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PONTO DE VISTA

De Intérpretes e Interpretações

Margarida de Souza Neves

Recentemente os cariocas assistiram à enuada na barra da baía de


Guanabara da réplica da caravela de Cabral. Muitos se surpreender am ao vê-la,
convencidos que estavam de que a pol êmka embarcação havia naufragado em
mares baianos. Feita para integrar-se às festas oficiais em Porto Seguro, a nau
capitânia, simbolicamente, havia efetivamente naufragado. Após tentativas algo
bisonhas de lançar-se ao mar em tempo oportuno, terminou por tornar-se uma
espécie de nau dos insensatos a vagar pelo litoral brasileiro, símbolo às avessas
das comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil, quando estas,
em abril de 1999, foram consideradas assunto de esporte e turismo e entregues a
um sorridente ministro de Estado que acreditava ser prova de amor pátrio decorar
em verde e amarelo seu apartamento funcional de Brasília. .
A série de comemorações, oficiais e outras, do que se convenctonou
chamar os 500 anos do Brasil já foi objeto de um cuidadoso mapeamento no arugo

de Lucia Lippi Oliveira publicado neste número de Estudos Históricos dedicado


à reflexão sobre os muitos descobrimentos do Brasil. O que esre pomo de vista

Estudos Hislóriros, Rio de Janeiro, voL 14, nlJ 26, 2000, p. 293-299.

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pretende destacar é a importãncia e o significado de uma iniciativa que, longe da


pirotecnia dos festejos oficiais e dos relógios de gOSIO duvidoso com os quais a
rede Globo reafirmou seu lugar hegemônico nas capitais dos estados da federação,
certamente ficará como um marco de referência para o fUluro: a publicação dos
três volumes reunindo uma seleção de Intérpretes do Brasil. A coletãnea, organi­
zada por Silviano Santiago, que também assina o Prefácio da edição, encerra, por
sua trajetória como por seu conteúdo, um mapa muilO particular no qual, como
nos antigos portulanos, se cruzam coordenadas que definem perspectivas, per­
mitem o traçado de roteiros e situam descobrimentos e descobridores. Pro­
cedamos por partes e examinemos, primeiramente, a trajetória da edição.
Publicados com cuidado e competência pela Editora Nova Aguilar, os
três volumes escondem, discretamente, sua história editorial. Ainda que edilOres
e organizador se tenham esmerado em cautelas diplomáticas, é possível entrever,
aqui e ali, indícios - com a carga heurística que essa noção adquiriu a panir do
ensaio de Carlo Ginzburg (1989) - que deixam entrever os mares encapelados e
os dias de angustiante calmaria que os livros tiveram que enfrentar antes de
aportar nas mãos de seus lei!Ores.
Em primeiro lugar a Nota EdilOrial sugere, para os olhos mais experi­
mentados na leitura das entrelinhas, uma tensão no projelO de edição, simétrica
a uma inflexão na condução oficial das comemorações, ao aludir a um "momento
em que a comissão foi deslocada de ministério", o que implicou uma "ação
conjunta e rápida" de um ministro e de um diplomata para que a coleção fosse
efetivamente publicada, permitindo assim que a data fosse festejada "com algo
mais do que fogos de artifício" (p. XI). Com efeilO, se num primeiro momento
a ancoragem da Comissão N acionai para as Comemorações do V Centenário do
Descobrimento do Brasil (CNVC) no Ministério das Relações Exteriores pare­
cia assegurar uma perspectiva reflexiva ao lado dos festejos comemorativos,
através dos projetos que recebiam a chancela do embaixador Lauro Barbosa da
Silva, presidente da CNVC e da Comissão Bilateral que associava Brasil e
Portugal na celebração da data, a substituição da CNVC por um Comitê Execu­
tivo ligado ao Ministério do Esporte e Turismo chegou a ameaçar as iniciativas
de fôlego acadêmico ao hipertrofiar a face festeira das celebrações, mesmo no
caso desta coletânea, que ameaçou fazer água a despeilO do fato de contar, entre
os estudos de apresentação dos aUlOres selecionados, com um texlO do presi­
dente-sociólogo.
Isso explica o sentido de uma segunda e discretíssima pista: a autoridade
oficial que assina, no exercício do cargo público, uma mínima nota de 13 linhas
no início da edição é o ministro da Cultura, e não algum dos dois ministros então
titulares das pastas das Relações Exteriores ou do Esporte e Lazer, que se
sucederam no comando oficial da Comissão e do Comitê Executivo. As tensões

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na proa das comemorações parecem ter indicado ser mais prudente a escolha de
um terlÍus para imprimir o selo do governo nessa iniciativa edilOrial. O que pode
ser tanto mais expressivo quanlO mais nos lembrarmos da surpreendente ausên­
cia de um pronunciamento significativo do Ministério da Cultura durante as
comemorações oficiais.
Por fim, uma terceira pista se oferece através de um silêncio tão elegante
quanto eloqüente: no Prefácio, Silviano Santiago, a quem devemos o árduo
trabalho de organização e a pilotagem do projeto, oferece aos leitores um texto
acadêmico que, com a qualidade de forma e conteúdo característica de seus
escritos, situa o foco e o alcance da publicação, apresenta a equipe de especialistas
encarregada dos Estudos Introdutórios, bem como a dos que elaboraram os
- '.

preciosos Indices Onomásticos e de Idéias, e mesmo a editora que lOmou a seu


cargo a publicação. Nenhuma palavra no entanto é dita sobre a relaçao da
publicação com as esferas oficiais das celebrações do V Centenário, a não ser que
o leitor malévolo decida interpretar nessa clave a longa epígrafe de Braudel que
conclui com a frase "PortanlO, a priori, llldo deveria ser fácil. E nada funciona
facílmellle" (p. XIII).
Dificuldades da singradura à parte, a viagem da publicação dos três
volumes chegou a um feliz termo, e os livros se oferecem um continente a
(re)descobrir, enfatizando-se aqui, como sugere em contexto bem diverso Maria
Helena Rouanet (1992: 181), "a força do verbo", para além de sua associação com
a gesta fundadora do que somos ou acreditamos ser.

O que dizer, então, do conteúdo da coletânea? Antes de mais nada,


convém lembrar tratar-se de uma seleção. Como tal, ela atualiza e expressa o
dilema de toda escolha, que supõe sempre uma série ilimitada de renúncias. No
caso, mais do que indagar por que são aqueles dez ensaios e um único romance,
Vidas secas, e nao outros textos, os eleitos para "representar o melhor do pen­
samento brasileiro sobre o Brasil" (p. XLII), é importante empreender uma
tríplice operação que identifique os critérios de escolha, assinale o caráter
representativo da seleção feita e, finalmente, verifique a existência ou não de uma
explicitação do laivo arbitrário e forçosamente já interpretativo presente nessa
como em qualquer seleção, incluída, naturalmente, aquela que preside este pomo
de vista.
Os critérios de seleção estão expressos no Prefácio. E são esses critérios
que fornecem os elementos que põem em evidência a representatividade do
conjunto. Em primeiro lugar, sao textos, todos eles, escritos por brasileiros e
publicados depois dalllvellção do Brasil no século XIX. Mas sobretudo são livros
que podem ser considerados como clássicos do pensamento brasileiro. Preten­
dem constituir-se portanto no que Chartier (1994: 67-90) denominou lima
"biblioteca sem muros", que reúna "livros imprescindíveis de se possuir", um

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thesaurus brasileiro, por presentilicar a uropia da biblioteca de Alexandria de


"oferecer a todo indivíduo aquilo que poderia tornar mais potente o seu olhar
sobre si mesmo e sobre o mundo" (Chartier, 1999: 118), no caso, sobre o Brasil,
lugar em que fincamos os alicerces de nossa identidade.
Sempre será possível argüir que a seleção traz a marca indelével daqueles
que, corno metaleirores, assumiram para si o prazer e o ônus da escolha. Mas não
cabe dúvida que livros como O aboliciollismo de Nabuco; Retrato do Brasil, de
Paulo Prado; a trilogia em que Gilberto Freyre reúne sua Jmrodução à história da
sociedade patriarcal //0 Brasil; Raízes da Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda;
Fomlação do Brasil comemporálleo, de Caio Prado Jr.; Os sertões, de Euclides da
Cunha; A América Larúza, de Manoel Bonfim; as Populações meridiollais do Brasil,
de Oliveira Vianna; Vida e morte de U/II balldeirame, de Alcãntara Machado- talvez
a única surpresa da seleção feita ; A revoll/ção burgl/esa 110 Brasil, de Florestan
-

Fernandes, e Vidas secas, de Graciliano Ramos, ajudam a pensar o Brasil e


expressam alguns dos impasses e esperanças dos brasileiros.
São, todos eles, clássicos do Brasil, sempre relidos e sempre surpreenden­
temente novos, jamais indiferentes, seminais, trazendo em si a marca da li­
nhagem dos livros que não passam, porque, como já foi diro, "um clássico é um
livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer" e, como um antigo
talismã, revela segredos do nosso universo (Calvino, 1993: 11 e 13).
Um terceiro critério de seleção pode ser encontrado no final do Prefácio:
o desejo de urna escolha polifônica que permita ao leitor um diálogo com
diferentes perspectivas e latirudes analíticas, e o faça identificar no coro dessas
vozes do passado "roteiros para o presente", porque "todo relato é sempre uma
réplica, um diálogo que se estabelece com outros relatos" (Rouanet, 1999: 20 e
13). Não por outra razão Silviano Santiago faz o elenco dos distintos registros
dessas vozes, ao lembrar serem "duras" e "ásperas" as palavras de Nabuco e de
Euclides, "candentes" as de Manoel Bonfim, "desconcertantes" as de Alcãntara
Machado, "desiludida" a voz de Paulo Prado, "ríspida e erudita" a de Sérgio,
"doutrinária" a de Caio Prado, "macia e acolchoada" a de Gilberto, "educada pela
pedra", como a qualificou João Cabral de Melo Neto, a palavra de Graciliano,
'�pacífica" e "destemida" a de Florestan, todas elas "palavras de fogo", em
contraste e contraponto com outras "mais simpáticas e ternas com a colonização
portuguesa nos trópicos", como a voz de Oliveira Vianna (p. XLVIII).
Por fim, um quarto critério de seleção vem lembrado pela nota intro­
dutória do ministro Francisco Weffort: o do caráter pedagógico da coleção, que
visa a "permitir a esrudantes e pesquisadores uma melhor apreciação da formação
do Brasil".
Nesse sentido, são particularmente úteis algumas ferramentas de tra­
balho fornecidas através das bibliogralias compostas de obras dos autores-imér-

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pretes e sobre esses autores, que permiLirão aos leitores traçar seus próprios
roteiros para viagens mais longas, e dos preciosos índices remissivos, preparados
por Marília Rothier Cardoso, Ana Claudia Viegas e Ana Cristina Coutinbo
Viegas, à exceção dos relativos a Casa grallde e seuzala e Sobrados e mocambos, a
cargo de Edson Néri da Fonseca, instrumentos que o organizador reconhece
como sendo "trabalho de inteligência, paciência e minúcia" (p. XLIII) e que os
leitores saberão agradecer como ato de generosidade intelectual.
Entre essas ferramentas de trabalho destacam-se, sem dúvida, os Estudos
Introdutórios qne precedem cada um dos textos selecionados. Escritos por
historiadores e cientistas sociais (Francisco Iglésias, Laura Melo e Souza,
Ronaldo Vainfas, Maria Odila Leite da Silva Dias, Fernando Novais,José Murilo
de Carvalho e Fernando Henrique Cardoso) ou por críticos literários (Flora
Sussekind, Wander Melo Miranda, Roberto Ventura e Eduardo PoneUa), essas
Introduções, de ênfase biográfica, ou mais analíticas e críticas, se constituem em
cartas de marear para os que empreendem suas primeiras viagens por esses
oceanos do pensamento brasileiro, assim como para viajantes mais experimen­
tados. São textos de illlérpretes de IlIIérpretes, sempre qualificados para a tarefa, por
vezes iniciados no mundo dos letrados pelos autores analisados, como é o caso
de Maria Odila Leite da Silva Dias, discípula de Sérgio Buarque e autora do
estudo introdutório ao livro Raízes do Brasil, e de Fernando Henrique Cardoso,
comentador de Florestan Fernandes. Uma discreta e emocionada nota do coor­
denador lembra que um dos autores desses ensaios, Francisco Iglésias, vive agora
apenas em seus escritos, ou na memória e no carinho de todos os que tivemos o
privilégio de conhecê-lo.
Por fim, cabe assinalar que a seleção dos IlIIérpretes do Brasil realiza um
interessante e raro movimento de auto-relativizaçao de seu caráter canônico. Em
primeiro lugar, vários dos Estudos Introdutórios apontam outros autores e livros
como essenciais para interpretações do Brasil. Roberro Velllura (p. 171) cita Sil vio
Romero e Darcy Ribeiro como também pertencentes ao grupo de autores que
"traçaram amplos panoramas da sociedade e da cultura brasileiras". José Murilo
de Carvalho (p. 899) acrescenta os nomes de Vitor Nunes Leal, Nestor Duarte e
Nelson Werneck Sodré, e Fernando Novais (p. l. l 15) lembra o nome de Celso
Furtado como clássicos do pensamento social brasileiro.
Por sua vez, no Prefácio da coletânea, Silviano Santiago pontua sua
análise com referências a autores não incluídos na seleção, como José de Alencar,
Machado de Assis e Mario de Andrade, para cirar apenas alguns, e reconhece
que outras seleções podem e devem ser feiras, de modo a possibilitar coletâneas
de cronistas coloniais ou de interpretações não brasileiras sobre o Brasil, ou
ainda que elejam a clave estética no lugar da analítica para sua organização (p.
XLVIII).

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Citado nos Estudos Introdutórios de Roberto Ventura, Flora Sussekind,


Laura Melo e Souza, Ronaldo Vainfas, Wander Melo Miranda e Maria Odila
Leite da Silva Dias, e também no Prefácio de Silviano Santiago e em ao menos
uma das JllIerpretações do Brasil- a de Florestan Fernandes -, também Antonio
Cândido pode ser considerado, a juSto título, corno referência básica para intér­
pretes e interpretações do Brasil.
O que fica fora de dúvida é que a obra não tem a pretensão de ser a única
seleção possível de JllIérprews do Brasil, mas sim "urna coletânea de textos que
mostra corno é que pensamos e continuamos a pensar o Brasil" (p. XLII).
Organizada e cuidadosamente preparada por intelectuais que não abdi­
cam da convicção de que, quando "nos resta a palavra" - e em especial a palavra
escrita -, é possível "abrir os olhos e ver o rosto puro e terrível do que chamamos
pátria", corno queria o poeta Blas de Otero, a coleção tece, "nas malhas da letra"
(Santiago, 1989), o tecido com o qual será possível fabricar o velame para
empreender a aventura de nossos descobrimentos, já que, corno nos ensina De
Certeau (1990: 251), os leitores pertencem à linhagem dos viajantes.
Para que a coletânea cumpra os objetivos que propõe, é imprescindível,
em primeiro lugar, sua reedição, urna vez que a primeira ediçâo se esgotou
rapidamente. E seria de desejar urna edição mais modesta e menos dispendiosa,
que venha a permitir que os livros cheguem, efeuvamente, às mãos "de estudantes
e pesquisadores", corno deseja o ministro da Cultura, urna vez que estes, corno
sabemos todos, não se encontram entre as categorias mais abonadas de nossa
sociedade.

O que é certo é que a coleção Jlllérpreces do Brasil fornece rico arsenal de


leitura. E, se "o ato de ler, que resgata tantas vozes do passado, preserva-as às vezes
muito adiante no futuro, onde talvez possamos usá-Ias de forma corajosa e
inesperada" (Manguei, 1997: 83), esses livros se tornam parte essencial da
equipagem de quem saiba "que as águas do descobrimento até hoje nâo se
aquietaram" e que toda descoberta vive "da impossibilidade de emparelhar-se
com qualquer tipo de completeza" (Bornheim, 1998: 1 1 e 12).

Enquanto a réplica da caravela de Cabral vaga pela costa brasileira, longe


da nau dos insensatos iniciativas corno a da publicação de Imérpreles do Brasil e
a da realização da magnífica, ainda que volátil, Mostra do Redescobrimento que,
íntegra, só foi vista pelos que visitaram seus pavilhões no Parque do Ibirapuera,
em São Paulo, entre 23 de abril e 7 de setembro de 2000, ficarao corno monu­
mentos/documentos (Le Goff, 1984: 95) de um Brasil que não abre mâo do
direito de "fazer do pensar um exercício de alegria", corno propunha Carlos
Drummond de Andrade em crônica de 1981, e sabe que o descobrir é urna tarefa
recorrente.

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Referências bibliográficas

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Eilwudi. vol. I) de Janeiro, Nova Aguilar. 3 vaI.

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