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Cap 1 – INTRODUÇÃO

1. O que é um mineral?

• Material sólido
Deve ter sido originado de um processo natural (exclui sintéticos e de origem
animal)

• De ocorrência natural
Exclui gases e líquidos (vapor de água e água, mercúrio). Nos sólidos há uma
posição fixa para os átomos (gelo)

• Com arranjo atômico altamente ordenado


Indica uma estrutura interna de átomos (ou íons) arranjados em um padrão
geométrico regular e repetitivo, sendo o mesmo critério para definir sólidos
cristalinos, logo pode-se afirmar que os minerais são cristalinos.
Sólidos que não possuem arranjo atômico ordenados são chamados de amorfos,
exemplo: vidro vulcânico (obsidiana), limonita (mistura de óxidos de ferro
hidratados).

Obs.: Em alguns casos a forma cristalina do mineral pode ser destruída por elementos
radioativos nele contido, podendo danificar a estrutura cristalina e levar a perda da sua
ordem atômica interna.

• Composição química homogênica e definida (mas não necessariamente fixa)


Ou seja, pode ocorrer variação dentro de certos limites, e com isso, a composição do
mineral pode ser expressa por uma fórmula química específica. Todavia, a maioria
dos minerais não possui sua composição bem definida, e a quantidade dos elementos
químicos podem variar amplamente, isto é, não possuem composição fixa mas varia
dentro de limites. Ex.: dolomita pura CaMg(CO3)2, mas como em sua maioria não
ocorre como um carbonato puro de Ca-Mg, mas contem consideráveis quantidades
de Fe e Mn. Sendo assim Ca(Mg, Fe, Mn)(CO3)2 Ca:Mg:CO3 1:1:2
Como visto, a razões atômicas gerais da formula permanecem as mesma (definida)
mesmo quando existe uma certa faixa de variação na composição química
(composição química não é fixa).
▪ Homogêneo; significa que o mineral mantêm a mesma composição por todo o seu
volume independente do local amostrado.

• Processos inorgânicos (exclui origem animal/vegetal)


Minerais biogênicos; Formados por organismos. Ex.: concha das ostra e pérola –
CaCO3.
Biomineralização; É o estido dos processos pelos quais os organismos produzem
minerais.
▪ Mineralóides;Substãncias que possuem algum critério de mineral, mas não
apresentam ordem interna dentro de uma grande faixa de variação. Ex.: Vidro
vulcânico (obsidiana), fulguritos (quando o calor de um raio atinge uma rocha ou
solo, pode fundi-lo, produzindo vidro), Opala (SiO2.nH2O) – foi originalmente
considerada sem nenhuma estrutura interna (amorfa)

Os minerais são produtos do complexo processo terrestre, mas ocorrem em outros planetas e astros.
Sendo a chave para a compreender sua origem, evolução e comportamento do planeta e sistema
solar.

Rocha; É um agregado de minerais coerente, consolidado e de ocorrência natural

2. Disciplinas da Ciência dos Minerais

• Mineralogia descritiva; É a medida e o registro das propriedades físicas que ajudam a


descrever e identificar um mineral.
• Cristalografia; É o ramo que diz respeito ao arranjo atômico dos materiais sólidos
• Ocorrência geológica; Corresponde ao contexto geológico no qual o mineral é
encontrado e as associações características que ele tem com outros minerais, chamado de
paragênese.

3. Nomeando minerais
Os minerais são normalmente classificados de acordo com o constituinte químico
principal, seja um ânion (óxidos, sulfetos e halogeneto) ou complexo aniônico (silicatos,
carbonatos e fosfatos). Isso é conveniente porque a maioria dos minerais contém
somente um ânion principal. Com isso, a descrição e identificação de novos minerais
requer definição química e estrutura cristalina.

Cap 2 – PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS


As propriedades físicas dos minerais são resultado de sua composição interna,
especificamente de sua estrutura e composição química. Pelo fato dessas propriedades serem
características de cada tipo de mineral, diferentes amostras de uma mesma espécie devem
apresentar propriedades físicas semelhantes, as quais podem ser utilizadas para identificá-las.

O primeiro passo para identificar e estudar minerais é a inspeção visual da amostra de mão.
1. Propriedades de acordo com a aparência
1.1) Forma cristalina
1.2) Hábito
2. Interação com a luz
2.1) Brilho
2.2) cor
2.3) cor de traço
2.4) luminescência
3. Propriedades mecânicas
3.1) dureza
3.2) tenacidade
3.3) clivagem
3.4) fratura
3.5) partição
4. Massa
4.1) peso específico
4.2) densidade relativa
5. Magnetismo
6. Radioatividade
7. Reatividade a ácido

Cristais; Minerais quando são bem desenvolvidos, possuindo superfícies planas e lisas que
assumem formas geométricas, quando sua aparência externa assume uma forma geométrica regular,
ela é referida como forma cristalina. Podendo ser utilizada como propriedade física diagnóstica,
pois a forma externa é a expressão da organização interna do arranjo atômico ordenado.

Hábito do mineral; É a forma geral de um mineral que também inclui irregularidades devido ao
crescimento. A maioria dos cristais naturais tende a ser malformados, de modo que formas
geométricas bem definidas são raras.

A qualidade do desenvolvimento dos planos externos/ faces é descrita por três termos:

• Euédrico; Descreve um mineral completamente delimitado por faces cristalinas (bem


formado)

• Subédrico; Descreve um cristal ou grão mineral parcialmente delimitado por faces


cristalinas e parcialmente por superfícies irregulares.

• Anédrico; Descreve um mineral que carece de faces cristalinas e que pode exibir superfícies
arredondadas ou irregulares

Essas qualidades são um reflexo do espaço que estava disponível para o cristal durante o tempo de
seu crescimento. Caso não exista interferência de outros minerais enquanto o mineral esta
crescendo, então ele pode ser euédrico.

Minerais que são intercrescidos, por exemplo, em rochas, tendem a ser agregados de muitos grãos
pequenos, com cristais variando de euédrico a anédrico. Tais ocorrências são tradicionalmente
descritas pelos termos que se relacionam a sua aparência geral, ou morfologia.

TABELA: Termos utilizados para descrever o hábito de cristais ou agregados de cristais


• Maciço - um espécime mineral carecendo totalmente de faces cristalinas, frequentemente
encontrado em minerais finamente granulados.
• Granular- grãos minerais de tamanho aproximadamente igual. O termo é principalmente
aplicado a minerais cujo tamanho de grão varia de 2 a 1 Omm. Se os grãos individuais são
maiores, o agregado é descrito como granular grosso; se são menores, ele é granular fino.
• Compacto- um espécime de granulação tão fina que os grãos individuais não são óbvios aos
olhos (como na caulinita)
• Lamelar- um espécime formado de estampas, como as tolhas em um livro (como na grafita.
Molibdenita.
• Micáceo- um mineral que se separa facilmente em placas finas (como na mica).
• Laminar- cristais individuais (ou grãos) que são achatados, cristais alongados (como na
cianita. Estibinita).
• Fibroso- grãos ou fibras muito finos, com aspecto de filamento flexível (como no crisotilo).
• Acicular- um mineral com forma de agulha; do radical latino acicula, significando agulha
(como na sillimanita).
• Radiado- um mineral no qual os grãos aciculares irradiam de um ponto central (como na
wavellita e goethita).
• Dendrítico- um mineral exibindo um padrão ramificado como uma samambaia; do radical
grego déndron. significando árvore, como nos óxidos de manganês.
• Bandeado- um agregado de minerais no qual um mineral individual pode mostrar
bandeamento fino e grosseiramente paralelo (como na malaquita bandeada). ou no qual um
ou mais grãos minerais formam um intercrescimento finamente bandeado {como no chert e
na hematita em formações ferríferas bandeadas).
• Concêntrico- quando as bandas ou faixas são arranjadas concentricamente ao redor de um
ou mais centros (como nas ágatas).
• Botrioide*- quando um mineral aparece como um cacho de uvas; do radical grego bóthion,
significando cacho ou agrupamento de uvas. Formas botrioides são comuns na smithsonita,
calcedônia e prehnita.
• Globular- uma superfície feita de pequenas esferas ou globos (como na smithsonita).
• Estalactítico- formado de pequenas estalatictas, que tem formas cônicas ou cilíndricas como
é comum no teto de cavernas; da palavra grega stalaktós. significando gotejamento.
• Geodo- uma cavidade de rocha forrada com matéria mineral, mas não completamente
forrada. Geados podem ser bandeados. como nas ágatas, contendo uma porção central
preenchida com cristais euédricos projetando-se para o espaço aberto.
• Oolítico- um espécime formado de oólitos, que são pequenos corpos acrescionários
arredondados ou ovais e assemelhando- se com ova de peixe; da palavra grega oón,
significando ovo. Essa aparência é comum em alguns espécimes ricos em ferro. formados
por hematita. conhecidos como minério de ferro oolítico.
• Pisolítico- formado de grãos do tamanho de ervilhas; da palavra grega písos, significando
ervilha; tendo uma textura similar. àquela de um agregado oolítico, mas com o tamanho de
grão algo mais grosso. Bauxita. a maior fonte de minério de alumínio, é comumente
pisolítica.
P
PPP
PROPRIEDADES BASEADAS NA INTERAÇÃO COM A LUZ
As propriedades brilho, cor, traço, luminescência relacionam-se como a luz interage com um
mineral. A luz pode ser espalhada, refletida, transmitida ou absorvida. A magnitude relativa desses
processos controla como nós percebemos, nos minerais, as propriedades relacionadas a luz. Como o
brilho, cor, traço são facilmente observados, em alguns casos, podem ser usados como propriedades
diagnósticas.
Os minerais são comumente descritos de acordo com a quantidade de luz que podem
transmitir, ou diafaneidade (transparência), significa a quantidade de luz transmitida por um
mineral.
• Transparente; Um mineral que transmite luz e através do qual um objeto pode ser visto.
Quartzo e calcita são comumente transparentes, assim como a ulexita.
• Translúcido; Um mineral capaz de transmitir a luz difusamente, mas não sendo transparente.
Embora esse tipo de mineral permita que a luz seja transmitida, ele não irá mostrar a forma
de um objeto visto através dele. Como é o caso de algumas variedades de gipsitas.
• Opaco; Minerais que são impenetráveis a luz visível, mesmo suas bordas finas. Como é o
caso da maioria dos minerais opacos.

➔ Brilho
Descreve a aparência geral da superfície de um mineral sob a luz refletida. Existe dois tipos
distintos de brilho:
• Metálico; É uma superfície metálica polida, tal como a aparência do cromo, aço, cobre e
ouro. São minerais que refletem a luz como metais, e são opacos a luz transmitida.
• Não metálico; Apresentado por minerais que transmitem a luz, ao menos através de suas
bordas. Esse brilho varia grandeamente em aparência, desde uma superfície vítria polida até
uma aparência terrosa embaçada.

OBS: Minerais com brilho intermediário são denominados submetálicos.


TABELA 2.2 Termos utilizados para descrever o brilho de minerais não metálicos
• Adamantino- parece ter o brilho de um diamante; da palavra grega adamas. significando
diamante. É o brilho vivo apresentado por alguns minerais que também têm o índice de
retração alto e. assim, retratam a luz fortemente, como o diamante. Outros exemplos são
algumas granadas e o carbonato de chumbo, cerussita.
• Vítreo- parece uma peça polida de vidro (como no quartzo, e na esmeralda).
• Resinoso- parece uma peça de resina (como na esfarelita).
• Perolado- parece uma madrepérola com um brilho iridescente. É característico de
superfícies minerais que são paralelas a planos de clivagem bem desenvolvidos {como no
talco e na apofilita).
• Untuoso* - mostra- se como se estivesse coberto com uma fina camada de óleo (como em
alguns quartzos leitosos e nefelinas). Esse brilho resulta do espalhamento da luz por uma
superfície microscopicamente áspera {ver halita).
• Sedoso- mostra-se como uma meada de seda ou peça de cetim (como na gipsita fibrosa).
Esse brilho é característico de alguns minerais em agregados fibrosos.
• Terroso- mostra-se embaçado (como no solo). É característico de agregados materiais de
granulação muito tina (como na goethita e na limonita).

➔ Cor
É uma pro propriedade facilmente observada, sendo característica diagnóstica para alguns
minerais e serve como uma propriedade distintiva. Em alguns minerais a cor é amplamente variável
e não é confiável como propriedade diagnóstica. Todavia, quando o elemento química causador da
cor é essencial ao mineral, a cor pode ser usada como ferramenta diagnóstica, pois esse possui uma
cor constante; como é o caso de minerais não metálicos como o enxofre (amarelo), malaquita
(verde), azurita (azul), rodonita e rodocrosita (róseo-avermelhado a róseo) e turquesa (azul-
esverdeado a verde-avermalhado).
Essa é uma propriedade que esta diretamente relacionada com a química e a estrutura dos
minerais.
Para a maioria dos minerais com brilho metálico, a cor vária pouco e, em uma superfície
recém-quebrada, ela é diagnostica. Todavia, muitos desse minerais, com o tempo, tornam-se
manchados, embaçando sua cor de alguns minerais e mudando a cor de outros.
Ex.: - Galena; Que tem uma cor cinzenta do chumbo, azulada, brilhante numa superfície recém-
exposta e torna-se um cinzento com a exposição ao ar
- Bornita; Tem uma cor castanha do bronze quando recém-exposta, mas quando manchada, mostra
iridescência metálica púrpura e azul. Essa mancha diagnóstica dão a bornita seu apelido, minério
pavão
Para minerais com brilho metálico, é importante ter uma superfície recém-exposta para comparar
com a cor de uma superfície mais manchada.

Por outro lado, muitos minerais com brilho não metálico há variação de cor. Para muitos
deles a cor torna-se uma característica útil, mas comumente não uma propriedade diagnóstica. Em
sua maioria, todavia, há uma variação limitada de cores.
Ex.: - Membros da série do feldspato plagioclásio; variam de quase branco (albita) até cinzento-
claro a cizento-escuro (anortita).
- Granadas comuns; variam de tonalidades de vermelho a vermelho-amarronzado a morron.
- Membros do grupo do piroxênios; variam de quase branco a verde-claro (diopsídio) até
verde-escuro (henderbegita) a quase preto (augita).
Além disse, muitos minerais mostram um espectro completo de cores, como:
- Turmalina (transparente, róseo, azul, verde, amarelo, marrom e preto. Um caso interessante éa
turmalina melancia, que exibe zonas de cor em um único cristal, é róseo e circundado por
bordas incolores e esverdeadas

Similarmente, algumas gemas como o córíndon (transparente, amarelo, laranja, vermelho, verde,
azul, púrpura), berilo (vermelho, verde), quartzo e várias outras, ocorre em várias cores. As gemas
recebem nomes variados como safira (coríndon azul) ou rubi (corndon vermelho), refletindo sua
cor.

➔ Traço
É a cor do mineral finamente pulverizado em uma porcelana branca não vitrificada,
chamada de placa de traço. O traço é comumente uma propriedade diagnóstica, todavia, se o
mineral possuir a dureza maior que a placa de traço (ao redor de 7), ele irá risca-la, deixando um pó
branco. O traço de um mineral permanece constante, mesmo se diferentes espécies de um mesmo
mineral possuem cores diferentes.
Ex.: - Hematita cinzenta e hemalita oolítica vermelha, tem o traço vermelho-acastanhado.

O traço é uma propriedade bastante útil para a indentificação de minerais metálicos, já que
seus traços são comumente coloridos. Ja os minerais com brilho não metálico, sua maioria, terá
traço esbranquiçado, mesmo que eles sejam coloridos. Isto é, a cor do traço e a do mineral não
precisam se iguais.
Ex.: - Cor da pirita é dourada, já o traço é preto-esverdeado.
- Esfarelita varia de cor entre preto-acastanhado-escuro a castanho-claro do mel, mas sempre
apresenta um traço amarelo-claro.

➔ Jogo de cores
A interferência de luz sobre a superfície quanto no interior de um mineral pode produzir
uma série de cores, conforme muda o ângulo de incidência. Os lampejos (flashes) brilhantes de cor
variada contra um fundo branco ou preto, são denominados jogo de cores. Fenômeno causado por
difração de luz a partir de feições estreitamente espaçadas, tais como em esferas empacotadas
(como no caso da opala) ou lamelas finas (como no plagioclásio) dentro do mineral.
Na opala, a difusão é causada por uma arranjo tridimensional regular de esferas de mesmo tamanho
da sílica amorfa (SiO2) empacotadas juntas em um domínio e cimentadas juntas por sílica amorfa
contendo quantidades variadas de água. Os domínios de orientação variável agem como grade de
difração para a luz branca e converte a luz em seu espectro de cores.

Um jogo de cores também pode ser resultado da difração e reflexão da luz por fraturas
estreitamente espaçadas, planos de clivagem, lamelas de geminação, lamelas de exsolução ou
inclusões exóticas em orientação paralela.
Algumas espécies de plagioclásio mostram cores espetaculares variando de azul a verde ou
amarelo e vermelho que mudam como função da espessura dos pares de lamelas. Essa iridescência,
também é denominada labradorescência, e é o resultado do espalhamento de luz por lamelas de
exsolução muito finas. Outras variedades de plagioclásio brancas podem ter o jogo de cores azuis,
como a pedra-da-lua.
Um outro tipo de iridescência que se assemelha a produzida por filmes finos de óleo, é
quando a luz reflete em filmes finos de superfícies, esses são produzidos por oxidação ou alteração
do mineral, visto mais comumente em minerais metálicos, particularmente, hematita, bornita,
limonita e esfarelita.

➔ Chatoyance e asterismo
Alguns minerais apresentam aparência sedosa quando observados a luz refletida. Resultado
de fibras paralelas ou arranjo paralelo de inclusões ou cavidades estreitamente empacotados.
Quando o mineral exibe uma banda de luz em ângulo reto em relação ao comprimento da
fibra, ou a direção das inclusões, isso é denominado chatoyance. Algumas gemas são cortadas e
polidas especialmente para exibir tais características. Como o olho-de-gato, variedade gemológica
do crisoberilo, e o olho-de-tigre, quando contem fibras diminutas de anfibólio.
Em alguns cristais as inclusões podem ser arranjadas em três direções a 120° uma da outra,
exibindo uma estrela de seis pontas, fenômeno visto no rubi-estrela, safira e granadas; denominado
de asterismo, resultado do espalhamento da luz a partir de pequenas inclusões de minerais
adequadamente orientadas em três direções.

➔ Luminescência
Os minerais também podem emitir luz que não seja resultado direto da incandescência.
Luminescência é o fenômeno que resulta da absorção, por parte do material, de uma forma de
energia (térmica, mecânica, eletromagnética) e sua posterior emissão como luz visível.

• Fluorescência e fosforescência
O mineral fluorescente emite luz (luminescência) no espectro visível da luz durante sua
exposição a luz ultravioleta (UV), raio X ou raios catódicos. Se a luminescência continua depois
que os raios exitantes forem interrompidos, o mineral é dito fosforescente. A diferença entre os dois
fenômenos é o tempo que a luz continua a ser emitida pelo mineral.
A fluorescência esta associada a íons de metais de transição que comportam-se como
ativadores efetivos. Alguns minerais variam sua capacidade de absorver luz UV a um dado
comprimento de onda. Nem todas as espécies de um mineral irão exibir fluorescência, mesmo que
sejam da mesma localidade. Como é o caso das fluoritas, que sua usual fluorescência azul resulta da
presença de matéria orgânica ou íons de terra-raras na estrutura dos minerais. Minerais como:
scheelita, willemita, calcita, escapolita e diamante; comumente mostram fluorescência.
Como um UV portátil, pode-se detectar a noite scheelita em um afloramento em subsolo. A
Eucriptita um minério de lítio, sob luz branca é facilmente confundido com quartzo, mas sob luz
UV pode ser facilmente distinguível pela sua fluorecência rosa-salmão.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Clivagem, fratura, partição e dureza, refletem a intensidade das forças internas que unem os
átomos individuais, ou seja, a força das ligações. Propriedades de clivagem, fratura e partição é a
resposta de um material cristalino a uma força externa, quando essa força é aplicada o mineral fica
sob tensão. Se a estrutura interna é deformada devido a tensão, dizemos que passou por
deformação, minerais rompem quando excedem toda sua capacidade de resistência.

➔ Clivagem
É a tendência dos minerais de romperem-se ao longo de planos paralelos. Ocorre
porque o mineral tem ligações mais fracas para unir os átomos em certas direções específicas,
rompendo-se perfeitamente ao longo dessa direção.
Tal característica pode ser facilmente evidenciada nas micas e grafita, onde a união é forte
dentro de cada estampa mas entre elas muito mais fraca, então rompem-se.
A clivagem é uma excelente propriedade diagnóstica.
A clivagem pode ser classificada tanto a facilidade do mineral de romper-se quanto a
perfeição da superfície rompida. São elas:
- Clivagem perfeita; O mineral fratura-se facilmente e a superfície resultante é plana
e reflete a luz como as micas.
- Clivagem boa; Superfícies de clivagem menos contínuas e pode haver algumas
irregularidades.
- Clivagem má; Difícil de ver, as superfícies de clivagens não são bem
desenvolvidas, como no berilo ou na apatita.
- Clivagem regular; reflete propriedades entre boa e má
Em alguns minerais a clivagem é ausente, como nos quartzos.

Para se descrever a clivagem, deve-se identificar o número de direções de clivagem. Um


método alternativo é identificar a direção cristalográfica ao londo da qual a clivagem ocorre, que
relaciona-se com a simetria. A clivagem é sempre consistente com a simetria de uma forma
cristalina.
Ex.: - cubo; 6 lados, 3 conjuntos de duas faces paralelas, isto é, essa 3 direções são direções de
clivagem em minerais de simetria cubica.
- dodecaedro rõmbico; 12 lados, 6 conjuntos de faces paralelas, que dividido por 2 equivale
a 6 direções de clivagem

➔ Partição
É similar a clivagem, visto que o mineral rompe-se ao longo de planos específicos de
fraqueza na estrutura. Todavia, tais superfícies de partição geralmente apresentam descontinuidades
que não são suaves, pois embora a fraqueza da estrutura interna seja paralelas a certos planos
específicos do mineral, ela não é uniforme, isso porque a fraqueza pode resultar de pressão externa
ou defeitos internos. A partição diferente da clivagem não é observada em todas os espécimes do
msm mineral, mas apenas por aqueles que tenham sido submetidos a pressão apropriada, msm
assim existe um limitado número de planos em uma dada direção, ao longo dos quais o mineral irá
se romper.
Ex.: partição romboédrica do córidon e partição basal do piroxênios
Partição basal, ocorre paralela a “base” de um mineral.

➔ Fratura
Em algumas estruturas cristalinas, a força das ligações é aproximadamente igual em todas as
direções e o rompimento desses minerais não segue uma direção particular. Quando o rompimento
do mineral não ocorre ao longo de superfícies de clivagem ou partição, é denominado fratura.
Padrões de fratura podem ser distintivos e diagnósticos na identificação de minerais.
Os padrões de fratura são nominados conforme suas aparências.
Ex.: - Fratura concoidal; Assemelha-se a superfície do interior de uma concha, comumente
observadas em vidro e quartzos.
- Fratura fibrosa ou estilhaçada; Resulta em peças que se mostram fibrosas ou em estilhaços.
- Fratura serrilhada; Produz aresta recortada e afiada.
- Fratura desigual ou irregular; Produz superfícies rugosas e irregulares.

➔ Dureza
É a resistência que uma superfície lisa de um mineral oferece ao ser riscada. A dureza é determinada
observando se a superfície do mineral é riscada por outro mineral de dureza conhecida, como:
outros minerais, lima, conivete... Essa propriedade esta associada com a força das ligações. A
dureza é a resposta de uma estrutura cristalina a tensão SEM RUPTURA (clivagem, partição e
fratura).
A resistência geral da estrutura cristalina resulta de uma composição de todos os seus tipos
de ligação, enquanto a dureza dessa mesma estrutura é uma expressão de suas ligações mais fracas.
- Escala de dureza de Mohs
1. Talco
2. Gipsita
3. Calcita
4. Fluorita
5. Apatita
6. Ortoclásio
7. Quartzo
8. Topázio
9. Coríndon
10. Diamante

Determinação da dureza de um mineral


1. Verificar que a marca feita em um mineral pelo outro é permanente, não apagável (processo
geralmente ocorre em minerais moles)
2. As superfícies de alguns minerais são frequentemente alteradas , por isso, deve-se utilizar
uma superfície recente para teste
3. A natureza física de um mineral pode impedir a determinação correta da dureza (mineral
granular, pulverulento ou estilhaçado), pois podem ser rompidos e aparentemente riscados
por um mineral mais mole que o próprio. O ideal é tentar reverter o processo, fazendo A
riscar B e B riscar A, para confirmar.

Dureza é uma propriedade vetorial e alguns minerais mostram graus diferentes de dureza
dependendo da direção na qual são riscados, como é o caso da cianita e calcita
Como não há uma relação geral entre dureza e a composição química, pode-se fazer as
seguintes generalizações.
1. A maioria dos minerais hidratados são relativamente moles (D<5)
2. Haletos, carbonatos, sulfatos e fosfatos são relativamente moles (D<5)
3. A maioria dos sulfetos são relativamente moles (D<5), com a pirita sendo uma exceção
(D~6 a 6,5).
4. A maioria dos óxidos anidros e silicatos são duros (D>5,5).

➔ Tenacidade
A resistência de um mineral a romper-se ou deformar-se ou sua coesão, é chamada de
tenacidade. Essa propriedade relaciona-se a suas ligações internas.

Essa propriedade pode ser útil especialmente para a identificação de minerais metálicos, todavia,
para determina-se essa propriedade, frequentemente, a amostra é destruída.

PROPRIEDADES RELACIONADAS À MASSA


➔ Massa específica e densidade relativa
A massa específica (p) de um mineral, é definido por:
p = m/v unidades: g/cm³ ou Kg/m³
Densidade relativa (d) é um número que expressa a razão entre o peso de uma substância e o
peso de um volume igual de água a 4ºC (1,0 g/cm³)
d = p/p H2O
Como é a razão de densidades, não há unidades.
Ou seja, se um mineral tem d=2, significa que pesa 2x o msm volume da água.
Tal propriedade é frequentemente importante para ajudar na identificação mineral, e muito útil
particularmente quando se esta ligado com cristais muito finos ou gemais, já que não danifica a
amostra.

A densidade relativa de uma substância cristalina depende de sua composição química e do


empacotamento dos átomos em sua estrutura cristalina. Com isso, em minerais de estruturas
idênticas, o mineral composto de elementos de maior peso atômico terá, em geral, maior massa
específica e densidade relativa. Além disso, quanto mais empacotado os átomos maior será a
densidade relativa e a massa específica, isso é observados em compostos que possuem a msm
composição, como o caso do grafite e do diamante (formado a mais altas pressões).

➔ Densidade relativa média


Uma noção de peso relativo do mineral adquirida por seu levantamento com a mão.
Para realizar tal medição, o mineral deve ser homogêneo, puro e compacto, sem nenhuma
fenda ou cavidade na qual bolhas ou filmes de ar possam ser aprisionados.
Pode-se usar, também, líquidos de densidades diferentes para determinar a densidade de um
mineral ou separá-los.

OUTRAS PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS

➔ Magnetismo
Poucos minerais apresentam magnetismo, sendo essa uma propriedade importante tanto para
a geologia, pois registra o campo magnético da Terra, quanto para diagnosticá-los.
Quando um mineral não apresenta propriedades magnéticas é chamado de diamagnético,
quando podem ser atraídos por um campo magnético enquanto esse estiver presente são
paramagnéticos. Já os minerais magneticamente ativos são ferromagnéticos, como exemplo temos a
magnetita.
Minerais fortemente magnéticos, irão atrair fortemente um ímã, como a magnetita. Se for de
um magnetismo mais fraco, ele irá atrair o ímã, mas não fortemente como a pirrotita.

➔ Radioatividade
Minerais que contem elementos radioativos como urânio e Tório, sofrem continuamente
decaimento e liberam energia na forma de partículas alfa, beta e radiação gama; formando ainda,
vários elementos filhos. Um contador de radiação é útil para a identificação desses elementos.
Ex.: Uraninita, pechblenda, torianita e autunita.

➔ Solubilidade em ácidos
Alguns minerais sofrem reação com ácido clorídrico diluído. Como o caso dos carbonatos
que podem ser identificados pela reação:
CaCO3 + 2H+ ~ Ca+2 + CO2 (gas) + H2O

Produzindo a efervescência características.


Ex.: Calcita, aragonita, witherita, estroncionita, carbonatos de Cu – reagem com HCl diluído
Outros carbonatos como; dolomita, rodocrosita, magnesita e siderita – reagem com HCl quente

➔ Testes sensoriais
- Odor; muitas vezes é útil. Ex.: Enxofre, cheira como um gás produzido por ovo podre;
Argilo-mierais; frequentemente, cheiram a terra molhada
- Paladar; Ex.: Halita, NaCl, sal de rocha. Silvita, Kcl, gosto salgado e amargo
- Tato; minerais que possuem o tato “untoso”, como EX.: molibdenita, grafita e talco

PROPRIEDADES ELÉTRICAS (USO INDUSTRIAL)


➔ Piezoletricidade
Quando um mineral submetido a pressão dirigida, adquiri uma carga elétrica, tornando-se
positivamente carregados em um lado e negativamente carregados de outro. Ex.: quartzo e
turmalina.
➔ Piroeletricidade
Quando um mineral aquecido pode desenvolver carga elétrica. O calor distorce-o
deslocando mutualmente entre si as cargas positivas e negativas, não sendo direcional. Somente
minerais que possuem direção cristalográfica polar, podem ter tal propriedade. Ex.: Turmalina.

CAP 3 – ELEMENTOS DE QUÍMICA CRISTALINA

Como os minerais são formados de elementos químicos combinando-se de diversas


maneiras para produzir uma vasta variedade de minerais, que são os blocos formadores da Terra. É
essencial a compreensão dos aspectos básicos da química para entender seus comportamentos e
propriedades, fornecendo assim, informações.
Número atômico (z) = p = e
Massa atômica = protons + neutrons
- isotopos Ex.: do hidrogênio
- isotonos
- isobaros
- isoeletrônicos

Para identificar a posição de um eléteon no espaço tridimensional, necessita de 3 números


quanticos:
1 – nº quãntico principal (n)
2 – nº quântico azimutal ou forma orbital (l)
3 – nº quântico magnético (m)

1) Reflete os néveis de energia de um átomo. Sendo assim, quanto maior o n, maior é a energia
média dos níveis pertencentes a camada
n=1, camada K

2)Determina a forma da região no qual o eletron se movimenta, ou seja, a forma do orbital.


S, p, d e f
3) Restringe a orientação e a forma de cada tipo de orbital. Possui valores inteiros que variam de -l a
+l, de forma que o número de orbitais dentro de um subnível seja 2l +1

4) Define o sentido do giro do elétron no espaço. Esse só pode girar em dois sentidos +1/2 e -1/2

Princípio de exclusão de Pauli, diz que dois eléteons em um átomo não podem ter o msm número
quântico

Tais aspectos básicos dos elementos químicos controlam as estruturas dos minerais e explicam
muitas de suas propriedades físicas. E também são importantes para entender as ligações químicas e
a a variedade química dos minerais.

Elétrons externos, os elétrons de valência, são os elétrons disponíveis para as ligações


químicas. Que levam a combinação dos átomos para formar sólidos cristalinos.
Elementos químicos de carácter similares, possuem, em geral, comportamento similar.
Devido a isso, podem ser encontrados ocupando sítios cristalográficos similares nas estruturas dos
minerais, resultando em comportamento mineral semelhante.

Coluna = grupos = famílias


linhas = períodos

A tabela é organizada em ordem crescente de Z porque assim exibe melhor o arranjo periódico das
propriedades físicas e químicas dos elementos

metais – alta condutividade elétrica, térmica, brilho metálico e, geralmente, apresentam altos pontos
de fusão, ductilidade e maleabilidade

➔ Raio atômico
O raio atômico individuais é considerado a metade do comprimento da logação
É dado pela distância na qual as forças de repulsão (força eletrostática) são contrabalanceados pelas
forças de atração constituindo o comprimento da ligação para o par de íons
Dada pela Lei de Coulomb:
Todavia, o raio iônico de um íon pode não ser constante de uma estrutura cristalina para outra, isso
é devido a possíveis mudanças no tipo de ligação e no número de coordenação (N.C. = nº de
vizinhos mais próximos que circundam um determinado átomo ou íon em uma estrutura).

Raio iônico do cátion – menor que o raio mertalico para o msm elemento, resultado da perda de um
ou mais elétrons, logo, redução do tamanho geral da nuvem eletrônica
Raio iônico do ânion – como ganham elétrons são maiores que o átomo neutron correspondente
Enquanto o raio iônico geralmente aumenta com o aumento de Z, nos íons trivalentes dos
elementos lantanídeos há a diminuição dos raios com o aumento de Z, do La+3 (Z=57), fenômeno
conhecido como contração dos lantanídeos, que é resultado do aumento da carga nuclear e do fraco
“efeito protetor” dessa carga positiva, pelos e- internos do subnível 4f, e uma crescente atração é
exercida pelos e- externos do subnível 5s, 5p e 5d, aproximando-os firmemente, causando uma
diminuição do raio iônico. Para íons positivos com a msm estrutura eletrônica, os raios diminuem
com o aumento da carga
Além da variação no tamanho em função do nº de coordenação e do tipo de ligação, pode-se
haver também consideraveis mudanças na forma de alguns átomos e íons. Como não são corpos
rígidos, mas respondem a força elétrica externa por dilatação e deformação. Um maior nº de íons
vizinhos tende a distender o íon central em função do aumento do NC. Esses efeitos são
coletivamente chamados de polarização, e possuem importância considerável na estrutura
cristalina. Quanto maior a polarização entre dois íons vizinhos, mais a densidade eletrônica será
localizada entre os dois núcleos e mais covalente será a ligação entre eles.

➔ Íon
São átomos carregados, positivamente (cátions) ou negativamente (ânions). Existem
diversas maneiras de transformar um átomo em um íon, tais como, calor, luz ou troca de elétrons
com outro átomo.
A carga no íon é chamada valência ou estado de oxidação. Os e- na camada mais externa
são os elétrons de valência, quando um e- é perdido ou ganhado na configuração eletrônica, forma-
se os íons. Nesses processos, uma certa quantidade de energia é envolvida para essa transformação,
a energia necessária para remover um e- de valência de um átomo neutron, é chamada primeiro
potencial de ionização.
3º PI > 2º PI > 1º PI
Os valores 1° PI aumentam com o aumento do º atômico dentro de cada período. Esse
aumento coincide com o progressivo preenchimento dos orbitais eletrônicos e expressa a relutância
dos átomos em perder e- dos orbitais que estão completamente preenchidos. Além disso é mais
dificil remover e-'s emparelhados. Sendo assim, os ee-'s tendem a perder somento os e-'s de
valência, que reside nos orbitais não preenchidos
Os elementos da tabela periódica podem ser divididos em dois grupos, os que possuem
tendências a doar e- (metais) e os que possuem tendência receber (não metais)

➔ Forças de ligação nos cristais


Os e-'s de valência são os que sofrem pertubações por trazerem outros átomos para suas
proximidades. Por consequência, esses são os e-'s envolvidos nas ligações, ou seja, que combinam
elementos químicos para formar a estrutura dos minerais. Isto é, uma ligação química é o resultado
da redistribuição de e-'s que conduz a uma configuração eletrônica mais estável (mais baixa) entre
dois ou mais átomos, formando uma liação. Sendo assim, a força de atração que une os átomos nos
minerais são de natureza elétrica, pois são formadas pela distribuição de cargas + e -, e seu tipo e
intensidade são os responsáveis pelas propriedades físicas e químicas dos minerais, como: dureza,
clivagem, fusibilidade, condutividade elétrica e térmica, compressibilidade e coeficiente de
expansão térmica. Em geral, quanto mais forte a média das ligações, mais duro o cristal.
Todos os átomos possuem tendências a atingir a configuração de um gás nobre porque
camadas de valência completamente preenchidas são quase completamente inertes, sendo essa a
configuração de mais baixa energia e mais estável, os elementos fazem isso perdendo ou ganhando
elétrons ou os compartilhando, por meio de ligações químicas.

• Ligação iônica
Quando um ou mais e-'s na camada de valência são transferidos de modo que a troca entre
os átomos fazam-o atingir configuração de um gás nobre. É a atração entre íons de cargas ipostas,
formando uma ligação iônica (ou eletrostática), é o resultado da troca de elétrons de um átomo de
um metal (cátion) para um átomo de um não metal (ânion).
A energia da ligação iônica, depende de dois fatores: 1) o espaço centro-a-centro entre os
íons e 2) O produto de suas cargas. Sendo assim, a medida que a distância (devido ao tamanho do
ânion) aumenta, a força da ligação diminui (como é visto pelo ponto de fusão, quantidade
necessária para se quebrar esta ligações) em função do aumento das distâncias interiônicas nestes
compostos.
As ligações que unem íons mais altamente carregados são mais fortes, oq revela a
magnitude do efeito da carga de valência
As propriedades conferidas ao cristal pelos seus elementos constituintes são as propriedades
dos íons, não dos elementos
Cristais ligados ionicamente, em geral, apresentam dureza e densidades moderadas e tem PF
não muito altos, são fortes quando tensionados, porém, fracos quando clivados ou cisalhados
(fenômeno de deformação ao qual um corpo está sujeito quando as forças que sobre ele
agem provocam um deslocamento em planos diferentes, mantendo o volume constante. ).
Quando as ligações são quebradas, é difícil recompo-las, podendo ser recompostas dissolvendo o
sólido iônico ou aquecendo o suficiente para excitar os elétrons de valência. São maus condutores
de eletricidade e calor, condutividade elétrica, que é resultado da estabilidade dos íons, que não
ganham nem perdem eletrons facilmente.
Como a carga elétrica que constitui a ligação iônica é uniformemente distribuida sobre o
íon, o cátion tenderá a cercar-se de tantos ânions quantos possam caber ao seu redor. Isso significa,
que a ligação iônica é não direcional e a simetria dos cristais resultantes é geralmente alta.

• Ligação metálica
Nesse tipo de ligação só elétrons de valência não apresentam afinidade com nenhim núcleo
particular e são livres para derivar através da estrutura ou menos inteiramente fora dela, sem romper
o mecanismo de ligação. A força atrativa entre o núcleo carregado positivamente com os seus
orbitais eletrônicos preenchidos (porêm sem e-'s de valência) e a nuvem (ou mar) de e-'s negativos
que mantem a estrutura cristalina desse tipo de ligação, com isso, há uma denssa nuvem de e-'s de
valência móveis e sem posição fixa. Podendo percorrer toda a estrutura cristalina.
Neste tipo de ligação, os e-'s são fracamente presos e tem energias similares, como
consequência, em vez de doarem e-'s para um átomo específico os e-'s são redistribuidos e
compartilhados por todos os átomos porque eles são livres para se mover com pouca restrições de
energia.
Essas restrições de energia e a propriedades dos metais delas resultantes são explicadas pela teoria
das bandas de energia. Se existe um espaçamento infinito entre átomos idênticos em um cristal, os
níveis de energia dos e-'s em cada subnível e orbital são idênticos e discretos. Mas, a medida que a
distância diminui, os átomos mais próximo interagem, porém, como dois e-'s não podem ter o
mesmo nível de energia (Princípio de Exclusão de Pauli), por consequência, a energia que separa os
discretos orbitais ligantes diminuem com s diminuição da distância entre os orbitais atômicos,
resultando em uma série de orbitais moleculares com epsçamento muito próximos que constitui
uma continua energia, isso constitui muitos orbitais eletrônicos que se interpenetram, esse espectro
contínuo de energia é chamado de bandas.
Ex.: Mg isolado, orbital eletrônico mais externo: 3s², sendo assim, todos os níveis de energia estão
ocupados.
Já quando o Mg influencia um ao outro, os orbitais 3p que de outro modo estariam vagos tornam-se
disposíveis e os e-'s do orbital 3s movem-se para os níveis de energia abertos da banda 3p. Isso
permite que os e-'s migrem facilmente através de todo o cristal.
Nos cristais metálicos, os e-'s ocupam tanto uma banda parcialmente preenchida como uma
banda preenchida que se sobrepõe a uma banda vazia. A banda/orbitais na qual os e-'s migram, é
chamada de banda de condução (Ex.: orbital 3p do Mg). A banda que fornece o e- é a banda de
valência (Ex.: orbital 3s do Mg). Uma barreira de energia ou lacuna de energia se forma entre os
subníveis mais internos e a banda mais externas, eliminando a contribuição dos e-'s destas camadas.
Quando a diferença entre os orbitais preenchidos e a banda vazia mais baixa é grande demais para
que os e-'s possam pular para a banda de condução, o material é um isolante e não conduz
eletricidade. Quando a diferença em energia entre a banda preenchida está um pouco abaixo, mas
não sobrepõe a banda vazia, o material é semicondutor.
Muitos desses estados de baixa energia encontram-se no intervalo de luz visível. Desse
modo, em objetos metálicos a luz é imediatamente absorvida assim que o e-'s passa para um estado
excitado. O continuum dos estados eletrônicos não ocupados disponíveis resulta em um continuum
de energias de fótons absorvidas e, portanto, o metal é opaco. Quando o elétron volta ao estado
original, um fóton é emitido, e a reflexão é observada. Assim, os metais possuem brilho metálico.
Os metais devem a sua alta plasticidade, tenacidade, ductilidade e condutividade elétrica,
bem como a baixa dureza e brilho metálico, as ligações metálicas

Como são constituídos por átomos esféricos em uma nuvem de e-'s, os átomos tem
empacotamentos apertados e a força da ligação é aproximadamente igual em todas as direções.
Além disso, o empacotamento apertado dos átomos esféricos origina o arranjo denso e resulta na
alta densidade da maioria dos metais. Quando martelado, ele tende a deformar em vez de quebrar,
porque os átomos rolam uns sobre os outros sem estabelecimento de forças eletrostaticas repulsivas,
sendo essa propriedade atômica responsável pelo comportamento físico dos metais sob tensão.
Alguns metais terão ainda outras propriedades distintivas.
Entre os minerais, somente os metais nativos apresentam ligações puramente metálicas (Ex.:
ouro, prata, cobre). Entretanto, existem ligações híbridas (mistas) entre as metálicas e outros tipos,
os sulfetos, como a pirita, possuem ligação parcialmente metálica que originam o seu brilho
metálico característico.

• Ligações covalentes

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