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EDI-49 Concreto Estrutural II

Concreto Protendido - Formulário Básico

2018

Prof. Flávio Mendes

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Tabelas de Características dos Aços para C.P.

FIOS (RB ou RN)


Diâmetro nominal (mm)
CP 4 5 6 7 8
150 – ok
160 ok
170 ok –
Área (mm2 )
12,6 19,6 28,3 38,5 50,3

Exemplo de especificação: CP-150 RN 5. Observação: a classe do aço indica a tensão característica de ruptura
( ) em kgf/mm2 . O aço CP-150, por exemplo, tem  = 150 kgf/mm2 que é equivalente a 1500 MPa (1,5 GPa).
Os fios RN têm uma relaxação2 de 8,5% e os RB de 3,0%.

CP 190 ou 210 (RB)


Cordoalhas de 3 fios
Diâmetro nominal de cada fio (mm) 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Área nominal (mm2 ) 21,8 30,3 38,7 46,6 66,2
Diâmetro nominal da cordoalha (mm) 6,5 7,6 8,8 9,6 11,1

Exemplo de especificação: CP-190 RB 3,5.

CP 190 ou 210 (RB)


Cordoalhas de 7 fios
Diâmetro nominal da cordoalha (mm) 9,5 12,7 15,2
Área nominal (mm2 ) 56,2 100,9 143,4

Exemplo de especificação: CP-190 RB 12,7. Observações: Os diâmetros das cordoalhas são nominais. A relaxação
das cordoalhas é de 3,5%. Os fabricantes devem ser consultados antes da especificação final do produto3 .

1 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR-7482 Fios de aço para estruturas de concreto protendido - Especificação,

Abril de 2008.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR-7483 Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido - Especifi-
cação, Abril de 2008.
2 A relaxação é a perda máxima da força de protensão após 1000 horas de carregamento, a 20  C, com uma carga inicial equivalente a

80% da ruptura.
3 Uma consulta ao site da Belgo-Mineira (www.belgo.com.br) em maio de 2017 revelou que existem aços CP-145 e CP-175 (e não foi

encontrado o aço CP-160), com módulo  = 210 GPa. Na mesma consulta foram encontradas as cordoalhas de CP-190 e CP-210 com
módulo  = 202 GPa.
1
1. Diagrama Tensão-Deformação.
A figura seguinte ilustra o diagrama (adimensional) tensão-deformação de cálculo para o aço para concreto proten-
dido (NBR-61184 item 8.4.5), válido para temperaturas entre -20 e 150 C. O módulo de deformabilidade longitudinal,
na falta de informação mais precisa (fornecida, em geral, pelo fabricante) pode ser considerado, para efeitos de cálculo
(item 8.4.4) como

 = 200 GPa.

A tensão de escoamento  é definida, convencionalmente, como aquela que deixaria uma deformação residual de
2  ou, de forma equivalente, uma deformação total de 10  . Esta tensão é, em geral, definida em função da
própria tensão de ruptura,  , de forma que o adimensional
 
= =
 

é, em geral, 0,85 para aços RN e 0,90 para aços RB5 . O adimensional de tensão é definido por

 =

e a deformação convencional de ruptura,  , vale 35  para cordoalhas, 60  para os fios CP-150 e 50  para
os demais fios CP-160 e CP-170. O coeficiente de ponderação para o aço protendido é o mesmo daquele para concreto
armado, ou seja,

  = 1 15

p
NBR-6118:2014, item 8.4.5
1,0

Ep
1000 fptd

p ( / )
o

 pyd  uk
oo

A equação do diagrama tensão-deformação pode ser colocada na forma


⎧ 

⎪  ;  ≤ 

⎨ 
 =

⎪ (1 − )  +   − 

⎩  ≤  ≤ 
 − 
onde
  
 = 1000 = 1000
 

4 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR-6118 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento, Agosto de 2014.
5 Exceções: o aço CP-170 apresenta  = 0 88 na versão RN e  = 0 93 na versão RB. As cordoalhas CP-190 e CP-210 de 3 fios 3×4,0
têm  = 0 94 nas normas NBR-7482 e NBR-7483 já citadas.
2
2. Esforços solicitantes.
2.1. Influências a considerar.
• Cargas permanentes e acidentais e outros agentes importantes que possam produzir esforços importantes,
segundo as condições peculiares a cada obra.
• Deformação lenta do concreto.
• Retração do concreto.
• Fluência do aço da armadura de protensão.
• Forças de protensão.
2.1.1. Fase Inicial. Imediatamente após a aplicação da protensão ao concreto, com a consideração da parcela
então atuante das cargas permanentes e antes da atuação das cargas acidentais.
2.1.2. Fase Intermediária. Combinação mais desfavorável das influências citadas anteriormente, após o término
da retração e da deformação lenta ou com atuação apenas parcial destas influências de acordo com o cronograma de
construção previsto.
2.1.3. Fase Final. Combinação mais desfavorável das influências citadas anteriormente, após o término da
retração e da deformação lenta.

3. Tensões admissíveis na Armadura. A norma NBR-6118:2014 (itens 9.6.1.2.1 e 9.6.1.2.2) recomenda que
a tensão na armadura de protensão deva ser limitada, na ocasião da protensão, em:
(a) 77% da tensão de ruptura ( ) nas armaduras pré-tracionadas e
(b) 74% nas armaduras pós-tracionadas (com a exceção das barras de CP-85/105 que têm este limite reduzido
para 72%).

Ao término das operações de aplicação da protensão, os limites (b) anteriores devem continuar a ser obedecidos.

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4. Regime Elástico Linear.
•  : área bruta da seção de concreto.
•  : área da armadura de protensão.
•  : força de protensão.
• : excentricidade da força de protensão (medida em relação ao CG de  , positiva para baixo).
• 0 : mínima distância do CG de  à borda mais próxima.
•  : distância do CG de  à borda inferior.
•  : distância do CG de  à borda superior.
• NCI (Núcleo Central de Inércia):região da seção transversal onde qualquer força de compressão não causa
nenhuma tensão de tração em qualquer ponto da mesma.
•  : distância do CG de  ao limite inferior do NCI.
•  : distância do CG de  ao limite superior do NCI.
• : momento de inércia de  com relação ao CG de  .
•  : módulo de resistência à flexão da seção com relação à borda inferior.
•  : módulo de resistência à flexão da seção com relação à borda superior.
• : coeficiente da perda da força de protensão  =    .
   
 =  =  =  =
   
Para todas as fases de carregamento e para qualquer seção transversal as seguintes inequações devem ser satisfeitas:

⎪  = 1 [ ( + ) −  ] ≥   ()






⎪ 1
⎨  =  [ ( + ) −  ] ≤   ()
()



⎪  = 1 [ ( − ) +  ] ≥  ()





 = 1 [ ( − ) +  ] ≤  ()

Estas mesmas inequações podem ser reescritas da seguinte maneira:




⎪  ≥ 1 ( +   ) −  ()





⎪  ≤ 1 ( +   ) − 
⎨  ()
()



⎪  ≤ 1 ( −   ) +  ()





 ≥ 1 ( −   ) +  ()
Lembrar que numa fase com perdas de protensão
1 1
= 
  
Ainda pode haver a “restrição geométrica” do posicionamento do cabo:

⎨  ≥ −( − 0 ) ()
()

 ≤  − 0 ()

/FM N/SWP mai/17


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