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2007-2015
Salvador,
2017
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
RUI COSTA
VICE-GOVERNADOR
JOÃO FELIPE DE SOUZA LEÃO
COLEGIADO INSTITUCIONAL
Casa Civil
Bruno Dauster
Neli Bonfim Cerqueira
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COMITÊ GESTOR
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Sumário
APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
PRINCIPAIS LINHAS DE AÇÃO................................................................................. 8
AÇÕES ESTRUTURANTES ..................................................................................... 10
ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................................. 10
TECNOLOGIAS HÍDRICAS PARA CONSUMO E HUMANO E PRODUÇÃO ............. 18
CONTENÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS........................................................... 22
ESGOTAMENTO SANITÁRIO.................................................................................. 22
OBRAS DE SES CONCLUÍDAS ............................................................................... 23
OBRAS DE SES EM ANDAMENTO ......................................................................... 24
SANEAMENTO INTEGRADO .................................................................................. 24
ESTUDOS ESTRATÉGICOS ................................................................................... 25
POBREZA NA BAHIA............................................................................................... 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 26
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APRESENTAÇÃO
Este documento representa o Balanço de ações executadas e condizentes ao
Programa Água para Todos no período de 2007-2015 e uma análise qualitativa do
programa neste período.
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INTRODUÇÃO
A Bahia é o quinto estado do País em extensão territorial, com uma área de 565 mil
km², correspondente a 6,6% do território nacional e a 36,3% da área total da Região
Nordeste (Censo/IBGE, 2010). Ainda segundo informações do IBGE (2010), a porção
semiárida no Estado da Bahia corresponde a 69,3% do seu território conforme
representação geográfica observada na Figura 1, onde residem aproximadamente
6 milhões de habitantes. Segundo os estudos do IBGE, a Bahia apresenta até 2015
uma população estimada em 15,2 milhões de habitantes.
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Bahia, com sinais de diminuição no volume hídrico em mananciais considerados
perenes e com potencial de abastecimento para a região destacada no cartograma.
Figura 2 e Figura 3: Evolução da condição “Muito Seco” entre os meses de nov/15 e maio/16.
Fonte: CEMADEN, 2015/16
O Programa Água para Todos (PAT) foi criado pelo Governo do Estado da Bahia e
tem como objetivo geral promover a universalização do acesso à água para consumo
humano e produção agrícola e alimentar, visando o pleno desenvolvimento humano
bem como segurança alimentar e nutricional de famílias em situação de
vulnerabilidade social.
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água seja o vetor de maior relevância. Desde o lançamento do Programa Água para
Todos em 2007 até o ano de 2015, para a linha de ação “Abastecimento de Água”,
5,5 milhões de habitantes foram beneficiadas (PAT Bahia, 2016).
Instituído em 2007 pelo estado da Bahia, o Programa Água para Todos estabelece os
seguintes objetivos: acesso à água em qualidade e quantidade; propiciar ao direito
universal nas mais diversas formas de utilização; garantir oferta do serviço por meio de
uma gestão integrada; sustentável e participativa; articulação e integração com
diversos componentes de sustentabilidade ambiental e apoio a municípios na gestão
direta de seus serviços de saneamento com vistas a melhorias nas condições
técnicas, operacionais e financeiras para implementar o programa.
A partir de 2016 por meio do Decreto nº 16.638, uma nova projeção vem sendo
avaliada com base na forma como o Estado encara os desafios no setor saneamento
e como estas ações repercutem sobre as comunidades beneficiadas. Por meio do
Decreto nº 16.638/16, acréscimos e modificações na estrutura organizacional do PAT
foram esboçados no intuito de assumir a quem por competência deverá levar a
questão do saneamento em cenários cada vez mais satisfatórios. A Tabela 1 exprime
as ações realizadas entre 2007-2015 em todo o Estado.
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Tabela 1: Ações realizadas no programa no período (2007-2015)
REALIZAÇÕES DO PROGRAMA ÁGUA PARA TODOS / 2007-2015
SERVIÇOS META REALIZADO DESEMPENHO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Cisternas (consumo) 194.031 334.065 172%
Poço (Perfuração) 3.962 5.123 129%
Barragem 83%
78 65
(construção/recuperação/ampliação)¹
Ligações de Água² 565.514 1.032.701 183%
Sistemas de Abastecimento 153%
3.848 5.901
(construção/recuperação/ampliação)
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Sistemas de Esgotamento Sanitário 218%
88 192
(construção/recuperação/ampliação)
Melhorias Sanitárias Domiciliares 15.910 26.142 164%
Ligações de Esgoto 382.997 545.158 142%
Fonte: PAT Estadual e Federal, (2016)
Nota¹: Por convenção à época, eram consideradas numa mesma ação as pequenas e grandes barragens
no banco de dados do PAT. Neste sentido, as metas consideradas foram: 72 para pequenas barragens e
06 para grandes barragens. Esta forma de cadastro dificultou discernir as barragens de maior porte para
fins de usos múltiplos das conhecidas barraginhas. A partir da nova gestão (2016), este acompanhamento
será desmembrado no programa.
Nota²: Estes números foram levantados como base nas ligações domiciliares tarifadas pela
concessionária estadual de água e esgoto.
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No Gráfico 2 é possível observar os investimentos anuais dos seguimentos de água e
esgoto para o período.
AÇÕES ESTRUTURANTES
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
ADUTORAS – PRINCIPAIS
Concluída em 2013 (Figura 4 e Figura 5), foram investidos R$ 188 milhões na Adutora
São Francisco beneficiou 330 mil pessoas na região do TI Irecê.
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Figura 4 e Figura 5: Adutora São Francisco
Fonte: SECOM, 2013
BARRAGENS – PRINCIPAIS
Dentre as principais barragens implantadas e entregues no período, tem-se:
Tabela 2: Barragens concluídas no período (2007-2015)
PRINCIPAIS BARRAGENS ENTREGUES NO PERÍODO
POP. BENEF. INVESTIMENTO MUNICÍPIOS
BARRAGEM
(R$ MI)
Cristalândia 60,0 mil 28,0 Brumado
Barra do Choça;
Serra Preta 26,5 mil 23,8
Planalto
Mulungu do Morro/Souto Mulungu do Morro;
23,6
Soares (RioTijuco) 38,0 mil Souto Soares
17,0 mil Riacho de
Riacho de Santana 11,4
Santana
TOTAL 141,5 mil 86,8 -
Fonte: PAT, 2016
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Como exemplo de obra relevante para o Estado, tem-se na Figura 7 a Barragem de
Cristalândia destinada para abastecimento humano e construída na região onde
beneficia o município de Brumado.
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FUSEGATES
A Bahia, como pioneira em tecnologias capazes de aumentar a capacidade
volumétrico dos reservatórios, realizou nos municípios de Piritiba e Miguel Calmon, a
implantação dos fusegates na Barragem do França em dezembro/2013 possibilitando
acréscimo de 31% da capacidade de armazenamento da barragem e gerando um
investimento de R$ 2,1 milhões. Na Figura 8, observa-se o aumento de volume da
barragem após implantação da estrutura.
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Figura 8: Implantação dos fusegates na barragem do França antes e após enchimento do reservatório
Fonte: ASCOM/CERB, 2014
Nota¹: Para esta barragem, realizou-se a contratação com empresa responsável para instalação dos
fusegates com investimento equivalente a R$ 7,5 milhões (Origem de recurso: FIDA).
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – PRINCIPAIS
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OBRAS EM ANDAMENTO/A INICIAR
Tabela 5: Grandes sistemas de abastecimento em andamento acompanhados pelo PAT
SISTEMA LOCALIDADES POPULAÇÃO INVESTIMENTO
( R$ MI)
INHAMBUPE 09 3.757 2,2
CORIBE 01 8.045 2,5
TUCANO NOROESTE 18 58.133 91,7
ARACI NORTE 64 35.422 49,6
BOQUIRA 07 39.674 160,7
JAGUAQUARA 02 767 1,1
SANTA TEREZINHA 08 1.194 2,2
CANDEAL 07 2.997 1,8
BOTUPORÃ 01 460 1,9
TOTAL 117 150.449 313,7
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O PROGRAMA NO SEMIÁRIDO
Em se tratando de ações este contexto geográfico, cuja realidade é cada vez mais
predominante no território baiano, 3.845 sistemas foram entregues no período,
gerando um investimento de R$ 770 milhões e beneficiando 693 mil habitantes.
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Gráfico 4 – Comparativo de sistemas simplificados antes e após a atuação do PAT
Fonte: PAT, 2016
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Gráfico 6 – Comparativo de poços perfurados antes e após a atuação do PAT
Fonte: PAT, 2016
São consideradas ações de acesso à água para consumo não nobres e tecnologias
sociais que fomentem a renda e à produção agrícola. Utilizam-se também águas
provenientes de precipitações e se destinam para produção, uso doméstico e
produção animal. Em poços não aproveitáveis cuja qualidade físico-química ultrapassa
aos padrões aceitáveis para o consumo humano, o Estado implantou 301 sistemas de
dessedentação animal por meio de parceiras federais mediante convênio com o
Ministério de Desenvolvimento Agrário/MDA.
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Figura 10: Obras de Sistemas de Dessedentação Animal concluídas
Fonte: ASCOM/CERB
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Gráfico 9 – Número de cisternas construídas por ano
Fonte: Relatório PAT Federal / MI + Relatórios PAT BA, 2016
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Gráfico 11 - Número de tecnologias hídricas executadas por ano período de 2007-2015
Fonte: Relatório PAT Federal - MI + Relatórios PAT BA
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CONTENÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Como destaque da linha de ação Esgotamento Sanitário, foram levantadas no sistema
do Água para Todos os números de ligações realizados pela concessionária estadual
dos serviços de água e esgoto no Estado em domicílios urbanos e rurais. No Gráfico
12 observa-se a evolução anual do número de ligações no período.
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Gráfico 12 - Número acumulativo de ligações de esgotos realizadas entre 2007-2015
Fonte: PAT, 2016
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Figura 14: Obras de Esgotamento Sanitário entregues
Fonte: SECOM, 2013/2014
SANEAMENTO INTEGRADO
Com o objetivo de implantar ações físicas, sociais e educativas que, de forma
integrada, melhoram o ambiente peridomiciliar e contam com instalações hidráulicas,
sanitárias, sistemas de distribuição de água, de esgotos domésticos, coleta de
resíduos sólidos e limpeza urbana e manejo adequado de águas pluviais, tem-se como
linha de ação correspondente o Saneamento Integrado.
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Figura 16 – Saneamento Integrado em Jardim Mangabeiras, Salvador (2007)
Fonte: PAT, 2016
ESTUDOS ESTRATÉGICOS
A inserção de nova linha de ação a partir de 2016, propicia ao programa um olhar mais
voltado para a gestão e planejamento a médio e longo prazo. Denominada como
Estudos Estratégicos, este seguimento objetiva reunir ações a partir da elaboração de
Modelos de Gestão, Estudos, Planos e Projetos de engenharia em todas as áreas
acompanhadas pelo programa, capazes de suprir e abarcar ações estruturais futuras,
tais como sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, resíduos
sólidos e infraestrutura hídrica.
Neste contexto, se encaixam antigos e novos compromissos dos entes executores tais
como Planos de Bacias Hidrográficas, Planos de Segurança de Barragens e Estudos
de Regionalização nas áreas de Resíduos Sólidos e projetos de engenharia na área
do Saneamento Ambiental.
POBREZA NA BAHIA
O aspecto da situação de pobreza na Bahia vem sendo tratada por diversas frentes
políticas e pela sociedade civil organizada, em setores da economia e da mídia além
de unidades de pesquisas para que seja possível avaliar em que grau de
desenvolvimento estamos e para onde pretendemos chegar.
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requerem maior atenção por parte do Estado em relação às intervenções nas áreas de
saúde, educação, empregabilidade e renda e saneamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Importante destacar como pontos de atenção elencados a seguir como forma de
garantir a efetividade dos compromissos estabelecidos no terceiro ciclo do programa
(2016-2019) por meio destas condições:
Serviços complementares à obra devem ser monitorados e gerenciados no
objetivo de fazer cumprir as entregas previstas ao longo dos anos sob a
coordenação do programa;
Aos órgãos executores e suas Secretarias correspondentes, cabe aplicar
adequadamente os recursos às condições de implantação das obras, ações
e subprogramas em destaque no Plano de Gestão Participativa e das
diretrizes orçamentárias no Plano Plurianual do Governo.
Firmar-se por meio de Indicadores capazes de nortear a trajetória do
programa e possibilitar novas reflexões e aprimoramentos;
Olhar sob a sustentabilidade socioambiental das ações e seus impactos
diretos e indiretos.
A função louvável do programa sobre seus beneficiários apresenta como melhoria
contínua nos aspectos qualitativos do programa, baseado em:
Busca pela Universalização do serviço de Saneamento Básico prevista na
Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07);
Fomento à integração com outras ações governamentais (saúde pública,
educação ambiental e sanitária);
Diálogo Intersetorial de órgãos executores do programa;
Representatividade da ferramenta do PAT (aguaparatodos.ba.gov.br) como
a base das informações trabalhadas no Comitê Gestor para o Governo;
Alinhamento com as metas e propostas do PPA 2016-2019.
Ainda que se tenha observado aspectos relevantes ao longo deste ciclo (2007-2015),
é importante destacar oportunidades para evolução deste programa, que se renova a
partir de 2016 e finda-se em 2019. Deste modo, são identificados alguns aspectos
importantes a serem aprimorados e/ou otimizados:
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Definir, aplicar e monitorar Indicadores Estratégicos na esfera do Comitê
Gestor;
Assegurar recursos previstos objetivando o cumprimento das metas;
Captar novas fontes de recursos para ampliação das ações e metas no
próximo ciclo;
Garantir o acompanhamento do programa e prezar pelo bom desempenho
de suas ações por todos os componentes do Comitê Gestor;
Aprimorar/customizar as aplicações oferecidas pela ferramenta do PAT
(banco de dados);
Explorar e consolidar a nova linha de ação proposta: “Estudos
Estratégicos”.
Definir ações na Linha de Ação Institucional (transversal às demais linhas
de ação existentes);
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