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Nome: William Freire da Silva RA 11061510

Celso Furtado – Formação Econômica do Brasil

Na segunda parte, Furtado explica a questão da economia escravista de agricultura


tropical nos séculos XVI e XVII. No principio houve diversos favores governamentais para
quem instalasse engenhos na colônia. A mão de obra inicialmente era local (indígena), com o
tempo deu inicio a um grande processo de concentração de renda nas mãos dos senhores de
engenho. Depois vieram os escravizados negros, para substituir os indígenas, assim os
escravizados se tornavam mercadorias, “bens duráveis de consumo”. Quase toda a renda da
colônia vinha da exportação e os gastos para importar itens. No entanto, mesmo assim a
existência da atividade de cultivo de cana justificava a existência de outras atividades de
produção, como a criação de gados mais no interior do país (para que estes não atacassem
as plantações de cana). Maior parte da produção da cana acontecia no nordeste, que era
assim a região mais rica da colônia. No entanto, ao longo do século XIX essa renda foi
baixando ao mesmo tempo em que a população ia aumentando devido a oferta de comida. Ao
longo do século XVII houve expansões colônias na Amazônia (que passou a produzir e
exportar diversos produtos, entre eles: canela, cravo, cacau, entre outros).
Uma parte interessante da análise do Furtado é a sua importância as outras atividades
de produção (muitas de subsistência), que praticamente inexistia na análise do Caio Prado Jr.
Para Furtado é impossível que não houvesse qualquer outro tipo de atividade e que tudo
fosse voltado exclusivamente ao engenho de açúcar. Outro ponto interessante é a análise
sobre o destino dos recursos obtidos através da indústria açucareira, que ou iam para a
própria indústria açucareira (que era altamente lucrativa) em forma de novos investimentos
para aumento de produção ou ia para gastos no exterior. Apesar da existência de outras
atividades de produção, é notável que elas eram negligenciadas e preteridas aos gastos em
aumento de produção do açúcar ou gastos exteriores (além disso, muito do que era consumo
dos senhores de engenho eram produzidos pelos seus próprios escravizados, tornando a
existência de comércio praticamente impossível).
Não ficou claro para mim qual a diferença na utilização de mão de obra escravizada
indígena e africana e qual o motivo da escolha de uma em relação a outra (o texto cita o fato
do trabalho indígena ser menos eficiente e o seu recrutamento mais “incerto”, mas não
convenceu). Em outro ponto Furtado cita a “preocupação política de evitar o surgimento na
colonia de qualquer atividade que concorresse com a economia metropolitana”, em virtude da
decadência de outras partes da colônia, não fica claro o porquê disso, visto que uma
expansão de outras atividades em locais não produtivos para o açúcar poderiam gerar ainda
mais riqueza para a metrópole (independente se eles produziam lá ou não).

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