1) Furtado explica como a economia colonial brasileira era baseada na agricultura de cana-de-açúcar e na mão de obra escrava, inicialmente indígena e depois africana.
2) Embora outras atividades de subsistência existissem, a renda colonial vinha quase que exclusivamente da exportação de açúcar e os recursos eram investidos nessa indústria ou gastos no exterior.
3) Furtado argumenta que havia outras atividades além do açúcar, ao contrário da análise
1) Furtado explica como a economia colonial brasileira era baseada na agricultura de cana-de-açúcar e na mão de obra escrava, inicialmente indígena e depois africana.
2) Embora outras atividades de subsistência existissem, a renda colonial vinha quase que exclusivamente da exportação de açúcar e os recursos eram investidos nessa indústria ou gastos no exterior.
3) Furtado argumenta que havia outras atividades além do açúcar, ao contrário da análise
1) Furtado explica como a economia colonial brasileira era baseada na agricultura de cana-de-açúcar e na mão de obra escrava, inicialmente indígena e depois africana.
2) Embora outras atividades de subsistência existissem, a renda colonial vinha quase que exclusivamente da exportação de açúcar e os recursos eram investidos nessa indústria ou gastos no exterior.
3) Furtado argumenta que havia outras atividades além do açúcar, ao contrário da análise
Na segunda parte, Furtado explica a questão da economia escravista de agricultura
tropical nos séculos XVI e XVII. No principio houve diversos favores governamentais para quem instalasse engenhos na colônia. A mão de obra inicialmente era local (indígena), com o tempo deu inicio a um grande processo de concentração de renda nas mãos dos senhores de engenho. Depois vieram os escravizados negros, para substituir os indígenas, assim os escravizados se tornavam mercadorias, “bens duráveis de consumo”. Quase toda a renda da colônia vinha da exportação e os gastos para importar itens. No entanto, mesmo assim a existência da atividade de cultivo de cana justificava a existência de outras atividades de produção, como a criação de gados mais no interior do país (para que estes não atacassem as plantações de cana). Maior parte da produção da cana acontecia no nordeste, que era assim a região mais rica da colônia. No entanto, ao longo do século XIX essa renda foi baixando ao mesmo tempo em que a população ia aumentando devido a oferta de comida. Ao longo do século XVII houve expansões colônias na Amazônia (que passou a produzir e exportar diversos produtos, entre eles: canela, cravo, cacau, entre outros). Uma parte interessante da análise do Furtado é a sua importância as outras atividades de produção (muitas de subsistência), que praticamente inexistia na análise do Caio Prado Jr. Para Furtado é impossível que não houvesse qualquer outro tipo de atividade e que tudo fosse voltado exclusivamente ao engenho de açúcar. Outro ponto interessante é a análise sobre o destino dos recursos obtidos através da indústria açucareira, que ou iam para a própria indústria açucareira (que era altamente lucrativa) em forma de novos investimentos para aumento de produção ou ia para gastos no exterior. Apesar da existência de outras atividades de produção, é notável que elas eram negligenciadas e preteridas aos gastos em aumento de produção do açúcar ou gastos exteriores (além disso, muito do que era consumo dos senhores de engenho eram produzidos pelos seus próprios escravizados, tornando a existência de comércio praticamente impossível). Não ficou claro para mim qual a diferença na utilização de mão de obra escravizada indígena e africana e qual o motivo da escolha de uma em relação a outra (o texto cita o fato do trabalho indígena ser menos eficiente e o seu recrutamento mais “incerto”, mas não convenceu). Em outro ponto Furtado cita a “preocupação política de evitar o surgimento na colonia de qualquer atividade que concorresse com a economia metropolitana”, em virtude da decadência de outras partes da colônia, não fica claro o porquê disso, visto que uma expansão de outras atividades em locais não produtivos para o açúcar poderiam gerar ainda mais riqueza para a metrópole (independente se eles produziam lá ou não).