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Emergências Médicas

em Odontologia

Prof. Claudio do Nascimento Fleig


Para ganhar credibilidade, é
necessário uma interminável série
de ações corretas diariamente, para
perdê-la, basta um erro.

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Emergências Médicas em Odontologia

 No passado, era fato raro nos consultórios


odontológicos

 Avanço da medicina, quantidade de pacientes


que tem acesso aos tratamentos, crescimento
do número de pacientes idosos

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Aspectos legais das emergências em
odontologia
 Aspectos principais a serem abordados:

 Aspecto criminal

 Aspecto cível

 Aspecto ético

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Aspectos legais das emergências em
odontologia

 Devemos lembrar que as profissões de CD e


a do Médico são as que mais risco
acarretam, tanto para as que as exerce
quanto para aqueles que buscam seus
préstimos.
 Podemos notar que os cursos de
graduação, sem exceção, são falhos no que
concerne a atuação em casos de
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emergências médicas.
Aspectos legais das emergências em
odontologia
 É ininteligível o conceito de separação entre as
duas profissões. Tal fato só poderia ser admitido se
fosse possível separar o corpo humano em duas
partes: a odontológica e a médica.

 A menos que queiramos transformar a odontologia


numa profissão puramente artesanal, que não
permita ao profissional o uso de qualquer
droga, mesmo um anestésico.
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Aspectos legais das emergências em
odontologia

 Infelizmente, estas idéias retrógradas e


antinaturais impregnam as concepções de
alguns juristas, motivando como resultado a
concepção descabida de que a odontologia
seria uma profissão de resultado, enquanto a
medicina seria uma profissão de meio.

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Aspectos legais das emergências em
odontologia
 Sob o ponto de vista jurídico penal, podemos
analisar as hipóteses que podem ocorrer:
 Óbito – o crime de homicídio será de natureza culposa.
Conforme o inciso 30 do art. 121 (CP) a pena será de 1 a 3
anos. No inciso 40 do mesmo artigo observamos que a pena
aumenta em 1/3 se o crime resulta de inobservância da regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar a prisão em
flagrante.
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Aspectos legais das emergências em
odontologia

 Sob o ponto de vista jurídico penal, podemos


analisar as hipóteses que podem ocorrer:
 Lesão corporal – no art. 129 que prescreve: ofender a
integridade corporal ao a saúde de outrem terá como
punição a detenção de 3 meses a 1 ano.

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Aspectos legais das emergências em
odontologia
 Lesão corporal de natureza grave:
 Inciso 1 se resulta:
 INCAPACIDADE PARA AS OCUPAÇÕES
HABITUAIS, POR MAIS DE 30 DIAS
 PERIGO DE VIDA
 DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO
OU FUNÇÃO
A PENA PARA ESSES CASOS SERÁ DE RECLUSÃO
DE 1 A 5 ANOS.
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Aspectos legais das emergências em
odontologia
 Lesão corporal de natureza grave:
 Inciso 20 :
 INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO
 ENFERMIDADE INCURÁVEL
 PERDA OU INUTILIZAÇÃO DE MEMBRO, SENTIDO
OU FUNÇÃO
 DEFORMIDADE PERMANENTE
A PENA NESTES CASOS É DE RECLUSÃO DE 2 A 8
ANOS Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Aspectos legais das emergências em
odontologia

 OMISSÃO DE SOCORRO:
DEIXAR DE PRESTAR ASSISTENCIA, QUANDO POSSÍVEL
FAZÊ-LO SEM RISCO PESSOAL, À CRIANÇA
ABANDONADA, OU EXTRAVIADA, OU À PESSOA
INVÁLIDA OU FERIDA, AO DESAMPARO OU EM GRAVE E
EMINENTE PERIGO, OU NÃO PEDIR, NESTES CASOS
SOCORRO DA AUTORIDADE PÚBLICA.

PENA DE 1 A 6 MESES OU MULTA


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Aspectos legais das emergências em
odontologia

 Ponto de vista cível:


 Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligencia, ou imprudência, violar
direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a
reparar o dano.
 Indenização em caso de homicídio, consiste: no
pagamento das despesas com o tratamento da
vítima, seu funeral e o luto da família, na prestação
de alimento às pessoas a quem o defunto devia.
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Aspectos legais das emergências em
odontologia

 Ponto de vista ético:


 O código de ética profissional do CFO que preceitua que o
CD deverá manter atualizado os conhecimentos
profissionais e culturais necessários ao pleno desempenho
do exercício profissional e, zelar pela saúde de seu
paciente.

 Instauração de processo ético junto ao conselho.


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Evitando Encrencas
 Anamnese

 Exame físico e clínico

 Exames

 Consultorias
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Estar preparado para emergência
 Nunca tratar estranhos

 Estar alerta

 Saber o que procurar

 Checar os equipamentos de emergência

 Estar adequadamente treinados


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Emergências Médicas em Odontologia

 Estar preparado para eventualidades é


essencial

 Reconhecer o tipo de paciente candidato ao


problema pode ser vital
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Perfil histórico
 Dados biográficos

 Queixa principal

 História da queixa principal

 História médica

 Revisão dos sistemas


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Perfil histórico

 Pode ser utilizado o sistema de questionário


escrito, o que favorece as resposta do paciente

 A comunicação oral deve ser usada para


explorar dados de maior interesse

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Questionário de anamnese

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Anamnese
 Você já sofreu alguma intervenção cirúrgica a
nível hospitalar?
 Já foi submetido a anestesia geral?
 Está atualmente em tratamento médico?
 Apresenta alergia a algum medicamento?
 Faz uso regular de algum medicamento?
 Já teve algum mal estar durante tratamento
odontológico? Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Anamnese
 Já recebeu transfusão de sangue?
 Tem dor nas articulações?
 Sua pressão é alta?
 Sangra muito quando você se corta?
 Tem algum diabético na família?
 Considera-se estressado?
 Faz uso de drogas, álcool, fumo?
 Já sofreu radioterapia ou quimioterapia?
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Anamnese
 Já apresentou ou
apresenta alguma das
doenças abaixo?

 Hepatite  Asma
 Hemofilia  Doença cardíaca
 Reumatismo  Epilepsia
 Doença renal  Doença pulmonar
 DST

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Exame físico

 Inspeção  Olfato

 Palpação  Avaliação de função

 Sinais vitais
 Percussão

 Auscultação Prof. Claudio do Nascimento Fleig


Avaliação radiográfica
 Depende da decisão clínica

 Escolha do tipo e do número de incidências


depende do caso

 Devem ficar registrados na ficha clínica

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Procedimentos laboratoriais

 Podem revelar informações valiosas a


respeito de problemas específicos refletidos
no status geral da saúde do paciente

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Avaliações e consultorias
 O clínico não é obrigado a saber tudo sobre a
saúde do paciente

 Obtenção de ajuda de outro profissional é


moral, ético e legalmente amparado

 Será negligente quem não lançar mão desta


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ajuda ao tratar o paciente
Emergência médica
 No passado, era fato raro nos consultórios
odontológicos

 Avanço da medicina, quantidade de pacientes


que tem acesso aos tratamentos, crescimento
do número de pacientes idosos

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Análise de risco
 A avaliação médica, poderá classificar o risco
deste paciente.
 Classificação da Sociedade Americana de
Anestesiologia:
I – saúde normal
II – paciente com leve doença sistêmica
III – doença sistêmica severa, mas não
incapacitante Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Análise de risco
 Classificação da Sociedade Americana de
Anestesiologia:
IV – doença sistêmica severa, com ameaça
constante de morte
V – paciente moribundo, sem expectativa de
sobrevivência sem a cirurgia
VI – paciente com morte cerebral
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Kit de sobrevivência
 Existem vários kits no mercado que se
prestam para esta finalidade
 Eles devem conter o básico necessário
 Ambu
 Tubo de oxigênio
 Cânulas de Guedel
 Farmácia básica

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Kit de sobrevivência

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Kit de sobrevivência

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Kit de sobrevivência

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Kit de sobrevivência

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Kit de sobrevivência

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Kit de sobrevivência
 Função da farmácia básica
 Captopril = hipertensão arterial
 Polaramine = anti-histamínico
 Berotec = broncodilatador
 Isordil = crises de angina
 Decadron = corticóide
 Glicose = sincope
 Adrenalina = choque
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ATLS

Advanced Trauma Life Suport


“Suporte avançado de vida em
trauma”.
Noções básicas
Acesso Inicial
 Objetivos:
1. Identificar a correta seqüência de
prioridades na emergência.
2. Definição entre avaliação primária e
secundária em casos de múltiplas injúrias.
3. Identificação dos componentes chaves
relacionando a história do paciente e do
trauma.
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Acesso inicial
 Objetivos

4. Definir técnicas de salvamento ou tratamento


para este paciente.

5. Conduzir ao tratamento secundário, com


menor risco de vida.
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Acesso Inicial

 Introdução:
A prioridade no tratamento inicial é identificar os
passos seqüenciais em ordem de importância e
clareza.
Entretanto, estes passos devem ser simultâneos.
Pode ser vital saber da história do paciente e do
trauma nesta fase inicial. O pessoal que faz o
atendimento pré-hospital é importante na
resposta deste itens.
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Acesso Inicial

 Prioridades no acesso inicial:


O acesso ao paciente e o estabelecimento de
prioridades do tratamento vão depender das
injúrias sofridas, da estabilidade de seus sinais
vitais e do mecanismo traumático.
Os sinais vitais do paciente devem ser aferidos
rápida e eficientemente, em qualquer trauma.
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Pesquisa primária
 Nesta fase as condições de risco de vida são
avaliadas e a manipulação é simultânea:
A - (airway) manutenção de via aérea
B - (breathing) ventilação
C - (circulation) controle de hemorragia
D - (disability) status neurológico
E - (expositure) remoção das vestimentas do
paciente.
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Fase ressuscitatória
 Manejo com o choque

 Oxigenação

 Controle de hemorragia é reavaliado

 O risco de vida é constantemente reavaliado.


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Avaliação secundária
 A perfusão de oxigênio nos tecidos é
monitorada.

 Recolocação de perda sangüínea

 Sonda vesical e naso-gástrica é colocada


nesta fase, se seu uso não for contra-
indicado.
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Avaliação secundária
 Não começa após a fase primária e sim
concomitante.
 Junto com os sinais vitais (pressão
sangüínea, pulso, respiração e temperatura).
 Uma avaliação profunda incluí ouvir, olhar, tocar e
sentir todas as regiões.
 Cada região (cabeça, pescoço, tórax, etc) deve ser
avaliada individualmente
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Avaliação secundária

 Nesta fase são feitos exames


laboratoriais, radiográficos (quando
permitido), tomográfico.

 Manipulação de olhos, ouvidos, nariz, boca, reto e


pelve, pode revelar alguma lesão.

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Tratamento definitivo

 Nesta fase teremos estabilização de


fraturas, intervenção cirúrgica se necessário ou
estabilização e preparo para transferência.

 Nesta fase os procedimentos cirúrgicos bucofaciais


serão realizados.

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Prioridades pediátricas

 Basicamente são os mesmos dos adultos.


 Entretanto a perda sangüínea e fluídos, o tamanho
da criança, o grau do trauma encefálico e os
mecanismos do trauma podem ser diferentes.
 Quantidade sangüínea é em torno de 80 ml/Kg
(40% de perda significa choque hipovolêmico).

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Plano de prioridades

Vias aéreas e espinha cervical:


A estabilização das vias aéreas superiores pode
passar pela manipulação do mento ou mandíbula e
remoção de corpos estranhos na boca. Nesta fase
devemos ter especial atenção a espinha cervical.
Movimentos excessivos podem causar
deslocamento de prováveis fraturas.
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Aspecto facial
 Ao dar entrada no
PS, paciente com
politraumatismos de
face.

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Plano de prioridades

 Vias aéreas e espinha cervical:


A fratura de espinha cervical deve ser suspeita
sempre em paciente com trauma de cabeça (efeito
chicote).
Deve-se manter imobilizado sempre até que se faça
um diagnóstico preciso (radiográfico ou
tomográfico)

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Plano de prioridades

 Ventilação:
Uma adequada ventilação em trauma inclui a
entrega de um volume adequado e uma
concentração adequada de O2.
A via nasal simples ou uma máscara facial podem
não dar um suporte adequado de O2.
Três condições podem levar a uma pobre
ventilação: pneumotórax, pneumotórax aberto e
contusão pulmonar ampla.
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Plano de prioridades

Circulação:
Volume sangüíneo e débito cardíaco - uma
das causas mais comuns de óbito pós-
trauma é a hemorragia.
Acesso rápido e preciso ao status
hemodinâmico do paciente traumatizado é
essencial. Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Plano de prioridades

 Circulação:
Três elementos devem ser observados:
- estado de consciência: quando o volume é
reduzido a metade ou menos a perfusão
cerebral é criticamente
prejudicada, resultando na perda de
consciência Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Plano de prioridades

 Circulação:
- cor da pele: pacientes com coloração rósea
na face e extremidades raramente estará
sofrendo de hipovolemia pós-trauma.
- Já, palidez, coloração acinzentada na pele da
face e extremidades pode significar
hipovolemia.
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Plano de prioridades

 Circulação:
- Pulso: cheio, lento e regular é sempre bem-
vindo em pacientes com injúrias.
- Pacientes com pulso rápido podem estar com
hipovolemia, assim como pulso irregular pode
significar problema cardíaco
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Plano de prioridades

 Circulação:
- Sangramento: perdas externas podem ser facilmente
diagnosticadas e tratadas no salvamento primário.
Perda sanguínea rápida pode ser controlada com
compressão (torniquetes não devem ser
usados, pois podem causar danos aeróbicos aos
tecidos ou perdas maiores caso não sejam bem
aplicados. Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Plano de prioridades

 Circulação:
- Sangramento: hemorragias ocultas dentro do
tórax e abdômen ou intra-muscular nos casos
de fraturas de membros precisam de
diagnóstico rápido e preciso.

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Plano de prioridades
 Avaliação neurológica sumária: esta avaliação
neurológica vai depender do nível de consciência
do paciente, do tamanho das pupilas e das reações.
 O nível de consciência pode ser avaliado pelo
método AVPU.
 A – alerta ( Alert)
 V – resposta a estímulos Vocais (Vocal)
 P – resposta a estímulos dolorosos (Pain)
 U – sem resposta (Unresponsive)
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Plano de prioridades

 Avaliação neurológica sumária: avaliações mais


apuradas devem ser feitas na pesquisa secundária.
 Mudanças nas condições neurológicas podem
significar patologias intracranianas ou decréscimo
na oxigenação do SNC.

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Plano de prioridades

 Remoção das vestimentas do paciente: o


paciente deve ser completamente despido para
facilitar o exame e os acessos.

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Procedimentos básicos de emergência

 Socorro primário

 Suporte respiratório

 Suporte cardíaco

 Profusão sangüínea
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Procedimentos básicos de emergência

 Socorro secundário

 Atenção médica

 Atenção hospitalar

 Diagnostico definitivo
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Passos emergenciais
 Basicamente:
 Parar o tratamento e verificar consciência

 Ter certeza que as vias aéreas estão livres

 Checar pulso

 Checar pressão

 Monitorar respiração
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Parar tratamento e verificar
consciência
 Devemos tentar despertar o paciente, mexendo
nele, perguntando “como está?”

 Deve-se observar pupilas, se está reativa a luz ou


não
 Diminuída = overdose
 Dilatada = choque ou inconsciência

Paciente inconsciente deve ter sua via aérea protegida de


obstrução
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Interromper o tratamento e verificar
consciência

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Ter certeza que o paciente não tem
obstrução de via aérea

 Abrir a boca do paciente e verificar se não há


a possibilidade de ocorrer obstrução de via
aérea por prótese, saliva, sangue ou mesmo
pela queda da língua (em pacientes
inconscientes)

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Ter certeza que o paciente não tem
obstrução de via aérea

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Checar o pulso
 Através de palpação digital no pulso radial

 Deve estar regular e cheio

 Entre 60 e 72 batimentos por minuto em adultos

 Abaixo de 50 e acima de 120 bpm pode significar


problema sério
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Checar o pulso

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Checar pressão sanguínea
 Com a utilização de equipamento
(esfignomanômetro)

 Acima de 145 / 95 = hipertensão

 Abaixo de 90 / 50 = hipotensão

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Checar pressão sanguínea

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Monitorar respiração
 Contar o número de inspirações (movimento
do tórax) em 15 segundos e multiplicar por 4.

 Determinar o ritmo (regular ou irregular) e


profundidade

 Respiração abaixo de 30/minuto = uso de O2


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Monitorar respiração

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Posição do paciente

 Em posição supina (face para cima)

 Paciente grávida pode ter síndrome hipotensiva nesta


posição

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Estabelecimento e manutenção de via aérea
 Com a falta de consciência a língua cai posteriormente
e pode obstruir a via aérea

 Deve-se entender a cabeça para traz com a mão por


baixo do pescoço

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Checar a ventilação espontânea
 É acompanhado por movimento do tórax associado a
entrada do ar pela boca ou nariz

 Coloca-se a orelha próximo a boca do paciente e


tenta-se ouvir o som da passagem de ar

 Continua-se olhando para o tórax


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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Ventilando
 Não captando o item anterior devemos ventilar
imediatamente

 O2 ou Ambu

 Boca a boca

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Checar circulação

 Pulso carotídeo

 Para achar procure o pomo de Adão e desloque dedos


na mesma direção

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Colocação de mãos para massagem cardíaca
fechada
 Palpar o final da junção das costelas com o externo
(apófise xifoesternal)

 Medir 02 dedos acima

 Com a mão espalmada e o seu ventre em contato com


o tórax fazer pressão
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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Massagem associada a ventilação assistida
 Comprimir de 4 a 5 cm

 Cerca de 80 compressões por minuto

 A sequência é de 30 compressões para 2 ventilações


( 30:2)

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Ressuscitação cardiopulmonar
 Reavaliar a circulação
 A cada 4 ciclos de compressão-ventilação

 Verificar pulso na carótida

 Serve para averiguar se a manobra cardiopulmonar


está funcionando

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Ressuscitação cardiopulmonar

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Patologias que merecem atenção
Sincope vasovagal
Caracterizado pela subta e breve perda de
consciência

Causa é um distúrbio reversível da função


cerebral resultante do decréscimo de fluxo
sangüíneo

Estão ligados a fatores como dor, ansiedade e


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calor
Sincope vasovagal
Sinais e sintomas

palidez repentina

transpiração intensa

desmaio de curta duração


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Sincope vasovagal
Tratamento de emergência

passos 1,2,3,4,5

se o paciente estiver inconsciente passo 6

incentive a respiração com estímulos simples de


reflexo cutâneo, com toalha umedecida e fria na
testa e com inalação de aromatizante de amônia
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Sincope vasovagal
Tratamento de emergência

verifique a pressão sanguínea , se estiver baixa e o


pulso lento administrar atropina (adulto de 0,5 a 1.0
mg), repetir a dose se necessário em 10 minutos

desmaio em pacientes com mais de 50 anos deve


ser considerado sério

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Angina pectoris
 Pode ser definida como temporária
inabilidade das artérias coronárias suprirem o
miocárdio com suficiente sangue oxigenado

 O resultado é anoxemia e dor

 Causa mais comum é depósito de gordura


(artérioesclerose)
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Angina pectoris
 Sinais e sintomas
 Durante stress físico ou emocional, paciente relata dor
moderada substernal, pode ser irradiada para braços e
mandíbula

 Diminuição da pressão sangüíneas e pulso fraco

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Angina pectoris
 Diagnóstico

 Baseado na história clínica e sintomas

 Dor torácica em paciente de meia idade pode ser


relacionado a infarto de miocárdio

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Angina pectoris
 Tratamento emergencial
 Passos 1,2,3,4,5 e 6 se o paciente estiver inconsciente

 Colocar o paciente em posição confortável, fazer uma


atmosfera calma e quieta

 Administrar nitroglicerina (0,3 mg) sublingual, se a dor


não regredir deve repetir a terapia de em intervalo de 5
minutos até 3 vezes
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Angina pectoris
 Tratamento emergencial

 Iniciar oxigenioterapia por via nasal

 Reações adversas ao nitrato incluem vermelhidão, dor


de cabeça, tontura pastoral, náusea e vomito. Desmaio
por uso de nitrato pode ocorrer

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Infarto do miocárdio
 Infarto do miocárdio ocorre por necrose
isquêmica localizada em uma área do
miocárdio por oclusão da artéria coronária

 Pacientes com alto risco de IM são do sexo


masculino, com
hipertensão, fumantes, diabetes e histórico
familiar Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Infarto do miocárdio
 Sinais e sintomas
 Sintomas similares a angina, porém com maior
intensidade, com períodos contínuos de cerca de 10
minutos

 Em cerca de 25% dos pacientes a dor é irradiada para


o braço esquerdo, porém pode aparecer em
pescoço, mandíbula, ombros e área epigástrica

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Infarto do miocárdio
 Diagnóstico

 geralmente baseado no histórico e nos sintomas

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Infarto do miocárdio
 Tratamento emergencial
 Passos de 1 a 5 e 6 se necessário
 Colocar o paciente em uma posição confortável
 Iniciar oxigenioterapia
 Solicitar transporte do paciente para um hospital
 Utilizar medicação para dor (morfina)
 Monitorar respiração e pulso

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Choque cardiogênico
 Caracterizado por inadequada perfusão
tecidual e oxigenação secundária a uma
patologia cardíaca
 Esta condição pode estar ligada ao stress do
atendimento ou a aplicação de anestésicos
locais
 Fatores predisponentes são história de
infarto, arritmias, falência coronária
congestiva, aneurisma de aorta
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Choque cardiogênico
 Sinais e sintomas
 Palidez, taquicardia, hipotensão e alteração do status
mental

 Se não corrigida a condição pode levar a depressão


respiratória e infarto do miocárdio

 Índice de mortalidade é de cerca de 80%


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Choque cardiogênico
 Diagnóstico

 Diagnóstico clínico

 Etiologia ligada a infarto agudo do miocárdio, AVC e


embolia pulmonar

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Choque cardiogênico
 Tratamento emergencial
 Administração de oxigênio
 Administração de atropina intravenosa ou sublingual
(0,5 a 1,0 mg)
 Checar pulso e pressão sanguínea
 Se a resposta do paciente for perda de consciência
administrar epinefrina EV lentamente
 Transferência do paciente para UTI

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Acidente vascular encefálico (AVE)
 É um déficit neurológico agudo resultante de
alterações de suplemento vascular ao tecido
cerebral

 Geralmente ocorre em presença de


hipertensão, doença cardíaca, diabete ou
doença periférica vascular
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Acidente vascular encefálico (AVE)

 O AVE pode ser resultado de oclusão


trombótica ou de um evento embólico

 Pode também ocorrer hemorragia de algum


vaso encefálico e o coágulo causar pressão e
destruição das células nervosas (geralmente
letal)
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Acidente vascular encefálico (AVE)
 Diagnóstico

 Através da reconstrução da história clínica do paciente


e de exames físicos

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Acidente vascular encefálico (AVE)

 Tratamento emergencial
 Oxigenioterapia
 Manutenção da via aérea (sucção de saliva, muco)

 Transferência do paciente para UTI

 Monitorar pulso, respiração, pressão sanguinea

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Hiperventilação
 Alcalose repiratória ou hiperventilação é um termo
para definir o decréscimo da concentração de gás
carbônico circulatório
 A causa mais comum é a hiperventilação
psicogênica, geralmente ligado a dispinéia ou
ansiedade
 Pode resultar também de hipóxia (embolia
pulmonar), toxicidade por
salicilatos, AVE, exercícios, sépsis, coma
hepático, trauma e ácidos metabólica
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Hiperventilação
 Sinais e sintomas
 Parestesias de extremidades ou na face

 Tontura

 Calafrios

 Hiperventilação severa pode causar vasoconstricção


cerebral e desmaio
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Hiperventilação
 Tratamento emergencial
 Acalmar o paciente

 Tentar distinguir entre hiperventilação médica ou


psicológica

 Nos casos de hiperventilação psicogênica pode-se


reverter o quadro fazendo o paciente respirar dentro
de um saco plástico
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Hiperventilação
 Tratamento emergencial

 Diazepam (5 a 10 mg) pode ser ministrado


intramuscular ou oralmente

 Encaminhar o paciente para avaliação médica

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Depressão respiratória
 Condição onde a pressão parcial de oxigênio
é abaixo do valor médio aceitável (cerca de
80%)

 Pode ser causado por problemas respiratórios


crônicos, disfunção cardiovascular, AVE e
sincope resultante de falha na perfusão
tecidual Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Depressão respiratória
 Sinais e sintomas
 Evidencias de respiração dificultosa
 Taquicardia
 Sudorese intensa
 Irritabilidade
 Tremor
 Confusão mental
 Agitação
 Letargia
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Depressão respiratória
 Diagnóstico

 Através de exame clínico e história do paciente

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Depressão respiratória
 Tratamento emergencial

 Oxigenioterapia até alcançar néveis de 85 a 90%

 Paciente que sofreram perda de conciencia


rápida, deve-se entubar, ventilar e chamar o socorro
(SIATE)

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Obstrução respiratória por corpo
estranho

 Quando isto ocorrer nosso tempo de reação é


muito pequeno (cerca de 5 minutos sem dano
cerebral)

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Obstrução respiratória por corpo
estranho
 Sinais e sintomas
 Sinais universais de falta respiração (paciente leva as
mãos ao pescoço)

 Agitação

 Cianose

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Obstrução respiratória por corpo
estranho

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Obstrução respiratória por corpo
estranho
 Diagnóstico

 Clínico

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Obstrução respiratória por corpo
estranho
 Peça para o paciente falar

 Se o paciente tiver uma obstrução parcial vai


ocorrer estímulo de tosse e aumenta a
chance de expelir o corpo estranho

 Se o paciente não conseguir falar ou tossir


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Obstrução respiratória por corpo
estranho
 Colocar o paciente em posição supina em
nível baixo o suficiente para que possa fazer
pressão no abdômen
 Com a cabeça virada para o lado, aplicar 05
pressões rápidas
 Em pacientes muito obesos ou grávidas deve-
se fazer pressão na mesma região usada em
massagem cardíaca fechada
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Obstrução respiratória por corpo
estranho

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Obstrução respiratória por corpo
estranho

 Uso os dedos como pinça

 Abra a boca do paciente e desloque a lingua


para baixo e tente pinçar o corpo estranho

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Obstrução respiratória por corpo
estranho

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Obstrução respiratória por corpo
estranho

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COLOCAÇÃO DA CÂNULA DE GUEDEL

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Obstrução respiratória por corpo
estranho
 Passos de ressuscitação respiratória

 Manutenção de via aérea

 Ventilação

 Monitoramento de pulsação
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Obstrução respiratória por corpo
estranho

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Asma
 Pode ser definida como episódio de
dificuldade respiratória
 Dois tipos básicos de asma:
 Extrínseca: ocorre em adolescentes com possível
história familiar ou outras condições alérgicas, é
sazonal

 Intrínseca: ocorre em pacientes velhos, mais de forma


crônica Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Asma
 Sinais e sintomas
 Dificuldade de expiração
 Ruídos na inspiração
 Congestão
 Depressão respiratória
 Edema de pulmão

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Asma
 Diagnóstico
 Clínico

 Diagnóstico diferencial pode incluir obstrução


respiratória aguda

 Problemas vasculares

 Anafilaxia
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Asma
 Tratamento de emergência
 Administrar aerosol broncodilatador
 Oxigenoterapia
 Se o paciente tiver menos de 50 anos, sem
hipertensão ou doença cardíaca e pulso abaixo de
120, pode-se injetar epinefrina (0.3 a 0.5 ml, 1:1000)
subcutâneo
 Se necessário deslocar para hospital

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Anafilaxia
 Reação de hipersensibilidade imediata é
caracterizada por falência respiratória e
circulatória, resultando numa reação alérgica
imediata
 Geralmente ocorre de 01 minuto até 02 horas
da exposição ao alergeno
 Morte pode ocorre em minutos por obstrução
respiratória ou colapso circulatório
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Anafilaxia
 Sinais e sintomas
 Coceira, agitação

 Edema de laringe

 Constrição nas vias aéreas superiores

 Broncoespasmo por edema pulmonar


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Anafilaxia
 Diagnóstico

 Clínico, baseado na história, minutos após a exposição


a substância

 Diagnóstico diferencial inclui síncope


vasovagal, reação tóxica, overdose ou asma

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Anafilaxia
 Tratamento
 Aplicar infusão de Ringer lactato
 Administrar epinefrina (1:1000) subcutânea ou
sublingual
 Dose adulto: 0,3 a 0,5 ml
 Dose criança: 0,01 mg/kg peso
 Repetir após 5 minutos caso necessário
 Em pacientes idosos, diabéticos, com problemas
cardiovasculares, usar ½ dose
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Anafilaxia
 Tratamento emergencial
 Anti-histamínicos podem ser usados intravenoso ou
intramuscular

 Realizar as manobras de ressuscitação caso


necessárias

 Deslocar o paciente para uma unidade hospitalar


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Embolia pulmonar
 Conceito: interrupção do fluxo sangüíneo para
uma determinada área pulmonar em
conseqüência de obstrução do leito vascular.
 Etiologia: geralmente ocorre por
embolização, por fragmentação de trombos
venosos, podendo-se também observar
embolização
gasosa, séptica, gordurosa, entre outras.
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Embolia pulmonar
 Característica clínica polimorfa. Embora
evidentes, o diagnóstico só é confirmado por
necrópsia.
 Sintomas mais comuns são a dispnéia, tosse,
dor pleural e escarros hemoptóicos.
 Sinais comuns são a taquipnéia, taquicardia,
febre, flebite, cianose
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Embolia pulmonar
 Diagnóstico: geralmente através de
artériografia. Muitas vezes não se dispõe
deste exame e o diagnóstico é estabelecido
em termos de probabilidades.

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Embolia pulmonar
 Tratamento: deve-se manter as condições
cardiocirculatórias através de drogas
estimulantes. Manter ventilação mecânica.

 Encaminhar o paciente a uma unidade de


terapia intensiva.

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Embolia Gordurosa
 Bloqueio dos vasos sangüíneos por glóbulos
de gordura de diâmetro maior que o dos
capilares.

 Bastante comum em traumas extensos de


ossos longos, ruptura de vasos nos locais de
traumatismos, aumento da pressão extra-
vascular, enxertos ósseos.
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Embolia Gordurosa
 Quadro clínico: compreende um intervalo de 12 a
72 horas após ao trauma ou procedimento cirúrgico.

 Começam a surgir alterações como taquicardia e


hipertermia (39 a 40 graus), manifestações
cutâneas (petéquias no tórax, ombro, pescoço e
conjuntiva ocular), alterações
respiratórias, cianose, evoluindo para grave quadro
de insuficiência respiratória aguda.
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Embolia gordurosa
 Diagnóstico extremamente difícil se o
paciente tiver sofrido trauma severos.
 Fraturas de ossos longos, pélvis e / ou costela

 Período de latência entre trauma ou cirurgias com


envolvimento ósseo

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Embolia gordurosa
 Tratamento: precocidade
 Devemos sempre dedicar atenção especial para
pacientes com possibilidades de virem a desenvolvê-
la, de modo que um alto grau de suspeição associado
a um controle mais estreito do paciente, consiste na
abordagem inicial mais eficaz

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Endocardite infecciosa
 O termo se refere às alterações inflamatórias
exsudativas e ploriferativas da camada
interna do coração.
 Fator etiológico representado por
bactérias, vírus ou fungos, localizados no
endocárdio ou endotélio vascular, levando a
inflamação, destruição de tecidos e
fenômenos trombo-embólicos.
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Endocardite infecciosa
 Etiologia: antes do advento dos antibióticos
cerca de 90% das endocardites eram
causadas pelo Streptococcus viridans. Hoje
outras sepas contribuem para diminuir a
hegemonia, como o Stafilococcus, bactérias
gran negativas, bacteróides, fungos e germes
anaeróbicos.

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Endocardite infecciosa
 Quadro clínico: dois tipos aguda e subaguda.
 Manifestações gerais e toxêmicas:
febre, anorexia, queda do estado
geral, torpor, sudorese, calor, fadiga e calafrios.
 Manifestações cardíacas: modificação dos sopros já
existentes, taquicardia exagerada, arritmia, aumento
da área cardíaca.

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Endocardite infecciosa
 Quadro clínico:
 Fenômenos embólicos: as embolias podem atingir
diversas víceras, como baço, rins, pulmões, cérebro.

 Manifestações cutâneas e mucosas:


petéquias, hemorragias subungeais,

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Endocardite infecciosa
 Quadro clínico:
 Manifestações viscerais:
 Esplênicas – esplenomegalia (aumento do baço)
 Renais – embolia com infarto, glomerulite embólica
 Neurológicas – infarto cerebral, hemorragia
intracraniana, encefalopatia tóxica, meningo-
encefalite, convulsões, cefaléia e distúrbios visuais.

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Endocardite infecciosa
 Devido a semelhança com outras doenças
e, principalmente, por falta de sintomas e
sinais precoces bem característicos, o
diagnóstico por vezes se torna difícil.

 O inicio da doença muitas vezes pode ser


confundido com uma doença viral.
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Endocardite infecciosa
 Primeiro e mais importante fator diagnóstico da
endocardite é o alto índice de suspeita.

 Todo paciente com valvopatia ou anomalia cardíaca


congênita que apresente quadro febril sem cauda
aparente por período de mais de sete
dias, especialmente associada a
anemia, esplenomegalia, manifestações cutâneas e
embólicas Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Endocardite infecciosa
 Tratamento:
 Precocidade do tratamento: isolar o germe
 Provas de sensibilidade
 Antibiótico bactericida
 Penicilina
 Duração do tratamento: quatro a seis semanas.

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Endocardite infecciosa
 Profilaxia:
 Deve ser indicada a todos os pacientes portadores de
defeitos valvulares ou anomalias congênitas do
coração e de grandes vasos.

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Endocardite infecciosa
 Amoxacilina 3,0 g VO 1 hora antes do
procedimento seguido de 1,5 g VO 6 horas
depois do procedimento
 Eritromicina 800 mg a 1,0 g VO 2 horas antes
do procedimento e metade da dose 6 horas
após a primeira
 Clindamicina 300 mg VO 1 hora antes
seguido de 1,5 g 6 horas após
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Estados hipoglicêmicos
 Hipoglicemia não é diagnóstico e sim
mecanismo de ação pelo qual várias
moléstias podem se manifestar.

 O nível de glicose no sangue após uma noite


de jejum deve variar entre 70 e 100 mg

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Estados hipoglicêmicos
 Quadro clínico: varia com a velocidade e grau
da queda de glicose no sangue, do período
de tempo da hipoglicemia e da
susceptibilidade individual.

 Sintomas adrenérgicos se a queda for rápida


ou se for lenta e duradora, teremos sintomas
neuroglicopênicos
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Estados hipoglicêmicos
 Adrenérgicos:
 Taquicardia
 Sudorese
 Calor
 Tremores
 Sensação de fome
 Hipertensão
 Pupilas dilatadas
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Estados hipoglicêmicos
 Cefalalgia
 Perda de concentração
 Perda da memória
 Amnésia
 Psiquiátricos
 Diplopia
 Convulsão
 Coma Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Estados hipoglicêmicos
 Diagnóstico: realizado por exame de sangue
+ diagnóstico clínico + história do paciente

 Tratamento: administração de glicose

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Estados hipoglicêmicos

 A maioria dos casos que chegam nos PS são


em indivíduos desnutridos, que ingeriram
álcool ou diabéticos fazendo uso de insulina.

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Ataque epilético

 O paciente portador de epilepsia é ciente de


sua situação, mas nem sempre avisa o
profissional.

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Ataque epilético
 Sinais e sintomas:
 Movimentos tônico-clônico generalizados e
lateralizados, perda de urina e fezes e perda de
consciência.

 Após a crise o paciente pode entrar em sono profundo


ou acordar com intensa cefaléia.

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Ataque epilético
 Tratamento:
 Tentar proteger a língua, colocando entre os dentes
qualquer tipo de protetor (lenço dobrado), injetar uma
ampola de Valium intravenosa e encaminhar ao
médico socorrista.

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Pacientes com coagulopatia
 Consultar o hematologista
 Obter testes de coagulação
(TP, TTP, contagem de plaquetas)
 Marcar o procedimentos somente com os
fatores de coagulação corrigidos
 Monitorar por 2 horas após o procedimento
 Nunca prescrever antiinflamatórios não
esterórides
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Pacientes que usam anticoagulantes
 Pacientes que fazem uso de Aspirina:

 Consultar sobre a possibilidade de suspender o uso


durante o tratamento

 No mínimo 5 dias

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Pacientes que usam anticoagulantes
 Pacientes que fazem uso de Warfarin:
 Consultar o médico
 O tempo de coagulação não deve ser superior a 1 ½
tempo normal
 Suspender o Warfarin 2 dias antes
 Checar o TP no dia da intervenção
 Liberar o uso do medicamento

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Pacientes que usam anticoagulantes
 Pacientes que fazem uso de Heparina:
 Consultar o médico sobre a suspensão do
medicamento antes do procedimento

 Parar o uso até 6 horas antes

 Restabelecer o uso após boa formação de coágulo

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Pacientes grávidas
 Consultar o obstetra
 Fazer o menor procedimento possível
 Evitar procedimentos radiográficos
 Evitar uso de drogas com potencial
teratogênicos
 Evitar a posição supina por muito tempo
 Lembrar que o paciente pode necessitar
várias idas ao banheiro
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Pacientes grávidas
 Medicações que devem ser evitadas:
 Aspirina e antiinflamatórios não esteróides
 Ansiolíticos
 Corticoesteróides
 Morfina e derivados
 Oxido nitroso
 Tetraciclinas
 Propoxifenos
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Emergência em odontologia
 A grande parte das emergências em
odontologia estão ligadas a quadros
dolorosos.

 Recordaremos alguns tópicos a respeito de


controle de dor

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Controle de dor em odontologia
 Tem-se dito que a “dor é um dos sinais
mórbitos mais precoces da natureza” .
Poucos poderão negar a sua importância
entre as experiências sensitivas, por meio das
quais o homem percebe a existência de uma
doença no seu organismo.
 Há poucas moléstias que em alguma fase não
apresentam quadros dolorosos.
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Controle de dor em odontologia
 A semiologia da dor segue caracteres
propedêuticos que devem ser investigados
 Sede é o local onde a dor se inicia ou onde é mais
intensa
 Caráter é a maneira pela qual a dor se
manifesta, podendo ser de vários tipos: em
peso, pontadas, aperto e cólicas estufantes

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Controle de dor em odontologia
 A dor é sempre subjetiva e as medidas
objetivas da mesma não são confiáveis.

 A terapêutica para dor aguda freqüentemente


requer apenas alívio temporário dirigido a
uma causa pressuposta.

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Controle de dor em odontologia
 Intensidade – dado de valor relativo, pois está
na dependência da sensibilidade pessoal de
cada doente.
 Extensão – dor localizada geralmente
apresentam uma pequena extensão ao
contrário da dor profunda.
 Irradiação – deslocamento a distancia do
foco.
 Fatores que influenciam na dor
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Controle da dor em odontologia
 A abordagem da dor deve ser individualizada
em função da causa, intensidade e
cronicidade.

 O estado emocional do paciente, bem como


sua personalidade, desempenham papéis
importantes na síndrome da dor crônica.
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Controle de dor em odontologia
 Embora as drogas constituam os agentes
terapêuticos mais comumente
usados, modalidades não farmacológicas de
tratamento (relaxamento, psicoterapia, neuro-
estimulação elétrica
transcutânea, etc), mostram-se úteis.

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Controle de dor em odontologia
 Analgésicos: são medicamentos que aliviam a
dor sem causar perda de consciência.
 Agem sobre os centros cerebrais de
percepção e sensação, deprimindo-
os, aumentando assim o limiar de percepção
dolorosa

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Controle de dor
 Aspirina (AAS) possui atividade
analgésica, entipirética e antiinflamatória.

 Inibe a produção periférica de


prostaglandinas.

 Metabolizada pelo fígado e excretada pelos


rins. Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Controle de dor
 Aspirina (AAS)
 Dosagem empregada de 0,3 a 1 grama a cada 6
horas, para o alívio da dor.
 Efeitos adversos: deve ser evitada em pacientes
portadores de distúrbios de crase sanguínea, de
hepatopatia, de nefropatia grave, antes de se
efetivarem procedimentos invasivos ou de cirurgias
durante a gravidez e em pacientes que fazem uso de
Warfarin ou corticóides.

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Controle de dor
 Dipirona: analgésico, antipirético
 Nome comercial:
Anador, Baralgin, Magnopirol, Novalgina
 Uso oral: adultos e crianças acima de 12 anos de 500
a 750 mg de 4 e 4 horas. Abaixo de 12 anos uso de 10
mg/kg peso de 4 em 4 horas
 Injetável: 500 a 750 mg dose de 4 em 4 horas

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Controle de dor
 Dipirona:
 Cuidados: não usar nas seguintes condições:
 Asma, infecção respiratória crônica, reação alérgica a droga
 cautela em mulheres amamentando e problemas
sanguíneos
 Pode causar redução de granulócitos, choque, reação na
pele ou mucosas
 Pode aumentar a ação do álcool

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Controle de dor
 Paracetamol : analgésico, antipirético
 Acetofen, dôrico, Tylenol
 Uso oral: não tomar junto com alimentos
 A forma de suspenção não deve ser usada por
crianças com menos de 3 anos de idade
 Acima de 12 anos:
 500 a 1000 mg – 3 a 4 vezes ao dia
 Menos de 12 anos – 10 mg/kg até 4 vezes ao dia

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Controle de dor
 Condições especiais de uso
 Alcoólatras, anemia, crianças com menos de 3 anos de
idade, doença cardiovascular, doença gastro-
intestinal, doença hepática, doença renal, idosos e
infecção viral.
 Pode causar alteração de
humor, anemia, cansaço, coceira, cólica, confusão
mental, diarréia, dor ao urinar, inflamação na garganta
sem causa aparente, náusea, paralisia repentina, etc.

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Controle de dor
 Analgésicos opiáceos: semelhante ao ópio ou
morfina
 Utilizadas em dor aguda ou dor prolongada
 Codeína, morfina, mepiridina
 Precauções: somente quando outros agentes não
funcionaram.
 Tylex 30 mg (Paracetamol 800 mg + codeína 30 mg)

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Controle de dor
 Analgésicos opiáceos: semelhante ao ópio ou
morfina

 Tramadol – Tramal ou Sylador 50 e 100 mg

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Controle de edema
 Condição fisiológica resultante da injúria
tecidual.
 É o acúmulo de fluido nos tecidos intersticiais.
 Pode ser minimizado por decréscimo no
trauma tecidual e por cuidados pós-
operatórios.

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Controle de edema

 O uso de medicações pode prevenir ou


minimizar o edema.

 Corticoesteróides

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Controle de ansiedade

 O paciente ansioso é um forte candidato a ter


complicações médicas no consultório
odontológico.

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Controle de ansiedade
 Antes do procedimento:
 Uso de agentes hipnóticos ou sedativos

 Minimizar o tempo na recepção

 Marcar o paciente de modo que não cruze com outro


que tenha sofrido procedimentos semelhantes.

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Controle de ansiedade
 Durante o procedimento:
 Contato verbal constante
 Conversas que distraiam o paciente
 Evitar surpresas
 Evitar conversas técnicas com auxiliares
 Evitar barulhos desnecessários
 Música relaxante

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Controle de ansiedade
 Durante o procedimento:
 Anestésicos locais de ação e duração adequados

 Oxido nitroso

 Ansiolíticos intravenosos

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Controle de ansiedade
 Depois do procedimento:
 Instruções sucintas de cuidados

 Informar ao pacientes das seqüelas pós-operatórias


possíveis

 Analgésicos efetivos
 Orientar acompanhantes sobre os cuidados
 Ligar no dia seguinte
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Urgência Odontológica
 Periodontal: algumas doenças periodontais
provocam problemas que requerem cuidados
urgentes.

 Todas as condições estão ligadas a quadros


de desconforto e dor.

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Abcesso gengival
 Pode ser definido como uma coleção de pus
localizada em uma cavidade formada pela
desintegração dos tecidos.
 A causa mais comum é a impacção de algum
pequeno objeto no espaço gengival. Pode ser
tártaro, casquinha de pipoca, cerdas de
escovas, espinhos de peixes.
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Abcesso gengival
 Diagnóstico: bem localizado, de
desenvolvimento rápido, com muita dor e
edema, gengiva inter-dental sem evidencia
de ulceração, necrose superficial ou perda de
aderência.

 Pode causar extrusão, sem sinal radiográfico


de perda óssea Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Abcesso gengival
 Tratamento: o centro do tratamento está em
remover os sintomas e eliminar a causa.
 Aplicar anestesia tópica
 Remover o corpo estranho
 Se não ocorrer drenagem espontânea, deve-se
providenciá-la.
 Alguns casos necessitam ajuste oclusal

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Abcesso gengival
 Tratamento: o centro do tratamento está em
remover os sintomas e eliminar a causa.
 Orientar o paciente a realizar bochechos com soluções
salinas ou com clorexidina 0,12% a cada 2 a 3 horas
durante os primeiros 2 dias.
 Marcar uma revisão para 48 horas para averiguar se
houve redução dos sintomas.
 Antibiótico raramente é necessário

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Abscesso gengival

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Abcesso periodontal
 A etiologia envolve fatores microbiológicos e
locais.
 Microorganismos anaeróbicos e gran-
negativos estão envolvidos.
 Condições locais estão ligas a impacção de
objetos no espaço periodontal, deslocamento
de inflamação após algum trauma na
manipulação dos tecidos gengivais.
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Abcesso periodontal
 Diagnóstico: todos os sinais clássicos de
inflamação podem estar presentes no
abcesso periodontal.
 Pode ocorrer linfoadenopatia, extrusão do
dente envolvido, endurecimento do periodonto
próximo.
 Apresenta dor moderada controlável por
analgésicos. Prof. Claudio do Nascimento Fleig
Abcesso periodontal
 Diagnóstico: pode apresentar sinais
radiográficos de perda óssea.

 Resposta positiva do teste de vitalidade


pulpar, sugerindo origem periodontal da
doença.

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Abscesso periodontal

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Abscesso periodontal
 Tratamento: deve-se remover os fatores
locais e microbiológicos.
 Anestesia através de infiltração ou bloqueio
 Estabelecer a drenagem
 Irrigar o interior do abscesso com solução salina
 Se uma incisão for necessária, proceder a colocação
de um dreno para prevenir o fechamento prematuro da
área de drenagem
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Abscesso periodontal

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Abscesso periodontal

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Abscesso periodontal
 Tratamento: deve-se remover os fatores
locais e microbiológicos.
 Se hiperoclusão estiver presente devemos fazer ajuste
oclusal.
 Orientar o paciente para realizar irrigação com solução
salina ou clorexidina 0,12% a cada 2 a 3 horas durante
48 horas.
 Fazer uma revisão em 48 horas, neste período a dor
deve ter desaparecido.
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Abscesso periodontal
 Tratamento: deve-se remover os fatores
locais e microbiológicos.
 Em 48 horas pode-se fazer um diagnóstico definitivo
sobre a origem da lesão.
 Se for de origem periodontal devemos marcar uma
cirurgia periodontal para fazer a descontaminação da
raiz ou um debridamento gengival.

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Gengivite ulcerativa necrosante
 Doença com descrição desde a época dos
exércitos romanos, porém ainda com etiologia
não totalmente esclarecida.

 Alguns postulam estar relacionado com


infecções com fusoespiroquetas, outros ligam
a condições oportunistas.
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Gengivite ulcerativa necrosante
 Diagnóstico: aparece como necrose ou
ulcerações.
 Área de papilas são as mais envolvidas.
 A aparência é um fator bastante característico
nas lesões.
 Pode se estender por várias papilas, porém
dificilmente envolve toda a boca.
 Freqüentemente relatam gosto metálico
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Gengivite ulcerativa necrosante

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Gengivite ulcerativa necrosante
 Tratamento: tratamento está ligado ao alívio
dos sintomas e a correção dos defeitos.
 Debridamento das lesões.
 Irrigação com solução salina
 Curetagem da superfície radicular
 Este procedimento deve ser refeito diariamente até
cura das lesões

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Gengivite ulcerativa necrosante

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Gengivite ulcerativa necrosante

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Gengivite ulcerativa necrosante
 Tratamento: tratamento está ligado ao alívio
dos sintomas e a correção dos defeitos.
 Orientar o uso de solução salina ou clorexidina 0,12%
durante 2 a 3 dias, pode-se usar também H2O2
 Reavaliar após 1 mês para proceder a correção dos
defeitos residuais
 Pode estar ligado a desordens sistêmicas

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Gengivite ulcerativa necrosante
 Desordens sistêmicas:
 Stress
 Desnutrição
 Distúrbios endócrinos
 Discrasias sangüíneas
 HIV
 Síndrome de Down´s
 Quimioterapia ou radioterapia
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Problemas pós-operatórios
 Dor: procedimentos realizados a nível
gengival podem causar dor.
 Prescrição de analgésicos adequados podem ser
suficientes

 Alguns casos devemos usar antiinflamatórios

 Raramente devemos lançar mão de opióides


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Problemas pós-operatórios
 Sensibilidade radicular: pacientes podem
reclamar de aumento na sensibilidade
radicular pós-tratamento periodontal com
estímulos (quente e frio).
 Aplicação de gel de fluor no consultório ou indicação
de creme dental com fluor.
 Uso de laser de baixa potência
 Terapia endodôntica
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Problemas pós-operatórios
 Hemorragia: pode ocorrer em cirurgias mais
extensas ou em enxertos de conjuntivo
 Se o sangramento é pulsante estamos frente a ruptura
de pequena artéria, deve-se fazer a sutura atenta do
vaso o mais breve possível.
 Alguns autores utilizam fitas de colágeno ou blocos de
fibrina e colágeno como curativo

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Problemas pós-operatórios
 Infecção: o uso de técnicas assépticas e manuseio
tecidual adequado torna este tipo de complicação
rara.
 Utilizar terapia antibacteriana imediata e agressiva
 Se em 48 horas não houver resposta, considerar a mudança do
medicamento
 Alguns estudos mostram que a utilização profilática de
antibiótico em terapia periodontal é ineficiente na redução da
incidência de infecção pós-operatória.

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Problemas pós-operatórios
 Edema:

 Orientações básicas de rotina pode evitar muitos


problemas

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Problemas pós-operatórios
 Perda do curativo ou sutura:
 Curativos são colocados para providenciar conforto e
proteção mecânica no sitio cirúrgico.
 Se cair nas primeiras 24 horas, deve ser
recolocado, sob pena de ter uma cicatrização mais
demorada e deficiente.
 O mesmo ocorre com a sutura

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Dentística restauradora
 Constituem uma grande parcela das urgência
em tratamento dental.
 Veremos pulpite reversível, sensibilidade
radicular, contato proximal incorreto, fratura
dental incompleta, fratura de coroa, perda de
restauração e problemas em coroas fixas

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Dentística restauradora
 Pulpite reversível: cáries próximas a
polpa, perda de restaurações, fratura de
cúspide, são causas comuns e bem
conhecidas
 Causas iatrogênicas, como uma proteção
pulpar imprópria, associada a oclusão
traumática podem levar a sintomas de pulpite
reversível.
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Dentística restauradora
 Diagnóstico: é feito através da história clínica
e um cuidadoso exame clínico e radiográfico.

 Geralmente ocorre melhora imediata após a


remoção do fator causal

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Dentística restauradora
 Perda de restauração ou fratura de cúspide:
sem envolvimento pulpar requerem
tratamento urgente
 Esta situação pode ou não apresentar
sintomas
 Os sintomas, quando ocorrem, são
semelhantes aos da pulpite reversível
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Dentística restauradora
 Restauração alta ou super-oclusão:

 Restaurações metálicas altas podem causar sintomas


semelhantes aos da pulpite reversível

 Ajuste oclusal pode ser necessário

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Dentística restauradora
 Sensibilidade radicular: pode ocorrer por
estímulos térmicos, oclusais, por contato
digital.
 Geralmente em áreas de erosão ou recessão
gengival
 Existem diversas terapias conforme a causa
mais provável
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Dentística restauradora
 Fratura incompleta dental: um dos sintomas
clássicos deste tipo de problema é dor após
pressão oclusal.

 Muitas vezes o diagnóstico é puramente


clínico, escapando até do Rx.

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Dentística restauradora
 Fratura de coroa: especialmente dos dentes
anteriores, faz parte de um grande grupo de
urgências

 O tratamento vai depende do grau de


comprometimento da peça dentária.

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Cirurgia oral menor
 Hemorragia pós-operatória:
 Sinais e sintomas: pode apresentar edema
pronunciado, trismo, parestesia secundária.

 Uma grande massa de coágulo localizado sobre a área


de extração e uma contínua saída de sangue da região
permanece.

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Cirurgia oral menor
 Hemorragia pós-operatória:

 Diagnóstico: pode ser feito se a formação de um


grande coágulo vier acontecer no local mesmo com
compressão de 15 a 20 minutos. Se o sangramento
persistir deve-se intervir.

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Cirurgia oral menor
 Hemorragia pós-operatória:
 Tratamento: re-anestesiar o paciente para um exame
cuidadoso e manipulação dos tecidos do local.
Anestesia com vaso-constrictor.
 Irrigar, succionar e inspecionar o local
 Após colocar um curativo hemostático ou suturar
 Se o paciente mostrar sinais de hipovolemia ou
choque encaminhar para uma unidade hospitalar.

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Cirurgia oral menor
 Osteíte alveolar (alvéolo seco):
 Mais comum em extrações de molares inferiores (20 a
25%)

 Envolve a não formação do coágulo necessário para


iniciar a cicatrização

 Pode ser causado por fumo ou contraceptivos orais


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Cirurgia oral menor
 Osteíte alveolar (alvéolo seco):
 Sinais e sintomas: aparece nos primeiros 5 dias após a
extração (entre 3 e 4 dias)

 Dor irradiada, profunda, pulsátil e odor

 Acessando o alvéolo ele está vazio ou com material


facilmente removido por irrigação
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Cirurgia oral menor
 Osteíte alveolar (alvéolo seco):
 Diagnóstico: baseado nos sinais e sintomas

 Pode ocorrer mesmo com retalhos fechados

 Dor não sede com analgésicos comuns

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Cirurgia oral menor
 Osteíte alveolar (alvéolo seco):
 Tratamento: anestesiar
 Irrigar com solução salina morna
 Usar curativos obturadores
 Reavaliar em 24 horas, remover curativo, irrigar e re-
fazer curativo
 Continuar o ciclo por 14 dias

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Cirurgia oral menor
 Comunicação oro-antral: cirurgias na região
posterior da maxila podem resultar em
comunicação oro-antral.

 Defeitos menores que 5 mm podem regredir


sem intervenção

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Cirurgia oral menor
 Comunicação oro-antral:
 Sinais e sintomas: passagem de fluidos para o nariz
via seio maxilar, dor retro-orbital, sangramento seguido
de sopro nasal

 Exame clínico pode comprovar o fato

 Borbulhas de ar no sítio da extração


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Cirurgia oral menor
 Comunicação oro-antral:
 Tratamento: debridar a área e remover corpos
estranhos, caso existam
 Verificar se existe tecido mole sem tensão para fechar
a região
 Pode-se usar Gelfoan para ajudar na estabilização do
coágulo. O fechamento primário é absolutamente
prioritário

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Cirurgia oral menor
 Comunicação oro-antral:
 Tratamento: instruir o paciente a não assoar o nariz
por duas semanas, e tentar evitar espirros

 Usar descongestionante nasal e antibioticoterapia por


7 dias

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Cirurgia oral menor
 Injuria nervosa: geralmente ocorre nos pares
do trigêmio. Nervo alveolar, nervo
mentoniano, nervo lingual.
 Esta injuria pode ser direta ou indireta. Por
laceração com uso de broca, bisturi, trauma
com instrumental rombo, tracionamento com
afastador, agulha anestésica, ação
química, entre outras.
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Cirurgia oral menor
 Injuria nervosa: sinais sintomas:
 Anestesia ou disestesia de uma certa região.

 No caso do nervo lingual pode ocorrer dor, excesso de


sensação ou perda da sensação na ponta da língua e
na gengiva lingual.

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Cirurgia oral menor
 Injuria nervosa: tratamento:
 Identificar e documentar a injúria

 Fechar a ferida para prevenir contaminação

 Prescrever antibióticos e analgésicos

 Acupuntura, medicação, raio laser


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Cirurgia oral menor
 Infecção: geralmente deve ser tratada antes
do procedimento odontológico a ser realizado.
 Pode estar relacionado com infecções pré-
existentes, técnica cirúrgica inadequada ou
queda na resistência do paciente

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Cirurgia oral menor
 Infecção: sinais e sintomas:
 Sinais clássicos de inflamação: tumor, calor e dor

 Pode ocorrer linfoadenopatia

 Acúmulo de pus na região cervical necessita


interferência imediata.

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Cirurgia oral menor
 Infecção: tratamento:
 Checar a história do paciente
 Checar sinais vitais
 Infecções pequenas entrar com antibiótico e re-avaliar
em 24 horas
 Infecções severas, com quadros de hipertermia, deve-
se drenar cirúrgicamente

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Endodontia
 Na emergência endodôntica, o diagnóstico
inclui também problemas periodontais e
restaurativos.

 Definir o tratamento entre terapia endodôntica


ou cirúrgica vai depender do prognóstico do
dente.
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Pulpite reversível
 Dor intensa em resposta a hiperemia e
inflamação da polpa.
 Pode estar presente em dentes com túbulos
dentinários expostos.
 Geralmente reage a estímulos como frio, calor
ou alimentos açucarados.
 Estímulos físicos também provocam dor.
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Pulpite reversível
 Teste pulpar apresenta forte resposta a frio e
calor, entretanto o sintoma é de breve
resolução.
 Testes elétricos são positivos, mas a resposta
é um pouco abaixo do dente normal.
 Testes percursivos não são conclusivos
devido a outros fatores envolvidos
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Pulpite reversível
 Clinicamente pode-se evidenciar problemas
como fraturas de restaurações, margens
abertas, fraturas de cúspides, dentinas
desprotegidas e evidencia de trauma oclusal.
 Radiograficamente, pode-se observar perda
de osso próximo a superfícies radiculares ou
fraturas de raízes.
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Pulpite irreversível
 Está relacionada com grandes índices de
inflamação ou necrose pulpar.

 Dor resulta da elevação da pressão


intrapulpar.

 De característica intensa e muitas vezes sem


estímulos específicos.
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Pulpite irreversível
 Dor pode ser descrita como contínua ou
intermitente, difusa ou localizada.

 É comum referir dor nas estruturas da cabeça


e pescoço ou em outros dentes.

 Clinicamente deve-se procurar problemas que


possam causar o quadro, como
fraturas, dentina exposta.
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Pulpite irreversível
 Tratamento:
 Remover restauração
 Acesso a câmera pulpar
 Remover conteúdo coronal da polpa
 Realizar curativo com algodão
 Fazer uma restauração provisória
 Rever a oclusão

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Pulpite irreversível
 Com evidencia de envolvimento da região
perirradicular, a pulpectomia é a terapia de
escolha.

 Extração do dente pode ser exigida em


fraturas extensas abaixo da junção de
cemento e esmalte
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Necrose pulpar
 Teoricamente deveria ser
assintomático, porém a dor é causada por
irritação das do fluido ou das bactérias nos
tecidos vizinhos.
 Não há resposta aos testes pulpares
térmicos.
 Em testes elétricos pode dar falso positivo

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Pericementite apical aguda
 Inflamação ou infecção nos tecidos peri-
radiculares, como seqüela da pulpites
irreversíveis ou necrose pulpar.

 Paciente apresenta episódios intermitentes de


dor somente quando dente é estimulado e
quadros de dor contínua sem estímulo.
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Pericementite apical aguda
 Dor a percussão pode ser severa.

 Pode apresentar mobilidade dental.

 Dentes com restaurações grandes são


candidatos a desenvolver este quadro.

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Abscesso apical agudo
 Resultante de uma patologia radicular
infecciosa.
 Geralmente necessita de atendimento
emergencial e eficiente.
 Dor severa, sem estímulo e constante.
 Dor ao toque impossibilitando inclusive a
mastigação.
 Edema é comum, podendo apresentar febre.
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