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Indicadores da qualidade e valores recomendados para cana-de-açucar

Recebimento
Universidade Tecnológica
Federal do Paraná Campus
Campo Mourão

Extração e
Tratamento do
Caldo

Profª Camila O. Martinez

2016
4 August 30, 2016

Preparo da cana para extração

Picador (facas)
Niveladoras
Desfibrador
Espalhador

 Aumenta capacidade da moenda (massa compacta e


homogênea)
 Rompe a estrutura
 Bagaço preparado para uma embebição eficaz
6 August 30, 2016
Preparo
8 August 30, 2016

Moagem

 96% do caldo (regulagem)


 Esmagadores: 2, corte
 Moenda:
 O que é? 3-12 (ternos: cilindros com ranhuras ou frisos)
 Pressão: 250 kg/cm²,
 Embebição: diluição = 96% do açúcar
 Aumento percentual: > nº ternos
  1% fibra =  1,5%

CALDO

BAGAÇO =
Combustível
9 August 30, 2016

Regulável

Mesmo
sentido
10 August 30, 2016
Os ternos são classificados por bitola sendo os mais comuns:
 26” x 48”
 30” x 54”
 34” x 66”
 37” x 78”
 42” x 84”
 46” x 90”
 56” x 100”

 Primeiro valor: diâmetro nominal dos cilindros


 Segundo valor: comprimento

 Capacidade de moagem (TCH)


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Embebição

 Simples
 Composta Água ou caldo
 Integral

Embebição
composta
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Embebição

 Qualidade da água (quente: bagaço)


1 tonelada = 850 litros
 Quantidade de água
 Sacarose e fibra
 Capacidade de evaporação
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Caldo Primário
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Terno de moenda
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Difusor

Água + caldo quentes (vapor 75oC) são recirculados em sentido (1,5 m


de altura) pH 6,5 (leite de cal)

Extração: lixiviação

Diferença de pressão osmótica e difusão molecular (células não


fragmentadas e em pequenos capilares)

Peneiramento
21 August 30, 2016

Caldo x Bagaço da cana

 Composição + 50% umidade

 220 a 260 Kg por tonelada de cana

 Caldeiras: Vapor e energia elétrica máquinas


 Turbogeradores: acionamentos elétricos e a iluminação

 Combustível, sistema térmico

 Vapor de escape (turbinas) e vapor vegetal (pré-evaporadores)


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Tratamento do Caldo - Terminologia

 Caldo absoluto: Caldo em cuja composição entram todos os sólidos


solúveis e toda a água da cana

 Caldo primário: Caldo extraído da primeira unidade de


esmagamento do conjunto de moendas

 Caldo residual: Caldo retido no bagaço após a moagem

 Caldo misto: Mistura dos caldos obtidos


no processo de extração,
enviado para a fabricação de açúcar
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TRATAMENTO DO CALDO

 Líquido viscoso pH 5,3

 Dispersões grosseiras: peneiramento


 Bagacilhos (1-10g/Kg de caldo), areia, terra, gravetos (>
0,0001mm, < 5%)

 Dispersões coloidais, moleculares e iônicas: processos de


clarificação
 Coloidais: Graxas, ceras, ptnas, taninos, materiais
corantes, colóides (microorg.)... (0,05 a 3%). Coagulação.
 Moleculares e iônicas: minerais, fosfatos, silicatos,
sulfatos, íons Ca, Mg, K e Na... Precipitação
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0,5 mm a 2 mm

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Tratamentos Físicos

Peneiras

Tipo Cush-Cush

- telas: 0,5 a 2 mm
- Subsitituição pelas rotativas (desgaste de telas, difícil limpeza, mos)
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Peneiramento

 Peneiras Rotativas:+ eficientes, fácil


limpeza e manutenção. Telas de 0,3 mm
a 0,5 mm de abertura.
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28 August 30, 2016

 Peneira Estática: filtração secundária do caldo bruto ou na filtração do


caldo clarificado na saída do decantador . Capacidade Varia com grau de
inclinação e tipo de tela.

Caldo bruto: 50 a 100 mesh – 45º de inclinação


Caldo clarificado: 150 a 200 mesh – 15º

 Caldo: quantificada através de medidores de vazão ou balanças


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Tratamento químico

 Coagulação/Floculação (produtos químicos) + decantador

 Objetivos:
 Máxima eliminação de não açucares
 Máxima eliminação de colóides
 Caldos de baixa turbidez;
 Mínima formação de cor
 Máxima taxa de sedimentação
 Conteúdo mínimo de cálcio no caldo
 pH do caldo adequado de modo a evitar inversão da sacarose
ou decomposição dos açúcares redutores

 Caldo tratado de forma deficiente:


 Problemas de incrustação na etapa de evaporação
 Formação de cristais de sacarose impuros
Tratamentos Químicos

 Sulfitação ;
 Calagem ;
 Bicarbonatação;
 Ozonização;

 Aquecimento e flashamento
 Dosagem de polímeros;
 Dosagem de fosfatos.
 Decantação
 Peneiramento
 Filtração
31 August 30, 2016

Sulfitação

pH do caldo: 4,8 a 5,8

50 a 70º C

Bombeado para o sulfitador (SO2), corrente em sentido contrário

Floculação de diversos colóides (corantes) e formação de produtos


insolúveis com as impurezas do caldo.

3,8 e 4,2 ou 600 ppm de SO2 no caldo

Age como: fluidificante (sedimentação e suspensão), descorador


(redutor) e preservativo
Esquema de Coluna de Sulfitação

Caldo SO2
Sulfitação

 Gás obtido da combustão direta do enxofre em fornos rotativos


(250-500 g/T)

Finalidades:
 Formação de sulfito de cálcio (pouco
solúvel)
 Redução do pH p/ 3,8-4,2
(precipitação das albuminas)
 Diminuição da viscosidade
 Ação inibidora de formação de cor
 Evitar desenvolvimento de mos.
prejudicias
Sulfitação

 Numa temperatura mais baixa a absorção do SO2 no caldo é >

 Na reação química entre o Ca(OH)2 e o SO2 forma-se CaSO3

 Uma sulfitação exagerada = Ca(HSO3)2 que é muito mais solúvel em


água que o sulfito de cálcio
 Durante o aquecimento e evaporação do caldo o bissulfito é
transformado em sulfito de cálcio insolúvel (equipamentos)

 Incrustações nos evaporadores:


 gastos com limpeza química e mecânica, além de maior gasto de
vapor
 açúcar com maior teor de cinzas (minerais)
Calagem

 Tanques: CaO: 500 – 1000 g/T ou 25L de leite/T/h pH: 6,9 a


 Ou: CaO + H2O = Ca (OH) 2 leite de cal a 6oBe 7,0

 Reação com ácidos orgânicos presentes no caldo, e fósforo

 Provocar floculação de colóides e consequente agrupamento do material


em suspensão no caldo (sulfito e fosfato de cálcio)

 Influência do Ө, tempo, e do pH na destruição de:


 Açúcares redutores: > 7 e > 55 oC (ácidos orgânicos e compostos de cor
escura, reagem com Ca = cor do açúcar e incrustração)
 Sacarose: pH < 7 = destruição por inversão

FALHAS = turbidez
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Calagem

 A não neutralização do caldo = bissulfito, que posteriormente dará


origem ao sulfito de cálcio, o qual pode incrustar nos aparelhos

 Rígido controle de pH (potenciômetro), eletrodo sujo


Alternativos

 Bicarbonatação: aplicação de bicarbonato de cálcio, menor gasto de


energia, controle químico mais simples, diminuição de incrustações – >
custo.

 Ozonização: redução de gases tóxicos e derivados nocivos do enxofre


da sulfitação no açúcar e álcool, aumento da produção pela ação
germicida, melhora da cor, custo!!!!!!
Dosagem de Fosfatos (P2O5) - coagulante

- Ácido fosfórico
- O fosforo reage com o hidróxido de cálcio,
o qual ao flocular arrasta impurezas
- Adição: antes da sulfitação

 Caldo mais claro


 Alta taxa de sedimentação
 Lodo mais concentrado
 Melhor filtrabilidade de lodo
 Menor cor no açúcar
 Açúcar de melhor qualidade

 No caldo: 200 a 300 ppm de P2O5


 Nunca > 600 ppm: flocos leves que
decantam lentamente
Dosagem de polímeros floculantes

- Polimero sintético: Poliacrilamida


- Dose: 1 – 3 ppm
- Promover formação de flocos mais densos nos processos de clarificação
do caldo visando:

 Maior velocidade de sedimentação;


 Compactação do lodo;
 Melhoria na turbidez do caldo clarificado;
 Produzir lodo com melhor filtrabilidade, ocasionando um caldo filtrado
mais limpo;
 Menores perdas da sacarose na torta;
42 August 30, 2016
Dosagem de polímeros floculantes

 Características dos floculantes: peso molecular e grau de hidrólise


(seleção após testes)
 Tempo de preparo: 1 h30 a 2h30
 Bomba dosadora tipo helicoidal

 O ponto de aplicação não deve ser um local de muita turbulência


 total homogeneização sem quebra da cadeia polimérica (temp.)

 O armazenamento do polímero em pó (embalagem, temp.): como deve ser?


 Pó: 2 anos (peneirado, manipulação)
 Líquido: 6 meses

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