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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

DEPARTAMENTO DE MÚSICA - ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Professora Orientadora: Cristiane Muller

Estagiários: João Guilherme S. Minatti

Vagner Titon

O Aprendizado musical através da percussiva.

Os sons percussivos são encontrados em quase todas as culturas do mundo e


existem desde antes de 6000 a.C. Eles tiveram associações cerimoniais, sagradas e
simbólicas. O primeiro tipo de instrumento de percussão foi qualquer coisa que tocando
produzisse som. A música percussiva foi usada por todas as grandes civilizações em
todo o mundo. Os instrumentos de percussão têm fortes associações cerimoniais,
sagradas ou simbólicas em quase todo o mundo. A música percussiva simboliza e
protege a realeza tribal em grande parte da África. Eles também foram usados para
transmitir mensagens por longas distâncias. Eles também desempenharam um papel
importante na Europa medieval e renascentista. Alguns ritmos e instrumentos
percussivos foram usados na guerra para enviar instruções codificadas aos soldados.

A música brasileira é composta pela mistura de diversos elementos culturais


europeus, africanos e indígenas. Suas tradições, danças, ritmos e instrumentos musicais
gerou no Brasil, uma enorme diversidade de gêneros e ritmos únicos que estão
vinculados com certas regiões e costumes distintos. Já inserido na cultura Brasileira, a
música percussiva e a variedade de ritmos, acompanha a vida das pessoas desde muito
cedo.
Um dos objetivos de trabalhar a música percussiva, é apresentar um mundo
musical forte no Brasil, vivida de forma muito sutil pelas crianças do nosso País.

A Rítmica não é um código rígido de ensino, mas um conjunto de


princípios norteadores da prática pedagógica a serem vividos com
inteireza: “A Rítmica, antes de mais nada, é uma experiência pessoal”
(JAQUES-DALCROZE, 1909, p. 66)
Levando em consideração os argumentos de DALCROZE a música percussiva é vivida,
precisa ser praticada para ser aprendida, os ritmos já estão inseridos nas crianças
brasileiras, a educação musical tem o intuito de tornar isto concreto e significativo. Este
objetivo pretende, além de proporcionar uma prática musical abrangente com relação
aos estilos rítmicos, mediar, respeitar e valorizar os diferentes gostos pela música.
As práticas musicais serão desenvolvidas a partir da formação de grupos de
percussão, devido à riqueza deste aspecto nos ritmos que serão trabalhados. Através
deste meio é possível proporcionar aos alunos uma grande possibilidade de exploração
sonora, por ser relativamente fácil executar um instrumento de percussão do que um
instrumento melódico e/ou harmônico. Também será proposto a leitura de partitura
analógica, inserindo as crianças em um mundo não só pratica, mas também teórico.

A notação musical analógica, como o nome indica, baseia-se na


analogia entre propriedades do campo auditivo e do visual. Alto,
baixo, horizontal, vertical, contorno, proporção e outras são
qualidades compartilhadas por esses dois domínios perceptivos
(Schafer, 1997, p. 176).

A atuação dentro de um grupo de percussão por si só, incentiva a interação entre


os alunos e com o professor, assim desenvolvendo suas habilidades interpessoais junto
com a aprendizagem musical que por parte, também é adquirida através destas diversas
interações. A construção, em grupo, de um repertório contendo diversos gêneros e
estilos brasileiros será o resultado de um grande processo de mediação cultural
envolvendo diversos aspectos musicais e sociais, respeitando as diferenças culturais e
incentivando a apreciação da música e de outros meios artístico envolvidos.

BIBLIOGRAFIA:

BOZON, M. Práticas musicais e classes sociais: estrutura de um campo local. Em


Pauta, Porto Alegre, v. 11, n. 16/17, 2000.
GOHN, Daniel M. Auto-aprendizagem musical: alternativas tecnológicas. São Paulo:
Annablume / Fapesp, 2003.

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