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Fundamentos de Enfermagem II

Docente: Célia Freitas

Carina Fonseca (90031)


Joana Soares (88309)
Mariana Silva (88403)
Marta Ferreira (88290)
Sara Ribeiro (85093)
Sara Marques (88312)
Sofia Frazão (88392)

Excreção

Excreção define-se como o processo através do qual um organismo expele


resíduos não assimiláveis e inúteis, entre os quais se enquadram os medicamentos. Por
norma, estes são metabolizados e posteriormente são removidos do corpo, contudo
podem surgir casos em que estes são eliminados de forma intacta. Órgãos como rins,
fígado, intestino, pulmões e glândulas exócrinas participam nesta eliminação de acordo
com a composição química do fármaco.

Compostos de caráter gasoso ou volátil são eliminados pelos pulmões, enquanto


que os medicamentos lipossolúveis são excretados pelas glândulas exócrinas, existindo
também a possibilidade de uma pequena porção do medicamento ser excretado pelas
glândulas mamárias. Deste modo, qualquer mãe deve assegurar-se que os
medicamentos que toma durante o período de amamentação são seguros, devido ao
risco de ingestão das substâncias químicas por parte do bebé.

Os fármacos e os seus metabolitos são maioritariamente eliminados do nosso


organismo através da excreção renal e biliar. A excreção renal é o meio mais comum de
eliminação de medicamentos, em particular os fármacos hidrossolúveis e os seus
metabolitos. Esta excreção baseia-se na natureza hidrofílica dos medicamentos. Apenas
uma pequena parte destes é excretada inicialmente na bílis.
Algumas substâncias químicas passam pelo fígado e são eliminadas pela bílis sem
alterações. Outras por sua vez são transformadas em metabolitos no fígado antes de
serem excretados por esta.

Diversos medicamentos de administração por via oral sofrem uma absorção


incompleta pelo sistema gastrintestinal, sendo que posteriormente, o fármaco residual
é eliminado a partir das fezes. Pode ainda ser reabsorvido, entrando na corrente
sanguínea, onde, então, é reciclado. Alguns fármacos podem ainda ser eliminados em
porções mínimas através da via dérmica.

Vários fatores, englobando algumas propriedades dos medicamentos e as suas


doses de administração, influenciam a capacidade dos rins de os eliminarem. De
maneira a que um medicamento ou um metabolito seja excretado extensivamente na
urina, este deve ser hidrossolúvel, como referido anteriormente, e não se deve
encontrar demasiado ligado às proteínas na corrente sanguínea.

A capacidade dos rins de excretarem medicamentos depende também do fluxo de


urina, do fluxo sanguíneo dos rins e da própria condição destes órgãos.
Simultaneamente, a acidez da urina, que pode ser influenciada pelas dietas, através do
uso de determinados fármacos, pode afetar a taxa de eliminação de certos
medicamentos. No tratamento da intoxicação por alguns fármacos e com o objetivo de
aumentar a sua excreção, modifica-se a acidez da urina administrando-se antiácidos ou
substâncias acidificantes por via oral.

A função renal pode ser afetada por várias doenças (especialmente hipertensão
arterial, diabetes e infeções renais recorrentes), pela exposição a concentrações
elevadas de produtos químicos tóxicos e por alterações relacionadas à idade.

Uma dose “normal” de um determinado medicamento que seja eliminado,


essencialmente pelos rins, numa pessoa com uma função renal diminuída, pode ser
exagerada e provocar efeitos colaterais indesejados. Desta forma, por vezes os
profissionais de saúde devem adaptar a dose de medicação com base nas limitações da
função renal do utente. Geralmente, estes pacientes necessitam que sejam
administradas quantidades menores do que aqueles com função renal normal. Esta
alteração de dosagem também poderá surgir quando o fígado não se encontrar a
funcionar devidamente.

Bibliografia

Eliminação de medicamentos - Medicamentos - Manual MSD Versão Saúde para a


Família. (n.d.). [Em linha] atual. Disponível em:
http://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/medicamentos/administração-de-
medicamentos-e-farmacocinética/eliminação-de-medicamentos

LAMATTINA, John C.; GOLLAN, David E. (n.d.). Farmacocinética, 29-45.

POTTER; PERRY – Fundamentos de Enfermagem - Conceitos e Procedimentos. 5ª Edição,


Editora Lusociência, Loures, 2006

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