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Exercı́cios do Módulo 3

João Araújo

Lisboa
20 de Novembro de 2010
Apontamentos

1 Erros frequentes
1. Alguns alunos entenderam a minha chamada de atenção anterior como significando que não deveriam
colocar resoluções no fórum. Isto é errado. Devem continur a colocar resoluções no fórum dentro das
regras definidas (só colocam novas resoluções se forem diferentes das que estão lá, e explicando porque
vos parece que a vossa é que está certa).
O que eu quis dizer é que faltavam no fórum as mensagens dos alunos que não percebiam alguma coisa;
as mensagens dos alunos com dúvidas. Neste momento já há muitas mensagens de alunos a pedir para
explicar questões concretas e isso é muito bom. Quem não sabe pergunta.
2. Facilita a vida aos professores (e possivelmente aos alunos) se o primeiro aluno a colocar uma resolução,
colocar também o enunciado da pergunta (sempre que possı́vel). Os professores estão a ver dezenas de
mensagens. Se em cada uma precisam de ir consultar os apontamentos, é uma perda de tempo e energia.
Enquanto que se a pergunta estiver lá, ele rapidamente verifica se o aluno vai bem ou não.
3. Este módulo está a chegr ao fim. Rapidamente entraremos no seguinte. Espero que depois de um embate
inicial, a programação do estudo e o doseamento do esforço já esteja mais equilibrado.
4. Aos alunos que chegaram um pouco mais tarde quero dizer que o novo módulo é praticamente indepen-
dente deste, pelo que ter deixado matérias por tratar neste módulo não implica que se fique impossibili-
tado de acompanhar o próximo.

1
2 Resolução dos Exercı́cios do Módulo 3
Nota Este módulo tem exercı́cios muito repetitivos. Consequentemente, apenas serão feitas resoluções de
alguns exercı́cios dado que muitos dos propostos serviam apenas para dar oportunidade aos alunos de treinarem,
não acrescentando nada para além disto. Se algum dos exercı́cios não resolvido aqui oferece dúvidas a algum
aluno, então é porque o aluno não percebeu algo a montante (e é esse aspeto que interessa resolver); não é
porque o exercı́cio seja diferente dos já resolvidos.

11 a) Pretende-se determinar a distância entre os pontos A(1, 2) e B(1, 3). Aplicando a fórmula da distância
entre dois pontos (p. 24) temos
p p
AB = (1 − 1)2 + (3 − 2)2 = 02 + 12 = 1.

b) Pretende-se determinar a distância entre os pontos A(2, 1) e B(3, 1). Aplicando a fórmula da distância
entre dois pontos (p. 24) temos
p p
AB = (3 − 2)2 + (1 − 1)2 = 12 + 02 = 1.

É interessante marcar os quatro pontos das duas alı́neas anteriores no plano e ver porque é a
distância igual.
c) Pretende-se determinar a distância entre os pontos A(4, −1) e B(−1, 3). Aplicando a fórmula da
distância entre dois pontos (p. 24) temos
p p √ √
AB = (−1 − 4)2 + (3 − (−1))2 = (−5)2 + 42 = 25 + 16 = 41.

12 Calssifique os seguintes triângulos.


a) Triângulo cujos vértices são: A(1, 2), B(1, 3) e C(3, 2).
Para resolver este problema, temos de calcular a distância entre os 3 pontos. Usando a fórmula
referida no exercı́cio anterior, temos
AB = p
1(ex. anterior)
AC = p(3 − 1)2 + (2 − 2)2 = 2p √
BC = (3 − 1)2 + (2 − 3)2 = 22 + (−1)2 = 5.

Como todos os lados são diferentes, este triângulo é escaleno.


b) Semelhante ao anterior.
c) Triângulo cujos vértices são: A(a, b), B(a, −b) e C(0, 1).
A parte principal deste exercı́cio é igual à dos anteriores. A diferença está em que no final é preciso
fazer uma discussão do resultado.
Vamos pois começar por calcular a distância entre os 3 pontos. Temos
p
AB = p(a − a)2 + (−b − b)2 =√|2b|.
AC = p(0 − a)2 + (1 − b)2 = √a2 + 12 − 2b + b2
BC = (0 − a)2 + (1 + b)2 = a2 + 12 + 2b + b2 .
Haverá algum b tal que AC = BC? Claramente,

AC = BC ⇔ a2 + 12 − 2b + b2 = a2 + 12 + 2b + b2 ⇔ −2b = 2b ⇔ b = −b ⇔ b = 0.

Portanto, se b = 0, então AC = BC. Contudo, b = 0 implica AB = |2 × 0| = 0 e portanto A = B,


pelo que só terı́amos dois vértices e assim não existiria triângulo. Conclusão: AC 6= BC e bem
assim, no máximo, o triângulo só poderá ser isósceles. Mas será que pode ser isósceles?
Poderemos ter AB = BC? Claramente,
p
AB = BC ⇔ |2b| = a2 + 12 + 2b + b2 ⇒ 4b2 = a2 + 12 + 2b + b2 ⇔ a2 − 3b2 + 2b + 1 = 0.

E esta última identidade tem solução. Se a = 2, temos −3b2 +2b+1+22 = 0, ou seja, −3b2 +2b+5 = 0
o que dá pela fórmula resolvente das equações de segundo grau,

−2 ± 4 + 60 −2 ± 8
b= = .
−6 −6

2
Daqui resulta b = 5/3 ou b = −1.
Portanto, se, por exemplo, a = 2 e b = −1, temos que os três pontos definem um triângulo isósceles.
De facto, apenas para tirar a prova real, consideremos A(2, −1), B(2, 1) e C(0, 1).
AB = |2b| = 2.
p p √
AC = a2 + 1 − 2b + b2 = 22 + 1 + 2 + 1 = 8.
p p
BC = a2 + 1 + 2b + b2 = 22 + 1 − 2 + 1 = 2.
Como AB = BC, está provado que o triãngulo é isósceles. Claro que se tivéssemos escolhido outros
valores de a, terı́amos obtido outros valores de b. Não podemos é escolher a = 0 porque senão todos
os pontos ficam sobre o eixo dos yy e por isso não formam um triângulo.
Seria possı́vel continuar a explorar este exercı́cio, mas julgo que podemos ficar por aqui.
13 a) Será que o triângulo definido pelos pontos A(−2, −1), B(−1, −1) e C(−2, 3) é rectângulo? Para respon-
der a esta pergunta, pelo Recı́proco do Teorema de Pitágoras, vamos calcular a medida dos lados e
ver se elas verificam a igualdade de Pitágoras.
p √
AB = p(−1 − (−2))2 + (−1 − (−1))2 = 2
√ 1 +0 =1
2

AC = p(−2 − (−2))2 + (3 − (−1))2 = √02 + 42 = 4√


BC = (−2 − (−1))2 + (3 − (−1))2 = 12 + 42 = 17.
claramente o maior lado é BC pelo que só este poderá a hipotenusa:

( 17)2 = 12 + 42 ?

De facto, ( 17)2 = 17 e 12 + 42 é também igual a 17. Está provado que este triângulo é rectângulo.
b) Resolução análoga à anterior.
14 a) Pretende-se encontrar b tal que a distância de A(4, 10) a B(b, 7) seja 5. Aplicando a fórmula da distância
entre dois pontos, temos:
p p p
AB = (b − 4)2 + (7 − 10)2 = b2 − 8b + 16 + (−3)2 = b2 − 8b + 25.
Como queremos AB = 5, vem p
b2 − 8b + 25 = 5,
e resolvemos:
p
b2 − 8b + 25 = 5 ⇒ b2 − 8b + 25 = 25 ⇒ b2 − 8b = 0 ⇒ b(b − 8) = 0 ⇒ b = 0 ∨ b = 8.

Agora podemos tirar a prova real. Vamos supor que b = 0. Então


p p √
AB = (0 − 4)2 + (7 − 10)2 = 02 − 8 × 0 + 16 + (−3)2 = 25 = 5.
Está provado que se b = 0 temos AB = 5.
Vamos agora ver com b = 8.
p p √
AB = (8 − 4)2 + (7 − 10)2 = 82 − 8 × 8 + 16 + (−3)2 = 64 − 64 + 25 = 5.
Também neste caso temos AB = 5.

b) Pretende-se encontrar b tal que a distância de A(b, b) à origem O(0, 0) seja 18. Aplicando a fórmula
da distância entre dois pontos, temos:
p p √
OA = (b − 0)2 + (b − 0)2 = b2 + b2 = 2 b.

Como queremos OA = 18, vem √ √
2 b = 18,
e resolvemos: √ √
2 b = 18 ⇒ 2b2 = 18 ⇒ b2 = 9 ⇒ b = −3 ∨ b = 3.
Agora podemos tirar a prova real. Vamos supor que b = 3. Então
p p √
OA = (3 − 0)2 + (3 − 0)2 = 32 + 32 = 18.

Está provado que se b = 3 temos OA = 18.
Com b = −3 seria análogo.

3
c) Determine um b tal que A(b, 2), B(5, 4) e C(2, 5) formem um triângulo isósceles. Num exercı́cio
destes é sempre bom começar por marcar no plano os pontos que conhecemos para ter uma ideia
de como será a solução. Depois de marcar os pontos é óbvio que a possibildiade mais promissora é
AB = AC. Por isso vamos calcular estas duas medidas e igualar.
p p p
AB = (5 − b)2 + (4 − 2)2 = 25 − 10b + b2 + 4 = b2 − 10b + 29.

Analogamente,
p p p
AC = (2 − b)2 + (5 − 2)2 = 4 − 4b + b2 + 9 = b2 − 4b + 13.

Igualando temos,
p p p p
AB = AC ⇒ b2 − 10b + 29 = b2 − 4b + 13 ⇒ ( b2 − 10b + 29)2 = ( b2 − 4b + 13)2 .

E daqui resulta b2 − 10b + 29 = b2 − 4b + 13, pelo que temos b2 − 10b + 29 − (b2 − 4b + 13) = 0, ou
seja, −6b + 16 = 0. Portanto 6b = 16 e bem assim b = 8/3.
Vamos então tirar a prova real. Sendo A(8/3, 2) será que AB = AC? Efectivamente,
p p p p
AB = (5 − 8/3)2 + (4 − 2)2 = (8/3)2 − 10 × 8/3 + 29 = 64/9 − 240/9 + 261/9 = 85/9.
p p p p
AC = (2 − 8/3)2 + (5 − 2)2 = 64/9 − 4 × 8/3 + 13 = 64/9 − 96/9 + 13 = 85/9.
Está provado que a solução encontrada acima está certa.
15 a) Pela fórmula da página 26, temos x2 + y 2 = 52 .
b) Analogamente, x2 + y 2 = (π 2 )2 , ou seja, x2 + y 2 = π 4 .

c) Analogamente, x2 + y 2 = ( 13)2 , ou seja, x2 + y 2 = 13.
16 a) Pela fórmula da página 27, a circunferência de centro em C(−2, −3) e raio 1 é (x−(−2))2 +(y−(−3))2 =
12 . Portanto será (x + 2)2 + (y + 3)2 = 1.
b) Analogamente, a circunferência de centro em C(2, −1) e raio 4 é (x− 2)2 + (y − (−1))2 = 42 . Portanto
será (x − 2)2 + (y + 1)2 = 16.
√ √
c) Analogamente, a circunferência de centro em C(1, −1) e raio 11 é (x − 1)2 + (y − (−1))2 = ( 11)2 .
Portanto será (x − 1)2 + (y + 1)2 = 11.
√ √
17 Queremos saber se as circunferências x2 + y 2 = 1 e a circunferêcia de centro C(2/ 2, 2/ 2), e raio 1, se
intersectam.
Para começar, observe-se que como x2 + y 2 = 1 é o mesmo que (x − 0)2 + (y − 0)2 = 12 , concluı́mos que
esta circunferência tem centro O(0, 0) e raio 1.
Vamos então calcular a distância entre os centros.
q √ √ p √
OC = (2/ 2 − 0)2 + (2/ 2 − 0)2 = 4/2 + 4/2 = 4 = 2.

A distância entre os centros é 2. Além disso, como as duas circunferências têm raio 1, concluı́mos que
as circunferências se tocam em exatamente um ponto. Qual ponto? O ponto que está sobre o segmento
[OC] e que está à distância 1 de O e à distância 1 de C.
a) Queremos saber se as circunferências x2 + y 2 = 1 e a circunferêcia de centro C(2, −3), e raio 1, se
intersectam. Como vimos acima, a primeira circunferência tem raio 1 e centro O(0, 0).
Vamos uma vez mais determinar a distância entre os centros.
p √ √
OC = (−2 − 0)2 + (−3 − 0)2 = 4 + 9 = 13 ∼ 3.60.

Já a soma dos raios é 2. Como a distância entre os centros é superior á soma dos raios, está provado
que elas não se intersectam.

4
b) Queremos saber se as circunferências x2 + y 2 = 1 e a circunferêcia de centro C(2, −1), e raio 4, se
intersectam. Como vimos acima, a primeira circunferência tem raio 1 e centro O(0, 0).
Vamos uma vez mais determinar a distância entre os centros.
p √ √
OC = (2 − 0)2 + (−1 − 0)2 = 4 + 1 = 5 ∼ 2.24.

Já a soma dos raios é 5. Como a primeira circunferência está contida na segunda, a única forma
delas se intersectarem seria se a distância entre os centros (2.24) mais o raio da primeira (1) desse
um valor igual ou superior a 4 (o raio da segunda). Como isso não acontece, as circunferências têm
interseção vazia.
Uma forma alternativa de resolver este problema, seria usar a resolução de sistemas. Se existe algum
ponto de intersecção entre as duas circunferências, então esse ponto é I(x, y) satisfazendo

x2 + y 2 = 1 ∧ (x − 2)2 + (y + 1)2 = 16.

Desenvolvendo a segunda equação temos x2 −4x+4+y 2+2y+1 = 16, ou seja, x2 +y 2 −4x+4+2y+1 =


16. Mas x2 + y 2 = 1. Portanto podemos susbstituir na equação anterior

x2 + y 2 − 4x + 4 + 2y + 1 = 16 ⇒ 1 − 4x + 4 + 2y + 1 = 16 ⇒ 2y = 16 + 4x − 6 ⇒ y = 2x + 5.

Aqui chegados, podemos substituir o valor de y na outra equação do sistema (x2 + y 2 = 1) e temos:

x2 + (2x + 5)2 = 1 ⇒ x2 + 4x2 + 10x + 25 = 1 ⇒ 5x2 + 10x + 24 = 0.

Será que esta equação tem alguma solução real? Pela fórmula resolvente das equações de segundo
grau, temos √
−10 ± 25 − 4 × 24 × 25
x= .
10
Como 25 − 4 × 24 × 25 < 0, a equação não tem soluções reais e por isso as circunferências não se
encontram.

c) Queremos saber se as circunferências x2 + y 2 = 1 e a circunferêcia de centro C(1, −1), e raio 11,
se intersectam. Como vimos acima, a primeira circunferência tem raio 1 e centro O(0, 0). Este
exercı́cio podemos —porque não?— tentar desde já pelo método do sistema. Vamos ver se existe
alguma solução real para o sistema:

x2 + y 2 = 1 ∧ (x − 1)2 + (y + 1)2 = 11.

Expandindo a segunda equação temos x2 −2x+1+y 2 +2y+1 = 11, ou seja, x2 +y 2 −2x+2y+2 = 11.
Mas x2 + y 2 = 1. Portanto podemos susbstituir na equação anterior

x2 + y 2 − 2x + 2y + 2 = 11 ⇒ 1 − 2x + 2y + 2 = 11 ⇒ 2y = 2x + 8 ⇒ y = x + 4.

Aqui chegados, podemos substituir o valor de y na outra equação do sistema (x2 + y 2 = 1) e temos:

x2 + (x + 4)2 = 1 ⇒ x2 + x2 + 8x + 16 = 1 ⇒ 2x2 + 8x + 15 = 0.

Será que esta equação tem alguma solução real? Pela fórmula resolvente das equações de segundo
grau, temos √
−8 ± 64 − 4 × 2 × 15
x= .
4
Como 64 − 4 × 2 × 15 < 0, mais uma vez esta equação não tem soluções reais e por isso as
circunferências não se encontram.
18 a) O declive da reta que incide com A(−2, −3) e B(1, 0) é

0 − (−3) 3
m= = = 1.
1 − (−2) 3

b) O declive da reta que incide com A(2, 3) e B(−1, 0) é


0−3 −3
m= = = 1.
−1 − 2 −3

5
c) O declive da reta que incide com A(0, 0) e B(4, 3) é
3−0 3
m= = .
4−0 4

19 a) As rectas passam pelo ponto A(1, −1). Seja B(x, y) outro ponto, com x 6= 1. Sabemos que o
declive é dado por:
y − (−1)) y+1
m= = .
x−1 x−1

• Se m = 12 , então
1 y+1
= ⇐⇒ x − 1 = 2(y + 1) ⇐⇒ x − 2y − 3 = 0 .
2 x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(3, 0) - substituimos y por 0 e obtemos x = 3. Assim a
recta pedida é como na figura:

B
b

Uma forma alternativa de resolver o problema é a seguinte. Recorde que o declive é m = b/a, onde a lhe
dá o deslocamento ao longo de x e b o deslocamento ao longo de y. Portanto, pode colocar a ponta do
lápis no ponto A(1, −1) e (como m = 1/2) anda 2 para a direita na horizontal e 1 para cima na vertical.
Pode seguir este mesmo processo em todos os exercı́cios abaixo.
• Se m = 2, então
y+1
2= ⇐⇒ 2(x − 1) = y + 1 ⇐⇒ 2x − y − 3 = 0 .
x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(2, 1) - substituimos y por 1 e obtemos x = 2. Assim a
recta pedida é como na figura:

• Se m = 1, então
y+1
1= ⇐⇒ x − 1 = y + 1 ⇐⇒ x − y − 2 = 0 .
x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(3, 1) - substituimos y por 1 e obtemos x = 3. Assim a
recta pedida é como na figura:

6
• Se m = −1, então
y+1
−1 = ⇐⇒ −x + 1 = y + 1 ⇐⇒ x + y − 2 = 0 .
x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(0, 2) - substituimos y por 2 e obtemos x = 0. Assim a
recta pedida é como na figura:

b
B

• Se m = 4, então
y+1
4= ⇐⇒ 4(x − 1) = y + 1 ⇐⇒ 4x − y − 5 = 0 .
x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(2, 3) - substituimos y por 3 e obtemos x = 2. Assim a
recta pedida é como na figura:

B b

• Se m = −1/4, então
1 y+1
− = ⇐⇒ x − 1 = −4(y + 1) ⇐⇒ x + 4y + 3 = 0 .
4 x−1
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(−1, −1/2) - substituimos y por −1/2 e obtemos x = −1.
Assim a recta pedida é como na figura:

b
A
B

b) As rectas passam pelo ponto A(0, 1). Seja B(x, y) outro ponto, com x 6= 0. Sabemos que o declive é
dado por:
y−1
m= .
x
• Se m = 0, então
y−1
0= ⇐⇒ 0 = y − 1 ⇐⇒ y = 1 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(1, 1) - x pode tomar qualquer valor, mas y é sempre 1.
Assim a recta pedida é como na figura:

7
b b

A B

• Se m = −1, então
y−1
−1 = ⇐⇒ −x = y − 1 ⇐⇒ x + y − 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(1, 0). Assim a recta pedida é como na figura:

A b
B

• Se m = −2, então
y−1
−2 = ⇐⇒ −2x = y − 1 ⇐⇒ 2x + y − 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(−1, 3). Assim a recta pedida é como na figura:

B
b

• Se m = −3, então
y−1
−3 = ⇐⇒ −3x = y − 1 ⇐⇒ 3x + y − 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(−1, 4). Assim a recta pedida é como na figura:
b

• Se m = 1, então
y−1
1= ⇐⇒ x = y − 1 ⇐⇒ x − y + 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(1, 2). Assim a recta pedida é como na figura:

B
A b

8
• Se m = 2, então
y−1
2= ⇐⇒ 2x = y − 1 ⇐⇒ 2x − y + 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(1, 3). Assim a recta pedida é como na figura:

• Se m = 3, então
y−1
3= ⇐⇒ 3x = y − 1 ⇐⇒ 3x − y + 1 = 0 .
x
Então outro ponto da recta é, por exemplo, B(1, 4). Assim a recta pedida é como na figura:
b

c)
3−1
• A recta a passa pelos pontos A(1, 1) e B(4, 3). Portanto o seu declive é m = 4−1 = 23 .
4−0 4
• A recta b passa pelos pontos A(4, 0) e B(3, 4). Portanto o seu declive é m = 3−4 = −1 = −4.
5−0 5
• A recta c passa pelos pontos A(1, 0) e B(6, 5). Portanto o seu declive é m = 6−1 = 5 = 1.
2−2 0
• A recta d passa pelos pontos A(0, 2) e B(1, 2). Portanto o seu declive é m = 1−0 = 1 = 0.
2−4 2
• A recta e passa pelos pontos A(1, 4) e B(6, 2). Portanto o seu declive é m = 6−1 = 5 = −5.
−2

5−0 5
• A recta f passa pelos pontos A(4, 0) e B(4, 5). Portanto o seu declive é m = 4−4 = 0 - indefinido

20 a) O declive de uma reta perpendicular a uma linha com declive 1/3 é (pela página 30) −3/1, ou seja, é
−3.
O declive de uma reta perpendicular a uma linha com declive 2 (=2/1) é (pela página 30) −1/2.
O declive de uma reta perpendicular a uma linha com declive π (=π/1) é (pela página 30) −1/π.
O declive de uma reta perpendicular a uma linha com declive −4 (=−4/1) é (pela página 30)
−1/ − 4, ou seja, é 1/4.
b) Prtende-se provar que se l é perpendicular a r e r é perpendicular a t, então l e t têm o mesmo declive.
Seja ml o declive de l. Como l e r são perpendiculares, temos que mr = −1/ml . Analogamente,
como r e t são perpendiculares, mt = −1/mr . Logo,
−1 −1 −1 × ml
mt = = −1 = = ml .
mr m
−1
l

Está provado que r e l têm o mesmo declive.


21 a) Pretende-se determinar um valor a tal que a linha que passa em A(1, 3) e em B(3, a) tenha declive 4.
Já sabemos que declive da reta que incide com A e B é dado por
a−3 a−3
m= = .
3−1 2
Como queremos que m seja 4, fazemos 4 = (a−3)/2 de onde resulta a−3 = 8, ou seja, a = 8+3 = 11.

9
Agora resta tirar a prova real. O declive da reta que incide com A(1, 3) e em B(3, 11) é
11 − 3 8
m= = = 4.
3−1 2

b) Análogo.
c) Pretende-se determinar um valor a tal que a linha que passa em A(0, a) e com B(a, 5) tenha declive
−2/3. Já sabemos que declive da reta que incide com A e B é dado por
5−a
m= .
a−3
Daqui resulta
−2 5−a
= ⇒ 15 − 3a = −2a + 6 ⇒ a = 9.
3 a−3
Uma vez mais podemos fazer a prova real. O declive da reta que incide com A(3, 9) e em B(9, 5) é
5−9 −4 −2
m= = = .
9−3 6 3

d) Análoga à seguinte.
e) Pretende-se determinar um valor a tal que a linha que passa em A(3, a) e em B(a, π) tenha declive
perpendicular às retas de declive −1/2 (ou seja, tenha declive −2/ − 1 = 2). Já sabemos que declive
da reta que incide com A e B é dado por
π−a
m= .
a−3
Daqui resulta
π−a π+6
2= ⇒ 2a − 6 = π − a ⇒ 3a = π + 6 ⇒ a = ∼ 3.05.
a−3 3

22 Consideremos os pontos A(1, 3), B(−2, −1), C(6, 5) e D(t, −3).


a) Queremos determinar t tal que [AB] seja paralelo a [CD]. Para isso vamos começar por determinar o
declive de [AB]; depois determinamos o declive de [CD] (em função de t); igualamos os dois declives
e resolvemos em ordem a t.
Primeiro Cálculo dos declives de [AB] e [CD]. Pela fórmula geral temos
−1 − 3 −4 4
m[AB] = = = .
−2 − 1 −3 3
−3 − 5 −8
m[CD] = = .
t−6 t−6
Segundo Como queremos que m[AB] = m[CD] , vem

4 −8 3 × (−8)
= ⇒t−6= = 3 × −2 ⇒ t − 6 = −6 ⇒ t = 0.
3 t−6 4
Se não houve erro de contas, então [AB] e [CD] têm o mesmo declive se t = 0.
Vamos tirar a prova real. Fazendo t = 0 em D, temos
−3 − 5 −8 8 2×4 4
m[CD] = = = = = .
0−6 −6 6 2×3 3

b) Queremos agora determinar t de forma a que [AD] seja perpendicular a [BC]. A estratégia é muito
parecida com a anterior. Vamos calcular o declive de [BC], e depois achamos o declive das perpen-
dicualres a [BC] e igualamos ao declive de [AD]; nessa altura restará resolver a equação em ordem
a t.
Primeiro Cálculo dos declives de [AD] e [BC]. Pela fórmula geral temos
−3 − 3 −6
m[AD] = = .
t−1 t−1

10
5 − (−1) 6 3
m[BC] = = = .
6 − (−2) 8 4
Segundo Queremos o declive das perpendiculares a [BC]. Como m[BC] = 3/4, as perpendiculares
têm declive −4/3.
Terceiro Igualamos e resolvemos em ordem a t:
−1 −6 −4 22 11
m[AD] = ⇒ = ⇒ −18 = −4(t − 1) ⇒ −4t + 4 = −18 ⇒ t = = .
m[BC] t−1 3 4 2

Vamos agora fazer a prova real. Se t = 11/2, então


−6 −6 −12 −4
m[AD] = = 11−2 = = .
11/2 − 1 2
9 3

Como m[BC] = 34 , está provado que [AD] e [BC] são perpendiculares.


23 Pretende-se saber se certos pontos A, B e C são colineares. Para isto é preciso ver se os declives de [AB]
e de [BC] são iguais.
a) Sendo A(1, 2), B(4, 6) e C(−5, −6), temos
6−2 4
m[AB] = = .
4−1 3
−6 − 6 −12 3×4 4
m[BC] = = = = .
−5 − 4 −9 3×3 3
Está provado que os pontos são colineares.

Analogamente se resolveria o problema para A(0, −2), B(−1, −5) e C(4, 10).
b) Sendo A(−1, 2), B(0, 6) e C(c, −6), temos

6 − (−1) 7
m[AB] = = = 7.
0 − (−1) 1
−6 − 6 −12
m[BC] = = .
c−0 c
Como queremos que os pontos sejam colineares, é necessário que m[AB] = m[BC] . Portanto,

m[AB] = m[BC] ⇒ 7 = −12/c ⇒ c = −12/7.

Resta fazer a prova real. Sendo c = −12/7, temos


−12
m[BC] = −12 ⇒ m[BC] = 7,
7

como se queria.

Analogamente se resolve o problema para A(c, −2), B(−1, −c) e C(4, 10). Neste caso podemos
calcular os declives de [AC] e [BC], para os igualar seguidamente.

10 − (−2) 12
m[AC] = = .
4−c 4−c
10 − (−c) 10 + c
m[BC] = = .
4 − (−1) 5
Igualando temos
12 10 + c
m[AC] = m[BC] ⇒ = ⇒ (4 − c) × (10 + c) = 5 × 12 ⇒ 40 + 4c − 10c − c2 = 60.
4−c 5

11
Agora resta resolver a equação de segundo grau:

2 2 6± 36 − 80
40 + 4c − 10c − c = 60 ⇔ −c − 6c − 20 = 0 ⇔ c = .
−2
Como a raı́z é menor que zero, a equação não tem soluções reais pelo que não existe nenhum c nas
condições pedidas.
24 a) (i) Basta calcular o declive do segmento [AB], sendo A(0, 0) e B(11, 920):
920 − 0
= 920/11.
11 − 0

(ii) Trata-se de calcular o declive em cada um dos segmentos assinalados. É um exercı́cio análogo
aos muitos que já fizemos.
(iii) Consiste em verificar se o troço de maior declive (determinado analiticamente) é o [BC], dado
que na figura [BC] é o segmento com maior declive.
b) (i) O ponto de intersecção da linha com o eixo dos yy significa a bandeirada; o mı́nimo que é preciso
pagar para que a escavadora vá ao local.
(ii) O declive da linha calcula-se pelo método já largamente usado anteriormente (é o declive entre
os pontos A(0, 80) e os pontos B(12, 260). O declive dessa linha significa o custo efetivo da hora
de trabalho, ie, descontando a bandeirada, qual é o custo por hora.
c) Este exercı́cio é um pouco mais complexo e dado o atraso que já levamos na geometria, não valerá a
pena perder tempo com ele.

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