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6. Reproduçã o
Biologia | 11.º Ano
2. Reprodução sexuada
A reprodução sexuada está relacionada com processos que envolvem troca e mistura de
material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. As gametas, células sexuais
femininas e masculinas, unem‐se e formam uma única célula, o ovo ou zigoto.
Cada gameta tem metade dos cromossomas de qualquer outra célula do individuo, por esta
razão existe um processo que permite a redução dos cromossomas, a MEIOSE.
2.1. Meiose e Fecundação
MEIOSE
A meiose é o processo de divisão nuclear a partir do qual uma célula diploide forma células
haploides2. Cada célula no final do processo apresenta apenas um cromossoma do par de
cromossomas homólogos.
Na meiose ocorrem duas divisões que podem ser sequenciais, Meiose I e II, que podem ser
sequenciais ou ter uma interfase entre elas, mais ou menos longa, originando 4 células
haploides. A divisão I é reducional ‐ separação dos cromossomas homólogos, e a Meiose II é
equacional ‐ separação dos cromatídeos, como a mitose.
A meiose ocorre nos órgãos de formação das gametas, ou sejam as gónadas. As gametas animais
são o óvulo e o espermatozoide e nos vegetais a oosfera, grão de pólen e esporos.
1. G1‐ inicio do crescimento celular (intervalo de tempo entre o final da meiose e o inicio
da fase S).
2. S ‐ O DNA é duplicado.
1 Células responsáveis pela formação de tecidos e órgãos em organismos multicelulares.
3. G2‐ Síntese de proteínas e crescimento celular (intervalo de
tempo entre o final da fase S e inicio da meiose).
1. Prófase I;
2. Metáfase I;
3. Anáfase I;
4. Telófase I.
1. PRÓFASE I
Nas células animais os centríolos dividem‐se e deslocam‐se para os polos opostos e forma‐se o
fuso acromático. Começa a migração das díadas cromossómicas para a zona equatorial do
núcleo.
2. METÁFASE I
3. ANÁFASE I
Cada um dos conjuntos cromossómicos que se separam e aleatoriamente ascendem aos polos
são haploides (n) – e possuem informações genéticas diferentes, contribuindo para a
variabilidade genética dos novos núcleos.
4. TELÓFASE I
PRÓFASE II
METÁFASE II
ANÁFASE II
TELÓFASE II
Citocinese
O citoplasma divide‐se originando quatro células‐filhas haploides.
Núcleos haploides
Regulação da Meiose
Durante a Meiose, por vezes, pode ocorrer alguns erros que podem levar a alteração na
sequência dos genes, denominadas, como já referido, por mutações genéticas. Estas mutações
podem ser visíveis ao microscópio se a anomalia envolver um grande número de genes ou, até
mesmo, o número de cromossomas.
Estas mutações podem estar relacionadas com vários fatores, como os químicos e químicos e
podem ter consequências graves, ou serem benéficas para a espécie.
Regulação
A união das gametas é um processo aleatório o que contribui para um aumento de variabilidade
genética dos descendentes.
A meiose é importantíssima para a reprodução, pois é ela que conduz a formação das células
sexuais, mas a fecundação é também muito importante na reprodução, pois é através desta que
os seres repõem a quantidade de cromossomas da espécie.
Embora haja muitos pontos de controlo, pode ocorrer os erros, em especial nas fases Anáfase I
e II (cada nova célula tem de conter um representante de casa cromossoma homólogo).
Todos estes "erros" originam anomalias contidas nos novos gametas que se formaram e que se
forem usados na fecundação, irão originar seres com informação genética diferente da normal
da espécie.
2.2 Reprodução sexuada e variabilidade.
A união das gametas é um processo aleatório o que contribui para um aumento de variabilidade
genética dos descendentes.
A meiose é importantíssima para a reprodução, pois é ela que conduz a formação das células
sexuais, mas a fecundação é também muito importante na reprodução, pois é através desta que
os seres repõem a quantidade de cromossomas da espécie.
A união das gametas, já referido, é um processo aleatório, facto este que contribui para a
variabilidade genética da descendência.
2 células cujo núcleo contém apenas um cromossoma de cada par.
3 Troca, em geral recíproca, de porções de cromatídios entre cromossomas homólogos. Ocorre durante a prófase I da primeira
divisão meiótica.
(recombinação entre cromatídeos não‐irmãos). Este fenómeno é também responsável pela
variabilidade genética.
Metáfase I
Anáfase II
Esta troca é responsável pela recombinação genética que tem como consequência uma reorganização dos alelos entre os
cromossomas homólogos. Os pontos do cromossoma em que ocorre o crossing‐over são visíveis durante a meiose e designam‐
se pontos de quiasma.
Todos estes factos fazem com que a MEIOSE seja o fenómeno responsável pela diversidade, e
que por sua vez irá permitir melhores adaptações às condições adversas do meio, ao contrário
do que sucede com a reprodução assexuada em que só existe mitoses.
Estratégias na reprodução sexuada
A reprodução sexuada implica a formação de células haploides e a sua subsequente
fusão, fecundação.
Nos animais as gónadas são os ovários que produzem as gametas femininos, os óvulos através
de meiose e os testículos que produzem os espermatozoides, também através de meiose.
Nas plantas, raramente as gametas são produzidas por meiose, a meiose nestes seres origina
os esporos e os órgãos especializados são os esporângios. As gametas das plantas são
originadas por processos de mitose e as femininas são as oosferas, formadas nos arquegónios,
e os masculinos são os anterozoides, formados nos anterídios. Os arquegónios e os
anterozoides são os gametângios (órgãos de formação de gametas) das plantas.
Alguns seres podem ser hermafroditas, produzem os dois tipos de gametas (feminino e
masculino).
Dependendo do habitat a fecundação pode ser externa (ambientes e seres aquáticos) e interna
(ambientes terrestres). Na fecundação externa a quantidade de gametas enviados para o meio
é enorme uma vez que a probabilidade de uma gameta feminina se encontrar com um
masculino é reduzida. Na fecundação interna houve necessidade de ser criado um órgão que
fosse capaz de depositar a gameta no individuo do sexo oposto, e foi então, criado o pénis nos
animais e o tubo polínico nas plantas mais evoluídas.
IDEIAS‐CHAVE
o à meiose porque a separação dos cromossomas homólogos4 se efetua ao acaso e
também devido ao fenómeno de crossing‐over;
o á fecundação porque ocorre da união ao acaso das gâmetas com informação
genética diferente.
Na reprodução sexuada dos animais ocorrem diversas estratégias que facilitam o
encontro das gâmetas masculina e feminina da mesma espécie, permitindo a
fecundação;
Os organismos em que há hermafroditismo suficiente5 são, em regra, seres isolados e
muitas vezes parasitas, havendo autofecundação;
A fecundação cruzada6 ocorre em muitos seres com hermafroditismo insuficiente7 e nos
seres unissexuados8;
Nas plantas com flores, os mecanismos de polinização contribuem para a diversidade
genética dos indivíduos;
A presença de sementes e a variedade de processos de dispersão permitem a
propagação das plantas com flores por áreas distantes.
4 Cromossomas que emparelham durante a meiose e possuem a mesma forma, contendo genes responsáveis pelas mesmas
características.
5 A fecundação efetua‐se entre gâmetas produzidas pelo próprio indivíduo (autofecundação).
6 Consiste em dois seres se fecundarem simultaneamente, como por exemplo, duas plantas diferentes, porém da mesma
espécie, podem trocar pólen para a fecundação e assim garantir a recombinação genética, bem como pode acontecer também
com os animais, por exemplo nos gastrópodes (caracóis) que são hermafroditas, mas precisam de um parceiro para reproduzir,
isso acontece quando um introduz o pénis no poro genital da fêmea que é a vagina do outro e vice‐versa. São fecundados
simultaneamente.
7 Apesar de cada um dos indivíduos possuir os dois sexos (como são os casos, por exemplo, do caracol e da minhoca),