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A Transformação Digital

e as Mudanças no Ensino
Superior.
Com metodologias mais atrativas, acessíveis e adaptadas às necessidades de cada aluno, o processo
de aprendizagem vem passando por mudanças significativas nos últimos anos, trazendo soluções mais
acessíveis e eficientes.

Para abrir o debate sobre o impacto das transformações digitais na educação, este e-book reúne uma
seleção de artigos, escritos por importantes especialistas da área e que aprofundam pontos essenciais
para instituições de ensino superior, professores e alunos.

Líder em soluções de e-learning, atendendo 80% das maiores


universidades do mundo, a Blackboard tem papel decisivo nesse
processo, sempre com o compromisso de construir através da tecnologia
a melhor experiência educacional.

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Sumário
1 Mudanças significativas no ensino superior: quem viver, verá

2 Sua universidade está acompanhando a evolução dos estudantes não tradicionais?.

3 O celular pode ser o melhor aliado do professor no aprendizado.

4 O uso da tecnologia em sala de aula desperta interesse nos alunos

5 7 etapas para capacitar professores em novas ferramentas tecnológicas

6 O uso da tecnologia para atingir as metas da IES

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As organizações erram quando não percebem que há mudanças

Mudanças significativas nos ambientes em que atuam. A História nos ensina que
as organizações que mais rápido se adaptam às novas realidades

significativas no econômicas, sociais, culturais, tecnológicas e de concorrência


obtiveram sucesso.

ensino superior: As instituições de ensino superior (IES) são organizações acadêmicas

quem viver, verá


que, ao longo do tempo, demonstram resistências às mudanças, em
função da fragilidade das lideranças, da postura conservadora perante
as novas realidades, do corporativismo acadêmico e da permanência de
concepções de “universidade” elaboradas no século XIX e início do XX. É
que preciso repensar essa concepção e atualizá-la, em função da dinâmica
Por Fábio José Garcia dos Reis*
do século XXI.

Há anos leio, visito IES no Brasil e em diversos lugares no mundo e converso


com pessoas que se dedicam a pesquisar o ensino superior. Fui instigado
a escrever esse texto, após algumas leituras interessantes. Eu gostaria
de sugerir a leitura de livros de diferentes autores (inclusive de correntes
de pensamento divergentes). Recomendo a leitura de “Universidade em
ruínas na república dos professores”, organizado por Hélgio Trindade;

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“Dinossauros, gazelas e tigres”, organizado por Victor Meyer e J. Patrick; as IES vão manter links de cooperação para viabilizar a troca de recursos
“A aventura na universidade”, de Cristovam Buarque, “A universidade acadêmicos que colaboram com o aprendizado dos estudantes. A ideia de
inovadora: mudando o DNA do ensino superior de fora para dentro”, admissão será anacrônica, pois o ensino superior será aberto e acessível.
de Clayton Christensen e Henry Eyring; “Ensino híbrido”, organizado As IES estarão abertas para qualquer pessoa, de qualquer lugar. Ele cita
Lilian Bacich, Adolfo Neto e Fernando Trevisani; “Los nuevos modelos os exemplos de MIT e Harvard, que disponibilizam cursos e recursos
universitários en América Latina”, de Claudio Rama, “Guiar el Mercado”; educacionais gratuitamente.
organizado por José Joaquin Brunner, “Sustaining change in Universities”,
Kevin acredita que as IES vão oferecer diversos tipos de cursos de
de Burton Clark; “Change.edu, rebooting for the new talent economy” de
formação e em função da flexibilidade e da mudança do conceito
Andrew S. Rosen; “The end of college: creating the future of learning and
de currículo, os estudantes poderão compor sua formação
the university of everywhere”, de Kevin Carey e “Organizações sustentáveis
de graduação, em diferentes instituições. Os ambientes de
na educação superior”, organizado por Fábio Reis. São livros que discutem
aprendizagem serão sofisticados e personalizados, portanto,
as mudanças e as novas dinâmicas no ensino superior e apresentam cases
as informações sobre a vida acadêmica do estudante, sobre
de IES que realizaram mudanças significativas.
suas dificuldades de aprendizado e sobre suas experiências
Em “The end of College”, Kevin Carey, ao escrever sobre a universidade de pedagógicas na instituição serão acompanhadas por plataformas
qualquer lugar, acredita que o ensino superior move rapidamente para o de aprendizagem com alta capacidade de gerar informações sobre
modelo híbrido, em que os estudantes não deixarão de ir para as IES em a vida acadêmica dos estudantes.
alguns dias durante a semana ou mês. Os recursos educacionais estarão
As pessoas tendem a manterem-se matriculadas em uma ou mais
disponíveis em ambientes virtuais, de forma ampla. Carey acredita que
instituição ao longo da vida, pois haverá uma percepção de que será

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necessário aprender a aprender continuamente. As IES deverão tornarem- Os bons líderes de IES possuem a capacidade de se manterem atentos aos
se especialistas em relações entre as pessoas e terão que facilitar e instigar resultados financeiros e acadêmicos do presente sem deixarem de estar
o relacionamento das pessoas. A diversidade terá que ser respeitada. sintonizados com o que há de relevante no ensino superior. Nós, líderes e
estudiosos do ensino superior, precisamos estar atentos ao que está por
Os ambientes de aprendizagem vão mudar de forma significativa.
vir. Se a previsões de mudanças citadas acima se concretizarem, teremos
A “Universidade de qualquer lugar” terá centros de ensino e
um ambiente de ensino superior bem diferente do que temos hoje. Como
aprendizagem interdisciplinar, em que as pessoas vão engajar-
escreveu Garcia, “quem viver, verá”.
se em projetos significativos e criar redes de cooperação e
aprendizado coletivo. Nesse contexto, o papel do professor irá
mudar radicalmente, da mesma forma, a tecnologia vai impactar
de forma significativa a forma como nós conhecemos o ensino
*Fabio Reis é Licenciado em História pelo Centro Universitário Salesiano
superior hoje. de São Paulo (UNISAL). Doutor em História Social pela Universidade
de São Paulo (USP). Professor e Diretor do Centro UNISAL, Unidade de
As IES que não conseguirem perceber as novas realidades tornar-se-ão Lorena. Dedica-se à pesquisa sobre as tendências da educação superior e
obsoletas e perderão sua competitividade. Cabe aos líderes institucionais os modelos de governança e gestão das IES, além de ser colaborador do
Instituto Expertise de Educação e do SEMESP, na organização de seminários,
serem os agentes da mudança organizacional, para que a IES possa fóruns e missões internacionais focados na formação de lideranças para a
realizar as transformações que a tornem contemporânea e alinhada com gestão de IES e na inovação acadêmica.

as dinâmicas do século XXI, sem cair na armadilha dos modismos e da Leia o artigo na íntegra

perda de sua identidade e de seu papel social. Ele apresenta de forma **Maurício Garcia é Vice-Presidente Acadêmico da DeVry Brasil e uma pessoa
engajada no debate sobre a dinâmica do ensino superior do Brasil.
transparente as perspectivas institucionais.

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A economia global tem causado um impacto significativo no tipo de

Sua universidade pessoa que acessa a educação superior. Alguns estudantes mais
maduros precisam se requalificar para aumentar suas opções de

está acompanhando empregabilidade; outros procuram o curso perfeito em outros


países; ou, alunos da graduação precisam trabalhar período

a evolução integral para pagar os estudos. Cada vez mais, os estudantes do ensino
superior são considerados ‘não-tradicionais’. Com uma forte demanda

dos estudantes por cursos flexíveis, informações acessíveis e qualificações internacionais


reconhecidas, as universidades sofrem uma grande pressão para se

não-tradicionais? adaptar e se tornarem competitivas.

O recrutamento e retenção de estudantes são desafiadores, principalmente


quando a competição vem das diversas opções de ensino. Afinal, os
Por Matthew Small estudantes podem ter uma opinião formada sobre o que querem estudar,
quando estarão disponíveis e onde querem estar enquanto estudam. A
velha ‘universidade dos sonhos’ tem sido deixada de lado, pois
o número de estudantes que estão dispostos a ir à universidade
presencialmente, participar de palestras e entregar o trabalho em
mãos vem diminuindo.

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Novo perfil de aluno

A Blackboard percebeu essa mudança quando viu um aumento na


demanda do seu ambiente de aprendizagem colaborativo online, com
mais instituições de ensino superior começando a usar as soluções.
Passamos algum tempo pesquisando esse novo ambiente educacional
e, ao analisarmos os alunos dentro e fora da sala de aula, percebemos
que eles estão mais proativos na customização dos estudos e com foco
maior em qualificações, a fim de achar o caminho ideal na carreira que
escolheram.

Também identificamos que os estudantes estão mais centrados, rigorosos


em suas escolhas e com mais expectativas. A tecnologia aparece como
a segunda natureza do estudante de hoje, e eles contam com ela
para administrar suas vidas. Para eles, no estudo não pode ser
diferente. Se todos os aspectos das suas vidas estão na palma da
mão, por meio de um dispositivo móvel, então, eles esperam que
na educação seja da mesma forma.

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Algumas universidades têm feito um esforço apressado para atualizar combinar cursos entre universidades, e de vez em quando, entre países –
seus sistemas para entrega de atividades, usando a tecnologia como um o que ajuda o aluno de hoje a alcançar seus objetivos futuros na carreira.
‘jornal mural’, apenas para transmitir informações, sem permitir que os Mesmo com a economia brasileira em crise e o dólar em alta, a procura
estudantes conduzam sua jornada acadêmica. Muitos operam com um de jovens brasileiros por cursos no exterior aumentou 600% entre janeiro
sistema focado em entrega e suporte, desenhado para atender estudantes e julho de 2015, se comparado ao mesmo período do ano passado, de
tradicionais em um modelo de ensino tradicional. Mas, esses estudantes acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Organizações
são uma minoria e, certamente, é a hora de mudar. de Viagens Educacionais e Culturais (Belta).

Ao ignorar o estudante não-tradicional, a universidade enfrenta um


risco maior do que ter que lidar com a frustração do estudante, pois sem
Então, quais são os próximos passos?
flexibilidade para participar de atividades como sala de aula invertida,
enviar trabalhos online ou engajar estudantes e os membros da instituição Algumas universidades estão mudando a forma como desenvolvem

pela internet, alguns alunos ficam desmotivados, por não saberem seus cursos, ministram palestras e engajam estudantes. Muito disso tem

como encaixar a educação em suas vidas. Como resultado, eles sido feito com suporte da tecnologia. Afinal, o mundo ganhou a primeira

estão abandonando os estudos ou correndo para conquistar seus universidade sem papel, o Higher Colleges of Technologies dos Emirados

objetivos na carreira e questionando o real valor da educação. Árabes Unidos, e é apenas uma questão de tempo até que outras sigam
a tendência. No entanto, a tecnologia ainda não assumiu a liderança,
A demanda por um ensino centralizado no aluno vem também do aumento
embora ela permita que a universidade acompanhe o estudante.
do número de estudantes internacionais e da tendência de misturar e

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Não importa se o aluno tem 51 anos e precisa apenas de novas
certificações para se tornar mais relevante no trabalho; ou se tem 44 anos
e não consegue pagar por uma formação profissional acessível; ou um
estudante de 21, que não consegue articular bem suas habilidades para
potenciais empregadores; ou um de 19, que quer conciliar trabalho, estudo
e experiência internacional. O estudante tradicional está se tornando
uma raridade, e a universidade que reconhecer isso e atender as
necessidades dessa nova geração de alunos, terá sucesso ao mudar,
para o bem, a forma da educação.

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Uma pesquisa recente da Unesco mostrou que 67% dos estudantes

O celular pode ser de países em desenvolvimento e emergentes que leem pelo celular
consideram o aparelho conveniente para a leitura, porque o

o melhor aliado dispositivo está o tempo todo com o usuário. Afinal, a mobilidade,
disponibilidade de WiFi e redes móveis nas instituições de ensino

do professor no permitem o acesso a conteúdos de qualidade. Mas, muitas vezes, eles são
os vilões do processo de ensino por causa do entretenimento com games,

aprendizado redes sociais e conteúdos irrelevantes para o contexto da aula exposta


pelo professor. Como a maioria dos alunos do Ensino Superior é nativa
digital e está sempre conectada, na sala de aula não é diferente – o celular
acompanha o estudante em qualquer lugar, forçando os professores a se
Por Gustavo Hoffmann* adaptar a essa realidade.

O celular e o aprendizado

No modelo de sala de aula tradicional, o expositivo, a tecnologia é vista


como o fim e não como o meio para alcançar um determinado objetivo.
Muitas vezes, o professor expõe o conteúdo, e faz o papel de ‘sábio do
palco’, e um mesmo ritmo de ensino é imposto para todos os alunos, que

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se tornam agentes passivos da aprendizagem. Muitas vezes, nesse tipo de
aula, o celular concorre e ganha do professor na atenção do aluno, que
pode checar informações em tempo real, acessar qualquer outro conteúdo
mais atrativo, e, se a apresentação do professor não for interessante,
o WhatsApp e as redes sociais serão. A maioria dos professores não
gosta disso, pois os dispositivos móveis são como uma ameaça ao bom
andamento da aula.

Já as metodologias ativas de aprendizagem exigem mais do aluno em sala


de aula, pois ele não se torna apenas um ouvinte. A tecnologia media sua
participação e os dispositivos móveis são indispensáveis por permitirem o
acesso ao conteúdo e promoverem a interação entre alunos e professores.
Na aplicação do processo de aprendizagem por pares, ou Peer Instruction,
por exemplo, o uso dos dispositivos é parte do processo. A proposta das
metodologias ativas faz com que o aluno se torne responsável pela
busca e construção do conhecimento por meio de atividades que
partem de um problema, e o conteúdo é a ferramenta utilizada
para apoiar a solução. O acesso pode ser feito em qualquer hora e
lugar, quantas vezes o aluno quiser ou precisar, por meio dos dispositivos
móveis.

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Nesse sentido, um ambiente virtual de aprendizagem é indispensável, educacionais ou outras ferramentas que podem transformar a experiência
pois ele ajudará a instituição a organizar o conteúdo e disponibilizá-lo em sala de aula.
no formato de vídeo-aulas, podcasts, textos, games e outros objetos que
Por isso, as instituições devem ter em mente que a tecnologia é
não apenas atraem esse novo aluno conectado, mas facilitam o processo
um facilitador para o engajamento do aluno, mas que deverá estar
de aprendizagem e respeitam o ritmo de cada indivíduo. Ou seja, a aula
sustentado por toda metodologia pedagógica. Rever o atual modelo
(acesso ao conteúdo) acontece fora da sala e a lição de casa (resolução
de ensino não é uma tarefa simples, porque é preciso romper barreiras
de problemas) na instituição, e por isso, o termo sala de aula invertida
e pensar em novas metodologias de ensino e aprendizagem, mas é uma
ou “Flipped Classroom”. É difícil desvincular esse modelo do uso dos
mudança que vale a pena.
dispositivos móveis.

Modelo tradicional x metodologias ativas

Enquanto no modelo tradicional o uso do celular pode comprometer o


processo de aprendizagem, em metodologias ativas o mobile é um grande
aliado, quando bem aplicado. Com o apoio de um bom software de
aprendizagem com integração para o mobile o aluno pode ter mais acesso
Fonte
conteúdo, dinâmica na interação com o professor e, por fim, o ambiente
*Parceiro da Blackboard Brasil, pró-reitor da UNIPAC e
de aprendizagem criado se torna mais lúdico, com a inclusão de games
diretor acadêmico e de EAD do Grupo Alis Educacional

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Da educação infantil à graduação, existe uma grande preocupação de

Uso da proporcionar ao aluno atividades atrativas que, aliadas ao conteúdo


pedagógico de cada disciplina, auxiliem efetivamente no aprendizado. Os

tecnologia estudantes de hoje aprendem com muita facilidade e rapidez, mas


se cansam facilmente das práticas repetitivas do ensino cotidiano.

em sala de Eles anseiam sempre por novidades. E é por isso que o uso da
tecnologia em sala de aula desperta o interesse dos alunos.

aula desperta Essa mudança na forma de aprender obriga o professor a elaborar

interesse nos
diferentes aulas da mesma matéria para conseguir atingir uma ampla e
diversificada gama de alunos. Os educadores sabem que precisam dispor

alunos
sempre de novos recursos que os auxiliem a explorar as atividades em
grupo, a aumentar a atenção e a disciplina na sala de aula.

Além disso, cada aluno tem necessidades e dificuldades diferentes e,


por isso, o uso da tecnologia integrando conteúdos podem apoiar os
professores no desenvolvimento e planejamento das aulas.

O próprio professor pode criar uma primeira atividade, que exigirá tempo
para sua construção, mas que, posteriormente, poderá ser alterada e
adaptada de acordo com os próximos conteúdos.

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As metodologias ativas, que colocam o aluno no centro do aprendizado, Até na educação infantil já se provou que os jogos e as brincadeiras
transformando-o em protagonista de sua evolução acadêmica, encontram – diversas delas realizadas com o apoio da tecnologia – ajudam no
na tecnologia suporte para que o aluno absorva o conteúdo. desenvolvimento integral da criança. O uso de recursos tecnológicos
vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas. Por isso, o contato do
Mais do que atrair e motivar, a tecnologia também pode garantir
aluno com a tecnologia é muito importante desde cedo, mantendo-o
a acessibilidade no ensino, colaborando para que barreiras sejam
ao longo de sua formação. Qualquer disciplina, matéria ou conteúdo
superadas por pessoas que têm necessidades especiais. Nesse
pode ter atividades preparadas, construídas e realizadas com recursos
sentido, a tecnologia bem aplicada passa a ser uma facilitadora no
tecnológicos.
acesso à informação e à educação.
Se os educadores souberem combinar as atividades lúdicas com os
No caso de o professor não ter muita habilidade com inovações, ele pode
recursos tecnológicos, as aulas não se tornarão rotineiras e maçantes,
solicitar ajuda de um aluno, que, certamente, se sentirá muito importante
mas despertarão o interesse dos alunos, facilitando o aprendizado e
em realizar a tarefa.
desenvolvendo neles o gosto pelos estudos.
É natural que o uso da tecnologia em sala de aula desperte o interesse
dos alunos. Elas lhes permitem criar atividades em planilhas eletrônicas,
multimídia, fazer edição de filmes e imagens, entre muitos outros recursos.
Essas atividades estimulam a participação dos alunos no processo
de construção do próprio conhecimento. Mas, independentemente
dos recursos ou materiais utilizados, só trarão os resultados esperados se
forem bem direcionadas e planejadas.

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Mudar é sempre difícil. Quando se fala em novas ferramentas tecnológicas,

7 etapas para há três perfis de pessoas: aquelas que dominam e utilizam em qualquer
situação; as que aprenderam a usar e acabaram incluindo na rotina; e as

capacitar que sabem que existem, mas acham complicado demais até para tentar.

professores em
A formação tradicional de professores não inclui no currículo ferramentas
tecnológicas. Isso faz com que muitos deles excluam essa possibilidade

novas ferramentas
da sala de aula, achando que não se faz necessária para o processo de
aprendizagem. No entanto, o novo perfil de aluno é conectado e vê a

tecnológicas
inovação como aliada, inclusive na aprendizagem.

Por isso, mesmo nos ensinos presencial e semipresencial, quando o


professor consegue dialogar com os alunos na mesma linguagem e
utiliza ferramentas inovadoras que eles já dominam percebe resultados
diferentes em sala de aula. Saiba como o uso da tecnologia em sala de
aula desperta interesse nos alunos.

Veja a seguir sete estratégias para facilitar a adoção de tecnologia pelo


corpo docente, indicados por Geralyn Stephens, professora associada da
Universidade Estadual Wayne, que é cliente da Blackboard nos Estados
Unidos.

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1.Comece Pequeno

Inicialmente, escolha os professores que são mais adeptos a novidades e


comece a capacitação com esse grupo. A tendência é que eles disseminem
o conhecimento entre seus pares, estimulando a participação de pessoas
que são naturalmente mais resistentes.

2. Complemente As Práticas Atuais

A instituição pode promover cursos de atualização dos currículos dos


professores utilizando o próprio ambiente virtual de aprendizagem. Assim,
o uso da tecnologia fica em segundo plano e o corpo docente testa as
ferramentas e suas possibilidades na prática, na posição de aluno.

3. Faça Com Que Seja Conveniente

Realize os treinamentos presenciais em locais de fácil acesso para os


professores e em horários alternativos. Essa flexibilidade pode inicialmente
exigir um esforço da instituição, mas incentiva a confiança dos professores.

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4. Torne Relevante 7. Crie Uma Comunidade De Aprendizado

Reserve algumas aulas de capacitação presencial para dar suporte aos É possível utilizar o próprio fórum de discussão para gerar tópicos para
professores, de forma que seja possível construir em conjunto planos de troca de conhecimento sobre ensino online, tecnologias educacionais e
aula alternativos, incluindo ferramentas tecnológicas. Quando o professor as ferramentas Blackboard. Esses fóruns devem ser acompanhados pela
desconhece todas as alternativas possíveis, tem dificuldade em colocar área de suporte para que quaisquer questões técnicas ou necessidades
sua utilização na prática, por isso, essa tutoria é fundamental e motivadora. de instruções sejam imediatamente respondidas. Além disso, em outra
sessão, a instituição pode publicar dicas rápidas, orientações e outros
5. Inclua Novas Ferramentas Aos Poucos itens relacionados ao uso do ambiente virtual na instituição.

Incentive o uso do blog, de fóruns de discussão ou outras ferramentas


durante os treinamentos. Motive-os a continuar usando essas ferramentas
não só durante a capacitação, mas também em sala de aula, com uma
turma. Vá introduzindo as alternativas aos poucos, de forma que ele
consiga aprender enquanto utiliza e aplica em turmas piloto.

6. Colete Dados E Avalie

Documente como os participantes utilizam os recursos apresentados na


capacitação. Posteriormente, esses dados e as recomendações do corpo
docente podem ser utilizados para melhorar a experiência de treinamento.

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Conhecer com profundidade seu consumidor é o principal passo para

O uso da tecnologia atende-lo da melhor forma. Como é possível decidir o que entregar para
deixa-lo satisfeito, para expandir o alcance do seu serviço sem perder a

para atingir as metas qualidade, para fazer com que a conversão da empresa não aumente
custos? Toda instituição educacional tem objetivos, seja aumentar

da Instituição de o número de alunos, otimizar o aprendizado ou ampliar o alcance.


Funciona tal qual uma empresa: o investimento em qualidade do serviço,

Ensino em comunicação, em métricas de satisfação, entre outros fatores, são


proporcionais ao atingimento das metas estratégicas.

Nesse ponto, a tecnologia é um fator extremamente relevante. Ela tanto


colabora para a experiência de aprendizado dos alunos quanto reúne
uma base de dados de toda a instituição. Alguns exemplos de metas que
podem ser atingidas com o uso de ferramentas tecnológicas:

Melhorar a qualidade da experiência do estudante,


afetando positivamente desempenho, satisfação e
retenção dos alunos

A utilização de soluções tecnológicas permite que se acompanhe com maior


proximidade taxas de turnover, abstenção e conhecimento adquirido. Em

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aulas semipresenciais e de educação a distância, esses dados são ainda Estender o alcance institucional e desenvolver novos
mais fundamentais para que a instituição aja antes da evasão do aluno. mercados por meio de entrega flexível
Para aprimorar o ensino, o uso da tecnologia pode promover um estudo
Os cursos semipresenciais e, em especial, os EAD encerram as limitações
interativo dos conteúdos, fazendo com que os estudantes adotem uma
físicas. Grandes universidades mundiais, como Stanford e Harvard, já
postura mais participativa.
oferecem opções de educação a distância, formando alunos de diferentes
países. A universidade que inclui o ensino online em suas opções de
graduação e especializações expande seu alcance, saindo dos alunos que
Responder às expectativas e necessidades de suporte
moram no entorno e atingindo aqueles que moram em qualquer lugar.
tecnológico do corpo discente

Os alunos já são nativos digitais; a tecnologia faz parte de sua realidade e


do seu cotidiano. Dessa forma, investir em ferramentas tecnológicas para Reduzir o ônus administrativo sobre a equipe acadêmica,
incentivar o aprendizado aproxima o curso de uma linguagem comum ao aprimorando eficiência e eficácia dos processos
conteúdo que o estudante consome na sua rotina, aumentando ainda
A tecnologia também colabora para melhorar processos da instituição,
mais a proximidade entre ele e a instituição.
reduzindo custos por meio de integração de sistemas. Permite, por exemplo,
centralização de matrículas, notas e certificações online.

Veja resultados práticos da


Universidade Feevale com a
adoção da tecnologia.

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Potencializar a empregabilidade e habilidades de literacia
digital dos alunos, expondo-os a softwares específicos da
área, recursos e práticas online.

As instituições podem utilizar a tecnologia como sua aliada na educação,


mas também estimula diferentes características de seus estudantes. Alunos
de EAD, por exemplo, desenvolvem autonomia e autogerenciamento ao
longo das aulas.

Sendo planejado e com objetivos claros, o uso da tecnologia


contribui para os planos da instituição. Quer entender como superar
obstáculos na adoção da tecnologia em sua instituição de ensino?

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