utilização de áreas de riscos geológicos;

V - a preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária e o estímulo a essas


atividades primárias;

VI - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente natural e construído;

VII - a exigência, para a aprovação de quaisquer projetos de mudança de uso do solo,


alteração de coeficientes de aproveitamento, parcelamentos, remembramento ou
desmembramentos, será necessária prévia avaliação dos órgãos competentes do Poder
Executivo Municipal;

VIII - a exigência, para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, a


elaboração prévia de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA), bem como sua aprovação pelos órgãos competentes do Poder
Público, observada a legislação específica;

IX - a exigência do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), e suas ações complementares,


para regularização ou licenciamento das atividades ou empreendimentos, potencialmente
incômodos ou impactantes, instalados no território do Município de Sinop;

X - a regulamentação da licença para construir, condicionando-a, nos casos de grandes


empreendimentos habitacionais, industriais ou comerciais, ao adequado provimento de
infra-estrutura, de equipamentos urbanos e comunitários necessários;

XI - o estabelecimento na compensação de imóvel considerado pelo Poder Público como


de interesse do patrimônio cultural, histórico, arqueológico, artístico ou paisagístico;

XII - a definição dos critérios para autorização de implantação de equipamentos urbanos,


comunitários e definir sua forma de gestão;

XIII - a definição no tipo de uso, a taxa de ocupação, o coeficiente de aproveitamento e o


coeficiente de permeabilidade dos terrenos, nas diversas áreas.

Art. 117 O ordenamento e o controle do uso do solo devem evitar:

I - a utilização inadequada de imóveis urbanos e rurais;

II - a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes, especialmente junto aos usos


residenciais;

III - o adensamento inadequado à infra-estrutura urbana e aos equipamentos urbanos e


comunitários existentes ou previstos;

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78/133

IV - a ociosidade do solo urbano edificável ou utilizável;

V - a deterioração de áreas urbanizadas e não urbanizadas;

VI - a especulação imobiliária.

Capítulo II
DO MACROZONEAMENTO E DO ZONEAMENTO

Art. 118 Macrozoneamento é o estabelecimento de áreas diferenciadas de adensamento,


uso e ocupação do solo visando dar a cada região melhor utilização em função das
diretrizes de crescimento, da mobilidade urbana e transportes, das características
ambientais e locacionais, objetivando o desenvolvimento harmônico da comunidade e o
bem-estar social de seus habitantes.

Art. 119 O Macrozoneamento divide o território do Município de Sinop considerando:

I - a infra-estrutura instalada;

II - as características de uso e ocupação do território do Município;

III - as características do meio ambiente natural e construído;

IV - a implementação de ações de planejamento, consolidado nesta Lei.

Art. 120 As normas do Macrozoneamento são regras fundamentais de ordenação do


território municipal, de modo a atender os princípios constitucionais da política urbana da
função social da cidade e da propriedade.

As normas de Zoneamento como estratégia da política urbana, consistem no


Art. 121
estabelecimento de zonas com características semelhantes com o propósito de favorecer a
implementação tanto dos instrumentos de ordenamento e controle urbano, quanto das
Zonas Especiais de Interesse.

Art. 122O macrozoneamento tem como objetivo o ordenamento territorial do Município de


forma a permitir:

I - a identificação e exploração dos seus potenciais;

II - a preservação do patrimônio natural, histórico, cultural, arqueológico e paisagístico;

III - a contenção da expansão da área urbana que acarrete degradação sócio-ambiental;

IV - a minimização dos custos de implantação, manutenção e otimização da infra-estrutura


urbana e dos serviços públicos essenciais;

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79/133

V - o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana;

VI - a instalação dos múltiplos usos e convivência entre os diferentes grupos sociais;

VII - a constituição do mapeamento agroambiental do Município para que o uso rural seja
compatibilizado com os recursos naturais.

Art. 123 O território do Município de Sinop divide-se em:

I - Macrozonas;

II - Microzonas;

III - Zonas, a fim de ordenar a ocupação do território e dirigir a produção do espaço no


Município.

O território do Município de Sinop, definido nesta Lei, passa a ter seu


Art. 124
Macrozoneamento composto de:

I - Macrozona Urbana;

II - Macrozona Rural;

III - Macrozona Especial.

§ 1º A delimitação da Macrozona Urbana e da Macrozona Rural está definida em


conformidade ao Anexo III, no Mapa 02, desta Lei.

§ 2º A Macrozona Especial está superposta às outras áreas do macrozoneamento, em


conformidade ao Anexo III, no Mapa 03, desta Lei.

Capítulo III
DA MACROZONA URBANA

A Macrozona Urbana é composta por áreas dotadas de infra-estrutura, serviços e


Art. 125
equipamentos públicos e comunitários, apresentando maior densidade construtiva e
populacional, requerendo uma qualificação urbanística do seu perímetro.

§ 1º A Macrozona Urbana é subdividida em quatro microzonas urbanas que são:

§ 1º A Macrozona Urbana é subdividida em 05 (cinco) microzonas urbanas que são:


(Redação dada pela Lei Complementar nº 157/2017)

I - Zona Urbana Consolidada;

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80/133

II - Zona Urbana Intermediária;

III - Zona Urbana de Expansão I;

IV - Zona Urbana de Expansão II.

V - Zona Urbana Intermediária II. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 157/2017)

§ 2º O Microzoneamento Urbano terá seus perímetros delimitados no Anexo IV, Mapa 04, e
no Anexo V, Descrição Perimétrica do Microzoneamento Urbano desta Lei.

§ 2º O Microzoneamento Urbano terá seus perímetros delimitados conforme disposição do


Anexo I da presente Lei Complementar, contendo o Mapa 04-Descrição Perimétrica do
Macrozoneamento Urbano, bem como os Croquis referentes aos Caminhamentos 01, 02,
03, 04, 05 e 06. (Redação dada pela Lei Complementar nº 157/2017)

§ 3º Os parâmetros urbanísticos para a Macrozona Urbana são aqueles definidos no Anexo


VII, Quadro 1 e no Anexo VIII, Quadro 2 desta Lei.

§ 4º Deverá ser elaborada Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo da Macrozona


Urbana, detalhando e complementando os parâmetros definidos nesta Lei.

§ 5º O parcelamento do solo da Macrozona Urbana será regulado em Lei Municipal


específica.

Art. 126 São diretrizes específicas para o uso e a ocupação do solo da Macrozona Urbana:

I - a adequação da legislação urbanística às especificidades locais;

II - o adensamento controlado nas áreas com maior potencial de infra-estrutura urbana;

III - o controle ao adensamento nos bairros onde o potencial de infra-estrutura urbana é


insuficiente;

IV - o controle à ocupação nas áreas não servidas por redes de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, evitando altas densidades populacionais;

V - o incentivo à ocupação dos vazios urbanos situados em áreas com infra-estrutura


urbana;

VI - a descentralização de atividades, ordenando centros de comércio e serviços na cidade;

VII - a compatibilização do adensamento ao potencial de infra-estrutura urbana e aos


condicionantes ambientais;

VIII - a promoção de um sistema eficiente de acompanhamento da dinâmica urbana;

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81/133

IX - a conscientização da população sobre os benefícios da regularidade urbanística,


inclusive através de campanhas temporárias de regularização edilícia;

X - a adoção de mecanismos permanentes de divulgação e informação da legislação


urbanística à população;

XI - a adequação do quadro técnico dos órgãos de planejamento, meio ambiente, controle e


fiscalização às necessidades municipais, promovendo o aumento quantitativo e qualitativo
em relação ao estágio atual.

Seção I
Zona Urbana Consolidada

Art. 127A Zona Urbana Consolidada, ZUC, é composta pelas áreas do território urbano
que possuem as melhores condições de infra-estrutura da cidade e requerem qualificação
urbanística.

Art. 128 A Zona Urbana Consolidada apresenta as seguintes características:

I - loteamentos urbanos;

II - estrutura viária consolidada;

III - áreas dotadas de infra-estrutura urbana;

IV - ocorrência de bolsões com deficiência de áreas públicas ou de equipamentos públicos;

V - áreas de uso misto com predominância de comércio e serviços, em detrimento do uso


habitacional na área central;

VI - concentração de imóveis de interesse cultural, urbano, e de imóveis não edificados,


não utilizados e subtilizados.

Art. 129 A Zona Urbana Consolidada tem como diretrizes:

I - a prevenção quanto à saturação do sistema viário;

II - a permissão do adensamento populacional onde este ainda for possível, como forma de
aproveitar a infra-estrutura disponível;

III - a ampliação da disponibilidade de equipamentos públicos, os espaços verdes e de


lazer;

IV - a requalificação na paisagem;

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82/133

V - a valorização e a proteção do patrimônio cultural;

VI - a garantia da diversidade de usos, em especial o habitacional, restringindo os conflitos


de vizinhança;

VII - o equacionamento nos conflitos de uso e preservação da diversidade social;

VIII - a destinação de áreas com infra-estrutura para uso de habitação de interesse social
(HIS);

IX - a promoção na ocupação de glebas, lotes vazios e de imóveis vagos e subutilizados;

X - a promoção na preservação do patrimônio histórico e arquitetônico urbano;

XI - a promoção no controle da permeabilidade do solo;

XII - o estabelecimento de que os novos parcelamentos garantam o provimento da infra-


estrutura de acordo com o impacto que sua implantação acarrete nas imediações, além das
exigências previstas na legislação que trata do parcelamento do solo.

Parágrafo único. Ficam enquadrados na Zona Urbana Consolidada os perímetros


delimitados no Anexo VI, Mapa 05 desta Lei.

Seção II
Zona Urbana Intermediária

Art. 130A Zona Urbana Intermediária, ZUI, é a área adjacente à Zona Urbana consolidada
(ZUC), com características e condições físicas para a pronta expansão do município,
sendo composta por áreas onde a indisponibilidade ou a falta de infra-estrutura básica não
permite uma intensificação do uso e ocupação do solo imediata.

Parágrafo único. A Zona Urbana Intermediária terá em suas áreas não parceladas a
implementação do Plano Piloto de Expansão Urbana com grande diversidade de padrão
ocupacional.

Art. 131 A Zona Urbana Intermediária apresenta as seguintes características:

I - parcelamentos rurais;

II - parcelamentos irregulares;

III - fragmentação e descontinuidade do sistema viário;

IV - presença de áreas com carência de infra-estrutura básica urbana;

V - ocorrência de bolsões com deficiência de áreas públicas ou de equipamentos públicos;

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83/133

VI - ocorrência de bairros que exigem a transposição das barreiras da mobilidade urbana


em razão da Rodovia Federal - BR 163;

VII - ocorrência de loteamentos com uso misto consolidado ferindo o disposto nos contratos
de loteamentos a serem regularizados por decreto.

Art. 132 A Zona Urbana Intermediária tem como diretrizes:

I - a promoção de áreas com infra-estrutura para uso de habitação de interesse social


(HIS);

II - a garantia na diversidade de uso e de padrão social;

III - o equacionamento dos conflitos de uso e ocupação do solo;

IV - a adequação do sistema viário nas regiões de morfologia fragmentada;

V - a estruturação do sistema de infra-estrutura urbana;

VI - a promoção da readequação viária;

VII - a implantação do Plano Piloto de Expansão Urbana nas áreas não ocupadas;

VIII - a manutenção dos usos consolidados;

IX - a promoção das medidas necessárias para assegurar as condições urbanísticas e


ambientais adequadas, visando atender as demandas dos equipamentos urbanos e
coletivos a serem implantados;

X - a implantação de loteamentos, conjuntos e projetos habitacionais de interesse social


(HIS) com respectivos equipamentos e serviços comunitários;

XI - garantia de que os novos parcelamentos possam ter o provimento da infra-estrutura de


acordo com o impacto que sua implantação acarrete nas imediações, além das exigências
previstas na legislação que trata do parcelamento do solo.

XII - a instituição de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).

Seção III
Zona Urbana de Expansão I

Art. 133 A Zona Urbana de Expansão I, ZUE I, compreende as áreas adjacentes à Zona
Urbana Intermediária (ZUI) e a Zona Urbana Consolidada (ZUC), e constitui-se de áreas
livres e destinadas à expansão dos núcleos urbanos nos próximos 10 anos, com
características e condições físicas para a expansão urbana do Município, porém com infra-

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84/133

estrutura ainda deficiente ou praticamente inexistente.

Art. 134 A Zona Urbana de Expansão I apresenta as seguintes características:

I - parcelamentos rurais;

II - propriedades rurais;

III - infra-estrutura deficitária ou inexistente;

IV - parcelamentos irregulares localizados em áreas isoladas com precariedade de


interligação viária com a malha urbana.

Art. 135 Na Zona Urbana de Expansão I devem ser observadas as seguintes diretrizes:

I - a recuperação ambiental;

II - a garantia da diversidade de usos para atrair comércio, serviços e atividades que gerem
trabalho e renda;

III - a definição de parâmetros urbanísticos que sejam compatíveis com as características


mencionadas;

IV - a promoção das medidas necessárias para assegurar as condições ambientais e


urbanísticas adequadas;

V - a promoção dos trabalhos de educação ambiental na comunidade; (ZEIS);

VI - a instituição de Zonas Especiais de Interesse Social

VII - a regulamentação e a disciplina do uso e a ocupação do solo para proteção dos


mananciais de água da superfície.

Seção IV
Zona Urbana de Expansão II

A Zona Urbana de Expansão II, ZUE II, são áreas adjacentes à Zona Urbana de
Art. 136
Expansão I (ZUE I), constituí-se de áreas livres e destinadas à expansão dos núcleos
urbanos nos próximos 20 anos, com características e condições físicas para a uma futura
expansão urbana do Município, porém não havendo nenhuma infra-estrutura urbana.

Art. 137 A Zona Urbana de Expansão II apresenta as seguintes características:

I - parcelamentos rurais;

II - propriedades rurais;

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85/133

III - inexistência de infra-estrutura urbana.

Art. 138 Na Zona Urbana de Expansão II devem ser observadas as seguintes diretrizes:

I - a garantia da proteção ambiental;

II - a regulamentação e a disciplina do uso e a ocupação do solo para proteção dos


mananciais de água da superfície;

III - a implementação na legislação específica de proteção dos mananciais de águas


superficiais;

IV - a garantia da diversidade de usos para atrair comércio, serviços e atividades que


gerem trabalho e renda;

V - a promoção das medidas necessárias para assegurar as condições ambientais e


urbanísticas adequadas;

VI - a instituição de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).

Seção V
Zona Urbana Intermediária II (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 157/2017)

A Zona Urbana Intermediária II, doravante reconhecida pela sigla "ZUI II", é a
Art. 138-A
área adjacente à Zona Urbana Intermediária com características e condições físicas para a
pronta implantação de indústrias, comércios, empresas de prestação de serviços e
armazéns, sendo composta por áreas adjacentes às rodovias. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 157/2017)

Art. 138-B A Zona Urbana Intermediária II apresenta as seguintes características:

I - áreas às margens das Rodovias Federais e Estaduais;

II - possibilidade de desmembramento para finalidade urbana específica para a


implantação de indústrias, comércios, empresas de prestação de serviços e armazéns;

III - nas proximidades de trevos e grandes áreas de produção rural;

IV - áreas distantes de núcleos urbanos. (Redação acrescida pela Lei Complementar


nº 157/2017)

Art. 138-C A Zona Urbana Intermediária II tem como diretrizes:

I - a promoção de áreas que permitam a implantação de grandes empreendimentos;

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86/133

II - a atenuação de impactos à malha viária;

III - o equacionamento dos conflitos de uso e ocupação do solo;

IV - a garantia de que os novos empreendimentos possam ter o provimento da


infraestrutura necessária à demanda gerada pela inversão logística da região via BR-163,
sentido ao Estado do Pará. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 157/2017)

Capítulo IV
DA MACROZONA RURAL

Art. 139 A Macrozona Rural é composta por áreas de uso agrícola, extrativista ou pecuário,
com áreas significativas de vegetação natural, condições de permeabilidade próximas aos
índices naturais, por áreas de preservação ambiental formadas por reservas florestais,
parques e reservas biológicas, bem como por áreas de usos não agrícolas, como chácaras
de recreio, lazer, turismo e indústrias compatíveis com atividades agrícolas.

Art. 140 São diretrizes específicas para o uso e a ocupação do solo na Macrozona Rural:

I - a compatibilização do uso e da ocupação rural com a proteção ambiental, especialmente


à preservação das áreas de mananciais e de bacias hidrográficas;

II - o incentivo e estímulo às atividades agropecuárias que favoreçam a fixação do


trabalhador rural no campo;

III - a atualização das informações relativas à Macrozona Rural, inclusive com o seu
mapeamento e o levantamento de dados sobre o domínio fundiário;

IV - o desenvolvimento de técnicas, para a agricultura local;

V - o incentivo na parceria público-privado com relação a empreendimentos de pesquisa


para o desenvolvimento de sistemas de cultivo agrícola;

VI - o desenvolvimento sustentável para o setor madeireiro local;

VII - a elaboração do plano de zoneamento agroambiental.

Parágrafo único. As diretrizes para a Macrozona Rural serão implementadas mediante:

I - a implantação e preservação de cinturões verde ao redor da Macrozona Urbana,


permitindo a convivência das atividades agrícolas à proximidade da ocupação urbana;

II - a elaboração de normas legais específicas para o parcelamento, uso e a ocupação do


Solo da Macrozona Rural;

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III - a criação dos sistemas para captação de água para sustentabilidade ao abastecimento
da Macrozona Urbana e Rural mediante a identificação e delimitação das áreas de
mananciais;

IV - a adequação do quadro técnico dos órgãos de planejamento, meio ambiente, controle e


fiscalização às necessidades municipais, promovendo-se o aumento quantitativo e
qualitativo em relação ao estágio atual.

Capítulo V
DA MACROZONA ESPECIAL

Art. 141 A Macrozona Especial compreendem áreas com características próprias voltadas
para o desenvolvimento racional dentro das suas melhores potencialidades.

§ 1º A Macrozona Especial é subdividida em zonas especiais, que compreendem as


porções do território que exigem tratamento especial por destacar determinadas
especificidades, cumprindo funções especiais no planejamento e no ordenamento do
território, complementando o zoneamento por meio de normas especiais de parcelamento,
uso e ocupação do solo, disciplinadas em Lei Municipal e classificando- se em:

I - Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;

II - Zona Especial de Interesse Ambiental – ZEIA;

III - Zona Especial de Interesse Turístico – ZEITUR;

III - Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL;


(Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2017)

IV - Zona Especial de Interesse Urbano – ZEIU;

V - Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e Cultural – ZEDEC

§ 2º Salvo o explicitamente disposto em contrário nesta Lei, as Zonas Especiais deverão


obedecer aos parâmetros de uso do solo e os coeficientes de aproveitamento da Zona
onde se localizam e definidos no Anexo VII, Quadro 1 desta Lei.

§ 3º Os demais parâmetros urbanísticos para as Zonas Especiais serão definidos nas Leis
Municipais que regulamentarão cada uma das classes nomeadas nos incisos de I a V.

§ 4º As Leis referidas no parágrafo anterior deverão estabelecer diretrizes para


compatibilização entre diferentes classes de zonas especiais, na hipótese de sobreposição
das mesmas.

Art. 142Leis Municipais específicas podem definir outras áreas do território como Zonas
Especiais de Interesse Social, Zonas Especiais de Interesse Ambiental, Zonas Especiais de

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88/133

Interesse Urbano, Zonas Especiais de Interesse Turístico e Zonas Especiais de


Desenvolvimento Econômico e Cultural.

Art. 142 Leis Municipais específicas podem definir outras áreas do território como Zonas
Especiais de Interesse Social, Zonas Especiais de Interesse Ambiental, Zonas Especiais de
Interesse Urbano, Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer e
Zonas Especiais de Desenvolvimento Econômico e Cultural. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2017)

Seção I
Zona Especial de Interesse Social - ZEIS

Art. 143 A Zona Especial de Interesse Social é constituída por porções do território
destinadas prioritariamente à regularização fundiária, à urbanização, à produção e
manutenção de habitação de interesse social (HIS), bem como à produção de loteamentos
de interesse social.

Art. 144 A Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) subdividem-se em três categorias na
seguinte conformidade:

I - ZEIS I - áreas públicas ou particulares com assentamentos irregulares ou clandestinos


ocupados por população de baixa renda, na Macrozona Urbana, com atendimento parcial
das demandas por infra-estrutura, serviços urbanos e equipamentos comunitários, devendo
o poder público e/ou em parceria com o privado para promover, a regularização fundiária e
urbanização complementar;

II - ZEIS II - áreas públicas ou particulares não edificadas e imóveis não utilizados,


subutilizados localizado na Macrozona Urbana, dotados parcialmente de infra-estrutura e
serviços urbanos, necessários à implantação de loteamentos, conjuntos e projetos
habitacionais de interesse social com respectivos equipamentos comunitários e
urbanização complementar;

III - ZEIS III - áreas públicas ou particulares com assentamentos pela população de baixa
renda, localizado na Macrozona Urbana em áreas de Preservação Ambiental,
significativamente precários do ponto de vista urbanístico e habitacional, com acessibilidade
inadequada, riscos e demandas por serviços urbanos e equipamentos comunitários,
devendo o Poder Público e/ou em parceria com o privado promover, quando possível a
regularização fundiária e urbanística.

§ 1º Nas ZEIS II será exigido que, no mínimo, 70 % (setenta por cento) do lote (terreno)
seja reservado para habitação de interesse social (HIS) para o comércio e serviços de
caráter local na fração restante.

§ 2º As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) estão delimitadas no Anexo IX, Mapa
06 desta Lei.

Art. 145

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89/133

Art. 145O Plano de Urbanização para cada Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) será
estabelecido por Decreto do Poder Executivo Municipal e deverá prever:

I - as diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos específicos para o parcelamento, uso e


ocupação do solo;

II - o diagnóstico da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) deverá conter no mínimo:


análise físico-ambiental, análise urbanística e fundiária e caracterização sócio-econômica
da população;

III - os planos e projetos para as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação


física da área, incluindo, de acordo com as características locais: sistema de abastecimento
de água e de coleta de esgotos, drenagem de águas pluviais, coleta regular de resíduos
sólidos, iluminação pública, adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres,
eliminação de situações de risco, estabilização de taludes e de margens de córregos,
tratamento adequado das áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os
usos complementares ao residencial;

IV - instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária;

V - condições para o remembramento de lotes;

VI - forma de participação da população na implementação e gestão das intervenções


previstas;

VII - fontes de recursos para a implementação das intervenções;

VIII - atividades de geração de emprego e renda;

IX - plano de ação social;

X - a relocação das famílias que ocupam imóvel localizado em Áreas de Proteção


Ambiental ou em áreas de risco para áreas dotadas de infra-estrutura, devendo ser
garantido o direito à moradia digna, preferencialmente em empreendimentos de habitação
de interesse social (HIS) implementados nas ZEIS III.

Nas ZEIS II poderão ser implantados loteamentos de interesse social ou


Art. 146
empreendimentos de habitação de interesse social (HIS).

§ 1º Consideram-se loteamento de interesse social aquele destinado à produção de lotes,


com tamanho mínimo de 160 m²,(cento e sessenta metros quadrados) destinados a
famílias com renda igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos.

§ 2º Consideram-se empreendimentos de habitação de interesse social (HIS), aqueles


destinados a famílias com renda igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos, com padrão
de unidade habitacional com no máximo 60m² (sessenta metros quadrados) de área

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90/133

construída, e tamanho mínimo de lote de 160 m².(cento e sessenta metros quadrados).

Deverão ser constituídos em todas as ZEIS, Conselhos Gestores ou comissões


Art. 147
compostas por representantes dos atuais conselhos de bairros ou futuros moradores e do
Poder Executivo Municipal, que deverão participar de todas as etapas de elaboração do
Plano de Urbanização e de sua implementação.

Parágrafo único. Os proprietários de lotes ou glebas e as entidades representativas dos


moradores das ZEIS poderão apresentar ao Poder Executivo Municipal, propostas para o
Plano de Urbanização de que trata este Artigo.

Na Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) deverão ser aplicados os seguintes


Art. 148
instrumentos:

I - Transferência do direito de construir;

II - Consórcio imobiliário;

III - Direito de preempção;

IV - Direito de superfície;

V - Concessão de direito real de uso;

VI - Concessão de uso especial para fins de moradia;

VII - Cessão de posse;

VIII - Parcelamento, edificação e utilização compulsórios;

IX - Autorização de uso;

X - Direito à propriedade.

Seção II
Zona Especial de Interesse Ambiental - ZEIA

Art. 149A Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) é constituída por áreas públicas ou
privadas destinadas à proteção e recuperação da paisagem e do meio ambiente.

Art. 150 A Zona Especial de Interesse Ambiental subdividem-se em duas categorias:

I - Zona de Proteção Permanente (ZPP): áreas de proteção permanente, públicas ou


privadas, cujo objetivo é a preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso que não
envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais;

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91/133

II - Zona de Conservação e Recreação (ZCR): áreas públicas ou privadas, cujo objetivo é


compatibilizar a conservação da natureza com atividades recreativas para a população.

Parágrafo único. A Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) está delimitada no Anexo
X, Mapa 07 e Anexo XI, Mapa 08, desta Lei.

Art. 151O Município poderá criar mecanismos de incentivo visando à preservação da Zona
Especial de Interesse Ambiental.

A delimitação da Zona Especial de Interesse Ambiental poderá ser feita por Lei
Art. 152
Municipal específica, desde que obedeça a classificação proposta pelo Plano Diretor.

Art. 153Para a implementação da Zona Especial de Interesse Ambiental serão aplicados,


dentre outros, os seguintes instrumentos:

I - Direito de preempção;

II - Transferência do direito de construir;

III - Direito superfície;

IV - Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);

V - Estudo Prévio de Impacto Ambiental.

Art. 154 São parâmetros urbanísticos para a Zona Especial de Interesse Ambiental:

I - ZEIA de Proteção Permanente (ZEIA PP): não será permitido parcelamento, uso e
ocupação do solo;

II - ZEIA de Conservação e Recreação (ZEIA CR): não será permitido parcelamento do


solo, somente uso de apoio ao lazer e à recreação.

Seção III
Zona Especial de Interesse Turístico - ZEITUR

Seção III
Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL (Redação
dada pela Lei Complementar nº 151/2017)

Art. 155 A Zona Especial de Interesse Turístico, ZEITUR, compreende as áreas adjacentes
ao Rio Teles Pires, em ambas as margens, bem como uma parcela das margens do Rio
Caiabi, são áreas com relevantes recursos naturais ou de infra- estrutura, capazes de
originar correntes turísticas nacionais, regionais e internacionais.
§ 1º A dinâmica econômica baseia-se principalmente no desenvolvimento da atividade

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92/133

turística, permitido a preservação ecológica, desenvolvimento das potencialidades


turísticas, culturais, ambientais e econômicas do município, destinando a realização de
planos e projetos de desenvolvimento turístico.
§ 2º A Zona Especial de Interesse Turístico (ZEITUR) está delimitada no Anexo XII, Mapa
09 desta Lei.

Art. 155 A Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL


compreende as áreas adjacentes ao Rio Teles Pires, em ambas as margens, bem como
uma parcela das margens do Rio Caiabi e áreas definidas por zoneamento, como áreas
com relevantes recursos naturais ou de infraestrutura, capazes de originar correntes
turísticas nacionais, regionais e internacionais.

§ 1º A dinâmica econômica da ZEITURCL baseia-se principalmente no desenvolvimento da


atividade turística, permitido a preservação ecológica, o desenvolvimento das
potencialidades turísticas, culturais, ambientais e econômicas e de lazer do município,
destinando a realização de planos e projetos de desenvolvimento turístico.

§ 2º A Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL está


delimitada no Anexo XII, Mapa 09, desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 151/2017)

Art. 156 A Zona Especial de Interesse Turístico apresenta as seguintes características:

Art. 156A Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer - ZEITURCL


apresenta as seguintes características: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 151/2017)

I - recursos naturais de extrema relevância;

II - potencialidade turística;

III - possibilidades de empreendimentos turísticos e de apoio ao setor.

IV - possibilidade de empreendimentos na forma de condomínios de lazer. (Redação


acrescida pela Lei Complementar nº 151/2017)

Art. 157 A Zona Especial de Interesse Turístico apresenta as seguintes diretrizes:


I - a elaboração de uma legislação de parcelamento específica aos interesses turísticos,
ambientais e econômicos;
II - a promoção ao desenvolvimento turístico em função de sua localização geográfica;
III - o incentivo de atividades que contribuam para o desenvolvimento turístico, ambiental e
econômico;
IV - a capacitação de mão-de-obra local para a absorção desta no processo de
desenvolvimento turístico;
V - a promoção dos atrativos turísticos locais, bem como a aproximação com a cultura e os
produtos locais.

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Art. 157A Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de Lazer apresenta as


seguintes características:

I - a promoção do desenvolvimento turístico em função de sua localização geográfica;

II - o incentivo de atividades que contribuam para o desenvolvimento turístico, ambiental e


econômico;

III - a capacitação de mão de obra local para a absorção desta no processo de


desenvolvimento turístico;

IV - a promoção dos atrativos locais, bem como a aproximação com a cultura e os produtos
locais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2017)

Seção IV
Zona Especial de Interesse Urbano - ZEIU

Art. 158 Consideram Zonas Especiais de Interesse Urbano, ZEIU, as frações do território
municipal que, em razão de sua singularidade e função, constituem áreas destinadas à
implementação de equipamentos urbanos, comunitários e atividades de interesse
urbanístico coletivo.

Parágrafo único. A Zona Especial de Interesse Urbano (ZEIU) encontra-se mapeada no


Anexo IX, no Mapa 06, desta Lei.

Art. 159 Consideram-se características da Zona Especial de Interesse Urbano:

I - porções territoriais com localização estratégica para empreendimentos urbanos;

II - porções territoriais com equipamentos urbanos de caráter coletivo;

III - equipamentos urbanos pré-existentes que necessitem reestruturação urbana;

IV - áreas que desempenham funções especiais em relação à cidade e que por suas
características peculiares requerem tratamentos urbanos específicos.

Art. 160 Consideram-se diretrizes da Zona Especial de Interesse Urbano:

I - a garantia da qualidade dos espaços urbanos;

II - o incentivo das vocações diferenciadas do caráter e da paisagem edificada;

III - a garantia da qualidade de vida e melhoria da infra-estrutura urbana para a população


municipal;

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IV - a implementação de equipamentos urbanos coletivos que tragam significativas


benfeitorias ao município.

Seção V
Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e Cultural - ZEDEC

Consideram-se Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e Cultural, ZEDEC,


Art. 161
aquelas em que será estimulado o crescimento e a diversificação de atividades
econômicas e culturais.

Parágrafo único. A Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e Cultural (ZEDEC),


encontra-se mapeada no Anexo IX, no Mapa 06, desta Lei.

Art. 162 Constituem objetivos da Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e Cultural:

I - dinamizar a economia geral do município;

II - induzir a realização das potencialidades e vocações econômicas e culturais que melhor


aproveitem, desenvolvam e preservem os atributos físicos, ambientais, culturais e humanos
da cidade;

III - promover a geração de emprego e renda;

IV - promover e fortalecer centralidades regionais e locais.

Art. 163 Constituem diretrizes da Zona Especial de Desenvolvimento Econômico e


Cultural:

I - a construção de equipamentos culturais que objetivem a preservação e divulgação das


tradições culturais do Município;

II - o incentivo para a criação de espaços destinados às atividades de eventos culturais e


econômicos;

III - a adoção de incentivos fiscais que estimulem as empresas privadas a investirem na


produção cultural e artística do Município, e na preservação do seu patrimônio histórico,
artístico e cultural como forma de desenvolvimento econômico;

IV - a implantação de unidades culturais como: centros culturais, bibliotecas, teatros, etc;

V - a reestruturação de unidades de relevância cultural e histórica para o município.

TÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

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Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 164 Para ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, e para o planejamento, controle, gestão e promoção do
desenvolvimento urbano, serão adotados, dentre outros, os seguintes instrumentos de
política urbana:

I - Instrumentos de Planejamento:

a) Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) Lei de Orçamento Anual;
d) Planos de desenvolvimento econômico e social;
e) Planos, programas e projetos setoriais;
f) Programas, projetos e planos especiais de urbanização;
g) Zoneamento ambiental.

II - Instrumentos Jurídicos e Urbanísticos:

a) Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória;


b) Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo;
c) Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
d) Zona Especial de Interesse Social;
e) Outorga Onerosa do Direito de Construir;
f) Transferência do Direito de Construir;
g) Operações Urbanas Consorciadas;
h) Consórcio Imobiliário;
i) Direito de Preempção;
j) Direito de Superfície;
k) Licenciamento Ambiental;
l) Tombamento de Imóveis;
m) Desapropriação;
n) Compensação Ambiental;
o) Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
p) Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA).

III - Instrumentos de Regularização Fundiária:

a) Concessão de Direito Real de Uso;


b) Concessão de Uso Especial para fins de Moradia;
c) Usucapião Urbano;
d) Autorização de Uso,
e) Cessão de Posse;
f) Direito de Preempção;
g) Direito de Superfície;

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h) Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos


favorecidos, especialmente na propositura de ações de usucapião.

IV - Instrumentos Tributários e Financeiros:

a) Impostos municipais diversos;


b) Taxas, tarifas e preços públicos específicos;
c) Contribuição de melhorias;
d) Incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
e) Fundo Municipal de Desenvolvimento Local.

V - Instrumentos Jurídicos-Administrativos:

a) Servidão Administrativa e limitações administrativas;


b) Concessão, Permissão ou Autorização de uso de bens públicos municipais;
c) Contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;
d) Contratos de gestão com concessionária pública municipal de serviços urbanos;
e) Convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;
f) Termo administrativo de ajustamento de conduta;
g) Dação de imóveis em pagamento da dívida;
h) Gestão de serviços urbanos com organizações sociais, assim declaradas pelo Poder
Público Municipal.

VI - Instrumentos de Democratização da Gestão Urbana:

a) Conselhos municipais;
b) Fundos municipais;
c) Gestão orçamentária participativa;
d) Audiências e consultas públicas;
e) Conferências municipais;
f) Iniciativa Popular de Projetos de Lei;
g) Referendo popular e plebiscito.

Capítulo II
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANO E AMBIENTAL

Seção I
Do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança

Art. 165Lei Municipal definirá os empreendimentos e atividades privadas ou públicas em


área urbana que dependerão da elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV), como instrumento de análise para obter as licenças ou autorizações de construção,
ampliação, renovação ou funcionamento, bem como parâmetros e os procedimentos a
serem adotados para sua avaliação a cargo do Poder Público Municipal.

Art. 166

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Art. 166O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e o Relatório de Impacto


Vizinhança (RIV) serão executados de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos
do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na
área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

I - adensamento populacional e aumento de demanda de infra-estrutura;

II - equipamentos urbanos e equipamentos comunitários, como os de saúde, educação;

III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização imobiliária;

V - geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;

VIII - poluição ambiental;

IX - risco a saúde e a vida da população;

X - periculosidade;

XI - riscos ambientais.

§ 1º Além de outros empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na área urbana,


que a Lei Municipal venha estabelecer nos termos do caput deste Artigo, será exigido o
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e o Relatório de Impacto Vizinhança (RIV),
para os seguintes empreendimentos ou atividades públicas ou privadas na área urbana:

I - aterro sanitário e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;

II - cemitérios e necrotérios;

III - postos de abastecimento e de serviços para veículos;

IV - matadouros e abatedouros;

V - hospitais e unidades de pronto atendimento, atendimento emergencial e casas de


saúde;

VI - escolas, teatros e ginásios esportivos.

VII - casas de festas, shows e eventos;

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VIII - gráficas;

IX - oficinas mecânicas, elétricas, serralharias e congêneres;

X - academias de esportes

XI - bares, restaurantes e supermercados;

XII - depósitos de gás liquefeito;

XIII - presídios, quartéis, corpo de bombeiros;

XIV - terminal rodoviário e aeroviário;

XV - terminais de carga.

§ 2º Poderão ser definidos, através de Lei Municipal, outros empreendimentos e atividades


que dependerão de elaboração Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e aprovação
do Relatório de Impacto de Vizinhança ( RIV), para obter as licenças ou autorizações para
parcelamento, construção, ampliação, renovação ou funcionamento, bem como os
parâmetros e procedimentos a serem adotados para sua avaliação.

O Poder Executivo Municipal, com o objetivo de eliminar ou minimizar impactos


Art. 167
negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar como condição para
aprovação do projeto, alterações e complementações no mesmo, bem como a execução de
melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos comunitários, tais como:

I - melhoria ou ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários, em


percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo
empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus,


faixa de pedestres, semaforização, necessários a mitigação provocado pelo
empreendimento;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da


atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais


considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como de
recuperação ambiental da área;

VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, dentre outros, para a

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99/133

população do entorno;

VII - percentual de lotes ou habitações de interesse social


no empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos


comunitários em outras áreas da cidade;

IX - possibilidade de construção de equipamentos sociais, comunitários e mobiliários


urbanos em locais a serem definidos pela Administração Municipal.

§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e ao


impacto do empreendimento.

§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de


Compromisso de Conduta, por parte do interessado, devendo este se comprometer a arcar
com as despesas decorrentes das obras e serviços necessários à minimização dos
impactos decorrentes da implantação do empreendimento e demais exigências apontadas
pelo Poder Executivo Municipal, antes da conclusão do empreendimento.

§ 3º O Visto de Conclusão da Obra ou o Alvará de Funcionamento só serão emitidos,


mediante comprovação da conclusão das obras previstas no parágrafo anterior.

Para definição de outros empreendimentos ou atividades, públicas ou privadas,


Art. 168
que causem impacto de vizinhança, deverá observar, pelo menos, a presença de um dos
seguintes aspectos:

I - a interferência significativa na infra-estrutura urbana;

II - a interferência significativa na prestação de serviços públicos;

III - a alteração significativa na qualidade de vida na área de influência do empreendimento


ou atividade, afetando a saúde, segurança, mobilidade, locomoção ou bem-estar dos
moradores e usuários;

IV - a ameaça à proteção especial instituída para a área de influência do empreendimento


ou atividade;

V - a necessidade de parâmetros urbanísticos especiais;

VI - os causadores de poluição sonora, atmosférica e hídrica.

Art. 169 O Município, com base na análise do Relatório de Impacto de Vizinhança


apresentado, poderá exigir a execução de medidas atenuadoras ou compensatórias
relativas aos impactos decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, como
condição para expedição da licença ou autorização solicitada.

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Parágrafo único. Não sendo possível a adoção de medidas atenuadoras ou


compensatórias relativas ao impacto de que trata o caput deste Artigo, não será concedida
sob nenhuma hipótese ou pretexto a licença ou autorização para o parcelamento,
construção, ampliação, renovação ou funcionamento do empreendimento.

Art. 170 A elaboração e apreciação do Relatório de Impacto de Vizinhança, incluindo a


fixação de medidas atenuadoras e compensatórias, observarão:

I - diretrizes estabelecidas para a área de influência do empreendimento ou atividade;

II - estimativas e metas, quando existentes, relacionadas aos padrões de qualidade urbana


ou ambiental fixados nos planos governamentais ou em outros atos normativos federais,
estaduais ou municipais aplicáveis;

III - programas e projetos governamentais propostos e em implantação na área de


influência do empreendimento ou atividade.

Art. 171 Dar-se-à publicidade aos documentos integrantes do Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança (EIV), que ficarão disponíveis para consulta por qualquer interessado, no órgão
competente do Poder Público Municipal responsável pela liberação da licença ou
autorização de construção, ampliação ou funcionamento.

§ 1º Serão fornecidas cópias do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e Relatório de


Impacto de Vizinhança (RIV), quando solicitadas pelos moradores da área afetada ou por
suas associações, mediante pagamento do preço público devido, nos termos da legislação
municipal vigente.

§ 2º O órgão público responsável pelo exame do Estudo de Impacto de Vizinhança


(EIV)/Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) deverá realizar audiência pública, antes da
decisão sobre o projeto, sempre que requerida, pelos moradores da área afetada ou por
suas associações e também submeterá o resultado de sua análise à deliberação do órgão
de planejamento urbano do Município.

Art. 172A elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (RIV) não substitui a
elaboração e a aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), requeridas nos
termos da legislação ambiental.

Art. 173 Os empreendimentos e as proposições para a eliminação de impactos sugeridos


pelo Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA), deverão ser aprovados pelo Poder
Executivo Municipal mediante apreciação dos Conselhos Municipais competentes, nos
casos definidos em Lei específica.

Art. 174 O Poder Executivo Municipal regulamentará os critérios e procedimentos para


aplicação deste instrumento.

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Seção II
Do Estudo Prévio de Impacto Ambiental

Art. 175O Estudo Prévio de Impacto Ambiental aplica-se, no contexto do licenciamento


ambiental, à construção, instalação, reforma recuperação, ampliação e operação de
empreendimentos, atividades ou obras potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio ambiente, de acordo com os termos da legislação federal, estadual e
municipal.

§ 1º A exigência do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto


sobre o Meio Ambiente não dispensa o empreendimento ou atividades mencionadas no
caput deste Artigo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 2º As atividades ou empreendimentos sujeitos ao Estudo de Impacto Ambiental e


respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente serão dispensados do Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança, quando
o objeto de Estudo de Impacto de Vizinhança tiver sido incorporado no Relatório de Impacto
Ambiental.

Capítulo III
DOS INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO URBANO

Seção I
Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Art. 176 Nas áreas situadas na Zona Urbana Consolidada, delimitada no Anexo IV, Mapa
4, desta Lei, será exigido do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado que promova o seu adequado aproveitamento mediante parcelamento, edificação
ou utilização compulsórios nos termos do Artigo 182, § 4º da Constituição Federal e dos
Artigos 5º e 6º da Lei Federal nº 10.257/01, de 10 de julho de 2001.

§ 1º Considera-se solo urbano passível de ser realizado parcelamento compulsório as


glebas com área igual ou maior do que 10.000 m² (dez mil metros quadrados).

§ 2º Considera-se solo urbano não edificado, terrenos e lotes urbanos com área igual ou
superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados) cujo coeficiente de
aproveitamento do terreno verificado seja igual a zero, desde que seja legalmente possível
a edificação, pelo menos para uso habitacional.

§ 3º Considera-se solo urbano subutilizado terrenos e lotes urbanos com área igual ou
superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados), onde o coeficiente de
aproveitamento de terreno não atingir o mínimo definido no Anexo VII, Quadro 1, desta Lei.

§ 4º Considera-se solo urbano subutilizado todo tipo de edificação que tenha, no mínimo,
80% (oitenta por cento) de sua área construída sem utilização há mais de 5 (cinco) anos,

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ressalvados os casos em que a situação decorra de restrições jurídicas.

§ 5º Considera-se solo urbano não utilizado todo tipo de edificação que esteja
comprovadamente desocupada há mais de 5 (cinco) anos, ressalvados os casos dos
imóveis integrantes de massa falida.

§ 6º Ficam excluídos da obrigação estabelecida no "caput" os imóveis:

I - utilizados para instalação de atividades econômicas que não necessitem de edificações


para exercer suas finalidades;

II - imóveis utilizados como postos de abastecimento e serviços para veículos;

III - exercendo função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo órgão municipal
competente;

IV - de interesse do patrimônio cultural ou ambiental;

V - ocupados por clubes ou associações de classe;

VI - de propriedade de cooperativas habitacionais;

VII - utilizados como estacionamento nas Zonas Comerciais - ZC I e ZC II, com área
inferior a 1.000m² (mil metros quadrados);

VIII - imóveis onde haja incidência de restrições jurídicas, alheias à vontade do proprietário,
que inviabilizem atingir o coeficiente de aproveitamento mínimo.

§ 7º A Lei Municipal específica também definirá a forma de utilização, edificação e


parcelamento compulsórios dos imóveis mencionados no caput deste Artigo, fixará as
condições e prazos para a implementação da referida obrigação e estabelecerá a forma de
participação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano nas diversas etapas de
aplicação deste instrumento urbanístico.

§ 8º O prazo máximo para protocolo e aprovação do projeto e início das obras para
utilização, edificação e parcelamento compulsórios dos imóveis citados no caput deste
Artigo será de 37 (trinta e sete) meses, contados a partir da notificação referida no § 1º do
Artigo 177.

§ 9º Independentemente do Imposto Predial e Territorial Progressivo no Tempo, o


Município poderá aplicar alíquotas progressivas ao IPTU em razão do valor, localização e
uso do imóvel, conforme o Artigo 156, § 1º, da Constituição Federal.

Para a aplicação do disposto no Artigo 176 desta Lei, o Poder Executivo Municipal
Art. 177
deverá expedir notificação, para o cumprimento da obrigação do proprietário,
acompanhado de laudo técnico, que ateste a situação do imóvel ser subutilizado, não

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utilizado, não edificado ou não parcelado, devendo fixar as condições e os prazos para
implementação da referida obrigação.

§ 1º A notificação de que trata o caput deste Artigo deverá ser averbada no Cartório de
Registro de Imóveis, e far-se-á da seguinte forma:

I - por funcionário do Poder Público Municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este
ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;

II - por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista
pelo inciso I.

§ 2º Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a:

I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal
competente;

II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.

Art. 178 Os empreendimentos de grande porte localizados em terrenos objeto da


notificação prevista no Artigo 177 desta Lei, poderão ser, excepcionalmente, executados
em etapas, em prazo superior ao previsto na Lei Municipal específica, desde que o projeto
seja aprovado na íntegra, juntamente com o cronograma de execução de todas as etapas.

Parágrafo único. A paralisação das obras ou o não atendimento do cronograma de obras


previsto no caput, sem justificativa aceita pelo Poder Executivo Municipal, implicará na
imediata caracterização do imóvel como não edificado, subutilizado, não utilizado ou não
parcelado, sujeitando o proprietário às cominações legais aplicáveis a espécie.

Art. 179 Poderão ser aceitas como formas de aproveitamento de imóveis não edificados,
subutilizados ou não utilizados a construção de equipamentos comunitários ou espaços
livres arborizados, desde que seja assegurado o uso público e garantida a melhoria da
qualidade ambiental, conforme diretrizes fornecidas pela Administração Municipal.

Art. 180 Lei Municipal específica deverá estabelecer, entre outras regras:

I - prazo e a forma para apresentação de defesa por parte do proprietário;

II - casos de suspensão do processo;

III - órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação do
parcelamento, ocupação ou utilização compulsórios do imóvel.

Art. 181Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este Artigo propor ao
Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobiliário, conforme previsto
no Artigo 185 desta Lei.

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Art. 182 No caso das Operações Urbanas Consorciadas, as respectivas leis poderão
determinar regras e prazos específicos para a aplicação do parcelamento, edificação e
utilização compulsórios.

Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo

Art. 183 O Poder Executivo Municipal procederá à aplicação do Imposto sobre a


Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Progressivo no Tempo, mediante a
majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos, nos casos em que a
obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não estejam em conformidade com a legislação
em vigor.

§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na Lei específica e não
excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de
15% (quinze por cento).

§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em 5 (cinco)


anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação, garantida a prerrogativa de proceder à desapropriação do imóvel, com
pagamento em títulos da dívida pública, conforme o permissivo dado pelo Artigo184, desta
Lei.

§ 3º É vedada à concessão de isenções ou de anistia relativas ao IPTU Progressivo de que


trata este Artigo.

Seção III
Da Desapropriação com Pagamento em Títulos

Art. 184 Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo sem que o
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, do
imóvel urbano, o Município poderá, de acordo com a conveniência e oportunidade,
proceder a desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública, de
acordo com o que dispõe a legislação federal aplicável.

§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão
resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.

§ 2º O valor real da indenização:

I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em


função de obras realizadas pelo Poder Público Municipal na área onde o mesmo se localiza
após a notificação de que trata o § 1º, do Artigo 177, desta Lei;

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II - não comportará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

§ 3º Os títulos de que trata esse Artigo não terão poder liberatório para pagamento de
tributos.

§ 4º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de 5


(cinco) anos, contados a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público


Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses
casos, o devido procedimento licitatório.

§ 6º Para o adquirente do imóvel nos termos do parágrafo anterior, ficam mantidas as


mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Artigo 176,
desta Lei.

Seção IV
Do Consórcio Imobiliário

Art. 185Fica facultado aos proprietários de qualquer imóvel, inclusive os atingidos pela
obrigação de que trata o Artigo 176, desta Lei, propor ao Poder Executivo Municipal o
estabelecimento de Consórcio Imobiliário, conforme Artigo 46 da Lei Federal nº 10.257/01,
de 10 de julho de 2001.

§ 1º Entende-se Consórcio Imobiliário como a forma de viabilizar a urbanização ou


edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Município seu imóvel e, após a
realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente
urbanizadas ou edificadas.

§ 2º O valor das unidades imobiliárias a serem entregue ao ex-proprietário do terreno será


correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

Art. 186 Para ser estabelecido, o Consórcio Imobiliário deverá ser:

I - submetido à apreciação do órgão responsável pelo controle do convívio urbano e do


órgão responsável pelo planejamento urbano municipal;

II - objeto de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), quando se enquadrar nas


hipóteses previstas na Lei Municipal referida no Artigo166, desta Lei.

Art. 187 A instituição do Consórcio Imobiliário dependerá do juízo de conveniência e


oportunidade e deverá atender a uma das seguintes finalidades:

I - promover habitação de interesse social ou equipamentos urbanos e comunitários em


terrenos vazios;

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II - melhorar a infra-estrutura urbana local;

III - promover a urbanização em áreas de expansão urbana.

Seção V
Do Direito de Preempção

Art. 188O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme
disposto nos Artigos 25, 26 e 27 do Estatuto da Cidade.

§ 1º Lei Municipal específica delimitará as áreas situadas na Zona Urbana Consolidada, na


Zona Urbana Intermediária e na Zona Especial Interesse Ambiental em que incidirá o
Direito de Preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a
partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.

§ 2º O Direito de Preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma


do § 1º, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.

O Direito de Preempção será exercido sempre que o Município necessitar de


Art. 189
áreas para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Parágrafo único. Lei Municipal específica prevista no § 1º do Artigo 188, desta Lei deverá
enquadrar cada área em que incidirá o Direito de Preempção em uma ou mais das
finalidades enumeradas por este Artigo.

O Poder Executivo Municipal deverá notificar o proprietário do imóvel localizado


Art. 190
em área delimitada para o exercício do Direito de Preferência, dentro do prazo máximo de

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107/133

30 (trinta) dias a partir da vigência da Lei que a delimitou.

O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o


Art. 191
Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em
comprá-lo.

§ 1º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por


terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de
pagamento e prazo de validade.

§ 2º A declaração de intenção de alienar onerosamente o imóvel, deve ser apresentada


com os seguintes documentos:

I - proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do imóvel, da


qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade;

II - endereço do proprietário, para recebimento de notificação e de outras comunicações;

III - certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo cartório de registro de
imóveis da circunscrição imobiliária competente;

IV - declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da Lei, de que não incidem
quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária ou
executória.

Art. 192Recebida a notificação a que se refere o Artigo anterior, a Administração Pública


Municipal poderá manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em exercer a
preferência para aquisição de imóvel.

§ 1º A Prefeitura Municipal fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local
ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida, nos termos do
Artigo 191 desta Lei, e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta
apresentada.

§ 2º O decurso de prazo de 30 (trinta) dias após a data de recebimento da notificação do


proprietário sem a manifestação expressa do Poder Executivo Municipal de que pretende
exercer o direito de preferência faculta o proprietário a alienar onerosamente o seu imóvel
ao proponente interessado nas condições da proposta apresentada sem prejuízo do direito
do Poder Executivo Municipal exercer a preferência em face de outras propostas de
aquisições onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do Direito de Preempção.

Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a entregar ao órgão


Art. 193
competente do Poder Executivo Municipal cópia do instrumento particular ou público de
alienação do imóvel dentro do prazo de 30 (trinta) dias após sua assinatura.

§ 1º O Poder Executivo Municipal promoverá as medidas judiciais cabíveis para a

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108/133

declaração de nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da proposta


apresentada.

§ 2º Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o Poder Executivo


Municipal poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cálculo do Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU) ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for
inferior àquele.

Art. 194 Lei Municipal específica com base no disposto no Estatuto da Cidade definirá
todas as demais condições para aplicação do instrumento.

Seção VI
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 195O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar


onerosamente o exercício do direito de construir, mediante contrapartida financeira a ser
prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28, 29, 30 e 31 do Estatuto da
Cidade e de acordo com os critérios e procedimentos definidos na lei do Plano Diretor.

Parágrafo único. A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser


negada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano caso se verifique
possibilidade de impacto não suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento
da paisagem urbana.

Art. 196 A Outorga Onerosa do Direito de Construir propicia maior adensamento de áreas
já dotadas de infra-estrutura, sendo que os seus recursos serão aplicados para as
seguintes finalidades:

I - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social e regularização


fundiária;

II - aquisição de terrenos destinados à promoção de habitação de interesse social;

III - melhoria da infra-estrutura urbana nas áreas de maior carência na cidade;

IV - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico, cultural, natural e


ambiental;

V - ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;

VI - criação de espaços de uso público de lazer e áreas verdes;

VII - implantação de equipamentos urbanos e comunitários.

Parágrafo único. A aplicação da Outorga Onerosa será admitida apenas nas edificações
que apresentem condições de abastecimento de água e de esgotamento sanitário

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109/133

aprovadas pela concessionária de água e esgoto de Sinop.

Art. 197As áreas passíveis de Outorga Onerosa são aquelas onde o Direito de Construir
poderá ser exercido acima do permitido pela aplicação do Coeficiente de Aproveitamento
Básico (CAB) até o limite estabelecido pelo uso do Coeficiente de Aproveitamento Máximo
(CAM), mediante contrapartida financeira, de acordo com o Anexo VII, Quadro 1, desta Lei.

Lei Municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para as


Art. 198
concessões de Outorga Onerosa do Direito de Construir, determinando, entre outros itens:

I - fórmula de cálculo para a cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir;

II - casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;

III - contrapartidas do beneficiário;

IV - competência para a concessão.

§ 1º Os imóveis incluídos em Zonas Especiais de Interesse Social estarão isentos da


cobrança de Outorga Onerosa do Direito de Construir.

§ 2º Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará o procedimento administrativo para


aprovação da Outorga Onerosa do Direito de Construir.

§ 3º Os recursos auferidos deverão ser utilizados exclusivamente para as finalidades


expressas nos incisos I a VII, do Artigo 196, desta Lei.

Art. 199O valor da Outorga Onerosa do Direito de Construir será correspondente a 10%
(dez por cento) do valor de mercado da parte a ser edificada, além dos limites
estabelecidos no CAB (coeficiente de aproveitamento básico).

As obras, os serviços, ou quaisquer outros benefícios resultantes da contrapartida


Art. 200
proveniente da Outorga Onerosa do Direito de Construir, deverão ocorrer de forma
concomitante à implantação do respectivo empreendimento.

Os recursos auferidos com a adoção da Outorga Onerosa do Direito de Construir


Art. 201
serão destinados ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Seção VII
Das Operações Urbanas Consorciadas

Art. 202Considera-se Operação Urbana Consorciada o conjunto de intervenções e


medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em
uma área específica transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e de infra-
estrutura, com ampliação dos espaços públicos e do sistema viário e da valorização

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ambiental.

Parágrafo único. Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, entre outras
medidas:

I - a modificação de coeficientes e características de parcelamento, uso e ocupação do


solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto
ambiental delas decorrente;

II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com


a legislação vigente.

Ficam permitidas Operações Urbanas Consorciadas nas áreas delimitadas no


Art. 203
Anexo XIX, Mapa 14, desta Lei.

Cada Operação Urbana Consorciada será criada por Lei Municipal específica que
Art. 204
de acordo com as disposições dos Artigos 32 a 34 do Estatuto da Cidade, conterá, no
mínimo:

I - definição da área a ser atingida;

II - programa básico de ocupação da área;

III - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada


pela operação;

IV - finalidades da operação;

V - estudo prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e, quando for o caso, apresentação do


Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI);

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores


privados em função da utilização dos benefícios;

VII - solução habitacional dentro de seu perímetro ou vizinhança próxima, no caso da


necessidade de remover os moradores de favelas e cortiços;

VIII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural e
ambiental, protegidos por tombamento ou Lei;

IX - forma de controle e monitoramento da operação, obrigatoriamente compartilhado com


representação da sociedade civil;

X - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeiras


decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.

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111/133

§ 1º Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal na forma do inciso VI, deste Artigo
serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na Lei de criação da
Operação Urbana Consorciada.

§ 2º O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano acompanhará a implementação


das Operações Urbanas Consorciadas e apreciará os relatórios acerca da aplicação dos
recursos e da implementação de melhorias urbanas.

§ 3º A partir da publicação da Lei de que trata o caput, perderão a eficácia as licenças e


autorizações a cargo da Prefeitura Municipal expedidas em desacordo com o Plano de
Operação Urbana Consorciada.

§ 4º As autorizações e licenças a serem expedidas pelo Poder Público Municipal deverão


observar a Lei Municipal específica para cada Plano de Operação Urbana Consorciada.

Art. 205 O Projeto de Lei da Operação Urbana Consorciada deverá ser aprovada
previamente pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, para posterior protocolo
junto à Câmara de Vereadores.

Art. 206 As Operações Urbanas Consorciadas terão pelo menos duas das seguintes
finalidades:

I - implantação de programas de habitação de interesse social (HIS);

II - regularização de assentamentos precários;

III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários estratégicos para o


desenvolvimento urbano;

IV - ampliação e melhoria da rodovia ou das vias estruturais do sistema viário urbano;

V - recuperação e preservação de áreas de interesse ambiental, paisagístico e cultural;

VI - implantação de centros de comércio e serviços para valorização e dinamização de


áreas visando a geração de trabalho e renda;

VII - recuperação de áreas degradadas através de requalificação urbana;

VIII - ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte público coletivo;

IX - implantação de espaços públicos.

Art. 207 Lei Municipal específica que aprovar a Operação Urbana Consorciada poderá
prever a emissão pelo município de quantidade determinada de Certificados de Potencial
Adicional de Construção (CEPAC), que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente
no pagamento das obras, desapropriações necessárias à própria operação.

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112/133

§ 1º Os Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) serão livremente


negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da
operação.

§ 2º A vinculação dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) poderá


ser realizada no ato da aprovação de projeto de edificação específico para o terreno.

§ 3º Os Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs), poderão ser


vinculados ao terreno por intermédio de declaração da municipalidade, os quais deverão ser
objeto de certidão.

§ 4º A Lei a que se refere o "caput" deverá estabelecer:

I - a quantidade de Certificados de Potencial Construtivo Adicional de Construção


(CEPACs), a ser emitida, obrigatoriamente proporcional ao estoque de potencial construtivo
adicional previsto para a operação;

II - o valor mínimo do CEPAC;

III - as formas de cálculo das contrapartidas;

IV - as formas de conversão e equivalência dos CEPACs em metros quadrados de


potencial construtivo adicional;

V - o limite do valor de subsídio previsto no "caput" deste Artigo será para aquisição de
terreno para construção de habitação de interesse social (HIS).

Seção VIII
Da Transferência do Direito de Construir

Art. 208Lei Municipal específica poderá autorizar o proprietário do imóvel urbano, privado
ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito básico
de construir previsto neste Plano Diretor ou em legislação urbanística dele decorrente,
quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de:

I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social e cultural;

III - implementação de programas de regularização fundiária, urbanização de áreas


ocupadas por população de baixa renda e de assentamentos precários e de habitação de
interesse social.

§ 1º A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público

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113/133

seu imóvel, ou parte dele, para fins previstos nos incisos I e III do caput.

§ 2º Lei Municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da


Transferência do Direito de Construir definindo:

I - as áreas da cidade aptas a oferecer e a receber o potencial construtivo a ser transferido;

II - as formas de registro e de controle administrativo;

III - as formas e mecanismos de controle social;

IV - a previsão de avaliações periódicas.

Seção IX
Do Direito de Superfície

Art. 209 O proprietário urbano poderá conceder a outrem o Direito de Superfície do seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no
cartório de registro de imóveis, conforme disposto no Artigo 21 do Estatuto da Cidade.

§ 1º O Direito de Superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço


aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a
legislação urbanística.

§ 2º A concessão do Direito de Superfície poderá ser gratuita ou onerosa.

§ 3º O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre


a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação
efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do Direito de
Superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo.

§ 4º O Direito de Superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos aos termos do


contrato respectivo.

§ 5º Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros.

Art. 210Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e o


proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à
oferta de terceiros.

Art. 211 Extingue-se o direito de superfície:

I - pelo advento do termo;

II - pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.

Art. 212

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114/133

Art. 212Extinto o Direito de Superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do


terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente
de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.

§ 1º Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o Direito de Superfície se o


superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.

§ 2º A extinção do Direito de Superfície será averbada no Cartório de Registro de Imóveis.

Capítulo IV
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

A regularização fundiária compreende um processo de intervenção pública, sob os


Art. 213
aspectos jurídico, físico e social, que objetiva legalizar a permanência de populações
moradoras de áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei, para fins de
habitação, implicando melhorias no ambiente urbano do assentamento, no resgate da
cidadania e da qualidade de vida da população beneficiária.

Para regularização fundiária de assentamentos precários e imóveis irregulares, o


Art. 214
Poder Executivo Municipal poderá aplicar os seguintes instrumentos:

I - concessão de direito real de uso, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei nº 271,


de 20 de fevereiro de 1967;

II - concessão de uso especial para fins de moradia, nos termos da Medida Provisória
2.220/01;

III - autorização de uso, nos termos da Medida Provisória 2.220/01;

IV - da cessão de posse para fins de moradia, nos termos da Lei Federal nº 6.766/79;

V - do usucapião especial de imóvel urbano;

VI - direito de preempção;

VII - direito de superfície.

Art. 215 O Poder Executivo Municipal, visando equacionar e agilizar a regularização


fundiária, poderá se articular com os agentes envolvidos nesse processo, tais como os
representantes do:

I - Ministério Público;

II - Poder Judiciário;

III - Cartórios de Registro de Imóveis;

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115/133

IV - Governo Estadual;

V - Defensoria Pública;

VI - Grupos sociais envolvidos.

§ 1º O Município poderá celebrar preferencialmente convênio com o Governo do Estado, de


modo a permitir a melhoria do atendimento pela Defensoria Pública para fins de
regularização fundiária.

§ 2º Em caso de inviabilidade de acordo com o Estado, ou mesmo em caráter suplementar,


o Município poderá celebrar convênio com a Ordem dos Advogados ou com entidades sem
fins lucrativos que possam colaborar nas ações de regularização fundiária para população
de baixa renda.

Art. 216 O Município poderá outorgar o título de concessão de uso especial para fins de
moradia àquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por 5 (cinco) anos,
ininterruptamente e sem oposição, imóvel público municipal localizado na Área Urbana e
com área inferior ou igual a 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), desde que
utilizado para moradia do possuidor ou de sua família, de acordo com o Art. 1º da Medida
Provisória nº 2.220/01.

Art. caso o possuidor:

§ 1º É vedada a concessão de que trata o caput deste

I - seja proprietário ou possuidor de outro imóvel urbano ou rural em qualquer localidade;

II - tenha sido beneficiado pelo mesmo direito em qualquer tempo, mesmo que em relação
a imóvel público de qualquer entidade administrativa.

§ 2º Para efeitos deste Artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na posse de
seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

§ 3º O Município poderá promover o desmembramento 2 ou desdobramento da área


ocupada, de modo a formar um lote com, no máximo de 250m (duzentos e cinqüenta
metros quadrados), caso a ocupação atenda às demais condições para a concessão
prevista no caput deste Artigo.

Art. 217 A Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia aos possuidores será
conferida de forma coletiva em relação aos imóveis públicos 2 municipais situados em
Áreas Urbanas com mais de 250m (duzentos e cinqüenta metros quadrados) que sejam
ocupados por população de baixa renda e utilizados para fins de moradia, por 5 (cinco)
anos, ininterruptamente e sem oposição, quando não for possível identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor.

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116/133

§ 1º A Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.

§ 2º Na concessão de uso especial de que trata este Artigo, será atribuída igual fração ideal
de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um
ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais
diferenciadas.

§ 3º A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 250m (duzentos e
cinqüenta metros quadrados).

§ 4º Buscar-se-á respeitar, quando de interesse da comunidade, as atividades econômicas


locais promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia, tais como, entre outros:

I - pequenas atividades comerciais;

II - indústria doméstica;

III - artesanato;

IV - oficinas de serviços;

V - agricultura familiar.

§ 5º O Município continuará com a posse e o domínio sobre as áreas destinadas a uso


comum do povo.

§ 6º Não serão reconhecidos como possuidores, nos termos tratados neste Artigo, aqueles
que forem proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou
rural em qualquer localidade.

Art. 218 O Município assegurará o exercício do direito de concessão de uso especial para
fins de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse
direito, nas hipóteses da moradia estar localizada em área de risco cuja condição não
possa ser equacionada e resolvida por obras e outras intervenções.

Art. 219É facultado ao Poder Público Municipal assegurar o exercício do direito de que
tratam os Artigos 216, 217, 218 desta Lei, em outro local na hipótese do imóvel ocupado
estar localizado em áreas de:

I - uso comum do povo com outras destinações prioritárias de interesse público;

II - destinação ao projeto de urbanização;

III - preservação ambiental e da proteção dos ecossistemas naturais.

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§ 1º Extinta a concessão de uso especial para fins de moradia, o Poder Público Municipal
recuperará o domínio pleno do imóvel.

§ 2º É dever do Poder Público Municipal promover as obras de urbanização nas áreas onde
foi obtido título de concessão de uso especial para fins de moradia.

Art. 220 O Poder Executivo Municipal poderá promover plano de urbanização com a
participação dos moradores de áreas usucapidas coletivamente para fins de moradia, para
a melhoria das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas áreas habitadas
por população de baixa renda, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001
- Estatuto da Cidade.

TÍTULO VI
GESTÃO DA POLÍTICA URBANA

Capítulo I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA

Art. 221 Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana (SMPGU),
instituindo estruturas e processos democráticos e participativos, que visam permitir o
desenvolvimento de um processo contínuo, dinâmico e flexível de planejamento e gestão
da política urbana.

Art. 222 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana possui os seguintes


objetivos:

I - aumentar a eficácia da ação governamental, promovendo:

a) integração entre órgãos e entidades municipais afins ao desenvolvimento territorial;


b) cooperação com os governos federal, estadual e com os municípios da região, no
processo de planejamento e gestão das questões de interesse comum.

II - promover a participação de setores organizados da sociedade e da população nas


políticas de desenvolvimento territorial, voltando às ações do Governo para os interesses
da comunidade e capacitando a população de Sinop para o exercício da cidadania;

III - viabilizar parcerias com a iniciativa privada no processo de urbanização mediante o uso
de instrumentos da política urbana quando for do interesse público e compatível com a
observância das funções sociais da cidade;

IV - instituir mecanismos permanentes para implementação, revisão e atualização do Plano


Diretor de Sinop, articulando-o com o processo de elaboração e execução do orçamento
municipal;

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V - instituir processo de elaboração, implementação e acompanhamento de planos,


programas, anteprojetos de lei e projetos urbanos, assim como sua permanente revisão e
atualização;

VI - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal da política urbana;

VII - garantir eficiência e eficácia à gestão, visando à melhoria da qualidade de vida.

Parágrafo único. Entende-se por Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana o


conjunto de instituições, normas e meios que organizam institucionalmente as ações
voltadas para o desenvolvimento de Sinop e integram as políticas, os programas e os
projetos setoriais afins.

Art. 223 Constituem-se diretrizes para o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão


Urbana:

I - a ampliação da rede institucional envolvida com o planejamento e a gestão da política


urbana para promover maior articulação e integração entre as áreas;

II - a clareza na definição das competências de cada órgão envolvido com a política urbana,
bem como as regras de integração da rede institucional, de modo a agilizar o processo
decisório;

III - a elaboração de Leis Municipais que facilitem os processos de regularização urbana e


possibilitem a melhoria da ação do poder público tanto nas atividades de planejamento
quanto nas de fiscalização e monitoramento;

IV - a compatibilização da legislação municipal;

V - a adequação da política tributária de forma a torná- la também instrumento de


ordenação do espaço coerente com disposições do Plano Diretor;

VI - o fortalecimento dos canais de comunicação intersetorial, intergovernamental e com os


municípios vizinhos;

VII - as parcerias com entidades e associações, públicas e privadas, em programas e


projetos de interesse da política urbana;

VIII - a interação com lideranças comunitárias;

IX - a otimização dos recursos técnicos, humanos e materiais disponíveis;

X - o estudo para ampliação do quadro de servidores da Prefeitura Municipal voltados para


atuação no planejamento e gestão do desenvolvimento territorial mediante concurso
público para o preenchimento de cargos de natureza técnica ou administrativa;

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XI - o aprimoramento constante dos servidores responsáveis pelo planejamento e gestão


do desenvolvimento territorial, com ênfase na atualização do conhecimento dos conteúdos
relativos à gestão urbana e à perspectiva de abordagem integrada do ambiente urbano;

XII - a sistematização da informação de modo a favorecer o planejamento e a gestão do


desenvolvimento urbano e ambiental.

Art. 224 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana é composto por:


I - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;
II - Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;
III - Sistema Municipal de Informação. (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Seção I
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano

Seção I
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU (Redação dada pela Lei
Complementar nº 46/2009)

Art. 225 Fica criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão consultivo e
deliberativo em matéria de natureza urbanística e de política urbana, composto por
representantes do Poder Público Municipal e da sociedade civil.
Parágrafo único. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano será vinculado a
Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Art. 225 Fica criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU, órgão
consultivo e deliberativo em matéria de natureza urbanística e de política urbana, composto
por representantes do Poder Público Municipal e da sociedade civil.
Parágrafo único. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU, será
vinculado ao Gabinete do Prefeito. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2009)
(Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Art. 226 O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano será paritário, composto por 36
(trinta e seis) membros e seus respectivos suplentes, de acordo com os seguintes critérios:
I - 18 (dezoito) representantes de órgãos governamentais assim distribuídos:
a) 4 (quatro) representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente, sendo necessariamente, 01(um) da diretoria de planejamento, 01(um) da
diretoria de engenharia, 01 (um) da diretoria do meio ambiente e 01(um) da Secretaria;
b) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Governo;
c) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Administração;
d) 2 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e
Habitação;
e) 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo;
f) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos;
g) 2 (dois) representantes da Secretaria de Educação e Cultura;

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120/133

h) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura;


i) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Saúde;
j) 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município;
k) 1 (um) representante da Sema;
l) 1 (um) representante do Ibama; e
m) 1 (um) representante da Câmara Municipal.
II - 18 (dezoito) representantes da sociedade civil, assim distribuídos:
a) 5 (cinco) representantes dos empresários, sendo, necessariamente, 1 (um) do setor
imobiliário, 1 (um) do setor madeireiro, 1(um) da construção civil e 2 (dois) dos demais
setores econômicos;
b) 5 (cinco) representantes dos movimentos sociais, sendo necessariamente, 1 (um) dos
movimentos de habitação, 2 (dois) de associações de bairros, 1 (um) do sindicato de
trabalhadores urbanos e 1 (um) de sindicato ou cooperativa de trabalhadores rurais;
c) 6 (seis) representantes de organizações não governamentais, instituições de ensino ou
pesquisa e associação civil sem fins lucrativos, sendo 2 (dois) de ONG`s: a Ecodam e
Ensinop, 2 (dois) de Universidades Públicas e 1 (um) de Universidade Particular e 1 (um)
do CODENORTE - Conselho de Desenvolvimento do Norte de Mato Grosso; e
d) 2 (dois) representantes de entidades profissionais, sendo necessariamente: 1(um)
representante da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, 1(um) representante do CREA -
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Parágrafo único. As deliberações do Conselho ora criado serão feitas por 2/3 (dois terços)
dos presentes.

Art. 226 Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU, será paritário,


composto por 36 (trinta e seis) membros e seus respectivos suplentes, de acordo com os
seguintes critérios:
I - 18 (dezoito) representantes de órgãos governamentais, assim distribuídos:
a) 02 (dois) representantes da Secretaria da Cidade;
b) 02 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável;
c) 1 (um) representante da Secretaria de Governo;
d) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Administração;
e) 2 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e
Habitação;
f) 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo;
g) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbano;
h) 02 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Educação;
i) 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Diversidade Cultural;
j) 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Obras;
k) 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município;
l) 1 (um) representante da Sema;
m) 1 (um) representante da Ibama;
n) 1 (um) representante da Câmara Municipal.
II - 18 (dezoito) representantes da sociedade civil, assim distribuídos:
a) 05 (cinco) representantes dos empresários, sendo, necessariamente, 01 (um) do setor
imobiliário, 01 (um) do setor madeireiro, 01(um) da construção civil e 02 (dois) dos demais

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setores econômicos;
b) 05 (cinco) representantes dos movimentos sociais, sendo necessariamente, 01 (um) dos
movimentos de habitação, 02 (dois) de associações de bairros, 01 (um) do sindicato de
trabalhadores urbanos e 01 (um) de sindicato ou cooperativa de trabalhadores rurais;
c) 06 (seis) representantes de organizações não governamentais, entidades de ensino ou
pesquisa e associação civil sem fins lucrativos, sendo 02 (dois) de ONG`s: a ECODAM e
ENSINOP; 02 (dois) de Universidades Públicas e 01 (um) de Universidade Particular e 01
(um) do CODENORTE - Conselho de Desenvolvimento de Norte de Mato Grosso; e
d) 02 (dois) representantes de entidades profissionais, sendo necessariamente: 01(um)
representante da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, 01(um) representante do CREA -
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Parágrafo único. As deliberações do Conselho ora criado serão feitas por 2/3 (dois terços)
dos presentes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2009) (Revogado pela Lei
nº 1405/2010)

Art. 227 Compete ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano:


I - acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre
questões relativas à sua aplicação;
II - deliberar e emitir pareceres sobre proposta de alteração da Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado do Município de Sinop;
III - acompanhar a execução de planos e projetos de interesse do desenvolvimento urbano,
inclusive os planos setoriais;
IV - aprovar e deliberar sobre Projetos de Lei de interesse do desenvolvimento urbano,
antes de seu encaminhamento à Câmara Municipal;
V - monitorar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da
Transferência do Direito de Construir;
VI - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;
VII - acompanhar a implementação dos demais instrumentos urbanísticos;
VIII - zelar pela integração das políticas setoriais;
IX - deliberar sobre as omissões e contradições da legislação urbanística municipal;
X - avaliar as políticas urbanas municipal, estadual e nacional;
XI - convocar, organizar e coordenar as conferências e assembléias territoriais;
XII - convocar, organizar e coordenar as Conferências Municipais da Cidade, a serem
realizadas em caráter extraordinário;
XIII - convocar audiências públicas;
XIV - gerir os recursos oriundos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;
XV - elaborar e aprovar o regimento interno.

Art. 227 Compete ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU:


I - acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre
questões relativas à sua aplicação;
II - acompanhar a execução de planos e projetos de interesse do desenvolvimento urbano,
inclusive os planos setoriais;
III - monitorar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da
Transferência do Direito de Construir;
IV - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;

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V - acompanhar a implementação dos demais instrumentos urbanísticos;


VI - zelar pela integração das políticas setoriais;
VII - deliberar sobre as omissões e contradições da legislação urbanística municipal;
VIII - avaliar as políticas urbanas municipal, estadual e nacional;
IX - convocar, organizar e coordenar as conferências e assembléias territoriais;
X - convocar, organizar e coordenar as Conferências Municipais da Cidade, a serem
realizadas em caráter extraordinário;
XI - convocar audiências públicas;
XII - gerir os recursos oriundos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;
XIII - elaborar e aprovar seu Regimento Interno. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 46/2009) (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Art. 228 No Regimento Interno do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano


constar, no mínimo:
I - suas atribuições gerais;
II - número e qualificação de seus membros, conforme disposto no Artigo 226;
III - modo de indicação, eleição e nomeação de seus membros e respectivos suplentes;
IV - procedimentos para nomeação de sua presidência ou coordenação;
V - procedimentos para a realização de sua sessão de instalação e posse.

Art. 228 No Regimento Interno do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano -


CMDU deverá constar, no mínimo:
I - suas atribuições gerais, incluindo a discussão sobre proposta de alteração do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Sinop;
II - número e qualificação de seus membros;
III - modo de indicação, eleição e nomeação de seus membros e respectivos suplentes;
IV - procedimentos para nomeação de sua presidência ou coordenação. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 46/2009) (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

As atividades realizadas pelos membros do Conselho ora criado, não serão


Art. 229
remuneradas, a qualquer título, sendo consideradas de relevância para o Município.

As atividades realizadas pelos membros do Conselho ora criado, não serão


Art. 229
remuneradas, a qualquer título, sendo consideradas de relevância para o Município.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2009) (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Art. 230 O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano poderá instituir câmaras


técnicas e grupos de trabalho específicos.

Art. 230O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU, poderá instituir


câmaras técnicas e grupos de trabalho específicos. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 46/2009) (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Art. 231O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano revoga a Lei nº 915, de 31 de


maio de 2006, que criou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente.

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Art. 231O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano - CMDU, revoga a Lei nº 915,
de 31 de maio de 2006, que criou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Meio Ambiente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2009) (Revogado pela Lei
nº 1405/2010)

Seção II
Do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano

Art. 232 Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, formado pelos
seguintes recursos:
I - recursos próprios do Município;
II - transferências intergovernamentais;
III - transferências de instituições privadas;
IV - transferências do exterior;
V - transferências de pessoa física;
VI - receitas provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de áreas públicas, exceto
nas ZEIS;
VII - receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir;
VIII - receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;
IX - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;
X - doações;
XI - outras receitas que lhe sejam destinadas por Lei.
§ 1º O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano será gerido pelo Conselho Municipal
de Desenvolvimento Urbano.
§ 2º Os recursos especificados no inciso VII serão aplicados:
I - na produção de Habitação de Interesse Social (HIS) em todo o Município;
II - em infra-estrutura e equipamentos públicos na Zona Urbana Consolidada e Zona
Urbana Intermediária. (Revogado pela Lei nº 1405/2010)

Seção III
Do Sistema Municipal de Informação

Art. 233O Sistema Municipal de Informação tem como objetivo fornecer informações para
o planejamento, o monitoramento, a implementação e a avaliação da política urbana,
subsidiando a tomada de decisões ao longo do processo.

§ 1º O Sistema Municipal de Informação deverá conter e manter atualizados dados,


informações e indicadores sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais,
administrativos, físico-territoriais, inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros
de relevante interesse para o Município.

§ 2º Para maior eficácia na formulação de estratégias, na elaboração de instrumentos e no


gerenciamento das ações, o órgão responsável pelo planejamento e desenvolvimento
Municipal, manterá atualizado o Sistema Municipal de Informação.

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Art. 234 O Sistema Municipal de Informação terá, entre outras funções:

I - apoiar a implantação do planejamento do desenvolvimento urbano e ambiental;

II - auxiliar no controle e na avaliação da aplicação desta Lei e da legislação urbanística e


ambiental;

III - orientar permanentemente a atualização do Plano Diretor de Sinop e os processos de


planejamento e gestão territorial municipal;

IV - propiciar o estabelecimento de iniciativas de democratização da informação junto à


sociedade, permitindo à população avaliar os resultados alcançados, aumentando o nível
de credibilidade das ações efetivadas pelo Poder Executivo Municipal.

Art. 235 São diretrizes específicas para o Sistema Municipal de Informação:

I - integração das bases cadastrais municipais e compatibilização com os cadastros de


órgãos e entidades de outras esferas governamentais e entidades privadas de prestação
de serviços à população;

II - cooperação intermunicipal para possível compartilhamento de cadastros e de


informações regionais;

III - prioridade à qualidade da informação através da obtenção de dados consistentes,


adequação da modelação do sistema e integração dos sistemas disponíveis;

IV - incorporação de tecnologias apropriadas e disponíveis para a melhoria da


produtividade das atividades relativas ao sistema municipal de informação;

V - atualização permanente do mapeamento da cidade e de outras informações


indispensáveis à gestão do território;

VI - adoção da divisão administrativa em bairros como unidade territorial básica para


agregação da informação;

VII - ampliação do conhecimento da população sobre a legislação urbanística e aplicação


de recursos da Prefeitura, através da criação de um sistema comunicacional de
atendimento único, aumentando a credibilidade nas ações do poder público.

Art. 236 A implementação do Sistema Municipal de Informação se dará mediante:

I - elaboração e implementação de um Programa Municipal de Informação voltado para a


criação de uma base de informação multifinalitária e única do Município, a partir da
organização de banco de dados alfanumérico e mapa georeferenciado, integrando
informações de natureza imobiliária, tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de

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interesse para a gestão municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos;

II - parceria com órgãos e entidades municipais, estaduais, federais e privadas de


prestação de serviços à população para modelação de uma base integrada de dados;

III - convênio com órgãos e entidades estaduais para obtenção de informações para o
planejamento e a gestão do desenvolvimento urbano e ambiental;

IV - montagem de uma base de dados consistentes, a partir do levantamento do estado


atual da informação, recadastramento e atualização da informação;

V - manutenção dos dados através de sistema adequadamente normatizado e modelado


que reflita as condições reais da cidade, ou seja, a divisão em bairros, quadras, faces de
quadras e trechos com lotes;

VI - constituição de equipe de profissionais de informática capazes de realizar adequações


aos sistemas informatizados da Prefeitura Municipal, de acordo com os interesses dos
usuários;

VII - criação de um banco de projetos para o Município, de orientação às propostas a


serem implementadas pelo Poder Executivo Municipal;

VIII - criação de um banco de talentos, contendo dados sobre os servidores existentes para
otimizar seu aproveitamento.

Art. 237 O Sistema Municipal de Informação deverá obedecer aos seguintes princípios:

I - simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, a fim de evitar a


duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos;

II - democratização, publicidade e disponibilidade das informações, em especial daquelas


relativas ao processo de implementação, controle e avaliação do Plano Diretor.

Art. 238O Poder Executivo Municipal dará ampla publicidade a todos os documentos e
informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento e
implementação do Plano Diretor de Sinop.

Capítulo II
DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Seção I
Disposições Gerais e Gestão Urbana:

Art. 239 Comporão o Sistema Municipal de Planejamento

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I - órgãos da administração direta e entidades da administração indireta envolvidos na


elaboração de estratégias e políticas de desenvolvimento urbano e ambiental, responsáveis
por:

a) planejamento urbano;
b) proteção do meio ambiente;
c) controle e convívio urbano;
d) habitação de interesse social;
e) saneamento ambiental;
f) transporte e tráfego;
g) obras e infra-estrutura urbana;
h) finanças municipais;
i) administração municipal;
j) Procuradoria do Município.

Art. 240 São atribuições do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana:

I - coordenar o planejamento do desenvolvimento urbano do Município de Sinop;

II - coordenar a implementação do Plano Diretor de Sinop, e os processos de sua revisão e


atualização;

III - elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos


necessários à implementação do Plano Diretor de Sinop, articulando-os com o processo de
elaboração e execução do orçamento municipal;

IV - monitorar e controlar a aplicação dos instrumentos da política urbana previstos nesta


Lei e avaliar os efeitos das ações municipais voltadas para o desenvolvimento urbano;

V - instituir e integrar o sistema municipal de informação do desenvolvimento urbano e


ambiental;

VI - promover a melhoria da qualidade técnica de projetos, obras e intervenções


promovidas pelo Poder Executivo Municipal, inclusive mediante a adequação quantitativa e
qualitativa do quadro técnico e administrativo de servidores envolvidos no desenvolvimento
urbano;

VII - implantar procedimentos eficientes para o controle e a fiscalização do cumprimento da


legislação urbanística;

VIII - promover e apoiar a formação de colegiados comunitários de gestão territorial,


ampliando e diversificando as formas de participação no processo de planejamento e
gestão urbana e ambiental;

IX - apoiar a elaboração de um plano turístico regional que estimule parcerias com outros
municípios vizinhos e enfatize a formação de roteiros turísticos, o resgate de manifestações

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folclóricas e do artesanato local.

Seção II
Da Integração dos Órgãos e Entidades Municipais

As responsabilidades relativas à coordenação do sistema municipal de


Art. 241
planejamento e gestão urbana competem ao órgão responsável pelo planejamento e
desenvolvimento municipal.

Parágrafo único. Cabe à coordenação do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão


Urbana:

I - comandar o processo de avaliação e reformulação da política urbana, incluindo a revisão


do Plano Diretor de Sinop e da legislação urbanística, quando necessário;

II - monitorar e analisar os efeitos das medidas e ações efetivadas;

III - formular estudos, pesquisas, planos locais e projetos urbanos, visando instrumentalizar
as ações a serem executadas pelo sistema de planejamento;

IV - captar recursos financeiros, para o planejamento e a implementação da política


urbana;

V - convocar quando necessária às instâncias de articulação do Sistema Municipal de


Planejamento e Gestão Urbana;

VI - propor a celebração de convênios ou consórcios para a viabilização de planos,


programas e projetos para o desenvolvimento urbano e ambiental, inclusive com
municípios vizinhos;

VII - alimentar o sistema municipal de informação com dados relativos ao desenvolvimento


territorial.

Art. 242Cabe aos órgãos de administração direta e entidades da administração indireta


integrantes do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana:

I - apoio técnico de caráter interdisciplinar, na realização de estudos ou pareceres


destinados a dar suporte ao planejamento e à gestão urbana;

II - levantamento de dados e fornecimento de informações técnicas relacionadas à área de


atuação específica, destinadas a alimentar o sistema municipal de informação;

III - disponibilização de dirigentes e técnicos em grupos de trabalho responsáveis pela


elaboração e implementação de planos locais, programas e projetos de desenvolvimento
urbano e ambiental.

Art. 243

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128/133

Art. 243A Coordenação do Plano Diretor de Sinop, integrante da Diretoria de


Planejamento, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, terá
caráter permanente, visando o apoio técnico, de caráter interdisciplinar, ao planejamento, a
implementação e à gestão.

Parágrafo único. São atribuições da Coordenação de Gestão do Plano Diretor de Sinop:

I - examinar e apresentar justificativas técnicas sobre a aplicação dos instrumentos da


política urbana, inclusive a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir, e sobre
outras matérias relativas ao desenvolvimento urbano, nos termos desta Lei e da legislação
urbanística;

II - opinar sobre matérias específicas estabelecidas na legislação urbanística e ambiental;

III - elaborar e coordenar os planos locais e setoriais, programas e projetos previstos nesta
Lei.

A Coordenação do Plano Diretor de Sinop poderá se articular com representantes


Art. 244
dos órgãos e entidades municipais responsáveis pelo:

I - patrimônio natural e cultural;

II - controle e convívio urbano;

III - habitação de interesse social;

IV - saneamento ambiental;

V - transporte e tráfego;

VI - obras e infra-estrutura urbana;

VII - finanças municipais;

VIII - administração municipal;

IX - Procuradoria do Município.

Capítulo III
DOS INSTRUMENTOS DA DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

Fica assegurada a participação da população em todas as fases do processo de


Art. 245
gestão democrática da política urbana, mediante as seguintes instâncias de participação:

I - Conferência Municipal da Cidade;

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129/133

II - Conselho da Cidade;

III - Assembléias territoriais de política urbana;

IV - Audiências públicas;

V - Orçamento Participativo;

VI - Fórum de conselhos;

VII - Plebiscitos e referendos populares;

VIII - Conselhos municipais relacionados à política urbana.

Art. 246Anualmente, o Poder Executivo Municipal submeterá ao Conselho Municipal de


Desenvolvimento Urbano relatório de gestão do exercício e plano de ação para o próximo
período.

Parágrafo único. Uma vez analisado pelo Conselho, o Poder Executivo Municipal o enviará
à Câmara Municipal e dará publicidade ao mesmo, por meio do jornal de maior circulação
no Município.

Seção I
Da Conferência Municipal da Cidade

As Conferências Municipais da Cidade terão como finalidade proporcionar um


Art. 247
fórum de ampla discussão sobre a política urbana municipal, regional, e estadual e
ocorrerão ordinariamente a cada 02 (dois) anos, sendo sua convocação, organização e
coordenação realizadas pelo Poder Executivo Municipal em conjunto com o Poder
Executivo Estadual, com exceção das realizadas em caráter extraordinário, quando então
serão convocadas, organizadas e coordenadas pelo Conselho Municipal do
Desenvolvimento Urbano.

§ 1º As conferências serão abertas à participação de toda a população, serão compostas


para debate sobre propostas de alterações e ampliações das diretrizes gerais previstas no
Plano Diretor do Município de Sinop.

§ 2º A Conferência Municipal da Cidade terá, dentre outras as seguintes atribuições:

I - apreciar as diretrizes da política urbana e ambiental do Município;

II - formular propostas para os programas federais e estaduais de política urbana;

III - debater os relatórios anuais de gestão da política urbana, apresentando críticas e


sugestões;

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IV - sugerir ao Poder Executivo Municipal adequações nas ações estratégicas, destinadas


à implementação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;

V - deliberar sobre plano de trabalho para o biênio seguinte;

VI - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado


do Município de Sinop, a serem consideradas no momento de sua modificação ou revisão.

Seção II
Das Assembléias Territoriais da Política Urbana

Art. 248As Assembléias Territoriais de Política Urbana se realizarão, sempre que


necessário, com o objetivo de consultar a população das unidades territoriais de
planejamento, visando:

I - fazer o levantamento dos problemas e demandas das unidades territoriais, identificando


as prioridades de cada região;

II - implementar as diretrizes e ações definidas pelo Conselho da Cidade e pelo Conselho


de Desenvolvimento Urbano.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 249 Esta Lei será revisada, pelo menos a cada 5 (cinco) anos a partir da data de sua
publicação, respeitando-se os mesmos procedimentos estabelecidos no parágrafo 4º do
Artigo 40, da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

§ 1º Considerar-se-á cumprida a exigência prevista no caput deste Artigo com o envio do


Projeto de Lei por parte do Poder Executivo Municipal à Câmara Municipal, assegurada à
participação popular.

§ 2º Qualquer proposição de alteração ou revisão do Plano Diretor deverá ser formulada


com a participação do Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano.

Art. 250Fica, pelo período de 6 (seis) meses, assegurada a validade das licenças e dos
demais atos praticados antes da vigência desta Lei, de acordo com a legislação aplicável à
época.

Parágrafo único. Extinguindo-se os efeitos do ato, por qualquer motivo, qualquer novo
requerimento deverá ser apreciado nos termos desta Lei.

Art. 251 A regulamentação, a gestão e a complementação deste Plano Diretor, serão feitas
através do Poder Executivo Municipal, via Decretos Municipais e através de Projetos de
Leis, que serão encaminhados à Câmara Municipal, que tratarão de:

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I - Projeto de Lei do Plano do Macrozoneamento do Solo Rural;

II - Projeto de Lei do Plano Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental;

III - Projeto de Lei do Plano de Drenagem Urbana;

IV - Projeto de Lei do Plano Municipal de Esgotamento Sanitário;

V - Projeto de Lei do Plano Municipal de Águas Superficiais e Subterrâneas;

VI - Projeto de Lei do Plano Municipal de Mobilidade e Transporte Urbano Integrado;

VII - Projeto de Lei do Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social;

VIII - Projeto de Lei do Plano Municipal de Habitação - PMH;

IX - Projeto de Lei do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social - PMHIS;

X - Projeto de Lei do Plano Municipal de Educação;

XI - Projeto de Lei do Plano Municipal de Cultura;

XII - Projeto de Lei do Plano Municipal de Saúde;

XIII - Projeto de Lei do Plano Municipal do Turismo;

XIV - Projeto de Lei das Zonas Especiais;

XV - Projeto de Lei específica para aplicação do IPTU Progressivo no Tempo;

XVI - Projeto de Lei delimitando áreas em que incidirá o Direito de Preempção;

XVII - Projeto de Lei para implementação da outorga onerosa do direito de construir;

XVIII - Projeto de Lei regulando o instrumento do Estudo de Impacto de Vizinhança;


Agroambiental;

XIX - Projeto de Lei do Plano de Zoneamento

XX - Código de Obras e Edificações;

XXI - Código de Posturas;

XXII - Lei de Parcelamento do Solo;

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XXIII - Lei de Uso e Ocupação do Solo;

XXIV - Projeto Piloto de Expansão Urbana do Município.

Parágrafo único. Caso haja necessidade, poderão ser encaminhados outros Projetos de
Leis que tratem acerca dos dispositivos e dos instrumentos legais constantes do presente
Plano Diretor.

Art. 252 Somente após a sanção das leis que tratam sobre as normas elencadas nos
incisos e parágrafo único do art. 251 deste Plano Diretor, é que as legislações anteriores
que versam sobre o mesmo assunto serão revogadas.

Art. 253 Fazem parte integrante desta Lei, os seguintes anexos:

I - ANEXO I - Mapa 01 - Delimitação do Novo

II - ANEXO II - Descrição Perimétrica do Novo

III - ANEXO III - Mapa 02 - Macrozoneamento Urbano e Rural, e Mapa 03 -


Macrozoneamento Especial; (Vide Leis Complementares nº 134/2016 e nº 157/2017)

IV - ANEXO IV - Mapa 04 - Microzoneamento da Macrozona Urbana; Microzoneamento


Urbano; Urbana Consolidada; (Vide Leis Complementares nº 115/2015 e nº 134/2016)

V - ANEXO V - Descrição Perimétrica do Perímetro Municipal;

VI - ANEXO VI - Mapa 05 - Zoneamento da Zona Perímetro Municipal; (Vide Leis


Complementares nº 41/2009, nº 91/2013 e nº 113/2015)

VII - ANEXO VII - Quadro 01 - Parâmetros Urbanísticos para Ocupação do Solo na


Macrozona Urbana; (Vide Leis Complementares nº 54/2010, nº 60/2010, nº 61/2011,
nº 82/2013, nº 85/2013, nº 92/2013 e nº 103/2014)

VIII - ANEXO VIII - Quadro 02 - Índices, Recuos e Demais Restrições de Uso; (Vide Leis
Complementares nº 54/2010, nº 60/2010 e nº 66/2011)

IX - ANEXO IX - Mapa 06 - Zonas Especiais (ZE`s); (Vide Leis Complementares


nº 134/2016 e nº 150/2017)

X - ANEXO X - Mapa 07 - Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) no Perímetro


Municipal;

XI - ANEXO XI - Mapa 08 - Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) no Perímetro


Urbano;

XII - ANEXO XII - Mapa 09 - Zona Especial de Interesse Turístico (ZEITUR);

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XII - Anexo XII - Mapa 09 - Zona Especial de Interesse Turístico e de Condomínios de


Lazer - ZEITURCL; (Redação dada pela Lei Complementar nº 151/2017) (Vide Lei
Complementar nº 157/2017)

XIII - ANEXO XIII - Mapa 10 - Hierarquização Viária;

XIV - ANEXO XIV - Quadro 03 - Hierarquização Viária;

XV - ANEXO XV - Mapa 11 - Instrumentos de Indução ao Desenvolvimento - IPTU


Progressivo;

XVI - ANEXO - XVI - Mapa 12 - Instrumentos de Indução ao Desenvolvimento - Direito de


Preempção;

XVII - ANEXO - XVII - Mapa 13 - Instrumentos de Indução ao Desenvolvimento - Outorga


Onerosa;

XVIII - ANEXO XVIII - Quadro 04 - Índices, recuos e demais restrições para Outorga
Onerosa;

XIX - ANEXO XIX - Mapa 14 - Instrumentos de Indução ao Desenvolvimento - Operações


Urbanas Consorciadas;

XX - ANEXO - XX - Glossário.

Art. 254 O Município de Sinop fica autorizado a firmar convênios com os Municípios da
região visando viabilizar soluções comuns para a coleta, manejo, destinação final e
tratamento de lixo domiciliar, industrial e outros considerados rejeitos especiais.

Art. 255O Município de Sinop fica autorizado a promover consórcio intermunicipal com os
Municípios da região visando garantir a manutenção das características hídricas e
ambientais da região.

Art. 256 Esta Lei entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE SINOP, ESTADO DE MATO GROSSO.

EM, 18 de dezembro de 2006.

NILSON LEITÃO
Prefeito Municipal

Os anexos encontram-se disponíveis, ainda, no Paço Municipal

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