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LAB.

CIRCUITOS ELÉTRICOS II

MÓDULO 1
EXPERIÊNCIA Nº01- RESPOSTA EM FREQUÊNCIA:RL E RC

Objetivo: estudo de circuitos RL e RC, variantes na freqüência.

Teoria: Circuito RL
.
VR
.
I R
Figura . r
1 Vr .
.
V . VB
Impedância: VL jXL

Z  ( R  r )  jX L  ( R  r )  j 2f .L

Em módulo: Z  ( R  r ) 2  (2fL) 2

Z
XL
Z

R r
f'
(R  r) 2 R+r
2L

R+r XL = R + r
f = 0  indutor em
curto
f’ f corrente
Defasagem: contínua
XL 2fL
  arctg  arctg
Rr Rr


2

f
Simulação no Pspice
Seguir os seguintes passos:
1)Desenhar o circuito no schematics, não esquecendo do terra
:Draw,Get new part,GND Earth. Usar a fonte VSIN, com os seguintes
parâmetros: AC=1; Voff=0; Vampli=10; f=60. Não é necessário colocar
as unidades.
2)Corrigir os valores dos resistores e da indutância.
3)Dar 3 control R para rotacionar os componentes colocados na
vertical.
4)Analysis Set up:é neste comando que fazemos com que o PSPICE
saiba qual variável deve ser colocada no eixo x,se fosse varredura em
VDC ,seria DC sweep, se fosse no tempo (s) seria no Transientes , no
nosso caso como o eixo x deve ser de freqüência,devemos colocar o AC
sweep.
5)Prencher os parâmetros no AC sweep conforme segue: Década ou
Oitava, nunca linear pois trabalharemos com freqüência altas.
6)Pontos por década pode ser deixado =101
7)Freq inicial=0.1 , nunca zero ,pois não existe log de zero.
8)Freq final =6K ou mais
9) Fechar tudo e Analysis Simulate.Fazendo isso aparecerá a tela do
PROBE , que é local gráfico do PSPICE.
10)Construição dos gráficos : para construir Z versus freq ,devemos
pedir no Trace add V1V1/I R1,pois tensão da fonte dividido pela
corrente do circuito terá como resultado a impedância total do circuito
com a grandeza 0hms(Ω) e o ângulo ,em graus (°) será conseguido
usando a seguinte equação: arc tg
((2*pi*frequency*500m)/478.6)*(180/pi).
Maiores detalhes serão esclarecidos na aula.

Circuito RC
.
VR

. .
V Figura - jXC VC
Impedância 2

1
Z  R  jX C  R  j
2fC

2
 1 
Em módulo:
Z  R  
2

 2fC 

XC  R R
Z
1 
f  XC
2RC Z

f = 0  capacitor
R aberto
corrente
f
contínua
XC 1
Defasagem:
  arctg  arctg
R 2fRC

XC
arctg 
R

f


2

Material Utilizado:

 Módulo DE BOBINA
 Resistor de fio 390 
 Capacitor 100 F/25 VCC
 Multimetro digital
 Painel de conexões
 G.A.

Procedimento Experimental:

Parte 1:

Considerar o circuito da figura 1, alimentado com um gerador de


ondas senoidais.
a) Medir com um multímetro a resistência R e a resistência interna r
da bobina, calculando assim o valor de RT.
b) Para diferentes valores da freqüência f, medir as tensões V, VR E VB
com o auxílio de um multímetro digital, anotando as medidas
efetuadas na tabela 1.
Tabela 1

f VR VB V I=VR/R Z=V/I ZB=VB/I X L  Z 2  RT2 


(Hz) (Volt) (Volt) (Volt) (A) () () () (rad/°
)

c) Construir os gráficos de Z, ZB, XL e  em função da freqüência f. Do


gráfico de XL em função de f ,obter a indutância L da bobina.

Parte 2:
Consideremos agora o circuito da figura 2, alimentado com um
gerador de ondas senoidais.
a) Medir com um multímetro a resistência R do circuito.
b) Medir as tensões VR, VC e V para diferentes valores da freqüência f,
anotando os valores encontrados na tabela 2.

Tabela 2
f VR VC V I=VR/R Z=V/I XC  Z 2  R2 1/XC 
(Hz) (Volt) (Volt) (Volt) (A) () () ( ) (rad/°
)

c) Construir os gráficos de Z, XC, 1/XC e  em função da frequência f. Do


gráfico de 1/XC em função de f, obter a capacitância C do capacitor.
EXPERIÊNCIA Nº02- FILTROS PASSA ALTA E PASSA BAIXA
Objetivo: Estudo de um circuito RC, nas configurações filtro passa -
alta e passa - baixa.
Resumo Teórico:
Dentro dos filtros passivos, encontramos o filtro passa-baixa e o
filtro passa-alta. O filtro passa-baixa é constituído por um circuito RC-
série, onde a tensão de saída é a do capacitor. Esse circuito é visto na
figura 1.

Ve C Vs

Figura 1 - filtro passa-


baixa
Para ondas senoidais de freqüências baixas, a reatância
capacitiva assume valores altos em comparação com o valor
resistência, dessa maneira, a tensão de saída será praticamente igual à
tensão de entrada. Para freqüências altas, a reatância capacitiva
assume valores baixos em comparação com o valor da resistência,
atenuando a tensão de saída para um valor praticamente nulo. Dessa
maneira, o filtro permite a passagem de sinais de freqüências baixas,
sendo por isso denominado filtro passa-baixa.
Para uma determinada freqüência, quanto a reatância capacitiva
for igual à resistência, teremos a tensão de saída igual à tensão no
resistor, que somadas, vetorialmente, resulta na tensão de entrada.
Dessa maneira, podemos escrever:

Ve  VR2  VC2
onde: VR  VC  VS  Ve  VS2  VS2

Ve  2.VS2
Ve
Ve  VS 2
VS 
ou 2

Essa freqüência, onde temos a situação acima descrita, é


denominada freqüência de corte (fc) e pode ser determinada,
igualando-se o valor da reatância com o valor da resistência:

1
1
R fc 
XC  R ou
2 . f c .C  2 .R.C
A característica da tensão de saída em função da frequência de
um filtro passa-baixa é vista na figura 2.

Vs
Ve
Ve
2

fc f

Fig. 2 - Característica da tensão de saída de um filtro passa- BAIXA


BBBBBBBBBBBBBBbaixa

Construindo o diagrama vetorial do circuito da figura 1,


podemos através deste, determinar a defasagem entre a tensão de
saída e a tensão de entrada, através da relação trigonométrica:
cos  VS VE . Este diagrama é visto na figura 3.
VR

VE
VC = VS

Figura 3 - Diagrama vetorial de um filtro passa-


baixa
Como em baixas freqüências VS = VE, temos que: cos  1 , portanto
  0 . Para altas freqüências VS  0 e cos  0 , portanto   90 . Na

freqüência de corte, VS  Ve 2 , e cos  I 2 , portanto   45  .

A curva da defasagem em função da freqüência é vista na figura


4.

90

45

fc f
Figura 4 - Característica de defasagem de um filtro passa-baixa

O filtro passa-alta é constituído pelo mesmo circuito RC-série,


somente que, neste caso, a tensão de saída é a obtida pelo resistor. Esse
circuito é visto na figura 5.
C

Ve R Vs

Figura 5 - filtro passa-alta

Para ondas senoidais, de frequências altas, a reatância capacitiva


assume valores baixos em comparação com o valor da resistência,
dessa maneira a tensão de saída será praticamente igual a tensão de
entrada. Para frequências baixas, a reatância capacitiva assume valores
altos em comparação com o valor da resistência, atenuando a tensão
de saída para um valor praticamente nulo. Dessa maneira, o filtro
permite a passagem de sinais de frequências altas, sendo por isso
denominado filtro passa-alta.

Da mesma forma que no filtro passa-baixa, na frequência de


corte, onde a reatância capacitiva é igual à resistência, a tensão de
saída será dada por:

Ve
Vs 
2
A característica da tensão de saída, em função da frequência de
um filtro passa-alta, é vista na figura 6.
VS

Ve
Ve
2

fc f

Figura 6 - Característica da tensão de saída de um filtro passa-baixa


Construindo o diagrama vetorial, podemos através deste,
determinar a defasagem entre a tensão de saída e a tensão de entrada,
através da relação trigonométrica: cos  Vs Ve . Este diagrama é visto
na figura 7.

VR = VS

VC
VE

Figura 7 - Diagrama vetorial de um filtro passa-alta

Em baixas frequências:, Vs  0 cos  0 e


  90

Em altas frequências: Vs  Ve , cos  1 e   0


Ve
Vs  cos 
1
Na frequência de corte: 2 , e
2
  45
A curva da defasagem, em função da frequência, é vista na figura
8.

90

45

fc f
Figura 8 - Característica de defasagem de um filtro passa-baixa

Material Utilizado:

 Osciloscópio

 Painel de conexões

 1 capacitor de 0,1 F

 1 resistor de 2,2 K

 1 G.A.

Procedimento Experimental:
- Parte 1: Monte o circuito da figura 9. Ajuste o gerador de sinais
H

R
V

2
Vpp ~ C Vs

Figura 9
para 2 Vpp, onda senoidal. Varie a frequência do gerador, conforme
a tabela 1.

F(Hz) Vspp Vsef ÂNGULO DE


DEFASAGEM

200

600

1000

1400

1800

2200

2600

3000

Tabela 1

- Parte 2: Monte o circuito da figura 10. Ajuste o gerador de sinais


para 2Vpp, onda senoidal.
H

C
V

2
Vpp ~ R Vs

Figura 10

Repita o procedimento anterior, preenchendo a tabela 2.

F(Hz) Vspp Vsef ÂNGULO DE


DEFASAGEM

200

600

1000

1400

1800

2200

2600

3000

Tabela 2

Questões:
1-) Calcule o valor eficaz das tensões de saída e o ângulo de defasagem,
preenchendo as tabelas 1 e 2.

2-) Construa os gráficos de Vsef = f (f) e  = f (f) com os valores


obtidos nas tabelas 1 e 2.

3-) Calcule a frequência de corte para os circuitos montados,


indicando-a nos gráficos da questão 2.

4-) Explique porque nos circuitos da parte prática, com a varredura


ligada, o osciloscópio mede a tensão de saída, e com ela desligada mede
o ângulo de defasagem.

5-) Calcule a tensão de saída do filtro passa-alta da figura 11, na


frequência de corte, numa frequência 10 vezes menor e em outra 10
vezes maior.

0,047
F

12 Vef
~ 33 K

Figura 11
EXPERIÊNCIA Nº03- RESPOSTA EM FREQUÊNCIA:
CIRCUITOS RLC - RESSONÂNCIA
Objetivo: Estudo de um circuito RLC, na variação da freqüência.
Resumo Teórico:
1) Circuito RLC Série
Consideremos o circuito representado na figura 1, alimentado
com uma fonte de tensão senoidal de frequência variável (gerador de
áudio).
.
VR
.
R I

. .
V jL VL

A -j /
impedância C
. do
circuito é: VC

figura
1
j
Z  R  jL 
C

1
Z  R  j (L  )  R  j( X C  X L )
C
onde XL - XC = X é a reatância total do circuito.
Portanto:
1
Z  R  jX  R  j (L  ) (1)
C
O módulo da impedância é:
1 2 1 2
Z  R 2  X 2  R 2  (L  )  R 2  (2fL  ) (2)
C 2fC
A defasagem entre V e I é o argumento de Z , logo:
1
2fL 
X 2fC
  arctg ( )  arctg ( ) (3)
R R
Representando-se Z em função da frequência obtém-se:
Z

A B
R 2

As R curvas
XL

XC

f1 f f2 f
r
Figura
2
tracejadas representam as reatâncias indutiva e capacitiva em função
da frequência.
1
A admitância do circuito será: Y   , ou em módulo:
Z

1 1
Y   (4)
Z 1 2
R  (2fL 
2
)
2fC
Representando-se Y em função de f vem:
Y

1
R

1 A B
R 2

Analisando-s
Se XL = XC na
f1 f f2 f
r
Figura
3
1 1
2f r L  ou f r2 
2f r C 4 2 LC
Portanto:
1
fr  (5)
2 LC
ou
1
r 
LC
Na ressonância a impedância é mínima e igual à resistência R do
circuito, isto é, o circuito se comporta como resistivo.
Em resumo:
Se 0  f  fr temos X  0, ou seja, XC  XL e - 90     0, logo o
circuito é capacitivo.
Se f = fr temos X = 0, isto é, XL = XC e  = 0, logo o crcuito é
resistivo.
Se f  fr temos X  0, ou seja, XL  XC e 0    90 , logo o
circuito é indutivo.
Representando-se a equação (3) em função de f obtém-se:

/
2
indutiv
o

0 f f
r

-/ capacitiv
2 o
1.2) Fator
de figura
4
qualidade e banda passante
Nos gráficos das figuras 2 e 3 o intervalo AB de freqüências,
cujo limite inferior é f1 e o limite superior é f2, é denominado banda
passante ou largura de faixa. As freqüências f1 e f2 são aquelas para as
quais a impedância do circuito é igual à R 2 e a admitância é 1/ R 2 .
Demonstra-se que:
fr  f1  f 2 (6)
O fator de qualidade na ressonância exprime a relação entre a
reatância indutiva ou capacitiva e a resistência do circuito, assim:

X L 2f r L 1 L
Q0    (7)
R R R C
Demonstra-se também que:
fr
Q0  (8)
f 2  f1
Os conceitos de banda passante e fator de qualidade são muito
utilizados no estudo de circuitos sintonizadores em rádio e televisão.
1.3) Circuito RLC paralelo
Seja o circuito da figura 5, alimentado com fonte senoidal de
freqüência variável:
.
I
. . .
IR IL IC
. R jL
V - j / C

figura
5
admitância do circuito será:
1 1 1 1 j
Y       jC
R jL  j R L
C
ou

1 1 1 1
Y   j (C  )   j (2fC  ) (9)
R L R 2fL
1 1 1 1
 G é a admitância do circuito e C   BC e   BL são,
R XC L X L
respectivamente, a susceptância capacitiva e a susceptância indutiva
do circuito. Portanto:
Y  G  j ( BC  BL )  G  jB , onde:
B  BC  BL é a susceptância total do circuito.
O módulo da admitância é
1 1 2
 (2fC 
Y  G 2  B 2  G 2  ( BC  BL )2  ) (10)
R 2
2fL
A defasagem entre a corrente I e a tensão V é o argumento de
Y e exprime-se da seguinte forma:
1
2fC 
B 2fL
    arctg ( )  arctg ( ) (11)
G 1
R
Se representarmos a admitância Y em função da freqüência,
obtemos:

1
Ou representando-se
A a impedância Z  B obtém-se:
G 2 Y

Z
G1
R
R

R0 A B
f1 f f2 f
2 r
Figura
6

A
nalisand 0 f1 f f2 f
o-se os r

gráficos Figura
das 7
figuras 6 e 7 concluímos que também existe uma freqüência de
ressonância fr que corresponde à mínima admitância ou máxima
impedância, ou ainda, quando as susceptâncias BC e BL se igualam.
Calculando-se a freqüência de ressonância obtém-se o mesmo
resultado encontrado para o circuito RLC série, ou seja:

1
fr 
2 LC
Aqui também valem os conceitos de banda passante e fator de
qualidade.
Neste caso o fator de qualidade na ressonância é o inverso do
fator de qualidade do circuito RLC série, isto é:

R R R
Q0    (12)
X Lr  r L 2f r L
A banda passante AB é o intervalo de frequências cujos extremos são
2 R
as frequências nas quais Y  G 2  ou Z  .
R 2
Concluindo:
- Se 0  f  fr temos B  0, ou seja, BL  BC e - 90     0, isto é, o
circuito é indutivo.
- Se f = fr temos B = 0, ou seja, BL = BC e  = 0, logo o circuito é
resistivo.
- Se f  fr temos B  0, isto é, BC  BL e 0    90 , portanto o
circuito é capacitivo.
Representando agora a defasagem  em função da frequência:

´

/
2) 1a 2 Parte

0 f f
r

-/
2

figura
8
Experimental.
2.1) Montar o circuito abaixo esquematizado, para o qual R = R' + r é
a resistência total, sendo r a resistência da bobina utilizada. Determine
o valor de R. A fonte de alimentação é a constituída por um
gerador de sinais de áudio, senoidais.
A R’ I B

VR’ L
2.2 ) VB
V
VC r

Determine a
E D
C
figura 9
freqüência de ressonância fr do circuito. Para tal, ligue a entrada
vertical de um osciloscópio entre os pontos B e E. Variando-se a
freqüência do gerador acha-se a freqüência de ressonância quando a
amplitude do sinal na tela do osciloscópio é mínima, pois na
ressonância a tensão no indutor é igual e oposta à tensão no capacitor.

2.3) Depois de determinada a frequência de ressonância fr, passe a


variar novamente a frequência do gerador e para cada frequência meça
as tensões: V, VR,VB e VC, utilizando um voltímetro eletrônico. Anote as
medidas na tabela 1.
F V VR VB VC I  VR Z  V Y  1 Z  VB X L  Z B2  r 2 X  VC
' 
' B C
R I Z I I

(Hz) (V) (V) (V) (V) (A) () (U) () () () (rad)

tabela 1
2.4) Construir os gráficos de Z, Y e  em função da freqüência.
X L  XC
Lembrar que   arctg ( ).
R
2.5) Dos dois primeiros gráficos acima mencionados, obter a
freqüência de ressonância, a banda passante AB e as freqüências
extremas f1 e f2. Calcular o fator de qualidade na ressonância, do
circuito.

3) 2a Parte Experimental.

3.1) Montar agora o circuito abaixo esquematizado, que também


deve ser alimentado com um gerador de sinais de áudio, senoidais.
Determine as resistências R' e R, anotando os valores.

A R’ I B

VR’ L
V V’ R C
r

E D

figura
3.2) 10 ressonância do circuito. Ligar a
Determine a freqüência de
entrada vertical do osciloscópio entre os pontos B e D e variar a
freqüência do gerador até que se obtenha uma amplitude máxima de
sinal na tela do osciloscópio. A freqüência correspondente a esse
máximo de amplitude é a freqüência de ressonância, pois nessas
condições a impedância é máxima e consequentemente é máxima a
tensão V'.
3.3) Variando-se novamente a frequência, medem-se para cada
frequência as tensões VR' e V', anotando-se os resultados na tabela 2.

F VR' V' I
VR '
Z
V'
Y 
1
R' I Z
(KHz) (V) (V) (A) () (U)
tabela 2
3.4) Construir os gráficos de Z e Y em função da freqüência.
3.5) Dos gráficos obter a freqüência de ressonância do circuito, a
banda passante e as freqüências extremas f1 e f2. Calcular o fator de
qualidade na ressonância.

Material Utilizado:
2 resistores de 220 
 1 módulo de carga número 3
 1 capacitor 100 F
 1 painel de conexões
 2 multímetro digital
 1 osciloscópio digital
 1 gerador de áudio

EXPERIÊNCIA Nº04- QUADRIPOLOS

Objetivo: estudo dos quadripolos passivos e parâmetros característicos.

Teoria: denomina-se quadripolos os componentes de um circuito elétrico


munido de quatro terminais de ligação conforme figura 1 abaixo:

Figura 1
V1 V2
Os dois terminais da esquerda constituem um dos acessos do quadripolo
denominado entrada e os terminais da direita constituem o outro acesso
denominado saída. Em geral na entrada é ligada uma fonte de excitação e
na saída uma carga.
V1 e I1 são respectivamente a tensão e corrente da entrada e V2 e I2 as de
saída, obedecendo a convenção indicada na figura 1.

O modelo de quadripolo só pode ser aplicado a circuitos nos quais:


 A energia armazenada é nula;
 Não existem fontes independentes;
 Não existem ligações entre as portas de entrada e de saída.

Teorema da Reciprocidade – Quadripolos Passivos


 Aplicando A na entrada ,teremos B na saída
 Aplicando B na saída , teremos A na entrada

Somente duas das quatro variáveis V!, V2, I1 e I2 associadas a um


quadripolo são independentes: deste modo, basta um sistema de duas
equações para descrever o circuito. Os coeficientes das variáveis nas
equações que descrevem um quadripolo são chamados de parâmetros.
Existem seis formas distintas de combinar quatro variáveis. Podem ser
definidos, então seis tipos de parâmetros: A, B, G, H, Z e Y. Analisaremos
apenas os parâmetros Z, Y e H.

Um quadripolo obedecendo as especificações acima descritas, ficará


perfeitamente caracterizado mediante um grupo de quatro parâmetros.
Esses parâmetros permitem relacionar entre si as tensões e corrente no
quadripolo, isto é, eles constituem os coeficientes das Equações
Características do quadripolo, nas quais as variáveis são V!, V2, I1 e I2.

Cada grupo de quatro parâmetros característicos de um quadripolo,


constitui uma matriz que será uma matriz característica do quadripolo.
1.Estudo dos parâmetros Z:
" Impedância em circuito aberto " que permite exprimir as tensões no
quadripolo em função das correntes:
V1 = Z11 I1 + Z12 I2 (1)

V2 = Z21 I1 + Z22 I2 (2)

Ou na forma matricial:
V1 Z11 Z12 I1
= .
V1 Z21 Z22 I2 Onde: Z11, Z12, Z21, Z22 são
as impedâncias em circuito
aberto e a matriz:
Z11 Z12
Z=
É denominada matriz impedância em circuito
Z21 Z22
aberto, pois para encontrá-los fazemos I1=0
ou I2=0
O circuito equivalente do circuito interno do quadripolo (Circuito T),
representado pelos parâmetros Z é visto abaixo na fig.3.
Para obter-se esses parâmetros deve-se prosseguir da seguinte
maneira:

a) Manter a saída em aberto e ligar à entrada uma fonte, medindo-se


V1 , V2 e I1 nesta condições, onde I2 = 0. ( conforme figura 2 abaixo )
I2 =
I 0
+ 1
E
Figura 2 - V1 V2
Assim das r
equações (1) e
(2) fazendo-se I2 = 0, vem:
b) Manter a entrada em aberto e ligar a saída uma fonte, medindo-se
V1, V2 e I2 , com I1 = 0 neste caso. (conforme figura 3 abaixo )

I1 = I
Figura 3 0 2 +
E
V1 V2 -
r

Dessa forma,
fazendo-se I1 = 0 nas equações 1 e 2 vem:

2.Estudo dos parâmetros Y:




"Admitância em curto-circuito " que permitem exprimir as
correntes no quadripolo em função das tensões:

I1 = Y11 V1 + Y12 V2
I2 = Y21 V1 + Y22 V2

Ou na forma matricial:

I Y11 Y12 V1
1
= .
I Y21 Y22 V2
2 Onde:
Y11 , Y12 , Y21 e Y22 são as admitâncias em curto-circuito e a matriz:
Y11 Y12
É denominado matriz admitância em curto-
Y = circuito.
Y21 Y22
Para obter-se esses parâmetros deve-se proceder da seguinte forma:
a) Liga-se a fonte na entrada do quadripolo e coloca-se sua saída em
curto-circuito, medindo-se assim V1, I1 e I2, sendo neste caso V2 = 0. (
Conforme figura 4 abaixo )

I I
Figura 4 + 1 2
E
- V1 V2 =0
r
Fazendo-se V2 = 0 nas equações (3) e (4) obtém-se:
𝐼1 𝐼2
𝑌11 = [ ] 𝑌21 = [ ]
𝑉1 𝑉1

b) Liga-se a fonte na saída do quadripolo e coloca-se sua entrada em


curto-circuito, medindo-se então V2, I2 e I1, sendo V1 = 0 nesta
situação. (conforme figura 5 abaixo)

I I
1 2 +
E
Figura 5 V1 =0 V2 -
r

Com V1 =0
nas equações (3) e (4) vem:
𝐼1 𝐼2
𝑌12 = [𝑉2] 𝑌22 = [𝑉2]

Verifica-se facilmente que as matrizes Y e Z são inversas uma da outra,


ou seja:

𝒁 = 𝒀−𝟏
3. Parâmetros híbridos
São os parâmetros que nos permitem exprimir uma corrente e uma
tensão em função de outra corrente e de outra tensão.
Neste caso temos dois grupos de parâmetros à considerar:
a) Parâmetros híbridos do tipo H: relacionam V1 e I2 em função de I1
e V2:

V1= H11 I1 + H12 V2


I2= H21 I1 + H22 V2
𝑽𝟏 𝑯𝟏𝟏 𝑯𝟏𝟐 𝑰𝟏
ou então: [ ] = [ ]∗[ ]
𝑰𝟐 𝑯𝟐𝟏 𝑯𝟐𝟐 𝑽𝟐
𝑯𝟏𝟏 𝑯𝟏𝟐
H=[ ]
𝑯𝟐𝟏 𝑯𝟐𝟐

Para obtermos esses parâmetros devemos primeiramente ligar a fonte


na entrada colocando a saída em curto-circuito e depois ligar a fonte na
saída mantendo a entrada em aberto.
𝑽𝟏 𝑰𝟐
V2=0 H11= [ 𝑰𝟏 ] ; H21=[ ]
𝑰𝟏
𝑽𝟏 𝑰𝟐
I1=0 H12= [𝑽𝟐] ; H22=[ ]
𝑽𝟐

b) Parâmetros híbridos do tipo G :relacionam I1 e V2 em função de


V1 e I2:

I1 = G11 V1 + G12 I2
V2= G21 V1 + G22 I2
𝑰𝟏 𝑮𝟏𝟏 𝑮𝟏𝟐 𝑽𝟏
ou então: [ ] = [ ]∗[ ]
𝑽𝟐 𝑮𝟐𝟏 𝑮𝟐𝟐 𝑰𝟐
Neste caso ,teremos a matriz híbrida:

𝑮𝟏𝟏 𝑮𝟏𝟐
G=[ ]
𝑮𝟐𝟏 𝑮𝟐𝟐
Para obtermos os referidos parâmetros devemos colocar a fonte
na entrada do quadripolo deixando a saída em vazio e depois
colocar a fonte na saída colocando-se a entrada em curto-circuito.
Desta forma , obtem-se:
𝑰𝟏 𝑽𝟐
I2=0 G11= [𝑽𝟏] ; G21=[ ]
𝑽𝟏
𝑰𝟏 𝑽𝟐
V1=0 G12= [𝑰𝟐] ; G22=[ ]
𝑰𝟐
As marizes G e H também são inversas uma da outra, isto é:
G=H-1

Interconexão de Quadripolos

De modo geral,circuitos mais complexos são projetados a partir de


circuitos mais simples, interligados para formar um sistema
completo.
Tipos de conexões:
 Em cascata
 Em série
 Em paralelo
 Em série-paralelo
 Em paralelo-série

Mostraremos apenas ligações em cascata, série e paralelo.

Em série usaremos os parâmetros Z e em paralelo os parâmetros Y.


Ligação em série
Observa-se que:
𝑉1 = 𝑉1𝐴 + 𝑉1𝐵
𝑉2 = 𝑉2𝐴 + 𝑉2𝐵

Impondo as seguintes condições:


I1=I1A=I1B;
I2=I2A;
I2B=Vx=0

Obtem-se ,considerando os parâmetro Z dos quadripolos A e B, os


parâmetros globais:
Z11=Z11A+Z11B
Z12=Z12A+Z12B
Z22=Z22A+Z22B
Z21=Z21A+Z21B
Ou resumidamente: Z = ZA + ZB

Ligação em paralelo
I1=I1A+I1B
I2=I2A+I2B
Impondo as seguintes condições:
V1=V1A=-V1B;
V2A=V2B=0
Vx=0
Pode-se obter, considerando os parâmetros Y dos quadripolos A e B, os
parâmetros Y globais:
Y11=Y11A+Y11B
Y12A=Y12A+Y12B
Y21=Y21A+Y21B
Y22=Y22A+Y22B
Ou resumidamnete:
Y=YA+YB

Conexão em Cascata
Diferente do que acontece no caso dos outros tipos de conexões
básicas, não há restrições quanto ao uso dos parâmetros dos
quadripolos para calcular os parâmetros do circuito final. De modo
geral , multiplicam-se os parâmetros de ambos os quadripolos.
𝒀𝟐𝟐
A= −
𝒀𝟐𝟏
𝟏
B= −
𝒀𝟐𝟏
𝒀𝟏𝟏𝒀𝟐𝟐−𝒀𝟏𝟐𝒀𝟐𝟏
C=
𝒀𝟐𝟏
𝒀𝟏𝟏
D= −
𝒀𝟐𝟏

4. Matrizes de Transmissão
São dois grupos de parâmetros utilizados em sistemas de
transmissão de sinais, como por exemplo telefonia.
Neste caso temos as matrizes T e T’ :

𝑨 𝑩 𝑨′ 𝑩′
𝑻=[ ] e 𝑻′ = [ ′ ]
𝑪 𝑫 𝑪 𝑫′
𝒔𝒂𝒕𝒊𝒔𝒇𝒂𝒛𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒍𝒂çõ𝒆𝒔:

𝑽𝟏 𝑨 𝑩 𝑽𝟐 𝑽𝟐 𝑨′ 𝑩′ 𝑽𝟏
[ ]=[ ].[ ] e [ ]=[ ].[ ]
𝑰𝟏 𝑪 𝑫 −𝑰𝟐 −𝑰𝟐 𝑪 ′ 𝑫′ 𝑰𝟏

Onde T’=T-1
Material Utilizado:
1. Placa 3 C.C.;ou Resistores de 50,100 e 80Ω
1. Multímetro Digital.
1. Multilab.
Cabos
Parte prática:
Os parâmetros característicos de um quadripolo são em geral
determinados experimentalmente em laboratório.

1. Inicialmente constitui-se um quadripolo resistivo esquematizado na


figura abaixo, onde R1, R2 e R3 são três resistores de resistências
diferentes.(conforme figura 6 abaixo)
R2

Figura 6
R1 R3

2. Liga-se
uma fonte de
tensão DC na sua entrada, mantendo a sua saída em aberto e mede-
se I1’,V1’ e V2’.

mA I1
+ ’
E
- V1 V2’
r ’

3. Liga-se a fonte de tensão na saída mantendo a entrada em aberto e

mede-se V1’’, V2’’ e I2’’.(Conforme figura 8 abaixo)

I2’’ mA
+
Figura 8 E
V1’’ V2’’’ -
r
Com os valores medidos calcule suas impedâncias em circuito aberto e
escreva a sua matriz Z
4. Retoma-se o quadripolo ligando a fonte de tensão na entrada e a
saída em curto-circuito e mede-se V1’’’, I1’’’ e I 2’’’.(Conforme figura 9 abaixo)
Para medir I2’’’ ligue o miliamperímetro entre os dois terminais de
saída.(conforme figura 10 abaixo)
mA I1’’’ I2’’’
+
E
Figura 9 - V1’’’
r
mA I1’’’ I2’’’
+
E mA
- V1’’’
Figura 10 r

5. Faz-se o
mesmo colocando a fonte na saída com a entrada em curto-circuito e
mede-se I1” ” , V2” ” e I 2” ” .(Conforme figura 11 abaixo)

I1” ” I 2” ” mA
+
E
V2” ” -
r
Figura 11
6. Para
medir I1” ” procede-se da mesma maneira que foi feita para I2” ”.
Determine as admitâncias de curto-circuito e escreva a matriz
característica Y

Dados Obtidos:
Com os dados medidos, preenche-se as tabelas abaixo:

Aberto 1

V1 V2 I I
Z 1 2
10 V 0
Aberto 2

V1 V2 I I Curto 1
1 2
10 V 0 V1 V2 I I
Y 1 2
10 V 0V
Curto 2

V1 V2 I I
Análise de Dados:
1 2
0V 10 V
- Com os valores das
tabelas Aberto 1 e 2, determina-se Z11, Z12, Z21 e Z22, utilizando as
relações dadas na teoria;
- Com os valores das tabelas Curto 1 e 2, determina-se Y11, Y12, Y21
e Y22, utilizando as relações dadas na teoria;
- Monta-se as matrizes Z e Y com os valores calculados
anteriormente;
- Inverte-se a matriz Z, gerando a matriz Y’, e compara-se com a
matriz Y;
- Inverte-se a matriz Y, gerando a matriz Z’, e compara-se com a
matriz Z;
- Determina-se teoricamente as matrizes Z e Y e compara-se com
as matrizes determinadas pelos valores medidos.
A partir da matriz Z escreva as matrizes híbridas H e G do quadripolo.
Extra: Faça agora as montagens dos quadripolos representados na figuras
abaixo:

5ª EXPERIÊNCIA: INTEGRADORES E DIFERENCIADORES


I-Resumo Teórico

1.1-Excitação de um circuito RC com um pulso retangular de tensão

Consideremos o circuito RC série, representado na fig.01, alimentado com


um pulso retangular de tensão u= u(t) cuja amplitude é V e a duração é T.
Suponhamos o capacitor inicialmente descarregado.

Fig.-1

A tensão de excitação é dada pela equação:


U=u(t) =V [ H(t) – H(t-T) ]

Representado o circuito acima no domínio da freqüência temos:


Fig.-2
𝑉
𝑈 = [1 − 𝑒 −𝑇𝑆 ]
𝑆
𝟏
Capacitor C passa a ser :
𝐒𝐂

Equacionando o circuito obtèm-se:

1 𝑉
𝑅∗𝐼+ ∗ 𝐼 − (1 − 𝑒 −𝑇𝑆 ) = 0
𝑆𝐶 𝑆

Ou

1 𝑉
𝐼(𝑅+ ) = (1 − 𝑒 −𝑇𝑆 )
𝑆𝐶 𝑆
Ou

𝑉 1 1 𝑉 1 1
𝐼= [ − ∗ 𝑒 −𝑇𝑆 ] = [ − ∗ 𝑒 −𝑇𝑆 ]
𝑅 𝑆+ 1 1 𝑅 𝑆+ 1 1
𝑆+ 𝑆+
𝑅𝐶 𝑅𝐶 𝜏 𝜏

Onde τ= RC é a constante de tempo do circuito.

Fazendo-se a anti-transformada da corrente:

−1
𝑉 −𝑡 −(𝑡−𝑇)
𝑖 = 𝑖(𝑡) = 𝐿 {𝐼} = [𝑒 − 𝑒 𝜏 ∗ 𝐻(𝑡 − 𝑇)]
𝜏 𝑒𝑞. 1
𝑅
A tensão no resistor R será:
−𝑡 −(𝑡−𝑇)
𝑉
VR =R*i(t)= R* [𝑒 𝜏 − 𝑒 𝜏 ∗ 𝐻(𝑡 − 𝑇)]
𝑅

−𝑡 −(𝑡−𝑇)
VR =𝑉 [𝑒 𝜏 − 𝑒 𝜏 ∗ 𝐻(𝑡 − 𝑇)] 𝑒𝑞. 2

Calcularemos agora a tensão Vc , no capacitor:

1 1 𝑉 1 1
𝑉𝑐 = ∗𝐼 = ∗ [ − ∗ 𝑒 −𝑇𝑆 ]
𝑆𝐶 𝑠𝑐 𝑅 𝑆 + 1 1
𝑆+
𝜏 𝜏
Ou
1 𝑉 1 1
𝑉𝑐 = ∗𝐼 = [ − ∗ 𝑒 −𝑇𝑆 ]
𝑆𝐶 𝑅𝐶 𝑆(𝑆 + 1 ) 𝑆(𝑆 + 1)
𝜏 𝜏

Fazendo-se a inversão vem:


−1 {𝑉𝑐}
𝑉 −𝑡 −(𝑡−𝑇)
𝑉𝑐(𝑡) = 𝐿 = ∗ 𝜏 [1 − 𝑒 − (1 − 𝑒 𝜏 ) ∗ 𝐻(𝑡 − 𝑇)]
𝜏
𝑅𝐶
Ou :
−𝑡 −(𝑡−𝑇)
𝑉𝑐(𝑡) = 𝑉 [1 − 𝑒 𝜏 − (1 − 𝑒 𝜏 ) ∗ 𝐻(𝑡 − 𝑇)] eq. 3

Na fig 3 a curva tracejada representa a equação (3), ou seja, a tensão no


capacitor e a curva em traço e ponto representa a equação (2), isto é, a
tensão no resistor
1.2) Circuito Integrador

Consideremos o circuito da fig. 04 , no qual é aplicada a tensão u=u(t).


Se considerarmos T‹‹‹ τ o gráfico da figura 3 tomará o aspecto
representado na fig.05.
Fig.04

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