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EQUILÍBRIO DE FORÇAS

Aline Perin Dresch


Juliane Brancalione
Klever Marcante
Sival Junior

Resumo

Entre todos os assuntos que a física estuda, a mecânica é uma parte que trata do
movimento e suas causas. Este fenômeno, o movimento, serve para explicar diversos
outros, como o som por exemplo. Um caso particular do movimento é o repouso, onde
as forças atuantes se compensam ou se equilibram. Objetivou-se neste estudo, avaliar
casos onde um sistema de forças está equilibrado. Com o uso principalmente de
dinamômetros e pesos, foi verificado sistemas variados em equilíbrio e, posteriormente,
feito cálculos que mostrem de forma clara como esses sistemas permanecem em
equilíbrio, utilizando como base teórica a segunda lei de Newton.

Introdução movimento do sistema como um todo


[...]”. Se um sistema está em equilíbrio,
De acordo com a segunda lei de Newton isso significa dizer que a aceleração é
a força resultante de um sistema de igual a zero, ou seja, o somatório de
forças é igual a massa vezes aceleração, forças é igual a zero. O experimento foi
sendo que a força resultante é: “[...] A realizado baseando-se nesta lei, para
soma vetorial de toas as forças agindo avaliar os sistemas em equilíbrio.
sobre um corpo de massa m. Se o corpo Em um experimento, quando se realiza
é constituído de um sistema de elemento uma medida, cometem-se os mais
individuais, a força resultante é a força variados tipos de erros, sendo o erro
vetorial de todas as forças externas ao associado a uma medida a soma de
sistema. Nenhuma força interna, isto é, todos eles. Entretanto, essas medidas
forças entre elementos do sistema, é tomadas não podem ser grosseiros (por
incluída, pois elas não afetam o inexperiência ou distração do
experimentador, por exemplo). O erro dinamômetros foram posicionados em
de escala é o erro que ocorre devido ao alturas e ângulos diferentes. Conforme a
equipamento, ou seja, a escala do figura 2. Já no terceiro procedimento, o
instrumento por vezes é limitada. O erro cilindro foi substituído por três cilindros
sistemático aparece sem muita variação com massa de 20 gramas, 40 gramas e
durante a medida, pois segue alguma 200 gramas, respectivamente e a altura
regra que, quando identificada, pode ser dos dinamômetros também foi alterada.
corrigida. Já o erro aleatório não segue Por fim, ainda com os três cilindros, a
uma regra definida, decorre de alguns altura e a distância foram alteradas.
imprevistos, não sendo possível evitá-
los.

Procedimento Experimental

O experimento foi realizado com o


auxílio de duas hastes metálicas e dois
dinamômetros. Dispondo as duas hastes
verticalmente separadas por uma
determinada distância, coloca-se uma
extremidade de cada dinamômetro no
alto de cada haste. A outra extremidade
dos dois dinamômetros prende-se em
um cilíndrico metálico com massa
conhecida. O procedimento foi
realizado quatro vezes, sendo que as Em todos os procedimentos, foi medido
distancias e a massa dos cilindros com uma régua milimetrada as
metálicos, da mesma forma que as distâncias do cilindro até o ponto onde o
alturas foram sendo alternadas em cada dinamômetro estava fixo na haste e do
procedimento. No primeiro caso foi cilindro até a haste (horizontalmente).
utilizado um cilindro metálico de massa
igual a 500 gramas e os dinamômetros Resultados
foram presos em alturas diferentes.
Conforme a figura 1. No segundo caso Em cada caso, além das distâncias já
foi utilizado o mesmo cilindro porém os citadas, foi-se medido a força indicada
em cada dinamômetro, sendo essa
causada pela força peso exercida pelo
cilindro metálico. Os seguintes
resultados foram obtidos:

Análise dos Resultados

Para cada procedimento, precisa-se


encontrar o ângulo formado pelo
dinamômetro e o eixo horizontal entre o
cilindro e a haste metálica, através das
fórmulas do seno e cosseno explicitadas
abaixo:

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
cos 𝜃 =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
sin 𝜃 =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

Depois disso, é necessário fazer o arco-


cosseno para encontrar o ângulo em
radianos e decompor as forças dos
dinamômetros nos eixos x e y. Sabemos
que o sistema está em equilíbrio,
portanto 𝐷1𝑥 = 𝐷2𝑥 e 𝐷1𝑦 + 𝐷2𝑦 = 𝑃,
sendo P o peso do cilindro metálico,
calculado pela equação 𝑃 = 𝑚 ∗ 𝑎 e = cos 𝜃2 ∆𝐷2 + 𝐷2 sin 𝜃2 ∆𝜃2
𝑎 = 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒, neste caso. 𝜕𝐷1𝑦 𝜕𝐷1𝑦
∆𝐷1𝑦 = | | ∆𝐷1 + | | ∆𝜃1
Também se deve calcular o erro 𝜕𝐷1 𝜕𝜃1

propagado através da teoria dos erros = sin 𝜃1 ∆𝐷1 + 𝐷1 cos 𝜃1 ∆𝜃1

para os valores dos ângulos e de 𝜕𝐷2𝑦 𝜕𝐷2𝑦


∆𝐷2𝑦 = | | ∆𝐷2 + | | ∆𝜃2
𝜕𝐷2 𝜕𝜃2
𝐷1𝑥, 𝐷2𝑥, 𝐷1𝑦 𝑒 𝐷2𝑦.
= sin 𝜃2 ∆𝐷2 + 𝐷2 cos 𝜃2 ∆𝜃2
Os erros escalares das distâncias
Em cada caso, os seguintes resultados
medidas pela régua é de ± 0,5mm e dos
foram encontrados:
dinamômetros é de ± 0,1N. Também
Caso 1:
precisa-se efetuar a propagação dos
𝜃1 = (1,079 ± 0,003)𝑟𝑎𝑑
erros no ângulo e na decomposição das
𝜃2 = (0,596 ± 0,003)𝑟𝑎𝑑
forças. A propagação dos erros no
𝐷1𝑥 = (1,98 ± 0,07)𝑁
ângulo se dará pela seguinte fórmula, e
𝐷2𝑥 = (1,82 ± 0,09)𝑁
assumindo 𝐺(𝜃) = 𝑐𝑜𝑠𝜃, adj = cateto
𝐷1𝑦 = (3,70 ± 0,09)𝑁
adjacente, hip = hipotenusa:
𝐷2𝑦 = (1,23 ± 0,06)𝑁
𝜕𝐺 𝜕𝐺
∆𝐺 = | | ∆𝑎𝑑𝑗 + | | ∆ℎ𝑖𝑝
𝜕𝑎𝑑𝑗 𝜕ℎ𝑖𝑝 P = 5N
1 𝑎𝑑𝑗
= ∆𝑎𝑑𝑗 + ∆ℎ𝑖𝑝
ℎ𝑖𝑝 ℎ𝑖𝑝2 Temos que, dentro das faixas de erro,
Após, deve-se derivar G para encontrar 𝐷1𝑥 = 𝐷2𝑥 (1,98 = 1,82) e 𝐷1𝑦 +
o erro do ângulo. A decomposição das 𝐷2𝑦 = 𝑃 (4,93 = 5), confirmando a
forças e a propagação dos erros nas
teoria da Segunda Lei de Newton.
forças decompostas se darão pelas
Caso 2:
seguintes fórmulas:
𝜃1 = (0,768 ± 0,002)𝑟𝑎𝑑
𝐷1𝑥 = 𝐷1 cos 𝜃1
𝜃2 = (0,902 ± 0,003)𝑟𝑎𝑑
𝐷2𝑥 = 𝐷2 cos 𝜃2
𝐷1𝑥 = (2,16 ± 0,08)𝑁
𝐷1𝑦 = 𝐷1 sin 𝜃1
𝐷2𝑥 = (2,23 ± 0,07)𝑁
𝐷2𝑦 = 𝐷2 sin 𝜃2
𝐷1𝑦 = (2,08 ± 0,07)𝑁
𝐷2𝑦 = (2,82 ± 0,09)𝑁
𝜕𝐷1𝑥 𝜕𝐷1𝑥
∆𝐷1𝑥 = | | ∆𝐷1 + | | ∆𝜃1 P = 5N
𝜕𝐷1 𝜕𝜃1
= cos 𝜃1 ∆𝐷1 + 𝐷1 sin 𝜃1 ∆𝜃1
Temos que, dentro das faixas de erro,
𝜕𝐷2𝑥 𝜕𝐷2𝑥
∆𝐷2𝑥 =| | ∆𝐷2 + | | ∆𝜃2 𝐷1𝑥 = 𝐷2𝑥 (2,16 = 2,23) e 𝐷1𝑦 +
𝜕𝐷2 𝜕𝜃2
𝐷2𝑦 = 𝑃 (4,90 = 5), confirmando a Bibliografia
teoria da Segunda Lei de Newton.
Caso 3: PIACENTINI, João J. Introdução ao
𝜃1 = (1,037 ± 0,002)𝑟𝑎𝑑 laboratório de física. 3 ed. rev.
𝜃2 = (0,888 ± 0,003)𝑟𝑎𝑑 Florianopolis : Ed. da UFSC, 2008
𝐷1𝑥 = (1,22 ± 0,06)𝑁
𝐷2𝑥 = (0,63 ± 0,07)𝑁 SERWAY, Raymond A. et all.

𝐷1𝑦 = (2,07 ± 0,09)𝑁 Princípios de física. 5 ed. São Paulo :

𝐷2𝑦 = (0,78 ± 0,08)𝑁 Cengage Lerning, 2014

P = 2,6N

Temos que, dentro das faixas de erro,


𝐷1𝑥 = 𝐷2𝑥 (1,22 = 0,63) e 𝐷1𝑦 +
𝐷2𝑦 = 𝑃 (2,85 = 2,6), confirmando a
teoria da Segunda Lei de Newton.
Caso 4:
𝜃1 = (1,244 ± 0,002)𝑟𝑎𝑑
𝜃2 = (1,177 ± 0,002)𝑟𝑎𝑑
𝐷1𝑥 = (0,50 ± 0,05)𝑁
𝐷2𝑥 = (0,39 ± 0,06)𝑁
𝐷1𝑦 = (1,5 ± 0,1)𝑁
𝐷2𝑦 = (0,9 ± 0,1)𝑁
P = 2,6N

Temos que, dentro das faixas de erro,


𝐷1𝑥 = 𝐷2𝑥 (0,50 = 0,39) e 𝐷1𝑦 +
𝐷2𝑦 = 𝑃 (2,4 = 2,6), confirmando a
teoria da Segunda Lei de Newton.

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