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LAJES MOLDADAS IN LOCO

LAJE MACIÇA

Integralmente concebida no processo de obra, com espessuras que normalmente


variam de 7 a 15cm, é executada A partir da combinação de fôrmas que garantem a
superfície onde o concreto é despejado sobre a armadura de aço.

Vantagens

Comumente empregada em construções de pequeno a médio porte – residencial e


comercial, as fôrmas são integralmente preenchidas por concreto junto à armação
metálica, de acordo com alturas definidas por cálculo estrutural. O sistema ainda
permite, além dos desenhos planificados, formatos tridimensionais e fluídos. Apresenta
ainda alto grau de resistência a trincas e a fissuras.

Desvantagens

Pela grande quantidade de material utilizado nas fôrmas, posteriormente descartadas,


há custo elevado no valor total da obra e maior geração de resíduos. Destaca-se ainda
que por conter maior volume de concreto e consequentemente, maior peso, os outros
elementos da estrutura também devem ser reforçados, o que leva a um aumento
material usado na estrutura.

LAJE COGUMELO

As lajes tipo cogumelo são aquelas apoiadas diretamente sobre pilares. Podem ser
maciças, de concreto armado ou protendido, ou incorporadas com material inerte,
formando lajes nervuradas. Pode dispor de capitel, quadrado ou circular, cuja laje se
apoia sobre o mesmo.

Vantagens

Apesar de não ser adotada com tanta frequência, se comparada a outros sistemas,
este modelo de laje permite vencer grandes vãos. Pela ausência de vigas, que gera
descontinuidade na execução das fôrmas e armações, permite fácil execução,
principalmente se comparada a outros tipos de laje moldadas in loco, como a
nervurada, por exemplo.

Desvantagens

Apesar de utilizada para grandes vãos, a principal desvantagem está no custo da obra,
dado que a mesma exige maior espessura das lajes e, consequentemente, alto
consumo material de concreto e aço, que em muitos casos, pode inviabilizar sua
aplicação no projeto. O modelo também exige mão de obra especializada.

Estruturalmente, por não ter vigas, está sujeita ao alto grau de cisalhamento nos pilares
– fenômeno nomeado de Punção, que, de acordo com o índice da tensão entre o
apoio e a planície da laje, o pilar pode vir a furar a mesma. A partir disso, além do
aumento da espessura da laje, duas possíveis soluções podem ser adotadas: aumento
da dimensão do pilar, o que também gera aumento material e em alguns casos,
desproporção em relação ao projeto; ou ainda, execução do capitel com maiores
dimensões, solução mais adotada por construtores e arquitetos.

Laje Nervurada

Neste tipo de laje, a zona de tração é constituída por nervuras e a zona de compressão
por uma mesa. O espaço entre as nervuras pode ficar vazio ou podem ser colocados
elementos inertes, tais como blocos de cerâmica, de concreto celular, ou de EPS
(isopor), que não contribuem para a resistência final. A principal função dos elementos
inertes é propiciar o alívio do peso da estrutura pela retirada de material da zona
tracionada do concreto e melhorar a eficiência da estrutura. A laje apresenta seção
em “T”, constituída uma mesa-alma que recebe os esforços de compressão enquanto
a armadura inserida nas nervuras resiste aos esforços de tração.

Quando a distância entre as nervuras for maior que um metro convencionou-se chamar
a laje nervurada de “laje grelha”.

Vantagens

Comparada à laje maciça, a laje nervurada apresenta maior economia, dado que suas
nervuras atuam como vigas, o que possibilita se vencer maiores vãos, proporcionando
mais liberdade de layout arquitetônico na sua superfície. Para vãos acima de 7,0 metros
vale a pena investir na possibilidade do uso da laje nervurada. Para perímetros
quadrados ou próximos deste, é indicado o uso da grelha em duas direções. Já em
casos de plantas muito retangulares, se indica o uso das nervuras em apenas uma
direção, sendo esta sempre disposta no sentido do menor vão.

Desvantagens

Pela necessidade da elaboração precisa das nervuras e da colocação da armadura,


esse sistema exige mão de obra especializada e maior volume de material para a
execução das fôrmas. Estruturalmente, aumentam a altura das construções, e pelo
desenho, apresenta maior dificuldade na compatibilização com outras etapas de
projeto, como sistemas de instalações prediais – elétrica e hidráulica, por exemplo.

No canteiro de obra, exige cuidado e atenção na concretagem, para que não haja
áreas vazias, exigindo atenção no processo de vibração do concreto.

LAJES PRÉ FABRICADAS/LAJES PRÉ MOLDADAS


Produzidas através de processos industriais, são projetadas de forma criteriosa para que
tenham resistência e leveza. O cálculo estrutural é muito cuidadoso e adota-se rigoroso
controle de qualidade dos materiais utilizados. Como se poderá observar a seguir, pela
maior resistência e regularidade dimensional são excelentes opções para diversos tipos
de construção.

1. Laje com vigotas de concreto armado e lajotas cerâmicas

Seu funcionamento é unidirecional e equivalente às lajes nervuradas armadas em uma


única direção. As vigotas possuem a forma de um “T” invertido cuja altura varia entre 8
a 9 cm e a da laje corresponde a soma das alturas dos blocos com o capeamento.

Vantagens

O sistema é constituído por vigotas pré-moldadas em concreto, cuja armadura


absorverá os esforços de tração, lajotas cerâmicas para fechamento e uma capa
superior de concreto de 3 a 5 cm que resistirá aos esforços de compressão. É uma opção
eficiente e de baixo custo se comparada a outros tipos de laje. Pelo sistema de fácil
montagem, não exige mão de obra especializada.

Frequentemente utilizada para projetos residenciais de baixo custo permite economia


material e rapidez no processo construtivo, apresentando inúmeras vantagens à
construção.
Sua principal característica econômica é, por dispensar o uso de fôrmas de madeira
durante o processo construtivo, garantir rápida execução e pouco desperdício de
material utilizado como forma e escoramento.

Desvantagens

Como é dimensionada apenas para ser utilizada como laje de piso ou de teto, não deve
receber sobrecargas não previstas no projeto, tais como paredes ou outros elementos
arquitetônicos, portanto, não permite grande liberdade de layout. Caso ocorram
sobrecargas há grande possibilidade de fissuras, trincas e outros danos estruturais.

2. Laje treliçada

É um sistema constituído por uma laje nervurada, unidirecional, onde as vigotas


treliçadas são intercaladas com elementos inertes em conjunto a uma capa de
concreto.

Essas lajes possuem grande capacidade de carga conseguindo vencer vãos


relativamente grandes (10 a 15 m). O modelo estrutural é composto por uma treliça
espacial, hiperestática, com banzos paralelos e nós rígidos. Os elementos inertes podem
ser blocos de cerâmica ou de EPS (isopor)

Vantagens

Com baixo valor de comercialização, o sistema permite rapidez construtiva, dispensa


mão de obra especializada e apresenta leveza.

A adoção deste tipo de laje também ajuda na garantia do isolamento térmico,


propiciando equilíbrio na temperatura interna, sem absorver calor.

Desvantagens

Pelo tipo de material utilizado, fica difícil se fazer furos ou aberturas na parte inferior e
torna-se necessário a aplicação de materiais aderentes, chapisco ou gesso,para se
executar o revestimento da parte inferior.

3. Laje de painéis treliçados

Essa tipologia de laje pré-fabricada assemelha-se muito às lajes treliçadas com lajotas
cerâmicas e com isopor, contanto, neste caso, utiliza apenas as vigotas de concreto
com armação treliçadas em largura superior aos casos anteriores, que então, são
instaladas lado a lado.

Vantagens

Com resistência superior aos dois casos anteriores, ainda apresenta maior velocidade
comparada aos mesmos, pelo menor número de elementos. O processo executivo
exige menor uso de escoramento e madeira no canteiro de obras.

Desvantagens

Apesar de vantagens aos dois casos anteriores, apresenta maior custo, devido uso de
30% a maisde concreto.

4. Lajes alveolares

Compostas por painéis protendidos de grandes dimensões, permitem vencer grandes


vãos, indicadas a projetos de grande porte.

Vantagens
Pela protensão, tendo na armadura cabos de aço de alta resistência, é bastante
utilizada em projetos comerciais e institucionais. As alturas podem variar entre 0,10 e 0,30
metros. Recebem ainda uma armadura complementar de travamento das placas,
dispostas no sentido transversal e uma camada de concreto, o capeamento, para
regularização do conjunto. Possuem grande capacidade de carga e podem alcançar
vãos relativamente grandes de até 20,0 metros cada painel.

Desvantagens

Pelo peso, o transporte da fábrica ao canteiro e posteriormente, até o local de


instalação, é integralmente realizado por guindastes.

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