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Dilma Rousseff

Presidenta da República

Eleonora Menicucci
Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República

Lourdes Bandeira
Secretária Executiva

Aparecida Gonçalves
Secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres

Tatau Godinho
Secretária de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres

Vera Lúcia Lemos Soares


Secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas

Linda Goulart
Chefe de Gabinete

Sônia Malheiros Miguel


Assessora Especial

Raimunda Celestina de Mascena


Assessora Especial

Rosa de Lourdes Azevedo dos Santos


Coordenadora-Geral do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

Copyright 2013. Presidência da República. Secretaria de Políticas para as Mulheres

Elaboração, distribuição e informações


Secretaria de Políticas para as Mulheres – Presidência da República
Via N 1 Leste s/nº, Pavilhão das Metas, Praça dos Três Poderes – Zona Cívico-Administrativa
70150-908, Brasília-DF
Telefone: (61) 3411.4246 | Fax: (61) 3327.7464
E-mail: spmulheres@spmulheres.gov.br – www.mulheres.gov.br

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher

Edição

Camila Rocha Firmino


Carolina Pereira Tokarski
Gabriela Parente Prado Bastos
Leila Giandoni Ollaik
Le-Lyne Paes Leme Nunes Czeczko
Renata Barreto Preturlan

Projeto Gráfico e Revisão


Gráfica e Editora Movimento

Distribuição gratuita

Tiragem: 15.000 exemplares


É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

B823p

Brasil. Presidência da República. Secretaria de Políticas para as Mulheres.


Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2013.
114 p. : il.

1. Plano Nacional - Brasil. 2. Discriminação contra a Mulher - Brasil. 3. Igualdade para as Mulheres - Brasil. 4. Políti-
cas Públicas. I. Título. II. Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Código CDU 305.40981


Sumário
Apresentação 7

Introdução 9

Capítulo 1 Igualdade no mundo do trabalho e autonomia econômica 13

Capítulo 2 Educação para igualdade e cidadania 21

Capítulo 3 Saúde integral das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos 29

Capítulo 4 Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres 41

Capítulo 5 Fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de poder e decisão 51

Capítulo 6 Desenvolvimento sustentável com igualdade econômica e social 59

Capítulo 7 Direito à terra com igualdade para as mulheres do campo e da floresta 65

Capítulo 8 Cultura, esporte, comunicação e mídia 73

Capítulo 9 Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia 83 83

Capítulo 10 Igualdade para as mulheres jovens, idosas e mulheres com deficiência 89

Gestão e monitoramento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 95

Posfácio 101

Anexos 103

Siglas e acrônimos 113


Esse Plano é fruto do trabalho comprometido de toda a equipe
da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República – SPM/PR, todos os membros do Comitê de Monitoramento
e Articulação do PNPM e das Conselheiras do Conselho Nacional dos
Direitos da Mulher. A todas e todos, um agradecimento especial.
PNPM
Apresentação
É com muito orgulho e satisfação que entregamos à sociedade brasileira o Plano Nacional de
Políticas para as Mulheres (PNPM) do governo federal. Este Plano, revisitado e revisado na nossa
gestão, está dentro de um contexto político inédito no Brasil que é o governo da primeira mulher
Presidenta do Brasil, Senhora Dilma Rousseff, que tem insistentemente reafirmado a prioridade
da equidade de gênero em seu governo.
Em 2013, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) completa uma década de existência,
com contribuições efetivas para a consolidação das políticas públicas de gênero, destacando a
efetiva transversalidade de gênero nas políticas interministeriais. Hoje, a perspectiva de gênero
está incluída em todas as políticas públicas, numa clara demonstração do protagonismo das mu-
lheres na construção de um projeto de sociedade mais justa, mais equânime e democrática.
O processo de construção do PNPM contou com a participação da sociedade civil, movimento de
mulheres rurais e urbanas, feministas e organismos estaduais e municipais de políticas para as
mulheres, através das Conferências de Mulheres municipais, estaduais e nacional.
E é por isto que temos orgulho de entregar à sociedade brasileira o PNPM com o sentimento pú-
blico de cumprimento dos compromissos assumidos.
As mulheres, mais de 52% da população brasileira, são sujeitos e protagonistas tanto de suas
próprias vidas como da construção de um Brasil Sem Miséria e Sem Pobreza, seja no âmbito eco-
nômico, social, político, cultural, como no banimento de todos os preconceitos de gênero, racial,
étnico, homofóbicos, lesbofóbicos, geracionais, de classe, e contra as pessoas com deficiência.
Tenho certeza e convicção que estamos no caminho certo e que não só as “Mulheres Podem”,
como disse nossa Presidenta, como elas estão em todas as esferas da sociedade. Com o PNPM, o
nosso governo reafirma o compromisso com a luta pela consolidação dos direitos humanos das
mulheres em todas suas faces e dimensões.
Um forte abraço,

Eleonora Menicucci
Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres

7
PNPM
Introdução liderança – como reafirmado pela presidenta
em sua fala durante a 3ª Conferência Nacio-
nal de Políticas para as Mulheres: “Eu tenho
o compromisso inabalável – e reafirmo aqui –
O Plano Nacional de Políticas para as Mulhe- de aprofundar as políticas de igualdade de gê-
res (PNPM) está às vésperas de completar sua nero no nosso país” (Anais da 3ª CNPM). Já a
primeira década de existência e continua sen- partir de 2010, com a edição da Lei nº 12.314,
do um marco no processo de consolidação e a titular da pasta da SPM tornou-se Ministra
amadurecimento das políticas para as mulhe- de Estado. Em 2012, por meio do Decreto nº
res. Fruto de diálogo permanente entre gover- 7.765, de 25 de junho de 2012, foram feitas
no e sociedade civil, esse instrumento reforça modificações na estrutura e nos cargos que
o princípio de que em um Estado plenamente integram a SPM, o que contribuiu para o forta-
democrático a condição da participação social, lecimento institucional do organismo respon-
sobretudo das mulheres, é constitutiva de to- sável pelas políticas para as mulheres junto ao
das as fases do ciclo das políticas públicas. governo federal.
Desde a criação da SPM, em março de 2003, as Nesse novo cenário político, reivindicações
políticas para as mulheres têm avançado sem- históricas, como a construção de creches e o
pre na perspectiva do diálogo e da construção enfrentamento massivo à violência contra as
coletiva com os movimentos de mulheres, fe- mulheres, ganham força e concretude, por um
ministas e demais movimentos sociais, rever- lado; por outro, em um contexto mais amplo,
tendo lógicas desiguais presentes há séculos as políticas públicas para as mulheres assu-
em nossa sociedade. mem significados distintos, ora indicando um
campo de atividade, ora um propósito político,
Em julho de 2004, fomentada pela SPM, reali-
efetivando programas de ação com resultados
zou-se a 1ª Conferência Nacional de Políticas
específicos. As políticas orientam as ações do
para as Mulheres (1ª CNPM), com 1.787 dele-
Estado a fim de combater problemas decor-
gadas que debateram as suas agendas e ela-
rentes de práticas assimétricas historicamente
boraram o I PNPM. O processo como um todo
configuradas que inviabilizam o processo de
envolveu mais de 120 mil mulheres em todas
participação social e política democrática e
as regiões do país. Em agosto de 2007, ocor-
igualitária, de mulheres e homens.
reu a 2ª Conferência Nacional de Políticas para
as Mulheres (2ª CNPM), com a participação de
200 mil mulheres, das quais 2.800 constituí-
ram a delegação na etapa nacional, que sistema- Princípios orientadores do PNPM 2013 - 2015
Ɵzou um conjunto de propostas e demandas ao
Estado brasileiro. A parƟr das resoluções da 2ª O PNPM 2013-2015 constitui-se em um ele-
CNPM, foi elaborado o II PNPM. mento estrutural da configuração de um Es-
tado democrático. Contribui para o fortale-
A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as cimento e a institucionalização da Política
Mulheres (3ª CNPM) ocorreu em dezembro Nacional para as Mulheres aprovada a partir
de 2011, com 200 mil participantes em todo de 2004, e referendada em 2007 e em 2011,
o país e 2.125 delegadas na etapa nacional. pelas respectivas conferências. Como um pla-
Como resultado, temos o PNPM 2013-2015, no nacional, reafirma os princípios orientado-
com ainda maior inserção das temáticas de res da Política Nacional para as Mulheres:
gênero em diversas frentes do governo.
y autonomia das mulheres em todas as di-
No mandato de Dilma Rousseff, primeira mu- mensões da vida;
lher presidenta do Brasil, o Plano de Políticas
para as Mulheres torna-se um instrumento y busca da igualdade efetiva entre mulheres
ainda mais importante, tendo em vista que, e homens, em todos os âmbitos;
em seu governo, a Secretaria de Políticas para y respeito à diversidade e combate a todas as
as Mulheres assume maior protagonismo e formas de discriminação;

9
y caráter laico do Estado; Já enquanto conjunto de ações e de práticas, a
transversalidade das políticas de gênero cons-
y universalidade dos serviços e benefícios titui uma nova estratégia para o desenvolvi-
ofertados pelo Estado; mento democrático como processo estrutu-
y participação ativa das mulheres em todas rado em função da inclusão sociopolítica das
as fases das políticas públicas; e diferenças tanto no âmbito privado quanto no
público; sendo também, e sobretudo, neces-
y transversalidade como princípio orientador sária nos espaços de relação de poder e de
de todas as políticas públicas. construção da cidadania.
Sabemos que as práticas patriarcais seculares Por meio da gestão da transversalidade é
enraizadas nas relações sociais e nas diversas possível a reorganização de todas as políticas
institucionalidades do Estado devem ser com- públicas e das instituições para incorporar a
batidas no cotidiano de maneira permanente. perspectiva de gênero, de modo que a ação
A busca pela igualdade e o enfrentamento das do Estado como um todo seja a base da polí-
desigualdades de gênero fazem parte da his- tica para as mulheres. Na elaboração de todas
tória social brasileira, história esta construída as políticas públicas, em todas as suas fases,
em diferentes espaços e lugares com a parti- deve ser perguntado: como é possível contri-
cipação de diferentes mulheres, com maior e buir para sedimentar a igualdade de gênero?
menor visibilidade e presença política.
Insere-se assim, no âmbito dessas políticas, o
Há muito as mulheres vêm questionando paradigma da responsabilidade compartilha-
nos espaços públicos e privados a rígida di- da: não cabe apenas ao organismo de políti-
visão sexual do trabalho; com isto, vêm contri- cas para as mulheres promover a igualdade de
buindo para mudar as relações de poder histo- gênero, mas a todos os órgãos dos três níveis
ricamente desiguais entre mulheres e homens. federativos. Para tanto, o PNPM é implemen-
Nesse senƟdo, gerações de mulheres têm se tado com base na transversalidade, tanto do
comprometido em construir um mundo igual ponto de vista horizontal (entre os ministérios)
e justo, buscando igualdade entre mulheres quanto do verƟcal (porque ele responde nos ní-
e homens, com respeito às diferentes orien- veis estadual, distrital e municipal às conferên-
tações sexuais, além da igualdade racial e cias realizadas nesses âmbitos e também porque
étnica. Afinal, tais diferenças são apenas mais precisa da parceria dos governos estaduais, dis-
uma expressão da rica diversidade humana e trital e municipais para melhores resultados).
é preciso garantir igualdade de oportunidades
para todas as pessoas. Nesse cenário, a Secretaria de Políticas para
as Mulheres adquire o papel de coordenação
Para a transformação dos espaços cristaliza- horizontal e, enquanto coordenadora, deve
dos de opressão e invisibilidade das mulheres articular os órgãos, organizar os trabalhos,
dentro do aparato estatal, faz-se necessário acompanhar e avaliar os resultados.
um novo jeito de fazer política pública: a trans-
versalidade. A transversalidade das políticas A transversalidade permite abordar proble-
de gênero é, ao mesmo tempo, um construto mas multidimensionais e intersetoriais de
teórico e um conjunto de ações e de práticas forma combinada, dividir responsabilidades e
políticas e governamentais. superar a persistente “departamentalização”
da política. Na medida em que considera to-
Enquanto construto teórico orientador, a das as formas de desigualdade, combina ações
transversalidade das políticas de gênero con- para as mulheres e para a igualdade de gênero
siste em ressignificar os conceitos-chave que e, dessa forma, permite o enfrentamento do
possibilitam um entendimento mais amplo e problema por inteiro.
adequado das estruturas e dinâmicas sociais
que se mobilizam – na produção de desigual-
dades de gênero, raciais, geracionais, de clas-
se, entre outras.

10
PNPM
Processo de elaboração do PNPM 2013 - 2015 Seguiu-se ao encontro com o CNDM uma am-
pla reunião com o Comitê de ArƟculação e Moni-
A elaboração do Plano Nacional de PolíƟcas para toramento do PNPM, quando foram intensiĮca-
as Mulheres deu-se a parƟr de um amplo e par- das as pactuações com os órgãos e ministérios.
ƟcipaƟvo processo. ParƟu-se das determinações
Por fim, houve um processo de sistematização
constantes nas resoluções de caráter geral da 3ª
das pactuações, bem como das sugestões, co-
Conferência Nacional de PolíƟcas para as Mulhe-
mentários e críticas advindas do CNDM.
res, bem como das demais resoluções aprovadas.
O Plano está organizado em dez capítulos. Cada
À luz da nova conjuntura políƟca, social e eco-
capítulo tem seus objeƟvos gerais e especíĮcos,
nômica que despontou no início de 2012, foi es-
metas, linhas de ação e ações. Ao longo do PNPM,
tabelecido um grupo de trabalho interno à SPM
algumas metas estão quanƟĮcadas e outras não.
que procedeu a uma releitura dos eixos conƟdos
Isso ocorre porque muitas das metas já estavam
no II PNPM, bem como dos compromissos assu-
negociadas. Algumas são metas que já constam do
midos no PPA 2013-2015 para a elaboração de
Plano Plurianual – PPA 2012-2015, enquanto ou-
uma primeira minuta do PNPM 2013-2015. Nes-
tras estão sendo constantemente repactuadas.
se movimento, reforçou-se o compromisso com
Além disso, há metas não quanƟĮcáveis e algu-
o Eixo 9 – que trata do enfrentamento do racis-
mas ações não orçamentárias que também se
mo, sexismo e lesbofobia –, uma das resoluções
consƟtuem metas das políƟcas para as mulheres.
da 3ª Conferência, em função da sua relevância
É preciso considerar o caráter transversal e com-
e perƟnência. O compromisso com o fortaleci-
plexo na implementação do PNPM, pois algumas
mento das ações desse eixo foi materializado
ações são implementadas diretamente pela SPM
com a criação de uma Coordenação da Diversi-
enquanto outras são implementadas por diver-
dade junto à Secretaria de ArƟculação InsƟtu-
sos outros órgãos governamentais, não cabendo
cional e Ações TemáƟcas (Saiat), assim como de
à SPM sua execução. Isso faz com que haja maior
uma assessoria voltada às questões das mulhe-
variedade na complexidade dos objeƟvos e metas,
res do campo e da Ňoresta, partes integrantes da
que foram padronizados no que foi possível, tanto
SPM, para que estas questões tenham um acom-
na forma quanto no conteúdo, mas ainda mantêm
panhamento diário e mais próximo.
graus de detalhamento variados, dada a nature-
Houve intenso trabalho interno de todas as za da própria políƟca transversal.
áreas da SPM na elaboração do PNPM 2013-
O primeiro capítulo trata de igualdade no mundo
2015. Além de articular as resoluções da
do trabalho e autonomia econômica, com ênfase
3ª Conferência, atualizando o II PNPM e seguin-
nas políƟcas de erradicação da pobreza e na ga-
do as disposições contidas no PPA 2013-2015,
ranƟa da parƟcipação das mulheres no desenvol-
levou-se em consideração o Planejamento Es-
vimento do país. O segundo capítulo traz ações
tratégico Interno que propõe e sistematiza os
para construção de educação para igualdade e
principais objetivos e metas a serem persegui-
cidadania, contribuindo para promover o acesso,
dos pela SPM para o ano de 2013.
a permanência e o sucesso de meninas, jovens e
Após essa fase de sistematização das resolu- mulheres à educação de qualidade, com ênfase
ções da 3ª Conferência e consolidação inter- em grupos com baixa escolaridade. O terceiro
na, iniciou-se um amplo processo de pactu- capítulo enfoca a saúde integral das mulheres,
ação dos Objetivos, Metas, Linhas de Ação e os direitos sexuais e os direitos reproduƟvos,
Ações contidas no Plano junto aos demais ór- visando promover a melhoria das condições de
gãos e ministérios que compartilham respon- vida e de saúde das mulheres em todas as fa-
sabilidades no PNPM. Consolidada esta etapa, ses do seu ciclo vital. O quarto capítulo é dedi-
procedeu-se à nova rodada de debates com a cado ao enfrentamento de todas as formas de
sociedade civil organizada e os movimentos violência contra as mulheres. O capítulo cinco
sociais por meio de reuniões junto ao Conse- tem por objetivo fomentar e fortalecer a par-
lho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) ticipação igualitária, plural e multirracial das
e abertura de prazo para envio de sugestões, mulheres nos espaços de poder e decisão. O
comentários e críticas ao Plano em gestação. capítulo seis trata de desenvolvimento susten-

11
tável com igualdade econômica e social, para sição do Comitê de ArƟculação e Monitoramento
democratizar o acesso aos bens da natureza e do PNPM foi reformulada, com adição de onze no-
aos equipamentos sociais e serviços públicos. vos membros. O Comitê passa a ter como mem-
O capítulo sete tem por objeƟvo promover o for- bros efeƟvos 32 órgãos governamentais, além das
talecimento econômico e o direito à vida de qua- três representações do CNDM. Conta ainda com con-
lidade das mulheres no meio rural, respeitando vidados eventuais, integrados pela Organização das
as especiĮcidades das mulheres do campo e da Nações Unidas (ONU) Mulheres, Organização Inter-
Ňoresta e comunidades tradicionais, com ga- nacional do Trabalho (OIT) e representações dos Or-
ranƟa do acesso à terra, bens, equipamentos e ganismos de PolíƟcas para as mulheres dos estados,
serviços públicos. O capítulo oito agrega ações Distrito Federal e municípios.
nas áreas de cultura, esporte, comunicação e mí-
dia, para a construção de uma cultura igualitária, Além do fortalecimento do Comitê, para a im-
democráƟca e não reprodutora de estereóƟpos plementação transversal do PNPM, a SPM con-
de gênero. O capítulo nove enfrenta questões re- sidera fundamental a consolidação de mecanis-
lacionadas ao racismo, sexismo e lesbofobia, para mos de gênero nos órgãos e ministérios. Sejam
combater o preconceito e a discriminação basea- esses mecanismos assessorias, coordenações ou
das na orientação sexual e idenƟdade de gênero. E diretorias, a transversalidade das políƟcas públi-
o capítulo dez promove a igualdade para as mulhe- cas na questão de gênero somente se insƟtucio-
res jovens, idosas e mulheres com deĮciência, para naliza quando todos os órgãos do governo inter-
a garanƟa do protagonismo dessas mulheres nas nalizam o olhar de gênero como uma constante
políƟcas públicas, bem como em seu acesso a equi- em suas ações.
pamentos e serviços públicos. Além desses dez capí- Portanto, a proposição de políƟcas especíĮcas
tulos, há também a preocupação com gestão e mo- de gênero propostas pelo PNPM busca dialogar
nitoramento, para bem implementar, acompanhar e com todas as esferas governamentais/insƟtucio-
monitorar o PNPM 2013-2015, com integração das nais, assim como com a sociedade civil. O PNPM
ações e arƟculação entre os diferentes órgãos dos é a conĮguração do resultado de lutas dos movi-
governos federal, distrital, estaduais e municipais. mentos de mulheres que vêm se mobilizando des-
Apesar de ser um Plano Nacional, o PNPM de o início do século XIX, contra todas as situações
2013-2015 também aponta ao longo dos ca- de opressão e de discriminação, exigindo a amplia-
pítulos quais linhas de ação e ações que ex- ção de seus direitos civis e políƟcos, seja por inicia-
trapolam as fronteiras do território nacional. Ɵva individual, seja pelo coleƟvo de mulheres.
Assim, as políticas públicas para as mulheres Nas úlƟmas décadas, o movimento das mulhe-
que possuem alcance internacional estão pre- res brasileiras ganhou novas caracterísƟcas e se
sentes ao longo das ações nos diversos capítu- Įrmou como sujeito políƟco aƟvo no processo
los que integram esse Plano. brasileiro de democraƟzação e de parƟcipação
políƟca, cuja extensão inseriu a luta das mulhe-
res negras contra a opressão de gênero e de raça.
Gestão e monitoramento do Plano Entretanto, ainda existem muitas brasileiras que
sofrem com as mais diversas formas de violên-
Passada a etapa de construção e divulgação do cia, discriminação e salários desiguais. Uma boa
PNPM 2013-2015, inicia-se agora a etapa mais parte da população feminina ainda não tem
importante que é a implementação das suas acesso a bens e serviços fundamentais, o que
ações. Esse é um processo complexo; por um acentua a persistência de relações desiguais de
lado, exige da SPM um papel de coordenação da poder entre mulheres e homens na sociedade.
gestão e do monitoramento do PNPM; por ou-
tro, uma parƟcipação aƟva da sociedade civil e Este PNPM tem impacto direto na vida das mu-
dos movimentos sociais no controle social das lheres e reŇete a convicção de que, mediante ar-
políƟcas acordadas. Ɵculação e monitoramento para implementação
de suas ações, permite construir um país mais
Para que esse processo de Gestão e Monitora- justo, mais desenvolvido, mais igualitário e mais
mento possa ser aprimorado e efeƟvo, a compo- parƟcipaƟvo.

12
Capítulo 1
Igualdade no mundo do trabalho e autonomia econômica
A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Ainda assim, é preciso atentar para divisão do
Mulheres reafirmou a importância da continui- trabalho dentro de casa. Em 2010, as mulhe-
dade das políticas de autonomia das mulheres res informaram ao Instituto Brasileiro de Geo-
como princípio gerador de políticas e ações do grafia e Estatística (IBGE) que gastam 24 horas
poder público que são propostas para a socie- por semana em atividades domésticas não re-
dade. A autonomia econômica e a igualdade muneradas, enquanto os homens declararam
entre mulheres e homens no mundo do traba- usar 10 horas nas mesmas tarefas. Diminuir
lho estão fundamentadas em ações específi- o tempo das mulheres nos afazeres de casa é
cas que visam a eliminação da desigual divisão tarefa de políticas públicas para a autonomia
sexual do trabalho, com ênfase na erradicação econômica. Dessa forma, fazem parte desse
da pobreza e na garantia de participação das plano ações que enfrentam esta desigualda-
mulheres no desenvolvimento do Brasil. de, com a criação de equipamentos públicos e
um debate profundo sobre o compartilhamen-
O enfrentamento da vulnerabilidade social já to do uso do tempo e a corresponsabilidade
conquistou avanços. Em 2011, vimos a tercei- pelas tarefas domésticas. Essas ações também
ra maior taxa de geração de empregos formais devem estar voltadas para as mulheres do
desde 1985, e com ela, o aumento da partici- campo e da floresta, cujo trabalho doméstico
pação das mulheres no mercado de trabalho extrapola também para o cultivo de alimentos
formal. No entanto, há ainda um quadro de e criação de animais.
desigualdade entre mulheres e homens para o
qual a 3ª CNPM e este plano dedicam suas re- As mulheres do campo e da floresta estão en-
soluções e ações: sete em cada 10 homens na volvidas em ações que visam o fortalecimento
população economicamente aƟva trabalham ou das organizações produtivas e do empreende-
procuram emprego, e menos de cinco em cada dorismo, de modo a garantir que a autonomia
10 mulheres estão na mesma situação. A dife- econômica atenda às demandas de acesso à
rença de rendimentos é marcante: as mulheres terra, assistência técnica e a especificidades
recebem 73,8% dos rendimentos dos homens. de seus saberes.
A diminuição da desigualdade reforça a neces-
sidade de políticas específicas dentro do go-
verno federal para a conquista da autonomia Objetivo geral
econômica das mulheres. Assim, as políticas
Promover a igualdade no mundo do trabalho
estabelecidas neste plano reforçam a impor-
e a autonomia econômica das mulheres urba-
tância de se desenvolver ações para a inser-
nas, do campo e da floresta, considerando as
ção e permanência das mulheres no merca-
desigualdades entre mulheres e homens, as
do de trabalho, especialmente em profissões
desigualdades de classe, raça e etnia, desen-
não tradicionais com o objetivo de diminuir a
volvendo ações específicas que contribuam
diferença de rendimentos. Soma-se a este o
para a eliminação da desigual divisão sexual
objetivo de aumentar a formalização das mu-
do trabalho, com ênfase nas políƟcas de erradi-
lheres, as carteiras assinadas e consequente-
cação da pobreza e na valorização da parƟcipa-
mente, a garantia de direitos trabalhistas para
ção das mulheres no desenvolvimento do país.
elas. Das mulheres economicamente ativas,
17% são trabalhadoras domésticas e a maioria
não tem registro em carteira. Dessa forma, a
ampliação de direitos e a valorização das tra- Objetivos específicos
balhadoras domésticas por meio de mudanças
na legislação social e aumento da formaliza- I. Ampliar a parƟcipação e a permanência das mu-
ção são ações que garantirão um quadro de lheres no mundo do trabalho, garanƟndo a quali-
maior equidade. dade nas condições e igualdade de rendimentos.

14
PNPM
II. Promover a organização produtiva e o aces- K. Apoiar a construção de 6 mil unidades de
so à renda para mulheres, especialmente das creches e pré-escolas até 2014.
em situação de vulnerabilidade social.
L. Emitir 1.200.000 documentos jurídicos e ci-
III. Promover a valorização e o reconhecimen- vis para mulheres rurais.
to da contribuição das mulheres do campo, da
floresta, mulheres indígenas, das comunidades M. Garantir que no mínimo a metade dos be-
tradicionais e das mulheres com deĮciência para neficiários do Bolsa-Formação Inclusão Pro-
o desenvolvimento econômico do país. dutiva para beneficiárias do Bolsa-Família, no
âmbito do Pronatec, sejam mulheres.
IV. Promover políticas que visem o comparti-
lhamento das responsabilidades domésticas e N. Atender a 60 mil escolas até 2014, com recur-
que contribuam para a superação da divisão sos para a promoção de aƟvidades socioeduca-
sexual do trabalho. Ɵva, ampliando o tempo e o espaço educaƟvo.

V. Ampliar a formalização do trabalho das mu-


lheres e a garantia de direitos. Linhas de ação
1.1. Promoção da inserção e da permanência
Metas das mulheres em relações formais de trabalho
não discriminatórias em razão de sexo, ori-
A. Buscar o aumento em 10% das taxas de par- gem, raça, etnia, classe social, idade, orienta-
ticipação e de ocupação das mulheres, em re- ção sexual, idenƟdade de gênero ou deĮciência,
lação a 2009. com igualdade de rendimentos e fomento à as-
censão e à permanência em cargos de direção.
B. Trabalhar para a diminuição da taxa de de-
sigualdade de rendimentos entre mulheres e 1.2. Promoção da autonomia econômica das
homens, em relação a 2009. mulheres por meio da assistência técnica e ex-
tensão rural, do acesso ao crédito e do apoio
C. Ampliar a cobertura previdenciária das mu- ao empreendedorismo, ao associativismo, ao
lheres, de 64,5% em 2009, para 75% até 2015. cooperativismo e à comercialização, com fo-
D. Atender 180 mil mulheres em cursos de mento a práticas de economia solidária.
profissionalização e elevação de escolaridade 1.3. Ampliação da oferta de equipamentos pú-
em processos e programas distintos e descen- blicos e de políticas que favoreçam o aumento
tralizados (inclusive Mulheres Mil). do tempo disponível das mulheres, promo-
E. Capacitar 100 mil mulheres até 2014 (Mu- vendo a sua autonomia, inclusive para a sua
lheres Mil). inserção no mercado de trabalho.
F. Ampliar a taxa de formalização das mulhe- 1.4. Estímulo à capacitação profissional de
res no mercado de trabalho. mulheres e a sua inserção em ocupações que
G. Estimular a formulação e difusão de dados não reforcem a divisão sexual do trabalho.
e indicadores sobre o trabalho das mulheres. 1.5. Ampliação e regulamentação dos direitos
H. Atuar para a aprovação de legislação, e sua re- das trabalhadoras domésticas.
gulamentação, para maior igualdade no mundo do 1.6. Promoção da proteção e seguridade social
trabalho, incluindo ampliação dos direitos das tra- das mulheres, em especial daquelas em situa-
balhadoras domésƟcas e ênfase na formalização. ção de vulnerabilidade, com vistas a erradicar
I. Ampliar a presença de mulheres em posição a pobreza e melhorar suas condições de vida.
de chefia e direção no mercado de trabalho.
1.7. Promoção da obtenção de documentação
J. Ampliar a oferta de creches e outros equi- civil e jurídica para mulheres, nos espaços ur-
pamentos públicos que interferem na divisão banos e rurais, ampliando seu acesso a direi-
sexual do trabalho, na cidade e no campo. tos e serviços.

15
Plano de ação
Linha de ação 1.1. Promoção da inserção e da permanência das mulheres em relações formais de
trabalho não discriminatórias em razão de sexo, origem, raça, etnia, classe social, idade, orien-
tação sexual, identidade de gênero ou deficiência, com igualdade de rendimentos e fomento à
ascensão e à permanência em cargos de direção.

Órgão PPA ObjeƟvo/Meta


Ações Parceiros
responsável ou IniciaƟva

1.1.1. Ampliar a oferta de cursos de proĮssionalização arƟcu-


SPM,
lados com o aumento da escolaridade, especialmente para mu- MEC 0588/02B3
Seppir
lheres em situação de vulnerabilidade social (Mulheres Mil).
1.1.2. Fortalecer a parƟcipação das mulheres nos programas e
MEC, MDS, MTE,
iniciaƟvas de capacitação proĮssional, voltados especialmente 0582/02A2
SPM Seppir
para o ensino técnico-proĮssionalizante (Pronatec e outros).
1.1.3. Realizar no mínimo três campanhas de valorização do
trabalho da mulher, do emprego domésƟco e de incenƟvo à SPM Seppir 0931/03XH
formalização da mulher no mundo do trabalho.
1.1.4. Ampliar o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça e
ações que visem à promoção das mulheres e alteração de di- SPM Seppir 0931/03XL
nâmicas de discriminação no local de trabalho.
1.1.5. ArƟcular no Congresso Nacional para discussão sobre a
Convenção 156 da OIT - Igualdade de Oportunidades e Trata- SRI SPM 0934/03Y2
mento de Gênero e Raça no Trabalho.
1.1.6. ArƟcular para aprovação do Projeto de Lei nº 6.653/2009,
SPM - 0934/03Y2
relaƟvo à igualdade de gênero no mundo do trabalho.
1.1.7. Fomentar a inserção no mercado de trabalho da mulher 0961/043S
jovem, na sua diversidade, garanƟndo e Įscalizando a apli- 0961/043T
SPM, MTE, Seppir,
cabilidade das leis que oferecem às adolescentes e jovens a 0961/043V
SNJ/SG/PR MEC
oportunidade do primeiro emprego e de sua formação como 0961/043W
aprendizes. 0961/04AG
0934/03Y2
1.1.8. Apoiar a cooperação bilateral sobre políƟcas para as
SPM, MRE - 0934/03Y6
mulheres, do campo e da cidade, entre países do Mercosul.
0759/030J
0442/01GM
0442/01GS
1.1.9. Contribuir para ampliar a inserção e a permanência de 0442/01GP
SPM SDH
mulheres com deĮciência no mercado de trabalho formal. 0869/03KH
0268/00UT
0287/6ª meta
1.1.10. Contribuir para a consolidação da políƟca de valoriza-
MTE, SPM MF 0869/9ª meta
ção do salário mínimo.
1.1.11. Implementar ações que incenƟvem a igualdade salarial Seppir, 0869/1ª meta
MTE, SPM
entre mulheres e homens, e entre mulheres negras e não negras. Funai 0948/ -
1.1.12. Ampliar a construção sistemáƟca de estaơsƟcas e in-
IBGE,
dicadores que tornem visível a produção social e econômica SPM 0579/029O
Ipea
das mulheres.
1.1.13. Promover a discussão e produção de indicadores rela-
MP/IBGE,
cionados ao tema da orientação sexual e desigualdade racial 0579/029O
SPM Seppir,
em disƟntos âmbitos da produção de estaơsƟcas sobre o mer- 0257/ -
SDH
cado de trabalho.
1.1.14. EsƟmular os insƟtutos de pesquisa na produção de dados MDS,
MEC, MTE, 0935/12ª meta
e indicadores sobre o trabalho domésƟco e o uso do tempo, bem SDH,
SPM, Seppir 0829/ -
como para idenƟĮcação do trabalho infanƟl domésƟco. IBGE, Ipea
1.1.15. Implementar programas de enfrentamento ao traba-
lho infanƟl domésƟco, ampliando, qualiĮcando e arƟculando
programas, ações e serviços para a proteção e defesa dos di- MDS, MTE SPM, SDH 0829/ -
reitos de crianças e adolescentes idenƟĮcados na execução
dessa aƟvidade.
16
PNPM
Linha de ação 1.2. Promoção da autonomia econômica das mulheres por meio da assistência téc-
nica e extensão rural, do acesso ao crédito e do apoio ao empreendedorismo, ao associativismo,
ao cooperativismo e à comercialização, com fomento a práticas de economia solidária.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.2.1. Apoiar projetos empreendedores e de organização 0931/5ª meta


SPM,MTE,
produƟva de mulheres nos meios urbano e rural e favorecer MDS, MDA 0759 / -
Seppir, BB
mecanismos para comercialização de sua produção. 0411/ -
1.2.2. Apoiar projetos de organização produƟva das mulhe- 0931/5ª meta
res rurais, garanƟndo o acesso ao crédito, à assistência e 0759/ -
MDA, SPM Seppir, BB
assessoria técnica e socioambiental, bem como o apoio à 0979/ -
comercialização, à agroecologia e à agricultura familiar. 0411/ -
1.2.3. IncenƟvar o acesso de mulheres às incubadoras e em-
0931/ -
preendimentos econômicos solidários e fortalecer a rede de MTE, SPM Seppir, BB
0983/ -
mulheres na economia solidária.
0979/2ª meta
1.2.4. Apoiar projetos de empreendimentos econômicos so-
0931/ -
lidários de grupos de mulheres, favorecendo mecanismos MTE, SPM Seppir, BB
0983/ -
para comercialização de sua produção.
1.2.5. Fortalecer o acesso qualiĮcado das mulheres às linhas 0291/ -
SPM Seppir, BB
de microcrédito produƟvo e assistência Įnanceira. 0411/ -
1.2.6. Apoiar a cooperação bilateral sobre políƟcas de tra-
balho para as mulheres, em especial, no âmbito da América SPM, MRE Seppir 0934/03Y6
LaƟna e do Caribe.

Linha de ação 1.3. Ampliação da oferta de equipamentos públicos e de políticas que favoreçam o
aumento do tempo disponível das mulheres, promovendo a sua autonomia, inclusive para a sua
inserção no mercado de trabalho.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.3.1. Ampliar a construção e o Įnanciamento de creches e


pré-escolas públicas, nos meios urbano e rural, priorizando a MEC SPM, MDS 0596/02BP
educação de qualidade em tempo integral.
1.3.2. Implantar equipamentos públicos e qualiĮcar serviços
públicos de apoio à produção, abastecimento e consumo de MEC MDS 0378/ -
alimentos (Brasil Carinhoso).
1.3.3. Apoiar a promoção de aƟvidades socioeducaƟvas nas
0596/02BP
escolas, ampliando o tempo e o espaço educaƟvo nas redes MEC SPM
0931/03XL
de ensino públicas.
1.3.4. ArƟcular para aprovação da legislação relaƟva à univer-
salização da licença maternidade de 180 dias e regulamenta- SPM, SRI - 0934/03Y2
ção e ampliação da licença paternidade.
1.3.5. EsƟmular a promoção da oferta de equipamentos sociais
que contribuam para o comparƟlhamento social das tarefas do-
mésƟcas, bem como o acesso à alimentação de baixo custo, por
SPM, MDS - 0378/ -
meio da modernização da rede de equipamentos públicos de apoio
ao abastecimento e consumo de alimentos (restaurantes populares,
cozinhas comunitárias, banco de alimentos, entre outros).
1.3.6. Implementar e ampliar políƟcas e equipamentos sociais 0934/6ª meta
SPM, SDH,
voltados para a população idosa, considerando as mudanças - 0669/3ª meta
MDS
populacionais em curso. 0256/ -
17
Órgão PPA ObjeƟvo/
Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.3.7. Promover a cultura de comparƟlhamento do trabalho


SPM, Secom,
domésƟco entre mulheres e homens, por meio da realização
SRI, MTE, - 0934/03Y2
de campanhas, ampliação da licença paternidade e o debate
Seppir
sobre a licença parental.
1.3.8. Antecipar recursos do Fundeb para matrículas em no-
vas turmas de educação infanƟl, ainda não cadastradas no MEC - 0598/02BY
Censo Escolar da Educação Básica.
1.3.9. Aumentar em 50% o valor anual da remuneração pelo
Fundeb por matrícula em creche de crianças beneĮciárias MEC MDS 0598/02BY
do Bolsa Família.

Linha de ação 1.4. Estímulo à capacitação profissional de mulheres e a sua inserção em ocupações
que não reforcem a divisão sexual do trabalho.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.4.1. Contribuir para reorganização das estratégias de for- 0931/03XH


MEC,
mação para o mercado de trabalho, de modo a reduzir a MTE, SPM, 0948/0421
Funai/MJ,
discriminação de mulheres negras, indígenas e lésbicas em Seppir 0289/3ª meta
SDH
postos de trabalho. 0257/00SP
0948/0421
1.4.2. Apoiar projetos de municípios, do Distrito Federal e de
0931/03XL
estados para capacitação de mulheres para a sua inserção Seppir,
SPM 0936/2ª meta
em setores e ocupações consideradas masculinas, priorizan- Funai/MJ
0936/03YI
do capacitação em setores tecnológicos.
0936/03YF
1.4.3. EsƟmular a inserção e permanência das mulheres no
SPM, MEC, 0287/ -
mercado de trabalho no setor de turismo por meio de capa- MTE, ME
MTur 0936/2ª meta
citação e acesso às aƟvidades econômicas.
0597/02BQ
1.4.4. Incluir as dimensões de gênero, étnica, racial e de MEC, MTE,
0588/02B3
orientação sexual nos programas de formação para o mundo SPM, Seppir, -
0776/0335
do trabalho implementados pelo governo federal. SDH
0931/03XL
1.4.5. Realizar campanhas de valorização das proĮssões de-
SPM Secom 0936/03YF
sempenhadas majoritariamente por mulheres.
0961/043S
0961/043T
1.4.6. Realizar projetos de capacitação das adolescentes tra-
0961/043V
balhadoras domésƟcas para inserção em outras aƟvidades MTE, SPM MDS, SDH
0961/043W
de trabalho.
0961/04AG
0829/03DS

Linha de ação 1.5. Ampliação e regulamentação dos direitos das trabalhadoras domésticas.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.5.1. Construir diálogo social visando ampliar o nível de for- MTE, SPM, 0931/3ª meta
-
malização do trabalho domésƟco remunerado no Brasil. Seppir 0862/03JO
1.5.2. ArƟcular para aprovação da Convenção 189 da Organi-
zação Internacional do Trabalho sobre trabalho decente das SPM, SRI, MTE Seppir, MRE 0931/13ª meta
trabalhadoras e dos trabalhadores domésƟcos.

18
PNPM
Órgão PPA ObjeƟvo/
Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.5.3. Articular para assegurar às trabalhadoras domésti- 0869/4ª meta


cas os mesmos direitos previstos na CLT aos demais assa- SPM, SRI Seppir 0931/3ª meta
lariados. 0862/03JO
1.5.4. Promover alterações administrativas e fiscais visan-
SPM, MTE, 0931/03XH
do facilitar o cumprimento dos direitos das trabalhadoras -
MPS, MF 0862/03JO
domésticas.

Linha de ação 1.6. Promoção da proteção e seguridade social das mulheres, em especial daquelas em
situação de vulnerabilidade, com vistas a erradicar a pobreza e melhorar suas condições de vida.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.6.1. Ampliar a seguridade social para as mulheres, valori-


zando o trabalho domésƟco não remunerado pelo fortaleci- SPM, MPS Seppir 0250/2ª meta
mento da Lei nº 12.470/2011.
1.6.2. Promover ações arƟculadas para ampliação da inscri-
ção das mulheres no sistema previdenciário, envolvendo do-
nas de casa, empreendedoras autônomas, produtoras rurais MPS, SPM Seppir 0250/2ª meta
e demais segmentos de mulheres do campo e da cidade, em-
pregadas domésƟcas.
1.6.3. Fortalecer as iniciaƟvas para implementação da legis-
lação que possibilita o direito de aposentadoria das donas de MPS, SPM Seppir 0250/2ª meta
casa de baixa renda.

Linha de ação 1.7. Promoção da obtenção de documentação civil e jurídica para mulheres, nos
espaços urbanos e rurais, ampliando seu acesso a direitos e serviços.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

1.7.1. EsƟmular e fortalecer as iniciaƟvas relaƟvas à emis-


0254/00RK
são do Registro Civil de Nascimento e documentação básica, SDH SPM
0254/00RM
com vistas ao atendimento das mulheres urbanas.
0981/046E
0254/00RK
1.7.2. Ampliar a emissão da documentação civil e jurídica MDA, SPM,
Funai/MJ 0254/00RM
para as trabalhadoras rurais e urbanas. SDH
0576/028Y
0948/ -
1.7.3. Execução de muƟrões iƟnerantes para emissão gratui-
0981/046E
ta de documentação civil básica, realização de atendimen-
0254/00RK
to previdenciário e serviços de apoio à formalização, bem
MDA SPM 0254/00RM
como execução de ações educaƟvas, visando assegurar às
0576/028Y
trabalhadoras rurais o pleno exercício dos seus direitos so-
0948/ -
ciais, econômicos e sua cidadania.

19
Capítulo 2
Educação para igualdade e cidadania
Desde o início do século XX, a luta das mulhe- Atento em relação a este aspecto, o Fundo das
res pela ampliação de sua cidadania esteve Nações Unidas para a Infância (Unicef) liderou
presente na sociedade ocidental, desvendou a adoção pela Assembleia Geral das Nações
novos temas para o exercício da cidadania e Unidas da Convenção dos Direitos da Criança,
orientou diversos ramos do conhecimento. em 1989. O Conselho Executivo do Unicef ele-
Este movimento social consolidou novas for- geu a menina como centro de suas atenções
ças políticas e, ao questionar velhos estereó- na década de 1990. Na trajetória dessa ofen-
tipos sobre o papel feminino, abriu novas pos- siva, cinco conferências internacionais foram
sibilidades e oportunidades na sociedade para realizadas pela ONU, nos anos 1990, sobre
que as mulheres pudessem exercer atividades mulheres, desenvolvimento e educação. Parti-
fora do espaço doméstico. cularmente a Conferência Mundial “Educação
para Todos” em Dakar, em 2000, retomou os
A importância da educação para consolidação princípios da Conferência de Jomtien (Tailân-
do exercício de direitos e para construção da dia) que havia reiterado o enfoque da igual-
autonomia individual e coletiva, bem como dade de acesso educacional entre os sexos e
para o desenvolvimento econômico e social do dedicou atenção especial à educação das me-
mundo moderno, é reconhecida mundialmen- ninas e às diferenças entre as relações de gê-
te. É um meio fundamental para o desmonte nero. Este cenário internacional repercutiu no
das desigualdades sociais de gênero, raciais, Brasil e vários indicadores quantitativos foram
étnicas, geracionais, de orientação sexual, construídos para monitorar ações governa-
regionais e locais. Esta constatação está mentais de modo a identificar as desigualda-
contemplada nos Objetivos de Desenvolvi- des de gênero.
mento do Milênio das Nações Unidas, que
têm como uma de suas metas a eliminação No Brasil, desde 2004, o Plano Nacional de Po-
das disparidades entre os sexos em todos líƟcas para as Mulheres trata a educação como
os níveis de ensino até 2015. O movimento um dos eixos fundamentais para a construção
de mulheres, desde seus primórdios, voltou de uma sociedade igualitária entre mulheres
seu olhar para o processo educacional para e homens. Até este momento, em que o atual
explicar como são produzidas as desigual- Plano Nacional de PolíƟcas para Mulheres para
dades entre mulheres e homens no âmbito o período de 2013-2015 está sendo entregue à
educacional; entendendo-o também como sociedade brasileira, a educação brasileira ainda
importante veículo de mudança da sociedade não incorporou totalmente o princípio da igual-
e reivindicando acesso igualitário para todas dade de gênero. Há paridade nas matrículas em
as pessoas. quase todos os níveis de ensino. A desigualdade
de gênero foi reduzida no acesso e no processo
Uma avaliação de gênero do processo educa- educacional, mas permanecem diferenças nos
cional nacional implica na análise das políticas conteúdos educacionais e nos cursos e nas car-
educacionais contemporâneas praticadas pelo reiras acessados por mulheres e homens.
Estado nas últimas décadas. Este olhar sobre
as relações de gênero aponta para o caráter Se, por um lado, grande parte dos indicadores
construído de mulheres e homens como su- educacionais mostra que as mulheres se so-
jeitos históricos em contraponto com a na- bressaem em relação aos homens; esses indi-
turalização do feminino e masculino. É com cadores também comprovam a persistência de
este enfoque que estas políticas são ava- graves desigualdades associadas à discrimina-
liadas por pesquisadores e pesquisadoras, ção sexista, étnica e racial, à concentração de
pelo movimento de mulheres e feminista, e renda, à distribuição desigual de riqueza entre
são identificados os mecanismos que exis- campo e cidade. Se, por um lado, a situação
tem e contribuem para a discriminação contra mais favorável para as mulheres do que para
as mulheres. os homens no campo educacional revela o se-

22
PNPM
xismo nas escolhas das carreiras acadêmicas; mento do preconceito e da discriminação de
por outro, desnuda a ampliação da desigual- gênero, étnica, racial, social, religiosa, gera-
dade entre as próprias mulheres. É preciso cional, por orientação sexual, identidade de
considerar a interseccionalidade entre gênero, gênero e contra pessoas com deficiência por
raça, etnia, rural/urbano e orientação sexual meio da formação de gestores/as, profissio-
para o desenvolver políticas específicas que nais da educação e estudantes em todos os
combatam preconceitos, mesmo entre mulhe- níveis e modalidades de ensino.
res. A taxa de analfabetismo das mulheres ne-
gras é o dobro da taxa das mulheres brancas; e II. Consolidar na política educacional as pers-
o acesso à educação das meninas e mulheres pectivas de gênero, raça, etnia, orientação se-
das áreas rurais é menor, em relação às que xual, geracional, das pessoas com deficiência
vivem nas áreas urbanas. Já entre os povos in- e o respeito à diversidade em todas as suas
dígenas a desigualdade de gênero é maior nas formas, de modo a garantir uma educação
matrículas, principalmente no ensino médio. igualitária e cidadã.

A escola acaba reproduzindo a desigualdade III. Promover o acesso e a permanência de me-


vivida entre as pessoas na sociedade, seja nos ninas, jovens e mulheres à educação de qua-
currículos, nos livros didáticos, nas práticas lidade, prestando particular atenção a grupos
das salas de aula ou nos procedimentos de com baixa escolaridade (mulheres adultas e
avaliação. A linguagem sexista dos textos e idosas, com deficiência, negras, indígenas, de
práticas cotidianas, a invisibilidade das mulhe- comunidades tradicionais, do campo e em si-
res na ciência e na história responde à ideolo- tuação de prisão, e meninas retiradas do tra-
gia patriarcal e ao androcentrismo do conhe- balho infantil).
cimento; estes são denunciados como um dos
elementos da construção da desigualdade de
gênero. A massiva presença das mulheres no Objetivos específicos
professorado marca a formação e o reconhe-
cimento social da profissão, neste persistente I. Eliminar conteúdos sexistas e discriminató-
quadro desigual. Muitas ações e programas rios e promover a inserção de temas voltados
são hoje executados, mas urge o fortaleci- para a igualdade de gênero e valorização das
mento dessas ações, no âmbito da educação, diversidades nos currículos, materiais didáti-
de modo a contribuir para uma educação igua- cos e paradidáticos da educação básica.
litária e sem discriminação no ambiente escolar. II. Promover a formação continuada de ges-
A preocupação com a igualdade de gênero, tores/as e servidores/as públicos/as de ges-
raça, etnia, liberdade de orientação sexual, tão direta, sociedades de economia mista e
com fortalecimento dos direitos humanos, autarquias, profissionais da educação, como
perpassa transversalmente o planejamento também a formação de estudantes de todos
das políticas federais. Uma educação de qua- os níveis, etapas e modalidades dos sistemas
lidade deve estar intrinsecamente associada à de ensino público de todos os níveis nos te-
busca da igualdade entre os seres humanos e mas da igualdade de gênero e valorização das
à valorização da diversidade da sociedade bra- diversidades.
sileira. Foram estas premissas que nortearam III. Promover políticas para a ampliação do
a construção destas políticas no âmbito do ca- acesso e permanência das mulheres no ensino
pítulo de educação igualitária e sem discrimi- profissional, tecnológico e no ensino superior,
nação do atual PNPM. com destaque para as áreas cienơĮcas e tecno-
lógicas, com igualdade de gênero, raça, etnia,
considerando as mulheres em sua diversidade.
Objetivos gerais IV. Estimular a produção de conhecimento so-
I. Contribuir para a redução da desigualdade bre relações sociais de gênero, identidade de
entre mulheres e homens e para o enfrenta- gênero e orientação sexual, levando em consi-

23
deração os aspectos étnicos, raciais, geracio- I. Articular a ampliação do alcance do Progra-
nais e das pessoas com deficiência. ma Gênero e Diversidade na Escola para as
instituições de ensino superior público e pri-
V. Promover políticas para reduzir o analfabe- vado e demais modalidades.
tismo feminino, em especial entre as mulhe-
res acima de 50 anos, negras e indígenas. J. Formar até 140 mil profissionais da rede pú-
blica de educação nas temáticas de gênero, ét-
VI. Contribuir para a redução da violência de gê- nicas, raciais e de orientação sexual por meio
nero no ambiente escolar e universitário, com do Programa Gênero e Diversidade na Escola.
ênfase no enfrentamento do abuso e explora-
ção sexual de meninas, jovens e adolescentes. K. Formar até 40 mil gestoras e gestores em
políticas públicas nas temáticas de gênero,
étnicas e raciais através do Programa Ges-
Metas tão de Políticas Públicas em Gênero e Raça
(GPP-GR).
A. Apoiar a construção de 6 mil creches e pré-
-escolas.
B. Reduzir a taxa de analfabetismo entre as Linhas de ação
mulheres, especialmente entre as mulheres 2.1. Promoção de medidas educacionais no
negras, indígenas, quilombolas, do campo e âmbito escolar e universitário para o enfren-
da floresta. tamento de todas as formas de violência, dis-
C. Elevar o número de matrículas da educação criminação e preconceito contra as mulheres,
profissional e tecnológica, em consonância considerando as dimensões raciais, étnicas, de
com o PNE 2011-2020. origem, de classe social, de idade, de orienta-
ção sexual, de identidade de gênero e as mu-
D. Ampliar a oferta em até 8 milhões de vagas lheres com deficiência.
para a educação profissional e tecnológica,
com a concessão de até 4 milhões de bolsas a 2.2. Promoção de cursos de formação conti-
estudantes do ensino médio da rede pública, nuada de gestores e gestoras e profissionais
inclusive da educação de jovens e adultas/os, da educação para a igualdade de gênero, raça,
trabalhadoras/es e beneficiárias/os dos pro- etnia e o reconhecimento das diversidades.
gramas federais de transferência de renda. 2.3. Promoção de políticas educacionais que
E. Ampliar a oferta de cursos de profissionali- enfatizem a educação das mulheres jovens e
zação articulados com elevação de escolari- adultas nas áreas científicas e tecnológicas,
dade, especialmente para mulheres em situ- nos meios urbano e rural, com vistas a redu-
ação de vulnerabilidade social, atendendo à zir a desigualdade de gênero nas carreiras e
100 mil mulheres. profissões.

F. Ampliar a oferta de programas de reconhe- 2.4. Produção e difusão de conhecimentos so-


cimento de saberes para fins da certificação bre relações de gênero, identidade de gênero,
profissional em formação inicial e continuada orientação sexual, raça e etnia, em todos os
e técnico de nível médio. níveis e modalidades de ensino.

G. Ampliar a participação proporcional de 2.5. Ampliação do acesso e da permanência na


grupos historicamente excluídos na educa- educação de mulheres com baixa escolaridade.
ção superior, especialmente as mulheres 2.6. Formação de estudantes da educação bá-
negras, indígenas, quilombolas, do campo sica para a igualdade de gênero, raça, etnia e
e da floresta. o reconhecimento das diversidades.
H. Ampliar em até 5%, entre 2013 e 2015, a
frequência de meninas, jovens e mulheres ne-
gras na educação básica.

24
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 2.1. Promoção de medidas educacionais no âmbito escolar e universitário para o
enfrentamento de todas as formas de violência, discriminação e preconceito contra as mulheres,
considerando as dimensões raciais, étnicas, de origem, de classe social, de idade, de orientação
sexual, de identidade de gênero e as mulheres com deficiência.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

2.1.1. Promover junto com a comunidade escolar programas perma- SNJ/SG/


nentes e campanhas educaƟvas de prevenção da violência contra as PR,
MEC, SPM 0598/ -
mulheres e que discutam as interfaces entre a violência domésƟca Funai/MJ,
contra mulheres e a violência contra crianças, jovens e adolescentes. SDH
2.1.2. Promover a formação conƟnuada de proĮssionais da educação
da rede pública e da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente
MEC, SPM, 0597/02BQ
para a abordagem no contexto escolar da temáƟca do enfrentamen- Funai/MJ
SDH 0260/00TY
to da violência contra as mulheres, a parƟr da perspecƟva dos direi-
tos humanos.
0598/ -
2.1.3. Elaborar e distribuir materiais didáƟcos referentes a gênero, MEC, SPM, 0257/00SP
Funai/MJ
raça, etnia, orientação sexual e direitos humanos. Seppir, SDH 0255/00S7
0933/9ª meta
2.1.4. Disponibilizar obras de referência elaboradas com base no re-
conhecimento e na valorização da diversidade humana, ampliando
o acesso a materiais pedagógicos que contribuam para a formação 0933/ -
MEC SPM, SDH
de uma cultura cidadã e para aĮrmação de valores que se oponham 0936/ -
a todo Ɵpo de preconceito, discriminação e exclusão, com ênfase na
temáƟca de gênero.

Linha de ação 2.2. Promoção de cursos de formação continuada de gestores e gestoras e profis-
sionais da educação para a igualdade de gênero, raça, etnia e o reconhecimento das diversidades.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

2.2.1. Formar 40 mil gestoras e gestores e servidoras/es públicos nas 0933/03XV


MEC, SPM, Funai/MJ,
temáƟcas de gênero e relações étnicas e raciais através do Programa 0948/ -
Seppir Enap
Gestão de PolíƟcas Públicas em Gênero e Raça. 0952/ -
2.2.2. Formar 140 mil proĮssionais da rede pública de educação e
0933/03Y1
demanda social nas temáƟcas de gênero, relações étnicas, raciais e MEC, SPM,
Seppir 0948/ -
de orientação sexual por meio do Programa Gênero e Diversidade SDH
0952/ -
na Escola.

25
Linha de ação 2.3. Promoção de políticas educacionais que enfatizem a educação das mulheres
jovens e adultas nas áreas científicas e tecnológicas, nos meios urbano e rural, com vistas a redu-
zir a desigualdade de gênero nas carreiras e profissões.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
2.3.1. Promover o acesso e a permanência das mulheres em áreas de
SPM, SNJ/SG/
formação proĮssional e tecnológica tradicionalmente não ocupadas por MEC 0582/02A5
PR
elas, por meio de políƟcas de ação aĮrmaƟva e de assistência estudanƟl.
2.3.2. Realizar campanhas para ampliar o número de mulheres nos cur- 0582/02A5
sos, tradicionalmente não ocupados por mulheres, do ensino tecnoló- SPM Seppir, SNJ/
0936/2ª meta
gico e proĮssional. MEC SG/PR

Linha de ação 2.4. Produção e difusão de conhecimentos sobre relações de gênero, identidade de
gênero, orientação sexual, raça e etnia, em todos os níveis e modalidades de ensino.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
0933/2ª meta
2.4.1. Apoiar a consƟtuição e o fortalecimento de núcleos de gênero
SPM, MEC Funai/MJ 0948/ -
nas universidades, em especial nas federais e estaduais.
0952/ -
2.4.2. Realizar quatro edições do Prêmio Construindo a Igualdade de SPM, MEC,
- 0933/10ª meta
Gênero. MCTI, CNPq
2.4.3. Lançar dois Editais de Fomento à Pesquisa no Campo dos Estu- SPM, MCTI,
MEC 0933/03XZ
dos de Gênero, Mulheres e Feminismo. MDA, CNPq
0933/13ª meta
2.4.4. Realizar Encontro de Núcleos e Grupos de Pesquisa - Pensando SPM, MCTI,
Funai/MJ 0948/ -
Gênero e Ciência. CNPq, MEC
0952/ -
2.4.5. IncenƟvar a produção de estudos, pesquisas e ações de mu-
0933/13ª meta
dança voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbo- Seppir,
0257/00SP
fobia, a parƟr da criação de interface com insƟtuições de pesquisa SPM Funai/MJ,
0948/ -
nacionais e internacionais e com organizações de mulheres negras, SDH
0952/ -
indígenas e lésbicas.
2.4.6. Apoiar programas e projetos de extensão universitária na linha
MEC, SPM - 0934/ -
temáƟca mulheres e relações de gênero.

Linha de ação 2.5. Ampliação do acesso e da permanência na educação de mulheres com baixa
escolaridade.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
2.5.1. Promover a alfabeƟzação e a conƟnuidade da escolarização de Seppir,
MEC, SPM,
mulheres jovens e adultas, com especial atenção para as mulheres SNJ/SG/PR, 0598/02BV
MJ
em situação de prisão. SDH
2.5.2. Ampliar e democraƟzar o acesso e a permanência na educação MEC,
0841/1ª meta
superior, especialmente de mulheres negras, indígenas, do campo e Funai/MJ, SPM, Seppir
0952/ -
da Ňoresta. MDA
2.5.3. Promover o acesso à educação em terras indígenas e em co-
MEC,
munidades remanescentes de quilombos, capacitando professores/
Funai/MJ, SPM 0952/ -
as para a educação escolar intercultural de qualidade e oferecendo
Seppir
instalações adequadas.
2.5.4. Promover o acesso à educação no campo, capacitando profes-
SPM, 0422/ -
sores/as e oferecendo qualiĮcação proĮssional para jovens agriculto- MEC, MDA
SNJ/SG/PR 0412/01BL
res/as familiares, com instalações adequadas (Pronacampo).
26
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
2.5.5. Ampliar e acompanhar o acesso e a permanência na educação
MEC, SDH, 0568/0270
básica e superior de meninas, jovens e mulheres com deĮciência, iden- SPM
SNJ/SG/PR 0736/02US
ƟĮcando barreiras no acesso (ProJovem Urbano, salas de acolhimento).
2.5.6. Apoiar as InsƟtuições Federais de Ensino Superior (Ifes) na
promoção de ações para inclusão de pessoas com deĮciência, pro- MEC
SPM 0736/02US
movendo a eliminação de barreiras comportamentais, pedagógicas, SDH
arquitetônicas e de comunicações.
2.5.7. Apoiar a produção de material didáƟco e paradidáƟco especí- 0597/02BQ
Įco às realidades socioculturais e socio-linguísƟcas das comunidades MEC, 0598/02C0
SPM
indígenas para uso nas escolas indígenas e para implementação da Funai/MJ 0582/02A2
Lei nº 11.645. 0952/ -
2.5.8 Ampliar a oferta de cursos de proĮssionalização arƟculados com
elevação de escolaridade, especialmente para mulheres em situação MEC, SPM - 0588/02B3
de vulnerabilidade social, atendendo a 100 mil mulheres.
2.5.9. Ampliar a construção e o Įnanciamento de creches e pré-es-
colas públicas, nos meios urbano e rural, priorizando a educação de
MEC SPM 0596/02BP
qualidade em tempo integral, incluindo os períodos diurno e noturno
e o transporte escolar gratuito.

Linha de ação 2.6. Formação de estudantes da educação básica para a igualdade de gênero, raça,
etnia e o reconhecimento das diversidades.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
2.6.1. Formular e arƟcular mecanismos que visem à criação de Orien-
tações ou Diretrizes Curriculares Nacionais especíĮcas de gênero – Seppir, 0933/9ª meta
que contemplem as abordagens de classe social, raça, etnia, orienta- MEC, SPM Funai/MJ, 0948/ -
ção sexual e geracional – em todos os níveis, etapas e modalidades SDH 0952/ -
de ensino.

2.6.2. Inserção da temáƟca de gênero, classe social, raça, etnia, orien- 0933/9ª meta
MEC, SPM,
tação sexual e geracional nos materiais didáƟcos empregados e nos - 0948/ -
Seppir, SDH
currículos. 0952/ -

2.6.3. Implementar a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino


sobre História e Cultura Afro-Brasileira e a Lei 11.645/08, que inclui MEC, Seppir, 0597/02BQ
SPM
no currículo oĮcial da rede de ensino a obrigatoriedade da temáƟca Funai/MJ
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

2.6.4. Elaborar materiais didáƟcos e formar educadores/as e alunos/


as em temas relacionados à promoção da saúde e dos direitos sexu- SPM, SDH,
ais e direitos reproduƟvos de jovens e adolescentes e prevenção das Seppir,
MEC, MS 0932/ -
DST/HIV/Aids, uso de álcool e outras drogas e suas consequências, SNJ/SG/PR,
em sua interface com as questões de gênero, raça, etnia, geração, Senad/MJ
orientação sexual e idenƟdade de gênero.
2.6.5. Aprimorar a avaliação do livro didático em relação a gêne- SPM, SDH,
ro, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero e direitos MEC Seppir, 0933/ -
humanos. Funai/MJ

27
Capítulo 3
Saúde integral das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem na Cons- ponsáveis pelo trabalho doméstico e de cria-
tituição Federal o suporte para sua construção ção dos filhos. As mulheres organizadas argu-
e afirma no artigo 196 que: “A saúde é direito mentavam que as desigualdades nas relações
de todos e dever do Estado, garantido median- sociais entre mulheres e homens se traduziam
te políticas sociais e econômicas que visem à também em problemas de saúde que afetavam
redução do risco de doença e de outros agra- parƟcularmente a população feminina.
vos e ao acesso universal e igualitário às ações
Enquanto a reforma sanitária apontava para
serviços para sua promoção, proteção e recu-
um modelo de sistema de saúde (público,
peração” (CF, 1988).
universal e equitativo); o Paism, também in-
As mulheres constituem a maioria da popu- fluenciado pelos princípios do SUS, significou
lação brasileira e são as principais usuárias do um rompimento com a abordagem demográfi-
Sistema Único de Saúde. Conformam, portanto, ca e controlista, bem como com a concepção
um segmento social fundamental para as políƟ- materno-infantil, ao enunciar uma política
cas de saúde, especialmente porque as históricas de “saúde integral da mulher”. Esta passou a
desigualdades de poder entre mulheres e ho- compreender um novo conceito de atenção à
mens implicam em forte impacto nas condições saúde que tem nas mulheres não mais objetos
de saúde das mulheres. Associadas às questões reprodutivos das ações de saúde materno-in-
referentes às relações sociais de gênero, outras fantil ou de sua exclusão, e sim sujeitos ativos
variáveis como raça, etnia, situação de pobreza, no cuidado de sua saúde, em todos os ciclos
orientação sexual, idade, aprofundam ainda da vida, e para quem a reprodução é um di-
mais as desigualdades vividas pelas mulheres, reito e não dever ou determinismo biológico.
exigindo do SUS cada vez mais o olhar para Ao longo dos anos os planos de ação da saú-
este segmento da população. de foram ampliados de modo a incluir grupos
O governo brasileiro, em contraposição a prá- historicamente alijados das políticas públicas,
ticas natalistas e de controle do corpo e da nas suas especificidades e necessidades. En-
sexualidade, incorpora ao longo dos anos, nas tre elas, as mulheres lésbicas, bissexuais, no
políticas de saúde, a visão dos direitos sexuais climatério, as mulheres do campo e da flores-
e direitos reprodutivos como parte integran- ta, as índias, as negras, as quilombolas, as que
te dos Direitos Humanos. Isso também é fruto vivenciam a transexualidade, mulheres em si-
da organização e da presença do movimento tuação de prisão, as portadoras de deficiência,
feminista e de mulheres. Em 1983, a imple- as que vivem em situação de rua e as ciganas.
mentação do Programa de Assistência Integral Outros elementos que inŇuíram nas deĮnições
à Saúde da Mulher (Paism) foi impulsionada das políticas de saúde foram as diversas con-
pelo movimento organizado de mulheres. Com ferências internacionais organizadas pelas
forte atuação no campo da saúde, o movimen- Nações Unidas. A Conferência Internacional
to de mulheres contribuiu para introduzir na de População e Desenvolvimento (Cairo, 1994)
agenda política nacional questões até então estabeleceu que “a saúde reprodutiva é um es-
relegadas ao segundo plano, por serem consi- tado geral de bem estar físico, mental e social,
deradas restritas ao espaço e às relações pri- e não mera ausência de enfermidades ou do-
vadas. Tratou-se de revelar as desigualdades enças, em todos os aspectos relacionados com
nas condições de vida e nas relações entre os o sistema reprodutivo e suas funções e pro-
homens e as mulheres, os problemas associa- cessos. Em consequência, a saúde reproduti-
dos à sexualidade e à reprodução, as dificulda- va inclui a capacidade de desfrutar de uma vida
des relacionadas à anticoncepção e à preven- sexual saƟsfatória e sem riscos de procriar, e a li-
ção de doenças sexualmente transmissíveis e berdade para decidir fazê-lo ou não, quando e com
a sobrecarga de trabalho das mulheres, res- que frequência” (Cap. VII, 7.2). O documento do

30
PNPM
Cairo é o primeiro texto de adoção universal a diversidade e buscam dar respostas adequa-
acolher e explicitar a expressão “direitos repro- das para um atendimento de qualidade e ci-
duƟvos”, contemplando o direito à liberdade de dadão.
escolha do número de Įlhos e seu espaçamento.
Para que esse conjunto de compromissos com
A Conferência Mundial sobre Mulheres (Bei- as mulheres seja alcançado é imprescindível a
jing, 1995) apontou para a eliminação de leis implementação de políticas públicas integrais,
e medidas punitivas contra as mulheres que específicas e transversais.
tenham se submetido a abortos ilegais, garan-
tindo o acesso a serviços de qualidade para
tratar das complicações derivadas destas situ- Objetivo geral
ações. Em seu documento Įnal, a Conferência
aĮrma: “na maior parte dos países, a violação Promover a melhoria das condições de vida e
aos direitos reproduƟvos das mulheres limita saúde das mulheres em todas as fases do seu
dramaƟcamente suas oportunidades na vida ciclo vital, garantindo os direitos sexuais e os
pública e privada, suas oportunidades de aces- direitos reprodutivos, bem como os demais
so à educação e o pleno exercício dos demais direitos legalmente constituídos; e ampliar o
direitos”. Estabelece-se aí o nexo entre a saúde acesso aos meios e serviços de promoção, pre-
sexual e reproduƟva e a cidadania efeƟva das venção e assistência da saúde integral da mu-
mulheres e a sua relação com as políƟcas de de- lher em todo o território brasileiro, sem discri-
senvolvimento, o que estará expresso nas Metas minação de qualquer espécie, resguardadas as
do Milênio, em 2000. O compromisso assumido identidades e especificidades de gênero, raça,
pelo governo brasileiro em relação à saúde das etnia, geração, classe social, orientação sexual
mulheres tendo em vista os ObjeƟvos de Desen- e mulheres com deficiência.
volvimento do Milênio, que deverão ser alcança-
dos até 2015, refere-se à melhoria da saúde ma-
terna e ao combate a um conjunto de doenças,
entre as quais o HIV/Aids.
Objetivos específicos
Em 2004, o Paism ganha status de Política I. Fortalecer e implementar a PolíƟca Nacional de
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mu- Atenção Integral à Saúde da Mulher - PNAISM,
lher - PNAISM, com o objeƟvo de consolidar os considerando as mulheres em sua diversidade.
avanços no campo dos direitos sexuais e direitos II. Promover os direitos sexuais e os direitos
reproduƟvos com a preocupação em aperfeiço- reprodutivos das mulheres em todas as fases
ar a atenção obstétrica e o acesso ao planeja- do seu ciclo de vida e nos diversos grupos po-
mento familiar; melhorar a atenção nas inter- pulacionais, sem discriminações.
corrências obstétricas e à violência doméstica e
sexual; reduzir a morbimortalidade por causas III. Contribuir para a redução da morbidade e
previsíveis e evitáveis, a prevenção e o trata- mortalidade das mulheres no Brasil, especial-
mento das doenças sexualmente transmissí- mente por causas evitáveis, em todas as fases
veis incluindo o HIV/Aids; o câncer de mama e do seu ciclo de vida e nos diversos grupos po-
de colo de útero e o tratamento das doenças pulacionais, sem discriminações.
crônicas não transmissíveis.
IV. Promover a ampliação, qualificação e hu-
Para assegurar a qualidade do atendimento e manização das ações de atenção integral à
ampliar o acesso, o governo propôs novos pro- saúde das mulheres na rede pública e privada.
gramas como o Rede Cegonha e o Plano de En-
V. Contribuir para a redução da gravidez na
frentamento à Feminização das DST/HIV/Aids.
adolescência.
Somam-se a isso, as Políticas de Atenção In-
tegral à População Negra, às Pessoas com De-
ficiência, à População Indígena, à População
LGBT, de Saúde Mental, dos Trabalhadores/as,
enfim, políticas específicas que reconhecem a

31
Metas N. Investigar 85% dos óbitos de mulheres em
idade fértil e 100% dos óbitos maternos decla-
A. Fortalecer a Política Nacional de Atenção rados até 2015.
Integral à Saúde da Mulher - PNAISM como
O. Ampliar em 20% o número de serviços de
política pública em todo território nacional.
saúde com notificação de violências domésti-
B. Ampliar o número de serviços de atenção ca, sexual e outras violências implantada.
integral à interrupção da gravidez nos casos
P. Implantar o Programa Nacional de Qualida-
previstos em lei.
de de mamografia.
C. Reduzir o número de cesáreas desnecessá-
Q. Implantar o Programa Nacional de Gestão
rias e de procedimentos desnecessários que
da Qualidade do Exame Citopatológico do colo
comprometam a integridade física das mulhe-
do útero.
res e causem riscos à sua saúde.
R. Incorporar no âmbito da PNAISM as dire-
D. Reduzir a violência institucional e a violên-
trizes das Políticas de Promoção da Equidade.
cia obstétrica nos serviços de saúde.
S. Acompanhar a implementação da notifica-
E. Reduzir a mortalidade materna, em especial
ção compulsória nos municípios brasileiros, con-
a de mulheres negras em 10 pontos percen-
forme a Lei nº 10.778/2003 e a Portaria 104, de
tuais ao ano, para diminuir a diferença total
25 de janeiro de 2011, do Ministério da Saúde.
entre estas e as mulheres brancas até 2015.
T. Reduzir o índice de gravidez na adolescência.
F. Implantar a Rede Cegonha em todo o terri-
tório nacional até 2015.
G. Reduzir a incidência de HIV/Aids e outras Linhas de ação
DST entre mulheres jovens e idosas (para
18,9/100 mil habitantes até 2015 para popula- 3.1. Fortalecimento e implementação da po-
ção geral, não específica para mulheres). lítica nacional de atenção integral à saúde da
mulher.
H. Ampliar a parƟcipação dos Organismos de
PolíƟcas para as Mulheres nas ações da PNAISM 3.2. Incorporação dos princípios da política
nos estados, Distrito Federal e municípios. nacional de atenção integral à saúde da mu-
lher nas diferentes políticas e ações imple-
I. Ampliar o acesso à confirmação diagnóstica
mentadas pelo Ministério da Saúde, promo-
e tratamento das mulheres com lesões precur-
vendo e ampliando a atenção integral à saúde
soras do câncer do colo do útero, com estrutu-
das mulheres em todas suas especificidades,
ração de 20 serviços de referência (SRC), prio-
em especial: negras, indígenas, quilombolas,
ritariamente nas regiões Norte e Nordeste;
lésbicas, bissexuais, transexuais, em situação
J. Ampliar o acesso à confirmação diagnóstica de prisão, do campo e da floresta, com defi-
das mulheres com lesões suspeitas de câncer ciência, em situação de rua, com sofrimento
de mama, com estruturação de 50 serviços de psíquico, e os diferentes ciclos da vida da mu-
Diagnóstico Mamário (SDM) no país. lher, com ênfase nos processos de climatério e
envelhecimento.
K. Ampliar o número de serviços de detecção
e tratamento precoce para câncer de pulmão 3.3. Ampliação e qualificação da atenção clíni-
e outros principais cânceres prevalentes nas co-ginecológica.
mulheres, além dos de colo do útero e mama.
3.4. Implementação da assistência em plane-
L. Ampliar o número de profissionais da Estra- jamento reprodutivo para mulheres e homens,
tégia da Família capacitados em gênero e nos adultos e adolescentes, no âmbito da atenção
princípios da PNAISM. integral à saúde, bem como a promoção dos
direitos sexuais e dos direitos reprodutivos
M. Promover ações de enfrentamento ao racis- das mulheres.
mo insƟtucional em todos os setores do SUS.
32
PNPM
3.5. Enfrentamento à morbimortalidade materna.
3.6. Promoção e ampliação da atenção às mulheres adultas, jovens e adolescentes em situação
de violência doméstica e sexual.
3.7. Promoção de ações e ampliação de acesso a informações sobre prevenção, tratamento e
controle das doenças sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e hepatites virais.
3.8. Redução da mortalidade por câncer na população feminina.
3.9. Fortalecimento da participação e do controle social na implementação e monitoramento da
política nacional de atenção integral à saúde da mulher (PNAISM).
3.10. Promoção da atenção à saúde mental das mulheres, considerando as especificidades raciais,
étnicas, de origem, de classe social, de idade, de orientação sexual, de identidade de gênero, de
deficiência, as mulheres em situação de prisão ou em situação de violência, incluindo mulheres
do campo, da floresta, de quilombos e de comunidades tradicionais.
3.11. Promoção da atenção à saúde mental das mulheres com sofrimento mental causado pelo
uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas, agrotóxicos).
3.12. Ampliação do acesso aos serviços de saúde de atenção básica para mulheres residentes
em comunidades ribeirinhas por meio da implantação de unidades básicas de saúde fluviais e do
atendimento por equipes de saúde da família ribeirinhas ou equipes de saúde da família fluviais.
3.13. Ampliação do acesso à atenção básica de saúde para mulheres em situação de rua por meio
da implantação de equipes de consultórios de rua.

Plano de ação
Linha de ação 3.1. Fortalecimento e implementação da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.1.1. Atualizar a PolíƟca Nacional de Atenção Integral à Saúde da MS SPM, 0715/02QS


Mulher com pactuação na Comissão Intergestores TriparƟte - CIT. Seppir 0932/ -

3.1.2. Realizar seminários anuais para discussão, divulgação e apro- 0715/02QS


fundamento acerca da PNAISM, assegurando a parƟcipação dos Or- SPM MS, 0932/ -
ganismos de PolíƟcas para as Mulheres dos estados, Distrito Federal Funai/MJ 0948/ -
e municípios, bem como o controle social. 0952/ -
0715/02QS
3.1.3. Fomentar estratégias de educação permanente em saúde
0721/02RT
para proĮssionais de saúde, em especial proĮssionais do Programa
SPM, 0713/02PR
de Saúde da Família sobre a PNAISM, em especial proĮssionais da
Seppir, 0724/02S6
Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família sobre a PNAISM, enfa- MS
Funai/MJ, 0932/2ª meta
Ɵzando as dimensões de raça, etnia, orientação sexual, mulheres
SDH 0442/01GY
com deĮciência e idenƟdade de gênero, bem como mulheres em si-
0948/ -
tuação de prisão e mulheres do campo, da Ňoresta e dos quilombos.
0952/ -
3.1.4. Acompanhar a tramitação no Congresso Nacional de propos-
tas legislaƟvas que tratem da saúde integral das mulheres e de seus MS, SPM - 0934/03Y2
direitos.

33
Órgão PPA ObjeƟvo/
Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.1.5. Elaborar estratégias de educação permanente com proĮssio-


nais de saúde, especialmente do AB/ESF (Atenção Básica/Estraté-
gia Saúde da Família), que promovam o debate sobre importância 0721/02RT
da divisão do trabalho domésƟco, divisão do cuidado com Įlhos/ 0715/02QS
MS SPM, SDH
Įlhas, de parentes adoecidos e idosos/as, para que as mulheres te- 0719/02RN
nham mais qualidade de vida, acesso ao atendimento de sua saúde 0932/ -
e acesso às práƟcas saudáveis, como alimentação saudável e práƟca
de aƟvidades İsicas.

Linha de ação 3.2. Incorporação dos princípios da política nacional de atenção integral à saúde da
mulher nas diferentes políticas e ações implementadas pelo Ministério da Saúde, promovendo e
ampliando a atenção integral à saúde das mulheres em todas suas especificidades, em especial:
negras, indígenas, quilombolas, lésbicas, bissexuais, transexuais, em situação de prisão, do cam-
po e da floresta, com deficiência, em situação de rua, com sofrimento psíquico, e os diferentes
ciclos da vida da mulher, com ênfase nos processos de climatério e envelhecimento.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

0724/02S6
3.2.1. Ampliar o acesso e melhorar a qualidade do cuidado à saú-
0715/02QS
de integral das mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais (PolíƟca MS SPM, SDH
0257/00SS
Nacional de Saúde Integral LGBT e PNAISM).
0932/ -
3.2.2. Promover a atenção à saúde integral das mulheres do campo
0724/02S6
e da Ňoresta através da ampliação do acesso e melhoria da quali-
MS SPM 0715/02QS
dade do cuidado (PolíƟca Nacional de Saúde Integral das Popula-
0932/ -
ções do Campo e da Floresta e PNAISM).
3.2.3. Promover a atenção à saúde integral das trabalhadoras atra-
vés da implementação da PolíƟca Nacional de Saúde dos trabalha- 0714/02Q9
MS SPM, MTE
dores e das trabalhadoras e também da PolíƟca Nacional de Seguran- 0932/ -
ça e Saúde do Trabalho e o Plano de Segurança e Saúde do Trabalho.
3.2.4. Promover a atenção à saúde integral das mulheres negras 0724/02S6
SPM,
através da ampliação do acesso e melhoria da qualidade do cuida- MS 0715/02QS
Seppir
do (PolíƟca Nacional de Saúde Integral da População Negra). 0932/ -
1000/049R
3.2.5. Promover e garanƟr a atenção à saúde integral das mulheres em SPM, SDH,
MS 0715/02QS
situação de prisão - Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. MJ
0713/02PV
0962/0444
3.2.6. Promover e garanƟr a atenção à saúde integral das mulheres SPM, 0962/0443
MS
indígenas (PolíƟca Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas). Funai/MJ 0715/02QS
0948/ -

3.2.7. Promover e garanƟr a atenção à saúde integral mulheres com 0713/02PR


MS SPM, SDH
deĮciência e o acesso à Rede de Cuidado à Pessoa com DeĮciência. 0715/02QS

0719/02RN
3.2.8. Promover e garanƟr a atenção à saúde integral das mulhe- SPM,
0715/02QS
res idosas (PolíƟca Nacional de Sáude da Pessoa Idosa, Portaria nº MS Funai/MJ,
0256/00SI
2528/2006). SDH
0948 / -
0724/02S6
3.2.9. Inserir o quesito raça/cor/orientação sexual e idenƟdade de SPM, 0715/02QS
MS
gênero em todos os sistemas de informações do SUS. Seppir 0932/ -
0257/ -

34
PNPM
Linha de ação 3.3. Ampliação e qualificação da atenção clínico-ginecológica.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.3.1. Elaborar estudos e pesquisas sobre usos e aplicações de


0727/02TE
medicamentos, práƟcas integraƟvas e complementares, e equipa-
0715/02QS
mentos que promovam beneİcios para a qualidade de vida das MS SPM
0726/02SV
mulheres, incluindo métodos contracepƟvos, mamógrafos, mesas
0932/ -
ginecológicas, entre outros.
3.3.2. Formular e criar políƟcas de adequação dos equipamentos
uƟlizados no âmbito do SUS para o atendimento de mulheres com MS SPM, SDH 0713/02PR
deĮciência e levantamento das demais necessidades.
3.3.3. GaranƟr acesso ao atendimento ginecológico de qualidade
para todas as mulheres, observando as diĮculdades decorrentes de 0726/02SU
SPM,
desigualdades fomentadas por diferenças de raça, etnia, condição 0715/02QS
MS Funai/MJ,
social, geracionais, deĮciências, ou por estarem ou viverem com 0932/ -
Seppir
doenças que promovam esƟgmas, como mulheres vivendo com 0948/ -
HIV/Aids ou que estejam adoecidas com DSTs e HepaƟtes.
3.3.4. Ampliar o acesso ao atendimento clínico-ginecológico de quali- 0724/02S6
dade às mulheres de campo, Ňoresta e quilombolas, capacitando pro- MS SPM 0715/02QS
Įssionais de saúde para atender as especiĮcidades desta população. 0932/ -
0714/02Q8
3.3.5. Ampliar o acesso e qualiĮcar a atenção clínica-ginecológica às 0715/02QS
MS Seppir
mulheres negras em suas especiĮcidades. 0724/02S6
0932/ -
3.3.6. Ampliar acesso ao atendimento clínico-ginecológico de quali-
0724/02S6
dade às mulheres em situação de rua, capacitando proĮssionais de
MS SPM 0715/02QS
saúde para atender as especiĮcidades das doenças e agravos mais
0932/ -
frequentes nesta população.
3.3.7 Ampliar o acesso ao atendimento clínico-ginecológico de qualida-
de às mulheres do campo, da Ňoresta e quilombolas, capacitando pro- MS SPM 0724/02S6
Įssionais de saúde para atenção às especiĮcidades dessa população.

Linha de ação 3.4. Implementação da assistência em planejamento reprodutivo para mulheres e


homens, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde, bem como a promoção
dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos das mulheres.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.4.1. Adquirir e distribuir os métodos contracepƟvos previstos e 0715/02QS


MS SPM
regulamentados no SUS, incluindo a contracepção de emergência. 0932/ -
0714/02Q8
3.4.2. Acompanhar a distribuição e incenƟvar o uso do preservaƟvo MS
- 0715/02QS
feminino. SPM
0932/ -
3.4.3. Acompanhar a oferta de métodos contracepƟvos, incluindo a con-
tracepção de emergência, nos servicos de saúde e contribuir para elabora- SPM MS 0715/02QS
ção e Ňuxos nos serviços de saúde para dispensação da medicação.
3.4.4. Ampliar o acesso no SUS para atendimento com qualidade
MS SPM 0715/02QS
nos casos de interrupção da gravidez previstos em lei.
3.4.5. GaranƟr, no SUS, a oferta do Planejamento ReproduƟvo para
MS SPM 0715/02QR
todas as mulheres.
3.4.6. Fomentar a educação permanente dos proĮssionais de saúde
0715/02QR
para ofertar o planejamento reproduƟvo, respeitando a autonomia
MS SPM 0721/02RT
das mulheres, reduzindo as iniquidades e as reconhecendo em sua
0724/02S6
pluralidade.

35
Órgão PPA ObjeƟvo/
Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.4.7. Implantar a linha de cuidado integral à Reprodução Humana 0715/02QS


MS SPM
AssisƟda (RHA) no SUS. 0713/02PW
3.4.8. Contribuir para a inserção da temáƟca dos direitos sexuais
0932/ -
e direitos reproduƟvos das mulheres nos cursos de graduação de SPM MS
0934/ -
proĮssionais da saúde.
3.4.9. Realizar estudos acerca dos fatores de risco para a gravidez
SPM MS, SDH 0932/ -
na adolescência.
MS, MEC,
3.4.10. Apoiar programas de prevenção da gravidez na adolescência. SPM 0932/ -
SDH

Linha de ação 3.5. Enfrentamento à morbimortalidade materna.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.5.1. Implementar modelo de atenção obstétrica e neonatal, quali- SPM,


MS 0715/02QR
Įcada, humanizada e baseada em evidências em saúde. Seppir
3.5.2. Implantar novos centros de parto normal. MS - 0715/02QR
3.5.3. Promover o acesso oportuno ao pré-natal de qualidade. MS SPM 0715/02QR
3.5.4. Implementar instancias e sistemas de monitoramento e ava- SPM,
MS 0715/02QR
liação da Rede Cegonha. Seppir
3.5.5. Capacitar parteiras tradicionais, inclusive 200 parteiras de co- 0715/02QR
MS SPM
munidades quilombolas. 0724/02S6
3.5.6. Monitorar a qualidade da atenção à saúde das mulheres no MS SPM,
0715/02QR
período gravídico puerperal. Seppir
3.5.7. Ampliar invesƟgação e estudo de óbitos maternos e de mu-
lheres em idade férƟl nos estados, DF e municípios brasileiros por 0714/02QG
MS -
causas presumíveis de morte materna, passando de 53% em 2010, 0714/02Q8
para 85% até 2015 a porcentagem de óbitos invesƟgados.
3.5.8. Implementar as recomendações do Comitê Convenção so- SPM, MRE
0715/02QS
bre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a MS, SDH -
0729/02TS
Mulher (Cedaw). Seppir

3.5.9. Realizar o teste de eletroforese em 100% das gestantes usuá-


rias do SUS, de acordo com o protocolo de pré-natal proposto pela MS - 0715/02QR
Rede Cegonha.
3.5.10. Ofertar teste rápido de HIV e síĮlis às gestantes usuárias do
SUS, de acordo com o protocolo de pré-natal proposto pelo Rede MS - 0715/02QR
Cegonha.
3.5.11. Promover estratégias de educação permanente dos pro-
Įssionais de sáude para prevenção e tratamento das síndromes
0715/02QR
hipertensivas, hemorrágicas, infecciosas e outras intercorrências MS Seppir
0721/02RT
obstétricas mais prevalentes que aƟngem gestantes, parturientes
e puérperas.

36
PNPM
Órgão PPA ObjeƟvo/
Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.5.12. Fortalecer e ampliar os Comitês de Morte Materna. MS - 0715/02QS

3.5.13. Ampliar a oferta de cursos de especialização e residência em 0715/02QR


MS -
enfermagem obstétrica. 0721/02RT
3.5.14. GaranƟr recorte raça/cor na invesƟgação de óbitos infanƟs
0714/02Q8
e fetais e de óbitos maternos e de mulheres em idade férƟl por cau- MS -
0715/02QS
sas presumíveis de morte materna.

Linha de ação 3.6. Promoção e ampliação da atenção às mulheres adultas, jovens e adolescentes
em situação de violência doméstica e sexual.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

3.6.1. Ampliar e qualiĮcar os serviços da rede de saúde de atenção


MS, SPM, 0715/02QS
às mulheres e adolescentes em situação de violência domésƟca e -
SDH 0713/02PS
sexual, incluindo a interrupçãoo da gravidez prevista em lei.
3.6.2. GaranƟr o atendimento mulƟproĮssional e mulƟdisciplinar 0715/02QS
MS SPM
com acompanhamento nos casos descritos na ação 3.6.1. 0713/02PS
3.6.3. Acompanhar o cadastramento dos serviços de atenção às mu-
MS SPM, SDH 0715/02QS
lheres e adolescentes em situação de violência domésƟca e sexual.
3.6.4. Elaborar norma técnica que contenha diretrizes, protoco-
0715/02QS
los e Ňuxos de atendimento para a atenção integral às mulheres e MS, SDH SPM, MDS
0713/02PS
adolescentes em situação de violência domésƟca.
3.6.5. Colaborar para implementação de estratégias que garantam
a regulamentação da cadeia de custódia de material biológico, MS, MJ, 0715/02QS
SPM, SDH
para garanƟr a materialidade das provas nas situações de violên- SDH 0714/02QG
cia sexual contra mulheres, adolescentes e crianças.
0715/02QS
3.6.6. Elaborar estratégia para melhorar a noƟĮcação e invesƟgar SPM, MJ,
MS 0714/02QG
os óbitos por homicídio, no âmbito do SUS. SDH
0714/02Q8
3.6.7. Implantar a noƟĮcação compulsória de violência domésƟca,
SPM, MJ,
sexual e outras violências em arƟculação com os Núcleos de Pre- MS, SDH 0714/02QG
SDH, MDS
venção de Violências.

Linha de ação 3.7. Promoção de ações e ampliação de acesso a informações sobre prevenção,
tratamento e controle das doenças sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e hepatites virais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.7.1. Elaborar e monitorar a implantação do Plano de Atenção às
0714/02Q8
Doenças Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids e HepaƟtes Virais SPM, MS Seppir
0715/02QS
junto às mulheres.
3.7.2. GaranƟr a oferta de preservaƟvo feminino para populações
0714/02Q8
de maior vulnerabilidade e garanƟr a oferta de preservaƟvo mas- MS SPM
0715/02QS
culino para homens de qualquer idade.

37
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.7.3. Elaborar e formular campanhas educaƟvas de prevenção às 0714/02Q8
MS SPM, Seppir
DSTs e HIV/Aids. 0715/02QS
3.7.4. Elaborar estratégias de educação sobre sexualidade e pre-
venção de DST/HIV/Aids e HepaƟtes Virais entre pares, para mu-
SDH, Seppir, 0714/02Q8
lheres, considerando especialmente populações jovens, negras,
MS Funai/MJ, 0715/02QS
indígenas e idosas, idenƟĮcando experiências exitosas e melhores
SNJ/SG/PR 0724/02S6
práƟcas e potencializando e fortalecendo grupos que debatam os
diretos destas mulheres e busquem incenƟvar sua autonomia.

Linha de ação 3.8. Redução da mortalidade por câncer na população feminina.


PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.8.1. Implantar novos serviços de diagnósƟco e tratamento dos
MS SPM 0713/02PB
cânceres mais prevalentes nas mulheres.
3.8.2. Ampliar o acesso com qualidade à mamograĮa no SUS, em
especial na faixa etária recomendada (50 a 69 anos), com garanƟa MS SPM 0713/02PB
de detecção e tratamento em tempo adequado.
3.8.3. Ampliar o acesso aos tratamentos de câncer de mama, com
MS - 0713/02PB
celeridade após o diagnósƟco.

3.8.4. Ampliar acesso aos tratamentos de recuperação e reabili-


tação após tratamentos cirúrgicos de câncer de mama (mastecto- MS - 0713/02PB
mias, quadrantectomias).
3.8.5. Ampliar acesso à reconstrução cirúrgica das mamas, nos ca-
MS - 0713/02PW
sos clinicamente indicados, respeitando decisão das mulheres.
3.8.6. GaranƟr apoio psicossocial a mulheres com câncer de mama. MS - 0713/02PB
3.8.7. Ampliar o acesso com qualidade ao exame citopatológico do
colo do útero (papanicolau), especialmente nas regiões de maior MS - 0713/02PB
incidência deste câncer.
3.8.8. Ampliar acesso ao diagnósƟco e tratamento das mulheres
MS - 0713/02PB
com lesões precursoras do câncer do colo do útero.
3.8.9. Realizar pesquisa sobre a incidência de câncer por exposição
ao sol, aos agrotóxicos e outras substâncias em mulheres do cam- MS - 0727/02TE
po, da Ňoresta e de quilombos.

Linha de ação 3.9. Fortalecimento da participação e do controle social na implementação e moni-


toramento da política nacional de atenção integral à saúde da mulher (PNAISM).
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.9.1. Implementar estratégias de comunicação para difusão dos
MS 0715/02QS
direitos sexuais e direitos reproduƟvos das mulheres, incluindo as SPM
0713/02PR
especiĮcidades das mulheres com deĮciência.
3.9.2. Fortalecer a parƟcipação da SPM no Conselho Nacional de
SPM MS 0932/1ª meta
Saúde e nos seus diferentes comitês.

38
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.9.3. Criar estratégias de arƟculação entre os conselhos de con-
trole social do SUS com os conselhos de direito das mulheres nas SPM MS 0724/02S6
esferas municipais, distrital, estaduais e federal.

3.9.4. Realizar pesquisas para monitoramento da implementação


SPM - 0932/03XP
das ações da PNAISM.

3.9.5. EsƟmular e fortalecer as lideranças das mulheres a parƟciparem 0724/02S6


MS SPM
dos conselhos de saúde (União, estados, Distrito Federal e municípios). 0934/03Y8

Linha de ação 3.10. Promoção da atenção à saúde mental das mulheres, considerando as especifi-
cidades raciais, étnicas, de origem, de classe social, de idade, de orientação sexual, de identidade
de gênero, de deficiência, as mulheres em situação de prisão ou em situação de violência, incluin-
do mulheres do campo, da floresta, de quilombos e de comunidades tradicionais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
0727/02TE
3.10.1. Fomentar estudos e pesquisas que avaliem a correlação de 0718/02RE
MS 0715/02QS
desigualdades de gênero, raça/cor, etnia, classe social, deĮciência, Seppir 0713/02PR
SPM
com sofrimento mental e transtorno mental em mulheres. 0724/02S6
0975/045U

3.10.2. Implantar na rede de atenção psicossocial (atenção básica,


centros de atenção psicossocial, unidades de acolhimento, leitos de 0718/02RE
saúde mental em hospital geral) estratégias de cuidado que consi- MS SPM, SDH 0715/02QS
derem a determinação de gênero no sofrimento mental e transtor- 0975/045U
nos mentais das mulheres.

3.10.3. Elaborar estratégias de educação permanente para proĮs-


0975/045U
sionais da rede de saúde mental, matriciadores e proĮssionais dos
0721/02RT
Nasfs (Núcleo de Apoio a Sáude da Família) que abordem como as
MS SPM, SDH 0715/02QS
desigualdades de gênero, raça/cor, classe social e situação de vulnera-
0718/02RE
bilidade podem ser determinantes na produção e/ou agravamento de
0713/02PR
sofrimento mental e transtorno mental entre as mulheres.

3.10.4. Implantar ações especíĮcas para atenção às mulheres em situa-


MS SPM 0998/ -
ção de violência nos serviços de saúde e nos serviços de saúde mental.

39
Linha de Ação 3.11. Promoção da atenção à saúde mental das mulheres com sofrimento mental
causado pelo uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas, agrotóxicos).
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva

3.11.1. Fomentar estudos e pesquisas que avaliem a correlação de 0727/02TE


desigualdades de gênero, raça/cor, classe social, com os diversos pa- MS, SPM SDH 0718/02RE
drões de uso de substâncias psicoaƟvas. 0715/02QS

3.11.2. Implantar na rede de atenção psicossocial (atenção básica,


centros de atenção psicossocial, unidades de acolhimento, leitos de
0718/02RE
saúde mental em hospital geral) estratégias de cuidado que conside- MS -
0715/02QS
rem a determinação de gênero no sofrimento mental causado pelo
uso de substâncias psicoaƟvas.

3.11.3. Elaborar estratégias de educação permanente para proĮs-


sionais da rede de saúde mental, matriciadores e proĮssionais dos
Nasfs (Núcleo de Apoio a Sáude da Família) que abordem como as 0721/02RT
desigualdades de gênero, raça/cor, classe social, podem ser deter- 0718/02RE
minantes no sofrimento mental causado pelo uso de substâncias MS Funai/MJ 0715/02QS
psicoaƟvas (álcool, crack, agrotóxicos etc), na perspecƟva de inser- 0948/ -
ção das mulheres usuárias de crack e outras drogas na rede de ser- 0952/ -
viços de saúde garanƟndo acesso e conƟnuidade do cuidado a parƟr
da Atenção Básica.

Linha de ação 3.12. Ampliação do acesso aos serviços de saúde de atenção básica para mulheres re-
sidentes em comunidades ribeirinhas por meio da implantação de unidades básicas de saúde Ňuviais
e do atendimento por equipes de saúde da família ribeirinhas ou equipes de saúde da família Ňuviais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.12.1. Repassar recursos federais para a construção de Unidades
Básicas de Saúde Fluviais por meio de análise de propostas de con-
MS SPM 0713/02PW
vênios para a construção de embarcação cadastradas no Sistema de
Convênios do governo federal (Siconv).
3.12.2. Implantar equipes de Saúde da Família Ribeirinhas ou equi-
pes de Saúde da Família Fluviais para ampliar o acesso das mulheres MS SPM 0713/02PW
residentes em comunidades ribeirinhas a atenção integral à saúde.

Linha de Ação 3.13. Ampliação do acesso à atenção básica de saúde para mulheres em situação
de rua por meio da implantação de equipes de consultórios de rua.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.13.1. Ampliar o acesso das mulheres em situação de rua à rede
de atenção e ofertar, de maneira mais oportuna, atenção integral à 0713/02PW
MS SPM
saúde, por meio das equipes de Consultórios na Rua e serviços da 0715/02QS
Atenção Básica.
3.13.2. Ofertar o “Manual sobre o cuidado à saúde junto à popula-
ção em situação de rua” que busca instrumentalizar os proĮssionais
de saúde da Atenção Básica, na perspecƟva da promoção do cui- 0713/02PW
MS SPM
dado à população em situação de rua, no coƟdiano da sua práƟca
proĮssional, para a ampliação e construção de novas formas de atu-
ação frente aos problemas de saúde dessa população.
40
Capítulo 4
Enfrentamento de todas as formas de violência contra as
mulheres
Ser mulher pode se constituir um sério fator à Violência. Entre outros, o II PNPM consoli-
de risco. Pesquisa revela que, segundo dados dou a implementação do Pacto Nacional de
de 2006 a 2010 da Organização Mundial de Enfrentamento à Violência contra as Mulhe-
Saúde, o Brasil está entre os dez países com res e o Plano Nacional de Enfrentamento ao
maior número de homicídios femininos. Esse Tráfico de Pessoas, dois marcos cruciais para
dado é ainda mais alarmante quando se verifi- a concretização do enfrentamento de todas as
ca que, em geral, o homicídio contra as mulhe- formas de violência contra as mulheres.
res é cometido por homens, em sua maioria
com quem a vítima possui uma relação afeti- Foi através dos resultados alcançados por es-
va, utilizando arma de fogo ou objeto cortan- tas políticas e com o objetivo de ampliar a efe-
te/penetrante e realizado nas próprias resi- tividade do enfrentamento à violência que o
dências. A Lei nº 11.340/2006 (conhecida por Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência
Lei Maria da Penha) foi um importante avanço contra as Mulheres passou por uma releitura
no sentido de coibir a violência doméstica e em 2011. Após ter sido assinado pelas 27 uni-
familiar contra a mulher. E, para tanto, concei- dades federativas do país e ter visto a política
tua os seguintes tipos de violência que podem consolidada em seus primeiros quatro anos,
existir: violência física, psicológica, sexual, pa- o Pacto foi reestruturado em cinco eixos, am-
trimonial e moral. pliando seus subeixos e suas ações. A reestru-
turação gerou uma desconformidade com as
Em 09 de fevereiro de 2012, o Plenário do Su- premissas do II PNPM, então em vigor, em re-
premo Tribunal Federal declarou, por unani- lação aos novos eixos. Frente a isto, a presente
midade, a constitucionalidade do artigo 41 da reedição do PNPM sana a desatualização e dá
Lei Maria da Penha, que afastou a aplicação unicidade às ações de enfrentamento a todas
do artigo 89 da Lei nº 9.099/95 quanto aos as formas de violência contra as mulheres.
crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, tornando impossível Muitas das novas ações do PNPM estão em plena
a aplicação dos institutos despenalizadores execução. Em 2012, o Ministério da Previdência
nela previstos, como a suspensão condicional assinou convênio com a Secretaria de PolíƟcas
do processo. Na mesma sessão, o Plenário do para as Mulheres para entrar com ações regres-
Supremo Tribunal Federal julgou procedente sivas nos casos de aposentadorias ou pensões
a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI causadas pela violência domésƟca. Com isso, há
4424) ajuizada pela Procuradoria-Geral da Re- a responsabilização do agressor, e o Estado não
pública, que defendeu ser a violência contra Įca com os custos da violência.
mulheres não uma questão privada, mas sim
Houve, também, um notório crescimento da
merecedora de ação penal pública, afastan-
Rede Especializada de Atendimento à Mulher,
do a aplicabilidade da Lei dos Juizados Es-
que hoje conta com cerca de 974 serviços. Esse
peciais (9.099/95) aos crimes cometidos no
dado demonstra que o número de serviços es-
âmbito da Lei Maria da Penha, bem como
para determinar que o crime de lesão corpo- pecializados aumentou em 65,3% em compara-
ral de natureza leve cometido contra mulher ção com o ano de 2007 (lançamento do Pacto) e
seja processado mediante ação penal públi- em 194,3% em comparação com o ano de 2003
ca incondicionada. (criação da SPM). Outra inovação corresponde
as Unidades Móveis de Atendimento às Mulhe-
Além dessas conquistas históricas, foi visto res em situação de Violência no Campo e na Flo-
que o II Plano Nacional de Políticas para as resta que integrarão a Rede Especializada com
Mulheres cumpriu valoroso papel na consoli- a vantagem de alcançar uma capilaridade única
dação da Política Nacional de Enfrentamento nos serviços até então disponibilizados.

42
PNPM
Em relação aos números e estatísticas da apli- Objetivo geral
cação da Lei Maria da Penha nos Juizados Es-
pecializados em Violência Doméstica e Fami- Reduzir os índices de todas as formas de vio-
liar contra a Mulher, dados divulgados pelo lência contra as mulheres.
Conselho Nacional de Justiça referentes ao
período de 22/09/2006 a 31/12/2011 revelam
que foram distribuídos 685.905 procedimen- Objetivos específicos
tos, realizadas 304.696 audiências, efetuadas
26.416 prisões em flagrantes, 4.146 prisões I. Garantir e proteger os direitos das mulhe-
preventivas e 278.364 medidas protetivas de res em situação de violência considerando
urgência. Pensando-se em casos onde ainda é as questões étnicas, raciais, geracionais, de
vista impunidade e, principalmente, em maio- orientação sexual, de deficiência e de inserção
res articulações junto à Justiça e aos operado- social, econômica e regional.
res da lei, foi lançada a campanha “Compro-
misso e Atitude pela Lei Maria da Penha – a II. Garantir a implementação e aplicabilidade
Lei é mais forte”, com o objetivo de dar celeri- da Lei Maria da Penha, por meio de difusão da
dade aos julgamentos dos casos e mobilizar a lei e do fortalecimento dos instrumentos de
sociedade brasileira para o enfrentamento da proteção dos direitos das mulheres em situa-
violência contra as mulheres. ção de violência.

Além disso, merece destaque neste PNPM III. Ampliar e fortalecer os serviços especiali-
2013-2015 a Central de Atendimento à Mu- zados, integrar e articular os serviços e insti-
lher - Ligue 180 que já atingiu quase 3 milhões tuições de atendimento às mulheres em situ-
atendimentos desde a sua criação. Uma de ação de violência, especialmente as mulheres
suas ações foi a ampliação de suas atividades do campo e da floresta.
para o nível internacional, de forma a alcan- IV. Proporcionar às mulheres em situação de
çar brasileiras que vivem no exterior e sofrem violência um atendimento humanizado, inte-
de diversas formas de violência, entre as quais gral e qualificado nos serviços especializados
tráfico de pessoas. Outro avanço que vem sen- e na rede de atendimento.
do construído, e agora corroborado pela deci-
são do Supremo Tribunal Federal, é a imple- V. Desconstruir mitos e preconceitos em rela-
mentação da antiga demanda de aumentar o ção à violência contra a mulher, promovendo
escopo do Ligue 180 e transformá-lo em uma uma mudança cultural a partir da dissemina-
Central de Denúncias. ção de atitudes igualitárias e valores éticos de
irrestrito respeito às diversidades e de valori-
Entre outras, essas ações são respostas do go- zação da paz.
verno federal à violência contra as mulheres,
que se configura como um fenômeno multi- VI. Identificar e responsabilizar os agressores
dimensional que não escolhe lugar, classe so- das mulheres que sofrem violência doméstica
cial, raça, etnia, faixa etária, entre outros e, e sexual.
consequentemente, deve contemplar ações
nas diversas esferas da vida social. Portanto, VII. Prestar atendimento às mulheres que têm
enfrentar todas as formas de violência contra seus direitos humanos e sexuais violados, ga-
as mulheres é um dever do Estado e uma de- rantindo os direitos sexuais e os direitos repro-
manda da sociedade. Coibir, punir e erradicar duƟvos na perspecƟva da autonomia das mulhe-
todas as formas de violência devem ser pre- res sobre seu corpo e sobre sua sexualidade.
ceitos fundamentais de um país que preze por VIII. Garantir a inserção das mulheres em si-
uma realidade justa e igualitária entre mulhe- tuação de violência nos programas sociais nas
res e homens. três esferas de governo, de forma a fomentar
sua independência e autonomia.

43
Metas
A. Aumentar em 30% o número de serviços especializados em atendimento à mulher em situação
de violência (Delegacias Especializadas da Mulher, Centros Especializado das Mulheres em Situa-
ção de Violência, Serviços de Abrigamento, Juizados Especializados em Atendimento à Mulher em
situação de violência, Promotorias Especializada da Mulher, Defensoria Especializada da Mulher,
Serviços de Saúde voltados para o Atendimento às mulheres e adolescentes em situação de vio-
lência doméstica e sexual).
B. Estimular que no mínimo 10% dos municípios tenham algum tipo de serviço especializado de
atendimento à mulher em situação de violência, contemplando os municípios polos, territórios
da cidadania e fronteiras secas.
C. Ampliar e aperfeiçoar o Ligue 180 para que se torne um Disque Denúncia, expandindo seu
atendimento para mulheres brasileiras no exterior.
D. Assegurar, nas 27 Unidades da Federação, a existência de estabelecimentos penais femininos
de acordo com os padrões físicos e funcionais que garantam a saúde e dignidade das mulheres
em situação de prisão.
E. Assegurar, em todos os municípios brasileiros, a existência de pelo menos um Centro de Refe-
rência de Assistência Social (Cras).

Linhas de ação
4.1. Ampliação e fortalecimento da rede de serviços especializados de atendimento às mulheres
em situação de violência.
4.2. Promoção da implementação da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha.
4.3. Fortalecimento da segurança cidadã e acesso à justiça às mulheres em situação de violência.
4.4. Enfrentamento à exploração sexual e ao tráfico de mulheres.
4.5. Promoção da autonomia das mulheres em situação de violência e a ampliação de seus direitos.

Plano de ação
Linha de ação 4.1. Ampliação e fortalecimento da rede de serviços especializados de atendimento
às mulheres em situação de violência.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.1.1. Criar Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher e/ 0998/10ª meta
MJ, SPM -
ou núcleos especializados nas demais delegacias existentes. 0998/049X

4.1.2. Fortalecer as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mu-


MJ, SPM - 0998/049X
lher e/ou núcleos especializados nas demais delegacias existentes.
0998/049X
4.1.3. Criar Centros Especializados da Mulher em situação de violência. SPM - 0998/2ª meta
0998/6ª meta
4.1.4. Fortalecer os Centros Especializados da Mulher em situação
SPM - 0998/049X
de violência.

44
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
0998/049X
4.1.5. Criar Serviços de Abrigamento. SPM MJ
0831/03E5
0998/049X
4.1.6. Fortalecer Serviços de Abrigamento. SPM MJ
0831/03E5
4.1.7. Ampliar o número de Postos de Atendimento Humanizados
nos aeroportos para encaminhamento das mulheres em situação de 0998/049X
MJ SPM
tráĮco de pessoas aos serviços da rede especializada de atendimen-
to às mulheres em situação de violência.
4.1.8. Criar IMLs especializados de atendimento às mulheres em si- 0998/049X
MJ, SPM -
tuação de violência.
4.1.9. Criar Defensorias Públicas Especializadas no atendimento às
0999/049I
mulheres e/ou Núcleos da mulher nas Assistências Judiciárias Gra- MJ, SPM -
0999/3ª meta
tuita para o atendimento às mulheres em situação de violência.
4.1.10. Fortalecer as Defensorias Públicas Especializadas no atendimen-
0998/049X
to às mulheres e/ou Núcleos da mulher nas Assistências Judiciárias Gra- MJ, SPM -
0999/049I
tuita para o atendimento às mulheres em situação de violência.

4.1.11. Criar Juizados Especializados de Violência DomésƟca e Fami- 0998/049X


MJ, SPM CNJ
liar contra as Mulheres. 0999/049I
4.1.12. Fortalecer os Juizados Especializados de Violência DomésƟca MJ 0998/049X
CNJ
e Familiar contra as Mulheres. SPM 0999/049I
4.1.13. Criar Promotorias Especializadas de Atendimento às Mulhe- 0998/049X
MJ, SPM CNMP
res e/ou Núcleos de Gênero nos Ministérios Públicos. 0999/049I
4.1.14. Fortalecer as Promotorias Especializadas de Atendimento às 0998/049X
MJ, SPM CNMP
Mulheres e/ou Núcleos de Gênero nos Ministérios Públicos. 0999/049I
4.1.15. Ampliar o número de serviços e fortalecer a atenção espe-
MS SPM 0998/049X
cializada para atendimento das mulheres em situação de violência.
4.1.16. Criar Unidades Móveis de atendimento às mulheres em situ-
SPM MDA 0998/049X
ação de violência no campo e na Floresta.
4.1.17. Criar serviços de atendimento às mulheres migrantes em si- SPM, MTE,
MJ, SDH, PF 0998/049X
tuação de violência nas fronteiras. MRE
4.1.18. ArƟcular atores federais, estaduais, distrital e municipais MJ, MDS,
para garanƟr a integração dos serviços da Rede de Enfrentamento à SPM MS, 0998/049W
Violência contra as mulheres. Funai/MJ
MJ, MDS,
4.1.19. Promover a formação conƟnuada das/os proĮssionais da MS, MEC,
SPM
Rede Especializada de Atendimento às mulheres em situação de vio- Funai/MJ, 0998/049S
lência por meio da criação de uma matriz pedagógica uniĮcada. SDH, CNJ,
CNMP
4.1.20. Elaborar Normas Técnicas de abrigamento/acolhimento para MJ
SPM 0998/049W
mulheres víƟmas de violência em situação de risco de morte. MDS
4.1.21. Criar ou revisar normas técnicas e protocolos nacionais para
MJ, MDS, 0998/049W
o funcionamento dos serviços de prevenção e assistência às mulhe- SPM
MS 0370/11ª meta
res em situação de violência.
4.1.22. Ampliar e aperfeiçoar a Central de Atendimento à Mulher – MJ, MDS,
SPM 0998/049U
Ligue 180 para se tornar um Disque Denúncia. MS, MRE
4.1.23. Expandir o atendimento do Ligue 180 para mulheres brasilei- MRE, MJ,
SPM 0998/049U
ras que vivem no exterior. PF, SDH,
4.1.24. Capacitar de forma conƟnuada as atendentes da Central de SDH, MJ,
SPM 0998/049U
Atendimento à Mulher - Ligue 180. MRE
45
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.1.25. Implantar Registro AdministraƟvo na Rede Especializada de
SPM - 0998/049T
Atendimento às Mulheres em Situação de Violência.
4.1.26. Criar o Sistema Nacional de Dados sobre a Violência contra MJ, MDS,
SPM 0998/049T
as Mulheres. SDH, MS
4.1.27. Contribuir para o atendimento 24 horas das mulheres em
0998/049W
situação de violência nas Deams e núcleos especializados nas dele- MJ, SPM -
0998/049X
gacias da polícia civil.
MJ, MDA, SG,
MS, MDS,
4.1.28. Implementar as Diretrizes de Enfrentamento à Violência con-
MMA, Mapa, PF, Secom 0998/049S
tra as Mulheres do Campo e da Floresta.
MEC, SDH,
Seppir, SPM
4.1.29. Promover o atendimento qualiĮcado às mulheres em situa-
SPM, MDS - 0998/049V
ção de violência no Sistema Único da Assistência Social.

Linha de ação 4.2. Promoção da implementação da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei
Maria da Penha.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva

4.2.1. Divulgar a Lei Maria da Penha, acordos e normas jurídicas nacio- 0999/049L
SPM MJ
nais e internacionais de enfrentamento à violência contra as mulheres. 0999/049K

4.2.2. Realizar campanhas, mobilizações e ações educaƟvas sobre a


SPM MJ, MEC 0999/049L
Lei Maria da Penha.

4.2.3. Incorporar a temáƟca do enfrentamento à violência contra as


mulheres e a Lei Maria da Penha nos conteúdos programáƟcos de 0998/049S
SPM MJ
cursos, concursos públicos, principalmente no processo de forma- 0999/049K
ção dos operadores de direito.

4.2.4. ArƟcular e acompanhar os Poderes Judiciário e LegislaƟvo e ao


Ministério Público e Defensoria Pública quanto à execução e aplica- SPM MJ 0999/049I
bilidade da Lei Maria da Penha.

Linha de ação 4.3. Fortalecimento da segurança cidadã e acesso à justiça às mulheres em situação
de violência.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.3.1. Criar Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor. MJ SPM, CNJ 1000/049Q
4.3.2. Elaborar Norma Técnica dos Serviços de Responsabilização e SPM,
- 1000/049Q
Educação do Agressor. MJ
4.3.3. Consolidar o projeto “Siga Bem Mulher” do Programa Siga Petrobrás, 0258/00T7
MJ
Bem Caminhoneiro. SPM 0999/049L
MJ,
4.3.4. Capacitar as mulheres em situação de prisão para a inserção 1000/049R
MTE, -
no mundo do trabalho. 0831/03E6
SPM
4.3.5. Implantar o sistema educacional prisional, garanƟndo acesso
MEC, MJ, SPM, 1000/049R
à educação em todos os níveis durante a permanência nas insƟtui- -
SDH 0831/03E6
ções prisionais.
46
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
0831/03ED
4.3.6. EsƟmular a re-inserção no mercado de trabalho das mulheres
MJ, MTE, SPM - 1000/049R
egressas do sistema prisional.
0831/03E6
0831/03E2
4.3.7. Construir/reformar estabelecimentos penais femininos. MJ SPM
0831/03E6

4.3.8. Contribuir para a humanização dos equipamentos prisionais e


1000/049R
a garanƟa dos espaços İsicos adequados para as mulheres em situ- SPM, MJ SDH
0831/03E6
ação de prisão.

1000/049R
4.3.9. Promover cultura e lazer dentro do sistema prisional. SPM, MJ, MinC -
0831/03E6
0715/02QR
4.3.10. Qualificar o cuidado às mulheres em situação de prisão
SPM, MS, SDH, 0713/02PV
durante a gravidez e no pós-parto e a recém nascidos e crianças -
MJ 1000/049R
destas mulheres.
0831/03E6

4.3.11. QualiĮcar as equipes de saúde que atuam no sistema prisio-


0713/02PV
nal nos temas saúde sexual e saúde reproduƟva, na perspecƟva dos MS SPM
1000/049R
direitos das mulheres.

4.3.12. IncenƟvar o acesso aos direitos sexuais e reproduƟvos pelas 1000/049R


SPM, MJ -
mulheres em situação de prisão. 0831/03E6

0713/02PV
4.3.13. QualiĮcar a atenção à saúde das mulheres em situação de SPM, SDH,
MS 1000/049R
prisão nos princípios da PNAISM. MJ
0831/03E6

4.3.14. Promover o acompanhamento sócio-familiar das famílias


1000/049R
de mulheres em situação de prisão e egressas do sistema prisio- MDS
SPM, MJ 0282/00WM
nal nos Centros de Referencia de Assistência Social (Cras) e nos
0370/013T
Centros Especializados de Assistência Social (Creas).

4.3.15. Promover o acesso à jusƟça e à assistência jurídica gratuita MJ 1000/049R


-
para as mulheres em situação de prisão. SPM 0875/03KW
SPM, SDH,
4.3.16. Implantar aƟvidades sistemáƟcas de educação, cultura, lazer 1000/049R
MJ MinC, MEC,
e esporte no sistema prisional feminino. 0831/03E6
ME
4.3.17. GaranƟr o cumprimento da legislação que proíbe agentes pe- MJ 1000/049R
SDH
nitenciários do sexo masculino em presídios femininos. SPM 0831/03E6

4.3.18. GaranƟr o recorte de sexo, raça e etnia em todos os registros


MJ SPM, Seppir 0998/049T
administraƟvos da Segurança Pública.
4.3.19. Capacitar de forma permanente os operadores/as da Se-
gurança Pública nas questões referentes às relações de gênero e
MJ, SPM Seppir 0998/049S
violência contra as mulheres, incluindo o enfrentamento ao racis-
mo institucional.

4.3.20. Combater a impunidade e a omissão frente à violência contra MJ


- 1000/049N
as mulheres e nos casos de homicídio. SPM
4.3.21. ArƟcular para que os Serviços de Inteligência Policial incluam
MJ SPM 1000/049N
na sua formação inicial a violência de gênero.

47
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.3.22. IncenƟvar o aumento do número de mulheres nos espaços
SPM MJ 1000/049P
de parƟcipação popular e controle social da Segurança Pública.

4.3.23. Apoiar e integrar iniciaƟvas de cooperação entre as mulheres


parƟcipantes do Programa Mulheres da Paz e os Centros Especiali-
SPM
zados de atendimento às mulheres em situação de violência para a Funai/MJ 1000/049M
MJ
promoção e defesa dos direitos, em especial para o enfrentamento
à violência contra as mulheres.
4.3.24. Incidir junto às instâncias responsáveis para promover a in-
vesƟgação dos casos de omissão insƟtucional frente aos casos de SPM MJ 1000/049N
violência contra as mulheres.
4.3.25. IdenƟĮcar os beneİcios previdenciários e assistenciais de- SPM, MPS,
- 0250/ -
correntes da violência domésƟca e familiar. INSS
4.3.26. Instruir as ações regressivas dos valores pagos a ơtulo de be-
neİcios previdenciários pelo INSS em razão da violência domésƟca e INSS MPS, SPM 0250/ -
familiar, como mecanismo pedagógico-reparatório de ressarcimento.
4.3.27. Firmar parceria com o Sistema Único de Segurança Pública
e Polícia Federal para viabilizar a ampliação da uƟlização de instru-
mentos existentes para o combate aos crimes de violência sexual SPM MJ, PF, MS 1000/049N
contra as mulheres, com destaque para o fortalecimento da Rede
Integrada de PerĮs GenéƟcos (DNA).
4.3.28. DiagnosƟcar as atribuições desenvolvidas e mapear as com-
petências necessárias para a execução de atribuições pelas mulhe- MD, SPM - -
res nas Tropas de Paz.
4.3.29. Contribuir na capacitação e treinamento das Tropas de Paz
MD, SPM - -
na perspecƟva de gênero.
4.3.30. Fortalecer as práƟcas esporƟvas como instrumento de paz
MD, SPM - -
nos locais de atuação das Forças Armadas.

4.3.31. Estabelecer parcerias na construção do processo de preven-


ção das DSTs/HIV e enfrentamento da violência sexual como arma MD, SPM - -
de guerra.
4.3.32. Construir estratégias de enfrentamento da violência baseada
MD, SPM - 1000/ -
em gênero nos contextos humanitários.

Linha de ação 4.4. Enfrentamento à exploração sexual e ao tráfico de mulheres.


PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.4.1. Implementar as diretrizes, normas técnicas, protocolos e Ňu-
SDH, MJ,
xos de atendimento à mulheres em situação de tráĮco de pessoas SPM 1000/049O
MS, MDS
nos serviços da rede de atendimento às mulheres.

4.4.2. Visibilizar as questões estruturantes que são favorecedoras do


MJ, SDH, SPM SDH 1000/049O
tráĮco de mulheres e da exploração sexual de mulheres.

4.4.3. IncenƟvar a implementação de mecanismos de proteção e segurança SPM, MJ, SDH, 1000/049O
MRE
às mulheres em situação de exploração sexual e tráĮco de pessoas. PF 1000/7ª meta

4.4.4. Consolidar metodologias de atendimento às mulheres víƟmas MJ, SPM, SDH,


MRE 1000/049O
de tráĮco de pessoas. PF

48
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.4.5. Promover a capacitação para a atuação das autoridades con-
SPM, SDH, 1000/049O
sulares e policiais federais estrangeiras e brasileiras no atendimento MJ, SDH
MRE, PF 0998/049S
às mulheres víƟmas de tráĮco de pessoas.
4.4.6. ArƟcular e fomentar parcerias entre os serviços de atendimen-
to às mulheres existentes em países conhecidos como desƟno de MJ, SDH,
SPM 1000/049O
brasileiras víƟmas do tráĮco de pessoas e os existentes em território MRE
nacional.
4.4.7. Fomentar a cooperação internacional e novos acordos bilate-
rais e mulƟlaterais de cooperação para o atendimento das mulheres
SPM, MRE MJ, SDH 1000/049O
brasileiras em situação de violência, tráĮco de pessoas e exploração
sexual no exterior.

4.4.8. Incidir nos Programas de Aceleração do Crescimento – PAC I e


II – de forma a prevenir a violência contra as mulheres e combater MJ, SNJ/SG/
0999/1ª meta
a exploração sexual e o tráĮco de mulheres, adolescentes e jovens, SPM, SDH PR,
0999/049J
nas regiões de fomento ao turismo e nas áreas de grandes obras de Funai/MJ
desenvolvimento econômico e infraestrutura.

4.4.9. Realizar campanhas e ações educaƟvas que desconstruam os 0933/11ª


MJ, SDH,
estereóƟpos e esclareçam a população sobre as práƟcas que conĮ- SPM meta
Secom
guram exploração sexual e tráĮco de mulheres. 0999/049L

4.4.10. Capacitar conselhos tutelares e de direitos para idenƟĮcação 0998/049S


MJ,
e encaminhamento adequado de situações de violência domésƟca e SPM, SDH 0260/ -
Funai/MJ
sexual contra meninas e adolescentes. 0435/ -

Linha de ação 4.5. Promoção da autonomia das mulheres em situação de violência e a ampliação de
seus direitos.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
Seppir,
4.5.1. IncenƟvar o atendimento prioritário das mulheres em situa- 0998/4ª meta
MTE SPM, MEC,
ção de violência nos programas de qualiĮcação social e proĮssional. 0931/03XL
MPS
4.5.2. IncenƟvar o atendimento prioritário as mulheres em situação
0998/049V
de violência na concessão de unidades habitacionais nos estados, MCid, SPM MJ, BB
0756/02ZZ
DF e municípios.

4.5.3. ArƟcular a inserção das mulheres em situação de violência


MJ, MDS,
nos Programas Sociais das três esferas do governo com destaque 0931/03XL
SPM MTE, MDA,
para a inserção no mundo do trabalho, geração de renda, economia 0998/049V
BB
solidária, capacitação proĮssional e acesso a equipamentos sociais.

4.5.4. Incidir na políƟca de enfrentamento à pobreza e à miséria


SPM MDS, SDH 0998/049V
para a inclusão das mulheres em situação de violência.

49
Capítulo 5
Fortalecimento e participação das mulheres nos espaços de
poder e decisão
A construção de uma sociedade justa e demo- dade a necessidade de igualdade nas relações
crática passa necessariamente pela igualdade sociais entre mulheres e homens, o enfrenta-
entre mulheres e homens. Hoje, todas as or- mento de todas as formas de discriminações
ganizações internacionais e acordos entre os contra as mulheres e o reconhecimento e res-
países indicam como recomendações a am- peito à diversidade para a construção de valo-
pliação da presença das mulheres nos espaços res sociais, que têm na igualdade as condições
de poder e de decisão, assim como a imple- para superar as desigualdades de oportunida-
mentação de medidas que favoreçam e contri- des no mundo do trabalho e na política. Exige
buam para a participação das mulheres como
também, atitudes e compromissos do Estado e
um importante aspecto da construção cidadã.
Exemplos disso são as recomendações da Con- dos governos, nas suas diferentes esferas, que
venção para Eliminação de Todas as Formas de sejam transformadores das estruturas institu-
Discriminações Contra a Mulher (Cedaw), as cionais que ainda reproduzem e reafirmam a
Conferências Internacionais do Cairo, Beijing, desigualdade. Para isso, é necessário consoli-
Durban, entre outras. dar e articular a maior presença das mulheres
nos espaços de poder e de decisão e fortalecer
Esta concepção igualitária foi forjada pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Políticas
mulheres ao longo dos séculos. Inconforma- para as Mulheres, que contribuem para um
das com a situação de desigualdades e opres- novo modelo de gestão e trazem na sua con-
são vivida e pela destinação quase que restri- cepção a defesa da autonomia e da igualdade
ta de seu papel social ao espaço doméstico, como pressupostos e princípios de suas ações
as mulheres se organizaram e construíram e políticas.
um movimento político ideológico que arƟ-
cula na sua concepção as lutas especíĮcas das O Brasil e a América Latina vivem importante
mulheres com as questões macroeconômicas momento para a ampliação e fortalecimento
e estruturantes da sociedade. O feminismo no da participação das mulheres nos espaços de
Brasil, em especial a parƟr da década de 70, traz poder e de decisão em especial na política.
importante contribuição para uma nova aborda- Hoje, 40% da população da América Latina
gem conceitual e políƟca do papel da mulher na está sob o governo de mulheres: Dilma Rous-
sociedade. As mulheres organizadas propõem seff no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina
uma articulação entre a participação política e Laura Chinchilla na Costa Rica. A eleição de
Presidentas é um passo importante para a rup-
e a vida cotidiana, entre a esfera pública e es-
tura do “teto de vidro” sempre colocado para
fera privada. A mulher, ao emergir da esfera as mulheres nestes espaços. Importante des-
privada para reivindicar na esfera pública, tor- tacar que isso ocorre após 20 anos, desde a
na-se visível e protagonista, denuncia as gran- aprovação da lei de cotas na Argentina e após
des desigualdades e violências vividas fazendo 18 países latinoamericanos incorporarem mu-
emergir novo sujeito político da construção danças em suas leis eleitorais estabelecendo
histórica, marcando importantes avanços tan- cotas e ou paridade na inscrição de candidatas
to na luta pelo direito ao voto (das sufragistas) ao parlamento, inclusive o Brasil.
como no processo de enfrentamento político
à ditadura militar em nosso país. Apesar de as mulheres brasileiras representa-
rem 52% da população, o Brasil ainda encon-
A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as tra-se na 118ª posição no ranking da partici-
Mulheres, ao indicar mais uma vez a perma- pação política das mulheres nos 198 países
nência deste capítulo para o Plano Nacional pesquisados, conforme informações do Rela-
de Políticas para Mulheres, traz para a socie- tório Global Data Base of Quotas for Women.

52
PNPM
Sabemos que a ampliação da participação das este processo esteja associado à divulgação e
mulheres na política passa por sua maior pre- afirmação de uma plataforma feminista, con-
sença nas direções dos partidos que cumprem tribuindo cada vez mais para a construção da
fundamental papel no sistema político brasi- igualdade e da cidadania.
leiro. Além de serem maioria na população, as
mulheres são também maioria como filiadas Por isso, a ampliação da presença das mulhe-
nos partidos políticos, na base da organização res em postos de direção, espaços de poder
dos movimentos sociais. Entretanto, esta pre- e de decisão dos governos, construção dentro
sença não se reflete nos espaços de poder e dos governos de organismos executivos de po-
decisão. Poucos são ainda os partidos brasilei- líticas para as mulheres (nos diferentes níveis
ros que hoje instituem a paridade de gênero e da federação), nos espaços de controle social
até o ano de 2011 diversos partidos nem mes- das políticas públicas, no parlamento, nos
mo implementavam as cotas mínimas de 30% partidos políticos, nos movimentos sociais,
de mulheres candidatas. Esta é parte das expli- no meio acadêmico e no acesso às profissões
cações para o fato de hoje contarmos com pre- tidas como masculinas, ampliam o horizonte
sença tão reduzida de mulheres no Congresso da participação e atuação política das mulhe-
Nacional (cerca de 11%), ou como governa- res e imprimem uma nova configuração para
doras de estados. As eleições municipais de a ocupação e construção destes espaços com
2012 foram as primeiras sob a vigência da Lei igualdade e justiça social.
12.034/2009, que estabeleceu a obrigatorie-
dade de cada partido ou coligação preencher
o mínimo de 30% para candidaturas de cada Objetivo geral
sexo aos cargos proporcionais. Isso significou
um aumento do número de candidatas inscri- Fomentar e fortalecer a participação iguali-
tas para o cargo de vereadoras, mas ainda não tária, plural e multirracial das mulheres nos
se refletiu no aumento das mulheres eleitas espaços de poder e decisão, por meio da pro-
vereadoras. Houve aumento significativo das moção de mudanças culturais, legislaƟvas e ins-
mulheres eleitas prefeitas, influência talvez Ɵtucionais que contribuam para a construção de
de uma maior presença das mulheres nas ins- valores e aƟtudes igualitárias e democráƟcas e
tâncias governamentais do governo federal, para a construção de políƟcas para a igualdade.
com a eleição da Presidenta Dilma Rousseff.
Ações afirmativas – como a paridade nas di-
reções, as cotas mínimas nas eleições, a pre-
sença de pelo menos 10% do uso do espaço Objetivos específicos
de divulgação das ações partidárias para a
I. Apoiar a reforma política, bem como a cria-
participação das mulheres na política, ins-
ção, revisão e implementação de instrumentos
tâncias nacionais de mulheres nos partidos
normativos com vistas à igualdade de oportu-
políticos – são instrumentos que, se não re-
nidades entre mulheres e homens, e entre as
solvem, visam contribuir para que possamos
mulheres, na ocupação de postos de decisão
enfrentar o modelo patriarcal que associa
nas distintas esferas do poder público.
aos homens o direito ao espaço público, a
não valorização das trajetórias políticas das II. Estimular a ampliação da participação das
mulheres e a sobrecarga do cuidado com a mulheres em cargos de poder e decisão nos
família que recai ainda sobre as mulheres. três poderes das três esferas federativas, con-
Diante de tudo isso, a Reforma Política se siderando as dimensões étnicas, raciais, de
mantém como pauta fundamental para que orientação sexual, identidade de gênero, ge-
o Brasil possa avançar. racionais e mulheres com deficiência.
Importante destacar que, associado à amplia- III. Promover criação e institucionalização
ção da participação das mulheres nos espa- de organismos de políticas para as mulheres
ços institucionais de representação como o com o papel de articular, elaborar, imple-
Parlamento e o Executivo, é fundamental que mentar e monitorar as políticas nos estados,

53
Distrito Federal e municípios e promover a nos estaduais e nos governos municipais das
gestão transversal da Política Nacional para capitais dos estados.
as Mulheres.
G. Contribuir para o fortalecimento de conse-
IV. Estimular a ampliação da participação de lhos estaduais e distrital de promoção e defe-
mulheres nos partidos políticos e nos cargos sa dos direitos das mulheres.
de liderança e de decisão no âmbito das enti-
dades representativas de movimentos sociais, H. Fortalecer o Conselho Nacional dos Direitos
sindicatos, conselhos de naturezas diversas e da Mulher e a participação social na formula-
em todos os tipos de associação considerando ção e implementação das políticas públicas.
as dimensões étnicas, raciais, de orientação
sexual, identidade de gênero, geracionais e
mulheres com deficiência. Linhas de ação
V. Fortalecer a participação social na formu- 5.1. Sensibilização da sociedade e implemen-
lação e implementação das políticas públicas tação de estratégias para a ampliação da par-
de promoção da igualdade de gênero e de ticipação das mulheres nos espaços de poder
combate a todas as formas de discriminação e decisão.
considerando as dimensões étnicas, raciais, de
orientação sexual, identidade de gênero, gera- 5.2. Criação de mecanismos e estratégias de
cionais e mulheres com deficiência. apoio à participação das mulheres nos espa-
ços de poder e decisão e à sua participação
político-partidária.
Metas 5.3. Estímulo à participação das mulheres no
controle social das políticas públicas, especial-
A. Garantir a plena aplicação da Lei nº mente por meio do fortalecimento do Con-
12.034/2009, que estabelece cotas de recur- selho Nacional dos Direitos da Mulher e dos
sos e de tempo da propaganda partidária para respectivos conselhos estaduais, distrital e
as mulheres, levando em conta as mulheres municipais.
negras e indígenas.
5.4. Criação, revisão e implementação de legis-
B. Contribuir para o debate sobre a Reforma lação e instrumentos normativos, com vistas à
Política, garantindo criação e aperfeiçoamen- igualdade de oportunidades das mulheres e
to dos mecanismos de incentivo à participação entre as mulheres na ocupação de posições de
paritária das mulheres nos espaços de poder e decisão nas distintas esferas do poder público.
decisão.
5.5. Estímulo à criação e fortalecimento de ór-
C. Promover a formação política das mulheres, gãos e organismos públicos de políticas para
com enfoque em gênero, contemplando sua as mulheres nos estados, Distrito Federal e
diversidade e variações regionais do país. municípios.
D. Aumentar e monitorar o número de mulhe-
res nos cargos de direção (DAS 3, 4, 5 e 6) do
Poder Executivo, considerando a proporção
das mulheres brancas, negras e indígenas na
população.
E. Contribuir para a ampliação do número de
mulheres no Poder Legislativo, considerando
a proporção das mulheres negras e indígenas
na população.
F. Ampliar o número de Organismos de Políti-
cas para as Mulheres, em especial nos gover-

54
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 5.1. Sensibilização da sociedade e implementação de estratégias para a ampliação
da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.1.1. Sensibilizar proĮssionais da mídia sobre a importância da parƟ-
SPM - 0934/03Y8
cipação das mulheres nos espaços de poder.

5.1.2. Promover programas e ações de capacitação para mulheres 0933/03XV


Seppir,
jovens e adultas, com enfoque em políƟcas públicas contemplando 0869/03KH
SPM Funai/MJ,
a diversidade étnica, racial, de orientação sexual e idenƟdade de gê- 0948/ -
SNJ/SG/PR
nero e regional. 0952/ -

5.1.3. Desenvolver ações e campanhas sobre a importância e a neces-


sidade da ampliação da parƟcipação políƟca das mulheres, da Įliação
SPM Seppir 0936/03YF
parƟdária e das candidaturas femininas, considerando as diversida-
des de raça e etnia.

5.1.4. Promover/esƟmular estudos, debates e outras medidas para


ampliar a parƟcipação das mulheres nos cargos de direção das orga-
SPM - 0934/03Y8
nizações sindicais de trabalhadores e empregadores, assim como das
empresas privadas.
5.1.5. Firmar acordo entre SPM e TSE sobre uƟlização de linguagem
SPM - 0934/03Y8
inclusiva nas campanhas insƟtucionais do TSE.

5.1.6. Implementar e divulgar os compromissos internacionais assu-


SPM - 0934/03Y6
midos pelo Brasil no campo dos direitos políƟcos das mulheres.

Linha de ação 5.2. Criação de mecanismos e estratégias de apoio à participação das mulheres nos
espaços de poder e decisão e à sua participação político-partidária.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.2.1. Consolidar o Fórum de Instâncias de Mulheres dos parƟdos po-
SPM - 0934/12ª meta
líƟcos e realizar ao menos dez reuniões.
5.2.2. Produzir materiais para incorporação da temáƟca da igualdade
SPM - 0934/03Y8
de gênero nas plataformas eleitorais de mulheres e homens.

5.2.3. Contribuir com ações de sensibilização e capacitação para am-


pliação da parƟcipação das mulheres nas eleições municipais, distri-
SPM - 0934/03Y8
tal, estaduais e federal, e para a incorporação da agenda das mulhe-
res pelos parƟdos políƟcos.

5.2.4. Contribuir com ações de sensibilização nos três poderes para


ampliação e visibilidade da parƟcipação das mulheres nos espaços de SPM - 0934/03Y8
poder e decisão.

5.2.5. Acompanhar as iniciaƟvas do TSE para inclusão do quesito


SPM, Seppir - 0934/03Y8
raça/cor nas Įchas de inscrição de candidatas/os nas eleições.

5.2.6. Realizar ações de sensibilização e formação de magistrados da


JusƟça Eleitoral sobre gênero e a subrepresentação das mulheres nos SPM - 0934/03Y8
espaços de poder e decisão.

55
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.2.7. ArƟcular com prefeitas/os, governadoras/es, vereadoras/es,
senadoras/os, deputadas/os estaduais/distritais e federais eleitas/os
SPM - 0935/ -
a incorporação das diretrizes do PNPM e a criação dos organismos
execuƟvos de políƟcas para as mulheres nos seus mandatos.

5.2.8. Realizar ações de sensibilização sobre gênero com a União Na- 0934/ -
SPM -
cional dos LegislaƟvos Estaduais. 0935/ -
5.2.9. Apoiar a realização de pesquisa sobre a inserção das mulheres
negras na gestão pública, na elaboração de políƟcas públicas e na ocu- SPM Seppir 0934/03Y8
pação de espaços de decisão.

Linha de ação 5.3. Estímulo à participação das mulheres no controle social das políticas públicas,
especialmente por meio do fortalecimento do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e dos
respectivos conselhos estaduais, distrital e municipais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.3.1. Apoiar a criação e o fortalecimento de conselhos estaduais, dis-
SPM - 0935/03YC
trital e municipais dos direitos da mulher.
5.3.2. Assegurar o funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos
SPM - 0935/03YC
da Mulher - CNDM.
5.3.3. Realizar a 4ª Conferência Nacional de PolíƟcas para as Mulhe-
SPM - 0935/03YB
res, precedida das etapas municipal, distrital e estadual.
5.3.4. Promover a capacitação de conselheiras dos Conselhos dos Di-
SPM - 0935/03YC
reitos das Mulheres em todas as esferas.
5.3.5. EsƟmular a ampliação da parƟcipação das mulheres indígenas, SPM
SNJ/SG/PR, 0934/03Y4
negras e jovens na formulação, implementação e avaliação de políƟ- Seppir
Funai/MJ 0948/ -
cas públicas. SG
5.3.6. Apoiar ações de capacitação na promoção de políƟcas e ações de 0933/ -
SPM SDH, Seppir
enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia e ações aĮrmaƟvas. 0934/ -
5.3.7. Sensibilizar e esƟmular os conselhos nacional, estaduais, dis-
SDH,
trital e municipais de direitos da mulher a criarem câmaras técnicas
SPM Seppir, 0948/ -
para a formulação, acompanhamento e avaliação do desenvolvimento
Funai/MJ
de políƟcas de interseção de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

Linha de ação 5.4. Criação, revisão e implementação de legislação e instrumentos normativos,


com vistas à igualdade de oportunidades das mulheres e entre as mulheres na ocupação de posi-
ções de decisão nas distintas esferas do poder público.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.4.1. Contribuir com o TSE para aplicação, Įscalização e monitora-
mento da Lei 12.034/2009 que determina: o percentual mínimo de
cotas para candidaturas entre os sexos; desƟnação de pelo menos
5% do Fundo ParƟdário para ações de formação políƟca para as mu- SPM - 0934/03Y8
lheres; o cumprimento da reserva de pelo menos 10% do tempo da
propaganda parƟdária gratuita bem como a aplicação das sanções
previstas na lei.

56
PNPM
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.4.2. Acompanhar e monitorar a votação de projetos que visem a
igualdade de oportunidade para mulheres, com destaque para o Pro-
SPM - 0934/03Y2
jeto de Lei nº 4.857/2009 (“Lei da Igualdade”), referente à igualdade
no mundo do trabalho.

5.4.3. InsƟtuir no âmbito da Administração Pública, direta e indireta,


medidas de ação aĮrmaƟva e de discriminação posiƟva que garantam
a realização de metas percentuais de parƟcipação das mulheres nas SPM, 0933/ -
-
funções de presidência, direção, coordenação, gerenciamento e as- SG 0934/8ª meta
sessoria, incluindo medidas administraƟvas e de gestão estratégica ao
cumprimento destas medidas.

Linha de ação 5.5. Estímulo à criação e fortalecimento de órgãos e organismos públicos de políti-
cas para as mulheres nos estados, Distrito Federal e municípios.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
5.5.1. Ampliar para mil o número de municípios com organismos exe-
cuƟvos de políƟcas para as mulheres e assegurar a insƟtucionalidade SPM - 0935/03YB
e o fortalecimento destes organismos nas 27 Unidades da Federação.

5.5.2. Fortalecer o Fórum Nacional de Organismos de PolíƟcas para as


SPM - 0935/03YB
Mulheres e as instâncias relacionadas ao mesmo.

5.5.3. EsƟmular os Fóruns de Organismos de PolíƟcas para as Mulhe-


res - OPMs e de outras políƟcas setoriais a incluir, como uma de suas
SPM - 0935/03YB
aƟvidades, a realização de oĮcinas ou ações semelhantes a respeito
do capítulo 9.
0935/03YB
5.5.4. Apoiar a divulgação e a implementação do Estatuto do Idoso
SPM SDH 0575/ -
nos Organismos de PolíƟcas para as Mulheres – OPMs.
0435/ -
0935/03YB
5.5.5. Apoiar a divulgação e a implementação do estatuto da criança e
SPM SDH 0575/ -
do adolescente nos Organismos de PolíƟcas para as Mulheres – OPMs.
0435/ -
5.5.6. EsƟmular organismos de promoção de políƟcas para as mulhe-
0256/ -
res estaduais e municipais a elaborarem ações para mulheres idosas e SPM SDH
0442/01GR
para mulheres com deĮciência.

5.5.7. IncenƟvar as gestoras para o estabelecimento de medidas que


0933/ -
incluam as mulheres negras e as lésbicas nas ações e objeƟvos da SPM SDH
0934/03Y4
Campanha Mais Mulheres no Poder.

5.5.8. EsƟmular a criação de Comitês de Gênero nos Ministérios que


SPM - 0935/4ª meta
incorporem também as perspecƟvas étnica, racial e de orientação sexual.

5.5.9. Apoiar a divulgação e a implementação do Estatuto da Igualda-


Seppir SPM 0935/03YB
de Racial nos Organismos de PolíƟcas para as Mulheres – OPMs.

57
Capítulo 6
Desenvolvimento sustentável com igualdade econômica e social

A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as sustentável e solidário. Por essa razão, ga-
Mulheres ratificou a importância de políticas nham mais relevância as ações orientadas
e ações que venham a promover as mudanças para a valorização do trabalho reprodutivo,
necessárias em direção ao desenvolvimento historicamente a cargo das mulheres, a par-
sustentável, à proteção e à justiça ambiental tir da divisão sexual do trabalho, que lhes im-
no país, com a ampla participação das mulhe- pôs o cuidado da família e a garantia das suas
res do campo, da floresta e das cidades. Este condições de bem-estar e sobrevivência. Este
é um processo em construção, já previsto nas constitui um ponto central para a compreen-
edições anteriores do PNPM, e, como tal, re- são das relações entre gênero e mundo do tra-
quer o esforço conjunto de diferentes setores balho, uma vez que a inserção produtiva das
do governo, no atendimento a demandas so- mulheres está condicionada pela permanente
ciais que exigem a integração de medidas e tensão entre as suas responsabilidades fami-
políticas intersetoriais visando ao alcance dos liares e as profissionais. Assim, a valorização
objetivos propostos. do trabalho reprodutivo requer, em primeiro
lugar, a percepção da sua importância social
Nessa perspectiva, é importante salientar, em e econômica, por toda a sociedade. A libera-
primeiro lugar, que, em sua grande parte, as ção das mulheres da obrigatoriedade de seus
ações em curso neste eixo de atuação da SPM/ encargos domésticos constitui um dos fatores
PR foram validadas pela 3ª CNPM, enquanto decisivos para a conquista da sua autonomia,
outras iniciativas foram criadas, garantindo a principalmente a econômica. O rompimento
continuidade e a consolidação de programas e do ciclo da pobreza, que atinge as mulheres
atividades em andamento. jovens e adultas, depende, entre outros fa-
Neste caso, permanecem na pauta do governo tores, do tempo disponível e das condições
as ações referentes à infraestrutura social nas objetivas para terem acesso ao mercado de
áreas urbana e rural, incluindo o direito à mo- trabalho e conquistar os seus espaços profis-
radia digna, garantido pela Constituição Fede- sionalmente. A sobrecarga ocasionada pelas
tarefas domésticas é assumida pelas filhas e
ral. Enfatiza-se, porém, a demanda por maior
netas, num processo contínuo, intergeracio-
facilidade de acesso a formas de financiamen- nal, de reprodução da divisão sexual do tra-
to que atendam às mulheres em situação de balho, principalmente entre as classes sociais
vulnerabilidade social, o que supõe a expan- menos favorecidas. É preciso que ocorra, da
são dos programas habitacionais nos meios parte do Estado e das próprias famílias, o re-
rural e urbano. A moradia digna, condição conhecimento sobre as suas responsabilida-
básica para a realização da inserção social e des no processo de reprodução social, o que
para a proteção ambiental, constitui-se numa deve expressar-se por meio de mudanças de
pré-condição para a efetivação do desenvolvi- mentalidade e de comportamento, bem como
mento sustentável. de políticas públicas de compartilhamento, já
O que se defende como desenvolvimento sus- em curso em muitos países. Estas, por sua vez,
tentável supõe mudanças fundamentais nos além de medidas de estímulo direto à divisão
padrões de desenvolvimento ainda vigentes de tarefas entre mulheres e homens – no caso
no país, estabelecendo como um de seus prin- das licenças parentais, por exemplo – incluem,
cípios norteadores a promoção da igualdade ainda, a oferta sistemática, nas áreas rurais e
nas suas diferentes dimensões. A igualdade urbanas, de equipamentos sociais que possam
de gênero, portanto, constitui uma exigência contribuir para a liberação de tempo para as
básica para a promoção do desenvolvimento mulheres, citando-se, neste caso, as creches,

60
PNPM
as cozinhas comunitárias, restaurantes po- seja: a valorização da vida nas suas múltiplas
pulares, lavanderias populares, entre outras manifestações, servindo de referência às rela-
medidas importantes. Somente por meio da ções de produção. Isso supõe, sobretudo, mu-
igualdade de gênero as mulheres poderão danças nos padrões de consumo, que irão impor
conquistar, efetivamente, a sua autonomia, no novas regras às cadeias produƟvas dos alimen-
sentido mais amplo. tos, envolvendo desde as técnicas de manejo
do solo, até o momento da sua distribuição, nos
A autonomia econômica das mulheres de- mercados locais, seja no campo ou na cidade.
pende ainda, em grande parte, do reconheci-
mento da sua contribuição para o desenvol- Daí a importância da articulação entre dife-
vimento econômico e social, na condição de rentes planos setoriais para o alcance dos ob-
protagonistas nesse processo, de agentes de jetivos aqui propostos, no âmbito das políticas
mudança, capazes de interferir nas decisões públicas. Cabe destacar, nesse sentido, o Plano
sobre as prioridades que deverão orientar as Nacional de Segurança Alimentar e Nutricio-
políticas públicas de caráter local, regional ou nal, que amplia as possibilidades de diálogo
nacional. É preciso combater, acima de tudo, entre as instâncias governamentais respon-
a invisibilidade do trabalho que realizam, no- sáveis pelas políticas voltadas para a inserção
tadamente as mulheres do campo e da flores- produtiva das mulheres, reconhecendo a sua
ta, valorizando a sua participação no processo participação na defesa da soberania alimentar
produtivo, destacando-se as suas especificida- – e na produção dos alimentos de qualidade,
des, expressas por seus saberes e diferentes como protagonistas nesses processos.
práticas. Por esta razão, o PNPM conserva os
programas e as ações de fortalecimento da Os temas referentes ao desenvolvimento sus-
inserção econômica, a exemplo do Programa tentável convergem, ainda, para uma questão
de Organização Produtiva das Mulheres Ru- desafiadora para as políticas públicas: o im-
rais (POPMR), lançado em 2008, incorporan- pacto das grandes obras sobre a vida das mu-
do suas novas etapas, resultantes dos avanços lheres - um ponto sempre presente nas pautas
obtidos ao longo de sua implementação. Cabe dos movimentos feministas e que se inclui en-
assinalar que no período de 2008 a 2011, cer- tre as prioridades desta edição do PNPM. Cabe
ca de 79 mil mulheres foram atendidas pelo aos diferentes setores de governo (nas suas
Programa, das quais 15 mil foram capacitadas três instâncias) definir os marcos regulatórios
nos 26 estados da federação e no Distrito Fede- e os procedimentos para se alcançar padrões
ral, compreendendo 26 Territórios da Cidadania. desejáveis de desenvolvimento econômico
Entendemos que o desenvolvimento do país e social efetivamente comprometidos com a
não pode prescindir da contribuição das mu- inserção social, o que supõe um novo enten-
lheres, que representam a maioria da popula- dimento sobre a participação das mulheres
ção. Mais do que isso, um novo paradigma de nesses processos, sabendo-se que são elas as
desenvolvimento – que incorpore a sustenta- pessoas mais penalizadas. O crescimento da
bilidade da vida humana – não poderia abrigar prostituição e da violência nos canteiros das
as desigualdades entre os sexos, raças, etnias, grandes obras de construção, de mineração,
entre outros exemplos – pois as desigualda- entre outras, talvez sejam os exemplos mais
des são, por definição, desintegradoras, exclu- conhecidos, ou os mais evidentes para a opi-
dentes, pelas assimetrias de poder geradas e nião pública em geral. Porém, vale lembrar os
cristalizadas por meio da “naturalização” dos efeitos desses grandes empreendimentos so-
valores e práticas que lhes dão suporte. bre as histórias de vida de populações inteiras;
histórias sempre associadas com as formas de
Dessa forma, um novo padrão de desenvolvi- produção de sua sobrevivência e que são in-
mento deverá incluir medidas e instrumentos terrompidas, muitas vezes, num processo que,
que permitam conciliar o avanço econômico contraditoriamente, exclui grandes contingen-
com novos padrões de inclusão social, emba- tes do mercado de trabalho, deixando as mu-
sados pelos princípios que enalteçam o valor lheres sem alternativas e mais vulneráveis à
de uso, em detrimento do valor de troca, ou exploração e à violência.

61
Por tudo isso, também é importante considerar III. Estimular o crescimento da participação
a parƟcipação das mulheres nas mais diversas das mulheres nas atividades econômicas re-
instâncias de controle social sobre as políƟcas lacionadas à soberania e segurança alimentar,
públicas voltadas para o desenvolvimento socio- com vistas à transição agroecológica e a pro-
ambiental. É importante dar voz aos segmentos moção do desenvolvimento com sustentabili-
das populações do campo e da Ňoresta que res- dade socioambiental.
pondem pelo manejo, distribuição e uƟlização de
grande parte dos nossos recursos naturais, tendo IV. Promover as políticas públicas de defesa da
como princípio a sua conservação – um processo água como bem público e da democratização
no qual a parƟcipação das mulheres é tradicio- de seu uso.
nalmente reconhecida como fundamental. Por esta V. Promover a ampliação da infraestrutura social
razão, as lideranças reunidas na 3ª CNPM destaca- nas áreas urbana e rural, garanƟndo o direito
ram, enfaƟcamente, a defesa da água como um das mulheres à habitação e moradia digna, com
bem público a ser preservado pelo esforço conjun- acessibilidade, por meio, dentre outras ações,
to do governo e da sociedade organizada. da facilitação de formas de Įnanciamento.
Ainda sobre esse ponto, a 3ª CNPM trouxe,
também, para o debate, outros temas que,
embora não estivessem ausentes das pautas Metas
dos movimentos sociais, ou do governo, ga-
nharam maior ênfase no âmbito das políticas A. Garantir o atendimento de 160 mil mulhe-
públicas. Este é o caso de temas como a transi- res com crédito, acesso aos mercados e instru-
ção agroecológica, o acesso a energias limpas, mentos de fomento para sistemas de produ-
o consumo consciente, objetos de debate na ção de base ecológica e orgânica.
Rio+20, que constituem pressupostos inques- B. Apoiar a organização produtiva de 1.680
tionáveis de um novo padrão de desenvolvi- empreendimentos econômicos solidários de
mento efetivamente sustentável e solidário. mulheres.
C. Fortalecer atividades econômicas desenvol-
Objetivo geral vidas por mulheres vinculadas à soberania e à
segurança alimentar com apoio público à ex-
IncenƟvar o desenvolvimento sustentável com a pansão da produção de base agroecológica, e
inclusão das mulheres em todas as suas especiĮ- às mulheres de comunidades tradicionais.
cidades e diversidades, considerando as dimen-
sões sociais, econômicas e ambientais, demo-
craƟzando o acesso aos bens da natureza e aos Linhas de ação
equipamentos sociais e serviços públicos.
6.1. Estímulo e apoio a atividades e empreen-
dimentos orientados para o desenvolvimento
Objetivos específicos sustentável e para a promoção da igualdade
das mulheres.
I. Promover alterações no padrão de desen-
6.2. Promoção do acesso das mulheres à mo-
volvimento econômico, social e ambiental no
radia digna, garantindo qualidade e acesso
sentido do reconhecimento do trabalho re-
à infraestrutura de bens, serviços públicos e
produtivo como essencial para a sociedade,
equipamentos sociais.
articulando de forma harmônica, produção,
reprodução e consumo. 6.3. Promoção do desenvolvimento de políti-
cas de soberania e segurança alimentar e nu-
II. Estimular a participação das mulheres em
tricional, fortalecendo princípios agroecoló-
todas as instâncias de formulação, implemen-
gicos, o reconhecimento da contribuição das
tação e controle social das políticas ambien-
mulheres e o compartilhamento da responsa-
tais e do desenvolvimento socioambiental.
bilidade por uma vida saudável.
62
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 6.1. Estímulo e apoio a atividades e empreendimentos orientados para o desenvol-
vimento sustentável e para a promoção da igualdade das mulheres.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
SPM, MEC, 0945/ -
6.1.1. Apoiar a formação conƟnuada de mulheres para o fortaleci-
Seppir 0948/ -
mento dos saberes e práƟcas tradicionais promovendo condições de Funai/MJ
MTE,MDA, 0949/ -
sua autonomia.
Ibama/MMA 0952/ -
Incra,
6.1.2. Apoiar a implementação de redes e grupos produƟvos prota- MDS, MF,
MDA, SPM,
gonizados por mulheres, que impulsionem a manutenção da biodi- MP/SPU,
MTE, SEDR/ 0759/030A
versidade de produção orientada pela economia solidária e de base ICMBio,
MMA
agroecológica. Ibama,
BB, FNMA
SPM,
6.1.3. Fortalecer o acesso às compras públicas (PAA-PNAE) e dinâmi-
MDA,MMA ICMBio, 0759/030A
cas de produção de base agroecológica (MMA).
MDS
6.1.4. Incorporar o componente gênero no Plano Nacional de Mu-
MMA SPM 0934/ -
danças ClimáƟcas.
0945/ -
6.1.5. Apoiar a atuação das mulheres sobre seus direitos, procedi- SPM, 0948/ -
MMA
mentos do licenciamento e sua parƟcipação em audiências públicas. Funai/MJ 0949/ -
0952/ -

6.1.6. Promover campanhas sobre consumo sustentável, conside-


MDA, MMA,
rando o tempo de reprodução social e trabalho domésƟco que é de- - 0342/ -
SPM
senvolvido prioritariamente pelas mulheres.

6.1.7. ArƟcular processos de intercâmbio e cooperação internacio-


nal, em especial no âmbito Sul-Sul, para difusão de práƟcas e po- MDA, SPM,
- 0759/030J
líƟcas de desenvolvimento sustentável desde uma perspecƟva de MMA
igualdade entre mulheres e homens.

Linha de ação 6.2. Promoção do acesso das mulheres à moradia digna, garantindo qualidade e
acesso à infraestrutura de bens, serviços públicos e equipamentos sociais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva

6.2.1. Acompanhar, idenƟĮcar e esƟmular a redução dos impactos


0999/049J
socioambientais decorrentes da implantação de grandes projetos de MMA, SDH,
SPM, MP 0489/ -
desenvolvimento, especialmente projetos de infraestrutura, preve- MCid
0934/ -
nindo e coibindo a desagregação social e exploração das mulheres.

6.2.2. EsƟmular e apoiar políƟcas de ampliação e melhoria das con-


dições de moradia e acesso à infraestrutura adequada, às mulheres
MMA,MCid SPM, MP 0420/ -
do campo e da Ňoresta, incluindo as comunidades e povos tradicio-
nais (inclusive ribeirinhos).
6.2.3. EsƟmular a vinculação dos programas habitacionais e de in-
fraestrutura urbana com a implantação de programas de eĮciência MMA, MCid,
SPM, MP 0755/ -
energéƟca e de conservação de energia, e melhoria da infraestrutu- MME
ra domésƟca.

63
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
6.2.4. IncenƟvar ações integradas entre governos federal, estaduais,
municipais e distrital, para promover a coleta e tratamento de esgo- MI
SPM, MP 0610/02DR
tos, bem como o acesso à água, objeƟvando assegurar moradias em MCid
ambientes saudáveis.

6.2.5. GaranƟr o acesso à água e a melhoria das condições de convi-


MDA, MI, 0614/6ª meta
vência com o semiárido por meio da construção de cisternas, seguro SPM, BB
MDS 0411/01A6
agrícola e outras tecnologias sociais e ambientalmente sustentáveis.

6.2.6. Promover ações integradas de acesso à energia elétrica con-


vencional ou alternaƟvas em territórios rurais, melhorando as con- MME SPM 0045/0035
dições coƟdianas de vida.
6.2.7. EsƟmular e apoiar políƟcas de ampliação, melhoria e acesso à
infraestrutura produƟva adequada para as mulheres do campo e da MDA SPM 0735/ -
Ňoresta, incluindo as comunidades e povos tradicionais.

Linha de ação 6.3. Promoção do desenvolvimento de políticas de soberania e segurança alimen-


tar e nutricional, fortalecendo princípios agroecológicos, o reconhecimento da contribuição das
mulheres e o compartilhamento da responsabilidade por uma vida saudável.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
6.3.1. Apoiar e fortalecer a parƟcipação técnica e políƟca das mulhe-
0934/ -
res nos conselhos, fóruns, órgãos colegiados e comissões gestoras MDA, MMA, SPM,
0948/ -
das políƟcas, programas e ações socioambientais em todos os níveis, MDS Funai/MJ
0952/ -
apoiando também sua capacitação.

6.3.2. EsƟmular a parƟcipação das indígenas na formulação e imple-


mentação de programas governamentais voltados para empreendi- Funai/MJ SPM, MP 0948/0428
mentos de infraestrutura social.

6.3.3. Inserir, nos cadastros das unidades de conservação de uso e


0506/15ª
áreas Ňorestais sustentável, informações sobre o perĮl socioeconô-
MMA, Incra SPM meta
mico e cultural das mulheres, possibilitando a elaboração do diag-
0469/ -
nósƟco sobre esse público e suas necessidades.

6.3.4. EsƟmular e promover a sustentabilidade no manejo e uso da


MMA SPM, BB 0663/ -
água, bem como o acesso universal e igualitário aos bens coleƟvos.

64
Capítulo 7
Direito à terra com igualdade para as mulheres do campo e da
floresta
Este capítulo trata das políticas públicas e lheres do campo e da floresta. A conquista do
ações voltadas para os instrumentos e recur- direito a um título de posse, já garantido pela
sos que viabilizam a produção das mulheres Constituição de 1988, às mulheres assentadas
no campo e na floresta, constituindo-se em pelo Programa Nacional de Reforma Agrária,
condições básicas para a conquista, o forta- foi concretizado em 2007, por meio da Instru-
lecimento e a consolidação da sua autonomia ção Normativa 38, do Instituto Nacional de Re-
econômica. Estamos referindo-nos às políticas forma Agrária (Incra).
públicas que visam ao acesso à terra, à água,
à documentação, ao crédito, à assistência téc- Essa luta, porém, permanece, não só entre
nica, à comercialização da pequena produção as trabalhadoras rurais candidatas à Reforma
familiar, entre outras medidas que, de forma Agrária, como para outros segmentos que vi-
articulada, contribuem para a inserção produ- vem sob condições distintas, do ponto de vista
tiva das mulheres rurais. cultural e da organização social de suas comu-
nidades a exemplo das quilombolas e indíge-
Para essas mulheres, a conquista da autono- nas. O problema da desintrusão e demarcação
mia econômica supõe um processo de diálogo de suas áreas constitui um grande desafio e
permanente entre a sociedade civil organizada afeta diretamente a vida dessas populações,
e setores do governo, com a determinação de em especial a das mulheres, que, por não te-
superar barreiras para produzir os resultados rem acesso à terra, não conseguem o reconhe-
esperados. A primeira edição do Plano Nacio- cimento de sua condição de produtoras rurais,
nal de Políticas para as Mulheres já expressava ficando, assim, excluídas de políticas públicas
o reconhecimento do governo brasileiro sobre importantes.
a necessidade da articulação de diferentes se-
A experiência, porém, já demonstrou que
tores e medidas para estender às trabalhado- embora a terra constitua uma condição bási-
ras do campo e da floresta as oportunidades ca para as mulheres do campo e da floresta
de acesso a direitos legítimos como produto- conquistarem a sua autonomia econômica, é
ras e como cidadãs. preciso ir além. A construção da igualdade de
Nesse sentido, a 3ª CNPM referendou progra- gênero representa um outro pré-requisito, tão
mas e ações em curso, considerando a nature- essencial quanto a obtenção de um título de
za de sua execução, de médio e longo prazos. posse da terra.
Outras medidas foram recomendadas ou reite- Nessa perspectiva, nas últimas décadas, os di-
radas, a partir das avaliações sobre as políticas ferentes segmentos de mulheres do campo e
em curso e dos avanços ocorridos nos últimos da floresta vêm ampliando a sua capacidade
anos, entre a segunda e a terceira edição do de mobilização, bem como as suas bandeiras
PNPM. Vários temas, embora não estivessem de luta. Ao tema histórico do direito à ter-
ausentes das pautas dos movimentos sociais ra agrega-se a conquista da cidadania plena,
ou mesmo do governo, passaram a integrar as como a expressão da igualdade que vem sen-
agendas políticas com maior ênfase, na condi- do construída entre mulheres e homens, entre
ção de novas linhas de ação. as diferentes raças e etnias, e da valorização
Entre os pontos que continuam na pauta do das características que as distinguem.
governo, como demanda dos movimentos de Reconhecendo que um primeiro passo na dire-
trabalhadoras rurais, destaca-se o acesso à ção da cidadania plena é o acesso à documen-
terra, histórico objeto de uma luta que sem- tação básica, a 3ª CNPM recomenda a amplia-
pre contou com a ampla participação das mu- ção e fortalecimento do Programa Nacional de
66
PNPM
Documentação das Trabalhadoras Rurais (PN- tro lado, a transição agroecológica coloca em
DTR), lançado em 2004, e que tem se destaca- evidência as práticas e saberes da agricultu-
do como um Programa central para a inserção ra camponesa, da pequena produção, que se
social e econômica das mulheres rurais, pos- opõem às formas de produção convencionais,
sibilitando o seu acesso às políticas públicas e que precisam ser difundidas e ampliadas,
vigentes. No período de 2004 a 2011, o PNDTR com a ajuda de políticas de apoio à agricultura
já havia emitido 1.783.738 documentos, bene- familiar, à produção de base extrativista, entre
ficiando um total de 830.317 mulheres, uma outros segmentos que contribuem para a de-
vez que algumas necessitam mais de um docu- fesa e conservação do ecossistema.
mento. Hoje, novas demandas surgem com o
avanço das ações em andamento, ampliando- Nessa cadeia de ações que visam ao fortale-
-se as possibilidades de acesso das mulheres a cimento das organizações produtivas das mu-
políticas e serviços, como por exemplo, a for- lheres rurais, deve estar garantido o acesso ao
malização de suas organizações produtivas, o crédito, assim como a possibilidade de comer-
que exige a emissão de documentos jurídicos, cialização - reconhecidamente dois grandes
além dos civis. desafios para o desenvolvimento da peque-
na produção, situação que se agrava, no caso
Como parte das ações integradas de apoio à das mulheres, pelas razões já expostas. Nessa
inserção produtiva das mulheres, o governo perspectiva, enfatizam-se as ações orientadas
federal vem investindo na consolidação das para a ampliação e fortalecimento do Progra-
formas associativas de produção já existentes, ma Nacional de Fortalecimento da Agricultu-
e no estímulo à sua multiplicação, por meio ra (Pronaf) Mulher e outras modalidades de
do Programa de Organização Produtiva de crédito, ressaltando a necessidade de maior
Mulheres Rurais, já citado anteriormente. Os apoio às mulheres assentadas pela Reforma
princípios da Economia Feminista e Solidária Agrária, contribuindo para a sua maior inte-
contribuem para a estruturação dessas orga- gração nas políticas de desenvolvimento local.
nizações, que adotam a autogestão e a for- Outro ponto muito presente nas resoluções da
mação continuada de suas integrantes, como 3ª CNPM foi a ampliação do acesso das tra-
normas norteadoras de suas ações. Assume- balhadoras rurais ao Crédito Fundiário, ins-
-se que a consolidação desses grupos depen- trumento fundamental nas políticas de reor-
de da capacitação das produtoras rurais e suas denamento agrário, favorecendo a aquisição
lideranças, tanto para o exercício de uma ges- de terra às/aos pequenos(as) produtores(as)
tão competente de suas organizações, como ou àquelas que não possuem qualquer pro-
para o acesso às políticas de apoio à produção priedade, e possibilitando a estruturação das
e para exercer o controle social qualificado so- unidades produtivas, por meio da melhoria ou
implantação da infraestrutura necessária.
bre tais políticas.
Da mesma maneira, foram apontados os Progra-
Nesse processo, ressalta-se a necessidade de
mas de compras governamentais, como o Pro-
investimento nas ações que considerem as es-
grama de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Pro-
pecificidades culturais do campo e da floresta,
grama Nacional de Alimentação Escolar (PNAE),
reconhecendo as contribuições de todos os
como ferramentas importantes para o acesso
segmentos de mulheres que concorrem para
das mulheres à comercialização, esƟmulando o
a produção de alimentos e outros bens, sob
fortalecimento de suas organizações produƟvas.
os princípios do desenvolvimento sustentável
e na perspectiva da transição agroecológica. Não se pode esquecer, ainda, dos avanços obƟ-
Isto significa, sobretudo, o esforço para a ar- dos no campo da Assistência Técnica e Extensão
ticulação de políticas de valorização dos sabe- Rural, por meio da inclusão do recorte de gêne-
res e práticas das mulheres indígenas, quilom- ro, tanto nas ações voltadas para o atendimento
bolas e das comunidades tradicionais, por seu às produtoras rurais, como no âmbito da própria
reconhecido papel no manejo e conservação seleção de proĮssionais, lembrando que no pro-
das sementes crioulas, sobre o cultivo e o uso grama Brasil Sem Miséria a parƟcipação de mulhe-
de diferentes espécies da nossa flora. Por ou- res no corpo técnico já chega a 51%.

67
Por meio dos objeƟvos, das linhas de ação e diário e garantir 70 mil contratos no Pronaf
das próprias ações que integram este Capítulo, Mulher e 30 mil contratos no Apoio Mulher
reaĮrma-se a importância da inserção produƟva na reforma agrária; e o acesso de pelo menos
das mulheres do campo e da Ňoresta, bem como 262 mil agricultoras familiares ao microcrédito
da sua contribuição ao processo decisório sobre orientado.
as questões sócio-ambientais no país, para a efe-
Ɵvação do desenvolvimento sustentável com in- B. Garantir condições de acesso ao Pronaf à
clusão social. 1.050.000 mulheres.
C. Cumprir as metas de atendimentos às mu-
lheres previstas pelo Programa de Aquisição
Objetivo geral de Alimentos (35% de participantes), Progra-
ma Nacional de Apoio aos Territórios Rurais
Promover o fortalecimento econômico e o di- (30%) e ampliar o Programa de Organização
reito à vida de qualidade das mulheres no meio Produtiva de mulheres rurais.
rural, respeitando as especiĮcidades das mulhe-
res do campo e da Ňoresta e comunidades tra- D. Garantir o acesso a políticas públicas de
dicionais (inclusive ribeirinhos), com garanƟa do apoio à infraestrutura para 680 organizações
acesso à terra, aos bens, aos equipamentos e de mulheres, beneficiando 10.200 trabalhado-
aos serviços públicos. ras rurais.
E. Expandir o Garantia-Safra para a participa-
ção de 350 mil mulheres rurais em situação de
Objetivos específicos vulnerabilidade climática.

I. Promover a autonomia econômica das mulhe- F. Prestar serviços de Assistência Técnica e Ex-
res do campo, da Ňoresta, por meio do fortaleci- tensão Rural (Ater) qualificada e continuada
mento da organização produƟva, da parƟcipação para pelo menos 500 mil famílias de agriculto-
na gestão econômica, da ampliação do acesso ras familiares, assentadas de reforma agrária,
aos recursos naturais e à renda, da qualiĮcação mulheres integrantes de povos e comunidades
da agricultura familiar e da parƟcipação aƟva na tradicionais (inclusive ribeirinhos).
formulação de políƟcas. G. Expandir a concessão de crédito de inves-
II. Promover os direitos das mulheres ao acesso timento para organizações de mulheres rurais
à terra, à reforma agrária e ao desenvolvimen- no Programa Agroindústria Familiar, atenden-
to sustentável, garanƟndo a disponibilização de do 48 mil mulheres integrantes de 3.200 orga-
instrumentos e a implementação de políƟcas nizações produtivas.
públicas para este Įm. H. Elaborar diagnóstico nacional sobre a par-
III. Fortalecer políƟcas públicas que incidam sobre ticipação das mulheres da reforma agrária na
toda a cadeia produƟva, garanƟndo instrumentos economia dos projetos de assentamento.
de apoio à produção, o acesso à comercialização I. Ampliar as iniciativas de articulação interins-
e à expansão da produção estruturada em pa- titucional para a construção de creches e es-
drões de sustentabilidade ambiental e social. colas de educação básica (infantil, fundamen-
IV. GaranƟr a parƟcipação das mulheres na deĮni- tal e média) no meio rural, em especial nos
ção das políƟcas agrícolas e agrárias e nos proces- assentamentos.
sos de deĮnição da estrutura fundiária do país.

Linhas de ação
Metas 7.1. Fortalecimento do reconhecimento do
A. Cumprir as metas de concessão de crédito trabalho produtivo das mulheres do campo,
às mulheres nos programas de crédito fun- da floresta e das comunidades tradicionais,

68
PNPM
promovendo acesso ao crédito, à assistência e assessoria técnica socioambiental, bem como o
apoio à comercialização, à transição agroecológica e à agricultura familiar.
7.2. Organização das mulheres do campo, da floresta e das comunidades tradicionais, para inser-
ção de sua produção nos mercados e nas cadeias produtivas de energias renováveis.
7.3. Promoção da reforma agrária e do desenvolvimento de assentamentos, garantindo assis-
tência e assessoria técnica, fortalecimento da organização produtiva das mulheres assentadas e
ampliação do conhecimento sobre direitos de acesso à terra.
7.4. Promoção do acesso das mulheres a políticas de regularização fundiária, reordenamento
agrário e crédito fundiário, com prioridade de atendimento às famílias com mulheres responsá-
veis pela unidade familiar.
7.5. Promoção da demarcação de terras indígenas e do processo de titulação das terras de comu-
nidades remanescentes de quilombos, favorecendo também o acesso das mulheres beneficiadas
a políticas públicas e equipamentos sociais.
7.6. Apoio aos processos de organização das mulheres do campo, da floresta e das comunidades
tradicionais, fortalecendo sua participação na elaboração de políticas públicas.
7.7. Fortalecimento das políticas voltadas para as mulheres indígenas, de povos e comunidades
tradicionais, de terreiros e ribeirinhas.

Plano de ação
Linha de ação 7.1. Fortalecimento do reconhecimento do trabalho produtivo das mulheres do
campo, da floresta e das comunidades tradicionais, promovendo acesso ao crédito, à assistência
e assessoria técnica socioambiental, bem como o apoio à comercialização, à transição agroeco-
lógica e à agricultura familiar.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

7.1.1. Apoiar a produção das mulheres nas hortas urbanas e ru-


rais, bem como na produção de alimentos agroecológicos, com MDA, MDS, SPM, SFB,
0380/015D
vistas à promoção do desenvolvimento com sustentabilidade so- MMA ICMBio, BB
cioambiental.

SPM,
7.1.2. Implementar ações para ampliação das culturas que res- 0615/02E7
MDS, SG Seppir,
peitam os saberes tradicionais das mulheres. 0948/ -
Funai/MJ
MDS,
7.1.3. Apoiar a capacitação de mulheres quilombolas e indígenas MDA, Seppir, 0945/ -
Funai/MJ,
para aƟvidades de geração de trabalho e renda. SPM 0948/ -
BB

7.1.4. Apoiar a cooperação bilateral sobre políƟcas para as mu-


SPM, MDA,
lheres rurais entre países Sul-Sul e em especial no âmbito do - 0759/030J
MRE
Mercosul.

7.1.5. Promover o acesso das mulheres ao Pronaf Mulher e forta-


lecer o atendimento às mulheres na Assistência Técnica e Exten- 0759/030A
MDA SPM, BB
são Rural, com a inclusão das temáƟcas de gênero nos processos 0411/01AO
de assistência e ampliação do número de mulheres técnicas.

69
Linha de ação 7.2. Organização das mulheres do campo, da Ňoresta e das comunidades tradicionais,
para inserção de sua produção nos mercados e nas cadeias produƟvas de energias renováveis.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
7.2.1. Implementar e consolidar o Programa de Organização
MDA SPM 0735/02UM
ProduƟva de Mulheres Rurais.

7.2.2. Apoiar a produção e a comercialização, bem como o for- SPM,


MDS, Seppir, 0945/ -
talecimento insƟtucional de organizações de mulheres de povos ICMBio, SFB,
MMA 0948/ -
e comunidades tradicionais. Funai/MJ

7.2.3. Fortalecer a parƟcipação das mulheres no Programa de


Aquisição de Alimentos (PAA) e programas aĮns e garanƟr o
acesso da população em situação de insegurança alimentar à MDS, MDA, SPM, 0380/3ª meta
alimentação saudável, realizando capacitação, monitoramento CONAB, Funai/MJ, 0945/ -
e avaliação sobre programa para organizações produƟvas de Mapa, MMA ICMBio 0948/ -
mulheres rurais e de comunidades tradicionais e fortalecendo
áreas de inserção do programa.

7.2.4. Ampliar as possibilidades de acesso a mercado da produ-


SPM 0934/ -
ção das mulheres, rediscuƟr instrumentos para controle e co- Mapa
0747/02XT
mercialização, e apoio à pesquisa, em especial dos alimentos.

Linha de ação 7.3. Promoção da reforma agrária e do desenvolvimento de assentamentos, ga-


rantindo assistência e assessoria técnica, fortalecimento da organização produtiva das mulheres
assentadas e ampliação do conhecimento sobre direitos de acesso à terra.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

7.3.1. Divulgar normaƟvos que garantam os direitos das mulhe-


MDA SPM 0931/ -
res à terra no Programa de Reforma Agrária.
7.3.2. Monitorar e avaliar a Portaria nº 981 e a Instrução Norma- 0421/ -
MDA SPM
Ɵva nº 38 que efeƟvam os direitos das mulheres à terra. 0934/ -
7.3.3. Apoiar Įnanceiramente projetos de assessoria sócio-am-
MDA SPM, BB 0931/ -
biental de grupos de mulheres assentadas da reforma agrária.
7.3.4. Apoiar projetos de agroindustrialização protagonizados
MDA SPM, BB 0931/ -
por mulheres assentadas da reforma agrária.
7.3.5. Realizar processos de capacitação sobre gênero na refor-
0420/ -
ma agrária para prestadores de assessoria sócio-ambiental aos
MDA, MMA SPM, SDH 0931/ -
assentamentos da reforma agrária, considerando as dimensões
0442/01GY
étnica, racial, geracional e de deĮciência.

70
PNPM
Linha de ação 7.4. Promoção do acesso das mulheres a políticas de regularização fundiária, reor-
denamento agrário e crédito fundiário, com prioridade de atendimento às famílias com mulheres
responsáveis pela unidade familiar.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
7.4.1. Capacitar as/os operadores do Crédito Fundiário sobre 0933/ -
MDA SPM, BB
direitos das mulheres à terra e ao desenvolvimento sustentável. 0759/030C
7.4.2. Incluir a temáƟca de gênero, considerando as dimensões
SPM, Seppir, 0933/ -
étnica, racial e geracional, nas ações de difusão do Programa MDA
BB 0759/030C
Crédito Fundiário.
7.4.3. Promover a regularização fundiária, o direito à Ɵtulação 0422/ -
MDA SPM, Seppir
e/ou escrituração em nome das mulheres. 0931/ -

Linha de ação 7.5. Promoção da demarcação de terras indígenas e do processo de titulação das
terras de comunidades remanescentes de quilombos, favorecendo também o acesso das mulhe-
res beneficiadas a políticas públicas e equipamentos sociais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
7.5.1. Promover a demarcação e a desintrusão de terras indí-
genas e a Ɵtulação de comunidades remanescentes de quilom- 0943/ -
Funai/MJ,
bos, garanƟndo o acesso à assistência e à assessoria técnica e à SPM, Seppir 0945/ -
MDA
agroindustrialização de base familiar para mulheres indígenas e 0948/ -
quilombolas.

Linha de ação 7.6. Apoio aos processos de organização das mulheres do campo, da floresta e das
comunidades tradicionais, fortalecendo sua participação na elaboração de políticas públicas.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
7.6.1. Apoiar processos de organização e mobilização das mu-
MDA, SPM,
lheres nas suas demandas de parƟcipação de grupos e instru- - 0981/ -
SG, MMA
mentos de elaboração de políƟcas para a área rural.
7.6.2. Promover a inclusão das organizações de mulheres nos
MDA SPM 0981/3ª meta
órgãos colegiados territoriais.

Linha de ação 7.7. Fortalecimento das políticas voltadas para as mulheres indígenas, de povos e
comunidades tradicionais, de terreiros e ribeirinhas.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
7.7.1. InsƟtuir o Fórum de Mulheres indígenas para a construção SPM,
0948/ -
de estratégias e medidas para atuação no enfrentamento à vio- Funai/MJ, -
0952/ -
lência e desenvolvimento de políƟcas para mulheres indígenas. Seppir, MS
7.7.2. Capacitar, de forma descentralizada, mulheres indígenas
de diferentes grupos étnicos, como mulƟplicadoras, nas ques- SPM, 0936/1ª meta
tões de gênero, cidadania e direito das mulheres, com ênfase Funai/MJ, - 0948/ -
na parƟcipação dos Comitês Regionais da Fundação Nacional do Seppir, MS 0952/ -
Índio (Funai).
7.7.3. Implementar políƟcas direcionadas às mulheres de terrei- 0255/00SA
SPM, SDH Seppir
ro, com foco especial ao enfrentamento da intolerância religiosa. 0774/032V

71
Capítulo 8
Cultura, esporte, comunicação e mídia

As práticas culturais expressam-se na capaci- te todos os domicílios brasileiros, sendo que,


dade que os seres humanos têm de criar sím- por exemplo, 96,9% dos domicílios brasileiros
bolos: idiomas, costumes, culinária, modos estão equipados com televisores (PNAD/IBGE,
de vestir, crenças, tecnologias, arquitetura e 2011). Sua utilização massiva em quase toda
linguagens artísticas (teatro, música, dança, a totalidade das casas brasileiras expressa sua
artes visuais, literatura). Atividades relaciona- importância enquanto veículo de difusão de
das às necessidades e bem-estar das pessoas, ideias e proporcionam um papel determinante
tanto enquanto indivíduos como sujeitos cole- tanto para manutenção como a desconstrução
tivos. As desigualdades de gênero, raça e etnia de crenças, valores, como também para rom-
estão ancoradas nos valores e crenças e estas per com a submissão e a discriminação.
se transformam em capacidades e habilidades
da população humana – mulheres e homens – Reconhecemos a necessidade de garantir, no
negra, branca, indígena de definirem suas pos- setor de comunicações, a pluralidade, a liber-
sibilidades e espaços na sociedade. dade de expressão e a comunicação que pos-
sibilite a universalidade e a acessibilidade das
A Constituição Federal afirma a cultura como mulheres. A comunicação é um direito que pode
um direito básico do cidadão e da cidadã. O beneĮciar o coƟdiano feminino, valorizando sua
exercício deste direito deve ser garantido por diversidade. Por isso esses serviços devem pri-
políticas que ampliem também o acesso aos mar por qualidade e garanƟa de acesso.
meios de produção, difusão dos bens e servi-
ços culturais e da própria produção cultural. Na atualidade, a preocupação com o valor
simbólico dos conteúdos veiculados nos dife-
Na sociedade atual, as justificativas para as rentes meios de comunicação é também uma
desigualdades sociais e econômicas são de preocupação do Estado, pois esses conteúdos
uma maneira geral referenciadas ao contex- atuam na construção simbólica dos marcadores
to cultural que marcam determinado meio de gênero, etnia, raça, geração e classe. As polí-
social. Os comportamentos preconceituosos Ɵcas de promoção da igualdade consideraram
e misóginos decorrem de uma cultura discri- as dimensões da cultura, da comunicação e
minatória engendrada pelo patriarcalismo da mídia em suas estratégias de valorização
na sociedade humana. A relação da questão das diversidades e fim das discriminações de
cultural com a dimensão de gênero e de raça/ gênero, raça/etnia, orientação sexual, iden-
etnia fundamenta-se numa abordagem antro- tidade de gênero, geração, região. Alterar os
pológica que ultrapassa a formação erudita processos de construção de relações assimé-
e amplia-se na produção dos bens materiais tricas de poder a partir dos campos de cultura
para os imateriais e inclui valores, crenças, ri- e comunicação é um dos objetivos do PNPM.
tuais, hábitos, identidades e processos de or-
ganização social. Outra dimensão deste capítulo refere-se ao
esporte e lazer, que também constituem di-
A transmissão cultural acontece nos diferentes mensões da vida sociocultural e representam
processos de socialização aos quais mulheres fatores essenciais à promoção da qualidade
e homens são submetidos, seja por meio de de vida, da inclusão social, da cidadania e
famílias, igrejas, sistema educacional, como do desenvolvimento humano. A Constitui-
também pelo Estado. Na atualidade, a glo- ção Federal, em seu artigo 217, aponta o
balização, informatização e a mídia assumem fomento aos esportes como dever do Estado
papel central como veículo de comunicação e direito de cada pessoa e em seu artigo 6º
e difusão cultural, especialmente através do arrola o lazer como um dos direitos sociais,
rádio e televisão, presentes em praticamen- lado a lado com o trabalho, educação, saúde,

74
PNPM
alimentação, moradia e segurança, devendo, Objetivos gerais
portanto, ser assegurados a todas e todos de
maneira igualitária. I. Contribuir para a construção de uma cultura
igualitária, democrática e não reprodutora de
Porém, a resistência ao longo de anos e no
estereótipos de gênero, raça, etnia, orienta-
transcorrer da história a que as mulheres par-
ção sexual e geração.
ticipassem plenamente dos esportes exprime
a realidade de que o mundo do esporte foi, II. Promover a visibilidade da contribuição cul-
durante muito tempo, considerado um espa- tural das mulheres na sociedade brasileira e o
ço masculino. No Brasil, até o ano de 1979, as acesso das mulheres aos meios de produção
mulheres estavam proibidas de praticar lutas cultural e de conteúdo.
e jogar futebol, considerados incompatíveis
com o que se considerava adequado às mu- III. Promover maior parƟcipação e assegurar a in-
lheres. Já com relação ao direito ao lazer, as- serção igualitária das mulheres no esporte e lazer,
sociado ao tempo livre das obrigações sociais, considerando as dimensões étnicas, raciais, de
as mulheres também vivenciam limitações sig- classe social, orientação sexual, idenƟdade de gê-
nificativas, em grande parte resultantes da in- nero, geracionais e mulheres com deĮciência.
fluência da divisão sexual do trabalho. Para as
mulheres, principais responsáveis pelo traba-
lho usualmente referido como reprodutivo, o Objetivos específicos
lazer é visto como relacionado a atividades em
família, ao lado das crianças e quase sempre I. Promover uma imagem não estereotipada
restrito ao espaço doméstico, pouco ou nada das mulheres, valorizando-as em sua diversi-
se diferenciando da rotina. Aos homens, por dade.
outro lado, o lazer é relacionado a atividades II. Valorizar e promover as iniciativas e a pro-
destinadas à diversão e em locais públicos. dução cultural das mulheres e sobre as mulhe-
É papel também das políticas públicas alterar res.
essa dinâmica e garantir às mulheres pleno III. Valorizar e promover a participação das
direito ao lazer. Ao mesmo tempo, é preciso mulheres no esporte e no lazer, favorecendo
fortalecer uma imagem feminina sem estere- maior divulgação.
ótipos e promover a inserção igualitária de
mulheres e homens na área do esporte, seja IV. Estimular, ampliar e qualificar o acesso de
ele profissional ou não, com especial atenção meninas, adolescentes, mulheres adultas, ido-
aos recortes de classe social, étnicas, raciais, sas e mulheres com deficiência ao esporte e
geracionais, de orientação sexual e às especi- ao lazer, promovendo a qualidade de vida, a
ficidades das mulheres com deficiência. inclusão social, a cidadania e o desenvolvi-
mento humano.
A abrangência do PNPM 2013 - 2015 realça
o significado das atividades esportivas e de V. Promover a participação das mulheres na
lazer no interior do Plano, já que a iminência preparação e realização dos grandes eventos
da realização da Copa de 2014 e das Olimpí- esportivos.
adas e Paralimpíadas de 2016 no Brasil tor-
nam essas competições um foco de atenção VI. Contribuir para o debate do marco regula-
da sociedade como um todo. Estes eventos tório do sistema de comunicação brasileiro e
sem dúvida influenciarão as mulheres brasi- formular propostas que contribuam para vei-
leiras de diversas maneiras, trazendo oportu- culação não discriminatória e não estereotipa-
nidades, possibilidades de afirmação para o da da imagem da mulher nos meios de comu-
sexo feminino como também preocupações nicação e em mensagens de utilidade pública,
relativas a violência contra as mulheres que promovendo a participação social.
grandes eventos podem gerar e exigem me-
didas adequadas para responder aos desafios
colocados pela situação.

75
Metas da igualdade e valorização da expressão das
mulheres, sua diversidade e sua contribuição
A. Incluir a produção das mulheres e sobre a social, política, econômica e cultural.
história das mulheres nos acervos das biblio-
8.4. Promoção do acesso das mulheres aos
tecas públicas, universitárias e comunitárias e
bens culturais e tecnologias da informação e
pontos de leitura.
apoio às mídias livres e alternativas.
B. Apoiar iniciativas da sociedade civil na cons-
8.5. Promoção do acesso das mulheres aos
trução de redes de monitoramento de conteú-
meios de produção cultural, às mídias e a pro-
dos com enfoque nas relações de gênero, raça,
gramas de estímulo à produção cultural.
etnia e orientação sexual.
8.6. Estímulo à participação ativa das mulhe-
C. Contribuir para que a publicidade de órgãos
res na construção de instrumentos para acom-
do governo não reproduzam estereótipos de
panhamento da mídia nos conteúdos relativos
gênero, raça, etnia e orientação sexual.
às questões de gênero, raça, etnia e orienta-
D. Incluir a equidade de gênero nas diretrizes de ção sexual.
todos os projetos de esporte, lazer e aƟvidade İ-
8.7. Estímulo às práticas esportivas pelas mu-
sica implementados pelo Ministério do Esporte.
lheres e ampliação de sua participação nos
E. Desenvolver ações que garantam a implan- programas e projetos públicos voltados para
tação de projetos de esporte recreativo e de o esporte e o lazer, articulando a incorporação
lazer para a população, com atenção às neces- da perspectiva de gênero nas políticas públi-
sidades das faixas etárias, à acessibilidade, à cas e as dimensões raciais, étnicas, de origem,
diversidade cultural, às questões de gênero e de classe social, de idade, de orientação se-
às áreas em situação de vulnerabilidade so- xual, de identidade de gênero e de mulheres
cial, atendendo a 553 municípios. com deficiência.
F. EsƟmular a criação e consolidação de cinco 8.8. Promoção do esporte entre as mulheres e
compeƟções regionais, bem como a consolida- apoio às atletas e organizações esportivas.
ção da compeƟção nacional de futebol feminino.
8.9. Estímulo à participação profissional das
G. Estimular a ampliação da transmissão de mulheres nos esportes.
jogos e da participação das mulheres nas di-
8.10. Promoção da participação profissional
versas modalidades de esportes nas progra-
das mulheres nas obras e serviços relaciona-
mações de rádio e TV.
dos aos grandes eventos esportivos.
8.11. Estabelecimento de parcerias com as
Linhas de ação instituições esportivas para o enfrentamento
à violência contra as mulheres e à exploração
8.1. Estímulo e fomento à produção e difu- sexual de meninas e mulheres, em particular
são de conteúdos não discriminatórios e não por ocasião dos grandes eventos esportivos.
estereotipados das mulheres nos meios de
comunicação, com o reconhecimento do pro-
tagonismo e realizações das mulheres e a valo-
rização da diversidade relacionada a, origem,
raça, etnia, classe social, idade, orientação se-
xual, identidade de gênero e deficiência.
8.2. Promoção do acesso igualitário ao espor-
te e lazer.
8.3. Estímulo aos programas de fomento à
produção e difusão cultural para a promoção

76
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 8.1. Estímulo e fomento à produção e difusão de conteúdos não discriminatórios e
não estereotipados das mulheres nos meios de comunicação, com o reconhecimento do protago-
nismo e realizações das mulheres e a valorização da diversidade relacionada a origem, raça, etnia,
classe social, idade, orientação sexual, identidade de gênero e deficiência.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.1.1. Fomentar a produção de conteúdos audiovisuais que des-


construam mitos e estereóƟpos de gênero, esƟmulando as pro- MinC, SPM SDH 0936/03YI
duções locais.
8.1.2. Realizar campanhas de denúncia e combate à discrimina-
ção e aos estereóƟpos das imagens veiculadas sobre as mulhe- SPM Seppir 0936/03YF
res na mídia, considerando as mulheres em sua diversidade.
0777/1ª meta
8.1.3. Orientar as ações publicitárias e as publicações do gover-
Seppir, 0777/033B
no federal visando garanƟr o respeito à igualdade de gênero, SPM, Secom
Funai/MJ 0936/2ª meta
raça, etnia, e o combate à discriminação e estereóƟpos.
0936/03YF
8.1.4. Apoiar ações de capacitação de proĮssionais da mídia e de
comunicadoras/es locais, visando garanƟr a valorização e o res- SDH, Seppir, 0936/03YI
SPM
peito à diversidade e a não discriminação de gênero, raça, etnia, Funai/MJ 0257/00SP
geracional, orientação sexual e idenƟdade de gênero.
0779/033R
8.1.5. Avaliar a dimensão de gênero nos projetos apoiados no
MinC, SPM - 0933/03XT
âmbito do Sistema Nacional de Cultura.
0935/03YB
8.1.6. Elaborar diretrizes da políƟca cultural para incenƟvo à
MinC, SPM - 0933/5ª meta
igualdade de gênero.

8.1.7. Fomentar a produção cultural aĮrmaƟva, que valorize as


expressões das mulheres e sua contribuição para a diversidade
cultural brasileira, bem como a produção e circulação de con- 0933/03XZ
SPM, MinC Seppir
teúdos não discriminatórios e não estereoƟpados e, ao mesmo 0780/033U
tempo, favorecer a presença e a permanência desses conteúdos
e dessas produções nos espaços de fruição cultural brasileiros.

8.1.8. Fomentar e apoiar fóruns de debate e reŇexão locais e


SPM - 0936/03YI
nacionais sobre mulher, comunicação e mídia.

8.1.9. EsƟmular e contribuir para que os canais e TVs comuni-


tárias produzam programas que abordem os temas relaƟvos
0936/03YI
às questões de gênero, classe, raça e etnia, orientação sexual, SPM SDH, MC
0568/026V
idenƟdade de gênero, pessoas com deĮciência e comunidades
tradicionais e de terreiro.

8.1.10. Desenvolver guia de orientação para os proĮssionais da


SPM, SDH - 0575/ -
mídia na perspecƟva de gênero.

77
Linha de ação 8.2. Promoção do acesso igualitário ao esporte e lazer.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.2.1. Fomentar a pesquisa, a realização de diagnósƟcos e difu-


0669/02HZ
são do conhecimento em torno da parƟcipação das mulheres nas SPM, ME, MS -
0933/ -
aƟvidades de esporte e lazer.
8.2.2. Organizar seminários relacionados à parƟcipação das mu- 0669/5ª meta
SPM, ME BB
lheres em esporte e lazer. 0933/03XT

8.2.3. Promover a valorização das mulheres atletas, com atuação


em todas as modalidades esporƟvas e em todas as funções pos- SPM, ME, 0669/ -
-
síveis no esporte, bem como contribuir para que se criem con- Secom 0933/ -
dições para maior presença das mulheres nas arenas esporƟvas.

8.2.4. Buscar maior divulgação das realizações e conquistas das SPM, ME, 0669/ -
BB
mulheres nos esportes pela mídia. Secom 0933/03XT

Linha de ação 8.3. Estímulo aos programas de fomento à produção e difusão cultural para a pro-
moção da igualdade e valorização da expressão das mulheres, sua diversidade e sua contribuição
social, política, econômica e cultural.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.3.1. EsƟmular a produção, difusão e distribuição de material


audiovisual, livros, materiais educaƟvos/informaƟvos e outras
0936/03YI
produções culturais que abordem a presença das mulheres na MinC, SPM,
Seppir 0933/03XZ
história e na cultura, considerando as dimensões étnicas, raciais, MEC
0780/033U
de orientação sexual, de idenƟdade de gênero, geracionais e das
mulheres com deĮciência.
8.3.2. Promover a difusão de informações e publicações sobre gê-
nero nas bibliotecas públicas e comunitárias (Plano Nacional do MinC - 0782/034C
Livro e Leitura).
8.3.3. Ampliar o acesso e a integração das mulheres aos equipa- 0669/4ª meta
SPM MinC
mentos culturais e esporƟvos do MinC. 0933/03XT

Linha de ação 8.4. Promoção do acesso das mulheres aos bens culturais e tecnologias da informa-
ção e apoio às mídias livres e alternativas.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.4.1. EsƟmular o debate sobre o marco regulatório para o siste-


SPM MC 0936/ -
ma de comunicações do país.

8.4.2. Contribuir para o acesso das mulheres aos beneİcios da


Banda Larga, com destaque para os equipamentos especializados MC - 0752/02Z3
de atendimento às mulheres.

8.4.3. Promover a capacitação para inclusão digital das mulheres,


0752/02YZ
ampliação ao acesso às TICs, considerando as dimensões étnicas,
MC Seppir, BB 0752/02Z3
raciais, de orientação sexual, de idenƟdade de gênero, geracio-
0752/02Z6
nais e das mulheres com deĮciência.

78
PNPM
Linha de ação 8.5. Promoção do acesso das mulheres aos meios de produção cultural, às mídias e
a programas de estímulo à produção cultural.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.5.1. EsƟmular a criação do Comitê de Gênero no Ministério do


0935/4ª meta
Esporte e a adoção de políƟcas para inserção igualitária das mu- SPM Funai/MJ
0948/ -
lheres no esporte e lazer nos estados, Distrito Federal e municípios.

8.5.2. EsƟmular e fomentar os talentos criaƟvos das mulheres 0933/03XZ


nas diversas esferas de aƟvidades (música, Įlme e vídeo, TV e 0780/033U
SDH,
rádio, mercado editorial, designer e moda, artes visuais, artes cê- SPM, MinC 0568/026V
Funai/MJ
nicas e dança, cultura popular, publicidade, arquitetura, jogos e 0948/ -
animação, gastronomia, turismo, tecnologia digital etc). 0952/ -

8.5.3. Ampliar a parƟcipação das mulheres nos programas des-


Funai/MJ, 0781/033X
Ɵnados à promoção da educação para as competências criaƟvas, SPM
MinC 0933/03XT
bem como para a criação e gestão de empreendimentos culturais.

8.5.4. Assegurar a inserção das mulheres nas oportunidades eco-


nômicas criadas pelos programas e projetos de incenƟvos públi- MinC - 0781/033Z
cos e de fomento na área da cultura.

8.5.5. Promover o acesso das mulheres às linhas de Įnanciamen-


0781/033X
to (incluindo o microcrédito) desƟnadas aos micro e pequenos MinC BB
0933/03XZ
empreendimentos culturais.

8.5.6. EsƟmular a produção, difusão e distribuição de material


audiovisual, livros, materiais educaƟvos/informaƟvos e outras
0936/03YI
produções culturais que abordem a presença das mulheres na MinC, SPM,
Seppir 0933/03XZ
história e na cultura, considerando as dimensões étnicas, raciais, MEC
0780/033U
de orientação sexual, de idenƟdade de gênero, geracionais e das
mulheres com deĮciência.

Linha de ação 8.6. Estímulo à participação ativa das mulheres na construção de instrumentos para
acompanhamento da mídia nos conteúdos relativos às questões de gênero, raça, etnia e orienta-
ção sexual.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.6.1. Apoiar iniciaƟvas como a criação de redes, de observatórios


e de conselhos que contribuam para promover o combate à dis-
SPM - 0936/03YI
criminação e à mercanƟlização da vida e do corpo das mulheres e
para uma nova imagem da mulher.

8.6.2. Criar Grupo de Trabalho de Cultura, Comunicação e Mídia


Não Discriminatória, com representantes dos poderes execuƟvo,
legislaƟvo, judiciário e da sociedade civil para promover o diálogo 0934/ -
MinC, SPM MC
e a formulação de propostas para a promoção de uma imagem 0936/ -
equilibrada e não estereoƟpada da mulher nos meios de comuni-
cação e em mensagens de uƟlidade pública.

8.6.3. EsƟmular a elaboração de código de éƟca ou código de con-


0934/ -
duta que garanta a igualdade, reconheça a diversidade e assegure SPM -
0936/ -
imagem não estereoƟpada da mulher na publicidade.

79
Linha de ação 8.7. Esơmulo às práƟcas esporƟvas pelas mulheres e ampliação de sua parƟcipação nos
programas e projetos públicos voltados para o esporte e o lazer, arƟculando a incorporação da pers-
pecƟva de gênero nas políƟcas públicas e as dimensões raciais, étnicas, de origem, de classe social, de
idade, de orientação sexual, de idenƟdade de gênero e de mulheres com deĮciência.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.7.1. EsƟmular a criação do Comitê de Gênero no Ministério do


0935/4ª meta
Esporte e a adoção de políƟcas para inserção igualitária das mulhe- SPM Funai/MJ
0948/ -
res no esporte e lazer nos estados, Distrito Federal e municípios.

8.7.2. EsƟmular a parƟcipação de meninas e adolescentes nas


MEC, 0669/02HW
aƟvidades esporƟvas nas escolas, nos Programas Segundo Tem-
ME, SPM Funai/MJ, 0933/03XT
po, Esporte e Lazer da Cidade, Recreio nas Férias, bem como nas
BB 0948/ -
Olimpíadas Escolares e Universitárias.

8.7.3. EsƟmular a parƟcipação das mulheres adultas e idosas nos


0933/ -
Programas Vida Saudável, Esporte e Lazer da Cidade e Pintando ME, SPM -
0948/ -
a Cidadania.

8.7.4. Realizar campanhas nacionais de incenƟvo à práƟca espor-


Ɵva pelas mulheres, com ênfase nos beneİcios para a saúde e SPM, ME BB 0933/6ª meta
qualidade de vida.

Linha de ação 8.8. Promoção do esporte entre as mulheres e apoio às atletas e organizações esporƟvas.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.8.1. EsƟmular a ampliação do número de mulheres contempla- 0933/6ª meta


ME, SPM -
das com Bolsa-Atleta. 0676/ -
8.8.2. Desenvolver Plano de Fomento e contribuir para o fortale-
cimento e maior estruturação do futebol feminino, bem como das ME SPM, BB 0676/7ª meta
outras modalidades do esporte de alto rendimento.

Linha de ação 8.9. Estímulo à participação profissional das mulheres nos esportes.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

8.9.1. Encorajar a atuação das mulheres em todas as funções pos-


SPM, ME - 0931/03XL
síveis no mundo dos esportes.

8.9.2. EsƟmular a adesão das organizações esporƟvas ao Progra-


ma Pró-Equidade de Gênero e Raça, contribuindo para a ascensão
SPM BB 0931/2ª meta
das mulheres a cargos de poder e destaque em suas estruturas
administraƟvas.

80
PNPM
Linha de ação 8.10. Promoção da participação profissional das mulheres nas obras e serviços re-
lacionados aos grandes eventos esportivos.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva
MTE,
8.10.1. ArƟcular a capacitação e inserção das mulheres na organi- 0931/1ª meta
SPM Funai/MJ,
zação e execução dos eventos esporƟvos. 0948/ -
BB
8.10.2. EsƟmular a inserção e permanência das mulheres capa-
0736/02UU
citadas por meio dos convênios apoiados pela SPM nas obras e SPM, MTur MTE
0413/01CX
serviços relacionados aos grandes eventos esporƟvos.

Linha de ação 8.11. Estabelecimento de parcerias com as instituições esportivas para o enfrenta-
mento à violência contra as mulheres e à exploração sexual de meninas e mulheres, em particular
por ocasião dos grandes eventos esportivos.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

0998/ -
0259/00TP
8.11.1. Desenvolver ações para prevenir e punir a exploração sexu- MJ, MTur,
SPM, SDH 0834/ -
al de meninas e mulheres durante os grandes eventos esporƟvos. Funai/MJ
0948/ -
0952/ -

8.11.2. Promover campanhas publicitárias nacionais contra a ex-


SDH, MTur, 0999/8ª meta
ploração sexual de meninas e mulheres durante os grandes even- SPM, ME
Secom
tos esporƟvos e esƟmular a denúncia dos casos.

8.11.3. Construir parcerias com clubes, federações e confedera-


ções esporƟvas para o enfrentamento à violência e à discrimina- SPM, ME - 0999/049J
ção contra as mulheres.

8.11.4. Inserir nos comitês gestores dos grandes eventos esporƟ-


vos o debate e deĮnição de ações para promover a igualdade de
ME, SPM, SDH - 0686/2ª meta
gênero e o enfrentamento à violência e à discriminação contra as
mulheres durante esses períodos.

81
Capítulo 9
Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia

Uma das características a ser ressaltada da A articulação entre o sexismo e o racismo in-
composição da população brasileira refere-se cide de forma implacável sobre o significado
ao quesito cor/raça e etnia. Entre as mulheres, do que é ser mulher negra no Brasil. O ra-
que representam mais da metade da popula- cismo constrói uma postura hierárquica que
ção brasileira (51,5%), as negras são metade ser negra significa ser inferior. O sexismo por
deste contingente feminino, ou seja represen- sua vez desqualifica a mulher, hierarquiza as
tavam, em 2011, (PNAD/IBGE) 50,2 milhões de relações de gênero, impõe a heteronormati-
brasileiras. As pessoas que se declararam indí- vidade como única forma do exercício da se-
genas foram 784 mil e desta população as mu- xualidade e considera desviante e negativa o
lheres são 52,5%, portanto há também predo- exercício das relações sexuais entre pessoas
do mesmo sexo. Assim, estimula a discrimi-
mínio feminino no conjunto indígena nacional.
nação, autoriza o preconceito e promove a
São estes grupos de mulheres os mais vulnerá- cultura de ódio e criminaliza na prática as
veis à dupla discriminação racista e sexista da relações entre pessoas homossexuais.
ordem social brasileira. Agrega-se a isto discri- Nas últimas décadas, a mobilização política
minações devido a orientação sexual, regio- das mulheres negras, indígenas e lésbicas
nalidade e situação de moradia, seja urbana, tem apontado para o reconhecimento do
rural ou central, periférica, adicionando-se a papel do Estado na elaboração de políticas
estas situações as questões geracionais e de capazes de reduzir o impacto dessas formas
condições físicas. de discriminação na vida dessas mulheres.
Estas questões são agravadas para mulheres
As mulheres negras, indígenas e lésbicas en- negras devido às condições decorrentes da
contram-se expostas a diversas formas de pobreza, da baixa escolaridade, das condições
violência e mecanismos de exclusão na socie- precárias de saúde. Enquanto que as demais
dade, e nas políticas públicas ainda são pou- são profundamente afetadas pelas diferenças
co consideradas. A melhora das condições de culturais do sexismo e do fundamentalismo
vida destes grupos populacionais depende de religioso.
compromisso político que assegure o enfren-
Neste sentido, as políticas públicas para este
tamento do racismo, do sexismo, e da lesbo-
conjunto de mulheres têm partido de diferen-
fobia, uma vez que reforçam as desigualdades
tes níveis de ações afirmativas e incluem sua
na sociedade brasileira.
participação na formulação e na gestão destas
O governo brasileiro, ao criar as Secretarias de políticas em posição de igualdade em relação
às outras mulheres, como também na propo-
Políticas para as Mulheres, de Promoção da
sição de ações que promovem mudanças nas
Igualdade Racial e de Direitos Humanos, as- suas condições de vida.
sumiu o compromisso político de superar as
desigualdades de gênero, raça e etnia e as dis- Chamamos atenção para os aspectos do ra-
criminações com base na orientação sexual. cismo institucional, entendido como a forma
que o racismo adentra nas instituições, resul-
A reafirmação do eixo 9 na 3ª Conferência Na- tando em ações e mecanismos de exclusão
cional de Políticas para as Mulheres possibili- que interferem sorrateiramente nos modos
ta a ampliação de ações que contribuem para de funcionamento, na qualidade dos serviços
romper com as bases do racismo, sexismo e e nas definições de prioridades e metas das
lesbofobia. políticas. A denúncia do racismo institucional
alerta para esta forma difusa de preconceitos

84
PNPM
que atuam no funcionamento cotidiano de Objetivo geral
instituições e organizações e que acabam por
discriminar com base em raça e etnia. Instituir políticas, programas e ações de en-
frentamento ao racismo, sexismo, lesbofobia
Por outro lado, o preconceito baseado e dis-
e ao preconceito e discriminação baseadas na
seminado a partir da ideologia patriarcal e
orientação sexual e identidade de gênero.
heteronormativa, ou seja, a hierarquização
dos papéis sexuais de mulheres e homens e
a não aceitação de outras expressões sexu-
ais que não seja a heterossexual, impactam Objetivos específicos
por toda vida das mulheres lésbicas, bisse-
xuais e transexuais. I. Contribuir para a superação das desigualda-
des baseadas no racismo, sexismo, na orienta-
A educação para a cidadania e promoção da ção sexual e identidade de gênero.
igualdade, a cultura para valorização da di-
versidade e convivência com as diferenças, II. Fomentar a produção e difusão de conhe-
a implementação de ações de comunicação cimentos sobre a dimensão ideológica do ra-
que valorize a construção de um imaginário cismo, sexismo e lesbofobia e sobre todas as
positivo de mulheres negras, indígenas e lés- formas de discriminação e preconceito contra
bicas são mecanismos urgentes no enfrenta- as mulheres, em especial a misogenia e a he-
mento ao racismo, sexismo e lesbofobia. teronormatividade.

O entendimento de que as dimensões de III. Contribuir para a superação da violência


gênero, raça e etnia são estruturantes das contra as mulheres, decorrente do racismo, do
desigualdades sociais levou a definição de sexismo e da lesbofobia.
transversalidade de gênero e raça como es- IV. Contribuir para a superação do racismo ins-
tratégia no diverso Plano Nacional de Políti- titucional contra mulheres, garantindo o aces-
ca para Mulheres, que supõe que as políticas so equânime aos diferentes serviços e políti-
públicas são responsabilidade compartilha- cas públicas.
da de vários órgãos do governo federal, ar-
ticulados com os governos estaduais e mu- V. Contribuir para a superação de todas as for-
nicipais. Assim, será possível gerar impactos mas de violência institucional que atingem as
efetivos e sustentados nas vidas das mulhe- mulheres em razão do racismo, sexismo, les-
res negras, indígenas e lésbicas. bofobia e de todas as formas de preconceito
e discriminação baseadas em gênero, orienta-
O Plano de Ação que se apresenta a seguir ção sexual e identidade de gênero.
traz apenas algumas das ações dedicadas a
este tema; sendo importante ressaltar que
todas as ações propostas neste PNPM estão
em consonância com os objetivos de enfren-
Metas
tamento ao racismo, sexismo e lesbofobia, A. Realizar ações de formação para mulheres
tendo em vista seu caráter transversal e es- lésbicas, bissexuais e transexuais sobre polí-
truturante da realidade social 1. ticas públicas e acesso aos seus direitos, em
redes multiplicadoras articuladas ao enfrenta-
mento ao racismo, sexismo e lesbofobia e nas
políticas afirmativas de promoção da igualda-
de de gênero, de raça/cor, etnia e de orienta-
ção sexual e identidade de gênero.
1 Há inclusive ações específicas voltadas aos objetivos de enfrentamento
ao sexismo, racismo e lesbofobia nos demais capítulos deste plano. São as B. Realizar ações de formação para mulheres
ações: 1.1.11., 1.1.13., 1.4.1., 1.4.4., 2.1.3., 2.4.5., 2.5.2., 2.5.3., 2.5.7., 2.6.2., negras e quilombolas sobre políticas públicas
2.6.3., 2.6.5., 3.2.1., 3.2.4., 3.2.6., 3.2.9., 3.3.4., 3.3.5., 3.8.9., 3.10.1., 3.10.3.,
3.11.3., 4.3.18., 4.3.19., 5.2.5., 5.3.5., 5.3.6., 5.3.7., 5.5.7., 5.5.8., 5.5.9., 6.3.2., e acesso aos seus direitos, em redes multi-
7.1.3., 7.5.1., 8.1.3., 8.1.4., 8.1.9. e, da seção de Gestão e Monitoramento, plicadoras articuladas ao enfrentamento ao
também as ações 2.1., 2.2., 3.5., 3.6., 3.7. e 3.9..

85
racismo, sexismo e lesbofobia e nas políticas Linhas de ação
afirmativas de promoção da igualdade de gê-
nero, de raça/cor, etnia e de orientação sexual 9.1. Fortalecimento e ampliação de progra-
e identidade de gênero. mas, projetos e ações afirmativas e de enfren-
tamento ao racismo, sexismo e lesbofobia.
C. Realizar ações de formação para mulheres
indígenas sobre políticas públicas e acesso aos 9.2. Apoio às ações voltadas para o respeito
seus direitos, em redes multiplicadoras arti- ao direito à livre orientação sexual e à promo-
culadas para garantia de políticas públicas de ção da autonomia das mulheres lésbicas.
promoção da autonomia, acesso aos direitos,
igualdade de gênero, etnia e de orientação se- 9.3. Implementação do plano nacional de polí-
xual e identidade de gênero. ticas para a população LGBT e do Plano Nacio-
nal de Promoção da Igualdade Racial de forma
D. Fortalecer e ampliar a participação das mu- articulada com as políticas para as mulheres
lheres negras, indígenas, lésbicas e transexu- no enfrentamento de todas as formas de pre-
ais na formulação, implementação e avaliação conceito e discriminação.
de políticas públicas.
9.4. Fortalecimento das políticas voltadas
E. Incorporar o princípio da ação afirmativa na para as mulheres negras, lésbicas, bissexuais
administração pública federal. e transexuais.
F. Fomentar o desenvolvimento de linhas de 9.5 Produção, fomento e publicação de es-
pesquisa sobre o enfrentamento conjunto do tudos, pesquisas, dados e indicadores sobre
racismo, sexismo e lesbofobia. igualdade de gênero, raça, etnia, orientação
sexual, identidade de gênero e geração.
G. Elevar os níveis de escolaridade de mulhe-
res negras, indígenas, lésbicas e transexuais,
com especial atenção à evasão escolar.
H. Promover a atenção em saúde qualificada
para as mulheres negras, indígenas, lésbicas
e bissexuais.
I. Reduzir a morbidade/mortalidade das mu-
lheres negras.
J. Produzir e difundir conteúdos não discrimi-
natórios e não estereotipados das mulheres
nos meios de comunicação, assim como pro-
moção do acesso igualitário aos esportes e
ao fomento às produções culturais, reconhe-
cendo seu protagonismo e realizações nesses
campos e valorizando as dimensões étnicas,
raciais, de orientação sexual, de identidade de
gênero e geracional.
K. Implementar a PolíƟca Nacional de Saúde In-
tegral a Lésbicas, Gays, Bissexuais, TravesƟs e
Transexuais em todas as unidades da federação.

86
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 9.1. Fortalecimento e ampliação de programas, projetos e ações afirmativas e de
enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbofobia.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

9.1.1. Construir critérios para inserção na seleção pública de pro-


SDH,
jetos, a inclusão da perspecƟva étnica, racial e de orientação sexu- SPM 0257/ -
Seppir
al, como um dos critérios de seleção e/ou pontuação.
0933/ -
9.1.2. Realizar campanha de promoção da igualdade de acesso,
0934/ -
permanência e ascensão das mulheres negras e lésbicas nas insƟ- SPM, Seppir SDH
0777/033A
tuições públicas e privadas.
0257/00SP

9.1.3. Fortalecer, na estrutura das Ouvidorias dos órgãos governa- SPM,


0933/ -
mentais, a capacidade para receber e atuar em denúncias de as- Seppir, -
0934/ -
sédio moral e sexual, bem como de racismo, sexismo e lesbofobia. SDH

9.1.4. Realizar levantamento de denúncias e medidas resultantes


de seu processamento relacionadas a racismo, sexismo e lesbofo- SPM, MS, SDH Seppir 0774/032W
bia nas Ouvidorias dos órgãos do governo federal.

Linha de ação 9.2. Apoio às ações voltadas para o respeito ao direito à livre orientação sexual e à
promoção da autonomia das mulheres lésbicas.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

9.2.1. Apoiar ações de promoção da cidadania lésbica. SPM, SDH Seppir, MS 0257/ -
9.2.2. Difundir o Dia Nacional de Visibilidade Lésbica em todo o
SPM, SDH MS 0257/ -
território nacional.

Linha de ação 9.3. Implementação do plano nacional de políticas para a população LGBT e do
Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial de forma articulada com as políticas para as
mulheres no enfrentamento de todas as formas de preconceito e discriminação.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

9.3.1. EsƟmular a implementação de grupos de trabalho no âm-


bito do governo federal para a arƟculação, monitoramento e ava- SPM, SDH,
- 0257/ -
liação de ações de enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbofo- Seppir
bia em programas estratégicos.

87
Linha de ação 9.4. Fortalecimento das políticas voltadas para as mulheres negras, lésbicas, bisse-
xuais e transexuais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva

9.4.1. Apoiar a realização de encontros, seminário e espaços para


debates e discussão programáƟca do enfrentamento ao racismo,
SPM, Seppir SDH, MS 0934/03Y4
sexismo e lesbofobia e promoção da igualdade de gênero, raça,
etnia e orientação sexual e idenƟdade de gênero.

9.4.2. Realizar ações que visem aprofundar a reŇexão sobre a for-


SPM, Seppir,
ma de atuação pública das mulheres negras, lésbicas, bissexuais e - -
SDH
transexuais no Brasil.
0257/00SR
9.4.3. Apoiar a realização de Seminários Nacionais de Lésbicas e
SPM, SDH, MS MS 0724/ -
Bissexuais.
0934/ -
9.4.4. Realizar Encontros e Seminários para arƟcular a agenda de 0257/00SR
SPM, SDH,
enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbofobia e outras formas - 0724/ -
Seppir
de discriminação e preconceito. 0934/ -

Linha de ação 9.5. Produção, fomento e publicação de estudos, pesquisas, dados e indicadores
sobre igualdade de gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero e geração.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
9.5.1. Realizar e publicar pesquisas sobre desigualdades entre mu- 0931/ -
Seppir -
lheres brancas e mulheres negras. 0933/ -

88
Capítulo 10
Capítulo 10. Igualdade para as mulheres jovens, idosas e mulheres
com deficiência
O processo de desenvolvimento da sociedade ficiências. Todas as políticas públicas devem
brasileira nos últimos 70 anos foi acompanha- assegurar um olhar específico para a realida-
do por um extraordinário crescimento eco- de das mulheres jovens, idosas e com defi-
nômico, aliado nas primeiras quatro décadas ciências. No campo da saúde, essas políticas
pelo crescimento acelerado da população, que devem considerar desde a vivência da sexu-
passou de 70 milhões em 1960, para 190,7 alidade, riscos de gravidez na adolescência,
milhões em 2010. Os progressos da medicina até o climatério. Em relação ao trabalho, as
e da indústria farmacêutica, aliado às condi- políticas públicas devem considerar, além das
dificuldades de inserção no mercado de tra-
ções de saneamento e acesso à água, tiveram
balho, a sobrecarga de tarefas com os encar-
como consequência uma redução na taxa de gos domésticos.
mortalidade; mas, como a taxa de fecundida-
de das mulheres brasileiras continuou alta, a A maior expectativa de vida feminina não sig-
população triplicou ao longo do tempo. No en- nifica um processo de envelhecimento sem
tanto, esta evolução demográfica nas últimas mazelas, pode significar maior dificuldades
décadas vem sendo marcada por uma transi- devido às trajetórias de vida repletas de dis-
ção nos níveis de fecundidade, que começou a criminações e preconceitos. Além disso, o
declinar a partir de 1960. Assim, seu declínio aumento das separações, seja por divórcios
foi a principal explicação para a diminuição do ou morte dos maridos, legam às mulheres
vidas sem rendimentos para aquelas que fo-
ritmo de crescimento da população brasileira
ram exclusivamente donas de casa. Umas são
verificado em 1980. Provavelmente a acele- vulneráveis na velhice porque sempre foram
ração da urbanização, difusão dos métodos dependentes dos maridos, enquanto outras o
contraceptivos, maior acesso ao mercado de são devido a deficiências oriundas do proces-
trabalho e maior escolarização das mulheres, so de envelhecimento.
bem como a existência do movimento de mu-
lheres com suas propostas de mudanças no As mulheres jovens se encontram no período
papel feminino, foram fatores que influencia- de transição à vida adulta, passando por um
ram esta redução da taxa de fecundidade. Esta processo intenso de construção da autono-
foi de 2,38 filhos por mulher em idade fértil no mia material e afetiva, constituindo trajetó-
rias pessoais e profissionais que as colocarão
ano de 2000 e caiu para 1,95 filho por mulher
em diferentes papéis sociais, alguns deles
em 2010 (IBGE, 2010). conflitantes entre si, por vezes de difícil con-
O Brasil passou de um país jovem para um país ciliação.
que está envelhecendo, fenômeno similar aos Ser mulher jovem está associado a diversos
dos países desenvolvidos. Em 1960, tinha ape- aspectos, pressupostos, expectativas, temo-
nas 4,7% da população com 60 anos ou mais e res e idealizações que, historicamente, po-
o Censo Demográfico de 2000 constatou que dem implicar em posições de desigualdade
14,5 milhões de pessoas, ou seja 8,5% da po- social marcadas pelas diferenças de classe,
pulação, tinham 60 anos ou mais. Na última raça, cor, etnia, orientação sexual, presença
década, o aumento foi expressivo e, em 2010, de deficiências, falta de acesso e controle a
o percentual passou para 10,8% da população, serviços de educação e saúde - em especial
com 20,5 milhões de pessoas (IBGE, 2010). a garantias de direitos sexuais e reprodutivos
- exposição à violência e variadas formas de
Este processo influencia a forma como o Es- abuso e /ou exploração sexual, inserção pre-
tado deve formular suas políticas, atento a carizada no mercado de trabalho, bem como
diversidades de sexo, raça, etnia; da juventu- o acúmulo de jornadas de trabalho, estudo e
de, das pessoas idosas e das pessoas com de- em muitos casos das atividades de cuidado.
90
PNPM
Nesse sentido, a concepção que orienta as po- Objetivos gerais
líticas governamentais para a juventude é que
estas não podem ser únicas, mas heterogêne- I. Garantir o protagonismo das mulheres jo-
as; com características distintas e ações afir- vens, idosas e mulheres com deficiência na
mativas que variam de acordo com aspectos elaboração, no monitoramento e na avaliação
sociais, culturais, econômicos e territoriais. das políticas públicas.
Esta concepção é norteada pelas noções fun-
damentais de oportunidades e acesso a di- II. Garantir o acesso das mulheres jovens, ido-
reitos. As ações e programas governamentais sas e mulheres com deficiência a políticas,
esperam oferecer oportunidades e garantir equipamentos e serviços públicos.
direitos às jovens mulheres na construção de
uma sociedade mais justa e cidadã no Brasil.
As mulheres com deficiências, jovens ou ido-
Objetivos específicos
sas, enfrentam desafios maiores, com precon- I. Garantir a igualdade de direitos e oportu-
ceitos e estereótipos, histórias de exclusão e nidades no acesso, permanência e promoção
violências que limitam suas vidas, dificultando das adolescentes e jovens no mercado de tra-
o acesso ao mercado de trabalho, à saúde e balho, em especial as negras e as mulheres
à educação. Para uma efetiva mudança dessa com deficiência.
realidade, elas devem ser inseridas no proces-
so democrático, na vida cotidiana, no traba- II. Ampliar a permanência das meninas e mu-
lho, na educação, nos mais variados serviços lheres jovens na educação formal, evitando
e equipamentos públicos. A perspectiva de a evasão escolar, em especial para as negras,
acessibilidade para as mulheres com deficiên- trabalhadoras rurais, quilombolas, indígenas,
cias é uma das metas perseguidas pelas polí- lésbicas, deficientes e adolescentes cumprin-
ticas. Estas políticas devem garantir segurança do medidas socioeducativas.
e autonomia; para que as mulheres com defi- III. Fortalecer ações de prevenção, especial-
ciência sejam inseridas em todas as esferas da mente em relação a DSTs e HIV/Aids, e assis-
vida, pública e privada, sem serem alijadas de tência integral à saúde de meninas, adolescen-
seus direitos e cidadania. tes e jovens, considerando as especificidades
Esses elementos compõem um desafio às po- de raça, etnia, identidade de gênero, orienta-
líticas públicas e, em especial, ao Plano Na- ção sexual e deficiência.
cional de Políticas para as Mulheres que, com IV. Fortalecer ações de promoção da autono-
a inserção dessa temática neste Capítulo 10, mia das mulheres jovens e idosas, consideran-
será trabalhado como política articulada de do as suas especificidades e diversidades.
governo para as mulheres com deficiência.
V. Fortalecer ações de promoção da autono-
mia das mulheres com deficiência, consideran-
O Plano de Ação que se apresenta a seguir traz do as suas especificidades e diversidades, com
apenas algumas das ações dedicadas a este especial atenção ao que se refere à acessibili-
tema; sendo importante ressaltar que todas as dade, acesso ao mercado de trabalho, educa-
ações propostas neste PNPM visam igualdade ção especial e enfrentamento à violência.
para as mulheres jovens, idosas e mulheres
com deficiência, tendo em vista seu caráter VI. Incentivar e fortalecer a inclusão das mu-
transversal2. lheres no sistema previdenciário.

2 Há inclusive ações específicas que tratam das especificidades das


mulheres jovens, idosas e com deficiência nos demais capítulos deste
plano. São as ações: 1.1.7, 1.1.9, 1.1.14, 1.1.15, 1.3.6, 1.4.6, 2.1.1, 2.5.5,
2.5.6, 2.6.2, 2.6.4, 3.2.7, 3.2.8, 3.3.2, 3.4.12, 3.4.13, 3.10.1, 4.4.10, 5.3.5,
5.5.4, 5.5.5, 5.5.6, 8.1.4, 8.5.4, 8.9.1 e 8.9.2.

91
Metas Linhas de ação
A. Ampliar o acesso das mulheres com 18 anos 10.1. Fomento à implementação de ações de
ou mais ao primeiro emprego e ao trabalho enfrentamento à discriminação contra meni-
decente. nas, mulheres jovens, idosas e com deĮciência.
B. Reduzir a taxa de analfabetismo feminino, 10.2. Implementação da Lei nº 8.069, de 13 de
em especial entre as mulheres acima de 50 julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Ado-
anos, negras e indígenas. lescente, da Lei nº 10.741, de 1º de outubro
de 2003 - Estatuto do Idoso, e da Convenção
C. Formar 5.000 jovens mulheres multiplica- sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência,
doras nas jornadas de formação sobre acesso internalizada ao ordenamento jurídico brasi-
a informações de direitos e ações previstas nos leiro por meio do Decreto nº 6.949, de 25 de
programas do Plano Nacional de PolíƟcas para agosto de 2009, e demais legislações pertinen-
as Mulheres e da PolíƟca Nacional de Juventude. tes, com enfoque na perspectiva da igualdade
D. Formar 7.500 jovens em políticas públicas de gênero, de raça, de etnia, de orientação se-
de juventude (SNJ/SG/PR). xual e identidade de gênero.

E. Promover a autonomia, em todas as suas 10.3. Incorporação das especificidades das


dimensões, das mulheres jovens e idosas, por mulheres jovens, idosas e com deficiência nas
meio da garantia do acesso aos equipamen- políticas públicas direcionadas às mulheres.
tos, serviços e políticas públicas específicas 10.4. Produção, fomento e publicação de es-
para suas necessidades. tudos, pesquisas, dados e indicadores sobre
F. Ampliar a cobertura do sistema previdenci- igualdade de gênero, mulheres jovens, idosas
ário entre as mulheres, em especial no acesso e com deficiência.
ao trabalho formal e na inclusão das donas de
casa como beneficiárias.
G. Promover a autonomia das mulheres com
deficiência, através da garantia do acesso aos
equipamentos, serviços e políticas públicas
específicos para suas necessidades.
H. Promover ações de formação de mulheres
com deficiência, por meio de jornadas de for-
mação e seminários, sobre acesso aos direi-
tos, equipamentos, políticas e serviços públi-
cos, com especial enfoque nas ações previstas
nos programas do PNPM.
I. Facilitar o acesso e a participação ativa das
mulheres idosas nas aƟvidades recreaƟvas, cul-
turais e esporƟvas promovidas por organizações,
associações e insƟtuições públicas e privadas,
J. Implementar programas de educação que
permitam às mulheres idosas de diferentes
grupos e etnias compartilhar seus conheci-
mentos, sua cultura e valores, atentando-se
para o enfoque intercultural.

92
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 10.1. Fomento à implementação de ações de enfrentamento à discriminação contra
meninas, mulheres jovens, idosas e com deficiência.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

10.1.1. EsƟmular insƟtuições públicas a elaborarem programas, SPM, SDH, Seppir,


0948/ -
projetos e ações para as meninas e mulheres jovens. SNJ/SG/PR Funai/MJ

10.1.2. Capacitar proĮssionais de insƟtuições públicas sobre discri- Seppir,


SPM, SDH -
minações considerando desigualdades geracionais e raciais. SNJ/SG/PR
0442/01GO
10.1.3. EsƟmular insƟtuições públicas a elaborar programas, 0442/01GN
projetos e ações para as mulheres idosas e mulheres com de- SPM, SDH - 0442/01GP
Įciência. 0736/02UT
0736/02UX
10.1.4. Criar Grupo de Trabalho no âmbito da SPM para elabo-
ração de propostas e contribuições de políƟcas de atendimento SPM SDH 0934/ -
especíĮco às mulheres idosas.

0936/6ª meta
10.1.5. Realizar campanha, com produção de materiais e víde-
0256/00SF
os, direcionada à divulgação dos direitos e incenƟvo à autono- SPM, SDH,
0568/026V
mia de adolescentes, mulheres jovens, idosas e com deĮciên- SNJ/SG/PR Funai/MJ
0948/ -
cia, contemplando diversidades étnicas e raciais.
0952/ -

10.1.6. Executar as ações previstas no Plano Juventude Viva de


SNJ/SG/PR
Enfrentamento à Mortalidade da Juventude Negra, observando MS -
Seppir
questões de raça e gênero.

Linha de ação 10.2. Implementação da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança
e do Adolescente, da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso, e da Convenção
sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, internalizada ao ordenamento jurídico brasileiro por
meio do Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, e demais legislações pertinentes, com enfo-
que na perspectiva da igualdade de gênero, de raça, de etnia, de orientação sexual e identidade
de gênero.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

10.2.1. Apoiar a implementação do Estatuto do Idoso e do Esta-


SDH, SPM - 0933/ -
tuto da Criança e do Adolescente.

0287/ -
10.2.2. GaranƟr o direito à parƟcipação de mulheres jovens com 0933/ -
deĮciência intelectual e transtornos mentais em projetos, pro- SDH, SPM SNJ/SG/PR 0718/02RC
gramas e políƟcas de governo. 0975/045U
0975/045O

93
Linha de ação 10.3. Incorporação das especificidades das mulheres jovens, idosas e com deficiên-
cia nas políticas públicas direcionadas às mulheres.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

0934/6ª meta
10.3.1. EsƟmular a implementação de grupos de trabalho no
0442/01GO
âmbito do governo federal para a arƟculação, monitoramen- SPM, SDH,
- 0776/0333
to e avaliação de ações para mulheres jovens, idosas e com SNJ/SG/PR
0287/ -
deficiência.
0933/ -
SPM, SDH,
10.3.2. EsƟmular a organização nacional e internacional de mu-
SNJ, - 0935/03YE
lheres jovens, considerando as dimensões étnicas e raciais.
SNJ/SG/PR

SPM, SNJ,
10.3.3. Realizar e apoiar Jornada de Formação de Mulheres Jovens. - 0936/3ª meta
SNJ/SG/PR

10.3.4. IncenƟvar a criação de um Fórum permanente de mu-


SPM SDH -
lheres idosas junto ao Conselho Nacional dos Direitos do Idoso.

10.3.5. Realizar ações de capacitação para mulheres idosas so-


SDH SPM 0934/03Y4
bre seus direitos.

10.3.6. EsƟmular a organização nacional e internacional de mu-


SDH SPM 0934/ -
lheres idosas.

Linha de ação 10.4. Produção, fomento e publicação de estudos, pesquisas, dados e indicadores
sobre igualdade de gênero, mulheres jovens, idosas e com deficiência.

Órgão PPA ObjeƟvo/


Ações Parceiros
responsável Meta ou IniciaƟva

10.4.1. Estabelecer parceria entre o Observatório de Gênero


SPM
(SPM) e Observatório ParƟcipaƟvo da Juventude (SNJ/SG) para 0276/00VE
SDH IPEA
produção, fomento e publicação de estudos, pesquisas, dados 0935/03YE
SNJ/SG/PR
e indicadores sobre igualdade de gênero e juventude.
10.4.2. EsƟmular a criação do Observatório da Pessoa Idosa
SDH SPM 0934/ -
com destaque para as mulheres.

94
Gestão e monitoramento
do plano nacional de
políticas para as mulheres
Gestão e monitoramento do plano nacional de políticas para as
mulheres

Objetivo geral C. Incentivar a produção e a disseminação de


dados, estudos e pesquisas que tratem das
Implementar, acompanhar e monitorar o Pla- temáticas de gênero e suas múltiplas formas
no Nacional de Políticas para as Mulheres - de desigualdades, tais como raça, etnia, orien-
PNPM, com integração das ações e articulação tação sexual, identidade de gênero, mulheres
entre os diferentes órgãos dos governos fede- com deficiência, mulheres rurais/urbanas, ge-
ral, distrital, estaduais e municipais. ração e origem/região geográfica.
D. Sensibilizar servidoras/es públicas/os para
os temas de gênero e suas múltiplas formas de
Objetivos específicos desigualdades.
I. Acompanhar e monitorar a implementação E. Dobrar o número de mecanismos de gênero
do PNPM. nos órgãos do governo federal com prioridade
para os representados no Comitê de Articula-
II. Apoiar e incenƟvar a implementação do PNPM ção e Monitoramento do PNPM, bem como
nos estados, Distrito Federal e municípios. estimular o aprimoramento e fortalecimento
III. Ampliar e disseminar o conhecimento so- dos mecanismos já existentes.
bre a situação das mulheres na sociedade bra-
sileira e das políƟcas públicas de gênero, consi-
derando as múlƟplas formas de desigualdades. Linhas de ação
IV. Ampliar a participação e o controle social 1. Ampliação e fortalecimento da institucio-
da implementação do Plano Nacional de Polí- nalização das políticas de gênero nos poderes
ticas para as Mulheres – PNPM. executivos federal, distrital, estaduais e muni-
V. Fortalecer a articulação, o monitoramento e cipais.
a avaliação do Plano Nacional de Políticas para 2. Capacitação e qualificação de agentes pú-
as Mulheres – PNPM. blicos para os temas de gênero e suas múlti-
VI. Criar e fortalecer de mecanismos de gêne- plas formas de desigualdades.
ro nos ministérios do governo federal (núcle- 3. Produção, organização e disseminação de
os, coordenações, diretorias, conforme a es- dados, estudos e pesquisas que tratem das te-
trutura de cada ministério). máticas de gênero e suas múltiplas formas de
desigualdades.

Metas 4. Monitoramento e avaliação do Plano Nacio-


nal de Políticas para as Mulheres.
A. Contribuir para a criação e o fortalecimento
de organismos de promoção de políƟcas para as
mulheres em todas as Unidades da Federação.
B. Incentivar a formulação de Planos de po-
líticas para as mulheres nos estados, Distrito
Federal e municípios.

96
PNPM
Plano de ação
Linha de ação 1. Ampliação e fortalecimento da institucionalização das políticas de gênero nos
poderes executivos federal, distrital, estaduais e municipais.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
1.1. Fortalecer insƟtucionalmente a SPM, inclusive com melhores
SPM MF, MP 0606/02D4
aportes orçamentários.

1.2. Promover a visibilização e publicização das ações orçamentárias


desƟnadas às políƟcas públicas para as mulheres, trabalhando para SPM MP 0607/02D9
garanƟr a essas ações aportes orçamentários adequados.

1.3. Promover encontros bianuais dos mecanismos de gênero nos mi-


SPM - 0935/ -
nistérios e órgãos setoriais.
1.4. ArƟcular e contribuir para a criação e o fortalecimento de meca-
SPM - 0935/4ª meta
nismos de gênero em ministérios e órgãos setoriais.
1.5. ArƟcular e contribuir para a criação e o fortalecimento de or-
ganismos de promoção de políƟcas para as mulheres nos governos SPM CNDM 0935/03YB
distrital, estaduais e municipais.
1.6. Realizar encontros nacionais e regionais do Fórum de Organis-
SPM - 0935/11ª meta
mos de PolíƟcas para as Mulheres.
1.7. Divulgar o Plano Nacional de PolíƟcas para as Mulheres para a
SPM CNDM 0936/03YF
sociedade em geral e para governos distrital, estaduais e municipais.

1.8. ArƟcular e apoiar estados, Distrito Federal e municípios na cons- 0935/2ª meta
trução de seus planos locais de políƟcas para as mulheres, conforme SPM - 0935/4ª meta
diretrizes do PNPM. 0935/15ª meta

1.9. Contribuir para a criação de comitês intersetoriais de monitora-


mento e avaliação de políƟcas para as mulheres nos estados, municí- SPM - 0935/ -
pios e Distrito Federal.

Linha de ação 2. Capacitação e qualificação de agentes públicos para os temas de gênero e suas
múltiplas formas de desigualdades.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
2.1. Inserir módulo de gênero e raça, e suas múlƟplas formas de de-
SPM, SDH,
sigualdades nos cursos de formação e aperfeiçoamento das carreiras
MP Enap, Esaf, 0606/02D6
da administração pública federal, inclusive e especialmente para a
Seppir
carreira de analistas de políƟcas sociais.

2.2. Incluir no conteúdo das provas dos concursos públicos as temáƟ-


MP SPM -
cas de gênero e raça, e suas múlƟplas formas de desigualdades.

2.3. Realizar eventos de sensibilização e cursos de capacitação em


SPM
relação às temáƟcas de gênero e suas múlƟplas formas de desigual- 0606/02D6
Seppir Enap, MJ
dades, junto aos Poderes ExecuƟvo, Judiciário e LegislaƟvo, membros 0933/12ª meta
SDH
de conselhos nacionais e governos distrital, estaduais e municipais.

97
Linha de ação 3. Produção, organização e disseminação de dados, estudos e pesquisas que tratem
das temáticas de gênero e suas múltiplas formas de desigualdades.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
3.1. Fortalecer e consolidar o Observatório Brasil Igualdade de Gê-
nero, garanƟndo o monitoramento de indicadores de gênero e de SPM - 0935/03YE
promoção e garanƟa dos direitos das mulheres.
3.2. Acompanhar e gerar conhecimentos sobre cultura, comunicação
SPM - 0936/03YI
e mídia na temáƟca de gênero.
3.3. Elaborar e divulgar o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher
SPM - 0935/03YE
(Raseam) (Lei nº 12.227, de 12 de abril de 2010).

3.4. Promover a divulgação e o acesso à informação, dados, estudos


e pesquisas sobre a igualdade de gênero e políƟcas para as mulheres, SPM CNDM 0935/03YE
por meio do síƟo da SPM na Internet e do Observatório de gênero.

MDS, Seppir,
3.5. Fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre o impacto 0579/029O
SPM Funai/MJ,
dos programas sociais em relação a gênero, raça e etnia. 0935/13ª meta
CNDM, Ipea
MDS, CNDM,
3.6. Fomentar a elaboração de indicadores que incorporem as di- 0579/029O
SPM Seppir,
mensões de gênero, étnicas e raciais. 0935/13ª meta
Funai/MJ
3.7. Aperfeiçoar a coleta e a uƟlização de informações oriundas dos
registros administraƟvos, com incorporação dos quesitos de raça/ SPM CEF 0869/12ª meta
cor e sexo.
SPM,
3.8. Fortalecer as aƟvidades do Comitê de Estudos sobre Uso do 0935/12ª meta
IBGE, Seppir
Tempo. 0579/029O
Ipea
0715/ -
3.9. Apoiar e divulgar estudos e pesquisas sobre a saúde da mulher, SPM, SDH
0724/ -
sobretudo da população em situação de rua e de povos ciganos. MS Seppir
0932/ -
3.10. Apoiar e divulgar estudos e pesquisas sobre as políƟcas públi- SPM, Incra, 0579/029O
MDA
cas voltadas às mulheres no meio rural. IBGE
3.11. Dar conƟnuidade ao Prêmio Margarida Alves de apoio a estu-
MDA SPM 0981/046F
dos de gênero e questões rurais.
0579/029O
3.12. EsƟmular a elaboração de dados e pesquisas sobre mulheres
SPM, 0568/026V
com deĮciência para subsidiar a elaboração e execução de políƟcas -
SDH 0568/026Z
públicas.
0736/02US

98
PNPM
Linha de ação 4. Monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.
PPA ObjeƟvo/
Órgão
Ações Parceiros Meta ou
responsável
IniciaƟva
4.1. Fortalecer o Sistema Nacional de Acompanhamento do Plano
SPM - 0935/10ª meta
Nacional de PolíƟcas para as Mulheres - SigSPM.
4.2. GaranƟr o funcionamento e o fortalecimento do Conselho Na-
SPM - 0935/17ª meta
cional dos Direitos da Mulher – CNDM.

4.3. GaranƟr o funcionamento e o fortalecimento do Comitê de Ar-


Ɵculação e Monitoramento do Plano Nacional de PolíƟcas para as
SPM - 0935/03Y9
Mulheres, assegurando que os respecƟvos ministérios informem so-
bre suas ações.

4.4. Divulgar as informações de monitoramento do PNPM, permiƟn-


SPM - 0935/ -
do o fortalecimento do controle social.

4.5. EsƟmular a criação de mecanismos que possibilitem o monito-


SPM - 0935/ -
ramento das ações orçamentárias referentes à temáƟca de gênero.
4.6. Assegurar a transparência das ações e disponibilizar informa- 0872/16ª meta
SPM -
ções ao Serviço de Informação às Cidadãs e aos Cidadãos – SIC. 0609/6ª meta
4.7. Realizar a avaliação qualitaƟva e quanƟtaƟva do PNPM e divul-
SPM - 0935/7ª meta
gar seus resultados.

4.8. Construir estratégia de parƟcipação social mediante plataforma


SPM - 0935/03YE
do Observatório de gênero.

99
PNPM
Posfácio
A situação das mulheres no Brasil tem mudado muito, especialmente nas duas últimas décadas.
Entre os mais importantes fenômenos incluem-se a progressiva escolarização feminina e a en-
trada das mulheres no mundo do trabalho profissional, mesmo em espaços tradicionalmente
ocupados por homens como a medicina e a odontologia e mais recentemente até as engenharias
e a construção civil. As mudanças estão igualmente ocorrendo na composição das famílias, com
grande redução do número médio de filhos e aumento das chefias femininas de domicílios.
São conquistas históricas que resultam de amplo e forte movimento social das mulheres, mas
ainda persistem grandes desigualdades regionais, sociais, raciais e étnicas. Assim, apesar de mais
escolarizadas do que os homens, as mulheres ainda permanecem em situação de grande desi-
gualdade no mercado de trabalho, ganham menos pelo mesmo trabalho, e são as principais res-
ponsáveis pelo trabalho doméstico, pelo cuidado dos filhos, de doentes e idosos. Estão em maior
proporção nos trabalhos informais e constituem a imensa maioria de empregadas domésticas, as
quais frequentemente não têm carteira assinada nem seguro social. São grandes contingentes de
mulheres negras, ainda mais exploradas que as demais.
O movimento de mulheres tem buscado transformar suas necessidades e demandas em políticas
que revertam estas desigualdades, atuando firmemente na institucionalização de propostas e na
criação de instâncias de formulação e controle social das políticas.
No que diz respeito à participação política e ao acesso aos espaços de poder e decisão, também
ocorreram mudanças importantes. No entanto, as mulheres se mantêm como uma pequena mi-
noria nos postos de poder das instâncias da democracia representativa. No que tange aos es-
paços da democracia participativa, as mulheres têm tido uma grande participação e ao mesmo
tempo lutado para o seu fortalecimento.
Como importante marco registra-se a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em
1985, e na última década sua integração à Secretaria de Políticas para as Mulheres. Contando
em sua composição com representantes da sociedade civil e do governo, o Conselho ampliou o
processo de controle social sobre as políticas públicas para as mulheres, apoiando a SPM na arti-
culação entre instituições da administração pública federal e com a sociedade civil.
Nos anos 2000, como parte da institucionalização dos processos participativos, intensifica-se a
criação de conselhos e secretarias de defesa dos direitos das mulheres e são organizadas con-
ferências municipais, distrital e estaduais que culminam nas grandes Conferências Nacionais de
Políticas para as Mulheres, em 2004, 2007 e 2011.
Durante quatro dias, em dezembro de 2011, a 3ª CNPM reuniu 2.125 delegadas de todo o país,
eleitas nas conferências de dois mil municípios e de todos os estados da federação. Os intensos
e profícuos debates em grupos de trabalho sobre a autonomia das mulheres nas esferas política,
econômica, cultural e pessoal resultaram em um conjunto de resoluções as quais estão traduzidas
neste Plano.
O CNDM, que compartilhou com a SPM o grande desafio de organizar a 3ª CNPM, reafirma seu
compromisso com a implementação e o controle social do PNPM, renovado pelas proposições
advindas deste rico processo político.
É importante salientar que o processo de Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres se
inicia nos municípios, passando pelos estados, para finalmente acontecer no plano federal. Isso
significa que o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres deve ser considerado como algo rela-
tivo às três dimensões do poder executivo: nacional, estadual, distrital e municipal. Isto significa

101
que governos municipais, distrital e estaduais devem também apresentar seus planos de políƟcas para
mulheres e trabalharem em consonância com o governo federal através de mecanismos apropriados.
Nesse sentido, os conselhos voltados para defesa dos direitos das mulheres que também existem
nos níveis distrital, municipais e estaduais, apesar de ainda não estarem generalizados no país,
devem considerar que o monitoramento das políticas para as mulheres deve ser feito nesses três
níveis, como estratégia fundamental para a real implantação dessas políticas, considerando que
há diferentes atribuições entre esses entes federados. O movimento de mulheres, como parte de
sua ação em prol das políticas para as mulheres, tem mostrado que este é um caminho a seguir.
O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres coroa, como política pública, o esforço das mulhe-
res brasileiras em sua busca incessante por equidade e igualdade, ressalvando as especificidades
raciais, étnicas, geracionais, regionais e de orientação sexual e a importância que cada um desses
temas têm para configuração das políticas públicas para as mulheres de modo a torná-las igual-
mente beneficiárias dos avanços a serem conquistados pela luta coletiva das mulheres.

Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM

102
PNPM
Anexos
DECRETO Nº 7.959, DE 13 DE MARÇO DE 2013
(Publicado no Diário Oficial da União em 14 de março de 2013)

Dispõe sobre o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, para o período de 2013 a 2015, al-
tera o Decreto nº 5.390, de 8 de março de 2005, e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI,
alínea “a”, da Constituição, DECRETA:
Art. 1º A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República disporá sobre os
eixos, os objetivos, as linhas de ação, as ações e as metas do Plano Nacional de Políticas para as
Mulheres - PNPM, para o período de 2013 a 2015.
Parágrafo único. Os Ministérios responsáveis por ações desenvolvidas no âmbito do PNPM deve-
rão ser previamente consultados sobre o seu conteúdo.
Art. 2º O Decreto nº 5.390, de 8 de março de 2005, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 3º Fica instituído o Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM, no âmbito da Secre-
taria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, para acompanhar e avaliar perio-
dicamente o cumprimento dos objetivos, ações e metas definidos no PNPM.” (NR)
“Art. 4º O Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM será integrado por três representa-
ções do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, preferencialmente dentre as representações
da sociedade civil, e por uma representação de cada órgão e entidade a seguir:
I - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que o coordenará;
II - Casa Civil da Presidência da República;
III - Ministério da Justiça;
IV - Ministério da Defesa;
V - Ministério das Relações Exteriores;
VI - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
VII - Ministério da Educação;
VIII - Ministério da Cultura;
IX - Ministério do Trabalho e Emprego;
X - Ministério da Previdência Social;
XI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
XII - Ministério da Saúde;
XIII - Ministério de Minas e Energia;
XIV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
XV - Ministério das Comunicações;
XVI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
XVII - Ministério do Meio Ambiente;

103
XVIII - Ministério do Esporte;
XIX - Ministério do Turismo;
XX - Ministério da Integração Nacional;
XXI - Ministério do Desenvolvimento Agrário;
XXII - Ministério das Cidades;
XXIII - Ministério da Pesca e Aquicultura;
XXIV -Secretaria-Geral da Presidência da República;
XXV - Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;
XXVI - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
XXVII - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
XXVIII - Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República;
XXIX - Banco do Brasil - S.A.;
XXX - Caixa Econômica Federal;
XXXI - Fundação Nacional do Índio;
XXXII - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; e
XXXIII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
§ 1º Titulares e suplentes do Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM serão indicados
pelos titulares dos órgãos e entidades representados e designados por ato daMinistra de Estado
Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
§ 2º Poderão ser convidados a participar das reuniões do Comitê de Articulação e Monitoramento
do PNPM especialistas e representantes de outros órgãos ou entidades públicas e privadas.” (NR)
“Art. 5º ...................................................................................................................... ...................
V - efetuar ajustes de objetivos, linhas de ação, ações e metas do PNPM;
............................................................................................................................... ..............” (NR)
“Art. 9º A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República prestará suporte
técnico e administrativo para a execução dos trabalhos e o funcionamento do Comitê de Articu-
lação e Monitoramento do PNPM e suas câmaras técnicas.” (NR)
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Ficam revogados:
I - os arts. 1o e 2º do Decreto nº 5.390, de 8 de março de 2005, e seu Anexo; e
II - o Decreto nº 6.387, de 5 de março de 2008.

Brasília, 13 de março de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF
Eleonora Menicucci de Oliveira

104
PNPM
PORTARIA nº 38, de 18 de abril de 2013
A MINISTRA DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES DA PRESIDÊN-
CIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no Decreto n° 7.959
de 13 de março de 2013, resolve:
Art.1º. Aprovar o Regimento Interno do Comitê conforme anexo, conforme deĮnido na 46ª reunião
do Comitê de ArƟculação e Monitoramento do Plano Nacional de PolíƟcas para as Mulheres - PNPM.
Art. 2° Designar os seguintes membros para compor o Comitê de Articulação e Monitoramento do
Plano Nacional de Políticas para as Mulheres - PNPM:
I - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que o coordenará:
Lourdes Maria Bandeira - Titular
Leila Giandoni Ollaik- Suplente
II - Casa Civil da Presidência da República:
Magaly de Carvalho Correia Marques - Titular
Lídia Hatsumi Yoshikawa - Suplente
III - Ministério da Justiça:
Cristina Gross Villanova - Titular
Alex Canuto- Suplente
IV - Ministério da Defesa
Rodrigo Martins Prates - Titular
Tereza Cristina de Moraes Rodrigues - Suplente
V - Ministério das Relações Exteriores
Gláucia Silveira Gauch - Titular
Tatiana Gomes Bustamante - Suplente
VI - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Vera Lucia de Oliveira - Titular
Derlinda Vieira de Souza- Suplente
VII - Ministério da Educação
Clélia Brandão Alvarenga Craveiro - Titular
Danielly dos Santos Queirós - Suplente
VIII - Ministério da Cultura
Marília Gabriela Villarreal Goulart - Titular
Deborah Maria Garcia Lobo - Suplente

105
IX - Ministério do Trabalho e Emprego
Leonor da Costa - Titular
Adriana Rosa dos Santos - Suplente
X - Ministério da Previdência Social
Fátima Aparecida Rampin - Titular
Nilma Paulo - Suplente
XI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Teresa Sacchet - Titular
Bárbara Pincowsca Cardoso Campos - Suplente
XII - Ministério da Saúde
Liliane Brum Ribeiro - Titular
Maria Aparecida Cunha Ferreira - Suplente
XIII - Ministério de Minas e Energia
Maria Gorett de Couto Gomes -Titular
Elizane Veloso Costa Guedes - Suplente
XIV - Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão
Maria do Rosário de Holanda Cunha Cardoso - Titular
Eloá França Magalhães - Suplente
XV - Ministério das Comunicações

Célia Regina de Souza - Titular

Lila Paula de Souza Ganzer - Suplente

XVI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Ana Lúcia Gabas - Titular

Simone Henriqueta Cossetin Scholze - Suplente

XVII - Ministério do Meio Ambiente

Samyra Brollo de Serpa Crespo - Titular

Antônia da Silva Samir Ribeiro - Suplente

XVIII – Ministério do Esporte

Cássia Damiani - Titular

Izabella Cansanção Marques - Suplente

106
PNPM
XIX - Ministério do Turismo

Manoelina Pereira Medrado - Titular

Marcela Dieckman Joelas - Suplente

XX - Ministério da Integração Nacional

Daniela Nogueira Soares - Titular

Daniela Cruz de Carvalho - Suplente

XXI - Ministério do Desenvolvimento Agrário

Karla Hora - Titular

Maria Isolda Dantas de Moura - Suplente

XXII - Ministério das Cidades

Elzira Marques Leão- Titular


Tatiane Leonel Silvares de Almeida - Suplente
XXIII - Ministério da Pesca e Aquicultura
Roseli Zerbinato- Titular
Alexandra Rodrigues Rocha - Suplente
XXIV - Secretaria Geral da Presidência da República
Carla de Paiva Bezerra - Titular
Fernanda de Carvalho Papa - Suplente
XXV - Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
Maria Claudia Canto Cabral - Titular
Gabriela Silveira Gonçalves - Suplente
XXVI - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Joyce Del Frari Coutinho - Titular
Zildete Silva de Melo -Suplente
XXVII - Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial Presidência da República
Mônica Alves de Oliveira Gomes - Titular
Maria das Graças Serafim Cabral - Suplente
XXVIII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Tassiana Cunha Carvalho - Titular
Maria Marinete Merss - Suplente

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XXIX - Banco do Brasil S.A.
Rodrigo Santos Nogueira - Titular
Maurício Messias - Suplente
XXX - Caixa Econômica Federal

Isabella Gonçalves de Lima - Titular

Sandra Helena Del Pupo - Suplente

XXXI - Fundação Nacional do Índio

Léia do Vale Rodrigues - Titular


Maria Helena de Souza Fialho - Suplente

XXXII - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Ana Lúcia Sabóia - Titular

Bárbara Cobo - Suplente

XXXIII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Luana Simões Pinheiro - Titular

Elizabeth Marins - Suplente

Art. 3º. As três representações do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher são as Conselheiras:
Lucia Helena Afonso Rincón - Titular
Silvana do Amaral Veríssimo - Titular
Maria José de Oliveira Araújo - Titular
Gláucia de Fátima Barban Morelli - Suplente
Vera Machado - Suplente
Justina Cima - Suplente
Parágrafo único. Ao fim do mandato dessas Conselheiras, o CNDM indicará novas Conselheiras
para compor este Comitê, dentre as representações da sociedade civil e preferencialmente mem-
bros da câmara técnica de monitoramento do PNPM.
Art. 4° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ELEONORA MENICUCCI
Regimento interno do Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Políticas
para as Mulheres

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PNPM
Capítulo I
Da finalidade
Art. 1º O Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
- PNPM, instituído pelo Decreto nº 5.390, de 08 de março de 2005, tem por finalidades:
I - acompanhar e avaliar periodicamente o cumprimento dos objetivos, metas, linhas de ação e
ações definidas no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM); e
II - promover a articulação entre os diferentes órgãos de governo responsáveis pela implementa-
ção do PNPM.
Capítulo II
Da composição
Art. 2º O Comitê de Articulação e Monitoramento será integrado por três representantes titulares
e respectivos/as suplentes do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, obrigatoriamente den-
tre as representações da sociedade civil e preferencialmente dentre membros da Câmara Técnica
de Monitoramento do PNPM; e por um titular e um suplente de cada órgão a seguir indicado:
Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que o coordenará;
Casa Civil da Presidência da República;
Ministério da Justiça;
Ministério da Defesa;
Ministério das Relações Exteriores;
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Ministério da Educação;
Ministério da Cultura;
Ministério do Trabalho e Emprego;
Ministério da Previdência Social;
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
Ministério da Saúde;
Ministério de Minas e Energia;
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Ministério das Comunicações;
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
Ministério do Meio Ambiente;
Ministério do Esporte;
Ministério do Turismo;
Ministério da Integração Nacional;

109
Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério das Cidades;
Ministério da Pesca e Aquicultura;
Secretaria Geral da Presidência da República;
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República;
Banco do Brasil;
Caixa Econômica Federal;
Fundação Nacional do Índio;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA
Capítulo III
Das competências
Art. 3º Compete ao Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM:
I - estabelecer a metodologia de monitoramento do PNPM;
II - subsidiar tecnicamente a implementação do PNPM nos estados, municípios e Distrito Federal;
III - acompanhar e avaliar as atividades de implementação do PNPM;
IV - promover a difusão do PNPM junto a órgãos e entidades governamentais e não-governamen-
tais;
V - efetuar ajustes de metas, linhas de ação e ações do PNPM;
VI - manter atualizado o Sistema de Monitoramento do Plano Nacional de Políticas para as Mu-
lheres – PNPM e indicar os ajustes necessários ao seu funcionamento;
VII - apoiar a sensibilização e capacitação de servidores/as públicos federais na temática de gêne-
ro, bem como no uso do sistema de monitoramento;
VIII - elaborar relatório anual de acompanhamento das ações do PNPM;
IX - encaminhar o relatório anual ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher para análise dos
resultados do PNPM; e
X - apoiar a criação e o funcionamento de comitês de gênero e outros mecanismos similares em
órgãos e entidades do governo federal.

110
PNPM
Capítulo IV
Das atribuições
Art. 4º São atribuições da coordenação do Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM:
I - convocar e presidir as reuniões do Comitê;
II - manter registro das atividades do Comitê, disponibilizando-o no sítio da Secretaria de Políticas
para as Mulheres;
III - promover, juntamente com os/as demais integrantes do Comitê, atividades com vistas a in-
centivar a execução das ações do PNPM pelos órgãos responsáveis e a construção de planos esta-
duais e municipais de políticas para as mulheres;
IV - garantir o suporte logístico e operacional para o bom funcionamento das atividades do Co-
mitê;
V - divulgar, entre os/as integrantes do Comitê, informações e documentos perƟnentes ao PNPM; e
VI - manter sistema informatizado de acompanhamento das ações do Plano (SigSPM) e realizar as
modificações necessárias ao seu aperfeiçoamento.
Art. 5º São atribuições dos/as integrantes do Comitê:
I - participar das reuniões do Comitê;
II - informar sistematicamente sobre a execução das ações sob sua responsabilidade no PNPM;
III - articular a criação e o funcionamento de comitês de gênero ou similares nos órgãos da admi-
nistração pública federal;
IV - realizar a interlocução entre o Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano e o Conselho
Nacional dos Direitos da Mulher.
Parágrafo 1º Cabe aos/às representantes de instituições do governo federal alimentar semestral-
mente o sistema informatizado de acompanhamento das ações do PNPM no que diz respeito às
responsabilidades de seu respectivo órgão.
Capítulo V
Do funcionamento
Art. 6º O Comitê será de caráter permanente e os/as integrantes serão indicadas por seus respec-
tivos órgãos.
Art. 7º O Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM deve se reunir ordinariamente uma
vez a cada bimestre, ou extraordinariamente, por convocação de sua Coordenação ou da maioria
simples do pleno.
Art. 8º O Comitê decidirá, na primeira reunião do ano, o calendário de reuniões ordinárias da-
quele período.
Art. 9º O Comitê de Articulação e Monitoramento deliberará mediante resoluções, por maioria
simples, tendo seu/sua coordenador/a o voto de qualidade no caso de empate. Parágrafo Único.
Cada instituição terá direito a apenas um voto, excetuando-se a representação do Conselho Na-
cional dos Direitos da Mulher, que terá direito a três votos. Não terão direito a voto os/as convi-
dados/as do Comitê.

111
Art. 10. A convocação para as reuniões ordinárias e extraordinárias será encaminhada pela Coor-
denação, por meio de correio eletrônico, com antecedência mínima de sete dias, acompanhada
de proposta de pauta.
Art. 11. Os/as integrantes do Comitê deverão encaminhar à Coordenação com antecedência mí-
nima de três dias a confirmação da presença às reuniões.
Art. 12. Em caso de falta não justificada da representação do órgão a três reuniões ordinárias
consecutivas ou mais da metade das reuniões do ano de forma alternada, a instituição será co-
municada, pela Coordenação do Comitê, da necessidade de troca de sua representação.
Art. 13. A coordenação encaminhará documento de ajuda memória das reuniões para todos/as
os/as integrantes do Comitê por meio de correio eletrônico para ser validado na reunião seguinte.
Art. 14. Os/as integrantes do Comitê poderão propor à Coordenação pauta para as reuniões ordi-
nárias e extraordinárias até 24 horas antes da reunião.
Art. 15. A coordenação poderá convidar representantes de entidades públicas e privadas, de or-
ganismos internacionais e especialistas para participarem de suas reuniões e demais atividades.
Art. 16. O Comitê de Articulação e Monitoramento do PNPM poderá instituir, sempre que neces-
sário, grupos de trabalho e câmaras técnicas e/ou temáticas para tratar de temas e/ou programas
específicos e colaborar, no que couber, para o cumprimento das suas atribuições, sistematizar as
informações recebidas e subsidiar a elaboração dos relatórios anuais. Nestes casos, os mesmos
serão detalhados em instrumentos específicos para esta finalidade.
Art. 17. As consultas da Coordenação aos/às integrantes do Comitê poderão ser feitas nas reuni-
ões ordinárias e extraordinárias ou por meio de correio eletrônico.
Art. 18. Qualquer necessidade de alteração no PNPM deverá ser informada pelo/a representante
do órgão, acompanhada da justificativa devida, à coordenação do Comitê, que se responsabilizará
em adotar as providências necessárias.
Capítulo VI
Das disposições finais
Art. 19. Os casos omissos e as dúvidas que porventura surgirem na aplicação do presente Regi-
mento Interno serão dirimidas pela Coordenação.
Art. 20. A alteração do teor das cláusulas deste regimento interno, a eliminação ou a inclusão de
novas cláusulas deve ser tema de reunião específica com presença da maioria simples das insti-
tuições integrantes do Comitê e aprovação de dois terços das presentes.

112
PNPM
Siglas e acrônimos
BB Banco do Brasil
CNJ Conselho Nacional de JusƟça
CNMP Conselho Nacional do Ministério Público
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento CienơĮco e Tecnológico
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Esaf Escola de Administração Fazendária
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
Funai Fundação Nacional do Índio
Ibama InsƟtuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE InsƟtuto Brasileiro de GeograĮa e EstaơsƟca
ICMBio InsƟtuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Incra InsƟtuto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INSS InsƟtuto Nacional do Seguro Social
Ipea InsƟtuto de Pesquisa Econômica Aplicada
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MC Ministério das Comunicações
MCid Ministério das Cidades
MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
MD Ministério da Defesa
MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
ME Ministério do Esporte
MEC Ministério da Educação
MF Ministério da Fazenda
MI Ministério da Integração Nacional
MinC Ministério da Cultura
MJ Ministério da JusƟça
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério das Minas e Energia
MP Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MPA Ministério da Pesca e Aquicultura
MPS Ministério da Previdência Social
MRE Ministério das Relações Exteriores
MS Ministério da Saúde
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
MTur Ministério do Turismo
PF Polícia Federal
PR Presidência da República
SDH Secretaria de Direitos Humanos
Secom Secretaria de Comunicação Social
SEDR Secretaria de ExtraƟvismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
Senad Secretaria Nacional de PolíƟcas sobre Drogas
Seppir Secretaria de PolíƟcas da Promoção de Igualdade Racial
SFB Serviço Florestal Brasileiro
SG Secretaria Geral
SNJ Secretaria Nacional da Juventude
SPM Secretaria de PolíƟcas para as Mulheres
SPU Secretaria de Patrimônio da União
SRI Secretaria de Relações InsƟtucionais
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