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Sexologia Forense

Crimes contra a dignidade


sexual e provas periciais

Vanessa Fortes Zschaber Marinho


Conceito Forense

• Ramo da medicina – medicina legal

• estuda as questões médico-biológicas


e periciais ligadas aos delitos contra a
dignidade e a liberdade sexual.
Conceito Forense

Fundamentos:

• médicos,

• biológicos,

• psicológicos,

• sociais e culturais, no que tange às


implicações jurídicas.
Crimes sexuais
• No Direito os crimes sexuais são denominados
crimes contra a dignidade sexual (Título VI do CP).

• Exemplo deste crime:


– Estupro (artigo 213 do CP – redação dada pela lei
12.015 de 2009).

• Do ponto de vista jurídico, são atos sexuais:


– Conjunção carnal;
– Ato libidinoso diverso da conjunção carnal.
Atos libidinosos

Todos aqueles praticados com o

intuito de satisfazer, completa ou

parcialmente, a libido, o desejo

erótico, o apetite sexual.


Atos libidinosos
• Cópula tópica – conjunção carnal
• Cópula ectópica
• Anilíngua
• Masturbação
• Contatos voluptuosos
• Beijo (???) – depende do animus
• Contemplação da nudez – animus
Conjunção carnal
• Cópula tópica, coito vaginal
• Introdução completa ou incompleta
do pênis na cavidade vaginal,
ocorrendo ou não a ejaculação.
• constitui o ato libidinoso mais pleno.
Cópulas ectópicas
são as realizadas fora do lugar natural:
• Vulvar ou vestibular
• Anal ou sodomítica
• Interglútea
• Intercrural ou interfêmora
• Intermamária
• Bucal ou felação
• Orovulvar ou cunilíngua
• Auricular
• Axilar
• Umbilical
• Cópula em colostomias
Atos libidinosos
• ANILÍNGUA: contato oroanal.
• MASTURBAÇÃO: estimulação manual dos órgãos
genitais para provocar o orgasmo.
i. Automasturbação: em si próprio
ii. Heteromasturbação: por uma pessoa em outra
iii. Pseudomasturbação: estimulação de zonas perigenitais ou
extragenitais através da sua manipulação ou contato com objetos
fabricados (pênis artificial)

• CONTATOS VOLUPTUOSOS: tateios, apalpadelas sutis,


bolinagens (esfregações, sarros).
ATENÇÃO!

A Lei nº 12.015, de 07 de agosto de


2009 alterou os artigos 213, 215, 216,
dentre outros e revogou os artigos 214
(atentado violento ao pudor), 223 e 224 (Rapto –
qualificadoras e presunção de violência).
Código penal
• Capítulo I do Título VI:
- Dos crimes contra a dignidade sexual
Artigos 213, 215, 216-A
• Capítulo II do Título VI:
- Dos crimes sexuais contra vulnerável
Artigos 217-A, 218-A e 218-B
Artigo 213 estupro

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,


a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com
ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)
– Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza


grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de
14 (catorze) anos:
– Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2º Se da conduta resulta morte:


– Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Artigo 217-A
Estupro de vulnerável

Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com


menor de 14 (catorze) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009):
– Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no


caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
– Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
– Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Artigo 216-A:
Assédio sexual

DECRETO LEI Nº 10.224 DE 15 DE MAIO DE 2001

Constranger alguém com o intuito de obter vantagem

ou favorecimento sexual, prevalecendo o agente da

sua situação de superior hierárquico ou ascendência

inerentes a exercício de emprego, cargo ou função.

Pena: detenção de 1(um) a 2 (dois)anos.


Exame corpo delito – Conjunção Carnal

Conjunção carnal

- Conceito

- Sinais concretos:
•Ruptura do hímen
•Esperma na vagina
•Gravidez
• Contaminação venérea profunda
Exame corpo delito – Conjunção Carnal

Perícia – conjunção carnal


- histórico (cautela)
- Exame – o mais importante
•Exame subjetivo- condições psíquicas
•Exame objetivo genérico – outras lesões que
possam indicar violência
•Exame objetivo específico
- laudo Gravidez.
Objetivos periciais

• Demonstrar a conjunção carnal ou


penetração vaginal.
• A ausência de consentimento, pelos sinais
físicos de violência efetiva e/ou exame
toxicológico.
• Se possível, obter uma relação de provas
biológicas que permitam identificar o
estuprador.
Perícia de conjunção carnal

Objetivos periciais

• Comprovar a cópula vaginal.


• 2 situações:
– Mulher virgem;
– Mulher com vida sexual pregressa.
Mulher virgem

• Estudo da integridade himenal


Mulher com vida sexual pregressa
e himen complacente
• Gravidez

• Esperma na vagina - O elemento pericial de


maior certeza consiste na presença do elemento
figurado do esperma (espermatozóide) na
vagina.

• Fosfatase ácida ou de glicoproteína P30

• Contaminação venérea profunda


Himen
• conceito
• Consistência
• Forma, óstio e orla
• Entalhes naturais
• Roturas
• Carúnculas mirtiformes
Himen
• Estrutura que separa a vagina da
vulva
• duas mucosas com tecido
conjuntivo entre as duas
• Duas faces: vaginal (profunda) e
vestibular (superficial)
Himen
• Não há um hímen típico – cada mulher
apresenta uma forma pessoal

• Estrutura constante

• Hímens múltiplos – no mesmo plano


ou em planos diferentes
Himen
• Situação: varia com a idade e a
raça – criança situa-se mais
profundamente.
• Anomalias – posição, pregas,
espessamentos
Himen - bordas
• Borda livre – é a que delimita o óstio

• Borda de inserção – é a que insere na


parede vaginal

• Altura do hímen – distância entre a borda


livre e a borda de inserção. Logo, quanto
maior a altura, menor o óstio e vice-versa.
Himen - bordas
• Pode ser exíguo, com orla estreita e

delgada ou considerável, quase

fechando o óstio.
Tipos de himen
• Comissurados (bilabiados, trilabiados,
etc)
• Acomissurados (imperfurados,
anulares, semilunares, septados,
cribriformes)
• Atípicos (fenestrados, com apêndices
salientes ou pendentes)
Classificação Afrânio Peixoto
Tipos de himen

• Sem orifícios - imperfurado


• Com orifícios - perfurados
• atípicos

Classificação de Oscar Freire


Hímen complacente

• Pode permitir a conjunção carnal sem se


romper...

• Geralmente, exiguidade da membrana, com orla


estreita e óstio amplo

• Distensível e elástico

• 10% a 30% podem ser complacentes


Carúncula mirtiforme

• Retalhos de hímen roto pelo coito ou


pelo parto vaginal, os quais se retraem,
formando verdadeiros trabéculos ou
excrescências (vegetações)
• Carúnculas mitriformes
• Retalho de hímen roto pelo coito
• “sobras” do hímen
Roturas

Entalhes
Entalhe - chanfradura
• Reentrâncias na borda livre do hímen.

• Entalhe – reentrâncias avançam mais a


pique, simétricas

• Chanfraduras – reentrâncias superficiais e


correm em extensão, geralmente 2 a 3 mm.
Entalhes Naturais
• Geralmente simétricos

• Epitelizados, bordas regulares

• Não alcançam a borda de implantação

• Sem hematomas, equimoses, hemorragias

• Ausência de sinais de cicatrização

• Ângulo de clivagem arredondado


Roturas
• Assimétricas, irregulares

• Desepitelizadas

• Alcançam a borda de implantação (inserção na parede


vaginal).

• Hematomas, sangramentos e equimoses

• Cicatrização com 20 dias

• Bordas cobertas por tecido cicatricial, esbranquiçado;

• Ângulo de rotura em forma de V.


Roturas

• Número de roturas variável – 1 a 5

• Geralmente quadrantes inferiores – 6


horas

• Pode ser completa ou incompleta


Roturas - localização

• método de Lacassagne (cronométrico -


mostrador de relógio);

• método de Oscar Freire (goniométrico -


divisão em quadrantes – dois superiores D
e E, dois inferiores D e E)
Hímen - cicatrização

Período variável - Média de 20 dias

Aspecto Tempo (dias)


sangramento 03
Orvalho sanguíneo e equimoses 2a6
Bordas esbranquiçadas, com 6 a 12
supuração
Bordas com cicatrizes recentes 10 a 20
Hímen – rotura - cicatrização

• Rotura de data recente: (até cerca de 20


dias)

• Rotura antiga ou cicatrizada

• Quando se afirma que a rotura é antiga


significa que ocorreu há mais de 20 dias
(em média...).
Rotura do hímen

• Muito recente – 1 a 6 dias (sangramento,


equimose, orvalhamento sanguíneo)

• Recente – 6 a 10 dias (bordas


esbranquiçadas a róseas, com supuração)

• Antiga – mais de 20 dias (bordas


completamente cicatrizadas).
Considerações - hímen

- Geralmente se rompe na primeira conjunção


carnal;

- Pode ocorrer rompimento na:


• Masturbação;

• Introdução de corpo estranho;

• Introdução de absorvente interno.

• Parto, aborto

• Traumatismos
Considerações - hímen

• O seu exame não constitui tarefa pericial


fácil, podendo levar o perito a equívocos!

• Hímens de difícil exame:

- Infantis

- Franjados

- Complacentes
Considerações - hímen

• Diagnóstico diferencial entre:

- Roturas completas, incompletas e entalhes

congênitos

- Roturas recentes e cicatrizadas


Exame corpo delito – Conjunção Carnal

Conjunção carnal – sinais concretos

•Ruptura do hímen

•Esperma na vagina

•Gravidez

• Contaminação venérea profunda


Exames complementares - conjunção
carnal

A perícia deve buscar provas de ejaculação


(sêmen- esperma):
• Fosfatase ácida: indício!

• Proteína P30 (PSA): confirmatório!

• Presença de espermatozóides: confirmatório!

• DNA
Fosfatase ácida prostática (FAP)

• Enzima normalmente presente em alguns

órgãos e secreções em teor normal (próstata,

hemácias, plaquetas, medula óssea, vagina,

dentre outros).
Fosfatase ácida prostática (FAP)

• Utilização forense: sua atividade no sêmen é cerca de

500 a 1000 X maior que em outros fluidos corporais

(>200UI).

• O achado de altos teores de fosfatase ácida na vagina

é indicativo de sêmen (ejaculação) e, por conseguinte,

de conjunção carnal. Não é confirmatório!!!


Proteína P30 (PSA)

• PSA - Antígeno Prostático Específico

• glicoproteína produzida pelas células


prostáticas e encontrada em grande
quantidade no fluido seminal

• Sua presença no sêmen independe de haver


ou não espermatozóides.

• Níveis normais em azoospérmicos,


oligoospérmicos ou vasectomizados.
PROTEÍNA P30 (PSA)

• Por sua “virtual” ausência em tecidos e


secreções femininas sua verificação no
fluído vaginal é teste confirmatório
quanto à presença de sêmen na amostra
estudada (ejaculação).
Esperma

• Reativo de Florence – cristais - castanho


escuro

• Reação de Baecchi – depois do


Florence, surgem novos microcristais

• Sêmen – lâmpada de Wood – ação


fluorescente até 72 h.

• Barbério – cristais em cor amarela


Espermatozóides

• A presença de sêmen na vagina é confirmada


em amostras de fluido vaginal pelo achado de
espermatozóides:

– bastando apenas um ou poucos deles;

– móveis ou não;

– com ou sem cauda;


Espermatozóides

• A coleta deve ser cuidadosa (swab /

cotonete) com exames a fresco e com

exame microscópico com coloração

• Coloração Christimas Tree .


Espermatozóides

• Exame microscópico por técnica de


kernechtrol-Picro índigo carmim (KPIC)
ou “árvore de natal”
• cabeça do espermatozóide – vermelho;
cauda – esverdeada.
• Cauda do espermatozóide desaparece
mais rapidamente por desidratação.
Crimes sexuais ‐ DNA

São coletadas:
•Amostra‐referência da vítima

•amostras questionadas (swab vaginal ou anal, peças 
de roupas, manchas,     swab da região   dos mamilos 
da vítima, etc.)

•Amostra‐referência do(s) suspeito(s)
Lesões genitais

Lesões genitais (equimoses, escoriações,


feridas contusas, etc.), decorrentes da:

• violência da penetração;

• desproporção de tamanho entre o pênis e


vulva/vagina (no caso de crianças
principalmente).
Lesões genitais

podem fundamentar o diagnóstico de:

• conjunção carnal;

• ato libidinoso diverso da conjunção carnal.


ATOS LIBIDINOSOS
DIVERSOS DA
CONJUNÇÃO CARNAL
Exame
1- histórico da vítima

2- exame subjetivo

Avaliar o estado psíquico da vítima,


desenvolvimento mental

3 – exame objetivo genérico e específico


Exame
3 – Exame objetivo

• Descrever lesões corporais (características, região acometida)

• Exploração cuidadosa da região genital, anal e oral

• constatação de presença de esperma

• Coleta de amostras de sangue, saliva, secreções ou fluidos da


região acometida

• Coleta de amostra de manchas encontradas pelo corpo, roupas

da vítima
Perícia do coito anal
Periciado em posição genupeitoral

- Rágades

- Hemorragias por roturas ou esgarçamento


das paredes anorretais e perineais.

- Congestão e edema das regiões vizinhas


Rágade

Fisssura
Perícia do coito anal
- Rágades - Lesões traumáticas, agudas
(equimoses e sufusões da margem anal),
múltiplas e sem preferência de localização.

- Fissuras - De causa desconhecida,


crônica, localizada na linha média posterior
e em geral única. Não indica traumatismo –
coito anal
Perícia do coito anal

- Escoriações

- Infecções secundárias

- Dilatação brusca do ânus

- Orifício doloroso ao toque retal

- traumatismo da face interna dos genitais


na proximidade do orifício anal
Perícia do coito anal
Outras lesões anais:
- Sinal de Wilson Johnston (rotura
triangular com base na margem do ânus,
e vértice no períneo ao nível da união dos
quadrantes inferiores

- Sinal da “dilatação anal reflexa” – 2 a 4H

- Incontinência fecal por um a dois dias


Exames complementares -
coito anal
Sinal diagnóstico de coito anal
- Presença de esperma no canal retal
(lâmpada de wood: luz ultravioleta,
fluorescência, com o sêmen, detectado até
72hs após o agravo), reações de Florence,
Barbério e Baecchi
- Comprovação da fosfatase ácida,
glicoproteína P30 (PSA) e encontro de
espermatozóides
Perícia do coito anal
Coito anal permissivo – aspecto crônico

- lesão cicatricial triangular, com base na


margem anal e vértice no períneo – sinal
de Alfredo Machado

- depressão infundibiliforme

- apagamento das pregas radiadas

- relaxamento do esfincter.
Demais atos libidinosos

Perícia (coito oral, vestibular, vulvar,

interfêmora) - visa comprovação de

sêmen e da violência (lesões da

violência)
Demais atos libidinosos

Perícia da penetração de objetos – anal e

vaginal, geralmente lesões não estão

restritas a estes locais – avaliar a

periferia.
Abuso sexual em crianças

• Aumento de casos, dados subestimados

• Definição: toda e qualquer exploração do


menor pelo adulto que tenha por finalidade
direta ou indireta a obtenção de prazer
lascívio

• Carícias, exibição de material pornográfico,


coitos, contato genital.
Questões
1 - As rupturas himenais que
ocorrem após sucessivos partos
denominam-se:

A) membrana complacente
B) entalhe natural
C) fímbria
D) carúnculas mirtiformes
1 - As rupturas himenais que ocorrem
após sucessivos partos denominam-se:

A) membrana complacente – orla ou altura


exíguos, óstio amplo, distensível e
elástico
B) entalhe natural – não é rotura. É o
diagnóstico diferencial com a rotura
C) Fímbria – tipo de hímen
D) carúnculas mirtiformes
Carúncula mirtiforme

• Retalhos de hímen roto pelo parto


vaginal, os quais se retraem,
formando verdadeiros trabéculos
ou excrescências (vegetações)
• Carúnculas mitriformes
• Retalho de hímen roto pelo coito
• “sobras” do hímen
2 - não é característica
das roturas himenais
A) São geralmente assimétricas
B) são epitelizadas
C) alcançam a borda de
implantação himenal na vagina
D) podem ocorrer hematomas e
equimoses
2 - não é característica
das roturas himenais
A) São geralmente assimétricas
B) são epitelizadas – o entalhe é
epitelizado
C) alcançam a borda de
implantação himenal na vagina
D) podem ocorrer hematomas e
equimoses
Roturas
• Assimétricas, irregulares
• Desepitelizadas
• Alcançam a borda de implantação (inserção
na parede vaginal).
• Hematomas, sangramentos e equimoses
• Cicatrização com 20 dias
• Bordas cobertas por tecido cicatricial,
esbranquiçado;
• Ângulo de rotura em forma de V.
3 - não é característica de
entalhes naturais
A) são geralmente simétricos
B) são epitelizados
C) não alcançam a borda de
implantação himenal na vagina
D) cicatrizam com 20 dias
3 - não é característica de
entalhes naturais
A) são geralmente simétricos
B) são epitelizados
C) não alcançam a borda de
implantação himenal na vagina
D) cicatrizam com 20 dias – o que
cicatriza é a rotura e não o entalhe
Entalhes Naturais
• Geralmente simétricos
• Epitelizados, bordas regulares
• Não alcançam a borda de
implantação
• Sem hematomas, equimoses,
hemorragias
• Ausência de sinais de cicatrização
• Ângulo de clivagem arredondado
4 - o nome técnico do
coito anal é:
A) Sodomia
B) Felação
C) Conjunção carnal
D) Toque impudico
4 - o nome técnico do coito
anal é:
A) Sodomia
B) Felação – sexo oral em genitália
masculina
C) Conjunção carnal – penetração do
pênis na vagina, com ou sem
ejaculação
D) Toque impudico - palpadela
5 - não é elemento pericial de
conjunção carnal
A) rotura himenal
B) presença de esperma na
vagina
C) fissura anal
D) doença venérea profunda
5 - não é elemento pericial de
conjunção carnal
A) rotura himenal
B) presença de esperma na vagina
C) fissura anal – é doença crônica,
geralmente constipação. Não
indica traumatismo anal
D) doença venérea profunda
6 - o método principal para pesquisa de
esperma na vagina quando se suspeita
que o agressor é vasectomizado é:

A) microscopia direta de secreção


B) microscopia por coloração
C) fosfatase ácida prostática
D) DNA
Delegado de polícia – PC/MG - 2011
7 – Retalhos de hímen roto pelo parto vaginal,
os quais se retraem constituindo verdadeiros
tubérculos em sua implantação,
correspondem a:
A) Entalhes himenais

B) hímens cribriformes

C) carúnculas mirtiformes

D) chanfraduras vulvo-himenais
Carúncula mirtiforme

• Retalhos de hímen roto pelo parto


vaginal, os quais se retraem,
formando verdadeiros trabéculos
ou excrescências (vegetações)
• Carúnculas mitriformes
• Retalho de hímen roto pelo coito
• “sobras” do hímen
Delegado de Polícia – PC/MG – 2006
8 – Considerando o hímen é correto afirmar:
a) é formado por uma única face de membrana
mucosa
b) pode ser múltiplo em diferentes planos
anatômicos.
c) sua implantação não varia com a idade
d) quanto maior a sua altura, maior é o seu óstio.
Delegado de Polícia – PC/MG – 2006
8 – Considerando o hímen é correto afirmar:
a) é formado por uma única (DUPLA) face de
membrana mucosa
b) pode ser múltiplo em diferentes planos
anatômicos.
c) sua implantação não varia com a idade (mais
profundo em crianças)
d) quanto maior a sua altura, maior (MENOR) é o seu
óstio.
Delegado de Polícia – PC/RJ – 2012
9 – Na perícia de conjunção carnal, a maioria das lesões
encontradas nas vítimas de crimes sexuais é de caráter
inespecífico, o que torna necessária a realização de métodos
complementares para a elucidação dos vestígios, entre os
quais NÃO se inclui:
a) pesquisa direta de espermatozóides
b) dosagem de fosfatase ácida prostática.
c) pesquisa de antígeno prostático específico
d) exame de confronto genético
e) dosagem de prostaglandina F2-alfa
Médico legista – PC/MG – 2006
10 – Assinale a afirmativa FALSA:
a) O termo asfixia significa literalmente “sem pulso”
b) O instrumento contundente pode ferir por ação passiva
c) coito anal é uma forma de conjunção carnal
d) o colabamento alveolar dos afogados pode ser decorrente
da perda de surfactante
e) a discussão e a conclusão são as principais partes do
parecer médico-legal
Médico legista – PC/MG – 2006
10 – Assinale a afirmativa FALSA:
a) O termo asfixia significa leteralmente “sem pulso”
b) O instrumento contundente pode ferir por ação passiva
c) coito anal é uma forma de conjunção carnal (ATO
LIBIDINOSO)
d) o colabamento alveolar dos afogados pode ser decorrente
da perda de surfactante
e) a discussão e a conclusão são as principais partes do
parecer médico-legal
11 – Sabendo-se que estatisticamente 22% das
mulheres em nosso meio têm hímen complacente, o
diagnóstico deste tipo de hímen é feito quando se
encontra:
a) óstio amplo e orla exígua, elástica
b) óstio exíguo e orla ampla, elástica
c) óstio e orla amplos, sendo a orla elástica
d) óstio e orla exíguos, sendo a orla elástica
e) ausência de orla e de óstio
Hímen complacente

• Pode permitir a conjunção carnal sem se


romper...
• Geralmente, exiguidade da membrana, com orla
estreita e óstio amplo
• Distensível e elástico
• 10% a 30% dos hímens podem ser
complacentes
12 - São elementos ou sinais concretos que

permitem afirmar conjunção carnal:

a) gravidez

b) presença de esperma na vagina;

c) ruptura do hímen;

d) todas as respostas anteriores.


13 - Em relação ao exame pericial do hímen, as

principais dúvidas ou diagnósticos diferenciais

devem ser entre, exceto:

a) roturas e entalhes

b) roturas antigas e roturas recentes;

c) o exame pericial não enseja dúvidas ou

diagnósticos diferenciais;

d) em casos de hímen complacente


14 - O nome clássico de “carúnculas

mirtiformes” é dado:

a) à cicatrização retrátil das queimaduras.

b) à cicatrização retrátil do hímen em pequenos

nódulos após o parto normal.

c) à cicatrização da ruptura do hímen por cópula.

d) à cicatrização de pequenos ferimentos.

e) quando há formação de bridas e quelóides em

um ferimento.
14 - O nome clássico de “carúnculas
mirtiformes” é dado:
a) à cicatrização retrátil das queimaduras.
b) à cicatrização retrátil do hímen em pequenos
nódulos após o parto normal.
c) à cicatrização da ruptura do hímen por cópula.
E ESTA RESPOSTA QUAL O ERRO?
d) à cicatrização de pequenos ferimentos.
e) quando há formação de bridas e quelóides em
um ferimento.
15 - As roturas do hímen são caracterizadas por (marque

a alternativa incorreta):

a) alcançarem as bordas de implantação na parede

vaginal;

b) mostram ângulo de rotura em forma de V;

c) são geralmente simétricas e regulares;

d) podem apresentar hematomas e equimoses.


Roturas
• Assimétricas, irregulares
• Desepitelizadas
• Alcançam a borda de implantação (inserção
na parede vaginal).
• Hematomas, sangramentos e equimoses
• Cicatrização com 20 dias
• Bordas cobertas por tecido cicatricial,
esbranquiçado;
• Ângulo de rotura em forma de V.
16 - Para se descrever o local de ruptura de um hímen,

preconiza-se um método no qual reporta-se à membrana

himenal como se possuísse um mostrador de relógio e as

rupturas são demonstradas através da descrição da

posição do mostrador. Esse método denomina-se:

a) Oscar Freire

b) Wood

c) Lacassagne e Capraro

d) Osiander

e) Kluge
16 - Para se descrever o local de ruptura de um hímen,

preconiza-se um método no qual reporta-se à membrana

himenal como se possuísse um mostrador de relógio e as

rupturas são demonstradas através da descrição da

posição do mostrador. Esse método denomina-se:

a) Oscar Freire - goniométrico

b) Wood – lâmpada fluorescente

c) Lacassagne e Capraro

d) Osiander – pulsação vaginal (sinal probabilidade)

e) Kluge- cianose vulva (sinal probabilidade)


Delegado de Polícia – PC/RJ - 2009
17 – No estudo da Sexologia forense, marque a única
alternativa incorreta.
a) A presença de sêmen na vagina de mulher com hímen
complacente é elemento pericial suficiente para
comprovar a conjunção carnal.
b) Ter relações sexuais com portador de enfermidade ou
deficiência mental é considerado estupro de vulnerável.
c) Praticar ato libidinoso com adolescente de quinze anos
de idade, por meio de violência ou grave ameaça, é
tipificado como crime de estupro.
d) Chama-se de entalhes as reentrâncias simétricas da
borda livre do hímen, que avançam a pique e atingem sua
borda de inserção.
Delegado de Polícia – PC/RJ - 2009
17 – No estudo da Sexologia forense, marque a única alternativa
incorreta.
a) A presença de sêmen na vagina de mulher com hímen
complacente é elemento pericial suficiente para comprovar a
conjunção carnal.
b) Ter relações sexuais com portador de enfermidade ou deficiência
mental é considerado estupro de vulnerável.
c) Praticar ato libidinoso com adolescente de quinze anos de idade,
por meio de violência ou grave ameaça, é tipificado como crime de
estupro.
d) Chama-se de entalhes as reentrâncias simétricas da borda livre do
hímen, que avançam a pique e atingem sua borda de inserção (quase
atingem – rotura atinge inserção).
Delegado de Polícia PC/RJ - 2009
18– Uma mulher foi submetida a coito anal mediante violência e, após a

feitura do registro de ocorrência na Delegacia Policial, recebeu guia policial


para realização de exame pericial no IML. No que é pertinente ao aludido
exame está incorreta a assertiva:
a) No exame efetuado a pericianda pode ser colocada em atitude
genupeitoral ou em decúbito lateral.
b) O exame positivo pode denotar equimose, rágade, escoriação, edema,
sangue, esperma e exulceração.
c) Este coito reiterativo pode evidenciar lesão cicatricial de forma triangular
com base na margem do ânus
d) Não há diagnóstico de coito anal pela fosfatase ácida e glicoproteína P30
no suspeito vasectomizado.
e) Deverá ser recolhido material para comprovar a presença de
espermatozóide através de exame laboratorial.
Delegado de Polícia PC/RJ - 2009
18– Uma mulher foi submetida a coito anal mediante violência e, após a

feitura do registro de ocorrência na Delegacia Policial, recebeu guia policial


para realização de exame pericial no IML. No que é pertinente ao aludido
exame está incorreta a assertiva:
a) No exame efetuado a pericianda pode ser colocada em atitude
genupeitoral ou em decúbito lateral.
b) O exame positivo pode denotar equimose, rágade, escoriação, edema,
sangue, esperma e exulceração.
c) Este coito reiterativo pode evidenciar lesão cicatricial de forma triangular
com base na margem do ânus (É O Sinal de Alfredo Machado)
d) Não há diagnóstico de coito anal pela fosfatase ácida e glicoproteína P30
no suspeito vasectomizado (NÃO SE DETECTAM ESPERMATOZÓIDES).
e) Deverá ser recolhido material para comprovar a presença de
espermatozóide através de exame laboratorial.
19 - (FUMARC - 2013 - PC-MG - Médico Legista )

Quanto à sexologia criminal, é correto afirmar, EXCETO:

a) O agente passivo do estupro pode ser tanto o homem quanto a mulher

b) No atentado violento ao pudor, tanto o homem quanto a mulher podem

ser o agente passivo.

c) O hímen é uma estrutura mucosa que separa a vulva da vagina e tem

duas faces: uma, vaginal e profunda, e outra, vestibular ou superficial.

d) Em presença de hímen complacente, a constatação da presença de

fosfatase ácida ou de glicoproteína P 30 em resíduo vaginal pode

contribuir no diagnóstico de conjunção carnal.


20 - 2013
Ao exame ginecológico da região perineal, o médico
legista observou hímen com as seguintes
características “membrana com várias aberturas,
quatro regulares e três irregulares”. Ele deverá ser
classificado como:
a) anular
b) cribriforme
c) Semilunar
d) Septado
21 - (Médico Legista/MT/2013) Uma mulher de 30 anos de
idade atrai para o seu apartamento, seu vizinho de 13 anos
que, apesar da idade, apresenta porte físico bem
desenvolvido. Após convencê-lo de que vai manter sigilo,
pratica conjunção carnal com o mesmo. Trata-se de um crime
de:
a) estupro.
b) violação sexual mediante fraude.
c) corrupção de menor.
d) estupro de vulnerável.
e) assédio sexual.
Artigo 217-A
Estupro de vulnerável

Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com


menor de 14 (catorze) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009):
– Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no


caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
– Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
– Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
22 - (Médico Legista/MT/2013)
A solução de continuidade do hímen, geralmente
simétrica, de bordas regulares e finas, provida de
ângulo rombo e que não atinge sua borda de
inserção, é chamada de:
a) comissura.
b) entalhe.
c) rotura incompleta cicatrizada.
d) rotura incompleta recente.
e) septo.
Entalhes Naturais
• Geralmente simétricos
• Epitelizados, bordas regulares
• Não alcançam a borda de
implantação
• Sem hematomas, equimoses,
hemorragias
• Ausência de sinais de cicatrização
• Ângulo de clivagem arredondado
Roturas
• Assimétricas, irregulares
• Desepitelizadas
• Alcançam a borda de implantação (inserção
na parede vaginal).
• Hematomas, sangramentos e equimoses
• Cicatrização com 20 dias
• Bordas cobertas por tecido cicatricial,
esbranquiçado;
• Ângulo de rotura em forma de V.
23 - (Médico Legista/SP/2014)
Nos casos de vítima de violência sexual, na perícia
após o delito, o sêmen pode ser detectado em até
a) 12 horas.
b) 48 horas
c) 24 horas.
d) 72 horas.
e) 6 horas.
Esperma
• Reativo de Florence – cristais - castanho
escuro
• Reação de Baecchi – depois do
Florence, surgem novos microcristais
• Sêmen – lâmpada de Wood – ação
fluorescente até 72 h.
• Barbério – cristais em cor amarela
24 - (Médico Legista/SP/2014)
Ainda em relação à sexologia, o esfregaço vaginal
e/ou anal para pesquisa de espermatozoide pode ser
corado pela técnica de
a) Christimas Tree.
b) ácido periódico de Schiff.
c) Grocott.
d) tricrômio de Masson.
e) fucsina.
25 - FUNCAB - 2013 - PC-ES - Médico Legista
São sinais doutrinários em Medicina Legal de que houve
conjunção carnal com uma mulher, que evidenciava
hímen não complacente roto, EXCETO:
a) presença de entalhes no hímen.
b) gravidez.
c) presença de esperma na vagina ou canal vaginal.
d) presença de fosfatase ácida acima de 300U.K./mL no
canal vaginal.
e) presença de glicoproteína P30 no canal vaginal.
Exame corpo delito – Conjunção Carnal

Conjunção carnal – sinais concretos

Ruptura do hímen
Esperma na vagina
- O elemento pericial de maior certeza consiste na presença do
elemento figurado do esperma (espermatozóide)
- Constatação da presença de fosfatase ácida prostática
- Constatação de glicoproteína P30 (PSA)
- DNA

Gravidez
Contaminação venérea profunda
26 - NUCEPE/Perito Médico Legal.

Com relação à perícia sexológica, assinale a alternativa correta.

a) A rotura antiga do hímen apresenta as bordas da lesão de coloração


embranquecida, devido aos tecidos de cicatrização.

b) Os entalhes naturais, normalmente, vão até a borda de inserção do hímen na


parede vaginal.

c) O hímen complacente dificulta o diagnóstico de conjunção carnal, porque


nele os entalhes se confundem com as roturas.

d) A presença de gravidez com integridade do hímen não é aceita como prova


de conjunção carnal.

e) Rotura recente do hímen é aquela que ocorreu até 30 dias antes do exame
pericial.
26 - NUCEPE/Perito Médico Legal.

Com relação à perícia sexológica, assinale a alternativa correta.

a) A rotura antiga do hímen apresenta as bordas da lesão de coloração


embranquecida, devido aos tecidos de cicatrização.

b) Os entalhes naturais (ROTURAS) , normalmente, vão até a borda de inserção


do hímen na parede vaginal.

c) O hímen complacente dificulta o diagnóstico de conjunção carnal, porque


nele os entalhes se confundem com as roturas.

d) A presença de gravidez com integridade do hímen não é aceita como prova


de conjunção carnal.

e) Rotura recente do hímen é aquela que ocorreu até 30 dias (20 dias) antes do
exame pericial.
Entalhes Naturais
• Geralmente simétricos
• Epitelizados, bordas regulares
• Não alcançam a borda de
implantação
• Sem hematomas, equimoses,
hemorragias
• Ausência de sinais de cicatrização
• Ângulo de clivagem arredondado
Roturas
• Assimétricas, irregulares
• Desepitelizadas
• Alcançam a borda de implantação (inserção
na parede vaginal).
• Hematomas, sangramentos e equimoses
• Cicatrização com 20 dias
• Bordas cobertas por tecido cicatricial,
esbranquiçado;
• Ângulo de rotura em forma de V.
Exame do hímen

Hímens rotos quanto à cicatrização:

• Rotura de data recente: (até cerca de 20


dias)
• Rotura antiga ou cicatrizada
• Quando se afirma que a rotura é antiga
significa que ocorreu há mais de 20 dias
(em média...).
27- Delegado de Polícia civil – PC/PA – 2016 - Funcab

Os “quadrantes de Oscar Freire” são utilizados para designar a


posição:

a) da vítima em relação ao atirador de uma arma de fogo.

b) do atirador de uma arma de fogo em relação à vítima.

c) da lesão provocada ela ruptura da caixa craniana atingida por


projétil de arma de fogo.

d) da lesão provocada pela ruptura do hímen.

e) da lesão de entrada provocada por projétil de arma de fogo no tórax


da vítima
Roturas

• Número de roturas variável – 1 a 5


• Localização das roturas – método de
Lacassagne (cronométrico - mostrador de
relógio); método de Oscar Freire
(goniométrico - divisão em quadrantes –
dois superiores D e E, dois inferiores D e E)
• Geralmente quadrantes inferiores – 6 horas
• Pode ser completa ou incompleta
28- Delegado de Polícia civil – PC/GO – 2017 - CESPE

Em relação aos aspectos médico-legais dos crimes contra a liberdade sexual,


assinale a opção correta.

a) A presença de escoriação em cotovelo e de esperma na cavidade vaginal são


suficientes para caracterizar o estupro.

b) Equimoses da margem do ânus, hemorragias por esgarçamento das paredes


anorretais e edemas das regiões circunvizinhas são características de coito
anal violento.

c) Em crianças com mudanças de comportamento, a presença de eritemas


confirma o diagnóstico de abuso sexual.

d) A vasectomia feita no indivíduo antes de ele cometer um crime de estupro


impede a obtenção de dados objetivos desse crime.

e) A integridade do hímen invalida o diagnóstico de conjunção carnal.


29– Delegado de polícia civil – Maranhão – 2018 Texto 1A9AAA

Em determinada cidade interiorana, por volta das dezesseis horas de um dia ensolarado, o corpo de uma mulher

jovem foi encontrado por populares, em área descoberta de um terreno baldio. O delegado de plantão foi

comunicado do fato e, ao dirigir-se ao local, a autoridade policial verificou que o corpo se encontrava em decúbito

dorsal e despido. A perícia de local, tendo realizado exame perinecroscópico, verificou que o corpo apresentava

temperatura de 27 ºC, além de rigidez completa de tronco e membros. Constataram-se escoriações na face, fraturas

dos elementos dentários anteriores, manchas roxas na região cervical anterior e duas lesões profundas na região

torácica anterior, abaixo da mama esquerda, medindo a maior delas 4 cm × 1 cm. Havia tênue mancha de

tonalidade avermelhada na face posterior do corpo, que só não se evidenciava nas partes que estavam em contato

com o solo. Nas adjacências das lesões torácicas e no solo próximo ao corpo, havia pequena quantidade de

sangue coagulado. No mesmo terreno onde estava o corpo, foi encontrada uma faca de gume liso único. A lâmina,

que estava suja de sangue, tinha formato triangular e media 20 cm de comprimento e 4 cm de largura em sua base.

Exames laboratoriais realizados posteriormente atestaram que o sangue presente na faca pertencia à vítima. Após

a lavagem do corpo, foi possível detectar lesões torácicas, de acordo com as imagens mostradas na figura a

seguir.

Internet: <www.malthus.com.br>.
O exame necroscópico do cadáver referido no texto 1A9AAA evidenciou
equimoses violáceas e escoriações na vulva, hímen roto, dilatação do ânus,
sem escoriações ou fissuras, e o exame citológico da secreção vaginal
detectou espermatozoides e PSA.
A propósito dessas considerações adicionais, assinale a opção correta.
a) A presença do PSA na secreção vaginal é considerada um vestígio de
ocorrência de conjunção carnal.
b) A dilatação anal identificada é prova inquestionável de coito anal
traumático.
c) A presença de equimoses e escoriações na região vulvar atesta a
ocorrência de conjunção carnal praticada pelo agressor.
d) No exame genital, a identificação de hímen roto atesta a ocorrência de
conjunção carnal praticada pelo agressor.
e) A identificação de espermatozoides na secreção vaginal comprova a
ocorrência de estupro seguido de morte.
Gabarito

GABARITO AULA SEXOLOGIA FORENSE

01 - D 02 – B 03 - D 04 - A 05 - C 06 - C 07 - C 08 - B 09 - E
10 - C 11 – A 12 - D 13 - C 14 - B 15 - C 16 - C 17 - D 18 - D
19 - B 20 - B 21 - D 22 - B 23 - D 24 - A 25 - A 26 - A 27 - D
28 - B 29 - A
RESUMO
Sexologia forense

• Estuda a sexualidade humana e

suas repercussões criminais


himenologia
• Membrana que separa a vagina da
vulva
• Consistência
• Forma, óstio e orla
• Entalhes naturais
• Roturas
• Hímen complacente
• Carúnculas mirtiformes
Roturas
• Assimétrica
• Desepitelizadas
• Alcançam a borda de implantação
• Hematomas, hemorragias e equimoses
• Método de Lacassagne
• Carúnculas mirtiformes
• Quadrantes inferiores
• Cicatrização com 20 dias
Entalhes naturais
• Geralmente simétricos
• Epitelizados
• Não alcançam a borda de implantação
• Sem hematomas, hemorragias e
equimose
• Sem cicatrização
Conjunção carnal

• Introdução do pênis na vagina,


com ou sem ejaculação

• Tipo de ato libidinoso


Elementos de conjunção
carnal
• Rotura himenal

• Presença de esperma na vagina

• Contaminação venérea profunda

• gravidez
Presença de esperma na
vagina
• Microscopia direta
• Microscopia com coloração
• Fosfatase ácida prostática
(vasectomizado)
• Glicoproteína P30 (PSA –
vasectomizado)
• DNA (condom)
Atos libidinosos

• Conjunção carnal
• Coito ectópico
• masturbação
Estupro – Art 213

• Constranger alguém, mediante


violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal, ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso (12.015 de 07/08/2009)
Assédio Sexual - Art 216A

• Constranger alguém com o intuito de


obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente de
sua condição de superior hierárquico
ou ascendência inerentes ao exercício
de emprego, cargo ou função.
Estupro de vulnerável - Art 217A

• Ter conjunção carnal ou pratica ato


libidinoso com menor de 14 (catorze)
anos.
• §1 – deficiente mental ou não pode
oferecer resistência.

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