You are on page 1of 464

Iean

serrvieF
e a n s e r v ie r

-C
-T-»
Ö C'-'
f » <0

5L H O M BR E
jf LO INVISIBLE
Ensayo ^
1 N\
H Q
IA

vi
<ò»
5-

V!>
r»-

MONTE AVILA EDITORES C. A.


Á-H s/ S V 3 «}

Título del original francés:


L’HOMME ET L’ INVISIBLE

Versión castellana:
JORGE CRUZ

© de la edición original francesa


1964 by Robert Laffont, Paris, France

© de la edición para todos los países de lengua castellana


by Monte Avila Editores, C. A.
Caracas / Venezuela

Portada / Carlos Poveda


Impreso en Venezuela por Editorial Arte
fi

[|

li
IN T R O D U C C IO N
V

T as o r g ul l o sa s prom esa s d e la c ie n c ia e n el alba de


la era in d u s tr ia l n o se h a n c u m p lid o . L o s rela to s de
los a n tic ip a d o re s d e l sig lo pa sa do q u e a fir m a b a n q u e la
m á q u in a d e v a p o r tr a e r ía el re in o d e la fe lic id a d y la
p a z u n iv e rsa l nos h a c e n so n re ír , así c o m o n u e s tr o s su eñ o s
de fe lic id a d gracias a la a s tr o n á u tic a y a la g e n é tic a h a rá n
so n reír a n u e str o s d e sc e n d ie n te s, si es q u e to d a v ía e x is te n
pa ra d iv e r tir s e c o n ellos.
C ad a v e z es m á s d i f í c i l m ir a r c o m o piadosas reliq uias
las ideas recib id as a c o m ie n z o s d e l siglo X I X . O b s e r v a ­
ciones re c ie n te s, estu d io s rea liza d o s e n to d o s los d o m in io s ,
v u e lv e n a s o m e te r a d is c u sió n el e v o lu c io n is m o y la n o c ió n
de prog reso : u n a te o r ía q u e n o ha m o d ific a d o sus a r g u ­
m e n to s desde ha ce c ie n to c in c u e n ta años, u n a m e n tir a q u e
r e m ite in d e fin id a m e n te al f u t u r o la so lu c ió n d e n u e str o s
p ro b le m a s, el a p a c ig u a m ie n to de n u e s tr a a n g u s tia .
L a im p o s tu r a d e la c ie n c ia d e l sig lo X X co n sis te en q u e
a fu e r z a d e d is im u lo m a n tie n e h e c h o s n u e v o s d e n tr o de
los m ism o s carriles.
A c a s o n u e str o s sabios p ie n se n m u y s e c r e ta m e n te lo q u e
u n e m in e n te b ió lo g o le d e c ía al filó s o fo W illia m Ja m es:
" S i se v e r ific a r a la te le p a tía , los sabios d e b e r ía n re u n ir se
para e sc o n d e r y su p rim ir las p ru e b a s d e ta l v e r ific a c ió n ,
pties ella a lte r a ría la u n ifo r m id a d d e la n a tu r a le z a sin la
c u a l n o p o d e m o s c o n tin u a r n u e stra s in v e s tig a c io n e s ” ( W .
Jam es: T h e w ill to believe, p á g . 1 0 ) .

7
!

P e ro el p r o b le m a de la te le p a tía estaba su p e ra d o ante,


d e q u e se p la n te a ra c ie n tífic a m e n te . L os d a to s establecido,
h ac e m á s de d os siglos y a n o son a d e m a d o s. L a división,
e n tr e m a te r ia y e s p ír itu n o s p a rec e a r tific ia l. L o s m a te ria l
listas so n tim o r a to s q u e n o se a tr e v e n a llega r a la p u n t í
e x tr e m a de sti d o m in io , sin d u d a te m ero so s de te n e r qut
a b a n d o n a r sus c e r tid u m b r e s a c tu a le s; los esp ir itu a lista s son
dé b ile s q u e se h a n d e ja d o e n c e rra r e n u n r e in o irreal.
E n su s libros d e v u lg a r iz a c ió n , e n sus m a n u a le s q u e son
o tro s ta n to s c a te c ism o s, la c ie n c ia o fic ia l se n o s p resentí
c o m o u n c o n ju n to de v a c ila n te s h ip ó te sis. C u a n d o se l¡
u r g e , se r e d u c e a so lic ita rn o s to d a u n a serie de a c to s di,
U-
H a y q u e creer e n u n esta d o v ib r a to r io p r im o r d ia l qut
h a e n g e n d r a d o p o r a za r la m a te ria , a u n c u a n d o n in g ú n
fí s i c o h a y a p o d id o r e p r o d u c ir ese fe n ó m e n o e n el labora­
to rio . H a y q u e creer en to d a u n a serie d e co m b in a cio n es
q u ím ic a s q u e , en c o n d ic io n e s ig u a lm e n te irrea liza b le s en
el la b o ra to rio es d e c ir, in v e r ific a b le s , h a b r ía n p ro d u cid a
la v id a . H a y q u e creer en tin a v o lu n ta d q u e la vida,
c o n c e b id a c o m o u n a su e r te d e e n tid a d m e ta fís ic a , tie m
d e rea lizarse e n las m e jo re s fo r m a s posibles a tr a v é s dt
las especies v iv a s . H a y q u e cre er, m t e to d o , e n u n m a l parta
d e m o n a q u e h a b r ía s o b r e v iv id o p o r a za r p a ra d a r origen
al h o m b r e d e sp u é s d e u n a larga serie de im prob ab ilida des
m ila g r o s a m e n te superada s.
C a d a tin o d e esos azare s e stá q u iz á r e p r e se n ta d o p o r u n t
fr a c c ió n c u y o n u m e r a d o r es ig u a l a la u n id a d y c u y o d e ­
n o m in a d o r es ilim ita d o . E m ile B o re l q u iso ilu s tr a r de u t
m o d o lla m a tiv o estas a n ti-p ro b a b ilid a d e s c o n su im agen
d e las m o n a s-d a c tiló g ra fa s: ¿ q u é p r o b a b ilid a d h a y de qut
c u a r e n ta m o n o s q u e al a za r e sc rib en a m á q u in a r e p r o d u z ­
c a n el p r im e r c a n to d e la lita d a ?
T o d a s esas te o ría s, to d o s esos siste m a s, to d a s esas c o n ­
clu sio n es p re v ia s a la o b se rv a c ió n d e los h e ch o s, tie n e n p o 1
ú n ic o f i n c a lm a r la a n g u s tia d e l h o m b r e b la n c o aisladc

8
du ra n te t a n to tie m p o d e l resto de la h u m a n id a d , y b o rra r
de su c o n c ie n c ia sus c r ím e n e s y sus o p resio n es. v
N u e s tr o s m a n u a le s escolares, n u e str o s m u se o s, in sistie n d o
en c o n v e r tir al m e m o e n el a n te p a sa d o d e la h tim a n id a d ,
in c u lc a n los p r in c ip io s básicos d e l ra c ism o al co n sid e ra r
a los h o m b re s de las c iv iliza c io n e s tra d ic io n a le s c o m o f ó -
siles-testigos, jalones de l c a m in o real q u e c o n d u c e al tr o n o
del h o m b r e b la n c o , el tín ic o " a d u l to y c iv iliz a d o ”, cab al
resu lta do de to d a e v o lu c ió n .
C o n te m p la n d o a la h u m a n id a d e n te r a desde esta p e r s ­
p e c tiv a e v o lu c io n is ta , p a rec e c o m p u e s ta p o r to n to s c r é ­
dulos; en c a m b io , los p o c o s e s p ír itu s p a rtid ista s q u e se n ie g a n
a o ír la p r o lo n g a d a pleg a ria d e l h o m b r e a tr a v é s de to d a s
las c iv iliza c io n e s, de u n e x tr e m o al o tr o d e l espa cio y d e l
tie m p o , se c o n v ie r te n a la v e z y p o r v o lu n ta d de los
sabios o c c id e n ta le s en los ú n ic o s lú c id o s e n u n m u n d o
consagrad o al error.
S o n m u c h o s a r tíc u lo s de f e p ara u n a te o r ía c ie n t ífic a
qu e p r e te n d e ap o yarse ú n ic a m e n te e n la ló g ic a de los h ech o s
ob servados; m u c h o s a b su rd o s ta m b ié n , d e s m e n tid o s p o r los
hechos m is m o s y a u n los m á s e v id e n te s.
S e ría m e jo r a d m itir qite el e v o lu c io n is m o m a te ria lista
es tm a re lig ió n q u e e xig e m u c h o a la f e y p o c o a la r a z ó n .
D a r w in h a b ló de los "a n te o jo s o scu ro s d e l te ó lo g o ” y la
e xp re sió n ha te n id o fo r tu n a . ¡Pero q u é a n te o jo s de tin ie ­
blas c a b alga n sobre la n a r iz de los e v o lu c io n is ta s !
L o s a d e m a n es de u n h o m b r e d e sm id o e n la selva e c u a ­
torial q u e c u m p le los rito s in m u ta b le s de su tr ib u al lado
\de su h e r m a n o m u e r to , p la n te a n , f r e n t e al O c c id e n te ,
íla p r im e r a c u e s tió n , el p r im e r o d e to d o s los p ro b le m a s,
p u e s esos a d e m a n e s se r e p ite n e n té r m in o s id é n tic o s , y al
p o n e r e n m o v i m i e n t o s ím b o lo s a ná lo g os de u n e x tr e m o al
o tro de la h u m a n id a d , s o b r e e n tie n d e n la m is m a f e e n u n a
■-m is m a rea lidad.
r D e este h o m b r e he q u e r id o h a b la r c u a n d o e m p le e la
)palabra " h o m b r e ”, p u e s ha p e r m a n e c id o fie l a si m is m o

9
1

c o n s e r v a n d o el s e n tid o de su lu g a r e n el u n iv e r s o y |
n o c ió n d e l i n f i n i t o v a lo r d e l p r in c ip io in v isib le q u e lie zl
e n sí m is m o .
E l té r m in o In v is ib le m e ha p a r e c id o d e fin ir m á s fie\\
m e n te lo q u e c ie rto s filó s o fo s lla m a n lo " N u m i n o s o ” (
o tr o s lo "S a g r a d o ” . L o S a g ra d o p u e d e ser crea d o p o r t
h o m b r e en ta n to q u e lo In v is ib le se le im p o n e . E n el es,
p í r i t u d e l h o m b r e de las c iv iliza c io n e s tra d ic io n a le s, lo In
v isib le carece d e la v a g u e d a d de u n c o n c e p to m e ta fís ic a
es u n a rea lida d, u n a d im e n s ió n e n la c u a l se m u e v e cad{
u n o d e los h o m b r e s q u e c o m p o n e n a la h u m a n id a d e n te n
L o In v is ib le está e n el h o m b r e , m á s real, m á s p resen tí
m á s sensible q u e c u a lq u ie r p a r te d e su c u e r p o . L o In
v isib le e stá a lr e d e d o r d e l h o m b r e c o m o u n m e d io q u e re
g is tra ca da u n a d e sus a c cio n e s te rre str e s y las r e fle ja ei
c o n se c u en c ia s q u e sería n in e lu c ta b le s sin la a c c ió n de m e
diad ores, in v is ib le s a su v e z .
E l té r m in o " c iv iliz a c io n e s tra d ic io n a le s”, e m p le a d o par¡
d esig n a r las c iv iliza c io n e s d ife r e n te s de la n u e s tr a , su b ra y
el p a p e l q u e h a n te n id o h asta ahora en la h u m a n id a d t
c o n se rv a r y tr a n s m itir de ed ad en ed a d u n m is m o lo i
de c e r tid u m b r e s su rg id as q u iz á de u n a m is m a e n se ñ a n z i
de u n a m is m a tr a d ic ió n .
M a r c e l G ria u le ha sido el p r im e r o q u e ha te n id o el se?i\
t i m ie n to de esta p e r fe c c ió n de las c iv iliza c io n e s d ife r e n te
de la n u e s tr a y de su e le c c ió n d e lib e ra d a de u n a v ía q u
n o es la q u e seg u im o s, u n a v ía q u e se d ir ig e h acia l
In v is ib le y n o h a cia la c o n q u is ta de la m a te ria .
Se hab la p o c o d e la o b ra d e M a r c e l G ria u le ; si algun\
v e z se m e n c io n a s u n o m b r e n o se lo ha ce e n re la c ió n coi
el v e r d a d e r o a lc a n ce d e su a p o r te al c o n o c im ie n to dt
hcym bre. A c a s o o c u r r a c o n las obras d e e tn o lo g ía lo q u
c o n esos tr a ta d o s de h is to ria n a tu r a l e n los cuales, com\
d ijo S w i f t , el e le fa n te aparec e s ie m p r e c o n u n ta m a m
m á s p e q u e ñ o q u e el n a tu r a l y la p u lg a c o n u n o m u c h
m á s g ra n d e .

10
R e fle x io n a n d o so bre los h e ch o s rec o g id o s d u r a n te m á s
ie v e in te años p o r este sabio q u e h a e stu d ia d o la m is m a
po bla ción sud anesa , se n tim o s la te n ta c ió n de v o lv e r a d is­
c u tir y lu e g o rec u sa r el c á n d id o ra c ism o e v o lu c io n is ta
que c o n s titu y e lo esen cial de n u e s tr a c ie n c ia o fic ia l.
L os salvajes n o e x is te n . L os h o m b r e s son iguales e n v a lo r
in te le c ttia l y en p e n s a m ie n to . Se n o s a p a re c e n m á s p r e o ­
cupados p o r las cosas in v is ib le s q u e p o r los bienes de este
m u n d o , a pesar de to d o s los d e te r m in is m o s , g e o g rá fic o s ,
eco nóm icos, sociales o h istó rico s.
Los salvajes n o h a n e x is tid o ja m á s, p u e s el h o m b r e n u n c a
ha e v o lu c io n a d o d e n tr o d e l p la n q u e le tr a z a u n p e n sa ­
m ie n to s im p lista p a r tie n d o d e los m o n o s d e A f r i c a ha sta
llegar al h o m b r e b la n c o a d u lto y c iv iliz a d o , lu e g o de to d a
clase de in te r e s a n te s a v e n tu r a s .
S in e m b a rg o , n a d a p a re c ía m á s s a tis fa c to r io p ara el es­
p ír itu y pa ra la r a z ó n , q u e las c o n c lu sio n e s d e n u e s tr a
ciencia, q u e a r r u m b a to d o s los p r o b le m a s e n tr e las cosas
viejas y de u n a v e z p o r to d as p o n e a la h u m a n id a d en
su lug ar:
—rein o : a n im a l;
— tip o : m a m ífe r o s ;
— o rd en : p r im a te s ;
— fa m ilia : h o m ín id o s ;
— g é n ero : h o m o ;
— especie: h o m o sapiens.
D e ta l m o d o n u e s tr o h o m b r e p o d ía e n tr a r e n el M u se o
¡con su e tiq u e ta al c u e llo , d a n d o f e l i z té r m in o a u n a larga
serie de seres v iv o s c u y o o rig e n se p ie rd e e n el p la sm a
de N u e s tr a M a d re la A m e b a .
i A u n esta c e r tid u m b r e , b u e n a p a ra n u e str o s a b ue lo s, n o
pu ede sa tisfa c e r h o y a u n e s p ír itu c ie n t ífic o , así c o m o y a
no da s e n tid o a n u e s tr a m a r c h a e n la n o c h e .

11
I

i
!
[ c a pi t u l o i
EL H O M B R E Y E L A N IM A L

L
a v i d a , nos dice la cien cia o fic ia l, ap areció e n la tie rra
al a z a r de la c o m b in a c ió n de elem en to s q u ím ic o s en
condiciones p a rtic u la re s de te m p e ra tu ra , de p resió n y de
irradiació n. E l u n ic e lu la r, en el c u rso de m ilenios, se c o n ­
v irtió en c o n g lo m e ra d o de célu las, alg u n as de las cuales,
al diferen ciarse, c o n trib u y e ro n a f o r m a r los ó rg an o s espe­
cializados d el p rim e r a n im a l: v iv ía e n el m a r.
Parece q u e esta ex isten cia a c u á tic a era algo tedio sa ya
que el P rim e r A n im a l fu e a re sp ira r c o n m a y o r fre c u e n c ia
a la su p erfic ie del agua. E l m o v im ie n to lo h a b ía tr a n s f o r ­
m ado en p e z, la re sp ira ció n aérea lo c o n v irtió e n u n a es­
pecie de b a tra c io . O lv id a d o del o céan o p rim o rd ia l q u e
los biólogos le asig n a ro n co m o h a b ita t, se d irig ió h acia los
p an tan o s vecinos. A su v ez, el sapo, o la ra n a , se separó
de los estan q u es y , v iv ie n d o , n o se sabe m u y b ien p o r q u é ,
en las rocas, fu e tra n s fo rm á n d o s e e n re p til.
El la g a rto — éste fu e su n u e v o n o m b re — v aciló : a lg u ­
nos m iem b ro s de su fa m ilia a n h e la ro n c o rre r p o r los c a m ­
pos, lo c u a l los tra n s fo rm ó e n m a m ífe ro s ; o tro s, al c o n tr a ­
rio, p ra c tic a n d o el tra p e c io en los árb oles, te rm in a ro n p o r
tra n sfo rm a rse en p á jaro s al cab o de los m ilenios.
T o d o esto, nos d ic en los biólogos, se desarro lló de u n m o d o
in disciplinado. A lg u n a s ram as in a d a p ta d a s se secaro n y m u ­
rieron, o tra s, al c o n tra rio , c re c ie ro n y d ie ro n a su v ez
otras p ro life ra c io n e s de fo rm a s q u e h a n llegado o no
hasta n o so tro s siguiendo su a d a p ta c ió n al m ed io y su f a c u l­
tad de su p erv iv en c ia .

23
r
1 C ie rto s m a m ífe ro s q u e te n ía n la m a n ía de tr e p a r a
árboles v ie ro n q u e sus p a ta s se tra n s fo rm a b a n en m an o
y co m o e sta b a n obligados a m a n te n e r la cab eza erg uid ;
esta gim nasia a u m e n tó c o n sid e ra b le m en te su c ap a c id a d ce
fá lic a : fu e ro n los p rim e ro s m o n o s. . . u n o de los cuale
reservó lu ego las sorpresas q u e sabemos. j¡
La saga de la h u m a n id a d h a b ía n a cid o ta l co m o al hom¡
b re b la n co le g u sta re p e tirla e n sus escuelas p rim a ria s, si|
u n iv ersid ad es y sus m useos: el g ra n po em a ép ico del evohi
cionism o c u y a ú ltim a e stro fa dice: "D e sp u é s de m ucht
; tie m p o , m o n o s q u e a ú n n o lle v a b an el n o m b re de antro)
poides e c h a b a n al m u n d o seres de pelo escaso c u y a p rin c i
p a l o c u p a c ió n era ju g a r c o n esquirlas de sílice p ro firien d i
; curio sas o n o m a to p e y as. P o r lo c o m ú n , las m ad res monai
a b a n d o n a b a n a sus hijos m o n stru o so s e n lo m ás in tr in c a d
de la selva, u n a selva d ev astad a p o r n u m erosos incendio
(¿ c ó m o im p ed irles q u e ju g a ra n c o n las esquirlas de sílice?’
U n d ía h u b o m ellizos q u e su m a d re iba a am am anta;
a escondidas; les h a b ía p ed id o q u e le p ro m e tie ra n n o ju
j g a r to n ta m e n te c o n esos g u ija rro s q u e e c h a n chispas.
' "P asó u n a n o ch e, luego u n a m a ñ a n a y se c o n stitu y ó 1
¡' p rim e ra p a re ja de p re -h u m a n o s q u e, c o n el fu e g o , invento
1 el p rim e r co m p lejo al re a liz a r el in cesto p rim o rd ia l, fu n d a
\ m e n tó del psicoanálisis. E ra u n a p a re ja d iscreta p o r otr;
: p a rte , p e ro fá c il de re c o n o ce r c o n sus arcos superciliare
!· salientes, su f r e n te d e p rim id a , sus can in o s ostensibles, si
i m a rc h a a saltos co m o m a rc a d a p o r el re c u e rd o de las alo
¡_ cadas p a rtid a s de c o lu m p io en los árboles de la selva.
| "L as gen eracio n es siguientes a b a n d o n a ro n el casco cran ea
í n o p a te r n o p o r u n a loable p re o c u p a c ió n de p ro m o c ió n socia
•¡ y su f r e n te se d esarrolló. D ébiles p ero am biciosos, esto
> h o m in ia n o s tu v ie ro n q u e c o m b a tir c o n el oso de las cav e r
*; ñas ( u rsu s f e r o x ) y m u c h as o tra s fieras. Las sim ientes sal
j, vajes a m o n to n a d a s en el fo n d o de la c a v e rn a g erm in aro i
i de re p e n te d a n d o al h o m b re la idea de la a g ric u ltu ra . Lo
:i m ila g ro s lle g a ro n u n o tra s o tro : el p e rro q u e v in o a apoya;

14
r----
su b u e n h o cico fiel co m o d icien d o : " L lá m a m e M e d o ro ” ,
el gato q u e n o dijo n a d a p e ro ro n ro n e ó c erca del h o g a r. v
E ntonces, el h o m b re , cebado, c o lm ad o , al lado de su m u ­
jer que c o n la lan a del c a rn e ro y u n a v a rilla tr a ta b a de
in v e n ta r el te jid o , se le v a n tó , to m ó arcilla co lo read a y se
co n v irtió co n to d a seren id ad en el p rim e r a rtis ta fig u r a tiv o ” .
Es sin e m b a rg o — o casi— lo q u e escribe R o b e r t A rd re y
en A f r i c a n G én esis , p. 26 de la ed ició n fran c esa L es e n fa n ts
de C a ín : " A p re n d im o s a c o rre r c a z a n d o a tra v é s de la
sabana a fric a n a . C o m o n u e stra s m an o s e sta b a n libres p a ra
tom ar y sacar y a n o necesitam o s hocico. D e ta l m o d o ,
m uy le n ta m e n te , se re tra jo ; co m o n o te n ía m o s g a rra s n i
dientes p a ra m a ta r lo que n ecesitáb am o s p a ra a lim e n ta rn o s,
debimos e n c o n tr a r u n a rm a ” . Y m ás ad ela n te , p. 37: " E l
perío do tra n s ito rio en q u e el h o m b re fu e u n a bestia de
presa c o n la obsesión de las arm as eficaces ex p lica su h is to ­
ria sa n g rie n ta , su e te rn a ag resiv id ad , su b ú sq u ed a e n fe rm i­
za, in sen sata e in ex o rab le de la m u e rte p o r la m u e r te ” .
Es u n a te o ría dem asiado la rg a p a ra lleg ar a d a r a los
gangsters el p rim e r lu g a r en la C re ac ió n .
M e g u s ta ría v e r, a u n q u e n o fu e ra m ás q u e u n a v e z,
un m o n o c u y o h o cico se a tro fie p o co a p o co p o rq u e c o rre
por la sabana, m e g u s ta ría v e r ta m b ié n u n m o n o f a b r i­
cando u n u ten silio .
D espués de m u c h o tie m p o n u e stro s p re te n d id o s a n te p a ­
sados e n sa y a ro n la p o sición de p ie ; m u c h o s co m o el g ib ó n ,
cam in an sobre dos p a ta s y m a n tie n e n v e rtic a l la c ab e z a:
sin e m b arg o , n o c o m p ro b a m o s n in g u n a tra n s fo rm a c ió n ,
n in g u n a falla en la c o n tin u id a d de la especie, n in g ú n e jem ­
plar in te rm e d io c u y o e n cé fa lo h u b ie ra a u m e n ta d o .
N in g ú n m o n o ju g a n d o c o n esquirlas de sílice o c o n v a ­
jillas h a h allad o el secreto del fu e g o y e m p re n d id o el c a -
Jnino de " h o m in iz a c ió n ” .
j Los hechos se a p a rta n , pues, de esa visión sim p lista del
p iu n d o q u e es la e v o lu cio n ista ; esa te o ría q u e se p re te n d e

15
c o n clu sió n c ie n tífic a y , sin e m b arg o n o es m ás q u e un
d o g m a.
E stam os allí e n p le n o m ito , en el m ism o c o ra z ó n di
u n a e n o rm e fa lsific ac ió n c ie n tífic a .
E n e fe c to , las b a cte ria s, c o n su e s tr u c tu r a c elu la r y su
sexualidad posible, c o n su s o rp re n d e n te c o m p lic a c ió n quí.
m ic a , e stá n lejos de ser fo rm a s p rim itiv a s de la v id a (Cué.
n o t: L 'e v o lu tio n b io lo g iq u e , p . 4 ) . *
P u d o p a re c e r q u e los v iru s e fe c tu a b a n el pasaje entre f
lo in a n im a d o y lo o rg a n iz a d o : e n e fe c to , m u c h o s son cris.j
talizab les a la m a n e ra de las p ro te ín a s. E n tales condiciones,¡
el o rg a n ism o v ivo d e b e ría c o m p o rta rse co m o u n simple!;
c o m p u e sto q u ím ic o y su re p ro d u c c ió n en la b o ra to rio tendría;
q u e ser fá c il. j
A h o ra bien, to d o s los v iru s conocidos son p a rá sito s que
v iv e n y se d esa rro llan en d e trim e n to de o rganism os másj;
co m p lejo s c o m o el ta b a c o , la v iñ a , los anim ales o el hombre,;
N o ten em o s ejem p lo de v iru s q u e se b asten a sí mismos: |
p o r lo ta n to , n o se los p u e d e c o n sid e ra r co m o fo rm as pri-[
m a n a s de la v id a, a p esar de la sim p licid ad a p a re n te de!
sus e s tru c tu ra s . |
Si de v ez en c u a n d o h a y sabios q u e p ien san p o d e r re-'
p ro d u c ir la v id a in v itr o , n o h a c e n o tra cosa qu e prolongar
en u n siglo o dos la vieja te o ría de la g e n erac ió n e sp o n tá­
nea. Los v iru s q u e q u ie re n g e n e ra r e n u n a c u b e ta son los
d escen d ien tes d ire c to s de los ra to n e s q u e , seg ú n los filósofos
del siglo X V I, se fo rm a b a n al c o n ta c to de u n a cam isa sucia
y u n m o n tó n de trig o ; q u im eras. |
In c lu so la síntesis de las p ro te ín a s n o nos d a rá la clave i
del m iste rio de la re p ro d u c c ió n . j
Los biólogos, p a ra e x p lic a r su frac aso , a firm a n q u e la
sín tesis q u ím ic a de la v id a fu e posible en u n m o m e n to in- ¡
d e fin id a m e n te alejado en el tie m p o , " la ju v e n tu d de la
tie r r a ” , q u e es im posible re c re a r en el la b o ra to rio y por
lo ta n to n o p u e d e v e rific a rse. E n el fo n d o , esto equivale
a p a ra fra se a r el p rim e r v e rsíc u lo del G énesis: " E l esp íritu

16
de D ios se c e rn ía sobre las aguas” . ¿P ero e n to n ce s es preciso
hablar de in v estig acio n es, de cien c ia y de p ru e b a s? v
E l té rm in o f í s i c o - q u í m i c o e n g a ñ a : re su lta p a rc ia l y e n ­
m ascara m a l n u e s tra ig n o ra n c ia p a ra e v a lu a r la ú n ic a v e r ­
dadera in c ó g n ita de la e cu a c ió n : la V id a , q u e n in g ú n sis­
tema p u ed e resolver e n té rm in o s de m a te ria , a pesar de
^ muchos siglos de in vestigaciones.
H em os a firm a d o a p r io r i q u e la m a te ria era el o rig e n
de la v id a sin im a g in a r p o r u n solo in s ta n te q u e ese p u n to
de p a rtid a p u e d a ser falso y q u e acaso u n a p ro p o sic ió n
inversa e x p lic a ría m e jo r los hechos.
Las recien tes ex p erien cias del d o c to r K a p la n , d e sa rro lla ­
das en el d e p a rta m e n to de Q u ím ic a m ic ro b io lò g ica de la
U niv ersid ad de Je ru sa lé n , h a n p ro b a d o q u e el a z u fre n o
es g e n eralm e n te fo rm a d o p o r los v olcanes, co m o d u ra n te
t m ucho tie m p o se h a a d m itid o , sino p o r c ie rta b a c te ria en
condiciones p a rtic u la re s q u e se p u e d e re c re a r e n el la b o ­
ratorio: u n p roceso bio ló gico an álo g o al q u e c o n d u jo en
el fo n d o de océanos olvid ados al n a c im ie n to del p e tró le o .
Podem os, de paso, re n d ir h o m e n aje a los sabios qu e a f i r ­
m aron q u e e ra posible fa b ric a r el p e tró le o s in té tic o a p a r tir
del agua de m a r, p ero debem os re c o rd a r a los alq u im istas
que h a b la ro n c o n ta n ta in sisten cia de u n “ a z u f re v iv ie n te ”
y que c o m p a ra ro n el a rte m e tá lic o c o n la a g ric u ltu ra .
! Las ex p erien cias de M . B a ra n g e r h a n p ro b a d o q u e el ser
I vivo, c u a lq u ie ra sea, p u ed e p ro d u c ir los m in erales q u e lo
c o n stitu y en , a u n c u a n d o el m ed io q u e lo ro d ea c a re z c a de
I ellos. Las gallin as h a n seguido p o n ie n d o hu ev o s de cáscara
| calcárea, a u n c u a n d o el g u ijo de su g allin ero e stu v iera c o m -
! puesto p o r p a rtíc u la s de m ica. Las espin acas q u e b ro ta n en
j cubas de a g u a destilad a c o n tie n e n la m ism a p ro p o rc ió n de
i hierro q u e las p la n ta s n o som etid as a ese tra ta m ie n to y,
en las m ism as co n d icio n es, las coles c o n tie n e n la m ism a p r o ­
porció n de c o b re qu e sus c o n g én eres q u e c re c e n e n la
tierra. N o so tro s m ism os, q u e p o d em o s h a c e r c re c e r u n p o ­
roto sobre u n p o c o de a lg o d ó n e m p a p a d o , n o nos p re g u n -

17
"“ 1
tam o s d ó n d e to m a la jo v e n p la n ta los c o n stitu y e n te s mi„¿
nerales necesarios p a ra q u e su ta llo sea ta n sólido co m o el|
de su h e rm a n a , sem b rad a en la tie rra . ¿
E stos hechos c o n tr a r ía n de ta l m o d o n u e stra ciencia, quef
ella p re fie re re c h az arlo s c o n tra to d a ev id en cia p a ra n o tener ‘
q u e v o lv e r a so m eter a discusión su ed ificio racionalista,!
L a m a te ria v iv a p ie rd e c ie rto n ú m e ro de sus propiedades t
en u n m o m e n to llam ad o " m u e r te ” . C esa de ser " v iv a ” y 1
y a n o es m ás q u e " m a te r ia ” . Sus c o m p o n e n te s se liberan, j
el elem en to V id a desaparece. Podem os c ris ta liz a r u n virus f-
com o u n a m o lé c u la de p ro te ín a , p e ro n o podem os h a ce r 1
q u e u n a m o lé c u la de p ro te ín a v iv a co m o u n viru s.
E l análisis m ás d e te n id o de u n cable de co b re n o nos’
d a rá la fó rm u la de la e le c tric id a d q u e lo h a atrav esad o unj
in s ta n te : n a d a nos p e rm itir á h a lla r esta fó rm u la en la es­
t r u c t u r a m o le c u la r del co b re. $
Las e x p erien cias recien tes q u e co n sisten en " m a ta r ” un
a n im a l p a ra " re s u c ita rlo ” lu ego, n o son en realid ad mas ­
q u e groseras im ágenes de E p in a l d estin ad as a im p re sio n a r'
la im a g in a c ió n del p ú b lic o , h acié n d o le c re e r q u e en ade- i
la n te la cien cia es señora soberana de la v id a y de la m uerte, £
E n realid ad , el a n im a l q u e d a " m u e r to ” sólo algunos m i- !
ñ u to s, m enos de u n a h o ra : el tie m p o de u n sín co p e. Se
le re in y e c ta su p ro p ia sangre, en ta n to q u e el c o ra z ó n es |
so m etido a u n m asaje e lé c tric o . Se tr a t a en re a lid ad de |
u n a re a n im a c ió n y n o de u n a re su rre c c ió n . La m ism a ex- ^
p e rie n c ia h u b ie ra p o d id o realizarse h ace m u c h o m ás tiem po,
pues la té c n ic a de la tra n s fu s ió n sa n g u ín e a se conoce desde |
el siglo X V I I y el m asaje del c o ra z ó n fu e p ra c tic a d o a ;
t ítu lo e x p e rim e n ta l h acia 1 9 3 5. T o d o esto sólo requiere
m a ñ a p o r p a r te de los c iru ja n o s y n o p ru e b a o tra cosa
q u e su h ab ilid a d . j
Jam á s, en el estado a c tu a l de n u e stro s c o n o cim ien to s, la ¡
v id a h a p o d id o n a c e r de la m a te ria , en el la b o ra to rio , m ie n ­
tra s po d em o s c o m p ro b a r c o rrie n te m e n te que la m ateria
p u e d e n a c e r de la vida.

18

i
La fe m a te ria lista reposa, pues, en u n C re d o ; e n esto se
asemeja a las religio nes q u e p re te n d e c o m b a tir y re e m p laz a r.v
A caso sea m ás p ru d e n te m e d ita r la frase de P ie rre T e r -
m ier: " L a T ie rra es u n lib ro cu y as p rim e ra s p ág in as h a n
sido q u em ad as55.
¿T enem os el d erech o de re c o n stru irla s y , sobre to d o , de
im poner esta re c o n s tru c c ió n to ta lm e n te a rb itra ria com o la
conclusión de u n larg o ra z o n a m ie n to cad a u n a de cuyas
etapas ha sido c u id ad o sa m en te v e rific a d a ? D e esas p ág in as
quem adas, n i siq u iera nos q u e d a u n a p iz c a de cenizas.
La e v o lu ció n se h a c o n v e rtid o en u n a relig ió n sin cesar
co n tra d ich a p o r los hechos: su ú n ic o designio es d a r al
hom bre u n a ra z ó n de su p resen cia e n la tie rra : s u b stitu y e
la v o lu n ta d de D ios p o r la m isterio sa te n d e n c ia de to d a
fo rm a v iv ie n te a e v o lu c io n a r h a cia u n a m a y o r p e rfe c c ió n .
¿Qué h a y q u e p e n sa r de esta v is m e ta p h y s ic a , esta fu e rz a
desconocida q u e a n im a ría la c re a c ió n en u n a espiral as­
cendente?
Los g en etistas in te n ta r o n re c ie n te m e n te a p ro v e c h a r las
enseñanzas de los estudios realizados sobre el á to m o y los
quanta. P en sab a n q u e las leyes valederas p a ra la n a tu ra le z a
inanim ada p o d ía n aplicarse a la n a tu ra le z a v iv ie n te . Se
com paró el salto de las m u ta c io n e s c o n los q u a n ta y el p ro c e ­
so que se desarro lla en el in te rio r del cro m o so m a c o n el q u e
se p ro d u c e e n el in te rio r del á to m o .
Sin e m b a rg o , e n la base, la c o m p a ra c ió n es im posible.
El físico p u e d e, d esviando electro n es, c a m b ia r la n a tu ra le z a
del áto m o : h a y e n to n ce s tra n s m u ta c ió n de la m a te ria . Los
biólogos casi n o p u e d e n m ás q u e p ro v o c a r m u ta c io n e s en
el in te rio r de u n a m ism a especie sin lleg ar a tra n s fo rm a r
esta especie, sin re a liz a r el pasaje de u n a especie a o tra .
Som etiendo m oscas del v in a g re a los ray o s se p u e d e p ro v o c a r
una a tro fia p a rc ia l o to ta l de las alas; cierto s ejem plares
in term edio s aparecidos e sp o n tá n e a m e n te p e rm ite n m o d ifi­
car el co lo r de los ojos. Se p u e d e n c o m b in a r to d as estas
c a rac te rístic as y o b te n e r sujetos q u e te n g a n ojos ro jo v iv o

19
o a lb arico q u e y m u ñ o n e s de alas de fo rm a s v ariad as: sonj
siem p re m oscas del v in a g re de la especie D ro so p h ila M e\
la n o g a ste r y n a d a m ás: m oscas degeneradas y n o las eta.i
p as-testig o s de u n a ev o lu ció n p ro g resiv a c u alq u iera . j
A q u í co n v ien e a b rir u n p arén tesis. C onocem os ahoraj
de m a n e ra p recisa, la c a r ta cro m o só m ica de la m osca de| 1
v in a g re lla m a d a ta m b ié n d ro so p h ile . Los g en etistas h a n se*,
ñ a lad o el e m p la z a m ie n to de cad a p a rtic u la rid a d física'
— a p a re n te o posible— sobre c ad a crom osom a.
Se h a n necesitad o a lre d ed o r de diez años p a ra llegar a
este c o n o c im ie n to , p e ro la d ro so fila h a c o n trib u id o p o r su
p a rte : n o tien e m ás q u e ocho crom osom as y da u n a gene*
ra c ió n cad a diez días.
E l a p a ra to c ro m o so m á tic o del h o m b re c o n tie n e cuarenta
y seis elem en to s: se n e ce sitan v e in te años al m enos paral
o b te n e r u n a g e n e ra c ió n ; los c ru z a m ie n to s sistem áticos rea.y
lizables c o n la d ro so fila son im posibles, p o r m u c h as razones, ■
p u e sto q u e se t r a ta de la especie h u m a n a .
H a y q u e re c o n o c e r q u e, de la m osca al h o m b re , el ca-
m in o es larg o , m u y la rg o .
Los gen etistas n o e stá n , pues, en v ísp eras de p o d e r eli­
m in a r p o r sus co n o cim ien to s la h e m o filia o el cretinism o;
a firm a r lo c o n tra rio es cosa de cien cia fic c ió n .

* * * j
H a y en la tie rra u n a tre in te n a de g ru p o s anim ales que,
v a n desde los p ro to z o a rio s h a sta los v e rte b ra d o s y los a r
tró p o d o s: son g ru p o s cerrad o s. Si to m a m o s p o r ejem p lo to-(
dos los eq u in o d erm o s, desde las fo rm a s fósiles del Primario)
h a sta n u e stro s d ías, es d e c ir a lo la rg o de u n p e río d o que
los geólogos e stim an en seiscientos m illo nes de años, debemos
re c o n o c e r q u e " n a d a h a salido de allí q u e n o sea equino-^
d e rm o ” (C u é n o t: op . c i t ., p .1 7 ) . Lo q u e equivale a decir
q u e el erizo de m a r h a seguido siendo erizo de m a r. \
Los d e sc u b rim ie n to s m ás recien tes v ie n en a c o n firm a r!
este p u n to de v ista : el c o ela c an to , del c u al se h a hallado·
un espécim en v iv o hace alg u n o s años en las p ro fu n d id a d e s
cercanas a M ad ag ascar, n o es u n fó sil-testig o m ilagrosa-^
m ente co n serv ad o , u n h u é sp e d del m u n d o p e rd id o , sino el
espécim en de u n a especie v iv ie n te b ien c o n o cid a p o r los
pescadores de las islas C o m o res c o n el n o m b re de K o m -
bessa. E ste p e z n o h a c am b iad o ta m p o c o desde la era p r i ­
m aria.
El c o m a n d a n te C o u ste a u acab a de d e sc u b rir, a tre scie n to s
m etros de p ro fu n d id a d , fo rm as q u e, fosilizadas, h a b r ía n sido
consideradas co m o o tro s ta n to s eslabones p erd id o s e n tre p e ­
ces y b atracio s. Sin em b arg o , se tr a t a de anim ales v iv ien tes,
como el c o ela c an to , a los q u e n a d a nos p e rm ite c o n v e rtir
en antepasados, a u n c u a n d o a la o b serv ac ió n se rev elen
sem ejantes a ese p r o to b a tr a c h u s q u e M . P iv e te a u d escu b rió
en M adagascar en 1957 en te rre n o s triásicos.
La p a leo n to lo g ía h a co n sid erad o d u r a n te m u c h o tie m p o
que los anim ales an d ad o res sólo p u e d e n e n c o n tra rse e n la
superficie de la tie rra . D e sc u b rim ie n to s re c ien te s p ru e b a n
que existen anim ales q u e a n d a n en el fo n d o de los océanos
y de los m ares. La m a rc h a n o es, pues, el signo de u n
cam bio de h a b ita t así co m o n o re p re se n ta u n a tr a n s f o r ­
m ación o p e ra d a en los peces o u n a ev o lu ció n .
N o sentim os el e stre m e c im ie n to de los g ra n d e s d e sc u ­
brim iento s c ie n tífic o s al sen ta rn o s a u n a m esa en la z o n a
de los m ercad o s en Les H alles a n te u n a fu e n te de m ariscos:
sin em b arg o , m ejillones y erizos de m a r son v en erab les
animales qu e h a n su frid o pocas m o d ifica c io n es desde la era
prim aria.
A caso, p u e d e n clasificarse to d as las fo rm a s viv as a lo la rg o
de cadenas e v o lu tiv a s; son c o n stru c c io n e s a rtificia le s qu e
nada tie n e n de c ie n tífic o y q u e n in g ú n h ech o , e n la n a t u ­
raleza, a p u n ta la .
Se p uede ta m b ié n estab lecer sem ejantes cadenas e v o lu ti­
vas a p a r tir de los o bjetos q u e nos ro d e a n y p ro b a r que
el palo es el a n tep a sad o de la c am a, p asan d o p o r la silla
de tije ra , el ta b u re te , el sillón y el can a p é .

21
E l d e sc u b rim ie n to en las estepas de M ongolia de u n roe,¡é
d o r a u té n tic o , el m y o s p a la x , cuyos m iem b ro s cavadores;
e stá n a m ed io c am in o e n tre los de u n a ra ta y los de uu
to p o , nos p e rm ite d e c ir qu e h a y u n a n im a l de este género
sin q u e p o d am o s c o n sid erarlo co m o u n a fo rm a interm edia,
ria e n tre dos especies, n i v e r en la m o rfo lo g ía particular
de sus m ie m b ro s u n a m u ta c ió n o rig in ad a e n tre las ratas
p o r u n a in e x p lic ab le m a n ía cav a d o ra . H a y especies que*
m u e re n a n te n u e stro s ojos sin q u e ten g am o s la impresión
de qu e h a y a n pasado la m isteriosa a n to rc h a de u n a evo<
lu c ió n a o tra s fo rm as m ás " p e rfe c c io n a d a s ” .
N a c e n o tra s ta m b ié n q u e creem os d e sc u b rir. E l Instituto
A . D . G o rd o n p a ra el estu d io de las ciencias n a tu ra le s y
a g ríc o las en el k i b b u t z D e g a n y a en Israel, h a inventariadoj
q u in ie n ta s se te n ta especies n u ev as de insecto s y veinticinco
especies de m olu scos y de m iriáp o d o s d escu b iertas desde^
1941 sólo en el E sta d o de Israel.
D e ta l m o d o , los n a tu ra lis ta s re g is tra n a n u a lm e n te mu-
chos m illares de especies y de sub-especies in v e rte b ra d o s y,
de tie m p o en tie m p o , alg u n o s in d iv id u o s m ás complejos,
rep tiles, p á jaro s o m a m ífe ro s, q u e ten d em o s a considerar
com o los restos de especies en v ías de e x tin c ió n , m ientra^
q u e, al c o n tra rio , p u e d e n tra ta rs e de fo rm as en cu rso de
a p arició n .
Y q u é d e c ir de los anim ales q u e escap an a to d a clasi­
fic a c ió n , p a ra los cuales h a y q u e a g re g a r a ú ltim o m om ento(
u n a ra m a a d v e n tic ia tr u n c a al G ra n A rb o l m ític o de la1
E v o lu ció n . !
E l o rn ito rrin c o fu e d e sc u b ie rto en 1802. Sin embargo,
h u b o q u e e sp erar h a sta 1884 p a ra q u e los zoólogos admi­
tie ra n la ex isten cia de u n a n im a l m a m ífe ro y o v íp a ro , que
p o n ía huevos y a m a m a n ta b a a sus p eq u eñ o s: u n monstruo;
que se p e rm itía p o r sí solo r e f u ta r las te o ría s de Cuvier,
¿Puede h ab larse a este p ro p ó sito de eslabón que u n e ma­
m ífe ro s y p ájaro s? ¿Q u é e ta p a m a rc a ría , en u n a perspectiva,
e v o lu tiv a , su c u e rp o de n u tr ia y su p ic o de p a to ?
Se a firm a co n fre c u e n c ia q u e la on to g én esis re p ro d u c e
la filogénesis, es d e c ir q u e el ser v iv o fra n q u e a e n el c u rso
de su vid a e m b rio n a ria los d ife re n te s estadios ev o lu tiv o s
por los que pasó su especie desde la célu la in icial: el fe to
de m a m ífe ro se c o n v ie rte su cesiv am en te en p ez y b a tra c io
antes de h a lla r su fo rm a p ro p ia .
El colm illo su p e rio r del g a to p a re ce o b lig a r a d is c u tir
esta te o ría : "L o s gatos y u n g ra n n ú m e ro de félidos poseen
colmillos superiores m u y d esarrollados q u e d esb o rd an m ás
o m enos de la c av id a d b u c al. E l e x am e n de la m a n d íb u la
in fe rio r de u n g a to m u e stra q u e la p u n ta del co lm illo su ­
perior to c a u n p e q u e ñ o re c in to p ig m e n ta d o situ a d o e n el
espesor del labio in fe rio r ( . . . ) Se nos o c u rre q u e el c o l­
millo m ism o, al c re c e r, re c h a z a n d o los tejidos del labio in ­
ferio r ha cre ad o el re c in to e n c u estió n . A h o ra bien, éste
está p e rfe c ta m e n te d ib u ja d o e n los em b rio n es de g a to p o co
antes del n a c im ie n to , en ta n to q u e el co lm illo está lejos
de h a b er h o ra d a d o la e n c ía s u p e rio r” . (C u é n o t, op. c i t .,
pág. 5 5 7 ).
O tro s ejem plo s se a ñ ad e n a éste, com o el c o rte en fo rm a
de m edia lu n a del labio su p e rio r del ja b alí m a c h o p r e f o r ­
m ado en el e m b rió n o las callosidades nacid as d el uso que
se e n c u e n tra n en el c a rp o , el o leo crán eo , la ró tu la y el
esternón del e m b rió n del d ro m e d a rio , q u e p a re ce p re p a ra d o
así p a ra arro d illarse de c ie rta m a n e ra . E n cam b io , a pesar
de los m ilenio s de uso, los bueyes n o p re se n ta n callosidades
en la n u c a n i los caballos en el p e ch o , el lo m o o la boca.
Los estadios p o r los cuales atra v iesa el e m b rió n en n in g ú n
caso p u e d en asim ilarse a fo rm a s in d e p e n d ie n te s de v id a: desde
el g e r m e n , está d e stin ad o a d esp leg ar el p o te n c ia l de p e r ­
fección q u e lleva en sí, sin o lv id o de n in g ú n detalle. La
em briogenia, pues, y a n o se c o n sid era co m o u n a r e c a p itu ­
lación del p asado sino co m o u n a p re p a ra c ió n p a ra el fu tu r o .
Es fo rm a c ió n de u n ser v iv o y n o c o n s titu c ió n m iste ­
riosa de arch iv o s. E l an im a l, a lo la rg o de su fo rm a c ió n ,

23
está p e rfe c ta m e n te p re p a ra d o p a ra c ie rto m ed io y cierto
m o d o de vid a.
L a p in z a del c ab rajo , el ojo fa c e ta d o de la m osca o e|
a p a ra to de vuelo del ab ejo rro son realizaciones perfectas,
q u e n o n e ce sitan n in g ú n p e rfe c c io n a m ie n to y c u y a evolu.
ció n n o p u e d e tra z a rse . Lo m ism o o c u rre co n los colmillos |
venenosos de la se rp ien te qu e a p a re c e n e n los Elapidae^
(fa m ilia de la se rp ien te c o ra l) desde el M io ceno superio r’
y q u e n a d a nos p e rm ite c o n sid e ra r co m o u n p e rfe cc io n a ­
m ie n to de las serp ien tes n o venenosas (c o n fr. c o n relación
a esto: P ro b lè m e s a c tu e ls d e p a lé o n to lo g ie : C ollo ques in te r­
n a tio n a u x d u C .N .R .S ., P a ris 1962, págs. 2 1 Î-2 4 1 y
2 4 3 -2 7 9 ) .
E n estado e m b rio n a rio , los p á jaro s tie n e n alas y n o patas !
a n terio re s, crestas d e n ta ria s y n o dientes. E n n in g ú n mo-i
m e n tó esos in g ra to s p a re c e n acordarse del G ra n Lagarto *
P rim o rd ia l q u e los ev o lu cio n istas les h a n d ado p o r ante- ;
pasado.
Lo m ism o en el caballo, el desarrollo de los m iem bros
del fe to n o m u e stra n a d a de la disposició n p la n tíg ra d a y
p e n ta d á c tila — los caballos de c in co dedos— de los lejanos
an tepasados fósiles q u e los paleo n tó lo g o s le h a n atribuido.!
"D esd e el c o m ie n zo , el m ie m b ro a n u n c ia , p o r su form ació n
q u e n o te n d rá c in co dedos” (C u é n o t, o p . c it., p .5 7 ) . ¡
Q u iz á h a y a m u ta c io n e s, p e ro n o podem os d e c ir q u e una
fu e rz a c u a lq u ie ra les h a g a te n d e r " in te lig e n te m e n te ” hacia ¡
u n a p e rfe c c ió n ideal. Los ejem plares in te rm e d io s ta l como
podem os o bservarlos son m ás b ien fo rm a s de degeneración
q u e de " p ro g re s o ” o de a d ap ta c ió n . C ie rta s m utaciones
re la tiv a s al sistem a n ervioso tie n e n efecto s curiosos: e n una
clase de ra to n e s p a rd o -c la ro ap areció u n c a r á c te r singular
q u e se m a n ife sta b a p o r convulsiones m o rtale s al o ír un
d e sp e rta d o r (K eeler: J o u r n . o f H e r e d , n 9 38, 1947,
p á g . 2 9 4 ).
E l z o rro p la te a d o llam ad o " p la tin e ” ap areció en 1933 i
en u n c ria d e ro de N o ru e g a ; la ra z a de p alo m as-v o ltean te

24

V
data de 1850, el c a n a rio a m arillo ap arec ió e n tre 1677 y
1713, la c o to rra o n d u la d a de A u stra lia tu v o diversas m u -v
taciones: a m arilla h a cia 1871, a z u l h a c ia 1878, oliva en
1919, m a lv a y gris en 1921, b la n c u z c a en 1927. N o p o ­
demos d e c ir q u e esas m u ta c io n e s e sté n je ra rq u iz a d a s y q u e
el z o rro p la te a d o p re sen te re sp ec to de sus co n g én eres u n a
d e term in ad a su p erio rid a d . N o p o d em o s a firm a r ta m p o c o el
"p ro g reso ” de la c o to rra a z u l re sp ec to de la a m arilla o su
in fe rio rid ad a n te la m a lv a , en f u n c ió n de la fe c h a de a p a ­
rició n de esas diversas m u ta c io n es.
P ara el n e o -d a rw in ism o , las m u ta c io n e s e stá n e n el o rig e n
de las fo rm a s “ b u isso n n a n te s” . E l m ed io re a liza u n a p r i ­
m era selección p e rm itie n d o q u e sólo so b re v iv an los m u d a n te s
m ejor a d ap tad o s.
M. Teissier observó q u e , en u n m ed io p ro te g id o del v ie n to ,
las dro sófilas — ¡siem pre ellas!— de alas a tro fia d a s o q u e
quedan co m o vestigios, son elim in ad as en b en eficio de las
que h a n co n serv ad o el tip o n o rm a l. E n u n m ed io d o n d e
corre el v ie n to , a orillas del m a r, son las bald ad as, al c o n ­
trario , las q u e elim in a n a las o tras.
M . T eissier p ro v o c ó u n a m u ta c ió n so m etien d o h em b ra s
a los rayos X . C olocó después a las m u d a n te s de alas d i­
versam ente a tro fia d a s en el m ed io m ás fa v o ra b le p a ra la
superviv encia. Ig n o ra m o s si to d o o c u rre así en la n a tu ra le z a ,
pues, en realid ad , la d ro sò fila está p o co su jeta a las m u t a ­
ciones esp o n tán eas. L a p a le o n to lo g ía nos la m u e stra id é n tic a
a sí m ism a desde la ép o ca te rc ia ria .
Si, p a ra re to m a r la c o m p a ra c ió n de J e a n R o sta n d , las
m utaciones son e rra ta s de im p r e n ta , p a rece d ifíc il b u sc a r
en ellas la p re fig u ra c ió n de u n te x to fu tu r o .
La selección n a tu ra l, co m o lo ha d ich o C u é n o t, es ta n
ciega com o u n a g u e rra o u n a c c id e n te de fe rro c a rril. El
grano q u e cae en la tie rra f é r til n o es q u iz á m e jo r que
otro ahogado p o r la c iz a ñ a o que se seca en u n a p ied ra.
N o c o n tie n e en m a y o r m ed id a la p ro m esa de u n m e jo ra ­
m iento de la especie.

25
E l n e o -d a rw in ism o com o el n e o -la m a rc k ism o n o tienen!
m ás n o v e d a d q u e su p re fijo . E n e fe c to , son las m ism ^
te o ría s viejas d esm en tid as p o r los hechos m ás ev id en tes. Se
c o n tin ú a h a b la n d o de "selecció n n a tu r a l” y de superviven,
cia del m ás a p to , del m ás f u e r te o del m ás a stu to , olvj.
d a n d o sin d u d a las in ú tile s defensas del e le fa n te , la masj,
v u ln e ra b le de la b allen a y las p lu m a s o rn a m e n ta le s de co.
lores b rilla n te s de diversos p ájaro s.
Sin e m b a rg o , c ierto s anim ales p re s e n ta n ingeniosos c q .
m o tifla g e s q u e d u r a n te m u c h o tie m p o to m am o s p o r lo s
signos de u n a a d a p ta c ió n n o ta b le , es d ecir de u n a mayor
p o sib ilid ad de su p erv iv en c ia .
O lv id a m o s ig u a lm e n te q u e tales c a m o u fla g e s sólo pue-
d en e n g a ñ a r a los anim ales q u e tie n e n u n a b u e n a visión
y a ce c h an su p resa: n o h a y m ás q u e dos g ru p o s, los pája-
ros y los m onos p rim a te s.
E n el d o m in io del m a r, n o h a y d ep red ad o res de visión
p recisa p a ra ju s tific a r p o r p a rte de sus v íc tim a s eventuale:
u n c a m o u fla g e ta n a c e n tu a d o . Los m e jo r d o tad o s, como
los peces y los cefalópodos, se sien ten a tra íd o s p o r el mo­
v im ie n to y n o p o r el aspecto. L a v e rd a d era defensa, qot
en ta l caso sería la to ta l in m o v ilid ad , no se u tiliz a mucho,
Es, pues, v a n o q u e se d esplieguen en el fo n d o de los
m ares esos reflejos co lo r de algas verdes o azules, esas estrías
de v a re c p a rd o , esas pieles g ran ead as com o aren a, esos ca­
p a ra zo n e s sem ejantes a arrecifes: to d o esto n o sirve pan
n a d a , p a ra n a d a q u e p u d ié ra m o s e x p lic a r en té rm in o s dt
su p erv iv e n c ia o de ev olución.
U n ic a m e n te la ev o lu ció n a n im a l nos p re o c u p a , porqut
nos in te re sa d ire c ta m e n te , p o r c u a n to debem os al mundo
a n im a l n u e stra fo rm a te rre stre .
Sin e m b arg o , si h a y u n a ley de evolucionism o o de trans­
fo rm ism o , d e b e ría ser v aled era ta m b ié n p a ra el m u n d o ve
g e tal, cosa q u e n a d a nos p e rm ite establecer. C a d a especio
crece sab iam en te e n el te rre n o y en el clim a q u e le cor.
v ien en . E n la selva in m ó v il n o h a y su p erv iv en cia del má

26
apto, del m ás a stu to o del m ás fu e rte . N a d a nos p e rm ite c o n ­
vertir a las algas e n los an tep asad o s de los heléchos o de las^
encinas.
E in clu so si se persistiese en c o n s tru ir u n a te o ría de la
selección n a tu r a l, d e b e ría cae r a n te la c o n c e p c ió n e v o ­
lucionista de la a p a ric ió n del h o m b re c o n ce b id o com o u n
avatar de m o n o , d e sn u d o y desarm ad o .
P ara so b re v iv ir y v e n c e r a los m ás fu e rte s h u b ie ra sido
preciso q u e desde el c o m ie n zo el h o m b re e stu v ie ra p o d e ­
rosam ente a rm a d o , q u e conociese el a ta q u e a d ista n cia , los
venenos, las tra m p a s y los rem edios. Es b ien e v id en te q u e
en esas co n d icio n es la hipótesis del m o n o p rim o rd ia l im b erb e
y curioso n o p u e d e co nservarse.
Bajo la p lu m a de los ev o lu cio n istas, las p a lab ras " a c c i­
dente” , " p o sib ilid a d ú n ic a ” , " a z a r ” , e n c a b e z a n to d o r a z o ­
nam iento c o n la fre c u e n c ia de los responsorios en la re c i­
tación del ro sario , p u n tu a n d o la le ta n ía de las estaciones
de la especie h u m a n a desde la c re ac ió n " p o r a z a r ” de la
tierra, la a p a ric ió n " p o r c a su a lid ad ” de la v id a , h a sta el
despertar d el p e n sa m ie n to al té rm in o de u n a serie de azares
que todos p o d r ía n d isc u tir.
N a d a e n los hechos q u e pod em o s o b serv ar y v e rific a r
nos p e rm ite h a b la r de " h o m in iz a c ió n ” , es d e c ir de tr a n s ­
fo rm ació n d el a n im a l e n h o m b re ; n a d a nos p e rm ite t a m ­
poco a firm a r u n " s a lto ” del in s tin to al p e n sa m ie n to . A l
co n trario , la o b serv ac ió n c o rrie n te nos p ro p o n e o tro s h e ­
chos qu e d ifíc ilm e n te po d em o s recu sar.
El atraso m e n ta l de los " m o n g ó lic o s” , lo m ism o q u e su
facies p a r tic u la r se a c o m p a ñ a de u n a m o d ific a c ió n del v i­
gésimo p r im e r p a r de crom osom as, u n a triso m ía . C ie rto s
caracteres sec u n d a rio s a p ro x im a n los n iñ o s m o n g ó lico s a
los p rim a te s in fe rio re s co m o el m a ca c o rhesus m ás q u e a
los a n tro p o id e s co m o el c h im p a n c é : en p a r tic u la r , las cres­
tas ep id érm ic as de la p a lm a de la m a n o . P ero en n in g ú n
m o m en to c o m p ro b a m o s en los m o nos en fe rm e d ad e s, m o d i­

27
ficacio n es e v o lu tiv a s q u e serían los signos p re c u rso res de
u n a " h o m in iz a c ió n ” .
L a h u m a n id a d es a la an im a lid ad lo q u e la v id a es 3
la m a te ria , u n estado n u e v o . Si el paso nos p a re ce posible
de la v id a a la m a te ria y si el h o m b re p u ed e a veces
b o rd e a r la a n im a lid ad , n a d a nos p e rm ite a firm a r el proceso)
in verso de la m a te ria q u e p ro d u c e la v id a, del a n im a l que
se eleva h a sta el h o m b re , del p la n o in fe rio r qu e pasa ma-!
te ria lm e n te al p la n o su p erio r.
A n te n u e s tra im p o sib ilid ad de re p ro d u c ir esta pretendida
e v o lu ció n de la m a te ria in v itr o , estam os obligados a con­
c lu ir q u e si el m u n d o m in e ra l recib ió la v id a, es incapaz
de c re a rla y , y a q u e u n a especie c u a lq u ie ra de m onos nunca
h a dado u n e je m p la r in te rm e d io q u e su p iera e n c e n d e r fue­
go, ten em o s q u e re c o n o c e r q u e si el m u n d o a n im a l h a re­
cib id o a la h u m a n id a d , es in c a p a z de su scitarla p o r sí
m ism o.
S ería a b su rd o m ir a r al h o m b re com o u n fe to de gorila
qu e ha co n serv ad o en su m a d u re z c arac te re s in fa n tile s. En
n in g ú n m o m e n to vem os re p e tirse este a b o rto de m o n o que
se h a b ría c o n v e rtid o en h o m b re . E n n in g ú n m o m e n to ve­
m os e je m p la r alg u n o consagrarse al p en sam ien to p u ro por
ser dem asiado d éb il p a ra tr e p a r a los árboles.
E n el p la n o bio lógico, la tra n s fu s ió n de sangre e n tre mono
y h o m b re p re se n ta los m ism os riesgos qu e la transfusión
de sangre e n tre especies anim ales d ife re n te s. Si se h a en-'
c o n tra d o en c iertas especies de m onos g ru p o s sanguíneos:
análo gos a los del h o m b re , n in g u n a ex p erien cia h a probado
q u e se tr a ta r a de g ru p o s san g u ín eo s id én tico s y qu e ía trans-J
fu sió n de san g re p u d ie ra realizarse de m a n era satisfactoria,
A d em ás, u n a g ra n p ro p o rc ió n de in d iv id u o s q u ed a sin cla-í
sificació n desde ese p u n to de vista. Sobre n o v e n ta y cuatro
c a ta rrin ia n o s, qu e son los an tepasados lejanos qu e se atri-í
b u y e al h o m b re , 48 p o r c ie n to q u e d a n inclasificables, y|
to d o lo q u e se p u e d e d e c ir del 52 p o r c ien to repartido;
e n tre los g ru p o s A y B es q u e su sangre p re se n ta el mismo

28
fenóm eno q u e los g ru p o s san g u ín eo s h u m a n o s c o rre sp o n ­
dientes a n te los m ism os re a ctiv o s, sin q u e p o r esto se losv
pueda m e z c la r. (C o n fr . S. V o r o n o f f :: L es g r o u p e s sa n g u in s
ch ez les sing es , p á g . 2 9 ) .
E l h o m b re y el m o n o p e rte n e c e n , pues, a especies d ife ­
rentes.
Si p arece m ás c ie n tífic o h a b la r de u n a " h o m in iz a c ió n ”
del m ono se debe a q u e nos hem os a c o stu m b ra d o a o írlo
decir. Sin em b arg o , si se re fle x io n a sobre ello, las m ism as
pruebas v a ld ría n p a ra estab lecer u n a " m o n ific a c ió n ” del
hom bre o, si se p re fie re , la c a íd a de u n e s p ír itu en la
m ateria, la re c lu sió n de u n a lla m a d iv in a en u n c u e rp o de
carne que ella tra n s fo rm a , tra n s fig u ra , aislándolo así del
resto de la c re ac ió n . I
Las tra d ic io n e s de to d as las civ ilizacio n es h a n elegido la
solución de la c a íd a . D e ella sacan to d as las consecuencias.
La ciencia o c c id e n ta l d e fie n d e, p o r su p a rte , la h o m in iz a -
ción del m o n o , acaso p o rq u e es m ás fá c il ser u n m o n o a d ­
venedizo q u e u n á n g el c aíd o .
E n to d o caso, n a d a nos m u e s tra en la n a tu ra le z a u n a
evolución c o n tin u a sem ejan te a u n río q u e sigue su cu rso ,
de lo in o rg á n ic o a lo o rg á n ic o , de lo o rg á n ic o a lo o rg a n i­
zado, de lo o rg a n iz a d o a lo c o n scien te. D istin g u im o s p lan o s
paralelos q u e sin d u d a tie n e n e n tre sí relaciones que p o r
el m o m e n to escap an a la e x p erien cia. Las sem ejanzas e n tre
hom bre y m o n o son ta n n u m ero sas co m o las d iferen cias.
N ada nos p e rm ite esc a m o tea r u n a s e n b e n eficio de las o tra s.
Acaso h a y a u n paso e sp iritu a l e n tre la v id a, la m a te ria
y el h o m b re . A caso el h o m b re p u e d a a y u d a r al a n im a l
en el p la n o e sp iritu a l, lo m ism o q u e to d o s los h o m b res
creen re c ib ir a y u d a de lo Invisible. Son o tro s ta n to s acto s I
de fe q u e n o c o rre n el riesgo de q u e la ex p erien c ia sen- f
sible los d e sm ien ta , y a q u e n o b u sc a n su apoyo.
E n to d o caso, n a d a nos p e rm ite a firm a r c ie n tífic a m e n te
una d e te rm in a d a e v o lu c ió n m o rfo ló g ic a y la ex isten cia de
\ una je ra rq u ía p ro g re siv a e n tre las especies v iv ie n te s: ta l

29
c re en c ia m a te ria lista es d e sm e n tid a p o r la o b serv ació n de
los hechos sobre los cuales p re te n d e basarse.
" U n a ilu sió n d o m in a esas soluciones de c o n tin u id a d entre
la m a te ria , la v id a , la co n cie n c ia, la in te lig e n cia, imag¡,
n a n d o u n paso p ro g resiv o : co m o si el tie m p o fu e ra por
sí m ism o c re a d o r y b a sta ra p a ra v in c u la r realidades eseiv
c ia lm e n te h e tero g é n e a s” . (R a y m o n d A ro n : I n tr o d u c tio n ¿
la p h ilo so p h ie de l’H is to ir e p ág . 3 9 ).
Sin e m b arg o , m u c h o s sabios nos a firm a n q u e n o hay
e n tre el m u n d o a n im a l y n o so tro s d ife re n c ia de naturaleza
o de esencia, sino sim p le m en te u n a d ife re n c ia de grado,
Las sociedades anim ales se nos p re s e n ta n com o sociedades
p e rfe c ta s , de reglas in m u ta b le s.
Las abejas, p o r ejem p lo , t r a t a n de h a lla r la s im e tría de
sus celdas y de sus panales cu alesq u iera sean las trampas
p re sen ta d a s p o r u n e x p e rim e n ta d o r. T o d o o c u rre com o si
lle v a ra n consig o u n esquem a glo b al p e rfe c to , n o suscepti.
ble de m o d ificacio n es. E l o b stá c u lo se salva y c iertas celdas
se c o n s tru y e n de m a n e ra a sim é tric a p a ra q u e el conjunto
v u e lv a a h a lla r su p e rfe c c ió n .
Sabem os q u e esta cien cia a rq u ite c tó n ic a de las abejas, de
las h o rm ig as o de los te rm e s n o se ad q u iere p o r aprendi­
zaje, es in n a ta .
U n a h o rm ig a n a c id a en el la b o ra to rio y colocada en un
h o rm ig u e ro h alla de golpe a c titu d e s fam iliares de su espe­
cie siem pre q u e se fa c ilite su in te g ra c ió n im p re g n á n d o la con,
ju g o de h o rm ig as to m a d a s en el n id o do n d e va a ser co­
lo cada, esto p a ra d arle u n o lo r, acaso u n sabor, q u e la
h a g a adm isib le sin d ific u lta d e n tre sus n uevas com pañeras
J. H . F a b re , e n to m ó lo g o o m ás b ien p o e ta de la natu ­
ra le za q u e v iv ió en el siglo pasado, h a b ía criad o u n capu­
llo a n ó n im o en u n a de esas jaulas de en rejad o metálico
q u e n u e stra s abuelas u tiliz a b a n en el c am p o p a ra conservar
los alim entos. i
E n el m o m e n to de la eclosión se c o n v irtió en u n a ma­
riposa h e m b ra q u e desplegó alas co lo r de carey , ribeteadas

30
de n eg ro , c o n c írc u lo s azules. A lg u n a s h o ras m ás ta rd e ,
grandes m ariposas m a c h o , en tra je de fiesta, v in ie ro n dev
todos los rin c o n e s del h o riz o n te a salu d a r a la jo v e n p r i n ­
cesa p risio n era.
E sta e x p erien c ia p ru e b a q u e existe e n tre las m ariposas
u n sistem a de tra n sm isió n y q u e ese " le n g u a je 55 n o p u ed e
aprenderse: es in n a to . L a jo v e n m a rip o sa lo h a b lab a c o ­
rrie n te m e n te desde su n a c im ie n to , a p esar de su aislam ien to .
D el m ism o m o d o los o rn itó lo g o s h a n re c o n o cid o la exis­
tencia de lo q u e lla m a ro n co n dem asiada ra p id e z ta m b ié n
el lenguaje de los p ájaro s. Si n o todos los tem as de c a n to
de ciertas especies son in n a to s, alg u n o s se re p ro d u c e n sin
que el sig n ificad o se m o d ifiq u e . U n p á ja ro c ria d o en c a u ­
tiverio y p u e sto en lib e rta d , si se h alla en su m ed io físic o
habitual, o c u p a rá p r o n to u n sitio en la sociedad alada q u e
le corresponde. U n a gallin a n a c id a en in c u b a d o ra , c ria d a
en u n a c ap o n e ra , sabrá sin n in g ú n a p re n d iz a je d a r el g rito
de alarm a q u e c o m p re n d e n sus c o m p añ e ra s de g allin ero ,
cuando pase la so m b ra del g av ilán .
Las sociedades anim ales son sociedades p o co m o d ificab les,
cuyas reglas n o se tra n s m ite n de u n a g e n erac ió n a o tr a
gracias a u n a en señ an za, sino q u e se c o n o ce n desde el n a ­
cim iento.
T ocam os c o n la m a n o la p r o f u n d a d ife re n c ia de esencia
y no de g ra d o q u e separa las sociedades anim ales y las so­
ciedades h u m a n as. Las reglas de u n as son in n a ta s, el c o m ­
p o rta m ie n to del a n im a l social n o es el f r u to de n in g ú n
aprendizaje; en los o tro s, al c o n tra rio , to d o es o b je to de
reglas a p ren d id as desde la in fa n c ia , rito s m inuciosos re v e ­
lados en el cu rso de largas cerem onias. R eglas y rito s d i­
fieren según las civ ilizaciones y las c u ltu ra s , p e ro el p e n ­
samiento q u e los su ste n ta , posee, lo v erem os en seguida, u n
indiscutible c a r á c te r de u n id a d .
Las posibilidades de cad a especie an im al, in te le c tu a le s o
físicas, son n e ta m e n te lim itad a s y p o co susceptibles de c re ­
cim iento. Se h a p o d id o en señ ar a c h im p a n c é s, a leones o

31
a e lefan te s c iertas a c titu d e s q u e a d o p ta n a u n a o rd e n , ge.
n e ra lm e n te bajo am en a z a im p líc ita . Sin e m b arg o , nin gút
d o m a d o r de genio h a enseñado a leer a u n m o n o y si a
fu e rz a de p a cie n c ia lo g ra enseñarle a re c o n o ce r alg u n as le,
tra s y a señalarlas, su a lu m n o jam ás h a p o d id o transm itir
a su v e z esa cien c ia n u e v a a sus congéneres.
U n psicólogo c rió al m ism o tie m p o a su h ijo y a n
c h im p a n c é . L a e d u c a c ió n y los cu id ad o s fu e ro n idénticos,
los juegos c o m p a rtid o s, los m ism os. A los dieciocho meses
p o d ía a d v e rtirse u n a v an ce p ro m e te d o r del jo v e n chita.;
p a n c é c o n re la c ió n a su h e rm a n o de leche. P ero , a los tres
años, el c a c h o rro de h o m b re , v estid o c o n u n m am eluquit«
rosa, h a c ía d ib u jo s sim bólicos y a q u e n o re p re se n ta tiv o s, sos.
te n ie n d o el lá p iz e n tre el p u lg a r y el ín d ic e ; su hermanoj
de leche, e n c am b io , v estid o c o n el m ism o m ameluquito,
n o lo g ra b a h a c e r m ás q u e g a ra b a to s in fo rm e s to m a n d o e!
lá p iz c o n el p u ñ o c e rra d o , p e rp e n d ic u la rm e n te al papel
L a f r o n te r a así esbozada se a c e n tu ó d ía a d ía ; el m uchachito
se c o n v irtió e n u n ser h u m a n o y el jo v e n c h im p a n c é afirmó
su id e n tid a d — co m o d ir ía n los filósofos— tre p a n d o a los
árboles sin re s p e ta r su m a m e lu q u ito . E l c a c h o rro de hom­
b re a p re n d ió el inglés, su h e rm a n o de leche e n c o n tró en
u n rin c ó n de su m e m o ria los viejos llam ados de la selva.
A sí, el len g u aje a rtic u la d o , tran sm isib le, c o n sus posibi­
lidades de a p re h e n d e r y de e x p re sa r el m u n d o , es u n a ca­
ra c te rís tic a fo rm a l de la n a tu ra le z a h u m a n a .
E n to d as las civilizaciones, de u n e x tre m o al o tr o de laj
h u m a n id a d , m ás q u e las m an o s del h o m b re q u e h a n cb
m in a d o la m a te ria , es el v e rb o el in s tru m e n to ú n ic o de toda!
c reació n . E n to d as las civ ilizaciones, ta m b ié n , el fu e g o es
el sím b o lo del v e rb o , p u es el h o m b re , de u n e x tre m o al
o tro del espacio y del tie m p o , h a to m a d o co n scien cia d¡
esos dos c rite rio s q u e lo d ife re n c ia n y lo aíslan en u n círculo
de lu z e n m ed io de las tin ieb las del m u n d o anim al.

32
CAPITULO II
V
ESE P O B R E H O M B R E P R E H I S T O R I C O

O i h a y u n person aje q u e ha e x c ita d o la in sp ira ció n de


^ los ca rica tu rista s, es el h o m b re de las cavern as, v estid o de
pieles, arrastrando p or los cab ello s hasta su a n tro a u n a
linda c a u tiv a , c a za n d o m o n str u o s en sus m o m e n to s de o c io ,
salvo qu e estos lo c a c e n a él.
Los d ibujos de los h u m o rista s e stá n ta n lejos de la realid ad
com o las te n ta tiv a s de re c o n s tru c c ió n de los p re h is to ria d o ­
res. " A lg u n o s sabios h a n p u b lic a d o re tra to s de c a rn e y hueso
no sólo del H orno N e a n d e r ta le n s is , c u y o esqueleto se conoce
hoy de m o d o su fic ie n te , sino ta m b ié n del H o m b re de P ilt-
dow n, cuyos restos son ta n fra g m e n ta rio s ; del H o m b re de
H eid elb erg, del c u a l sólo se tie n e el m a x ila r in fe rio r; del
P ite c á n tro p o , del c u a l se posee ú n ic a m e n te u n p e d az o de
cráneo y dos o tre s d ie n te s” (M a rc e llin B oule y H e n r i
V. V allois: L e s H o m m e s Fossiles, págs. 2 5 3 -2 5 4 ) .
Estas falsificacio n es e jec u ta d a s p o r alm as p u ra s tie n e n u n
solo fin : su b ra y a r c ierto s c a ra c te re s óseos de los h o m b res
prehistóricos, p a ra q u e sea plausible su re la ció n c o n el g ra n
árbol de la v id a q u e p a r te de N u e s tr a M ad re A m e b a h a sta
llegar al H o m b re B lan co . L a in serció n de la ra m a h u m a n a
se h a b ría h e ch o sobre la ra m a de los C a ta rrh in ia n o s — los
monos del viejo m u n d o — cu y as fosas nasales e stá n sepa­
radas p o r u n ta b iq u e , la n a riz d irig id a h acia abajo y los
m axilares p ro v isto s de tr e in ta y dos dien tes c o n colm illos
salientes.

33
E l p re h is to ria d o r m edio qu e cav a la tie rra piensa q u e va
a e n c o n tr a r u n a n tep asad o p e rd id o en las fro n te ra s de la
r
a n im a lid ad , sus h e rra m ie n ta s y, q u iz á , c o n u n p oco de suerte,
las huellas de sus curiosas supersticiones. T o d o descubrí,
m ie n to se sitú a, p o r lo ta n to , en u n c o n te x to evolucionista,
U n d ía u n p e ó n c am in ero e n c o n tró u n p ed azo de hueso
en u n c a m p o situ a d o c erca de P iltd o w n , en la parroquia
de F le tc h in g (S u sse x ), y lo en v ió al p re h isto ria d o r Dawson,
q u ie n lo id e n tific ó : era u n fra g m e n to de p a rie ta l. E n 1911,
el m ism o p re h is to ria d o r d escu b rió e n tre los escom bro s, en
el m ism o sitio, u n p e d az o m a y o r. E n to n c e s e m p re n d ió bús­
quedas S m ith W o o d w a rd , el e m in e n te p a leo n tó lo g o del Bri-
tish M u seu m , q u ie n , en 1912 h alló la m ita d d e re ch a de una
m a n d íb u la . E l c rá n e o te n ía u n a c a p a c id a d satisfactoria,
1.070 cm 3 según u nos, 1.500 según K e ith : es d e cir, como
lo d eclaró ese m ism o sabio, " la c ap a c id a d c ra n e a n a de un
b u rg u é s de L o n d re s” . P ero el m a x ila r era m aravillosam ente
simiesco. Ese lejan o a n tep asad o h a b ía c o n q u ista d o y a el
p e n sa m ie n to g racias a su c re c im ie n to cefálico , p e ro que­
d a b a ligado a la a n im a lid ad p o r su m a x ila r.
E n agosto de 1913, u n p aleo n tó lo g o fra n c é s, el abate
T e ilh a rd de C h a rd in , ex p lo ró el y a c im ie n to y encontró»
u n colm illo q u e a trib u y ó al m edio m a x ila r; este colm illo|
re fo rz a b a a ú n m ás los c arac te re s simiescos del m axilar.
C o m o el c o n ju n to se in sc rib ía en el sen tid o de la historial]
del ev o lu cio n ism o , fu e a d m itid o sin discusió n posible has-|
ta 1953. f¡
D u r a n te c u a re n ta años, el H o m b re de P iltd o w n fu e elj;
a rg u m e n to m a y o r de los p re h isto ria d o re s. E n 1953, los se-j
ñores W e in e r, Le G ros, C la rk y O a k le y , p o r m edio de do­
sificacio nes de flú o r, p ro b a ro n q u e el m a x ila r in fe rio r y
los d ien tes p e rte n e c ía n a u n m o n o , y n i siquiera a u n mono j
p re h istó ric o sino a u n m o n o m o d e rn o , cuyos restos "limados
y m aq u illad o s h a b ía n sido in tro d u c id o s adrede en el yaci­
m ie n to ” . (M a rc e llin B oule y H e n r i V . V allois: en op, I
d i . , p á g . 193 a d d e n d u m a la 4a edic. 1 9 5 3 ). E l ex am e n '

34
con la lu p a del fam oso co lm illo rev eló “ e stría s paralelas
com o h u b ie ra p o d id o p ro d u c irla s u n ab rasiv o ” ( id .) . E l
H o m b re de P iltd o w n e ra u n a g rosera fa lsific ac ió n .
C onviene q u e reco rd em o s e n ta l sen tid o q u e las fa lsifi­
caciones posibles de G lo zel, e n sen tid o inverso de la te o ría
evolu cionista, n o tu v ie ro n n i siq u iera el b e n eficio de la d u d a ,
ni u n p la zo de alg u n as h o ras, y a q u e n o c u a re n ta años
de im p u n id a d co m o el H o m b re de P iltd o w n . T res m il q u i­
nientos o b jeto s se re c h a z a ro n sin n in g u n a v e rific a c ió n , sin
n in g ú n análisis.
Pero, en cam b io , resto s h etero g én eo s se id e n tific a n c o n
m ucho en tu siasm o y e n tr a n e n la co m p o sició n de so rp re n ­
dentes re c o n stru cc io n e s.
E l P ith e c a n th r o p u s M a d jo k e r te n s is n a ció de la p a rte p os­
terio r del c rá n e o de u n a d u lto y de u n m a x ila r d e sc u b ie rto
"en el m ism o n iv e l arq u e o ló g ico ” . D e l m ism o m o d o , el
P ith e c a n th r o p u s e re c tu s fu e re c o n stitu id o p o r W e in e rt a
p a rtir de u n sim ple casq u e te c ra n e a n o .
D e u n fra g m e n to de hueso b ro tó u n h o m b re : u n c a p í­
tulo de la h isto ria de la h u m a n id a d c u id ad o sa m en te re c o r­
tado p a ra q u e e n tre en la p e rsp e c tiv a ev o lu cio n ista.
E l H o m b re de P iltd o w n , causa de ta n to s e rro re s, d e b e ría
in fu n d ir en los paleo n tó lo g o s m a y o r sen tid o c rític o .
D em asiadas te o ría s se h a n e d ific ad o sobre la fe de u n
hallazgo ú n ic o . E l A t la n th r o p u s M a u r ita n ic u s , p o r e je m ­
plo, h a b ría sabido fa b ric a r groseras h e rra m ie n ta s, p ero ig ­
noraba to d o lo re la tiv o a la in d u s tria del fu eg o .
Los p re h isto ria d o re s y a im a g in a n a n u e stro s antepasados
cam ino a la “ h o m in iz a c ió n ” , g o lp ean d o al a z a r esquirlas
de sílice p a ra o b te n e r lám in as c o rta n te s h a sta el d ía en
que, p o r a z a r, el fu e g o h a b ría b ro ta d o .
Es u n a te o ría m u y a tre v id a q u e so p o rta m a l el es­
queleto del A tla n th r o p u s : u n h o m b re qu e q u iz á h a b ía ol­
vidado e n c e n d e r fu e g o aq u el d ía .
D u ra n te las excavaciones realizad as en las g ru ta s de
C h u k u tie n , al sudoeste de P e k ín , en 1921, los d o c to re s A n -

3J5
1

dersson y Z d a n sk y e n c o n tra ro n dos m olares de tip o hiu


m an o . E n 1928, el d o c to r W . C . P éi recogió fra g m e n to s de
c rá n e o , dos p edazos de m a n d íb u la y algunos dientes aislados;
luego, en 1929, u n casq u ete c ra n ea n o . E l S in a n th r o p u s Pe~
k in e n s is , y a n o m b ra d o p o r el d o c to r D a v id so n B lack , apa­
re c ía en el m u n d o c ie n tífic o .
E n 1931, el d o c to r P éi señaló la p resen cia en C h u k u tie n
de hogares y de n u m ero sas p ied ras talladas. La h um anidad
del S in á n tro p o es desde en to n ce s e v id en te. N o h a y u n o solo
de sus c a ra c te re s m o rfo ló g ico s q u e n o se p u e d a e n co n trar
en u n a u o tra de las razas h u m a n a s ex isten tes en u n grado
m ás o m enos n e to .
Los p aleo n tó lo g o s tie n e n el c a n d o r — o la p resen cia de
á n im o — de c o m p a ra r, en sus tra ta d o s, los crán eo s de los
h o m b re s p re h istó ric o s co n el c rá n e o de u n h o m b re blanco
del siglo X X , tr a ta n d o de m o s tra r p o r la m o d ific a c ió n de
la caja c ra n e a n a el le n to d e sp e rta r del p en sam ien to .
Sin em b arg o , reflex io n em o s sobre esos p rim ero s elem en­
tos. Se h a n e n c o n tra d o crán eo s sobre to d o ; los huesos largos
e sta b a n g e n e ra lm e n te q u eb rad o s. D e esto se h a deducido
q u e los S in á n tro p o s e ra n a n tro p ó fa g o s y q u e p r e f e r ía n el
c e re b ro y la m é d u la de sus v íc tim a s. P ero la fa u n a era
m u y a b u n d a n te en la reg ió n d o n d e v iv ía n . "Se pensó que
se tr a ta b a en aq u el caso de u n can ib alism o r itu a l p ro ce­
d e n te de re p re se n ta cio n es m á g ic a s. . . el ag u jero occipital
de algunos de los crán eo s fu e e n san ch ad o acaso p o rq u e se
quiso e x tra e r el c e re b ro ” . (J . M a rin g e r: U h o m m e préhis-
to r iq u e e t ses d ie u x , p á g . 6 1 ).
E l can ib alism o q u e los p re h isto ria d o re s e v o can c o n fre­
c u e n c ia n o es siem p re u n a c e rtid u m b re . A c tu a lm e n te sólo
lo hallam os en religio nes e x tre m a d a m e n te co m p lejas; un
fe n ó m e n o q u e h a so b rev en id o e n el desarrollo de u n pen­
sam ien to , p e ro n o u n h ech o p rim o rd ia l. ¡
Es la o p in ió n ex p resad a p o r E. V o lh a rd en su o b ra clásica j
K a n n ib a lis m u s ( 1 9 3 9 ) . ;

36
N o e n c o n tra m o s huellas, en la h isto ria de la h u m a n id a d
de u n can ib alism o p u ra m e n te a lim e n tic io salvo d u ra n te
las terrib les h a m b re s e n tre los esquim ales, hace p o co , y
a veces, de tie m p o en tie m p o , en E u ro p a . E n to das las
otras ocasiones, el can ib alism o está siem pre asociado a c ie r­
tas fo rm as del p e n sa m ie n to religioso.
N o es posible e x p lic a r el S in á n tro p o , q u e se q u e rría c o n ­
v e rtir casi en m o n o , sino en u n c o n te x to sagrado. H u b o
que reco n o cerle u n r itu a l fu n e ra rio q u e im p lic a b a la c re e n ­
cia en la ex isten cia de ese p rin c ip io invisible que es el
alma y en las relacio nes del m u n d o invisible y la tie rra
de los h o m b res. Si n o se c re y e ra en la existen cia del alm a,
para q u é c o m e r ritu a lm e n te el c ere b ro de u n m u e rto en
una c o m a rc a d o n d e la caza a b u n d a .
Sin em b arg o , estam os según los p re h isto ria d o re s, e n el
alba de la h u m a n id a d , u n alba f r ía , y a q u e c o rre sp o n d e
a la g laciació n del M in d e l R iss, m u c h o s m iles de siglos
antes de n u e stra era. E l h o m b re está p re sen te en to n ces,
poseedor del fu e g o y de rito s, v u e lto ya h a cia lo Invisib le.
D esde el P leistoceno su p e rio r, al fin a l de la ú ltim a ép o ca
glacial, h a y en E u ro p a tre s razas de h o m b re s: G rim a ld i,
C ro -M ag n o n y C h an celad e. E l h o m b re de G rim a ld i es
un n egroide q u e p re se n ta to d o s los c a ra c te re s de la ra z a
negra a c tu a l; el h o m b re de C ro -M a g n o n se e n c u e n tra t o ­
davía h o y en D o rd o g n e y en A fric a del N o r te , d o n d e lleva
una ex isten cia apacib le. E l h o m b re de C h a n c e lad e q u e v i­
vía cerca de P é rig u e u x se p a re c ía a u n E skim o.
F uera de E u ro p a , los crán eo s hallados en las p a m p as,
el crán eo de T a lg a i, en A u stra lia , y de B oskop, e n A fric a
del Sur, p re s e n ta n los c a ra c te re s de los A m e rin d io s, au s­
tralianos y afric a n o s. Es d e c ir " q u e poseen y a el tip o h u ­
mano h o y p ro p io del c o n tin e n te d o n d e se los h a e n c o n ­
trado” (T e ilh a rd de C h a rd in : U a p p a r itio n d e l’h o m m e ,
págs. 4 7 - 4 8 ) .

37
J
E l d e sc u b rim ie n to del h o m b re de A sselar p o r los señores *
B esnard y M o n o d en 1927, en el te rrito rio a c tu a l del M ali/
v ino a c o n firm a r esta visió n: era u n h o te n tó te .
Sin d u d a , la re p a rtic ió n de las razas h u m a n as en el Pa-
le o lític o a n tig u o n o era id é n tic a a la de hoy. P ero desde
esa ép o ca en la c u a l se q u iere s itu a r el alb a de la hu-
m a n id a d , h a b ía blancos sem ejantes a los h a b ita n te s de la
D o rd o g n e y a los bereberes actu ales, negros análo gos a
los q u e conocem os y am arillo s algunos de los cuales tenían
el tip o eskim o. Q u iz á h a b ía a ú n a q u í y allá g ru p o s en
v ías de e x tin c ió n análo gos al P ith e c a n tr o p u s . "L os hombres
de la ed ad del re n o n o d escienden del h o m b re M oustérien
y n o pod em o s re la c io n a r este ú ltim o c o n el P itecán tro p o ,
así co m o los europeos establecidos en el C ap y en A ustralia
n o p ro v ie n e n de los b u sh m en y de los ta sm an ia n o s” (T heil-
h a rd de C h a rd in : L e p h é n o m è n e h u m a in , p ág . 4 7 ) .
La o b serv ació n c ie n tífic a sólo c a p ta el p aralelism o de
g ru p o s h u m a n o s d ife re n te s, análo gos a los que conocemos
h o y . N o ten em o s el d erech o de a d m itir u n p u n to de in­
serció n de la h u m a n id a d en el tro n c o su p u e sta m e n te evo­
lu tiv o de la a n im a lid a d : es u n p o stu la d o o u n a c to de fe,
n o u n a c o n clu sió n lógica. Q u e rem o s v e r u n tro n c o único
de ra m a s d iv e rg e n tes m ie n tra s q u e la o b serv ació n de los
hechos nos p re se n ta u n a selva de árboles d ife re n te s y ne­
ta m e n te separados.
U n a o b stin a d a v o lu n ta d de h a lla r el "eslab ó n p erd id o ”
lleva a los sabios m ás ín te g ro s a fo r z a r los hechos, a sacar
conclusiones an tes de h a b e r e m p re n d id o el m e n o r análisis,
E l A u stra lo p ite c o es el ejem plo m ás re c ie n te de ello.
Sus restos se d e sc u b rie ro n en c av ern as y n o fu e ro n asocia­
dos a u n a c ap a geoló gica, lo q u e h ace p ro b le m á tic a toda;
d a ta . P o r lo ta n to , h u b o qu e basarse en las osam entas de|
anim ales q u e se h a lla b a n m ezclad o s co n aquéllos. E ste p ro ­
c e d im ie n to , si n o se lo a c o m p a ñ a c o n análisis q u ím ic o , ca-j
re ce de v a lo r, pues la p a le o n to lo g ía n o p u ed e fija r con!

38
certeza la fe c h a e n la c u a l h a v iv id o y se ha e x tin g u id o
una especie. v
A ú n h o y , m u c h o s p aleo n tó lo g o s a d m ite n q u e el A u s-
tralo p iteco h a p o d id o ser c o n te m p o rá n e o del h o m b re . E sto
ha sido c o n firm a d o m u y re c ie n te m e n te p o r u n e stu d io de
los sitios re a liza d o p o r el d o c to r K e n n e th P . O a k le y , a n ­
tropólogo del B ritish M u seu m .
E l A u s tra lo p ite c o p u d o ser a los h o m b re s de u n a ép o ca
lo que sería el y é ti — el ab o m in ab le h o m b re de las nieves—
si se lo d e sc u b rie ra p ró sp e ro e n u n r in c ó n del H im a la y a :
un c o n te m p o rá n e o q u e n a d a p e rm ite e rig ir en an tep asad o .
Si ab o rd am o s el d o m in io d el p e n sa m ie n to a y u d á n d o n o s
con alg unas huellas dejadas p o r los h o m b re s de la p re h is­
toria, n o hallam os n a d a q u e p u e d a p e rm itirn o s a firm a r u n
proceso ev o lu tiv o . H a b ía , desde el P a le o lític o a n tig u o , c i­
vilizaciones d ife re n c ia d a s m u y análo gas a las civ ilizaciones
tradicio nales q u e so b rev iv en a ú n fu e ra de E u ro p a .
D esde el N e a n d e rta lie n se , e n c o n tra m o s se p u ltu ra s c o n dis­
posición r itu a l del c u e rp o . N o h u b o jam ás e n tie rro p r e ­
m a tu ro de u n a c a rro ñ a e m b arazo sa o a b a n d o n o de u n es­
queleto in ú til, com o h a c e n las h o rd a s anim ales.
Se h a lla ro n tu m b a s e n C rim e a en 1923, e n M o n t C a rm e l
entre 1930 y 1932, en U z b e k is tá n e n 1938. P e rte n e c e n al
Pleistoceno su p erio r, es d e c ir q u e d a ta n de q u in ie n to s siglos
antes de n u e stra era o q u iz á m il siglos, seg ú n los au to res.
U n a tu m b a de n iñ o h a lla d a en 1938 en la g ru ta de
T e sh ik -T a c h , en el sudeste de U z b e k is tá n , estab a ro d ead a
de cuernos de cab ras: p a re c ía m ás a n tig u a q u e n u e stro
período m u sterien se, o sea que se re m o n ta b a a las p rim e ra s
edades del P leistoceno su p erio r.
La p rim e ra s e p u ltu ra h a lla d a en M o u stie r, en D o rd o g n e ,
que d a ta b a del N e a n d e rta lie n se , c o n te n ía los resto s de u n
joven de dieciséis a dieciocho años. E l esqueleto estab a ex ­
tendido sobre el co stad o d erech o , las p ie rn a s replegadas, la
cabeza a p o y ad a sobre el codo d erech o . B ajo su n u c a h a b ía
u n m o n to n c ito de p edazos de sílice. E l b ra z o iz q u ie rd o

39
estab a e stira d o ; ta l vez h a b ía sido sep u ltad o co n u n her.
T
m oso p u ñ o y u n a ra e d era de sílice en la m a n o q u e tam bién
se e n c o n tra ro n .
O tra s excavaciones realizadas de 1909 a 1929 p o r D.
P a y ro n i y el d o c to r C a p ita n t p e rm itie ro n d e sc u b rir la se.
p u ltu r a c o lec tiv a de L a Ferrassie, en D o rd o g n e : seis tumbas
q u e p re s e n ta b a n diversas p a rtic u la rid a d e s. Los c in c o esque.
letos de h o m b re s esta b a n o rie n ta d o s de este a oeste y el
esqueleto fe m e n in o e n la d ire c c ió n o p u esta.
Los sílices tallad o s, las o sam entas de anim ales, el ocre
ro jo h allad o en las se p u ltu ra s m o u ste ria n as son presentes
hechos a los m u e rto s, o m ás b ien accesorios de u n ritual
fu n e ra rio q u e, la m e n ta b le m e n te , te n d em o s a sim p lific a r de.
m asiado. E n to d o caso, n o son objetos de la m ism a capa
arq u eo ló g ica q u e las tu m b a s q u e se h a b ría n re u n id o por
a za r.
E n c iertas se p u ltu ra s del P a le o lític o , los crán eo s estaban
rodeados c o n fre c u e n c ia de redecillas co m p u estas de pe­
qu eñ as co n ch as p e rfo ra d a s. Es el caso del esqueleto de la
g r u ta del C av illo n , del ad olescente e n c o n tra d o en la se­
p u ltu r a N 9 2 de B o rm a G ra n d e y del esqueleto de Baousso
d a T o rre ( c o n fr. a este p ro p ó sito H . B reu il en C hristian
Z erv o s: L ’a r t d e V e p o q u e d u r e n n e e n F ra n e e, p ág . 31),
A caso p u e d a v in c u la rse este a d o rn o fu n e ra rio c o n la red
q u e en E g ip to c u b r ía el ro stro de los m u e rto s, com o símbolo
del o rd e n v ita l c read o al m ism o tie m p o qu e el universo,
es d e c ir la vida. E sta relació n la sugiere la p resen cia de
las co n ch as m a rin a s en los a d o rn o s de la edad del reno
" so lid a riz a n d o la m u e rte c o n el p rin c ip io cosm ológico Luna,
A g u a , M u je r, re g e n erá n d o lo , in se rtá n d o lo en lo cósmico
y p re su p o n ie n d o , a im ag en de las fases de la lu n a , naci­
m ie n to , m u e rte y re n a c im ie n to ” ( H . B reu il: o p . cit
p á g in a 3 1 ).
E l h o m b re m o d e rn o debe v o lv e r a si m ism o y pensar
q u e las o fre n d a s depositadas en las tu m b a s n o im p lic a n la
sim ple c re en c ia e n la c o n tin u a c ió n de u n a v id a terrestre

40
larval, así c o m o n o se e n tie rra a u n aca d é m ico c o n su
espada en v ista de fu tu r o s co m b ates. v
E n todos los casos en q u e se h a lla n c rá n eo s aislados,
como el d e sc u b ie rto en la g r u ta de G u a tta r i en M o n t
Circeo, e n tre R o m a y Ñ a p ó les, en 1939 p o r A .C . B lan c,
hay huellas c iertas de p rá c tic a s ritu ales.
Los p re h isto ria d o re s h a n su p u esto ta m b ié n que ese c rá n e o
había sido colocado p rim e ro sobre u n so p o rte de m a d era,
una estaca q u e te rm in ó p o r d esin teg rarse. E l asp ecto de
la sala d o n d e se h a b ía d ep o sitad o p e rm ite p e n sa r que los
hom bres q u e h a b ita b a n la g r u ta lo v e n e ra b a n , pues en
esa época y a sólo se p o d ía lleg ar a ella a rra strá n d o se ;
además, n u m ero sas o sam en tas de anim ales en el suelo sin
n in g ú n resto h u m a n o , ev o can sacrificio s pasados o los res­
tos de com id as fu n e ra ria s. E stam o s n o o b sta n te en el P a ­
leolítico a n tig u o . P rá c tic a s ritu ale s a te stig u a n la c reen cia
en la in m o rta lid a d del alm a y en el p o d e r de los m u e rto s
de a c tu a r com o p ro te c to re s o co m o in terceso res de los vivos.
El crán eo del a n tep a sad o colo cado al fo n d o de la g r u ta
es el te stim o n io de su p resen cia invisib le, u n a presencia
tan real que los h o m b re s — sin d u d a los descen d ien tes del
m uerto— sólo a rra strá n d o se se p re se n ta b a n a n te él.
Los abates A . y J. B ouyssonie — q u e d e sc u b rie ro n el
H om bre de la C h a p e lle -a u x -S a in ts el 3 de agosto de
1908— a d v irtie ro n q u e la c a v e rn a sep u lc ra l era m u y baja
y n u n c a h u b ie ra p o d id o serv ir de h a b ita c ió n . Las osam entas
quebradas e x p an d id a s sobre la tu m b a e ra n , pues, los restos
de festines fu n e ra rio s: se h a n p o d id o ta m b ié n re c o n s tru ir
bien que m a l v e in tid ó s renos, doce bisontes, dos o tres
caballos salvajes y u n íbice. "E s m a te ria lm e n te im posible
que ta n g ra n c a n tid a d de caz a h a y a sido in g e rid a d u ra n te
un solo fe s tín , p u e sto q u e el a b rig o n o era ta n espacioso
para qu e se re u n ie ra n allí n u m ero so s co n v id ad o s. D ebem os
adm itir qu e m u c h o s festines se su ced iero n en m e m o ria del
m uerto o q u e h u b o sacrificios p ro p ic ia to rio s ” (J . M a rin g e r,
op. cit.y p á g . 7 4 ) .

41
Los m a n u s de las islas del A lm ira n ta z g o tie n e n , en la|
T
a c tu a lid a d , cre encias y rito s análogos. C ad a casa, dicen,
está p ro te g id a p o r el alm a de u n m u e rto re c ien te . En
p rin c ip io este m u e rto debe ser el p a d re , p e ro u n h ijo puede
ig u a lm e n te o c u p a r esa posición. E l c rá n e o se g u a rd a en
la casa y debe v e la r p o r la v id a m o ra l de la familia,
E n v ía la e n fe rm e d a d , la desgracia e n todas sus formas,
si las reglas del g ru p o h a n sido tra n sg re d id a s (c o n fr. Mar-
g a re t M ead : T h e M a n u s o f th e A d m i r a l t y Islans en " C o n -
p e titio n a n d C o o p e r a tio n ”, págs. 2 1 9 - 2 2 0 ) .
E n la C h a p e lle -a u x -S a in ts, estam os en p resen cia de un
sa n tu a rio trib a l y n o de u n a lta r d o m éstico co m o entre
los m a n u s. L a d ife re n c ia n o pasa de allí.
Esos diversos elem en to s m a n te n id o s en silencio en los
tra ta d o s de a n tro p o lo g ía , in clu so en los m ás voluminosos,
nos p e rm ite n re c o n o c e r sin v a cilac ió n la ex isten cia en eli
N e a n d e rta l de la co m id a fu n e ra ria ta l com o se la practica
en E u ro p a o rie n ta l y en la z o n a del M e d ite rrá n e o hasta
n u e stro s días. E ste rito , q u e se llam a sla va en Y ugos­
lavia o tv a ’ada e n las regio nes a ra b ó fo n as de Africa
del N o r te , tie n e co m o fin a lid a d e stre c h a r los lazos de la
c o m u n id a d de los vivos y re n o v a r el c o n tra to de alianza
co n el an tep a sad o m u e rto , p r o te c to r invisible del grupo
(c o n fr. Je a n S erv ier: L es F o rte s de l’A n n é e , p ág . 77 y
s ig u ie n te s ). !
C rá n eo s de osos d escu b rió B aech ler en el D rachenloch,
u n a g r u ta de los A lp es de S tiria : seis crán eo s, casi todos
colo cados e n n ich o s n a tu ra le s de la ro c a ; c o n o tra s osa-;
m e n ta s, c ad a u n o de ellos se h a lla b a ro d ead o de planchas
de p ied ra. E l hueso del m u slo de u n oso m ás jo v en había
sido co lo cad o bajo su a rc a d a sig o m á tica y dos huesos largos i
q u e p e rte n e c ía n a esqueleto s d ife re n te s lo so ste n ía n , evo-!
c an d o así u n n u e v o n a c im ie n to . E l m ism o prehisto riador
h alló enseg u id a, m u y al fo n d o de la g ru ta , n u e v e cráneos
de oso p ro te g id o s p o r p la n c h a s de p ie d ra . M ás ta rd e , siempre
e n la z o n a a lp in a y p a rtic u la rm e n te en el W ildenm annlis-

42

]
lach, a 1.628 m e tro s de a ltu ra , B aech ler realizó des­
cu b rim ien to s análo gos: u n c rá n e o de oso y tre s huesos largosv
protegidos p o r u n a p la n c h a de p ie d ra , luego o tro s c in c o
cráneos de p la n tíg ra d o s , todos d esprovistos de m a n d íb u la s,
pero sostenidos p o r largos huesos.
E n 1964, en la g r u ta de los F u r tin s cerca de C lu n y ,
un p re h isto ria d o r fra n c é s, A . L e ro i-G o u rh a n , e n c o n tró sie­
te cráneos de osos de las cav ern as dispuesto s en c írc u lo
a más o m enos u n m e tro c in c u e n ta de la e n tra d a .
Lo qu e so rp re n d e en to dos estos casos, m in u c io sa m e n te
estudiados p o r p re h isto ria d o re s c o m p e te n te s, es la re p e ti­
ción de la asociació n c rá n e o de oso y huesos largos q u e
nos h acen p e n sa r en el a n tig u o sím b o lo in ic iá tic o de m u e rte
y re su rre cc ió n : el c rá n e o y los dos fé m u re s c ru z a d o s
que re p re se n ta n u n n u e v o n a c im ie n to . E l d e sc u b rim ie n to
de A . L e ro i-G o u rh a n nos m u e stra u n a disposició n r itu a l
de los crán eo s y d estaca el h allazg o h ech o p o r K . E h re n -
berg, en u n a m ism a c ap a, de tres crán eo s de osos de las
cavernas colocados en n ich o s n a tu ra le s e n la p a re d de
una g ru ta . C ad a c rá n e o reposaba sobre tre s p ied ras; h a b ía
fragm entos de c a rb ó n de m a d era y huesos largos y o rie n ­
tados de este a oeste.
C iertos p re h isto ria d o re s h a n q u e rid o v e r en esos n ich o s
de p ied ra sitios de reservas, n ev eras en las q u e am as de
casa descuidadas h a b ría n o lv id ad o u n a cab eza de oso; o tro s
han p re te n d id o v e r en ellos tro fe o s de c az a d estin ad o s a
adornar u n a sala de re c ep c ió n . T ales hip ótesis se ría n a d m i­
sibles si n o tu v ié ra m o s las p ru e b a s de la e x isten cia de u n
culto del oso p a rtic u la rm e n te te n a z . C a d a elem en to de
ese c o n te x to p re h istó ric o p u e d e ser destacad o p o r hechos
recientes. A n te to d o , rito s de fe c u n d id a d , señalados p o r
la presencia del c rá n e o y de los huesos in ta c to s: e n m u c h as
civilizaciones volv em os a h a lla r la p ro h ib ic ió n de ro m p e r
los huesos largos de los anim ales c u y a m u ltip lic a c ió n se
desea, lo m ism o que la p ro h ib ic ió n de c o m e r la m éd u la.
A ún h o y , e n tre los m u su lm a n es del n o rte de A fric a está

43
ved ad o q u e b ra r los huesos largos del c a rn e ro sacrificado!
ritu a lm e n te al A id en c o n m e m o ra c ió n del sacrificio de
.1
A b ra h a m .
B aech ler h a b ía p ensado en u n a c o stu m b re de los chey,
sours, u n a n tig u o p u e b lo m o n ta ñ é s del C áu caso , q u e, antes
de p a r tir a u n a ex p ed ició n , p ro m e tía al dios de la caza
c iertas p a rte s de los anim ales q u e a b a tiría n : "Depositan
esas o fre n d a s, c rán eo s de osos, cu ern o s de ciervos o cuernos
de íbices, en c o n stru c c io n e s c irc u lares de piedras secas eri­
gidas sobre las cim as q u e d o m in a n su te rrito rio de caza”,
H a y q u e n o ta r q u e esas p rá c tic a s de los chevsours re-
cien tes, ta n sem ejantes a las de los h o m b res de N eandertal,
p u e d e n relacio n arse co n u n a in sc rip c ió n griega en la que
se co n sag ra a H e rm e s, dios de los bosques y de los eriales, |
u n tro fe o de caz a sobre u n a lta r de pied ras b ru ta s.
H u m ild e s sím bolos p u e d e n e x p re sa r sistem as de pensa-(
m ie n to com plejo s. J. M a rin g e r ( o p . c it., p á g . 124) men­
cio n a u n c o lg a n te de hueso d e sc u b ie rto en las capas mag-
d alen ian as de la g r u ta de R a y m o n d o n , cerca de Chancelade,
en D o rd o g n e . " L o a d o rn a u n g ra b a d o qu e p arece repre­
se n ta r u n a escena de o fre n d a ritu a l. Se ve u n a g ra n ca­
beza de b isonte, e n te ra , a ú n u n id a a la c o lu m n a vertebral;
dos p a ta s del an im al, c o rta d as, e stá n colocadas a n te ella.
A u n lado y a o tro de la c o lu m n a v e rte b ra l h a y hombres
re p re se n ta d o s e sq u e m á tic a m e n te : c u a tr o a rrib a y tre s abajo.
U n o de los h o m b re s de la fila in fe rio r sostiene u n a especie
de p a lm a com o si realizase u n r ito ; se d istin g u e n a su
lado alg u n o s o b jeto s q u e h a c e n p e n sa r en arco s” .
La im p o rta n c ia a trib u id a a la c o lu m n a v e rte b ra l n o deja
de re c o rd a r el rito de c la u su ra de la caza del hipopótam o
e n tre los so n g h ay de N ig e ria , ta l co m o lo film ó Je a n Rouch.
Los cazadores, luego de h a b e r despedazado al an im al, d e -;
v u e lv e n al río la cab eza u n id a a la c o lu m n a vertebral, j
p a ra q u e la v id a re to rn e a la vid a.
E n A fric a del N o r te , se e n c u e n tra n estaciones típicas j
llam adas " c a ra c o le ra s” , "d ep ó sito s a rtificia le s d o n d e, al lado \

44
de in n u m erab les co n ch as m ezclad as c o n cenizas y de alg u n as
osamentas de anim ales, se halla u n a b u e n a c a n tid a d dev
herram ientas de sílice tallad as en g ra n p a rte m ic ro lític o ,
de hueso y de cáscaras de huevos de a v e s tru z ” (M a rc e llin
Bouley H e n r i V allois, o p . c i t p ág . 4 4 2 ) .
N um erosos esqueletos se d e sc u b rie ro n en esas caraco leras
y con fre c u e n c ia se h a pensado en el a b a n d o n o p u ro y
simple de u n esqueleto h u m a n o en m edio de co n ch as vacías.
La v erd ad q u iz á n o sea ta n sim ple.
H ace p oco to d a v ía , en cad a e n tie rro se d a n z a b a u n baile
funerario p a rtic u la r en C ó rc eg a , la carcfigola o d a n z a
del caracol, qu e to m a b a su n o m b re de la disposición de
las v o c e r a tric e — las lloronas— qu e d e sc rib ía le n ta m e n te
una espiral c u y o c e n tro era el c u e rp o in a n im a d o sobre su
parihuela. P a ra c o m p re n d e r el sen tid o p ro f u n d o de esta
danza, ten em o s q u e re fe rirn o s a los collares de co n ch as
de caracoles q u e llev an las m áscaras q u e e n c a rn a n los
antepasados en los m o m e n to s c rític o s del año solar e n tre
los bereberes del n o rte de A fric a (J e a n S ervier, op. c it.,
pág. 3 6 3 ). " E l c arac o l p a rtic ip a de lo h ú m e d o y sólo sale
de la tie rra después de la llu v ia. Se e n c u e n tra así ligado
al ciclo de los cam pos, c o n v e rtid o en el sím b o lo de la
fecundidad d ad a p o r los m u e rto s y a d o rn o casi necesario
del antepasado qu e ha re to rn a d o a la tie rra de los h o m b res
para fe c u n d a rla , p o rta d o r de to d o s los sím bolo s de la fu e rz a
del cielo y de las to rm e n ta s b ie n h ec h o ra s” (Id ., p ág . 3 7 1 ).
E n los criad ero s de caracoles de A fric a del N o r te , es
decir en el m ism o p a ís d o n d e h ace p o co d a n z a b a n las
máscaras ad o rn a d as de conchas, el c a ra c o l era q u iz á el
símbolo de la v id a y de la re su rre c c ió n , la espiral del
eterno re to rn o .
O tro s rito s de la m ism a época p a re c e n p o d e r in te r p r e ­
tarse según la e tn o lo g ía c o m p a ra d a , o sea que h a n v iv id o
hasta n u e stro s días en el p e n sa m ie n to de los h o m b res.

45
1

E l c u lto del oso, a testig u a d o en el P a le o lític o antigu^


nos lleva a m e n c io n a r, p a ra c o m p re n d e rlo y situ a rlo mejot
en su c o n te x to de p e n sa m ie n to , hechos de c iv iliz ac ió n ale.
jados en el tie m p o y en el espacio: la G re cia antigua,
los ainous al co m ie n zo de este siglo, C a ta lu ñ a , e n 1963,
"L os an tig u o s nos h a n re fe rid o qu e las jóvenes atenienses,
antes de su m a trim o n io , te n ía n q u e consagrarse al serv¡.
c i ó . . . de la A rte m isa de M u n y c h ie o de la A rte m isa de
B ra u ro n p o r u n p e río d o de d u ra c ió n p a ra nosotros
desconocida. E sta c o n sa g ra ció n se designaba c o n u n a pa-
lab ra p a rtic u la r a rc te ia ; las jóvenes q u e re a liz a b a n este
n o v iciad o se lla m a b a n a r c to i, las osas. Las leyendas etio.
lógicas que, e n su to ta lid a d , a lu d en a u n a osa, favorita
de A rte m isa y sa c rific a d a de m a n e ra sacrileg a, prueban
qu e era así co m o los a n tig u o s e n te n d ía n la p a lab ra. La
co n sag ració n de las jóvenes v írg e n e s se co n sid erab a como
u n a ex p iació n de la m u e rte del a n im a l sag rad o ” ( H . Jean-
m aire: C o u r o i e t C o u ré te s, p á g . 2 5 9 ) .
E n tre los ain ous, u n p u e b lo de ra z a b la n ca q u e habitaba
la isla de H o k k a id o e n J a p ó n , se a c o stu m b ra b a , a ú n al
co m ien zo del siglo X X , s a c rific a r u n oso cria d o y ama­
m a n ta d o p o r u n a m u je r. “ Se le p re s e n ta n excusas p o r tener
qu e q u ita rle la v id a, p e ro se le h ace c o m p re n d e r que se
está obligado a ello, sin lo c u a l, si su alm a n o fu e ra li­
berad a de su c u e rp o , n o p o d ría c u m p lir su m isión de men­
sajero a n te la d iv in id a d de la m o n ta ñ a que debe proteger
a los ainous” (M o n ta n d o n : L a c iv ilisa tio n A i n o n , p á g . 153).,
E n la te o g o n ia ain o u , el oso d iv in o A io in a fu e enviado
p o r el Ser S u p rem o p a ra c re a r e in s tr u ir a los ainous. i
(M o n ta n d o n , o p . c it., p á g . 15 5 ) .
E n A m é ric a del N o r te , c u a n d o u n oso h a b ía sido m uerto
e n tre los assiniboin — u n o de los p ueblos sio ux— se le di- ¡
rig ía n plegarias. Los h o m b re s le o fr e c ía n ta b a c o y c in tu ­
rones bordados. Se re a liz a b a n fiestas en su h o n o r p a ra ganar

46
sus favores y c o n v e rtirlo en in te rm e d ia rio del c la n o de
la trib u . L a cab eza del oso se g u a rd a b a e n el c a m p a m e n to '-
d u ran te vario s d ías a d o rn a d a de c in ta s rojas, de collares
y plu m as de c o lo r: se le p re se n ta b a in c lu so la p ip a de la
paz (c o n fr. D o rse y : A s t u d y o f S io u a n c u lts , p á g . 4 7 7 ) .
E n fin , en A rle s -s u r-T e c h e n el V a llesp ir, c erca de A m é -
lie-les-Bains, tien e lu g a r el B al! d e l’O s, juego o d a n z a
del oso. U n p erso n aje e n m asc arad o re p re se n ta al oso q u e
debe casarse co n u n a m u je r llam ad a R o se tte . L uego de
haber bailado c o n el oso, ella se escapa y el oso, fu rio so ,
trata de arro jarse sobre todas las m u jeres de la c o n c u r r e n ­
cia; fin a lm e n te le d a n c az a y lo m a ta n (C o n fr . H . C h a u -
vet: T r a d itio n s p o p u la ire s d u R o u s i l l o n ) .
E n Solsona, e n C a ta lu ñ a , dos h o m b re s d isfrazad o s de
oso aco m p a ñ a n la p ro cesió n del C o rp u s (c o n fr. J . A m ad es:
Guia de fe ste s tr a d ic io n a ls de C a ta lu n y a ) .
Estas m a n ife stac io n e s del c u lto del oso se d ista n c ia n m u ­
cho en el tie m p o y en el espacio; sin e m b arg o , to d a s e stá n
unidas p o r el m ism o hilo de p e n sa m ie n to q u e p o n e en ju eg o
los m ism os sím bolos. E stas cerem o n ias te n ía n lu g a r al fin a l
del in v iern o , a la e n tra d a del n u e v o ciclo. L a fiesta de
A rtem isa M u n y c h io n h a b ía d ad o ta m b ié n su n o m b re a u n
mes del año ateniense, del 15 de a b ril al 15 de m ay o de
nuestro c ale n d a rio g re g o ria n o ; el sac rificio de los ainous
se realizaba ig u a lm e n te al co m ie n zo de la p rim a v e ra y el
Ball de l’O s de V a llesp ir se d esarro lla a lre d e d o r del 12
de feb rero , d esp lazad o sin d u d a h a sta esta fe c h a p o r las
diversas m ascarad as q u e señ alan el fin a l del in v ie rn o .
En todos los casos citad o s, com o ta l vez p a ra los h o m b res
prehistóricos, el oso, c o n su p ro lo n g a d a h ib e rn a c ió n en
una cav e rn a y su salida en la p rim a v e ra , era el sím b o lo
del ciclo de las estacio nes y ta m b ié n el signo de la v id a
después de la m u e rte , u n a p rim a v e ra n u e v a luego de la
larga s e p u ltu ra del in v ie rn o .

47
E n la ép o ca en la q u e q u erem o s v e r el alb a de la
m a n id a d , los h o m b re s te n ía n las m ism as c e rtid u m b re s.
las h a n ex p resad o y tra n s m itid o en el cu rso de los ^
lenios y de los siglos m e d ia n te los h u m ild e s sím bolos
oso y el c arac o l, c o n v e rtid o s en presagios de la resu rg e
ció n.
CAPITULO III
¿SOMOS H O M B R E S P R E H IS T O R IC O S ?

os po c o s h ech o s p reh istó rico s q u e co n o c e m o s p u ed en


in te rp re ta rse a la lu z de los hechos actu ales y tie n e n
con ellos, si n o u n a sim ilitu d d ifíc il de a firm a r, al m enos
una g ra n an alo g ía.
Los evolucionistas nos d icen , sin e m b arg o , q u e la in te ­
ligencia del h o m b re h a ido p e rfe c c io n á n d o se sin cesar,
al m ism o tie m p o q u e a u m e n ta b a su c a p a c id a d c ra n e a n a
y que se a te n u a b a n c ierto s c a ra c te re s bestiales o simiescos
de su ro stro y de su c u erp o .
¿Q ué sabem os de la c a p a c id a d c ra n e a n a de los h o m b res
prehistóricos? H e a q u í alg u n as c ifra s dadas p o r R . H a r -
tw eg en su cu rso de a n tro p o lo g ía d ic ta d o en el M useo
del H o m b re .

Sinántropo 1 .1 0 0 a 1 .2 0 0 c m .3 (m a c h o )
1 .0 5 0 c m .3 (h e m b ra )
N eandertal 1 .4 0 8 c m .3
M ont C ircé 1 .5 5 0 c m .3
Le M oustier 1 .5 6 4 c m .3
La C h a p elle-a u x -S a in ts 1 .6 2 5 c m .3
La Ferrassie 1 .641 c m 3
Mujer de G ib raltar 1 .3 0 0 c m .3
Mujer de la Q u in a 1 .3 6 7 c m .3
C ro-M agnon 1 .5 5 0 a 1 .5 9 0 c m .3 (m a c h o s)
1 .5 0 0 c m .3 (h em b ra s)

49
1
C o m p á re n se , seg ú n R . H a r tw e g , las capacidades cranea-
ñas de las ra z as actu ales:

H om bres Mujeres

A lsa cia n o s 1.5 0 1 c m .3 1 .2 8 5 cm .3


Parisienses 1 .5 5 9 c m .3 1 .3 3 7 cm .3
EUROPA
H o la n d eses 1 .5 3 0 c m .3 1 .3 9 0 cm .3
A u v ern eses 1 .6 0 9 c m .3 1 .4 4 5 c m .3

H o te n to te s
y B osq u im an os 1 .3 1 7 c m .3 1 .2 5 3 c m .3
A F R IC A
C afres 1 .5 4 0 c m .3 1 .3 2 0 c m .3
N e g r o s (d iv e rso s) 1 .4 6 2 c m .3 1 .2 6 7 c m .3
------------------------------------ —----

A i'nou 1 .4 6 2 c m .3 1 .3 0 8 c m .3
A S IA T c h u k tc h i orien ta les 1 .5 3 0 c m .3 1 .4 0 5 c m .3
Japoneses 1 .4 8 5 c m .3 1 .3 1 9 c m .3

C aribes 1 .4 1 0 c m .3 1 .3 9 0 c m .3
A M E R IC A E sq u im ales 1 .5 3 5 c m .3 1 .4 2 9 c m .3
A ra u ca n o s 1 .4 2 0 c m .3 1 .3 4 0 c m .3

1
A u stra lia n o s 1 .3 4 7 c m .3 1 .1 8 1 c m .3
P olin esios 1 .5 0 0 c m .3 1.3 8 1 c m .3
O C E A N IA
T asm an ia n os 1 .4 0 6 c m .3 1 .2 3 0 c m .3
N eo -C a le d o n io s 1 .4 6 0 c m .3 1 .3 3 0 c m .3 I
1

E l sin á n tro p o c o n sus 1 .2 0 0 c m 3 de c ap a c id ad craneana,


h a ría b u e n p a p e l e n tre los a u stralian o s actu ales o los ho-
te n to te s ; el h o m b re de la C h a p e lle -a u x -S a in ts a d m ite la
c o m p a ra c ió n c o n u n parisiense.

50
Más aú n , después del n e o lític o n o h a h a b id o v a ria c ió n
real en la c a p a c id a d c ra n e a n a . R . H a r tw e g d a los re*
sultados de R e tz iu s, q u e h a e stu d iad o q u in ie n to s c in c u e n ta
cráneos suecos: en la ép o ca n e o lític a los h o m b re s te n ía n
1.502 c m 3 de c a p a c id a d c ra n e a n a y las m u je re s 1.276
cm 3; en la E d a d M edia, los h o m b re s te n ía n n a d a m ás q u e
1.476 c m 3 de c a p a c id a d c ra n e a n a y las m u je re s, al c o n ­
trario, 1.291 c m 3: estas d ife re n c ias son in sig n ific a n tes.
La cap acid ad c ra n e a n a no h a v a ria d o desde la A n tig ü e d a d :
los rom anos del Im p e rio te n ía n , seg ú n Sergi, 1.505 c m 3
para los h o m b res y 1.308 p a ra las m u je re s; los ro m an o s
m odernos, según N ic o lu c c i, tie n e n 1.513 c m 3 p a ra los
hombres y 1.312 p a ra las m u jeres. S eg ú n el m ism o sabio,
los h a b ita n tes de P o m p e y a te n ía n 1.500 c m 3 p a ra los h o m ­
bres y 1.323 p a ra las m u jeres m ie n tra s q u e los n a p o lita n o s
m odernos, según D e Blasio, tie n e n 1.401 c m 3 p a ra los
hom bres y 1.294 p a ra las m ujeres.
N osotros, p o r ta n to , seguim os a los h o m b re s q u e tie n e n
la cap acid ad c ra n e a n a de las v e d e tte s de la p re h isto ria
conservadas en las v itrin a s de los m useos: n o so tro s m ism os
tenemos ig u al c a p a c id a d q u e u n o de esos crán eo s de ó rb ita s
vacías a los qu e aco rd am o s apenas u n a m ira d a c u a n d o p o r
azar lo e n c o n tra m o s e n el rin c ó n de u n a v itrin a .
U n a m u je r a u stra lia n a a c tu a l, c o n 1.181 c m 3 de c a ­
pacidad se a p ro x im a , pues, a u n sin á n tro p o q u e te n ía e n tre
1.100 y 1 .200 c m 3. Los n ean d ertalien ses del M o n t C irc é
o del M o u stier, c o n 1.500 y 1.564 c m 3 de c a p a c id a d c r a ­
neana, se a c e rc a n m u c h o a los parisienses actu ales co n sus
1.559 c m 3. E n fin , el h o m b re de N e a n d e rta l, c o n 1.408
cm3, te n ía u n a c a p a c id a d c ra n e a n a m u y sem ejan te a la
de u n n a p o lita n o m o d e rn o (1.4 01 c m 3) .
Para q u e el a u stra lo p ite c o sea el eslabón p o r fin e n ­
contrado e n tre la a n im a lid ad y el h o m b re , c o n sus 600
cm 3 de c a p a c id a d c ra n e a n a , te n d ría m o s q u e h a lla r fo rm as
que tu v ie ra n 610, 620, 650, 700, 900 c m 3. P o r lo ta n to ,
está m ás c e rc a del m o n o y de los . 450 c m 3 del gorila!
q u e del h o m b re ; n o es u n eslabón q u e fa lta . !
E l ev o lu cio n ism o , q u e ve en el b ra z o aleta del coela.
c a n to el estadio p re p a ra to rio p a ra la a p a ric ió n del la.
g a rto , a d m ite sin e m b a rg o u n salto b r u ta l de 600 c m 3 de
c a p a c id a d c ra n e a n a a 1 .000 y u n paso sin tra n sic ió n entre
los m ie m b ro s d ife re n c iad o s dos a dos del h o m b re y las
c u a tr o m an o s del m o n o tre p a d o r.
P o r u n m o m e n to el peso del c ereb ro re tu v o la aten·,
c ió n ; p e ro h u b o q u e a b a n d o n a r m u y p ro n to esta hipótesis
de in v e stig a c ió n al c o m p ro b a r q u e el c ereb ro de los es­
quim ales y el de los b o u ria ta s de M ongolia, es, término!
m edio, m ás pesado q u e el de los europeos. 1
Se h a h a b lad o de u n a c o m p le jid ad c re c ie n te del encéfalo,
signo de u n a e v o lu ció n p a ra lela del p e n sa m ie n to . Parecía
n o rm a l, en e fe c to , qu e las " ra z a s in fe rio re s” tu v ie ra n ce­
reb ro s sim ples g ro se ra m e n te e stru c tu ra d o s , m ás rú stic o s que
el c ere b ro del h o m b re b lan co .
E l e stu d io de las c irc u n v o lu c io n e s cerebrales y de las
d ife re n c ias q u e p re s e n ta n de u n a ra z a a o tra n o h a llevado
m u y lejos. C ie rto s rasgos m o rfo ló g ic o s q u e se c re ía reser­
vados a las " ra z a s p rim itiv a s ” se v o lv ie ro n a encontrar!
e n el h o m b re b lan co . E n 1909, K o h lb ru g g e e m p re n d ió un
e stu d io e x ten siv o sobre c e re b ro de japoneses, m alayos, aus­
tra lia n o s y holandeses. D istin g u ió m ás de o ch o cien tas par-1
tic u la rid a d e s m o rfo ló g ic as de las h e n d id u ra s sin h a lla r una
sola q u e p e rte n e c ie ra esp ecialm en te a u n a ra z a. L a forma
de u n su rco p u e d e hallarse m ás fre c u e n te m e n te en una!
ra z a q u e en o tr a sin serle sin e m b a rg o e x clu siv a m e n te par­
tic u la r ( C o n fr . C o rn e liu s J. C o n n o lly : E x te r n a l m orpho
lo g y o f th e p r im a te b r a in , p á g . 2 6 ) . I
S urcos b ien c a ra c te rístic o s q u e a p a re c e n sobre u n va­
ciad o e n d o c ra n e a n o se e n c u e n tra n p o r ejem plo en el hombre j
p re h istó ric o y en el h o m b re m o d e rn o .
Los m ism os rasgos generales c a ra c te riz a n el c e re b ro hu­
m a n o c u a lq u ie ra sea la especie e stu d iad a : p o r ejem plo , el

J>2
gran desarrollo de la c irc u n v o lu c ió n f r o n ta l in te rio r e n la
que se ha situ ad o el c e n tr o m o to r de la p a la b ra . V o lv em o s
a hallar esta p a rtic u la rid a d ta n to e n el p ite c á n tr o p o co m o
en el sin á n tro p o p e ro n o e n el a u stra lo p ite c o o e n los
monos a n tro p o id es.
Si h u b ie ra desarro llo c o n tin u o d el c e re b ro d el a n im a l
al h o m b re, h a b ría d eb id o h a b e r e n el u m b ra l de la h u ­
m anidad tran sicio n es q u e n o hallam os. L a c o m p le jid a d c re ­
ciente de las c irc u n v o lu c io n e s cereb rales d e b e ría c o rre sp o n ­
der a u n a in te lig e n c ia c a d a v ez m ás g ra n d e . N o h a y n a d a
de eso. Si se le d iera a u n h o te n to te o a u n p ig m eo la
posibilidad de c o n v e rtirse en m in is tro de E sta d o o in g e ­
niero, n o se asistiría a u n a m o d ific a c ió n c o rre sp o n d ie n te
de la p ig m e n ta c ió n de su piel, lo c u a l, sin e m b arg o , p o ­
dría halagar m u c h a s vanidades.
Com o to dos los c a ra c te re s so m ático s, n i los rasgos m o r ­
fológicos del e n cé fa lo , n i ta m p o c o su peso n i su v o lu m e n ,
pueden p e rm itir estab lecer u n p ro ceso e v o lu tiv o c u a lq u ie ra
a través de las ra z as h u m a n a s n i c o n v e rtirlo s e n u n a escala
de valores.
D ebem os c o n c lu ir e n la ex isten cia de g ru p o s h u m a n o s q u e
han su frid o pocos cam bios a p a r t i r del m o m e n to en q u e
han dejado u n a h u ella c ie rta de su paso. P a ra le la m e n te ,
ha habido especies diversas de g ra n d e s m onos, alg u n o s
de los cuales h a n co n serv ad o sensiblem ente las m ism as
formas, del M ioceno a n u e stro s d ías, m ie n tra s qu e o tra s
parecen h a b e r desap arecid o . E l o rig e n c o m ú n sigue q u e ­
dando en p u n to s suspensivos en los árboles genealó gicos
de los evolucionistas. A m enos q u e, p a ra p asar de u n g ru p o
a otro, se o p te p o r e m p le a r la c o rta escala p o co c ie n tífic a
de la m a cro o m e g a -m u ta c ió n , es d e c ir el e te rn o s u b te r­
fugio ev o lu cio n ista del " s a lto ” , del e je m p la r in te rm e d io
nunca p ro b a d o y ta n in v e rific a b le co m o u n m iste rio re ­
ligioso.
D u ra n te m u c h o tie m p o , los a n tro p ó lo g o s y los p re h is­
toriadores p e n sa ro n q u e el a u m e n to de la c ap a c id a d c e f á ­

i3
lica d e b ía d e te rm in a r u n p ro g reso c o rre sp o n d ie n te de la
in te lig e n cia. D e esta te o ría no q u ed a m ás qu e algunos pres¡
juicios ten aces, p re te x to s cóm odos p a ra todas las co n q u e
tas, p a ra to d as las opresiones.
L a te o ría del ev o lu cio n ism o se h a in sin u ad o h a sta en las
ciencias q u e se p ro p o n e n el c o n o c im ie n to del h o m b re. Su
c o n trib u c ió n h a sido la te m ib le div isión de la humanidad
en razas superiores y en razas in fe rio res: a firm a c ió n llena
de consecuencias, p e ro q u e sosiega el e s p íritu y halaga ai
h o m b re b la n co , a q u ie n ella c o n v ie rte en el resu ltad o de
la creació n . E l resto de la h u m a n id a d n o es e n to n ces más
q u e u n m useo, u n re p o sito rio de las te n ta tiv a s y de las
esp eran zas del h o m b re en la r u ta bien re c ta qu e va de
los g u ija rro s en esquirlas a los tira n te s elásticos.
E l p ro g reso , n o m b re d ado a esta m a rc h a h acia adelante,
se co n cib e co m o u n a in m en sa m a re a c u y o flu jo ineluctable
deja a trá s e n tern ec e d o re s vestigios ap ro p iad o s p a ra estimu­
la r u n in te ré s c ie n tífic o de b u e n to n o . E n esta hipótesis!
to d o viene a c o n firm a r la c á n d id a e sp eran za del hombre
b lan co . E l n e g ro es u n " n iñ o g ra n d e ” , re c u e rd o de los;
balbuceos de la h u m a n id a d ; el ro jo es ta m b ié n u n niño i
ávido de a g u a rd ie n te , de abalo rio s y de largas carabinas;
el am arillo es u n viejo ad o rm e cid o p o r el opio , perdido
en los sueños del pasado.
E n sus sueños de p o d e r, el b la n co se c o n te m p la solo en
el p re sen te , d o m in a n d o el m u n d o , d o m in a n d o las fuerzas i
de la m a te ria .
La te o ría del ev o lu cio n ism o ap licad a al h o m b re h a te­
n id o u n a im p o rta n c ia co n sid erab le en la fo rm a c ió n del pen­
sam ien to o c c id e n ta l. E n el fo n d o n o es m ás q u e u n a ten­
ta tiv a filo só fica y c ie n tífic a p a ra ju s tific a r el Occidente,!
Se e n c u e n tra en los relato s de los a n tig u o s viajeros unaj
p re v e n c ió n e v id e n te al c o n sid e ra r a los h o m b re s de los ¡
c o n tin e n te s n u ev o s co m o seres en la fr o n te r a de la ani-j
m alid ad .
E n 1599, S im ón de C ordes y Sebald de W e e r t p a sa ro n
nueve meses en el estrec h o de M agallanes. " U n d ía — e ^
cribieron— la trip u la c ió n c a p tu r ó u n a m u je r y sus dos
hijos. . . C u a n d o ella co m ió se e n d erez ó sobre sus ta lones
en la p o stu ra de u n a m o n a , m ira n d o casi de la m ism a
m anera” (J. E m p e ra ire : L es N ó m a d e s d e la M e r , p á g .
142).
Para que se c o n sid e ra ra h o m b re s a los in dio s fu e n e c e ­
saria u n a b u la p a p a l en 1537. Los filósofos h a n seguido
oponiendo n e ta m e n te el h o m b re b la n co al h o m b re de co lo r
ju stificando " filo s ó fic a m e n te ” la e sc la v itu d y la tr a ta , re ­
chazando la tím id a a firm a c ió n de D e sc artes: " . . .y lu ego,
viajando, re c o n o c í q u e to dos los q u e tie n e n sen tim ien to s
m uy c o n tra rio s a los n u e stro s n o son p o r eso b á rb a ro s n i
salvajes sino que m u c h o s e m p le an la ra z ó n ta n to o m ás
que nosotros” ( D isc o tirs de la M é th o d e , 1 · p a r t e ) .
El " b u e n salv aje” ap areció m ás ta rd e ; p re se n ta d o p o r
Jean-Jacques R ousseau, sólo el n o m b re tie n e de salvaje:
es, en e fe cto , u n c iu d a d a n o g in e b rin o q u e se a lim e n ta de
frutos, p ra c tic a el n u d ism o y v ie rte to rre n te s de lág rim as
por u n sí o p o r u n n o , a la m o d a de las "alm as sensibles”
de la época.
N adie halló n u n c a las huellas del " b u e n salv aje” de
Jean-Jacques R ousseau, salvo, q u iz á , e n los c a m p a m e n to s
natu ristas del siglo X X .
Pero los c ad a v e z m ás n u m ero so s n a v e g a n te s, q u e re ­
gresaban de las islas, te n ía n sobre la c u e stió n ideas b ien
diferentes. Las salvajes, lejos de ser h o m b re s libres q u e v i­
ven en estado de n a tu ra le z a , tie n e n tales p reju icio s que
ponen o b stácu lo s a la a c e p ta c ió n de la so b e ra n ía sin e m ­
bargo le g ítim a del re y de F ra n c ia , de In g la te rra , de E s­
paña o de P o rtu g a l. E sta idea fu e c ad a v ez m ás in so p o r­
table en O c c id e n te . A l fin a l del siglo X IX , se estim ab a
adulta y civ iliz ad a p o rq u e a ca b ab a de d e sc u b rir los goces
que p ro c u ra la d o m in a c ió n de la m a te ria p o r la m á q u in a
de v a p o r y el gas de a lu m b ra d o , al m ism o tie m p o q u e
--------------------------------------------------- . 1
a firm a b a in q u e b ra n ta b le s e s tru c tu ra s sociales g racias al cue.
lio p o stiz o de celuloide.
P areció u rg e n te v e stir a los salvajes y re d u c ir sus pre.
ju icios y sus supersticiones.
P e ro y a , a co m ien zo s de este siglo de las luces y del
v a p o r, u n m a te m á tic o , A u g u sto C o m te , h a b ía explicado
a la h u m a n id a d de m a n e ra ra c io n al. E l h o m b re , anunciaba,
h a b ía fra n q u e a d o tre s etap a s e n su ev o lu ció n :
— E l estad o te o ló g ico , d o n d e to d o se v u e lv e a D io s ,
d o n d e el p o d e r p o lític o se c o n cib e sólo com o la conse-
c u e n c ia de u n m a n d a to d iv in o :
— E l estado m e ta fís ic o , d o n d e el h o m b re , re c h az an d o la
in te rv e n c ió n c o n tin u a de la d iv in id a d , a d m ite la existencia
de e n tid a d es p u ja n te s y fu e rz a s in ex p licad as:
— E n fin , el estado p o sitiv o en q u e el h o m b re , capaz
de p o n e r el cosm os en ecuaciones t r a ta de a p lic a r a todas
las ram as del saber el m é to d o m a te m á tic o .
E sta a firm a c ió n n o era n u e v a a p a r tir de Aristóteles.
H a y q u e re c o n o c e r q u e siem p re tie n e é x ito , sobre todo
c u a n d o los sabios q u e la e n u n c ia n se sitú a n — n o hace
f a lta d ecirlo — a la cab eza del p e lo tó n , en el estado más
a v a n z a d o de la h u m a n id a d .
E stos po sitiv istas en am o rad o s de ciencias ex actas comen­
z a ro n p o r e n u n c ia r u n a ley a n tes de re c o g er hechos.
P ero era p o sitiv ism o y esta a firm a c ió n , sim ple hipótesis
de in v e stig ac ió n , si n o u n a c to de fe, se p re se n ta b a como
u n a ev id en cia lógica q u e sim p le m en te h a b ía q u e verificar
p a ra d escarg o de la co n cien cia.
Señores resp etab les p u siero n m an o s a la o b ra , inven­
ta ria n d o g ra v e m e n te b ro m as de c ap itan e s de a ltu ra o can­
dideces p a rtid is ta s de m isio neros, clasifica n d o en sus fi­
cheros in clu so dudosos re c o rte s de diarios.
P a ra ellos, n o sólo el h o m b re b la n co era la coronación
de la c re a c ió n sino q u e estab a aislado sobre su p ic o como
u n a c ig ü e ñ a en u n c a m p a n a rio al d ía sig u ien te de una
in u n d a c ió n .

J>6
r
U nico en su especie — y p rá c tic a m e n te ú n ic o v e rd a d e ro
representante de la especie h u m a n a — , se h a lla b a ro d ead b
de seres in m u n d o s q u e apenas se p o d ía c a lific a r de h o m b res,
pues d e v o ra b an a su p ró jim o , id e n tific á n d o se in c lu so c o n
animales y , en el co lm o de la c o n fu sió n m e n ta l, d ándose
nombres de p ájaro s.
E m in entes sociólogos co m o D u rk h e im , e n 1912, re p e tía n
con d iv e rtid a in d u lg e n c ia : "L o s b o ro ro son a ra ra s” ; los
bororo son indios de a lg u n a p a rte de la A m é ric a a u stra l,
los araras, p ap ag ay o s rojos y verdes, q u e c laro , n o p r e ­
sentan e n tre sí n in g u n a relació n . E n co n secu en cia estos
pobres salvajes n o e ra n capaces, n i siq u iera de co n ceb irse co m o
hombres p u e sto q u e se id e n tific a b a n c o n pap ag ay o s. D e ­
cididam ente, era e v id e n te q u e "esas g e n tes” n o p e n sa b a n
como nosotros: si a ú n n o h a n lleg ad o a n u e s tra h erm o sa
lógica o c c id e n ta l es, sim p le m en te, p o rq u e son " p rim itiv o s ” .
La p a lab ra tu v o f o r tu n a : ¡p rim itiv o s!
Helos a q u í, pues, a estos salvajes q u e h a n escapado vivos
de las m anos del C re a d o r al alb a del m u n d o , estos n iñ o s
terribles de la tie rra jo v en llena de rarezas, de sueños y
de m o nstruos. ¡H elo s a q u í! H irs u to s , p in ta rra je a d o s co m o
para el Baile de los Q u a t - Z ’a rts, la n a riz y los labios h o ­
radados, c o n m ás p lu m a s q u e las necesarias p a ra el so m ­
brero de u n aca d é m ico allí d o n d e h a b r ía n d eb id o lle v a r
un p a n ta ló n . E stos salvajes n o e ra n m ás q u e n iñ o s testigos
de la ju v e n tu d del m u n d o , cru eles, ávid os, p ro n to s a la
cólera y a la a d o ra ció n .
E n seguida, los generosos blancos les d ie ro n gran d es
bienes a cam b io de u n solo signo al pie de u n p a p el: al­
cohol, telas rojas, p erlas de v id rio . Los b lan co s erig iero n
entonces palos q u e llev ab an e x tra ñ a s c o b e rtu ra s b rillan te s
que c ru jía n al v ie n to , lu ego a firm a ro n q u e la tie rra de
los antepasados, la selva de las cazas m ilen arias, el ag u a
de los río s y de los lagos y h a sta el m a r de las p ira g u a s
eran p ro p ie d a d de los m isteriosos p o te n ta d o s del p a ís
de las b ru m as.

yt
Pues a n te ta n to olvido p o r p a rte del C re a d o r, el deber'
T
de O c c id e n te era lle v a r sobre sus h o m b ro s a esos hermano$j
a b an d o n ad o s y enseñarles las verd ad es esenciales q u e van
desde los an tep asad o s galos h a sta la c ig a rra imprevisora
q u e c a n tó d u ra n te to d o u n v e ra n o , p asan d o p o r el metro,
la diez m illo n ésim a p a rte del c u a r to del m e rid ia n o terres,
tre . E n c am b io de ello, te n d r ía n el d erech o de comprar
c o to n ad a s a los tra fic a n te s blancos p a ra vestirse y pagar
im p u e sto al g o b e rn a d o r b la n co en signo de integración
en la g ra n fa m ilia h u m a n a . E ra u rg e n te q u e los salvajes
d e ja ra n el estado te ológico en el c u al e stab an sum idos para
in iciarlo s, m e d ia n te el tra b a jo fo rz a d o , en el estado me«
ta fís ic o , esp eran d o q u e la era p o sitiv a a ca b a ra de ilumi«
n arlo s h acién d o les c o n o ce r los goces del p ro le ta ria d o .
A co m ien zo s del siglo X X , h a y a u to re s q u e n o vacilaron
en h a b la r de sociedades " in fe rio re s 55, su p o n ien d o u n a je«
ra r q u ía de las sociedades y so b re en te n d ie n d o la existencia
de sociedades superiores en a lg u n a p a rte , acaso en Occidente,
A ta l p ro p ó sito p o d ría m o s re m itirn o s a u n o de los clásicos
del g é n ero : L é v y -B rü h l: L e s f o n c tio n s m e n ta le s dans fe
so cié té s in fé r ie u r s . ,
T a l v ez, el p rim e r c o n ta c to de los blancos c o n los re­
p re se n ta n te s de civilizaciones ta n d ife re n te s de la nuestra ¡
p ro v o c ó b u e n n ú m e ro de situ acio n es curiosas que Lévy-
B rü h l re g istró g ra v e m e n te com o ta n ta s o tra s p ru eb as en
re fu e rz o de su te o ría . ( C o n fr . o p. c i t ., p ág . 7 1 ) . '
E l R e v e re n d o E d e lfe lt llega a M o tu -M o tu , en Nueva
G u in e a, c u a n d o se e x tie n d e a lo larg o de la costa una I
ep id em ia de p leu resía. Lo acu san a él, a su m u je r y a
los m o n ito re s c o n v e rtid o s, de ser los cau san tes del flagelo,;
Los n a tu ra le s sa c rific a n u n c a rn e ro del R ev e re n d o , sin re- ¡
su lta d o ap reciab le. V e n e n to n ce s u n r e tr a to de la reina j
V ic to ria colgado en la p a re d de la m isión y exigen su j
sacrificio . E l R e v e re n d o se niega, se in d ig n a , luego, más
ta rd e , c u a n d o la ep id em ia h a pasado re c u e rd a divertido
este h ech o , c o n v irtie n d o esta a n é c d o ta en o tro ejem plo en

58
apoyo de la te o ría de los " n iñ o s g ra n d e s” (C o n fr . del
R everendo E d e lfe lt: C u s to m s a n d s u p e r s titio n s o f N e w '*
G uinea n a tiv e s, en P ro ceed in g s o f th e Q u e en sla n d b ra n c h
of the R o y al G e o g rap h ica l S o ciety o f A u stra lia , 1 8 9 1 -2 ,
V II, págs. 2 3 -2 4 ) .
La histo ria n o nos dice si el R e v e re n d o E d e lfe lt se sin tió
culpable de u n b rev e discurso el d ía de su llegada e n el
acto de co lg ar en la p a re d el glorioso re tra to . ¿ N o h a b ía
afirm ado qu e esa a n c ia n a m o fle tu d a re in a b a sobre la t e r ­
cera p a rte de las tie rra s em erg en tes y n o le h a b ía a t r i ­
buido u n p o d e r q u e los h a b ita n te s de M o tu -M o tu e x te n ­
dieron a la e n fe rm e d a d , la v id a y la m u e rte . Y , sin e m ­
bargo, se acusa a los p rim itiv o s de ra z o n a r p o s t h o c erg o
p ro p ter h o c , es d e cir, c u a n d o cesan de h a b la r e n la tín
de sociólogos, " lu e g o del h ech o y p o r lo ta n to a causa del
hecho” .
¿Pero son los ú nicos?
Las lo te ría s n acio n ales nacid as de las d ific u lta d e s e c o ­
nómicas de m u c h o s países de O c c id e n te se h a n a p ro v e ­
chado de e s tru c tu ra s m e n ta les te n d ie n te s al m ila g ro : esta
disposición se h a fo rtific a d o sin q u e, p o r ello, la c iv ili­
zación o c c id e n ta l deje de ser lo q u e es, sin q u e deje de
asegurar el p a p e l q u e p re te n d e d ese m p e ñ ar en el m u n d o .
Luego de esto, y p o r lo ta n to a causa de esto, ta l sería
la lógica p ro p ia de los salvajes. Los sociólogos n o h a n v isto ,
quizá, los carteles en los quioscos d o n d e se v e n d e n los b i­
lletes de lo te ría : " A q u í se v en d ió el b illete p re m ia d o ” . ¿ N o
es una m a n e ra de d e c ir q u e la p o sib ilid ad sopla p a r tic u ­
larm ente sobre ese rin c ó n de las g ran d es avenid as, e n la
abertu ra de u n a d e te rm in a d a p u e r ta co ch era. Los billetes
premiados serían , pues, com o los h o ngos y las b riz n a s de
m uguete, a g ru p a d a s en los m ism os claros del bosque. E n
el e sp íritu del c o m p ra d o r m edio, ¿las posib ilid ades de h a ­
llar o tro billete p re m ia d o son, pues, m ás g ran d es en d e te r ­
minado quio sco p a r tic u la r q u e en o tro ?

59
1
E l ra z o n a m ie n to es sin e m b a rg o el m ism o q u e el qUe'
consiste en v in c u la r c o n u n a ep id em ia la llegada de un
m isionero. N o pasa p o r allí la fr o n te r a , si es q u e h a y una
e n tre el h o m b re b la n co del siglo X X y sus herm anos de
o tra s civilizaciones.
Los tra ta d o s de socio logía actu ales o, co m o d ic en los f¡.
lósofos, los tra ta d o s de a n tro p o lo g ía , re to m a n eternamente
los m ism os ejem plos d e fo rm a d o s q u e n o se sabe có m o fueron k
reco g id o s y q u e p asan de lib ro e n lib ro re to m a d o s y piad
giados sin cesar.
E ngels, p a ra c o n s tr u ir su te o ría sobre " e l o rig e n de la
fa m ilia , de la p ro p ie d a d p riv a d a y del E sta d o ” , se sirve de
ejem plos sacados de u n lib ro de L e w is-H . M o rg a n apare-
cid o e n 1877: A n c i e n t s o c ie ty o r researches in th e Une of
h u m a n p ro g re ss f r o m S a v a g e r y th r o u g h B a rb a rism to el
v iliz a tio n — , u n a o b ra c u y o t í t u l o es u n a te o ría que le
p e rte n e c e — q u e se fu n d a en hechos recogid os e n tre 1840
y 1870.
E sto n o im p id e q u e filósofos m o d ern o s re to m e n la obra
de E ngels y re c u rra n a su a u to rid a d . L ey en d o tra ta d o s más
m o d e rn o s, q u ie ro d e c ir, c u y a fe c h a de ed ició n es reciente,
se tie n e la im p resió n de leer ejercicios, v ariacio n es sobre
tem as in m u ta b le m e n te fijados c o n la a y u d a de piezas in­
m u ta b le s ta m b ié n : u n juego de ajed rez y n o u n esfuerzo
p a ra c o m p re n d e r lo h u m a n o .
Los c o m p o rta m ie n to s m ás caprichosos se a trib u y e n a los
" p rim itiv o s ” c o n el c u id a d o de " h a c e r sensacio nalism o” , co­
m o d ic e n los p erio d istas, p a ra s u b ra y a r m e jo r la p articu ­
la rid a d y el aislam ien to de la c iv iliz ac ió n o c cid e n ta l. N unca
se sitú a n en su c o n te x to los hechos c ita d o s; n u n c a tampoco
h u b o u n a te n ta tiv a p a ra h a lla r en el h o m b re b la n co com­
p o rta m ie n to s y m odos de p e n sa m ie n to análogos.
" E n A m é ric a del N o r te , se su p o n e q u e los m iem b ro s del
tó te m del v ie n to tie n e n u n a in flu e n c ia especial sobre los
b liz z a r d s y a ellos se d irig e n quienes q u ie re n o b te n e r q u e una
brisa se le v a n te c u a n d o los m o sq u ito s son dem asiado ino­

60
p ortunos” (D o rse y : S io u a n c u l i s ) . E sta c ita e líp tic a d a d a
por L é v y -B rü h l n o da idea p recisa del h e ch o ex p u esto p o r
Dorsey: “ E l c u lto de los c u a tr o v ie n to s es lo m á s d ifíc il
de ex p licar; es u n c u lto m u y c o m p lic a d o ” ( O p . c it.,
página 4 4 6 ).
Pero ¿qué etn ó lo g o to c a d o de p lu m a s de águilas y c o n la
piel ro ja escrib irá u n d ía q u e e n E u ro p a o c c id e n ta l y m u y
p a rtic u la rm e n te en F ra n c ia , a los m a rin o s, los jo ro b ad o s y
los gendarm es se les a trib u y e u n a in flu e n c ia p a r tic u la r sobre
el curso de los a co n te c im ie n to s? T o c a r u n p o m p ó n ro jo
aum enta las posibilidades de m o d ific a r fe liz m e n te el d estin o ,
en co n trar u n g e n d a rm e p resagia u n a sorpresa ag ra d ab le e
inesperada, dos u n a d e ce p c ió n , tre s u n a d e c la ra c ió n de
amor, c u a tro u n casam ien to . E n fin , el jo ro b a d o , seg ú n se
lo e n cu en tre a d erech a o a iz q u ie rd a , tra e co n él d ic h a o
desdicha.
¿Se p o d rá re c o n s tru ir a lg u n a v ez e n u n m useo de e tn o ­
logía ese quio sco de lo te ría n a cio n a l, e n p la z a de la C o n ­
corde, donde u n a v e n d e d o ra tie n d e a sus c o m p ra d o re s u n
pom pón ro jo p ia d o sa m e n te co n serv ad o ?
El O c c id e n te tu v o la su erte de q u e n o lo e stu d ia ra n
etnólogos llegados de to d o s los rin c o n e s del m u n d o , q u e
no h a b ría n dejado de d ia g n o stic a r u n c u lto “ re n d id o a c ie r­
tos agentes b en éfico s q u e, sin e m b a rg o , n o tie n e n n in g u n a
relación lógica e n el tie m p o y en el espacio c o n los sucesos
sobre los cuales se su p o n e q u e e jerce n su in flu e n c ia ” .
¿C uál p u ed e ser el e fe c to de los m a rin o s, d e los g e n ­
darmes o de los jo ro b ad o s sobre la g a n a n c ia en la lo te ría ,
la fo rtu n a am orosa o el fe liz a z a r? C o m o d ir ía L e v y -B rü h l:
“La m e n ta lid a d p re -ló g ic a n o d is tin g u e ” ( O p . c it. p á g . 1 0 3 ).
Para el p rim itiv o , seg ú n los m ism os b u enos a u to re s, n a d a
es in d ife re n te , in e rte , sin v i d a . . . E l m in e ro m a la y o cree
que el m in e ra l de estañ o se d e jará d e sc u b rir p o r c iertas
personas y n o se re v e la rá jam ás a o tra s. (S k e a t: M a la y
Slagic, p ág . 2 5 9 ) .

61
P ero ta m b ié n en O c c id e n te , creemos, que c iertas personas
tie n e n c h a n c e , p o t , v e in e y o tra s no.
E n en ero de 1962 u n ju g a d o r ita lia n o de totocalcio
g a n ab a de m a n e ra c o n sta n te c o n u n a su erte sorprendente,
c o m b in a n d o c o n el a z a r de su in tu ic ió n los cumpleaños
de los m ie m b ro s de su fa m ilia o el n ú m e ro de los faroles
c o n ta d o s en la ru ta . Sus vecin os y luego m uchedum bres
considerables, tr a ta r o n de o b te n e r de él c ifra s benéficas.
P oco im p o r ta saber si ese fe n ó m e n o lo m a n tu v ie ro n o
n o los o rg a n iz a d o re s del ju eg o : lo esencial es comprobar
q u e m u c h e d u m b re s n u m ero sas c re y e ro n en él, a ta l punto
q u e e n m u c h a s ocasiones tu v o q u e in te rv e n ir u n servicio
de o rd e n : m u c h e d u m b re s de h o m b res blancos adultos y
civilizados de la seg u n d a m ita d del siglo X X , suficientemen-
te n u m ero so s co m o p a ra te n d e r u n p u e n te h u m a n o más
allá de los m ares h a sta los m in ero s de M alasia en busca
de estañ o , en b u sca de su erte.
¿Podem os d e c ir sin re ir que en n u e stro p en sam ien to , elI
de n o so tro s los occid en tales, " la exigencia lógica excluye
sin tra n s a c c ió n posible lo qu e le es e v id e n te m e n te contra­
rio 55, y q u e " n o podem os a d a p ta rn o s a u n a m e n ta lid a d donde
lo lógico y lo p reló g ico c o e x iste n ?55 (L e v y -B rü h l, o p . cit),
¿Es q u e n u e s tra ex ig en cia ló gica llega a e x c lu ir " sin tran­
sacción p o sib le 55 el viernes tre c e , M m e. Stella y sus naipes?
E n el c o n ju n to hem os e m itid o p re m a tu ro s juicio s de valor
sobre h o m b re s a quienes n i siquiera hem os tr a ta d o de com
p re n d e r. N u e s tr a p re v e n c ió n es ta l q u e n u e stra s acusaciones
se c o n tra d ic e n : y a acusam os al " p r im itiv o 55 de v iv ir en un
sueño en q u e los h o m b re s y los anim ales se c o n fu n d e n , ya.
lo vem os in c a p a z de a b stra c c ió n , e sto rb ad o p o r m il deta­
lles c o n c re to s. ;
Los sociólogos q u e h a n q u e rid o d is tin g u ir m e n ta lid a d ló- f
gica y m e n ta lid a d p re -ló g ic a h a n co m etid o el m ism o error
q u e esos viajeros de la A n tig ü e d a d q u e d e sc rib ía n en serio
h o m b re s sin cab eza o enanos m o n stru o so s d o rm id o s en me­
dio del desierto a la so m b ra de su ú n ic o pie.

62

i
Q u izá L u c ie n L é v y -B rü h l h a y a te rm in a d o p o r a b a n d o ­
nar — a d isgusto— la idea de m e n ta lid a d p rim itiv a ; pero~
afirm a en sus C a rn e ts escritos h a cia 1937 q u e la " m e n ta ­
lidad m ístic a es m ás observable e n tre los p rim itiv o s q u e
en nuestras sociedades” . ( C a r n e ts , p á g . 4 9 )
Este racism o del h o m b re h o n ra d o del siglo X X es to d a v ía
una im p erd o n ab le d istra c c ió n de p ro fe so r q u e describe a
lo largo de u n a p á g in a el c o m p o rta m ie n to " m ís tic o y su ­
persticioso” de lejanos salvajes p e ro se olv id a de o b serv ar
a su p o rte ra in c lin a d a sobre el residuo de café.
Si L ucien L é v y -B rü h l h u b ie ra g a n ad o la c o n fia n z a de
su p o rte ra , la socio logía fran c esa n o h u b ie ra seguido d u ­
rante unos c in c u e n ta y seis años ru m ia n d o el fo rra je p o l­
voriento de an éc d o ta s n o v erificad as.
El h o m b re tien e las m ism as e s tru c tu ra s m e n ta les c u a l­
quiera sea la c iv iliz ac ió n a la c u a l p e rte n e z c a ; y a v o lv e ré
sobre este te m a . N u e s tr a seg u n d a m ita d del siglo X X h a
visto desarrollarse hechos qu e los sociólogos de a y er h a b ría n
juzgado im p ro b ab les: u n b a n tú recib e el P rem io N o b e l de
literatu ra, h a y a fric a n o s, n o tab les p o r los c a ra c te re s a rc a i­
cos de su c rá n e o y su in te re sa n te c a n a l su b -n asal, qu e f r e ­
cuentan co n é x ito n u e stra s un iv ersid ad es. Q u ien es d u ra n te
largos siglos fu e ro n consid erados olv id ados de la e v o lu ció n
salvan con u n solo paso d ife re n c ias que se e stim ab a n en
milenios: o c u p a n asientos en la O .N .U . y h a c e n o ír allí
una voz ta n fu e rte y ta n p ru d e n te co m o la de los países
de O ccid en te.
A hora sabem os q u e u n p ig m eo alejado desde m u y jo v e n
de su m edio social p u e d e, luego de u n a e d u c a c ió n a p ro p ia ­
da, sentarse e n la C á m a ra de los L ores, c o n v e rtirse en m a ­
gistrado o e n tr a r en la P o lité c n ic a . E n la elección de su
vocación sólo c u e n ta n sus a p titu d e s in d iv id u ales: n in g u n a
herencia los e n to rp e c e . C u a lq u ie r ser h u m a n o p u e d e p a sa r
de una civ iliz ac ió n a o tra , c o n la c o n d ic ió n de que ta l
pasaje se hag a an tes de q u e el n iñ o re c ib a el sello de los
milenios pasados, la ex p erien c ia de su ra z a.

63
Tocias las civilizaciones q u e ex isten a c tu a lm e n te en ei¡
m u n d o son c o n te m p o rá n e a s, es d e c ir qu e se p resen tan j
n o so tro s e n u n m ism o p re se n te : el h o m b re del d esierto aus.
tra lia n o v iv e el m ism o m o m e n to q u e el b a n q u e ro londj.
nense. N a d a nos p e rm ite escalo narlo s en el tie m p o o con.
sid erar a alg u n o s de ellos co m o los testig o s fósiles de una
e v o lu ció n h ip o té tic a , te stim o n io de u n a h u m a n id a d en su
m a rc h a h a c ia u n p ro g reso q u e el O c c id e n te co n sid era como
id e n tific a d o ú n ic a m e n te co n su c iv ilizació n .
C a d a ra z a q u e nos ro d ea tie n e sus c a ra c te re s somáticos
p ro p io s, c o m o ta m b ié n u n a c a p a c id a d c ra n e a n a m ed ia pan
u n g ru p o d ado. P e ro sabem os q u e estos c a ra c te re s somáticos,
co m o la c a p a c id a d c ra n e a n a , n o tie n e n im p o rta n c ia sobre
el c a r á c te r h u m a n o de c ad a in d iv id u o , sobre su grado de
" h o m in iz a c ió n ” .
E l a u v e rn é s n o es m ás in te lig e n te q u e el alsaciano, aun-
q u e te n g a u n a c a p a c id a d c e fá lic a m ás g ra n d e y , e n cadj
especie, el h o m b re n o es m ás in te lig e n te q u e la mujer,
a u n q u e la d ife re n c ia de c a p a c id a d c ra n e a n a sea sensible.
Los h o m b re s de la p re h isto ria n o e ra n d ife re n te s de nos.
o tro s. A caso el espesor de los huesos del c rá n e o fu e ra más
fu e rte : diez o doce m ilím e tro s e n lu g a r de c in co a ocho en
el h o m b re m o d e rn o ; p e ro las arcad as su p erciliares n o están!
m u c h o m á s d esarro llad as n i la q u ija d a es m ás fu e rte . El
h o m b re p re h istó ric o te n ía las m ism as posibilidades intelec­
tu a le s q u e los h o m b re s m o d ern o s. Las d ife re n c ias e n tre las
div ersas ra z as de la p re h is to ria son análogas a las qu e dis-¡
tin g u e n las div ersas ra z as de la h u m a n id a d a c tu a l: n o tiene i
im p o rta n c ia real.
Si u n b eb é del N e a n d e rta l se h u b ie ra co n serv ad o vivo¡
m ila g ro sa m e n te en u n a c a v e rn a re frig e ra d a , p o d ría , al des·!
p e rta rs e , e n el siglo X X , re c ib ir u n a e d u c a c ió n occidental!
y c o n v e rtirse e n in s p e c to r de fin a n z a s, n o ta rio o ingeniero,!
e n f u n c ió n de sus a p titu d e s in d iv id u a le s, ta n to com o un!
a fric a n o , u n m a o rí o u n p a p ú actu ales.
F^

Y es v e rd a d lo c o n tra rio : u n n iñ o b la n co p o d ría , si lo


educaran pig m eos, m a ta r u n e le fa n te de u n solo golpe dé~
azagaya en p len o v ie n tre .
Las razas h u m a n a s n o p u e d e n , p u es, co n sid erarse co m o
las etapas de u n a ev o lu ció n lineal. Si fu e ra así, sería im p o ­
sible acelerar u n p re te n d id o p ro ceso h a c ia a d ela n te e
imposible ta m b ié n re ta rd a rlo .
E l esquim al, el b u sh m a n o el n e g ro n o p o d ría n te n e r
acceso a la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l y el n iñ o b la n co , p e r ­
dido en la ju n g la , d e b e ría v o lv e r a e n c o n tr a r la p rim a c ía
de su ra z a: los m ilenios de u n a e v o lu ció n n o p o d r ía n f r a n ­
quearse en pocos m eses. . . si h u b ie ra u n a e v o lu ció n y si
las razas fu e ra n sus etapas.

65
j¡í_;
'r
C A P ITU LO IV
V

EL H U E S P E D IN V IS IB L E

o n siDERAMos al alm a c o m o la cosa m ás im p o r ta n te y


m isteriosa de to d as, dijo u n esq u im al ig lu lik al e x p lo ­
rador R asm ussen.
A com ienzos del siglo X X , u n d e sc u b rim ie n to de este
género llegaba dem asiado te m p ra n o : si el m u n d o de los
sabios le h u b ie ra a trib u id o a lg u n a im p o rta n c ia , esta a f ir ­
mación h a b ría debido m o d ific a r el p o stu la d o básico de las
ciencias h u m a n as, im p e d ir q u e los ra c io n a liz a n te s se im p u ­
sieran lib rem e n te . R asm ussen fu e a p a rta d o , olv idados sus
trabajos, y se p a rtió al d e sc u b rim ie n to de "salvajes” m ás
dóciles a las te o ría s del h o m b re b lan co .
N adie ha p ensado u n in s ta n te q u e el g ra n sabio danés
debía a sus an tepasados m a te rn o s esquim ales el p o d e r así
quem ar las largas etap as que c o n o c e n todos los ex p lo rad o res
cuando v a n a d e sc u b rir la fe p r o f u n d a de u n p u eb lo .
Los ig lu lik n o son m ístic o s n ato s. V iv e n en el in te rio r
de G ro en lan d ia en u n clim a q u e es el del G ra n N o r te , y
llevan u n a v id a que, hace p o co , era u n a lu c h a de cada
m om ento c o n tra el f r ío y el h a m b re . E l h o m b re era c a ­
zador p a ra v iv ir y ta m b ié n su p ro p io a rtesan o p a ra fa b ric a r
las arm as sim ples que em p leab a. L a p a re ja es en esta so­
ciedad la ú n ic a u n id a d fa m ilia r re al, pues es la ú n ic a p o si­
ble de subsistencia.
Los econom istas a firm a n q u e las provisio nes hechas en
período p ro p ic io d e se m b a ra za n al h o m b re de la necesidad
cotidiana y le p e rm ite n m e d ita r. A q u í, en las soledades

67
-------------1
de G ro e n la n d ia , n o es posible. Los esquim ales n o conocía^
té c n ic a s de co n se rv a ció n de los alim en to s y n o p o d ía n
berarse de las obligacio nes de la caz a o de la pesca para
v iv ir. H a c e pocos años a ú n se p o d ía d e cir de ellos: si ]a
caz a es b u e n a c o m en , si es m ala, luego de alg u n as semanas
de tre g u a p e rm itid a s p o r las reservas, sobreviene el hambre,
Im ag in em o s q u e d e n tro de diez m il años u n prehistoria,
d o r re c o rrie n d o G ro e n la n d ia e n c o n tr a r a huellas rectangu,
lares re g u la re s q u e p a re c e n o b ra del h o m b re : las identificará
c o rre c ta m e n te : son asientos de cabañas. O tro s signos ven*
d rá n a c o n firm a rle la p resen cia del h o m b re : cenizas que,
ta m iz ad a s, d e sc u b re n esquirlas de huesos q u em ad o s o pun­
tas de a rp o n es de m a rfil de m orsa. R e d a c ta rá su informe,,
c o n sig n a n d o en él sus d e sc u b rim ien to s q u e p e r m itir á n con-
c lu ir e n el pasaje re la tiv o a los seres h u m a n o s: cazadores-
pescadores, sem i-n ó m ad as q u iz á , p e ro c o n seg u rid ad fósiles
testigos de la a u ro ra de la h u m a n id a d .
N in g u n a v o z le d irá co m o a R asm u ssen : " E l alm a es
p a ra n o so tro s la cosa m ás im p o r ta n te y m isterio sa” .
E n to n c e s la m ism a p r e g u n ta ir r ita n te se fo rm u la : ¿toda
la h isto ria de la h u m a n id a d se re d u c e a la transform ación
del a rp ó n en fu sil? ¿El h o m b re n o es m ás q u e u n obrero
especializado q u e em p lea los m ilenio s de u n a h isto ria pro­
digiosa p a ra d e sa rro llar su h a b ilid a d m a n u a l y , a p a r tir de
allí, su p e n sa m ie n to ? f
Im a g in e m o s q u e sea así. E l m ás a p to h a b ría sobrevivido
p o r ser fís ic a m e n te m ás ro b u sto , m ás d ie stro ta m b ié n , capaz ¡
de id e a r las m ejores arm as y las tra m p a s m as eficaces. E l!
h o m b re , luego de h a b e r la b ra d o el sílice p a ra q u e corte, i
h a sabido e stira r el p rim e r a rc o y m a ta r de lejos. Más
ta rd e fo rjó el co b re, luego el b ro n c e y el h ie rro , al mismo
tie m p o q u e a p re n d ía a h a c e r reservas, a g u a rd a r animales
c au tiv o s y a v o lv e r a p la n ta r en sus estaciones g ran o s nu­
tricio s. ¡
L a h isto ria o fic ia l despliega así su p a n o ra m a de la hum a­
n id a d , q u e v a de los clanes a los im p erio s, c o n algunos

68

j
grandes d e sc u b rim ien to s n o ta b le s: el a rad o , el tir o del b u e y ,
los arreos del caballo, q u e lib e ra n al h o m b re de la escla­
vitud, el tim ó n q u e le p e rm ite re a liz a r, de u n o céan o a
otro, la g ira del p ro p ie ta rio .
La m a rc h a de la h u m a n id a d o m ás b ien del O c c id e n te ,
ha seguido, tra q u e te a n te , c o n felices adquisicio nes de tie m ­
po en tie m p o : la im p re n ta , el p a p el, la p ó lv o ra . P e ro es
ya la a v e n tu ra del h o m b re b la n c o q u e p re te n d e re su m ir
en él a la h u m a n id a d y ser su re su lta d o . Los cañones tru e n a n ,
las prensas de m a d e ra e x p a n d e n el p e n sa m ie n to im p reso en
caracteres reg u lares, y n in g u n o se p uso a p en sar jam ás que
los chinos te n ía n m ás s a b id u ría al g u a rd a r la p ó lv o ra p a ra
los fuegos a rtificia le s, la im p r e n ta p a ra a d o rn a r las telas
y la b rú ju la p a ra c o n su lta r a los genios de la tie rra .
Lo que es v e rd a d e ro p a ra la m a te ria d eb iera serlo t a m ­
bién p ara las creencias del h o m b re , p a ra la idea q u e se
forja del m u n d o y del lu g a r q u e o c u p a e n el u n iv e rso .
Si hay pueblos q u e n o tie n e n la ru e d a , alg u n o s d e b e ría n
ignorar ta m b ié n el alm a y n o c re e r, c a p ric h o sa m e n te , en
un p rin cip io invisib le, in v e rific a b le p o r los sentidos: u n a
creencia a p a re n te m e n te in ú til.
A hora b ien , n a d a sem ejan te co m p ro b a m o s. Si los p r i ­
meros viajeros, en el siglo X V III , p e n sa ro n dem asiado a p re ­
suradam ente que se n e ce sitab a n u n o s calzones p a ra h a b la r
de filosofía, hem os te n id o qu e a d m itir — em p le an d o tie m p o
en ello— q u e los m ás desnudos de los h o te n to te s o de los
australianos tie n e n u n a m e ta físic a t a n c o m p le ja com o su
organización social, a u n c u a n d o , d u ra n te m u c h o tie m p o , los
navegantes h a y a n fin g id o d istin g u irlo s apenas del m u n d o
animal.
A sí, L e v a illa n t, e n su V o y a g e e n A f r i q u e , to m o II, p á g i­
na 380, escribe a p ro p ó sito de los h o te n to te s : " E n lo re f e ­
rente a las religiones, los c u lto s, los sacerdotes, los te m ­
plos, la idea de u n alm a in m o rta l, to d o esto n a d a sig n i­
fica p a ra ellos: son al resp ecto lo q u e to d o s los dem ás

69
— — -
salvajes, sus vecin os, es d e cir, q u e n o tie n e n la m ás ligera
id ea” .
.1
U n a u to r in glés, J o h n L u b b o c k , llegó a e sc rib ir: "Los:
a n d a m a n n o tie n e n n in g ú n p u d o r, los esquim ales ningunjj
relig ió n , n in g ú n rito , los iroqueses n o tie n e n siq u iera pala,
bras p a ra d e sig n a r a D io s, los fu e g u in o s n o tie n e n la mínimji
h u ella de re lig ió n ” ( P re h isto ric tim e s, 1 8 7 2 ).
H a c ia 1885, u n e x p lo ra d o r llevó m u y lejos el desprecio
ev o lu cio n ista , asesinando al ú ltim o ta sm an ia n o , q u e h a b ía
c o n fu n d id o co n u n m o n o .
F u e ro n necesarios largos años de in v estig acio n es pacien-
tes p a ra p o d e r a firm a r q u e en n in g u n a p a rte se encuentra
c iv iliz a c ió n sin m e ta fís ic a , es d e c ir sin o p in ió n sobre la exis-,
te n c ia de u n m u n d o invisib le c o n ceb id o co m o el ú n ic o ca-;
p a z de e x p lic a r la p resen cia del h o m b re e n la tie rra .
N o h a y h o m b re ta n e n to rp e c id o p o r las peores necesi-,
dades del m ed io o del c lim a q u e n o te n g a co n cien cia de i
a lo ja r en él a u n h u é sp e d in visib le m ás real qu e sus manos j
de c a z a d o r, m ás p re se n te q u e sus v estid u ras de pieles o su'
c h u z o de m a d e ra : u n h u é sp e d invisib le del cu al se h a preo- ¡
c u p a d o al p u n to de ig n o ra r lo que c o n stitu y e el orgullo i
de O c c id e n te : el te lé fo n o , la e le c tric id a d y la c u e n ta ban-¡
caria.
P a ra reso lv er este p ro b le m a , se h a n c o n stru id o m uchas;
te o ría s seg ú n las cuales el h o m b re se in c lin a ría sobre su I,
p ro p io re fle jo a tra v é s de las aguas tu rb ia s del sueño y <
de la im a g in a ció n . ,
“ E l h o m b re p rim itiv o c o n tin ú a su sueño com pletam ente j
d esp ierto . N o tie n e u n a n o c ió n e x a c ta de la d ista n c ia que ¡
h a y e n tre el m u n d o del sueño y el del estado de vigilia” i
(V a n d e r L eeu w : L ’b o m m e p r i m i t i f e t la re lig io n , p á g . 64). j
. .E l n iñ o n o d istin g u e e n tre la fa n ta s ía y la r e a lid a d ...
el m u n d o de los n iñ o s, co m o el de los p rim itiv o s, es un
m u n d o de im a g in a c ió n ” (Id . o p . c it., p á g . 1 4 7 ).
Si esto fu e ra así, si ese se n tim ie n to de la ex isten cia del
m u n d o in visible n o fu e ra m ás q u e u n a a c tiv id a d contin-

70
gente del h o m b re , u n fe n ó m e n o e n g e n d ra d o p o r la a n g u s­
tia o p o r el m ied o , d e b e ría h a b e r en a lg ú n c o n tin e n te lejano*
mal conocido p o r el h o m b re b la n co , u n p u e b lo sin dioses,
demasiado fe liz p a ra p re o c u p a rse de la m e ta fís ic a o d e m a ­
siado sum ergido en la lu c h a c o tid ia n a p a ra p e rd e r su tie m p o
en plegarias y en sacrificio s.
Si la n o c ió n de lo In v isib le fu e ra el f r u to de la im a g i­
nación del h o m b re , las cre encias y las religiones qu e n o se
basaran en n in g u n a c e rtid u m b re p o d ría n desarrollarse sin
apremio en u n a lo ca lu ju ria . N o es así. D eb em o s re c o n o ce r
la u nidad del p e n sa m ie n to h u m a n o fr e n te a lo In visible.
A nte este p ro b le m a , h a y dos a c titu d e s posibles, dos h ip ó ­
tesis de in v e stig ac ió n : A d m itir q u e el h o m b re h a sido li­
m itado p o r los ó rg an o s m ism os de su p e n sa m ie n to y qu e
por lo ta n to , n o h a p o d id o p ro y e c ta r sobre lo d esco n o ­
cido m ás q u e u n a a n g u stia m o n ó to n a ;
— o rec o n o ce r al In v isib le ese c a r á c te r de realid ad q u e le
atrib uyen to d as las civilizacio nes.
A hora bien , el h o m b re m a n ifie sta , en el d o m in io de la
expresión m a te ria l, u n v e rd a d e ro fre n e sí c re ad o r. C o n stru y e
tram pas co m p licad as y sabe fa b ric a r m u c h o s m illares de
armas, desde el g u ija rro d irig id o p o r la h o n d a h a sta la
flechita e m p a p a d a de c u ra re , la n z a d a sin ru id o al soplo
de una c e rb a ta n a , p asan d o p o r los arcos, las ballestas, las
lanzas, los cu ch illo s arro ja d iz o s, los k h a n d ja rs indio s c u y a
triple hoja se ab re en u n a h e rid a m o rta l, sin c o n ta r la
rica gam a de las arm as de fueg o .
N o podem os n e g a r el d o n de la im a g in a c ió n al h o m b re
que puede c o n c e b ir u n hueso de re so rte p a ra e n tre te n e r a
su perro , u n p o rta -c e p illo de d ien tes m u sic al e in clu so la
notloing b o x — la caja p a ra n a d a — en la qu e ocho lu c e -
sitas c en tellean y g u iñ a n sin o b je to n i ra z ó n .
Esta fu e rz a de p e n sa m ie n to , q u e llen a c o n sus te stim o ­
nios las v itrin a s de los m useos y los e stan tes de los grandes
bazares, desaparece b ru sc a m e n te , co m o e m p o b re c id a de re ­
pente, a n te h echos q u e p a re c e n d iscu tib les en el O c c id e n te

11
del siglo X X y q u e el re sto de la h u m a n id a d , de u n extremo!
al o tro del tie m p o y del espacio, considera co m o las única¡¡
verd ad es esenciales.
L a d iv e rsid ad de creen cias y de rito s es infinitam ente
m enos g ra n d e q u e la de las té c n ic a s de la m a te ria y de
los o b jeto s creados p o r el h o m b re .
Si a firm a m o s q u e el fe n ó m e n o religioso, co m o el sentí-,
m ie n to de lo In v isib le, es la e x p resió n de u n a angustia |
" p r im itiv a ” , ¿ p o r q u é h a sido necesario e sp e ra r ta n to tiem -1
p o p a ra q u e el h o m b re se c o n d u z c a com o u n n iñ o defec­
tu o so e sq u iv an d o , n e g a n d o , lo q u e e n su fo n d o sabe que
es in e lu c ta b le ? ¿ P o r q u é en este d o m in io el O c c id e n te e¡
co m o u n a isla sep arad a del re sto de la h u m a n id a d ?
P o r lo ta n to , ten em o s q u e a d m itir o tr a hipótesis de
in v e stig a c ió n : el m u n d o in visible p a re ce im p o n erse al hom­
b re c o m o u n a re a lid ad : u n a m a te ria cu y as cu alid ad es pro­
pias lim ita n y d e fin e n las té c n ic a s de tra b a jo .
N o h a y , en e fe c to , m ás q u e c u a tr o p ro c e d im ie n to s para
e n sa m b la r dos ta b la s; c u a tr o p ro c e d im ie n to s ligados a la
n a tu ra le z a de la m a d e ra : se las p u ed e su je ta r c o n clavos o
clavijas, tra b a ja rla s p a ra o b te n e r u n a e n sa m b la d u ra de es­
p ig a y h u e c o , p eg arlas o coserlas h a cie n d o p a sa r u n a liga­
d u ra e n los ojales p re v ia m e n te ab ierto s al b o rd e de cad a una i
de las dos tab las. Es im posible, p o r ejem p lo , soldarlas en
c alien te , fo rja rla s sobre u n y u n q u e o fu n d irla s al fuego de
la fra g u a .
A sim ism o, co m o verem os, h a y p o c o p ro c e d im ie n to para
e n tr a r e n c o n ta c to c o n lo Invisib le. T o d o o c u rre com o si
u n a re a lid ad tra s c e n d e n te se im p u sie ra al h o m b re , ta n tangi­
ble co m o el h ie rro o la m a d era.
L a c o n c e p c ió n m ism a de ese m u n d o invisib le está limi- j
ta d a a alg u n as ideas q u e n o p a re c e n h a b e r su frid o cambios, ¡
de ta l m o d o se m a n tie n e n de u n e x tre m o al o tro de la
h u m a n id a d , en el c u rso de los m ilenio s. ¡
Todo o c u rre co m o si, en este d o m in io , el h o m b re h u ­
biera ten id o , desde su a p a ric ió n en la tie rra , c e rtid u m b re s
inm utables.
N o p arece, pues, q u e el p e rfe c c io n a m ie n to d el h o m b re
se m anifieste p o r m edio de realizaciones té c n ic a s en ta n to
que, el resto — es d e cir lo e sp iritu a l— llega p o r a ñ a d id u ra ,
como o rn a m e n to fa c u lta tiv o de las té cn ica s.
Los escritos de los viajeros e in clu so de los geógrafos, a u n
cuando m a tiz a d o s de p ie d ad p o r las "c re e n c ia s b á rb a ra s ”
encontradas al a z a r de u n itin e ra rio , c o n s titu y e n u n ir r e ­
futable te stim o n io sobre la e x isten cia de este m u n d o in v i­
sible u n iv e rsa lm e n te p re se n te en el e s p ír itu del h o m b re ,
secreto y po d ero so co m o u n re so rte m isterioso, p rim e r
m otor de to d a acción.
E n esto, de u n e x tre m o al o tro del m u n d o y de las
civilizaciones, el h o m b re es sem ejan te a sí m ism o.
El h o m b re sabe qu e tien e u n alm a, p rin c ip io invisib le
y origen de la v id a p ro v e n ie n te de o tro p la n o e x tra ñ o a
la tierra. N o es u n a c to de fe g ra tu ito , fo rm u la d o de
tiempo en tie m p o p o r in te le ctu a le s desocupados, sino u n a
creencia p recisa q u e ex p lica el c o m p o rta m ie n to del h o m ­
bre, co n d icio n a sus té cn ica s, y sigue siendo id é n tic a a sí
misma en la elecció n de los sím bolos em pleados p a ra e x p re ­
sarla de u n e x tre m o al o tro del tie m p o y del m u n d o .
E n A fric a del N o r te , en las m ás h u m ild e s chozas de los
macizos m o n tañ o so s, la d u e ñ a de casa posee u n te la r: dos
maderos sostenidos p o r dos m o n ta n te s ; u n m a rc o lig e ra ­
mente ta lla d o en los fresnos cercan o s p o r u n a rtesan o . E l
madero de a rrib a lleva el n o m b re de m a d ero d el cielo, el
inferior re p re se n ta la tie rra . Esos c u a tr o tro z o s de m a d era
sim bolizan y a to d o el u n iv erso .
C uando las cam pesinas v a n a te je r o fre c e n a las vecin as
que h a n v en id o a ay u d arlas y a los v ia n d a n te s algunas
frutas secas: higos, dátiles, a lm e n d ra s; la m ism a o fre n d a
precede y a c o m p a ñ a el casam ien to , pues es u n casam ien to

73
q u e va a te n e r lu g a r, el de dos m ad ero s colocados bajo el
signo de las bodas del cielo y de la tie rra .
E l h ilo de tra m a fo rm a dos capas q u e se c ru z a n en seis
p u n to s : en c ad a c ru c e , se coloca u n a c añ a q u e m antiene
los hilos en su lu g a r; la sé p tim a c a ñ a re e m p laz a a unai
p ie za del te la r.
Los cru c es de dos capas del hilo de tra m a son las almas
del te jid o y las cañas c o n c re ta n su existencia. E l tra b a jo !
del te jid o es u n tra b a jo de cre ac ió n , u n p a rto .
C u a n d o el te jid o se te rm in a , la te je d o ra c o rta los hilos
q u e lo re tie n e n al te la r y , al h acerlo p ro n u n c ia la fórm ula
de b e n d ició n que dice la p a rte ra al c o r ta r el c o rd ó n um ­
b ilical del re c ié n n acid o .
C u a n d o las m u je re s p re s ta n ju ra m e n to e x cla m a n : "¡Por
este te la r de las siete alm a s!”
T o d o o c u rre co m o si el te jid o tra d u je ra en len g u aje sim- j
p ie u n a a n a to m ía m isteriosa del h o m b re .
Los h in d ú e s a d m ite n la ex isten cia de c h ak ras o centros
de fu e rz a s in visibles: seis e stá n en el in te rio r del cuerpo;
el sép tim o , el m ás alto , está situ ad o a fu e ra , es el "S ahasvara”,
Los seis p rim ero s, consid erados com o los p u n to s de cruce
de dos flu id o s, se lla m a n las sedes del m a trim o n io del cielo
y de la tie rra (C la u d e B ra g d o n : Y o g a f o r y o u , p á g . 88-91),
E l te la r llegado de O rie n te , o b je to u su al tra n s p o rta d o por .
todas las sucesivas olas in m ig ra to ria s de A sia al Medite- ¡
rrá n e o ¿ha sido c a rg ad o p o r los sabios de u n m ensaje que
da al h o m b re , en té rm in o s d u rab les, los p rim ero s arcanos '
del c o n o c im ie n to del Ser? ¿Es acaso p o r a z a r q u e Platón
re c u rrió al tejid o p a ra h a lla r u n sím b o lo c ap a z de repre- J
se n ta r el m u n d o : u n huso cu y o p e z ó n , d iv id id o en círculos |
c o n c é n tric o s, re p re se n ta los cam p o s p la n e ta rio s ( R e p ú b li - S
|
caY)' . . .
E n 1744, C h a rle v o ix a d v ie rte q u e los indios de América j
del N o r te c re e n en la existen cia del a lm a ; se asom bra de
q u e esta alm a sea c o n ce b id a co m o fo rm a d a de dos princi­
pios. Q u iz á ese v iajero n o c o n o c ía la d ife re n c ia establecida <
por la B iblia e n tre " n e p h e s h ” , el alm a v e g e ta tiv a p rin c ip io
de vida, y " r u a h ” , el alm a su til o e s p íritu . v
Los "salvajes” , so rp ren d id o s p o r las c o stu m b re s e x tra ñ a s
de estos blancos, tr a ta r o n de e n te n d e r la c a p a c id a d de su
espíritu. ¿C ó m o esos b á rb a ro s b lan co s, p re o c u p a d o s sobre t o ­
do p o r los bienes m ateriales, p o d ía n c o m p re n d e r sem ejantes
sutilezas c u a n d o n i siquiera sab ía n o fre c e r el h u m o del t a ­
baco a los c u a tr o p u n to s card in ales y se c o n te n ta b a n e m ­
briagándose c o n él co m o b ru to s?
Los indios k w a k iu tl in te n ta ro n describirles el alm a lo
m ejor posible re c u rrie n d o a m e tá fo ra s : " C u e rp o s sin v id a ,
sin venas n i san g re q u e flo ta n , se deslizan co m o la so m b ra
y sin em b arg o h a b ita n el h o m b re ” .
¿Cóm o p o d ía n e x p lic a r, esos " p rim itiv o s ” q u e h a b ía n ele­
gido e lu cid ar el m iste rio del h o m b re y del m u n d o an tes
que fa b ric a r fusiles to n a n te s y telas escarlatas?
"E l alm a se m u e v e p e ro n o tie n e p iern as, se desliza, flo ta
como u n h u m o q u e en sí m ism o c o n tie n e u n p rin c ip io in v i­
sible m ás su til a ú n . A lo q u e llam am o s la m u e rte le sigue
a más o m enos larg o p la zo , u n a sep a ra ció n del e s p ír itu y
del cascarón en el c u a l h a b ita ” .
L eyendo D ie u d ’eau de M arce l G ria u le y el re la to de
sus conversaciones c o n el viejo sabio d o g o n O g o te m m e li,
se a d v ierten las d ific u lta d e s q u e e x p e rim e n ta u n o c c id e n ta l
aun avisado, a b ie rto y deseoso de a p re n d e r, p a ra c o m p re n d e r
un p en sam ien to filo só fico qu e le es e x tra ñ o . ¿C ó m o p o d ía n
los sham anes re la ta r a m e rcad eres o c cid en tales las visiones
obtenidas d u r a n te el éxtasis? T r a ta r o n de d e sc rib ir lo in e ­
fable en té rm in o s sim ples y sus in te rlo c u to re s sac a ro n en
conclusión q u e ese len g u aje sim ple ex p resab a ideas pobres.
¿Cómo p o d ía n c o m p re n d erse ? U n o s, los " p rim itiv o s ” , p a ra
quienes las c e rtid u m b re s ad m irab les de lo In v isib le sólo se
obtienen a tra v é s de las p ru e b a s de u n a la rg a in iciació n ,
y los otro s, los o ccid en tales, u rg id o s p o r re c o g er p ru eb as
suplem entarias del p e n sa m ie n to "su p e rstic io so ” de estos " n i ­
ños grandes de la n a tu ra le z a ” .

75
7
Filósofos c o m o el n o rte a m e ric a n o R a d in a firm a ro n q^j
el h o m b re h a b ía soñado lo In v isib le co m o u n m u n d o ex.
te rio r al suyo, luego q u e se h a b ía d ecla ra d o él m ism o habí-
ta d o p o r lo In v isib le y q u e c o n él h a b ía p o b lad o el viento,
el fu e g o , el a g u a y los anim ales.
Es u n a h ip ó tesis; n a d a nos p e rm ite v o lv e r a m o n ta r con
todas las piezas el p roceso del p e n sa m ie n to h u m a n o , nada
nos p e rm ite im a g in a r al p rim e r h o m b re b u sca n d o a tientas
e n la n o ch e de su e s p ír itu el p o r q u é de su p resen cia en la
tie rra .
O tro s filósofo s se h a n ensayado e n este juego su til, pen­
sando q u e el h o m b re h a b ía im a g in a d o u n a fu e rz a , una
e n tid a d q u e se e v a d ía e n la n o c h e del c u e rp o dormido
c arg a d o de fa tig a p a ra c o rre r m aravillosas a v e n tu ra s cuyo
re c u e rd o p e rsistía al d e sp e rta r. Q u iz á to d o s los hombres
h a n soñado y p ien san q u e el sueño es u n a a v e n tu ra del,
alm a c a u tiv a lib e ra d a p o r u n tie m p o . E l m u n d o invisible
¿nació d el sueño del h o m b re ? ¿el alm a n o es m ás que un
re fle jo del c u e rp o in c lin a d o sobre las aguas tu rb ia s del
sueño?
N o p a re c e , pues n o es en el sueño sino en la m u e rte donde
la c re en c ia en la ex isten cia del alm a se a firm a co n la
m a y o r fu e rz a : n o sólo u n alm a c o n ce b id a co m o u n principio
in visible de v id a in d e p e n d ie n te del c u e rp o , sino también
co m o u n p rin c ip io in m o rta l. ,
E n to d as las civilizaciones, la disposició n d ad a al cadáver
es el te stim o n io seg u ro de creencias e n la re su rre c c ió n : sea
q u e los m u e rto s te n g a n el ro stro o rie n ta d o h acia el levante,
sea q u e sus m ie m b ro s plegados a la espera de u n n u e v o nací- ,
m ie n to e v o q u e n la v id a fe ta l.
Es fá c il im a g in a r, en el alba de los tiem p o s, a u n o de los
p rim e ro s h o m b re s q u e se acu esta y n o se d e sp ie rta más;
los suyos to c a n sus m ie m b ro s helados so rp ren d ién d o se de
ese la rg o silencio, de esa la rg a n o ch e. A caso le h a y a n puesto
en su m a n o u n h a c h a de p ie d ra p a ra q u e p u e d a defenderse
y , c e rc a de él, tizo n es en cen d id o s p a ra v o lv e r a encender

76
el fuego. L uego la h o rd a se h a alejado, v o lviéndose de v ez en
cuando, a u lla n d o el n o m b re del q u e h a d ejad o abando-v
nado. Es u n a p u r a suposición, y a q u e n a d a nos p e rm ite
im aginar la p rim e ra m u e rte y la sorpresa de los h o m b re s
ante el p rim e r c ad á v e r.
Sin em b arg o , h a d eb id o h a b itu a rse , al c o rre r de los siglos,
a esos cu erp o s ríg id o s p o r la vejez, el h a m b re o el f r ío ,
a esos cu erp o s q u e n o se le v a n ta n d eb id o a la em b estid a d e ­
masiado b r u ta l de u n a fie ra , la c a íd a de u n a ro c a , el c h o q u e
de u n h a ch a de p ie d ra o de u n a clav a de m a d e ra .
Si el sueño dio al h o m b re la idea de u n ser in visible q u e
perm anece d e sp ie rto c u a n d o el c u e rp o d u e rm e , la m ism a
evidencia le m o s tró u n c u e rp o d o rm id o en u n pesado sueño
sin ensueños y sin m a ñ a n a , seguido d el le n to a n iq u ila m ie n to
de la carne.
A d m itien d o q u e la ex p erien c ia del sueño h a y a sido u n i ­
versalm ente m a l in te rp re ta d a y q u e to d o s los h o m b re s sean
capaces sin e m b arg o de so b re v iv ir e n co n d icio n es d ifícile s,
de fa b ric a r tra m p a s y e n c e n d e r fu e g o ; a d m itie n d o q u e
todos esos h o m b re s se h a y a n e n g añ a d o , ¿p u ed e n a ú n e n g a ­
ñarse viendo el c u e rp o v e rd e a r e h in c h a rse , p r o n to h o ra d a ­
do por el re lá m p a g o lu c ie n te de los huesos? ¿C ó m o h u b ie ra n
podido im a g in a r u n p rin c ip io in visible y e te rn o c u a n d o to d o ,
a su alrededor, p a re ce v o lv e r al m ism o cieno e n p u tr e f a c ­
ción?
H a y h o m b re s q u e , en el alba de la h u m a n id a d , se c o n fe ­
saron im p o te n te s a n te ese sueño q u e d u ra b a de m o d o in ­
quietante; n o nos cu esta c o m p re n d e rlo . P re v ie n d o el des­
pertar, d isp u siero n al lado del c u e rp o d o rm id o pro visiones,
armas, aderezos; ta m b ié n lo c o m p re n d em o s. P e ro h a n p a ­
sado m ilenios y , a pesar de la e x p erien c ia c o n sta n te , n a d a
en n in g ú n m o m e n to d e b ilitó esta c o n fia n z a , salvo e n c iertas
épocas m a te ria lm e n te p ró sp eras y e n tre cierto s in te le ctu a le s,
en O c cid e n te o e n A sia.
H e a q u í, p u es, u n h ech o e tn o ló g ic o q u e m erece a te n c ió n ,
pues sus consecuencias son graves.

77
Si u n p e rro v u elv e diez veces c o n la m ism a insistencia 3
g e m ir a n te u n a p u e r ta c e rra d a , el o b serv ad o r m ás escéptico 1
p e n sa rá q u e el am o del p e rro está q u iz á en p elig ro o pre-
sien te al m enos q u e d e trá s de esa p u e r ta pasa algo.
D esde h a ce m ilenios, de u n e x tre m o al o tro del tiempo
y del espacio, el h o m b re vu elv e a la p u e r ta de la muerte
c o n los m ism os se n tim ien to s, c o n la m ism a esp eran za.
¿Podem os a co rd arle la m ism a c o n fia n z a q u e al p e rro fiel
y d e c ir, a n te esta a firm a c ió n p e rtin a z de la hum anidad;
" E s ta es la p u e r ta del S eñor in v isib le?”
E l h o m b re cree en la p e rd u ra c ió n del alm a m ás allá de
la m u e rte . E sta c re en c ia ex p lica y c o n d icio n a todos los
rito s re la tiv o s a la m u e rte : com plejos o sim ples, todos surgen]
ló g ic a m e n te de u n m ism o p o stu la d o y de las m ism as nocio-i
nes sobre la su sta n c ia del alm a. N o s p a re c e n inexplicables
a n o so tro s los o c cid en tales, p e ro y a la m u e rte nos parece 1
in e x p lic ab le y siem p re nos so rp re n d e ta n to com o si nos:
to c a ra p o r p rim e ra vez.
P o r to d as p a rte s, adem ás, el h o m b re h a te n id o la sabi-i
d u r ía de o rg a n iz a r su c o n c e p c ió n del u n iv e rso ten ien d o en!
c u e n ta la m u e rte y n o ig n o rá n d o la ; h a sabido conservar!
esta sa b id u ría ta n to tie m p o q u e n o se h a e n c o n tra d o en su!
r u ta c o n la lo c u ra del O c c id e n te . '
E n la z o n a m e d ite rrá n e a , co m o en todas las religiones j
n acid as del C e rc a n o O rie n te , el h o m b re eligió el g ra n o que j
m u e re y re n ace e n espigas n u ev as p a ra sim b o lizar la gran j
a v e n tu r a h u m a n a . N o sabem os q u é señor m isterio so le dio i
la espiga an tes q u e d ejarlo m e d ita r sobre las tu m b a s de!
las qu e n ad ie h a salido jam ás, sobre las p alm eras secas que >■
n in g u n a re su rre c c ió n p u e d e a lc a n z a r. 1
E n to d a s las civ ilizaciones, la m ism a a firm a c ió n se ma- ¡
n ifie sta c o n fu e rz a , n u n c a d e b ilita d a p o r la ev id en cia sen- j
sible de la m u e rte . j
E n A sia, c u a n d o la h o g u e ra h a c o n su m id o el cadáver, ¡
u n sacerd o te viene al d ía sig u ien te, al alba y tra z a sobre
las cenizas fr ía s la ru e d a de la re su rre c c ió n y el devenir. \
1
1
78
I
I
Este d o m in io es q u iz á el m enos d esacralizad o de O c c i­
dente. v
E n los cam pos de F ra n c ia , los cam pesinos p o n e n a te n c ió n
en no d escu id ar a los m u e rto s. D u r a n te la rg o tie m p o la
comida fa m ilia r servida a la salida del e n tie rro se o fre c ía
a los p a rie n tes y am igos, en n o m b re del d if u n to y p a ra
honrarlo.
H asta a lre d ed o r de 1900, casi to d as las aldeas de las
Causses te n ía n su a r m ie r o a m ie r (a lm e ro ) q u e m a n ­
tenía relaciones c o n el m ás allá y c o m u n ic a b a a los vivos
los deseos de los p a rie n te s qu e h a b ía n p a rtid o en ta n to q u e
la celebración de m isas es el rem ed io clásico (M m e. D u -
ra n d -T u llo u : U n m tlte u d e c iv ilisa tio n tr a d itio n e lle , le C a u s ­
ee de B la nd as , p á g . 4 4 1 -4 4 2 ) .
Es d ifíc il p re v e r las re acciones q u e h a b ría n te n id o los
sociólogos franceses de la m ism a ép o ca si h u b ie ra n q u e rid o
estudiar " a lg u n a s creencias relativ as al a lm a ” en u n a p o b la ­
ción curiosa: los electores de la I I I R e p ú b lic a , e n a lg u n a
parte de F ra n c ia .
Llegamos a u n a p rim e ra c o m p ro b a c ió n . A b o rd a n d o a u n
grupo de h o m b re s desconocidos en u n c o n tin e n te alejado,
podemos ig n o ra r si poseen el a rad o o la azad a, si c u ltiv a n
la tierra, g u ía n rebaños, tie n d e n redes o c o lo ca n tra m p a s:
acaso incluso n o te n g a n m ás qu e u n palo de p u n ta d u ra
con el cu al c a v a n la tie rra p a ra sacar raíces com estibles
o suculentos gusanos. Sin e m b arg o , estam os seguros de h a ­
llar en tre ellos, c u a lq u ie ra sea la m iseria de sus utensilios,
una noción p recisa del alm a h u m a n a , u n a c e rtid u m b re de
la p e rd u ra ció n del alm a qu e a c a rre a rito s fu n e ra rio s ta n
precisos com o e n tre n osotros, en O c c id e n te , las a c titu d e s
de una té cn ica .
La m ism a a n a to m ía p síq u ic a se e n c u e n tra de u n e x tre m o
al otro de la h u m a n id a d : el alm a está fo rm a d a p o r dos
grupos de p rin c ip io s de d en sid ad d ife re n te , am bos expresados
en té rm in o s de m a te ria . Las p a lab ras " h u m o ” o " s o m b ra ”
retornan co n fre c u e n c ia en las explicaciones dadas p o r los

79
]
"salvajes” a los o c cid en tales, co m o p a ra s u b ra y a r mejor
esta re a lid ad de los dos elem en to s c o n stitu tiv o s del alma
y d istin g u irlo s.
L a lá m p a ra de b a rro de los cam pesin os cabilos es el sím­
bolo de la a v e n tu ra h u m a n a : el c u e rp o de a rc illa se quiebra
p e ro la m e c h a im p re g n a d a de aceite sigue a rd ie n d o ; la
llam a se e x tin g u e e n seguid a a n u e stro s ojos p e ro ¿sabemos j
si su c la rid a d se h a c o n v e rtid o en tinieblas?
A p a ra to s de m e d id a m u y sensibles nos m o s tra ría n una
irra d ia c ió n in f r a r r o ja a lre d ed o r de la m ech a. P e ro ¿quién
p u ed e d e c ir e n q u é m o m e n to esa irra d ia c ió n cesa o quién
p u e d e n e g a r la im p o te n c ia de n u e stro s cereb ro s materiales
p a ra c o n c e b ir a p a ra to s s u fic ie n te m e n te sensibles p a ra me­
d ir esa irra d ia c ió n y seg u ir su p ro p a g a c ió n h a sta el infinito?
U n a lá m p a ra se en cien d e en c ad a n a c im ie n to , d ic en las
b ru ja s — las m u je re s sabias— bereberes. E sta lá m p a ra se *
e n cien d e c erca de la cab eza del re c ié n n a c id o c u a n d o duer­
m e e n sus p rim e ra s n o ch es te rre stre s. Es la lá m p a ra que
se so sten ía a n te la jo v e n n o v ia y q u e h a a rd id o también,
d u r a n te la p rim e ra n o c h e de bodas co m o u n llam ad o a la
e n c a rn a c ió n de lo Invisible.
L a lá m p a ra es u n a re p re se n ta c ió n del h o m b re : com o él
tie n e u n c u e rp o de arc illa , u n alm a v e g e ta tiv a o principio ’
de v id a q u e es el aceite, u n e s p ír itu q u e es la llama.
O fre c e rlo e n u n s a n tu a rio es o frecerse a sí m ism o , ponerse .
b ajo la c u sto d ia de los Invisib les y de los genios guardianes. ■
Es p o r esto q u e se h a lla n c en te n a re s de lá m p a ra s de tierra
ta n to e n los rin c o n e s de los san tu a rio s y e n el h u e co de las ·
ro cas, co m o e n tre las ra íc es de los árboles consagrados del
n o rte de A fric a .
Los arqu eó lo g o s las h a n h allad o e n las excavacio nes de
la G re c ia a n tig u a y del C e rc a n o O rie n te , a m o n to n a d as en
las ru in a s de san tu a rio s olvidados, an álo g as a las lámparas
de c a liz a d e las g ru ta s de L ascau x , c o n se rv a n d o a través
de los m ilen io s el re c u e rd o de la m a n o q u e las fabricó.

80
E n la casa de bodas, la lá m p a ra c o n v o c a a las alm as
errantes p a ra q u e u n a de ellas, a tra íd a p o r la llam a, descien-^
da hasta el seno de la m u je r. M ás ta rd e , a p a c ig u a rá el
alma c a u tiv a en su frá g il p risió n de c a rn e e im p e d irá su
evasión dem asiado p re c o z .
E l te la r y la lá m p a ra de b a rro se c o m p le m e n ta n . U n o
da el secreto de u n a m isteriosa a n a to m ía del h o m b re , la o tra ,
la llave de su esencia m ístic a . E l m ensaje se re p ite de u n a
choza a o tra , esp eran d o qu e u n in iciad o lo c a p te e n el
camino y m e d ite .
Las m ism as creen cias se v u e lv e n a e n c o n tr a r en o tra s
partes del m u n d o a veces rev estid as de sím bolo s d ife re n te s.
"L a c o n c e p c ió n del alm a se v u e lv e a e n c o n tr a r en todos
los pueblos de la tie rra y esto p a re ce m o s tra r qu e se
trata de u n fe n ó m e n o m u y a n tig u o y u n iv e rsa l” (L o w ie:
A n in tr o d u c tio n to C u ltu r a l A n t h r o p o l o g y , p á g . 3 0 6 ).
D esd ich ad am en te, esta c reen cia u n iv e rsa l h a sido reco g id a
aquí y allá p o r personas de fo rm a c ió n y sobre to d o de c u ­
riosidad d ife re n te s, lo c u a l e sto rb a to d a te n ta tiv a de u n
estudio de c o n ju n to .
Com o la lá m p a ra de b a rro , o tro s sím bolos h a n re c o rrid o
largos cam inos. A sí, el c h o r te n tib e ta n o — sa n tu a rio d e d i­
cado a c ierto s m u e rto s— re p re se n ta la p erso n a h u m a n a :
su base c u a d ra d a sim b o liza la tie rra y el c u e rp o , p o r e n c i­
ma de ella u n c ilin d ro re p re se n ta el a g u a y el alm a v eg e­
tativa; en la c im a b rilla la trip le llam a del e s p íritu . La
misma c o n s tru c c ió n sim bólica se v u e lv e a e n c o n tr a r e n la
tum ba de los im anes e n Ir á n . E l Islam sh iita la h a tr a n s ­
portado h a sta el fo n d o del M a g h re b , d o n d e las tu m b a s de
los santos re a firm a n la m ism a c re e n c ia : su base c u a d ra d a
simboliza la tie rra y el c u e rp o , la c ú p u la — a veces u n
cono m u y alarg ad o co m o en el M z a b — re p re se n ta el alm a
vegetativa; el c u a r to c re c ie n te y la estrella fig u ra n , e n la
cima, la trip le llam a del e sp íritu .
En E g ip to , el escarabajo re p re se n ta b a el alm a v e g e ta tiv a
—la vida c o n fo rm a n d o la m a te ria — , el p á ja ro sim b o lizab a

81
\

el e s p íritu , elevándose p o r en cim a de la m a te ria h acia el


cielo, el m u n d o de las vib racio n es.
M u c h o m ás ta rd e , los cabalistas re to m a ro n los mismos
sím bolos a trib u y e n d o la le tra " S h in ” al p á ja ro y la letra
" M in ” al escarab ajo , la u n ió n de las cuales d a b a "S hem ”:
el N o m b re , es d e c ir la e x p resió n de la p erso n a h u m a n a por
el v erb o .
P o d ría c alificarse to d o esto co m o especulacio nes tardías
tra n s m itid a s p o r la G nosis de A le ja n d ría a la C áb ala. Junod,
q u e e stu d ió a los b a n tú s e n los ú ltim o s años del siglo XIX
escribe: " U n in d íg e n a de B u tc h a b e lo c e rc a de Middle-
b o u rg (T ra n s v a a l) a firm a b a e n m i p resen cia q u e, en esa
c o m a rc a , los sutos c re ía n q u e el alm a h u m a n a e n la muerte
se escapaba del c u e rp o e n la fo rm a de u n escarab ajo "co-
p ris ” . N o se c u b r ía la tu m b a h a sta q u e n o se h u b ie ra visto
este c o le ó p te ro en los alred ed o res; y si u n h a lc ó n a p arecía al
m ism o tie m p o , la sa tisfa c ció n era a ú n m ás g ra n d e . Un
h e ch o e x tra ñ o es q u e los suto s, c u a n d o d a n rem edio s a un
e n fe rm o y v e n qu e h a n o b te n id o el e fe c to deseado añaden:
se h a n e n te n d id o b ien c o n el co p ris, m ie n tra s q u e si el
e n fe rm o m u e re , d ic en : el c o p ris h a re c h a z a d o los re­
m ed io s” ( L e s B a n to u s , t. I I p á g . 3 1 6 ) .
Los esquim ales an g m assalik tie n e n la m ism a concepción
del ser h u m a n o . P a ra ellos, el h o m b re real se divide en
tre s p a rte s: el c u e rp o , las alm as y el n o m b re . Muchos
h o m b re s h a n d ich o q u e en las civilizaciones p rim itiv a s, que
son civ ilizacio n es de e sc ritu ra , era n o rm a l d a r u n a gran
im p o rta n c ia al n o m b re , o lv id a n d o q u iz á q u e e n tre los es­
q u im ales el n o m b re n u n c a fu e u n signo e sc rito o grabado,
sino, c o m o en o tra s p a rte s del m u n d o , el lazo de esta ga­
v illa de elem en to s q u e es la p erso n a h u m a n a .
Es así co m o la c o n c ib e n to d o s los p u eb lo s sem ítico s, todos
los p u eb lo s de A fric a y de A u stra lia y ta m b ié n los indios de
A m é ric a del N o rte .
L a le tra h e b re a " S h in ” es la re p re se n ta c ió n del ser hu­
m a n o : c o m p re n d e dos p a rte s, u n a , e n fo rm a de media

82
luna que re p re se n ta el p rin c ip io h e m b ra , la o tra , la b a rra
central, es el sím b o lo del p rin c ip io m a ch o . v
Sería in te re sa n te c o n sa g ra r a este signo u n la rg o estu d io
pues, si en la In d ia se lo co n sid era com o la m a rc a de
Shiva, en A fric a y en el m u n d o m e d ite rrá n e o , la trip le
ram a del " S h in ” se c o n cib e co m o u n a h u ella de p á ja ro
y de u n p á ja ro p a rtic u la r: la a v u ta rd a .
E n el S u d á n , e n tre los d o g o n , el k a n a g a , u n a de las
máscaras m ás im p o rta n te s , sim boliza la a v u ta rd a , co n las
alas desplegadas; es ta m b ié n la re p re se n ta c ió n de dos " S h in ”
opuestos p o r la base.
La m á sc a ra d a n z a d a n d o c o rto s pasos, re tro c e d e , bos­
queja tres pasos a iz q u ie rd a , tre s a d e re ch a : la pesada c r u z
de dos ram as q u e el b a ila rín lleva sobre la cab eza des­
cribe u n m o v im ie n to c irc u la r, re c u e rd o de la c a rre ra solar
y del m u n d o cread o . E l k a n a g a es el alm a h e m b ra , la
esposa del alm a, la e n v o ltu ra del e sp íritu .
La m ism a m a rc a se v u elv e a e n c o n tr a r en o tr a p a rte
en el p a lm a r del F ig u ig , en Z en ag a, en el S u r argelino.
Cuando el n o v io v a a e n tr a r en la c á m a ra n u p c ia l p a ra
descubrir a la esposa desconocida q u e lo espera velada,
uno de los m u c h a c h o s de h o n o r se a cerca a él y le m a rc a
en la fre n te el signo de la a v u ta rd a , sím b o lo de la u n ió n
de las alm as y de la fe c u n d id a d , del descenso de las alm as
en la m a te ria .
Esta m a rc a es c o m ú n a v arias trib u s m a ra b ú tic a s b e ­
reberes que v iv e n en el S ahara arg elin o (G a d e n : R e v u e d u
M onde M u s u lm á n , t. X II, 1910, p á g . 4 4 1 ) .
En E u ro p a se la v u elv e a e n c o n tr a r en la isla de M an ,
en el c e n tro del m a r de Irla n d a . E n o tra ép o ca, los c a m ­
pesinos a rro ja b a n cen iza alre d ed o r del lecho de u n m u e rto :
si en ella le ía n la m a rc a de la a v u ta rd a , eso sig n ificab a
que el alm a, al fin lib erad a, h a b ía ech ad o a v o lar. E sta
costum bre persistió larg o tie m p o p e ro c o n u n a in te r p r e ­
tación d ife re n te . Y a n o se tr a ta b a de h a lla r o n o la h u ella
hendida del d iab lo en su lu c h a p o r a rra s tra r el alm a p e ­
c a d o ra al in fie rn o . E n el m u n d o c é ltic o , la p a ta de la
a v u ta r d a lleva el n o m b re de c ro w s f o t — la p a ta del
c u e rv o — y se la co n sid era co n fre c u e n c ia el signo
d is tin tiv o de las b ru jas. (C o n fr . W . W a lte r G ilí: A second
M a n x s c r a p -b o o k , p á g . 1 1 2 ) . Lo q u e sig n ifica q u e per-
tenecxa al arsen al sim bólico de la V ieja R elig ió n .
E l m ism o signo se v u elv e a e n c o n tr a r a n te el b u e y de ¡
la c a v e rn a de N ia u x y a n te el g ra n to ro n e g ro de Lascaux,
tra z a d o p o r los h o m b re s de la ed ad del reno. Es también
el m o tiv o p rin c ip a l q u e a d o rn a el tra je del " s h a m á n ” de
las a n tig u a s civilizaciones u ra lo -a lta ic as.
Los tu a re g del A ir, al su r del H o g g a r, lle v a n en sus
escudos el signo de los dos " S h in ” opuestos, las dos patas
de la a v u ta rd a . E n tr e los b a m b a ra , esta m ism a m a rc a es
el signo secreto p o r el c u a l se re c o n o c e n los iniciados del
K o m o , la m ás elevada de las siete sociedades secretas. Este
signo su b ra y a el p a p e l de in te rm e d ia rio e n tre la tie rra y
el cielo q u e d esem p eñ a el p á ja ro , sím b o lo del alm a. Los
dos " S h in ” re u n id o s re p re se n ta n el á rb o l e x te n d id o por
ig u a l h a cia el m u n d o de lo a lto , p o r sus hojas, y hacia
el m u n d o de abajo, p o r sus raíces. E n la In d ia es la es-
q u e m a tiz a c ió n del " v a jd a ” , ese ra y o q u e sostiene Indra,
so b eran o del cielo, d isp en sad o r de la llu v ia fe c u n d a n te ,'

Y1\ ñUnU W
h e rm a n o gem elo del F uego.

M arca Signo
/ñk Marca
de las tribus
de la d el E l Vajda márabiiticns
A vutarda Kom o cíel A ir

t
84

j
Shiva re to m ó p o r su c u e n ta el viejo sím b o lo del fu eg o
y de la to rm e n ta q u e se c o n v irtió e n el signo de su fu e rz a
d estru cto ra y de su fu e rz a c re a d o ra : el signo del h o m b re ,
lazo e n tre la m a te ria y el e sp íritu .
La a v u ta rd a , q u e los n a tu ra lis ta s lla m a n T e tr a x - te tr a x ,
es u n p á ja ro pesado de p lu m a je lleno de colores otoñales:
gris, b lan co y rojo.
El h o m b re eligió este p á ja ro m ig ra to rio p a ra re p re se n ­
tar la a v e n tu ra del alm a h u m a n a , p o rq u e ap arece en ab ril,
cuando los cam p o s v e rd e an , y p a rte e n o to ñ o , d ejan d o
detrás los cam p o s lab rad o s y la tie r r a re m o v id a de surcos
como u n a tu m b a re c ié n a b ierta. A caso éste sea el sen tid o
de la a v u ta rd a escu lp id a en u n a p a re d del sa n tu a rio de
Roe de Sers e n el S o lu tria n o su p erio r, v e in tic in c o m il años
antes de n u e stra era.
El signo de tres ram as q u e es la h u ella de esta p a ta
de pájaro, re c u e rd a to d o eso así co m o la m ig ra c ió n de
la pequeña a v u ta r d a evoca el n a c im ie n to y la p u e sta de
las Pléyades al ritm o del m u n d o .
C uando las Pléyades e stá n bajas e n el h o riz o n te , c u a n d o
la semilla está en la tie rra de la b ra n z a de o to ñ o , la a v u ­
tarda va al E ste, e n d ire c c ió n de la In d ia , ju n to a Shiva,
de donde v o lv e rá en la p rim a v e ra p o rta d o ra de to d a la
fecundidad de la tie rra , m en sajera de re su rre c c ió n .

:<■ *

En C h in a , el alm a es doble, c o m p u e sta de dos p rin c ip io s:


"kuei” y " sh e n ” .
"K uei” es el alm a m ás pesada, a causa de los deseos
del ser v iv o ; q u e d a ju n to a la tu m b a y fr e c u e n ta los
sitios fam iliares. “ K u e i” q u ie re d e c ir ta m b ié n “ v o lv e r, re ­
tornar” .
"Shen” es el genio, la p a r tíc u la d iv in a p re sen te e n el
ser h u m an o . Los dioses p ro te c to re s del suelo, los genios
guardianes sin n ú m e ro se lla m a n ta m b ié n “ shen” . E n A fric a
del N o r te , las e n tid ad es q u e p u e b la n las m o n ta ñ a s y las
selvas, las q u e re c ib e n el n o m b re de los " g u a rd ia n e s ” , se
lla m a n ta m b ié n " r r u h ” lo m ism o q u e el alm a su til o es­
p ír i tu .
E n el siglo IV an tes de n u e stra era, ese d u alism o po­
p u la r se u n ió al g ra n d u alism o de la co sm o g o n ía oficial
basada en la oposición de los dos p rin c ip io s, el " y in ” te­
rre s tre y fe m e n in o y el " y a n g ” m a sc u lin o y celeste. 1
E l e stu d io de la oposición y la c o m p le m e n ta c ió n de esos
dos p rin c ip io s llevó a los sabios chinos a e d ific a r u n a me­
d ic in a basada en el e n c u e n tro , el e n tre c ru z a m ie n to y los
n u d o s de dos flu id o s invisibles, in v e rifica b le s p a ra la punta
del escalpelo, y q u e n in g ú n a n a to m ista o c c id e n ta l h a po- j
d id o n u n c a m e te r e n sus frascos. D esde 1947, sin embargo, ■
la a c u p u n tu r a te n ía d erech o de c iu d a d a n ía e n los hospi- *
tales; o b tu v o la c o n sa g ra ció n su p re m a e n F ra n c ia , al ser ,
reem b o lsad a p o r el seg u ro social. |
P a ra h a lla r este m isterioso c o n o c im ie n to de los princi- ¡
píos invisibles q u e lo fo rm a n , al h o m b re le h a b astad o con |
m e d ita r sobre la a c titu d de las cam pesinas q u e c ru z a n las j
dos capas del h ilo y sobre el te la r de las siete alm as. ¡
«· * ❖ !

D u r a n te m u c h o tie m p o , los filósofos c re y e ro n q u e los


" p rim itiv o s ” h a b ía n p a rtid o de la ru d e z a p a ra alcanzar
lo in e fa b le y , b a sta n te iló g ic a m en te, la h isto ria de las ideas
ha estad o lig ada a la h isto ria de las té c n ic a s y de los
objeto s. Los especialistas de la h isto ria de las religiones
p ien san h a b e r e n c o n tra d o las etap as de la r u ta q u e va
del h o m b re a u n p rin c ip io ú n ic o , p o n ie n d o en vitrinas
u n a al lado de o tra , colecciones de ídolo s y de máscaras:
sím bolos y n o realidades p a ra los h o m b re s q u e los han
ta lla d o y h a n a d o rad o e n ellas el p rin c ip io así representado.
C u a n to m ás ru d o e ra el íd o lo , seg ú n n u e stro s sabios,
m ás rú stic a s d e b ía n ser las creen cias estu d iad as. N u n c a se
les o c u rrió la idea, e n las tin ieb las de n u e stro s m useos de

86

i
que c u a n to m ás despojado e ra el sím b o lo m a te ria l, m ás
pura d eb ía ser la idea re p re se n ta d a , m á s p r o f u n d a la creen-v
cía que n o n ecesitab a sino u n solo signo tra z a d o en la
m ateria p a ra re v iv ir e n el e s p ír itu d el h o m b re .
Sabemos ah o ra, lu ego de estudios largos y p acien tes, q u e
hay que re c h a z a r el ju ic io de los a n tig u o s viajero s. Los
pueblos casi to ta lm e n te d esprovistos de té c n ic a s m ateriales,
como los au stralian o s, los pigm eos o los b u sh m e n , tie n e n
creencias religiosas co m p licad as y precisas. Sus sistem as de
pensam iento n o son n a d a " p rim itiv o s ” y n a d a p e rm ite c i­
tarlos com o ejem plo s posibles p a ra ilu s tra r n u e s tra te o ría
evolucionista de los p rim ero s b alb u ceo s d el p e n sa m ie n to
hum ano, en el alba de los tiem p o s.
Los k a k a d u , c e rc a de A llig a to r R iv e r, sobre la co sta
norte de A u stra lia d ic en q u e c ad a h o m b re lleva en sí
mismo u n p rin c ip io e sp iritu a l, el " y a lm u r u ” . A la m u e rte ,
este p rin c ip io q u e d a ju n to al c u e rp o , lu ego se d iv id e c u a n d o
los huesos r e to r n a n al p o lv o : u n a m ita d fo rm a u n n u e v o
"y alm u ru ” , el o tro se c o n v ie rte e n u n " iw a ig u ” . L uego
de u n tie m p o , el " iw a ig u ” p e n e tra e n u n a m u je r e n c in ta
y anim a al p e q u e ñ o ser qu e lleva e n sí. E l " y a lm u r u ”
se disolverá m ás ta rd e p e ro , an tes, v isita rá al h o m b re h a ­
bitado p o r el " iw a ig u ” n a cid o de él, su gem elo invisible.
La m ism a c re en c ia se e n c u e n tra e n tre los d o g o n del S u ­
dán. " N a n i” es u n té rm in o q u e in d ic a la situ a c ió n de
reciprocidad e n la c u a l se h a lla n u n m u e rto c o n resp ec to
a un viv o: los vivos h a n h ere d ad o la m ita d del " n y a m a ”
del prim ero . E stos dos in d iv id u o s son llam ados " n a n i” u n o
del otro . C o m o e n tre los au stralian o s, el m u e rto designa
él mismo su " n a n i” " to c a n d o el v ie n tre de u n a m u je r e n ­
cinta” , es d e c ir q u e se d a a c o n o c e r a la f u t u r a m a d re
en u n sueño. A veces es u n a d iv in o q u ie n re v e la rá este
parentesco c o n el m ás allá ( C o n fr . M o n ts e rra t P a la u M a rti:
L e s D o g o n , págs. 6 7 - 6 8 ) .
El p ro b le m a de saber si el h o m b re h a d e sc u b ie rto a
Dios d escubriéndose a sí m ism o , si se h a co n ce b id o a im a g e n

87
de D ios o si h a c read o a D ios a su im ag en , es u n falso
r
p ro b le m a q u e las civ ilizaciones tra d ic io n a les n o se plantean,
D io s es c o n ceb id o a la vez co m o algo e x te rio r e interior
al h o m b re , p e ro n o c read o p o r el h o m b re o n acid o de
sus sueños.
" M a y a n tu desig na ta n to el e s p íritu de los m u e rto s como
el del dios q u e e n v ía la llu v ia, el tru e n o y los relámpagos,
C u a n d o u n a p erso n a m u e re , su M a y a n tu deja el cuerp o f
y v a a v iv ir al cielo c o n el G ra n M a y a n tu 55. (Raphael
G ira d : L es In d ie n s d e l’A m a z o n te p é r u v ie n n e -le s Y a g ti
p á g in a 3 5 ).
E stas co n cep cio n es au stralian as, a fric a n a s o amazónicas
n o son in fe rio res a los p rin c ip io s de la relig ió n egipcia,
p o r ejem p lo , o de las religiones sem íticas. E n el p la n o re­
ligioso, el A llig a to r R iv e r de la co sta n o rte australiana *
su m in istra c o n el A m a z o n a s y el N ig e r u n testim onio ^
ta n im p o r ta n te co m o el In d o , el N ilo o el E u fra te s : menos
c o n o cid o sin e m b arg o , p e ro v in c u la d o al p en sa m ie n to de
o tra s civilizacio nes.
A veces los tra b a jo s de excavaciones p re h istó ric as nos
h a n d ad o piezas im p e rfe c ta s, a b an d o n ad as en cu rso de fa­
b ric a c ió n p o r u n a to rp e z a del a rte sa n o : sílices quebrados
o m a l reto cad o s, p erlas h o ra d a d as a m edias. Esos ensayos,,
esos fracasos, nos h a n p e rm itid o e n c o n tr a r las té cn icas de
los p rim e ro s h o m b re s, sus a c titu d e s, sus tan teo s. E n el do­
m in io de las creencias, n o o c u rre lo m ism o ; n o encon­
tra m o s m ás q u e piezas p e rfe c ta s, sistem as ajustados con
p re c isió n q u e in te g ra n a rm o n io sam en te el h o m b re , la so­
cied ad y el m u n d o y u n e n el c o n ju n to de la creació n al >
p la n d iv in o . E n este d o m in io , n a d a nos p e rm ite recons­
t r u i r a rb itra ria m e n te y e stu d ia r después esas reco n stitu ­
ciones com o hechos dados a la o b serv ació n . C ien tíficam en te,
sólo p odem os c o n s tru ir te o ría s c o n la a y u d a de los tes­
tim o n io s recogidos y n o de hip ótesis q u e n a d a p e rm ite n ve­
rific a r. Las nociones de existen cia del alm a y de supervi­
v e n cia del alm a luego de la m u e rte físic a, ta l co m o po- f

88
demos e n c o n tra rla s en las civ ilizaciones tra d ic io n a les, son
nociones p e rfe c ta s, sin huellas de bosquejos o de balbuceos^
que p re se n ta n a tra v é s del espacio u n c a r á c te r c ie rto de
unidad.
La idea de u n D ios ú n ic o , e te rn o , in c re ad o , señor de
la vida, o rig e n y té rm in o de la a v e n tu ra h u m a n a , está
presente en to d as las civilizaciones h u m a n a s sin que p o ­
damos v o lv e r a h a lla r los fósiles testigos de la génesis de
esta idea. C o n fre c u e n c ia , al c o n tra rio , e n c o n tra m o s sus
restos en las civ ilizaciones que el O c c id e n te d e stru y ó .
Los h o m b res de los tie m p o s pasados, los que llam am os
erradam ente " p rim itiv o s ” , h a b ría n p o d id o c o n c e b ir u n D io s
a su im agen, u n D ios q u e co n o ciera la m u e rte y fa b ric a ra
el m u n d o co m o ellos fa b ric a b a n sus vasijas de b a rro o
sus m an tas de c o rte z a . P ero jam ás o c u rrió así y si e n c o n ­
tramos a veces q u e al D io s su p re m o se lo c a lific a de a l­
farero, es p a ra m o s tra r q u e el m u n d o está en su m a n o
como u n a vasija de b a rro e n la m a n o del h o m b re . E n
ninguna p a rte h a h a b id o — al m enos n u n c a e n c o n tra m o s
su huella— u n esbozo de la idea de e te rn id a d o del t o ­
dopoderoso. E l h o m b re , que h a ido fra n q u e a n d o p en o sa­
mente las etap as de la c o n q u ista de la m a te ria , p arece
no haber lu c h a d o jam ás n i haberse e sfo rza d o p o r a lc a n z a r
la c e rtid u m b re del D io s ú n ic o , p rin c ip io c re a d o r de to d as
las cosas.
Los indios bella-co o la y los shoshoni de W in d R iv e r, en
el W y o m in g , en A m é ric a del N o r te , p ien san q u e p o r e n ­
cima de lo visible y lo invisib le, h a y u n ser su p re m o c u y a
tarea es a n im a r los c u erp o s d ándoles u n alm a. E ste ser
supremo es c o n ce b id o com o u n e s p ír itu m ás s u til a ú n que
el e sp íritu del h o m b re . C o n fre c u e n c ia , co m o m u c h o s m ís ­
ticos, los h o m b re s del m u n d o n u e v o d escu b ierto s p o r O c ­
cidente h a n re c u rrid o a co m p arac io n e s sensoriales p a ra h a ­
cer c o m p re n d e r la e sp iritu a lid a d in fin ita de ese D ios S u ­
premo: " D io s es u n soplo, D ios es u n v ie n to ” . Los toscos
traficantes o los m isio nero s q u e esp e ra b an ganarse a esos

89
n iñ o s g ra n d e s” p ro p o n ié n d o le s u n p a ra íso m a te ria l, han
c o n c lu id o q u e los in dio s a d o ra b a n al v ie n to y lo consi., consi.
d e ra b a n co m o su dios. La v e rd a d era o tra .
T en em o s q u e re to m a r, p o r ejem p lo , el m ito n av ajo tal
co m o nos lo b a n re la ta d o in v estig ad o res occid en tales para
v e r allí u n sím b o lo , análogo al q u e hallam os en todas las
dem ás civ ilizacio n es: el v ie n to q u e d a v id a a los primeros i
h o m b re s y p re se n te en el a lie n to de to d o s los h o m b res. Ate*
nerse al pie de la le tra e q u iv a ld ría a c o n fu n d ir el F u eg o devo­
ra n te de q u e h a b la n los m ístic o s c o n u n in cen d io .
H a lla m o s en los relato s de los viajeros, breves menciones
q u e, sin em b arg o , son preciosas a firm acio n es. E n tre los
aztecas, la m ás a lta d iv in id a d era T o n a c a te c u tli, el Dios
de N u e s tr a V id a ; e n tre los a lg o n q u in es, K itch i-M an itu , *
el D io s S u p rem o , se llam ab a ta m b ié n el S eñor de la Vida,
A sí, n o sólo el h o m b re n o h a re c u rrid o a la experiencia
de los sentidos, sino q u e h a d esp reciad o los d ato s de esa
e x p erien c ia c o n v e n c id o de q u e desde el p rin c ip io es espí­
r i t u e in m o rta l. Si es v e rd a d q u e el n iñ o id e n tific a el yo
c o n su c u e rp o , el h o m b re b la n co da p ru e b a s de u n a acti­
tu d in f a n til pues el h o m b re de las civilizaciones tradicio­
nales b ien sabe q u e el y o es invisib le y su c u e rp o , a pesar
de ser m ás ta n g ib le , n o es m ás q u e su reflejo .
E n to d as las civilizaciones, el alm a h u m a n a es conce­
bid a co m o u n p rin c ip io d iv in o c read o p o r u n dios único
q u e tie n e u n a esencia an álo g a y d is tin ta .
E l h o m b re se co n sid era co m o d e p e n d ie n te de u n Dios
su p re m o , señor de la v id a , d a d o r de alm as. Se dio u n amo,
de c u y a ex isten cia n o h a te n id o p ru e b a , se h a c read o obli­
gacio nes q u e to d o el peso de la m a te ria le p e rm itía esquivar.
P o r o rg u llo o aten ién d o se sim p le m en te a los d ato s de su
e x p erien c ia sensible, h a b ría p o d id o co n ceb irse in d ep en d ien ­
te del resto del m u n d o , si hubiese q u e rid o , m aravillosam ente
solitario.
Sin em b arg o , el te stim o n io su m in istra d o p o r el estu d io
de las civilizacio nes, de u n e x tre m o al o tro del tie m p o y*·
del espacio, nos m u e stra al h o m b re v u e lto h a cia lo I n v i­
sible, buscándolo e n si m ism o e n c ad a in s ta n te de su v id a
cotidiana, co m o si e c h a ra de m enos u n a p a tria p e rd id a .
1

\
CAPITULO V
V

IT IN E R A R IO H A C I A L O IN V IS IB L E

TZJ l B ardo-Thodol o Libro de los M uertos tib e ta n o es


■E-' un a o b ra de p ro c e d e n c ia d esconocida, a d a p ta c ió n b u ­
dista de u n a tra d ic ió n tib e ta n a a n tig u a , a n te rio r al siglo
VIII.
El B ardo es el estado in te rm e d io e n el c u a l se d e sa rro llan
las consecuencias de las acciones realizad as d u r a n te la v id a
terrestre. L a p rim e ra p a rte de esa g u ía de los m u e rto s
es una d escrip ció n m in u cio sa de la a g o n ía , así co m o u n a
enum eración de las p re scrip cio n e s q u e h a y q u e seg u ir p a ra
franquear el U m b ra l.
"La d e sc rip c ió n n o e x te rio r sino in te rn a y v iv id a de la
agonía es ta n p recisa q u e p o d ría creerse en u n a cien cia
escatológica a d q u irid a p o r h o m b re s q u e h a n v u e lto del
reino m ism o de la m u e rte . E l tr a d u c to r in glés, el d o c to r
W. Y. E vans W e n tz , la cree m ás b ien d ic ta d a p o r g ran d es
maestros a g o n izan tes, a te n to s, q u e h a b r ía n te n id o la f u e r ­
za de enseñar a sus d iscíp u lo s el p ro ceso de su p ro p io f i n ”
(Le Livre des M orts T ib é ta in su iv a n t la version anglaise
du Lama K a zi D am a Sam dup: p re fa c io de M . Jac q u e s
Bacot, pág. V IL T ra d . fran c esa M a rg u e rite L a F u e n te ) .
H e a q u í, p o r ejem plo, u n a de sus p re scrip cio n e s: "S i
la respiración v a a cesar, h a y q u e p o n e r al m o rib u n d o
sobre el co stad o d erech o en la p o sició n lla m a d a del león
echado. E l la tid o de las a rte ria s (a d e re ch a y a iz q u ie rd a
de! cuello) debe ser c o m p rim id o ” (Id ., p á g . 7 8 ) .

93
- ................................................................................................. \
D ife re n te s ó rd en es se re p ite n en el o íd o del moribundo
en v o z b aja, co m o lo h a c e n los to lb a e n el o íd o del muerto
e n A fric a del N o rte .
" C u a n d o el P rin c ip io C o n sc ie n te sale del c u erp o , $e
p r e g u n ta : ¿esto y m u e rto o n o ? . . . N o p u e d e determinarlo,
V e a sus p a rie n te s, lo q u e lo ro d ea, co m o los v e ía antes, oye
sus q u e jas” (Id ., p á g . 8 3 ).
A caso in te rv e n g a n e n to n ce s, e n to d a s las civilizaciones,
los rito s de ru id o so d o lo r q u e , en el o rig e n , se h a n des-
tin a d o q u iz á a q u e el P rin c ip io C o n sc ie n te a ce p te la muer,
te. A llí ta m b ié n in te rv ie n e n los rito s d estin ad o s a aparta;
el alm a e rra n te .
"S i el m u e rto es u n ser o rd in a rio , d ecid e n to n ce s: medita
sobre el G ra n S eñ o r de C o m p a sió n . . . E s tá n ta m b ié n los
q u e . . . n o p u e d e n re sistir m e n ta lm e n te la ilusión a causa
de u n a m u e rte dem asiado v io le n ta ” (Id ., p á g . 8 4 ) .
E sta frase p o d ría serv ir de exergo a u n la rg o estudio
de los rito s q u e ro d e a n en las diversas civilizaciones, a
los q u e h a n sido so rp ren d id o s p o r u n a m u e rte violenta:
los fu lm in a d o s, los asesinados, los ahogados. T odos los que
n o h a n te n id o el tie m p o de m e d ita r sobre el G ra n Señor
de C o m p a sió n , es d e c ir de v o lv e r a p o n e r su alm a entre
Sus m anos. ·
E n el estado in te rm e d ia rio , el c o n o ce d o r — es decir el i
p rin c ip io de c o n o c im ie n to — vive en los sitios d o n d e han
tra n s c u r rid o sus a ctiv id ad es te rre stre s.
“ E n ese m o m e n to el d if u n to p u e d e o ír los lla n to s y los'
gem id os de sus am igos, p u ed e verlos, o ír su llam ad o , pero ^
c o m o n o p u e d e hacerse o ír, se v a d e sc o n te n to ” (Id ., pág. :
8 5 ). ¡
E l sacerd o te q u e lee el L ib r o de los M u e r to s se dirige
a h o ra al alm a: " N o quedes a ta d a a esta v id a p o r senti­
m ie n to y p o r d e b ilid a d . . . N o tienes el p o d e r de habitar :
a q u í. N o te ates, n o seas déb il, re c u e rd a la precio sa Tri- \
n id a d ” (Id ., p á g . 8 7 ) . I

94

J
r
El alm a v a a e n c o n tr a r f r e n te a ella el re fle jo e x a c to
de las acciones de su v id a , a la lu z de su p ro p ia co n cien ciav
al fin d esp ierta: es la Psicostasia o pesaje del alm a, q u e
aparece en to d o s los m ito s, en to d as las relig io n es; el acoso
de los dem onio s q u e lu c h a n c o n tra la fu e rz a p oderosa del
ángel según lo re p re se n ta n en los p o rta le s de las c ated rales,
es la in te rro g a c ió n de los A ngeles a la V a ra de H ie rro
del C o rán .
"T e b asta, dice el B a r d o -T h ó d o l, saber q u e esas a p a ri­
ciones son tu s p ro p ia s fo rm a s-p e n sa m ie n to s: n in g u n a de
esas cosas p u e d e n c a u sa rte m a l, pues y a n o eres c a p a z de
m orir” (Id ., p á g . 8 8 ).
En la m a y o ría de los casos, dice el L ib r o d e los M u e r to s ,
el d ifu n to está oblig ad o a a tra v e sa r los c u a r e n ta y n u e v e
días en el estado in te rm e d ia rio del B ardo. D esp u és, d u ­
rante siete d ías debe v e n c e r ap aricio n es q u e le son e x p li­
cadas en detalle.
A lo la rg o de las p ru e b a s de los siete d ías, el alm a
debe elegir e n tre u n a lu z b rilla n te , in so p o rta b le p a ra los
impuros, y u n a lu z cad a vez m ás a p ag a d a q u e c o rre sp o n d e
a su estado real, co n secu en cia de sus deseos y de sus a cc io ­
nes terrestres.
En caso de fra c a sa r v ie n en n u ev as p ru e b a s y , al fin a l,
el in fiern o : el re n a c im ie n to e n este m u n d o . Si ella es in e ­
vitable p o r p ro p ia elecció n del alm a, las p leg arias del B a r ­
do-T hód ol t r a t a n de d irig ir el d if u n to h a cia u n m a l m e ­
nor, u n a m e jo r re e n c a rn a c ió n .
Esas etap as, esas p ru e b a s n o d e b en to m a rse e n sen tid o
real. "A sí co m o e n el m u n d o h u m a n o el ser re p ite en
sueños las ex p erien cias del estado de vigilia, el que está
en el B ardo re p ite , en alu cin acio n es k á rm ic a s, el c o n te n id o
de su c o n cien cia del m u n d o h u m a n o . Sus visiones sim b ó ­
licas no son m ás q u e reflejo s p síq u ic o s, fo rm a s-p e n sa m ie n ­
tos p ro v en ien tes de la v id a te rre s tre . E sto e x p lic a p o r q u é
es m uy e x ce p c io n al q u e u n e s p ír itu ev o cad o te n g a a lg u n a

95
filo so fía ra c io n a l p a ra o fre c e r c o n c e rn ie n te al lu g a r en
q u e se e n c u e n tr a ” (Id ., p ág . 1 6 2 ).
Las religio nes del E x tre m o O rie n te , acaso después de |aí
re v o lu c ió n del B u d ism o , co n sid e ra n la re e n c a rn a c ió n corno!
el p e o r castig o in flig id o a u n alm a al fin lib erad a pot
la m u e rte .
E sta c re e n c ia en la re e n c a rn a c ió n es la m ás difundies­
en el m u n d o : p a re ce q u e ha sido u n iv e rsal an tes de que,
v o lv ie ra n a d e sc u b rirla las religio nes rev elad as; sin e®.
b a rg o , e n to d a s p a rte s ha d ejad o su fic ien tes huellas para
q u e c o n s titu y a la causa fá c ilm e n te id e n tific a b le de ritos j
diversos. i
L os d o g o n de los aca n tila d o s de B a n d iag a ra poseen un
r itu a l fu n e ra rio c o m p lic a d o q u e en re a lid ad es, co m o todos
los dem ás, u n a té c n ic a del desasim iento y de la telecon­
d u c c ió n del alm a.
A llí co m o en o tra s p a rte s, existe la to ile tte del muerto!
c o n rito s p a rtic u la re s , cad a u n o de los cuales tien e una|
sig n ific a c ió n precisa. E n m ed io de la aldea, sobre la piedra j
de los b ravos, se coloca el c u e rp o , e n v u e lto en u n a manta!
a c u ad ro s n eg ro s y blan co s — el p a v im e n to m osaico— que j
re p re se n ta la d is c o n tin u id a d de la m a te ria , el m u n d o , los j
c am p o s c u ltiv a d o s y el c a m in o q u e h a y q u e re c o rre r de!
la tie rra al cielo. L uego, c u a tr o h o m b res, llev an d o la ca-1
m illa del m u e rto en sus h o m b ro s, p re c e d e n el c o rte jo fú- j
n e b re c o rrie n d o , d escrib ien d o u n itin e ra rio en fo rm a de
z ig z a g , de re lá m p a g o y de serp ien te , sím b o lo de la trans­
fo rm a c ió n de la m a te ria . Los g rito s de du elo estallan a
los c u a tr o rin c o n e s del h o riz o n te c o n sollozos y llantos,
en el ru id o ritm a d o de las calab azas e n tre c h o c a d a s o gol­
peadas c o n tra el suelo. Los p a rie n te s m a te rn o s del muerto
sim u la n u n a ta q u e al c o rte jo : q u ie re n to m a r el cuerpo,
ap o d erarse de él, sig n ific a n d o c o n ello q u e el c la n de la
m a d re tie n e ta m b ié n derechos sobre el q u e p a r te hacia
el a lto a c a n tila d o h o ra d a d o de sepulcros. !

96
V

El pavimento E l camino entre


mosaico los m undos

El duelo d u ra u n a sem ana e n to d a la ald ea, u n a sem ana


señalada p o r p ro h ib icio n es e s tric ta m e n te observadas. L a f a ­
milia concede u n a a m p lia h o sp ita lid a d a to d o s los q u e se
presentan, las m u je re s llo ra n a n te la casa d el m u e rto ,
los hom bres sim u la n escenas de caz a o de g u e rra .
Al té rm in o de u n a sem ana, las g en tes de la aldea la v a n
sus vestiduras y v u e lv e n a sus o cu p acio n es h ab itu ales. L a
familia del m u e rto está so m etid a a ú n a p ro h ib icio n e s q u e
la ponen al m a rg e n de la v id a c o tid ia n a , pues el du elo
rige to d a v ía p a ra ella h a sta el " d a m a ” .
En esta p rim e ra p a rte p re d o m in a u n ú n ic o p e n sa m ie n to :
apartar al m u e rto de su casa, im p e d irle f r e c u e n ta r el m u n d o
de los vivos. E l c o rte jo q u e lo lleva es rá p id o ; a su paso
los hom bres se c astig a n c o n vio len cia y su casa es el te a tro
de un sim u lacro de sitio c o n fre c u e n c ia m u y re alista.
Todo o c u rre com o si el alm a d e se n c arn a d a p e ro e rra n te
estuviera a ú n u n id a a las g entes y a las cosas de este

97
m u n d o y c o m o si los h o m b re s, p o r el b ien de ella y *
p o r el p ro p io b ie n , q u isie ra n a p a rta rla . ¡
L a fiesta del le v a n ta m ie n to del d u elo o " d a m a ” puede
te n e r lu g a r alg u n as sem anas o alg u n o s años después de
los fu n e ra le s.
D e n o c h e , los iniciados se a c u c lilla n e n c írc u lo ; los brujos
los lla m a n "a n c ia n o s de los ojos ro jo s” . j
E n v o z b aja, m u r m u r a n el c a n to de los A n d u m b u lu
— el c a n to de los p rim e ro s seres q u e h a b ita b a n en los acan- 1
tilados, a n te s de los p rim e ro s an tep asad o s— hom brecitos
rojo s c o n v e rtid o s en los Invisib les, p resen tes e n to d as partes.
D esp u és el c a n to se re m o n ta a la c re a c ió n del hombre,
a la c re a c ió n de la v id a , a la p rim e ra p a lp ita c ió n del
m u n d o . U n h o m b re se le v a n ta e n to n c e s, u n a n cia n o apo- .
y a d o en u n b a stó n ; re c ita la g e n ealo g ía del d if u n to y sus .
alab an zas, luego e n u m e ra e n le ta n ía to d o s los sitios de la ■
re g ió n d o n d e el m u e r to " p u so el p ie ” .
P o r la v o z, el a n c ia n o d escribe u n a espiral, imagen
de la tie rra , a lre d e d o r de S anga, la c a p ita l de los ini­
ciados.
E n to n c e s esta lla n tro m p a s d e sg a rra d o ra s; e v o ca n los gri­
tos del re c ié n m u e r to d e se m b a ra za d o del m u n d o terrestre, ¡
sep arad o de los lu g a re s fam iliares y q u e , e n tra n d o en lo
In v isib le, la n z a g rito s de re c ié n n a cid o .
U n a v o z ro n c a a n u n c ia el “ d a m a ” ; la c erem o n ia del i
le v a n ta m ie n to del d u elo h a te rm in a d o .
Y a n o h a y p ro h ib ic io n e s q u e re s p e ta r, el m u e rto erra i
a tie n ta s e n lo In v isib le, q u e se h a c o n v e rtid o en su do­
m in io .
D e n o c h e , u n in ic ia d o v e stid o de b la n c o , de pie, hace
g ira r el ro m b o c o n e strid e n te m u g id o . E l ro m b o es la
v o z del p rim e r a n te p a sa d o , la p rim e ra v ib ra c ió n , la voz
de lo In v isib le q u e acoge al m u e r to y v a a acom pañarlo
h a sta el alb a.

98
P or la m a ñ a n a , las m áscaras salen de los abrigos rocosos
donde se h a n escondido: an tepasados qu e h a n descendidov
a la tie rra , cu y as a c titu d e s ev o ca n la d a n z a del m u n d o .
E l " k a n a g a ” h ace g ira r su c r u z de doble tra v e sa n o : r e ­
presenta el sol y el p á ja r o -e s p ír itu q u e u n e el cielo y
la tierra. E l palo del " sirig é ” se in c lin a h a cia el E ste h a sta
► el suelo y da v u e lta p a ra salu d a r el O este, d escrib ien d o
la bóveda celeste. D a n z a d a n d o v u e lta s; es la c re ac ió n del
m undo alre d ed o r de u n eje d iv in o .
Las m áscaras vestidas de fib ras rojas, de sartas de habas
y adornadas de co n ch illas, d a n z a n ta m b ié n , siguiendo c ad a
una su ritm o , cad a u n a re p re se n ta n d o su p a p e l en el m u n d o
renovado p o r los rito s, n u e v o p a ra aco g er u n alm a n u e v a.
Es la sig n ific a ció n de esta seg u n d a p a rte de los rito s de
i m uerte e n tre los d o g o n : el alm a lib erad a de la tie rra e n ­
tra en el m u n d o invisib le, d o n d e los an tep asad o s evocados
por los h o m b res g u ía n sus p rim ero s pasos.
Esta c o n ce p c ió n de la m u e rte n o es p riv a tiv a de las c iv i­
lizaciones sudanesas, la he estu d iad o en las m o n ta ñ a s del
norte de A fric a .
T am b ién allí el m u e rto es a fe ita d o , la v ad o , llo rad o . A lg u -
f nos hom bres tr a t a n de salm o d iar v ersícu lo s del C o rá n . E n
la com ida de la n o ch e, la fa m ilia del m u e rto com e to r t a
sin lev ad u ra re m o ja d a c o n aceite: la co m id a de las cose-
^ chas y de la estació n seca, sím b o lo de d e te n c ió n y de des­
trucción.
K Los co rtejo s m a rc h a n rá p id a m e n te h acia el c e m e n te rio ;
el cuerpo es colocado en la tu m b a , c o n el ro s tro v u e lto
hacia el E ste. A l re tira rse , los h o m b re s to m a n , de regreso
a la aldea, o tro c a m in o p a ra q u e el alm a n o tr a te de
seguirlos.
El le tra d o c o rá n ic o desciende a la tu m b a e, in c lin a d o
sobre el c u e rp o , lo llam a en v o z b aja u tiliz a n d o el n o m b re
de su m a d re : oh, hijo de fu la n a ,
f
99
i

i
Pues es u n seg u n d o n a c im ie n to y los lazos contractu ales I
de la sociedad te rre s tre se ro m p e n : el alm a vegetativa, *
p ro v e n ie n te de la m a d re , está to d a v ía p re se n te en el cuerpo,
T re s días después, son las m u je re s las qu e se aproxim an
a la tu m b a ; rie g a n la tie rra m u e b le , la a m o n to n a n con
sus m an o s d esnudas, luego co lo ca n u n vaso lleno de agua
y u n a t o r t a de ceb ad a sin le v ad u ra. y
C u a r e n ta d ías después de la m u e rte , en la casa de fiesta
los in v ita d o s c o m p a r te n u n a co m id a de a lim e n to hervido, *
la m ism a q u e e n tie m p o de las labores, sím b o lo de la resu­
rre c c ió n : es el le v a n ta m ie n to del duelo.
A u n a q u í volvem os a h a lla r los m ism os sím bolo s y las
m ism as creencias.
E l d ía de los fu n e ra le s, el te la r q u e d a ocioso com o el *
m o lin o de p ie d ra , p u es el alm a e rra n te p o d ría en red arse en y
los hilos o h erirse e n tre las m uelas de p ie d ra .
L a p a re ja p e rm a n e c e casta: el alm a e rra n te p o d ría que­
d a r p re n d id a dem asiado p ro n to e n tre los hilos de ese tejido
de c a rn e .
E l c o rte jo fú n e b re t r a ta de p e rd e r el alm a, de separarla
del c u e rp o , c o rrie n d o casi h acia el c e m e n te rio y regresando
a la aldea p o r o tro cam in o . D u r a n te tres días, el alma j
p e rm a n e c e ju n to a la tu m b a , aso m b rad a de n o p o d e r ya
to c a r y asir c o n m an o s de carn e. \
Las m u je re s v a n a a m o n to n a r la tie rra al te rc e r d ía y i
a a p a c ig u a r el alm a in q u ie ta .
T r e in ta y siete d ías m ás ta rd e , el m u e rto h a pasado a
o tro p la n o , en el ra n g o de los an tep asad o s invisibles. í
D u r a n te esos c u a r e n ta días, las m u je re s n o c o n c u rrirá n i
a las fiestas, n o se p in ta r á n , n o se a ta r á n sus cabellos. Los |
h o m b re s n o se a fe ita r á n y , co m o las m u jeres, n o se cor­
ta r á n las u ñ a s: estas p ro h ib icio n e s de duelo, c o m u n es a todos
los p u eb lo s sem ítico s, son las p ro h ib icio n e s de la estació n de
las labores, d u r a n te los c u a re n ta d ías de la germ inación. !.

100
E n c o n tra m o s, e n las m o n ta ñ a s del n o rte de A fric a , la
creencia en la su p erv iv en c ia del alm a, co m o e n el Su>
dán, el se n tim ie n to de u n ú ltim o o b stá c u lo q u e h a y q u e
fran q u ear después de la m u e rte , a n tes de a lc a n z a r el p la n o
de los antepasados, g u a rd ia n es invisibles de la c o m u n id a d .
Para los griegos de la a n tig ü e d a d , seg ú n Suidas, el alm a,
al salir del c u e rp o c a rn a l, está e n v u e lta en u n P n e u m a ti-
con som a, u n c u e rp o de soplo, q u e p a r tic ip a de la n a t u r a ­
leza del aire y del é te r lu m in o so , q u e p le n a m e n te tie n e el
sentim iento del su frim ie n to ( C o n fr . V . M a g n ie n : L es M y s ­
tères d ’E leusis, p á g . 1 0 9 ).
E n el H ad es, las alm as se sirv e n de esta e n v o ltu ra co m o
de u n v e h íc u lo p a ra a tra v e sa r el r ío ; es lo q u e dice S ócrates
en el F ed ó n ( c o n fr. P ro c lu s: C o m m e n ta ir e s su r le T im é e
313 c ) . Ellas la a b a n d o n a n d u ra n te el pasaje y lleg an p u r i ­
ficadas. Es ese río q u e a c a rre a " c u e rp o s de soplo ” , cásc a ­
ras, el que d e b en fra n q u e a r cierto s in iciad o s luego de u n
com bate p a ra o b te n e r el acceso al P u e n te q u e u n e la tie rra
con el p la n o su p erio r.
La a c titu d del h o m b re v a ría f r e n te a esta c e rtid u m b re
jamás p u e sta en d u d a , de este itin e ra rio de la m u e rte q u e ,
m in ucio sam ente e x p lo ra d o p o r las tra d ic io n e s tib e ta n a s, p a ­
recen h a b e r co n o cid o to d as las civilizaciones.
E n oposición al E x tre m o O rie n te , p a re ce que lo esencial
de la relig ió n fu n e ra ria eg ip cia h a sido c o n se rv a r las alm as
de los m u e rto s en el estado in te rm e d io del B ard o — p a ra
emplear la te rm in o lo g ía tib e ta n a — c o n sid e rá n d o la co m o
un estado deseable.
D u ra n te la rg o tie m p o , esa c o n se rv a ció n e n el estad o in t e r ­
mediario h a q u e d ad o reserv ad a, en el E g ip to a n tig u o , a la
familia real y a los que e sta b a n in v estid o s de c ierto s cargos.
U nicam ente ellos te n ía n la p re o c u p a c ió n de p e n sa r e n sus
tumbas, q u iz á p o rq u e les era p reciso c o n tin u a r, lu ego de
su m u e rte , o b ra n d o al servicio de la c o m u n id a d de los vivos.
El pueblo n o te n ía q u e c u id arse de rito s q u e p ro lo n g a ra n

101
el estado in te rm e d ia rio y se d e d ica b a n a c o n s tru ir los pala.
cios fu n e ra rio s de quienes h a b ía n elegido v e lar p o r él. [
H a c ia el año 2000 an tes de n u e stra era, u n a g rav e revo-1
lu c ió n social a lte ró el o rd e n establecido, e x ten d ie n d o a todos
los egipcios ese d e rech o al estado in te rm e d ia rio , concebido
co m o u n d ere ch o a la in m o rta lid a d y com o u n privilegio,
E n tr e la V I I y la X I I I d in a stía , es d e c ir h acia 1780 antes
de n u e s tra era, esta c o n ce p c ió n desapareció com pletam ente ^
en E g ip to . Los m u e rto s y a n o re c ib ía n o fre n d a s y a veces,
in clu so , e ra n a b an d o n ad o s en el N ilo . T o d o o c u rre como
si en ese m o m e n to u n a g ra n tra d ic ió n in ic iá tic a hubiera
d esap arecid o , q u iz á a c o n tin u a c ió n del e x te rm in io de los
in iciados. E g ip to v o lvió e n to n ces a la a n tig u a concepción ¡
de la fe c u n d id a d d ifu sa , ta l co m o la co n o ce n las antiguas |
religiones m e d ite rrá n e a s ; u n c u lto de los antepasados inte- \
g ra d o en el ciclo de la a g ric u ltu ra . y
U n re y de la X I I d in a stía d e cla ró : " H e p la n ta d o jar­
dines y he ad o ra d o al dios de las cosechas” , lo c u a l es una
co n fe sió n n o e q u ív o c a de la a d o p ció n de este pensam iento,
Pues d e n tro de estas dos re acciones opuestas fr e n te a un i
m ism o c o n o c im ie n to , en todos los pueblos, en to d as las civi­
lizacio nes, las m u je re s v a n a p e d ir a los m u e rto s la fecun­
d id a d , es d e cir, el descenso de u n alm a. Lejos de ser consi­
d e ra d a co m o u n m a l, la re e n c a rn a c ió n es, en la m a y o ría de ^
los casos, deseada co m o u n b ien su p re m o ; sobre to d o si,
m e d ia n te los rito s, el d if u n to es c o n d u c id o a v o lv e r entre ·
los suyos. f
E l n e g ro , c o lo r de d uelo en O c c id e n te , es en el origen i
el sím b o lo de la fe c u n d id a d , com o en el E g ip to a n tig u o o ^
en A fric a del N o r te : el co lo r de la tie rra f é r til y de las í
n u b es h in c h ad a s de llu v ia.
E sta c o n c e p c ió n p a re ce ser m ás a n tig u a qu e las filosofías
del E x tre m o O rie n te ; es ta m b ié n la m ás d ifu n d id a . E l m un­
do de abajo es ta m b ié n el m u n d o de la re n o v a c ió n y de ■
la fe c u n d id a d .
* * *

102

i
r

Para los vivos, el m u e rto q u e c o n serv a to d as sus pasiones


terrestres es u n a fu e n te de peligros, d u ra n te to d o el tie rn a
po de ese estado in te rm e d ia rio .
Los o jib w a, al sudoeste del O n ta rio , p o r ejem p lo , c re e n
que c u an d o u n h o m b re m u e re c o n serv a ta n ta sensibilidad
como en vida. La m u e rte no h ace sino im p e d irle la c o m u ­
nicación c o n los suyos, de m a n e ra q u e lo re c o n o z c a n . Su a l­
ma, p e rfe c ta m e n te c o n scien te, a g ita d a p o r todos los deseos
hum anos, se d irig e h acia el p a ís de los m u e rto s h a sta lleg ar a
una enorm e fresa. Si la p ru e b a , to d o re to rn o a la v id a y
al país de los vivos le será p a ra siem p re im posib le. Si se
niega a to c a rla , co n serv a la p o sib ilid ad de v o lv e r a la
tierra.
C u ando se d irig e a su d estin o fin a l, se siente de p ro n to
aferrada p o r d e trá s. L a M u je r-e sq u e le to del P aís de los
M uertos le h u n d e el c rá n e o y de él, sale el cereb ro q u e
ella reem p laza p o r m usgo. D e ser sensible el m u e rto se c o n ­
vierte en insensible, lib erad o de to d o lazo co n el m u n d o
de los vivos.
E n este m ito o jib w a hallam o s la c e rtid u m b re del B a r d o -
T hódol de q u e el m u e rto es u n ser d esem b arazad o de su
cuerpo p e ro d o ta d o d u ra n te u n la rg o estado in te rm e d ia rio
de todas las p ercep cio n es del v iv o , a u n q u e p riv a d o del m e ­
dio de expresarse. E sto e x p lica to d as las p re c au c io n e s qu e
rodean el d uelo, ta n sem ejantes en su in te n c ió n a pesar de
su div ersid ad, p a ra q u e el ser a c e p te d e ja r los sitios d o n d e
ha vivido, p a ra q u e no se ate m ás a quienes le son querid os.
Las lu nas de n u e stra s c am p iñ a s son veladas p a ra q u e el
m uerto no b u sq u e v a n a m e n te en ellas su re fle jo ; la lá m ­
para o las candelas lo tra n q u iliz a n m ie n tra s p e rm a n e z c a
en el estado in te rm e d ia rio , re c o rd á n d o le q u e p o d rá v o lv e r a
la tie rra co m o la llam a abrasa la m a te ria . L a m a rc h a rá p id a
del co rte jo e n tre los cabilos, los sim u lacro s de c o m b a te
en el S u d á n , son o tro s ta n to s rito s d estin ad o s a a p a r ta r el
alma de los lu g ares fam iliares.

103
E n las a n tig u a s civ ilizacio n es aztecas, el m u e rto debía j
s u f r ir penosas p ru e b a s d u ra n te u n la rg o viaje. " T e n ía que’
p a sa r a tra v é s de m o n ta ñ a s q u e e n tre sí n o d e ja n más
q u e u n estrec h o pasaje y se c h o c a n in c e sa n te m e n te como*
las ro cas S ym plegades de la ley en d a h e lé n ic a ” (J . Soustelle:
L a p e n sé e c o sm o lo g iq u e des a n c ie n s M e x ic a in s , p á g . 5 4 ). Lle­
g ab a al b o rd e de n u e v e río s q u e d e b ía p a sa r c o n la ayuda
de su p e rro ; el n ú m e ro n u e v e c o rre sp o n d e al de las cosas*
te rre stre s y n o c tu rn a s . D u r a n te ese tie m p o , la fa m ilia del \
m u e rto re a liza b a c o n c ierto s in te rv a lo s cerem o n ias conside- *
rad as c o m o a y u d a en su viaje: estas cerem o n ias te n ía n lu g ar1
o c h e n ta d ías, u n año, dos, tre s y c u a tr o años después del
deceso. C u a n d o la serie h a b ía acab ad o , n a d a m ás lo sos­
te n ía e n la ex isten cia, h a b ía llegado a C h ic o n a m ic tla n donde
dejab a de e sta r en re la ció n c o n el m u n d o de los vivos *
(id ., o p . c it., p á g . 5 4 ) .
E n to d o s los casos, al fin a l del viaje h a y posibilidad de
e n tr a r en el olvido. E n tr e los o jib w a , el alm a llega a una
e n o rm e fresa, lo c u a l es u n a m a n e ra de e x p re sa r la beatitud:
las fresas son el a lim e n to de v e ra n o de estos indio s, sim­
b o liz a n la b u e n a estació n . Si el ser la p ru e b a , o lv id ará el
m u n d o de los vivos y p e rd e rá e n to n c e s to d a posib ilid ad de
v o lv e r.
E ste á rb o l del o lv id o situ a d o en u n a e n c ru c ija d a , es '
d e c ir d e la n te de u n a elecció n, es c o m ú n a m u c h o s sistemas
de p e n sa m ie n to a p a re n te m e n te m u y d ista n te s en el tiempo >,
y en el espacio : c o m o el a g u a v e rd e del L eteo y el noveno 1
r ío del in fie rn o a z te c a , ta n sem ejan te a la E stigia.
Los o jib w a s itú a n en ese m o m e n to la seg u n d a muerte <
q u e es, lo hem os v isto , u n a c re e n c ia m u y generalm ente
a d m itid a . D e to d o s m odos, el m u e rto h a o lv id ad o su vida
a n te rio r p e ro , n e g án d o se a g u s ta r la b e a titu d celeste, queda
d isp u esto p a ra la re e n c a rn a c ió n , re c la m a n d o de to d o s sus
sen tid o s fru s tra d o s el descenso en la m a te ria . E n to dos los
rito s fu n e ra rio s se co n ced e c ie rto tie m p o al d u elo , es decir
a los e sfu erzo s h echos p o r los p a rie n te s p a ra a y u d a r y
guiar al m u e rto e n el m u n d o n u e v o : son los rito s del sé p ­
timo y del cu ad rag é sim o d ía e n las religio nes sem íticas, eb
largo ritu a l de c u a re n ta y n u e v e d ías en el T ib e t y de
ochenta días e n tre los a n tig u o s m ex ican o s, q u e c o n c lu y e n
con el le v a n ta m ie n to del d u elo , a veces m u c h o s años des­
pués de la m u e rte , co m o e n tre los d o g o n de A fric a o los
antiguos aztecas.
El ciclo del alm a q u e h ace de la a v e n tu r a h u m a n a u n
perpetuo d e v e n ir es la idea m a e stra q u e u n e rito s de pasaje
y ritos de fe c u n d id a d .
San A g u s tín m e n c io n a "ese c írc u lo necesario e n el c u a l
creyeron los p la tó n ic o s, p a rtie n d o de los m ism os lugares
para v o lv er a los m ism os lu g a re s” (L a C iu d a d de D io s,
X, 3 0 ). P a ra P la tó n es u n a cre en c ia m u y a n tig u a , pues,
dice, "es u n viejo logos q u e re c o rd am o s: las alm as h a n
llegado allá abajo v in ie n d o de a q u í y , de n u e v o , lleg an
aquí n acien d o de los m u e rto s ” (F e d ó n , 70 c ) .
E n la z o n a m e d ite rrá n e a , las habas son las p rim icia s de
la tierra, el sím b o lo de to d o s los b en eficio s llegados de las
Gentes de bajo tie rra . L a n o v ia , e n C ab ilia, a rro ja h abas
a la fu e n te an tes de sacar ag u a p o r p rim e ra v ez, siete d ías
después de las b odas; la c o m id a q u e a c o m p a ñ a la p rim e ra
labor e n tre los cam pesin os del n o rte de A fric a c o m p re n d e
casi siem pre habas, sím b o lo de fe c u n d id a d y de re s u rre c ­
ción, p o rq u e son las p rim icia s de la p rim a v e ra (J e a n Ser-
vier: Les P o rte s d e l’A n n é e , págs. 114 y 1 7 1 ).
Los p ita g ó ric o s, co m o los sacerdotes de Isis, se a b ste n ía n
de com er habas p a ra m o s tra r q u e h u ía n del ciclo de las
reencarnaciones y el descenso del alm a e n la m a te ria . Se
trata de filo so fías p ro p ia s de c ierto s colegios de iniciados,
pues las a n tiq u ísim a s tra d ic io n e s egip cias lla m a b a n a la
m orada te m p o ra ria del alm a de los m u e rto s " c a m p o de
las habas” , es d e c ir espera de la re e n c a rn a c ió n .
Los esquim ales in g a lik p re c isa n esta idea al d e c ir: " H a y
en el m u n d o u n lu g a r lleno de e sp íritu s de los niñ o s p o r
nacer, m u y im p a c ien te s de q u e los lla m e n ” .

105
I

“ O m e y o c a n , el lu g a r d o n d e h a b ita n esos dioses, es e|l


lu g a r del n a c im ie n to . Se lo llam a ta m b ié n "T lacapillachij
u a lo y a ” , el lu g a r d o n d e se fa b ric a n los hijos de los hoiru
bres. Es q u e el n a c im ie n to es u n descenso: n a c e r (tlacati)'
es d escen d er (te m o ) del cielo. . . O m e y o c a n es id éntico a|
p a ra íso del O este, T a m o a n c h a n , el p a ís de los viejos dioses
y de las gen eracio n es pasadas, del m a íz m a d u ro , de !ai
b ru m a , del m iste rio , la re g ió n d o n d e los p ueblos antiguos*
h a n salido de u n a g u jero a b ie rto en la tie r r a ” (J . Sous*
telle: L a p en sé e c o sm o lo g tq u e c h e z les A n c ie n s M exicain y
p á g in a 1 1 ).
E sta cre en c ia es m u y v iv a e n tre los bereberes de Africa
del N o r te : los n iñ o s m u e rto s son colocados en los huecos
de las rocas p a ra re n a c e r m ás rá p id o , pues la ro ca es el I
d o m icilio de las e n tid ad es fem en in as, sim boliza la matriz»
y el re n a c im ie n to . ^
E n to d as las civilizaciones, se c o m p a ra a la m u je r en­
c in ta c o n u n a tu m b a , c o n la tie rra h in c h a d a p o r las es­
pig as de la p rim a v e ra : es p u tre fa c c ió n y fe rm e n ta c ió n . En
su n a c im ie n to , al re c ié n n a cid o lo ro d e a n rito s precisos,
diversos en sus m a n ife stac io n e s de u n a c iv iliz ac ió n a otra,
p e ro p e n d ie n te s de u n a m ism a idea: m a n te n e r el alm a que
acab a de d escen d er en la tie rra . H e m o s v isto a ta l propó­
sito el p a p e l de la lá m p a ra e n c e n d id a ju n to a la cabeza f
del re c ié n n a cid o e n tre los bereberes.
E sta alm a n o h a to m a d o a ú n las dim ensio nes de su pri- ,
sión de c a rn e ; o tro s rito s v e n d rá n p a ra enseñárselas: la cir­
c u n c isió n c o rta rá del c u e rp o el p rin c ip io fe m e n in o q u e está
allí en g e rm e n y seg ú n las civ ilizaciones, la e x tirp a c ió n su­
p rim irá en las n iñ a s el p rin c ip io m ascu lin o .
A veces, c irc u n c isió n y e x tirp a c ió n to m a ro n fo rm a s sim­
bólicas co m o la p e rfo ra c ió n de la n a riz o del labio superior
y la in fib u la c ió n de las orejas.
E n A rg e lia , en el A u re s, las jóvenes núbiles llev an los
d ías de fiesta p e n d ie n te s llam ados " b u la rw a h ” , literalm en ­
te : las de las alm as. Las an cian as lle v a n p e n d ien tes hechos

106
con u n sim ple c írc u lo de p la ta a d o rn a d o c o n u n a sola bola
de cuerno o á m b a r: " im e h riy e n 55, lite ra lm e n te : los c o n v e
nientes.
E n ciertas civ ilizaciones y m u y p a rtic u la rm e n te en la
zona del M e d ite rrá n e o , el m a trim o n io re e m p la z a las m u t i ­
laciones sexuales, aseg u ran d o la tra n s fo rm a c ió n de la m u je r
y consolidando el alm a en su e n v o ltu ra c a rn a l. Es así co m o
entre los cabilos el n iñ o , an tes de la c irc u n c isió n , es a d o r­
nado a m e n u d o c o n collares de m u je re s y la jo v en se d irig e
al dom icilio c o n y u g a l an tes de su c asa m ien to y la e n v u e lv e n
en u n alb o rn o z de h o m b re , sosteniendo en la m a n o el p u ñ a l
reservado h a b itu a lm e n te sólo a los h o m b res.
E n la m a y o ría de las civilizaciones tra d ic io n a les, esta
unión tiene lu g a r m u y te m p ra n o , e n el alba de la v id a ,
pues es u n rito de pasaje indispensable p a ra la m a d u re z del
individuo. P o r la m ism a ra z ó n , e n las m ism as civilizaciones,
la m ujer n o casada está ro d ead a de c iertas p ro h ib icio n es
que la sep aran de los rito s de fe c u n d id a d . E n tr e los b e re ­
beres la so ltero n a no p u e d e asistir a u n n a c im ie n to n i, lo
que es p arecid o , al re tiro del te jid o y a te rm in a d o , colocado
aún en el te la r.
Si se ex clu y e esta c re en c ia e n la re e n c a rn a c ió n , es im p o ­
sible ex p licar las a c titu d e s tra d ic io n a les q u e a ú n so b rev iv en
bien o m al en el c o ra z ó n m ism o de la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l.
Por ejem plo, si la n o v ia de la aldea a rro ja a lm e n d ras c o n ­
fitadas a los n iñ o s es p o rq u e las a lm e n d ras son fru to s de
otoño asociados a las labores, es d e c ir al ciclo d el descenso
en la m a te ria . Si ella se d irig e a los n iñ o s es p o rq u e son
los m ás re c ie n te m e n te llegados e n tre los viv os, e n c o n ta c to
aún con el m u n d o invisib le q u e a c a b a n de a b a n d o n a r. N o
hay que ir m ás lejos p a ra v e rific a r este aserto : la h u m ild e
placa de m á rm o l v e n d id a p o r u n c o m e rc ia n te de o bjetos
funerarios a u n a m a d re de d u elo b a sta : " u n á n g el al cielo55.
A dem ás de los rito s de pasaje q u e tie n e n u n a im p o rta n c ia
que nosotros los o ccid en tales n o sen tim o s y a sino d é b ilm e n te ,
esta creen cia u n iv e rsa l e n la e n c a rn a c ió n de u n p rin c ip io

107
invisib le tie n e o tr a im p o rta n c ia , pues sólo ella p u ed e ex. i
p lic a r, e n las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, el com portam iento!
de los a d u lto s f r e n te a los niñ os.
A l llam arlo s " re c ié n llegados al m u n d o de los hom bres”
em p leé té rm in o s a ú n débiles al lado de la c e rtid u m b re exJ
p resad a p o r la to ta lid a d de las d ife re n te s civilizaciones que
c o n sid e ra n a los n iñ o s com o a d u lto s aprisionados en cuerpos,
frág iles, p e ro a d u lto s p o r la ra z ó n y p o r el e sp íritu . *
E n to d as las civilizaciones tra d ic io n a les, la m a d re rodea,
de c u id ad o s el c u e rp o del n iñ o esp eran d o q u e sea suficien­
te m e n te sólido p a ra t r o t a r sobre sus p ie rn ita s. D esde que
p u e d e a n d a r, si es u n v a ró n , el n iñ o a c o m p a ñ a rá a su
p a d re , h a sta el lím ite de sus fu e rz a s, a la pesca o a la
caza. Si es u n a m u je r, se in ic ia rá c o n la m a d re en las
tareas q u e le c o rre sp o n d e rá n : los tra b a jo s de la fecu n d id ad '
o de la tra n s fo rm a c ió n fe c u n d a , co m o el c u ltiv o de un >
ja rd in c ito , la cosecha de p la n ta s salvajes com estibles, la pre­
p a ra c ió n de a lim en to s, la c o n fe c c ió n de vestidos y el arreglo
de la m o ra d a .
Si el n iñ o tie n e p eq u eñ as arm as, si c o n fe c c io n a pequeñas
tra m p a s, es sim p le m e n te p o rq u e n o tie n e v ig o r: arm as y
ú tile s son p ro p o rcio n a le s a su fu e rz a , n o son ju g u e te s. Del
m ism o m o d o , la n iñ ita p a rtic ip a rá v e rd a d e ra m e n te en las
tareas del h o g a r, lo m e jo r q u e p u e d a . E n tre los bereberes, '
los p re te n d id o s "ju eg o s de m u ñ e c a s” son en re a lid ad ritos
de fe c u n d id a d q u e sólo los niñ o s p u e d e n re a liza r.
L a idea de activ id ad e s lú d icas, de a ctiv id ad es ficticias,
p a ra " p a s a r el tie m p o ” , es p ro p ia de personas p a ra quienes
los niñ o s n o son ad u lto s. Es pues n o rm a l h a lla r e n Occi- v
d e n te u n a ric a g am a de ju g u e te s, así co m o ta m b ié n la noción
de castig o c o rp o ra l ap licad o a los niñ os. E n el resto de
la h u m a n id a d , los p ad res n o se p e rm ite n n u n c a pegarle
a sus hijos, sus iguales en d ig n id a d h u m a n a p o r el principio
invisible q u e lle v a n consigo.
El h o m b re , en las civilizaciones tra d ic io n a les, considera
que su a v e n tu ra es u n c am in o cuyas etap as se c o n o ce n c o n v
precisión. P a ra él, el n iñ o es u n a d u lto q u e h a y q u e ro d e a r
de cuidados y q u e debe v o lv e r a a p re n d e r las a c titu d e s de
la vida co tid ia n a. E l jo v e n tie n e q u e p re p a ra rse p a ra la
iniciación a su v id a de a d u lto y p e n sa r y a e n la e ta p a p r ó ­
xima que m a rc a rá el fin a l de su v id a te rre s tre , el co m ie n zo
de u n ciclo n u ev o .
En m u ch as civ ilizaciones, la m o ra d a p o r excelencia n o
es la casa de la v id a c o tid ia n a sino la tu m b a . C ie rto s g eó ­
grafos h a n re c o n o cid o q u e n u m ero so s p u eb lo s h a n in s c rip to
en el suelo " u n paisaje f u n e r a r io . . . y p a ra q u ie n la ú ltim a
morada es sin ó n im o de m o ra d a su p re m a , m a y o r, p re d o m i­
nante” (P. D e ffo n ta in e s: G é o g ra p b ie e t relig io n s, p á g . 4 4 ) .
"Q u izá p o r y p a ra los m u e rto s la p ie d ra fu e in tro d u c id a
en la a rq u ite c tu ra . D e ciudades inm ensas co m o M en fis o
Tebas no q u e d a n n i siquiera los c im ie n to s de u n a casa n i
el trazado de u n a calle: sólo p e rm a n e c e n los c e m e n te rio s”
(Id., op. c i t ., p ág . 4 4 ) .
La m ism a c o m p ro b a c ió n se im p o n e en o tra s c iv iliz a c io ­
nes. E n tre los m algaches, p o r ejem p lo , el cam p esin o no tie n e
durante su v id a m ás q u e u n a ch o za de arcilla, p ero la
"morada f r í a ” — la tu m b a — es de p ie d ra , p a ra q u e d u re .
Conocem os las civilizaciones p re h istó ric as sobre to d o p o r
sus tu m b as y p o r los rito s fu n e ra rio s qu e ro d e a b a n a los
muertos.
Así, la su erte de los despojos m o rta le s d ep en d e del ideal
que cada c iv iliz ac ió n p ersig u e después de la m u e rte : p e r ­
sistencia del estado in te rm e d ia rio la rv a l, te n ta tiv a p o r e v i­
tar la re e n c a rn a c ió n o, al c o n tra rio , b ú sq u ed a del re to rn o
a la carn e. T odos los rito s fu n e ra rio s son té cn ica s c u y a
eficacia está c o n d icio n ad a p o r la cre en c ia en la s u p e rv i­
vencia del alm a y p o r u n c o n o c im ie n to p r o f u n d o de las
modalidades de esta su p erv iv en c ia , c u y a c o n c e p c ió n es a n á ­
loga en las d ife re n te s civ ilizaciones.

109
Si poem as recogidos a q u í o allá nos m u e s tra n a 10$
vivos d u d a n d o de la v id a después de la m u e rte , son o sita,
pies licencias p o é tic as o u n a m a n e ra de e x p resar el extraví0j
causado p o r el excesivo d o lo r de u n a la rg a separación, en
to d o caso el fin de u n a a lian za h u m a n a . U n a duda de
ta l g é n ero n u n c a fu e la ex p resió n de u n a civilización o
de u n a sociedad. N u n c a los e tn ó g ra fo s señ alaro n , salvo en.
O c c id e n te , en este fin a l del siglo X X , pueblos que con-*
sid e ra ra n la m u e rte co m o el té rm in o de la a v e n tu ra hu-
m a n a. A ú n h a b ría q u e d is tin g u ir la filo so fía o sten tad a por'
cierto s in te le c tu a le s y la fe p r o f u n d a del p u e b lo , incluso
c u a n d o esta fe se esconde e in clu so c u a n d o la filosofía no
está m u y seg u ra de sí m ism a.
E n to d as p a rte s la v id a es u n a p re p a ra c ió n p a ra la muerte
y la v id a e sp iritu a l f u tu r a , la ú n ic a qu e im p o rta . Los hom- *
bres re p ite n sus etap as, e n u m e ra n sus o b stácu lo s — los mis- ^
m os en to d as las civilizaciones— co m o u n c o rre d o r estudia
el te rre n o sobre el q u e te n d rá q u e lanzarse. La primera
p re o c u p a c ió n del h o m b re p a re ce ser adiestrarse p a ra fran­
q u e a r m e jo r esta p u e r ta m isteriosa, p a ra e sta r preparado
en esta vid a, y a en la V ía : iniciado.
C A P ITU LO V I
V

l a PUERTA DE SANGRE

l h o m br e n o se c o n te n ta c o n n a c e r y m o rir. T r a ta de
E aproxim arse lo m ás posible a lo In v isib le d u ra n te to d a
su existencia te rre stre . E n to d as las civilizaciones, de u n
extremo al o tro de la h u m a n id a d , los rito s de in ic ia ció n
se consideran m u y a m e n u d o co m o m ás im p o rta n te s q u e
los ritos de n a c im ie n to , ta n c arg ad o s de sig n ific a c ió n co m o
los ritos de m u e rte q u e ellos p re p a ra n .
Los tem as in ic iá tic o s son in v ariab les: u n a m u e rte seguida
del n acim ien to a u n a v id a n u e v a. Los detalles v a ría n de
una civ ilizació n a o tra , m ás o m enos realistas, m ás o m enos
bañados de tin ieb las y de sangre.
Así, h o m b res q u e tie n e n que te m e rlo to d o de las fu e rz a s
materiales q u e lo ro d e a n , h o m b re s a g o tad o s p o r el h a m ­
bre y el fr ío , se v u e lv e n h acia lo In v isib le, re c re a n d o m e ­
díante largas cerem onias u n a m u e rte sim bólica, d u ra n te la
cual su fre n c o n fre c u e n c ia en lo m ás p r o f u n d o de su c a rn e ,
en la noche de su esp an to .
Todos, in clu so los q u e n o h a n to m a d o del re in o de la
materia m ás q u e u n b a stó n p u n tia g u d o p a ra c a v a r el suelo,
todos se p re o c u p a n m ás de esta m u e rte e sp iritu a l y del n a ­
cimiento a la lu z que de los im p e ra tiv o s de su v id a c o ­
tidiana. C o m o si en la n o c h e q u e los ro d ea te n d ie ra n des­
esperadam ente h acia ese m u n d o invisib le c o n el se n tim ie n to
de haberlo p e rd id o p o r u n tie m p o .
La m u e rte es el p rim e r a c to de to d a in ic ia ció n . E l m u ­
chacho debe m o rir en su m u n d o p a ra re n a c e r, tra n s fig u -

111
rad o , asu m ien d o su c u alid ad de h o m b re en el sen tid o plen0
del té rm in o : físic a, in te le c tu a l, e sp iritu a lm e n te .
E n to d as p a rte s v erd ad ero s d ra m a s re c u e rd a n este epj;
sodio de la a v e n tu ra h u m a n a : d ra m a s m ístic o s representado*
a n te los in iciados o d ra m a s realistas vivid os p o r los mismo$¡;
in iciad o s; cien piezas diversas c u y a a cció n es extrañamente;
la m ism a, co m o si e m a n a ra de u n ú n ic o a u to r. ]
U n scénario in ic iá tic o d escribió e n 1798 el coronel
llins, en u n e stu d io q u e h izo sobre las trib u s de P o r t Jack-
son, en A u stra lia : " U n o se tra n s fo rm a en m edicinem
(h e c h ic e ro ) d u rm ie n d o sobre u n a tu m b a . . . E l e sp íritu deh¡
m u e rto viene, to m a al d u rm ie n te p o r la g a rg a n ta , la abre, j
le to m a las v isceras y las re e m p laz a , lu ego la herida se j
c ie rra p o r sí m ism a ” . j
E ste p roceso de re n o v a c ió n in te rio r h a sido d escrito más'
c o m p le ta m e n te p o r A . W . H o w i t t en su o b ra : T h e natm ¡
tribes o f S ou th -E ast A ustralia , en 1904. " U n ser sobreña- j,
tu r a l N g a tje c o n sag ra al h e ch ic e ro ab rié n d o le el vientre r¡
e in tro d u c ié n d o le en él cristales de ro c a q u e d a n el poder j
m á g ic o ” . i
E ste r itu a l in ic iá tic o es en re a lid ad m enos sim ple de lo ]
q u e p o d ría p a re c e r; apela a c ie rto n ú m e ro de nociones al- ?
g u n as de las cuales nos re s u lta n a ú n fa m iliares. ¡
E l n e ó fito a u stra lia n o p e rm a n e c e varias noches acostado [
en las tu m b a s. U n viejo sacerd o te le la n z a cristales de roca '
c o n u n p ro p u ls o r h irié n d o lo en el p e ch o y en la cabeza {
h a sta a tu rd irlo . E n to n c e s el n e ó fito , al caer, sabe que el í
a n cia n o va a d esp ed azarlo , a a rra n c a rle to dos los órganos |¡
in te rn o s : in te stin o s, c o ra z ó n y p u lm o n e s. Q u e d a extendido v*
to d a la n o c h e en el suelo esp eran d o el re to rn o , la noche
sig u ien te, de su iniciador, que debe llenarle el c u e rp o de j
cristales de ro c a , re c u b rirlo de hojas y cantar para que ¡
b ro te n órganos nuevos. ¡
C u m plid o este rito , el sacerdote golpetea la cabeza del |
n e ó fito p a ra reanimarlo. Se d e sp ie rta e n to n ce s com pleta- [
m e n te olvidado de su p asado h u m a n o .
— C reo qu e m e p e rd í, d i c e . . . N o m e a cu e rd o y a de
nada. v
El anciano lo tra n q u iliz a :
— N o , n o te has p e rd id o , te he m a ta d o h ace tie m p o ;
ahora v o y a lle v a rte a t u c a m p a m e n to , e n tre los tu y o s.
A l volver a su c a m p a m e n to , el n e ó fito se c o m p o rta co m o
un amnésico. L a g e n te c u y a v id a h a c o m p a rtid o d u ra n te
mucho tie m p o , su m a d re , su m u je r, sus hijos, c o m p re n d e n
que ya no es de los suyos, q u e se h a c o n v e rtid o en u n
hombre de lo In visible.
E n el C o n g o , los m u c h a c h o s de e n tre d iez y doce años
deben tra g a r u n a b eb id a q u e los an cian o s les h a n p re se n ta d o
como u n v en en o v io le n to . P ie rd e n el c o n o c im ie n to y , d u ­
rante su desm ayo, se los tra n s p o rta a la ju n g la , lejos de
la aldea. A llí se los c irc u n c id a y se los e n c ie rra e n la " ca sa
de los fe tic h es” . S ien ten este e n c la u s tra m ie n to com o u n
verdadero sepelio. Se d e sp ie rta n p in ta d o s de b la n co , y d u ­
rante c ierto p e río d o sólo p u e d e n v iv ir de robos.
O lv idan su existen cia pasada, su fa m ilia , sus am igos e
incluso las a c titu d e s m ás elem entales de la v id a c o tid ia n a :
andar, alim en tarse, beber. D e b e n v o lv e r a a p re n d e r a h a ­
blar, pues y a n o saben m ás q u e b a lb u c ir.
D u ra n te ese tie m p o las m ad res llo ra n a sus hijos co m o
si h u b ieran m u e rto .
D e re to rn o a la aldea, los iniciados se h a n c o n v e rtid o
en seres nu ev o s q u e d eb en v o lv e r a a p re n d e r las a c titu d e s
de la vid a c o tid ia n a c o n e x tra ñ a s to rp e z a s ; a n d a n y a c tú a n
a co n trap elo com o h o m b re s llegados del m ás allá, de o tro
m undo, u n m u n d o in v e rtid o .
El o c c id e n ta l acaso n o vea en ello m ás q u e u n a de esas
prolongadas m ascarad as en las cuales se c o m p la c e n "esos
niños g ra n d e s” .
R eflexiónese, sin em b arg o , e n lo q u e p u e d e n e x p e rim e n ­
tar niñ os de diez años obligados a tr a g a r u n a bebida q u e
se les p re se n ta co m o u n v io le n to v en en o . A l beb erlo se
sienten v a c ila r y los in v a d e u n sueño p r o f u n d o q u e c re e n

113
es la m u e rte . Se d e sp ie rta n lejos de su aldea, en u n templo í
o scu ro , c o n el d o lo r ag u d o de la c irc u n c isió n q u e les in. (
flig en h o m b re s enm ascarados. V e n sus cu erp o s p in ta d o s de 1
b lan co y saben q u e e stá n m u e rto s, c o n v e rtid o s en espectros.
C u a n d o se a c e rc a n a su aldea, los niñ o s h u y e n a n te ellos,
a u llan d o , las m u je re s se llen an de te rro r. Son los hombres
de lo In v isib le y si d eb en ro b a r p a ra v iv ir, p ro c e d e n como
lo In v isib le, q u e to m a sin d a r n a d a en cam b io , al n o poder r
aliarse al h o m b re p o r u n in te rc a m b io de regalos: com o la
m u e rte . f
Pues el ro b o r itu a l así realizad o re c u e rd a a los vivos la
m u e rte q u e viene a so rp ren d erlo s (D . Z a h a n : L es sociétés
d ’in itia tio n B a m b a ra , págs. 133 y 351 a 3 5 4 ).
E l d o lo r de las m u jeres en la aldea n o es fin g id o : sus
hijos, cu y as a c titu d e s fam iliares, cuyos gustos, cuyos ca- *
p ric h o s in fa n tile s c o n o c ía n , e stá n m u e rto s. N o los recono- f
cen en esos seres q u e v u e lv en a sentarse en el h o g a r do­
m éstico , esos seres de adem anes to rp e s — adem anes de re­
cién n acid o s— q u e a ca b a n de fra n q u e a r las p u e rta s de la
m u e rte .
E n tre los p a n g w e del A fric a c e n tra l, la in iciació n es
a c o m p a ñ a d a de to rtu ra s . Los n e ó fito s son lib rad o s a las
h o rm ig as p a ra q u e m u e ra n en su c arn e. E n seguida los
llev an a u n a tu m b a a b ie rta , en la c u a l está te n d id a una '
e sta tu a de a rc illa q u e re p re se n ta a u n a n tep asad o m ítico. ¡
U n o a u n o fr a n q u e a n la tu m b a salta n d o sobre ella de cierta |
m a n e ra p a ra sig n ific a r q u e descien d en del m u e rto q u e está I
en la fosa, así co m o a ca b a n de fr a n q u e a r la m u e rte y ,
h a n n a cid o de la p u tre fa c c ió n . ,
E l m ism o sim bolism o in ic iá tic o h a sido a testig u a d o entre
los y a m a n a y los h a la k w u lu p de T ie rra del F uego, llamados
ta m b ié n a la k a lu f.
Los n e ó fito s son su straíd o s a la c u sto d ia de sus padres
c u a n d o llega el m o m e n to de la in iciació n . D e b e n ayunar,
co n se rv a r c ie rta p o sició n c o rp o ra l, h a b la r p o co y fija r la |
v ista en el suelo d u ra n te el p e río d o de su re tiro . Luego

114

J
son atacados p o r u n perso n aje c u b ie rto de p in tu r a s tra z a d a s
en rojo y b la n co : Y e ta ita , el E s p ír itu de la T ie rra , q u e
los hace caer p a ra devorarlos. L iberados y resu citad o s en
nom bre del D io s S u p rem o , re c ib e n u n n u e v o n o m b re , al
mismo tie m p o q u e el c o n ju n to de los c o n o cim ien to s n e c e ­
sarios p a ra su n u e v a c o n d ic ió n de h o m b re s in te g ra d o s en
la sociedad de los h o m b res.
Estos tem as, q u e los etnólogos h a n c o n v en id o en c o n si­
derar p o r la rg o tie m p o b á rb a ro s, nos re c u e rd a n en realid ad
el p u n to de p a rtid a ú n ic o de to d as las in iciaciones: u n
punto que es im posib le situ a r c o n p re c isió n en el m a p a ,
pero que, sin em b arg o , se e n c u e n tra en la e n c ru c ija d a de
todos los p en sam ien to s y de to d as las civ ilizaciones.
En A u stra lia , com o en Siberia, en A fric a o e n tre los
fueguinos, hallam os esta m u e rte in ic iá tic a c o n sid erad a co m o
un p u n to de in v ersió n en el c o n t i n u u m e sp a c io -tie m p o , q u e
perm ite a los vivos y a los m u e rto s p asar de u n p la n o a
otro. A la idea de m u e rte y de re su rre c c ió n , p re se n te en
toda in iciació n , viene, pues, a añadirse la n o c ió n de ciclo
que necesita el pasaje de u n estado a o tro . E l n e ó fito debe
morir, su c a rn e debe d e ja r los huesos, p a ra llegar a la v id a
nueva.
El c u a rz o o c rista l de ro ca es u n a su stan cia fr e c u e n te ­
mente m e n cio n ad a en los tem as legendarios de n u e stra t r a ­
dición. E n A u stra lia , co m o en O c c id e n te , el c rista l sim b o ­
liza la su stan cia flu id ic a o ra d ia n te del O tr o M u n d o , de
los otros planos desconocidos del h o m b re . R e p re se n ta los
poderes dados al h o m b re p o r lo Invisible. E l c u e rp o del
iniciado se llam a " a tib o rra m ie n to de c rista l de ro c a ” , es
decir lleno de su stan cia e sp iritu a l. L a m ism a cre en c ia se
encuentra e n tre los n e g rito s de M alacca. E n E u ro p a , se
han e n c o n tra d o cristales de ro c a en las se p u ltu ra s de la
edad de b ro n ce. E sta c o stu m b re o b serv ad a sobre to d o en
la isla de M an , h a p e rd u ra d o h a sta el siglo X V II. A u n
hoy, "los pescadores e v ita n el c u a rz o en el b alasto de sus
barcos, acaso en ra z ó n de ese a n tig u o em pleo fu n e ra rio ”

ID
1
( M a n x C a le n d a r C u s to m s , p á g . 1 1 2 ). E n A m é ric a del Sur, |
la m ism a p ie d ra , llam ad a " p ie d ra del cielo” , es el símbolo f
de la su sta n c ia m á g ic a q u e, p e n e tra n d o e n los ojos y el
c u e rp o del sacerd o te, lo h ace c a p a z de v e r y de v iv ir por
en cim a de su p risió n de c arn e.
E n E g ip to , la m o m ia re c ib ía u n escarab ajo de p ie d ra dura
re c u b ie rto de o ro en lu g a r del c o ra z ó n ( L ib r o d e los M uer - ■
to s, cap . L X IV — 33— 3 4 ) , sím b o lo de la re n o v a c ió n in- '
te rn a de la " p e rso n a ” . D e l m ism o m o d o , en el Im p erio ,
In c a , las cenizas de los p rín c ip e s se c o lo ca b a n , c o n una
p ie d ra p recio sa v e rd e q u e re p re se n ta b a el c o ra z ó n , en una
caja de p ie d ra escu lp id a c e rra d a c o n u n a ta p a .
Q u iz á los sím bolos h a y a n v iajad o , p e ro to d o o c u rre como
si se h u b ie ra d esp lazad o a lo la rg o de creen cias comunes,
a tra v é s de to d a la h u m a n id a d . E l c rista l, a la v ez ma- *
te ria l y tra n s p a re n te , re p re se n ta el p la n o in te rm e d io entre |
lo visible y lo invisible. Es el sím b o lo de la adivinación,
de la sa b id u ría y de los poderes m isterio sos acordados al
h o m b re . Son palacios de c rista l q u e los héroes de Oriente
o de O c c id e n te e n c u e n tra n al salir de las oscu ras selvas en
su b ú sq u ed a de u n ta lism á n real.
U n a m ism a c re en c ia u n e el c u a rz o tp ir in g a de los ini­
ciados a u stralian o s c o n el S a n to G ria l de la c a b a lle ría occi­
d e n ta l, ta lla d o en la esm eralda m ís tic a . '
¿P ero q u ié n se a c u e rd a de esto c u a n d o , e n el cortejo
de la c o n sa g ra ció n , p e d re ría s y d ia m a n te s b rilla n en la ·.,
c o ro n a de los reyes c o n to d o el e sp le n d o r de las luces se- f
cretas?
A veces la m u e rte se c o n c re ta e n la re p re se n ta c ió n de «
la b oca a b ie rta de u n m o n s tru o , co m o el q u e representa
el In fie rn o en los tím p a n o s de n u e stra s cated rales.
D u r a n te su re c lu sió n , el n e ó fito se sien te e n to n c e s pri­
sionero e n el v ie n tre del m o n s tru o , esp eran d o la resurrec­
ción.
E n N u e v a G u in e a , en el m o m e n to de la circuncisió n,
los an cian o s c o n s tru y e n u n a c a b a ñ a q u e re p ro d u c e el mons-

116

J
truo en carg ad o de tr a g a r a los n e ó fito s. E sta d e g lu ció n es
un elem ento im p o r ta n te del sim bolism o u n iv e rsa l; se h a rt
vuelto a in te r p r e ta r en nu m ero so s c o n te x to s c u ltu ra le s q u e
difícilm ente p u e d e n e m p a re n ta rse e n té rm in o s de e tn o lo g ía
com parada.
Los tarasconeses, en F ra n c ia , h a n p e rd id o el sen tid o de
esa T arasca qu e n o h ace m u c h o a m en a z ab a c o n echarse
sobre los jóvenes p a ra d ev o rarlo s, lo m ism o que el d ra g ó n
del T h e t, en el Sudeste asiático, tr a ta b a de tr a g a r los m ie m ­
bros de u n a c iu d a d o de u n b a rrio p a ra reg en erarlo s y
purificarlos, dispuesto s a a b o rd a r el añ o n u ev o . I n n u m e r a ­
bles leyendas de m o n stru o s q u e d e v o ra n u n tr i b u to an u al
de m uchachos y m u c h a c h a s se v in c u la n a u n m ism o c o n ­
texto in iciático .
M uchos p ueblos q u e h a n p e rd id o la clave de ese c o n te x to
han visto lleg ar o p o rtu n a m e n te al h éro e a rm a d o que, m a ­
tando al m o n s tru o , les c e rra b a al m ism o tie m p o la p u e rta
de las viejas in iciacio nes.
El te m a de la c ab a ñ a in ic iá tic a n o es a b so lu ta m e n te in ­
com prensible p a ra los o c cid e n ta le s; h a n g u a rd a d o su r e c u e r­
do en las huellas de sus trad icio n es. Es la c a b a ñ a del le­
ñador de los c u e n to s de E u ro p a , la c a b a ñ a p e rd id a e n la
selva hacia la c u a l, to m á n d o se de la m a n o , se d irig e n te m ­
blando H a n se l y G re te l o P u lg a rc ito y sus siete h erm an o s.
El ogro qu e los espera p a ra d ev o rarlo s n o es m ás qu e u n a
versión del m o n s tru o in ic iá tic o y d el u m b ra l q u e h a y q u e
franquear. Ellos se escapan siem p re, lu ego de h a b e r ro b a d o
misteriosos tesoros, sím bolos de las riq u e z as in m a te ria les de
la in iciació n. Son e n to n ce s señores del espacio gracias a las
botas de siete leguas, señores de los h o m b re s, gracias a la
gallina de los huevos de oro, señores de lo In v isib le gracias
a la llave secreta.
Pero p a ra e n tr a r en la c a b a ñ a in ic iá tic a , sím b o lo del O tr o
M undo, h a y q u e m o rir, c o n v e rtirse e n hijo de la p u tr e f a c ­
ción.

117
E n las leyendas de las N u e v a s H é b rid a s, c u a n d o u n hom-
b re q u iere d escen d er al m u n d o de A b a jo p a ra intentar
tr a e r a u n ser q u e rid o , debe d e ja r p o d rir en el agua un
a n im a l to té m ic o de su c lan , ra ta o gecónido. Se em badurna
a c o n tin u a c ió n co n ese líq u id o p ú trid o y , e n v u e lto en el j
o lo r de la m u e rte , p u ed e c irc u la r e n tre los dioses sin des- \
p e r ta r sospechas. Pues, según las leyendas de las Nuevas í
H é b rid a s, los dioses se tu r b a n c u a n d o les llega el olor de f
u n viv o ( c o n fr. M . L e e h a rd t: D o K a m o > págs. 66-67), i
P o r esta ra z ó n , q u iz á , el o g ro de n u e stro s c u e n to s ex- *
clam a: " H a y o lo r a c a rn e fre sc a ” a d iv in a n d o la presencia j
de P u lg a rc ito y de sus h e rm a n o s en la casa, en lo más
in trin c a d o de la selva.
E l n e ó fito de A fric a , d u ra n te su re tiro , está som etido a
c iertas p ro h ib icio n es. E n ciertas regiones, no p o d rá llevar *
el a lim e n to a su b oca co n los dedos p o rq u e está muerto ¡
y su p ro p io c o n ta c to to r n a r ía im p u ra la com ida. C om o los
h a b ita n te s del O tr o M u n d o , se sirve de ten ed o res semejantes
a los qu e se e n c u e n tra n to d a v ía en O c c id e n te en c iertas más-
caradas, c o n p u ñ o de m áscaras q u e re p re se n ta n a los an­
tepasados m u e rto s. E n cierto s m o m e n to s del año, las más- i
caras, e m p u ja n d o la p u e rta de las casas, v a n h a sta el fogón, |
h a sta la m a rm ita , p a ra m e te r su te n e d o r y ro b a r u n a porción j
de c a rn e co m o signo de alian za c o n los vivos. f
D esp u és, el larg o te n e d o r de tre s d ientes de las máscaras J
se h a c o n v e rtid o en la h o rq u illa b la n d id a p o r los demonios i
a las p u e rta s de n u e stro in fie rn o su b te rrá n e o . ¡
Ese m o m e n to de e n c u e n tro e n tre los dos plan o s es, para j
los vivos, u n m o m e n to de m aravilloso e n riq u e c im ie n to in- ^
te le c tu a l, pues los an tepasados son los d epositarios de toda
ciencia.
E n m u c h a s civ ilizaciones c ercan as a la n u e stra , los vivos
v a n a b u sc a r la in sp ira ció n , la resp u esta a sus problemas, j
a la tu m b a de sus antepasados, así co m o en los primeros i
siglos del C ristia n ism o se d irig ía n en p e re g rin a je a la tumba ¡
de los santos. t.

118
La p a lab ra " in ic ia c ió n ” tie n e , en p rim e r lu g a r, el sen tid o
de acceso a u n c o n o cim ien to . T o d as las iniciacio nes, en
efecto, c u lm in a n en u n m o m e n to p a r tic u la r en el c u a l el
neófito recibe la re v e lac ió n de u n a cien cia sag rad a, la clave
de todos los sím bolo s em pleados en su sociedad, el sen tid o
de su p resencia e n la tie rra .
En el C o n g o , " in ic ia d o s” se dice n y a n g a , los q u e saben,
los que tie n e n el c o n o c im ie n to .
C onocer es ser, h a d ich o G a stó n B erg er ( o p . c i t ., p á g .
5). Sólo la in ic ia ció n p u ed e d a r este c o n o c im ie n to q u e
consiste en te n e r c o n cien cia de ser. E l c o n o c im ie n to es p r i ­
mero tra d ic ió n : los ojos n o son necesarios p a ra a p re n d e r,
ni tam p o co el g u sto n i el ta c to , sino sólo los ó rg an o s del
verbo: el o íd o p a ra re c ib ir y la p a la b ra p a ra tra n s m itir.
Los eum olpides q u e d irig ía n los M isterios de Eleusis se lla ­
maban así p o rq u e te n ía n b u e n a voz.
M ediante el c o n o c im ie n to , el in iciad o se p o n e en p resen cia
del ser: u n ser q u e es u n a c o n tin u id a d h o m o g én ea, in v i­
sible pero p re sen te a tra v é s de las m o d alid ad es de la c re a ­
ción. Sabe v e r el o b je to n o com o algo q u e está fr e n te a él,
separado de los dem ás, sino d o ta d o de c ie rta a u to n o m ía en
un m arco sin e m b arg o fijo, com o u n a c to r qu e re p re se n ta
una pieza a la q u e p u e d e a ñ a d ir ju egos escénicos o in clu so
réplicas c o n ta l de q u e se a p liq u e a tra n s m itir lo m e jo r
posible el p e n sa m ie n to del a u to r. L a in iciació n , pues, p r o ­
cura, e n tre o tra s cosas u n a visión global del m u n d o .
G astón B erg er ( o p . c it., p á g . 5 5) a n o ta q u e dos a fi­
cionados a la m ú sica o b tie n e n de la a u d ició n de u n a p a r ­
titu ra u n p la c e r d ife re n te , en fu n c ió n de su fo rm a c ió n . E n
las civilizaciones tra d ic io n a les, los h o m b re s q u e h a n recib id o
una m ism a in ic ia ció n tie n e n los m ism os elem entos p a ra c o m ­
prender el m u n d o y p a ra in te g ra rse en él. C o n o c e n la
pieza y ta m b ié n , en c ie rta m ed id a, el p e n sa m ie n to del
autor.
C on fre c u e n c ia los in iciados fo r m a n colegios cerrad o s
cuyo p a p el consiste en tr a n s m itir u n c o n ju n to de c o n o ci-

119
m ie n to s o m ás e x a c ta m e n te , co m o lo v erem os a continua-
c ió n , los sím b o lo s-clav es q u e p e rm ite n te n e r acceso a un
c o n ju n to de c o n o cim ien to s im b rica d o s e n tre sí: u n a gnosis. !
E n A u stra lia la v id a e n te ra se co n cib e co m o u n a larga
in ic ia ció n c u y as etap a s d e jan sus m a rc as c ru e lm e n te im pre­
sas en la c a rn e de los q u e lleg an a fra n q u e a rla s.
E n u n a sociedad secreta b a m b a ra e stu d iad a p o r D . 2a- ¿
h a n , el N ’D o m o , h allam o s c in co grad o s o clases adaptados l
a las m a rc h a s p ro g resiv as de la re v e lac ió n del h o m b re y
del c o n o c im ie n to . N o h ace m u c h o , los ad ep to s las fran- f
q u e a b a n u n a a u n a p o r p e río d o s q u e a b a rc a b a n u n a dura­
c ió n to ta l de c in co años. P o r o rd e n de im p o rta n c ia cre­
c ien te, los g rad o s del N ’D o m o son: los Leones, los Sapos, ¡
los P ájaro s, las P in ta d a s y los P erro s (c o n fr. D . Zahan:
Sociétés d ’ln itia tio n Bambara, p á g . 5 3 ). ·
" E l león se sirve de sus fu e rte s g a rra s p a ra ra sp a r el I
suelo y d e sg a rra r su presa. D e l m ism o m o d o , el hombre !
cav a c o n su e s p ír itu los m isterio s del m u n d o p a ra alcanzar
la v e rd a d ” (id ., op. cit., p á g . 5 6 ).
"L os sapos c o n tie n e n la idea de re e n c a rn a c ió n y de re­
s u rre c c ió n . . . pues m ás q u e el d e stin o de to d o ser, el del
ser h u m a n o se in scrib e en u n a a lte rn a n c ia n a tu r a l de vida-
m u e rte -v id a (a lte rn a n c ia deb id a a la d o c trin a de la reen­
c a rn a c ió n del h o m b re ) p e ro ta m b ié n y sobre to d o en la >
m u e rte y la re su rre c c ió n m ís tic a ” (id ., op. cit., p á g . 59). i
" L a idea del p á ja ro se c o n fu n d e c o n la de la ligereza «
de esencia de las cosas y de los seres. E l p á ja ro del cual ’■
se t r a ta n o es m ás q u e eí p e n sa m ie n to o p u e sto a la m ateria
y , e n co n secu en cia, la in te rio rid a d del h o m b re , su y o más i
p r o f u n d o ” (id ., op. cit., p á g . 6 3 ) .
" L a p in ta d a sim b o liza la e n e rg ía y la v ita lid a d , se posa
en los árboles y vive en p arejas v elan d o c o n ra ro celo sobre
su d escen d en cia. A h o ra bien, esas las dos cu alid ad es son
las q u e se a trib u y e n al sol y a la tie rra co n sid erad as — en
sen tid o a leg ó rico — co m o los " a u to re s ” y los "an tep asad o s” ¡
de la h u m a n id a d ” (id ., op. cit., p á g . 6 5 ) . 1
! Llegado a ese c u a r to g ra d o , el in ic ia d o a lca n z a la fu e n te
! prim ordial del m o v im ie n to y de la v id a . v
La ú ltim a clase, la m ás a lta , es la de los p erro s. Ese
grado m a rc a la e n tra d a del h o m b re e n la v id a social, d is­
puesto a o c u p a r su lu g a r en la C iu d a d . E l p e rro re p re se n ta
la tie rra c u ltiv a d a , " d o m e stic a d a ” , q u e se h a c o n v e rtid o
en fiel serv id o ra del h o m b re ; re p re se n ta ta m b ié n al h o m -
^ bre que vive en sociedad.
Com o la tie rra , el p e rro es h a m b rie n to y g lo tó n : en ta l
sentido sim boliza lo q u e L o u is-C la u d e de S a in t- M a rtin llam a
el h o m b re de deseo. R e c u e rd a el a b a n d o n o de la v id a e r r a n ­
te y la c o n q u ista de la m a te ria m e d ia n te las té c n ic a s del
fuego y del h ie rro .
La p a lab ra p e rro n o deja de e v o c a r u n o de los em blem as
* del c o m p a g n o n n a g e , el sím b o lo de los C o m p a g n o n s de la
Vuelta de F ra n c ia ,1 c u y a in ic ia ció n re c u e rd a e n tre o tra s
cosas la v id a social del h o m b re , la c o n sa g ra ció n al p ró jim o ,
la búsqueda del saber, la d o m in a c ió n de la m a te ria p o r m e ­
dio de las técn icas.
E n tre los b a m b a ra , el em b lem a de los " P e rro s ” es de n o ­
table sim p licid ad : consiste e n u n c ala b a c in o h o ra d a d o en
toda su su p erfic ie al c u a l se a ta u n a c u erd a. Si se h ace
girar el in s tru m e n to p o r e n cim a de la cab eza, a v elo cid a-
r des variables y p o r sacudidas u n p o c o a la m a n e ra de u n a
honda— p ro d u c e u n sonido q u e se asem eja al la d rid o del
perro. "E ste g rito hace p en sar e n la p resen cia de la socie-
* dad h u m a n a p r o n ta a in te g ra r en su seno al h o m b re
solitario, silencioso y g rav e del N ’D o m o ” (id ., op. c it.,
página 7 2 ) .
* T am b ién los C o m p a ñ e ro s te n ía n u n a c ala b a c in a de fo rm a
p articular q u e lle v a b an e n g a n c h a d a a u n a c u e rd a , te rc ia ­
da, cu an d o ib a n de u n sitio a o tro e n la r u ta de la v u e lta
de Francia. A l h a ce rla g ira r la c a la b a cin a p ro d u c ía el larg o
ladrido del p e rro que llam a.

1. Los C o m p a g n o n s , obreros asociados en o tr o tiem p o a una so c ie ­


dad de C o m p a g n o n n a g e .
C u a n d o se establece u n p aralelo , co m o lo hem os hecho
a q u í, e n tre iniciaciones d ife re n te s, se p la n te a n m u ch o s pro.
blem as.
¿ D ó n d e h a n e n c o n tra d o los o b rero s o ccid en tales los ritos
de su in ic ia ció n y sus tra d ic io n e s q u e h a c e n re m o n ta r a!
T e m p lo de S alo m ón?
¿D e q u é in m e m o ria l pasado se a c u e rd a n los iniciados
b a m b a ra ? >
E n tre los esquim ales del S m ith S o u n d , el c a n d id a to debe
I
acercarse de n o c h e a c ie rto a c a n tila d o lleno de cavernas
y a n d a r d ere ch o a n te él en las tin ieb las del m u n d o mate­
rial. Si e n c u e n tra el c am in o de u n a de las cav ern as ello
sig n ific a q u e lo In v isib le lo h a elegido y a y lo g u ía ; si no
se n tirá bajo sus dedos el f r ío de la p ie d ra , la d u ra materia
q u e le im p id e la e n tra d a al O tr o M u n d o . ►
P e n e tra e n to n ce s en la c a v e rn a que se v u elv e a cerrar ^
sobre él p a ra lib e ra rlo m ás ta rd e re g e n era d o en las entra­
ñas del m u n d o , re n a c id o a u n a v id a n u e v a. E l re tiro puede
ser m ás o m enos p ro lo n g a d o seg ú n la v o lu n ta d de lo In­
visible.
E ste te m a de la c a v e rn a , o lv id ad o , m a l c o m p re n d id o , ha
o rig in ad o en O c c id e n te a los Siete D u rm ie n te s de Efeso,
a quienes D io s rodeó de m u ro s p a ra salvarlos de sus per­
seguidores. ¿ E ra n siete y u n p e rro o siete de los cuales uno *
era p e rro , dice el C o rá n , q u e re to m a ese te m a en la Sura
de la C a v e rn a ? A caso sea la ú n ic a h u ella qu e tenem os de *
la in ic ia c ió n de los sacerdotes co n sag rad o s a los siete Ca- ^
biros y q u e, luego de h a b e r sac rifica d o u n p e rro al mun­
do su b te rrá n e o , b u sca b a n la e n tra d a de la c av e rn a , el re- \
to rn o a las e n tra ñ a s del m u n d o , el re n a c im ie n to a u n a vida
n u e v a o rie n ta d a h a cia lo In visible.
E l p e rro — q u e hem os v isto m e n c io n a d o en el ritu a l del
C o m p a ñ e rism o y asociado a la m ás a lta de las cin co so­
ciedades b a m b a ra — es, en la m ito lo g ía griega, el compa­
ñ e ro de los In fie rn o s y de los rito s fu n e ra rio s: es u n as­
p e c to c o m p le m e n ta rio de ese sím b o lo , q u e n o deja de re- ;
cordar a A n u b is, el dios de cab eza de ch ac a l q u e los
egipcios lla m a b a n R e a ju s ta d o r de huesos, el qu e ab re las v
puertas del m u n d o in fe rio r.
E n tre los a n tig u o s m ejicanos, ju n to al m u e rto se in m o ­
laba u n p e rro d estin ad o a a c o m p a ñ a rlo d u ra n te el G ra n
Viaje. E l p e rro es X o la tl, el dios q u e supo p e n e tr a r en el
Infierno en el co m ie n zo de los tie m p o s p a ra ro b a r las
osamentas de las q u e los dioses d ie ro n o rig e n a la n u e v a
raza de ios hom b res. R e p re se n ta u n p a p e l c o m p a ra b le al
del K erm es P sico p o m p o de la G re cia a n tig u a , q u e g u ia b a
a las almas h acia su ú ltim a m o ra d a . C o m p re n d e m o s p o r
qué se halla asociado al te m a de la c a v e rn a en el C e rc a n o
O riente y a cierto s ritu a le s in iciático s.
" I tz c u in tii” — el p e rro — es el signo de u n o de los v e in te
días del a n tig u o c ale n d a rio a d iv in a to rio m e jic an o c u y o p a ­
trón no es o tro q u e el D ios del In fie rn o , es d e c ir del m u n d o
de A bajo (c o n fr. J. Soustelle, op. c it., p á g . 5 4 ).
M ozart n o pensó en o tra c a v e rn a c u a n d o , en L a fla u ta
mágica , T a m in o , lu ego de h a b e r v e n cid o al D ra g ó n del
U m bral, se e n c u e n tra en p resen cia de la R e in a de la N o c h e
en medio del e stré p ito de las m o n ta ñ a s q u e se ab ren .
El tem a in ic iá tic o de los esquim ales del S m ith S o u n d
subraya el asp ecto im p o r ta n te del c o n se n tim ie n to y de
la ayuda de lo Invisible. E n e fe c to , la in ic ia ció n solicita
más que obliga y lo In v isib le p u ed e negarse a pesar de los
ritos, así com o p u ed e darse sin q u e se lo espere.
Para los cabilos com o p a ra los griegos de la A n tig ü e d a d ,
el m undo p e rte n e c e a los genios g u a rd ia n e s; p e ro , p o r e n ­
cima de ese p e q u eñ o p u eb lo , e stá n las g ran d es en tid ad es
que se re ú n e n en cierto s m o m e n to s en m o n ta ñ a s sagradas
con las alm as de cierto s m u e rto s y el e s p ír itu de cierto s
vivos m o m e n tá n e a m e n te d esen carn ad o s, to d o s elegidos p o r
el AgraW y la asam blea m ístic a . E sta elección se im p o n e
al hom bre q u e él designa. E l elegido p ie rd e los bienes q u e
lo atan a la tie rra , su v aca, sus cab ras, sus cosechas, su
mujer, sus hijos, h a sta q u e c o m p re n d a la decisión de lo

123
Invisible y se so m eta a él. Su a lm a está com o desprendida l
del c u e rp o , lo q u e P o rfirio llam a " la m u e rte de los filoso.}
fo s” ( P e n s a m ie n to s , 9 ) ; se v u e lv e en to n ce s h acia lo
sabe es su ú n ic o p a trim o n io . Sus plegarias se h a ce n más
fre c u e n te s y m ás p ro lo n g ad as. U n a n o c h e de éxtasis, parte;
e n e s p ír itu a tra íd o h acia la c im a d o n d e e stá n reunidos lo s
M aestros q u e lo h a n llam ad o . C o n los b razo s extendidos
bajo las ricas sedas de sus v e stid u ras, d ice la F a tib a , la Ben- ^
d ic ió n P rim e ra , sobre el m u n d o y sobre los h o m b re s; luego
re p a rte n los bienes o los m ales e n fu n c ió n de los méritos
de c ad a u n o , así co m o los m é rito s q u e h a y q u e ganar ?,
tra v é s de las p ru e b a s.
Los ojos de u n h o m b re p risio n e ro del m u n d o n o verían,
sobre esa ro c a aislada en la c im a de u n a m o n ta ñ a , más
q u e b u itre s u n id o s e n c írc u lo . t
P o r la m a ñ a n a los G u a rd ia n e s Invisib les re g re sa n a sus |
san tu a rio s y los in iciados re c u p e ra n sus cu erp o s de m en-r
digos y sus an d rajo s.
Si re fle x io n a m o s sobre estos tem as in ic iá tic o s, de ellos
se d esp ren d e u n a m ism a fe: el se n tim ie n to de q u e el hom­
bre n o p u e d e d e c id ir p o r sí m ism o o rie n ta rse a lo Invisible.
P o r el c o n tra rio , lo In v isib le elige a los suyos y hace que
el a n g a k o k esq u im al se aislé en la b a n c a de hielo, que los
an cian o s alacalu fes se a g o ten e n sa n g re n ta d o s e n trances o i
qu e el in iciad o sepa v e r en el a b a n d o n o de la tie rra su pró­
x im a ad m isión e n tre los elegidos.
Las m u je re s n o son separadas de la in ic ia ció n com o se
h a d ich o c o n fre c u e n c ia . A l c o n tra rio , se las co n sid era como
desposeídas de los m isterios p o r los h o m b res, en u n lejano
pasado m ític o .
Las tra d ic io n e s a u stralian a s re la ta n q u e las m u je re s eran
o rig in a ria m e n te g u a rd ia n a s de los G ra n d es S ecreto s, mien­
tra s q u e sus hijos v aro n es lle v a b a n u n a v id a in d o le n te y va­
ga. U n d ía los an tep asad o s c o m e n z a ro n los p re p a ra tiv o s para
las g ran d es fiestas de los M isterios, q u e re ú n e n a muchas
trib u s, y sus hijos sin tie ro n celos. Las m u je re s c o lg aro n sus
"totem s” a u n á rb o l y lu ego, c o n la m a re a b aja, fu e ro n a
buscar conchillas. U n o de los o c h o h ijos d ijo : " A p o d e r é - v
monos de los to te m s y q u e desde a h o ra las m u je re s se e n ­
carguen de b u sc a r n u e stro a lim e n to ” .
Pronto las ja n g a -w u ll lo su p ie ro n p o r las co n ch illas q u e
les hablaron. C u a n d o v o lv ie ro n al c a m p a m e n to , sus hijas
confirm aron la n o tic ia y les m o s tra ro n las huellas de los
hombres qu e se p e rd ía n e n la m aleza. A l lleg ar a u n claro
los iniciados d e sc u b rie ro n a los h o m b re s q u e c a n ta b a n y
danzaban los M isterios, ad o rn a d o s c o n los o rn a m e n to s sa­
grados. Ellas fu e ro n obligadas a ta p a rse los oíd os y a v o lv e r
el rostro: desde e n to n ce s las cosas de lo In v isib le p e rte n e ­
cieron a los h o m b res ( c o n f r . W ilb u r C h aselin g : Y u le n g o r ,
págs. 1 2 9 -1 3 0 ).
D el m ism o m o d o , e n tre los d o g o n , es u n a m u je r la q u e
encuentra la v e stid u ra de fib ra s rojas q u e A m m a , el g ra n
dios creador, h a b ía d ad o a sus dos m u je re s, la h o rm ig a y
el. termes. L a m u je r se la p u so y así v estid a v o lv ió a la
aldea. Su m a rid o , lleno de m ied o , se escapó así co m o los
demás hom bres. E n to n c e s, ella se sacó las v e stid u ra s y las
colocó en u n g ra n e ro . P o r los consejos de u n a n cia n o , el
marido am en azó a su m u je r c o n u n b a stó n y , c u a n d o ella
se refugió en la casa de las m u je re s, él ro b ó las fib ra s
' color de sol. E stas v e stid u ra s e stá n e n el o rig e n d e la in s ­
titución de las m áscaras (c o n fr. M a rc e l G ria u le : M a sq u es
Dogo#, p á g . 5 2 -5 3 ).
f Las tra d ic io n e s de los fu e g u in o s n a r r a n q u e en el o rig e n ,
las m ujeres p o seían los secreto s revelados p o r K ra la , la m u -
h jer lunar. E llas p o d ía n así a te r ro riz a r a los h o m b re s tr a n s ­
formándose e n " e s p íritu s ” , es d e c ir re v istie n d o las m áscaras.
Kron, el h o m b re solar, d e sc u b rió el secreto y sobre él in ­
formó a los h o m b re s, quienes sa c rific a ro n a to d as las m u ­
jeres, salvo a las n iñ as, luego o rg a n iz a ro n sociedades secre­
tas, con m áscaras y ritu ales.
! En to dos esos hechos m ític o s q u e re fie re n el ro b o de
una v e stid u ra in ic iá tic a fe m e n in a p o r h o m b res, re c o n o c e -

125
m os sin d ific u lta d n u e stro c u e n to eu ro p eo del h o m b re po* f
b re, p e sc a d o r o c a z a d o r, despojado de los bienes de este }
m u n d o y en b u sca del c o n o c im ie n to , q u e ro b a el traje i
de la m ás jo v en de las siete p rin cesas hadas llegadas a las'
orillas bajo la fo rm a de delfines, sirenas o cisnes. Ese ro­
bo le p e rm ite desposar al h ad a, es d e cir d o m in a rla . Pero
g e n e ra lm e n te , al in f r ig ir u n a p ro h ib ic ió n él p ie rd e el fruto ^
de este d o m in io . f
U n p rim e r h ech o se nos im p o n e en lo que nos narran
las diversas tra d ic io n e s in ic iá tic as, a n te to d o la separación '
q u e la in ic ia ció n establece e n tre el h o m b re y la m u je r y,
m ás p a rtic u la rm e n te , la m a d re . Los n e ó fito s h o te n to te s, aún
san g ran te s p o r sus heridas ritu ales, d eb en in s u lta r a su ma­
dre. E l n o v ic io p a p ú debe pisarle los pies; los o tro s se con­
te n ta n c o n sentarse com o e x tra ñ o s en el h o g a r doméstico ^
q u e los h a v isto n a c e r, pues desde e n to n ces y a n o h a n na- j
cid o de la c arn e.
E sta a c titu d sim bólica del h o te n to te separa los fantas­
m as del d o m in io de las M adres evocado p o r M efistófeles.
N o s p e rm ite re c h a z a r las te o ría s q u e in te n ta n a trib u ir el
fe n ó m e n o religioso a la n o stalg ia del seno m a te rn o .
E l in iciad o reco n o ce la a m b ig ü e d ad de la c o n d ició n hu­
m a n a. " N o podem os ser n i anim ales n i p u ro s e sp íritu s. Po­
dem os so lam en te te n d e r h acia u n desasim iento inaccesible, i
E l c o n o c im ie n to es u n a v ía p o rq u e la ex isten cia es insu­
fic ie n te y el v a lo r in accesib le” (G . B erg er, op . c i t ., p ág . 171). *
Los in iciados re c h a z a n la filiac ió n c a rn a l re n u n c ia n d o a f
los lazos q u e los u n e n a su m a d re . D esde e n to n ces sólo
c u e n ta n p a ra ellos los lazos sociales qu e se re m o n ta n al an- J
te p asad o fu n d a d o r y , p o r e n cim a de él, al m u n d o invisible,
o b je tiv o de todos los c o n o cim ien to s, o rig e n de todas las
génesis.
C arecem o s de in fo rm a c ió n sobre las sociedades de m uje­
res. P arece q u e la in ic ia ció n fe m e n in a se e n c u e n tra , más
o m enos n e ta m e n te m a rc a d a , de u n e x tre m o a o tro de la j
h u m a n id a d , a tra v é s de la d iv ersid ad de las civilizaciones.
i
126 j
f
De u n a m a n e ra g en eral, los rito s fem en in o s se c a r a c te ­
rizan p o r su in d iv id u alism o . L a n u b ilid a d n o es u n a c u e stió n v
de perío do de la v id a sino de in s ta n te p reciso ligado a u n
fenómeno psicológico q u e tra n s fo rm a a la n iñ a en m u je r.
Desde ese m o m e n to , la m u c h a c h a es a rra n c a d a de su f a ­
milia. La d u ra c ió n de esta segregación v a ría ig u a lm e n te de
una civilización a o tra : algunos días e n A u stra lia o en la
India a n tig u a , v e in te meses o vario s años e n el sudeste
asiático.
La m u c h a c h a d escu b re en el cu rso de su re tiro el c a ­
rácter sagrado de la fe m in e id a d y a p re n d e el sen tid o p r o ­
fundo de su p a p el de esposa y de m a d re . A veces o c u p a
los ocios de esta reclu sió n e fe c tu a n d o u n d ifíc il tra b a jo
de bordado o de te jid o : a p re n d iz a je de las tareas f u tu r a s ,
' símbolo ta m b ié n de la p ro c re a c ió n .
i Los elem entos de esta in ic ia ció n fe m e n in a son u n iv e rs a ­
les. El e n c la u stra m ie n to , g e n e ra lm e n te m o tiv a d o p o r u n a
prohibición de v e r el sol, h a c ía q u e la m u c h a c h a to m a ra
consciencia de su a fin id a d lu n a r. L a in s tru c c ió n re c ib id a se
refería al lu g a r de la m u je r en la sociedad; la seguía u n a
purificación solem ne y a c o n tin u a c ió n la ad m isió n e n tre
las m ujeres y , g e n e ra lm e n te , m u y p o c o tie m p o después,
el m atrim o n io .
' A trav és de estos tem as m ític o s, reco n o cem o s sin e sfu e rz o
las huellas de n u e stra s p ro p ia s tra d ic io n e s. E n la jo v e n c ita
0 asustada, secu estrad a en lo m ás in trin c a d o de la ju n g la ,
debemos saber re c o n o c e r el ro stro de n u e stra s p rin cesas c a u ­
tivas, en ce rra d a s en to rre s inaccesibles p o r despiadadas m a -
^ drastas y c o n d en ad as a te je r o rtig as o a h a c e r en caje c o n
telarañas: es d e c ir in iciadas en el te jid o y e n la p r o ­
creación. L a p ro h ib ic ió n de v e r el sol está re p re se n ta d a
entre n o so tro s p o r B arb a A z u l, q u e o rd e n a c o n v o z to n a n te
que no se a b ra la p u e rte c ita . E sta p u e rte c ita es la de to d as
las iniciaciones p o r d o n d e se f iltr a u n c laro ra y o de sol;
¡unto a ella, de u n e x tre m o al o tro del m u n d o , su sp iran
m uchachas n eg ras o am arillas q u e h a n a p re n d id o lo q u e
Y
127

í
1
sig n ific a la san g re q u e h a m a n c h a d o la llave ro b a d a . T od as
tie n e n ro stro s de p rin cesas lejanas q u e esperan la h o ra de
ser in e x o ra b le m e n te liberadas p o r p rín c ip e s encantadores,
es d e c ir in iciad as en la v id a social: casadas.
L a v id a fe m e n in a c o n tie n e sus p ru e b a s in ic iá tic as. Ciertos
pueb lo s, c o m o los cam pesin os del n o rte de A fric a , n o co­
n o c ía n o tra s etap as q u e el m a trim o n io y la m a te rn id a d . ^
E n tre los bereberes, la m u je r asum e el d erech o , el día'
de su casa m ien to , de lle v a r u n a pesada d iad em a de plata ,
e n g asta d a de c o ra l q u e sim boliza a las P léyades, la conste­
la ció n de las labores.
Si su p rim e ra m a te rn id a d es fe liz , si d a a lu z u n varón,
lle v a rá u n a lfile r de p la ta a d o rn a d o de cin co cabujones j
de c o ra l y de o cho c o lg an tes c o n cab eza de serp ien te, sím- L
bolos de la fe c u n d id a d llegada de los m u e rto s y de la re -}
su rre c c ió n . )
D e u n a m a n e ra g en eral, la in ic ia c ió n fe m e n in a difiere !
de la in ic ia c ió n m a sc u lin a p o r su c a r á c te r in d iv id u al y ,
sobre to d o p o r la ausencia de rev e lac ió n : o b je to sagrado
o re la to de u n m ito de o rig en .
E l h o m b re , e n su in ic ia ció n , n ecesita p a ra realizarse una 1
re g e n e ra c ió n , u n re -n a c im ie n to e sp iritu a l. L a m u je r en cam- ;
bio, sólo n ecesita to m a r c o n cie n c ia de su c u alid ad : su vida
es u n a in ic ia c ió n cu y o s g rad o s y p eld añ o s e stá n ineluc­
ta b le m e n te fijad o s p o r el ritm o d el c u e rp o .
Si la in ic ia ció n p re p a ra la m u e rte m e d ia n te dolorosas f
p ru e b a s físicas, p re p a ra ta m b ié n a u n seg u n d o nacimiento, ’
e sp iritu a l éste, después de la m u e rte . k
A tra v é s de las d ife re n te s civilizaciones, hem os visto las !
d ife re n te s m a n eras de e x p re sa r esta m ism a afirm ación: I
tro m p a s d o g o n sim b o liz an las quejas del re c ié n m u e rto en ¡
el m ás allá, se p u ltu ra s e n p o sició n fe ta l o en tin a ja : la ti­
n a ja de a rc illa re p re se n ta la m a tr iz ; a veces ta m b ié n pe­
n e tra c ió n e n el c u e rp o de u n a n im a l co m o p a ra representar
la v id a del e m b rió n .
Y
128
ir

Las iniciacio nes p u e d e n , pues, re d u c irse a dos tip o s p r i n ­


cipales q u e c o n fre c u e n c ia se h a n c o n v e rtid o e n los d o s v
grados c o m p le m e n ta rio s de u n a m ism a en se ñ a n za :
— E l p a rto in ic iá tic o ;
— La m u e rte y la re su rre c c ió n .
El p rim e r tip o está re p re se n ta d o p o r la in ic ia c ió n b ra h -
m ánica en la In d ia , d o n d e este te m a del n u e v o n a c im ie n to
lleva el n o m b re de U p a n a y a m a .
El a p re n d iz b ra h m á n v iv e c o n su m a e stro , v estid o c o n
una piel de a n tílo p e n e g ra , y debe m e n d ig a r sus a lim en to s
—lo cu al es, co m o el ro b o , u n a m a n e ra de v iv ir sin i n ­
tercam bios c o n los h o m b res.
El g u ía — el G u r ú — to m a e n c am b io el alm a del n e ó fito
poniéndole la m a n o e n el h o m b ro : se su p o n e q u e la lleva
en él d u ra n te tre s noches. A l fin a l de esta g estació n , el
nuevo b ra h m á n n a ce p o r seg u n d a v e z ; es " D v ija ” , R e ­
nacido.
N o se t r a ta de u n sím b o lo , p u es re sp ec to de la ley sa­
grada, este n a c im ie n to m ís tic o es el ú n ic o que c u e n ta . E l
verdadero p a d re de u n n iñ o b ra h m á n es el qu e p ro n u n c ia
la fó rm u la S a v itri señalando el re -n a c im ie n to .
Por razones b ien evidentes, este seg u n d o n a c im ie n to h a
tomado co n fre c u e n c ia p o r sím b o lo la eclosión del h u e v o ;
el pájaro, c o m o el in iciad o , n ace dos veces. T a m b ié n los
bantúes, al fin a l de la in ic ia ció n , d ic en : " A h o ra hem os
salido del h u e v o ” .
A dem ás del U p a n a y a m a , q u e es la in ic ia c ió n b ra h m á n ic a ,
las tradiciones de la In d ia co n o ce n ta m b ié n la D ik sa, p r e ­
paración p a ra re a liz a r el sac rificio p u ro p o r excelencia,
la o fren d a del Som a.
Para p o d e r o fre c e r este sacrificio p u ro , el n e ó fito debe
renacer en la p u re z a luego de u n a c o n c e p c ió n in m a c u la d a .
Hallamos en esta in ic ia ció n la idea del p ecad o o rig in al, es
decir, del n a c im ie n to de c a rn e co n sid erad a co m o im p u ra .

129
N u m e ro so s te x to s sagrados re tr a z a n las g ran d es líneas
de este s c é n a rio in ic iá tic o q u e e n c ie rra el p rin c ip io de
to d as las iniciacio nes.
E l n e ó fito v u elv e a ser g e rm e n h e m b ra , ó v u lo ad o rn e- I
cido e in fe c u n d a d o . Los sacerdotes lo ro c ía n c o n ag u a que '
sim boliza el esperm a, lu ego lo h a c e n e n tr a r agachándose ;
en u n a p ie za o scu ra y so m b ría , la m a triz . L leva u n vestido
de piel así co m o el f e tu s está e n v u e lto p o r el am nios; en ¡
su cuello u n a c u e rd a re p re se n ta el c o rd ó n u m b ilic a l; debe ,
c o n se rv a r los p u ñ o s a p re tad o s y los ojos cerrad o s p a ra re­
p re s e n ta r co n realism o la posición fe ta l. E n el nacim iento ,
se despoja la piel de a n tílo p e n e g ro q u e lo ciñ e y entra ;
en u n b añ o p u rif ic a d o r: en ese m o m e n to , p re c isa n los tex- !
tos sagrados, el in iciad o n a ce a la lu z en el m u n d o de los [
dioses ( c o n fr. A ita r e y a B r a h m a n a í , 3 ) . j
E n o tra s civilizaciones m u y alejadas del G anges y del i
In d o , hallam os cierto s elem entos de este te m a iniciático \
q u e a te stig u a n c o n su p resen cia la v o lu n ta d del hombre !
de re n a c e r a u n a v id a e sp iritu a l. !
E n tre los b a n tú e s, el m u c h a c h o , an tes de q u e lo cir- j
c u n c id e n , pasa p o r u n rito de re n a c im ie n to . Su p a d re $a- \
c rific a u n m o ru e c o y , tres días después, en v u elv e al niño
en la m e m b ra n a del estóm ago y en la piel de la bestia.
P o r la m ism a ra z ó n , los m u e rto s son en v u elto s en pieles
de m o ru eco s y e n te rra d o s en la p osición e m b rio n a ria . El
vestid o de piel, sím b o lo de la e n v o ltu ra fe ta l y , p o r con· f
secuencia, del re n a c im ie n to , se e n c u e n tra en o tra s civili- i
zacio nes y en o tra s tra d ic io n e s. E l in iciad o de la Flauta \
m á g ic a , de M o z a rt, e n c e rra d o p rim e ro en u n a caverna ¡
q u e es la m a tr iz de to d o s los re n a c im ie n to s, sale de ella,
co n la c u e rd a al cuello, p o r u n a p u e rta b aja y estrecha, j
p a ra re a liz a r tre s viajes d u ra n te los cuales los elementos i
lo p u rif ic a rá n . \
P ero en la época de M o z a rt n ad ie c o n o c ía los ritos de j
in ic ia ció n en A fric a o en la In d ia y a n ad ie se le hubiera
r
ocurrido p e n sa r q u e el Siècle des L u m iè r e s h a b ía n acid o
en el alba m ism a de la h u m a n id a d . '
Com o en la In d ia , en Eleusis, los n eó fito s, en los P e ­
queños M isterios, e ra n ro ciados c o n el agua del Ilisos, s ím ­
bolo del esp erm a fe c u n d a n te .
Perdonem os a T e rtu lia n o q u e h a y a d ich o de este b a u -
) tismo: " E sto c re en h a ce rlo p a ra su re g e n e ra c ió n ” . E l m ism o,
bautizado y b a u tis ta , n o te n ía o tra am b ició n .
Los n eó fito s p o n ía n en seguid a el pie en la p iel de u n
morueco o fre c id o en sacrificio a Z eus C tesios, el p r o te c to r
del hogar d o m éstico . E n to n c e s se los a d m itía p a ra c o m ­
probar el asp ecto del cielo: Sirio o la estrella re sp la n d e ­
ciente en c o n ju n c ió n c o n su satélite el C o m p a ñ e ro en O c ­
cidente. A n te ellos se c o rta b a u n a espiga de trig o , sím bolo
de la cosecha y de la m u e rte físic a, p re lu d io de la v id a
1 eterna.
Para p re p a ra rse a los G ra n d es M isterios, los n e ó fito s d e ­
bían abstenerse de c o m e r g ran ad as, q u e re p re se n ta b a n los
ovarios, habas, sím b o lo del descenso del alm a e n la m a ­
teria, y no d e b ía n acercarse a los cadáveres n i a las m u jeres
encinta, ese m a n tillo m u eb le, p a rtid a y c u m p lim ie n to de
la av en tu ra h u m a n a .
' Luego los in iciados d e sc e n d ían a los In fie rn o s, q u e f r a n ­
queaban sin volv erse, m o stra n d o así que esta b a n p ro n to s
a dejar su c u e rp o y a e v ita r el ciclo de la c arn e.
* Luego de h a b e r sido ju zg ad o s, c o rría n h acia la lu z y
se p o n ían n u ev as v estim en ta s, q u e y a n o e sta b a n c o rta d as
► en la piel co m o en el n a c im ie n to , sino q u e sím bolo s de
! los cuerpos gloriosos, se lla m a b a n v e stim en ta s de lu z.
j Luego de los P equeños M isterios, el iniciado se c o n v ie rte
l en un " c a b r ito ” , su c o n tra se ñ a es: " c a b rito he caíd o en
I la leche” , p a ra in d ic a r qu e re c o m ien z a u n a v id a n u e v a
y se n u tre de a lim en to s celestes. Q u iz á , en u n c o n te x to ,
más an tig u o , esta frase h e rm é tic a a firm a ra , al c o n tra rio ,
un deseo de re c o m e n z a r u n a ex isten cia te rre stre .

131
E l te m a del re n a c im ie n to in ic iá tic o ex p lica aforismos
a lq u ím ic o s c o n fre c u e n c ia m a l co m p re n d id o s. P aracelso de­
c ía : " E l q u e q u ie re e n tr a r en el R ein o de D io s debe pri­
m e ra m e n te e n tr a r c o n su c u e rp o e n su m a d re y a llí, m o rir”,
E ste re to rn o a la m a d re d u ra n te la in ic ia ció n h a sido
a veces ilu stra d o p o r u n sím b o lo m ás preciso, el de la
G ra n M ad re, S eñora del M u n d o de A b a jo , diosa de la
m u e rte en los m ito s fu n e ra rio s de O c e a n ía , diosa de la des­
tru c c ió n y de la tra n s fo rm a c ió n en la In d ia , G ra n Madr*
en la z o n a m e d ite rrá n e a , V irg e n N e g ra o N u e s tr a Señora
de B ajo T ie rra co m o e n C h a rtre s.
E n el m ito de O c e a n ía , esta M ad re espera el alm a del
m u e rto en el u m b ra l de u n a c a v e rn a insondable. A la
e n tra d a , u n d ib u jo da el p la n o del la b e rin to , p e ro a la
llegada del alm a, la M ad re b o rra el p la n o y el alm a se
p ie rd e in d e fin id a m e n te en las tin ieb las de la c a v e rn a , en
las tin ieb las del estado in te rm e d io , e n tre el p la n o físico y
el m u n d o invisible. P ero si el m u e rto es u n in iciad o , en­
c u e n tr a en su m e m o ria el p la n o del la b e rin to ta l como
fu e g ra b a d o p o r los d ib u jo s sagrados, p o r los cantos y
los poem as a p re n d id o s d u ra n te su re tiro .
A caso in ic ia lm e n te , com o lo su rg ió M ircea E liade (Nais-
sa nee m y s t i q u e , p á g . 8 4 ) , este la b e rin to re p re se n ta las en­ t
tra ñ a s de la m a d re . Sea co m o fu e re , lo volv em os a en­
c o n tr a r en el u m b ra l de m u c h a s in iciaciones m ed iterrá­
neas, co m o en C re ta , d o n d e el la b e rin to n o te n ía otra 4
l
sig n ific a ció n . T o d o s los años ib a n jóvenes a la c av e rn a ini-
c iá tic a y m o ría n d evorados p o r la V a c a S ag rad a para
re n a c e r co m o jó venes to ro s a u n a v id a n u e v a.
E l te m a in ic iá tic o h a sido ta l v ez o lv id ad o p o r una
n u e v a fo rm a de c iv iliz ac ió n , o in c o m p re n d id o p o r inva­
sores ig n o ra n te s. Y a n o q u e d a en la isla de C re ta más
qu e la h isto ria irriso ria de u n la b e rin to sin salida, de un
o g ro m u e rto p o r T eseo p a ra lib e ra r a A ria d n a , esa hija
de re y q u e hilaba.
r
A la e n tra d a de n u e stra s cate d ra le s, el la b e rin to in scrib e
a veces el en ig m a de sus losas im b ric a d a s, n eg ras y blancas^
símbolo de las in iciaciones pasadas y av iv ad o p o r la v o z
ruda de u n o b re ro , p ic a p e d re ro o c a rp in te ro , q u e c a n ta
por el cam in o q u e lleva a la lu z . E l la b e rin to siem pre
se asocia a la V irg e n fe c u n d a — V i r g in i p a r itu r a e — com o
en C h artres, o en S a n ta A n a , m a d re de la V irg e n , co m o
en M ontpellier. E n este ú ltim o caso, el c e n tro del la b e ­
rinto está señalado p o r u n a e sq u e m a tiz a c ió n de las arm as
de Jerusalén qu e re p re se n ta n la T ie rra P ro m e tid a .
Este m ito u n iv e rsa l p a rece q u e re r in sc rib ir e n la m e ­
moria de los h o m b res los peligros del paso al o tro p lan o .
H ay que v e n c e r a los g u ard ia n es del U m b ra l a N a k h a s b ,
la serpiente en ro lla d a en la b e rin to , de anillos tem ib les co m o
los m eandros de u n río desconocido, u n p e lig ro b ie n g ra n d e
para quien h a d escuidado el a p re n d iz a je del C am in o .
El te m a del la b e rin to nos d a la sig n ific a c ió n p r o f u n d a
de la iniciación. C o m o d e c ía P la tó n a p ro p ó sito de los
Misterios de Eleusis: " E l q u e v e n g a al H a d e s sin h a b e r
tomado p a rte en la in iciació n y en los M isterios será p r e ­
cipitado en el c en a g a l; al c o n tra rio , q u ie n se h a y a p u r i ­
ficado e iniciado v iv irá c o n los dioses” . (F ed ó n , 1 3 ).
La in iciació n es, pues, u n a re p e tic ió n de la m u e rte y
de los peligros del m ás allá. E l in iciad o de O c e a n ía conoce
los m eandros del la b e rin to y a tra v e sa rá la c a v e rn a , al lleg ar
el m om ento , sin te m e r que lo d ev o re la M ad re, es d e c ir
quedarse p risio n ero en el estado in te rm e d ia rio . C a d a c iv i­
lización, a p a r tir de a llí, ha elegido su v ía p a rtic u la r qu e
lleva a la lu z in fin ita de las esferas celestes o a la c larid ad
del hogar dom éstico.
Todas las civ ilizaciones c o n c ib e n la in ic ia ció n com o u n
rito* secreto de m u e rte y de re su rre c c ió n . In c lu so el
Occidente, ta n c erra d o a los valo res n acid o s de lo sagrado,
ha conservado la h u ella de m ito s q u e d a n c u e n ta de los
mismos ritos.

133

fe.
Pues n o se t r a ta de hechos c o n tin g e n te s, de ritu ale s más
o m enos com plejos, variables de u n a civ iliz ac ió n a otra,
p e ro q u e tie n e n fin a lm e n te p o c a im p o rta n c ia real. E l hom­
bre lleva en su c a rn e y e n su sangre esa v o lu n ta d de so­
b re p u ja rse a sí m ism o en c ie rto m o m e n to de su v id a, para
e n tre g a rse a la sociedad de los a d u lto s dig nos de recibirlo.
B uenos a u to re s h a n in te n ta d o a p ro x im a r tím id a m e n te los
rito s de pasaje del O c c id e n te — b a u tism o , c o m u n ió n y ser­
v icio m ilita r— a las p ru e b a s dolorosas p ad ecid as p o r los
adolescentes e n las civilizaciones tra d ic io n a les: este acer­
c a m ie n to carece de v alo r, p o rq u e tr a z a u n p aralelo entre
hechos bien d ife re n te s. " P o r el L i b r o d e la J u n g l a , Ru-
d y a rd K ip lin g dio a u n a g ra n p a rte de la hum anidad
m ito s n u ev o s q u e e n g e n d ra ro n cerem o n ias y sím bolos. Ni­
ños franceses, alem anes, au stralian o s, árabes, v a n a la Roca
del C onsejo, se n o m b ra n lobeznos y a p re n d e n la ley ” (An- s
d ré M au ro is: M a g i c i e n s e t l o g i c i e n s ) . Q u iz á , el s c o u t k m o
to m ó u n lu g a r v a c a n te en E u ro p a p o r la desaparición de
los viejos rito s q u e se p a ra b an al h o m b re del m u n d o bru­
m oso y m a te rn a l de la in fa n c ia . P ero h a b ía que esperar
u n a crisis c o m p a ra b le a la q u e a tra v iesa n les jóvenes
o c cid en tales, p risio n ero s de u n siglo e sté ril y de estructuras
sociales en vejecidas, p a ra v e r re a p a re c e r ese deseo de las
tin ieb las de la c a v e rn a in ic iá tic a , de las p ru e b a s de la
n o c h e de e sp a n to de d o n d e, al alb a, salen hom b res.
Los adolescentes tr a t a n de realizarse p le n a m e n te a pesar
de u n m ed io q u e re ta rd a in d e fin id a m e n te su expansión, r
m a n te n ié n d o lo s en u n a la rg a in fa n c ia escolar, en u n in­
te rm in a b le a p re n d iz a je social, b ajo la d e p en d e n c ia de los i
ad u lto s. E l in d iv id u o , en lu g a r de in te g ra rse , resiste a
u n a sociedad cuyas reglas le p a re c e n ab su rd as p o rq u e ca­
rece de ideal, in c a p a z de lle n a r su p a p el de mediadora
e n tre el h o m b re y lo Invisible. L a b a n d a p ro p o n e al hombre
jo v e n las e s tru c tu ra s de in te g ra c ió n social de las civiliza­
ciones trad icio n ales. E lla v u elv e a e n c o n tr a r la inicia­
c ió n q u e da acceso a u n a sociedad c o n ce b id a co m o una

134
r
respuesta m ás p u r a y m ás v iril al m u n d o de los a d u lto s.
Vuelve a e n c o n tr a r u n a p a rte de los viejos sím bolos, e m an *
cipando del m ed io fa m ilia r y m a rc a n d o la r u p t u r a c o n
el seno de la m a d re .
"E n C a lifo rn ia , las b an d as de adolescentes m é jic o -n o r-
team ericanos, se lla m a n a sí m ism as P a c h u c o s , se sirv en
, tam bién de ta tu a je s co m o de u n sím b o lo im p o r ta n te de
la p erten en cia al g ru p o . Los q u e desean u n irse a la b a n d a
deben som eterse a a lg u n a p ru e b a : o rd in a ria m e n te , se tr a ta
de realizar u n a c to de b ra v a ta o a lg u n a te m e ra ria esca­
patoria en d esafío de las leyes. Sólo e n to n ce s, son a d m i­
tidos e n te ra m e n te en la b a n d a y a u to riz a d o s a lle v a r el
tatuaje codiciado q u e consiste en u n a c r u z y estrellas en
la cara e x te rn a de la m a n o , e n tre el p u lg a r y el ín d ic e ” .
(H. Bloch y A . N ie d e rh o ffe r: T h e G a n g ) .
El paso de la in fa n c ia a la v irilid a d debe ser m a rc a d o p o r
un signo v iril. La blu sa n e g ra re e m p la z a la p in tu r a b la n ca ,
color de m u e rte q u e, e n tre los p a n g w e , llena de te r r o r a las
mujeres y a los n iñ o s al paso de los iniciados. Las cadenas
de cuello, las b a rb a d as y las b otas de g a u ch o re c u e rd a n
los talism anes reales — cadenas y espuelas de o ro — c o n ­
quistados al té rm in o de las p ru e b a s de la in iciació n c a b a ­
lleresca.
La b a n d a h a e n c o n tra d o las clases de ed ad y los grados
iniciáticos de las civilizaciones trad icio n ales. U n g a n g
de N e w Y o rk está d iv id id o en varios g ru p o s análo gos a
las sociedades secretas b a m b a ra : "L o s T in y Jim s, los C h i­
quillos, los P e rrito s de caza, los E n an o s, los J u n io rs , los
Seniors. E stas secciones se c o n sid e ra n co m o o tro s ta n to s
grupos a u tó n o m o s al m ism o tie m p o q u e se sien ten ligadas
entre sí p o r vivos sen tim ien to s de p a re n tesc o . A m ed id a
que los n iñ o s c re c e n , p asan de u n a sección a o tra , lo c u al
asegura la c o n tin u id a d del re c lu ta m ie n to y la v id a de cada
club” (P a u l C ra w fo rd : W o r k i n g w i t h t e e n - a g e g a n g s ,
, página 1 1 ).

135

L
L
A sí co m o u n p risio n e ro a h erro ja d o en u n calab o zo toca
1I
las p ared es de su p risió n , el alm a h u m a n a m id e a tientas, j
en la n o c h e de la in ic ia ció n , los lím ite s de su p risió n de
c a rn e p o r el d o lo r y las p riv a c io n es. E l h o m b re expresa
así su v o lu n ta d de o lv id a r su n a c im ie n to de c a rn e para |
re n a c e r de u n v ie n tre de estrellas. E sta n u e v a v id a , única
a m b ic ió n de la h u m a n id a d , es el c u m p lim ie n to , en el plano
h u m a n o , de la re n o v a c ió n cósm ica.
T o d as las m a ñ a n a s el sol se le v a n ta y el m u n d o rege­
n e ra d o re su c ita lu eg o de la a n g u stia de la n o ch e. E l hombre
ha c o n v e rtid o a este ciclo en el signo de su esperanza,
m ás f u e r te q u e la p ru e b a m a te ria l, m ás f u e r te q u e la ex­
p e rie n c ia c o tid ia n a de la m a te ria .
M iles de m u e rto s , a c u rru c a d o s co m o em b rio n es, esperan
en los cam p o s de u rn a s o de tin a ja s fu n e ra ria s la re­
su rre c c ió n . E n la so m b ra de su c ab a ñ a in ic iá tic a o de su j
c a v e rn a , e m b a d u rn a d o de b a rro ro jo o b la n co , en ayuno,
e n sa n g re n ta d o p o r las p ru e b a s, el h o m b re , n u e stro herm ano,
de u n e x tre m o al o tro de la tie rra , espera q u e, p o r fin,
rein e la lu z ta n to tie m p o esco n d id a: su e sp e ra n za milenaria.

* * *

E l lazo m ás so rp re n d e n te , el m ás e x tra ñ o , e n tre todas 1


las in iciacio n es, lo c o n stitu y e la p resen cia del ro m b o , siem­
p re asociado a los M isterios y ro d ead o de las m ism as pro- !
hibiciones. i
E ste o b je to e n ig m á tic o es, sin e m b arg o , m u y simple:
es u n a le n g ü e ta de m a d e ra o de m e ta l co lo cad a en el
e x tre m o de u n a c u e rd a o de u n a tir a q u e u n h o m b re hace
g ira r c o n fu e rz a . L a le n g ü e ta d a v u e lta s a lre d e d o r de su
eje al m ism o tie m p o q u e el c o n ju n to cuerdecilla-rom bo
da v u e lta s a lre d ed o r del h o m b re q u e la a n im a : u n zum ­
b ido se eleva e n to n ce s en re la c ió n c o n la ra p id e z del giro
y de la ro ta c ió n . " T ie n e la a m p litu d del ru g id o de un
l e ó n . . . E ste sonid o p ro d u c e sobre los h o m b re s mismos

136

i
que conocen sus secreto s u n a p r o f u n d a im p re sió n ” (M a rc e l
Griaule: Les Masques D ogon, p á g . 2 5 6 ) . v
E n tre los d o g o n , son los a n d u m b u lu los p rim e ro s q u e
utilizaro n el ro m b o . (Id ., op. cit., p á g . 6 0 ) . Los a n d u m ­
bulu son los h o m b re c ito s rojos q u e p o b la b a n el p a ís luego
de la p rim e ra C re ac ió n . Los h o m b re s los desposeyeron de
sus M isterios y luego se c o n v irtie ro n en genios invisibles.
En A u stra lia , los a r u n ta d ic e n q u e el ro m b o les fu e
dado p o r u n p u e b lo de h o m b re c ito s, los " tw o n jir a k a ” , q u e
vivían en la re g ió n an tes que ellos (R . P e tta z z o n i: M y -
thologie australienne du rbom be, R .H .R . págs. 1 4 9 -1 7 0 ,
m arzo-abril de 1 9 1 2 ).
Los b a m b a ra s u b ra y a n su o rig e n sag rad o y lo h a c e n
nacer de las m an o s del p rim e r h e rre ro q u e ta lla b a u n a
máscara, c u a n d o era n iñ o to d a v ía . U n a esq u irla de m a d e ra
de acacia se d e sp ren d ió y saltó lejos p ro d u c ie n d o u n z u m ­
bido sem ejante al ru g id o del león. E l n iñ o llam ó a dos
de sus cam arad as, to m ó el fra g m e n to de m a d e ra , a b rió
un agujero en u n a de sus e x tre m id a d es, pasó p o r allí u n a
cuerda y la h iz o g ira r.
Ellos tres c o n s titu y e ro n la p rim e ra sociedad del N ’D o m o
que to m ó el n o m b re del p rim e r ro m b o : el L eón ( c o n fr. D .
Zahan: Sociétés d ’ln itia tio n Bam bara, p á g . 5 5 ).
E n el e s p ír itu de los b a m b a ra , el ro m b o n ació al m ism o
tiempo q u e la p rim e ra m á sc a ra , ta lla d a com o él en la
madera del á rb o l sagrado, la acacia, co n o cid o p o r los in i­
ciados: com o si los p u eb lo s de A f r ic a h u b ie ra n q u e rid o
subrayar c o n ello q u e el sonid o es u n a d im en sió n c o n los
mismos títu lo s q u e el v o lu m e n .
El ro m b o está p re se n te p o r to d as p a rte s e n A fric a y
por todas p a rte s ligado a las in iciaciones de h o m b res.
En el o tro e x tre m o del m u n d o , se lo h alla e n A u stra lia
con las m ism as p ro h ib icio n es. E n tre los a ru n ta , el ro m b o
es anim ado p o r los h o m b re s d u r a n te sus cerem o n ias se­
cretas. C o m o e n tre los d o g o n del S u d á n , el sonid o a d v ierte
a las m u jeres q u e tie n e n q u e a p a rta rse . E l z u m b id o es p a ra

137
ellas la v o z del D io s S u p rem o . Es ese D ios el qu e entra f
en el c u e rp o de los jóvenes p o r las h erid as recibidas du- \
ra n te la in ic ia ció n p a ra c o n d u cirlo s a la m aleza hasta el :
té rm in o de las p ru e b a s. E n ese m o m e n to , p u e d e n ver el
ro m b o así com o u n p u ñ a d o de p ied ras sagradas o "chu- J
rin g a ” y se les dice: " H e a q u í los tw o n jira k a , he aquí
el D ios S u p re m o ” .
C o n fre c u e n c ia , los etnólogos n o h a n visto en esta en- *
señ an za m ás q u e la rev elació n de u n a g rosera super- '
c h e ría q u e hace a to dos los h o m b res cóm plices fren te a
las m u jeres. P ero , p re s e n ta r el ro m b o c o n las p iedras que
sim b o lizan la fu e rz a in te rio r del in iciad o q u iere decir: la
C ausa P rim e ra es V ib ra c ió n , la C ausa P rim e ra está en ti.
" C ie rta s trib u s de la N u e v a G u in e a s e p te n trio n a l cons­
tr u y e n u n a c ab a ñ a de u n o s tr e in ta m e tro s de larg o y le v
d a n la fo rm a de u n m o n s tru o , p ro n to a tra g a r a los neó- ^
fitos. La e n o rm e c ria tu ra p ro d u c e u n fe ro z g ru ñ id o que
n o es o tra cosa qu e el g ru ñ id o de los ro m b o s agitados por
h o m b re s escondidos en su v ie n tre ” . (J .G . F ra z e r: Balder
th e b e a u tifu l , págs. 2 27-23 5 y 2 4 0 -2 4 3 ) .
E l ro m b o fig u ra a ú n co m o in s tru m e n to in ic iá tic o en
las islas del estrech o de T o rre s, en M elanesia y en las islas
Salo m ón. E n M alasia, lo e m p le an los p asto res p a ra alejar
las bestias (A . S c h a e ffn e r: O r ig in e des in s tr u m e n ts de f
m u s tq u e , p á g . 1 3 2 ). ¡
E l ro m b o se asocia ta m b ié n en la isla de C eilán a ciertas ^
cerem onias budistas. E n S u m a tra se em plea en m ag ia negra *
p a ra p e rsu a d ir a los genios de q u e se lleven el alm a de
u n a m u je r, q u e la e n lo q u ez c an . T ien e, pues, allí com o en \
o tra s p a rte s, el m ism o p o d e r te m ib le sobre las mujeres.
E n M ad a g a sc ar no es m ás qu e u n ju g u e te de n iñ o , re­
servado sin e m b arg o a los m u c h ac h o s.
E n A m é ric a , el ro m b o era c o n o cid o h ace p o co p o r los
esquim ales, los in dio s apaches y los n av ajo s, los koskimo
y k w a k iu tl de C o lo m b ia B ritá n ic a , los indio s de C alifor­
nia. A ú n lo e m p le an los p u eb lo s de N u e v o M éjico. Los
hopi lo h a n c o n v e rtid o en el " b a s tó n de p le g a ria ” d e l
trueno y su v o z re p re se n ta el v ie n to q u e tra e las to rm e n ta s : v
tam bién se h alla ta lla d o e n la m a d e ra de u n á rb o l castig ad o
por el rayo. Los n av ajo s d icen q u e es la v o z del p á ja ro -
trueno y , e n tre los apaches, los h o p i y los z u ñ i, el ro m b o
está decorado c o n el sím b o lo del ra y o y de los relám p ag o s.
En todos estos casos, sirve p a ra in v o c a r las n u b es, el tru e n o
y la lluvia, y p a ra a d v e rtir a los in iciados qu e los rito s
sagrados v a n a desarrollarse.
En A m é ric a A u stra l, el ro m b o es co n o cid o en el c e n tro
del Brasil co n el n o m b re de " ju r a p a r i” . T a m b ié n allí sirve
para alejar a las m u jeres de los M isterios re alizados p o r
los hom bres.
M acalister, qu e co n sag ró al ro m b o u n larg o a rtíc u lo en
la E n c y c lo p a e d ia f o r E th ic s a n d R e lig io n s , señala la p r e ­
sencia de este in s tru m e n to en E scocia, en C a n ty re , en el
Condado de A rg y ll, d o n d e está asociado a u n a n tig u o dios
celeste. L a tra d ic ió n reco g id a p recisab a, en e fe c to , que el
prim er ro m b o , llam ad o S ra n n a n (p r o n u n c ia r S t r a n t h a m ) ,
cayó del p la n e ta J ú p ite r. E n el C o n d a d o de A b e rd ee n ,
los guardianes de vacas e m p le ab a n to d a v ía hace p o co — en
1885— el ro m b o p a ra p re se rv a r a sus rebaños del ray o .
En el p a ís vasco, el ro m b o o " f u r r u n f a r a ” es fa b ric a d o
por los pastores. Es u n a p ía n c h ita de m a d e ra de bordes
dentados qu e llev an decoraciones diversas, e n tre las cuales
la c ru z vasca de com as helicoidales, sím b o lo del m o v i­
miento celeste. S eg ú n u n a n o ta q u e m e c o m u n ic ó el M useo
de las A rte s y T rad ic io n e s P o p u lares, " e l p a sto r h ace g ira r
la p ía n c h ita al e x tre m o de la c u e rd a a veces ella m ism a
atada a u n palo . E l z u m b id o p ro d u c id o aleja a los a n i­
males e x tra ñ o s al re b a ñ o , p rin c ip a lm e n te a las yeguas, pues
esos anim ales p u e d e n e sp a n ta r p o r la n o c h e a los carn ero s
en su m a ja d a ” . (S eg ú n P ie rre P e tit, p a sto r en C am o u ,
Tardettes (B ajos P ir in e o s ), in fo rm . P. N o u r r i t o u ) . E sta in ­
form ación nos lleva a c o n sid e ra r el em pleo n o c tu rn o del
rombo a u n c u a n d o ya n o está ligado a u n rito in ic iá tic o .
E X P O S IC IO N
'PASTORES DE
FRA NC IA"
R O M B O : Fu-
m m fa rra ; M ade­
ra. Cordón en ca­
deneta. 1 7 ,2 x 5 ,3 .
Longitud del cor­
dón 7 7 ,5 . Bajos
.Pirineos, Sare.
H acia 1947»
A T P 4 7 .2 7 .4 .
M isión D om
M icyel J'. Baran-
diaran. Fue depo­
sitado en el M u­
seo vasco de
Bayona.
Documento
comunicado por
el Museo de Ar­
tes y Tradiciones
Populares.

E n B é a rn , los p asto res e m p le an ta m b ié n del '.'b u rru m b o ” ,


o " h u r r u m b o ” p a ra a te m o riz a r y sep a ra r a las yeguas que j
t r a ta n de p e n e tr a r e n las m ajad as de carn ero s. |
E n E sp a ñ a, el " b r u n z id o r ” es co n o cid o en N a v a rr a , en
el P aís V asco y en A ra g ó n (R . V io la n t y S im o rra : Ins­
tr u m e n to s m ú sic o s d e c o n s tr u c c ió n i n f a n t i l y p a sto ril en
C a ta lu ñ a , en R .D .T .P ., t. X , 1954, c u a d e rn o 4 ) . I
L a p resen cia del ro m b o se m e n c io n a ig u a lm e n te en Si- j
cilia. Q u iz á h a y a q u e re la cio n a rlo c o n la trisk e la que es j
e n esta isla el sím b o lo del m o v im ie n to celeste. |
En P o rtu g a l, los viejos p ro h íb e n a los n iñ o s q u e h a g a n
resonar sus " z u n a s ” o ro m b o s en el m o m e n to de las c o - v
séchas, q u iz á p o r te m o r de a c tu a r sobre las alm as de los
muertos p ro n ta s a d e ja r la tie rra en el m o m e n to de las
cosechas. E n fin , el " b r u c z k ” o ro m b o h a sido m e n c io ­
nado en M o rav ia. (P a ra estos ejem plo s, c o n fr. C . M arce l
Dubois: el T o u lo u h o u des Pyrénées centrales en Congres
et Colloque de l’U niversité de Liège , vol. 19, p á g . 7 7 ,
e Séguy: A tla s des in stru m e n ts de m usique de France ,
t. I, m ap a 205, p l. V I. 1 3 ).
En los ejem plo s europeos a q u í citad o s, sólo los m u c h a ­
chos m a n ejan el ro m b o . Los p asto res del B é a rn y del P a ís
vasco lo u tiliz a n ta m b ié n p a ra alejar de sus reb añ o s a
las yeguas e rra n te s, es d e cir, anim ales hem b ras. Es q u iz á
demasiado ta rd e p a ra e n c o n tr a r en las tra d ic io n e s de los
pastores de E u ro p a la h u ella de las sociedades in ic iá tic as
de jóvenes, tales com o ex isten to d a v ía en las civilizaciones
tradicionales. E sta p osibilidad, sin e m b a rg o , n o debe ser
descuidada.
En el o tro e x tre m o del tie m p o , se d escu b rió u n ro m b o
en la capa m a g d a le n ia n a de la g r u ta de La R o c h e , en
D ordogne. Es u n a p la ca ov al de dieciséis c e n tím e tro s de
largo, ta lla d a en u n c a n d il de re n o : u n o de sus e x tre m o s
tiene u n a g u jero q u e p e rm itía q u iz á a ta rla a u n c o rd ó n ,
adornada co n dos p ro fu n d a s incisiones y c o n p lu m ead o s.
No es im posib le v e r en estos d ib u jo s u n a re p re se n ta c ió n
estilizada de la to rm e n ta : dos relá m p ag o s y la lluvia.
D. P e y ro n i, d escrib ien d o este o b jeto , a d m ite q u e re p re ­
senta u n a so rp re n d e n te sim ilitu d co n los husos de m a d era
que los in d íg e n a s de A u stra lia h a c e n g ira r en el e x tre m o
de una c u e rd a p a ra p ro d u c ir u n ro n q u id o ” . ( Sur quelques
pièces intéressantes de la g ro tte de La R o che près de La-
linde D o rd o g n e , págs. 22, 2 4 - 2 5 ) .
" . . . C u a n d o se d escu b rió esta pieza, a ú n se v e ía n los
restos de u n a espesa c ap a de o cre c o n la c u a l h a b ía sido
cubierta” . E ste d etalle in d ic a , seg ú n J . M a rin g e r ( op . c it .,

141

ÉL
1!
p á g . 1 2 1 ), q u e se t r a ta de u n '"objeto de c u lto que los
cazad o res del M ag d a le n ian o u tiliz a b a n q u iz á p a ra hacer
re so n ar la v o z de sus an tep asad o s c u a n d o c e le b ra b a n cier-j
tas cerem o n ias religiosas” . I;
La a n tig ü e d a d g rieg a c o n o c ía el ro m b o , que se usaba ,
en los M isterios de B aco, de C o tito y de la M ad re de los
dioses. U n a u to r d eclara, d e sta c an d o el m ito b am b ara ya

>y
c ita d o : "E s u n a p la n c h ita q u e se a rro ja al aire p a ra hacer
ru id o ” (E ty m . M ag n .s.v . R o m b o s ).

ROM BOS

Los arqueólogos h a n d e sc u b ie rto ro m b o s de b ro n ce, de


o ro , o tallad o s en p ied ras finas. U n o de ellos se conserva >
en el M useo del L o u v re , su su p e rfic ie c o m b a está adornada
p o r relieves q u e re p re se n ta n a dos personajes sentados que
sostienen tirsos, los a trib u to s de los in iciados en el culto
de D ionisos.
E n fin , P lin io re la ta , en su H is to r ia N a h i r a l (X X V III,
5,6) q u e , en su tie m p o , e n Ita lia , estab a p ro h ib id o a las
m u je re s pasearse p o r los cam in o s h a c ie n d o g ira r sus husos:

142
se creía qu e p o d ía n de ta l m o d o c o m p ro m e te r el éx ito
de las cosechas. v
Q uizá este ú ltim o h ech o e n cie rre el v e rd a d e ro secreto
del rom bo, pues, in ic ia lm e n te son las m u jeres las que lo
habían su stra íd o al " p u e b lo m e n u d o ” , y después los h o m ­
bres se a p o d e ra ro n de él. E l ro m b o era en to n ce s el sím b o lo
del m isterio de la m u je r qu e creó la v id a, el o rig e n de
la vida p o r la v ib ra c ió n así co m o el hilo está en el o rig e n
del tejido. E l ro b o realizad o p o r los h o m b re s ha su b ra y ad o
la separación del n a c im ie n to de c a rn e y del n a c im ie n to
espiritual.
Sin em b arg o , a n te esta h u m ild e le n g ü e ta de m a d e ra o
de m etal, y a n o es el sim ple p ro b le m a de la c o m ú n a n ­
gustia del h o m b re a n te la v id a el q u e se nos p la n te a . N o
podemos a d m itir ta m p o c o u n a c o n v e rg e n c ia de necesidades
materiales id é n tic a s q u e ap elan a té c n ic a s análogas. E l ro m b o
no es u n c u ch illo n i u n m a rtillo : n o tie n e su ev id en te
utilidad. A p a re n te m e n te , n a d a lo asocia a los m isterio s de
los hom bres, n a d a lo id e n tific a ló g ic a m en te c o n el D io s
Supremo, c re a d o r ú n ic o .
Sin e m b arg o , debe h a b e r u n a ra z ó n c a p a z de e x p lic a r
la univ ersalidad de ese sím bolo .
R ecien tem en te, el d o c to r T o m a tis h a a d m itid o com o h i­
pótesis de in v e stig ac ió n q u e el fe to p a rtic ip a y a de la v id a
sónica del m u n d o . H a re c o n stitu id o en el la b o ra to rio lo
que el p e q u eñ o d o rm id o p u ed e o ír d u ra n te su v id a in ­
trauterin a, así com o los sonidos de la cad en a h a b lad a que
pueden p e n e tr a r in ú te r o y de a lc a n z a r el a p a ra to a u ­
ditivo en fo rm a c ió n . "M o n ta je s realizados g racias a r e ­
gistros a tra v é s de u n a c ap a líq u id a nos h a n rev elad o lo
que p o d ía p e rc ib ir n u e stro h a b la n te en cierne. Los re su l­
tados o b ten id o s sobre la b a n d a m a g n é tic a son a d e cir v e r ­
dad m u y agradables de o ír. R e c u e rd a n m u c h o u n ru id o
de cascada a n im a d o p o r ru id o s de to d as clases qu e se a c e p ta n
con gusto. E l n iñ o so m etido a esta a u d ic ió n e n c u e n tra en
ella in c o n te sta b le m e n te u n g ra n a tra c tiv o . Los niñ o s sin
len g u aje, p e ro q u e e n tie n d e n , e x p e rim e n ta n co n ello sen­
saciones de las m ás sig n ific a tiv as sobre la m em orización
de u n pasado a ú n n o le ja n o ” (A . T o m a tis: U o re ille et
le la n g a g e , p á g . 7 0 ) .
L uego del n a c im ie n to , " q u e nos saca de n u e stro medio
a c u á tic o p a ra o ír so lam en te a tra v é s de la c ap a de aire,
c o m en zam o s in m e d ia ta m e n te a ser acu n ad o s, acariciados
p o r u n a v o z , la m ism a p a rece q u e nos h a b lab a ya en lo
m ás p ro f u n d o de n u e s tra n o c h e u te rin a . E sta v o z se nos
acerca desde qu e p ro fe rim o s g rito s de h a m b re . A l mismo
tie m p o q u e m am em o s g lo to n a m e n te lo q u e to q u e nuestra
boca, beberem os á v id a m e n te esa v o z q u e se darram ará
sobre n o so tro s. . . q u e esperam os ta n im p a c ie n te m e n te corno
el b ib e ró n , rá p id a m e n te asociada al ro s tro m a te rn o ” (id.,
op. c i t ., págs. 7 2 - 7 3 ) .
E n to d as las civilizaciones, el ro m b o p ro d u c e u n a vi­
b ra c ió n sorda y g ra v e q u e lo h ace asociar al ru g id o del
león, co m o e n tre los b a m b a ra , p o r ejem plo . E n Francia,
en el B éa rn , u n a m ism a p a la b ra , b o u r r o u m b e , designa
u n ru id o sord o, u n ru g id o y el " ju e g o in f a n til q u e consiste
en p ro d u c ir u n ru id o h a cie n d o g ira r c o n fu e rz a u n pedazo
de m a d e ra a tad o a u n a c u e rd a ” (S im in P alay : D i c t . du
B é arna is e t d u G asgon m o d e rn e s B assin de l’A d o u r ,
p á g in a 1 1 7 ).
E l ro m b o de v ib ra c io n es graves m a rc a q u iz á la rup­
tu r a sónica c o n la v id a fe ta l, p ro lo n g a d a la rg a m en te en
la in fa n c ia p o r la v o z de la m a d re , las canciones de cuna
y la v o z ag u d a del n iñ o h ab lán d o se a sí m ism o, perdido
en su sueño. Q u iz á ese p ro lo n g a d o m u g id o , en la noche
de la in ic ia ció n , p ro v o q u e u n tra u m a tis m o sonoro capaz
de a p re su ra r el paso desde la in fa n c ia a la v irilid ad y
de h a c e r irrev ersib le ese paso. Pues, p o r d e fin ic ió n , en todas
las civilizaciones, el ro m b o es la v o z del p a d re de todos
los p ad res, el tru e n o v iril del A n te p asa d o .
Q u iz á sea esto lo q u e q u iere d e c ir el g ra n íd o lo de La-
rissa: el h o m b re de tie rra ro ja q u e sostiene en la mano
izquierda su sexo y c o n la m a n o d e re c h a su o reja d e re ch a :
una v erd ad c o n o cid a e n el te rc e r m ilenio. ^
E m in entes e tn ó lo g o s co m o L oeb y L ow ie h a n a d m itid o
que el co m p lejo del ro m b o y de la in ic ia ció n h a p a rtid o
de u n c e n tro c o m ú n .
Si, com o dice M a rg a re t M ead, " la m a y o r p a r te de los
sabios están de a c u e rd o e n d a r a las civilizaciones del N u e v o
Mundo u n d esarro llo in d e p e n d ie n te de las del V iejo M u n d o ”
( P e o p le a n d P l a c e s , p á g . 1 6 8 ), q u e d a p o r h a lla r de d o n d e
ha venido esta c e rtid u m b re c o m ú n , c ó m o h a n v iajad o los
símbolos id é n tic o s q u e la exp resan .
De A u stra lia a las dos A m é ric a s, p asan d o p o r A fric a ,
Oceanía y E u ro p a , del h o m b re de la M ag d alen a al C o m ­
pañero c a rp in te ro o p ic a p e d re ro q u e hace g ira r su c a la ­
bacino co n fu e rz a , es o tro p ro b le m a el q u e se nos p la n te a :
el de la u n id a d de u n a tra d ic ió n in ic iá tic a y de u n a e n ­
señanza p rim o rd ia l, pues esta v e z, a u n p o r p re o c u p a c ió n
de "ra cio n a lism o ” , n o p odem os r e c u r r ir a la " s u e rte ” o
al " a z a r” o a la " c o in c id e n c ia ” .
La h u m a n id a d es co m o esos d a n z a rin e s en m ascarad o s,
con ta n ta fre c u e n c ia estudiados p o r los etn ólo gos. E l c u e rp o
del h o m b re se ad iv in a p o r los m o v im ie n to s del ta p a rra b o
de fibras, p o r las oscilaciones de la c im e ra de m a d e ra , p o r
el jadeo y la bab a.
Para n o so tro s los o c cid en tales, la m a sc a ra d a se d etien e
allí p o rq u e , d e lib e ra d a m e n te , q u e re m o s ig n o ra r al h o m b re
que, p o r la ascesis, el a y u n o y las plegarias, dio su c u e rp o
a un dios q u e p o r u n in s ta n te h a v e n id o a v iv ir e n él:
a un dios q u e r itm a u n a d a n z a q u e es la a v e n tu ra del
mundo.
N o vem os m ás q u e el p o lv o le v a n ta d o p o r el ta ló n des­
nudo y n o el p o lv o de estrellas b ro ta d o de la d a n z a , al
ritmo del u n iv erso .

W
EL RO M BO E N EL M U N D O

R o m b o r e la c io n a d o c o n la i n ic ia c ió n d e lo s h o m b r e s .

R o m b o c o n u n p a p e l s e c u n d a r io ( m a g i a , g a n a d e r ía ) .
r
CAPITULO VII
LOS C A B A L L O S D E L O S A N G E L E S

"E s d i f í c il im a g in a r la p rim e ra a c titu d del h o m b re al


*-J to m a r c o n cie n c ia de la re a lid ad invisib le p o r la c u al
se siente ro d ead o . U n a a c titu d , u n p e n sa m ie n to n o d e ja n
fósiles- testigos q u e se p u e d a n c la sific a r e n series o fe c h a r
• al carbono 14.
| Los filósofos h a n su p lid o esta c a ren c ia y , c o n m u c h a
P frecuencia, h a n im a g in a d o lo qu e h a r ía n si fu e ra n “ p r i ­
mitivos” . P rim e ro , q u iz á , h a b ría n " c á n d id a m e n te ” ad o rad o
las fuerzas de la n a tu ra le z a , el tru e n o , el v ie n to , la llu v ia ,
los árboles, las rocas. U n p ro fe so r de filo so fía c o n v e rtid o
en " p rim itiv o ” y a n o d eja de a d o ra r, p resa de creencias
"anim istas” . L u eg o de h a b e r ad o rad o , p ro p ic ia , es d e c ir
adquiere la c o m p lic id a d de los g ra n d e s fen ó m en o s n a t u ­
rales o frecién d o les u n a p a rte del p ro d u c to de la caza.
En to d o esto , n u e stro s p o b res sabios n o d a n el m e n o r
sitio a la e x p erien c ia v iv id a y a sus resu ltad o s. C ó m o
5* puede a d m itirse q u e u n h o m b re s u fic ie n te m e n te c á n d id o
' para e n treg arse a sem ejantes c a ra n to ñ a s , reco n o cid as in ú ­
tiles desde h ace tie m p o , h a y a p o d id o v iv ir, fa b ric a r t r a m ­
pas precisas, p e rfe c c io n a r la m e c á n ic a del boom erang, la
confección, la d o sific ac ió n y el em pleo del c u ra re . P a ra
ajustarse a los filósofos o c cid en tales, el h o m b re q u e lla m a ­
mos " p rim itiv o ” h u b ie ra d eb id o esp erarlo to d o del v ie n to ,
del fuego o de la llu v ia: el p r o d u c to de la caza, sus raíces
comestibles, sus g ran o s salvajes. L a especie h u m a n a h a b ría
debido d esap arecer de la su p e rfic ie de la tie rra , p o r ser
; demasiado e stú p id a p a ra v iv ir: m u e rta de h a m b re .

147

í
P o r lo ta n to debem os a d m itir q u e la ex p erien cia
de los h o m b re s q u e nos ro d e a n está señalada p o r la misma j
p re o c u p a c ió n de e fic ac ia q u e su e x p erien c ia e n la materia,
Los b a n tú e s re s p o n d ía n a J u n o d , m isio n ero protestante
q u e tr a ta b a de p ersu ad irlo s de la re su rre c c ió n de los cuerpos
e n el Ju ic io F in a l: " L a v a ca se p u d re , la c a b ra se pudre
y el h o m b re se p u d re ta m b ié n ” . J u n o d h a b rá debido hablar
de u n a grosera re su rre c c ió n m a te ria l, c re y en d o que asi lo *
c o m p re n d e ría n m e jo r, e n ta n to q u e los b a n tú e s considerar
a la m u e rte co m o u n o de los m o m e n to s de u n ciclo pre­
ciso del alm a, u n a e ta p a e n tre dos reen ca rn a cio n es o, según
los m é rito s del in d iv id u o , u n a e n tra d a e n la e te rn a serenidad.
L a re lig ió n se nos ap arece e n las civilizaciones tradicio- !
nales c o m o u n a e x p erien c ia v iv id a p o r cad a individuo,
y u n a p a rtic ip a c ió n e strec h a en el p e n sa m ie n to colectivo. '
E l a n g a k o k , sh am á n o sacerd o te de los esquim ales, es j»
u n h o m b re co m o los o tro s e n q u ie n la a tra c c ió n de lo
In v isib le h a sido m ás f u e r te q u e los bienes de este mundo:
m ás f u e r te q u e la m e jo r c a c e ría o la m ás a fo rtu n a d a de
las c a m p a ñ a s de pesca.
Se h a aislado m ás en la soledad de la b a n c a de hielo
y allí, e n a y u n o , d u r a n te ho ras, d u r a n te días, con los
ojos sem icerrados, h a fr o ta d o u n a p ie d rita c o n tra u n a roca.
E n u n m o m e n to q u e p u e d e ta r d a r dos o tre s años, pasados
en re tiro s fre c u e n te s, luego de h a b e r u tiliz a d o m u c h as pie­
d ras y q u iz á la m ism a ro c a , a lc a n z a rá su o b jeto . Lo In- ^
visible se le m a n ifie sta bajo u n a fo rm a p recisa que desde
ese m o m e n to lo a c o m p a ñ a rá , alg u n as veces visible pero ■
p a ra él solo, co m o u n c o m p a ñ e ro fiel, m ás frecu en tem en te ;
p resen cia o soplo ligero, p e ro m ás c e rc a de él q u e su brazo
o su p ie rn a .
P e r tu r b a h a lla r en la b oca de los a n g a k o k de G roen­
la n d ia las frases despedazadas, m ara v illa d as, de los místicos
o ccid en tales.
L u eg o de esta visió n, la c e rtid u m b re de ser protegido
p o r lo In v isib le, el a n g a k o k t r a t a de s u p e ra r las prohi-

148

;*
'1

biciones sociales y religiosas, n o p o r b ra v a ta n i p o r d esafío ,


sino p ara m e d ir la a m p litu d de la p ro te c c ió n de su escudo}-
los lím ites de su fe. T a m b ié n los m ístic o s o c cid en tales, al
huir del m u n d o y re c h a z a rlo , n o h a c e n sino d esafiar los
im perativos de la sociedad a la c u a l p e rte n e c e n .
Esta c e rtid u m b re es siem pre el f r u t o de reflex io n es, el
resultado de u n a v a cilac ió n a n te las c o n tra d ic c io n e s de la
naturaleza h u m a n a .
En A tr a v e rs l’A m e r iq u e a r c tiq u e , K n u d R asm u ssen
cuenta que u n o de sus am igos esquim ales llam ad o A u a
lo condujo a las d ife re n te s casas de su g ru p o d o n d e los
cazadores, sus m u jeres y sus hijos tir ita b a n , p ues la caz a
había sido m ala. Y p o r te rc e ra v e z, escrib e R asm u ssen ,
Aua m e m iró de f r e n te y d ijo : ¿ " P o r q u é d ebe ser a sí? . . .
Mira a m i vieja h e rm a n a , jam ás h a h e ch o m a l, q u e y o sepa,
ha vivido largos años, h a d ad o a lu z b u enos y sólidos
hijos, y , sin e m b arg o , debe s o p o rta r esto al fin a l de su
v id a .. . D ebe ser así. T odas n u e stra s c o stu m b re s v ie n en
de la vid a y se d irig e n a la v id a : n o podem os exp licarlas,
no creem os e n esto o e n aquello, p e ro la resp u esta está
en lo que acabo de m o s tra rte . T en em o s m iedo. T em em o s
a los elem ento s co n los cuales debem os lu c h a r p a ra a rra n c a r
nuestro a lim e n to a la tie rra y al m a r. T em em o s el f r ío
y el h am b re. T em em o s la e n f e r m e d a d . . . n o la m u e rte ,
sino el s u frim ie n to ” . C o m o p a ra d a r la ré p lic a a los p r o ­
blemas y a la a n g u stia del c a z a d o r m ed io , K n u d R a s ­
mussen reco g ió la co n fesió n de u n sh a m á n de los es­
quimales c a ro b ú , q u e c ita en O b s e r v a tio n s su r la c u ltu r e
inte lectu elle des E s k im o s C a rib o u . E l to n o es e x tra ñ a m e n te
diferente. Y a n o es la d u d a del h o m b re m ed io de la b a n ca
de hielo sino la seg u rid ad de q u ie n h a h e ch o u n a elección.
" C u an d o elegí ser u n sh am á n , elegí s u f r ir p o r las dos
cosas m ás peligrosas p a ra n o so tro s los h u m a n o s: el h a m b re
y el f r ío . . . M i n o v ic ia d o se realizó e n m ed io del in v ie rn o
más rig u ro so , y yo q u e n o re c ib ía n a d a q u e p u d ie ra c a ­
lentarm e y n o d e b ía m o v e rm e , te n ía m u c h o fr ío . F a tig a b a

149 I
ta n to e sta r sen ta d o sin atrev erse a te n d erse ; a veces eral
co m o si m e m u rie ra u n poco. Sólo al té rm in o de los treinta1
d ías u n e s p íritu co m p asiv o en el c u a l n u n c a h a b ía p e n sa d o ..,
Es el P u g a q u ie n m e lo en v iab a en signo de qu e m e h a b ía
a d v e rtid o y m e d a ría los poderes q u e m e c o n v e rtiría n en
sham án” .
N o h a y c o n tra d ic c ió n e n tre estas dos a ctitu d e s. La pri­
m e ra su b ra y a la p e rfe c ta c o n cien cia q u e tie n e n los eskimo ^
de las d ific u lta d e s de su v id a c o tid ia n a. La segunda es la
del h o m b re q u e su p era su m iedo, la h o stilid ad del medio
q u e lo ro d ea y b usca lo In v isib le p o r en cim a del hambre
y el fr ío . E sta su p era c ió n del h o m b re en su búsqueda de
lo In v isib le es la de to dos los m ístic o s q u e, al renunciar
v o lu n ta ria m e n te a los bienes te rre stre s, re q u ie re n las prue- |
bas p u rific a d o ra s. r
Q u iz á siem pre es posible d e cir: "E sto s sham anes son char- i
latan es q u e d u ra n te to d o el resto de su v id a, v a n a ser ¡
m a n te n id o s p o r la c re d u lid a d p ú b lic a ” . E l m ism o hombre, \
Ig iu g a rju k , resp o n d e a esta o b jeció n : " L a v e rd a d era sa- j
b id u ría se e n c u e n tra lejos de las gentes, en la g ra n soledad.
N o se la e n c u e n tra d iv irtié n d o se sino su frie n d o . La soledad
y el su frim ie n to a b re n el e s p íritu h u m a n o y es allí donde
u n sh am á n debe b u sc a r su sa b id u ría ” (K . R asm ussen, op.
c i t ., págs. 54-5 5 ).
L uego de la in ic ia ció n el sh a m á n debe e n fre n ta r sus
obligaciones. "L as g entes de la v e c in d a d o llegados de
o tra s p a rte s m e v isita b a n p a ra q u e c u rase sus enferm eda­
des. . . E n to n c e s d ejab a la tie n d a o la casa de nieve y me
re tira b a e n la soledad lejos de las m o ra d a s de los h o m b r e s ...
Esos d ías con sag rad o s a la b ú sq u ed a del c o n o cim ien to son
m u y fatig osos, pues h a y q u e a n d a r to d o el tie m p o y sólo
p o r m o m e n to s se p u e d e reposar. M e siento ag o tad o , no so­
la m e n te en m i c u e rp o sino ta m b ié n en m i cab eza, cuando
he h a lla d o lo q u e b u sc a b a ” .
E n tr e los b a m b a ra , volvem os a e n c o n tr a r la m ism a no­
ció n de sep aració n im p u e sto p o r lo In visible.

150
Y~ ----------------------------------

. D esde los p rim e ro s pasos, la m ism a m a rc h a c o n ­


firma su v o cació n . H a c ia los diez años, el n iñ o , g u ia d o
por los genios T e lik o — los genios del aire— es a tra íd o
por ellos a la m aleza, ju n to a u n a c h a rc a d o n d e viv e en
su co m p añ ía invisib le d u ra n te alg u n o s días. L u eg o de este
retiro, el n iñ o regresa a su ald ea p ro v isto de u n a pie-
drita. . . signo de la a lian za q u e h a c o n tra íd o c o n ellos
(G. D ie terlen : Essai su r la R e lig ió n B a m b a r a , p á g . 2 2 0 ) .
Su alm a su til, o " d y a ” , v iv e e n tre los genios del aire,
lo cual lo obliga a p e rm a n e c e r casto to d o el resto de su
vida, ya qu e el m a trim o n io es e sen cialm en te p ro c re a c ió n ,
es decir e n tre g a de u n alm a. C o n v e rtid o en "so m a ” o a d i­
vino, el n iñ o a c e p ta p a ra to d a la v id a c ie rto n ú m e ro de
prohibiciones: " S e r de u n a rig u ro sa lim p ie z a, lle v a r v e sti­
duras simples e incluso vestirse co m o p o b re ” (id ., op . c i t .y
j página 2 2 1 ).
E n tre los o m a g u a de A m a z o n ia , el c arg o de S u m i — sha-
mán— es h e re d ita rio , p e ro el c a n d id a to debe p a sa r p o r u n
período de a p re n d iz a je d u r a n te el c u a l se som ete a u n a
dieta rig u ro sa y a la c astid a d ( c o n f r . R . G ira rd : o p . c i t .y
pág. 1 5 9 ).
Los sabios o ccid en tales del siglo X I X q u e h a n estu d iad o
el sham anism o h a n so b re en te n d id o o a firm a d o q u e el sac e r­
dote, en las civilizaciones tra d ic io n a le s, es u n n e u ró tic o :
un en ferm o m e n ta l en los m ejores casos y , si n o , u n si-
·- m ulador; los qu e lo v e n e ra n y le a trib u y e n u n a im p o r ta n -
í cía c u alq u iera a sus p a lab ras son sim ples, " n iñ o s g ra n d e s” .
Es m u c h o m ás có m o d o p a ra el e s p ír itu p o d e r e n c e rra r
a todos los m ístic o s en u n asilo p a ra o cu p arse solam ente
de las cosas de este m u n d o .
A los p rim e ro s observadores los h a so rp re n d id o el m edio
físico en el c u a l v iv ía n las poblaciones q u e e stu d iab a n ,
al n o rte de la Siberia. E l f r ío m u y rig u ro so , la soledad
de la tu n d r a , las caren cias de a lim e n to , to d o les p a re c ía
favorecer el desarrollo de las e n fe rm e d ad e s m en tales. Se
dan allí, en e fe c to , con d icio n es p a ra e n lo q u ec e r a u n sabio

151
i
o c c id e n ta l b ien a lim e n ta d o , h a b itu a d o a re a liz a r u n esfuer-I
zo in te le c tu a l ligero. I
Sin e m b a rg o , el sh a m á n n o p u e d e eq u ip ararse a u n epi­
lé p tic o o a u n e n fe rm o m e n ta l: el e n fe rm o su fre su cri­
sis, el sh a m á n la o b tie n e v o lu n ta ria m e n te , cad a vez que se
p re se n ta u n c o n su lta n te q u e solicita re c o b ra r u n o b jeto per-
d id o o c u r a r u n a e n fe rm e d a d . A d em ás, debem os admitir
c ie rta p ro p o rc ió n de é x ito — la p a ra p sic o lo g ía nos lo au- }
to riz a — sin el c u a l el sh am á n p e rd e ría su clien tela y el i
sh am an ism o h a b ría sido a b a n d o n a d o h ace m u c h o .
L a te o ría q u e tr a z a u n p aralelo e n tre sham anism o y psi­
cosis h a te n id o u n é x ito c ie rto . G .A . W ilk in , en u n a obra
a n tig u a : L e S h a m a n is m e e n In d o n é s ie , a p arec id o en 1887,
a firm a q u e la crisis del sh am á n es u n a e n fe rm e d a d autén­
tic a re p ro d u c id a a rtific ia lm e n te , es d e c ir sim ulada. Esta ,
a firm a c ió n có m o d a, ag ra d ab le p o r su e v id e n te b u e n sentido, i
h a sido m u y re p e tid a . N o es p o r eso m enos inexacta. |
Si se q u ie re esta b le ce r o tr a c o m p a ra c ió n análo g a, se puede í
c o m p ro b a r q u e n o h a y n in g u n a d ife re n c ia e n tre el proceso
d ig estiv o de u n a h o stia c o n sag rad a y el de u n pedazo de I
p a n o u n a h o stia n o co n sag rad a. Sin e m b arg o , la diferencia 1
de in te n c ió n del m ism o h o m b re q u e recib e sucesivamente ¡
las dos hostias es in m en sa. E l fe n ó m e n o debe situarse, en
la ocasió n, en u n p la n o e sp iritu a l y n o en u n p la n o fisio- 1
lógico. E l c u e rp o h u m a n o dispone de u n a g am a restringida
de reaccio n es en ra z ó n de su co m p o sició n y de su esquema
de o rg a n iz a c ió n . U n a visión m ís tic a p u e d e ser com parada f
c o n u n a a lu c in a c ió n p ro v o c a d a p o r la fa tig a : estos dos fe- j
n ó m en o s son sin e m b a rg o d ife re n te s. L a a lu cin ac ió n que i·
h ace a p a re c e r u n o b je to deseado o te m id o tien e u n a causa i
fisio ló gica co n o cid a. L a visión e x tá tic a , q u e es q u iz á una !
u ltra p e rc e p c ió n , se m a n ifie sta de la m ism a m a n e ra , pero
su causa es d ife re n te , seg ú n la co n fe sió n de to d o s los mís­
ticos. !
L a c u ltu r a m a te ria l de u n a c iv iliz a c ió n n o constituye j
p a ra n a d a u n c rite rio q u e p e rm ita p re sag ia r la riq u e z a de i
sus experiencias m ístic a s: los iq u ito s de la A m a z o n ia p e ­
ruana, c o n stitu y e n la p ru e b a v iv ie n te de ello. N o fa b ric a n
piraguas, n o c o n o ce n n i el te la r, n i el hilo, n i ta la d ro p a ra
hacer fuego, n i el arco , n i la c e rb a ta n a , n i el ta b a c o , n i
la coca, n i el uso de las m áscaras y de las tro m p e ta s sa­
gradas, n i n a d a de lo q u e c a ra c te riz a las civilizaciones v e ­
cinas. E n tre ellos n o h a y fie sta de p u b e rta d , la s e p u ltu ra
del jefe es la m ism a q u e la de to d o s: n i siq u iera co n o cen
la sal.
N o o b sta n te el A sh u a l, su sh am á n , sabe q u e es com o u n a
copa que a veces llena el e s p ír itu de D io s, h a cié n d o lo c a ­
paz, entonces, de in te rc e d e r p o r el g ru p o h u m a n o que tie n e
a su cargo.
* k- *
A sí, h o m b re s n acid o s e n clim as d ife re n te s, desde el E c u a ­
dor a los c írc u lo s ártic o s, c o n re g ím e n es alim en ticio s m u y
diferentes, a te stig u a n la p resen cia de lo In v isib le de la m is­
ma m an era, algo así co m o los cristales de galena a r g e n tí­
fera c o n v e n ie n te m e n te u tiliz a d o s p u e d e n c a p ta r las ondas
hertzianas a pesar de la d iv ersid ad de sus filones de orig en .
Es siem pre posible d e c ir que la galena a r g e n tíf e r a es u n a
roca “ e n fe rm a ” c o n re la ció n al m á rm o l, al c o b re o al fu e g o ;
es im posible n e g a r la ex isten cia de las on d as h e rtz ia n a s y
de las in telig en cias q u e las em p le an .
Según los in iciados, las cerem o n ias ritu ale s q u e m a rc a n
el descenso de lo In v isib le in f u n d e n u n se n tim ie n to de li­
beración, u n a b e a titu d in fin ita . B ien lejos de ser u n e n f e r ­
mo, el sh am á n tie n e u n a resisten cia n erv io sa e x tra o rd in a ­
ria. H e v isto en las sesiones del c u lto de los genios, en
Argelia u n a n c ia n o de o c h e n ta y u n años b a ila r u n a n o ch e
entera p a ra en señ ar los d ife re n te s pasos a los n e ó fito s.
Sin e m b a rg o , los sacerdotes in iciados en los secreto s del
descenso de lo In v isib le en la c a rn e del h o m b re , son los
depositarios seguros y a m e n u d o c o n su ltad o s de u n a im p o r­
tante tra d ic ió n o ra l y los ú n ico s q u e co n o ce n largos y m i­
nuciosos ritu ales.
C u e sta im a g in a r a los m iem b ro s de n u e stro s grandes in$. |
titu to s y de n u e stra s fa c u lta d e s re c lu ta d o s ú n ic am en te en )
los hospitales p siq u iá tric o s. j

E l sh am á n está a p a rte p a ra re a liz a r m e jo r su fu n c ió n en


la sociedad, es d e c ir q u e está ro d ead o de p ro h ib icio n es par.
tic u la re s p e ro en n in g ú n m o m e n to lo tr a ta n com o a enfer-
m o , así com o, p o r o tra p a rte , en las m ism as civilizaciones
los e n fe rm o s m e n ta les n o son considerados co m o sacerdotes, >
a u n c u a n d o se los tr a te c o n m ás c a rid a d y d u lz u ra que
en O c c id e n te .
C o m o dice M irc ea E liade en su o b ra L e C h a m a n im e }
u n o b je to sagrado está separado de su c a te g o ría : u n a piedra
sagrada, u n á rb o l sag rad o son u n a p ie d ra o u n árb o l que
lo In v isib le ha elegido p a ra m a n ife sta rse a los ho m b res: son
p ro f u n d a y esen cialm en te d ife re n te s de los dem ás. »
T o d o s los pueblos, to d as las civ ilizaciones, co n sid eran este ^
a p a rta m ie n to del sh am á n com o u n h ech o de lo Invisible y
n o del h o m b re , del á rb o l o de la p ie d ra . E l h o m b re puede
so lic itar a lo In v isib le q u e lo m a rq u e en la c a rn e y en el
e s p íritu : ru e g a p e ro n o exige. Lo In v isib le p u ed e aceptar
o re c h a z a r. C u a n d o el h o m b re elige la v ía de la ascesis,
sólo p u e d e h acerlo p o r u n a g ra c ia p a rtic u la r de lo Invi~
sible q u e lo a tra e h acia él.
L a e n fe rm e d a d , el sueño, el éxtasis, p u e d e n ser o no sig- i
nos de lo Invisible, lo m ism o q u e el sonido de u n a cuerda
de v io lín p u e d e p ro v e n ir del arc o de u n v irtu o so o de la t
g a rra de u n g a to ju g u e tó n : h a y q u e to c a r bien y hacer ¡
v ib ra r la c u e rd a p a ra q u e suene.
E n todos los casos, la elección de lo Invisible debe acom­
p añ arse de u n a in ic ia ció n q u e re to m a los te m as y a vistos
de la m u e rte y de la re su rre c c ió n . E n las civilizaciones
d o n d e y a n o existe in ic ia ció n de u n a clase de edad, los
rito s sirv en p a ra c o n sa g ra r al q u e h a elegido ser u n a ca­
b a lg a d u ra d ó cil bajo la p resió n de su invisib le caballero.
L a m u e rte sim bólica del in iciad o está siem pre repre­
sen tad a p o r u n desm ayo p ro lo n g a d o , u n sueño letárgico,

154
provocado o n o p o r la ab so rció n de sustancias tó x icas, o sim ­
plemente p o r algunos in sta n te s de re tiro e n u n a tu m b a a
una caverna, sím bolos de la a n te c á m a ra del O tr o M u n d o .
Con m u c h a fre c u e n c ia esta p ru e b a p u ed e ser u n t r a u ­
matismo c ap a z de m o d ific a r p ro f u n d a m e n te n o sólo la p e r ­
sonalidad del in iciad o sino ta m b ié n las fa c u lta d e s de su
cuerpo carn al.
E n tre los a ru n c a n , m aestro s y n e ó fito s m a rc h a n c o n los
pies desnudos sin q u em arse, sobre p ied ras c ale n ta d as al rojo.
El mismo fe n ó m e n o p u e d e observarse en o tra s p a rte s: he
visto en T iw id iw in , en C ab ilia m a rítim a , en el sa n tu a rio
de Sidi H a n d B u -s h a q u r, en m a y o de 195 3, la d a n z a de
los devotos sobre tiz o n e s ard ien tes. H o m b re s em b riag ad o s
de éxtasis o fr e c ía n su c u e rp o e n te ro a las llam as de las
antorchas de p aja in fla m a d a s q u e d eslizab an bajo su g a n -
dourah b la n ca , ilu m in a n d o la n o c h e co m o faro les v iv ien tes
sin conservar en su c a rn e la m e n o r h u e lla de q u e m a d u ra .
Otros saltab a n c o n los pies desnudos e n m ed io de braseros,
sin p reo cu p arse de o tra cosa q u e de d e c ir su p le g aria, el
iik r.
En o tra p a rte , e n la re g ió n de T le m c e n , he v isto ig u a l­
mente a los m ie m b ro s de la c o fra d ía de los A isaw a la m e r
rejas enrojecidas al fu eg o , te n d e r su le n g u a a la p ic a d u ra
de los escorpiones en racim o s, c la v a r en su c a rn e largas
espinas de c a c to o d e ja r cae r sobre su c rá n e o el filo de
pesadas hachas. N o hace m u c h o , en M arru ec o s, los m ie m ­
bros de la c o fra d ía de los H a m a d c h a la n z a b a n al aire g ru e ­
sas bolas de m a d e ra c lav e te ad a de h ie rro q u e re c ib ía n sobre
la cabeza. Se p o d ría p ro lo n g a r esta lista de n u m ero so s e je m ­
plos que el R .P . T h u r s to n en su o b ra : L es P h é n o m è n e s
physiques d u m y s tic is m e (p á g . 208 y sigs.)
Ya n o estam os en el d o m in io de las p ru e b a s sim bólicas
y debemos re c o n o c e r, p a ra d a r c u e n ta de m illares de te s­
timonios, q u e el h o m b re p u e d e m o d ific a r p ro fu n d a m e n te
no sólo su sensibilidad sino ta m b ié n las fa c u lta d e s de su
cuerpo físic o , de su c a rn e , de sus huesos. L a m e d ic in a o c-

155

t
c id e n ta l n u n c a h a tr a ta d o de saber en q u é resortes secretos!
se a p o y a n los m ístic o s de to d o s los países y de todas ]as j
civilizaciones c u a n d o alejan ta n to los lím ite s de su resistenciaf
física.
N a d a nos p e rm ite asig n ar u n lím ite al trau m atism o de
la in ic ia c ió n c a p a z de p ro v o c a r sem ejan te transformación,
A caso la p ru e b a físic a nos im p resio n a m ás, p ero nunca ¡
tra ta m o s de m e d ir c ie n tífic a m e n te el e fe c to p ro d u cid o por >
p ru e b a s q u e co n sid eram o s p u ra m e n te sim bólicas.
E n todos los casos estudiados, h a y u n re to rn o del ser
al n ú c le o m ás ín tim o de la p erso n a h u m a n a ; u n proceso
q u e los alq u im istas tr a d u c ía n p o r la p a la b ra V .I.T .L O .L :
u n n o m b re m ístic o fo rm a d o p o r las in iciales de las palabras
" V i s i t a i n t e r i o r e m t e r r a e r e c t i f i c a n d o i n v e n t e s o p e r a e la p u
d e m ” "D esc ien d e a las e n tra ñ a s de la tie rra , desfilando ·
h a lla rás la p ie d ra de la o b ra ------ 55 lo q u e q u iere d e c ir:: Des- s
cien d e a lo m ás p ro f u n d o de ti m ism o y e n cu e n tra el 1
n ú c le o in divisible sobre el c u al p o d rá s c o n s tru ir o tra perso­
n a lid a d , u n h o m b re n u e v o .
A sí, p o rq u e h a m u e rto p a ra re n a c e r a la v id a espiritual,
el sh a m á n p u e d e llam arse " H ijo de la P u tr e f a c c ió n 55, como
m u c h o s iniciados.
L a v e stid u ra del sh a m á n o ste n ta u n c ie rto n ú m e ro de re­
p re sen ta c io n es y de sím bolo s q u e p e rm ite n com prender
m e jo r su p erso n alid ad . E n tr e los esquim ales, el sham án en
tra n c e está d esn u d o , ú n ic a m e n te lleva u n c in tu ró n de cuero
c o n fra n ja s. C u e ro , fra n ja , son elem en to s que hallam os en
o tra s p a rte s en o tra s civilizaciones, p a re ja m e n te asociados
a la v e stim e n ta del in iciad o . E n las a n tig u a s civilizaciones
u ra lo a lta ica s, el sh a m á n llevaba en su m a n to el signo de
tre s ra m a s — llam ad o en o tra s p a rte s la m a rc a de la avu­
ta rd a — sím b o lo d e la c o m u n ic a c ió n e n tre los m u n d o s, de
la m u e rte y de la re su rre c c ió n .
E l m o m e n to de la to m a del tra je en el r itu a l m a rc a el
p a s o a o t r o p l a n o , es el signo d e la a p r o x i m a c i ó n d e l trance
e n tre los e s q u i m a l e s . E n e l c u lto d e l o s g e n i o s q u e b e

156
estudiado en A rg e lia , la to m a del tra je o de u n em b lem a
particular del genio q u e acab a de descen d er m a rc a el c o -v
mienzo del m o m e n to asc e n d en te del tra n c e . E l genio está
presente, caballero in visible del h o m b re de c a rn e c u y o c u e r ­
po gime, babea y se ag ita. E l h o m b re llam a a la v e stid u ra
o al objeto p ro p io de su invisib le c ab a lle ro : la n z a de los
genios llegados del H o g g a r, casaca de d am eros neg ro s y
blancos del genio del ag u a, h a c h a del S eñor del T ru e n o .
Entonces, ta m b o re s y c ím b a lo s re su en a n , ritm a n d o el
canto agudo de las dos c u erd as te n d id a s sobre u n c a p a ­
razón de to rtu g a : u n e s p ír itu acab a de a tra v e sa r el c írc u lo ,
un ángel está p re sen te e n tre los h o m b re s c ab a lg a n d o sobre
aquel que d u ra n te m u c h o tie m p o h a deseado su llegada.
En los restos de la tra d ic ió n o c c id e n ta l, v olvem os a e n ­
contrar el re c u e rd o de d ife re n te s piezas del tra je d el sh am án .
} El k a fta n , o v estid o de larg as m an g as a d o rn a n d o c o n
redondeles de h ie rro y c o n fig u ra s q u e re p re se n ta n anim ales
míticos, se h a c o n v e rtid o , en n u e s tra ic o n o g ra fía p o p u la r,
en el tra je a d o rn a d o c o n estrellas del m ago. E l g o rro del
shamán b u ria ta se h a tra n s fo rm a d o e n el g o rro p u n tia g u d o
del m ago, así co m o su b a stó n , sím b o lo de la c a b a lg a d u ra
invisible, v e h íc u lo de sus viajes a tra v é s de los planos y
los m undos, se h a c o n v e rtid o e n la v a rita gracias a la c u a l
* el hada b u e n a c am b ia la cala b a za en c a rro z a y la re in a
perversa en sapo.
^ Pero el O c c id e n te p u e d e ta m b ié n re la c io n a r el cab allo -
palo y el lá tig o de los sham anes b u ria ta s c o n la escoba y
el látigo q u e fig u r a n en el M useo de las B ru jas, en la isla
* de M an.
El sh am án m o n g o l tie n e alas e n los h o m b ro s, pues es
el in te rm e d ia rio e n tre los dos m u n d o s. E ste rasgo n o es
privativo de la M o n g o lia: hem os v isto la im p o rta n c ia de
la m áscara de la a v u ta rd a e n tre los d o g o n y los b a m b a ra ,
símbolo de m e d ia ció n e n tre los dos planos. D e l m ism o m o ­
do, en A fric a del N o r te , las F u e rz a s de la C ad e n a re v isten
la fo rm a de b u itre s p a ra re u n irse en la c im a de las m o n -

157
tañ as. E n W a n z e rb é , cerca del N ig e r, e n tre los songhay,
el b u itr e es el signo de los m agos. E l h o m b re h a convertido
al p á ja ro en su sím b o lo , p o rq u e tie n e co n scien cia de estar,
c o m o él, en el lím ite de los dos p lan o s d ife re n te s.
Q u iz á s estos ejem plo s nos h a g a n c o m p re n d e r m ejor el
sig n ific a d o de las alas de H e rm e s, p r o te c to r de los límites
y c o n d u c to r de las alm as, com o ta m b ié n el m ito de Pro­
m e te o , im a g e n del castig o de los q u e ro b a n el conocimiento
in ic iá tic o .
L a la rg a ascesis del sh am án , su v o lu n ta d de alcan zar lo
in e fa b le c o n tie n e n su reco m p en sa. C u a n d o lo Invisible se
a lc a n z a , el h o m b re llega a su v e rd a d e ra p a tria p o r u n tiem­
p o y se lib era a m edias de su carn e. P o r lo ta n to , no
p odem os a c e p ta r el a rg u m e n to de c ierto s a u to re s qu e afir­
m a n q u e el h o m b re " p r im itiv o ” tr a ta , d u ra n te las cere­
m o n ias m ág icas, de m e jo ra r su c az a o su pesca.
Los psicólogos m id e n la in te lig e n c ia de u n c h im p a n c é por
el n ú m e ro m ás o m enos g ra n d e de sus te n ta tiv a s infruc­
tu o sas p a ra resolver u n p ro b le m a c o m p lic ad o , com o por
ejem p lo , to m a r u n a b a n a n a situ a d a fu e ra de su alcance,
c o n la a y u d a posible de u n palo o de u n escabel.
V estid o s c o n blusas blancas, c o n los ojos e n el cronó­
m e tro , los psicólogos e stu d ia n los adem anes del chim pancé
q u e tie n d e u n m a g ro b ra z o v ellu d o p a ra a lc a n z a r la impo­
sible b a n a n a . R e g is tra n el m o m e n to en q u e el an im al toma
el p a lo , lo deja cae r in e rte al suelo y , luego, al fin lo
u tiliz a p a ra acercarse al f r u t o codiciado.
La c az a o la pesca n o son o tra cosa q u e te n ta tiv a s más
o m en o s felices del h o m b re p a ra ap o d erarse de u n a caza
o de peces situ ad o s fu e ra de su a lcan ce n o rm a l. E l palo
se llam a e n to n c e s la n z a , a rp ó n , fle c h a , red . E l h o m b re lo
h a p en sad o , lo h a m o d ific a d o , p a ra h a c e rlo m ás eficaz.
S u p o n g am o s a h o ra q u e n u e stro c h im p a n c é , sin ocuparse
m ás, e n a p a rie n c ia , de la b a n a n a , se v u e lv e h acia u n punto
del espacio, le v a n ta los b razo s e n signo de ad o ra ció n , cae

158
de rodillas, o m e jo r, se deja m o rir de h a m b re lu ego de
haberse in flig id o p ro fu n d a s heridas. v
¿Qué d iría n los psicólogos c o n su c ro n ó m e tro en la m a ­
no?
— C o m p o rta m ie n to a b e rra n te , in a d a p ta d o a la situ a c ió n :
animal no in te lig e n te c u y a su p erv iv e n c ia p a re ce p ro b le m á ­
tica.
¿Y si este c o m p o rta m ie n to se e x te n d ie ra a todos los c h im ­
pancés?
—Especie c o n d en a d a a desaparecer.
Como se p u e d e im a g in a r qu e el h o m b re , q u e h a c o n ta d o
escrupulosam ente sus fracasos y sus éxitos, h a in v e n ta d o
el arco, la tr a m p a y la ballesta, h a b ía p o d id o resistir si
hubiera c o n serv ad o ta n g ra n n ú m e ro de a c titu d e s in ú ­
tiles.
El esquim al q u e fr o ta sus dos p ied ras d u ra n te horas en
largos años de aislam ien to , sabe p e rfe c ta m e n te q u e su a d e ­
mán no p ro v o c a rá la a flu e n c ia de la c a z a ; y el que, en
ayuno, tir ita en u n a ch o za sabe p e rfe c ta m e n te q u e su p le ­
garia no lo a lim e n ta rá . U n o y o tro tie n e n h a m b re y sed
de Invisible; esp eran u n signo, te stim o n io de u n a am istad
inefable. E n el p la n o p rá c tic o , n o o b te n d rá n de ello o tra
cosa que u n in m en so d o lo r en sus huesos q u eb rad o s, u n a
infinita n o stalg ia en su alm a an o n ad a d a .
Pero a p a r tir de e n to n ce s, el h o m b re de lo Invisible y a
no está solo, y a u n c u a n d o la e n tid a d ev o cad a n o se le
muestre n u n c a m ás, se n tirá su p resen cia m ie n tra s viv a.
Los goldos y los y a k u ta s de Sib eria d e c ía n q u e su es­
p íritu -g u ía era p a ra ellos u n a esposa invisible. D e l m ism o
modo, e n tre los b a m b a ra de A fric a , " la m u je r del Som a
—adivino— vive e n tre los genio s” (G . D ie te rle n , op. c it.
página 2 2 1 ).
A llí hallam os el len g u aje d e sb o rd a n te de a m o r de to d o s
los m ístico s, c o n esa id ea de esposa celeste q u e aparece
bajo fo rm as d ife re n te s, en lo m e jo r del p e n sa m ie n to o c c i­
dental.

159
E l sh am á n , el h o m b re de lo Invisible, es u n vaso
elección, es d e c ir q u e h a sido elegido p a ra re c ib ir u n don ^
in fin ita m e n te precio so. E n A m é ric a del S ur, e n tre los bo-
ro ro , el h o m b re de lo In v isib le a n d a solo en la selva hasta
el d ía en q u e u n p a p a g a y o desciende sobre él en u n des.
lu m b ra m ie n to de p lu m a s co lo r de llam a: esos papagayos
rojo s son el signo q u e em p le an p a ra m a n ife starse las ah
m as de los m u e rto s. *
T o c a d o p o r ellos, el " s h a m á n ” b o ro ro c o m ien za a tem­
b la r; en su tra n c e despide u n o lo r de p o d re d u m b re , pues
ta m b ié n él, eslabón de la cad e n a in ic iá tic a , es H ijo de la
P u tre fa c c ió n .
Las alm as de los m u e rto s tie n e n a q u í al p a p ag a y o como
sím b o lo , m ie n tra s en la z o n a del M e d ite rrá n e o el símbolo
es la p alo m a. r
Los an cian o s d e c ía n q u e las palo m as g e m ía n com o las >
alm as de los m u e rto s ; co m o ellas, se p o sab an en las ra­
m as de los árboles verdes cerca de las tu m b a s. Son palomas
q u e h a b la b a n al o rá c u lo de D o d o n a en la G re cia antigua.
(P au san ias V II, 21, 2 ) .
La visió n de los e sp íritu s — u n o de los fines de la ascesis
del sh a m á n y de su in ic ia ció n — n o es u n a alu cin ació n de
la im a g in a c ió n e n fe rm a : tie n e sus especialistas, está prevista,
la c o n o ce n en sus m en o res detalles to d o s los iniciados. La ·
ig n o ra to d a v ía q u ie n , p o r p rim e ra v e z, la solicita p o r las
p ru e b a s pad ecid as y la sed de su alm a.
L a visió n tie n e sus c rite rio s, co m o el fu n c io n a m ie n to de
u n a tra m p a o el desarro llo de u n a p a rtid a de caza. Los es­
p ír itu s son con o cid o s: tie n e n sus a trib u to s , sus signos. El *
n e ó fito debe d e sc rib ir a los e sp íritu s q u e se le presentan,
n o p u e d e in v e n ta rlo s.
E n tr e los a n d a m a n o los d a y a k del lito ra l de Borneo,
u n m a e stro q u e p ro c e d e a la in ic ia ció n de u n n e ó fito le
h ace re c o g er h ierb as m ág icas en la selva. L uego prepara
u n a p a sta d estin ad a a a b rir los ojos del q u e debe ver lo
In visible.

160

I
1
Pasan tres días y a u n c u a tro . A l sép tim o , m a e stro y
alumno v u elv en a la selva: las visiones q u e u n o h a o b ten id o ^
controladas p o r el o tro , m a rc a n el c o m ie n zo de la in ic ia ció n
y el grado alcan zad o .
N o es v e rd a d q u e la m ism a d ro g a p u e d a d a r las m ism as
visiones a sujetos y en m o m e n to s d ife re n te s. Si las p la n ­
tas recogidas y la p o m a d a p a ra u n g irlo s u fre n cam bios,
es difícil e x p lic a r — p o r el m o m e n to — esta u n id a d y esta
constancia de las visiones o b ten id as. ¿ H a y q u e a d m itir q u e
se tra ta de u n e sp e c tá c u lo in v a ria b le co m o u n paisaje v isto
desde u n a v e n ta n a ú n ic a p o r ob serv ad o res d ife re n te s?
Me he asom ado p o r esa v e n ta n a ú n ic a a b ie rta sobre lo
Invisible. U n ta le b llegado del O este m e h a b la b a h ace tie m ­
po de las tres trib u s de genios, de sus p rín c ip e s, de su
organización. H a b la b a de ellos co m o u n g u ía d escribe c iu ­
dades fam iliares. F o rm u lé la p re g u n ta n o rm a l de to d o o c c i­
dental:
— ¿Q ué sabes t ú de eso?
Me m iró aso m b rad o , u n p o co co m o si alg u ien p re g u n ta ra
al guía de u n castillo h istó ric o si co n o ce los c o rre d o re s y
ias escaleras q u e re c o rre diez veces p o r d ía , si p u e d e a f ir ­
mar su realidad.
Pero. . . se d e tu v o , re fle x io n ó , llam ó a u n n iñ o al a z a r
que ju gaba c o n o tro s a perseg u irse e n el m e rc a d o ju n to a
la tu m b a del an tep asad o .
El n iñ o se a cercó c o n desgano, te n ía los p á rp a d o s h in ­
chados p o r las p ic a d u ra s de in sectos o p o r o fta lm ía . E l
taleb to m ó el p e q u e ñ o tin te ro q u e llevaba a ta d o a su c in ­
turón: u n tin te r o n o rm a l q u e c o n te n ía u n a b u e n a ti n t a
de escolar, u n a tin ta n e g ra fa b ric a d a en D ijo n . V o lcó u n
poco en la p a lm a te m b lo ro sa del n iñ o : e x tra ñ a gem a n e g ra
de brillo so m b río en la p e q u e ñ a c o p a sucia en q u e h a b ía
caido.
— ¡M ira!
El n iñ o se in c lin ó c o n c u rio sid ad sobre la m a n o .
— ¡U r-z rig h -a ra ! ¡N o veo n a d a!

161
— ¡T z ri! ¡M ira!
E l n iñ o se in c lin ó m ás, co m o u n p e sc a d o r de mariscos
sobre su caja de fo n d o v id riad o .
— H a y soldados q u e pasan.
— ¿C óm o son?
E l n iñ o describió las tre s trib u s de genios, co m o lo había
h ech o el ta le b alg u n o s m in u to s an tes: los negros, los rojos,
luego los blancos. D e re p e n te ex clam ó : " H a y h o m b res que
b a rre n la p la z a ” .
— A si es, dijo el taleb .
— A lg u ie n llega, ex clam ó el n iñ o e x c ita d o co m o si asis­
tiese a u n m a tc h de f ú tb o l p o r televisió n.
Y ese n iñ ito a n d rajo so , q u e n u n c a h a b ía salido de su
aldea y n o h a b ía id o to d a v ía a la escuela, d e sc rib ía una
lite ra real y el c o rte jo de u n p rín c ip e ro d ead o de todos los
fasto s del O rie n te .
N o te n g o d erech o a h a b la r de " tra n sm isió n de pensa­
m ie n to ” , c u a n d o la c ien cia o fic ia l en F ra n c ia se niega a des­
c rib ir ese fe n ó m e n o y se sirve de él, al m ism o tiempo,
co m o de u n a c o a rta d a p a ra d ism in u ir lo q u e se niega a
a d m itir.
E l m isticism o , es d e c ir la v ía de acceso a lo Invisible,
posee, pues, to d a u n a gam a de ex p erien cias registradas,
c rite rio s reco n o cid o s, e tap as re c o rrid a s p o r los iniciados que
se h a n h ech o p u ro s co m o niñ os. D esde su p rim e ra con­
v ersació n , el h o m b re de lo Invisible e n c u e n tra fu e rz as di­
versas: u n as lo a ta c a n , lo re c h a z a n , o tra s, al c o n tra rio se
le u n e n y lo a y u d a n .
E sta u n ió n q u e m u c h o s pu eb lo s y civ ilizacio n es h a n de­
fin id o en té rm in o s de m a trim o n io m ís tic o es q u iz á una
sim biosis indispensable p a ra el h o m b re y p a ra lo Invisible.
U n d ía , se la d e sc rib irá en té rm in o s ta n precisos com o la
sim biosis de u n alga y de u n h o n g o , c u y a u n ió n da una
p la n ta n u e v a : el liq u en . E l alga asim ila el c a rb o n o gracias
a su c lo ro fila y p o r ella b e n e fic ia el h o n g o : el h o n g o rodea

162
el alga co n sus fila m e n to s y la c o n serv a e n h u m e d a d s u ­
ficiente. v
¿No es el h o m b re u n liq u e n del cosm os, q u e viv e de lo
Invisible y lo h ace v iv ir?
N u estra cien cia n ecesita u n a b io lo g ía de lo in m a te ria l.
En esta u n ió n , el h o m b re n o t r a t a de d o m in a r: d a de
si mismo y espera en cam b io la p resen cia invisib le q u e le
es necesaria.
El h o m b re de lo In v isib le es u n in iciad o en el sen tid o
etimológico del té rm in o ; lo h a n p u e sto en u n c am in o p e ro
no lo e n c u e n tra p o r sí m ism o. Es u n elegido, sea desde su
nacim iento p o r u n a g ra c ia in e x p lic ab le , sea p o rq u e sus es­
fuerzos, sus m e d itacio n es y su ascesis h a n d oblegado a los
ángeles.
La in iciació n es p rim e ro u n a elección, u n a elección de
lo Invisible, an tes de ser u n a in s tru c c ió n . E x p e rim e n ta d a
esa elección y u n a vez q u e los viejos m aestro s h a n p ro b a d o
la sinceridad del n e ó fito , p u e d e c o m p a re c e r en p resen cia
de los sím bolo s sagrados qu e son o tra s ta n ta s p ied ras de
toque de su v o cació n .
La p re se n ta c ió n de u n sím b o lo en u n a in ic ia ció n n o es
un sacram en to q u e da poderes p a rtic u la re s. Los poderes d e ­
penden de lo Invisible, m ie n tra s q u e los sím bolos n o son
más que o bjetos p resen tad o s al c a n d id a to , a c titu d e s re a li­
zadas a n te él, p a lab ras oscuras p e ro g rá v id a s de sen tid o , p r o ­
nunciadas a su lado.
Si c o m p re n d e, p alab ras y a c titu d e s serán p a ra él líneas
de luz qu e ilu m in a rá n su ru ta . Si se aso m b ra en su c o ra ­
zón p o r esas c a ra n to ñ a s, eso sig n ific a q u e la r u t a no está
abierta p a ra él y q u e h a c o n fu n d id o u n a q u im e ra c o n u n
mensajero de lo In visible.
Así, las c o rrie n te s in ic iá tic as p u e d e n c o n tin u a r tra n s m i­
tiendo in ta c to el c o n ju n to de c o n o cim ien to s q u e a c a rre a n
a través de los siglos de ig n o ra n c ia , de in d ife re n c ia o de

163
r

h o stilid ad . U n a p a la b ra ú n ic a te rm in a siem pre p o r desen.


c a d e n a r la cad e n a de ideas p re v is ta en el e s p íritu del hoin.
b re elegido p o r lo In v isib le, q u e m a rc h a b a h a sta entonces
en la p e n u m b ra , g u ia d o so lam en te p o r u n a sed ardiente
de c e rtid u m b re s celestes.

f
>

I
164 l
C A P IT U LO V i l i
V
LA E S C A L A C E L E S T E

C n l a s i b e r i a de a n te s, el a p re n d iz de sh a m á n su b ía
T ' p o r u n a escala cuyos trav esañ o s sim b o liz ab a n los d ife ­
rentes cielos in te rm e d io s, los d ife re n te s p lan o s d el m u n d o
invisible. P re v ia m e n te , lo h a b ía p u rific a d o u n sacrificio ,
ablución sa n g rie n ta en su piel desn u d a.
E fec tiv a m e n te, la in ic ia ció n e n tre los b u ria ta s re c o rd a b a
los M isterios de M ith ra . E l c a n d id a to , c o n el to rso desn u d o ,
era p u rific a d o p o r la sangre de u n m a c h o c a b río in m o lad o
sobre su cabeza, sac rificio an álo g o al T a u ro b o lo en el M i-
thraeum . E l n e ó fito de M ith ra d e b ía ta m b ié n su b ir a u n a
escala cuyos siete escalones e ra n de u n m e ta l d ife re n te .
Así, dice u n P a d re de la Iglesia — O ríg e n e s c ita n d o a C e l­
so— ( C o n tr a C e ls u m V I, 2 2 ) : " E l in iciad o re c o rría los
siete cielos h a sta el E m p íre o ” .
Kai D o n n e r su b ra y ó el p a p el q u e h a b ría n p o d id o te n e r
los sogdianos, en el p rim e r m ilen io an tes de n u e stra era,
como in te rm e d ia rio s e n tre A sia del N o r te y A sia C e n tra l,
estableciendo la c o m u n ic a c ió n e n tre C h in a e I r á n y el C e r ­
cano O rie n te m e d ite rrá n e o (e n S tu d ia O r ie n ta lia , 1925,
vol. 1, págs. 1 a 8 ) . Es adm isible c o n sid e ra r u n pasaje de
la iniciació n b u ria ta al c u lto de M ith ra .
Los siete m etales q u e c o m p o n e n los trav esañ o s de la es­
cala in ic iá tic a en los M isterios de M ith ra sim b o lizan los
siete cielos de la a n tig u a co sm o g o n ía ira n ia ; se su p o n e que
cada u n o de ellos es de u n m e ta l d ife re n te , el ú ltim o e n ­
gastado en g ran ates.
P e r o la m i s m a tra d ic ió n se h alla en o tra s p a rte s con los
m is m o s s ím b o lo s . E l ritu a l de la ascensión escapa a toda
re p a rtic ió n g e o g rá fic a , pues se e n c u e n tra ligado a la inicia­
c ió n del h o m b re de lo In v isib le e n to d a s las civilizaciones,
en to d o s los pueblos.
Los shipib o de la A m a z o n ia d ic e n q u e h a y u n a escala co­
lo cad a e n tre el c e n tr o del cielo y el de la tie rra , que une
los dos p lan o s del cosm os. P o r allí sube el e s p ír itu del shamán i
c u a n d o tien e n ecesidad de c o n v e rsa r c o n D ios o con
el e s p ír itu de los m u e rto s ( c o n f r . R . G ira rd : op. cit.,
p á g in a 2 1 9 ) .
E n A m é ric a del N o r te , los m e d ic in e - m e n , d u ra n te su
in ic ia ció n y las sesiones sh am án icas, tre p a n a los árboles
p a ra sim b o liz ar la su b id a p o r la escala celeste que une
los dos m u n d o s, estab lecien d o u n signo de alian za entre el
h o m b re y los planos su p erio res: su m a n ife sta c ió n visible es i
el a rc o iris de siete colores.
"P u se m i a rc o e n la n u b e , dice el E te rn o , y servirá de
signo de alian za e n tre la tie rra y y o ” (G énesis IX , 1 3 ) . . .
" E l a rc o e sta rá e n la n u b e y lo m ira ré p a ra a co rd arm e de
la alia n za p e rp e tu a e n tre D ios y to d o s los seres vivos”
(Id ., 16) . . . " D io s d ijo a N o é : ta l es el signo de la alianza
q u e e stab lecí e n tre y o y to d a c a rn e q u e se halla sobre la
tie r r a ” (Id ., 1 7 ).
D e l m ism o m o d o , en el sueño de Ja c o b : " H e a q u í que
u n a escala está p la n ta d a e n la tie rra , su c im a alcan za el
cielo y ángeles de D ios su b en y b a ja n p o r ella” . (Génesis
X X V III, 1 2 ) .
Las m ism as c o n ce p c io n es se v u e lv e n a e n c o n tr a r entre
los pigm eos de A f r ic a c e n tr a l y e n A u stra lia , donde la
d a n z a del n e ó fito y de su in ic ia d o r sim b o liza su lento
a v an ce, a h o rc a jad a s sobre la e n o rm e se rp ien te m ulticolo r
q u e u n e el cielo y la tie rra , el A rc o de A lia n za .
E n A sia, el sa c rific a d o r v é d ic o de la In d ia sube a un
p o ste r itu a l p a ra a lc a n z a r el cielo in m u ta b le de la divini-

166
dad, p o r el arco iris de siete colores: este sím b o lo se v u elv e
a e n co n trar ig u a lm e n te en el Ja p ó n . v
La escala celeste se asocia c o n fre c u e n c ia c o n los rito s
funerarios, a la " su b id a ” del alm a.
"C iertas trib u s m alay as p la n ta n en las tu m b a s palos lla ­
mados 'escaleras de las alm as5 55 (S k e a t y B lag d en : 'Pagan
races o f th e M a la y P e n ín su la , vol. I I págs. 1 0 8 -1 1 4 ).
Los h o m b res de u n a tr i b u de N e p a l, los m a n g a r, co lo ­
can en la tu m b a u n p alo c o n n u e v e m uescas, q u e ig u a l­
mente se considera u n a escalera sim bólica q u e sirve al alm a
del m u e rto p a ra su b ir al cielo (c o n fr. H . H . R isley : T h e
tribes an d casts o f B e n g a l , vol. II, p á g . 7 5 ) .
En o tro tie m p o , los rusos de la re g ió n de V o ro n e tz h a c ía n
pasteles en fo rm a de escalera en h o n o r de los m u e rto s.
Los egipcios c o n se rv a ro n e n sus te x to s fu n e ra rio s e x p re ­
siones alusivas a u n a escala q u e el dios R a puso a su d isp o ­
sición p a ra su b ir al cielo (c o n f. W allis B u d g e: F r o m f e -
tísb to G o d in A n c i e n t E g y p t , p. 3 4 6 ).
A todos estos ejem plo s que c ita M irc ea E liade (L e C h a -
m anisme p á g . 4 2 3 ) p u e d e n añ ad irse las estelas fu n e ra ria s de
madera de olivo, q u e re p re se n ta n de m a n e ra esq u e m á tic a
los siete cielos de la escala celeste y q u e los cam pesin os del
Zakkar y del valle del C h e lif, en A rg e lia , p la n ta n to d a ­
vía en las tu m b a s.
El tra n c e del sh am á n , su c o m u n ic a c ió n c o n lo Invisible,
son con fre c u e n c ia a co m p añ ad o s o p ro v o c a d o s p o r el ritm o
de in stru m e n to s m usicales ap ro p iad o s.
Q uizá, u n d ía , los fisiólogos p o d rá n e stu d ia r c ie n tíf ic a ­
mente la in flu e n c ia de la m ú sica sobre el c o m p o rta m ie n to
hum ano y el p a p el preciso de c ierto s in s tru m e n to s cuyos
sonidos p a re c e n fa c ilita r el paso del h o m b re a o tro p lan o .
Los griegos h a b ía n m e d ita d o sobre este p ro b le m a : q u iz á
hayan tra n s m itid o tra d ic io n e s m ás a n tig u a s. " L a a rm o n ía
consiste en m o v im ie n to s de la m ism a n a tu ra le z a q u e los
m ovim ientos de n u e stra a lm a 55 (P la tó n : T ím e o s 47 d . ) 55. ...

167
1
“ L a m ú sica posee en g ra d o elevado el c a r á c te r d iv in o . . . i
Las in telig en cias h u m a n a s, ta m b ié n ellas divin as, reconocen ·
su n a tu ra le z a p o r los c a n to s” (C e n so rin u s: D u J o u r N atal
X I I I ) . “ E l lazo e n tre las M usas y la M ú sica es evidente;
la M usa es in ic ia d o ra , p u es la en se ñ a n za p o r las M usas no
d ifie re en n a d a de los M isterios” (P h o tiu s: B ib i. 279-531).
P e ro desde los g nósticos, los estudios c o m p le m en ta rio s no
se h a n realizad o y n o p odem os — ta n to e n este d o m in io como ^
e n m u c h o s o tro s— h a c e r o tra cosa q u e a ñ a d ir tradiciones
to m a d a s a civ ilizacio n es d ife re n te s. A u n allí, la u n id a d del
p e n sa m ie n to h u m a n o se nos ap arece, fu n d a d a q u iz á en las
m ism as c o m p ro b a cio n e s com o las m ism as experiencias y
acaso co m o u n a m ism a en señ an za.
E n las a n tig u a s p o b lacio n es siberianas tales co m o fueron
estu d iad as a co m ien zo s del siglo p asado, el ta m b o r del sha- ‘
m á n te n ía u n p a p e l p a rtic u la rm e n te im p o r ta n te : com o ve- )
h íc u lo , re m o n ta b a al sh a m á n a los aires; com o c írc u lo má- !
gico sonoro, a p risio n ab a a los e sp íritu s y los tr a ía al mundo
te rre s tre .
E n tr e los a n tig u o s sam oyedos, el ta m b o r llevaba el nom­
b re de a rc o : arc o m u sic al, arc o de a rm o n ía sím b o lo de la
a lian za e n tre am bos m u n d o s, p e ro ta m b ié n a rc o de caza
q u e el sh a m á n la n z a co m o u n a fle c h a h acia el cielo.
E l la z o n a del M e d ite rrá n e o , el ta m b o ril q u e utilizan ·
los k h o u a n — los h e rm a n o s— de c iertas c o fra d ía s religiosas ;
m u su lm a n a s, tie n e dos cu erd as de v ib ra c ió n que son su alma. 5
T o d o o c u rre , seg ú n las tra d ic io n e s, c o m o si el ta m b o ril de- i
riv a ra del a rc o m u sic al p o r sim ple a ñ ad id o de u n resonador
h e ch o c o n u n a p iel tensa.
E l d is tra íd o v isita n te de los m useos de e tn o g ra fía rara­
m e n te p re sta a te n c ió n a esos toscos ta m b o re s, c u y a piel
lleva d ib u jo s y a pálidos q u e p a re c e n tra z a d o s al azar. Sin
e m b a rg o , se t r a ta de u n m a p a to p o g rá fic o de lo Invisible,
el ta m b o r es el v e h íc u lo del in iciad o . P a ra el sh am án si­
b e ria n o de an tes, b a tir el ta m b o r e ra h a c e r v ib ra r el eje
del m u n d o p o r in te rm e d io del á rb o l e n el c u a l h a b ía sido

168
r
tallado. Los neg ro s, e n A fric a del N o r te , d ic en q u e el t a m ­
bor es u n a b a rc a p a ra a tra v e sa r el G ra n R ío , esa co rrien te-
m encionada p o r to d as las tra d ic io n e s, q u e separa el m u n d o
visible y el m u n d o invisible.
Esta b a rc a es la tie rra , la m a te ria tra sc e n d id a p o r la
vibración: en la A n tig ü e d a d , el ta m b o r estab a co n sag rad o ,
por esta ra z ó n , a C ibeles, la G ra n M ad re, co m o lo a testig u a
* San A g u stín . M a tr e m m a g n a m q u o d t y m p a n u m h a b e a t
sig n ifican esse o r b e m te rra e ” ( C iv ita s D e i, L ib. V II, cap .
X X IV ).
D el m ism o m o d o , los pesados c ím b a lo s de b ro n c e o de
cobre re p re se n ta b a n las dos m ita d e s del cielo qu e e n v u elv e n
la tierra (C o n fr . Servius: C o m m e n ta ir e s su r les G é o rg iq u e s
de V irg ile , IV . 6 4 ) .
El arco m u sical re p re se n ta el arco iris, v ib ra n d o da las
i siete notas de la gam a. Los siete cielos, c u a lq u ie ra sea su
representación sim bólica, son considerados p o r to d as las t r a ­
diciones que los m e n c io n a n co m o siete estados v ib ra to rio s
de una m ism a m a n e ra , d iría m o s siete frec u en c ia s. L a in i­
ciación del sh a m á n es q u iz á el paso del e s p ír itu a tra v é s de
siete cam pos v ib ra to rio s.
Para c a rd a r el a lg o d ó n , los h in d ú e s e m p le an u n a c u e rd a
vibrante: u n h u m ild e o b je to q u e p u e d e e x p lic arn o s el lazo
existente e n tre la lira y el alm a q u e desciende e n la tie rra
a través de los siete cam p o s p la n e ta rio s de P lo tin o y de
j Agripa.
El c a rd a d o r p o n e en v ib ra c ió n su c u e rd a y , según la
am plitud q u e se le a trib u y e , a tra e h a cia ella copos de al­
godón m ás o m enos densos.
Para los filósofos gnósticos, el alm a q u e desciende los siete
grados de las esferas p la n e ta ria s estab a so m etid a a v ib ra c io ­
nes d ife re n te s y , así, se re v e stía de e n v o ltu ra s c ad a vez m ás
pesadas.
La subida del sh am á n n o es m ás q u e el rito in verso, que
permite al h o m b re h a lla r, c o n su estado p rim e ro , la co-
‘ m unicación c o n lo In visible.
i 169

í
i
E l h o m b re de lo In visible, c u a lq u ie ra sea su nombre, |
a lca n z a el cielo p o r u n a c u e rd a v ib ra n te . Posee el secreto i
de la v ib ra c ió n c re a d o ra y sabe, en las bancas de hielo del
A rtic o o en las sabanas de A u stra lia , q u e el m u n d o es l
v ib ra c ió n .
E l ta m b o r es, co m o el arco iris, u n p u e n te te n d id o entre
lo In v isib le y los h o m b res. Su n o m b re m ís tic o es " a rc o ” o i
" a rc o c a n ta n te ” ; c o n fre c u e n c ia a lte rn a en las tradiciones *
co n el a rc o m u sical, el in s tru m e n to de c u e rd a que, tam­
b ién él, tie n e u n sim bolism o cósm ico y u n o rig en divino.
L a lira se h a a trib u id o a H e rm e s, p r o te c to r de los límites. ,
(P ausanias: D e s c r . G r a e c . , V , 14, 8 ) . Su caja sonora se I
fa b ric ó c o n u n c a p a ra z ó n de to r tu g a (id ., II, 19, 7 y VIH,
17, 5 ) . ' I
L a to rtu g a , e n c e rra d a e n las dos tab las de su caparazón, f
re p re se n ta el p la n o in te rm e d io , la v id a e n tre el cielo y la 1
tie rra . Pausanias d ice q u e los m o n tañ eses de su tiem p o te­
n ía n m iedo de a tra p a rla s y p ro h ib ía n to c arlas a los extran­
jeros, pues e sta b a n co n sag rad as a P a n , señor del universo; ¡
ellas son el sím b o lo del cosm os, ú n ic o e n sus tre s planos, j
E n la G re cia a c tu a l h a y fieles q u e c u e lg a n en c iertas i glesias
vasos e x -v o to en fo rm a de to rtu g a .
Sobre el c a p a ra z ó n de la to rtu g a , H e rm e s te n d ió la piel |
de u n o de los bueyes q u e h a b ía ro b a d o a A p o lo y fijó allí ¡
dos cu ern o s de d o n d e p a r tía n las c u erd as de trip a . E n las !
civilizaciones m e d ite rrá n e a s, el b u e y re p re se n ta b a al Toro i
C eleste: la lira era, pues, u n a lta r sim bólico q u e u n ía el j
cielo a la tie rra . H a c e r v ib ra r la lira, era h a c e r vibrar j
el m u n d o . Las bodas cósm icas se c u m p le n , el cielo fecunda i
a la tie rra ; llu eve en los cam p o s y el seno de las hembras |
se to rn a g rá v id o . ¡
L a lira, en el o tro e x tre m o del M e d ite rrá n e o , se convirtió í
en el v io lín de dos cu erd as, c u y o c a n to h ace p oco atraía
a los genios en los p a tio s de los n eg ro s, en la K asbah de
A rg e l: el m ism o c a p a ra z ó n de to r tu g a re p re se n ta b a la tierra
y la p iel te n d id a q u e lo re c u b ría , re p re se n ta b a el cielo,

170
al cual lleg ab an las dos c u erd as v ib ra n te s de la escala e x tá ­
tica. V

Todos los in s tru m e n to s de m ú sica p a re c e n h a b e r sido


otros ta n to s m edios de te n e r acceso a la a rm o n ía secreta
del m u n d o . C o n fre c u e n c ia lle v a n la m a rc a del p la n o i n ­
termedio, del m u n d o de tra n sic ió n , y e stá n consagrados a
los m uerto s.
El p rim e ro q u e em pleó el la ú d , d ic en las tra d ic io n e s árabes,
es Lam ech h ijo de M a tu sh a la k h (M a tu sa lé n ) te n ía u n h ijo
que am aba desde lo m ás p ro f u n d o de su c o ra z ó n , la m u e rte
se lo a rre b a tó . E n to n c e s L a m e c h colg ó el c u e rp o de su
hijo de u n á rb o l p a ra p ro te g e rlo de las bestias salvajes.
Cuando v o lvió m ás ta rd e , el c u e rp o h a b ía v u e lto al p o lv o ,
sólo p e n d ía n del á rb o l el pie lig ado al to b illo , las p iern as
y el m uslo. P a ra lla m a r al alm a de su hijo , L a m e c h te n d ió
l cinco c u erd as desde los dedos del pie h a sta la cab eza del
fémur y o tra s dos q u e p a r tía n de los huesos de la p ie rn a .
O btuvo sonidos y c a n tó u n la m e n to fú n e b re . A sí n ació el
laúd. E l H a m d u n i dice de él: " C a n ta p e ro es u n a vo z sin
alma, se asem eja a u n a p ie rn a sostenid a a ú n p o r el pie.
Expresa en su c a n to los p e n sam ien to s de o tro , así com o la
caña p a ra e sc rib ir — el q a lam — ex p resa u n len g u aje q u e
no es el su y o ” .
El a u to r árab e n o nos dice c u á l es ese le n g u aje qu e se
expresa m e d ia n te el la ú d y qu e le es e x tra ñ o , el del m ú sico
o el de lo In v isib le q u e lo in sp ira.
E n tre los d o g o n , el a rp a es la im a g e n del m o n ito r de los
hombres, el N o m m o , c u y o sacrificio salvó a la h u m a n i­
dad. E l c o n ju n to del in s tru m e n to re p re se n ta el c u e rp o a n d ró ­
gino del genio, la caja de reso n an cia es su c rá n e o , las dos
aberturas laterales sus ojos, el m a n g o , su c o lu m n a v e rte b ra l.
El caballete es a la v ez la b oca y el v ie n tre del m o n ito r,
su verbo. Las c u erd as u n e n la bo ca del an tep a sad o al sexo,
simbolizando la v ib ra c ió n cre ad o ra . Las dos cu erd as de la
parte su p e rio r son m ascu lin as, d a n la v o z de los ancianos
y de los an tep asad o s; las dos c u erd as de la p a rte in fe rio r

171
son fe m e n in as e in fa n tile s. E l p o r ta sonaja y la extremidad
del m a n g o re p re se n ta n el sexo doble del genio.
C u a n d o u n a rp a está en v ías de fa b ric a c ió n , se entierra
la caja de reso n an cia y lu ego se e x h u m a p a ra re c o rd a r la
m u e rte y la re su rre c c ió n del L ebé, el a n tep asad o que se
h a sac rific a d o p o r los h o m b re s y h a re su c ita d o (c o n fr. M.
G ria u le y G . D ie te rle n : L a h a r p e - lu th des D o g o n , en
J.S .A ., t. X X , 1 9 JO, p á g . 2 1 2 ).
" E l a rp a a fric a n a se u tiliz a p a ra a c o m p a ñ a r todas las sesio­
nes de a d iv in a c ió n q u e te n g a n p o r fin e n c o n tr a r la causa
de u n a p e rtu rb a c ió n en la a rm o n ía del m u n d o : esterilidad
o sequedad. Las cu erd as son las p a lab ras salidas de la boca
de los an tepasados p a ra a lc a n z a r el cielo d iv in o . L a música
del la ú d , d ic e n los d o g o n , restab lece el o rd e n en la persona”
(id ., o p. c it., p á g . 2 0 9 -2 2 7 ) .
E n esto, hallam os las tra d ic io n e s de los M isterios de Eleu­
sis, q u e c o m p re n d ía n u n a p u rific a c ió n del alm a p o r la m ú­
sica, es d e c ir u n re sta b le c im ie n to del o rd e n en la persona
(c o n fr. V . M ag n ie n : L e s M y s tè r e s d ’E leu sis, p ág . 1 2 7 ).
E n el o tro e x tre m o del m u n d o , en A m é ric a del Sur, las
fla u ta s q u ic h u as tie n e n u n m ism o sim bolism o fu n e ra rio y,
acaso, u n m ism o p a p e l ritu a l. E s tá n tallad as en u n a tibia
h u m a n a , p e ro " tib ia ” q u ie re d e c ir f la u ta e n la tín .
L a d a n z a del h o m b re de lo In v isib le es el co m p o rtam ien to
" h ie ra tiz a d o ” del dios llegado a la tie rra . Los a n tig u o s rishis
de la In d ia — re d a c to re s de los te x to s sagrados— conside­
ra b a n que la d a n z a es el a c to h u m a n o p o r excelencia, por­
q u e im ita el ritm o de D ios al c re a r el m u n d o .
" E n la n o c h e de B ra h am a , c u a n d o el u n iv erso a ú n no
estab a cre ad o , la M a te ria era in m ó v il. B ra h m a la despertó
de su sopor y c o m e n z ó a p a lp ita r. E n to n c e s B ra h m a entró
e n la M a te ria p a ra d arle el M o v im ie n to y el R itm o . El
T ie m p o , el E spacio y la C ausa e x istie ro n ” (L . F rédéric:
L a danse sacrée de l’I n d e , p á g . 1 9 ) .
D e l m ism o m o d o , e n el m ito d o g o n , el genio señor del
V e rb o d a n z ó la p rim e ra d a n z a al ritm o de la m a z a del

172
r
! herrero al fo r ja r la p rim e ra azad a (M . G ria u le : D e s c e n te
r du T ro is iè m e V e r b e c h e z les D o g o n d u S o u d a n : P sy c h é ,v
■ 13 y 14 n o v . die. de 1 9 4 7 ).
En n in g u n a civ iliz ac ió n e n c o n tra m o s, en el o rig e n de la
danza, el c o n to n e o del c a z a d o r v icto rio so satisfech o y , q u e
mima su c o m b ate.
El h o m b re h a d a n z a d o p a ra re n o v a r el e stre m e c im ie n to
de Dios al a n im a r la m a te ria , al c re a r el m u n d o ; su ta ló n
ritmó el tie m p o y describ ió el espacio en las huellas de los
dioses.
"M irar d a n z a r es ya d a n z a r, si n o , p ro p ia m e n te h a b la n ­
do, ya n o h a y d a n z a sino sólo d e sp la z am ien to s d esp ro v isto s
de toda sig n ific a c ió n ” (G a sto n B erg er: R e c h erc h es su r les
conditions d e la co n n a issa n ce, p á g . 1 3 1 ).
El b a ila rín accede al p la n o in te rm e d io de d o n d e d o m in a
\ el m u n d o de los efecto s, p a rtic ip a n d o de las causas,
i Pero n o baila solo, sus pasos a rra s tra n a los esp ectad o res,
al m enos en e s p íritu , h acién d o lo s p a rtic ip a r del ritm o del
mundo.
El h o m b re de lo In v isib le, c u a lq u ie ra sea el n o m b re q u e
le den las d ife re n te s civilizaciones, de u n e x tre m o al o tro
del m u n d o , tie n e fu n c io n e s q u e v a r ía n p o co a lre d ed o r de
una m ism a idea c e n tra l. Es el h o m b re de la c u e rd a v ib ra n te
y del lazo cósm ico: es el q u e liga el m u n d o . Su m isión
esencial es lig a r lo q u e está separado, lo q u e c o rre el riesgo
^ de deshacerse.
f El c u e rp o h u m a n o está c o n ceb id o , en las civ ilizaciones
tradicionales, co m o u n h a z de p rin c ip io s: la p e rtu rb a c ió n
de u n o e n tra ñ a el deseq u ilib rio del o tro . L a e n fe rm e d a d es
una p e rtu rb a c ió n del c u e rp o ligado al m a l del alm a. Es
un p rin c ip io q u e hem os ta rd a d o b a sta n te e n a d m itir, c u ­
briéndolo co n el n o m b re , có m o d o p a ra n u e stra ra z ó n , de
m edicina p sico so m ática.
Sólo O c c id e n te piensa q u e el c u e rp o tie n e u n a v id a p r o ­
pia y su fre de en fe rm e d ad e s p ecu liares q u e n o a lte ra n los
principios n o m ateriales de la p erso n a h u m a n a . E n las

173
dem ás civilizaciones q u e nos ro d e a n , el h o m b re h a pensado,
al c o n tra rio , q u e to d a e n fe rm e d a d del c u e rp o proviene de
u n a p e rtu rb a c ió n del alm a, esta es la q u e n ecesita cura
an tes que el c u e rp o .
E l alm a ro b a d a , a rre b a ta d a , e n fe rm a el c u e rp o y lo
deja a la d e riv a , co m o u n n a v io q u e h a p e rd id o su piloto.
P o r lo ta n to , h a y q u e tr a e r el alm a y p a ra esto perseguirla
•J
a tra v é s de las som bras de la m u e rte en el m u n d o invisible.
D os m é to d o s c u ra tiv o s p rin c ip a le s se e m p lean en las di­
versas civ ilizacio n es: u n o n o a fe c ta en n a d a al e n fe rm o y no
n ecesita su p a rtic ip a c ió n d ire c ta ; e n el o tro , al contrario,
el e n fe rm o debe e n tr a r en tra n c e .
E n tre los Japones, p o r ejem plo, el sh am á n to c a el tambor
y lu ego la g u ita rra h a sta cae r en éxtasis. Su c u e rp o yace ^
in a n im a d o , m ie n tra s se su pone q u e su alm a desciende el ¡
m u n d o s u b te rrá n e o , en b usca del alm a del e n fe rm o . j|
E n los gem id os y los g ru ñ id o s em itid o s p o r el cuerpo
del sh am á n , los asistentes y el e n fe rm o re c o n o ce n las etapas
tra d ic io n a les y c o d ificad as de esta b ú sq u ed a. P rim e ro el sa­
lu d o a los g u a rd ia n e s del u m b ra l y a las p o te n cias invisibles,
el re c o n o c im ie n to de las alm as de los m u e rto s y los largos
tra to s que c o n c lu y e n p o r fin : el alm a e x tra v ia d a , prisionera
e n tre los m u e rto s, será d e v u e lta a la lib e rta d a cam bio de \
u n tra je q u e sim b o liza a q u í el c u e rp o y el m u n d o de las
ap arien cias sensibles. j
E l sh a m á n se d e sp ie rta al fin c o n el alm a del e n fe rm o en :
su p u ñ o c erra d o . U n a n u e v a a c titu d : el alm a v u elv e al cuer- i
p o del c u a l se h a b ía alejado d u r a n te su e n fe rm e d a d , entra !
e n ella p o r la o reja d erech a.
Es curioso a d v e rtir, de paso, qu e las recien tes experiencias
del D r . A lfr e d T o m a tis h a n p u e sto en ev id en cia el papel
im p o r ta n te de la o reja d erech a en la ex p resió n ju sta del
v e rb o y del ritm o ( c o n f r . A . T o m a tis: L 'o re ille e t le lart-
gag e, págs. 1 3 1 -1 3 3 ), es d e cir, en la to m a de co n cien cia por
el in d iv id u o de la in te g rid a d de su perso n a.

174
r '
Asistí en A fric a del N o r te a sesiones de c u ra c ió n en las j
que se em plea lo Invisible. E l in iciad o , h o m b re o m u je r,v !
habitado p o r u n genio, d a n z a y salta h a sta c o m u n ic arse j
en el éxtasis c o n el O tr o M u n d o . E n seg u id a, c o n u n a e x tra ñ a
voz de cabeza, en frases sin copadas, in d ic a los sacrificio s
de rep aració n p a ra o fre c e r a los genios ofen d id o s. Si h a y
enferm edad m e n ta l la m ú sic a y las fu m ig ac io n e s p o n e n en
^ trance al e n fe rm o . N u e stro s m ejo res p s iq u ía tra s h a n re c o - '■
nocido el v a lo r de esta te ra p ia qu e h a n e q u ip a ra d o a u n ,
shock bien d o sificad o y m u y suave. P ero n o h a y sólo
participación p síq u ic a o real del e n fe rm o e n la d a n z a del
hombre de lo In v isib le: h a y ten sió n de to d a u n a c o m u n id a d j
reunida y , q u iz á , c re ac ió n de u n " c lim a ” p a rtic u la r.
Como los m ism os p ro c e d im ie n to s de c u ra c ió n , so m ático s
• y psíquicos se h a lla n en el m u n d o a tra v é s de las d ife re n te s
j civilizaciones, p o d ría co n clu irse q u e h u b o p re p a ra c io n e s (
locales c o n v erg e n te s de té c n ic a s q u e h a n d ad o g e n e ra lm e n te y
resultados satisfa c to rio s y beneficiosos p a ra la u n iv e rsalid ad .
Sin e m b arg o , este asp ecto c u ra tiv o del sh am á n , si social- h
mente es el m ás im p o r ta n te , n o es el m ás c a ra c te rís tic o de (
su personalidad n i de su v id a m ístic a .
En to das las civilizaciones, el h o m b re del lazo e n tre lo
visible y lo invisib le d ep en d e p rim e ro de c ie rta c o n c e p c ió n ^
del m u n d o y del lu g a r del h o m b re en el m u n d o . P u ed e
subir al cielo co m o d escen d er al m u n d o su b te rrá n e o , es d e c ir
t franquear las d ife re n te s etap as q u e v a n de la u ltr a m a te ria
£ a la in fra m a te ria .
Las d escripciones de estos viajeros de lo In v isib le re ite ra n
itinerarios análo gos a tra v é s de u n m u n d o cuyos paisajes,
vistos p o r h o m b re s de d ife re n te s civilizaciones, ap arec en
sin em b arg o e x tra ñ a m e n te sem ejantes. t
El m u n d o invisib le q u e h a n d e sc rito los a n g a k o k e sq u i­
males, los h echiceros am erin d io s y au stralian o s o los e x tá t i­
cos de A fric a del N o r te o de Ir á n , se nos ap arece ta n real
por ejem plo , com o S uiza vista p o r u n n o rte a m e ric a n o , u n
inglés, u n español y u n ru so : ojos d ife re n te s, psicologías p o c o 1

175
s e m e ja n te s a t r a v é s de las cuales, sin e m b arg o , se adivina j
u n m ism o paisaje. ¡
Es p rim e ro el paso del U m b ra l, esa c o rrie n te a menudo
c o m p a ra d a co n u n río o el m a r, a c a rre a n d o restos espiritua­
les, cascarones, e n v o ltu ra s a b an d o n ad as p o r las alm as durante
la seg u n d a m u e rte . L uego la v isita a los e sp íritu s inferiores,
ta n p ró x im o s a los h o m b re s y ta n envidiosos de las posibi­
lidades h u m a n a s de v id a e sp iritu a l. P o r u n lado, el mundo ?
in fe rio r d o n d e re in a el in fin ito deseo de las cosas de este
m u n d o q u e n a d a p o d rá jam ás c a lm a r, salvo el descenso en
la m a te ria , a c u a lq u ie r p recio . D e l o tro , está el mundo
su p erio r d o n d e re in a el D io s su p re m o , re sp lan d e c ien te como
el sol, q u e n ad ie p u e d e m ir a r de fr e n te : es decir, que
n in g ú n e s p ír itu p u e d e c o n c e b ir e n la p le n itu d de su in­
fin ito . v
R a d lo w , u n a u to r del siglo X IX , describ ió el sacrificio i
del cab allo y la la rg a c erem o n ia d u r a n te la c u a l el shamán f
del A lta i a c o m p a ñ a b a al alm a del cab allo sacrificad o . (Con­
fró n te se M ircea E liad e: L e C h a m c m ism e , p á g . 17 5 ) .
Es u n a la rg a d a n z a , m im a d a , re p re se n ta d a , c a n ta d a , por
el sh am á n a h o rc a jad a s sobre u n m a n iq u í en fo rm a de oca.
A l lleg ar al seg u n d o cielo, el sh a m á n im ita el ru id o del ¡
ray o . E n el te rc e ro , el alm a de cab allo se siente fatigada; ;
sólo la oca p u e d e c o n d u c irla . Se d e tie n e allí y d a previsiones
sobre el f u tu r o . T re p a h a sta el c u a r to cielo, a lo largo
del tro n c o c o n m uescas de u n ab ed u l. A llí o fre c e tabaco a i,
K a ra k u sh , el p á ja ro n eg ro . t
E n el q u in to cielo, Y a y u tc h li, el d e m iu rg o , le comunica
secretos. E n el sexto cielo, el sh a m á n c az a u n a liebre y se
in c lin a a n te la lu n a . E n el sép tim o saluda al sol y llega asi i
e n éxtasis h a sta el n o v e n o cielo. C ie rto s sham anes podían
in clu so ir h a sta el d u o d é c im o cielo, es d e c ir, c in c o escalones !
p o r e n c im a del E m p íre o .
L legado a la c im a q u e p o d ía a lc a n z a r g racias a su pie- ;
d ad , su ascesis y sus a y u n o s, el sh a m á n salu d ab a c o n hu- ‘
m ild a d a B ai U lg á n y e n to n a b a u n a especie de Sal-

176
mo de la P e n ite n c ia p id ie n d o la rem isió n de sus pecados
así com o el p e rd ó n p a ra la c o m u n id a d a su carg o . R e c ib ía v
entonces p red ic cio n e s sobre el tie m p o f u t u r o y la n u e v a
cosecha y d e c ía si el sac rificio o fre c id o h a b ía sido a c e p ta d o ;
luego se d esp lo m ab a e x te n u a d o . Su a y u d a n te to m a b a el
tambor y lo to c a b a su av e m e n te p a ra q u e su señor saliera
del. éxtasis. E l sh am á n se d e sp e rta b a y salu d ab a a los asis­
tentes presentes co m o si hubiese regresado, después de u n a
larga ausencia. L a fie sta c o n c lu ía c o n u n a lib a c ió n p o r los
Invisibles y u n b a n q u e te .
Este viaje m ís tic o es u n a in ic ia ció n , p u es p re p a ra a los
asistentes p a ra el c am in o a seg u ir después de la m u e rte . E l
shamán describ e sus etap as así co m o los peligros q u e h a y
que e v ita r y los socorro s q u e se p u ed e p e d ir y o b te n e r.
N ada a p a re n te m e n te m ás e x tra ñ o e n n u e s tra c iv iliz ac ió n
; occidental q u e este sh a m á n del A lta i de h ace u n siglo,
trepando a u n ab ed u l, im ita n d o el tru e n o , b a tie n d o los
brazos p a ra m im a r el v u elo de la oca q u e lo lleva m ás
alto y c a m b ia n d o las in flex io n es de su v o z p a ra m e jo ra r
su diálogo c o n B ai U lg a n , el dios celeste.
M uchos de esos elem en to s, sin e m b a rg o , nos son fa m iliares.
El vuelo de la oca q u e se eleva en esp iral c o n su cab allero
a través de los peligros de lo In v isib le dio n a c im ie n to al
juego de la oca de n u e s tra in fa n c ia . C a d a n u e v e casas — el
número de los cielos accesibles al h o m b re — la oca da al
, jugador el re fu e rz o de su a y u d a.
E n el E g ip to a n tig u o , el m u e rto d e b ía ser p u rific a d o e n el
lago de la O c a an tes de su b ir los n u e v e escalones de la
escalera de la A scensión, h acia el tro n o de O siris. A llí c o n ­
fesaba sus fa lta s, a firm a b a su a rre p e n tim ie n to an tes de
que lo a d m itie ra n a n te la p u e r ta de R o S etau , el u m b ra l
de la lib e ra ció n .
La ascensión celeste tie n e su c o n tra p a r tid a , el descenso
a los in fiern o s. E sta espeleología de lo In v isib le te n ía sus
especialistas, los sham anes negros. E l descenso se realizab a
por siete escalones. A l seg u n d o se o ía n sonidos m e tá lico s

177

i
com o u n ru id o de arm as. A l q u in to , se o ía el ru id o de ]as t
olas y el silbido del v ien to . E l sép tim o estaba en la deserta j
T
b o c a d u ra c o m ú n de los n u e v e río s su b terrá n eo s. D e allí,
el sh a m á n div isaba el p alacio de E r lik K a h n de basalto con
a rc illa n e g ra e n las ju n tu ra s .
E rlik K a h n lo in te rro g a : "L o s q u e tie n e n plum as no
p u e d e n v o la r h a sta a q u í, los q u e tie n e n g arras n o pueden
tr e p a r h a sta a q u í. T ú , n e g ro y desagradable escarabajo ¿de >
d ó n d e has v e n id o ? ”
E l sh a m á n d ice su n o m b re y el n o m b re de sus antepa­
sados, o fre c e de b e b e r a E rlik y re m e d a el gesto vertiendo
a g u a rd ie n te en su ta m b o r. E n to n c e s el dios embriagado,
b enévolo, b en d ice al sh am á n y p ro m e te la m u ltip lica c ió n de
los re baños.
A le g re , el sh a m á n regresa a la tie rra m o n ta d o en su oca. >
C ae e x te n u a d o ; luego, ya en sí, saluda a los asistentes: su ^
larg o viaje h a te rm in a d o .
C o n o cem o s m a l la tra y e c to ria de los M isterios: muchas
im ágenes de la lite r a tu r a clásica q u e nos p a re c e n fortuitas
son en re a lid ad sím bolos. A ristó fa n e s, el p o e ta cóm ico grie­
go, eligió el escarab ajo p a ra serv ir de m o n tu r a a T rigeo, ese
cam p esin o q u e q u e ría ir al sitio en q u e e stá n los dioses
p a ra b u sc a r la P a z y tra e rla a la tie rra . ¿Aristófanes
to m ó ad red e este sím b o lo c tó n ic o em p lead o p o r los pueblos
del G ra n N o r te asiático?
" C o m í en el tím p a n o y b e b í en el c ím b a lo ” , d e c ía el que i,
q u e ría ser in iciad o en los G ra n d es M isterios de Eleusis, afir- (
m a n d o c o n ello q u e estab a h a b itu a d o a las té cn icas del
éxtasis. L a a c titu d del sh am á n q u e tie n d e su ta m b o r lleno ,
de a g u a rd ie n te p a ra a p a c ig u a r a u n dios, n o d eja de presen­
ta r an alo g ías c o n la frase eleusin a q u e, p o r su p a rte , nos
p e rm ite c o m p re n d e r m e jo r la v e rd a d e ra n a tu ra le z a del vino
o fre c id o a u n dios.
E n su la rg o descenso, el sh a m á n h a b la de los m uertos
q u e e n c u e n tra , de las to r tu r a s q u e le son in flig id as como
ex p iac ió n de sus p ecados e n la tie rra .

178
El ta m b o r del sh a m á n escande ta n to el p o e m a de la
a scen sió n celeste co m o el del descenso a los in fiern o s. v
O tras voces le re sp o n d e n de u n e x tre m o a o tro del tie m ­
po y del espacio. ¿ O rfe o era u n sh a m á n q u e in te n ta b a tr a e r
a la tierra a u n alm a q u e h a b ía d escendido dem asiado p r o n to
a los infiernos?
En la D iv in a C o m e d ia , D a n te , tra s de V irg ilio y el p r o ­
feta árabe M ah o m a, re to m ó los viejos te m a s del G ra n N o r te
cantados p o r los sham anes en éxtasis al son de los ta m b o re s,
los temas q u e h a n ja lo n a d o la v ía real de la in ic ia ció n co m o
otras ta n ta s postas en el tie m p o y e n el espacio, en el la rg o
camino reserv ad o a aquellos en quienes v iv e lo In visible.

179
I
A*

CAPITULO IX

EL H O M B R E Y L O IN V IS IB L E

D a r a n o s o t r o s los o c cid en tales, los hechos n acid o s del


*· c o n ta c to del h o m b re c o n lo In v isib le son c o n tin g e n te s.
No disociam os el a n g a k o k esq u im al o el in iciad o de N ig e r,
embriagados de D io s, de n u e s tra im a g e n de la relig ió n : la
ocupación f a c u lta tiv a de u n tedioso d o m in g o p o r la m a ­
ñana.
En to das las civilizaciones tra d ic io n a les, hem os h allad o
ios signos cierto s de u n a fe ú n ic a y hem os sen tid o la p r o ­
funda u n id a d e sp iritu a l de la c o m u n id a d h u m a n a p o r e n ­
cima de la d iv ersid ad de las c u ltu ra s y de los rito s.
El té rm in o “ e sp iritu a l” n o tien e, en las civ ilizacio n es
tradicionales, el sen tid o q u e le dam os n o so tro s de a c o m p a ­
ñam iento c o n tin g e n te de lo m a te ria l: o c u p a su v e rd a d e ro
lugar de causa e fic ie n te , de m o tiv a c ió n p u ja n te siem pre
presente en las c o n d u c ta s h u m a n as.
H em os v isto q u e en las sociedades del c írc u lo A rtic o ,
el personaje m ás im p o r ta n te el m ás prestigioso, fu e d u ra n te
mucho tie m p o el A n g a k o k . P o d ía m o s esp e ra r e n c o n tr a r en
la b anca de hielo, c u a lq u ie r clase de lu c h a p o r la v id a
pero n o esta b ú sq u ed a m ís tic a ta n sem ejan te a to d as las
búsquedas esp iritu ales del h o m b re .
Los esquim ales n o tie n e n , en su aislam ien to , el m o n o p o ­
lio de esta p rim a c ía d a d a a lo Invisible.
Los o jib w a , q u e v iv e n en las selvas de la reserv a de
M anitú, al sudoeste del O n ta rio , h a n c o n serv ad o la h u e lla
de las m ism as p re o c u p ac io n e s. Los p o d eres so b re n atu rale s

181
los o b tie n e n cierto s h o m b re s después de u n a la rg a ascesis
en la soledad. E l c a n d id a to pasa así vario s días de hambre i
y de sed h a sta la re a liza c ió n de su deseo: v e r a su espíritu- 1
g u ía , su ángel, com o d iría n n u e stro s m ístico s, dirigirse a él:
" N ie to , h e rm a n o , n o v io , a m a d o . . . v o y a d a rte algo para
a g ra d a rte y a le g ra r t u a lm a ” .
O tr a visió n m u e stra en to n ce s el d o n c o n ced id o : adivi­
n a c ió n , f o r tu n a en la caza o en la g u e rra . }
E n c am b io , el in iciad o d eb erá ser p u n tu a l al presentar
las o fre n d a s de ta b a c o a su genio g u a rd iá n . E sta a c titu d nos
lleva a re c o n sid e ra r el v a lo r del ta b a c o e n tre los indios:
p la n ta sag rad a c u y o h u m o debe p asar p o r las fosas nasales
p a ra a lim e n ta r el alm a. Es la o fre n d a a los p rín c ip e s inrí-
sibles. T o d a c erem o n ia religiosa c o m e n z a b a p o r la ofrenda
del h u m o de la p ip a a los c u a tro p u n to s cardin ales.
T a m b ié n allí los bienes m ateriales n o son considerados
co m o el p riv ileg io del m ás f u e rte o del m ás h á b il; no los
ad q u iere ta m p o c o la e x p erien cia y los o jib w a incluso no
p a re c e n c o n sid e ra r q u e sólo la ex p erien c ia p u e d a perm itir
o b ten erlo s.
Lo In v isib le los da a q u ie n q u ie re ; a ese m ístic o que
m e d ita en la selva an tes q u e a u n c a z a d o r h áb il.
La c o n c e p c ió n de la g u e rra , ta l com o la practicaban
en o tro tie m p o los m ism os in dio s, se sitú a en u n contexto
in c o m p re n sib le p a ra no so tro s. C u a n d o u n h o m b re había
o b te n id o u n a visión re la tiv a a u n éx ito g u e rre ro , invitaba
a los h o m b re s de la aldea a f u m a r en su w ig w a m en el
m o m e n to de los e n c u e n tro s de v e ra n o . Les c o n ta b a su visión
y so licitab a v o lu n ta rio s p a ra q u e lo a c o m p a ñ a ra n a la gue­
rra . Los q u e a c e p ta b a n , es d e cir los q u e re c o n o c ía n esta
d esig n ació n de u n jefe p o r lo Invisible, se ap restab an a
seguir u n a d ie stra m ie n to rig u ro so d u ra n te u n año, practi­
c an d o el a y u n o , el a islam ien to e n la selva, solicitando y
o b te n ie n d o visiones. A l cabo de u n año, al llegar el verano,
se re u n ía n de n u e v o y d a b a n a su jefe los m ensajes mís­
ticos q u e h a b ía n re c ib id o : el jefe p o d ía en to n ce s elegir a

182
r 1

los m ejores, es d e cir los q u e h a b ía n o b te n id o los signos m ás


favorables. v
Las m u jeres e ra n a p a rta d a s de la g u e rra , pues su c o n ­
tacto con lo In v isib le era m ás d ifíc il en ra z ó n de su im p u re z a
periódica.
Pero el caso de J u a n a de A rc o n o lo d esco n o cen los o jib w a.
Una m u je r se h a b ía a d iestrad o se c re ta m e n te d u ra n te u n a ,
larga ascesis; n a rró su visió n a los g u e rre ro s re u n id o s q u e
se p re p a ra b a n a p a r tir p a ra la g u e rra . T o d o s re c o n o c ie ro n
que lo In v isib le le h a b ía d ad o el signo m ás c laro y la
tom aron com o jefe. |
D u ra n te la ex p ed ició n , cada g u e rre ro tr a t a de a u m e n ta r
esas fu erzas personales p asan d o sus p e río d o s de descanso e n
conversaciones c o n los g u ías invisibles, a y u n a n d o y solici­
tando visiones.
El p u n to de p a rtid a de la e x p ed ic ió n g u e rre ra es, pues, ,
una visión. E l a d ie stra m ie n to de los g u e rre ro s n o es u n adíes- ^ t
tram iento físico , u n a p re p a ra c ió n m ilita r: es u n a in tr o d u c ­
ción a la v ía m ís tic a p o r la ascesis. Los g u e rre ro s, co m o i
el jefe, se co n sid e ra n designados p o r lo In v isib le y a c e p - |
tan esa elección sin discusión.
La g u e rra está co n sid erad a a n te to d o co m o u n a lib ació n
de sangre. E n tr e los a n tig u o s m ejican o s, el sol n ecesitab a
alimento y sobre to d o " c h a lc h iu a tl” , el ag u a p reciosa, es
decir la san g re h u m a n a . " E n la H is to r ia d e los M e x ic a n o s
por sus p in tu r a s , se ve a los dioses, desde los co m ien zo s
del m u n d o , p re o c u p a rse p o r s u m in is tra r san g re al sol d esen­
cadenando la g u e rra . . . La su erte n o rm a l de u n g u e rre ro
es o frec er v íc tim a s a los dioses y luego caer él m ism o
sobre la p ie d ra de sacrificio s. Se c o n v ie rte en to n ce s, en los
cielos, en u n c o m p a ñ e ro del sol” (J . Soustelle, o p . c i t .y 1
página 2 1 ) .
P o d ría n em plearse los m ism os té rm in o s p a ra d e sc rib ir la
misión te rre s tre de los sam u rais japoneses, ta l co m o la c o n ­
cebían: ro m p e r la p u lp a ro ja de la c erez a p a ra a lc a n z a r \
el d uro hueso o, en o tro s té rm in o s, s a c rific a r la san g re y *

183

la c a rn e p a ra lle g a r a la p ie d ra a n g u la r de la persona hu­
1
m a n a . H a b ía n a d o p ta d o co m o em b le m a la flo r del cerezo
v u e lta h a cia el sol n a c ie n te , sím b o lo de la d ev o ció n de sus
vidas. L a g u a rn ic ió n de los sables estaba a d o rn a d a con ce­
rezas, o tro sím b o lo de la b ú sq u ed a de lo In visible por la '
v ía in te rio r, el V i t r i o l de las in iciaciones occid entales. |
Los indio s del g ru p o jíb a ro , en A m é ric a a u stra l, como
los om ag a, m a ta b a n a los p risio n ero s de a lto ra n g o o de ^
g ra n v a le n tía y a d o rn a b a n las cabezas — tro feo s— con plu­
m as y p in tu ra s . (R . G ira rd : L e s In d ie n s d e lrA m azonie
p é r u v ie n n e , p á g . 1 4 7 ).
Los scalp s (c u e ro s cab ellu d o s) q u e en o tr o tiem p o los
g u e rre ro s v en ced o res de A m é ric a del N o r te lle v a b an consigo
al re g re sa r de la g u e rra , e ra n altares llenos de la fuerza
e sp iritu a l del en em ig o m u e rto . E n tr e los o jib w a, el m ás rico 1
b o tín n o p o d ía re e m p la z a r a u n sca lp . I
La v id a c o tid ia n a del h o m b re de las civ ilizaciones tra­
dicio nales está señalada p o r u n a v o lu n ta d de com unicación
c o n lo Invisible.
E n tre los o jib w a , el n iñ o re c ib ía el n o m b re según el
signo q u e m a rc a b a la p resen cia de c iertas e n tid ad es alrede­
d o r de la c u n a .
A m ig o s de la fa m ilia , p a rie n te s, b u sc a n y o b tie n e n visio- |
nes re la tiv a s al n iñ o . Le o fre c e n objetos qu e c o n c re ta n y ¡
re c u e rd a n los m ensajes de lo In v isib le: u n a p e q u e ñ a caña
q u e sig n ific a largos años, u n p e q u e ñ o fusil, q u e significa I
éxitos en la caz a , u n a rc o y flech as, presagio de suerte en j
la senda de la g u e rra . j
T odos estos rito s nos re c u e rd a n las hadas buenas pre- 1
sentes a lre d e d o r de la c u n a de q u ie n iba a c o n v ertirse en j
la Bella del bosque d o rm id o .
C u a n d o c u m p le c u a tr o o c in c o años, los a d u lto s le acon­
sejan al p e q u e ñ o o jib w a so lic ita r u n a visió n, p a ra saber
" q u é h a c e r de su v id a ” , pues el n iñ o , al n a c e r, es conside­
ra d o co m o u n so p o rte v irg e n te n d id o h acia lo Invisible,
q u e debe m a rc a rlo c o n el sello de u n ángel.

184

t
Con la c a ra e n n eg rec id a c o n c a rb ó n , el m u c h a c h ito va
a adiestrarse en el a y u n o c o n los dem ás niñ o s de su c la m
Primero se p riv a rá de u n a co m id a p o r d ía de v ez en c u a n d o ,
en la estación m ás ru d a : el in v ie rn o . H a c ia los o ch o o diez
años, se o b lig a rá , u n a o dos veces p o r año, a u n a sem ana
de ayuno y , m ás ta rd e , a m ás largos perío d o s.
El a y u n o es co n sid erad o co m o indispensable p a ra a d q u i­
rir la p u rific a c ió n del alm a y del c u e rp o ; es necesario p a ra
el c o n tac to c o n lo Invisible y p a ra la o b te n c ió n de visiones
según las cuales el jo v e n o rie n ta rá su vid a.
En la p u b e rta d , los m u c h a c h o s de u n a m ism a aldea y
de una m ism a edad e m p re n d e n u n la rg o a y u n o , aislados
los unos de los o tro s p e ro al m ism o tie m p o , p a ra o b te n e r la
Gran V isión. E sta visió n será p a ra cad a u n o de ellos su
propiedad m ás secreta y precio sa. E lla fir m a el p a c to e n tre
el niño y lo In visible. Sólo el sh a m á n de su g ru p o p o d rá
hablarle de ella, luego de h a b e r re a liza d o u n la rg o ritu a l.
Si u n n iñ o h a b la de su visió n a su p a d re , lo d e tie n e n in m e ­
diatam ente.
—Es a su n to tu y o . Piensa siem p re en ella, p ero n o hables
jamás. H a z la ta n re a l q u e p u ed as v e rla , o írla .
Para el n iñ o , p a ra el h o m b re , este sueño se c o n v ie rte en
lo más real de su ex isten cia te rre s tre y las a c titu d e s de la
vida c o tid ia n a n o son m ás q u e su so m b ra.
Los p ad res en señ an al n iñ o a c o n o c e r este m u n d o invisible
tan cercan o . Le en señ an a d is tin g u ir las b u en as en tid ad es
de las m alas, có m o a c e p ta r o re c h a z a r u n a visión. Esos años
consagrados a la té c n ic a del éxtasis m ís tic o son ta m b ié n
años de a p re n d iz a je de los secreto s de la c az a y del em pleo
de tra m p a s.
El m ism o jo v en es c ap a z de v iv ir de su c a z a en las
selvas del G ra n N o r te así co m o es c a p a z de v iv ir de su
vida in te rio r, seguro de la p resen cia de sus p ro te c to re s in ­
visibles.
La sociedad o jib w a sólo p u e d e ex p licarse p o r esta v o lu n ­
tad de los h o m b re s de e n tr a r e n c o n ta c to co n lo In visible.

m
C ad a h o m b re es a rra stra d o desde la in fa n c ia a tener su j
visión, su sueño m ás v e rd a d e ro q u e la v id a co tid ian a. Este -
c o n ta c to c o n el án g el está en la base del individualismo
o jib w a: la ausencia de e s tru c tu ra s p o lític a s análogas a las
que c o m p re n d em o s, p ro v ie n e a q u í de u n a c o n ce p c ió n parti­
c u la r del lu g a r del h o m b re en el m u n d o .
P o r c ie rto , d iría el h o m b re b la n co , q u e la caza sería me- y
jo r e x p lo ta d a si h u b ie ra c o o p erativ a s de cazad o res y talleres
p a ra la fa b ric a c ió n de tra m p a s. Las aldeas e sta ría n mejor
o rg a n iz ad a s si el h o m b re a c e p ta ra som eterse a u n poder
estable, fu n d a d o en algo d is tin to de u n a visión. E l destino
de los o jib w a h a b ría p o d id o ser q u iz á d ife re n te si las prác- .
ticas m ístic a s y la ascesis h u b ie ra n cedido el sitio a un
real a d ie stra m ie n to m ilita r.
E n sus selvas, los o jib w a p re firie ro n , a n u e stro b u en sen- v
tid o , su lu c h a c o n el án g el: u n a lu c h a en la c u a l los ven- \
cidos acaso sean los doscientos tr e in ta so b rev iv ien tes actúa- [
les. P ero ¿q u é vale to d a la v ic to ria del O c c id e n te an te ésta (
d e rro ta ? |
E n tre los d a k o ta del M issouri, la m ás a lta d istin c ió n era
la p a rtic ip a c ió n en la D a n z a del Sol, u n a c erem o n ia que, ¡
cad a año en el solsticio d u ra b a c u a tr o días. '
D u r a n te tre s d ías, los jó venes d a n z a b a n m ira n d o el sol.
L uego los n e ó fito s se s o m e tía n a las to r tu r a s q u e les infli- I
g ía n in iciados y v írg e n e s, a c e p ta n d o en silencio que les j
a rra n c a ra n jirones de piel. Las jóvenes p o d ía n solicitar una i
p a rte de las to r tu r a s p a ra a liv ia r la in ic ia c ió n de sus her­
m anos.
E l q u e h a b ía bailado la D a n z a del Sol era considerado
co m o e n c a rn a c ió n de las m ás altas v irtu d e s d a k o ta .
P a ra u n a m u c h a c h a , lo m ás deseable de la v id a era la
cerem o n ia del F u eg o V irg e n . D e b ía te n e r v e in te años, ser
lin d a, c o rte ja d a y , p o r u n signo de lo In v isib le, aceptar
v iv ir so litaria y c a s ta ..
Así, el fin su p re m o de estos indio s q u e se h a n e n tre g a d o
a todos los tra fic a n te s y a todos los m isio neros, lo c o n sti- ^
tuia la c o n q u ista de lo Invisib le.
Para ellos, el tra b a jo era sólo u n m ed io no de v iv ir p o r
vivir sino de v iv ir p a ra lo Invisible d istrib u y e n d o los bienes
adquiridos. P a ra u n h o m b re el fin su p re m o era llegar a
la D anza del Sol, te n e r alfileres de h ie rro clavados en sus
músculos. P a ra u n a m u c h a c h a , era co n serv arse v irg e n , p a ra
poder c o m p a rtir los su frim ie n to s de su h e rm a n o d u ra n te
la D anza del Sol.
En todos los casos, c o m p ro b a m o s que los valores n o m a ­
teriales son considerados com o los ú n ic o s im p o rta n te s . E l
indio d a k o ta, to r tu r a d o en su c u e rp o , lu ego de h a b e r dis­
tribuido to dos sus bienes, es el ú n ic o q u e g o za de a lg ú n
prestigio social. Su h e rm a n a lo a y u d a y re n u n c ia a ser es­
posa y m a d re p a ra c o n v e rtirse en la casta c o m p a ñ e ra de
su herm ano. A lc a n z a m o s a q u í los valo res m ás seguros q u e
constituían a n tig u a m e n te el o rg u llo de la c ab a lle ría . Q u iz á
podamos p re g u n ta rn o s a q u é p a trim o n io c o m ú n h a n re c u ­
rrido los g u e rre ro s d a k o ta y los n ó rd ico s, p ero ta m b ié n
qué in stin to d irig e al h o m b re h a cia bienes esp iritu ales c o n ­
tra su c u e rp o d o m a d o , g rita n d o de d o lo r, b ra m a n d o com o
u n ciervo sediento h acia las aguas de lo Invisib le.
Los d a k o ta v iv ía n p a ra la D a n z a del Sol y los o jib w a
para la ex p ed ició n g u e rre ra . E n am bos casos, h a b ía la v o ­
luntad de o fre c e r san g re h u m a n a al sol, rito s cuyas huellas
hemos e n c o n tra d o en el p e n sa m ie n to cosm ológico de los
antiguos m ejican o s y de los japoneses de n o hace m u c h o ,
así com o en las tra d ic io n e s de n u e stra c ab a lle ría . P ero , m ás
allá de los sím bolo s u tiliz a d o s, la v o lu n ta d del h o m b re de
sobrepasar los lím ite s de la c a rn e ap arece c la ra m e n te .
Las civ ilizaciones am erin d ias n o tie n e n el p riv ileg io de
este sentido de lo d iv in o qu e c o n d ic io n a los acto s de la
vida co tid ian a.
Todos los h o m b res de la tie rra , en todas las c iv iliz a c io ­
nes, p u e d e n llam arse “ Israel” , lu c h a d o r d iv in o . Q u iz á las

187
m o d alid ad es v a ríe n de u n a c iv iliz ac ió n a o tra , p e ro el hecho
p síq u ic o h u m a n o sigue siendo el m ism o , m an ifestán d o se en
el m a rc o de in stitu c io n e s apenas d ife re n te s.
J o h n B y ro n describ e las escenas religiosas q u e presenció
e n tre los fu e g u in o s, h a cia fines del siglo X V III : "D e re­
p e n te se p o n e n a sa lta r, to m a n teas en cen d id as, se las ponen
en la bo ca y c o rre n q u e m a n d o a c u a n to s e n c u e n tra n a su
paso. O tra s veces, se c o rta n u n o s a o tro s c o n aguzadas
co n ch illas de m ejillones h a sta q u e la san g re los c u b re com­
p le ta m e n te . E stas o rg ía s c o n tin ú a n h a sta q u e les sale espuma
p o r la b o ca y c h o rre a n d o su d o r se d esp lo m an de fatiga”
( A n a c c o u n t o f a v o y a g e r o u n d th e w o r ld in th e y e m
1 7 6 4 -6 5 - 6 6 , in H .M .S . T h e D o l p h i n ) .
V olvem os a e n c o n tr a r u n a d a n z a m u y sem ejan te entre
los b u sh m e n de A fric a a u stra l. " N a d ie p u e d e d e ja r de acu­
d ir a la d a n z a sagrada, pues los e sp íritu s de los muertos
v elan en la so m b ra apostados e n c im a de los pozos . . . Hacia
m e d ia n o ch e la d a n z a a lca n z ó su m a y o r esplendor. Muy
a lta en el cielo la lu n a d o m in a b a el w eld. Los bru jo s en­
tr a r o n en tr a n c e ; sus c u erp o s te m b la b a n , sus dien tes castañe­
te a b a n ^ (E . M arsh a ll T h o m as: D e s g ens sans m é ch á n c ete ,
p á g in a 2 6 2 ) .
E n tre los so n g h ay del g ra n re c o d o del N ig e r, la vida
c o tid ia n a está llena de In v isib le. E l tra n c e e x tá tic o lo prac­
tic a cad a q u in c e d ías el 60 p o r c ie n to de la población
(c o n fr. J e a n R o u c h : L a re lig ió n e t la m a g ie s o n g h a y , pas-
sim , cap . V y V I ) .
E stas p rá c tic a s se d irig e n a c ria tu ra s invisibles que, dicen
las tra d ic io n e s, fu e ro n creadas a n tes de los h o m b re s y están
d iv id id as en siete fam ilias d ife re n te s, rivales e n tre sí, pero
u n id as en su lu c h a c o n tra los genios de la tie rra .
E l c a r á c te r p a r tic u la r de estos Invisib les, sus aventuras,
fo rm a n u n c atecism o o ra l seguid o p o r u n ritu a l minucioso
que c o m p re n d e los aires q u e d e b en e je c u ta r c ierto s in stru­
m e n to s, los c a n to s q u e los a c o m p a ñ a n , las divisas o alaban­
zas re c itad a s en el m o m e n to del descenso de cad a genio.

188
Además de los m úsicos: vio linistas y to c ad o res de cala b a za ,
las " m u je re s-tra n q u ila s ” a seg u ran la o rg a n iz a c ió n de lasv
danzas y asisten a u n clero q u e in te g ra n los sacerd o tes-
pescadores de los so rk o co n sag rad o s m ás especialm en te a
los genios del a g u a, del tru e n o y de las lluvias, los sac e r­
dotes k u m b a w o g u a rd ia n es de los te m p lo s y los z u n a
encargados de la in ic ia ció n y del desarro llo de las d an zas.
Es, pues, la casi to ta lid a d de la p o b la c ió n la que p a rtic ip a
de ese c u lto de u n a m a n e ra o de o tra .
Las d an zas de posesión tie n e n p o r o b je to h a c e r d escen d er
a los genios, unos después de o tro s, en el c u e rp o de los
bailarines. A c ad a llegada, los sacerdotes se a c e rc a n y r e ­
citan las divisas del dios. Las " m u je re s -tra n q u ila s ” d o m in a n
al poseído en p le n a crisis y lo re v iste n de los o rn a m e n to s
propios de su genio.
D u ra n te u n a m ed ia h o ra , u n a h o ra , h o m b re s y dioses
discuten de los asu n to s c o rrie n te s p u es los asistentes f o r ­
mulan p re g u n ta s a los genios co m o si se tr a ta r a de altos
funcionarios e n g ira. L u eg o la v o z del dios se to r n a e n tr e ­
cortada, lejan a: el c u e rp o de c a rn e se a flo ja b ru sc a m e n te
y reto rn a a su c a b a ñ a a to n ta d o .
El c u lto de los genios, o " h o le y ” , a b a rc a todas las a c ti­
vidades m ateriales de los so n g h ay y so b re en tie n d e to d as
las actitu d es de su v id a c o tid ia n a . H a c e algunos años, h acia
1948, a p are c ie ro n los H a u k a , o genios de la fu e rz a , q u e
tenían u n a je ra rq u ía calc a d a sobre los sistem as a d m in is tra ­
tivos occidentales. E ste c u lto , a p esar de las nu m ero sas o p o ­
siciones de to d o o rd e n , se h a h ech o u n elem en to m u y
im portante e n tre los jóvenes que p a r te n a tra b a ja r e n G h a n a
(confr. id ., o p . c it.)
La c e rtid u m b re de q u e el In v isib le c o m p a rte la v id a
cotidiana de los h o m b re s n o es c a r a c te rís tic a , com o p r e te n ­
derían cierto s etn ó lo g o s, de u n n iv e l de civ iliz ac ió n rev elad a
por c ie rto estado de las técn icas. H e m o s v isto q u e, e n tre
los songhay, los jóvenes q u e e stá n m 4s en c o n ta c to c o n la
civilización o c c id e n ta l p ra c tic a n el c u lto de los H a o u k a ;

189
del m ism o m o d o en H a i t í o e n B ah ía, el v o d ú o el candom-
1|
ble son fo rm a s de p e n sa m ie n to religioso com binadas con '
p rá c tic a s m ístic a s in te g ra d a s a la civ iliz ac ió n occidental.
E n P u e rto P rín c ip e , el v o d ú u rb a n o es m ás ric o , m ás com­
p lejo q u e el v o d ú ru ra l. E n A f r ic a del N o r te , com o lo he
c o m p ro b a d o co n fre c u e n c ia , el c u lto de los genios está
m e jo r o rg a n iz a d o y a tra e u n n ú m e ro m ás g ra n d e de parti­
c ip a n te s e n las g ran d es ciu d ad es co m o A rg e l, Constantina *
u O r á n , q u e en el in te rio r del p aís. T o d o o c u rre como
si esas religio nes sin cré tic a s q u e m e z c la n las tradiciones
a fric a n a s c o n el C ristia n ism o o el Islam , tu v ie ra n como
fin c o rre g ir lo q u e las religio nes reveladas tie n e n de dema­
siado d is ta n te o de dem asiado h e rm é tic o p a ra q u e los hom- i
bres p a r tic ip e n de u n a v ía m ís tic a c o m p le ta . 1
U n sac e rd o te v o d ú d e cla ró : "L as " lo a ” se ap oderan de
los h o m b re s co m o el E s p ír itu S a n to se ap o d era del cura j
c u a n d o d ice la m isa” , p e ro a q u í la c o n sa g ra ció n de lo Invi- ¡
sible llena la v id a c o tid ia n a de c ad a h o m b re , de cad a mujer.
P o r la posesión, las relaciones e n tre los Invisib les y los
h o m b re s son fáciles y c o n sta n te s. E l h o m b re tien e la im­
p resió n de d a r m ás de sí m ism o a lo In v isib le, y a que se
c o n v ie rte e n re c e p tá c u lo del dios q u e ex p u lsa a u n a de sus
dos alm as p a ra to m a r su lu g a r. H a y pues renunciam iento
y ascesis, p u es esta in tr o d u c c ió n a la v id a m ís tic a necesita
to d o u n a d ie stra m ie n to .
Los té rm in o s " d é f o u le m e n t” o "e n fe rm e d a d e s m entales” ¡
se h a n em p lead o c o n dem asiada fre c u e n c ia . A pesar del ¡
a p a re n te b u e n sen tid o a q u e ap elan , n o d a n c u e n ta de la.
realid ad . A la m u je r de la K asb ah de A rg e l, al hombre
de O r á n , de B ah ía o de P u e rto P rín c ip e n o se los rechaza
m ás q u e a los cam pesinos que ro d e a n a esas ciudades.
A d ife re n c ia del h isté ric o q u e revela sus a n g u stias y sus
deseos p o r m ed io de u n m o d o de e x p resió n personal, el
" p o se íd o ” debe c o n fo rm a rse a u n ritu a l, es d e c ir a un
esquem a social. N o h a y d iv isió n de la p erso n alid ad , como
e n el caso de la crisis d e m o n ía c a ta l co m o fu e descrita

190
en las m in u ta s de ta n to s procesos, p e ro h a y tra n s fo rm a c ió n
total de la p e rso n alid a d en m o m e n to s precisos — g eneral-v
mente fiestas— p a ra d e sem p eñ ar u n p a p el d e te rm in a d o
en u n c o n te x to g en eral fijo y seg ú n u n esquem a co n o cid o .
En la sociedad h a itia n a , com o en B ah ía o co m o en el
culto de los genios e n tre los so n g h ay o e n A fric a del N o r te ,
el núm ero de poseídos es dem asiado g ra n d e p a ra que se
pueda ra z o n a r en té rm in o s de p sic o p a to lo g ía y h a b la r de
"caso” .
El clero, en los q u e las fo rm as de posesión son las m ás
vivas y p ro n u n c ia d a s, da p ru e b a s en to d as las c irc u n sta n c ia s
de una e x tra o rd in a ria resistencia n erv io sa, de u n a g ra n m e ­
moria m u sical y de u n sen tid o c e rte ro del ritm o .
Cada h o m b re tien e su genio, cad a h o m b re tien e su án g el
particular co n el c u al t r a ta de estab lecer u n d ifíc il diálo go
en que se m e z c la n lo d iv in o y la c arn e. Las civilizaciones
tradicionales h a n h allad o allí el g ra n secreto de la d ig n i­
dad h u m a n a : en to d o h o m b re vive u n dios, en co n secu en cia
un dios p u ed e d escen d er en cada h o m b re ; cad a h o m b re es
real o v irtu a lm e n te u n a lta r de lo Invisible.
Sería fá c il m u ltip lic a r los ejem plo s q u e m u e s tra n la su ­
premacía que el h o m b re a c u e rd a , de u n e x tre m o al o tro
del universo, a los valo res m ístic o s, a los bienes sim bólicos,
prefiriéndolos siem pre, en to dos los casos, a los bienes de
este m u n d o .
Paul V a lé ry h ace d e c ir a S ócrates: " E le g ir ser u n h o m ­
bre o b ien u n e s p ír itu ” ( E u p a lin o s , p á g . 1 7 7 ). Si ser u n
hombre es p a r tic ip a r de la m a te ria y o c u lta r allí su v id a ,
el h o m b re de las civ ilizaciones tra d ic io n a les n o h a elegido
ser h o m b re. A su m e su c o n d ició n , la m e n ta n d o en el fo n d o
de su ser, n o ser y a e sp íritu .
El ex am e n de hechos n u m ero so s, recogidos re c ie n te m e n te
por in v estig ad o res sin p reju icio s, nos lleva a re c h a z a r p o r
infundada to d a a firm a c ió n seg ú n la c u a l el " p a g a n o ” a m a ­
ría la tie rra p a ra g o z a r de ella y en ella c o n fin a rse , m ie n tra s
que el c ristia n o q u ie re h a ce rla m ás p u r a y " sa c a r de ella
m ism a la fu e rz a de ev ad irse. . . ” (T e ilh a rd de Chardin:
L e M ilie u D i v i n , p á g . 1 4 3 ). E l té rm in o de " p a g a n o ” es ab­
su rd o e n sí m ism o, n o a b a rc a n in g u n a realid ad , ningún
h ech o h u m a n o preciso.
N o pienso q u e el a n g a k o k esq u im al fr o ta n d o su piedra
c o n tra u n a ro c a y m e d ita n d o e n la n o c h e á rtic a goce de
la tie rra y se c o n fin e e n ella, así co m o ta m p o c o el dakota
q u e o fre c e sus castigadas carn es a la D a n z a del Sol, el
o jib w a q u e busca e n el aislam ien to la c e rtid u m b re de su
esposa celeste o el so n g h ay e b rio de D io s q u e danza al
ritm o del m u n d o .
E n n in g ú n m o m e n to , estos h o m b re s tr a t a n de dominar
la c re ac ió n . M u y al c o n tra rio , se so m eten a ella, tratan
de v o lv e r a su a rm o n ía re n u n c ia n d o a los bienes de la
tie rra . N o b u sc a n en su e x p erien c ia m ís tic a " n i esas dul­
z u ra s n i esa te r n u r a q u e deseam os de o rd in a rio p o rq u e nos
c o n su e la n ” , p a ra re to m a r la frase de sa n ta T eresa de Avila.
E l o b je to de su v id a es realizarse en el u n iv e rso ta l como
lo in visible lo h a q u e rid o , c o n to d as sus fu e rz a s, co n toda
su h u m ild a d .
C a d a c iv iliz ac ió n , de u n e x tre m o al o tro del mundo,
posee las m ism as c e rtid u m b re s e n los m ism os dominios,
c ad a u n a p a re ce p o n e r el a c e n to sobre ta l asp ecto parti­
c u la r de u n m ism o p a trim o n io seg ú n su p ro p ia vocación.
E stam o s b ie n lejos de p o d e r in te r p r e ta r el m ensaje inscrito
c o n le tra s de h o m b res a tra v é s de los c o n tin e n te s y de los
m ares. Sin e m b a rg o , el h ech o religioso se su p erp o n e total­
m e n te al h ech o h u m a n o co m o el fu e g o , com o el verbo.
E l h o m b re de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les tiene las
m ism as c e rtid u m b re s básicas q u e el o c c id e n ta l, provenien­
tes de u n m ism o saber h u m a n o o q u iz á de u n a misma
e n señ an za c u y o o rig e n n a d ie co n o ce. P o r lo ta n to , n o puede
h a b e r irre d u c tib ilid a d de u n a fo rm a del p en sam ien to hu­
m a n o a o tr a : p o r ejem p lo , n o es irre d u c tib le el pensam iento
c ristia n o al p e n sa m ie n to de las civilizaciones tradicionales,

192
I así como ta m p o c o el E s p ír itu p u e d e elev ar b a rre ra s e n tre
' los hom bres. v
D u ra n te m u c h o tie m p o n o hem os te n id o m ás a b e r tu ra
sobre el m u n d o q u e los relato s de m isio neros ansiosos p o r
aportar valores su p u e sta m e n te n u ev o s a pueblos c o n sid e ra ­
dos desde el c o m ie n zo com o ig n o ra n te s de to d a v id a esp i­
ritual. N in g ú n o c c id e n ta l h a q u e rid o v e r a esos h o m b res,
a esos "salv ajes” , ta l co m o e ra n , ilu m in a d o s p o r u n a lu z
divina bien sem ejan te en su p rin c ip io a la q u e en o rg u lle ce
a O ccidente. Sólo hem os c o n ta d o c o n los relato s de t r a f i ­
cantes que ju s tific a b a n su avidez c a lu m n ia n d o a los h o m b res
apacibles que a c a b a b a n de despojar. N o hem os te n id o m ás
que el te stim o n io de los c o n q u istad o re s que h ic ie ro n flo ta r
sin gloria los e sta n d a rte s de E u ro p a sobre c o n tin e n te s in d e ­
fensos y d e stru y e ro n civ ilizacio n es en teras,
js Se n e ce sita ro n m u c h o s años p a ra q u e se d isip a ra n los
! prejuicios q u e se a m o n to n a ro n d u r a n te siglos y tr a n q u ili­
zaron la c o n cie n c ia de O c c id e n te .
H ay u n h e ch o q u e se d esp ren d e c o n ev id en cia cada v ez
mayor de los estudios re c ien te s: el p a re n te sc o q u e existe
entre las co n cep cio n es m e ta físic a s de to d as las civilizaciones,
a tal p u n to q u e sería m ás ú til a d o p ta r com o hip ótesis de
investigación la fra g m e n ta c ió n de u n p a trim o n io c o m ú n
, que su b ra y a r los d ife re n te s d eterm in ism o s m ateriales p a d e ­
cidos p o r el h o m b re y q u e, a n te la u n id a d de p e n sa m ie n to
\ de la h u m a n id a d , son in sig n ific a n tes.
f Cada c iv iliz ac ió n h a g ra b a d o en la m a te ria su v ersión
del m ensaje c o m ú n . C o m o en los d em ás aspecto s del p e n sa ­
miento h u m a n o , n o p e rc ib im o s allí u n a p re n d iz a je del e sp í­
ritu: los ú n ic o s fracasos, las ú n ic as im p e rfe c c io n e s p a re c e n
provenir del ta n te o p ro d u c id o p o r el em pleo de m ateriales
nuevos; en ta n to q u e la c o n c e p c ió n h a sido p e rfe c ta desde
el o rigen, co m o si la fin a lid a d q u e h a y q u e a lc a n z a r se
conociera desde siem pre.

193
f
CAPITULO X
V
EL A P R E N D IZ A JE D E L H O M B R E

C L h o m b r e tie n e la p a rtic u la rid a d de a u m e n ta r sus p osi-


■*-' bilidades físicas c o n la a y u d a de h e rra m ie n ta s. " C o m o
todos los dem ás anim ales, h u b ie ra p o d id o , y a que sus n e c e ­
sidades esenciales e stá n satisfechas, p e rm a n e c e r in d ife re n te
ante la v a rie d ad de los m ateriales n a tu ra le s y a n te sus
propiedades p a rtic u la re s . . . Es p o c o p ro b a b le q u e p o r u n
esfuerzo c o n sta n te a lo la rg o de alg u n o s cien to s de m ile ­
nios, o tra especie a n im a l h a y a llegado a p e rfe c c io n a r sus
técnicas de caza, su m a n e ra de d isp o n e r su a b rig o ” (M a u ­
rice D au m as: O rig in e s d e la c iv ilisa tio n te c h n iq u e , p r e f a ­
cio del to m o I ) .
Si cierto s g ra n d e s a n tro p o id e s se sirv en de u n p alo p a ra
obtener u n o b je to fu e ra de su alcan ce, lu ego de n u m ero sas
tentativas in fru c tu o s a s, cad a in d iv id u o debe re c o m e n z a r
la m ism a larg a serie de ensayos y de fracasos an tes de
volver a d e sc u b rir a su v ez q u e el p a lo p u e d e p ro lo n g a r
su brazo.
Los p rim e ro s restos h u m a n o s a p a re c e n ju n to a h e r r a ­
mientas c u y a p resen cia es casi ta n p ro b a to ria co m o las
cenizas.
El s in á n tro p o e n ce n d ió fu e g o y e n c a n tid a d ; poseyó h e ­
rram ientas de hueso y tra b a jó la p ie d ra c o m o los p a le o lí­
ticos occid en tales. A p esar de su c rá n e o ta n p a re c id o al
p itecán tro p o , n o era sólo u n h o m in ia n o ; te n ía u n e s p ír itu
ingenioso c ap a z de in v e n ta r y m an o s su fic ie n te m e n te h á ­
biles y d u eñ as de sus dedos p a ra fa b ric a r h e rra m ie n ta s y

195
T
a rm a s” ( H . B reu il: L e f e u e t Y in d u s tr ie lith iq u e e t ossense |
a C h o u k o u t ie n , B ull, o f th e G eol. Soc. o f C h in a , X I, n 9 2, ;
1 9 3 1 ). !
A lg u n o s filósofos, co m o B ergson, h a n d istin g u id o el ho- j
m o fa b e r — u h o m b re c a p a z de servirse de sus m anos para ¡
fa b ric a r h e rra m ie n ta s — y el h o m o sa piens, u hombre
c ap a z de re fle x io n a r sobre la serie de las causas y de las y
consecuencias de u n h e ch o p a ra in s e rta r allí su acción.
Los pocos ejem plo s q u e hem os d ad o nos llev an a decir
que el h o m o fa b e r siem p re h a sido u n h o m o sapiens ■
y q u e el ra z o n a m ie n to es in d isp en sab le p a ra la resolución
de p ro b le m a s té cn ico s, a u n q u e se tr a te de q u e b ra r u n blo- !
que de sílice. |
C o n dem asiada fre c u e n c ia hem os p re te n d id o v e r en los
objetos los c rite rio s seguros del n iv e l de p en sam ien to ; al- i
gunos etn ó lo g o s h a n re d u c id o to d a c iv iliz a c ió n y to d o pen- f
sam ien to a la su m a de los o b jeto s p ro d u c id o s, c o n este argu­
m e n to de g rosero b u e n sen tid o : q u e u n a h e rra m ie n ta se
m an eja, se pesa, se m id e , se c o m p a ra c o n o tra s herramientas.
Lo c u a l eq u iv ale a a firm a r q u e el c atá lo g o de la
M a n u f a c tu r a de A rm a s y de C iclo s de Saint-E tienne, i
que es el m ás h erm o so tr a ta d o de te c n o lo g ía q u e conozco, ¡
va a d arn o s, p o r su le c tu ra ú n ic a m e n te , p o r la descripción
de los o b jeto s diversos q u e c o n tie n e , u n a idea de la lucha I
de clases; v a a p e rm itirn o s c a p ta r la n o c ió n de proletaria-
do y , en p ocas p a lab ras, d a rn o s la llave de ese sistema de t
e co n o m ía c a p ita lista c o n fo n d o de id eo lo g ía c ristia n a, base ¡
de n u e stra s e s tr u c tu r a s sociales, esencia de n u e stra civi- 1
liz a ció n in d u s tria l. i
Si n o es así, si u n a sim ple a c u m u la c ió n de objeto s no nos |
p e rm ite c o n o c e r u n a c iv iliz a c ió n , debem os a c e p ta r que el ¡
o b jeto n o es m ás q u e u n a te n ta tiv a d el h o m b re , u n medio \
de re a liz a r c ie rta p e rfe c c ió n , e sp iritu a l ésta, u n a perfec­
ció n q u e jam ás p o d re m o s e x p o n e r en las v itrin a s de los
m useos de e tn o g ra fía .

196
r

De su fa b ric a c ió n a su u tiliz a c ió n , el o b je to n a c id o de
la m ano del h o m b re p o n e en juego a c titu d e s ritu ale s, p ro - v
hibiciones, e s tru c tu ra s sociales, cre en c ia s; tie n e su sim b o ­
lismo p ro p io q u e lo v in c u la a esa gnosis q u e es el p a t r i ­
monio de to d a c iv ilizació n .
La m ás h u m ild e a lfa re ría de uso d iario de c u a lq u ie r
cabaña m o n ta ñ e sa de A fric a del N o r te es u n co m p lejo de
representaciones diversas.
Dos té c n ic a s de a lfa re ría p o n e n en ju eg o sím bolos y
estructuras sociales d ife re n te s.
La a lfa re ría fa b ric a d a c o n el to rn o es o b ra de a lfa re ro s
generalm ente a g ru p a d o s en aldeas. C o m o los h e rre ro s, f o r ­
man u n a casta c o n p ro h ib icio n es p a rtic u la re s , v iv e n en a l­
deas d istin ta s o, en las ciudades, en b a rrio s separados. E l
lugar en q u e to m a n la tie r r a p a ra m o d e la rla está d esacra-
lizado. Los m u e rto s de m u e rte v io le n ta en A te n a s e ra n
enterrados en el C e rá m ic o , el b a rrio de los a lfa re ro s, y a
Judas lo e n te rra ro n , lu ego de a h o rc a rlo , en el c a m p o del
alfarero.
O tra té c n ic a n o re q u ie re la a y u d a del to rn o : es u n a
alfarería e x clu siv a m e n te fe m e n in a.
La a lfa re ría re p re se n ta u n m o m e n to d e te rm in a d o de
la vida de u n a m u je r. E n las m o n ta ñ a s del n o rte de A fric a ,
este arte debe ser a p re n d id o y a sea a n tes de la p u b e rta d ,
o bien lu ego de la ed ad c rític a . E l m o d elad o debe hacerse
desde la p rim a v e ra h a sta las labores, p u es la a lfa re ría , p o r
provenir de la tie rra p a rtic ip a de la v id a de los cam pos.
Los utensilios se secan le n ta m e n te a la so m b ra m ie n tra s
maduran las espigas. L a c o c h u ra a cielo a b ie rto sólo
se realiza luego de las cosechas, c u a n d o los cam p o s e stá n
vacíos, p a ra q u e el fu e g o n o deseque las espigas, q u e sim ­
bolizan el alm a.
En A m é ric a del S u r, " e l a rte de la a lfa re ría y de los
dibujos se tra n s m ite de m a n e ra h e re d ita ria e n tre las m u -

197
1
jeres de c iertas fam ilias” (R a p h a e l G ira rd : L e s In die ns de
V A m a z o n ie p é r u v ie n n e , p á g . 1 5 2 ).
E n to d as las civilizaciones cad a u n o de los elementos
de la d e c o ra c ió n tie n e u n a doble c o n n o ta c ió n social y sim­
bólica. Social, p o rq u e cad a re g ió n tie n e su estilo, cada aldea
sus d eco racio n es p a rtic u la re s , cad a fa m ilia sus elementos
p ro p io s; sim bólica, p o rq u e cad a u n o de los elem entos uti­
lizados e n la d e co ra c ió n de u n a a lfa re ría tie n e u n a signifi­
cac ió n cósm ica. L a lín e a q u e b ra d a e n cabrios regulares re­
p re se n ta el ag u a, u n a sucesión de sem icírcu lo s, las nubes;
losanges, los pasteles de las o fre n d a s fu n e ra ria s, y avenidas
q u e se c o rta n en á n g u lo re c to sim b o lizan las c u a tro partes
del m u n d o . O tro s signos re s u m irá n los elem entos esenciales
de la v id a de los cam pesinos: las tijeras p a ra esquilar a los
c arn ero s o la lá m p a ra n u p c ia l. C o n fre c u e n c ia , en el fondo
de las fu e n te s, fig u ra u n signo c ru c ifo rm e , la mariposa,
re p re se n ta c ió n sim bólica del alm a.

BENI HAWA

198
La u tiliz a c ió n c o tid ia n a de estos utensilios su pone ta m b ié n
¡a v ibración de los sím bolo s q u e en ellos se h a n tra z a d o .
El puñ ad o de cereales cocidos de la co m id a n o c tu r n a que
en ellos se d ep o sita es u n a o fre n d a p ro p ic ia to ria , y ta m b ié n
un llam ado a la fe c u n d id a d u n iv e rsal: las o fre n d a s serán
numerosas en los in n u m e ra b le s san tu a rio s de la m o n ta ñ a ,
la fecu n d id ad de la casa se a c re c e n ta rá , las tije ra s de es­
quilar e sta rá n llenas de lan a y el alm a h u m a n a p re se n ta d a
por el viejo signo de la m arip o sa — la P siqué de los griegos—
tendrá ta m b ié n su a leg ría de ser.
De su c o n c e p c ió n a su u tiliz a c ió n , el o b je to es u n c rista l
de p en sam ien to : es el signo de la p resen cia de ese p e n sa ­
miento, p e ro n u n c a es m ás q u e u n signo tra z a d o e n la
materia. Su ausencia o su d e sp o ja m ie n to n o im p lic a n de
ningún m o d o ausencia o p o b re z a del p e n sa m ie n to y la
¡, diversidad de las fo rm as de u n m ism o o b je to n o p e rm ite
afirm ar u n a c o m p le jid ad p ro p o rc io n a l del p e n sa m ie n to . A
la m u ltip lic id a d de las fo rm a s de la m a te ria se o p o n e la
unidad del p e n sa m ie n to h u m a n o .
La d iv ersid ad de los tip o s de arados en el m u n d o no
corresponde a la u n id a d n o ta b le del r itu a l de in a u g u ra c ió n
de las labores y del sim bolism o ligado a ese m o d o de c u ltiv o
de los cereales.
Si nos paseam os e n tre las v itrin a s de u n m useo de e tn o ­
¡ grafía o de p re h isto ria , nos p a re ce q u e el p ro g reso de las
técnicas h a seguido u n a ev o lu ció n lineal. M u ch o s tra ta d o s,
t muchas exposiciones, h a n p o p u la riz a d o sus p rin c ip a le s e ta ­
pas, desde las astas de cérv id o s, los huesos de a n tílo p e s, h a sta
la bom ba a tó m ic a p asan d o p o r las h ach as de p ie d ra y las
espadas de b ro n c e y luego de h ie rro .
En el a n tig u o c o n tin e n te , las p rim e ra s h e rra m ie n ta s son
I guijarros p e rc u d id o s y q u eb rad o s p a ra p re p a ra r u n filo
i corto e irre g u la r. L uego a p are c e n los b ifá c ico s — las h a ­
i chas de p ie d ra — y es el apogeo del hueso, de la p ie d ra ,
I de la m a d e ra de re n o , p e rfe c ta m e n te d o m in ad as en el M ag -
daleniano, a o cho m il años an tes de n u e stra era.

199
Sin e m b arg o , fa lta u n elem en to im p o r ta n te a este razona-
m ie n to : q u e n o es el d escen d ien te del q u e b ra n ta d o r de
g u ija rro s q u ie n , a fu e rz a de re fle x ió n , in v e n tó el hacha;
n o es ta m p o c o su b iz n ie to q u ie n im ag in ó el p ro p u lso r o el
a rm a a rro ja d iz a .
C a d a ed ad de la p re h isto ria c o rre sp o n d e en realidad a la
e m erg en c ia de u n a c iv iliz ac ió n ligada a u n g ru p o étnico
b ien d e te rm in a d o .
Las p a lab ras " e d a d 55 o " p e r ío d o 55 su sc ita n u n a ilusión al
d a r la idea de u n a e v o lu ció n en el m ism o lu g a r de los
m ism os g ru p o s h u m a n o s.
E l C la c to n ia n o , c a ra c te riz a d o p o r h e rra m ie n ta s de gui­
ja rro s q u eb rad o s, era el h ech o de u n p u e b lo , de u n a civili­
zació n . E l N e a n d e rta le n se c a ra c te riz a a la civ ilizació n téc­
n ic a q u e v in o después: el ro m p im ie n to de u n a n ueva ola
h u m a n a . E l S o lu tria n o ro m p e c o n las edades precedentes,
es o tra c iv iliz a c ió n ; y el M ag d a le n ian o d ifiere ta n to de las
civ ilizacio n es p re c ed e n te s, en el p la n o té c n ic o , como la
c iv iliz ac ió n h elén ica de las civilizaciones n óm ades de Mon­
golia.
C a d a p u e b lo , pues, tie n e sus h e rra m ie n ta s particulares,
sin qu e se p u e d a estab lecer o tra c ro n o lo g ía q u e la de la
llegada de u n a ola h u m a n a . E l N e a n d e rta le n se n o es el an­
tep asad o del M ag d alen ian o así com o el esq u im al o el aus­
tra lia n o n o son los abuelos del h o m b re b lan co . Los recientes
d e sc u b rim ie n to s re alizados en el sitio de Je ric ó h a n perm i­
tid o d e sc u b rir u n a n u e v a civ iliz ac ió n , lla m a d a " n a tu fie n a ”,
m u y p a re c id a a n u e stro n e o lític o : c o n el c o n o cim ien to de
los cereales, de los anim ales d o m éstico s y u n a v id a ciuda­
d an a. E sta c iv iliz ac ió n te n d r ía u n a a n tig ü e d a d de doce o
tre c e m il años al m enos y , p o r lo ta n to , sería contem po­
rá n e a del N e a n d e rta l de E u ro p a .
H a y e n tre el N a tu f ie n o y el N e a n d e rta le n se la misma
d ife re n c ia té c n ic a q u e e n tre las civilizaciones agrarias del
M e d ite rrá n e o y las civ ilizacio n es au stralian as. E ste descu­
b rim ie n to v u elv e a p la n te a r la sucesión de las "edades”

200
de la p re h isto ria , alejan d o m u c h o e n el tie m p o la c o n te m ­
poraneidad de civ ilizaciones, té c n ic a m e n te d ife re n te s, p e rb
entre las cuales n o existe n in g ú n lazo de sucesión n i, p o r
consecuencia, de p e rfe c c io n a m ie n to e v o lu tiv o .
C uando se nos d a n fechas p a ra f ija r la a p a ric ió n de u n a
técnica, en re a lid ad n o son m ás q u e las fechas de la a p a-
. rición de los testim o n io s de esta té c n ic a o de testigos p ro -
: batorios.
Los o b jeto s-testim o n io s d eb en ser de u n a m a te ria suscep­
tible de a tra v e sa r los m ilenio s sin dañarse. Los te x tile s, la
■ madera, la c o rte z a , la piel, el c u e rn o e stá n ex clu id o s; los
únicos que nos lleg an son el hueso y el m a rfil, la p ie d ra y,
[ en cierta m e d id a , la a lfa re ría .
i Los testim o n io s p ro b a to rio s p u e d e n ser in d iscu tib les h u e ­
llas debidas al a z a r com o, p o r ejem p lo , esa h u ella dejada
i por u n a c u e rd a en la arcilla de la g r u ta de L ascaux. Sabe-
| mos en to n ces de m a n e ra c ie rta q u e los h o m b re s del p aleo -
: litico sab ía n tr e n z a r cuerdas. Q u iz á sab ía n ta m b ié n h a c e r
redes c o n ellas pues se ha h a lla d o u n esqueleto to c a d o
I con u n a red ecilla a d o rn a d a c o n m ás de doscientas conchillas,
? en la g ru ta de C av illo n , en G rim a ld i. N o es im posib le,
! pues, que el te jid o fu e ra conocido.
Si podem os a firm a r qu e el te jid o era co n o cid o en el
neolítico, es p o rq u e hem os e n c o n tra d o husos en g ra n n ú -
1 mero así co m o pesos de telares de te rra c o ta , algunos f r á g ­
il· mentos de tejidos e incluso u n ovillo de hilo c o n serv ad o en
{ la tu rb a de cierto s y a cim ien to s.
¡ Pero los p re h isto ria d o re s del p o rv e n ir ¿sa b rá n q u e las c i­
vilizaciones ru rale s del n o rte de A fric a p o sey ero n u n a té c -
| nica m u y a v a n z a d a del te jid o en ta n to q u e los husos son
j de m ad era y las pesas del te la r de sim ples g u ijarro s? El
j clima seco y calien te , el suelo rocoso del M a g h re b no p e r-
j miten c o n sid e ra r la c o n se rv a ció n de tejidos o de hilo e n el
| lodo de p ro v id en ciales tu rb e ra s.
\ Los h o m b re s del p a le o lític o c o n o c ía n el em pleo del c u e rn o
s con el c u a l fa b ric a b a n objetos ritu a le s y , acaso ta m b ié n ,

201
dom ésticos. E n e fe c to , la V en u s de Laussel sostiene en la j
m a n o u n c u e rn o de biso n te: vaso de lib ació n o representa­
c ió n del c u e rn o de a b u n d a n c ia , sím b o lo de fe c u n d id a d , bien
en su lu g a r en la m a n o de u n a d iv in id a d fem en in a.
P ero p a ra q u e u n a re p re se n ta c ió n de este g én ero sea posi­
ble, p rim e ro es necesario q u e h a y a lu g a r en la vid a espi­
ritu a l de u n p u e b lo p a ra las artes plásticas. Es necesario que *
el o b je to se re p re se n te de m a n e ra lo su fic ie n te m e n te figu­
ra tiv a p a ra q u e p o d am o s in te rp re ta rlo c o rre c ta m e n te y que
h a y a te n id o u n p a p el r itu a l lo b a sta n te im p o r ta n te para ser
escu lp id o , p in ta d o o d ib u ja d o . j
A sí, la ausencia de p in tu r a s fig u ra tiv a s en la civilización
ru r a l del M a g h re b a c tu a l p e rm itirá q u iz á a los arqueólogos, |
d e n tro de u n a c e n te n a de siglos, a firm a r equivocadam ente
la ausencia del a rad o , de la e sc u ltu ra en m a d e ra y el te- ,
jido. j3
L a c irc u la c ió n de los objetos y de los h o m b res, los prés- |
tam o s re alizados de u n a c iv iliz ac ió n a o tra , im p id en asen- I
ta r en u n a base c ie n tífic a c u a lq u ie ra , to d a hipótesis de la j
ev o lu ció n , en u n m ism o lu g a r, de las té cn ica s, y to do pro- j
ceso e v o lu tiv o de u n " le n to ” d e sp e rta r de la inteligencia ¡
hum ana. I
C u a n d o de la m e ta lu rg ia h a y p ru e b a s en alg u n a parte ;
del M edio O rie n te tre s m il años antes de n u e stra era, se j
la co n sid era co m o el a p o rte de u n a c iv ilizació n y no como |
el d e sc u b rim ie n to c o n v e rg e n te de vario s pueblo s al azar j
del genio in v e n tiv o de losh o m b res. j
Los h e rre ro s, en la z o n a del M e d ite rrá n e o , son extraños en
las sociedades en las q u e v iv en . P ro v ie n e n de aldeas de he- i
rrero s, c o n p ro h ib icio n e s p a rtic u la re s y genealo gías propias, |
q u e se re m o n ta n q u iz á a los d áctilo s, ese p u e b lo de Frigia !
q u e H e sío d o sitú a en elo rig e n de la fra g u a . j
E l o b je to e x tra ñ o a u n a c iv iliz ac ió n sólo es acogido en j
la m e d id a en q u e p u e d e in sertarse e n tre los sím bolos exis- j
te n te s, sin a c a rre a r m o d ific a c ió n del p en sam ien to . Así, ‘

202
la reja, ese a n tep a sad o del a rad o , h a p o d id o ser a d a p ta d o
por hom bres q u e , h a sta e n to n ce s, sólo u tiliz a b a n la azada. ^
Los sím bolos em pleados n o h a n s u frid o m o d ific a c ió n ; p o r el
contrario, la la b o r n o h a h ech o m ás q u e s u b ra y a r la im p o r­
tancia del b u e y , v ic ario en la tie rra del d io s-to ro cósm ico,
símbolo celeste de to dos los pueblos de E u ro p a y de A sia
que c u ltiv a n cereales. Es así co m o N h a m D ie n , g o b e rn a ­
dor chin o de V ie tn a m , en tiem p o s del rein o de la D in a s tía
de los H a n del E ste, enseñó a la p o b la c ió n de su p ro v in c ia
el uso del arad o : u n sim ple p e rfe c c io n a m ie n to a la té c n ic a
de la la b ra n z a .
C uvier, ese a fic io n ad o genial de la p a le n to lo g ía del siglo
XIX, h a b ía e n u n c ia d o u n a ley lla m a d a de " c o n v e rg e n c ia ” ,
que le p e rm itía e n c o n tr a r la id e n tid a d c o m p le ta de u n a n i­
mal p a rtie n d o de algunos fra g m e n to s del esqueleto . P a ra
él, p or e jem p lo , la p resen cia de p e z u ñ a s y de c u ern o s
implicaba la n a tu ra le z a h e rb ív o ra del a n im a l co n sid erad o .
Algunos etn ó lo g o s h a n in te n ta d o e m p le a r esta ley de c o n ­
vergencia zoológica en el estu d io de las civ ilizaciones y ,
con la a y u d a de dos o tre s signos co nocidos — es d e c ir de
dos o tres in s tru m e n to s — p re te n d ía n re c o n s tru ir to d a u n a
civilización o al m enos e n c o n tr a r su c a r a c te rís tic a esencial:
caza, pesca o c ría .
A hora bien, lo sabem os, el o b je to sigue vías de c ir c u ­
lación que le son p ro p ia s: la fla u ta de P a n , p o r ejem p lo ,
se e n cu e n tra ta n to en los pueblos m a rin o s de O c e a n ía com o
entre los p asto res de A rc a d ia . E l a rp ó n co n cab eza sep a ra ­
ble lo u tiliz a n los so n g h ay del N ig e r en su caza del h ip o ­
pótamo lo m ism o q u e los esquim ales en su pesca de a lta
mar.
A un c u a n d o p u e d a n re u n irse colecciones de fla u ta s de
Pan o de arp o n es de p u n ta separable llegados de to dos los
rincones del m u n d o , es im posib le v in c u la r, p o r el m o m e n to ,
las civilizaciones a las q u e p e rte n e c e n n i estab lecer c u a lq u ie r
correlación e n tre ellas.

203

t
itu
L a h e rra m ie n ta n o es, e n u n a c iv iliz ac ió n , lo q u e el hueso í
es a u n o rg a n ism o v iv o : es v e h íc u lo de p e n sa m ie n to , cristal
de p e n sa m ie n to , so p o rte de re p re se n ta c ió n , p ero contingente
en c u a n to a su fo rm a m a te ria l y a su su stan cia.
Los p re h isto ria d o re s y los tecn ó lo g o s h a n esquivado la
d isc o n tin u id a d de las ra z as h u m a n a s p a ra n o co n serv ar más
qu e dos series ev o lu tiv a s paralelas: el a u m e n to completa- ¿
m e n te re la tiv o de la c a p a c id a d c ra n e a n a c o n la desaparición ■
de c ierto s c a ra c te re s so m ático s y , s im é tric a m e n te , la com­
p lejid ad c re c ie n te de las h e rra m ie n ta s.
L a ev o lu ció n lineal p a re ce e v id e n te , u n a e v o lu ció n cuyas
d ife re n te s etap as, co n ceb id as co m o o tro s ta n to s perfeccio­
n a m ie n to s, h a n sido tra z a d a s p o r n u e stro s sabios.
E sta v isión sim p lista de las té c n ic a s del h o m b re está en
la base de to d o el p e n sa m ie n to e v o lu cio n ista, que se ha
q u e rid o c o n v e r tir en sistem a c ie n tífic o . ¡
E sta idea p a re ció ta n sa tisfa c to ria p a ra el e sp íritu que j
alm as b u en as h a n fa lsific ad o piezas, lim ad o dientes, fra- ¡
g u ad o u n a q u ija d a de m o n o , co m o en P iltd o w n , p a ra poner j
m ás c la ra m e n te la e v o lu ció n de la c re ac ió n en paralelo
co n la e v o lu ció n de las té c n ic a s del O c c id e n te , atribuyendo
al C re a d o r ta n te o s análo gos a los del h o m b re blanco.
E l h o m b re h a p re sta d o a u n d e m iu rg o , a la vida o a
u n a fu e rz a m e ta fís ic a co m o la E v o lu c ió n , su v o lu n ta d de
re a liz a r u n esquem a in te le c tu a l p e rfe c to p o r pasos suce­
sivos. H a a trib u id o a este d e m iu rg o , o a esta fu e rz a vital
o selectiva, la m ism a d e sp ro p o rc ió n q u e existe en él entre
la fu e rz a de c o n c e p c ió n y la d eb ilid ad de las realizaciones.
E l h o m b re del siglo X I X o del X X h a q u e rid o repartir
las c ria tu ra s a lo la rg o de series ev o lu tiv a s, co m o es posible
tr a z a r el o rig e n de los vagones de fe rro c a rril h asta las
diligencias y las c a rro za s. Los m ás g ra n d e s sabios los más
p o sitiv istas, se h a n h ech o c u lp ab les de u n a n tro p o m o rfis­
m o c an d o ro so al p e n sa r q u e u n a F u e rz a S u p e rio r creaba
y d isp o n ía el m u n d o , c o m o u n a p re n d iz a n te su banco
t r a ta de m e jo ra r u n m e can ism o im p e rfe c to .

204
Desde el o rig e n , el h o m b re h a p o seíd o la m ism a fu e rz a
conceptiva: el ú n ic o a p re n d iz a je q u e h a d eb id o re a liz a rv
parece h a b e r sido el de m ateriales desconocidos.
La n o c ió n de p e rfe c c ió n de la h e rra m ie n ta es y a u n c a m ­
bio de p lan o . E l v e rd a d e ro p rim itiv o , el h o m b re de la
aurora de la h u m a n id a d , h a b ría d eb id o c o n te n ta rs e c o n u n a
( esquirla de sílice m ás c o rta n te q u e sus u ñ as, sin v e r la
necesidad de p ro lo n g a rla c o n u n m a n g o o de m e jo ra rla
con u n seg u n d o c o rte , lo c u a l exige a ú n m ás re fle x ió n .
Las h e rra m ie n ta s q u e hallam os son h e rra m ie n ta s a c a b a ­
das, incluso los m isteriosos esferoides del Levalloiseno, d o n d e
se quiere v e r u n a p re fo rm a , e n v ez de c o n fe sa r q u e ig n o ­
ramos su em pleo. T o d o s te n ía n u n a u tiliz a c ió n p recisa, y
todos h a n sido p e rfe c c io n a d o s m in u c io sa m e n te y sin cesar.
A q u í ta m b ié n , el h o m b re se d istin g u e del a n im a l y se
' sitúa en o tro p la n o . O b te n id o el p rim e r re su lta d o , el a n i­
mal se d etien e y n o t r a t a de p e rfe c c io n a r lo q u e h a lo g rad o .
Un gato se c o n te n ta r á c o n a b rir la p u e rta del a p a ra d o r,
por ejem plo , sin c u id arse, en co n secu en cia, de m e jo ra r u n
ademán su fic ie n te . E l m o n o q u e h a reco g id o u n g a rro te
no tra ta rá de p e rfe c c io n a rlo a rm á n d o lo c o n tro z o s de sílice
i o labrando el m a n g o p a ra h a c e r m ás có m o d o su m an ejo .
T om em os el caso de R o b in so n C ru so e q u e , so litario en
i su isla, h a c ía c u a n to p o d ía p a ra v iv ir a la h o ra y al ritm o
j de su In g la te rra n a ta l.
? Su p rim e r c u id a d o fu e c o n ta r los d ías d e la sem ana a
| fin de re sp e ta r el D ía del S eñor, su p rim e ra p re o c u p a c ió n ,
vestirse d e c e n te m e n te e in clu so c o n fe cc io n a rse u n p a ra g u a s
de piel de c ab ra.
j U n etn ó lo g o ¿ p o d ría c o n sid e ra r la estaca c o n m uescas
! que le serv ía p a ra c o n ta r los d ías co m o u n a n tep asad o de
| los calendarios? ¿ P o d ría m o s c o n v e r tir a su p a ra g u a s de piel
; de cabra en el a rq u e tip o del p a ra g u a s londin ense?
! R obin son C ru so e realizó co m o p u d o , seg ú n su h a b ilid a d
1 y los m ateriales a su disposición, lo q u e le p a re c ía in d is-
1
pensable p a ra la v id a, de a c u e rd o c o n las n o rm a s de la [
c iv iliz ac ió n de la c u a l acab ab a de a rra n c a rlo u n naufragio,
E ra c a r p in te r o de la m a rin a , h a b itu a d o a servirse de j
sus m anos. Im ag in ém o slo c o n ta d o r u o fic ia l; los objetos I
re alizados h u b ie ra n sido a ú n m ás d e fo rm e s y m enores qui­
zá, las posib ilid ades de so b rev iv ir. U n arq u eó lo g o hubiera
c o n c lu id o en to n ce s, a n te estas p o b res h e rra m ie n ta s y ese I
esqueleto a b a n d o n a d o : u n g ra n p rim itiv ism o a pesar del ?
d esarrollo c efálic o sa tisfa c to rio . '
E n este caso p reciso , R o b in so n C ru so e llev ab a en sí mis­
m o el esquem a co n sid erad o p e rfe c to de su civ ilizació n y
se e sfo rzó p o r restab lecerlo lo m e jo r q u e p u d o , reempla­
z a n d o el indispensable b o tv le r -h a t p o r u n g o rro cónico
de v elló n y la seda n e g ra del p a ra g u as b ritá n ic o p o r pieles
de c ab ra. ‘
La h isto ria fic tic ia de este n á u fra g o es el sím bolo de jj
la a v e n tu ra h u m a n a : u n a im a g e n n o m u y n u e v a , porque
los a n tig u o s m ayas lla m a b a n al c o n ju n to de la hum anidad
" la Isla” .
C ad a u n a de las civ ilizaciones q u e se h a n sucedido en el
tie m p o , cad a u n a de las q u e, h o y e stá n dispersas alrededor 1
de O c c id e n te , h a n sido arcas c errad a s q u e tran sp o rtab an
la im a g e n de u n a m isterio sa p e rfe c c ió n q u e los hombres !
h a n in te n ta d o to rp e m e n te p ro y e c ta r en la m a te ria .
E l h o m b re de to d o s los países y de todos los tiempos
tie n e en sí el esquem a de to d a la p e rfe c c ió n posible de la
h u m a n id a d ; n o es u n a im p o sib ilid ad m a te ria l o intelectual
la q u e re strin g e en ta l o c u a l c iv iliz a c ió n el dom inio de
la m a te ria , sino la c o n c e p c ió n q u e tra n s m ite esta civili­
z a c ió n ace rc a del lu g a r del h o m b re en el m u n d o y de la
o rg a n iz a c ió n del u n iv erso . E l despojo té c n ic o es u n a ascesis
lib re m e n te c o n se n tid a , u n a elecció n y n o la consecuencia
de u n a fla q u e z a in te le c tu a l. H a y h o m b re s q u e h a n prefe­
rid o v iv ir consagrados a lo In v isib le y su civ iliz ac ió n se ha
h allad o m o d elad a p o r este tó rrid o deseo. E l O c c id e n te eli­
gió el d esarro llo ilim ita d o de las té c n ic a s sin tom arse el

206

i
r
tiempo p a ra p re g u n ta rs e si, en esa elección, n o h a b ía a rrie s­
gado y p e rd id o su alm a.
Los tib e ta n o s c o n o c ía n la ru e d a desde h a c ía tie m p o ; h a ­
brían podido a d a p ta rla a v e h íc u lo s y a b rir ru ta s en las
m ontañas p a ra sus carro s. H a s ta el siglo X X las ú n ic as
ruedas que h a n g ira d o en el T ib e t fu e ro n las de los m o lin o s
que o fre c ía n a los c u a tr o p u n to s card in ales las sílabas in e ­
fables de la p le g aria. Las ru ta s y los v e h ícu lo s e sta b a n p r o ­
hibidos, p o rq u e los tib e ta n o s h a b ía n p re fe rid o el a islam ien to
y la in d ep en d e n c ia a la lib e rta d de las co m u n ic ac io n e s y al
inevitable vasallaje.
Los indios de la A rg e n tin a c o n o c ía n el p rin c ip io de la
manivela, p e ro sólo la e m p le a b a n p a ra e n c e n d e r el fu eg o .
Los indonesios tie n e n desde h ace tie m p o u n e n c e n d e d o r
que fu n c io n a sobre el p rin c ip io del p is tó n ; n i un o s n i o tro s
7 trataron de p ro lo n g a r las consecuencias m ecán icas de esos
dos objetos.
Las civilizaciones tra d ic io n a les se h a n fijad o c o n fr e c u e n ­
cia objetivos a escala del e s p ír itu h u m a n o , c o n se rv a n d o su
pobreza té c n ic a .
En 1956, el e tn ó lo g o n o ru e g o T h o r H e y e rd a h l se p r e ­
guntaba cóm o h a b ía n p o d id o e rig ir los h o m b res de la isla
de Pascua esas esta tu a s m o n o lític a s de m ás de tr e in ta to n e ­
ladas. M uchos a u to re s an tes q u e él h a b la ro n de los a tlá n ti-
das e in v o c a ro n civilizaciones desconocid as q u e d isp o n ía n
L de m edios té cn ic o s m isteriosos. E l e tn ó lo g o se c o n te n tó
í con p la n te a r la c u estió n a los descen d ien tes de los escu lto res
j de otro tie m p o , c o n ta n d o c o n la tra d ic ió n o ra l p a ra c o n ­
servar h a sta el siglo X X el secreto de los antepasados. E n
i diecisiete d ías, c o n la a y u d a de p ied ras sab iam en te d isp u es­
tas y de m ad ero s, los h o m b re s de la isla de P ascu a le v a n ­
taron u n a e sta tu a de tr e in ta to n elad as, sin e m p le a r m ás q u e
su ingeniosidad y el p rin c ip io del c o n tra p e so (C o n fr . T h o r
H eyerdahl: A k u - A k u , p á g . 1 3 7 -1 3 8 ).
Parece q u e to d as las civilizaciones c o n o c ie ro n el p la n o
' inclinado, el c o n tra p e so y la p a la n c a . Su u tiliz a c ió n juiciosa

207
p e rm itió a los h o m b re s del pasado re a liz a r lo q u e nos parecen j
in c o m p re n sib les m ilag ro s, acaso p o rq u e y a n o tenem os en
n o so tro s ese reso rte secreto te n d id o p o r lo Invisib le, ver- ¡
d a d era causa e fic ie n te de las P irám id es, de los monolitos
de la isla de P ascu a, de los dólm enes, de los m enhires gi­
g an tes o de las cated rales.
E sta d e sp ro p o rc ió n del p e n sa m ie n to y de los m edios téc­
nicos e n las civ ilizacio n es tra d ic io n a le s su b ra y a a ú n más la *
p rim a c ía del e s p íritu . Las co n cep cio n es, com o los sueños
del h o m b re , siem p re h a n p re c ed id o las posibilidades técnicas
de u n a época.
A ristó te le s y a h a b ía d e cid id o la lib e ra ció n del hombre
p o r la m á q u in a . " . . . Si las la n za d e ra s te jie ra n p o r sí solas
y si los p le c tro s to c a r a n la c íta r a , e n to n ce s los maestros
de ob ras n o te n d r ía n n in g u n a necesidad de peones, n i los
señores n e c e s ita ría n esclavos” ( P o lític a IV , 3 ) . *
E n el siglo V a n tes de n u e s tra era, u n m e cá n ic o griego,
A rq u ita s , h a b ía fa b ric a d o u n a p a lo m a de m a d e ra que vo­
laba. E n el siglo I I de n u e s tra era, H e ró n de Alejandría
im a g in ó , y q u iz á realizó , u n a cap illa cu y as p u e rta s se abrían i
y p e rm a n e c ía n ab iertas m ie n tra s a rd ía el fu e g o , p ara ce- 1
rrarse , ta n p r o n to co m o el fu e g o se ap ag ab a. E n su trata- '
do de los A u t ó m a t a s , tra d u c id o , en 1693 p o r Thévenot,
describe u n a escena de la ley en d a de N a u p lis qu e repre­
sen ta u n astillero in te rp re ta d a e n te ra m e n te p o r autómatas, j
Los c a rp in te ro s q u e m a n e ja b a n d ife re n te s h e rra m ie n tas, los 1
delfin es q u e sa lta b a n y las olas del m a r e stab an movidos j
p o r sim ples sistem as de c o n tra p e so , c u erd as y p alan cas (The- j
v e n o t: M a th e m a tic i Y e te r es) .
O c u rrió lo m ism o c o n to d o s los dispositiv os q u e Leonardo
da V in c i señaló en sus C u a dern os·, alg u n o s fu e ro n geniales
a n tic ip ac io n e s, dem asiado a d ela n ta d as c o n re la ció n a las téc- j
nicas de la ép o ca p a ra q u e p u d ie ra n ser realizadas. Faltaba
u n m o to r p o d ero so y liv ian o p a ra q u e el p rim e r avión
p u d ie ra v o la r e n el cielo de F lo re n c ia e n el siglo X V I. Otros
in v e n to s, fá c ilm e n te realizables, sólo h a lla ro n indiferencia.
Para que u n a idea se c o n c re te , es preciso qu e to d a u n a
corriente de v o lu n ta d h u m a n a la im p u lse a m a n ife sta rse .^
Leonardo da V in c i h a b ía im a g in a d o u n a b a rc a de alabes,
que h u b iera a h o rra d o la fu e rz a de los rem ero s y u n a esca­
fandra. Los m ate ria les de la ép o ca p e r m itía n la re a liza c ió n
de esos dos in v e n to s. N u n c a se re a liz a ro n p o rq u e a n ad ie
le pareció ú til a h o rra r la fu e rz a de los galeotes o ir a v i ­
sitar el fo n d o de los m ares.
Pero sem ejantes c o n tra tie m p o s o c u rre n en n u e stro s d ías
a m uchos in v e n to re s.
Así, la in te lig e n c ia del h o m b re n o p a rece haberse p e r ­
feccionado e n el cu rso de los m ilenio s, su im a g in a c ió n c re a ­
dora ha seguido siendo la m ism a, llev an d o e n sí, desde el
origen, los m ism os esquem as p e rfe c to s. A lo sum o se p u e d e
hablar de u n c o n o c im ie n to m e jo ra d o del c irc u ito m a te ria l
del h o m b re de u n a p re n d iz a je del h o m b re sobre u n a m a ­
teria d escu b ierta.
Esta p e rfe c c ió n del p e n sa m ie n to es a ú n m ás e v id en te si
se considera la e x p resió n e sté tic a del h o m b re , en la c u a l el so­
porte m a te ria l c u e n ta p o co : el p e n sa m ie n to se expresa en
ella m ás d ire c ta m e n te .
"La c u alid ad de u n a o b ra de a rte está com o te jid a de
ausencia. La c o m p a ra c ió n de u n a fo to g r a f ía y de u n c u a d ro
hace se n tir h a sta q u é p u n to la c alid ad n a d a tien e qu e v e r
con la p re se n ta c ió n to ta l de u n o b je to . . . T a l c u a d ro ja p o ­
nés en el q u e h a y sólo alg u n as líneas y algunas tin ta s d e ­
crecientes, nos o fre c e u n a c alid ad m u c h o m ás ric a qu e ese
estudio ap licad o , d o n d e cad a á rb o l tie n e to d as sus h o jas”
(G. B erger, o p. c i t p ág . 6 6 -6 7 ) .
El p in to r de los bisontes de L ascau x o de A lta m ira c o n o ­
cería acaso u n é x ito ju stific a d o en las m ejo res g alerías de
pintura de E u ro p a , m ie n tra s q u e u n p in to r del siglo X V I
como C lo u e t, n o o b sta n te su m in u c ia de m in ia tu ris ta , casi
no p o d ría fig u r a r sino e n tre las ob ras de co n ch illas o de
punto q u e e n c a n ta b a n a las so ltero n as del siglo pasado y
a ciertos a n tic u a rio s especializados. E l h o m b re b u sca en la
o b ra de a rte el c h o q u e de u n e n c u e n tro c o n lo Invisible |
y n o la c o n te m p la c ió n de u n v irtu o sism o té c n ic o .
E l a rte , desde su p rim e ra m a n ife sta c ió n , fu e perfecto. ¡
N o h a h ab id o u n la rg o re c o rrid o del tra z o a la lín ea que- 1
b ra d a , luego al m e a n d ro y a la re p re se n ta c ió n fig u rad a . No
volvem os a h a lla r en el cu rso de las edades, a través de ;
los m ilenio s, u n d e sp e rta r c o m p a ra b le al del sen tid o de la i
re p re se n ta c ió n en el n iñ o . C ad a fo rm a de la ex p resió n artísti- }
ca h a resp o n d id o a u n a necesidad de la expresión de lo
sagrado. N a d a nos p e rm ite s itu a r las ob ras de a rte en una
serie e v o lu tiv a y c o n sid e ra r, p o r ejem p lo , a las obras de
In g res o de R osa B o n h e u r com o u n p e rfe cc io n a m ie n to .
E l h o m b re , p o r m ás lejos q u e lo hallem os en el tiempo
y en el espacio h a q u e rid o ex p re sa r las m ism as c ertid u m ­
bres, e m p le an d o co n fre c u e n c ia los m ism os sím bolos, armo­
niosos desde el o rig e n p o rq u e su p e n sa m ie n to era perfecto.
CAPITULO XI

P IN T U R A S D E L A L M A

T '\ u r a n t e m u c h o tie m p o , los h isto riad o res p e n sa ro n q u e


T - ' el a rte h a b ía n a cid o de los ocios de los cazad o res de
renos, re te n id o s e n su casa p o r frío s in v iern o s y liberados
de todo c u id a d o p o r juiciosas provisio nes. C a rta ilh a c fu e
el p rim ero e n L a F ra n c e p r é h is to r iq u e , a p a re c id a e n 1889,
en o b je ta r q u e los polinesios, q u e v iv e n e n la a b u n d a n c ia ,
no saben d ib u ja r n i las p la n ta s n i los anim ales q u e los
rodean, m ie n tra s q u e los b u sh m e n , el m ás m iserable
de todos los p ueblos, poseen so rp re n d e n te s a p titu d e s p a ra
la im ita c ió n : " C u b r e n sus rocas c o n cebras, av estru ces,
elefantes, rin o c e ro n te s y saben ta m b ié n c o m p o n e r v e rd a ­
deros c u a d ro s” .
El a rte , ta l co m o lo conocem os, ap arece e n el P a le o lític o
reciente, luego de la d esap arició n de los n ean d ertalen ses,
antes de la llegada de los n e o lític o s, q u in ie n to s siglos an tes
de n u e stra era.
Este p e río d o se c a ra c te riz a p o r los frescos célebres de
Lascaux y de m u c h a s g ru ta s situ ad as e n su m a y o ría e n el
sudoeste de F ra n c ia , los P irineos y la co sta a tlá n tic a al
norte de E sp añ a.
Sería in e x a c to d e c ir q u e los p re h isto ria d o re s d isp en saro n
al d e sc u b rim ie n to de esas g ru ta s u n a acogida e n tu siasta .
A M arcelin o de S a u tu o la , q u e e n c o n tró las g ru ta s de A l-
tam ira e n 1879, le n e g a ro n la e n tra d a e n el C o n g reso de
la P reh isto ria e n A rg e l.

211
E l h o m b re p rim itiv o d e b ía te n e r u n a q u ija d a de mono j
— q u e p o d ía fa b ric a rse c o n to d as sus piezas c o m o en Pil- *
td o w n — y bajos in stin to s. E n b u e n a lógica, n o p o d ía estar
d o ta d o p a ra las arte s de ad o rn o . N u n c a se h a visto que
u n m o n o se lan ce al a rte sagrado.
Pues n o se t r a ta de p in tu r a so lam en te y las g ru ta s no
son g alerías de a rte o m useos, sino san tu ario s. “ E stas grutas
n o e ra n v iviendas y n o se e n c u e n tra n en ellas los vestigios
h a b itu a le s de los c a m p a m e n to s h u m a n o s: resto s de cocina,
fra g m e n to s de o b jeto s diversos, e tc .” (A n n e tte Laming-
E m p e ra ire : L a s i g n i f i c a t i o n d e l ’a r t r u p e s t r e p a l é o l i t b i q u e ,
p á g in a 2 6 1 ) .
Sin e m b a rg o , e n L ascau x re a liz a ro n excavacio nes en el
p o z o del h o m b re c o n cab eza de p á ja ro el a b ate Breuil
y S. B lan c, d ire c to r de la R e g ió n p re h istó ric a de los eyzies.
N o h a lla ro n u n a s e p u ltu ra sino “ en p rim e r lu g a r u n gran
n ú m e ro de p ied ras calcáreas en las q u e evid entem ente
se h a b ía b u scad o la fo rm a p la n a o lig e ra m e n te cóncava.
Esas p ied ras n o p u e d e n p ro v e n ir del in te rio r de la gruta
y fu e ro n llevadas p o r los p a le o lític o s. . . L a m a y o r parte
de estas p ie d ra s te n ía n e n el c e n tr o de su c o n c a v id a d huellas
n eg ras m e zc la d as a veces c o n c a rb ó n de co n ife ra s. Se
t r a ta p o r c ie rto de lá m p a ra s p rim itiv a s ” ( A n n e tte Lam ing-
E m p e ra ire , o p . c i t . , p á g . 2 6 3 ) .
P a ra los p re h isto ria d o re s "esas lá m p a ra s p la n te a n u n pro­
blem a c u rio so ” . P arece, sin e m b arg o , posible vincularlas
sin dem asiada au d ac ia a los m o n to n e s de lá m p a ra s de barro
halladas ju n to a c ierto s te m p lo s griegos, com o en Pesi-
n o n te o a c tu a lm e n te e n c ierto s sa n tu a rio s cam pesin os del
M ag h reb .
E l a rte ta l co m o lo co nocem os es, desde su aparición,
u n a rte sin c a n d o r, u n a rte p e rfe c to , a lte rn a tiv a m e n te re­
p re s e n ta tiv o y realista o sim bólico, p e ro siem p re ligado a
lo sagrado.
D os ejem plos v a n a m o stra rn o s el a rte e n c u a n to p ro ­
y e cc ió n de lo sag rad o : las p in tu r a s ru p e stre s e n tre los dogon

212
V

Según M arcel G r ia u le . M a sc a r a s
ϊΑ Γ , ρ Τ η ς
lAG AJU U b d ogónf p 6g0> fig 215>

G E N IO S

Según M arcel i t
G r ia u le .
M a sc a r a s do g ó n ,
p . 6 9 0 , f ig . 2 2 4 .

i f 4"··
1

co m o M arce l G ria u le las h a d e sc rito en las M a s q u e s D o g o n ,


y las cav e rn a s d eco rad as de A u stra lia .
E n tr e los d o g o n , las p in tu ra s ru p e stre s se d iv id e n en dos
c a te g o ría s:
— las H a m m i, dedicadas a la re lig ió n ;
— las T o n u , p in tu r a s p ro fa n a s sin d e d icació n especial.
E l o b je tiv o de las H a m m i es re te n e r el " n y a m a ” de los
m u e rto s, es d e c ir su alm a v e g e ta tiv a .
L a o b ra de a rte fija , pues, lo sagrado, c a ra c te rís tic a que
volv em os a h a lla r en to d as las civilizaciones tradicionales.
Las p in tu r a s H a m m i de los d o g o n se e n c u e n tra n las más
de las veces en los lu g ares co n sag rad o s a las actividades
de las m á sc a ra s; p o r lo c u a l se las lla m a : " Im in a nyama
h a m m i” . P in tu ra s del n y a m a de las m á sc a ra s; p in tu ra s del
alm a.
Las e je c u ta n c o n o c re ro jo los an cian o s o ad u lto s mandados
p o r los an cian o s. A lg u n a s veces, las d iseñ an jóvenes o niños,
p e ro siem p re p o r o rd e n de los ancianos.
Las T o n u , al c o n tra rio , c are c e n de v a lo r religioso: negras
o blan cas, e stá n tra z a d a s c o n tie rra de c u a lq u ie r lugar y
sobre to d o las e fe c tú a n los circu n ciso s d u ra n te su retiro
en los abrig os qu e les e stá n consagrados.
E l n e g ro se o b tie n e c o n c a rb ó n m o lid o ; es desleído en
el ag u a c o n cieno, p u es c o rre sp o n d e a la tie rra húmeda
y fe c u n d a .
E l b la n co es el c o lo r de los m u e rto s. Se lo p ro d u c e con
e x c re m e n to s de hienas o de p á jaro s, y a q u e la hiena está
sim b ó lic am en te ligada a los m isterios de la m u e rte y los
p á jaro s re p re se n ta n el alm a h u m a n a .
E l ro jo se o b tie n e c o n el óxid o de h ie rro y sangre, pues
re p re se n ta la vid a.
E stas p in tu r a s ru p e stre s son d ifíc ile s de fe c h a r, porque
p e rió d ic a m e n te se las re a v iv a : las p in tu r a s a n tig u a s son
co n sid erad as co m o m ás eficaces q u e las m o d e rn a s. Reavivar
las fig u ra s a n tig u a s es re a liz a r el a c to sag rad o de alim en­
ta rla s, de crearlas de n u e v o .

214
El estilo n o v a ría , pues, c o n el tie m p o , p e ro , al c o n ­
trario, h a y tra n sm isió n c o n tin u a de a n tig u o s m o tiv o s. L o
que c a ra c te riz a este a rte es u n a e sq u e m a tiz ac ió n v o lu n ta ria
que llega al h e rm e tism o de u n sim bolism o c e rra d o del que
sólo algunos in iciados tie n e n la llave.
N ada d istin g u e las p in tu r a s sagradas de las p in tu ra s p r o ­
fanas, salvo la c a lific a c ió n p a r tic u la r de los e je c u ta n te s
y el destino del ab rig o rocoso d ecorado.
La ejecu ció n de las p in tu r a s sagradas está v in c u la d a a
un ritu a l preciso sin q u e in te rv e n g a jam ás u n a c re ac ió n
estética a rb itra ria .
El o b jetiv o de los o fic ia n te s es p rim e ro fija r el alm a
doble del a n tep a sad o m u e rto y re su c ita d o ta l co m o es re ­
presentado p o r la G ra n M áscara en fo rm a de se rp ien te :
es la fu n c ió n de los dos colores em pleados, el ro jo y el
blanco.
La serp ien te tra z a d a sobre la p a re d de p ie d ra se halla
vivificada p o r la san g re del sac rificio y p o r las p alab ras
de consagración. L uego la m a d e ra de la m á sc a ra se p o n e
en c o n ta c to c o n la ro c a : el d ib u jo se c o n v ie rte en to n ces
en el re c e p tá c u lo d e fin itiv o de la fu e rz a invisible.
H a h a b id o en el pasado tra n sm isió n r itu a l de la fu e rz a
del an tep asad o a la m á sc a ra de m a d era, luego a la fig u ra
rupestre. U n a vez que la serp ien te v iv ie n te h a desaparecido,
cada u n a de las m áscaras de m a d e ra , ta lla d a en cad a fiesta,
cada sesenta años, re to m a la fu e rz a v ita l del an tep asad o
conservada p o r el d ib u jo y la su sta n c ia de los colores qu e
la co m p o n en .
E studios re c ien te s re alizados siste m á tic a m e n te p o r espe­
cialistas nos p e rm ite n c o m p re n d e r m e jo r el sen tid o p r o ­
fundo del a rte a u stralian o . Su p u n to de p a rtid a es el m is­
mo que el de la sociedad h u m a n a : la ep o p ey a del a n te ­
pasado m ític o y de sus dos h e rm a n a s, las D ja n g g a w u l, que
recorrieron el p a ís en el alba de los tiem p o s, p o b lá n d o lo co n
los p rim ero s seres h u m a n o s, los fu n d a d o re s de los clanes.
1
E ste la rg o p o em a es u n viaje, c o n to d o lo q u e esa pa­
la b ra c o m p o rta de in ic iá tic o , es u n a génesis y al mismo
tie m p o u n a c lasificació n de los seres y de las cosas entre
los dos p rin c ip io s fu n d a m e n ta le s del m u n d o : " d u a ” y "ji-
r i t j a ” , los dos' polos opuesto s y c o m p le m en ta rio s de todo
p e n sa m ie n to d u alista.
U n o de los aspecto s de la in ic ia ció n es ser revelación
de los o ríg en es m ístic o s del g ru p o y to m a de conciencia
social.
Las cerem o n ias tie n e n lu g a r en g ru ta s decoradas, cuyo
paisaje está en re la c ió n co n el m ito de la creación del
m u n d o , c o n la h isto ria de los an tep asad o s que crearon la
tie rra y los h o m b res.
C ad a tr i b u a u stra lia n a tien e su g a le ría su b te rrá n e a donde
e stá n re p re se n ta d o s los sím bolo s de su d e p en d e n c ia mística
del m u n d o visible y, m ás allá, de u n o de los principios
del m u n d o invisible.
" C u a n d o se in te rro g a — sobre esto— a inform adores
in d íg e n a s. . . su p e n sa m ie n to p a rece e v o ca r la disposición
de las g alerías su b te rrá n e a s p a ra re c o rd a r el lu g a r de cada
a rtíc u lo a lim e n tic io en la o rg a n iz a c ió n del m u n d o ” (Elkin:
T o te m is m tn N o r t h W e s te r n A u s tr a lia ; O c e a n ía , vol. III,
p á g in a 4 6 5 ) .
E stas p in tu r a s p a re c e n ser u n a " a y u d a m e m o ria ” ilus­
tra d a q u e p e rm ite situ a r el sitio de cad a u n o de los clanes
y de cad a cosa c o n re la ció n a los h o m b res.
Los tra b a jo s de A n d ré L e ro i-G o u rh a n d ie ro n a estos
d e sc u b rim ie n to s hechos en A u stra lia su p ro lo n g a c ió n en
el tie m p o , h a sta la p re h isto ria .
E l estu d io e sta d ístic o de m ás de dos m il representaciones
en sesenta y dos g ru ta s de F ra n c ia h a m o stra d o que los
signos y los sím bolo s n o fu e ro n tra z a d o s al a z a r p o r los
h o m b re s de la p re h isto ria sobre pared es rocosas. E n el
98 p o r c ie n to de los casos, e stá n d istrib u id o s siguiendo un
o rd e n , siem p re el m ism o, en las div ersas cám aras de las
g ru ta s. Los anim ales e stá n a g ru p a d o s de la m ism a m anera:

216
r| .......................................
es así com o el b iso n te y el caballo e stá n siem pre asociados.
Estos anim ales e stá n siem pre aco m p añ ad o s, y según c ie rto v
! orden, p o r sím bolo s m ascu lin o s o fem en in o s, com o p a ra
1 indicar la d e p en d e n c ia de u n o u o tro de los p rin c ip io s del
mundo. Las c av ern as p re h istó ric as fu e ro n deco rad as pues
según u n p la n c o h e re n te , a ta l p u n to que los p re h is to ria ­
dores que re a liz a ro n este d e sc u b rim ie n to p o d ía n p re v e r el
sitio de cada a n im a l y de cad a signo. P a re ja m e n te , " e l
vestíbulo, las piezas cen trale s, las capillas te rm in a le s de
las grutas, siem pre según el m ism o p la n c o h e re n te , e stá n
dedicadas a los sím bolo s de sig n ific a ció n m a sc u lin a y f e ­
menina” (R . y L. M ak a riu s: L ’o rig in e de P E xo g a m ie e t
dn T o té m is m e , págs. 1 7 4 -1 7 5 ).
Según L e ro i-G o u rh a n , las sesenta y dos g ru ta s estu d iad as
¡ revelan u n a relig ió n de la qu e n o p u ed e decirse qu e a tr i-
¿ buya v e rd a d era im p o rta n c ia a la divisió n del m u n d o a n i-
| mal y de la sociedad h u m a n a en dos g ru p o s o p u esto s y
; com plem entarios, seg ú n los dos p rin c ip io s del m u n d o , tales
como los d e fin ió el p e n sa m ie n to d u a lista (c o n fr. A . L ero i-
Gourhan: R é p a r titio n e t g r o u p e m e n t des a n h n a u x d a n s
l’art pavié ta l p a lé o lith iq n e : B u lle t in de la so c. P réb is.
i Fr., vol. 54, 1958, págs. 5 1 5 -5 2 8 , y id .: L e s y m b o lis m e
! íles gran ds sign es dan s P a rí p a r ié ta l p a lé o lith iq u e : id.,
páginas 3 8 4 -3 9 8 ).
Por lo ta n to podem os a d m itir u n a re la ció n posible e n tre

l dos fo rm as de civ iliz ac ió n d ista n cia d a s p o r alg u n as c e n -
[ tenas de siglos, o p o r varios m illares de k iló m e tro s. D e ­
l bemos ig u a lm e n te c o m p ro b a r la c o n tin u id a d de u n m ism o
pensam iento, ta l com o se nos m a n ifie sta p o r signos ta n -
i gibles.
El estu d io de las p in tu r a s sobre c o rte z a , en A u stra lia ,
nos da o tro te m a de re fle x ió n .
Los p rim e ro s viajeros q u e d e sc rib ie ro n a los a u stralian o s,
hacia 1807, nos los m u e s tra n com o h a b ita n te s de chozas
de hojas de c o rte z a , c u y o in te rio r estaba d e co rad o c o n
pinturas.
! 217
Los m useos n o tie n e n la p ro b a b ilid a d de poseer muestras j
de este a rte , pues la c o rte z a n o se co n serv a de u n a estación
h ú m e d a a o tra . |
Las p in tu r a s qu e poseem os a c tu a lm e n te h a n sido reali- !
zadas a p ed id o de los etnólogos: p u e d e n re p ro d u c ir mo- ¡
délos a n tig u o s, p e ro n o es ese su p rin c ip a l in terés.
E n esas p in tu r a s sobre c o rte z a , volv em os a hallar el j,
m ism o c u id a d o p o r e x p re sa r lo sag rad o : n o c ió n que do- 4
m in a el a rte en to d as las civilizaciones trad icio n ales.
Los colores b la n co , am arillo , n e g ro y ro jo obedecen a
las reglas de u n sim bolism o qu e em plea los dos principios I
del m u n d o y los dos clanes opuestos y com plem entarios
de la sociedad de los h o m b res.
E l ro jo y el b la n co re p re se n ta n la m ita d " d u a ” , el amarillo
y el n e g ro la m ita d " jir it ja ” . E l a rtis ta es a n te todo, ¡
com o e n tre los d o g o n de A fric a , u n in iciad o , u n anciano
q u e co n o ce los sím bolos y los m ito s secretos. I
Los paneles realizados sobre la c o rte z a de u n eucalipto '
se p re s e n ta n a los novicios en el m o m e n to de su inicia- ,
ció n , a lo larg o de los d ife re n te s grados. E l a rtista aus- I
tra lia n o lleva en sí el c o n o c im ie n to qu e va a actualizar, '
el episodio del m ito q u e debe sim b o lizar. Sin e rro r, traza ;
los signos q u e c o n v ie n e n c o n los colores ritu ales. Gracias ¡
a esos cu ad ro s, los h o m b re s se a c o rd a rá n de los clanes de
p a re n te sc o , de los m a trim o n io s, de las p ro h ib icio n es, cono­
c e rá n c o n e x a c titu d su sitio en el m u n d o .
A sí, en su o rig e n , el a rte n o es la e x p resió n personal i
de u n a rtis ta in sp ira d o , es, a n te to d o , en su fo rm a más !
p u ra , la e x p resió n de u n a sociedad y de u n ideal social.
E stam os pues m u y lejos del p in to r d o m in g u e ro cu y o origen j
n o se h a p re te n d id o h a c e r re m o n ta r al h o m b re de las ca­
vernas.
C o n las p in tu r a s sobre c o rte z a de los au stralian o s pal­
pam os la fra g ilid a d de la p ru e b a m a te ria l. Si los austra­
lianos n o h u b ie ra n te n id o o tra s fo rm a s de su a rte que
esos frág ile s c u ad ro s de in ic ia ció n , m u c h o s antropólogos
nos h u b ie ra n d ic h o q u e su escasa c a p a c id a d c e fá lic a , el
carácter " p r im itiv o ” de su f r e n te , nos im p id e n a trib u irle s v
cualquier clase de p e n sa m ie n to o rg a n iz ad o .
H ay, pues, hechos c o n te m p o rá n e o s q u e p e rm ite n v in ­
cular, si n o e x p lic a r e n te ra m e n te , hechos m u y a n tig u o s:
quizá p o rq u e se t r a ta de ex p resió n a rtís tic a y p o rq u e el
pensam iento h u m a n o se m a n ifie sta allí m ás d ire c ta m e n te
que en to d as las dem ás té c n ic a s de la m a te ria .
U na v e rd a d e ra h isto ria del a rte — q u e h a y q u e e sc rib ir
todavía— nos m o s tra ría la c o n tin u id a d de la e x p resió n a r ­
tística, sin q u e h a y a ev o lu ció n p lá stic a del sig n ific a n te ,
es decir del o b je to de a rte , y a ú n m enos, e v o lu ció n del
significado, es d e c ir del p e n sa m ie n to h u m a n o .
El a rte n o es el p riv ileg io de las civilizaciones m a te ria l­
mente b ie n a lim e n tad a s y b ie n equipadas. Si tra ta m o s los
problemas q u e el h o m b re de las civilizaciones tra d ic io n a les
considera c o m o esenciales, es d e c ir los p ro b le m a s de su
existencia te rre s tre y de su lu g a r e n el m u n d o , n o p arece
tampoco q u e la m e d ita c ió n sobre el ser y sobre su d e ­
venir sea p riv a tiv a de c iertas sociedades p riv ileg iad as.
El p re h is to ria d o r B u r k itt h a p o d id o d e c ir: " J a m á s h a
habido u n d esarro llo c o n tin u o del a rte q u e, p a rtie n d o de
los tiem p o s p re h istó ric o s, se h a y a d esen v u elto e n d ire c ­
ciones d ife re n te s e n tre pueblos d ife re n te s, c o n p e río d o s
donde la h a b ilid a d y la b elleza a lc a n z a ro n las cim as” .
Si el o b je to es el signo de u n a b ú sq u ed a e n la ex p resió n
de la p e rfe c c ió n té c n ic a , el a rte llega m ás fá c ilm e n te a
su p le n itu d p o rq u e el d o m in io de la m a te ria es e n él m enos
im p o rtan te; el p e n sa m ie n to en to d a s las civ ilizacio n es es
uno y p e rfe c to , fu n d a d o e n las m ism as c e rtid u m b re s q u e
jamás h a n n ecesitad o bosquejos.
T a m p o co h a h a b id o jam ás desarro llo c o n tin u o d el p e n ­
samiento h u m a n o , y n o p a rece q u e el v a lo r d ad o a la

219
1
in c ó g n ita de la p resen cia del h o m b re en el m u n d o y
de sus relacio nes c o n lo Invisible h a y a v a ria d o : h a s e g u ^
siendo de lejos, en el p e n sa m ie n to de las civ ilizacio nes tra
dicio nales, el e lem en to m ás c o n sta n te , la base de la ecua
ció n h u m a n a .

220
C A PITULO X II

LOS F R U T O S D E L A R B O L

A pr im e r a a cc ió n del h o m b re , dice el G énesis, h a sido


n o m b ra r la C re ac ió n , es d e c ir h a ce rla in te lig ib le al
| espíritu h u m a n o . E l v e rb o es p a ra el h o m b re u n m u n d o
I de creación q u e to rn a c o m u n ic a b le lo v iv id o , y p ro y e c -
'· tándolo m ás allá del y o , le da u n a ex isten cia y u n a d u -
\ ración n u e v a. E l len g u aje es u n m ed io de c o n o c im ie n to
i y de tra n sm isió n , ta m b ié n u n m ed io de in v estig ació n .
¡ N um erosas te n ta tiv a s se h a n re a liza d o p a ra e scalo n ar
■ las lenguas del m u n d o , situ arlas e n u n a p e rsp e c tiv a ev o -
I lucionista a pesar de las c o n tra d ic c io n e s in flig id as por
| hechos evid entes.
! U n sabio a le m á n llegó h a sta a a firm a r e n 1924: " E n
i e! lenguaje p rim itiv o , n o es la p a la b ra la q u e fo rm a la
unidad lin g ü ís tic a sino el sen tid o , es d e cir, la situ a ció n ,
j Se llama h o lo frasia a esta c a ra c te rís tic a q u e e x clu y e , n o
1, hace fa lta d ecirlo , to d o lo q u e ten em o s la c o stu m b re de
t llamar g ra m á tic a ” (T h . W . D a n z e l: D a s K u l t u r u n d R e -
i l¡si(n? des P r im itiv e n M e n s c h e n ) .
Se ha in sistido en su b ra y a r el c a r á c te r c o n c re to de los
¡ lenguajes llam ados p rim itiv o s. P aw ell, e n T h e e v o lu tio n
of language, se a d m ira del c a r á c te r c o n c re to de las le n -
' guas habladas p o r los indios de A m é ric a del N o r te . " U n
indio p o n k a , p a ra d e c ir: u n h o m b re h a m a ta d o a un
i conejo, debe d e c ir: el h o m b re , él, u n o q u e está de pie,
j ha m a ta d o -e x p re sa m e n te -la n z a n d o u n a fle c h a , el c o n ejo ,
\ él, uno q u e está sen tad o . H a y varios v erb o s p a ra d esig n ar
la a cc ió n de m a ta r seg ú n el m ed io em p lead o y varias for- í
m as verbales q u e in d ic a n o su b ra y a n la in te n c ió n . Tanto
el su jeto co m o el o b je to e stá n ro deados de afijos que pre- '
cisan su posición re sp e c tiv a ” .
T en em o s en n u e stra s lenguas o c cid e n ta le s lugares co­
m u n es q u e es posible c o n sid e ra r co m o esas unidades lin­
g ü ístic a s q u e re sp o n d e n a u n a situ a c ió n de la c u a l habla ,
D a n z e l. Sin e m b arg o , a firm a n d o q u e “ el fo n d o del aire ¡'
es fre sc o ” , n o ten em o s la im p resió n de e n c o n tr a r u n len­
g u aje p rim o rd ia l.
Los tra b a jo s re alizados desde h ace m ás de u n siglo por
lin g ü ista s c o m p e te n te s siem pre h a n llegado al descubrí- ¡
m ie n to de e s tru c tu ra s g ra m a tic ale s, c u a lq u ie ra haya sido j
la le n g u a e stu d iad a. B asta o b serv ar el fic h e ro de la bi- j
b lio teca de la E scuela N a c io n a l de las L en g u as Orientales ,
V iv as p a ra co n v en cerse. 1
E l h e b re o de la B ib lia, el g rieg o , el la tín , el árabe y
to d as las lenguas del A sia lleg an h o y sin p e n a a expresar
el p e n sa m ie n to de los h o m b re s m o d ern o s. Esas lenguas se ;
h a n a d a p ta d o al m u n d o té c n ic o n u e v o sin h a b e r tenido j
q u e c a m b ia r sus e s tru c tu ra s . M u y a m e n u d o cometemos ¡
el e rro r de c re e r q u e u n p e rfe c c io n a m ie n to en las técnicas i
de la m a te ria debe e n tr a ñ a r n e ce sariam e n te u n cam bio en !
la m a rc h a del p e n sa m ie n to h u m a n o . E l c re c im ie n to del
v o c a b u la rio n o c o n llev a sin e m b a rg o u n a m o d ifica c ió n de
las e s tru c tu ra s del p en sa m ie n to .
L a a b stra c c ió n q u e está en la base del len g u aje no es j
p riv a tiv a de u n a c iv iliz a c ió n o de u n a le n g u a privile- !
giada, sino de to d o s los h o m b re s: p u es cad a civilización
tien e su m o d o de ex p resió n p a rtic u la r. j
Sólo se n e c e s ita ría n pocos esfu erzo s p a ra a d a p ta r a los
p ro b lem as del siglo X X el eg ip cio de R am sés o el asirio i
de A su rb a n ip a l.
P a w e l n o pensó u n solo in s ta n te q u e u n in d io ponka '
h u b ie ra te n id o u n a penosa sorpresa a causa de la im pre­
cisión de la frase o c c id e n ta l: el h o m b re h a m a ta d o a un

222
conejo, q u e d eja la p u e r ta a b ie rta a to d as las hip ótesis
y necesita, p a ra ser m ás e x a c ta , nu m ero so s in cid en tes.
La necesidad de p re c isió n ¿es m ás " p r im itiv a ” q u e la
imprecisión?
A sim ism o, sig u ien d o sobre su te rre n o a los lin g ü ista s ev o ­
lucionistas, c o m p ro b a m o s q u e el fra n c é s posee u n a gam a
sorprendente de verb o s p a ra d esig n ar los g rito s de los d i­
ferentes anim ales, desde el ág u ila q u e g la p it (c h illa )
o tr o m p e tte h a sta la tó rto la q u e g e m it (g im e ) p a ­
sando p o r el a rre n d a jo q u e cajole (z a la m e a ), el c o co ­
drilo qu e se la m e n te (se la m e n ta ) y el rin o c e ro n te q u e
barete ( g r i t a ) : en to ta l o c h e n ta y c u a tr o v erb o s d i­
ferentes. Q u é ten em o s que e n v id ia r o re p ro c h a r a los E w e
que d isponen de tr e in ta y tre s verb o s p a ra e x p re sa r la
acción de m a rc h a r. ( C o n fr . G r a m m a tik d e r E w e s p r a c h e :
D. W e ste rm a n n , págs. 8 3 -8 4 ) .
L ivin gsto ne, e n sus M issio n a ry tra v e ls, se aso m b ra de
que los b a w e n d a te n g a n " p a r a c ad a llu v ia u n n o m b re
especial. . . in clu so los hechos geológicos n o h a n escapado
a su a te n c ió n ; tie n e n n o m b re s p a rtic u la re s p a ra c ad a es­
pecie de suelo y p a ra c a d a su e rte de p ie d ra o de ro ca.
No hay v a rie d a d de á rb o l, de m a to rra l o de p la n ta q u e
no tenga u n n o m b re e n su le n g u a ” .
¿Qué h a b ría q u e decir? " ¿ H e a q u í buenos n a tu ra lis ta s ? ”
0 ¿H e a q u í u n len g u aje p rim itiv o , e m b a ra z a d o de cosas
concretas?
Los indio s k lo m a th n o tie n e n p a la b ra g e n é ric a p a ra z o rro ,
ardilla o m arip o sa. C a d a especie de z o rro tie n e su n o m b re
particular. N o creo q u e eso sea u n a c a ren c ia de len g u aje,
como ta m p o c o el h ech o de c o n f u n d ir v arias especies d i­
ferentes e n u n té rm in o ú n ic o es el signo de u n a c a re n c ia
intelectual. P o r ejem p lo , e n el m ism o d o m in io , n o h a y e n
francés té rm in o ú n ic o p a ra d esig n ar los p e q u e ñ o s -m a m í-
feros-carniceros-de-piel, m ie n tra s q u e , al c o n tra rio , nos
ocurre q u e a veces g en eralizam o s dem asiado. E l té rm in o
de ave de c o rra l, c u a n d o los v en d ed o res de los m e rc ad o s

223
lo e x tie n d e n al co n ejo , p u ed e p a re c e r im p ro p io si nos ate­
nem os ú n ic a m e n te a la e tim o lo g ía .
P o r lo ta n to n i sobre el estu d io de las lenguas n i sobre
la c o m p a ra c ió n de los v o cab u lario s podem os c o n stru ir una
te o ría de la e v o lu ció n de la a b stra c c ió n en el pensamiento
hum ano.
E n to d as las civ ilizacio n es hallam os la n o c ió n de medida
c o n to d o u n sistem a de pesas y m edidas de lo n g itu d . Ahora
bien , la m e d id a es u n a fo rm a de la a b stra c c ió n , puesto
q u e su pone q u e se considere u n a c u a lid a d independiente
de sustancias div ersas: peso o lo n g itu d .
E stas nociones son m u y an tig u a s. Se h a n en co n trad o en
Siria, en R as S h am ra, vario s p latillo s de b ro n c e y series
de pesas tallad as en la p ie d ra , q u e d a ta n del segundo mi­
lenio an tes de n u e s tra era (c o n fr. S c h e ffe r: Ugaritica}
I, p á g in a 4 4 ) .
Las a n tig u a s civilizaciones am erin d ias c o n o c ía n , como la
C h in a y la In d ia , la b a lan z a " ro m a n a ” , lo que sorprendió
m u c h o a los c o n q u istad o res. E sta b a m a rc a d a según un
sistem a d ecim al c o h e re n te y c ó m o d o , lo q u e h a b ría debido
a so m b rar m u c h o m ás a esos españoles del siglo X V I.
E l m ás a n tig u o sistem a de m e d id a q u e conocem os con
c e rte z a d a ta del siglo I I I an tes de n u e s tra era. U n legis­
la d o r c h in o u n ifo rm ó los tu b o s m usicales, las m edidas de
lo n g itu d y de c a p a c id a d así co m o los astiles de las balan­
zas. La base del c á lc u lo p o n d e ra l era el g ra n o de mijo:
d iez g ran o s h a c ía n u n lei> diez lei h a c ía n u n c h o u y veinti­
c u a tr o chcm h a c ía n u n lean g.
C ie rto s d o c u m e n to s chinos, d a tad o s de la d in astía de
los Y in (X V - X I V an tes de n u e stra e ra ) nos h a n transm i­
tid o u n sistem a de n u m e ra c ió n d e cim al de tre c e caracteres
n u m é ric o s fu n d a m e n ta le s: los n u e v e p rim ero s núm eros y
las c u a tr o p rim e ra s p o te n c ia s de diez, lo q u e p e rm ite re­
p re s e n ta r c u a lq u ie r n ú m e ro h a sta cien m illones. O tro sis­
te m a p e rm itía ex p re sa r n ú m e ro s m ás elevados h asta ÍO/ 00
En A sia o c c id e n ta l, las tablillas de U r u k , q u e d a ta n
de com ienzos del I I I m ilen io , p ru e b a n la ex isten cia d e
una n u m e ra c ió n a la v e z d e cim al y sexagesim al (c o n fr.
R. L arg em en t: C a lc u l, A sie o c c id e n ta le e n A r c h é o lo g ie des
Techiniques, p ág. 19 3 ) .
Sería ab su rd o v e r e n este sistem a d e cim al el re sto de
una c u en ta p rim itiv a c o n los dedos, m ie n tra s se a d m ite
para la c u e n ta sexagesim al u n a base c ie n tífic a sacada de
los tre in ta d ía s de la re v o lu c ió n lu n a r y de las doce r e ­
voluciones del año L u n i-so la r.
Las a n tig u a s civilizaciones m e x ic an a s y su d am e ric a n as
llegaron a e x p re sa r n ú m e ro s m u y elevados c o n la a y u d a
de cuerdecillas a n u d ad a s llam adas q u ip o . “ Las c u e n ta s c o n
el quipo, c o m o co n secu en cia de la c la ra o rd e n a c ió n de las
cifras, d e b ía n h a b e r sido m u y fáciles, pues las c ifra s te n ía n
an valor c o rre sp o n d ie n te a su p o sició n . . . Es casi ta n fá c il
hacer adiciones y su straccio n es c o n u n q u ip o c o m o h a c e r
cálculos sobre el p a p e l c o n c ifra s árab es” (E . N o rd e n sk ió ld :
Le calcu l des a n n é e s e t des m o is d a n s les q u ip o s p é r u v ie n s .
Journ. Sociétés A m é ric a n iste s, N . Serie, t. 18, 1926,
página 6 0 ).
Estos pocos ejem plo s nos m u e s tra n que, en to d a s las c i­
vilizaciones, el h o m b re posee u n ig u a l p o d e r de a b stra c c ió n
y ha im ag in ad o sistem as d ife re n te s de m e d id a y de cálcu lo .
Parece in clu so q u e e x isten a veces dos sistem as: u n c álc u lo
contable q u e sirve a las op eracio n es de la v id a c o tid ia n a
y un c álc u lo sabio q u e p e rm ite c o m b in a cio n e s m ás sutiles.
En las civ ilizacio n es a m erin d ias, co m o en la M eso p o tam ia
del II m ilen io an tes de n u e s tra era, el c á lc u lo sabio, re ­
servado a los altos fu n c io n a rio s, e ra en señ ad o e n escuelas
especializadas.
Es la m e n ta b le q u e n in g ú n m a te m á tic o h a y a tr a ta d o de
estudiar y c o m p a ra r el p e n sa m ie n to m a te m á tic o de la A n ­
tigüedad y de las civ ilizacio n es trad icio n ales.

•3« * *

22,5
1
E n to d as p a rte s el v e rb o se co n sid era com o el instru­
m e n to de la c o n c e p tu a liz a c ió n , de la a b stra c c ió n y de la
tra n sm isió n : p o r esto se h a c o n v e rtid o en el sím bolo de
la c re a c ió n d iv in a.
V olvem os a h a lla r e n la m ism a base del pensam iento
h u m a n o , de u n e x tre m o al o tro del espacio y del tiempo,
las m ism as posib ilid ades de a b stra c c ió n , la m ism a con­
c ep c ió n de u n v e rb o c re a d o r, im a g e n de la p rim e ra vi­
b ra c ió n e n el o rig e n de las cosas.
H e m o s p re te n d id o c o n v e r tir la e sc ritu ra en u n a línea
de d e m a rc a c ió n e n tre p ueblos civ ilizad o s o capaces de
serlo y p u eb lo s irre m e d ia b le m e n te p rim itiv o s.
U n m ism o p e n sa m ie n to h u m a n o está en la base del sím­
bolo y de la e sc ritu ra . E l sím b o lo es g en eral, la escritura
a p arec e c ad a v ez q u e el h o m b re ve la necesidad de con­
se rv a r c ierto s hechos y de n u m e ra r su tra n sm isió n con la
a y u d a de u n código m ás claro q u e u n a sim bólica particular.
L a h u m a n id a d e n te ra ha co n o cid o sistem as d iferen tes de
e sc ritu ra y les h a dado, según los casos, u tilizacio n es di­
fe re n te s. Las civ ilizacio n es de A m é ric a c e n tra l conocieron
las e sc ritu ra s o lm eca y m a y a , así co m o las ligaduras o
q u ip o s u tiliz a d o s en el a n tig u o P e rú .
Es este sistem a de lig a d u ra s el q u e re iv in d ic a com o origen
la e sc ritu ra ch in a. S eg ú n las tra d ic io n e s de los m andarines,
el e m p e ra d o r F u c - H i, en el V m ilen io an tes de nuestra
era, h a b ría in v e n ta d o la e s c ritu ra y los libros p a ra reem­
p la z a r los n u d o s y las lig ad u ras em pleadas h a sta entonces
(C .R . C o n fe re n c ia de T r a n T r o n g K im el 22-10-1922:
L a d o c tr in e d u N h o ; C o n f u c i m e t ses d iscip les, Ediciones
b ilin g ü es del H o g a r de los E s tu d ia n te s an am itas, 1924,
p á g in a s 7 a 9 ) .
P a ra las dem ás civilizaciones debem os a d m itir com o fe­
c h a c ie rta el I I I m ilen io an tes de n u e s tra era: lo cual
n o p ru e b a de n in g ú n m o d o q u e h ay am o s sido capaces de
in te r p r e ta r los signos del P a le o lític o , calificad o s p o r noso-

226
tros de g r a f f i t i 1, y q u e les h ay am o s n eg ad o la calid ad
de escritu ra c o n p len o c o n o c im ie n to de causa. ^
En las civ ilizaciones tra d ic io n a les, existe c ie rto n ú m e ro
de p ro ced im ien to s destinados a c o n se rv a r el p e n sa m ie n to
y tra n sm itirlo , q u e n o re sp o n d e n e x a c ta m e n te a n u e stra
concepción de la e sc ritu ra .
Podem os a lin e ar en esta c a te g o ría el sistem a id e o g ra m a -
Ù
! tico d e sc u b ie rto p o r M a rc e l G ria u le e n tre los d o g o n , p o r
i Germaine D ie te rle n e n tre los b a m b a ra y los b o zo de S u d á n
(confr. M a rc e l G ria u le y G e rm a in e D ie te rle n : S ig n es G r a -
phiques so u d a n a is ) . E stos signos c o n stitu y e n , sobre to d o , u n
registro de sím bolos q u e p e rm ite n e x p re sa r los d ife re n te s
estados de las v e in tid ó s c a te g o ría s de seres q u e c o m p o n e n
la creación.

Los d o g o n estab lecen u n a c o rre sp o n d e n c ia e n tre tres sis­
p temas de re p re se n ta cio n es g rá fic a s, c ad a v ez m ás c o m p li­
cados y las tre s o rg a n iz ac io n e s sucesivas del m u n d o . Los
signos del p rim e r m u n d o re p re se n ta n las constelaciones, los
signos del seg u n d o m u n d o e x p lic a n los del p rim e ro , los
signos del te rc e r m u n d o , qu e c o n s titu y e n la base del sis­
tema g rá fic o , en n ú m e ro de c u a re n ta y c u a tro , h a n des­
cendido del cielo. Las cosas y los seres re c ib ie ro n u n signo
aun antes de a p are c e r en la tie rra .
Es e x tra ñ o h a lla r en este p e n sa m ie n to la base m ism a
de lo q u e se llam ó la C àb ala. U n a tra d ic ió n nos enseña
* en efecto, q u e c u a n d o el S an to , b e n d ito sea, creó el m u n d o ,
inscribió en el m u n d o in in te lig ib le las letras q u e re p re se n ta n
los m isterios de la fe ; Y o d , H é , Y a v , H é q u e fo rm a n el
nombre d iv in o y re su m en to d o s los m u n d o s de A rrib a y
í de A bajo (c o n fr. H e n r i S erouya: L a K a b b a le , p á g . 337
y 2 obar, II, 26 b .) . Las v ein tid ó s le tra s del a lfa b e to h e ­
braico n a c ie ro n del B e th , p rin c ip io fe m e n in o , y del A le p h ,
! principio m a sc u lin o : el c o n ju n to de estas le tra s se resum e
en la p a la b ra h a -s h a m a im — los cielos— q u e fig u ra en

1. D ib u jo s o in scrip cio n es en las paredes.


y
el p rim e r v e rsíc u lo del G énesis. C a d a le tra h a tenid o su
p a p e l en la c re a c ió n del m u n d o , así la H é dio nacim iento
al cielo y lo p ro v e y ó de v id a, el V a v dio nacim ien to a
la tie rra y la p ro v e y ó de a lim e n to (c o n fr. id., o p . cit.
y Z oh ar, I, 3 0 · ).
Q u iz á h a y a q u e re v isar el p u n to de v ista "histo ricista”
q u e co n sid era a la C á b a la com o u n d e sc u b rim ien to , una
in v e n c ió n a trib u id a a Sim eón B ar Y o ch ai, adm itiendo, a
la lu z de los hechos d o g o n , q u e ella es, com o su nombre
lo in d ic a , u n a tra d ic ió n c u y o o rig e n se re m o n ta m ás allá
de la m e m o ria de los h o m b res.

* * sí-

E n tre los au stralian o s, el p alo -m e n sa je p e rm ite trans­


m itir el p e n sa m ie n to m ás co m p lejo , ta n to religioso como
p ro fa n o . Se c o n o ce n nu m ero so s ejem plo s, así la "ca rta ”
p o r la c u a l u n a u stra lia n o , M u n g a ra u i, p id e c ie rto número
de o bjetos a u n c o m e rc ia n te b la n co y re c u e rd a lo que
éste le debe.
E l p u n to c e n tr a l (a ) re p re se n ta al h o m b re b lan co des­
tin a ta rio del m ensaje. E l triá n g u lo (b ) precisa que es
necesario e n v ia r u n a to a lla ; o tro s tre s triá n g u lo s (c ) re­
p re s e n ta n ta p a rra b o s, ( d ) u n n u e v o c in tu ró n , (e ) u n cu­
chillo, ( f ) u n espejo, (g ) hojas de a fe ita r, (h ) dos líneas
p a ra la pesca, ( j) p a n ta lo n e s, ( k ) u n a cam isa, (1) u n peine
y ( m ) b rilla n tin a .
E n la o tr a c a ra , la p a r te su p e rio r p lu m e a d a es pura­
m e n te d e c o ra tiv a ; ( n ) re p re se n ta al re m ite n te M ungaraui,
los triá n g u lo s (o ) in d ic a n la su m a de d in e ro q u e el des­
tin a ta rio le debe p o r el n á c a r y el c a re y de to rtu g a , (p)
p id e adem ás u n a bolsa de h a rin a , ( q ) a z ú c a r, ( r ) andullos
de ta b ac o . E n fin , (s) es el signo del p ed id o (Charles
P. M o u n tf o r d : R e c o r d s o f th e A m e r ic a n A u s tr a lia n Scien-
t i f i c E x p e d itio n to A r n h e m L a n d , I Art> M y t h a n d Sym -
b o lis m , p á g . 46 7 , fig . 67, E . y C . ) .

228
Para el tr a f ic a n te q u e la recib ió , esta m isiva e ra ta n
clara com o u n a c a r ta c o m ercia l p o r el estilo de ésta: " E n v
respuesta de su a te n ta , ten em o s el h o n o r de re c o rd a rle q u e
su c u en ta tie n e u n saldo a n u e stro fa v o r; p o r lo ta n to ,
tenga a b ien h a ce rn o s lleg ar los sig uientes a r tíc u lo s . . . ”
El a u stra lia n o q u iz á p o n g a ta n to c u id ad o y ta n to es­
mero en g ra b a r su p alo -m en saje com o u n e sc rito r e n p u lir
sus frases.

PA LO -M EN SA JE A U ST R A L IA N O ( o y i r r k a l l a )
Según C harles P . M ou n tfo rd .

E n tre el q u ip o y el “ y irr k a lla ” o p a lo -m en saje a u s tra ­


liano, p o d em o s s itu a r los m o tiv o s d e co rativ o s q u e sólo c o ­
nocen las m u jeres q u e d e c o ra n c ie rta s vasijas de A f r ic a
del N o r te , c o n v irtie n d o a c ad a re c ip ie n te de b a rro e n
un m ensaje sim bólico y , e n c ierto s casos, en u n a v e rd a d e ra

229
" c a r t a ” c o n u n sen tid o preciso. A sí, el losange simboliza
u n a cab eza de asno. U n losange q u e tien e en sus dos puntas
el signo q u e re p re se n ta el pein e in d ic a u n a m u je r infeliz
" q u e n o tien e m ás tie m p o p a ra p ein arse que u n asno ago­
biado de tra b a jo ” . L a m u je r q u e p in te ese signo en su
casa, seg u ra de q u e n o la c o m p re n d a n los h o m b res, atraerá
sobre ella la s im p a tía a c tiv a de to d as las m u jeres de la
aldea. Si h ace lle g a r a su m a d re alg u n o s pasteles en una
b a n d eja de b a rro así d eco rad a, está segura de provocar
la in te rv e n c ió n de la fam ilia.
Los tu a re g d a n u n ejem p lo preciso de la u tilid a d re­
la tiv a de la e sc ritu ra , q u e n o es, co m o p re te n d e ría m o s, un
c rite rio d e fin itiv o , u n a fr o n te r a q u e separa a los hombres
de tra d ic ió n o ra l y a aquellos c u y o p e n sa m ie n to supues­
ta m e n te m ás ric o im p u lsa prensas y ro ta tiv a s, expandiendo
a tra v é s del m u n d o el m ensaje de los diarios de la tarde
y las revistas sen tim en tales.
E l " tif in a g h ” em p lead o p o r los tu a re g es u n a escritura
a lfa b é tic a q u e p o d ría serv ir de m ed io de ex p resió n cómodo
si a los tu a re g les in te re sa ra . E l P a d re de F o u c a u ld lo
em pleó p a ra c o m p o n e r su D ic c io n a rio tu a re g -fra n c é s en
c u a tr o v o lú m en es y 2.028 p ág in as (e d ita d o p o r A ndré
Basset en 1 9 5 1 ).
A h o ra bien , esta e sc ritu ra sólo sirve p a ra m a rc a r límites
de pastos o p a ra in s c rib ir sobre las rocas del H o g g a r ino­
cen tes in scrip cio n es, co m o " M o h a n d am a a F a tú m ” . Las
le tra s im presas al ro jo v iv o sobre el pelaje de los camellos
h a c e n las veces de m a rc a s; se in sc rib e n a veces nombres
p ro p io s en los escudos de los g u e rre ro s o se los g rab a en
la h o ja de sus re c ta s espadas, las " t a k u b a ” : esto no va
m ás lejos. E n este p u e b lo q u e posee u n a tra d ic ió n m ara­
v illo sam en te ric a , cu y as leyendas, poem as y can to s son
in n u m e ra b le s, la e sc ritu ra , a u n a lfa b é tic a , q u e se le conoce,
tie n e u n c a r á c te r c o n tin g e n te y , de n in g u n a m a n e ra ayuda
a la ex p resió n y a la tra n sm isió n del p e n sa m ie n to hum ano.

230
Es v an o , pues, q u e re r c o n v e rtir el signo escrito en el
criterio irr e f u ta b le q u e aisla al h o m b re b la n co y a alg u n o sv
felices elegidos.
N ecesitam os re c o n o c e r qu e el h o m b re , de u n e x tre m o
al otro del tie m p o y del espacio, posee los m ism os m edios
intelectuales p a ra c a p ta r el m u n d o .
Pero q u iz á h a y a u n a d ife re n c ia e n tre O c c id e n te y las
civilizaciones trad icio n ales.
Para n o so tro s los occid en tales, com o dijo E d m u n d H u s -
serl: " E l m u n d o o b je tiv o q u e existe p a ra m í, qu e h a exis­
tido o q u e e x istirá p a ra m í, ese m u n d o o b je tiv o c o n to d o s
sus objetos a g o ta en m í m ism o to d o el sen tid o y to d o el
valor ex isten cial q u e tie n e p a ra m í ” ( M e d ita c io n e s c a r ­
tesianas, p ág . 2 2 ) .
El h o m b re de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les d irá , p o r
su p a rte : " E l m u n d o o b je tiv o q u e existe p a ra m í, que h a
existido y q u e e x istirá sin m í, fu e ra de m í, ese m u n d o
objetivo co n to dos sus objetos, a g o ta com o yo to d o su
sentido y to d o su v a lo r en lo Invisible, de d o n d e v e ­
nimos, y p o r ello, en D io s, q u e h a c read o el m u n d o y
me ha cread o p a ra ser u n e lem en to de la a rm o n ía có sm ica” .
La cien cia o c c id e n ta l p la n te a u n y o y u n 1 1 0 - y o : u n
sujeto p e n sa n te y u n o b je to pensado. La cien cia en las
civilizaciones tra d ic io n a les e n u n c ia , al c o n tra rio , u n m u n d o -
e n -m í y u n m u n d o - e n - e l- m u n d o . Sólo p a ra n o so tro s los
occidentales, la e p id erm is separa dos regio nes h e tero g én eas:
el m u n d o y el yo.
E n las civilizaciones tra d ic io n a les n o h a y e sfu erz o p a ra
juntar los dos té rm in o s: si el m u n d o está en m í, poseo
su c o n o c im ie n to , y si estoy en el m u n d o , no te n g o q u e
delim itar en él m i lu g a r p o rq u e y a h a sido p re p a ra d o ,
con v irtié n d o m e en u n elem en to de la a rm o n ía del m u n d o .
Debo c u id a rm e de n o salir de él.
H u sse rl h a m o stra d o , c o n n u ev as razo n es, q u e n o se
podría h a c e r la cien cia c o n p alab ras, es d e c ir c o n a c o n -

231
1

te cim ien to s. P arece q u e las civ ilizaciones tradicionales lo


h a n c o m p re n d id o desde hace tie m p o , desde siem pre.
Sin e m b arg o , c u a n d o vem os la c o m p le jid ad de las es­
tr u c tu r a s sociales en las sociedades q u e nos ro d ean , tene­
m os la te n ta c ió n de d e c ir q u e el h o m b re h a elaborado
u n a p rim e ra fo rm a de lógica c o d ific a n d o las relaciones so­
ciales. T o m a n d o c o n cie n c ia de la re a lid ad social, hubiera
e n to n ce s ap licad o este sistem a al m u n d o , p u d ie n d o así cla­
sific a r el u n iv e rso y resolv erlo en té rm in o s de parentesco.
N a d a nos p e rm ite a firm a r q u e el h o m b re , en lo que
se su p o n e el alb a de su p e n sa m ie n to , h a y a razo n ad o así.
N a d a nos p e rm ite e n c o n tr a r el alb a del p en sam ien to hu­
m a n o , im a g in a r sus fases m ás a n tig u a s y c o n v ertirla s en
fases " p rim itiv a s ” m enos co m p lejas q u e las del presente.
P odem os e stu d ia r, sea d ire c ta m e n te , sea co n la ayuda
de te stim o n io s, la m a n e ra en q u e el h o m b re " u tiliz a ” el
m u n d o . N o s so rp re n d e n o h a lla r ta n te o s: los ú n ico s hechos
observables m u e stra n , p o r el c o n tra rio , de u n ex trem o al
o tro del tie m p o y del espacio, la c e rtid u m b re de u n a gnosis
cu y as en señ an zas el h o m b re t r a ta de a p licar. Los hechos
e stá n a n te n u e stro s ojos, fáciles de a n a liz a r, c o n ta l que
se lo h a g a sin p reju icio s.
L a m a y o r p a rte de las c u a re n ta v ariedades de "y am ”
— ñ a m e — q u e c o n o c ía n los au stralian o s n ó m ad as de la
re g ió n de A rn h e m , c a re c e n de g u sto , son venenosas, fi­
brosas, de asp ecto p o c o a tra y e n te . Su p re p a ra c ió n , para
hacerlas com estibles, c o m p re n d e to d a u n a serie de opera­
ciones d ife re n te s. Los a u stralian o s d eb en ra lla r p rim e ro las
raíces c o n fra g m e n to s c o rta n te s de c o n ch as de caracoles.
L a p u lp a así o b te n id a se a ta en u n a re d y se pone en
rem o jo en agua. F e rm e n ta e n to n ce s rá p id a m e n te y debe
com erse te m p ra n o a la m a ñ a n a sig u ien te, pues, si se la
g u a rd a h a sta las h o ras calu rosas de la jo rn a d a , su inges­
tió n p ro v o c a ría fu e rte s jaquecas. (C o n f r . W ilb u r Chase-
lin g : Y u l e n g o r n o m a d s o f A r n h e m L a n d , p á g . 4 3 ) .

232
O tra v a rie d ad , " b a re e la ” ( D i o s c o r e a s a t i v a V a r . ) es ta m ­
bién m u y venenosa: se p a re ce a u n a p a p a n u e v a de p ie l v
fina. Los au stralian o s la co ce n sobre p ied ras calien tes, b ajo
arena y p la n c h a s de c o rte z a . A l cabo de u n a h o ra de c o -
ción al esto fad o , las ra íc es se a rro ja n c o n c ie rta s hojas
en una z a n ja p o co p ro f u n d a , c u b ie rta de p la n ch a s de c o r ­
teza y de a ren a, sobre la c u a l debe a rd e r u n fu e g o a lre ­
dedor de die cio ch o horas. A l cabo de este tie m p o , los ñam es
son aplastados y am asados h a sta to m a r la co n sisten cia de
una p asta: e n to n c e s e stá n listos p a ra ser consum idos.
D ebem os a d v e rtir la o p osición m a rc a d a e n tre el c a r á c ­
ter ru d im e n ta rio de las h e rra m ie n ta s de los au stralian o s
y la c o m p le jid ad de las d ife re n te s operacio n es necesarias
para la p re p a ra c ió n de los ñam es.
N ad a nos p e rm ite re c o n s tru ir la serie de ensayos y de
errores q u e h a p e rm itid o al h o m b re ese re su lta d o p a r a ­
dójico: to r n a r co m estib le u n a p la n ta , v enenosa en su estado
natural. N in g u n a tra d ic ió n nos in d ic a q u e los n ó m ad es
del A rn h e m L a n d h a y a n in te n ta d o d ife re n te s p ro c e d im ie n ­
tos, al a z a r, sobre todas las p la n ta s q u e e n c o n tra b a n . P o r
el c o n tra rio , las ú n ic as tra d ic io n e s q u e es posible re c o g er
convierten a las diversas v ariedades de ñam es en ap o rtes
de antepasados fu n d a d o re s. E ste a lim e n to de p re p a ra c ió n
com plicada n o es co n sid erad o co m o el re su lta d o de u n a
larga b ú sq u ed a , sino co m o u n d o n h ech o p o r lo In v isib le,
con el m o d o de em pleo.
Los rem edio s se c o n sid e ra n ig u a lm e n te dones de los dioses
y no adquisicio nes laboriosas de la cien cia del h o m b re .
Entre los a u stralian o s de la tie rra de A rn h e m , las m o r ­
deduras de tib u ro n e s y de cocodrilos se t r a t a n c o n la p u lp a
sacada de la c o rte z a del hib iscus am arillo a p lic ad a d u ra n te
varias horas. Las q u e m a d u ra s se tr a t a n c o n la a p lic ac ió n
de la savia viscosa de c iertas o rq u íd e a s; la d ia rre a , co n
una p la n ta sem iac u ática , el " b ra k p ili” , m o lid a e n el a g u a:
el rem edio se e x tie n d e en seguid a p o r to d o el c u e rp o y
se in tro d u c e e n la n a riz y en las orejas. L a c o rte z a del

233
á rb o l " m a in jo r tj” calm a los dolores de d ientes: la tos se [
tr a ta c o n la a y u d a de u n a p re p a ra c ió n a base de parén- ,
q u im a de e u c a lip to , de e x tra c to de h o rm ig as coloradas y de !
cera de abejas salvajes.
Si to d o esto nos da la im p resió n de u n a farm acopea
ra z o n a d a , o tro s elem en to s atestig u ad o s p o r etn ólo gos dig­
nos de fe, p a re c e n m ás d ifíc ilm e n te adm isibles. j
W ilb u r C h aselin g , en la o b ra y a c ita d a , re la ta el caso '
sig u ien te: " E l jo v e n G e ith a p o i fu e m o rd id o p o r u n a ser­
p ie n te . Su m a d re c a p tu r ó la se rp ien te y la colgó de un
árb o l. A m e d id a q u e la serp ien te m o ría , el estado del
n iñ o e m p eo rab a : la m u e rte estaba p ró x im a . La serpiente
dejó escap ar u n líq u id o a b u n d a n te co n sid erad o com o la
sangre del n iñ o . E n to n c e s, la serp ien te se restableció al
m ism o tie m p o qu e su v íc tim a . S o lta ro n la serp ien te ; una ¡
h o ra después, el n iñ o estaba de pie y c a m in a b a ” ( O p . cit .,
p á g in a 8 3 ).
Sin em b arg o , en las civ ilizaciones trad icio n ales, se con­
sidera qu e to d a c u ra c ió n p ro v ie n e de lo Invisib le. Esto
no e n g e n d ra n in g ú n fa ta lism o , sino al c o n tra rio , la apli­
c ació n de u n tra ta m ie n to c o m p le to q u e u n e remedios
m ateriales y c u ra c ió n e sp iritu a l: p o d ría m o s h a b la r en esta |
c irc u n s ta n c ia de m e d ic in a p sico so m àtica. ¡
E n la tie rra de A rn h e m , si u n h o m b re es h e rid o o está
e n fe rm o , se d irig irá a u n to rr e n te , sím b o lo del arco iris,
lazo ta n g ib le e n tre el cielo y la tie rra . Si se h a oído su
llam ad o , u n ra y o de lu z re fle ja d o p o r la c a íd a de agua }
irá a posarse sobre él, a n u n c ia n d o así u n a c u ra c ió n próxim a.
A veces, el e n fe rm o se a rra s tra h a sta el p o z o sagrado
de su g ru p o y se a rro ja en él in v o c a n d o la serp ien te mí- '
tic a . Si el p o z o está dem asiado lejos, h ace u n a g u jero sim­
bólico en la a re n a y se ro c ía c o n a re n a en lu g a r de agua. ¡
U n am igo sen ta d o a su lado c a n ta la h isto ria de la crea­
ció n lla m a n d o en su so co rro a la G ra n S erp ien te. E n las !
arenas rojas de A u stra lia , nos hallam o s e x tra ñ a m e n te cerca ¡
de E p id a u ro , d o n d e la S e rp ie n te , dios tu te la r de los As- ¡

254
clepíadas, ib a a lle v a r la c u ra c ió n a los p e re g rin o s re u n id o s
junto al sa n tu a rio (c o n fr. P ausanias, II, 28, 1 ) . v
Los viajeros m e n c io n a n c o n fre c u e n c ia las p re p a ra c io ­
nes de h ierb as c o n las cuales se h a n c u ra d o , m ie n tra s q u e
la farm aco p ea o c c id e n ta l se h a b ía rev elad o im p o te n te , es­
pecialmente en el tr a ta m ie n to de las m o rd e d u ra s de se r­
pientes.
C uando se nos p re s e n ta n casos p arecid o s q u e n o p o ­
demos e x c lu ir, ten em o s la te n ta c ió n de a trib u ir a las c i­
vilizaciones tra d ic io n a les u n a p ra x is p a rtic u la rm e n te a v a n ­
zada, es d e c ir u n c o n o c im ie n to d e tallad o del c o n to rn o .
Sin em bargo, estos rem edio s q u e nos a so m b ran , estas p la n ­
tas venenosas a tin a d a m e n te u tiliz a d as, n u n c a e n tr a n en el
marco de u n a h isto ria n a tu r a l del m u n d o d is tin ta de las
otras ram as del saber. E n n in g ú n caso se tr a t a de u n a
ciencia p a r tic u la r q u e p u d o a d q u irir u n a a lta especiali-
zación, en ra z ó n de c irc u n sta n c ia s diversas. P a ra los h o m b res
que v iv en esta a v e n tu ra , las té c n ic a s n o son m ás que los
fragm entos de u n a gnosis, algunos de los elem en to s c o n s­
titutivos de u n esquem a de o rg a n iz a c ió n del m u n d o . La
suma to ta l de los c o n o cim ien to s fo rm a u n a base c o n la
que el h o m b re se h a b en eficia d o y q u e es im posib le es­
tudiar sin c o n o c e r su clav e: en esta c irc u n s ta n c ia el m ito
que da c u e n ta a la v ez de la o rg a n iz a c ió n del m u n d o y
del lu g a r del h o m b re en el m u n d o .
El m ito c e n tra l y sus diversas p ro lo n g acio n es se nos p r e ­
sentan siem pre com o u n c o n ju n to , u n palacio c o n stru id o
lógicam ente c o n ta l c u id ad o de sim e tría q u e, c u a n d o c o ­
nocemos u n a de sus p a rte s, pod em o s a d iv in a r la disposi­
ción de las dem ás alas. Es u n a re a lid ad social, re su m en y
clave de to d o s los sím bolos. P u ed e c o m p arárse lo co n c ie r­
tos tem p lo s h in d ú e s q u e re su m en y c o n tie n e n la o rg a n iz a ­
ción del m u n d o , o c o n n u e stra s a n tig u a s cated rales, q u e
eran m ensajes de p ie d ra .
La cien cia, en las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, es u n a c ie n ­
cia de lo c o n c re to en c u a n to c a p ta el m u n d o y lo to r n a

23J
1

in te lig ib le al h o m b re ; p e ro in c lu y e e n lo c o n c re to todo
lo q u e llam am o s e sp iritu a l y lo q u e o ponem os a lo ma­
te ria l. T a l cien c ia es u n a gnosis, u n c o n o c im ie n to global,
n u n c a u n ta lle r e n el c u a l se a fa n a n hábiles aficionados,
tr a ta n d o de r e u n ir m a te ria les d isp arata d o s recogid os al azar.
Es u n a cien cia, es d e c ir c o n o c im ie n to p o seíd o y n o bús­
q u e d a: n o es u n la b o ra to rio de ensayo, es u n a sala de
paseo, u n h a ll de exposició n. E l in d iv id u o a p re n d e a com­
p re n d e r el sitio q u e o c u p a en el m u n d o y , p a ra ello, debe
c o n o c e r c o n p re c isió n el lu g a r de to d o s los seres en el
m u n d o y su situ a c ió n c o n re la ció n a él.
C o n o c e r u n a p la n ta o u n a n im a l n o es c o n o cer sólo
c ie rto n ú m e ro de c a ra c te re s m o rfo ló g ic o s, sino también
te n e r u n a visió n p recisa de las re laciones q u e ex isten entre
esa p la n ta , ese a n im a l y el h o m b re : es d e c ir sus "propie­
dades” .
P a ra e n c o n tr a r las p ro p ie d a d es fa rm a c é u tic a s de una
p la n ta , p o r ejem p lo , h a y q u e h a b e r establecido com o pos­
tu la d o u n lazo posib le e n tre esta p la n ta y el h o m b re, se­
g ú n u n a a rm o n ía p reestab lecid a.
L a cien cia, e n las civ ilizacio n es tra d ic io n a les p a rte de
u n esq u em a de la c re a c ió n del m u n d o y da, a partir
de allí, la e x p lic a c ió n de la re p a rtic ió n de to d as las cria­
tu ra s e n u n c ie rto n ú m e ro de c a te g o ría s: ella es primero,
clasificació n .
N o sólo estas c a te g o ría s son in m u ta b le s sino q u e el ini­
ciado posee la llave q u e p e rm ite in c lu ir en ellas hechos
n u ev o s y clasificarlos. E sta fle x ib ilid ad del pensam iento
c la sific a to rio n o debe llev arn o s a c o n c lu ir e n u n a forma
del b r i c o l a g e . 1 In c lu so el c o n s tr u c to r C h e v a l disponía
e n su p alacio de H a u te riv e s sus to rre c illa s, sus nichos, sus
m in a re te s n o en f u n c ió n de los g u ija rro s qu e recogía al
a z a r de sus a n d a n z a s sino sobre to d o obed ecien d o a una
visió n in te rio r global.

1. Lo que realiza el “ b ric o leu r” , h om b re h ab ilid oso que sabe utilizar


sus m an os c o n m a ñ a , a v eces m ejor q u e u n p rofesio n al.

236
"Y o c o n s tru ía e n sueños u n p alacio fe é ric o q u e so b re­
pasaba la im a g in a ció n : to d o lo q u e el genio de u n h u m ild e v
puede c o n c e b i r .. . E l to d o t a n lin d o q u e la im a g e n se­
guirá v iv ien d o al m enos d u r a n te d iez años e n m i c e re b ro ”
(Ferdinand C h ev a l, e n G ilíes E h r m a n n : L e s I n s p i r é s e t
le u r s d e m e u r e s , p á g . L V ) .
Como d e c ía ta m b ié n o tro in sp ira d o , R a y m o n d Isidore,
encargado del c u id a d o del c e m e n te rio de C h a rtre s y a r ­
quitecto c o n s tr u c to r de u n p a lac io sem ejan te: " E l es­
píritu ta m b ié n q u ie re elegir la m o ra d a q u e a m a ” (in
id . , o p . c i t . , p á g . X X X I X ) .
Así h a y in d iv id u o s q u e h a n c o n stru id o seg ú n su in s­
piración lo q u e c o n c e b ía n del m u n d o y de su lu g a r en
el m u n d o . A n a liz a n d o m in u c io sa m e n te estos palacio s de
quimeras, se d escu b re e n tre ellos u n a in n e g ab le a n alo g ía, a u ­
sente en las realizacio n es de los b r i c o l e u r s : n o se t r a t a
de u n c o n c u rso L é p in e ; es la re fle x ió n del alm a h u m a n a ,
su im agen, e n ru d o s espejos de p ie d ra .
Del m ism o m o d o , civilizaciones e n te ra s se h a n e d ific ad o ,
extrañam ente gem elas, de E g ip to al G o lfo de M éx ico . Si
se sobrepasa la a n alo g ía de las realizacio n es de p ie d ra o
de b ro n ce p a ra re m o n ta rse h a sta el e s p íritu , las c iv iliz a ­
ciones tra d ic io n a les a p a re c e n c o m o p irá m id e s d el p e n sa ­
miento, escalo n an d o la c re a c ió n sobre las g rad as de u n
arco ú n ic o llegado d el cielo.
Los b a m b a ra d iv id e n el m u n d o e n v e in tid ó s c a te g o ría s
que se v in c u la n a su m ito te ológico. E n tr e los d o g o n ,
el M o n ito r u n iv e rsa l ro b ó el fu e g o d el sol e n u n a p iel
de c arn ero — el p rim e r fu elle de fra g u a — y descendió
a la tie rra p o r u n h ilo — la p rim e ra ru e c a — c o n u n a rc o
que re c u e rd a el p rim e r y u n q u e c o n los v e in tid ó s g ran o s
prim ordiales de las cosas fu tu ra s .
D u ra n te m u c h o tie m p o , n u e s tra cien c ia o c c id e n ta l h a
conocido sem ejantes sistem as c lasifica to rio s. E l m u n d o se
concebía ta m b ié n e n su c o n ju n to p u es, las cosas te rre s ­
tres e ra n el re fle jo de las a rm o n ía s celestes. M u ch o s sis-

237
tem as d iv id ía n la c re a c ió n según los c u a tro elem entos, los í
siete p lan etas, los doce signos del z o d ía c o o las veintidós
categ o rías sim bolizadas p o r las v e in tid ó s letras del alfa- ¡
beto heb raico . j
E ste sistem a de c o n o c im ie n to vale lo m ism o qu e otro i
com o m é to d o de in v e stig a c ió n ; es, en m i o p in ió n , más j
eficaz com o p ro c e d im ie n to de en señ an za, de transm isión, j
Si observo u n a lo m b riz — gu san o de tie rra — en nin- j
g ú n m o m e n to se m e o c u rrir á la idea de que se tr a ta de 1
u n anélido q u e tó p o d o de la fa m ilia de los lom bricídeos,
a m enos q u e yo sea u n zoólogo. P ero si m e d ic en que
este an im al p e rte n e c e al e lem en to T ie rra , sab ría en se­
gu id a qu e la tie rra es su h a b ita t . Si se añade qu e está
signado p o r la lu n a , sa b ría q u e posee algunos de los ca­
racteres a trib u id o s a este astro p o r las tra d ic io n e s y sin j
esfu erzo d e d u c iría de ello q u e eligió co m o h a b ita t los lu- *
gares h ú m ed o s y co m o a lim e n to la m a te ria en p u tre fa c ­
ción, residuos vegetales o anim ales. P o d ría incluso pensar
que esa lo m b riz c o n fo rm a su r itm o de v id a a las fases
de la lu n a , o c u ltá n d o se bajo tie rra o v iv ien d o en la super­
ficie al ritm o del c re c ie n te y el m e n g u a n te lu n ares. N in ­
g u n a de estas p a rtic u la rid a d e s, sin em b arg o , exactas, me
la da la clasificació n o c c id e n ta l a c tu a l basada únicam ente I
en criterio s an ató m ico s. i
D el m ism o m o d o , en p resen cia de u n a o rtig a , n o pen­
saré que se tr a ta de u n a p la n ta de la fa m ilia de las ur- \
ticáceas y , en u n caso preciso, p o r ejem plo, de u n espé- f
cim en de U r tic a d io ic a . E l a sp ecto de esta p la n ta , según j
los viejos filósofos, la v in c u la a M a rte c u y o c a rá c te r agre­
sivo posee. La tra d ic ió n la re la cio n a c o n el fu e g o , del cual J
acaso te n g a alg u n as p ro p ied ad es, a u n q u e n o sea m ás que j
su acción u r tic a n te , q u e m a n te , sobre la piel. j
Las ciencias n a tu ra le s, es d e cir las ciencias del conocí- j
m ie n to del m u n d o , e ra n en n u e s tra c iv iliz ac ió n occidental j
u n a m e d ita c ió n sobre las señales astrales de los animales, j
las p la n ta s y los m inerales. L a id e n tific a c ió n de u n a nueva j

238
r . i
especie c o m p o rta b a u n re c o n o c im ie n to q u e p e rm itía si­
tuarla en su sitio, en su c a te g o ría y en el m u n d o , esv
decir h a c e rla in telig ib le.
El h o m b re h a p u e sto ta n ta p a cie n c ia en v e rific a r estas
analogías, estas c o rresp o n d en cias, estas "señales” com o en
concebir tra m p a s o en f i l tr a r p la n ta s venenosas p a ra h a ­
cerlas com estibles. A l cabo de m ilenio s de u tiliz a c ió n ,
* ninguna civ iliz ac ió n p a re c e h a b e r e x p e rim e n ta d o la n e c e ­
sidad de p o n e r en d u d a su sistem a del m u n d o : O c c id e n te
ha d estru id o sin c o n v e n c e r.
T enem os q u e a d m itir la e x a c titu d de los co n o cim ien to s
de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les o conservados a ú n en el
tesoro p o p u la r de n u e s tra p ro p ia c iv iliz ac ió n . C a d a h e ch o i
recogido es u n re su ltad o . N o podem os re fe rir la le n ta ela- »;
boración q u e h a p e rm itid o llegar a él, así co m o n o h a -
v llamos la h u e lla de los procesos de a d q u isició n de esos c o ­
nocimientos.
T om em os, p o r e jem p lo , u n a p la n ta co m o la cin oglo sa,
llamada ta m b ié n " le n g u a de p e r r o ” a causa de sus hojas
carnosas q u e p u e d e n , en rig o r, considerarse com o poseedo- ¡
ras de u n a sem ejan za c u a lq u ie ra c o n lenguas de p e rrito s.
En v irtu d del p rin c ip io de las " s ig n a tu ra s ” , los a n tig u o s j
afirm aban q u e esta p la n ta estaba e m p a re n ta d a c o n el p e rro
y, por co n secu en cia, d e b ía ser h o stil a la ra ta . E n 1820,
un b o tá n ic o fra n c é s, C h a u m e to n , e sc rib ía q u e h a b ía e x - 1
perim entado m alestares m ie n tra s d isp o n ía p a ra su h e rb a - ■?
rio m u estras de la p la n ta fresca. Sin e m b arg o h a h a b id o
que esperar h a sta 1962 p a ra q u e sabios ru m a n o s e x tra je ra n ,
de la cin oglo sa, u n poderoso ra tic id a .
La celidonia debe su n o m b re a u n a tra d ic ió n p o p u la r
según la c u a l las g o lo n d rin as em p le an el ju g o de esa p la n ta ,'
para c u ra r los ojos de sus pichones.
Plinio, en su H is to r ia N a t u r a l , re c o m ie n d a fa b ric a r c o n 1
ella u n colirio. " L a d e co cció n de hojas o el ju g o fresco
pero m u y re b a jad o c o n ag u a h a n c u ra d o c o n fre c u e n c ia
i oftalm ías c ró n ic as q u e h a b ía n resistido a todos los re c u r-
*
239
I
í
sos de la o fta lm o lo g ía ” (P . F o u rn ie r: L e s p la n te s médi-
cin ales e t v é n é n e u se s de F ro nc e, t. I, p á g . 3 5 8 ).
V iejos tra ta d o s de m a g ia nos d ic e n q u e los ciervos co­
m ía n alca c h o fa s o c a rd o salvaje p a ra c u ra rse , y esto mucho
an tes de q u e el p rin c ip io c rista liz a d o e x tra íd o de la hoja
de esta p la n ta h u b ie ra sido em p lead o c o n éx ito por el
D r . T ix ie r p a ra t r a t a r las p e rtu rb a c io n e s del metabolis­
m o , de la u re a y del co lestero l ( R e v u e d e P hytothérapie,
n o v . 1937, p á g . 1 1 0 ).
A caso sería m ás tra n q u iliz a d o r p a ra el e s p íritu decir
q u e los cam pesinos, e n su im a g in a c ió n in g e n u a, h an des­
c u b ie rto u n a sem ejan za e n tre las hojas carnosas de una
p la n ta y la le n g u a del p e rro , de d o n d e p ro v ie n e el nombre
de cinoglosa. H a n c o m p ro b a d o q u e ta l o tra p la n ta flo­
re c ía a la llegada de las g o lo n d rin as o en la época de
su n id ific a c ió n y le h a n d ado el n o m b re de celidonia o
" h ie rb a de las g o lo n d rin a s” . D e esta sem ejan za, de estas
o b servaciones, h a n d e d u c id o p ro p ie d a d es ta m b ié n imagi­
n arias, a trib u y e n d o a la p rim e ra la p ro p ie d a d de matar
las ra ta s, e n ra z ó n de la av ersió n b ien conocida del
p e rro p o r esos ro ed o res; y a la seg u n d a, la de ser utili­
z ad a p o r las g o lo n d rin as p a ra t r a t a r los ojos de sus pi­
chones.
E sta in te rp re ta c ió n m ás tra n q u iliz a d o ra sólo tiene un
in c o n v e n ie n te : q u e n o da c u e n ta de m a n e ra c ie n tífic a de
los hechos. Las p ro p ie d a d es de estas p la n ta s h a n sido ve­
rific a d a s e n el la b o ra to rio p o r n u e stro s sabios, luego de
c u a tr o siglos de o lv id o y de desprecio .
R ec h a z a m o s la vieja te o ría de las " v irtu d e s naturales”
p o r o s c u ra n tis ta , p e ro h ab lam o s de " p rin c ip io s activos”,
lo c u a l viene a ser lo m ism o. L a cin oglo sa a c tu a ría , pues,
p o r e fe c to de su p rin c ip io , la "c in o g lo sin a ” , u n alcaloide
q u e L. K ro e b e r a firm a b a n o h a b e r d e sc u b ie rto sin embargo
en 1958 " n i e n las p a rte s aéreas de la p la n ta n i en la
r a í z ” (P . F o u rn ie r, o p . c it., t. II , p á g . 3 8 ) .
Todo o c u rre , pues, co m o si las d e n o m in acio n es p o p u ­
lares fu e ra n m edios m n e m o té c n ic o s p a ra tr a n s m itir el le-v
gado de u n a cien cia a n tig u a , cuyos p rin c ip io s básicos y
cuyo e sp íritu p a re c e n ser los m ism os de u n e x tre m o al
otro de la h u m a n id a d . P odem os v e rific a r sus resu ltad o s,
pero ignoram os en q u é la b o ra to rio s h a n sido elaborados.
, Las diversas variedades de arte m isia son p la n ta s fe m e n i­
nas, lunares y n o c tu rn a s " p rin c ip a lm e n te u tiliz a d a s e n el
tratam iento de la d ism e n o rre a y los p a rto s difíciles. E n
el antiguo M éx ico , las m u jeres se a d o rn a b a n c o n ellas
para bailar e n las fiestas de ju n io e n h o n o r de la diosa
H u ix to ciu atl” (L é v i-S tra u ss: L a p e n sé e sa u va g e , p ág . 64,
que cita a F . D e l Paso y T ro n c o so : L a B o tá n ic a e n tr e
¡os N a h u a s, en A nales, M us. N a c . M ex ic., t. I I I , 1 8 8 6 ).
En n u e stro viejo m u n d o , las p la n ta s del g ru p o de las
' artemisias se c o n sid e ra b a n em enagogas, y e n fu e rte s dosis,
abortivas: p o r esto, e sta b a n v in c u la d a s a la lu n a y a
la casta A rte m isa , y de ah í su n o m b re . Sus flo res n o se­
gregan n in g ú n n é c ta r y las abejas n o las v isita n : e n tre
nosotros tenem os el e stra g ó n , el ajenjo y el "g e n e p is” m e n ­
cionados y u tiliz a d o s p o r los egipcios (c o n fr. P. F o u rn ie r,
op. c it., t. I, p á g . 1 1 5 ). H a y q u e sacar las consecuencias
de este e x tra ñ o p aralelism o y n o v e r m ás en la cien cia
de las civilizaciones tra d ic io n a les p u r a im p ro v isa c ió n , c o n ­
sideraciones a p r io r i, u n m o n tó n de creen cias in fu n d a d a s.
El c o n o c im ie n to del m u n d o e x te rio r al h o m b re , en esas
civilizaciones, n o v a ría de u n a civ iliz ac ió n a o tr a : es u n a
noción, u n a cien cia p r o f u n d a , real, c o n c re ta — a u n c u a n d o
sus bases se nos escapen— d ecid id a a so b re v iv ir y ser tr a n s ­
mitida. E sta v iv a c id a d h a d ado n u m ero so s m edios m n e m o ­
técnicos q u e a p elan a la ley en d a o a vagas sem ejanzas,
colmadas de "c a si” in g en u o s co m o p a ra g ra v a r lo esencial
de ellos en el e s p ír itu h u m a n o .
D ebem os g u a rd a rn o s de cae r en el e rro r del h o m b re
blanco, q u e to m a el m ed io m n e m o té c n ic o c o m o c ien cia
y la fá b u la co m o c re e n c ia religiosa.

241

i
Lo im p o r ta n te , en la ocasión, son las p ro p ied ad es de la
artem isia, de la cinoglo sa o de la celidonia: lo contingente
son los p ro c e d im ie n to s de tra n sm isió n em pleados p or las
civilizaciones tra d ic io n a les, A rte m isa , la le n g u a de perro
o las g o lo n d rin as.
D esde q u e estu d iam o s de m a n e ra c o n c re ta el origen de
u n a p la n ta m e d ic in al, a d v ertim o s q u e este o rig e n se pierde
en el tie m p o y en el espacio.
Las pob lacio n es p re h istó ric as c o n o c ía n y re c o g ía n los fru­
tos de la a g rim o n ia ( A g r im o n ia L ) , com o lo h a mostrado
el estu d io de los depósitos de v arias estaciones neolíticas.
Los tra ta d o s griegos, luego latin o s, h a n tra n s m itid o hasta
la E d a d M edia el c o n o c im ie n to de varias propiedades de
esta p la n ta : a n tid ise n té ric a , a n tih e p a tá lg ic a , detersiva, ci­
c a triz a n te . U n solo a u to r la m e n c io n a d u ra n te el Rena­
c im ie n to y h a y q u e esp erar, p a ra re h a b ilita rla , los trabajos
de K . K a h n t ( 1 9 0 6 ) , H . S c h u ltz (1 9 2 9 ) y W . R ipper-
b e rg e r (1 9 3 7 ) (c o n fr. P. F o u rn ie r, op. cit.> t. I, pág. 47).
O c u rre lo m ism o c o n el ajo al q u e, p re se n te en Europa
desde los tiem p o s p re h istó ric o s, los tra b a jo s de W olb roth ,
W a lto n y L in d e g re e n (1 9 3 7 ) le h a n reco n o cid o diferentes
p ro p ied ad es. E stos sabios h a n v e rific a d o las propiedades
b a cte ric id a s del ajo d ilu id o en u n o p o r diez m illones, lo
c u al da u n a base c ie n tífic a a las tra d ic io n e s p o p u lares de
diversos países de E u ro p a , que re c o m ie n d a n c o m er pan
fro ta d o c o n ajo en tiem p o s de epidem ia.
La B iblia (I I, R eyes 2 0) nos m u e stra al p ro f e ta Isaías
q u ie n , p a ra c u r a r al re y E z e q u ía s de u n a ú lc e ra , le pres­
crib e u n a c ata p la sm a de higos. E z e q u ía s e n c o n tró la salud
p u e s. . . "las c atap lasm as de higos en p a sta llev an a la
reso lu ció n de los tu m o re s in flam a d o s y c a lm a n el dolor
de las q u e m a d u ra s y de los em p ein es” (P . F o u rn ie r, op.
c i t .y t. II, p á g . 15 5 ).
Los viajeros lle v a ro n u n g ra n n ú m e ro de p la n ta s como
u n b ien in fin ita m e n te precio so. P e ro su fe c h a de apari-

242
F

ción en E u ro p a de n in g ú n m o d o in d ic a su fe c h a de
entrada en el p a trim o n io de la h u m a n id a d . v
El b ad ián , o a n ís estrellad o , m e n c io n a d o p o r te x to s c h i­
nos, m il años an tes de n u e s tra era, fu e im p o rta d o a E u ro p a
sólo en 1588. L a g ra n a d a q u iz á te n g a su p a tria en el
sudeste del Ir á n , h acia A fg a n is tá n y B e lu c h istá n : llegó
a E uropa no sólo co m o f r u to sino ta m b ié n com o sím b o lo
de la fe m in e id a d , pues fig u ra en los o rn a m e n to s l i t ú r ­
gicos de la E d a d M edia, d o n d e re c u e rd a la m a te rn id a d
de la V irg e n , así co m o sim boliza la fe c u n d id a d de la tie rra
en el M ag h reb , en la m a ñ a n a de las p rim e ra s labores.
En to dos los casos, el p ro b le m a del c o n o c im ie n to de
las propiedades de estas p la n ta s p e rm a n e c e in ta c to . C u a n d o
las conocem os desde los tiem p o s p re h istó ric o s, n o te n em o s
huellas de las ex p erien cias realizadas p o r los h o m b res del
Paleolítico. C u a n d o los viajero s h a n tr a íd o estas p la n ta s,
las to m a ro n com o las e n c o n tra ro n , sin t r a t a r de ra s tre a r
los orígenes, p erd id o s q u iz á en el m ism o callejó n sin salida
de la n o ch e de los tiem pos.
La m o d esta z a n a h o ria p la n te a el p ro b le m a del o rig e n
de las p la n ta s c u ltiv a d a s que n o son siem pre p la n ta s sal­
vajes m ejo rad as p o r los cu id ad o s del h o m b re .
La z a n a h o ria c u ltiv a d a " n o es u n m e jo ra m ie n to de la
raza salvaje sino u n a ra z a o rig in a ria m e n te d ife re n te co m o
lo han d e m o strad o los fracasos de todos los q u e h a n in ­
tentado m e jo ra r la z a n a h o ria salvaje y sacar de esta p la n ta
indígena a lg u n a v a rie d a d an álo g a a las de n u e stro s cu ltiv o s,
como M iller en 1760, V ilm o rin en 1830 y 1 860” (P . F o u r -
nier: o p . c it.> t. II, p á g . 3 0 4 ).
E stam os red u cid o s a hip ótesis en lo q u e c o n cie rn e al
origen del trig o , la ceb ad a, los p o ro to s, el m a íz .
T rabajos recien tes h a n m o stra d o qu e u n a ceb ad a sal­
vaje de dos series de granos, llam ad a H o r d e u m s p o n t a n e u m ,
no es el a n tep asad o de la cebada de seis series q u e c o n o ­
cemos, p o r el c o n tra rio , p arece ser su d escen d ien te d e g e ­
nerada (c o n fr. T . E w e rt A b e rg : T h e t a x o n o m y a n d p h y -

243
lo g e n y o f H o r d e u m L . S e c t. C ere alia a nd s, p ág . 137 y
sep .)·
E n c u a n to al trig o , estam os red u c id o s a in v o c a r la exis­
te n c ia n o a te stig u a d a de especies salvajes h o y desapareci­
das, q u e h a b r ía n p o d id o c ru z a rse c o n o tr a especie (confr.
A .G . H a u d r ic o u r t y L. H é d in : U h o m m e e t les plantes
c u ltiv é s , p á g . 5 9 ).
E l m a íz p la n te a el m ism o p ro b le m a y los especialistas
e n e tn o b o tá n ic a tie n e n q u e e m p le a r el c o n d icio n al para
e x p lic a r su p resen cia. " E l m a íz h a b r ía ex istid o en estado
salvaje en las sabanas de A m é ric a del S u r an tes de la agri­
c u ltu r a ” . T e rm in a n p o r re c o n o c e r: " E l m a íz sólo es co­
n o c id o e n estado de c u ltiv o ” (id . o p . c it., págs. 55 y 56).
E n 1948, el b o tá n ic o fra n c é s B la rin g h e m consideraba
al m a íz co m o u n a p la n ta c re a d a p o r el h o m b re , en todo
I
caso ta n m o d ific a d a p o r to d a u n a serie de tra u m a tism o s e
h ib rid ac io n e s, q u e e stim ab a im posible h a lla r c o n certeza
sus an tep asad o s salvajes.
Q u iz á sería m ás p ru d e n te aten erse, p o r el m om ento,
a la frase de H u m b o ld t: " L a p rim e ra p a tria de los ve­
getales m ás ú tiles al h o m b re y q u e h a n sido sus com pañeros
desde las éptícas m ás lejanas, es u n secreto ta n im pene­
tra b le co m o la m o ra d a o rig in a l de los anim ales dom ésticos”.
D ifíc ilm e n te p o d em o s a d m itir q u e el h o m b re te n ía la
c o stu m b re de c o m e r c iertas g ra m ín e a s salvajes, m ás nu­
tritiv a s q u e o tra s, q u e le g u s ta b a n al p u n to de convertirlas
en reservas p a ra la m a la estació n . G ra n o s colo cados como
o fre n d a en la tie r r a re c ie n te m e n te re m o v id a de u n a tum ba
le h a b r ía n d ad o la idea de la a g ric u ltu ra .
T a l re c o n s titu c ió n de las c o stu m b re s de n u e stro s pri­
m eros an tep asad o s es in a c e p ta b le . E n e fe c to , los cereales j
c ru d o s, c o m o el a lm id ó n q u e ellos c o n tie n e n , son partí- j
c u la rm e n te in d ig esto s p a ra el h o m b re . Es p o c o probable j
q u e h a y a p ersev erad o en a b so rb e r g ra n o s q u e le daban
pesadez de estó m ag o , c o n la e sp e ra n z a de que, m ás tarde,
a lg u n o in v e n ta ra el p a n .
Lo ú n ic o q u e p o d ría m o s a firm a r es q u e los cereales a p a ­
recen al m ism o tie m p o q u e la a g ric u ltu ra y q u e, desde-
principio h a n sido som etid os a las diversas p re p a ra c io n e s
que se les da to d a v ía en d ife re n te s p a rte s del m u n d o :
pan o p ap illa. Los arq ueólogos h a n h allad o c en te n a re s de
muelas y m an o s de p ie d ra q u e a p o y a n este p u n to de v ista.
Las a n tig u a s tra d ic io n e s de to d as las civilizaciones, c o n s­
cientes de ese m iste rio , a firm a n q u e las p rin c ip a le s p la n ta s
nutritivas fu e ro n su m in istra d as p o r dioses: D e m é te r, la
cebada; T rip to le m o , el trig o , y , e n tre los a n tig u o s m e ji­
canos, X o c h iq u e tz a l — u n a diosa e x tra ñ a m e n te p a re c id a
a Proserpin a— el m a íz .
En A fric a , e n tre los d o g o n , las p la n ta s c u ltiv a d a s h a n
sido a rre b atad a s al cielo p o r el A n te p a sa d o H e r r e r o ( c o n fr.
Marcel G ria u le : D e s c e n te d u T r o is iè m e V e r b e c h e z les
Dogon d u S o u d a n , P sy ch é 1 3 -1 4 , n o v . die. 1 9 4 7 ). E n la
A m azonia p e ru a n a , e n tre los cach ib o , "B etsé In c a , el D ios
Supremo, sem b ró p o r p rim e ra v e z la m a n d io c a , el m a íz ,
la b a ta ta y o tra s p la n ta s com estibles. F u e el p rim e ro en
labrar y enseñó a los h o m b re s el c u ltiv o de las p la n ta s ”
(Raphaël G ira rd : o p. c it., p ág . 2 4 0 ) . E n A u stra lia , los
antepasados m ític o s s u m in is tra ro n a los h o m b re s las p la n ta s
comestibles y las re p a rtie ro n e n tre los d ife re n te s clanes.
El c u ltiv o y la p re p a ra c ió n de los cereales e stá n fijados
por el ritu a l, sin a p a re c e r jam ás en las n u m ero sas tra d ic io ­
nes que los ro d e a n , co m o el re s u lta d o de u n a b ú sq u ed a.
N unca hallam os huellas, en las leyendas de fu n d a c ió n
de las civilizaciones tra d ic io n a les, de ensayos in fru c tu o s o s
de cultivos.
La a rq u e o lo g ía n o nos h a rev elad o ta m p o c o p la n ta s a b a n ­
donadas después de v arias te n ta tiv a s p a ra m ejo rarlas. D e l
mismo m o d o , las d ife re n te s bebid as fe rm e n ta d a s se su p o n e
que se h a n d ad o al h o m b re c o n sus té c n ic a s de p re p a ra c ió n
y su ritu a l de c o n su m o , c u y a fin a lid a d es el éxtasis D io nisos
llevó el v in o a la z o n a m e d ite rrá n e a co m o o tro s dioses
habían d ad o a los h o m b re s, an tes q u e él, bebid as de in ­

245
m o rta lid a d , n acid as de la fe rm e n ta c ió n del h igo o de la f
cebada.
Sabem os q u e p odem os c re a r u n a especie d ife re n te por |
cru ces a tin ad o s, q u e re q u e ría n seguros c o n o cim ien to s bo­
tá n ic o s, o p o r la m o d ific a c ió n del n ú m e ro de los cromo- |
somas, lo q u e d e m a n d a g ran d es c o n o cim ien to s biológicos,
p e ro n o ro d e a n d o de c u id ad o s c u a lq u ie r p la n ta salvaje. ¡
E n el d o m in io del c o n o c im ie n to c ie n tífic o de las plantas,
l l e g a m o s a u n callejó n sin salida: p arece que las propie- I
dades de las p la n ta s las co n o ció el h o m b re desde su apa- ,
ric ió n en la tie rra , c ad a sociedad tien e sus p la n ta s esen­
ciales. L uego se h a n p ro d u c id o cam bios, el s t o c k de las
p la n ta s de cad a g ru p o h u m a n o h a a u m e n ta d o , p ero, du­
ra n te m u c h o tie m p o , las p la n ta s h a n v iajad o c o n sus pro­
pios rito s de c u ltiv o .
Y o h a b ría p o d id o m u ltip lic a r esos ejem plos y estudiar
así vario s c en te n a re s de p la n ta s; p e ro los ejem plos dados
m u e stra n su fic ie n te m e n te q u e el h o m b re no ha proyectado
sobre el m u n d o v e g eta l u n sim bolism o in g e n u o nacido
de u n a asociació n de ideas n i las e s tru c tu ra s elementales
del p a re n te sc o h u m a n o .
T en em o s la p o sib ilid ad , p a ra el estu d io de las plantas,
de a p ro v e c h a r c o n to d a u n a serie de tra b a jo s realizados
p o r sabios c o n cie n z u d o s, p roseguidos h a sta n u estro s días.
P ero cierto s dom in io s p e rm a n e c e n c errad o s p o r no haber
sido v e rific a d o s y puestos al d ía , com o, p o r ejem plo, el
o rig e n de los anim ales dom ésticos, así com o las propieda- i
des a trib u id a s a los d ife re n te s ó rg an o s del c u e rp o de los j
anim ales y a las piedras.
E n e fe c to , n o conocem os el o rig e n de los anim ales do­
m ésticos: la p resen cia del p e rro está a testig u a d a desde el
p rin c ip io del N e o lític o , y y a c o n razas d ife re n te s, slughi
en A sia o c c id e n ta l, dogo o leb rel en E g ip to . E l hombre
c ría al c a rn e ro desde esa ép o ca c o n el b u ey , que h ay que
d is tin g u ir de especies salvajes d o m esticad as com o el bú­
falo de largos c u ern o s o el a n tig u o u ru s afric a n o . La
r ..................
gallina d o m é stica llegó a G recia desde la In d ia a tra v é s
de Persia en el tie m p o de las g u e rra s m édicas, antes de^
que se a d o p ta ra en to d a la z o n a del M e d ite rrá n e o , y luego
el m u n d o m e d ite rrá n e o . P ero los zoólogos siguen d iv i­
didos sobre su fo rm a salvaje o rig in al.
La divisió n de los anim ales en com ensales del h o m b re
y en salvajes es a n tig u a . Se e n c u e n tra en todas las c iv i-
* lizaciones; c o n fre c u e n c ia , in clu so los h o m b re s la sitú a n
en el o rig e n de los tiem p o s, a trib u y e n d o la c re ac ió n de
los unos a u n dios b u e n o y la de los o tro s a u n d em o n io
hostil. U n filó so fo fra n c é s c o n te m p o rá n e o , P ie rre B a rru -
cand, ve incluso en esta div isió n el sím b o lo básico de los
clanes to té m ic o s. Q u iz á en este ú ltim o caso, h a y que a m ­
pliar, com o él lo hace, la n o c ió n de anim ales d o m éstico s
en el sen tid o en qu e la e n ten d e m o s y s u stitu irla p o r la
^ noción m ás a m p lia de anim ales, com ensales, vecin os o a m i­
gos del h o m b re . T a m b ié n en este caso n o p a rece que el
hombre h ay a e m p re n d id o ensayos sistem áticos de d o m es­
ticación, a b a rc a n d o to d as las especies vivas, n i q u e h a y a
intentado todos los c ru z a m ie n to s posibles p a ra m e jo ra r
ciertas especies.
Com o lo v erem os después, la p resen cia de anim ales d o ­
mésticos a c o m p a ñ a c ie rto g én ero de v id a, p e ro n o c o n s­
tituye u n c rite rio de civ iliz ac ió n su p erio r.

* * *

Los lib ros lap id ario s conocidos en O c c id e n te son en g e ­


neral im ita c ió n del T r a ta d o a trib u id o a O rfe o . P a re c e n
provenir de E x tre m o O rie n te y h a n sido tra d u c id o s varias
veces y reco p iad o s en lenguas diversas al p u n to de p e r ­
der to d o sentido. N in g ú n sabio m o d e rn o h a a c e p ta d o v e ri­
ficarlos, n o somos capaces, pues, de ju z g a rlo s: apenas p o ­
demos v a lo ra r esa su m a de c o n o cim ien to s h u m a n o s p e r ­
didos p a ra el O c c id e n te .
Q uizá el jaspe fa c ilite el p a r to así co m o el a m a tista i n ­
cita a la te m p e ra n c ia y la esm eralda a la c lariv id e n cia .

247
P ero ig n o ra m o s la m a n e ra de u tiliz a r estas piedras, de tor­
n a rla s activas. L levarlas co m o joyas es q u iz á ta n ridículo
t
co m o lle v a r c o lg a n d o u n a b o te lla v a c ía de ja ra b e pectoral.
Ig n o ra m o s asim ism o los rem edios de o rig e n anim al. Su
solo e n u n c ia d o nos h ace so n re ír a n te u n a m u e stra ta n in­
g e n u a de lo qu e consideram os co m o m ag ia n e g ra : ojo
de sala m a n d ra , le n g u a de serp ien te , san g re de sapo, ce­
re b ro de rey ezu elo . A caso h ay am o s olv id ad o q u e la fo-
lic u lin a , esa h o rm o n a de la fe c u n d id a d , se e x tra jo hacia
1930 de la o rin a de u n a y e g u a g rá v id a . P ero cuántos
h a n so n re íd o le y en d o en el G r a n d A l b e r t , a m enos que
n o sea en el D r a g ó n R o u g e , q u e u n a m u je r decidida a
v e n c e r su e ste rilid ad debe b eb er to d as las m añ an as, en
ay u n as, d u r a n te la lu n a c re c ie n te , o rin a de y e g u a grávida.
A m e n u d o , los relato s de los ex p lo rad o res del siglo XX
m e n c io n a n u n a o p e ra c ió n q u irú rg ic a de u rg e n c ia realizada
co n la a y u d a de los consejos de especialistas alertados por í
la rad io . A lg u n a s veces, es u n m é d ic o q u e h a d eb id o operar
c o n su c u c h illo de bolsillo en co n d icio n es rudim entarias.
L ey en d o estos relato s, n o p onem os en d u d a la cien cia sobre
la c u a l reposa la té c n ic a de la o p e ra ció n , in clu so cuando
ésta se re a liza e n el G ra n N o r te c o n u n b is tu rí im pro­
visado. Es la im p resió n q u e nos d a n los crán eo s desenterra­
dos desde el N e o lític o y qu e c o n fre c u e n c ia llevan la
m a rc a de u n a tre p a n a c ió n .
I
L a o p e ra ció n p ra c tic a d a en el N e o lític o c o n in stru m e n ­
tos q u e n o conocem os, q u iz á esquirlas de sílice y agujas »i
de hueso, la re a liza c ió n m ás ta rd e , h a sta n u e stra época, j
co n in s tru m e n to s de h ie rro b ien ru d im e n ta rio s los m on­
tañeses de A u re s ( c o n fr. D r. H e n r i M a lb o rt y D r. R. !i
V e rn e a u : L e s C h a o u ia s e t la tré p a n a tic m d u c ra n e dans
I
1’A u r e s en L ’A n th ro p o lo g ie , 1897, t. V II, págs. 1 a 18 y 174
a 2 0 4 ).
L a su p e rv iv e n c ia del p a c ie n te está a te stig u a d a p o r la
fo rm a c ió n de u n b o rd e c ic a triz a l a lre d e d o r de la ab ertura
así p ra c tic a d a .
\
N o se t r a t a de u n rem ed io de u rg e n c ia q u e se im p r o ­
visa. D el m ism o m o d o , h a y q u e re c h a z a r la im a g e n des­
brujo q u e ab re el c rá n e o de u n e n fe rm o p a ra q u e salga
de él la e n fe rm e d a d , asim ilada a u n diablo. E stam o s en
presencia de u n m é to d o q u irú rg ic o preciso. A d e m ás de
in strum ento s qu e re c u e rd a n los q u e e sta b a n e n uso en
O ccidente h a sta 1920, se h a n h allad o in clu so crán eo s de
ejercitación e n los cuales los a p re n d ice s de c iru ja n o " t o ­
maban la m a n o ” an tes de t r a t a r a sus en fe rm o s.
El p ro b le m a de la d e fo rm a c ió n c ra n e a n a debe ser si­
tuado en u n m ism o c o n te x to de c o n o cim ien to s tra d ic io ­
nales. N u m ero so s p u eb lo s, en e fe c to , poseen la té c n ic a de
la d e fo rm a c ió n c ra n e a n a y la a p lic a n c o n p len o c o n o c i­
miento de causa, es d e c ir p a ra m o d e la r al in d iv id u o
y ap ro x im arlo m ás al m od elo social o al a rq u e tip o .
La m ás c o n o cid a es la d e fo rm a c ió n a n te ro -p o s te rio r del
cráneo: se p ra c tic a b a en las civilizaciones de A m é ric a
Central y se v u elv e a e n c o n tr a r a ú n h o y e n tre los m a n g -
betu de A fric a C e n tra l. P ero , b a sta n te c u rio sa m e n te , los
antropólogos la c o n o c e n co n el n o m b re de " d e fo rm a c ió n
tolosiana” , pues se re a liza b a n o h ace m u c h o en esa re g ió n
de F ran cia. H a s ta los co m ien zo s del siglo X X , el c rá n e o
de los p eq u eñ o s to lo sianos e ra a larg ad o , d e fo rm a d o c o n
la ayuda de u n g o rro q u e la p a r te r a a p re ta b a fu e rte m e n te :
el m o u r r a u .
El estado a c tu a l de n u e s tra cien c ia n o nos p e rm ite
com prender las causas y las con secu en cias de este rito a n ­
tiguo que o c u lta q u iz á u n c o n o c im ie n to m ás a n tig u o a ú n ,
de donde d e riv a b a su ra z ó n de ser.

ib * ib

La a c u p u n tu r a y la p rá c tic a de los m oxas tie n e n u n


área de d ifu sió n m u y v a sta q u e im p lic a el c o n o c im ie n to ,
al m enos p o r c ierto s especialistas de la ex isten cia de los
principios invisibles del h o m b re y de su c o rre sp o n d e n c ia
con p u n to s e p id érm ic o s precisos. Si los sabios o c cid e n -

249
tales a firm a b a n qu e n o p o d ía n d e sc u b rir el alm a en la |
p u n ta de su escalpelo, a los m édicos de las dem ás civi- f
lizaciones n o los h a d e ten id o esa cre en c ia n eg ativ a.
Podem os tr a z a r en u n m a p a la d is trib u c ió n de la acu­
p u n tu r a y de las m oxas, desde la A m é ric a del S ur hasta
A sia, p asan d o p o r E g ip to . D e sg ra c ia d a m e n te n o podemos
h a lla r su o rig e n en el tie m p o . Los p rim ero s documentos ..
relativ o s a la a c u p u n tu r a d a ta n de fines del siglo III o
de com ienzos del II an tes de n u e stra era, p ero las moxas,
com o la c a u te riz a c ió n , com o la tre p a n a c ió n , son q u iz á muy
a n terio res. !
E l c o n o c im ie n to del cielo su scita m ás pro b lem as aún j
que las ciencias " n a tu ra le s ” . j
Si las fases de la lu n a y el cu rso del sol p a recen im­
ponerse al h o m b re p a ra m e d ir el tie m p o , es asombroso j
h a lla r en las civilizaciones tra d ic io n a les de la A ntigüedad j
o de n o hace m u c h o tie m p o p u n to s de re fe re n c ia menos i
evidentes, o en civilizaciones a m e n u d o m u y alejadas en
el espacio u n a m a n e ra an álo g a de a g ru p a r las estrellas y
n o m b ra rla s.
H a y q u e a tr ib u ir a los sum erio s, a los akkadianos y a
los a n tig u o s m ejican o s u n a ag u d ez a visual extraord in aria ¡
p a ra seg u ir sin in s tru m e n to s de ó p tic a las fases de Venus.
T odos los viajeros h a n m e n c io n a d o los asom brosos co­
n o c im ie n to s astro n ó m ic o s de los " p rim itiv o s ” , sin que se
les o c u rra re p la n te a r el fu n d a m e n to del té rm in o "pri- i
m itiv o ” . j
Los esquim ales tie n e n co m o p u n to s de re fe re n c ia a Ne-
larsik , q u e es n u e s tra V eg a, y a las Pléyades (H olm:
T h e A m m a s s a ltk E s k im o , págs. 8 5 -1 0 6 ).
Los indio s de A m é ric a del S u r m id e n las horas de la
n o c h e seg ú n la p o sició n de O rio n (N o rd e n sk ió ld : Indian -
lify pág. 2 7 3 ).
E l ta h itia n o q u e a c o m p a ñ ó a C o o k en el curso de su
p rim e r viaje p o d ía in d ic a r siem pre la d ire c c ió n de Tahití
cualquiera fu e ra la m a rc h a del n a v io (J .R . F o rste r,
página 4 4 2 ) . ^
En este d o m in io p a rtic u la r, es d ifíc il m a n te n e r la h i ­
pótesis de u n d e sc u b rim ie n to del m u n d o h e ch a se p a ra d a ­
mente p o r cad a p u e b lo , p o r cad a g ru p o de h o m b res. T o d o
ocurre, en m u c h o s casos, com o si estu v iéra m o s en p resen cia
de frag m e n to s de u n a en señ an za ú n ic a . E n e fe c to , si se
mira el cielo, h a y a p a re n te m e n te cien m an eras de a g ru p a r
las estrellas en constelaciones según el g ra d o de la im a ­
ginación y cien m il posibilidades de n o m b ra rla s. A h o ra
bien, c o m p ro b a m o s q u e estam os lejos del v a g ab u n d e o del
espíritu h u m a n o lib re de n o m b ra r a su guisa a los signos
estrellados de la no ch e.
Las Pléyades lla m a ro n la a te n c ió n de todos los pueblos
de la tie rra , q u e, d u ra n te m u c h o tie m p o , h a n o rd e n a d o
las estaciones del año a g ríc o la al r itm o de su n a c im ie n to
y de su p u esta.
En A m é ric a , los in dio s le n g u a del P a ra g u a y cele b ra n
las fiestas de p rim a v e ra c u a n d o n a c e n las Pléyades (G ru b b ,
pág. 3 0 9 ).
Los g u a ra n íe s o b serv ab a n las Pléyades p a ra d e te rm in a r
el tiem po de las siem bras (J. G . F ra z e r: T h e G o ld e n B o tig h ,
t. V, pág. 307 y sig .).
Los ch aco b o de B olivia, los c h a ñ é y los c h irig u a n o
tienen el m ism o p u n to de re fe re n c ia (N o rd e n sk ió ld , op.
c i t pág. 3 0 9 ).
Los indios del P e rú incluso p u sie ro n a las Pléyades el
sobrenombre de el " M o n tó n de M a íz ” . E n A m é ric a del
N orte, los in dio s b la c k fe e t re g u la n de a cu e rd o a ellas sus
grandes fiestas: en el p rim e ro y en el ú ltim o d ía de su
puesta tien e lu g a r la b e n d ició n de las sim ientes q u e m a rc a
la a p e rtu ra del año ag rario .
Los indios o m ah a v e n en ese g ru p o de estrellas " la m a rc a
de la a v u ta r d a ” (F le tc h e r y L a Flesche: T h e O m a h a tr ib e ,
pág. 1 1 0 ) . Q u iz á s así nos e n tre g a n la llave de la c o n c e p ­
ción sim bólica in icial de las Pléyades.

231
Los b e c h u a n a q u e v iv e n en la p a rte c e n tra l de Africa f
del S u r lla m a n a las P léyades "S elem ela” , las que abren }
los tra b a jo s de los cam pos. P a ra ellos, co m o p a ra los cafres
y los b a n tú e s, señalan el m o m e n to de a rra n c a r ciertas raíces
com estibles.
L a a p a ric ió n de las Pléyades da a los b u sh m en del dis­
t r i to de A u o b la señal de p a rtid a p a ra la cosecha (Schulze,
p á g in a 3 6 7 ).
Los d a y a k de S araw ak , en In d o n esia, d icen que el héroe
q u e les tra jo el a rro z y les enseñó su c u ltiv o les recomendó
q u e se o rd e n a ra n según el ciclo de las Pléyades (S.L. St.
J o h n : L i f e in th e fo r e s ts o f th e L a r E a s t , I, p ág . 213 y sig).
Los d a y a k del m a r y los k a y a n de B orneo com o los
cam pesinos de S u m a tra siguen esa p re sc rip c ió n .
P a ra los m elanesios de B a n k Islands y del n o rte de las
N u e v a s H é b rid a s, las Pléyades in d ic a n qu e la cosecha de ·
las raíces de y a m se a p ro x im a (C o d rin g to n : T h e Mela -
ne sian s , p á g . 3 4 8 ).
E n las islas del E stre c h o de B o ugainville, el nacim iento
de las Pléyades es signo de q u e la n u e z de k a i está madura,
lo c u al da lu g a r a u n a c erem o n ia (W h e ele r, pág. 37).
Los oceanianos h a n ob serv ad o in clu so qu e los hombres
blancos q u e v iv e n e n tre ellos c ele b ra b a n la N a v id a d cuando
las Pléyades e sta b a n en lo a lto del h o riz o n te (T h u rn w ald , 1
p á g in a 340 y s ig .) . !
H u b ie ra p o d id o m u ltip lic a r estos ejem plos; n o he citado í
sino los m ás sig n ific a tiv o s a lre d ed o r de u n m ism o tema. !
E n la A n tig ü e d a d griega, las labores d e b ía n realizarse entre ¡
la p u e sta m a tin a l de las Pléyades y la de la C o ro n a . Hesíodo
aconseja en L o s tra b a jo s y los d ías esp erar la p u e sta de las 1
Pléyades. D u r a n te m u c h o tie m p o , los cam pesin os del norte
de A fric a h a n esperado este m o m e n to y las p rim era s llu­
vias de o to ñ o q u e la a c o m p a ñ a n p a ra tr a z a r el prim er
surco.
T odos m u e s tra n la im p o rta n c ia a trib u id a a las Pléyades
en el H e m isfe rio n o rte y en el H e m isfe rio su r, su papel

2.52
en el año a g ra rio a p esar de la d iv ersid ad de las p la n ta s
cultivadas: cebada, m a íz , a rro z o ra íc es de y a m .
La posible e tim o lo g ía grieg a de las P léyades — del v e rb o
pelaizo, n a v e g a r en a lta m a r— sería c o m p re n d id a p o r m u ­
chos hom bres. E n e fe c to , los indios th lin k it u tiliz a n esta
constelación co m o p u n to de re fe re n c ia así co m o los m o a n u
de las islas del A lm ira n ta z g o y to d o s los polinesios. Los
navegantes tro b rian d e ses o rie n ta n sobre el ciclo y sobre la
dirección de las Pléyades su la rg o c u rso r itu a l e n el P a ­
cífico, el m isterio so c o m ercio kula.
A dm itam os q u e h a y a h a b id o c o n v e rg e n c ia de las o b se r­
vaciones y q u e los p ueblos de la tie rra , e x p e rim e n ta n d o
la necesidad de m a rc a r los dos m o m e n to s d e su añ o a g ra ­
rio, h ay an señalado el cu rso c íc lic o de este g ru p o de es­
trellas bien c a ra c te riz a d o . Sigue siendo cu rio so , sin e m b arg o ,
que en varias civilizaciones sin relacio nes con o cid as e n tre
sí se considere a las Pléyades c o m o m u c h a c h a s o m u je re s.
En A m é ric a del N o r te , los c h u k c h e e v e n en las P léyades
a un g ru p o de v írg e n e s (W . B ogoras: T h e C h u k c h e e ).
Los luiseños de C a lifo rn ia del su r d e c ía n que ellas e ra n
siete h e rm a n as perseg u id as p o r la estrella q u e d e n o m in a ­
mos A ld e b a rá n . Los siusi del B rasil c e n tr a l las d e n o m in a n
"las M u ch a c h as” .
En el Im p e rio In c a se casaba a las V írg e n e s del Sol
cuando n a c ía n las Pléyades.
En A u stra lia , e n tre los a ru n ta , son m u jeres q u e v iv e n
en In tita k a la . Ellas asistieron a la p rim e ra c irc u n c isió n y
luego se e lev a ro n al cielo: su a p a ric ió n m a rc a el m o m e n to
de la c irc u n cisió n . O c u rre lo m ism o en o tro s p u eb lo s au s­
tralianos com o los w o tjo b a lu h en el sudeste de A u stra lia
al otro e x tre m o del c o n tin e n te (S p e n c e r y G illen : C entra l
Australia, p ág . 565, N o rth e rn tribes, p á g . 628. H o w itt:
Tribes o f So uth-E a st A ustralia, p ág . 4 3 1 ) .
En A fric a , los e u ah la y i de N u e v a G ales del S u r lla m a n
a las Pléyades "las V írg e n e s de H ie lo ” (P a rk e r K . L a n g lo h :

253
T h e E u a h la v i tr ib e ) y los b a n g ala las d e n o m in a n "el Grupo
de M u jeres55.
P a ra los tu a re g , son " c h e t- a h o d 55- las hijas de la noche
(P . de F o u c a u ld D ic t. des n o m s p ro p re s d e l’baggar, pá­
g in a 3 5 4 ).
U n c a n to m e n c io n a los n o m b re s de c u a tro de ellas:
"S o n siete las hijas de la n o c h e
M a-T esek sek , E ssek -ao u et
M a -T e re g h re g h , E rre g h -a o u e t
La sé p tim a es u n m u c h a c h o al c u al le fa lta u n ojo”
E n la m ito lo g ía g rieg a e ra n las hijas de A tla s y de
P leió n, c o n v e rtid a s en estrellas p o r los dioses.
Los d a y a k de B orneo lla m a n a las Pléyades: " la Gallina
y sus seis P o llito s55. E n u n tie m p o , d icen , en que había
siete p o llito s, en la época en q u e los h o m b re s n o culti­
v a b a n el a rro z sino q u e v iv ía n de los p ro d u c to s de la selva.
U n o de los po llito s v in o a la tie rra y tra jo a los hombres
las tres varied ad es de a rro z .
Sin e n tr a r en los detalles de esta a v e n tu ra astronáutica,
podem os señ alar q u e en A fric a del S ur, los ibo y los shilluk
lla m a n a las P léyades " L a G allin a y sus P o llito s55 (Thomas:
I b o , p á g . 1 2 7 ).
E n M aced o n ia, la co n ste la ció n e n te ra se llam a "L a Ga­
llina C lu e c a 55 (A b b o t, p á g . 7 0 ) así co m o es " la Pollera”
en los cam p o s de F ra n c ia .
* *

O rio n , p o r su p a rte , era u n c a z a d o r, hijo de Poseidón


y de E u ría lo , seguido p o r su p e rro : Sirius.
E n tre los c h u k c h e e de A m é ric a , O rio n es u n arquero.
E n A fric a , los b a k o n g o v e n en las tres estrellas del Tahalí
de O rio n u n p e rro , u n a n im a l y u n c a z a d o r. Los wagogo
lla m a n a la estrella m ás o c c id e n ta l el J a b a lí, a la del
m ed io el P e rro , y a la estrella o rie n ta l, el C az a d o r.
Los h o te n to te s v e n en esta c o n ste la ció n u n caz a d o r que
a rro ja u n a fle c h a sobre tre s águilas.

254
Los m o a n u de las islas del A lm ira n ta z g o h a c e n de las
tres estrellas tre s pescadores en u n a canoa. E n las N u e v a s
H ébridas, es u n a p ira g u a de g u e rra .
Escena de caza, p ira g u a de pesca o de g u e rra , las tre s
estrellas del T a h a lí de O rio n p a re c e n d estinadas a la v ir i­
lidad así co m o las P léyades a la fe m in e id a d , sin ra z ó n a p a ­
rente.
U na tr ib u q u e viv e e n A u stra lia , e n la p a rte o c c id e n ta l
del te rrito rio de V ic to ria , op o n e in clu so estas dos c o n ste la c io ­
nes con c larid ad . Las P léyades son u n g ru p o de m u c h a c h a s
que d a n z a n en u n a fiesta de " C o rro b o re e ” y las tres es­
trellas de O rio n son m u c h ac h o s qu e las m ira n (M a c p h e r-
son: A s t r o n o m y o f th e A u s tr a lia n A b o r íg e n e s , p ág . 71
y sig.) ·
Los esquim ales de G ro e n la n d ia lla m a n " R e n o ” a n u e s ­
tra co n stelació n del T o ro y c o n v ie rte n a A ld e b a rá n en
el Ojo del R en o , así com o lo llam am os el O jo d el T o ro .
Los indios o m ah a y los sio ux de A m é ric a del N o r te d a n
a la O sa M a y o r el m ism o n o m b re q u e los cam pesin os del
norte de A fric a : " la P e rih u e ía del M u e r to ” , v ien d o co m o
eiíos en las c u a tr o estrellas u n a cam illa y , en las tres es­
trellas del m a n g o , tre s p a rie n te s de duelo.
A la C r u z del S u r los b o ro ro de A m é ric a del S u r, co m o
los chañé y los c h irig u a n o s, la lla m a n la M a rc a de la A v u ­
tarda. B asta n te c u rio sa m e n te , to d as las trib u s de A u stra lia
ven en la m ism a co n ste la ció n la m a rc a de u n g ra n p á ja ro
corredor sem ejan te al a v e s tru z de la A m é ric a del S u r o
"ñandú” , q u e p u e d e a lc a n z a r a veces dos m e tro s de a ltu ra .
En M icronesia, la C r u z del S u r se llam a el T ib u ró n (H a le ,
pág. 6 8 ). A p esar de la d ife re n c ia e n tre tib u r ó n y el aves­
truz, n o salim os del d o m in io de la a n im alid ad . A n in g ú n
pueblo se le h a o c u rrid o v e r en estas c u a tr o estrellas q u e
dibujan u n a c r u z re g u la r la silu eta de u n h o m b re , m ás
visible o b je tiv a m e n te q u e en las tre s estrellas de O rio n el
cazador.
D e l m ism o m o d o p a ra los o jib w a la E stre lla P o la r es un j
c a z a d o r de osos, p a ra los k u te n a i, la h e m b ra de u n grizzly, »
y p a ra los m ic m a c u n oso escondido en u n bosquecillo ro­
deado p o r u n g ru p o de cazadores.
E n to d a la A m é ric a del N o r te , las estrellas de la conste­
lació n q u e llam am o s la O sa M a y o r se lla m a n Las Osos, sin
q u e se p u e d a estab lecer u n lazo c o n los griegos que le
d a b a n el m ism o n o m b re . E l oso se h a id e n tific a d o a tal
p u n to c o n el N o r te q u e em p leam o s la p a la b ra á rtic a olvi­
d a n d o c o n fre c u e n c ia q u e e x tra e su o rig e n de la palabra 1
g rieg a a r k io , el oso.
N a d a re c u e rd a en estas m isterio sas fig u ra s geométricas
la silu eta de u n an im al. Es e x tra ñ o v e r q u e la constelación
del E sc o rp ió n se llam a e n L o an g o , e n A fric a , la Serpiente
( L o a n g o E x p e d itio n , I I I, 2 , p á g . 13 5 y sig.) y , en A m érica '
del S u r, la G ra n S e rp ie n te (K o c h -G ru n b e rg , II, pág.
203 y s ig .).
Los a u stralian o s d a n el n o m b re de E sc o rp ió n a la misma
co n ste la ció n , q u e ellos e x tie n d e n a las estrellas vecinas del
L obo (C h a rle s P. M o u n tf o r d : o p . c it., p á g . 4 9 9 ) .
Es d ifíc il r e c u r r ir e te rn a m e n te al a z a r o a la coinciden­
cia, d ifíc il re fu g ia rse siem p re d e trá s de los c u a re n ta monos
d a c tiló g ra fo s caros a los p ro b a b ilista s, pues, esta vez, y en
casos n u m ero so s, los c u a re n ta m o n o s a n alfab e to s han es- '
c rito en sus m á q u in a s los m ism os v ersícu lo s de u n mismo
h im n o .
P e ro los c o n o c im ie n to s astro n ó m ic o s de las civilizaciones |
tra d ic io n a le s so b rep asan c o n fre c u e n c ia el sim ple grado de
la d e sc rip c ió n del cielo en té rm in o s m ás o m enos colmados
de im ág en es y m ás o m enos sem ejantes.
Los sh illu k de A f r ic a del S u r lla m a n a U ra n u s "Tres
E stre lla s” . N ilsso n c ita este ejem p lo en su o b ra clásica
P r im itiv e T i m e R e c k o n i n g , re to m a n d o a W e s te rm a n n : The
S h illu k P e o p le (p á g . 1 0 4 ). E ste n o m b re de T res Estrellas Je
p a re c ía t a n rid íc u lo q u e añ ad e sic p a ra s u b ra y a r mejor
la in g e n u id a d de estas p o b re s g en tes q u e v en trip le. Este i

256

J
r
erudito debe h a b e r o lv id ad o q u e U ra n u s sólo fu e señalado
por el a stró n o m o H e rsc h e l el 13 de m a rz o de 1781. E l
mismo a stró n o m o “ d e sc u b rió ” los dos p rim e ro s satélites en
1787. E n esta fe c h a so lam en te p u d o lla m a r a U ra n u s " T re s
Estrellas” , co m o los sh illu k de A f r ic a del S u r lo h a c ía n
decde tie m p o a trá s.
Los o tro s dos satélites fu e ro n d e sc u b ie rto s sólo en 1851.
Perdonem os a los sh illu k q u e h a y a n d ich o “ T res E stre lla s”
en lu g ar de c in co . A u n sin telescopio , se a d e la n ta ro n a H e r s ­
chel en su d e sc u b rim ie n to , po sey en d o la cien cia de v arias
generaciones de h o m b re s desnudos a c u rru c a d o s e n la sa­
bana, c o n los ojos v u e lto s al cielo.
Sirius es el p e rro de O rio n . Los tu a re g lo lla m a n “ E id i”
—el p e rro — co m o los griegos de la A n tig ü e d a d . M u ch a s
civilizaciones lo c o n v irtie ro n en la estrella del fin a l de la
' cosecha, la E stre lla R esp la n d e c ie n te c u y o n a c im ie n to m a r ­
ca el fin de los P eq u eñ o s M isterios. P a ra los in iciados g rie ­
gos, era el sím b o lo del c a m p o segado, de la d e stru c c ió n de
la g u erra y de la m u e rte , el p o rte ro de la re su rre c c ió n .
En las islas M arquesas, co m o e n casi to d a O c e a n ía , es
la “ G ra n E stre lla ” .
Sirius o c u p a b a u n lu g a r p re p o n d e ra n te e n la a s tro n o m ía
de E g ip to , pues su n a c im ie n to h e lía co c o rre sp o n d ía a la
crecida del N ilo : es al m enos lo q u e de ello h a n re te n id o
los egiptólogos.
1 Los d o g o n co n sid e ra n q u e n u e stro m u n d o te rre s tre salió
del sistem a de Sirius, m ás e x a c ta m e n te , de u n a estrella de
v, color b lan co b ien d is tin ta p u es Sirius es ro ja ( c o n f r . M .
Griaule y G . D ie te rle n : U n s y s te m e so u dan ais d e S ir iu s J.
S.A., t. X X , 1950, p ág . 2 8 4 ) .
Los d o g o n lla m a n a esta estrella b la n c a " E s tre lla d el
Mijo” pues es, d ic e n , la m ás p e q u e ñ a del cielo, p e ro ta m b ié n
"la m ás p le n a ” . S eg ú n ellos la tie rra está allí re e m p la z a d a
por u n m e ta l llam ad o S a g o lu , algo m ás b rilla n te q u e el
hierro y de u n peso ta l q u e to d o s los seres te rre stre s re u n i-

237

i
dos n o p o d r ía n le v a n ta rla . U n a p a r tíc u la de esta m ateria
sería ta n pesada com o 480 cargas de asno de m ijo.
L a " E s tre lla del M ijo ” n o es el ú n ic o saté lite de Sirius.
E x iste ta m b ié n en el m ism o sistem a la estrella " E m m e ya”
o " s o rg h o -h e m b ra ” , m ás v o lu m in o sa y c u a tro veces más
liv ian a, q u e re c o rre u n tra y e c to m ás ex ten so en el mismo
sen tid o y e n el m ism o tie m p o . Las posiciones respectivas de
estos dos satélites son tales q u e el á n g u lo de sus rayos sería !
derecho. Sus aspecto s d e te rm in a n rito s diversos. "Sorgho- '
h e m b ra ” es ta m b ié n lla m a d a "S o l de las m u je re s” . Tiene '
u n saté lite : " la E stre lla de las M u jeres” .
" E l sistem a de Sirius está ligado a las p rá c tic a s de renova­
ció n de la p erso n a y , e n co n secu en cia, a las cerem onias de
re n o v a c ió n del m u n d o . E l p e río d o de la ó rb ita se cuenta .
doble en ra z ó n del p rin c ip io de d u a lid a d im p o rta n te en ¡
la filo so fía a fric a n a . S im b ó lica m e n te es de cien años, en j
realid ad es de c in c u e n ta ” (id ., o p . c i t . ) .
Es in te re sa n te c o m p a ra r este sistem a de Sirius conocido
p o r los d o g o n c o n n u e stra a stro n o m ía . !
"S iriu s: la m ás b rilla n te estrella. E n tre 1834 y 1844,
Bessel n o tó irre g u la rid a d e s en su m o v im ie n to y llegó a la
co n clu sió n de q u e la estrella visible d e b ía d a r v u eltas aire- :
d e d o r de su c e n tro de g ra v e d a d y de u n satélite invisible (
en a lre d ed o r de c in c u e n ta años. |
" E ste saté lite llam ad o " C o m p a ñ e ro ” fu e d escu b ierto por j
C la rk en 1862 casi en el lu g a r p re v isto . Si las condiciones 7
a tm o sfé ric a s n o son m u y buenas, es d ifíc il o in cluso impo- j
sible v e r al C o m p a ñ e ro , a u n c u a n d o se e n c u e n tre en su fase *
m e jo r. Es posible o b serv arlo c o n la a y u d a de u n telescopio f
de u n as seis p u lg ad as.
" E l C o m p a ñ e ro es u n a e n an a b la n c a de o c ta v a m agnitud, |
diez m il veces m enos b rilla n te q u e la estrella principal,
p e ro de u n a m asa m ás g ra n d e . Su d en sid ad es 36.000 veces f
la del sol, 50.000 veces la del agua. Su d iá m e tro no tiene \
m ás q u e 26.000 m illas, sin e m b arg o e n c ie rra ta n ta materia |
como el sol, c u y o d iá m e tro es de 864.000 m illas” (N o r-
to it's S t a r A t l a s a n d T e l e s c o p i o H a n d b o o k ) . v
El a rtíc u lo de M . G ria u le y G . D ie te rle n lo p u b lic ó el
J o u r n a l d e la S o c ié té d e s A fr ic a n is te s e n 1950, es d e c ir
que fu e re d a c ta d o a lo sum o en 1949. Los a u to re s sólo d a n
como re fe re n c ia c ie n tífic a u n solo a r tíc u lo de P. B oeze:
L e C o m p a g n o n d e S i r i u s ap arec id o e n la A stro n o m ie en
setiembre de 1931 (p a g . 3 8 5 ).
Luego, u n a n u e v a o b serv ac ió n tu v o lu g a r en m a rz o de
1957 co n la a y u d a de u n te lescopio de 320 m m . q u e p e r ­
mite u n a u m e n to de 3 50 d iá m e tro s. E l C o m p a ñ e ro fu e
visto co n c la rid a d a u n c u a n d o a p a rta d o de Sirius sólo 1 1 ” .
Los astró n o m o s p ien san h o y q u e adem ás de Sirius, q u e
llaman Sirius A , y el C o m p a ñ e ro , q u e lla m a n Sirius B, h a ­
bría en el sistem a o tro saté lite : Sirius C . E s tá n lejos, p o r
el m o m en to , de p o d e r d a r de él la d en sid ad a u n a p ro x im a ­
da, com o lo h ic ie ro n los d o g o n , lejos ta m b ié n de h a b e r
descubierto el satélite de ese "S o l de las M u jeres” . N u n c a
sabrán q u iz á si el " m e ta l” q u e fo rm a las estrellas de este
sistema es re a lm e n te " m á s b rilla n te q u e el h ie rro ” .
La densidad del C o m p a ñ e ro fu e m ed id a , es 50.000 veces
la del agua. U n a caja de fó sfo ro s llena de esta su sta n c ia
pesaría u n a to n e la d a , p recisa u n p a n el del P alacio del D e s­
cubrim iento e n P a rís: la re la ció n de u n a p a r tíc u la de m ijo
de 480 carg as de asno, según el ejem p lo dogon.
Pero los d o g o n n o p a re c e n c o n o c e r el o rig e n de su vieja
gnosis, qu e sin e m b arg o , en este p reciso caso, está a la
vanguardia de las ciencias ex actas de O c c id e n te .
Es in te re sa n te a d v e r tir qu e u n a u to r c o m o N ilsso n , p e r ­
suadido del " p rim itiv is m o ” de las " ra z a s in fe rio re s” , d e ­
clare sin e m b arg o : " E n A fric a , las trib u s n eg ras re la tiv a ­
mente m ás civ ilizad as p a re c e n h a b e r a co rd ad o m enos a te n ­
ción a las estrellas q u e las trib u s m ás p rim itiv a s del s u r ”
{ o p . c i t . , p á g . 1 1 8 ). " . . .L os in d íg e n a s de A u stra lia poseen
una rica m ito lo g ía a stro n ó m ic a ” (p á g . 1 2 1 ) " . . .L o s b u sh -

259
m e n o b serv an las estrellas y saben asociarlas c o n las esta­
cio nes” . (P ag . 13 5 ).
Es d ifíc il, seg ú n esta c o n fesió n , m a n te n e r el té rm in o de
ev o lu cio n ism o , a m enos q u e se a d m ita q u e los m onos se
in te re sa n en los astros y sacan de ello atin a d as conclusiones
en v ista de su " h o m in iz a c ió n ” f u tu r a .
T a m p o c o en este caso p odem os e stu d ia r la génesis de
este c o n o c im ie n to n i seguir las etap as del p en sa m ie n to hu­
m a n o en este d o m in io , si es q u e h a h ab id o etapas. Estamos
en p resen cia de u n a n o c ió n . Los estu dios de astronom ía
co m p a ra d a fa lta n , p o rq u e los etnólogos poseen generalm en­
te m ed io cres c o n o cim ien to s en a stro n o m ía y p o rq u e un
a stró n o m o u tiliz a rá los servicios de u n " in d íg e n a ” p a ra que
le lleve su a n teo jo sin p e n sa r p o r esto en p e d irle su opinión.
E l caso de los d o g o n p ro b a b le m e n te n o es ú n ic o . M . G riau-
le y G . D ie te rle n h a n c o m p ro b a d o que el C o m p a ñ ero de
Sirius, in visible a sim ple v ista, es co n o cid o ig u a lm e n te por
los b ozo del N íg e r y p o r los b a m b a ra .
Los h o te n to te s lla m a n a Sirius " la E stre lla de al lado”
(S ch u lz e : A u s N a m a la n d u n d K a la h a ri , p á g . 3 6 7 ), lo que
p ru e b a q u e lo co n sid e ra n , co m o los n eg ro s del S udán, el
saté lite de o tr a estrella, p ro b a b le m e n te la q u e llamamos
Sirius C .
Los viejos a u to re s se h a n c o n te n ta d o g e n eralm e n te con
re g is tra r las m ás visibles de las constelaciones, c o n requerir
su n o m b re y re c o g e r su ley en d a sin asom brarse de hallar,
de u n a c iv iliz ac ió n a o tra , constelaciones ta n semejantes,
sin t r a t a r de v e r en estas tra d ic io n e s o tra cosa que un
" a n im ism o ” gro sero .
E n a stro n o m ía , la ley en d a es, co m o p a ra las plan tas y
los anim ales, u n m ed io m n e m o té c n ic o , u n a e x p licació n po­
p u la r fá c il de re te n e r y tra n s m itir, p e ro n o u n elem ento
de la gnosis reserv ad a a los iniciados.
P a ra el h o m b re de las civilizaciones tra d ic io n a les, la cien­
cia es u n a n o c ió n n o v e rific a b le , n o m o d ific a b le , u n ele­
m e n to de la a c titu d del h o m b re a n te el m u n d o .

260
I
N i los d o g o n , n i los h o te n to te s poseen telescopio q u e
les p e rm ita d is tin g u ir los dos satélites de Sirius. N o h a y env
los acan tilad o s de B an d iag a ra esp ectro sco p io p a ra a n a liz a r
la sustancia q u e c o m p o n e las estrellas. M u ch o s hechos del
mismo g é n e ro p o d ría n e n c o n tra rse en o tra s civilizaciones
si tu v ié ra m o s la p a cie n c ia de b u scarlo s en lu g a r de p e rd e r
nuestro tie m p o c o n p resu p u esto s fa m iliares.
Las in fo rm a c io n e s recogidas p o r M a rc e l G ria u le y G . D ie -
terlen sobre el sistem a de Sirius, ta l com o lo c o n c ib e n los
dogon, h a b ría d eb id o lla m a r a la re fle x ió n a los especialistas
en ciencias h u m a n a s. P ero , n u e stro s sabios ¿se a c o rd a rá n
de los d o g o n el d ía q u e lleg u en a d e sc u b rir c o n sus telesco ­
pios el saté lite de Sirius C : la " E s tre lla de las M u je re s”
que ig n o ra n a ú n ?
Es e x tra ñ o c o m p ro b a r qu e la e x p erien c ia n o m o d ific a
estos c o n o cim ien to s, c o n fre c u e n c ia ta n precisos y ta n p r o ­
fundos.
Los cam pesin os cabilos h a n c o n serv ad o d u ra n te la rg o tie m ­
po el h á b ito de re la c io n a r labores y cosechas c o n la p u e sta
y la salida visible de las Pléyades. H a n sido oblig ados a
renunciar a ello pues, debido a la p recesió n de los e q u in o c ­
cios, el ritm o de las P léyades n o c o rre sp o n d e y a e x a c ta ­
mente al de los cam p o s labrados. Si h u b ie ra qu e esp erar su
puesta, d icen , las labores serían dem asiado ta rd ía s. N o o b s­
tante, n o se les h a o c u rrid o elegir e n el cielo o tro p u n to
de re fe re n c ia : p e rd ie ro n su b o y a celeste así co m o el h ilo
de sus tra d ic io n e s.
D u ra n te la rg o tie m p o se d esarro lló en c iertas aldeas de
Cabilia u n a " fie s ta de los gallos” , h a c ia el 13 de agosto ,
en el c u rso de la c u a l los cam pesinos s a c rific a b a n aves
como lo h a c e n to d a v ía el D ía de A ñ o N u e v o . E sta fe c h a
corresponde al n a c im ie n to h e lía co de Sirio, ta l com o lo
habían observ ad o los egipcios h a sta el siglo V I I I an tes de
nuestra era, m ie n tra s q u e ese fe n ó m e n o m a rc a b a a ú n la c r e ­
ciente del N ilo . Los cabilos no o b je ta ro n ese m o m e n to , f ija ­
do de u n a v e z p o r to d as, co m o ta m p o c o los co p to s de

261
E g ip to q u e, a ú n n o h ace m u c h o , re to m a b a n en esta o p o rtu ­
n id a d viejos rito s de fe c u n d id a d cu y o sen tid o h a b ía n per­
did o. A sí, la tra d ic ió n se b o rra sin p o d e r ser reem plazada,
sin q u e el h o m b re sea c a p a z de elegir o tro s sím bolos.
N o p a re c e q u e h a y a h ab id o en las civilizaciones d iferen ­
tes de la n u e s tra u n a lógica fra g m e n ta ria p a rc ia l, prim ero
a p licad a a las e s tru c tu ra s sociales, y u tiliz a d a después por
el h o m b re p a ra a p re h e n d e r el m u n d o . Los m ito s de creación
de las diversas civilizaciones, los restos de ciencia qu e he­
m os lo g ra d o re c o g er a q u í y allá, a pesar de n u e stro s prejui­
cios básicos, n o nos p e rm ite n m a n te n e r esta p o b re teoría
m a te ria lista .
Es ab su rd o d e c ir q u e el m u n d o se puso en m ovim iento
p o rq u e G alileo a firm ó u n d ía q u e la tie rra d ab a vueltas
a lre d ed o r del sol. A ris ta rc o de Sam os lo h a b ía d ich o dos
siglos an tes de n u e stra era sin re v e lar, p o r o tra p a rte , sus
fu e n te s. A l c o m ie n zo del siglo V I, u n a stró n o m o hindú,
A ry a b h a ta , a firm ó p o r su p a rte q u e la tie rra d a b a vueltas
a lre d ed o r del sol y estab a a n im a d a p o r u n m o v im ie n to de
ro ta c ió n a lre d e d o r de su eje. D a n te , en el siglo X IV , aludió
a la re d o n d e z de la tie rra , h a b la n d o de o tro polo y des­
c rib ie n d o la C r u z del S u r en los versos 22 a 27 del P urga­
to rio , e n el c a n to I:

lo m i v o lsi a m a n d e stra , e p tto si m e n te


Á l l 'Á l t r o p o lo , e v id i q u a tr e ste lle . . .

M e v o lv í a la d ere ch a , y a d v e rtí
E l o tro p olo y v i c u a tr o estrellas. . .

C o p é rn ic o n o h iz o m ás q u e re to m a r estas ideas en su
D e r e v o lu tio n ib u s o r b iu m c a e le s tiu m lib ri V I q u e apareció
o p o rtu n a m e n te e n 1543, el año de su m u e rte .
P ero G alileo, se nos d ice, " p e rfe c c io n ó u n telescopio que
acab ab a de ser in v e n ta d o en H o la n d a y d escu b rió que la
V ía L á c te a estab a c o m p u e sta p o r u n a m u ltitu d de estrellas”

262
(B ertran d R ussell: U a v e n tu r e de la p e n sé e o ccid e n ta le s
página 1 9 0 ). v
¿ H a b ía q u e e sp erar h a sta el siglo X V II p a ra esto? Los
ho de A fric a del S u r saben desde siem pre que la V ía L á c ­
tea está fo rm a d a p o r estrellas (J . S p ie th : D ie E w e - S tá m m e ,
página 5 5 7 ).
Los d e sc u b rim ien to s de G alileo a d q u ie re n así m ás ju stas
proporciones. Los iniciados sa b ía n q u e el m u n d o está en
m ovim iento , sin v e r la necesidad de o s te n ta r sem ejantes
verdades en la p la z a p ú b lic a . E l h ech o de d e c ir q u e la
tierra está en el c e n tro del sistem a solar es u n a im ag en .
Era m ás fá c il ex p re sa r así esta v e rd a d qu e d e c ir: " L a
tierra m a te ria l g ra v ita alre d ed o r del sol, p e ro la tie rra
espiritual, base de la escala celeste, es el c e n tro de cam pos
m agnéticos d ife re n te s ” .
M ucho tie m p o después de G alileo, c o n tin u a m o s d icien d o
que el sol n ace o se p o n e y d iv id ie n d o la tie rra en o rie n te
y en o c c id e n te co m o si fu e ra u n ta p iz desenrollado y n o u n a
esfera sin iz q u ie rd a n i d erech a.
Parece q u e el h o m b re , en to d as las civilizaciones, recibe,
cuando se inicia, u n a ex p lic ac ió n del u n iv e rso al m ism o
tiempo que u n a ju s tific a c ió n de su sitio en el m u n d o . Es
un depósito qu e se le c o n fía y q u e se tra n s m ite así de
una g e n eració n a o tra sin q u e sea posible fija r su orig en .
El hech o de q u e el h o m b re se e n c u e n tre situ a d o de m a ­
nera precisa en el esquem a del u n iv e rso , n o q u ie re d e c ir
que h a y a tr a ta d o de in te r p r e ta r el m u n d o en té rm in o s de
relaciones sociales o en fu n c ió n de las e s tru c tu ra s elem en ­
tales del p a re n tesc o . P o r lo c o n tra rio , to d o nos m u e stra
que el h o m b re h a tr a ta d o de a d a p ta r el g ru p o h u m a n o a
la a rm o n ía del cosm os.
E n tre los orejo nes de la A m a z o n ia n o h a y m ás qu e u n a
sola p a la b ra p a ra d esig n ar el sol y la lu n a . E l a stro d iu rn o
es el sol del d ía , el astro n o c tu rn o , el sol de la n o ch e. E sta
concepción se p ro y e c ta en el p la n o de la o rg a n iz a c ió n f a ­
miliar: u n m ism o v o cab lo desig na al p a d re y a la m a d re

263
qu e son las rép licas, e n el p la n o fa m ilia r, del sol y de la
lu n a (c o n fr. R a p h a e l G ira rd o p . c i t . , p á g . 1 3 6 ).
A sí, in clu so la c o n c e p c ió n d u a lista del m u n d o n o es nece­
sariam e n te u n re fle jo de la divisió n sexual. N o podemos
d e c ir c o n c e rte z a si el h o m b re clasificó el m u n d o con
re la ció n a él o si se in te g ró en u n m u n d o d iv id id o en dos
p rin c ip io s.
Las re laciones e n tre el h o m b re y el u n iv e rso n o nos per­
m ite n c o n c lu ir en la ex isten cia de u n sistem a p araló g ico que
e x p liq u e el u n iv e rso e n té rm in o s de h o m b res.
E n to d as las civilizaciones, existe u n código preciso de los
presagios seg ú n la especie de los anim ales e n c o n tra d o s y su
c o m p o rta m ie n to . N o se t r a t a de u n a c lasificació n de los
anim ales c o n re la ció n al h o m b re sino, al c o n tra rio , de una
co n secu en cia de su clasifica ció n e n el esquem a del m undo. I
E n e fe c to , to d o s los p ueblos a d m ite n qu e los animales
son los m en sajero s de lo In v isib le, u n p o co com o partículas
de lim a d u ra de h ie rro q u e in d ic a n p o r su o rie n ta c ió n súbita
la p resen cia del flu jo m a g n é tic o . A sí, c a d a a n im a l represen- ,
ta u n o de los aspecto s de lo In v isib le en fu n c ió n de su lugar
en el m ito g en eral.
P o r ejem p lo , e n tre los cabilos, la a c titu d de los bueyes
de la b ra n z a en la n o c h e del D ía del A ñ o presagia la fortuna j
del añ o p o r v e n ir. " C u a n d o tr u e n a p o r N is a n o cuando [
los bueyes m u g e n e n su establo, la m iseria se q u ie b ra (pues 1
es el signo de to rm e n ta s p r ó x im a s ) . D e l m ism o m odo, cuan- ;
do tr u e n a p o r E n n a ir o c u a n d o los bueyes m u g e n en su ^
establo, es u n m a l presagio ta n to p a ra la fa m ilia como
p a ra los bienes” (J e a n S ervier, o p . c i t . , p á g . 7 4 ) . '
E n este caso, los re fra n e s p o p u la re s cabilos a lcan zan el
p e n sa m ie n to de los h im n o s sagrados de la In d ia , subrayando
el p a re n te sc o del tru e n o b e n é fic o c o n el m u g id o de los
bueyes ( R i g V e d a , L ib ro V II, H im n o , 1 0 1 ) . E l m ito y,
a f a lta de él, u n g ra n n ú m e ro de tra d ic io n e s populares, '
su b ra y a n el lazo q u e existe e n tre los bueyes terrestres y !
el T oro C eleste: el h o m b re n o in te rv ie n e a q u í sino co m o
beneficiario de la llu v ia o c o m o v íc tim a de las to rm e n ta d
que an eg an las siem bras.
Las relacio nes e n tre el h o m b re y el m u n d o a n im a l n o
dependen ú n ic a m e n te del d o m in io de la fá b u la , la aleg o ­
ría o las tira s d ib u jad as.
El P. B u léo n , q u e se c o n v irtió luego en obispo d el Senegal,
declara h a b e r asistido a la c erem o n ia n o c tu r n a de la a lian za
de la sangre e n tre el b ru jo y su “ n a g u a l” , es d e c ir su “ p a ­
riente” en el m u n d o an im al. S eg ú n ese m isio n ero , el b ru jo
da u n a señal a la c u a l obedece el a n im a l qu e sale de la
selva p a ra p re sta rse d ó c ilm e n te a la o p e ra c ió n ritu a l, en
la ocasión u n a m e z c la sim bólica de la san g re si se t r a t a de
una p a n te ra la in cisió n se h a ce e n la o reja y si se t r a t a
de un a serp ien te , en la cabeza. A su v e z, el h o m b re recib e
ciertas m a rc as e n el b ra z o y e n los ó rg an o s genitales. La
unión q u ed a en to n ce s sellada e n tre el h o m b re y el anim al.
Un neg ro , q u e ese sacerd o te dice h a b e r co n o cid o , re c ib ía
por la n o ch e la v isita de u n b u itre fa m ilia r; o tro a co g ía en
su choza, e in c lu so en su cam a , a u n a se rp ien te boa (c o n fr.
R.P.A. T rilles: L e t o t é m i s m e c h e z le s F a n , págs. 4 8 6 - 4 9 0 ) .
íj- í[- ir

El m u n d o c o n ceb id o p o r el h o m b re de las civ ilizaciones


tradicionales, el m u n d o o b je tiv o e n el c u a l viv e, n o es ese
eterno p re sen te c o n el c u a l d e b e ría n c o n te n ta rs e “ p r im i­
tivos” tales co m o los im ag in am o s. E l m u n d o está e n tr a n s ­
form ación, su jeto él m ism o a u n ciclo, tie n e u n o rig e n y
debe te n e r u n fin .
Los b a m b a ra d istin g u e n doce épocas, o “ G ra n d e s A g u a s” ,
repartiéndose p o r g ru p o s de tre s e n tre las c u a tr o ram as
iguales de los p u n to s card in ales q u e d iv id e n en c r u z la
vida cósm ica; los tib e ta n o s, c in co g ra n d e s eras; los an tig u o s
mexicanos, c in c o soles.
Los cac h ib o de la A m a z o n ia p e ru a n a d iv id e n el tie m p o
en tres épocas: los h o m b res fu e ro n creados al c o m ie n zo

265
de la seg u n d a ép o ca q u e c o n c lu y ó c o n u n diluvio. H ubo
p rim e ro v io len to s ru g id o s de tru e n o , en seguida torrentes 1
q u e c a ía n del cielo. " L a tie rra se d io v u e lta y to c ó el cielo
m ie n tra s el cielo caía. L uego de la bajad a de las aguas, al­
g u nos h o m b re s se salv a ro n e n p ira g u a s y v o lv ie ro n a m ul­
tip lic a rse 55 (R . G ira rd , o p . c it., p á g . 2 4 1 ).
La d e stru c c ió n de la c u a l su rg ió n u e stro m u n d o se des­
crib e siem p re com o u n d ilu v io u n iv e rsal, v e rd a d e ra sub­
versió n del globo te rre s tre q u e acaso nos equivocaríam os,
en ra z ó n de la u n iv e rsa lid a d de los testim o n io s, en reducir
a las p ro p o rc io n e s de u n a c re cid a del E u fra te s. I
E stam os en la te rc e ra época, d ic en los cach ib o , el quinto
sol, seg ú n los a n tig u o s m ejican o s; en to dos los casos, el I
ú ltim o p e río d o q u e fin a liz a rá el 4 O llin c o n te m b lo res de
tie rra (c o n fr. J . Soustelle, o p . c it., p á g . 1 5 ).
Sin d e te n e rn o s en las an alo g ías posibles e n tre los hechos
griegos, b a m b a ra , m ejican o s y tib e ta n o s q u e sugieren la
ex isten cia de u n a m ism a c o rrie n te in ic iá tic a , h a y que su­
b ra y a r esa n o c ió n de la p re c a rie d a d del m u n d o creado que
hallam os en todas las civilizacio nes. A u n allí, la tradició n
n o se ap o y a en la ex p erien c ia sensible, pues p a ra el " p ri­
m itiv o 55 ta l co m o lo co n ceb im o s, el m u n d o d e b e ría apa­
re c e r co m o u n a n o c ió n estable, e te rn o , c o n relació n a la
d u ra c ió n de la v id a h u m a n a . N a d a en la e x p erien cia coti­
d ian a p u e d e d a r al h o m b re la idea de cataclism os definitivos,
generales, n i del fin del m u n d o . I
F re n te a estos hechos, alg u n o s de los cuales p u e d en ser
fá c ilm e n te v e rific a d o s, ten d em o s a a tr ib u ir a las civiliza­
ciones tra d ic io n a les el p riv ileg io de u n c ie rto conocim iento
de lo c o n c re to , ta l co m o p u e d e n te n e rlo m a rin o s o cam ­
pesinos qu e re c o n o c e n en u n h o riz o n te fa m ilia r los signos
de la to rm e n ta p ró x im a .
E ste " p r im itiv o 55 d e b e ría , pues, poseer u n "pensam iento
p a ra a c tu a r 55, u n a p ra x is, p e ro n o u n " p e n sa m ie n to para
saber55, pues este ú ltim o está reserv ad o al h o m b re blanco.
Q u iz á los fin es de esta gnosis q u e es la cien cia en las
civilizaciones tra d ic io n a les sean esen cialm en te p rá c tic o s. P e^
ro a ú n ten em o s q u e p o n e rn o s de a cu e rd o sobre la p a la b ra
"p rá c tic a ” .
Im aginem os al h o m b re de las cav e rn a s e n m ed io de la
n aturaleza, sin c o n ta r m ás q u e c o n sus m ú scu lo s poderosos
y con u n c e re b ro v irg e n . A lg u n o s m illares de años n o le
habrían b astad o p a ra p ro b a r to d as las p la n ta s, g u starlas,
com binarlas de m a n eras d ife re n te s, h a sta e n c o n tr a r la b u e n a
receta q u e le p e rm ita sacar p a rtid o de raíces p o co com es­
tibles o a b so lu ta m e n te venenosas. N e c e sita b a ta m b ié n , d u ­
rante ese tie m p o , e sc ru ta r el cielo, o b serv ar las c o n ste la cio ­
nes y h a lla r en el alm ácig o de estrellas, re fe re n c ia s u tili-
zables p a ra c a lc u la r el tie m p o ; luego, d ejan d o de ser as-
trónom o, se h a b ría c o n v e rtid o en c a w - b o y , c a p tu r a n d o u n o
* a uno a to d o s los anim ales y e x p e rim e n ta n d o siste m á tic a ­
mente su b u e n a v o lu n ta d en dejarse d o m e stic a r o p a ra v iv ir
en c au tiv erio . E n pocas p alab ras, n u e stro lejano an tep a sad o
para so b rev iv ir, h u b ie ra deb id o lle v a r u n a ex isten cia
de p ro feso r en el M useo de H is to ria N a tu r a l aliada a u n a
vida de c a z a d o r y de caza, acosado a su v e z p o r g ran d es
fieras. D e b ía ser c ap a z de re su m ir to d a esta cien cia y
tran sm itirla sin e sc ritu ra , co n la a y u d a de u n len g u aje ru d o ,
^ para aseg u rar la su p erv iv en c ia de las generaciones siguientes.
A ú n así, la te o ría del ev o lu cio n ism o n o nos p a re ce suscep-
h tibie de p o d e r e x p lic a r los c o n o cim ien to s reales del h o m ­
bre de las civilizaciones tra d ic io n a les, tales co m o to d a v ía
podemos estu d iarlas, así com o n o es posible re d u c ir el m o d o
de adq u isició n de esta gnosis a u n a la rg a serie de ensayos
y de errores.
La fin a lid a d del h o m b re es c o n o c e r el m u n d o , n o p a ra
utilizarlo sino p a ra re p re se n ta r en él su p ap el. T o d as las
gnosis, en las civilizaciones tra d ic io n a les, son pues, cu ad ro s
de c o rre sp o n d e n c ia e n tre D ios, el H o m b re y el U n iv e rso ,
para re to m a r el t í t u l o de la o b ra m ás c o n o cid a de L ouis-
^ Claude de S a in t-M a rtin . L o q u e llam am o s " R e lig ió n ” es
f
267
p a ra el h o m b re de las civ ilizaciones tra d ic io n a les u n a téc- ¡
n ic a , u n a p r a x i s ta n indispensable co m o las técn icas de ?
la m a te ria .
N o h a y , pues, u n p e n sa m ie n to lib re y u n pensam iento
o rie n ta d o h a cia el re n d im ie n to . E n las civ ilizaciones tradi­
cionales, h a y u n p e n sa m ie n to ú n ic o te n d ie n te a afirm ar
el lu g a r del h o m b re en el m u n d o . E l " re n d im ie n to ” es
a lc a n z ad o en todos los dom inios c u a n d o el h o m b re ha ob­
te n id o su re in te g ra c ió n en el u n iv erso , es d e c ir su remisión.
L a a rm o n ía del m u n d o se p e rc ib e siem pre en su conjunto '
y el h o m b re re g u la sobre ella to dos sus p en sam ien to s, todas
sus accio nes p a ra a lc a n z a r ese fin . ,
E l p e n sa m ie n to p o r el p e n sa m ie n to es u n ejercicio tardío *
de in te le c tu a le s, ta n in ú til p a ra el h o m b re de las civiliza­
ciones tra d ic io n a les co m o en el T ib e t de no hace mucho, '
la ro ta c ió n de u n disco q u e n o fu e ra u n m o lin o de pie- J
garias. í
Es im posible d iv id ir la m a rc h a in te le c tu a l del hombre
de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les en análisis y síntesis. Esta
div isión es p ro p ia de la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l, en que la
cien cia se h a c o n v e rtid o en u n a b ú sq u ed a p e ro es falsa en
los sitios e n q u e la cien cia es u n saber seguro.
E l n e ó fito a u stra lia n o q u e re c o rre las c av ern as iniciáticas
de su c la n a p re n d e la div isión del m u n d o en dos prin- I
cipios, el sitio de su g ru p o en el m u n d o y su lu g a r en el j
g ru p o . D a en to n ces, co m o el p rim e r h o m b re del Génesis, i
n o m b re s " a todos los ganados, a los p á jaro s del cielo j
y a to d o s los anim ales de los c am p o s” ; a p re n d e las reglas 1
de la a lian za de los h o m b re s y conoce d ó n d e p o d rá hallar
" u n a a y u d a sem ejan te a él” . P ero, en n in g ú n m om ento
a p re n d e la m a rc h a d iscu rsiv a p o r la c u a l los iniciadores
p rim o rd ia le s h a n llegado a estos resu ltad o s, a los hechos que,
situ á n d o lo de c ie rta m a n e ra en el m u n d o , lo o b lig an a ca­
sarse en ta l o c u a l clan.
Q u iz á esta gnosis te n g a elem en to s q u e nos p a re c e n p rác­
ticas y q u e estam os dispuesto s a to m a r de tie m p o en tiem-

268
r po p a ra e n riq u e c e r n u e stro b estiario o n u e stro h e rb a rio .
1 Pero su fin a lid a d n o es s u m in is tra r al h o m b re esos ele­
mentos accesorios, d ad o q u e e stá n aislados de su c o n te x to , j
así com o la fin a lid a d de u n a u to m o v ilista que v a de u n
punto a o tro n o es a p la sta r el p e d re g u llo o e x te n d e r m e ­
jor el a lq u itr á n de la r u ta .
Los hechos q u e consideram os " p r á c tic o s ” o " ú tile s ” n o son
más qu e las consecuencias de la o rg a n iz a c ió n del m u n d o
tal com o se h a rev elad o al h o m b re de las civ ilizacio n es j
tradicionales en el cu rso de su in iciació n .
En n in g ú n caso este h o m b re su b ra y a su se n tim ie n to de
im potencia a n te el u n iv erso , así co m o n o a firm a la n e c e - i
sidad de a d q u irir m edios m ateriales p a ra a te n u a r esta im -
; potencia. P o r el c o n tra rio , el h o m b re de las civ ilizacio n es
tradicionales está seguro de su c o n o c im ie n to del u n iv e rso ,
1 de la cad en a q u e u n e e n tre sí to d o s los elem en to s d e la ¡I
creación; y siente q u e es el eslabón esencial.
N o hallam os en las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, co m o en
O ccidente, c o n cep cio n es d ife re n te s del m u n d o , te o ría s a la
moda, que d u ra n u n tie m p o y se a b a n d o n a n u n a v ez q u e
se ha d e m o strad o su a b su rd id ad .
O ccid en te h a p e rd id o siglos e n la b ú sq u ed a de la g e n e-
/ ración e sp o n tá n e a , decenas de años e n p ro b a r la e v o lu ció n
biológica, sin o tro b e n eficio q u e el se n tim ie n to doloroso de 'i
esfuerzos in ú tiles. >
'H em os c o n fu n d id o n u e stra s ig n o ra n c ias y n u e stro s
olvidos, c o n la ig n o ra n c ia de la h u m a n id a d e n te ra y , p o rq u e ;
K Galileo to m ó p o r su c u e n ta , h a c ia m ediados del siglo X V I, '
esa v erd ad b ien c o n o cid a q u e era el m o v im ie n to de la
tierra, pensam os in g e n u a m e n te q u e los h o m b re s h a b ía n q u e ­
dado h a sta e n to n ce s congelados e n el se n tim ie n to de su
inmovilidad.
E quivale a d e sp rec ia r las en señ an zas c u y a m igajas h a ­
llamos to d a v ía a q u í y allá, p arcelas de v e rd a d q u e se e stá n
! perdiendo, re m a n e n te s de enseñanzas p erd id as. >

269
P a ra el h o m b re de las civ ilizaciones trad icio n ales, la ma- |
te ria es m o v im ie n to p o rq u e p a rtic ip a de la v id a cósmica, j
p e ro la c re a c ió n es in m ó v il, sin posib ilid ad de paso ma­
te ria l de u n p la n o a o tro : es p e rfe c ta desde el o rig en , como
u n a rc a llegada del cielo.
E l h o m b re es m o v im ie n to e sp iritu a l en el in te rio r de un
ciclo, u n a p a rte del c u a l escapa a n u e stro s sentidos: la más
im p o r ta n te p a ra el h o m b re de las civ ilizaciones tradicionales.
A sí, el cosm os es u n e n g ra n a je c o m p lic ad o del c u al noso­
tro s los o ccid en tales, p e rd im o s el esquem a de conjunto. '
N u e s tro análisis n o nos p e rm ite p e rc ib ir m ás q u e ciertos ,
rodajes. U n o ve lo q u e v u e la y a firm a q u e to d o es moví- j
m ie n to , o tro e n tre v é u n a polea d ife re n c ia l y piensa que !
el m u n d o se m u e v e a c o n tra p e lo .
Q u iz á " se r m ás es saber m á s” (T e ilh a rd de C hardin: j
V a v e n i r de V h o m m e p á g . 3 1 ) . P ero n o es saber cualquier
cosa y de c u a lq u ie r m o d o . j
T o d o o c u rre co m o si las civilizaciones trad icio n ales hu- I
b ie ra n ido siem p re de las ideas a los hechos, sin perderse ·
jam ás en ese p a rc e la m ie n to a n a lític o q u e c a ra c te riz a el pen- '
sam ien to o c cid e n ta l.
N o h a y especialistas de la e m b rio lo g ía de los coleópteros j
e n tre los p ap ú es, p e ro e n tre n o so tro s n o h a y filósofo capaz j
de o b te n e r el p e n sa m ie n to ú n ic o q u e a b a rq u e la totalidad |
de los hechos recogidos al a z a r de las búsquedas. ¡
E l h o m b re de las civilizaciones tra d ic io n a le s aprende a j
c o n c e b ir el u n iv e rso com o u n c o n ju n to c u y a clave le trans- j
m ite la sociedad. E l o c c id e n ta l, p o r el c o n tra rio , no tiene
esta visión glo b al del m u n d o . C o m o dice M a rx , no tiene I
m ás q u e u n a p r a x is , u n a cien cia o rie n ta d a h a cia la acción, i
la u tiliz a c ió n de la m a te ria , m o d ific a b le seg ú n las circuns- !
tan cias. M a rx h a b la b a del " P r im itiv o ” : su te o ría sólo es
v e rd a d e ra p a ra el h o m b re b la n c o de los tie m p o s modernos, j
L a en se ñ a n za in ic iá tic a es u n a n te p e c h o en el que el
h o m b re p u e d e apoyarse, m ie n tra s q u e n o so tro s erram os al !
azar en u n d éd alo cuyos m ean d ro s se p ro lo n g a n in d e fin i­
damente, sin salida. v
N os re su lta d ifíc il, p o r lo ta n to , a d m itir las te n ta tiv a s
que p re te n d e n ra s tre a r el le n to d e sp e rta r del p e n sa m ie n to
humano.
Por m ás lejos q u e p o d am o s lle v a r n u e stra s observacio nes
en el tie m p o y en el espacio, el h o m b re se nos p re se n ta
en sociedad: u n a sociedad q u e estam os obligados a a d m itir
como u n o rig e n y n o co m o u n re s u lta d o ; fo rm a al h o m b re ,
le tra n sm ite u n a c o n c e p c ió n g lo b al del m u n d o , u n a gnosis
cuyo o rig e n n a d a nos p e rm ite ra s tre a r ta m p o c o .
Desde q u e hallam os el p e n sa m ie n to h u m a n o en el c am p o
de n u e stra o b serv ació n , lo vem os ig u a l, en v a lo r ab so lu to ,
de una c iv iliz ac ió n a o tra , de u n m ilen io a o tro , tr a n s p o r ­
tando los elem en to s de u n a tra d ic ió n ú n ic a com o las
simientes n acid as de u n m ism o f r u to .

271
i

l
*

I
l
i\I

I
r

CAPITULO XIII

. .S E R E IS C O M O D I O S E S .. . ”

F \ e s d e el R e n a c im ie n to se a d m ite q u e las c o stu m b re s de


los h o m b re s v a r ía n de u n p a ís al o tro , así com o sus
concepciones m orales. M ás ta rd e , P ascal ib a a a firm a r in ­
cluso q u e las v e rtie n te s de los P irineos d iv id e n y a u n tr a n s ­
m utan la v e rd a d :
" M e n tir a m ás allá de los Pirineos
V e rd a d m ás a c á ” .
Q u iz á n u e stro s viajeros se h a y a n dejado lle v a r p o r las
apariencias y p a ra ellos que e sta b a n vestidos — c o n d e m a ­
siada ro p a — la d esn u d ez de los salvajes p a re c ie ra e n tr a ñ a r
toda u n a c o n c e p c ió n p a r tic u la r de la v id a m o ra l.
A dem ás, m u c h a s c o stu m b res h a n sido m a l c o m p re n d i­
das, m a l in te rp re ta d a s , p o rq u e n ad ie se p re o c u p a b a de t r a ­
ducirlas de o tro m o d o q u e en té rm in o s de O c c id e n te .
U n tr a f ic a n te del siglo X V I I I o del X I X n o estab a
obligado a saber que el ro b o es u n m ed io de o b te n e r algo
sin la re c ip ro c id a d qu e el d a r p ro v o c a . T a m b ié n a d m itía n
recibir regalos, s u b ra y a n d o en sus relato s el " b u e n n a t u ­
ral” de los "salv ajes” , p e ro n o to le ra b a n el ro b o qu e im ­
placablem ente c a stig a b a n co n la m u e rte .
La e d u c a c ió n de las m u jeres e n las civilizaciones tr a d i­
cionales, su lib e rta d , in te rp re ta d a s en té rm in o s de la ép o ca
victoriana, p ro v o c a ro n en la lite r a tu r a de los viajes in te ­
resantes m a le n ten d id o s. Los viajeros c o n sid e ra b a n a las m u ­
jeres de las "islas” , en la ép o ca, u n p o co co m o los m u ­
sulmanes ju z g a n h o y a los o ccid en tales, p o r apariencias.

273
L a d iv e rsid ad de las co n cep cio n es m orales q u e aparecen
a tra v é s de to d as las observacio nes, de to d as las relaciones i
de viajes, llevó a los sociólogos o ccid en tales de comienzos
del siglo X X a p e n sa r q u e la m o ra l — en el sen tid o en que
la e n te n d e m o s— p o d ía v a ria r e n te ra m e n te de u n a civili­
z ac ió n a o tra . Les p a re ció q u e las reglas m orales e ra n p u ra ­
m e n te co n v en cio n ales p e ro siem pre basadas en el te m o r o
en la esp e ra n za de te n e r acceso a u n grosero p a ra íso m a­
te ria l: ú n ic a m e n te al h o m b re b lan co , a d u lto y civilizado,
se lo ju z g a b a c ap a z de te n e r acceso a la m o ra l sin obliga­
ció n n i san ció n de K a n t, co n sid erad a com o u n a cim a: en
realid ad , u n triste callejó n sin salida m a l ilu m in ad o .
D u rk h e im o fic ia liz ó en F ra n c ia este evolu cio n ism o moral
o b te n ie n d o la c re ac ió n de u n c e rtific a d o de licencia lla­
m ad o de " M o ra l y S o cio lo g ía55. E n su e s p íritu , la " m o ra l55,
p a ra ser c ie n tífic a , n o d e b ía ser m ás q u e u n a ciencia de
c o stu m b res, u n estu d io b e n ev o len te de las c o stu m b res de
estos h o m b re s " p rim itiv o s 55 consid erados com o grados nece­
sarios q u e c o n d u c e n al tro n o del h o m b re blan co .
Los viajeros de c ie rta ép o ca h a n su b ra y ad o de intento
la ex isten cia, en las sociedades tra d ic io n a les, de los sacri­
ficios h u m a n o s, el c an ib alism o , la c aza del c u ero cabelludo
o la p re p a ra c ió n de cabezas red u cid as. N a d ie h a tratado
de v a lo ra r las co n secu en cias m orales de esas a ctitu d e s, de
esas c o stu m b re s q u e, en e fe c to , su p o n en u n p ro fu n d o res- <
p e to p o r la v id a h u m a n a , pues n o se p u e d e o fre c e r a los
dioses sino u n a v íc tim a d ig n a de ellos y , en m u ch o s casos,
aq u iescen te.
E l can ib alism o tie n d e a in te g ra r el m u e rto prestigioso
en el c o n ju n to del g ru p o p a ra q u e se c o n serv en sus cuali­
dades y sus v irtu d e s. Es p ro b a b le q u e si se d escrib iera este
rito e m p le an d o los té rm in o s de a b so rció n de ácidos n u ­
cleicos o rie n ta d o s o de m a te ria m n e m ó n ic a , nos p a re c e ría alta­
m e n te re c o m en d a b le .
¡ Los cueros cabelludos, co m o las cabezas re d u c id as, son
l altares o m ás b ien relicarios, u n a m a n e ra de c a p ta r y c o n ­
servar el alm a de u n en em ig o prestigio so.
E n las civ ilizacio n es tra d ic io n a les d e rrib a r u n árb o l, a b rir
un p o zo , son p ro c e d im ie n to s, a co m p a ñ a d o s y seguidos de
plegarias. E l d a r m u e rte a u n a n im a l es u n a c to im p o r-
¡ tante, u n sac rificio d estin ad o a u n ir lo In v isib le c o n el
f m undo cread o . E l sacrificio h u m a n o es el d o n su p re m o , p o r
I encima de to d o s los dem ás, el sac rificio p o r ex celencia,
'! sobre to d o c u a n d o se tr a ta , c o m o es el caso m ás fre c u e n te ,
de u n a ex isten cia in fin ita m e n te p recio sa q u e se o fre c e p a ra
el rescate del g ru p o .
Sólo el h o m b re b la n co h a sac rifica d o anim ales h a sta el
punto de d e s tru ir especies en teras. Su desprecio p o r la vid a
lo ha ad iestra d o ló g ic a m en te e n t r a t a r a sus sem ejantes de
^ la m ism a m a n e ra .
I Pero a ú n c o n re la c ió n a ella, hem os t r a t a d o , de re c h a ­
zar n u e stras fa lta s, n u e stro s c rím e n e s, p a ra resp o n sab ilizar
de ellos a u n rin c ó n o scu ro de n u e s tra c o n c ie n c ia e n la
cual se p e rp e tu a r ía "el h o m b re p rim itiv o ” .
Para L o m b ro so , el n o m o d e lin q u e n te — el c rim in a l—
es cru el, frív o lo , perezoso, vanidoso, su persticioso: p riv a de
sus m é rito s a la ra z a b lan ca. Los crim in ó lo g o s lo h a n rele-
^ gado a las tin ieb las ex terio res, a firm a n d o a p r io r i q u e " m u ­
chas de sus c a ra c te rís tic a s se h a lla n e n la h u m a n id a d p r i ­
m itiva” (E . Seelig: T r a ité de C r im in o lo g ie , p ág . 3 1 ) .
* L om bro so v eía en el c rim in a l n a to u n " r e to r n o a tá v ic o ” .
Si estu d iam o s las estad ísticas de c u a lq u ie r p aís o c c id e n ta l
\ con el n ú m e ro y el g é n ero de c rím e n e s co m etid o s p o r año,
com pro bam os q u e la m a y o r p a rte de ellos n o p ro v ie n e n
de u n p re te n d id o fo n d o a tá v ic o , de u n re to rn o al " h o m b re
p rim itiv o ” , sino q u e son p ro v o c a d o s p o r las e s tru c tu ra s
mismas de la civ iliz ac ió n o c c id e n ta l y su c o n flic to c o n
el in d iv id u o . E l h o m b re , en e fe c to , y a n o siente allí la n e ­
cesidad de plegarse a las leyes de la sociedad e n la c u al
vive y q u e se le p ro p o n e n co m o u n fin e n sí m ism as.
f
A b o rto s, ro bos y m alversaciones, abusos de confianza,
e n c u b rim ie n to s, estafas, m en d icid ad es y v a g an c ia , c o n stitu ­
y e n u n te ló n de fo n d o espeso sobre el c u a l m u e rte s, golpes
y h erid as c o n p re m e d ita c ió n , a trib u id o s al " re to rn o del
h o m b re p rim itiv o ” , fo r m a n u n a m a n c h a re d u c id a : alrede­
d o r del 20 p o r c ie n to de los c rím e n e s y delito s cometidos
en u n año.
H a b r ía q u e a n a liz a r m ás m in u c io sa m e n te esta m ancha
sa n g ra n te y a p a r ta r , p o r ejem p lo , las m u e rte s co n fines
de ro b o , la m u e rte " f a m ilia r ” y el in fa n tic id io q u e h ay que
p o n e r e n la c u e n ta de la civ iliz ac ió n o c c id e n ta l, con los
diversos acto s de desesperació n, suicidios in d iv id u ales o co­
lectivos, q u e g e n e ra lm e n te son las consecuencias de un j
callejó n sin salida eco n ó m ico , re su lta d o de n u e stras estruc­
tu ra s sociales. D e l 85 al 90 p o r c ie n to de los c rím e n es co­ i
m etid o s, pues, son im p u ta b le s a la fo rm a m ism a de nuestra
c iv ilizació n . I

Las civilizaciones tra d ic io n a les son g e n e ra lm e n te p ara los


etnólogos c o n ju n to s de cre encias, e s tru c tu ra s sociales y ritos,
en los q u e el in d iv id u o tie n e ta n ta lib e rta d in d iv id u a l como
u n c u b o de m á rm o l en u n m osaico: in e x iste n te p o r sí mismo
fu e ra de la visió n del d ib u jo g en eral, el ú n ic o q u e im porta.
L é v y -B rü h l, en U á m e p r im itiv e , h a llegado h a sta a ad­
m itir el " s e n tim ie n to v iv o , in te rn o q u e el p rim itiv o tiene
de su ex isten c ia p e rso n a l” , p e ro le n ieg a " p o d e r conside­
rarse a sí m ism o co m o u n su jeto ” .
Los tra b a jo s recien tes y a n o p e rm ite n m a n te n e r este p u n ­
to de vista. E l in d iv id u o , en las civilizaciones tradicionales,
fo rm a p a rte in te g ra n te de su g ru p o , p e ro sólo p u ed e repre­
s e n ta r su p a p e l en la m e d id a en q u e es lib re. P o r añadidura,
la c re en c ia e n u n p rin c ip io d iv in o in visible in te rio r al hom ­
b re viene a r e fo rz a r esta n o c ió n de la lib e rta d in d iv id u al y
de la d ig n id a d del ser h u m a n o .
T o d as las co sm o g o n ías h a c e n del h o m b re u n ser que
se h a v u e lto m alo , m o rta l, q u e e x p ía en la tie rra las con­
secuencias de u n a f a lta o rig in a l y de u n a m a ld ic ió n divina.
E n tre los b a m b a ra , el B alan za, o acacia sag rad a, m ald ice
a los h o m b re s q u e h a n a b a n d o n a d o su c u lto : " E l á rb o l
los m ald ice. C o n o c ie ro n e n to n ces las en fe rm e d ad e s y los
malos sen tim ien to s: re n c o r, odio, c e l o s . . . ” (G . D ie te rle n ,
op. c i t p á g . 2 2 ) .
Los p rim e ro s antepasados, e n tre los d o g o n , n o c o n o c ía n
la m u e rte ; ellos m ism os se tra n s fo rm a b a n y s u b ía n al cielo.
Luego v in o la fa lta , la r u p t u r a de u n a p ro h ib ic ió n , causa
de la p rim e ra m u e rte (c o n fr. M . P a la u -M a rti, op. c it.,
página 5 4 ).
T odo o c u rre com o si las sociedades tra d ic io n a les h u b ie ra n
sacado las consecuencias lógicas de u n a m ism a en señ an za.
El in d iv id u o n ació m alo p o rq u e n a ció en la c a rn e y, p o r
lo ta n to , p a rtic ip a n d o , de la fa lta p rim o rd ia l. D eb e ser
purificado p o r los rito s, tra n s fo rm a d o p o r la in ic ia ció n ,
para c o n v e rtirse en u n e lem en to de la sociedad, u n a so­
ciedad q u e es la p ro y e c c ió n sobre la tie rra de u n m odelo
divino.
El h o m b re se e n c u e n tra e n v u e lto en u n a re d de reglas
y de rito s q u e m o d e la n sus m en o res adem anes, su p e n sa ­
miento, su vida. E l in d iv id u o sin tra b a s y sin p ro h ib ic io ­
nes es im p en sab le, pues q u e d a ría lib ra d o a sus pasiones,
privado de to d a po sib ilid ad de lle v a r u n a v id a social.
Las e s tru c tu ra s sociales en las civilizaciones tra d ic io n a les
nunca son sin e m b arg o c o m p u lsiv as; p e n e tra n e n el in ­
dividuo en el p u n to en q u e se co n sid era com o p e rfe c ta m e n te
libre. La reg la de "lo q u e p u e d e h acerse” y de "lo q u e
no puede h acerse” se e x tie n d e a to d o el c o m p o rta m ie n to ,
a toda la v id a social, e n lu g a r, co m o e n O c c id e n te , de
codificar sólo las acciones secu n d arias de la v id a c o tid ia n a.
A cada u n o lo ro d e a n e s tru c tu ra s c u y o c e n tro c o m ú n es
él, e stru c tu ra s q u e v a n am p lián d o se h a sta el u n iv erso . M alo
de n a cim ien to , el h o m b re se re in te g ra al u n iv e rso , p u r i ­
ficado, tra n s fo rm a d o en b u en o p o r la sociedad q u e separa
su alma de los bienes de este m u n d o p a ra g u ia rla e n la
reconquista de su estado p rim e ro .

277
L a c re en c ia en la existen cia del alm a, p rin c ip io in­
visible in d e p e n d ie n te del c u e rp o , que hallam os de u n ex­
tre m o al o tro del tie m p o y del espacio, es el p o stu lad o ne­
cesario q u e h a y q u e c o n o c e r p a ra c o m p re n d e r los sistemas
de p e n sa m ie n to p a rtic u la re s q u e estudiam os.
E n to d as las civilizaciones tra d ic io n a les, se supone que
lo In v isib le in te rv ie n e de u n a m a n e ra in m e d ia ta en el pen­
sam ien to h u m a n o . T o d a la in ic ia ció n se re d u c e a la ofrenda
del alm a v e g e ta tiv a al cab allero d iv in o qu e h a querido
elegirla.
E sta c re en c ia está a te stig u a d a en la A n tig ü e d a d medi­
te rrá n e a co m o se c o m p ru e b a h o y en el m u n d o entero. I
E l a n g a k o k esq u im al b u sca la alia n za de la e n tid a d invi- j
sible, co m o los so n g h ay d a n z a n p a ra o b te n e r el descenso
de u n dios, com o los oceánid os p id e n a los antepasados
q u e se m a n ifie ste n en el c u e rp o de sus descendientes y ,
qu e h a b le n p o r su boca.
E n las tra d ic io n e s p o p u la re s de A fric a del N o rte , este
genio lleva el n o m b re de " e l q u e está sobre el hom bro”
o " e l c a b a lle ro 55. Sus m a n ife stac io n e s son las m ism as de
u n e x tre m o al o tro de la cad e n a de los genios y de los
ángeles, en el espacio y en el tie m p o : H o m e ro la ha des­
c rito h ace tie m p o : p rim e ro esto rn u d o s o bostezos que, al
e n u n c ia r u n a frase, lleg an p a ra d a r el a cu e rd o de lo In­
visible, en seguid a y sobre to d o los sueños. H a y también '
to d o u n código de los sueños in te rp re ta d o com o las ma­
n ife stac io n e s del án g el g u a rd iá n . P o r ejem plo, en la Kasbah 1
de A rg e l, so ñ ar c o n u n h o m b re n e g ro es el signo de que I
h a y q u e hacerse in ic ia r sin ta rd a n z a en el c u lto de los
genio s; so ñ ar c o n m o n ta ñ a s sig n ifica q u e se está poseído
p o r genios llegados de la m o n ta ñ a , cabilos. A lg u n a s veces
el sueño d escribe c o n p re c isió n u n p e re g rin a je que h ay que
re a liz a r al sa n tu a rio de u n san to p a rtic u la r.
E ste h u é sp e d in visible tien e sus p re fe re n c ia s: color de
las v e stid u ras, p e rfu m e s o alim entos. P ero su m anifestación
esencial es d irig ir el p e n sa m ie n to del h o m b re , u n pensa­

278
miento c o n ceb id o e n to n ces com o u n a m a n ife sta c ió n de lo
Invisible, u n diálogo c o n sta n te e n tre el " y o ” d iv in o , cab alle­
ro invisible, án g el o genio, y el " M e ” q u e n o es m ás
que la ex p resió n de la a rm a z ó n de carn e.
Acaso h a y a que v e r u n re fle jo a te n u a d o de esta c o n ­
cepción en la ex p resió n p o p u la r: " Y o m e d ije” , que dis­
tingue el " y o ” qu e d irig e y el " M e ” q u e escu ch a, que
obedece.
El h o m b re de las civilizaciones tra d ic io n a les considera
el pen sam ien to com o u n m ensaje, u n a re fle x ió n e n el v e r ­
dadero sen tid o del té rm in o , es d e c ir la re tra n sm isió n h asta
él de u n a in te n c ió n e x tra ñ a . E l h o m b re n o piensa, su ángel
ve y le h ab la.
En todas las civilizaciones, la in ic ia ció n q u e lleva al in ­
dividuo a to m a r co n scien cia de su c u a lid a d de h o m b re ,
no es m ás q u e la ex p lic ac ió n y la to m a de c o n cie n c ia de
esta d ic o to m ía c o n sid erad a com o necesaria en los té rm in o s
de cierta c o n c e p c ió n del m u n d o y del lu g a r o c u p a d o p o r
el hom bre en el m u n d o .
Puesto q u e el " g e n io ” , ese cab allero invisib le d el h o m b re
es consid erado co m o su v e rd a d e ro m o to r, p o d ría p a re c e r
normal q u e la co n secu en cia de este p o stu la d o fu e ra la irre s ­
ponsabilidad m o ra l del h o m b re en el g ru p o al c u al p e r ­
tenece. A h o ra bien, en las sociedades tra d ic io n a les ta n to
como en las de la A n tig ü e d a d , a b u n d a n te s testim o n io s p r u e ­
ban la ex isten cia de u n a ju stic ia rep resiv a rig u ro sa.
Al " g e n io ” se lo co n sid era responsable de las acciones
del h o m b re q u e h a b ita . P ero h a y buenos y m alo s genios;
algunos ab u san de su c a b a lg a d u ra e in clu so p u e d e n lle­
varla a c o m e te r la fa lta m ás g rav e, es d e c ir u n a r u p tu r a
de p ro h ib ició n .
Las p ro h ib icio n es, sin q u e sea posible e x ten d e rse la rg a ­
mente sobre esta n o c ió n , son reglas d e fin itiv a s o te m p o ra ria s
que c o n trib u y e n a aseg u rar el e q u ilib rio del h o m b re en
el m u ndo. D e m o d o q u e su r u p t u r a p o n e en p e lig ro la

279
ex isten cia m ism a del g ru p o h u m a n o ro m p ie n d o su con­
tr a to de alian za c o n lo Invisib le.
L a san ció n q u e castig a al c u lp ab le es la ex pulsión del
g ru p o o la m u e rte . E n u n o y o tro caso, se tr a t a de me­
didas de seg u rid ad qu e tie n e n p o r fin a lid a d p reserv ar a
u n a sociedad de las consecuencias de u n a a c titu d que pone
su e x isten cia en p e lig ro : u n a m e d id a de p re c a u c ió n y no
u n c astig o c o n tra u n in d iv id u o , c u lp a b le en el sentido en
q u e lo en ten d em o s.
E n los casos de r u p t u r a de u n a p ro h ib ic ió n , en todas
las civ ilizacio n es, la m u e rte del c u lp a b le se im p o n e. Con
fre c u e n c ia la san g re de la v íc tim a n o debe ser derram ada,
pues los p rin c ip io s invisibles que tra n s p o rta n o p u ed en ser
liberados sin riesgos.
T a m b ié n vem os en las sociedades tra d ic io n a les que la
n o c ió n de p ecad o se lim ita a to d o lo q u e p u ed e quebrar
la p ro te c c ió n in visible c o n la c u a l se ro d e a n los sacrificios
y los rito s.
P ero el h o m b re se halla preso en u n c írc u lo mágico
q u e n o p u e d e ro m p e r, en u n u n iv erso lleno de dioses.
E x iste, p rim e ro , el c írc u lo de la casa, d e lim itad o por
los sacrificio s y s a n tific a d o p o r el h o g a r. E l h o m b re de­
b e rá re s p e ta r c ie rto n ú m e ro de p ro h ib icio n e s q u e crean
la v id a m o ra l de la fam ilia.
E n tr e los cabilos, a los c u lp ab les de a d u lte rio se los cas­
tig a b a c o n la m u e rte : a ú n n o h a ce m u c h o el jefe de la
fa m ilia se e n c a rg a b a de la ejecu ció n . N o h a b ía v en g an za ni
castigo, sino p u rific a c ió n del c írc u lo m á g ic o de la casa
y re s ta u ra c ió n de su in te g rid a d , indispensable p a ra obtener
la alia n za y la p ro te c c ió n de los genios guardianes.
E l in c esto era ig u a lm e n te castig ad o co n la m uerte,
p e ro la aldea e n te ra se e n c a rg a b a en o tro tie m p o de la
e jec u c ió n de los cu lp ab les, y d ad o el caso, del n iñ o nacido
de su u n ió n . La la p id a c ió n se h a c ía c o n piedras reco­
gidas en los cam in o s, es d e c ir im p u ra s, p a ra fija r el alma
de los co n d en ad o s e im p e d irle c au sa r d añ o . E n ta l caso,

280
los cabilos e stim a b a n q u e to d a la in te g rid a d de la aldea
estaba a m en a z ad a , que la p ro te c c ió n del san to o del a n ­
tepasado c o rría el riesgo de n o ejercerse m ás: to d a la aldea
debía p a rtic ip a r, pues, de ese rito de e x p u lsió n del m al.
Si d escartam o s esta n o c ió n de la alia n za c o n lo Invisible,
que h a y que c o n se rv a r a to d a co sta p a ra la in te g rid a d
del c írc u lo m á g ic o qu e ro d ea la casa y la aldea, no p o ­
demos y a c o m p re n d e r la necesidad de m a ta r, co n sus p ad res,
al n iñ o n a cid o de u n co m ercio a d u lte rin o o incestuoso.
Es in o cen te si nos aten em o s a la acció n , a la fa lta ; c u l­
pable si se co n sid era la ú n ic a im p u re z a m á g ic a q u e p o n e
en pelig ro la a lian za de lo In v isib le y de los h o m b res.
Por la m ism a ra z ó n y en las m ism as sociedades m e d i­
terráneas, la v e n g a n z a , en caso de m u e rte , es u n a cos­
tum bre siem p re observada. C a d a h o m b re de u n a fa m ilia
o de u n a aldea es m ie m b ro de u n a c o m u n id a d de c u lto
que re aliza rito s ju n to a la tu m b a del a n tep asad o fu n d a d o r.
M atarlo d ism in u y e el colegio c u ltu r a l y a m en a z a m o d i­
ficar los té rm in o s del c o n tr a to de a lian za e n tre la c iu d a d
y lo Invisib le. La v e n g a n z a n o es ta m p o c o en su p rin c ip io
un castigo, es u n sacrificio d e stin ad o a a p a c ig u a r a lo
Invisible. T a m b ié n existe en c iertas civilizaciones u n a so­
lidaridad de v e n g a n z a e n tre los m iem b ro s de u n m ism o
clan y de u n a m ism a fam ilia, p o r la c u a l o tro h o m b re p u e ­
de ser a b a tid o en lu g a r del c rim in a l.
Pero n o h ace m u c h o , en las viejas tra d ic io n e s bereberes,
el c rim in a l d e b ía ir a sentarse en el h o g a r de su v íc tim a ,
desposar a su m u je r, e d u c a r a sus hijos, su b v e n ir a las
necesidades de sus p ad res, re sta b le c e r la in te g rid a d de la
com unidad c u ltu ra l. A b a n d o n a b a sus p ro h ib icio n e s y su
antepasado p a ra a d o p ta r los de la casa y la aldea en la
cual acab ab a de e n tr a r ; era su ex p iació n .
E n tre los iroqueses ig u a lm e n te , los prisio n ero s de g u e rra
eran a d o p tad o s p o r las fam ilias p a ra re e m p la z a r a los h o m ­
bres m u e rto s en el c o m b ate.

281
A sí, en todas las civilizaciones, el h o m b re tien e el sen­
tim ie n to de la d ig n id a d de la p erso n a h u m a n a y todas
las c o stu m b re s c o n tie n e n el viejo m a n d a to : " N o m atarás”,
c o ro la rio de este o tro : " N o c o m eterá s sacrilegio” , pues en
el h o m b re h a y u n a p a r tíc u la d iv in a.
H e m o s v isto el lu g a r ritu a l del ro b o en las civilizaciones
tra d ic io n a les, c o n sid erad o en su p rin c ip io com o el único
p ro c e d im ie n to de ad q u isició n de bienes q u e n o entraña
re c ip ro c id a d , al c o n tra rio del d o n . E l ro b o ritu a l h a sido
u tiliz a d o e n tre h o m b re s p e rte n e c ie n te s a castas diferentes
c o n p ro h ib icio n e s d ife re n te s: es ra ro y, si los blancos han
sido a m e n u d o sus v íc tim a s, se debe p re c isa m e n te a que
p e rte n e c ía n a u n a especie d esconocida, h u m a n a o infernal,
c o n la c u a l el in te rc a m b io era d ifíc il o n o deseable.
E n u n a c o m u n id a d d ad a, casa, b a rrio o aldea, el robo
se c astig a siem pre sev eram en te. E l c o n d en a d o debe res­
t i t u i r el o b je to ro b a d o y p a g a r u n a pesada m u lta equi­
v a le n te a m e n u d o a casi to dos sus bienes, c u alq u iera sea
la im p o rta n c ia del ro b o . N o hace m u c h o , e n tre los cabilos,
el c u lp a b le era adem ás c astig ad o p o r los h o m b re s del clan
o de la aldea y dejad o p o r m u e rto .
i
E l p illaje, allí co m o en o tra s p a rte s, es el h ech o de la
í
g u e rra , u n a g u e rra q u e debe re d u c irse a su sen tid o ritual
de oposición de los dos p rin c ip io s del m u n d o , en u n mo­
m e n to bien d e te rm in a d o en el ciclo de las estaciones. En
las aldeas cabilas de an tes, los h o m b re s tr a ta b a n de sacar
las p u e rta s de las casas y el re b a ñ o co lec tiv o del clan
o p u esto . N o se tr a ta b a de a u m e n ta r sus bienes, sino de
sim b o liz ar su v ic to ria p riv a n d o a la aldea enem iga de su
p ro te c c ió n m á g ic a : en la o p o rtu n id a d las p u e rta s ador­
n ad as c o n m o tiv o s sim bólicos y c o n signos protecto res.
E l ro b o de g an ad o le im p e d ía o fre c e r sacrificio s a lo In ­ í
visible. i
E l esquem a de la sociedad tra d ic io n a l se im p o n e al hom bre |
i
y lo p ro v e e de e stric ta s leyes m orales, las m ism as de un íI
e x tre m o al o tro del tie m p o y del espacio. Los hombres

282
r

son iguales y d eb en esfo rzarse p o r m a n te n e r esa ig u a ld a d


visible. Sus v e stid u ras son sem ejantes y su a lim e n to id é n tic o .v
Aún h a sta estos ú ltim o s años, en C ab ilia, estab a p ro h ib id o
abatir u n a cab eza de g an ad o sin que se a p ro v e c h a ra to d a
la aldea. P ro c e d e r de o tro m o d o era c o m e te r u n c rim e n ,
“taseglut” , castig ad o c o n la c o n fisc a c ió n de la c a rn e o
con la o fre n d a , p o r p a rte del c u lp ab le, de cabezas de g a ­
nado en n ú m e ro su fic ie n te p a ra q u e cad a h a b ita n te de la
aldea p u d ie ra te n e r su p a rte .
E n esto, las civ ilizaciones tra d ic io n a les son el m od elo q u e
se esfu erz a n p o r a lc a n z a r todas las co m u n id a d es m ístic as
del O c c id e n te cuyos m iem b ro s, p o co p re o c u p a d o s p o r los
bienes de este m u n d o , q u ie re n m a n te n e r lazos fra te rn a le s
entre sí, u n a ig u a ld a d p e rfe c ta , p a ra volv erse h a cia lo
Invisible.
La n o c ió n de fa lta se d istin g u e así n e ta m e n te de la de
pecado. E n las civ ilizaciones tra d ic io n a les, la r u p t u r a de
una p ro h ib ic ió n que p o n e en p e lig ro la alian za del h o m b re
y de lo In v isib le es u n p ecado. La fa lta es in d iv id u a l, es
la consecuencia de u n a fa ta lid a d q u e m erece la co m p asió n
de todos los ho m b res. E l genio invisib le p u ed e ser u n m a l
caballero q u e m a ltr a ta su c a b a lg a d u ra : u n h o m b re se a r r u i­
na en el juego, o tro se e n tre g a al alcohol c o n u n a f in a ­
lidad de sa tisfa c ció n p erso n al, o no p u e d e v iv ir e n los l í ­
mites de su casa, de su clan. Es su genio el q u e los ag ita ,
así com o m u e v e ta m b ié n al org u llo so o al p e n d e n c ie ro ;
trata de d añ arlo s, a tra y én d o lo s a su p e rd ic ió n , hacién d o les
correr el riesgo de la r u p tu r a de u n e n tre d ic h o q u e desen­
cadenará e n to n ce s la in te rv e n c ió n del g ru p o .
E n o tro s casos, al c o n tra rio , el genio a c tú a v e rd a d e ra ­
mente co m o u n án g el g u a rd iá n , lu c h a n d o c o n tra las m alas
tentaciones del alm a v e g e ta tiv a y del c u e rp o c a rn a l. P r o ­
voca e n to n ce s la e n fe rm e d a d o la m u e rte e n señal de cólera.
D u ra n te el D o n g o h o ri de G a m b allé e n tre los son g h ay
—u n a sesión de ev o cació n — el dios del ra y o , D o n g o , re ­
conoce h a b e r fu lm in a d o a u n h o m b re " p o rq u e dejó a su

283
p a d re ” y añ ad e: " S u p a d re es viejo, . n ecesita de él. Es
el ú n ic o m u c h a c h o de la fam ilia. S u p a d re está solo”,
" E s ta c erem o n ia ap arece c la ra m e n te com o u n a repara­
c ió n del d eso rd en c o m e tid o p o r u n h o m b re . E l Sorko Ta-
h ir ú q u e b ró las p ro h ib icio n e s de D o n g o . F u e fulm in ado y
los o tro s so rk o son am en azad o s si n o re stab le c en relaciones
cordiales c o n D o n g o . E ste a c e p ta su p e rd ó n y sus ofrendas”
(J e a n R o u c h : L a r e l i g i ó n e t la m a g i e S o n g h a y , págs,
2 2 9 -2 3 0 ) .
V em os ig u a lm e n te , e n la m ism a p o b la ció n , a u n hombre
q u e cae g ra v e m e n te e n fe rm o p o rq u e h a descuid ado orga­
n iz a r las cerem o n ias de los dioses.
Los especialistas en la h o rd a p rim itiv a h a n descrito con
fre c u e n c ia estos reb añ o s h u m a n o s de o rg a n iz a c ió n incierta,
d o m in ad o s p o r los m ás fu e rte s y los m ás valientes, explo­
ta d o s p o r los m ás a stu to s. E sta visió n g ra tu ita de un
estado n u n c a a te stig u a d o sirvió a m e n u d o de p u n to de
p a rtid a a te o ría s de la ev o lu ció n de las ideas morales
q u e ra s tre a n el le n to d e sp e rta r de la c o n cien cia de ios
h o m b re s; siem p re es la é tic a del h o m b re b la n co la que
su m in istra el re su lta d o del lado de K a n t.
Lo q u e c o m p ro b a m o s en las civilizaciones tradicionales
n o nos p e rm ite c o n firm a r este p u n to de v ista y muestra,
p o r el c o n tra rio , al h o m b re de las civilizaciones tradicio­
nales e n posesión de los m ism os valo res m orales, sin cambio
n o ta b le a tra v é s del tie m p o , y p o r lo ta n to , parece, des­
de siem pre.
L a sociedad es el m a rc o d e n tro del c u a l se ejercen todas
las a p titu d e s del h o m b re . D esde su m ás tie rn a infancia,
el in d iv id u o a p re n d e q u e a n te to d o está al servicio de la
c o m u n id a d , y q u e debe d e sa rro llar e n ella las v irtu d e s que
p o d rá n re s u lta r ú tile s a todos.
E l in d iv id u a lism o es a d m itid o e n c ierto s casos, en cier­
tos do m in io s, p o rq u e p u e d e ser la m a rc a de lo Invisible.
E n tre los am m assalik el bien m ás precioso q u e puede
re c ib ir u n h o m b re es u n d o n de lo In v isib le q u e h a rá de

284
T él un a n g a k o k — u n sacerd o te— o u n to c a d o r de ta m b o r.
< En esta sociedad p o la r d o n d e la b ú sq u e d a del alim ento-
parece el p rim e r c u id ad o del h o m b re , el h á b il c a z a d o r
sólo in te g ra el te rc e r ra n g o de la je ra rq u ía social.
En todas p a rte s el in d iv id u a lism o se ju z g a sev eram en te.
Entre los arap esh , p o r ejem p lo , al h o m b re d ie stro , sea p es­
cador o arte sa n o , lo ro d ea u n a m o d e ra d a a d m ira ció n . L a
5 sociedad to le ra la p e rse c u c ió n de fin es in d iv id u a le s p e ro
los ignora y n o les a trib u y e n in g ú n p re stig io social. E l
hombre ideal es el q u e p u e d e p o n erse to ta l y e fic a z m e n te
al servicio de la c o m u n id a d . D e b e ser c a p a z de s u p e ra r
la a n tip a tía in s tin tiv a q u e los arap esh tie n e n p o r el e je r­
cicio de la a u to rid a d u a c e p ta r el m a n d a to q u e se le o fre c e .
Es hospitalario, sabio, d u lc e , en em ig o de to d a q u e re lla
y capaz de c o m p re n d e r las te n d e n c ia s de su g ru p o a f ín ,
, de p a rtic ip a r e n ellas del m e jo r m o d o .
Luego de su m u e rte , los huesos de este h o m b re m o d elo
serán d esen terrad o s p o r sus d escen d ien tes y colo cados en
altares p ro te c to re s. E l c a z a d o r o el p e sc a d o r h á b il q u e
no e n c a rn a ro n d u ra n te su v id a las p a c ífic a s v irtu d e s de
esta sociedad n o te n d r á n ta l h o n o r.
En Sam oa el h o m b re debe p o n e r su p o sició n social a n tes
que sus deseos personales. " L le v a e n to d a c irc u n s ta n c ia
una a rm a d u ra de c o rté s reserv a y de fo rm alism o . L a m a y o r
íalta es " ta u ta la lai t i t i ” , h a b la r p o r e n c im a de su ed ad
y de su ra n g o ” (M a rg a re t M ead , o p . c it., p á g . 3 0 5 ).
Allí co m o en o tra s p a rte s se desprecia al v io le n to , así
como al q u e tie n d e c o n p asió n h a cia u n a satisfa c c ió n p u -
. ramente p erso n al.
E ntre los iroqueses, el tí t u l o m ás a lto e ra el de " sa c h em
du p in ” : era u n t í tu lo p u ra m e n te h o n o ríf ic o a c o rd a d o a
los hom bres y a las m u jeres q u e h a b ía n sido ejem p lo de
cooperación social in te lig e n te ( c o n f r . B .H . Q u a in : T h e
Iroquois). Los h o m b re s m ás con sid erad o s e ra n los v id en tes
y los c u ra n d e ro s, es d e c ir los q u e p o d ía n g u ia r a la c o ­
munidad y a y u d a rla ta n to e sp iritu a l co m o físic a m e n te .

285

i
E sta im p o rta n c ia de la sociedad en las civilizaciones j
tra d ic io n a les p e rm itió d e cir q u e “ el g ra n dios de los da- ,
k o ta era la resp o n sab ilid ad . C o m o en la sociedad victoriana,
c ad a h o m b re era el g u a rd iá n y el ju e z de su prójim o y
ta m b ié n el d e fe n so r del o rd e n p ú b lic o ” (J e a n n e tte Mirsky:
T h e D a k o ta , e n M a rg a re t M ead C o m p e ti tio n a n d coopera­
r o n , p á g . 4 2 4 ) . Las m u c h a c h a s esp e ra b an re c ib ir consi­
d e ra c ió n y a fe c to de p a rte de su m a rid o , p ero de una *
m a n e ra d iscreta , n o d e m o stra tiv a , y sobre to d o n o en pú­
blico. H u b ie ra sido to ta lm e n te in c o n v e n ie n te p a ra una pa­
re ja d a k o ta c o m p o rta rse de o tr o m o d o y la muchacha
h u b ie ra e x p e rim e n ta d o p o r ello u n a v e rd a d e ra molestia, j
c e rc a n a a la v e rg ü e n z a .
E sta n o c ió n del o rd e n p ú b lic o , si b ie n se e n c u e n tra en
todas p a rte s, está san cio n ad a de m o d o p a rtic u la r en tre los ‘
m a o ríe s p o r la p r á c tic a del " m u r u ” : u n a in s titu c ió n cuya t
fin a lid a d es re c o rd a r al in d iv id u o la p rim a c ía de los in- f
tereses colectivos. E l “ m u r u ” es u n a especie de castigo ,
q u e consiste en saq u ear al c u lp a b le y d espojarlo de sus
bienes. A sí, p o r ejem p lo , u n h o m b re debe v elar sobre su
p erso n a, p u es es necesaria a la c o le c tiv id a d ; si le ocurre
u n a c c id e n te q u e le im p id e p a rtic ip a r e n la ta re a común,
debe s u f r ir el " m u r u ” . Los p ad res son som etid os al “ m uru” :
en caso de m u e rte o e n fe rm e d a d de su hijo. E l marido <
de u n a m u je r a d ú lte ra su fre el “ m u r u ” p o r el escándalo |
q u e h a causado d eb id o a su n eg lig en cia. J
U n a jo v e n p a re ja casada fu e castig a d a de la m ism a ma-
ñ e ra al d ía sig u ie n te de la n o c h e de bodas, pues sus amigos, j
al c a n ta r y b a ila r to d a la n o c h e, p ro v o c a ro n — com o di­
r ía n n u e stro s ag en tes de p o lic ía — d eso rd en p ú b lic o y ai- |
b o ro to n o c tu r n o ( c o n f r . B. M ish k in : T h e M a o ri o f N ew -
X e a la n d en M . M ead, o p . c it., p á g . 4 5 0 ) .
L a c u a lid a d esencial q u e debe te n e r el h o m b re de las
civilizaciones tra d ic io n a le s es la g enerosidad. E n todos los
p u eb lo s, lo hem os v isto e stu d ia n d o las e s tru c tu ra s econó­
m icas, los bienes d e b en c irc u la r. E l h o m b re se considera ¡

286
como u n in te rm e d ia rio e n tre lo In v isib le, q u e da los bienes,
y la sociedad. v
E ntre los ifu g a o de las islas F ilip in as, el h o m b re n o debe
ser avaro y si a d q u iere bienes y los a c u m u la es p a ra r e ­
cibir m ejo r a sus huéspedes. L legado a la c im a de la so­
ciedad, c o n v e rtid o en u n " k a d a n g y a n g ” , debe re d is trib u ir
continuam ente su riq u e z a d u ra n te fiestas su n tu o sas dadas
a toda la p o b la c ió n ( c o n f r . R .F . B a rto n : T h e h d f - w a y s u n ) .
E n tre los z u ñ i, el h o m b re ric o debe g a sta r su f o r tu n a
y sus bienes d u r a n te la fiesta a n u a l del " sh a la k o ” . Q u iz á
tal o ste n ta c ió n n o deje de d a rle p re stig io social seguro,
pero la é tic a de la sociedad re q u ie re q u e n o p a re z c a q u e
lo hace c o n ese fin .
En sum a, hem os v isto e n tre los k w a k iu tl q u e las ú n ic as
riquezas deseables e ra n los títu lo s in ic iá tic o s y q u e estos
debían o b te n erse c o n g ra n d e s sacrificios, g ra n d e s d is tr i­
buciones de bienes d u ra n te cerem o n ias del " p o tla tc h ” .
Las sociedades tra d ic io n a les so b rep asan el m a rc o e stric to
de los D ie z M an d a m ie n to s pues las in stitu c io n e s sociales,
como el ideal q u e debe esfo rzarse p o r a lc a n z a r cad a in ­
dividuo, lle v a n al h o m b re m u y ad ela n te en el d o m in io
de los valo res m orales.
Todas las c o stu m b res, todas las in stitu c io n e s q u e se nos
ofrecen o c u y a hu ella p odem os e n c o n tr a r , m u e s tra n al
hombre de las civilizaciones tra d ic io n a les a n im a d o p o r el
hambre y la sed de ju stic ia social. L a ú n ic a d esig u ald ad
admitida p ro v ie n e de lo In v isib le que, m a n ife stá n d o se a
ciertos h o m b re s, d e fin e u n a c asta de in te rm e d ia rio s p r iv i­
legiados, de m ensajero s.
El ideal social, en la m a y o r p a rte de las civ ilizacio n es
tradicionales es el h o m b re p a c ífic o . E n tr e los z u ñ i de N u e v o
México, p o r ejem p lo , el am bicio so, el h o m b re de h o n o r
quisquilloso, e stá n relegados m u y a trá s del " p a c íf ic o de
generoso c o ra z ó n ” ( c o n fr. I r v in g G o ld m a n : T h e "Liini
Indians o f N e w M é x ic o e n M a rg a re t M ead, o p . c it.,
página 3 4 5 ).

28 7
L a ley en d a de c ru e ld a d siste m á tic a de los "salvajes” debe j
ser re c h az ad a . Se h a fu n d a d o en hechos recogidos por j
p i o n n i e r s de sospechosas in te n c io n es. C o n frec u en c ia , las
c o stu m b re s fu e ro n m a l in te rp re ta d a s , m a l com prendidas,
acaso p o rq u e era p re fe rib le c o m p re n d e r m a l a fin de
espoliar p o b lacio n es e n te ra s o d e s tru ir civ ilizacio nes.
S in e m b a rg o , u n a v ez disipados esos viejos y tenaces pre­
ju icios, debem os c o m p ro b a r q u e, e n las civ ilizacio nes tra- *
dicio nales, los p a c ífic o s y los bondadosos se sitú a n delante
de los c o n q u ista d o re s y los o rgullosos; del m ism o modo,
el q u e d is trib u y e sus bienes se coloca m ás a lto en la escala
social q u e el q u e los a cu m u la.
L a cien cia del b ie n y del m a l n o h a su frid o excepción, ¡
se im p a rte al h o m b re de u n e x tre m o al o tro del espacio
y ta n lejos c o m o p o d ría m o s re m o n ta rn o s en el tiempo.
M u ch as te o ría s se e d ific a ro n te n d ie n te s a b u sca r en una t
p e rsp e c tiv a e v o lu cio n ista el o rig e n de las ideas morales,
p e ro debem os re c o n o c e r, v alién d o n o s de estudios recientes,
q u e fu e ro n o tro s ta n to s fracasos. D eb em o s re n u n c ia r tanto
a ra s tre a r esta e v o lu ció n co m o a c o n o c e r el o rig en del
p rim e r d isc e rn im ie n to a d m itid o p o r el h o m b re , a menos
q u e acep tem o s re m o n ta rn o s h a sta la a n tig u a p ro m esa hecha
al pie del A rb o l. ,
r
CAPITULO XIV

AL R IT M O D E L M U N D O

pA R A n o so tro s los occid en tales, p a ra la m a y o r p a rte de


i n u estro s geógrafos, de n u e stro s econom istas y de n u e s­
tros sociólogos, son las necesidades m ate ria les elem entales
del h o m b re las q u e c o n d ic io n a n su c o n d u c ta .
El h o m b re debe b e b er: n ecesita agua. E l h o m b re se
alimenta de vegetales y de anim ales: los vegetales c re c e n
en tie rra y los h e rb ív o ro s c o n los q u e el h o m b re se a li­
menta v iv e n de las p la n ta s; to d o s d e p e n d e n del agua q u e
brota de la tie rra .
A dem ás, cad a v e in tic u a tr o ho ras, el h o m b re debe d o r ­
mir. El sueño es u n am o in e x o ra b le q u e im p o n e al h o m b re
la necesidad de te n e r u n a b rig o p o r m ás ru d im e n ta rio q u e
sea: u n igloo de nieve, u n ag u jero en la a re n a o u n so­
bradillo rocoso, p e ro u n a b rig o d o n d e el h o m b re p u e d a
dormir p ro te g id o del aire a m b ie n te , de las fieras y de
los enem igos.
El c u e rp o h u m a n o debe m a n te n e rse a lre d e d o r de los
379: p o r lo ta n to la ro p a es u n a necesidad n a c id a de
las condiciones g e o g rá fic as; serán de piel, de c o rte z a o
de tejido.
Podemos c o m p ro b a r la re a lid ad de estas necesidades to d o s
los días, a c ad a in s ta n te de n u e s tra v id a. Sin e m b arg o , el
hombre pasa su existen cia te rre s tre d esafián d o las com o si
quisiera im p o n e r su v o lu n ta d al c u e rp o y a la tie rra .
Lo p ro p io del h o m b re es tr a s to r n a r la tie rra , n o som e­
terse a ella y a c e p ta r sus leyes. A sí es desde h ace m u c h o .

289
E n C a rn a c , e n B re ta ñ a , dos m il n o v ecien to s tre in ta y
1
c in c o m e n h ire s se e x tie n d e n a lo la rg o de c u a tro kiló­
m e tro s en d ire c c ió n e ste -n o rte -e ste , resto s de u n conjunto
m ás v asto d ifíc il de im a g in a r. A lg o m ás lejos, están los
c o n ju n to s de K e rm a rio , m il v e in tin u e v e m en h ires en diez
filas, luego los de K erk esc an , c o n q u in ie n to s n o v e n ta y
c u a tr o m e n h ire s en tre c e filas. M ás lejos, el e n o rm e dolmen
de M a n é L u d y el m e n h ir g ig a n te M e n -e r-H ro é c ’h, que *
te n ía m ás de v e in te m e tro s de alto . N o lejos, el tu m u lu s,
c o n sag rad o luego a San M iguel, eleva, sobre doce metros
de a lto , c u a r e n ta y c in co m il to n elad as de piedras acarrea­
das a h o m b ro : u n a co lin a c u y a base está c o n stitu id a por
tu m b a s.
Las p ied ras p a ra d a s tr a z a n sus cam in o s m isteriosos a tra­
vés de E u ro p a y del o tro lado del M e d ite rrá n e o alcanzan
las p u e rta s del desierto .
E n A m é ric a , las e x tra ñ a s c o n stru c c io n e s sim bólicas de
los M o u n tb u ild e rs — los c o n stru c to re s de m o n ta ñ a s— ad­
q u ie re n fo rm a s h u m a n a s o anim ales: m o n u m e n to del cai­
m á n c erca de G ra n v ille , en O h io , de o cho m e tro s de largo
y u n m e tro c in c u e n ta de alto. E n E agle M ills, en el Con­
d ado de R ic h la n d , se re p re se n ta a u n h o m b re co n los brazos
e x ten d id o s y a sus pies u n a n im a l q u e se supone es un t
biso n te: sólo los b razo s tie n e n m ás de tre c e m etro s de 1
e n v e rg a d u ra .
E n A rg e lia , m o n u m e n to s b a sta n te sem ejantes h a n sido }
estudiados, d ib u jad o s y señalados en 1887 p o r u n oficial )
de genio, M .J. R . B o u rg u ig n a n t. E n la m eseta de Nahr j
O uassel, este o fic ia l d escu b rió u n esco rp ió n de setenta y
c in co m e tro s de larg o , luego u n a m ed ia lu n a de piedra '
de tr e in ta y dos m e tro s. E stos tú m u lo s, según él, habrían
re c u b ie rto dólm enes de ín d o le fu n e ra ria (c o n fr. M onu-
m e n ts s y m b o liq u e s de V M g é r te , P a rís, C h allam el, 1888).
E n 1956, estos m o n u m e n to s h a b ía n desaparecido de la
su p erfic ie del suelo com o p u d e c o m p ro b a rlo lu ego de volar
m in u c io sa m e n te sobre la re g ió n en h e lic ó p te ro . Esas desa- !

290
pariciones de m o n u m e n to s n o son ra ra s e n A rg e lia : u n
im portante t u m u l u s de p ied ras tallad as, a n álo g o a la f a ­
mosa " T u m b a de la C ris tia n a ” , c e rc a de T ip asa, situ a d o
en B la d -G u ito u n , fu e tra n s fo rm a d o e n acera, n o se sabe
bien c u a n d o , p e ro n o h ace m u c h o , p o r la M u n ic ip a lid a d
de M énerville. Sin e m b arg o S té p h a n e G sell lo h a b ía des­
crito y m e n c io n a d o en 1902 e n el A tla s a rq u eo ló g ico de
Argelia.
Las p ied ras v e rtic ales, desde el m e n h ir a la c a te d ra l,
atestiguan la fe de los h o m b res. Son el signo ta n g ib le de
esfuerzos d irig id o s a lo In v isib le: en B re ta ñ a , e n el A v e y -
ron, en M arru ec o s, en A rg e lia , en P alestin a, en In g la te rra ,
en Irla n d a y m ás allá del A tlá n tic o , los m o n te s sim bólicos
de los M o u n tb u ild e rs a firm a n la m ism a c e rtid u m b re .
A q u í y allá el h o m b re rep en só su m ed io e n fu n c ió n
de su c o n c e p c ió n del m u n d o ; a veces lo u tiliz ó o rem o d eló
según sus c e rtid u m b re s: n o lo p a d ec ió n u n c a .
N i el relieve n i el c lim a im p id ie ro n n u n c a al h o m b re
conservar lib re el e s p ír itu así com o jam ás m o d e la ro n razas
superiores o in ferio res.
Q u izá el h o m b re d e p e n d a e n el d esierto de los m a n a n ­
tiales; p e ro ¿ q u ié n lo o b lig a a v iv ir en el desierto? C o m o
dijo A n a to le K u z n ie tz o v en l u r k a e l " s a n s - c u lo tte ” : " L a
gente p u ed e v iv ir en c u a lq u ie r p a rte , sólo q u e c u esta c o m ­
prender p o r q u é lo h a c e ” . G e n e ra lm e n te se t r a t a de u n a
razón sim ple q u e c o n o ce n bien. P a ra los b ed u in o s esas e x ­
tensiones, p a ra n o so tro s m o n ó to n a s, son u n a lib re p a tria
bienamada. E l d esierto n u n c a es causa de su frim ie n to y
los nóm ades lo p re fie re n a to d o s los dem ás clim as. E l
camellero siente p o r el sed e n ta rio el d esprecio m e z c la d o
de generosidad p ró d ig a , qu e e x p e rim e n ta el m a rin o p o r
el tab ern ero del p u e rto .
Es e x ac to q u e el h o m b re n ecesite u n a b rig o p a ra d o r ­
mir en él: m a d rig u e ra o c a v e rn a . P e ro q u ié n lo o b lig a
a o rien tar su casa seg ú n los p u n to s card in ales, m ás c u i­

291
dadoso del re sp la n d o r del m u n d o invisib le que de la direc­
c ió n de la llu v ia o del sol.
E n tr e los d o g o n , las d ife re n te s p a rte s de la casa co­
rre sp o n d e n a las p a rte s del c u e rp o . Los o c h e n ta nichos
de la fa c h a d a re p re se n ta n los o c h e n ta descendientes de
los an tep asad o s llegados del cielo c o n el a rc a del mundo
( c o n fr. M . P a la u M a rti, o p. c it.y p á g . 5 8 ).
E n tr e los fali, m o n tañ eses del C a m e rú n septentrional
" . . . las h a b ita cio n e s se re p a rte n e n tre las c u a tro direc­
ciones del espacio: las m u jeres sin d escendencia y los niños
d u e rm e n al n o rte , los jóvenes al su r, los ad u lto s, hombres
y m ad res de la fa m ilia , al oeste, los p a tria rc a s al este”
(J. P. L e b e u f: U h a b ita tio n des F ali , p á g . 8 9 ).
E n N u e v a C aled o n ia, " e l m o n te c illo de la cabaña es
sagrado, en su p a rte tra se ra , está la m o ra d a de los ante­
pasados; en los lados, h a y postes sagrados qu e representan i
los diversos c u ltiv o s. E n la p a rte d e la n te ra , al lado de la
e n tra d a de la c h o za, e stá n las p ied ras sagradas y un
a lta r 55. La c ab a ñ a del c lan , el c la n m ism o com o el altar,
llev an el m ism o n o m b re , " m o a ro 55. E l a lta r sólo se dis­
tin g u e p o r el em pleo de u n p re fijo " k a m o a ro 55 —-lite­
ra lm e n te " q u e es el m o a ro 55— p a ra p re c isa r q u e agrupa
a la v ez la c ab a ñ a , el c la n y el a lta r (M . Leenhardt:
D o K a m o , p á g . 1 3 7 ). *
L a casa tra d ic io n a l m a lg a ch e — tr u n o — está orientada
de m a n e ra ta n p recisa q u e p u e d e serv ir de c u a d ra n te solar. ;
Son las n u e v e en to d as las casas m alg ach es c u a n d o el sol j
ilu m in a el m u ro o rie n ta l, m e d io d ía c u a n d o b rilla sobre el ¡
tech o . A las tres, ilu m in a la m a n o p a ra el a rro z , a las
c in co el p ila r c e n tr a l y , a las seis, " e l sol está donde se
a ta el te rn e ro 55. E n el in te rio r, la g ra n sala está dividida
en doce p a rte s c o rre sp o n d ien te s a los doce meses lunares.
E l m o b iliario y las d ife re n te s a ctiv id ad es de la casa se
re p a rte n según los astros. A sí, el silo de a rro z se halla
en el sec to r del m es A ssom bolo , pues es el tie m p o de la
riq u e z a y de la salud. La g ra n tin a ja de agua, símbolo 1

292
de la d u ra c ió n , está en el m es A d iz a w a . E n fin , se dice
al huésped a q u ie n se q u ie re h o n ra r:" C o lo q ú e se en el n o r te ”
(confr. P ie rre D e ffo n ta in e s : G é o g ra p b ie e t relig io ns,
págs. 1 8 -1 9 ) .
La casa to m a sus m a te ria les del m ed io c irc u n d a n te
así com o u n a p la n ta saca los elem en to s q u e n ecesita de la
tierra que la a lim e n ta y del ag u a q u e la ab re v a, p a ra asi­
milarlas de m a n e ra de su b sistir y c re c e r según la fo rm a
propia de su especie, sin q u e los c a ra c te re s esenciales p u e d a n
m odificarse p ro fu n d a m e n te .
Las vigas v ie n e n de la selva, la c a ñ a b ro ta en los cam pos
vecinos, la p ie d ra y el b a rro se sacan del suelo. P ero su
disposición p ro c e d e de la v o lu n ta d del h o m b re , de sus
tradiciones, de la sociedad a la c u a l p e rte n e c e . N i el clim a
ni las co n d icio n es físicas p u e d e n m o d ific a r estos fa c to re s
espirituales.
U n paseo en h e lic ó p te ro m e h a b ía c o n d u c id o p o r en cim a
del m acizo del D ju r d ju r a , lím ite su r de la C ab ilia. E n c ad a
cresta se e n c a ra m a b a n las aldeas de tech o s de tejas rojas,
semejantes a los de P ro v e n z a . D e re p e n te , divisé te rra z a s
claras qu e c o n tra s ta b a n s in g u la rm e n te c o n los flan co s azules
de las m o n ta ñ a s, c u b ie rto s a q u í y allá p o r las ú ltim a s nieves.
Necesité o tro paseo, m u c h o m ás larg o a lo m o de m u ía ,
para resolv er este en ig m a.
Esta aldea estaba h a b ita d a p o r B en i’abbás q u e re m o n ­
taban su o rig e n , en el tie m p o h a sta las invasiones hilalianas
entre los siglos X I y X I I I , y , en el espacio, h a sta las estepas
de las altas llan u ras.
Su c éd u la de id e n tid a d estaba in s c rip ta en esas te rra z a s
de b arro m ás que en c u a lq u ie r tr a ta d o de h isto ria o en
cualquier c ró n ic a . Los B en i’abbas h a n seguido e d ific a n d o
en las m o n ta ñ a s del D ju r d ju r a sus casas saharianas le v a n ­
tando cad a in v ie rn o — desde hace setecientos años — las
terrazas h u n d id a s bajo el peso de la nieve.
Es en el Z a k k a r, al oeste de A rg e l, d o n d e he m ed id o la
im portancia del sim bolism o en la c o n s tru c c ió n de la casa.

293
La b rú ju la c o n firm a b a esta im p resió n : to das las casas ha- ¡
liadas en m i r u t a te n ía n la m ism a o rie n ta c ió n . U n cam pe­
sino m e desengañó.
— C o n stru im o s n u e stra s casas co m o q u erem o s, según el
te rre n o .
M u ch o s observadores se h u b ie ra n c o n te n ta d o co n esta
resp u esta p a ra a firm a r q u e no existe en esta re g ió n ningún
sim bolism o de la casa. P re g u n té e n to n c e s: "
— Si y o q uisiera c o n s tru ir u n a casa, a q u í, ¿qué tendría
q u e h a cer?
— T e n d ría s q u e h a c e r sacrificios, resp o n d ió el h o m b re : uno
p o r los c im ien to s, o tro p o r el u m b ra l y , m ás ta rd e , otro
p o r el p ila r c e n tra l y la viga m a estra . P ero , antes, tendrás
q u e tr a z a r el p la n o de t u casa sobre el suelo.
Se puso a b a ila r y a r itm a r la c o n stru c c ió n de la casa,
c o n ta n d o los pasos y los tra n c o s: tre s pasos a q u í, com o ves, ,
de d e re ch a a iz q u ie rd a , luego la p u e r ta y en seguida cinco
pasos.
M i casa fu e tra z a d a : u n re c tá n g u lo a m i escala m edido en
tra n c o s de h o m b re , de u n a a ltu ra ig u a l a la m ía m ás la mi­
ta d y el b ra z o e x te n d id o . A los dos te rc io s estaba la puerta,
re p re se n ta d a p o r u n tra z o sobre el suelo, u n a p u e rta que
se a b ría sobre el este, de m a n e ra q u e se e n tra b a fre n te al ¡
oeste, al c o n tra rio de las m e z q u ita s. E l sol n a c ie n te debía I
ilu m in a r los g ran o s d o rm id o s y el te la r, tra y e n d o así el
m ensaje de la re su rre c c ió n .
— T ú ves, m e dijo el cam p esin o , c o n stru im o s n u e stra casa s
co m o q u e re m o s; p e ro q u erem o s q u e sea así. j
D e l m ism o m o d o , si la ro p a d e p en d e del m edio circundante
p o r la m a te ria en q u e está c o rta d a o te jid a , la elección i
de esta m a te ria , la fo rm a q u e a d o p ta y los sím bolos que j
co n tie n e, d e p e n d e n del h o m b re .
E l a lb o rn o z de los cam pesin os del n o rte de A fric a está
te jid o en siete p a rte s q u e sim b o liz an los siete constitu yentes j
de la p erso n a h u m a n a . Los p einados d o g o n re c u e rd a n las j
aletas del siluro, ese p e z q u e d esem p eñ a u n p a p e l im p o rtan te '

294
i
en sus tra d ic io n e s legendarias. E n tr e los b a m b a ra existe u n a
“ciencia de las b an d as de a lg o d ó n ” , " fa m ilia r a to dos los
que llev an las ro p as tra d ic io n a les y q u e d ep en d e del c o n o ­
cim iento del sim bolism o de los colores, de los d ib u jo s, de
los n ú m e ro s” . . . " E l b la n co es el c o lo r de las o fre n d a s
hechas al G e n io . . . el ín d ig o sim b o liza la o scu rid ad y la
im pureza. . . al re c ié n n a cid o lo e n v u e lv e n e n el p a ñ o
índigo de su m a d re p a ra re c o rd a rle m ás ta rd e q u e debe la
vida a sus p a d re s. . . el am arillo es el c o lo r de la ro p a de los
circuncisos h a sta su c u ra c ió n . . . Los cazad o res se v iste n
“con u n tra je de san g re ” (G . D ie te rle n : Essai su r la re lig ió n
Bam bara, págs. 1 0 8 - 1 1 0 ) ” .
D e u n e x tre m o al o tro del espacio y del tie m p o , el h o m ­
bre, al p o n erse su tra je de fib ras, de c o rte z a o de piel,
encuentra g racias a los sím bolo s el lu g a r qu e piensa o c u p a r en
el m u n d o , v estid o de lu z.

* «■ *

C u an d o observam os al h o m b re p ro v e y e n d o a sus n e c e ­
sidades a lim e n tarias m ás im periosas, c o m p ro b a m o s qu e tie ­
ne m enos el se n tim ie n to de " tr a b a j a r ” en el sen tid o en q u e
lo e n te n d e ría m o s, qu e el de p a rtic ip a r de u n a a c tiv id a d
cósmica.
M arcel M auss, c o m p ru e b a , luego de h a b e r e x am in ad o u n a
abundante b ib lio g ra fía , q u e los esquim ales tie n e n e s tru c tu ra s
sociales e in clu so u n c o m p o rta m ie n to v a ria b le seg ú n la e sta ­
ción ( c o n fr. Essai su r les v a ria tio n s sa isonnières des so ciété s
Eskim o: é tu d e d e m o r p h o lo g ie sociale e n A n n é e S ocio lo gi­
que, t. 9, 1 9 0 4 -0 5 , págs. 39 a 1 3 2 ).
E n v e ra n o , los lazos sociales se re la jan . L a fa m ilia c o n y u ­
gal a u m e n ta d a c o n alg u n o s ascen d ien tes a su c arg o , viv e
en u n a tie n d a liv ian a. Las tie n d a s n o e stá n a g ru p a d a s en
aldeas o en c am p a m e n to s, sino dispersas sin o rd e n a p a re n te .
Los h o m b re s p asan su tie m p o c a z a n d o y p esc a n d o e n ag u a
dulce. L a re lig ió n se re d u c e al c u lto d o m é stico y a los rito s

295
de pasaje realizados a lred ed o r de la lá m p a ra fa m ilia r: naci-
m ie n to o m u e rte .
E l in v ie rn o m a rc a o tro tie m p o en el ciclo del año. M u­
chas fam ilias re u n id a s v iv e n en largas casas de piedras agru­
p adas a lre d ed o r del k a s h tm — la casa de los h o m b res— a la
v ez lu g a r de re u n ió n y te m p lo : u n a g ra n sala de columnas
c u b ie rta de varias cú p u las.
E l in v ie rn o es la estació n del c o n ta c to co n lo Invisible.
Los viejos en señ an las tra d ic io n e s a los jóvenes, el shamán
to m a su vuelo m ís tic o p a ra c o n v e rsa r c o n las entidades su­
periores.
L a la rg a n o c h e p o la r está señalada p o r u n a fiesta durante ¡
la c u a l los m u e rto s son in v ita d o s, p o r las invocaciones y los
rito s, a re e n c a rn a rse p a ra situ arse e n tre los vivos. E sta esta­
c ió n te rm in a c o n la fiesta de las vejigas. Los h o m b res arrojan
al m a r las vejigas de todos los anim ales m a rin o s m uertos i
en el cu rso de los meses p re c ed e n te s, p a ra q u e sus almas !
p u e d a n re e n c a rn a rse : pues la estació n de la c aza de las i
m orsas y de las focas h a te rm in a d o .
D a n d o este ejem p lo , M arce l M auss h a q u e rid o m ostrar
q u e el ritm o de la sociedad h u m a n a , al dispersarse y volverse
a a g ru p a r, c o n d icio n a a la v ez el ciclo eco n ó m ico y los aspec­
tos de la v id a religiosa.
E n e fe c to , sería posible c a z a r en in v ie rn o el ren o o el '
cierv o ta n bien co m o en v eran o . M auss lo c o m p ru e b a, se
a so m b ra de ello y c o n c lu y e : "E llos se a tie n e n de ta l m odo a i
su o rg a n iz a c ió n tra d ic io n a l q u e n o p ien san n i siq uiera en j
c a m b ia rla p o r o tr a 55 ( o p , c it., p á g . 9 3 ) . ¡
L a div isión, e n tre cosas de in v ie rn o y cosas de verano, ’
es ta l q u e c ad a e sta c ió n le v a n ta u n m u ro de prohibiciones
q u e a b a rc a a los objetos, la ro p a , las activ id ad es de la otra
estació n .
Los h o m b re s se r e p a rte n en dos clanes, según su estación
de n a c im ie n to : los lagópodos o guacos, n acidos en invierno; j
los p a to s de flo jel, n acid o s en v eran o . E sta div isión se traduce ¡
en u n ju eg o a g o n ístic o c u y o re su lta d o tie n e el v a lo r de un '

296
r
f
¡ oráculo. "L os p rim ero s se d irig e n del lado de la tie rra ,
los segundos, del lado del agua. C ad a c a m p a m e n to tira d&
una c u e rd a y , seg ú n el q u e t r i u n f a sobre el o tro , es el
invierno o el v e ra n o el q u e lo llev a” ( o p . c i t ., p á g . 1 0 1 ).
A caso sea posible e x p lic a r to d o esto p o r la sim ple v o lu n ta d
del h o m b re q u e fa b ric a u n a solución, elab o ra u n c o m p o rta ­
miento social p a ra a f r o n ta r los p ro b lem as de la b a n ca de
* hielo. P ero ta l e x p lic ac ió n es p a rc ia l y n o da c u e n ta de
todos los elem ento s. Es d ifíc il h a c e r d e p e n d e r ta l lógica, en las
prohibiciones, el r itu a l y en las e s tru c tu ra s sociales, de u n
a priori y , u n a vez m ás, del aza r.
La so lu ció n es sim ple si se a d m ite el p o stu la d o m ístic o
que los esquim ales, com o to dos los h o m b re s, s itú a n e n el
origen de su c o m p o rta m ie n to : su v o lu n ta d de in te g ra r al
' hombre c o n el u n iv erso .
\ Los esquim ales cre en q u e la diosa Sedna, c u a n d o c reó a
los anim ales de la tie rra y del m a r, im p u so a los h o m b res
reglas e stric ta s a fin de sep a ra r esas dos c ate g o ría s. Si esas
prohibiciones fu e ra n in frin g id a s, la caz a d e sa p a rec e ría de
la lla n u ra com o el p e z del m a r, los h o m b re s c a e ría n en fe rm o s
y la aldea, c o n ta m in a d a e n te ra m e n te p o r la fa lta c o m etid a,
sería a n iq u ila d a p o r el h a m b re y la m u e rte .
P or lo ta n to , los esquim ales o rd e n a n seg ú n ese esquem a
r m ítico su m o d o de v id a, sus a ctiv id ad es y h a sta su p e n sa ­
m iento, p o rq u e c re e n q u e la diosa S edna h a o rg a n iz a d o así
^ el m u n d o .
Es e x tra ñ o c o m p ro b a r q u e esta relig ió n p o la r, esta c o n c e p ­
ción del m u n d o , p e rd u ra ro n decenas de m ilenio s sin m u c h o s
) cambios.
U n palo de m a d era de ren o h allad o en la g r u ta de L o rte t,
en los A lto s Pirineos, q u e d a ta b a del M ag d a le n ian o V , lleva
grabados ciervos y salm ones, caz a y pesca del v e ra n o e n tre
los esquim ales. La fo ca se re p re se n ta siem pre sola com o te s­
tim onia el hueso g ra b a d o p ro v e n ie n te de la g r u ta de la
Vache, en D o rd o g n e , q u e d a ta del M ag d a le n ian o V I, y la
foca de hueso h allad a en I s tu r itz , en los Bajos Pirin eos,

297
7# /
q u e d a ta del M ag d alen ian o IV (C h . Z erv o s: L 'a r t de l'é-
p o q u e d u r e n n e en E ra n c e , fig . 4 5 1 -5 3 , 306 y 5 1 0 ).
P ero en re a lid ad , este ciclo de v id a, esta m o rfo lo g ía doble
de los esquim ales sobrepasan la b a n c a de hielo y se encuen­
t r a n de u n e x tre m o al o tr o de la h u m a n id a d c o n u n a fiesta
de los m u e rto s en el o to ñ o y , en fin , en in v iern o , una
fiesta de la re e n c a rn a c ió n tra n s c r ip ta en sím bolo s diferentes.
L a p ro h ib ic ió n del c o n ta c to de dos com id as que corres­
p o n d e n a estaciones d ife re n te s se v u elv e a e n c o n tr a r en otras
civilizaciones y en o tra s religiones, ilu s tra n d o el versículo
b íb lic o : " N o h a rá s co cer u n c a b rito en la leche de su ma­
d re ” (E x o d o , 23, 1 9 ).
Es e v id en te, en este p reciso caso, q u e los esquim ales po­
d r ía n seg u ir u n a m o rfo lo g ía social o p u e sta , dispersarse en
in v ie rn o y a g ru p a rse en v eran o . A los etn ólogos n o les cos­
ta r ía h a lla r a ta l c o m p o rta m ie n to ex plicaciones ta n llenas
de b u e n sen tid o o c c id e n ta l, co m o e x tra ñ a s al pensam iento
de los esquim ales.
L a fo rm a del g ru p o , de la sociedad n o es m ás que una
te n ta tiv a h e ch a p o r el h o m b re p a ra a d ap ta rse a la arm onía
del m u n d o , ta l co m o la concibe. N o es u n a causa que deter­
m in e la a c tiv id a d eco n ó m ica y el p e n sa m ie n to religioso;
es, co m o las dem ás activ id ad es del h o m b re , u n a consecuencia
de su c o n c e p c ió n del u n iv erso y del lu g a r qu e o cu p a en
el cosm os.

Q u iz á el h o m b re esté a ta d o al suelo y sus casas se apro- !


x im e n en aldeas y en ciudades c u y a im p o rta n c ia y cuya
d en sid ad ev alú a el g eó g rafo . P ero sabem os qu e los hombres
n o se a g lu tin a n en fu n c ió n de tro p ism o s p rim a rio s y nues­
tro s u rb a n ista s d e sc u b re n lab o rio sam en te, a costa de mi­
llones, q u e n o b asta c o n s tr u ir casas en u n paisaje agradable
p a ra f u n d a r ese o rg a n ism o v iv o q u e es la C iu d a d .
Pienso en las m o n ta ñ a s desgastadas y estériles de Cabilia,
en las aldeas e n c a ra m a d as q u e caen sobre rem olinos azules,
en los cam p o s div ididos co m o p añ u elo s de bolsillo. N o o b s­
tante, la d en sid ad sobrepasa allí los doscientos h ab ita n tes^
por k iló m e tro c u a d ra d o , casi la de B élgica. N in g u n a c h im e ­
nea de fá b ric a h u m e a , n in g u n a c iu d a d te n ta c u la r e x tie n d e
sus arrabales. Si los geó g rafo s se c o m p la c e n co n g u sto en
la descripción de la C u e n c a de C h a rle ro i, e lu d en esa oposi­
ción de las m o n ta ñ a s cabilas a to d o d e te rm in ism o . Los h o m ­
bres se a c e rc a n y v iv e n ju n to s p o rq u e así lo q u ie re su c o n c e p ­
ción del m u n d o y p o rq u e al h a ce rlo , tie n e n el se n tim ie n to
de p ro y e c ta r en la tie rra la a rm o n ía c u y a n o stalg ia sienten.
Aun c u a n d o se esfu m e ese se n tim ie n to , n in g u n a d e m o g ra ­
fía ha tr a ta d o de in c lu ir en su p e rsp e c tiv a el a m o r al p a ís
natal y la adhesió n a la tie rra de los m u e rto s.
C iertas civilizaciones tie n e n la n o c ió n de c iu d a d , o tra s
no la tie n e n ; esto n o es u n b ien n i u n m al, n i u n p ro g reso
ni u n atraso , es u n c rite rio etn o ló g ic o c o n el m ism o tí t u l o
que la ru e d a , el arad o , la le tra de c am b io o el to rn o
del a lfarero .
Las civ ilizacio n es q u e tie n e n la n o c ió n de c iu d a d o c u p a n
poco lu g a r c o n u n m a y o r n ú m e ro de h o m b res. N o es la
feliz disposició n del relieve lo q u e im p o n e al h o m b re la
noción de c iu d a d , es, al c o n tra rio , la C iu d a d la q u e im p u lsa
im periosam ente al h o m b re a m o d ific a r las co n d icio n es del
suelo.
Los ib a d h ita s e d ific a ro n ciudades q u e ro d e a ro n de p a l­
meras, de jard in es y de vergeles en p le n o S ahara. Los g u ió
únicam ente su v o lu n ta d de c o n se rv a r su fe ; en ese caso,
un aspecto p a r tic u la r del Islam .
N o se tr a ta b a de a g ric u lto re s n i de c o n stru c to re s , sino
de m ístico s aplicados a la e stric ta o b serv an c ia del C o rá n .
Por esto so lam en te, p id ie ro n la p ro te c c ió n del d esierto y
co n stru y ero n ciudades d u ra n te m u c h o tie m p o inaccesibles.
No b u sc a ro n la e n c ru c ija d a de las v ía s com erciales, n i las
sombras n i las brisas te m p e ra d a s, sino so lam en te el lu g a r
donde se s e n tiría n libres p a ra ro g a r a v o lu n ta d . N o es el
medio el q u e h a c o n d icio n ad o al h o m b re sino el h o m b re

299
1

q u ie n h a m o d ific a d o el m edio seg ú n su co n v en ien cia. Visto


desde u n av ió n , el M z a b , c o n sus siete ciu dades rodeadas
de ja rd in e s, p a re c e esos p eq u eñ o s tap ices q u e los m usul­
m anes piadosos e x tie n d e n en el suelo p a ra n o c o rre r el ries­
go de ensuciarse al p ro ste rn a rse : u n ta p iz de o ra c ió n colocado
sobre la are n a del desierto.
E n el o tro e x tre m o del M e d ite rrá n e o , Israel no es más
q u e el re su lta d o de la v o lu n ta d de u n p u eb lo p a ra que se
c u m p la la p ro m esa m ile n a ria del E te rn o , según Su palabra,
a q u í, en esta orilla, y n o en o tra p a rte . Los p a n ta n o s h a n sido
desecados, el d esierto irrig a d o ; allí d o n d e algunos nómades
v iv ía n c o n d ific u lta d , u n E stad o de dos m illones de habi­
ta n te s h a n a c id o ; m enos u n a e n tid a d eco n ó m ica qu e u n ar­
ca de alianza.
Si se re c o g en las tra d ic io n e s ace rc a de la fu n d a c ió n de
u n a aldea, siem p re se e n c u e n tra en el o rig en , la voluntad
del an tep asad o . N o h a te n id o la in tu ic ió n del g e ó g rafo avi­
sado n i h a b u scad o el m a n a n tia l m ás p ró x im o : esto, en
A f r ic a del N o r te , es a su n to de las m u jeres, qu e llevarán
a tra v é s de u n c am in o m ás la rg o las tin a ja s de b a rro o los
odres c h o rre a n te s. Ese cam p esin o en c am in o h acia su tierra
p ro m e tid a h a b u scad o u n signo de lo In v isib le en los hu­
m ildes m ilag ro s de la v id a c o tid ia n a : u n a v a ca p e rd id a y en­
c o n tra d a en u n v e rd e p ra d o o, sim p le m en te, desde lo alto de
u n a c re sta , la v ista de ese e x tre m o del m u n d o : el m ar. Se
h a d e te n id o allí y h a sac rifica d o la m e jo r cab eza de su
g a n ad o p a ra sellar el c o n tr a to de a lia n za c o n los Invisibles
m aestro s de to d a tie rra . M ás ta rd e , g racias a su protecció n,
su casa se a g ra n d a rá , los débiles y los aislados v e n d rá n a
b u sc a r re fu g io en ella: se f u n d a r á la c iu d ad . C ad a año
v e rá desarro llarse de n u e v o los rito s del sac rificio de alianza,
fu n d a m e n to de la ciu d ad .
C ie rta s aldeas e stá n a g ru p a d as sobre m o n ta ñ a s de acceso
d ifíc il, o tra s e stá n dispersas en valles agradables. Los geó­
g ra fo s nos d ic e n q u e el ag u a es la causa de este esquema
de la aldea: la fu e n te ú n ic a d e te rm in a u n a aldea de casas

300
j ¿p ata d a s, m ie n tra s m a n a n tia le s nu m ero so s p e ro de d é b il
; caudal o b lig a rá n al h o m b re a v iv ir en g ra n ja s alejadas u n a s v
1 de otras. N o es así. E l h o m b re lleva en sí m ism o el p la n o
! de la c iu d a d q u e v a a c o n s tru ir. E l ag u a es ta n a b u n d a n te
i en el Z a k k a r de casas dispersas com o en el m a c iz o cabilo
de aldeas densas. Los h o m b re s p e rte n e c e n a u n c la n y n o a
^ un m a n a n tia l, tie n e n u n a c o n c e p c ió n p recisa de su v id a
social, c a v a rá n p a ra h a lla r ag u a, o rg a n iz a rá n tra n s p o rte s
' a lomo de m u jeres, sin t r a t a r jam ás de m o d ific a r sus e s tr u c ­
turas sociales.
Q u izá h a y que m e n c io n a r a ta l p ro p ó sito las a n tig u a s
ciudades del N e g u e v , al su r de Israel: A b d a , e n o tro tie m p o
Eboda, y S u b eita. E l clim a n o h a c am b iad o en ese desierto
k desde h ace dos m il años. Sin e m b a rg o h a y h o m b re s q u e
^ han llevado u n a v id a de ciu d ad a n o s y de cam pesin os. M o n -
* toncitos de g u ija rro s espaciados en lín eas casi sim é tric as e ra n
"colectores de ro c ío 55 d estin ad o s a c o n d e n sa r la h u m e d a d
atm osférica, a a c u m u la rla y d ifu n d irla en el subsuelo, p e r ­
m itiendo así a las vides su b sistir, co m o lo p ru e b a n las cepas
milenarias desecadas q u e to d a v ía se e n c u e n tra n .
T odo in d ic a la v o lu n ta d de n o p e rd e r u n a g o ta del ro c ío
j del cielo. Los tech o s e sta b a n en p e n d ie n te y c o n d u c ía n a
f cisternas. E ra necesario q u e allí v iv ie ra n h o m b re s y c o n se r­
varan la g ra n r u ta q u e h a b ía n tra z a d o desde la In d ia al
M editerráneo: el p ro b le m a del ag u a e ra secu n d ario .
¡* Las g ra n d e s ciudades de E u ro p a , de A sia y de A fric a
| hienden sus c im ien to s m ás allá de la H is to ria , en u n lejano
v. pasado m ític o . E l D e v ir is illu s tr ib u s del viejo L h o m o n d
ha g rab ad o en to d as las m em o rias el re c u e rd o del su rc o
trazado p o r R ó m u lo c o n su a rad o de p u n ta de c o b re , pues
el h ierro h u b ie ra desacralizad o la tie rra a rro ja n d o a los
¡ muertos. R o m a se e n g ra n d e c ió de siglo en siglo a lre d ed o r
| de este om b lig o . N a d ie h a te n id o jam ás la idea de c a m b ia r
de lu g a r y de c o n s tru ir en o tra p a rte u n a c a p ita l " f u n c io n a l55
[ de Italia. A ú n m ás, el m o v im ie n to p o r la u n id a d de Ita lia
I
301
en el siglo X I X se c rista liz ó a lre d e d o r de la fó rm u la : "R o­
m a o m o r ir ” .
E n n u e stro s viejos países, la m ás p e q u e ñ a aldea h a sido
fu n d a d a seg ú n los rito s de u n a ép o ca d ifíc il de calcular.
E l sitio p re h istó ric o h a sido re c u b ie rto p o r los cimientos
de la " v illa ” ro m a n a , ju sto e n cim a de la c a p a de las cenizas
galas. Sus casas a p re ta d a s h a n atra v esa d o la E d a d Me­
dia y la vieja c iu d a d h a irra d ia d o m u y lejos, ab rien d o in­
m u eb les g ig an tes, co m o m u elas d el ju ic io , sin p o n e r nunca
e n c u e stió n la base irra c io n a l de su fu n d a c ió n , o lv id ad a desde
h ace m ilenio s, c u a n d o se a g o tó la fu e n te sag rad a y se secó
el á rb o l v erd e.
E n A fric a , la aldea y cad a u n o de sus b arrio s constituyen,
a escalas c ad a v ez m ay o res, la p ro y e c c ió n de la creación
en su sim bolism o h u m a n o . " L a aldea debe e x ten d erse de norte
a su r co m o u n c u e rp o de h o m b re , de espaldas” , ex p lica Ogo-
te m m e li. A l n o rte , la p la z a c o n la fra g u a y el " to g u na”
— lu g a r de re u n ió n de los h o m b re s de e d ad — es la cabeza
del h o m b re ; fu e ra del p e rím e tro de la aldea, al este y al
oeste, se h a lla n las casas de las m u je re s e n p e río d o catam e-
n ia l q u e re p re se n ta n las m anos. Los altares com unes, al
su r, son los pies. E l p e ch o y el v ie n tre e stá n representados
p o r la casas d o n d e v iv e n v arias generaciones de la misma
fa m ilia . Las aldeas son c o n fre c u e n c ia dobles, e n tre los do-
g o n , sím bolos de la d u a lid a d p rim o rd ia l; p o r ejem p lo , Ogol
de lo a lto y O g o l de lo bajo . E n tr e las dos, se en cu en tra
el "le b é d a la ” , espacio c irc u la r q u e re p re se n ta el cielo con
el sol e n su c e n tro , re p re se n ta d o p o r el a lta r del "lebé”
— el a n tep a sad o q u e se h a c o n v e rtid o e n serp ien te — y,
alre d ed o r, a ltares de " B in u ” f u n d a d o r de la aldea que
re p re se n ta las estrellas (c o n fr. M . G ria u le : D ie u d ’eau,
y M . P a la u M a rti, o¡p. c it., págs. 5 7 -5 8 ) .

* * *

302
r .....................
i La c iu d a d es u n a p ro y e c c ió n de las co n cep cio n es religiosas
y sociales del h o m b re . N o h a y necesidad, p a ra v e rific a rlo ^
de re m o n ta rse a las ciu d ad es aztecas, a los zim b a b w é s de
Africa a u stra l: m u y c e rc a de n o so tro s, ciu d ad es co m o F lo ­
rencia, F ir e n z e e n ita lia n o , h a n co n serv ad o , a tra v é s de los
siglos, las huellas de su o rg a n iz a c ió n tra d ic io n a l.
El c e n tro está señalado p o r el s a n tu a rio c o n sag rad o al
santo fu n d a d o r, S an F ire n z e , u n san to m isterioso c o m o u n
héroe e p ó n im o , c o n u n a ja u la , ju sto al lad o d o n d e ru g e n
leones sim bólicos p e ro b ie n viv os, sím b o lo de la lib e rta d
y del p o d e r de la c iu d ad . (L os e tn ó lo g o s d e n o h ace m u ­
cho se h u b ie ra n a p re su ra d o a la m e n ta r el to te m is m o ) . E n
! otros tie m p o s las to rre s d o m in a b a n el paisaje, v e in tic u a tr o
por b a rrio m ás u n a al c e n tro , o sea n o v e n ta y siete en to ta l.
Cada u n a dio su n o m b re a u n " c a n to ” q u e , a su v ez, h a
í dado n o m b re a u n a de las calles de F lo ren c ia . Los c u a tr o
barrios q u e, q u iz á , e stu v ie ra n op u esto s dos a dos, se d iv i­
dieron e n el siglo X I I I en d oce p a rro q u ia s, y c ad a p a rro q u ia
en c u a tro g o n fa lo n e . P e ro la p a rro q u ia h a re to m a d o las
viejas subdivisiones qu e a g ru p a b a n , e n el o rig e n , c ie rto n ú ­
mero de to rre s, es d e c ir fam ilias. D e l m ism o m o d o , los
barrios h a n h allad o el esquem a de u n a a n tig u a o rg a n iz a ­
ción. L a m ism a c iu d a d estab a d iv id id a en tre s b a rrio s al
r norte del A rn o y los artesan o s v iv ía n e n las m á rg e n es del
río y, m ás ta rd e , del o tro lado h a cia el su r, fo rm a n d o así
^ un c u a r to b a rrio . L a divisió n tra d ic io n a l e n tre g ü elfo s y
¡ gibelinos, e n 1218, c o n trib u y ó a re a v iv a r u n a o p osición
i latente. Los g ü elfo s so ste n ía n al P a p a , los gibelinos al E m p e -
rador. L a socio logía a c tu a l de F lo re n c ia n o tien e o tr a base:
muchos gibelinos s im p a tiz a ro n c o n el fascism o, m ie n tra s
que los g ü elfo s p o seía n te n d e n c ia s d e m o c rá tic a s m u y netas.
En n u e stro s d ías, los g ü elfo s v o ta n p re d o m in a n te m e n te p o r
la D e m o c ra c ia C ristia n a o el Socialism o, m ie n tra s q u e los
gibelinos tie n e n posiciones p o lític a s d ife re n te s. L a riv a lid a d
entre F lo re n c ia y Pisa se re m o n ta acaso a u n h o riz o n te social
muy a n tig u o , m ás a n tig u o q u e e n el tie m p o e n qu e F io -

303

(
r e n d a era de te n d e n c ia g ü e lfa c o n u n a m in o ría gibelina, i
m ie n tra s q u e Pisa era g ib elin a c o n u n a m in o ría güelfa.
U n a m ism a c o n c e p c ió n de la c iu d a d , u n a m ism a organi­
z a c ió n ta n p e rfe c ta se v u e lv e n a e n c o n tr a r e n el Sahara,
en sus p u e rto s de c arav a n as q u e n o h ace m u c h o eran las
ciu d ad es de G h ad am es o de U a rg la .
U a rg la está d iv id id a en tre s b arrio s, c ad a u n o de los cuales .
tie n e su p o la rid a d m á g ic a co m o ta m b ié n su fu n c ió n econó­
m ic a b ie n d e fin id a : los B eni B ra h im son considerados car­
n icero s, su b a n d e ra es am arilla, los B eni Sissin son artesanos I
y c o m e rc ia n te s, su b a n d e ra es ro ja , los B eni W a g g in son ,
c u ltiv a d o re s, su b a n d e ra es verde. La casada, cu alq u iera sea
el b a rrio al q u e se d irija , e n tra e n la c iu d a d p o r la Puerta
V e rd e m ie n tra s q u e el m a c h o c a b río del sacrificio deja la
c iu d a d p o r la P u e rta A m a rilla . Los tres b arrio s irrad ian a
p a r tir del sa n tu a rio del san to p r o te c to r de la c iu d ad : Sidi
U a rg li; c ad a u n o está d iv id id o e n c u a tr o je m a 'a , que son
a la v ez san tu a rio s y los lu g ares de re u n ió n de u n grupo i
de fam ilias. L a c iu d a d o p u e sta y c o m p le m e n ta ria es N ’gu^a,
u n oasis v ecin o d iv id id o e n c u a tr o b a rrio s u n o de los cua- |
les está v in c u la d o a los B eni B ra h im de U a rg la . j
L a h isto ria está llena de b atallas e n tre las dos ciudades j
rivales, com o si ellas h u b iesen estad o del o tro lado del mar
y el d esierto , u n a g ü e lfa y la o tr a gibelina.
N o pienso q u e se p u e d a h a c e r de esas e stru c tu ra s , tan
precisas q u e p e r m itir ía n h a b la r de u n a fisiología social, un
sim ple h e ch o de su p e rfic ie co m o p re te n d e n los geógrafos
F lo ren c ia es ig u a l e n p e rfe c c ió n a U a rg la , la je m a 'a equi­
vale al c a n to . E n u n o y o tro caso, el h o m b re h a expre­
sado en in stitu c io n e s y en m ateriales el p la n o de la ciudad
ideal q u e lleva en sí m ism o. P o co im p o rta si, p a ra realizar !
este m od elo , h a u tiliz a d o el m á rm o l o el b a rro seco: la parte i
del e s p ír itu es allí ig ual. 1
A lg u n o s sabios h a n in te n ta d o esta b le ce r u n a je ra rq u ía en ¡
las fo rm a s de v id a, p o n ie n d o en la c im a a la c iu d a d o la
tribu n ó m ad e, seg ú n sus aspiraciones personales y co n a r ­
gumentos a p a re n te m e n te ta n c o n v in c e n te s. v
La c iu d a d es acaso u n ideal p e rfe c to en sí m ism o , y a se
realice en F lo ren c ia , e n R o m a , en G h ad am es, e n Fes o en
Uargla. P ero es im posible c o n v e rtirla e n el ideal ab so lu to
hacia el c u a l debe te n d e r n e ce sariam e n te la h u m a n id a d .
Ibn K h a ld ú n , el g ra n sociólogo m a g h re b in o del siglo X IV ,
afirmaba, ap o y án d o se e n ejem plos c o n te m p o rá n e o s, q u e el
nomadismo era la ú n ic a fo rm a de v id a c a p a z de d e sa rro llar
y exaltar las cualidades viriles necesarias a u n p u e b lo de
conquistadores. P a ra él, el sed en tario m ism o q u e h a b ita b a
de una c iu d a d prestig io sa, n o era m ás q u e u n n ó m a d e v e n ­
cedor y e n riq u e c id o , qu e se h a b ía to rn a d o dem asiado pesado
para h a c e r la g u e rra : h a b ía d eg en erad o .
El n o m ad ism o , dice, n o es sólo u n m o d o de v id a q u e
permite al h o m b re e sta r satisfech o c o n el d esierto , las
estepas o las altas lla n u ra s. Es la c iv iliz a c ió n de las vastas
extensiones. L a o rg a n iz a c ió n de u n a tr i b u n ó m a d e es ta n
compleja co m o la de u n a ciu d ad .
Los said o tb a de la re g ió n de U a rg la , en A rg e lia , fo rm a n
parte de u n a c o n fe d e ra c ió n q u e a g ru p a c in c o trib u s , e stá n
divididas en n u e v e frac cio n es re p a rtid a s en dos sofs o m i­
tades. Sus re c o rrid o s los h a llevado h a sta n o h ace m u c h o ,
todos los años, a las selvas de U arsen is: u n paseo de q u in ie n to s
sesenta k iló m e tro s a v u elo de p á ja ro , m u c h o m ás larg o p a ra
una c a ra v a n a que estira su c o lu m n a de d ro m e d a rio s pesa­
damente c arg ad o s y c o n reb añ o s d e trá s. P a ra ellos, este
itinerario n o era u n a h u id a h acia a d ela n te , sino u n m o ­
mento de su ciclo de v id a , in s c rito in e lu c ta b le m e n te en
la arena. C a d a a lto se h a c ía c erca de u n m a n a n tia l a la
sombra de u n sa n tu a rio y la llegada estab a señalada p o r
un p e re g rin a je a R a já l L u h , soberano invisib le de las selvas
de los uarsenis.
Para el n ó m a d e, el d esierto es co m o el m a r p a ra o tro s
pueblos; sabe a tra v esa rlo , u tiliz a rlo : vive en él m ie n tra s

305
que, p a ra los o tro s, p a ra los sedentarios, es el " p a ís de la |
sed” , el " p a ís del m ie d o ” . ¡
L a m o d ific a c ió n de este c u a d ro de v id a n o h a entrañado
u n a tra n s fo rm a c ió n del n o m a d ism o , n i m e jo ra d o sus condi­
ciones de ex isten cia. Se p u e d e d e c ir del h o m b re lo que J.
H . F a b re d e c ía del in secto : " E l m ed io n o hace al animal,
es el a n im a l el q u e h ace al m edio. Si se m o d ific a el medio,
el a n im a l m u e re ” . Si se b o rra el desierto , el n ó m ad e desapa- '
rece.
Si se tra n s fo rm a el d esierto o si se in te n ta fija r a los
nó m ad es — ese viejo sueño de todos los p u eb lo s sedentarios— !
se p ro v o c a la m u e rte p u r a y sim ple de sociedades enteras,
es d e c ir la d iso lu ció n de g ru p o s h u m a n o s reem plazados por
o tra s p o b lacio n es m e jo r a d ap ta d a s a las n u ev as condicio­
nes de v id a. O c u r r ir ía lo m ism o c o n c iertas fo rm a s de vida
si se tra n s fo rm a ra n los océanos e n lagos, lu ego de haber i
a firm a d o a p r io r i q u e el ag u a d u lc e es m e jo r q u e el agua
salada.
A sí, las co n d icio n es de v id a su m in istra d as a los tuaregs
p o r la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l los c o n d e n a n irrem ediable­
m e n te a la d e sap arició n : Los genocid ios m ás seguros son los
m ás silenciosos; g e n e ra lm e n te p ro c e d e n de buenas in tencio ­
nes. j
* «· « · ¡

H e v iv id o algunos meses e n tre los iflissen de Cabilia


M a rítim a , u n a t r i b u cuyos antep asad o s, p a rtid o s de lejanas j
estepas de a lg u n a p a rte h a cia O rie n te , h a b ía n llegado a varar '
c erca de esta e x tra ñ a p ra d e ra a z u l e sté ril y en m ovim iento.
Sus aldeas e sta b a n c o n stru id a s a p a rta d a s de u n a costa
m arav illo sa, c o n p lay as c o rta d a s a q u í y allá p o r caletas
rocosas m u y ricas en peces. C o n se rv a b a n to d a v ía en su co­
ra z ó n u n a d e sc o n fia n z a del m a r desde h a c ía fá c ilm e n te un
m ilen io . S e g u ía n siendo criad o res de c ab ras y sembradores
de ceb ad a, sin q u e jam ás se les h u b ie ra o c u rrid o arrojar
u n a red. Su le n g u a n o c o n o c ía p a la b ra p a ra desig nar al
m a r y la sal: d e b iero n to m a rla m u c h o m ás ta rd e del árabe.

306

i
r
i D u ra n te m u c h o tie m p o , h a sta co m ien zo s de este siglo,
; com praron la sal a b u h o n e ro s: sal gem a tr a íd a p o r la C a - v
ravana de la Sal desde las m in as de T a u d e n i, al su r de
T om buctu.
El M e d ite rrá n e o , a q u í co m o e n o tra s p a rte s a lo la rg o
del M ag h reb , esperaba sin p risa q u e v in ie ra n h o m b res q u e
conocieran sus p ro fu n d id a d e s , sus costas y sus peces: pes-
^ cadores n acid o s en u n a civ iliz ac ió n de b arcas y d e redes,
llevando en su c o ra z ó n com o ú n ic o h o riz o n te posible, olas,
arena y rocas. E stos o tro s e m ig ra n te s lle g a ro n de Sicilia:
para ellos el M e d ite rrá n e o era u n c a m p o fé rtil.
Acaso los vegetales d e p e n d a n de las co n d icio n es ó p tim a s
de te m p e ra tu ra y de c o n s titu c ió n del suelo. P ero n a d a n os
permite a firm a r q u e el h o m b re se a d a p ta a las p la n ta s q u e
lo a lim e n tan m ie n tra s to d o s los hechos observables h a c e n
\ pensar q u e el h o m b re se h a a p ro v e c h a d o de c iertas p la n ta s
I destinadas a ser su a lim e n to .
j El área del c u ltiv o del trig o y de la ceb ad a es ta m b ié n
el área del c u m p lim ie n to de c ierto s rito s ag rario s, ligados
a las labores y a las cosechas, c u y a e fic a c ia té c n ic a n o
parece e v id en te. E l trip le p rim e r su rc o tra z a d o p o r los
reyes ag rario s griegos en el c a m p o sag rad o , al p ie de la
Acrópolis fu e tra z a d o ta m b ié n p o r el e m p e ra d o r de C h in a
en el C a m p o del M edio y p o r el re y de F ra n c ia e n el
Campo S ag rad o de G isors, co m o lo tr a z a a ú n h o y e n A f r ic a
. del N o r te en el P rim e r C a m p o , el h o m b re de m ás e d ad
[ descendiente del a n tep a sad o fu n d a d o r. L a v iñ a p ro v in o de
| Medio O rie n te , tra y e n d o sus rito s, su v o c a b u la rio y a u n
*■ ciertos juegos de v en d im ias, c u y o sen tid o se h a p e rd id o y a .
¡ En la a n tig ü e d a d g rieg a, e n el m o m e n to del v in o n u e v o ,
ios h o m b res ju g a b a n a m a n te n e rse e n e q u ilib rio sobre u n
j odre h in c h a d o y aceitad o , tr a ta n d o de a tr a p a r u n ra c im o
j de uvas: era el ju eg o de los ascolios c u y o n o m b re p a re ce
provenir del h eb reo " a s h k o l” — ra c im o de u v a — u n ju eg o
que se tra n s m itió c o n alg u n as v a ria n te s h a sta la P ro v e n z a
, de M istral.

307
L a p la n ta a lim e n tic ia n o era u n h ech o c o n tin g e n te , ella |
fo rm a b a p a rte in te g ra n te de u n a sociedad y de u n a civili­
zació n . E n la ép o ca h o m é ric a , esta re p a rtic ió n de los hom­
bres y de sus recu rso s era ta n p recisa, q u e se clasificaba
a los p u eb lo s seg ú n su a lim e n to : Sitófagos, Ictió fag o s o
L o tó fag o s. Su a lim e n ta c ió n ta l v ez n o fu e ra dejada a la
in ic ia tiv a in d iv id u a l, era u n h ech o social (c o n fr. L uden
F e b v re : L a te r r e e t L 'e v o h itio n h u m a in e , p ág . 1 9 5 ). ^
O c u rre lo m ism o c o n la c ría de g an ad o q u e n o fue en
el o rig e n u n a reserv a có m o d a de c a rn e in v e n ta d a p o r pue­
blos cazad o res m ás astu to s que los dem ás.
E l fo lk lo re m a lg a ch e nos tra n s m ite la h isto ria del rey
R a la m b o q u e, p asean d o u n d ía c erca de T a n a n a riv a , vio
u n b u e y a p u n to de m o rir, ah ogado p o r la grasa. Pensó
e n to n ce s q u e era m e jo r c o m er esa grasa an tes que dejarla ,
p e rd e r. C o n p re c a u c ió n , e v ita n d o ponerse bajo el viento, *
p o r te m o r de q u e el a lie n to del b u e y fu e ra m o rta l, mató
al a n im a l e h iz o co ce r su carn e. E l o lo r de la c arn e asada
le g u stó , p e ro n o lo p ro b ó an tes de q u e la c o m ieran sus
esclavos ( c o n fr. E. G a u tie r: M a da ga sca r, págs. 3 58-359).
T o d as las civ ilizacio n es de criad o res, co m o los b antúes de
h ace p o c o y los griegos de la A n tig ü e d a d , consideraron
al b u e y n o co m o u n a c a rn e de c a rn ic e ría sino com o un |
signo e x te rio r de riq u e z a , u n e lem en to de cam b io y una
v íc tim a p ro p ic ia to ria de elección reserv ad a a los dioses.
E l h o m b re , pues, n o está d e te rm in a d o p o r los hechos <
su p erficiales: c u ltiv o o c r ía ; p o r el c o n tra rio , los modifica
y los a d a p ta a su ritm o de vid a. Lo qu e to m am o s por
recu rso s alim en ticio s fá c ilm e n te m o d ifica b le s según el grado
de las necesidades, son en realid ad los elem en to s n o m odifi­
cables de u n a c o n c e p c ió n del m u n d o y de u n a n o ció n del ,
lu g a r o c u p a d o p o r el h o m b re en el m u n d o . Los recursos
se a d a p ta n al ciclo de v id a y n o a la in v ersa: el nómade j
es g a n a d e ro p o rq u e es n ó m a d e y el k su ria n o de los oasis I
vecinos c u ltiv a su p a lm e ra l p o rq u e eligió ser sedentario. No j
es posib le r e p a r tir los d ife re n te s m odos de v id a en una 1

308

i
escala de valo res absolu tos. E l c a z a d o r sigue siendo c a z a d o r
porque esto le co n v ien e, sin a sp irar n e ce sariam e n te a o t r o v
modo de v id a y sin q u e la caza p u e d a ser co n sid erad a co m o
un sin ónim o de " b a r b a r ie ” . Los o jib w a o los d a k o tas fu e ro n
| durante m u c h o tie m p o pueblos de cazad o res, h a sta c o m ie n ­
zos de siglo. E n u n m o m e n to c u a lq u ie ra de su h isto ria , h a ­
brían p o d id o e n tre g arse a la c ría del b iso n te: n u n c a h a n v isto
^ la necesidad de ello. Sin e m b arg o , su p e n sa m ie n to es ig u al
al de los sedentarios iroqueses o z u ñ í, p a ra n o h a b la r sino
de los am erin d io s, y m u c h o s aspectos de su c u ltu r a nos h a n
conducido a ap ro x im acio n es c o n los m ás altos valo res de
O ccidente.
N o h a y ra z ó n p a ra q u e se im ag in e a cazad o res y p esca­
dores co m o in d iv id u a lista s q u e v iv e n lib re m e n te y sirv e n
de p re fa cio a to d a h isto ria de la v id a en sociedad. T o d as
{ las cazas q u e conocem os, tales com o las p r a c tic a n pueblos
de cazadores, son c o lectiv as: caz a del e le fa n te e n tre los
pigmeos b a b in g a, pesca de la nasa en el N ig e r, e n tre los
malinké, o caza de la fo c a e n tre los esquim ales. H a lla m o s
con fre c u e n c ia en m u c h as civilizaciones u n a caza r itu a l q u e
parece ser, com o la p rim e ra la b ra n z a , u n p riv ileg io real.
En el Im p e rio ro m a n o h a sta H o n o rio , la caza del león
j era p riv ileg io del E m p e ra d o r. " L a caza de los g ran d es a n i-
j males, leones, p a n te ra s, osos — co n sid erad a com o n o b le— p a -
¡ rece, en los países m e d ite rrá n e o s, reserv ad a a c ierto s altos
'( personajes” (R . J o f f r o y : s. v. C h a sse : A r c h . des T e c h n i -
ques, p ág . 2 7 ) . H a b r ía q u e e stu d ia r ig u a lm e n te m ás a fo n d o
[ el curioso r itu a l del ojeo en O c c id e n te y , m u y p a r tic u la r ­
mente, la m u e rte del c ierv o de diez cu ern o s a c o m p a ñ a d a
de la c h a ra n g a llam ad a " R e a l” .
En cierto s casos, com o e n tre los pigm eos de las islas A n -
damans, la e c o n o m ía de " c o se ch a ” n o es u n estado p r im i­
tivo. "E sto s h o m b re s h a n su frid o u n a v e rd a d e ra d e g ra d a c ió n
insular an álo g a a la de los polinesios y los ainus qu e e n
otro tie m p o c o n o cie ro n la a lfa re ría y la a g ric u ltu ra , co m o
lo p ru e b a la a rq u e o lo g ía ” (A . G . H a u d r ic o u r ty Louis Hé-
d in , op. c i t ., p á g . 7 9 ) .
7
E l c am b io de m o d o de v id a n o es necesariam en te un
p ro g reso té c n ic o : los pu eb lo s q u e v iv e n de cosecha, de
caz a o de pesca y a n o son la im a g e n de la h u m a n id a d en
su a u ro ra así co m o R o b in so n C ru so e en su isla n o era el
a rq u e tip o de la sociedad inglesa en 1719.
N o sabem os, en el caso de los pig m eos de las islas Anda-
m a n s si, p a ra ellos, la p é rd id a de la tra d ic ió n in ic iá tic a no
h a e n tra ñ a d o , co m o p a ra los ainus, la p é rd id a de las téc­
n icas de lo In v isib le y , al m ism o tie m p o , el olv id o de los
rito s de la m a te ria .
A sí, el h o m b re se nos ap arece in d e p e n d ie n te de todo
d e te rm in ism o g e o g rá fic o , elige su m o d o de v id a en función
de su c o n c e p c ió n del m u n d o y del lu g a r del h o m b re en
el m u n d o : elige en seguida el relieve y el clim a que le
c o n v ien e n m ejo r. La m o d ific a c ió n de u n o solo de esos
elem entos tien e ta n ta s consecuencias p a ra u n a sociedad co­
m o u n n a u fra g io qu e p re c ip ita n d o a u n in d iv id u o en una
isla d esierta, le v u elv e e x tra ñ o al u n iv e rso , al h a b e r perdido
su sitio en el m u n d o , su ra z ó n de ser.
Si el v ie n to y las c o rrie n te s m a rin a s a c tú a n sobre un
m a d ero q u e flo ta y lo sacu d en a su g u sto , el p ilo to de un
n a v io bien a rm a d o sabrá u tiliz a rlo en p ro v e c h o de su m ar­
ch a: del m ism o m o d o u n a c iv iliz ac ió n q u e h a sabido con­
serv ar in ta c to su sistem a de c o rresp o n d en cias c o n el universo
visible e invisib le, escapa a los d e term in ism o s geográficos
y p ro sig u e su d e v e n ir g u iad a p o r u n a estrella.

310
r
CAPITULO XV

EL H O M B R E D E D E S E O

\ T o e s posible, pues, v in c u la r los hechos c u ltu ra le s c o n


L ^ la to p o g ra fía , el c lim a o la n a tu ra le z a del suelo, co m o
lo p re te n d ie ro n en u n m o m e n to los etn ó lo g o s am erican o s
guiados p o r Boas y K ro e b er. E l m a rc o g e o g rá fic o lo elige g e­
neralm ente el h o m b re , e n n in g ú n m o m e n to es o b lig a to rio .
Los geó g rafo s h a n p ro p u e sto u n a " g e o g ra fía social” c u y o
objetivo sería e stu d ia r c iertas fo rm a s de p o b la r nacid as de
la e co n o m ía y q u e a c a rre a n co n secu en cias sociales. U n a m in a
de h u lla, p o r ejem p lo , d e te rm in a u n flu jo de m a n o de
obra, u n a su p erp o b lac ió n . L a g ra n casa su p erp o b lad a , d ijo
el D r. L. A . B e rtillo n en la seg u n d a m ita d del siglo X IX ,
acarrea " la d ifu sió n de las e n fe rm e d ad e s contagiosas, el
vicio, el alcoholism o y la re d u c c ió n de la n a ta lid a d ” .
E sto era v e rd a d en F ra n c ia , e n E u ro p a , a fines del siglo
XIX, esto es to d a v ía v e rd a d en la m ita d del siglo X X .
Pero n a d a nos p e rm ite in c rim in a r ú n ic a m e n te el h ech o m a ­
terial, es d e c ir la c o n c e n tra c ió n de los m edio s de p ro d u c c ió n
que a c a rre a u n a c o n c e n tra c ió n h u m a n a . L a v e rd a d e ra causa
de u n d e te rio ro m o ra l n o es u n h ech o físic o sino u n h e ch o
espiritual, e n ta l ocasió n la d e g ra d a c ió n del ideal del in d i­
viduo p o r in h u m a n a s co n d icio n es de tra b a jo .
N o es la su p e rp o b la c ió n la causa de u n m a le sta r social
y m enos a ú n el h ech o eco n ó m ico q u e se h alla e n la base
de la su p erp o b lac ió n .
Los eco n o m istas p ro p o n e n el d e te rm in ism o eco n ó m ico ,
es d ecir el im p e rio que e jerce n sobre u n in d iv id u o sus n e c e -

311
1i
sidades m ateriales. S egún los econom istas, el h o m b re debe
aseg u rar p rim e ro su v id a física, su v id a m a te ria l. Cuando
su v ie n tre está lleno se deja llev ar a agradables especulaciones
m e ta física s. E l ejem plo in v o c ad o c o n fre c u e n c ia p a ra ilus­
t r a r esta te o ría es el H o m o O e c o n o m i c u s q u e vive actual­
m e n te en las fa c u lta d e s de D e re c h o y de C iencias Econó­
m icas. C a lm a su sed c o n el p rim e r c u b o de ag u a que toma,
se lava c o n el segundo y, p re v iso r, g u a rd a el te rc e ro para '
los m o m e n to s d ifíciles. C u a n d o saca u n c u a rto cu b o es ge­
n e ra lm e n te en el c a p ítu lo seg u n d o de los tra ta d o s de eco­
n o m ía p o lític a , lo tru e c a p o r el p e m il de c o rz o aportado
p o r su v e cin o , u n c a z a d o r feliz, ta n o e c o n o m i c u s como
él.
Los econom istas, sus p ad res esp iritu ales, n u n c a admitie­
ro n q u e este h o m b re im a g in a rio p u d ie ra p arecerse al hom­
b re real y servirse del p rim e r c u b o p a ra o fre c e r u n a li- -
b ació n a los dioses, m ie n tra s reserv ab a p a ra su uso, a pesar
de su sed, el ag u a e x tra íd a en ú ltim o té rm in o . C ad a mañana, i
los cam pesin os z u ñ í de N u e v o M éx ico o fre c e n al sol un !
p u ñ a d o de granos. E ste sim ple a d e m á n basta p a ra exorcizar
al H o m o O e c o n o m i c u s , co m o la m o n e d ita q u e la mendiga
desliza en u n cepo en la iglesia o q u e el p e re g rin o arroja
al fo n d o de u n a g r u ta o en u n a fu e n te : u n a o fre n d a tan
d isc re ta q u e h a pasado in a d v e rtid a en los tra ta d o s de econo­
m ía p o lític a y n u n c a se m e n c io n a en los análisis sabios y
n u m ero so s de p resu p u esto s fam iliares a rtific ia lm e n te esta­
blecidos. E l H o m o O e c o n o m i c u s debe ser ra c io n al, lógico y
u n p o q u ito m a te ria lista . N o debe g a sta r m ás allá de sus
posib ilid ades p a ra la C en a de N o c h e b u e n a o los regalos de
N a v id a d , ta m p o c o debe m a n te n e r a decenas de miles de
v id en tes y c a rto m á n tic a s n i d ila p id a r tres meses de sueldo
en tres sem anas de v acaciones c o n goce de sueldo.
Si el h o m b re o c c id e n ta l n o se p a re ce al H o m o O e c o n o ­
m i c u s , es p o rq u e lleva en sí, co m o su h e rm a n o de las civi­
lizacio nes tra d ic io n a les, u n resto de im p u lso h acia lo Invi­
sible o sim p le m en te u n a n o stalg ia de lib e rta d .

312

á
Sin d ific u lta d p o d ría n e q u ip ararse los n u m ero so s ritu a le s
que ro d e a n la p ro d u c c ió n en E u ro p a , desde los adem anes^
realizados en las p rim e ra s labores o e n las cosechas, h a sta
el C o m p a g n o n n a g e de h o y , p asa n d o p o r las sociedades
de artesanos ta n c errad as, n o h ace m u c h o . S ería ig u a lm e n te
fácil h a lla r m odos de c o n su m o irracio n ales, desde los b a n ­
quetes, t a n fre c u e n te s en n u e stro s d ías, y q u e to d a v ía tie n e n
una im p o rta n c ia e le c to ra l segura, h a sta la b o tella d e c h a m ­
paña q u e b ra d a e n el la n z a m ie n to de u n a n a v e y la jo y a
regalada a la m a d rin a de la n av e, q u e, sin e m b a rg o , n o f i ­
gura en n in g ú n estu d io del c o n su m o .
En a g ric u ltu ra , el rito es ta n im p o r ta n te co m o el a d e­
mán té c n ic o en las civilizaciones trad icio n ales. N in g ú n d e te r-
minismo obliga al h o m b re a q u e b ra r u n p e d az o de p a n
sobre la p u n ta de su re ja , com o lo h a ce e n la m a ñ a n a de
las p rim eras labores. E l m ism o a d e m á n se re p ite , sin e m ­
bargo, en to d a el área in m en sa de los cereales y del a rad o ,
que va del C ab o N o r te al N ig e r, del A tlá n tic o al M a r de
China. N a d a nos p e rm ite d e cir, e n ese caso preciso, q u e
una necesid ad c u a lq u ie ra h a cre ad o u n a té c n ic a . Lo c o n ­
trario sería m ás v e rd a d e ro , pues el a d e m á n té c n ic o fo rm a
parte del ritu a l. Si h u b ie ra sido c o n ce b id o p a ra satisfa c er
una necesid ad p rim a ria y si se h u b ie ra revelado su fic ie n te ,
el h o m b re n o h u b ie ra te n id o n ecesid ad de ro d e a rlo de rito s
múltiples, sin eficacia m a te ria l in m e d ia ta , al m enos visible­
mente.
En las sociedades tra d ic io n a les, p ro d u c c ió n y c o n su m o
están e stre c h a m e n te c o n d icio n ad o s p o r la c o n c e p c ió n d el
mundo y del lu g a r q u e el h o m b re o c u p a e n él.
Desde q u e se nos p ro p o n e u n m o d elo de e c o n o m ía “ p r i ­
mitiva” que d e b e ría ser, según los eco n o m istas, u n sistem a
frain h m d t o m o u t h — de la m a n o a la boca— nos h a ­
llamos e n lo sagrado, ad iv in am o s in stitu c io n e s com plejas a r ­
bitrariam ente sim p lificad as p o r los q u e h a n tr a ta d o de c o m ­
prenderlas. Es lo q u e ap arece e n los diversos estu dios e fe c ­
tuados en la isla de T ik o p ia , en O c e a n ía .
A llí c re c e n c u a tr o p la n ta s alim en ticias ritu ale s: el yam, I
la n u e z de coco, el ta ro y el á rb o l de p a n . U n c lan parti­
c u la r c u ltiv a cad a u n a de ellas; las dos p rim e ra s son las
m ás a n tig u a s (R . F ir th : V r im itív e e c o n o m y , págs. 65-70).
La b a n a n a existe: se la c u ltiv a a m p lia m e n te pero no
o c u p a n in g ú n lu g a r en el ritu a l, a p esar de su alto valor
n u tr itiv o y su sim bolism o p sic o a n a lític o e v id en te.
E l ta ro fu e su m in istra d o p o r el g ra n dios T a u m a k o ante­
pasado del c la n N iu m a n o q u e g u a rd a en u n tem plo el
p alo de e x c a v a r sagrado. E ste p alo lo tra n s p o rta co n gran ¡
cerem o n ia al c a m p o sagrado el je fe del clan que invoca
al dios c u y o " v e rd a d e ro c u e rp o es el ta r o ” . O c u rre lo
m ism o en c u a n to al y a m , c u y o c am p o sagrado está dividido
en seis p arcelas m ás u n a , reserv ad a c ad a u n a de ellas a un
g ru p o de p a re n te sc o : cad a p a rc e la recib e tr e in ta y nueve '
agujeros de p la n ta c ió n según u n r itu a l preciso.
L a c o n s tru c c ió n de u n a can o a n o es u n a cto ordin ario o
im p a rc ia l. Las a c titu d e s ritu ale s, m ístic as, son ta n im p o rtan ­
tes com o los adem anes té cn ico s: la p a rtic ip a c ió n de lo Invi­
sible es co n sid erad a p o r los h o m b re s q u e tra b a ja n el tro n c o del
á rb o l ta n im p o r ta n te com o el tra b a jo de los h o m b re s (id ., op.
c i t ., p á g . 2 4 4 ) . |
La c an o a está h a b ita d a p o r varios " a t u a ” , o genios guar- I
dianes, u n o de los cuales es el alm a de u n p a rie n te próxi­
m o. P o r ejem p lo , en u n caso preciso, se h a lla n tres altares
con sag rad o s re sp e c tiv a m e n te al alm a de u n sobrino uterino ,
del p ro p ie ta rio , al genio g u a rd iá n de su p a d re , simbolizado
p o r u n p u lp o , y al e s p íritu del p a d re del jefe del clan.
T o d o el tra b a jo se a c o m p a ñ a c o n gem idos y llantos,
p o rq u e la can o a está h e rid a o, m ás e x a c ta m e n te , la enti­
d ad q u e h a b ita el á rb o l en el c u a l se la c o n stru y e . E n las
in v o cacio n es, las g ran d es hach as se lla m a n p o r esta razón
" d ie n te s sag rad o s” .
N o s hallam os en p resen cia de u n sistem a c o h eren te de
p ro d u c c ió n sin q u e h a y a m e rc a d o de m a n o de o b ra condi­
cio n ad a p o r la o fe rta y la d em an d a . E l o b je to producido

314

1
es ante to d o u n a lta r y su efic ac ia está c o n d ic io n a d a
por la p resen cia de en tid ad es, es d e c ir p o r la san tificació n ^
que le a c u e rd a lo In visible.
Los artesanos son, allí com o en to d as p a rte s, especialistas
capaces de e x o rc iz a r la m a te ria b r u ta y de h a c e r descen d er
en ella lo In visible.
i C iertas tareas se fija n en fu n c ió n d el ciclo de las e stacio ­
nes, del ritm o de la v id a del g ru p o .
Si el jefe es el re c ip ie n d a rio de los dones alim en ticio s
¡ periódicos q u e le o frec e su c lan , n o es su b e n eficia rio c a p i­
talista, pues debe re d is trib u ir en seguid a to d o lo q u e recib e.
Los dones q u e le h a c e n son e sen cialm en te las p rim icia s:
esta o fre n d a tie n e p o r fin a lid a d , com o en to d as p a rte s, des-
acralizar la cosecha o la pesca.
"E l je fe es co m o u n v erg el, d ic e n las g entes de T ik o p ia ,
el alim en to llega a él, el a lim e n to crece en él y él lo da:
es u n v erg el e te rn o ” .
Estam os lejos de las te o ría s q u e q u ie re n v e r en el p r in c i­
pio de la je fa tu ra o de la realeza la génesis del c ap italism o
o de u n feu d alism o m a l c o m p re n d id o .
| La fo rm a m ás n e ta de este p a p e l eco n ó m ico d el jefe n©s
¡ la dan las p ira g u a s q u e to d o el m u n d o p u e d e c o n s tru ir, p e ro
■ cuyo v e rd a d e ro posesor es el jefe del c la n , pues p a ra q u e
j sean eficaces, debe h a c e r descen d er en ellas u n alm a p ro v e ­
ía niente de su linaje. T o d o p ro v e c h o de la pesca viene en
j realidad del alm a p re sen te en el a lta r de la canoa. E l b e n e-
j ficio dado p o r el In v isib le v u elv e e n p a r te al je fe, e n -
\ carnación te m p o ra l de lo Invisible sobre la tie rra , p e ro él
j debe re d is trib u ir los bienes a la c o le c tiv id a d q u e lo In v i-
¡ sible le h a c o n fia d o .
J Las redes de pesca m ism as n o escap an a esta regla. R e ­
ciben n o m b res p a rtic u la re s según los c u a tr o san tu a rio s de
la isla que c o rre sp o n d e n a los c u a tr o clanes e n tre los cuales
están re p a rtid a s las c u a tr o p la n ta s a lim en ticias ritu ale s. La
red no es, pues, so lam en te u n in s tru m e n to de p ro d u c c ió n
1
y u n bien , es ta m b ié n , co m o la can o a, u n a lta r, u n talismán,
el signo de la g en ero sid ad de lo Invisib le.
D u r a n te la fa b ric a c ió n de u n a red , h a y rito s, ofrendas,
plegarias. E l jefe e n tra en tra n c e , poseído p o r el genio guar­
d iá n de la re d , y se c o n v ie rte en el cab allo de los dioses,
m en sajero de lo Invisib le.
L uego de este rito , lu ego qu e el genio g u a rd iá n ha acep- ■
ta d o p ro te g e r su n u e v a m o ra d a , el jefe c o rta la cu erd a que
a ta la n u e v a re d a la vieja, a la c u al re e m p laz a : las dos
redes se u n e n p o r ú ltim a v ez, pues es siem pre el mismo
ta lism á n q u e se p o n e en el agua, la m ism a re d técnicam ente
ren o v a d a.
E ste r itu a l de fa b ric a c ió n d ifíc ilm e n te p u ed e describirse
en té rm in o s de p ro d u c tiv id a d o red u cirse ú n ic am en te a
sus adem anes técn ico s. Su u tilid a d sólo p u ed e establecerse
en fu n c ió n del m ito y del p a p el re p re se n ta d o p o r los cla­
nes, los an tep asad o s y los dioses.
H u b ie ra sido m ás fá c il p a ra los etnólogos q u e estudian
sem ejantes e s tru c tu ra s c o m e n z a r p o r el m ito de organiza­
c ió n del m u n d o , luego re la ta r este m ito c o n la fundación
de los clanes, c o n la sociedad, c o n el c u ltiv o de los cam­
pos, c o n la pesca y c o n las d ife re n te s a c titu d e s de la pro­
d u c c ió n y del co n su m o . Es siem p re azaroso d iv id ir el cul­
tiv o o la pesca en a c titu d e s té c n ic a s y e n a c titu d e s rituales,
p a ra c o n c lu ir en la e fic ac ia de los p rim e ro s y en el absurdo
de los segundos. E l c a m p o sag rad o del dios, el " m a ra e ” , no
es u n a d ism in u c ió n a rb itra ria de la su p erfic ie cultivable,
n o es ta m p o c o u n a ex p o lia ció n e n d e trim e n to de la co­
m u n id a d , pues se lo co n sid era co m o poseedor de u n a efi­
cacia té c n ic a seg u ra p o r la re la c ió n p e rm a n e n te q u e supone
e n tre los h o m b re s y lo In visible. N o podem os ta m p o c o la­
m e n ta r q u e los oceanianos c o n su m a n pocos p ájaro s por
razo n es religiosas: c o n c ib e n su m u n d o así y ju z g a n la pro­
te c c ió n de lo In v isib le m ás ú til q u e c alo rías suplem entarias.

316
í De m o d o q u e el h o m b re n o se nos ap arece c o m o p re o ­
cupado en p rim e r lu g a r p o r a d q u irir bienes a c u a lq u ie r
¡ precio o p o r c o n v e r tir el a lim e n to e n su fin a lid a d esencial.
| U na v ez a d q u irid o s estos bienes, la p a rte m ás im p o r ta n te
¡ se d istrib u y e seg ú n e s tru c tu ra s sociales precisas p a ra e stre ­
char los lazos q u e u n e n e n tre sí a los h o m b re s de u n g ru p o ,
^ en el n o m b re de lo Invisible, señ o r de to d o s los bienes.
Los arap esh , u n p u e b lo del g ru p o p a p ú estu d iad o p o r
M argaret M ead, n o h a n fre c u e n ta d o los in s titu to s de eco-
; nomía p o lític a : v iv e n e n N u e v a G u in e a , e n tre la co sta d el
Pacífico y el r ío Sepik , al n o rte de las m o n ta ñ a s del P r í n ­
cipe A le jan d ro . Son de siete a o cho m il, div id id o s en tre s
grupos d e fin id o s p o r su posición g e o g rá fic a :
■ — los arap esh del m a r q u e v iv e n e n g ra n d e s aldeas cos-
y teras;
— los de la m o n ta ñ a q u e tie n e n u n h a b ita t disperso y
llevan u n a v id a de sem inóm ades en los ru d o s m acizo s q u e
se elevan e n tre la o rilla y el in te rio r de la isla;
— los arap esh de la lla n u ra , cu y as g ra n d e s aldeas o c u p a n
el pie de las colinas al b o rd e del r ío Sepik.
i En el estu d io q u e les co n sag ró { T h e A r a p e s h o f N e w -
, Guinea) M a rg a re t M ead reco n o ce q u e los arap esh de la
m ontaña escapan a las n o rm a s d e sc rip tiv as y n o p a re c e n
! tener o rg a n iz a c ió n p o lític a en el sen tid o en q u e la e n te n d e -
^ mos. E l té rm in o m ism o de arap esh de la m o n ta ñ a es falso,
J pues ellos n o lo e m p le a n p a ra desig narse.
; F o rm an g ru p o s re strin g id o s de a lre d e d o r de doscientos
j miembros c ad a u n o . C a d a g ru p o tie n e u n n o m b re p a r tic u -
i lar: se d e fin e p o r su g u a rd iá n s o b re n a tu ra l, el " M a rsa la i”
i que, bajo la fo rm a de u n a se rp ien te o de u n re p til gi-
¡ gante, v iv e en las arenas m ovedizas, en u n p o z o de ag u a,
j en u n b a rra n c o n o lejos de los h o m b re s q u e p ro te g e .
1 La u n id a d social es el c la n p a trilin e a l q u e ra ra m e n te re ú n e
más de seis o siete h o m b res. C a d a c la n , tie n e , ta m b ié n él
1

u n M arsalai o p a rtic ip a de u n M arsalai, c u y a o tra mitad


p e rte n e c e a o tro c la n o p u esto y c o m p le m e n ta rio .
E l c la n tie n e su te rrito rio , sus casas, su te rre n o de caza
y su te rre n o de c u ltiv o , divididos en ta n ta s p arcelas como
su b g ru p o s. L a tie rra está re p a rtid a e n tre fam ilias conyuga­
les o los in d iv id u o s; sólo el c a m p o sagrado, residencia del
M arsalai, está d esh ab itad o . A q u í la tie rra n o pertenece a
los h o m b res, pues, a n te to d o , es p ro p ie d a d del g u a rd iá n y
de los in n u m e ra b le s m u e rto s. E n la le n g u a de los arapesh
se dice q u e son los h o m b re s los q u e p e rte n e c e n a la tierra.
Las alm as de los m u e rto s se m a n tie n e n cerca del Marsalai
y los h o m b re s se d irig e n a los m u e rto s c ad a v ez que pene­
tr a n en u n a n u e v a p a rc e la , sea p a ra c a z a r o p a ra cultivar:
to d a m a rc h a es u n a la rg a serie de plegarias.
N u n c a h a y q u e o lv id a r salu d a r a u n M arsalai bajo pena
de q u e este olv id o sea c astig ad o c o n u n deslizam iento de
te rre n o o u n v e n d a v a l q u e d a ñ a rá la casa.
T o d o re c ié n llegado debe ser p re se n ta d o a la jerarquía
de los invisibles g u ard ian es.
N o o b sta n te , las relacio nes de los arapesh c o n lo Invisi­
ble no se d e tie n e n en esta sim ple v e n e ra c ió n de los muertos
y de los genios g u ard ian es. C u a n d o los h o m b res salen de
su te rrito rio p a ra ir h a cia la lla n u ra o la p la y a, cada uno
de ellos debe seg u ir u n cam in o d e te rm in a d o , transm itido
de p a d re a hijo . H a y ta m b ié n c ie rto n ú m e ro de redes de
c o m u n ic a c ió n p o r las cuales los h o m b re s de los diferentes
linajes o de los d ife re n te s clanes p u e d e n ir de aldea en
aldea. Su seg u rid ad está g a ra n tiz a d a p o r la p resen cia, a lo
larg o del itin e ra rio , de fam ilias tra d ic io n a lm e n te aliadas y
de h uéspedes llam ados " h e rm a n o s ” .
A lo la rg o de esas ru ta s , c irc u la n to d o s los a rtíc u lo s del
c o m ercio arap esh q u e p ro v ie n e n de la co sta y se fabri­
c a n a llí: arcos y flechas, cestos de hojas de palm eras, co­
llares de d ien tes de p e rro , pieles y redes. Los h om bres de
la m o n ta ñ a n o fa b ric a n n a d a , a lo sum o p u e d e n cambiar
la c u e rd a de u n arco o re h a c e r u n a p u n ta de flech a: son

318
¡ ante to d o v e h ícu lo s del cam b io . U n h o m b re de la m o n ta ñ a
viaja, p o r ejem p lo , h acia la lla n u ra y recib e de u n " am ig o v
| de co m ercio ” u n p resen te. M a rc h a rá e n to n ce s en la d ire c -
¡ ción o p u esta y re c ib irá en cam b io del b ien qu e lleva, o tro
| presente q u e v o lv e rá a c o m p a r tir c o n el p rim e r d o n a n te .
La g e n te de la lla n u ra tien e pocos recu rso s alim en ticio s,
poca caza. Su ú n ic a p ro d u c c ió n es la fa b ric a c ió n de los
s brazaletes de co n ch illas lab rad as c o m e n z a n d o p o r c iertas
bivalvas gig an tes. P a ra o b te n e r su m a te ria p rim a llegada de
la costa, las g entes de la lla n u ra re c u rrie ro n a los m o n -
¡ tañeses.
Esos b razaletes son talism anes pues las gentes de la lla ­
nura tie n e n fa m a de m agos tem ib les.
Así nos hallam os en p resen cia de a n o m alías q u e c h o c a n c o n
nuestro b u e n sen tid o o c c id e n ta l y n u e s tra c re en c ia en el
> determinismo del m edio . E n tre los arap esh , son las g entes
¡ de la lla n u ra , los m ás alejados del m a r, los que n e c e sita n
conchillas p a ra fa b ric a r talism anes. Los h a b ita n te s de la
costa pescan los m ariscos, p e ro n o tie n e n n in g ú n p o d e r
mágico. A d em ás del su m in istro de la m a te ria p rim a , p a g a n
a los h a b ita n te s de la lla n u ra u n p re c io m u y elevado p o r
los preciosos brazaletes.
Los h a b ita n te s de la m o n ta ñ a son in te rm e d ia rio s q u e v iv e n
, en el lím ite y c o m e rc ia n c o n dos g ru p o s h u m a n o s que, sin
¡ ellos, no p o d ría n te n e r relacio nes: n o tie n e n n in g u n a p ro d u c -
j ción p a r tic u la r y , sin em b arg o , su p a p e l eco n ó m ico es el
| más im p o rta n te . E stos " c o m e rc ia n te s ” n o t r a ta n de re c o -
| rrer los cam in o s m ás c o rto s p a ra lo g ra r las tra n sac c io n es
más fru c tu o sa s. C a d a h o m b re de la m o n ta ñ a re c o rre el
camino de sus an tep asad o s, u n ie n d o u n a fa m ilia de la lla ­
nura c o n u n a fa m ilia de la costa. C a d a d e sp la z am ien to es
una ocasión de salu d a r in fin ita m e n te a los M arsalai de c ad a
dan, los genios g u a rd ia n es de cad a p a rc ela .
Acaso p e rc ib am o s a q u í el sen tid o m ís tic o del c o m ercio ,
que es a n te to d o re la ció n e n tre las g en tes q u e tie n e n ta b ú es
1 diferentes, q u e se e n c u e n tra n en u n te rre n o n e u tra l.
Los h o m b re s de la m o n ta ñ a e n tre los arap esh son, como i
1
H e rm e s, in te rm e d ia rio s; ta m b ié n , co m o H e rm e s, viven en
el lím ite e n tre dos g ru p o s h u m a n o s, e n tre dos concepciones
del m u n d o , e n tre dos planos d ife re n te s. Los m u e rto s guardan '
los lím ite s y los cam in o s así co m o el dios griego ponía
bajo su p ro te c c ió n a los viajeros y a los q u e franqueaban
el G ra n L ím ite . ;

•Jí * *

C o n ceb im o s el tru e q u e com o la re d u c c ió n de dos tér­


m inos d ife re n te s a u n d e n o m in a d o r c o m ú n , p o r lo tanto I
la p resen cia de u n p a tr ó n de m e d id a ace p ta d o . N o hacemos |
in te rv e n ir m ás q u e la n o c ió n de v a lo r c o m ercia l o de utili- ¡
d a d n a c id a del m o m e n to .
E n las sociedades tra d ic io n a les, el d esarrollo del pensa- 3
m ie n to es m ás co m p lejo , pues se tr a t a de c a m b ia r los pro­
d u c to s de dos g ru p o s h u m a n o s q u e tie n e n prohibiciones di­
fe re n te s, es d e c ir p o larid ad es m ág icas d ife re n te s. Hallamos
el m ism o p ro b le m a q u e el del o rig e n de las técn icas. E n las
e s tru c tu ra s económ icas, el h o m b re n o h a te n id o que perfec­
c io n a r su p e n sa m ie n to sino e n c o n tr a r el m edio de subsistir, j
m ie n tra s q u e su p ro d u c c ió n estaba lim ita d a p o r imposibi­
lidades ritu ale s nacid as de su c o n c e p c ió n del m u n d o . ¡
E l e n c u e n tro de dos g ru p o s h u m a n o s opuesto s y comple- ¡
m e n ta rio s es algo g rav e en u n a sociedad d u a lista ; sólo puede ,
realizarse en el te rre n o n e u tr a l situ a d o bajo la protección
de los m u e rto s y de los Invisib les, o p o r in term ed io d e
h o m b re s n e u tra le s ligados a los Invisib les com o, p o r ejemplo, ,
los h a b ita n te s de la m o n ta ñ a e n tre los arapesh o la casta
de los vaishyas en la In d ia tra d ic io n a l, cuyos miembros |
in te rc a m b ia n , v e n d e n , p ro d u c e n . I
C ad a g ru p o h u m a n o está d e lim ita d o p o r prohibiciones j
q u e le im p id e n p ro d u c ir lib re m e n te lo qu e necesita. E n las ¡
civ ilizacio n es tra d ic io n a les, el escaso desarro llo de las téc-

320
r nicas de la m a te ria n o ju s tific a e n n a d a la m u y a lta espe-
cialización m ític a r itu a l y social del a rtesan o . E n e fe c to ,-
el artesano n o es u n h o m b re m ás d ie stro que los dem ás
sino alg u ien cu y as p ro h ib icio n e s son d ife re n te s, h a sta el
el artesano n o es u n h o m b re m ás d ie stro q u e los dem ás,
abstenerse de h a ce r. E n las civ ilizacio n es m e d ite rrá n e a s y
asiáticas, co m o e n la m a y o r p a rte de las civilizaciones a f r i ­
canas, el h e rre ro es el señ o r del fu e g o . Se o p o n e a los c a m ­
pesinos, e n tre los cuales vive, co m o el fu e g o se o p o n e al
agua. Es el h o m b re sin tie rra e n u n a sociedad de c a m p e ­
sinos. N o h ace m u c h o a ú n , en C ab ilia s u m in istra b a su t r a ­
bajo a la aldea, fo rja n d o en la estació n c o rre sp o n d ie n te las
rejas, las azadas y las hoces. E n o tro tie m p o , sólo c o n o c ía
un m odo de a d q u irir los bienes de c o n su m o necesarios: el
robo. E l cam b io le estab a p ro h ib id o , p o rq u e el cam b io su p o -
f ne re c ip ro c id a d y p are n tesc o .
El h e rre ro se p re s e n ta b a e n u n sitio y lle n a b a su bolsa
en silencio: era su d erech o . L uego se c o n v in o — y esta r e ­
gla sigue a ú n en v ig o r en m u c h o s lu g ares— e n q u e el
herrero re c ib iría u n a doble m e d id a de cereales p o r c ad a
propietario de u n p a r de bueyes.
Ignoram os c ó m o n a ció la p rim e ra fra g u a , de d ó n d e v in o
el p rim e r h e rre ro : acaso m u c h o a n te s del n a c im ie n to de
i Sidna D a u d , el re y D a v id . C ie rta s tra d ic io n e s del n o rte de
¡ Africa q u e re ú n e n las enseñanzas de los lo ris del B elu ch is-
¡ tán nos n a rra n , e n e fe c to , q u e fu e el p rim e r h e rre ro , al
i m artillar c o n su p u ñ o d esn u d o el h ie rro q u e h a b ía c a íd o del
! cielo. La a rq u e o lo g ía d estaca sin e m b a rg o este o rig e n c e-
¡ leste del p rim e r h ie rro tra b a ja d o p o r el h o m b re .
' Los signos m ás a n tig u o s de B ab ilo n ia re p re se n ta n el h ie -
| rro m e d ia n te dos c a ra c te re s: " c ie lo ” y " f u e g o ” . L a p a la -
| bra egip cia " b ia - e n - e t” en te x to s de la V I d in a stía sig n i-
| íica " m a ra v illa del cielo” . Los reyes h itita s del siglo X IV
¡ antes de n u e s tra era d e c ía n re c ib ir d el cielo el " m e ta l n e -
1 gro” y C o rté s, c u a n d o in v a d ió M éx ico , e n c o n tró las m is-

i 321
1 I
m as tra d ic io n e s e n tre los aztecas (c o n fr. T . A . Rickard: |
U h o m m e e t les m é ta ic x , p á g . 5 8 ).
E ste o rig e n m ític o del h ie rro nos a y u d a a com prender
m e jo r el lu g a r d ado al h e rre ro en las sociedades tradicio­
nales. R e y o p a ria , m a n ip u la el fu e g o y tra n s fo rm a la sus­
ta n c ia del cielo en in s tru m e n to s capaces de fe c u n d ar la
tie rra .
E n to d o el O c c id e n te , los artesanos h a n con o cid o seme­
ja n te a p a rta m ie n to p ro v e n ie n te n o de su o ficio , sino de sus
ta b ú es p a rtic u la re s q u e los lle v a b an a fo r m a r u n a casta
e n d o g àm ica.
V em os en la a n tig u a F ra n c ia , an tes de 1660, que los
leprosos n o graves y los "d esc en d ie n te s de leprosos” podían
e jerce r el o fic io de c a rp in te ro s y de leñadores, pues carpin­
tero s y le ñadores e sta b a n a ta l p u n to fu e ra del g ru p o social
q u e p o d ía n a d m itir e n tre ellos a to d o in d iv id u o excluido -
de su c o m u n id a d (c o n fr. L a fa y : L é p r e u x e t cagots dans
le s u d -o u e s t de la F r u n c e ) . j
E n o tra s regio nes, los a lfarero s fo r m a n aldeas a p a rte , como
en A rg e lia , en la re g ió n de T le m c e n , en M arru eco s y en
T ú n e z . F ra n c ia c o n serv a a ú n el re c u e rd o de este aparta­
m ie n to del a lfa re ro en c iertas aldeas co m o S ain t-Q u en tin -
la -P o te rie , en el G a rd .
E l a lfa re ro q u e m o d ela y deseca la tie rra e fe c tú a ade­
m anes m ág ico s peligrosos, opuestos a los rito s de fecun­
d id a d de los cam pesin os.
E ste a p a rta m ie n to de los artesanos ex p lica su agrupa-
m ie n to en aldeas, en b arrio s p a rtic u la re s , en calles ------co­
m o o c u r r ía en n u e stra s ciu d ad es de E u ro p a , com o ocurre
c o n fre c u e n c ia en A fric a del N o r te , en el M edio Oriente
y h a sta en A sia— y , en to d o caso, la ritu a liz a c ió n univer­
sal de la a lfa re ría , el h e ch o de q u e en to d as p a rte s del m un­
do, está ro d e a d a de to d o u n c o n te x to de p e n sa m ie n to más
im p o r ta n te q u e el p o b re re su lta d o té c n ic o .
Es im posible e x p lic a r esas e s tru c tu ra s socio-económ icas
de o tro m o d o q u e p o r c ie rta c o n c e p c ió n del mundo,

322

1
I y por c iertas ideas a ce rc a del lu g a r q u e o c u p a el h o m b re en
' el m u ndo y de sus relaciones c o n lo Invisible. v
Las razo n es eco n ó m icas se e x c lu y e n p o r sí m ism as. L a
calle de la C a ld e re ría , de la P e rg a m in e ría , de la F ra g u a o
! Je los T ejedores, co m o el m e rc a d o de los c u rtid o re s o de
los caldereros, n o p u e d e n ex p licarse e n té rm in o s de o fe rta
y de d e m a n d a o de lib re c o n c u rre n c ia . D eb em o s, pues,
rechazar las te o ría s q u e basan el c o m ercio o el cam b io en
el azar y el alic ien te de la g a n an c ia .
En las civilizaciones tra d ic io n a les n u n c a se d a n cam bios
simples. Sólo p u e d e h a b e r c o m ercio e n el m a rc o de e s tru c -
J turas sociales precisas co m o e n el caso de los arap esh del
| mar y de los arap esh de la lla n u ra , q u e n o p o d ía n h a c e r
| circular sus bienes sino p o r in te rm e d io de los arap esh de
la m o n ta ñ a .
, El d o n m ism o , que p u ed e considerarse co m o la f o r ­
ma m ás sim ple de la c irc u la c ió n de los bienes, está su jeto
a reglas e strictas.
En la z o n a M e d ite rrá n e a , en el n o r te de A fric a , el d o n ,
que im p lic a siem pre u n a idea de re c ip ro c id a d a u n q u e
sea lejana, va p rim e ro a los p a rie n tes. R eglas e stric ta s
precisan su m o m e n to así com o su n a tu a le z a . P o r ejem p lo ,
los p arien tes del f u tu r o esposo e n v ía n a los p a rie n te s de
, la novia m e rc a n c ía s c ru d a s: trig o , c a rn e . A su v ez, los
í parientes de la m u c h a c h a e n v ía n pasteles cocid os, huevos
| hervidos, c a rn e p re p a ra d a .
j C iertos cam bios im p lic a n , p a ra q u e p u e d a n ser realizados,
i una alian za, u n p a re n te sc o fic tic io . A sí e n G ra n C ab ilia,
los ait k h ellili, q u e son alfarero s, v a n de aldea e n aldea a
j trocar sus utensilios p o r cereales. E l tru e q u e se h ace de
| contenido p o r c o n tin e n te , o sea q u e el vaso q u e se v a a
cambiar se llena u n a o varias veces de cebada y de habas,
j Son las m u jeres las q u e c o m p ra n así las fu e n te s y las m a r ­
mitas q u e n ecesitan . La a lfa re ría está asim ilada al a lim e n to
cocido q u e d a n los p a rie n te s de la n o v ia en c am b io del a li­
mento c ru d o o fre c id o p o r los p a rie n te s del f u t u r o esposo.
Las m u jeres, pues, lla m a n a los a lfa re ro s " k h e li” — mi tío
m a te rn o — y , g racias a este s u b te rfu g io se e n c u e n tra n con
ellos m ie n tra s n o p u e d e n v e r a c a ra d e sc u b ie rta a otros
h o m b re s q u e a sus p a rie n te s cercanos.
U n a m ism a c o n c e p c ió n del p a re n te sc o rig e p a ra el via­
je ro u n id o a su h u é sp e d p o r u n c o n tra to tá c ito de hospi­
ta lid a d . D os viajeros p resen tes en el m ism o h o g a r se hallan
e m p a re n ta d o s ta n to tie m p o c u a n to d u re su permanencia
b ajo el m ism o tech o . E ste p rin c ip io nos a y u d a a comprender
la n o c ió n de m e rc a d o , lu g a r de e n c u e n tro de hom bres que
p e rte n e c e n a trib u s vecinas, c o n fre c u e n c ia enem igas, que
tie n e n p ro h ib icio n e s y p o r lo ta n to p ro d u c c io n e s diferentes.
E n to d a el A fric a del N o r te , co m o en la E u ro p a de no
h ace m u c h o , el m e rc a d o está siem p re situ a d o bajo la protec­
c ió n de u n san to , c u y a tu m b a aseg u ra el c a rá c te r sagrado,
el " h o r m a ” , del lu g a r.
A alg u n o s k iló m e tro s de A rg e l se le v a n ta el mercado
de Sidi O tm a n , c e rc a del C h e n u a , to dos los lunes
p o r la m a ñ a n a an tes de la salida del sol. Ese d ía , al alba,
las m u je re s del C h e n u a , a lfa re ra s y c ria d o ra s de gallinas,
c a m b ia n sus vasijas y sus h u evos p o r los cereales que llevan
las cam pesinas de la lla n u ra v ecin a.
E ste m e rc a d o d o n d e se e n c u e n tra n m u je re s tien e u n ca­
r á c te r p a rtic u la r: el h u e v o , e n el C h e n u a , es objeto de
u n a p ro h ib ic ió n , los h o m b re s se a b stien en de él, por lo
m enos p ú b lic a m e n te .
E n to d as p a rte s el m e rc a d o es esen cialm en te u n terreno
n e u tra l, u n te rre n o p u ro d o n d e los h o m b re s p u e d e n encon­
tra rse e n p a z . Es el p u n to de c o n ta c to e n tre g ru p o s dife­
re n te s, d o n d e se p u e d e n o sólo v e n d e r y c o m p ra r, sino tam ­
b ién e n c o n tra rse , c a m b ia r n o tic ia s, in ic ia r tra to s prelimi­
n ares de m a trim o n io s o de alian zas: a b rir a m p liam en te los
lím ite s de la aldea y de la tr i b u al m u n d o e x te rio r.
E sta n o c ió n de in te rm e d ia rio so b re en tie n d e siem pre rela­
ciones e n tre h o m b re s d ife re n te s, e x tra n je ro s, p e ro también
e n tre los h o m b re s y lo In visible.

324
j Lugar de re u n ió n de los h o m b res, el m e rc a d o e n A fric a
del N o rte es ta m b ié n el lu g a r p re d ile c to de los genios guar->
dianes y de los ángeles. L a " d je m a 'a essalihin” , o asam blea
de los santos se c o n g re g a el m iérco les a m e d io d ía , m ie n tra s
los hom bres c o m ie n z a n a dispersarse, e n la p la z a del m e r ­
cado de los A t Ira te n . Los santos a c u d e n bajo la fo rm a
de pájaros rap aces y se re ú n e n b ajo u n v iejísim o olivo c erca
del m atad ero . C o n fre c u e n c ia ta m b ié n en C ab ilia los m e r ­
cados se le v a n ta n ju n to a los c em e n te rio s o in clu so en los
cementerios, lo qu e precisa a ú n m ás esa n o c ió n de los m u e rto s
que velan sobre los vivos y c re a n p o r la seren id ad de las
j tumbas, el te rre n o n e u tra l, e n c ru c ija d a de los in te rc a m b io s
j y de los e n c u e n tro s.
j U na vez m ás nos hallam os en p resen cia de u n o de los
aspectos de H e rm e s: p r o te c to r de los lím ite s, de los viajeros
y y de los c o m ercia n te s así com o es ta m b ié n el g u ía de los
¡ muertos; pues el in te rc a m b io se p o n e siem pre bajo la p r o ­
tección de lo In v isib le y sólo p u e d e hacerse en su n o m b re .

>[- í»-

j Las nociones de c ré d ito y de in te ré s n o son las etap as


j tardías de u n p e n sa m ie n to e co n ó m ico n a cid o del tru e q u e .
Las vem os a p a re c e r en las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, ta n
, complejas desde su o rig e n com o h o y en la civ iliz ac ió n o c -
! cidental.
| En C ab ilia cierto s in te rc a m b io s a lim en ticio s e stá n r e ­
glamentados de m a n e ra precisa p o r las c o stu m b re s; las
; cantidades p a ra o fre c e r e stá n d e te rm in a d a s y el su p le m e n to
que se da en cam b io es o b lig ato rio .
Los p a rie n te s m ás o m enos alejados, los am igos o los
vecinos d a n L -K h ir. C onsiste en d in e ro o en h u evos y debe
siempre devolv erse, en p la zo m ás o m enos larg o , co n u n
interés en p rin c ip io n o c alc u la d o p e ro en realid ad c o d ific ad o
por la c o n cie n c ia co lectiv a.
L eh n a es u n obsequio m ás im p o r ta n te o fre c id o p o r los
parientes y los am igos m u y cercan o s. C onsiste e n sém ola,
hu ev o s, c a rn e c ru d a y aceite a veces e n c an tid ad es consi­
derables. E n la ocasió n de u n a sim ple v isita conviene lle­
v a r u n regalo llam ad o t a r z e f t , a veces im p o rta n te como,
p o r ejem p lo en o p o rtu n id a d de u n a p rim e ra visita hecha
a la fa m ilia , d o n d e se h a casado u n a hija. C onsiste en ali­
m e n to co cid o : fu e n te de c o u sc o u s c o n c arn e, canastita
de b u ñ u elo s o de hojuelas, fr u ta s o leg u m b res crudas pro­
v en ien tes del ja r d ín reg ad o y c u ltiv a d o p o r las m ujeres. ‘
Los q u e, co n ocasió n de u n a fiesta, h a n recibido lehna
d a rá n en cam b io t a r z e f t .
E stos regalos se co n sid e ra n co m o u n a obligación que
c o m p ro m e te el h o n o r de la fa m ilia : n ad ie deja de hacer­
los, pues la c irc u la c ió n de los bienes c o n c re ta y refuerza
los lazos sociales. D ones y reem bolsos se re a liza n en ciertos
m o m e n to s del año, co n m a y o r fre c u e n c ia c o n ocasión de
las fiestas religiosas o de los rito s de pasaje: ta m b ié n aquí i
hallam os el te rre n o de in te rc a m b io situ a d o n o y a en las es­
tr u c tu r a s h u m a n a s o en el espacio, sino en el tiem po: el
m o m e n to del in te rc a m b io llega c u a n d o se ap ro x im an el
p la n o h u m a n o y el p la n o invisible.
E n O c e a n ía , c iertas fo rm as de in te rc a m b io movilizan
trib u s e n te ra s en u n a v a sta z o n a g e o g rá fic a. Es la kula ,
c u y o n o m b re q u iere d e c ir c írc u lo y cu y as etap as son otras
ta n ta s islas o arch ip iélag o s q u e a b a rc a n u n reco rrid o de
m ás de tre s m il k iló m etro s. j
P ero allí se d etien e la a n alo g ía c o n u n " c o m e rc io ” cual- j
q u ie ra c o n u n tru e q u e , en el alb a del p e n sa m ie n to econó- j
m ico . D os clases de ob jeto s c irc u la n sin cesar en direcciones |
o puestas:
— los su la v a , q u e son largos collares de dos a cin co me- j
tro s, co m p u esto s de p eq u eñ o s discos de espóndilo rojo ;
— los m w a lt , g ran d es b ra z ale te s tallad o s en la p a rte su- ¡
p e rio r de u n a g ra n c o n c h a có n ica.
Los su la v a son h e m b ra s, v ia ja n en el sen tid o de las agujas
del relo j, v ien en del oeste, v a n al este; su lu g a r de fabri­
cac ió n es la isla Rossel, al su r del c irc u ito .

326
r Los m w a li son m ascu lin o s, v ia ja n siem pre p o r p ares, el
brazalete d erech o es m ás an ch o q u e el iz q u ie rd o . V ia ja n
en sentido in v erso a las agujas del relo j, de este a oeste,
y se fa b ric a n c e rc a de B u y o v a y e n la isla W o o ld la rk ,
al n o rte del c irc u ito .
Todos estos o bjetos sólo v ia ja n en u n a d ire c c ió n , sin v o l­
ver jam ás p a ra a trá s: la d u ra c ió n de su re c o rrid o v a ría
de dos a diez años.
En cada isla, en cad a aldea, c ie rto n ú m e ro de in d iv id u o s
participan de la k u la , es d e c ir re c ib e n los objetos, los g u a r ­
dan d u ra n te u n tie m p o m ás o m enos larg o , lu ego los i n te r ­
cambian. Las relacio nes e n tre los h o m b re s so b rep asan el
tiempo de u n a sim ple tra n s a c c ió n , d u r a n to d a la vid a. A l
margen de este c o m ercio ritu a l, los polinesios tr u e c a n de
una isla a o tra bienes de co n su m o c o rrie n te u o b jeto s
cuya p ro d u c c ió n está lim ita d a p o r p ro h ib icio n es, com o p o r
ejemplo, la a lfa re ría ; p e ro el c am b io cerem o n ia l p rev alece
sobre los dem ás aspecto s de la k u la .
Los n a v eg a n te s p a r te n en p rim a v e ra ; la d u ra c ió n de u n a
expedición es de a lre d ed o r de u n m es, e n tre fin es de m a rz o
y fines de ab ril.
A lo la rg o del viaje, los v e te ra n o s e v o can los peligros
míticos viv idos p o r ellos en su ju v e n tu d o p o r los a n te p a ­
sados: " k w ita ” , el p u lp o g ig a n te , " s in a m a ta n o g in a g i” la
lluvia m isteriosa, las p ied ras viv as agazap ad as e n el fo n d o
del océano q u e se a rro ja n sobre las p ira g u a s p a ra h u n d irla s
y las b ru ja s v o lan tes, las " y o y o v a ” , q u e c o m en c a rn e h u ­
mana. M u ch o s c a n to s q u e re fie re M alin o w sk i e n su o b ra
Les A r g o n a u te s d u P a c ifiq u e O c c id e n ta l a ca b a n p o r des­
pertar en n o so tro s e x tra ñ o s ecos de O diseo. P ues es u n a
odisea ese larg o viaje r itu a l d u ra n te el c u a l los m ás ancianos
m uestran a los jóvenes los sitios m a rc ad o s p o r el pasaje de
los dioses. E l h o m b re n a v eg a a m ita d de c am in o e n tre lo
tangible y el m ito . A caso algunos de los bienes tra íd o s sean
materiales, ú tiles, p e ro los m ás preciosos siguen siendo los

327
1
ad o rn o s de co n ch as, m isteriosos vellocin os de o ro p o r los
q u e los h o m b re s arriesg an su vida.
E ste in te rc a m b io r itu a l se p ra c tic a e n tre trib u s de len­
g u a, c u ltu r a y acaso d ife re n te s razas. E stá basado en un
sistem a q u e asocia p o r p arejas a vario s m illares de individuos,

MAPA DEL COMERCIO RULA

S O tn L A V A

KayIeul^^M Í5,r,w,na
Y's# jK lta v a -'"* v
; Márahall Bennett
V ' j 7V akuta\^ S ^ “WOQpLARK
__Laughlan
_AmphlettL j '
W? ] / Y eg u m ç
/'S \. . P a n a m at^ ^ to jd in a
\

Paña
isl as _ --------
— p ·’ /^Trtibatubs
d el ^ ^Q ^jM lsIm a
EXTREMO ORIENTAL**,/
VJartr ~
^ o L B oscel

MW AU
T A G U L ií^fej ^

Ó 50 100 tS 0 4 cm
1 — 1·· 1 ■ .
o 50 100 m » C 9

S egú n B . M a lin o w sk i: Les Argonautes du Vacifique occidental,


r a r is, N . R. R , G allim ard, 1 9 6 3 , m apa V , p . 140*

328

¡
Los a d o rn o s de c o n ch as n o sirv e n p a ra el uso c o tid ia n o
ni p ara las ocasiones m en o res; p u e d e n ser llevadas d u ra n te -
ciertas d an zas cerem oniales y g ra n d e s asam bleas. E l p r i ­
vilegio de ad o rn a rse c o n ellos n o es, pues, la fin a lid a d de
su posesión; c o n fre c u e n c ia a ú n los in d iv id u o s q u e los lle ­
van los h a n so licitad o p o r u n a n o c h e o p o r la d u ra c ió n de
una fiesta. A d e m ás, los b ra z ale te s de co n ch as son g e n e ra l­
mente dem asiado p eq u eñ o s p a ra q u e los llev en in clu so n iñ o s,
y ciertos collares son ta n g ran d es y ta n preciosos qu e n o
pueden serv ir co m o a d o rn o y n u n c a se lle v a n ; a lo sum o
lo m u estra de ta rd e en ta rd e u n p erso n aje m u y im p o rta n te .
C om o dice M alin o w sk i, la h u ía n o se e fe c tú a bajo la
presión de u n a necesid ad. Su fin a lid a d p rin c ip a l es el in t e r ­
cambio de a rtíc u lo s sin u tilid a d p r á c tic a ( o p . c it., p á g . 1 4 4 ).
No h a y q u e b u sca r, pues, e n las necesidades d el H o m o
O econom icus el sen tid o de ese m isterioso ' ’c o m e rc io ” .
K ula q u ie re d e c ir c írc u lo , la m ism a p a la b ra se ap lica al
viaje del alm a de los m u e rto s q u e, seg ú n las tra d ic io n e s,
van a la isla de T u rn a , al n o ro este de B o y u v a: la p a tria
de los b razaletes m asculinos, los m w a li.
Los m w a li v ia ja n h a cia el oeste, sim b o lizan d o la a v e n tu ra
hum ana c u y o té rm in o es la m u e rte .
Los su la va , los largos collares de c o n ch as rojas, v a n de
oeste a este; re p re se n ta n la im p u re z a de la c a rn e y la
sangre c a ta m e n ia l, la e n c a m a c ió n , el descenso del alm a en
la m ateria, la fe c u n d id a d qu e p ro v ie n e de los m u e rto s.
Estos talism an es del m a r p ro v o c a n el in te rc a m b io de los
bienes, la alia n za de los h o m b res, su u n ió n bajo todas sus
formas. A sí, las relaciones h u m a n a s son a im a g e n del ciclo
que va de lo In v isib le al h o m b re y del h o m b re a lo I n v i­
sible.
H erm es sim b o lizab a to d o esto p a ra los A rg o n a u ta s del
M editerráneo.
Es d ifíc il h a b la r de u n a e v o lu ció n del p e n sa m ie n to eco ­
nómico y de u n p ro g reso e n las in stitu c io n e s n acid as de
este p en sa m ie n to .

329
L a n o c ió n de c ré d ito , es d e c ir de re c ip ro c id a d a largo
p la z o c o n in te ré s, es c o n te m p o rá n e a de la n o c ió n de don.
E n n in g ú n m o m e n to es posible estab lecer u n a je ra rq u ía de
c o m p le jid a d c re c ie n te en el p e n sa m ie n to del h o m b re .
U n a e x p ed ic ió n h u ía es ta n c o m p lic a d a en su organiza­
c ió n y sus detalles c o m o las o p eracio n es de Bolsa de un
g ra n b an co . L a ú n ic a d ife re n c ia e n tre las in stitu cio n es de
la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l y los hechos observables en las
civ ilizacio n es tra d ic io n a les p ro v ie n e de lo sagrado que, fuera
de O c c id e n te , es u n eje u n iv e rsal de re fe re n c ia .
La m o n e d a nos p re se n ta el ejem plo m ás e v id e n te de ello.
U n e co n o m ista n o rte a m e ric a n o h a p o d id o d e cir: " E l hom­
b re de B ro a d w a y q u e p a g a u n a f a c tu r a co n u n cheque
n o re a liza u n a d e m á n m ás " e v o lu c io n a d o ” q u e el indio
h u p a q u e saca de su bolsa la cab eza desecada de p ico verde.
L a fo rm a de la m o n e d a v a ría , las p re o c u p a c io n e s qu e acarrea
son las m ism as, al m enos a p rim e ra v is ta ” (A . H . Q uiggin:
A S u r v e y o f p r im itiv e m o n e y ) .
Es lo q u e p ie n sa n los eco n o m istas, p e ro n o so tro s debemos
g u a rd a rn o s de estab lecer en ese d o m in io v ín c u lo s apresura­
dos. A caso las d ife re n te s in stitu c io n e s sean análogas; igual­
m e n te com plejas, ig u a lm e n te arm oniosas p o rq u e h a n nacido
a q u í o allá de u n m ism o p e n sa m ie n to h u m a n o id é n tic o en
su esencia. P ero e n este siglo X X , sólo las civilizaciones ¡
tra d ic io n a les c o n se rv a n a ú n el c e rc a n o re c u e rd o del origen í
sagrado de las e s tru c tu ra s te rre stre s y la h u ella de la
senda q u e los u n ía n o h ace m u c h o c o n lo Invisib le. En
este sen tid o nos a y u d a n a m e d ir la d esacralizació n del O c­
c id e n te y a e n c o n tr a r la sig n ific a ció n o lv id ad a de nuestros
sím bolos.
E l in d io h u p a co n sid era co m o u n ta lism á n la cabeza
desecada del p ic o v erd e q u e es el p á ja r o -tru e n o , m ientras
q u e el h o m b re de negocio s n o rte a m e ric a n o , al fir m a r un
c h eq u e, n o tie n e el se n tim ie n to de p o n e r en a cc ió n fuerzas
m ágicas.

330
j M uchos o b jeto s q u e consideram os c o m o m o n ed as sim b o -
• lizan valores invisibles m ás q u e bienes m ateriales, com o-
los discos de la isla de Y a p , e n las C aro lin as. Son ru ed as de
piedra q u e a veces a lc a n z a n dos y tre s m e tro s de d iá m e tro ,
con u n espesor de algunos m ilím e tro s, tallad as e n a ra g o n ita ,
una ro ca rosa y m a lv a , q u e se e n c u e n tra a varios c e n te n a re s
de m illas en las islas Pelew . E l v a lo r de c ad a u n id a d v a ría
* en fu n c ió n de su ta lla y de su fin e z a . E stas ru ed as de
piedra llam ad as " f e i” e stá n colocadas ju n to a las casas; su
circulación es c o m p le ta m e n te fic tic ia y a q u e n o c a m b ia n
de lu g ar. E n c ad a tra n sa c c ió n , el n u e v o p ro p ie ta rio v a a
grabar allí su signo y les p re se n ta o fre n d a s. N o se t r a t a
de u n a a n o m a lía o de u n caso sin g u la r, pues d e sc u b rim ien to s
arqueológicos re alizados en el sudeste asiático p ru e b a n que
estos o b jeto s se c o n o c e n desde el N e o lític o y h a n te n id o
| larga d ifu sió n .
‘ N o co nocem os el m ito del " f e i” , p e ro es v e ro sím il q u e
se tr a ta , ta m b ié n , de u n ta lism á n an álo g o a los b ra z ale te s
y a los collares del c o m ercio h u í a : u n a in s titu c ió n bien
diferente del c h eq u e b a n c a rio y , ta n c o m p le ja p o r los v a ­
lores sagrados q u e im p lic a y las fu e rz a s invisibles que
emplea.
N u m ero so s m ito s p a re c e n h a b e r n a c id o de esta v o lu n ta d
de los h o m b res de c o n q u ista r el V ello cin o de O ro , sím bolo
de la p ro te c c ió n d iv in a.
■ Sería in te re sa n te ra s tre a r la a v e n tu r a del c a u ri, u n m o ­
lusco q u e vive e n el O c é a n o In d ic o y c u y a c o n c h a sirve
de m o n ed a ritu a l en to d a A fric a . T o d as las civ ilizacio n es
que lo e m p le a n v e n en él la re p re se n ta c ió n del sexo fe ­
m enino, c re a d o r de la a lian za, v e rb o de p a z. P ro v e n ie n te
del m a r, ese m o lu sco es m u c h o m ás la ru d a re p re se n ta c ió n
de la V e n u s q u e su rg e de la ola de B o ttic e lli, q u e el a n ­
tepasado de n u e stra s piezas de oro.
E l c a u ri se em p lea sobre to d o p a ra el p ag o de valores
sagrados d ifíc ile s de e v a lu a r e n té rm in o s de c o n su m o co-
rriente. Se p a g a e n c au ris los derech o s e n tre g a d o s e n el
m o m e n to de la in ic ia ció n , p o r ejem plo, así com o se ofrece I
1
c au ris a los an tep asad o s en el m o m e n to de las ceremonias
de las estaciones.
O tr a “ m o n e d a ” em p lead a en M elanesia es el “ diw arra”
o “ ta m b u ” , c u y a p re p a ra c ió n se reserv a a los hombres
p e rte n e c ie n te s a la casta sagrada. E l “ d iw a rra ” está cons­
titu id o p o r u n fra g m e n to c u id ad o sa m en te desprendido de <
u n m o lu sco , el N a ssa c a m e lu s , q u e se e n c u e n tra cerca de
la co sta de N a k a n o i. L a pesca de este m o lu sco así com o su
p re p a ra c ió n , e stá n rodeadas de u n c erem o n ia l complicado
d u ra n te u n a e x p ed ició n p o r el m a r que d u ra m ás de u n mes.
L a a c tiv id a d e n te ra de la sociedad tie n d e h acia la cose­
ch a, la p re p a ra c ió n y la posesión de esta “ m o n e d a ” . E l pri­
m e r v o to q u e se d irig e a u n re c ié n n a c id o es: ojalá te
c o n v ie rta s en u n h o m b re g ra n d e y f u e r te q u e irá con fre- :
c u en c ia a N a k a n o i y tra e rá m u c h o “ ta m b u ” .
E ste m o lu sco es la p ro p ie d a d m ás estim ad a de los hom­
bres. Lo lla m a n “ g ra n d e ” , “ s a n to ” , y lo c o n sid eran como
m ás precioso q u e la salud o q u e la v id a m ism a. Su posesión
da la in m o rta lid a d d el a lm a y sólo quienes h a n contribuido
a a teso ra rlo irá n a N a k a n o i luego de su m u e rte , la tierra
san ta del “ ta m b u ” .
P o r ta n to , estam os bien lejos de n u e stra n o c ió n de mo­
neda. C u a lq u ie ra sea n u e s tra sed de o ro , n o llegam os hasta
c o n v e r tir las cuevas de n u e stro s b ancos en la m o rad a de
las alm as b ie n a v e n tu ra d a s.
Si el “ ta m b u ” p e rm ite c o m p ra rlo to d o , es acaso porque
to d o p u e d e ev aluarse en té rm in o s de Invisible. P u esto que
su posesión da la in m o rta lid a d , los v en d ed o res de bienes de
este m u n d o son en re a lid a d c o m p ra d o re s del m ás alia, con­
siderado co m o m ás precioso q u e to d as las riq u e z as terrestres.
V olvem os a h a lla r e n tre los a n tig u o s m ejican o s u n a con­
c ep c ió n an álo g a del m o lu sco co n sid erad o co m o u n símbolo

332

í
de la re su rre c ió n . " T e x iz te c a lt — el del m o lu sco — es el
dios de la lu n a ; su sím b o lo , el m o lu sco m a rin o , re p re se n ta v
| la m a triz de la m u je r y sig n ific a " n a c im ie n to ” , " g e n e ra ­
ción” . (J . S oustelle: o p . c it., p á g . 1 8 ).
En el c o n ta c to c o n la civ iliz ac ió n o c c id e n ta l, los ta lis­
manes se c o n v ie rte n e n sim ples o b jeto s de c u rio sid ad re e m -
i plazados en las tra n sac c io n es c o n los tr a f ic a n te s b lan co s p o r
el polvo de o ro , la p e lo ta de c a u c h o b r u to o de alg o d ó n ,
la m edid a de c a fé o la c a n tim p lo ra de ro n .
i El v a lo r prestig io so de u n ta lism á n se d e tie n e e n el lím ite
de la c iv iliz a c ió n a la cu al p e rte n e c e co m o u n o de sus
elementos: en el lím ite de c ie rta c o n c e p c ió n del m u n d o y
del lu g a r del h o m b re e n el m u n d o .
| El h o m b re b la n co h u b ie ra p o d id o c o m p re n d e r este d e ­
nom inador sag rad o d ado p o r las civ ilizacio n es tra d ic io n a les,
pues la m o n e d a m e tá lic a q u e em p lea tie n e su o rig e n en u n a
prohibición, es d e cir, en la base, en u n a c o n c e p c ió n m ís tic a
del m u n d o .
En e fe c to , en las sociedades tra d ic io n a le s de la z o n a m e -
| diterránea y n o h ace m u c h o a ú n e n el n o rte de A fric a ,
el h errero re c ib ía u n d o n en cereales c ru d o s, al c u a l c o -
j rrespondía c o n el su m in istro de in s tru m e n to s pasados p o r
¡ el fuego de la fra g u a , cocidos.
¡ V olvem os a h a lla r el in te rc a m b io h a b itu a l q u e establece
¡ cierta fo rm a de p a re n te sc o fic tic io p e ro a d m itid o p a ra p e r ­
mitir la c irc u la c ió n de los bienes.
I

| Im agin em os a ese h e rre ro , de m e rc a d o en m e rc a d o , en


| lugar de p e rm a n e c e r e n u n a aldea, lig ad o p o r c o n tr a to
¡ de alianza c o n sus h a b ita n te s. H a r á co m o el a lfa re ro a m ­
bulante y fa b ric a rá in s tru m e n to s q u e c a m b ia rá p o r c erea ­
les. Los b e n eficia rio s de estos in s tru m e n to s , si los poseen en
, abundancia, los c a m b ia rá n a su v e z p o r o tro s bienes.
ALFARERIA

s G énéro alim en ticios “crudos”, cereales.


■* Géneros "cocidos”, hierro forjado u objetos de alfarería.

C O N S E C U E N C IA S EC O N O M IC A S D E LA PR O H IB IC IO N
D E LA FORJA Y D E LA A LFAR ER IA

E l h e rre ro m ism o q u e, en p rin c ip io , n o p u e d e c u ltiv a r la


tie rra , p o d rá c a m b ia r los cereales así o b ten id o s p o r mer­
c a n c ía s "c o c id a s” , vasijas p o r ejem plo.
E stam o s, p o r lo ta n to , en p resen cia de u n a “ m oneda”
q u e, esta vez, n o es u n o b je to sagrado com o los cauris,
las ru ed as de p ie d ra o las p lu m a s de casuario, sino que
h a n a cid o de lo sagrado y de esa c o n c e p c ió n particular
del m u n d o q u e n o h ace m u c h o e n c e rra b a e n estrictas pro­
h ib icio n es a los h o m b re s de la fra g u a m an ip u lad o res del j
fu eg o .
L a re g ió n de T o b a ra , en A fric a o rie n ta l, se llam ab a "país
de la a z a d a ” , p o rq u e las azadas de h ie rro te n ía n allí una
c irc u la c ió n c o m p a ra b le a la de la m o n ed a. E n 1906, los
p a n g w e e m p le ab a n h ierro s de la n z a p a ra el m ism o uso. Los
b lan co s se h a b ía n in se rta d o en el sistem a c o n sus cuchillos,
sus fusiles e in clu so c o n sus dólares, sobre la base de seis
m il p u n ta s de lan zas p o r cien dólares n o rteam erican o s.
Las m o n ed as en la a n tig u a C h in a e ra n in s tru m e n to s agrí­
colas red u c id o s o a veces estilizados c o m o el " K ’io w ts ’ien”,
en fo rm a de m ed ia lu n a o de p u e n te , p e ro c u y o nombre
| que sig n ificab a azad a, in d ic a b a sin e m b arg o , de u n a m a n e ra
precisa, su o rig e n . '
En K o rin tji, en la isla de S u m a tra , el p riv ileg io de a c u ñ a r
la m oneda de c o b re y de fa b ric a r cierto s b ra z ale te s estaba
reservado a dos h o m b res: el P ag aw ei D ja n o n g y el P a g a -
wei R ed ja, c u y o c arg o era h e re d ita rio .
Q uizá se tr a te e fe c tiv a m e n te de castas, lo q u e nos lleva
I a los ejem plos p re c e d e n te s de m o n e d a m e tá lic a c o n sid erad a
como m edio de ad q u isició n de u n a casta p a rtic u la r, c u y a
producción se h alla lim ita d a p o r p ro h ib icio n es.
De m o d o q u e ta m b ié n la m o n e d a m e tá lic a su rg ió de lo
sagrado y lleva el signo del h e rre ro , pues en to d as las c i­
vilizaciones tra d ic io n a les es él q u ie n m a rtilla los o bjetos
simbólicos, an tes in s tru m e n to s de la tie rra o de la g u e rra .
Sólo el h o m b re b la n co , que h a p e rd id o el sen tid o de los
valores esp iritu ales, se h a a fe rra d o m ás al b rillo de la m a ­
teria que a la fu e rz a de los signos.
N o p a rece q u e la av id ez, el deseo de a c u m u la r riq u ezas,
sea una necesidad e v id en te del h o m b re , u m v e rsa lm e n te a tes­
tiguada.
Por el c o n tra rio , en todas las civilizaciones tra d ic io n a les,
la a b u n d an cia es u n signo de lo In v isib le, u n llam ad o c ie rto
para p o n e r en c irc u la c ió n esta b e n d ic ió n , c u y a a c u m u la c ió n
i en un a sola cab eza p o d ría te rm in a r p o r ser peligrosa.
i
í
! * * *

Los k w a k iu tl v iv e n en la co sta oeste del C a n a d á : son


alrededor de dos m il, sea tre sc ie n ta s fam ilias de ricos p es­
t cadores de salm ón. F o rm a n u n g ru p o lin g ü ís tic o d iv id id o
en trib u s, cad a u n o de los cuales tie n e u n jefe y su a ris­
tocracia fo rm a d a p o r los jefes de fa m ilia descen d ien tes m ás
o menos d ire c to s de los an tep asad o s fu n d a d o re s. C a d a jefe
de trib u , c ad a je fe de fa m ilia , posee alg u n o s blasones de
cobre: p lacas de m e ta l lab rad as co n sag rad as a u n a e n tid a d
invisible. C a d a u n o de estos talism an es tie n e n su n o m b re .

335
1

Se g u a rd a n en relicario s p a rtic u la re s y re c ib e n ofrendas


c o tid ia n a s de a lim e n to : u n c u lto p a r tic u la r del c u a l están
ex clu id as las m u jeres. Son considerados co m o los presentes
hechos p o r el h o m b re de la lu n a a sus descendientes en
la tie rra , o tro s co m o dones de u n jefe poderoso q u e en otro
tie m p o v iv ía e n u n p alacio en el fo n d o del m a r.
Son, pues, talism an es o, m ás e x a c ta m e n te , sellos mágicos
q u e lle v a n la m a rc a de u n In v isib le, q u e sim boliza su pro­
te c c ió n y la a tra e.
C a d a tr ib u , o " n u m a y im ” , posee así c ie rto n ú m ero de
esos o b jeto s tra n s m itid o s p o r o rd e n de p rim o g e n itu ra . La
n o b le z a , es d e c ir e n este caso el p a re n te sc o c o n lo Invisible,
debe ser p ro b a d a p o r d istrib u c io n e s de bienes y p o r la or­
g a n iz a c ió n de festines d u ra n te los cuales se p ro d ig a la co­
m id a .
Los bienes se d a n a u n riv a l, q u e debe devolverlos con
el in te ré s m ás elevado, el doble o trip le de la c an tid ad re­
c ib id a. Si u n h o m b re n o p u e d e h o n ra r este c ré d ito forzoso,
se lo co n sid era a b ru m a d o , h a p e rd id o su ra n g o , a menos
q u e, a su v e z, p u e d a d a r u n a fie sta m ás costosa: es el "po­
t l a t c h ” , u n a g u e rra c u y a a rm a visible es la riq u eza.
Los bienes reales de u n " n u m a y im ” son los talismanes
de c o b re q u e el jefe v a a t r a t a r de a c re c e n ta r con el
riesgo de p erd erlo s. E sta lu c h a tie n e p o r fin a lid a d menos
p o n e r en juego bienes pereced ero s c o m o p e rm itir que todos
v e rifiq u e n y c o m p ru e b e n la p ro te c c ió n de lo Invisible y
la fu e rz a de las e n tid ad es q u e h a n m a rc a d o los sellos de
cobre.
A n te s de a firm a r q u e el " p o tla tc h ” es u n comercio
" p re stig io so ” q u e em p lea m a n ta s y cobres, h a b ría que co­
n o c e r los sím bolos de las m a n ta s y los cobres y situar los
objetos en la in s titu c ió n , lo c u a l n u n c a se hizo.
H e a q u í u n d e sa fío , el del je fe de los mamaleqala:
" ¡A te n c ió n , oh, g ra n trib u ! E l G ra n C o b re tien e u n precio
elevado, su n o m b re es M a x tso lu m — aq u el a n te el cual todos
se a v e rg ü e n z a n — , helo a q u í a n te voso tro s, y o lo enuncio,

336
r
I vale m il m a n ta s ” (la m a n ta vale h o y e n tre tre s y c in c o
dólares; tie n e las dim ensio nes de u n a m a n ta de v ia je ). (Ir-*,
ving G o ld m a n : T h e K w a k i u t l I n d i a n s o f V a n c o u v e r Is-
Im d ).
El jefe a q u ie n se la n z a ta l d e sa fío resp o n d e d e p o sitan d o
las m il m a n ta s a n te u n a toesa q u e p e rm ite v a lo ra r su n ú ­
mero. P o co a p o co las m a n ta s a u m e n ta n , h a y ah o ra dos
1 mil seiscientas, a las cuales se a ñ a d e n seiscientas m ás.
"D am e a h o ra co fre s esculp id os p a ra p o n e r estas m a n ta s,
quiero c in c u e n ta , cad a u n o de u n v a lo r de c in c o pares de
mantas” . E l jefe riv a l a c e p ta y d o b la este p ed id o , a la v ez
para h u m illa r a su ad v ersario y p a ra p ro p ic ia r a lo I n v i­
sible, que h a m a rc a d o el sello de co b re. F in a lm e n te es u n
montón de c u a tr o m il do scien tas m a n ta s q u e se e le v a ^ 'c o m o
una m o n ta ñ a h a cia el cielo” .
{ A veces son g ran d es c an tid a d e s de aceite de pescado q u e ,
| arrojadas al fu e g o , a lim e n ta n g ran d es braseros; las llam as
¡ lamen el ro s tro de los in v ita d o s, quienes sentados e n c írc u lo ,
afectan n o sentirse in cóm odos.
D u ra n te estas cerem onias, los s t i p p o r t e r s (p a rtid a rio s )
de los jefes riv ales e n to n a n c a n to s de e stím u lo .
! B astante c u rio sa m e n te , los etn ó lo g o s n o h a n v isto en esta
! ceremonia m ás que u n a p u ja de p re stig io , m ie n tra s q u e se
( trata en re a lid ad de u n a p ru e b a d u ra n te la c u a l la p ro te c -
! ción de lo In v isib le se v e rific a , se c o n firm a o se reco n o ce
1 ausente. N o hace m u c h o a ú n los k w a k iu tl e ra n ricos pes-
¡ cadores de salm ó n in te g ra d o s en la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l
I y en su v id a eco n ó m ica. N o o b s ta n te , se h a n d esarro llad o
las mismas cerem o n ias y los bienes o ccid en tales m ás p re c io ­
sos, los m ás costosos, los m ás d ifíc ile s de a d q u irir h a n re -
j emplazado la m a n ta s a d o rn ad as de m o tiv o s sim bólicos y
los cofres esculpidos. M áq u in a s de coser, fo n ó g ra fo s, a p a ­
ratos de T .S .F . se a p ila b an o se d e s tru ía n p a ra a firm a r la
protección de lo Invisible, la fu e rz a de la e n tid a d p r o te c ­
tora y, al m ism o tie m p o , los m é rito s del jefe de " n u m a -
yitn”, c ap a z de h a b e r o b te n id o ta l alianza. Pues cada fa -
/
j 337
i
m ilia posee su r itu a l p a r tic u la r de c o n ta c to c o n lo Invisi- |
ble, cuyos testim o n io s son las placas de cobre. 1
P o r lo ta n to , estam os lejos de u n sistem a económ ico ba­
sado en u n c o n su m o excesivo de bienes. N o se puede ha­
b la r a p ro p ó sito de los k w a k iu tl del jo te gras ofrecido
en n u e stra s civ ilizaciones al in v ita d o y de to d o lo que
L ab ich e llam ó la p o n d r é a u x y e u x (m edios p a ra deslum­
b ra r) .
E n tr e los arapesh de N u e v a G u in e a, el h o m b re m ás rico
de u n c la n c o n su lta a sus m ay o res, a m enos q u e los ancianos
le a b ra n los ojos acerca de los designios de lo Invisible,
J u n t a en to n ce s en u n solo lu g a r todos sus yam s — raíces
com estibles— en m o n to n e s de n o v e n ta y seis, dispuestos a
lo la rg o de u n a p ie za de c o rte z a c o n serv ad a com o patrón
de m ed id a. L uego de la v e rific a c ió n p o r los ancianos, los apila
en u n m o n tó n ú n ic o : u n a m o n ta ñ a , luego in v ita a las fa- ,
m ilias vecin as y a los m iem b ro s de su clan.
C ad a u n o acu d e a la fiesta llev an d o regalos, fu en tes de
m a d e ra esculp id as o redes y se lleva los yam s destinados
a la sim iente. E l d o n a n te del fe s tín ritu a l n o p o d rá nunca
c o m e r de las cosechas n acid as de las sim ientes q u e distri­
b u y e, com o si quisiera ponerse o sten sib lem en te fu e ra de esta
b e n d ic ió n que le h a to cad o .
Si ap reciam o s este gesto en té rm in o s de econom istas, com­
p ro b a m o s q u e u n h o m b re h a sido in v ita d o p o r la sociedad j
a la c u al p e rte n e c e a d ila p id a r u n a riq u e z a consid erada ex- j
cesiva: u n e x ce d e n te q u e debe v o lv e r a la co m u n id ad .
P ero a q u í la clave de este c o m p o rta m ie n to es el hecho !
de q u e la riq u e z a se co n sid era com o u n a b en d ició n que
p ro v ie n e de lo Invisible. Lo m ás im p o r ta n te n o es la co- |
m id a o fre c id a , q u e es com o u n sac rificio de acció n de gra- ¡
cías, sino la a b u n d a n c ia de la cosecha, q u e debe volver al ¡
g ru p o , n o bajo la fo rm a de co m id a, sino com o u n a simiente 1
c a rg a d a de u n a m isterio sa b en d ició n .
V olvem os a h a lla r, en o tra s civilizaciones, d ife re n te s ins­
titu c io n e s q u e c o n tro la n la a c u m u la c ió n de riq u ezas y su

338
i circulación. P o r ejem p lo los b u lú de la re g ió n fo re sta l del
! Cam erún del S u r p r a c tic a ro n d u r a n te m u c h o tie m p o el
hilaba q u e es a la v ez c o n tr a to de alia n za y o fre n d a de
bienes bajo reserv a tá c ita de re c ip ro c id a d g enerosa: en p o ­
cas p alab ras, u n a in s titu c ió n m u y c e rc a n a al p o tla tc h
(confr. J . G u ilb o t: L e B ilab a, J.S .A .t. X X I, fase. II , 1951,
página 1 6 3 ).
En las m o n ta ñ a s del n o rte de A fric a , h a sta co m ien zo s
de este siglo, la re g u la c ió n de las riq u e z as se e fe c tu a b a
de m a n era b r u ta l en el m o m e n to del sacrificio de o to ñ o .
Los ancianos de la aldea d iv isab an los bueyes de u n h o m b re
rico al regreso de los cam p o s y les c o rta b a n los ja rre te s
m anifestando así la elección de lo In visible.
El e x am en de estos hechos nos lleva a c o n c lu ir q u e el
i hombre de las civilizaciones tra d ic io n a le s n o está d e te rm i­
nado n i en su c o m p o rta m ie n to n i e n su p e n sa m ie n to p o r
la p ro d u c c ió n de c iertas m e rc a d e ría s o p o r su co n su m o .
Por el c o n tra rio , es él q u ie n elige c ierto s tip o s de p r o d u c ­
ción y de c o n su m o en fu n c ió n de sus p ro h ib icio n e s y de
sus e stru c tu ra s sociales, es d e c ir en fu n c ió n de su c o n c e p c ió n
del m u n d o y del lu g a r qu e cree o c u p a r en él.
El co n su m o , co m o la p ro d u c c ió n , está so m etid o a ciertas
reglas precisas: el h o m b re debe p o n e r en juego lo q u e lo
Invisible le h a d a d o p a ra m o s tra r q u e posee siem p re esa
preciosa a lian za y g u a rd a r e n el fo n d o de su c o ra z ó n su
certeza ín tim a .
E n n in g ú n m o m e n to , en n in g ú n caso, hallam os en las
'■ sociedades tra d ic io n a le s e s tru c tu ra s cap italista s q u e c o n v ie r­
ten la posesión de los bienes de c o n su m o en u n fin e n sí
mismo; n in g u n a in s titu c ió n in clu so , h a p o d id o d esem p eñ ar
un p ap el de a d araja p a ra la in sta la c ió n del c ap italism o . E l
choque c u ltu r a l c o n la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l h a sido m ás
violento, p o r esta causa. P a ra el h o m b re de las c iv iliz a c io ­
nes tra d ic io n a les, los bienes son siem p re p ré sta m o s de lo
Invisible q u e d e b en v o lv e r a lo In v isib le ta rd e o te m p ra n o .
-H a y , ........................ 1
pues, u n a d ife re n c ia p r o f u n d a de in te n c ió n entre i
las in stitu c io n e s económ icas de las civ ilizaciones tradiciona-
les y las de O c c id e n te . B ien establecido esto, debem os com­
p ro b a r q u e es im posible h a b la r de u n a p ro g resió n lineal
en el p e n sa m ie n to e co n ó m ico del h o m b re o de u n a evolu­
ció n de las in stitu c io n e s q u e n a c ie ro n de él.
T odos los p ro c e d im ie n to s de c am b io son ta n ingeniosos
los un o s co m o los o tro s y todos n e c e sita n u n a ig u a l cantidad ¡
de in te lig e n c ia h u m a n a . Sus d ife re n c ias v ie n en de que de­
b en te n e r e n c u e n ta c iertas e s tru c tu ra s sociales y ciertas
p ro h ib icio n e s p a rtic u la re s. E l tru e q u e , ta l co m o se describe
e n los tra ta d o s de e c o n o m ía p o lític a , c o n sid erad o com o una
fo rm a e le m e n ta l de cam b io , n o existe e n n in g u n a p a rte en
el m u n d o . E l c am b io , en las civ ilizaciones tradicionales, es
en realid ad u n d o n h ech o c o n la esp e ra n za de re c ib ir una
co m p en sa ció n generosa en u n té rm in o m ás o m enos largo: ?
p o r lo ta n to em p lea esta n o c ió n de c ré d ito q u e, p ara los
econom istas, es c a ra c te rís tic a de sistem as " m á s evoluciona- ¡
dos” . P ero esto n o es m ás asom broso q u e h a lla r el banco,
el c h eq u e y la c irc u la c ió n fid u c ia ria en M eso p o tam ia a co-
m iezos del I I m ilen io an tes de n u e s tra e ra : y nos faltan
los d o c u m e n to s p a ra re m o n ta rn o s m ás a trá s e n el tiempo,
E l o b je to , q u e tien e u n v a lo r c o n v e n c io n a l análo go, por
alg u n o s de sus aspecto s a n u e stro s billetes de b a n co , se en­
c u e n tr a en sociedades té c n ic a m e n te arcaicas, en Oceania,
co m o n o h ace m u c h o en A fric a .
E l c o m ercio k u la de los a rg o n a u ta s del P a c ífic o occi­
d e n ta l em p lea to d as estas nociones de c ré d ito y de valor
c o n v e n c io n a l, a g re g an d o in clu so u n elem en to de especulación
b u rs á til: c ierto s ad o rn o s se a g u a rd a n , se esp eran , se buscan;
c irc u la n ru m o re s sobre el lu g a r d o n d e p o d r ía n hallarse o
sobre el c irc u ito en el c u a l e stá n em peñados.
A sí, c u a n d o en u n a tu m b a p re h is tó ric a de O c c id e n te halla­
m os u n h a c h a de jad e o u n c o lg a n te de tu rq u e s a , no es
c ie n tífic o c o n c lu ir p rim e ro , y u n a v ez m ás, q u e h a habido
u n a sucesión de azares p ro v id e n c iales c o n la in tervención

340
i la vez de n a u fra g io , g u e rra y m u e rte . E l h o m b re de la
prehistoria, co m o el o c éan id a de h ace p o co , co n o ció ta m b ié n
las largas ru ta s del c o m ercio sagrado.
E n F ra n c ia y e n S uiza e n c o n tré alg u n o s c o lg an tes de á m ­
bar qu e d a ta n de fines del N e o lític o . E n la z o n a m e d ite ­
rránea, las m ás a n tig u a s p erlas de á m b a r se d e sc u b rie ro n en
'viicen as y d a ta n del siglo X V I an tes de n u e s tra era. "L o
que es c ie rto es q u e n in g u n a e x p ed ic ió n fu e e n v ia d a a las
lejanas c o m arca s del n o rte p a ra a d q u irir el á m b a r p re c io ­
so. . . p e ro , en to d o s los tiem p o s, el á m b a r n ó rd ic o llegó
i las orillas del M e d ite rrá n e o . L a r u ta d el á m b a r está ja ­
lonada de o b jeto s de m e ta l q u e m u e s tra n la im p o rta n c ia
de los in te rc a m b io s com erciales (A . L a m in g -E m p e ra ire , s.
j v. á m b a r e n A rc h . T e c h ., p á g . 6 3 ) . T a m b ié n e n este caso
hallamos u n o b je to de " c o m e rc io ” q u e n o es u n b ie n de
i consumo c o rrie n te sino q u e a lc a n z a to d o su v a lo r p o r su
lugar en el sim bolism o.
T odo lo q u e o bservam os a n u e stro alre d ed o r, nos m u e stra
una in te n sa c irc u la c ió n de bienes de u n e x tre m o al o tro
del m u n d o , com o p o r ejem p lo los c au ris q u e, pescados en
el O céan o In d ic o , sirv ie ro n d u ra n te m u c h o tie m p o de m o ­
neda ritu a l en to d a A fric a .
E n n in g ú n m o m e n to , n in g u n a de estas in stitu c io n e s p u ed e
i explicarse c la ra m e n te sin re fe re n c ia a lo In v isib le siem pre
presente e n el e s p ír itu de los h o m b re s, u n In v isib le q u e so-
¡ brepasa en b rillo el n á c a r m ás ra ro y e n v a lo r a todos
I los b razaletes, a to d o s los collares del P a c ífic o , a to d o s los
¡ sellos de c o b re de los k w a k iu tl, a to d o el á m b a r del B ál­
tico, a to d as las p ied ras verdes del m u n d o , que n o son m ás
que sus sím bolo s.
P

!
r
c APIt u l o XVI

l A C A S A D E D IO S
V

P
o de m o s p re g u n ta rn o s si las e s tru c tu ra s sociales no co n s­
titu y e n el m a rc o d e n tro del c u a l el h o m b re piensa,
produce y c o n su m e: el sistem a de re fe re n cia s q u e explica
Jas relaciones h u m a n a s, las p ro h ib icio n es y , p o r e n cim a de
ellas, las relacio nes del h o m b re c o n el m u n d o . E n conse­
cuencia sería posible h a b la r de u n d e te rm in ism o social.
"C u a n d o estudiam os u n a sociedad estam os te n ta d o s de
preguntarnos si las in stitu c io n e s no c a rec en de sen tid o sino
de darle u n o a la sociedad q u e los posee (C . L é v i-S tra u ss:
A n th ro p o lo g ie S tr u c tu r a le , p á g . 1 1 7 ).
H em os v isto , a p ro p ó sito de la c irc u la c ió n de los bienes,
que los cam inos u tiliz a d o s e ra n en p rim e r lu g a r relaciones
sociales, e s tru c tu ra s de p a re n tesc o . L a p a la b ra c am in o nos
engaña a los o ccid en tales p o rq u e vem os en él u n a r u ta f a ­
miliar co n o cid a, que p e n e tra en lo desconocid o. E l cam in o
es o tra cosa. Es, p rim e ro , u n a orilla b a ld ía en el e x tre m o
del cam p o , u n lím ite en el b o rd e del c u a l los fru to s c o l­
gantes y las espigas a b an d o n ad as p e rte n e c e n a los viajeros,
a H erm es. E n tre los a n tig u o s chinos, "los cam p o s e ra n c u a ­
drados, esta b a n separados p o r orillas b ald ías q u e se rv ía n de
caminos55 (M a rc e l G ra n e t: R e lig ió n des C h in á is , p á g . 3 ) . Si
los cam inos, en los té rm in o s de esta d e fin ic ió n , n a c e n al
azar de los cam pos, estab lecien d o sólo u n a p o sib ilid ad de
recorrido a la g racia de los dioses, n o p arece q u e los h o m ­
bres h a y a n co n ceb id o sus ag ru p a cio n e s com o n acid as del
azar.

343
1
i
Ellos m ism os, en las civilizaciones trad icio n ales, explican
de su situ a c ió n g e o g rá fic a , su o rg a n iz a c ió n e n el espacio
en té rm in o s de m ito s: p o r ejem p lo , co m o lo verem os más
a d ela n te , el an tep a sad o g ig a n te o el dios fu n d a d o r llegados
del este se h a n aco stad o en el suelo y h a n dado naci­
m ie n to a c ie rto n ú m e ro de g ru p o s especializados socialmen­
te : la cab eza e n g e n d ró la c asta de los jefes, el v ien tre a
los a g ric u lto re s y el sexo a los h e rre ro s. Los g ru p o s se re­
p a rtie ro n así en el espacio: se tr a ta , pues, de la exposición
de u n esquem a de fu n d a c ió n y n o de u n a e x p lic ac ió n tardía,
H a y e n la m a y o r p a r te de los casos, u n funcionalism o
de los g ru p o s sociales q u e sólo el m ito p u ed e e x p lic ar. Todas
las sociedades tra d ic io n a les e stá n c o n stru id a s según u n ar­
q u e tip o p e rfe c to , u n a visión de la c iu d a d ideal. Los hom­
bres, asu m en la c o n cie n c ia de sus relaciones y de la inte­
g ra c ió n de lo social en el esquem a del m u n d o .
S ería u n e rro r c o n v e r tir a las e s tru c tu ra s sociales en una
fin a lid a d en sí m ism a. N a c ie ro n de la o rg a n iz a c ió n perfecta
q u e el h o m b re lleva consig o y q u e t r a t a de e x p resar, como
p u e d e , en este m u n d o . E n n in g ú n m o m e n to el hom bre en
las civ ilizacio n es tra d ic io n a les se o p o n e a la sociedad en
ta n to q u e in d iv id u o . Las nociones de sociedad y de indi­
v id u o , se le a p are c e n ligadas p o r relacio nes de reciprocidad
así co m o el to d o n ecesita del elem en to c o m p o n e n te ; el ele­
m e n to c o m p o n e n te sólo p u e d e to m a r su significación del
c o n ju n to del c u a l fo rm a p a rte .
T odas las civilizaciones tra d ic io n a les c o n sid eran las rela­
ciones sociales co m o las consecuencias d ire c ta s del m ito de
o rg a n iz a c ió n del m u n d o , su p ro y e c c ió n en el p lan o de los
h o m b res.
Sin e m b arg o , el ser de c a rn e p a re ce pesar m u c h o sobre
las e s tru c tu ra s sociales. D u r a n te m u c h o tie m p o , nuestros
filósofos c o n sid e ra ro n a la fa m ilia y a los lazos de parentesco
co m o los elem en to s n o susceptibles de m o d ific a c ió n de un
d e re ch o n a tu ra l.

544
r La u n ió n b io ló g icam en te necesaria del h o m b re y de la
mujer ap arece co m o el p rim e ro de los lazos de p a re n tesc o ;
el m ás im p o r ta n te , la clave de to d a s las e s tru c tu ra s so­
ciales. A p a r t i r de allí el h o m b re h a p o d id o c o n c e b ir el
universo c o m o fo rm a d o p o r dos p rin c ip io s, m a sc u lin o y
femenino, n e ce sariam e n te opuestos y c o m p le m en ta rio s. E n
efecto, en to d as las sociedades tra d ic io n a les, el so ltero , p a ­
sada c ie rta ed ad , se co n sid era co m o u n a a n o m a lía g e n e ra ­
dora de debilidades sociales y económ icas. N o es sólo
el in d iv id u o sino la fa m ilia , el g ru p o e n te ro los q u e se si­
túan en c ie rto c o n ju n to , su h o riz o n te social. U n a fam ilia
tiene, en u n c la n , u n lu g a r d e te rm in a d o ; el c la n está si­
tuado c o n p re c isió n en u n a de las m ita d e s de la aldea o
de la tr ib u , seg ú n su p o la rid a d m á g ic a , su p a p e l e n el m ito
de fu n d a c ió n . C a d a g ru p o está ro d ead o , co m o su b ray ad o ,
¡ de tabúes p a rtic u la re s y el h o m b re p la n ta e n el suelo, en
sus in stitu c io n e s, en sus e s tru c tu ra s , su c o n c e p c ió n del
mundo. Los clanes sobrepasan las m ita d e s h u m a n a s p a ra
proyectarse en los p rin c ip io s o p u esto s y c o m p le m e n ta rio s
del m u n d o . E l m a trim o n io q u e u n e a las dos m ita d e s se
\ convierte en el m ed io m á g ic o de o b lig a r al m u n d o a co-
í rresponder a los p rin c ip io s del m u n d o .
! Pero es n u e s tra p e rsp e c tiv a o c c id e n ta l la q u e nos hace
considerar, en el estu d io de las sociedades tra d ic io n a les, al
i hombre co m o m ás im p o r ta n te que los p rin c ip io s q u e re p re -
( senta, la p a re ja o el c la n h u m a n o co m o m ás reales q u e
' los p rin c ip io s del m u n d o que p ro y e c ta n e n la tie rra ,
j En o tra s p a rte s n o es así; los lazos n acid o s de la c a rn e
existen so lam en te en la m e d id a en q u e e stá n sancio nados
1 por los rito s. M ás a ú n , ú n ic a m e n te los rito s tie n e n el p o d e r
) de crear las m ism as alianzas y los m ism os derechos de f i­
liación q u e los n acid o s de las e s tru c tu ra s de p aren tesco .
En la aldea cab ila, las leyendas de fu n d a c ió n re p re se n ta n
siempre al an tep a sad o co m o p oseedor de dos hijos c o n f r e ­
cuencia n acid o s de dos m a d re s d ife re n te s. M ie n tra s los hijos
! viven bajo el m ism o te c h o , sus n iñ o s n o p u e d e n casarse
I
345
1

e n tre sí: fo r m a n p a rte de u n a m ism a c o m u n id a d de co-


m id a y de h o g a r. Si v a n a v iv ir en casas separadas, el
m a trim o n io es posible e n tre los jóvenes, pues y a no hay
c o m u n id a d de fu e g o : el c írc u lo m á g ic o de la m ism a casa
n o los u n e m ás.
E n este preciso caso, es el " h o rm a ” — el c a rá c te r sagrado
de la casa— el q u e c re a el in cesto y las prohibiciones
sexuales. Es u n a in s titu c ió n n a c id a del h o m b re , o, m ás exac­
ta m e n te , de su v o lu n ta d de seguir en este m u n d o lo que
cree p e rc ib ir de u n a rq u e tip o invisib le, p re sen te en su co­
ra z ó n en lo m ás ín tim o de su p en sa m ie n to .
E n el ejem p lo q u e acabam os de d a r, las nocio nes mismas
de en d o g am ia y de ex o g am ia p a re c e n a rtificia le s. H abría
e n d o g am ia si el m a trim o n io fu e ra p e rm itid o e n tre parientes
q u e v iv e n alre d ed o r de u n m ism o h o g a r y exogam ia cuando
los m ism os in d iv id u o s v a n a v iv ir en hogares diferentes. No
es pues el p a re n te sc o el que, en este preciso caso, crea una
p ro h ib ic ió n de m a trim o n io , sino el h ech o de qu e la familia
está co n sid erad a p rim e ro com o u n a c o m u n id a d de culto
a g ru p a d a alre d ed o r de u n a lta r c o m ú n : el h o g ar. En )a
ocasión, es el h ech o de v iv ir en u n h o g a r c o m ú n el que
c rea la p ro h ib ic ió n .
M u ch o s a u to re s h a n q u e rid o h a c e r del in cesto y del horror
n a tu r a l q u e in sp ira , la fu e n te necesaria del in te rc am b io de
las h e rm a n as, y p o r lo ta n to del m a trim o n io , la base de
to d o u n m ecan ism o c o m p e n sa to rio de in c id e n tes económicos.
Q u iz á en las civilizaciones tra d ic io n a les acom pañen al
m a trim o n io cam bios ritu ale s q u e c o n fre c u e n c ia h a n llevado
a los o ccid en tales a h a b la r de " v e n ta de m u je re s” .
E stos cam bios se sitú a n en u n c o n te x to com pletam ente
d istin to . Se tr a ta , en e fe c to , de c re a r los lazos de u n a alianza
o de re n o v a r las alianzas pasadas p a ra p e rm itir el m atri­
m on io .
E n tre los cabilos o, de u n a m a n e ra g en eral, en el Magh-
re b , el d in e ro c o m p le ta o re e m p la z a el d o n en cereales
cru d o s. P ero, h a y q u e re c o rd a r que el h o m b re espera a su

346
mujer en u n a casa v a c ía ; ella la a m u eb la a su llegada,
llevando consig o m a n ta s, co fres, colchones y sus pesadas
joyas de p la ta .
Esto nos lleva a e x c lu ir el aspecto e co n ó m ico del m a t r i ­
monio m u y a m e n u d o su b ra y ad o y m a l fu n d a d o en h e-
! chos de seg u n d a m an o .
, Para la m u je r, el m a trim o n io es la salida de los d ife re n te s
círculos m ág ico s q u e la ro d ean . P rim e ro la casa, c írc u lo de
culto y de p ro h ib icio n e s c u y o u m b ra l es a la vez el sím b o lo
y el re su m en ; luego la c iu d a d y la p ro te c c ió n del a n te ­
pasado fu n d a d o r. E sta deserció n , este a b a n d o n o de las o b li­
gaciones c u ltu ra le s d eb en hacerse sin o fe n d e r a los genios
guardianes. L a so lu ció n m ás e m p lead a en la z o n a m e d ite ­
rránea es la violencia.
El ra p to sim u lad o de la m u je r n o es, co m o se h a escrito
; con fre c u e n c ia , u n a e n te rn e c e d o ra c o stu m b re q u e p e rp e tú a
i el recuerdo del abuelo q u e te n ía h á b ito s de soldadote, o
I algo peor em p lead o p o r pillos p a ra f u n d a r u n h o g a r en d e-
! trimento de la tr i b u v ecin a. P a ra la jo v e n n o v ia es u n m o d o
¡ de dejar a los genios g u a rd ia n es de su fa m ilia y de la
| ciudad sin o fen d erlo s, de a b a n d o n a r sus p ro h ib icio n es sin
impiedad. L a r a p ta n , se d e b ate , llo ra, luego e n tra en u n a
i nueva c o m u n id a d , m u ltip lic a n d o en el u m b ra l los a d em a-
j nes de b u e n a u g u rio , p u e sto q u e es e x tra n je ra y solicita
! su adopció n: d is trib u c ió n de alm e n d ras —-que se tr a n s f o r -
! marón en n u e stra s alm e n d ras c o n fita d a s— o de m onedas,
j La tra d ic ió n o c c id e n ta l que consiste en c r u z a r el u m b ra l
\ no tiene o tro o rig e n . A pesar de las cerem onias civ il y r e ­
ligiosa, la m u c h a c h a es a ú n u n a e x tra n je r a ; n o tie n e el d e ­
recho de p o n e r pie en el u m b ra l de la casa d o n d e v a a
vivir, ta m p o c o p u e d e re iv in d ic a r su p ro te c c ió n co m o u n
huésped, pues su sangre va a sei d e rra m a d a . L u eg o de
los ritos de ad o p ció n , lu ego de la c o n su m a c ió n del m a t r i ­
monio, se la co n sid era in te g ra d a e n su n u e v a fa m ilia y
puede desde ese m o m e n to fra n q u e a r lib re m e n te el c írc u lo
protector.
1
E n A fric a del N o r te , el p rim e r a c to de la noche de
bodas consiste en c o m p a r tir u n m ism o p la to de com ida con
un a sola c u c h a ra , luego el m a rid o a lc a n z a a su m u jer, que
tiene el ro stro d e sc u b ie rto , u n vaso de leche del cual be­
berá a su vez.
E n O c c id e n te , la to r t a de bodas re e m p la z a esta co­
m u n ió n p o r la co m id a : los esposos c o rta n el p rim e r trozo
sosteniendo en sus m an o s u n id a s el m ism o cu ch illo .
Sellada la a d o p ció n , la jo v en n o v ia cabila irá en peregri­
naje al sa n tu a rio del an tep a sad o fu n d a d o r de su nueva al­
dea, siete días después del m a trim o n io ; a p re n d e rá también
de boca de su su eg ra las tra d ic io n e s de su n u e v a familia
y las p ro h ib icio n es q u e son a h o ra las suyas.
E n la z o n a m e d ite rrá n e a , las fam ilias aliadas p o r el ma­
trim o n io de sus hijos v e rá n estrech arse este lazo mediante
toda u n a serie de m a trim o n io s, en c ad a g en eració n , puesto
que h a y m a trim o n io p re fe re n c ia l c o n la p rim a u terin a, la
hija del tío m a te rn o .
El re c u erd o de las alianzas pasadas n o se esfu m a nunca.
El viajero se d etien e en casa de su tío m a te rn o , el huésped
p o r excelencia, p a ra p asar en ella la n o c h e: la obligación
de h o sp italid ad está siem pre p re se n te en el e s p íritu de los
hom bres, a pesar de los años.
Las dos m itad es de la descen d en cia m ític a del antepasa­
do, c o n v ertid as en las dos m ita d e s de la aldea o de la
trib u , re p re se n ta n los dos p rin c ip io s del m u n d o : su oposi­
ción es necesaria en c ierto s m o m e n to s, co m o su unión. El
tío m a te rn o cae bajo la saeta del so b rin o , dice u n prover­
bio m algache (c ita d o p o r M . L e e n h a rd t: D o K a m o > página
2 1 3 ).
A n tes de las labores, rito s de c a z a p a rtic u la re s se des­
arrollaban en la In d ia y en A fric a del N o rte . E fectivam ente,
cazar los anim ales salvajes es d e sa c raliza r la tie rra , es obli­
gar a los m u e rto s que re p re se n ta n el c lan de la fecundi­
dad, el de la m a d re , a o c u lta rse en ella. Es significativo
que, e n tre los beni h a w a, c erca de T en és en A rgelia, los

348
r hombres q u e fo r m a n los clanes de c az a n o d eb en estar e m ­
parentados e n tre sí p o r las m u jeres. L a caza q u e p r a c tic a n
es una caz a arcaica, c o n palo a rro ja d iz o . Se caza p a ra
tomar posesión de la tie rra , com o se realiza u n sim u lacro
de g u erra p a ra to m a r posesión de la m u je r.
El ad em á n del h o m b re q u e golpea c o n su ja b alin a la si­
lueta de u n a n im a l tra z a d a sobre u n a p a re d rocosa es t a m ­
bién u n a d e m á n q u e sim boliza la h e rid a , la v io lació n , la
posibilidad de p ro v o c a r d e rra m a m ie n to de sangre, p o r lo
¡ tanto, la p o sib ilid ad del m a trim o n io .
El n e ó fito a u stra lia n o q u e golpea c o n su c h u z o el sím bolo
de su c la n de alian za sobre la ro c a de la c a v e rn a in i-
ciática re to m a , en el m a rc o de su c iv iliz ac ió n , el a d e m á n
! de Eros q u e a p u n ta su arco de c a z a d o r p a ra h e rir el c o ­
razón de los m o rtales.
) H asta co m ien zo s de siglo, to d o s los años, después de las
cosechas, las aldeas de las m o n ta ñ a s del n o rte de A fric a
entraban en g u e rra . E sta g u e rra era u n ju eg o a g o n ístico ,
una fo rm a de la oposición ritu a l, q u e c o m e n z a b a p o r u n
robo de g an ad o y c o n c lu ía c o n la m u e rte de u n o de los
combatientes. La p a z se n eg o ciab a, las v íc tim a s e ra n c o m ­
pensadas p o r h o m b re s del c la n en em ig o , q u e ib a n a v iv ir
1 en su lu g a r en sus hogares: el m u n d o re c u p e ra b a el o rd e n .
Se c o n c re ta b a n e n to n ce s los m a trim o n io s, luego se r e p a r ­
tían los cam p o s e n tre los jefes de fa m ilia y las labores
, acababan el o rd e n a m ie n to de los h o m b re s, im a g e n de la
i unión n u e v a de los p rin c ip io s cósm icos ta n n ecesaria a la
i fecundidad del m u n d o com o a su oposición.
En el m a rc o preciso de esas sociedades m e d ite rrá n e a s, la
consanguinidad ju eg a u n p a p e l secu n d ario . E l p a re n tesc o
no se d e fin e en té rm in o s de lazos biológicos sino, com o
lo hemos v isto , en té rm in o s de p e rte n e n c ia a u n " sa g ra d o ”
común.
El p a rie n te es, a n te to d o , el q u e c o m p a rte la m ism a c o ­
mida. E l m ie m b ro de la c iu d a d es el q u e p a rtic ip a del sa­

349
i

¡
1
c rific io del to ro de o to ñ o , de las a p a tu ria s griegas a e! j
u z ? a cabilo.
D os h o m b re s p u e d e n d e cid ir aliarse m e d ia n te u n sacrifi­
cio y v iv ir desde ese m o m e n to com o h erm an o s. E l sacrificio
crea el p a re n te sc o y la c o m u n id a d de fu e g o crea el in­
cesto , im p id ie n d o el m a trim o n io de los hijos de esos herma- j
nos ficticio s.
A l m ism o h ijo n o se lo co n sid era m ie m b ro de la comu- )
n id a d fa m ilia r sino c u a n d o se h a re alizad o c ie rto número
de rito s destinados a p re se n ta rlo a los genios guardianes,
L a " q ib la ” — la p a r te r a — q u e p e rte n e c e a la fam ilia del
an tep a sad o f u n d a d o r de la aldea o del b a rrio , lo mantiene
algunos in sta n te s a n te el h o g a r p ro n u n c ia n d o u n a fórmula
de b e n d ició n . A lg u n a s veces, esos rito s e stá n seguidos en
el año del n a c im ie n to p o r la e n v o ltu ra del re c ié n nacido en
la piel del c a rn e ro sac rifica d o al a id 9 en o tro tie m p o quizá \
el c o rd e ro pascu al.
La a d o p c ió n tien e, en todas las sociedades m editerráneas,
el m ism o v a lo r q u e el n a c im ie n to . L a m a d re de familia
p u e d e sim u la r u n a la c ta c ió n , es el caso de la ta d d a entre
los bereberes de M arru e c o s en o tro tie m p o , o, en u n pasado
m ás lejano, del lazo q u e, e n tre los griegos, c re ab a los "homo-
b a la c to i” , personas de la m ism a leche. Se p u e d e añadir el i
p a r to sim u lad o de v a lo r a d o p tiv o d e sc rito en la Biblia. ,
" R a q u e l. . . dice: he a q u í a m i sierva B ilha; ve hacia ¡
ella; q u e dé a lu z en m is rodillas, y q u e p o r ella yo tenga j
ta m b ié n hijos. Y ella le dio p o r m u je r a B ilha su sierva; j
y J a c o b fu e h a cia ella. B ilha q u ed ó e n c in ta , y dio a luz
u n h ijo de Ja c o b . R a q u e l dijo: D io s m e h a hech o justicia,
h a o íd o m i v o z y m e h a d ad o u n h ijo ” (G énesis, X X X , 3-6).
Los lazos de p a re n te sc o m ás im p o rta n te s son, pues, los
creados p o r los rito s, co m o el m a trim o n io , q u e es u n rito
de a d o p c ió n q u e señala la e n tra d a de la jo v e n n o v ia en una
n u e v a fam ilia. Los lazos n acid o s de la c a rn e deben ser en
to d o s los casos sancionados p o r los rito s p a ra ser valederos,
so cialm en te eficaces. E l n a c im ie n to n o e n tra ñ a la filiación

350
mientras los rito s n o se h a y a n c u m p lid o : p re se n ta c ió n al
hogar o in sc rip c ió n en el re g istro del estado civil. M ás
a ú n , los rito s p u e d e n in te rv e n ir en to d o m o m e n to sin que
haya que te n e r en c u e n ta el h e ch o bio ló gico del n a c im ie n to
o de la c o n sa n g u in id a d : sólo los rito s p u e d e n c re a r lazos
más fu e rte s qu e la c a rn e y alianzas m ás sólidas q u e la
fraternidad de sangre.

El elem en to esencial re p re se n ta tiv o de los m ás altos v a ­


lores m orales de u n a sociedad n o es n e ce sariam e n te la f a ­
milia c o n y u g a l, la u n ió n sexual del h o m b re y la m u je r.
¡ Entre los d a k o ta , h e rm a n o s y h e rm a n a s e stá n u n id o s p o r
¡ un lazo sag rad o m ás fu e rte q u e el q u e u n e a los esposos.
Este té rm in o de h e rm a n o s y h e rm a n a s en g lo b a en este caso
preciso los p rim o s c ru z a d o s p o r u n a m u je r y las p rim a s
cruzadas p o r u n h o m b re . D e b e n co n sag rarse u n o s a o tro s
: aun c u a n d o se les p ro h íb a sentarse al lado o h a b la r e n tre
sí.
La h e rm a n a está org u llo sa de la v a le n tía de su h e rm a n o
en la g u e rra y , c o m o hem os v isto, c o m p a rte sus to rtu ra s
en tiem p o de la D a n z a del Sol. C u a n d o su h e rm a n o se
casa, ella c o n fe c c io n a p a ra su c u ñ a d a tra je s, bolsas y al-
■mohadones m a ra v illo sa m e n te b o rd a d o s y siem p re debe d arle
j lo m ejor de lo q u e posee. Si su h e rm a n o m u e re , c o n ti-
i núa h a cie n d o regalo s a su ex c u ñ a d a si ésta v u elv e a c a ­
sarse. E n este caso, d e b erá p ro d ig a r al seg u n d o m a rid o , u n
extraño p a ra ella, los m ism os c u id ad o s q u e a su h e rm a n o .
Nos h allam o s e n p resen cia de u n a p a re ja fo rm a d a p o r
una m u je r y el m a rid o de su ex c u ñ a d a : u n a u n ió n q u e
no reposa e n n in g ú n lazo de c o n sa n g u in id a d , en n in g u n a
atracción sex u al ( c o n f r . J e a n e tte M irsk y : T h e D a k o ta
en M a rg a re t M ead , o p . c it., p á g . 3 9 8 ).
E ntre los z u ñ i de N u e v o M éjico , la fa m ilia c o n y u g a l
cuenta p o co . A l h o m b re se lo t r a t a co m o e x tra n je ro , p o r ­
que en c u a lq u ie r m o m e n to p u e d e irse lib re m e n te e in sta -
1
larse co m o p ro g e n ito r en o tro h o g a r. Sólo el c la n tiene im­
p o rta n c ia , p o rq u e co rre sp o n d e a u n a divisió n del mundo
m ític o . Es el m a rc o gracias al c u a l el h o m b re ju stifica su
lu g a r e n el m u n d o , y p u e d e a d q u irir d ignidades iniciáticas,
las ú n ic as q u e c u e n ta n .
A sí, los lazos sociales, c u a n d o p odem os estu diarlos de
m a n e ra o b je tiv a , nos m u e s tra n q u e la fa m ilia reposa pri­
m e ro e n u n a c o n c e p c ió n del sitio del h o m b re en el mundo
y n o e n relaciones sexuales co n sid erad as com o necesaria­
m e n te p rim o rd ia les. L a h o rd a p rim itiv a , c o n u n v a ró n úni­
co m u e rto al f in p o r los hijos celosos, sólo re to z a en el
c o n su lto rio de los psicoanalistas y e n alg u n as aulas.
M u ch o s a u to re s del siglo X IX , c itad o s c o n frecuencia,
h a n tr a ta d o de h a lla r las etap a s de la in s titu c ió n del ma­
trim o n io : p ro m isc u id a d , m a trim o n io c o n sa n g u ín e o , m atri­
m o n io p o r g ru p o s o co lec tiv o , luego m a trim o n io individual
a la m o d a o c c id e n ta l, el ú n ic o q u e se considera per­
fe c to . E stas te o ría s d a ta n de u n a ép o ca en q u e las hipótesis
e ra n m ás n u m ero sas q u e los hechos. E n n in g u n a p a rte en­
c o n tra m o s huellas de u n a p ro m isc u id a d p rim o rd ia l es decir,
de u n estado e n el c u a l to d as las m u jeres p e rten ecen a
to d o s los h o m b res. Los ú n ic o s casos observables se registran
e n alg u n as estacio nes b aln earias de O c c id e n te en este final
del siglo X X .
E n n in g u n a p a rte h a y huellas de m a trim o n io s consan­
g u ín e o s g en eralizad o s, salvo en c ie rto m o m e n to de la civi­
liz a c ió n eg ip cia, es d e c ir ta rd ía m e n te en u n a civilización
e n p le n o desarro llo m a te ria l y e sp iritu a l y n o e n u n a fase
" p r im itiv a ” del p e n sa m ie n to h u m a n o .
E n to d as las civilizaciones, de u n e x tre m o al o tro del
tie m p o y del espacio, el m a trim o n io se h a co n sid erad o como
la p re p a ra c ió n de u n te rre n o fa v o ra b le p a ra el descenso
de u n alm a e n la c a rn e .
E l m ito a u stra lia n o nos su m in istra u n ejem p lo p articu ­
la rm e n te preciso.

352
Según las tra d ic io n e s au stralian as, el cielo y la tie rra h a n
sido poblados desde la e te rn id a d p o r seres so b re n a tu ra le s
eternos e increados. La tie rra era in fo rm e y lisa h a sta el
^om ento en q u e los an tep asad o s a p are c ie ro n en diversos
puntos sagrados: río s, fu e n te s, p u n to s de agua.
Cada u n o de estos seres n acid o s de la tie rra se h alló ligado
a una p la n ta o a u n an im al, su re p re se n ta c ió n sim bólica,
por ejem plo , u n an tep a sad o ág u ila te n ía u n a fo rm a h u m a n a
pero p o d ía tra n s fo rm a rs e en ág u ila c u a n d o q u e ría . D io n a ­
cimiento a las águilas de su re g ió n o rig in a l así co m o a los
seres h u m a n o s q u e allí n a c ie ro n .
H ay pues en el m ito u n v ín c u lo e n tre el espacio y la
filiación q u e a firm ó sobre u n a base m ític a la filiac ió n p a -
trilocal: p o rq u e n a c e n e n ese lu g a r, los h o m b re s p e rte n e -
j cen al ág u ila y p a rtic ip a n de su esencia.
Estos an tep asad o s h a n e rra d o p o r la su p e rfic ie de la tie ­
rra desnuda y lisa, c re a n d o to d o s los a ccid en tes del relieve
terrestre: colinas, cadenas de m o n ta ñ a s, río s, lla n u ra s, d u ­
nas. A l fin a l de sus tra b a jo s, v o lv ie ro n a su lu g a r de n a c i­
miento y se tra n s fo rm a ro n en ro cas sagradas, árboles, p ie ­
dras, p la n ch a s de m a d e ra o c u a rz o " tju r in g a ” , q u e c o n se r­
va el p o d e r de p o b la r la tie rra c o n las p la n ta s y los a n i­
males de su c lan , de p ro v o c a r la llu v ia y de c a stig a r co n
la e n fe rm e d ad y la m u e rte a los cu lp ab les de n eg lig en cia
en el r itu a l o de sacrilegios.
, Los an tep asad o s o b ra n así p o r in te rm e d io de sus av atares
| humanos, pues to d o in d iv id u o es de la m ism a su stan cia q u e
] el antepasado de su c la n de n a c im ie n to .
Vemos, p o r lo ta n to , la im p o rta n c ia del m a trim o n io en
las sociedades au stralian a s: se t r a t a de fa v o re c e r el descenso
de un p rin c ip io invisib le sobre la tie rra y , en la o p o rtu n id a d ,
de a c tu a liz a r u n a n tep asad o c u y a p resen cia en la tie rra d e ­
pende de cierto s anim ales o de c iertas p la n ta s. E sta re e n ­
carnación debe p o d e r e fe c tu a rse en u n a su sta n c ia p ro p ic ia .
Estamos pues en p resen cia de u n ra z o n a m ie n to lógico qu e
se ap o y a en el m ito de fu n d a c ió n y saca de él todas las
1
consecuencias posibles.
U n m ism o ra z o n a m ie n to im p id e a los au stralian o s comer
la p la n ta o el a n im a l de su c la n pues tie n e n en co m ú n la
m ism a su stan cia m ístic a . E ste c o n su m o sólo se realiza en
ú ltim a in sta n c ia , así com o los esquim ales p r a c tic a n la an­
tro p o fa g ia , es d e c ir p a ra n o m o rir de h a m b re .
L ó g ica m e n te ta m b ié n , to d o in d iv id u o tien e el poder de
in v o c a r al a n tep a sad o de su c la n p a ra p ed irle la m u ltip li­
cac ió n de la especie a n im a l o v e g eta l c o n la c u a l se en­
c u e n tr a en c o m u n ió n . E ste p o d e r lo posee en ta n to que
re e n c a rn a c ió n de u n ser s o b re n a tu ra l que c u m p le u n rito
in s titu id o p o r ese m ism o a n tep asad o so b re n a tu ra l y no en
c u a n to ser h u m a n o q u e p ra c tic a u n a m ag ia hom eopática,
co m o dice D u rk h e im .
E l lu g a r de la cele b ra c ió n tie n e u n a im p o rta n c ia muy
p a rtic u la r, pues el rito , p a ra ser e fic a z , debe realizarse en
el lu g a r sagrado d o n d e h a sido in s titu id o p o r el antepasado.
Las cerem onias de m u ltip lic a c ió n del c a n g u ro de K rantji,
p o r ejem p lo , d eb en celebrarse en el lu g a r sagrado de K rantji,
de d o n d e h a n salido p o r p rim e ra v e z los antepasados de
los c an g u ro s y de los h o m b re s de esta reg ió n . Se cree que
h a n in s titu id o ellos m ism os el r itu a l de la m ultiplicación
y que h a n c o m p u esto todos sus can to s. E ste ritu a l y el
c o n ju n to de los c an to s sagrados, los co n o ce n los hombres
del c la n del c a n g u ro de K ra n tji: ese c la n está compuesto
p o r h o m b re s considerados co m o las re e n ca rn a cio n es de los
an tep asad o s del c a n g u ro o co m o los descendientes de esas
re e n carn acio n es. T en em o s, pues, u n a p rim e ra d efin ic ió n del
c la n q u e h a escapado a la m a y o r p a r te de los sociólogos.
La fu n c ió n esencial del c la n es su p o d e r sac ra m e n tal ne­
cesario p a ra el e q u ilib rio del m u n d o : debe m a n te n erse , con­
tin u a r en el tie m p o , a fin de q u e p u e d a n n a c e r otros
h o m b re s q u e te n g a n el p o d e r de p e d ir a sus antepasados
la m u ltip lic a c ió n de lo q u e h a n cread o . Las cerem onias cons­
titu y e n lo esencial de la esp ecializació n de los diferentes

334
clanes del g ru p o a ra n d a , ellas señalan su lu g a r preciso en
un m a rc o de c o n ju n to c u y a fu e rz a de cohesión es m ás c ie rta
que el c rite rio lin g ü ístic o .
Esto nos a y u d a a c o m p re n d e r la esencia de la perso n a
hum ana h a b ita d a p o r dos p rin c ip io s invisibles, u n o llegado
del p a d re y el o tro de la m a d re .
U n n iñ o a ra n d a está siem pre situ a d o en u n a clase exo-
gámica q u e c o rre sp o n d e a lo de su p a d re , a u n c u a n d o el
antepasado del c u al es la re e n c a rn a c ió n p e rte n e z c a a o tra
clase.
U n n u e v o e lem en to in te rv ie n e : el h ech o de q u e u n in d i­
viduo p e rte n e c ie n te a u n c lan dado es ta m b ié n la re e n c a r­
nación del a n tep asad o de o tro clan . A l lado de la c lasifi­
cación de las e s tru c tu ra s de filiac ió n ap arece u n a clasifi­
cación m ís tic a de los in d iv id u o s: am bos visto s e n u n m is­
mo p la n o p o r los au stralian o s.
E sta c o n c e p c ió n de la p erso n a h u m a n a c o n d icio n a e stre ­
cham ente las reglas del m a trim o n io . L a p erso n a h u m a n a
es doble. E n tre los a ra n d a , u n o de los p rin c ip io s p a ra u n
hombre se llam a afola n ja ltja — es a la v ez el p rin c ip io
espiritual y u n a especie de án g el g u a rd iá n — el o tro p r i n ­
cipio invisib le p e ro m o rta l lleva el n o m b re de g u r u n a . G u -
runa sueña, p u e d e ser d e stru id o p o r el ra y o ; lu ego de la
m uerte, ro n d a a lre d ed o r de la tu m b a , lu ego desaparece,
mientras q u e a tu a n ja ltja re to rn a al o b je to ¿ ju ru n g a del
cual salió, su a lta r.
La p ro y e c c ió n de lo sagrado en lo h u m a n o , el h ech o de
que u n in d iv id u o es siem pre la re e n c a rn a c ió n de u n a n te p a -
| sado nos im p id e n re d u c ir las e s tr u c tu r a s de p a re n te sc o aus­
tralianas a u n sistem a de ecuacio nes. N o p odem os tra d u c irla s
más en té rm in o s de e s tru c tu ra s o ccid en tales, em p le an d o los
nombres fam iliares de D u p o n t o de D u r a n d e n lu g a r de
Bamaka, K a rim e ra , B u ru n i, C a e n y B o rd e a u x e n lu g a r de
las divisiones m ític a s del d esierto a u stra lia n o . Los D u p o n t
de C aen n o tie n e n n in g u n a re la c ió n m ís tic a c o n , los alb a-
tros p o r ejem plo, y S a in t L o, p r o te c to r de la c iu d ad . N i n ­
1
g ú n an tep a sad o m ístic o salió de la e x p lan a d a de los Quin-
conces en B o rd e au x : en to d o caso las tra d ic io n e s bordelesas
e n m u d e c e n al resp ecto .
La tra n sm isió n del n o m b re de fa m ilia en lín e a materna
e n tre los a ra n d a y la re sidencia en lín e a p a te rn a provienen
de que, en el in d iv id u o , el g u r u n a , su alm a vegetativa,
p ro v ie n e de la m a d re , m ie n tra s q u e el a tu a n ja ltja , el sur-
Wo¿, tie n e o rig e n en el c lan del p a d re . A la m u e rte , vuelve
al tju r u n g a , m a rc a y re sidencia del an tep asad o , c e n tro mís­
tic o del c la n p a te rn o .
E n el p e n sa m ie n to d u alista, sea a u stralian o , oceaniano o
m e d ite rrá n e o , u n p o stu la d o se im p o n e al observador: el
h o m b re sólo se casa en el c la n c u y a sangre p uede hacer
d e rra m a r. T a m b ié n , en estas diversas civ ilizaciones dualistas,
e n c o n tra m o s el p rin c ip io de los clanes opuesto s y comple­
m e n ta rio s.
La o rg a n iz a c ió n d u alista, ta l com o la he estudiado entre
los cabilos n o p re se n ta a b so lu ta p ro h ib ic ió n sobre los pri­
m os paralelos en b en eficio de los p rim o s cru z ad o s. E l error
de los sociólogos h a sido c o n sid e ra r la p ro h ib ic ió n como
u n h e ch o n a c id o de la c o n sa n g u in id a d , del p aren tesco real,
m ie n tra s q u e p ro v ie n e de la c o m u n id a d de tech o y de
h o g a r. P a ra n o so tro s, a p a re n te m e n te , n o h a y diferencia
esencial e n tre la h ija del h e rm a n o del p a d re y la hija del
h e rm a n o de la m a d re ; al c o n tra rio , en las civilizaciones
m e d ite rrá n e a s, la d ife re n c ia es im p o rta n te . E n efecto , los
hijos del h e rm a n o del p a d re p u e d e n ir a v iv ir perm anen­
te m e n te bajo el te c h o de su tío y c o m p a r tir su fuego.
D u r a n te to d a su residencia, n o p u e d e n casarse con sus
p rim o s: p e ro esta im p o sib ilid ad sólo es te m p o ra ria .
Los hijos del h e rm a n o de la m a d re p u e d e n ir a la casa
de su tía , p e ro sólo co m o huéspedes, es d e c ir aliados tem­
porales y enem igos en p o te n c ia . P u e d e n p e rm a n e c e r allí
tre s d ía s; d u ra n te ese tie m p o , h a y ig u a lm e n te imposibilidad
te m p o ra ria de c asam ien to , m ie n tra s q u e n o rm a lm e n te retie­
n e n las llaves del c asam ien to p re fe re n c ia l.

356
Si no se tien e en la m e n te este esquem a sim ple y si no
se considera, co n los cam pesin os cabilos, que ú n ic a m e n te
la com unidad de leche, la c o m u n id a d de alim en to s, la co ­
munidad de fu e g o y de te c h o im p id e n el m a trim o n io , se
corre el riesgo de c o n c lu ir q u e " e l c a r á c te r irra c io n a l de
!a división de los p rim o s en dos g ru p o s debe ser co n sid erad a
entonces co m o u n a re b a b a del sistem a” (L év i-S tra u ss: S t r u c -
tures é lé m e n ta ire s de la p á r e n te , p ág . 1 2 8 ).
El m a trim o n io e n tre p rim o s c ru z a d o s es, según to d a p ro -
j habilidad, u n a in s titu c ió n n a c id a de u n a e n señ an za ú n ic a
i fundada en la n a tu ra le z a m á g ic a del fu eg o . E ste sistem a
de alianza se apoya en la fa m ilia co n sid erad a com o u n a
comunidad de c u lto y en la casa co m o u n c írc u lo m ág ico .
Después q u iz á se h a y a n p o d id o e v o ca r causas d ife re n te s y
explicaciones p o p u lares, p e ro los sabios o c cid en tales h a n q u e ­
rido a p lic ar sobre to d o su p ro p ia c o n c e p c ió n de las p ro h ib i­
ciones de m a trim o n io s basados en las relacio nes de p a re n ­
tesco v e rd a d e ro y n o sobre relacio nes de p a re n te sc o m ístic o .
N o podem os e stu d ia r u n a in s titu c ió n , u n rito , sin re fe ­
rirnos al h o m b re en su c o n ju n to , ta l co m o se p re se n ta en
su in te g rid a d y n o separado en p a rte s: p en sa n d o el m u n ­
do en té rm in o s de h o m b re y pensándose a sí m ism o en
términos de u n iv erso .
¡ En el e s p ír itu de los h o m b re s m ás p o b res en té c n ic a s y
j en h e rra m ie n tas, n o se tr a t a de clanes q u e se u n e n sino de
dos p rin c ip io s del m u n d o opuestos y c o m p le m e n ta rio s que
, se ap ro x im a n , a tra íd o s u n o h a cia el o tro p o r el m a trim o -
i nio de los h o m b re s en u n m ism o a b ra z o fe c u n d o .
' El lazo cread o p o r el m a trim o n io es a la v e z p e rm a -
( nente y te m p o ra l. Es p e rm a n e n te p o rq u e fu n d a u n h o g a r
en la c iu d a d ; te m p o ra l p o rq u e e v o lu cio n a en el ciclo del
año, al ritm o del m u n d o .
Las fam ilias se a p ro x im a n antes de las labores y f e c u n ­
dan el m u n d o m e d ia n te los casam ien to s; se alejan luego de
las cosechas y tien e lu g a r el agón ritu a l, la g u e rra . U n a
guerra a m b ig u a d u ra n te la c u a l se m a n ifie s ta n in telig en cias,
re c u e rd o de alianzas pasadas. L uego los m a trim o n io s reanu­
d a n las alianzas y tra e n la p a z ; u n a p a z am b ig u a también,
q u e lleva en sí el g e rm e n de la g u e rra p ró x im a . Se anudan
casam ien to s en los q u e la m e n o r cosa p u ed e re a v iv ar una
h o stilid a d la te n te e n tre p a rie n te s ap ro x im ad o s p o r u n con­
tr a to de h o sp ita lid a d , co ro lario de las relacio nes tradicio­
nales de h o stilid ad .
E l m a trim o n io n o es, pues, el a rq u e tip o del ú n ic o cambio
co m ercial. Es q u iz á , com o el cam b io , el c o n ta c to de dos
g ru p o s, reflejos de dos p rin c ip io s del m u n d o . Si la casa es
u n c írc u lo m á g ic o , u n a rc a de a lia n za a firm a d a por la
sangre de los sacrificios de fu n d a c ió n y cad a año p o r la in­
m o la c ió n del c o rd e ro p ascu al, el in cesto , e x p an d ie n d o la san­
g re del c la n a p a rta lo In v isib le, a n u la los sacrificios de
fu n d a c ió n y a tra e la m a ld ic ió n sobre el c la n h u m a n o , sobre
la cad en a de fam ilias y de clanes q u e in te rc a m b ia n ali­
m e n to s o e stá n ligados p o r el c o n tr a to de hospitalidad.
P o r lo ta n to , h a y q u e e lim in a r a la p a re ja incestuosa y,
llegado el caso, e lim in a r ta m b ié n el f r u t o de su unión. Si
el in cesto fu e ra u n sim ple callejó n sin salida económ ico y
social, es d e c ir u n a situ a ció n en la c u a l u n g ru p o hum ano
c o rre el riesgo de p riv a rse de aliados y de bienes, p o r esto
m ism o lle v a ría en sí su castigo. P ero p a ra qu e los aliados y
los p ró jim o s de la fa m ilia m a n c h a d o s p o r el in cesto teman
la v e n g a n z a de lo In v isib le se n ecesita en la base o tro senti­
m ie n to , o tra c o n c e p c ió n del m a trim o n io y n o la simple
necesidad del c am b io de h e rm a n as.
L a fa m ilia in cestu o sa n o es, pues, la ú n ic a culpable de
" a v a ric ia ” y de su p resió n v o lu n ta ria del ciclo de las pres­
taciones.
A caso sea necesario q u e la sociedad exista, y es necesario
q u e sea de u n a m a n e ra o de o tra . P e ro el h o m b re n o quiere
q u e sea de c u a lq u ie r m a n e ra . Q u ie re la sociedad en la cual
vive com o u n re fle jo de su c o n c e p c ió n del u n iv erso . Cuando
h a p e rd id o esta v o lu n ta d , a rra s tra el se n tim ie n to de una

358

i
sociedad a b su rd a , tr u n c a d a , c a ó tic a , co m o la del O c c id e n te
en el siglo X X . >
E ntonces, el g ru p o h u m a n o p ie rd e la visió n de c o n ju n to
¡je la sociedad, asi co m o p ie rd e el sen tid o de la re c ip ro ­
cidad y del c o n tra to de a lian za: el h o m b re c o rta su
propiedad seg ú n su deseó, tr a ta n d o de m o rd e r lo m ás posible
la de su v ecin o .
La solución p ro p u e sta p o r las civilizaciones tra d ic io n a les
se basa e n te ra m e n te en la a c e p ta c ió n de u n p o stu la d o : el
hombre p a rtic ip a c o n to d a s sus fu e rz a s en el u n iv e rso , t r a ­
tando de re in te g ra rse e n él, lo c u a l es la te n ta tiv a e n escala
humana de re sc a ta r lo q u e fu e la causa de la C a íd a .
H ay, p u es, u n a d ia lé c tic a h o m b re -u n iv e rso , así co m o
hay u n a d ia lé c tic a e n tre los dos p rin c ip io s del u n iv e rso ,
la p rim era es el a rq u e tip o de las relacio nes ex isten tes e n tre
) los clanes h u m a n o s.
¡ Los h o m b re s de to d a s las civ ilizacio n es h a n v isto e n el
matrimonio el sím b o lo de la u n ió n de las dos m ita d e s del
mundo.
Sin e m b a rg o , ten em o s te n d e n c ia , e n e tn o lo g ía c o m p a ­
rada, a c o n v e r tir el m a trim o n io en la base de to d a v id a
económica. Es c ie rto q u e u n o de los aspectos m ás s o rp re n ­
dentes del h o m b re y de la m u je r es la división del tra b a jo .
j L o r s q u 'A d a m la b o u r a it
i E t q u 'E v e f i l a i t . . .
' (C u a n d o A d á n a rab a
j y E v a h ila b a . . . )
dice la v ieja c a n c ió n de la R e v o lu c ió n F ran cesa.
Esta d iv isió n de las ta re as nos p a re ce t a n e v id e n te q u e
muchos a u to re s la h a n señalado co m o la causa p r o f u n d a
del m a trim o n io , sim ple asociación e c o n ó m ica de p ro d u c c ió n
para ellos.
Sin e m b arg o , esta d iv isió n del tra b a jo n o n a ció de c u a l­
quier necesidad bioló gica, sino de la v o lu n ta d d el h o m b re ,
de su deseo p r o f u n d o de m o d e la r to d as sus a c titu d e s seg ú n
u n a rq u e tip o m ític o que es, en to d as las civilizaciones, el
p rin c ip a l sistem a de referen cias.
Podem os, en e fe c to , c o n c e b ir la ex isten c ia de u n a civiliza­
c ió n en la qu e las m u jeres a ra ría n la tie r r a y los hombres
h ila ría n . Si tales civilizaciones e x isten es siem p re de acuerdo
c o n u n m o d elo m ític o , c o n c ie rta c o n c e p c ió n del universo
y del lu g a r del h o m b re en el cosm os, n u n c a en fu n c ió n de
u n a m e jo r d is trib u c ió n de las fu e rz a s p ro d u c tiv a s o de las
a p titu d e s p a rtic u la re s.
C o m o lo su g irió M a rg a re t M ead, a tr ib u ir a u n sexo o
al o tro c iertas fu n c io n e s, cierto s rasgos precisos, es a n te todo
c u e stió n de clasifica ció n social h istó ric a . T a l re p a rtic ió n no
tien e m ás v a lo r bio ló gico que, p o r e jem p lo , u n a división de
las tareas en fu n c ió n del c o lo r de los ojos o del pelo.
E n el área c u ltu r a l del ara d o y de los cereales, desde
el A tlá n tic o al M a r de C h in a , la tie rra se co n cib e como
h e m b ra , c o n sag rad a a la g en erac ió n , en ta n to q u e el cielo
es m a ch o . E n estas civilizaciones, sólo el h o m b re puede ma­
n e ja r el arad o de m a d e ra a rra stra d o p o r bueyes y fecundar
la tie rra , d esem p eñ an d o el p a p el del cielo m a ch o . Cuando
la m u je r c u ltiv a lo hace c o n la azad a, u n ja r d ín regado en
el cu al c u ltiv a las p rim icias. N o p u e d e c u ltiv a r los cereales
sagrados n acid o s de la u n ió n de los dos p rin cip io s del
m undo.
La m u je r se asocia a la tie rra g e n e ra d o ra ; el tejido y,
en c ierto s casos, la a lfa re ría , le e stá n reservados: el tejido
re p ro d u c e sim b ó lic am en te la u n ió n del cielo y de la tierra,
y c o rre sp o n d e a la la b o r re a liza d a p o r los hom bres. El dios
solar B o ch ica de la m ito lo g ía de los m uiscas, en América
C e n tra l, dio a los h o m b re s la a g ric u ltu ra , las leyes y el arte
del tejid o . Se v in c u la en esto c o n A te n e a y c o n la pareja
m ític a de A k fa d u , en C ab ilia, en la q u e el h o m b re descu­
b rió la fra g u a y la m u je r el tejid o . L a a lfa re ría es una
c re ac ió n , u n a m a d u ra c ió n , u n p a rto , q u e p one en juego el
e q u ilib rio de las relacio nes del h o m b re y del universo y,
p o r co n secu en cia está ro d ead a de p ro h ib icio n es rigurosas.

360
rI
Los bienes de c o n su m o se d iv id e n m u y a m e n u d o en
machos y h e m b ra s: división q u e es im posible e x p lic a r sinv
conocer la clave de los sím bolo s u tiliz a d o s en u n área d e te r ­
minada.
t En A fric a del N o r te , la oposición q u e y a a d v ertim o s e n tre
alimentos cocidos, o h e m b ra s, y alim en to s cru d o s, o m ach o s
proviene de que la g estació n se co n cib e com o u n a m a d u ra -
' ción, u n a c o c h u ra . A caso sea ta m b ié n la ra z ó n q u e q u iere
que la m u je r, en m u c h as civilizaciones, se e n c a rg u e de la
cocción de los alim entos. A caso ta m b ié n sea la ra z ó n p ro -
I funda q u e c o n v ie rte al h e rre ro en u n ser a p a rte en la so­
ciedad, el re c e p tá c u lo h e m b ra de la fe c u n d id a d del cielo,
encargado de c o m u n ic a rla a los in s tru m e n to s de h ie rro , q u e
él golpea al fu e g o de la fra g u a . N o h a y , si se re fle x io n a
1 en ello, n in g u n a ra z ó n e v id en te, n in g ú n im p e ra tiv o bioló-
' gico en esto.
En O c e a n ía , en T ik o p ia , se h a n señalado p ro h ib icio n es
com parables: u n a m u je r p u ed e a c o m p a ñ a r u n a e x p e d i­
ción de pesca com o re m e ra , p e ro n o p u ed e u tiliz a r u n a red.
Los h o m b res n o b a te n la c o rte z a p a ra c o n fe c c io n a r los
"tapas” , esas telas de m ú ltip le s usos. L a co n sa g ra ció n de
una p ira g u a d e te rm in a de m a n e ra e s tric ta su p o la rid a d
mágica. C ie rta s p ira g u a s e stá n co n sag rad as a en tid ad es m as-
, culinas. Las m u jeres, pues, n o p u e d e n e n tr a r en ellas en
j ningún caso, n i siq u iera acercarse m u c h o . A sim ism o, e n la
J preparación del c u c u rm a , las m u je re s sólo in te rv ie n e n en
¡ las o p eraciones p re lim in a re s: p a ra a rra n c a r y lim p ia r las
! raíces. P ero n o p a rtic ip a n de las operacio n es m ás delicadas
de f iltr a r la p u lp a ap lastad a. E n ta l caso, su p a p el v a ría
en fu n c ió n de las necesidades del ritu a l.
"C uando el jefe a rik i T a f u a d irig ió la c o n fe c c ió n del c u c u r ­
ma, e x clu y ó a las m u jeres del re c in to el p rim e r d ía , p o rq u e
se tr a ta b a de c u c u rm a q u e le estab a re serv a d o ; p u d ie ro n
penetrar en él los días sig uientes, p o rq u e se tr a ta b a del c u ­
curm a d estin ad o a la c o m u n id a d ; a u n en to n ce s sólo esta b a n
encargadas de a c a rre a r agua. E n n in g ú n caso p o d ía n p a r ti-

361

ii
1
c ip a r de la filtra c ió n de la p u lp a n i de las o tra s operaciones”
(R a y m o n d F ir th : V r i m i t i v e P o l y n e s i a n E c o n o m y , cap. VI).
N o s p a re ce d ifíc il, a tra v é s de los ejem plos citad o s, apre­
c ia r la división sexual del tra b a jo e n té rm in o s de suministro
de esfu erzo s o de d e te rm in ism o biológico. Sólo c u en ta la
p o la rid a d m ág ica.
E n las a c titu d e s de la v id a c o tid ia n a , en los trabajos de
los h o m b re s y las m u jeres de esta isla de O c e a n ía así como
e n las dem ás civilizaciones volv em os a h a lla r esta voluntad
del h o m b re de a d ap ta rse a u n m o d elo invisib le que le pa­
rece p e rfe c to : u n m odelo sin el c o n o c im ie n to del cual las
a c titu d e s de to d as las civilizaciones tra d ic io n a les parecen
in ú tile s o absurdas.
L a o b serv ac ió n c ie n tífic a de hechos recien tes nos con­
d u c e a re c h a z a r las te o ría s seg ú n las cuales la divisió n sexual
del tra b a jo se h a b ría realizad o " e s p o n tá n e a m e n te ” de acuer­
do c o n u n a " le y n a tu r a l” .
La m ism a o b serv ac ió n de los hechos ta m p o c o nos permite
m a n te n e r la o p in ió n q u e p re te n d e q u e la fa m ilia haya sido
o rig in a ria m e n te u n a célu la de p ro d u c c ió n eco n ó m ica.
Si es v a n o b u sca r las causas q u e lle v a ro n al h o m b re a
f u n d a r u n a fa m ilia y a c o n v e r tir esta c élu la e n u n a enti­
d ad p e rm a n e n te , es ig u a lm e n te v a n o b u sc a r en u n a civi­
liz a c ió n c u a lq u ie ra las huellas de u n a e v o lu ció n de las
e s tru c tu ra s sociales q u e v a n de la fa m ilia al c la n y luego
a la c iu d a d , la n a c ió n y los im perios.
E n c o n tra m o s en to d a la h u m a n id a d g ru p o s h u m a n o s per­
fe c ta m e n te o rg a n iz ad o s y g e n e ra lm e n te d o tad o s de estruc­
tu ra s co m p lejas q u e es im posible c la sific a r y r e p a r tir a lo
la rg o de u n a escala e v o lu tiv a .
T o m em o s el caso de las civ ilizacio n es m e d ite rrá n ea s: la
je ra rq u ía e x iste n te e n tre las fam ilias de u n a aldea berebere
re to m a el o rd e n de llegada de los an tepasados de esas fa­
m ilias, o su o rd e n de n a c im ie n to si son los descendientes
de u n fu n d a d o r c o m ú n . I

362

I
i
Los p rim e ro s en lleg ar o los descen d ien tes del p rim o g é ­
nito tr a z a n el p rim e r su rc o en la m a ñ a n a de las p rim era sv
labores y c u m p le n el sac rificio de o to ñ o ju n to a la casa d el
antepasado fu n d a d o r, c o n v e rtid a en tu m b a y san tu a rio . Los
jefes de las o tra s fam ilias p a r tic ip a r á n e n la c o m p ra de la
víctima y e n el re p a rto de la c a rn e del sac rificio q u e r e ­
cuerda y re n u e v a su a lia n za y la fu n d a c ió n de la ciu d ad .
Cada u n o tr a z a r á después su p rim e r su rc o y la b ra rá la
parcela q u e le h a to c ad o ( c o n fr. J e a n S ervier: L es P o rte s
i e l’A n n é e , p á g . 1 2 0 ).
Reunidos, esos jefes de fa m ilia f o r m a n u n a asam blea d e li­
berante y so b eran a, señora de los in tereses de la aldea. E l
descendiente de m a y o r ed ad del an tep a sad o n o tie n e o tr a
función q u e la de re y a g ra rio : p o lític a m e n te es el ig u al de
los otros jefes de fam ilia.
La p rim e ra fu n c ió n del re y fu e la sag rad a, q u e solo él
puede c u m p lir en ra z ó n de su descen d en cia d ire c ta del a n te ­
pasado f u n d a d o r o del sa n to p ro te c to r. L a je fa tu ra , co m o
la realeza, n o es n i u n a n ecesid ad biológica del g ru p o h u ­
mano n i el h ech o de u n in d iv id u o a stu to y q u e u s u rp a
los poderes y los derech o s q u e le e n tre g a u n a c o m u n id a d
atemorizada.
En O c e a n ía , en T ik o p ia , “ el jefe tie n e u n p a p el im p o r ta n ­
te p o rq u e es el in te rm e d ia rio de los dioses p ro te c to re s del
clan. T ien e la in ic ia tiv a y el c o n tro l de la u tiliz a c ió n de los
recursos n a tu ra le s. Las cerem o n ias q u e realiza son los p u n to s
cruciales del ciclo de las estacio nes y e co n ó m ic o ” (R . F ir th :
op. c it ., p ág . 1 9 1 ).
En O c e a n ía co m o en las m o n ta ñ a s del n o rte de A fric a ,
el “jefe” o el re y a g ra rio tie n e n fu n c io n e s económ icas p o r ­
que son los d escen d ien tes de los dioses, de los san to s p r o te c ­
tores o de los an tepasados fu n d a d o re s. D e su in te rv e n c ió n
dependen la fe c u n d id a d y la p ro sp e rid a d del g ru p o que
está a su c arg o .
El je fe n o es el h o m b re m ás ric o : es sólo el e n ca rg a d o
de velar p a ra q u e los bienes c irc u le n a lo la rg o de las e s tru c -
1

tu ra s sociales. E n T ik o p ia , p o r ejem plo, los jefes poseen


to d as las tie rra s, p o r ser los d escendientes de los dioses,
p e ro son los h o m b re s de sus clanes resp ectiv o s los que las
c u ltiv a n y c o n su m e n sus cosechas. E l jefe es el corazón de
las riq u ezas, el ó rg a n o social e n c a rg a d o de d a r el impulso
necesario a su c irc u la c ió n y n o de atesorarlos en detrim ento
de la c o m u n id a d . D e l m ism o m o d o , en A fric a del Norte,
en las aldeas bereberes qu e he estu d iad o , el descendiente
del a n tep a sad o f u n d a d o r e n c a rg a d o de tr a z a r el p rim e r sur­
co, a u n c u a n d o d u e ñ o sim bólico de todas las tierras, era
c o n fre c u e n c ia el m ás p o b re de los cam pesinos.
E l p o d e r del jefe es u n h ech o c u ltu ra l v ariab le de una
c iv iliz ac ió n a o tra , a veces in clu so c o n tin g e n te . Es, pues,
ab su rd o q u e re r h a c e r de este h ech o luego de la horda, la
e ta p a necesaria de to d a ev o lu ció n social.
E n tre los esquim ales am m assalik de G ro e n la n d ia , el jefe
ap arece sólo en el m o m e n to de la in v e rn a d a en la gran
casa d o n d e v iv e n v arias fam ilias. Su p a p e l parece limi­
tarse a re c ib ir a los e x tra n je ro s y a r e p a r tir los diferentes
c o m p a rtim ie n to s q u e d iv id e n la casa e n tre las fam ilias. Aquí
el in te rm e d ia rio e n tre los h o m b re s y lo Invisible es el An-
gak o k . E n e fe c to el jefe n o es m ás q u e u n representante
de la c o m u n id a d sin p o d e r p ro p io .
D e l m ism o m o d o , en o tra s civilizaciones, p u ed e haber
" je fe s 55 tem p o ra le s designados p a ra d irig ir u n a expedición de
pesca, de c aza o de g u e rra . U n ic a m e n te se h a tenid o en
c u e n ta en esa elección su h a b ilid a d té c n ic a p a rtic u la r, si e!
p a p el de m é d i u m e n tre los h u m a n o s y lo In v isib le lo ase­
g u ra o tro p ersonaje.
Sin e m b arg o , en la m a y o r p a rte de los casos conocidos
y seriam en te estu d iad o s d u ra n te largos p erio d o s, los "je­
fes55 tem p o ra le s son designados p o r lo In v isib le d u ra n te visio­
nes o tra n c e s e x tá tic o s que in te r p r e ta r á n los iniciados del
g ru p o , y n o en ra z ó n de sus calificacio n es m ateriales o téc­
nicas. H e m o s v isto el caso de los o jib w a o de los iro-
queses q u e b u sca b a n u n a visión y a su m ía n lu ego el papel

364
r. . . . . . . . .
definido, im p u e sto p o r esta visió n: c o n d u c c ió n de u n a e x p e ­
dición g u e rre ra o de u n a p a rtid a de caza.
Si tra n s p o rta m o s a u n m a p a la realeza sagrada, ta l com o
v

¡a concebim os, verem os q u e este h ech o c u ltu r a l está au sen te


en vastas zonas, com o la A m é ric a del N o rte . E stá p re sen te
en A fric a n e g ra , en A sia, en O c e a n ía , en A m é ric a c e n tra l.
La E u ro p a m e d ite rrá n e a y el m ed io O rie n te co n o cie ro n , o
conocen a ú n , sistem as a risto c rá tic o s y la ex isten cia de u n a
1casta sag rad a m e d ia d o ra e n tre el h o m b re y lo Invisible.
Esta re p a rtic ió n in d ic a d a m u y su m a ria m e n te m e re c e ría
un análisis m ás c o m p le to . M u e stra q u e lo im p o r ta n te en la
{unción re a l n o es el p o d e r te m p o ra l, sino el p o d e r sagrado
ejercido p o r este in te rc e so r desig nado q u e es el descen d ien te
del an tep asad o fu n d a d o r.
C uando h a y sep aració n del p o d e r y de lo sagrado, com o
' en las civ ilizaciones m e d ite rrá n e a s, el p o d e r es g e n e ra lm e n te
ejercido p o r asam bleas.
La a risto c ra c ia está esen cialm en te c o m p u e sta p o r jefes
de fam ilia, descendientes de los an tep asad o s m ític o s o de
los dioses. Es el caso de la casta de los jefes en T ik o p ia d o n d e
el descendiente del dios su p re m o b e n eficia , goza de u n p re s­
tigio m ás g ra n d e q u e los dem ás, sin que esto im p liq u e n e c e ­
sariamente u n p o d e r te m p o ra l m ás e x te n d id o ,
j La m o n a rq u ía es sag rad a c u a n d o el re y es ta m b ié n el
j intermediario e n tre el h o m b re y los dioses. E n las sociedades
• dualistas, el " r e y ” es el " te r c e r h o m b re ” e n c a rg a d o de r e u ­
nir los dos clanes fu n d a m e n ta le s luego de la fase de su
oposición c íc lic a . E n A f r ic a del N o r te , este p a p e l lo desem ­
peña la casta de los m r a b t i n .
A quí y allá, p u d o h a b e r pasaje del á rb itro sagrado al
monarca ab so lu to sin q u e la in s titu c ió n de la m o n a rq u ía ,
tal com o la con ceb im o s, h a y a sido jam ás u n a e ta p a n e c e ­
saria.
La b ú sq u ed a de la p rio rid a d de la m o n a rq u ía o de la
democracia en u n p roceso e v o lu tiv o es u n falso p ro b le m a .
El jefe h e re d ita rio p u e d e ser el in te rm e d ia rio c o n sta n te de

365
lo sagrado, la ex p resió n de su v o lu n ta d e n cada uno de
los m o m e n to s de la v id a c o tid ia n a : su p a p e l te m p o ra l puede
ser u n a a c titu d sim bólica, u n rito , d ejan d o el ejercicio del
p o d e r a la asam blea de los jefes de fa m ilia de la aldea, de
la tr i b u o del clan .
Las d ife re n te s fo rm a s de la m o n a rq u ía n o son tampoco
las etap as in e lu c tab le s de u n a e v o lu ció n lineal del pensa­
m ie n to h u m a n o : son etap as, solu ciones a p o rta d a s por el
h o m b re a su p re o c u p a c ió n m a y o r q u e es a c tu a liz a r en la
tie rra la p e rfe c c ió n in fin ita q u e lleva en sí. E sto es cierto
n o sólo p a ra la n o n a rq u ía o la je fa tu ra , sino ta m b ié n para
las dem ás in stitu c io n e s p o lític a s del h o m b re : en cada una
h a p u e sto el m ism o cu id ad o , la m ism a a p lic ac ió n para al­
c a n z a r la m ism a fin a lid a d . A sí los jíb a ro s p r a c tic a n u n cul­
tiv o de ro tu r a c ió n de la tie rra sobre u n m o n te consumido
p o r el fu e g o q u e n o n ecesita u n a m a n o de o b ra im portante.
A h o ra bien, la caz a de cabezas, b ien co n o cid a , h a acarreado
la d esap arició n de trib u s jíb a ra s e n te ra s am en azan d o , in­
cluso g ra v e m e n te , la su p e rv iv e n c ia del resto del g ru p o . En­
tr e ellos n o se tr a t a de u n sen tid o m a c a b ro de la colección
sino u n e sfu erz o del h o m b re p o r a lc a n z a r lo sagrado. En
e fe c to , la cab eza, luego de la p re p a ra c ió n y reducción, es
c o n sid erad a co m o u n a lta r p r o te c to r e n ca rg a d o de la pre­
sencia de lo Invisible. La p re p a ra c ió n de las cabezas redu­
cidas n o es u n a odiosa fa b ric a c ió n de c o n fitu ra s sino un
rito d e stin ad o a ase g u ra r el m a n te n im ie n to del alm a en el
estado in te rm e d ia rio .
E l jíb a ro , p o r lo ta n to , h a tra ta d o de a p lic a r primero
su c o n c e p c ió n de lo sag rad o ; lo social y lo económ ico lian
v en id o luego com o h a n pod id o .
N o son las e s tru c tu ra s del p a re n te sc o las q u e constituyen
la sociedad, es la sociedad la q u e d e te rm in a lo q u e deben ser
las e s tru c tu ra s del p a re n tesc o . E n tr e los d a k o ta , hem os visto
a p a re c e r u n a p a re ja h e rm a n o -h e rm a n a qu e c o m p o rta b a una
p a rtic ip a c ió n en el m ism o r itu a l sa n g rie n to , u n a coopera­
ció n eco n ó m ica e strec h a q u e n o está basada en el matri-

366
[nonio n i e n la v id a e n c o m ú n . E n tr e los z u ñ i, la fa m ilia
conyugal c u e n ta p o c o , m ie n tra s que ú n ic a m e n te el clan esv
importante en ra z ó n de sus im p licacio n es e n el ritu a l.
El g ru p o social se nos d a co m o u n h ech o p re se n te sin q u e
tengamos el d erech o de im a g in a r q u e el h o m b re h a e m ­
prendido u n c am in o e v o lu tiv o p a ra lleg ar a ello.
No p a re ce ta m p o c o q u e el m o d o de v id a te n g a in flu e n c ia
sobre las e s tru c tu ra s sociales. E n A fric a del N o r te , las trib u s
nómades tie n e n la m ism a o rg a n iz a c ió n q u e los g ru p o s de
aldeas de los sedentarios: la aldea es u n a fra c c ió n de t r i ­
bu an clad a e n la tie rra . Los té rm in o s de p a re n tesc o son
Jos m ismos y las reglas de m a trim o n io análogas.
C uando los n ó m ad es se in sta la n en las aldeas a b an d o n a d a s
por los sedentarios, se in te g ra n sin ch o q u es e n e s tru c tu ra s
; que con o cen . A sí las aldeas del A u re s h a n v isto su p o b la c ió n
¡ muchas veces re n o v a d a e n el c u rso de su h isto ria . Los b e n i
ksila de C ab ilia m a rítim a son en re a lid ad u n a fra c c ió n n ó ­
made llegada de los alrededores de L a g h o u a t, en S ahara.
M uchos a u to re s n o h a n v isto en la sociedad o tr a cosa
que u n g ru p o de h o m b re s u n id o s a lre d e d o r del m ism o p r o ­
blema: lu c h a r en c o m ú n p a ra a cre c e r y p ro te g e r los bienes.
Los ejem plos q u e h e m e n c io n a d o a p a r t i r de te stim o n io s
recientes n o p a re c e n p e rm itirn o s sostener este p u n to de vis-
¡ ta pues la p ro d u c c ió n de bienes n o es e n las d ife re n te s c iv i­
lizaciones la fin a lid a d de la v id a h u m a n a .
Los esquim ales am m assalik se d isp ersan e n el m o m e n to
j de la p ro d u c c ió n , d u r a n te la la rg a jo rn a d a de v e ra n o reser-
I vada a la pesca. E n in v ie rn o se re ú n e n a g u sto de sus sim -
1 patías e n la g ra n casa y si es necesario p o n e n sus provisio nes
al servicio de todos.
E n tre los o jib w a, el a g ru p a m ie n to de v e ra n o se realiza
sin o rg a n iz a c ió n , sin e s tru c tu ra s de c iu d a d , a lred ed o r de u n
shamán re n o m b ra d o . Los h o m b res p ie n sa n p o d e r a u m e n ta r
así sus posibilidades de o b te n e r u n signo de lo In visible.
Por o tra p a rte , e n tre los z u ñ i de N u e v o M éjico , e n tre
i los arapesh de N u e v a G u in e a co m o en T ik o p ia o en A u s-
1
tra lia , la c o o p erac ió n p a ra la p ro d u c c ió n es u n a causa se­
g u n d a , n o u n a causa p rim e ra . A caso h a y a que reco g er bienes
p e ro n o es p a ra co n su m irlo s o alm acen arlo s y aum entar
así el p o te n c ia l de in d e p en d e n c ia. Los bienes d eb en circular
pues el cam b io r itu a l p e rm ite a los clanes aproxim arse así
com o d eb en u n irse los p rin c ip io s opuesto s y com plem enta­
rios del m u n d o .
La a g ru p a c ió n de d efen sa necesaria p o r la h o stilid ad entre
los g ru p o s h u m a n o s, n o p a re ce ser la causa determ inante
de la fu n d a c ió n de las sociedades. La g u e rra n o es escape
necesario de to d a agresividad h u m a n a , com o se h a dicho
c o n fre c u e n c ia .
E n tr e los esquim ales de G ro e n la n d ia , p o r ejem plo, no
h a y m ás que u n a sola fo rm a de c o m p e tic ió n : el tambor
de ju stic ia. Es u n d e b ate p o é tic o ritu a liz a d o , c u y a violencia
n o es m ás q u e v erb al. U n m ism o c o m b a te qu e opone a
dos in d iv id u o s p u e d e d u r a r varios años, re to m a n d o cada
in v ie rn o o in clu so en v e ra n o , a g u sto de los e n cu e n tro s, de
u n a n o c h e a o tra . E n el in te rv a lo e n tre dos sesiones, los
adversarios n o m a n ifie s ta n el m e n o r signo de hostilidad
y h a sta tie n e n u n a a c titu d am istosa. (C o n fr . J e a n n e tte Mirs-
k y : T h e E s k im o o f G re e n la n d en M . M ead, op . c i t ., cap.
II, p á g . 5 0) .
E n tre los z u ñ í así co m o e n tre los o jib w a, la com petición
está e stric ta m e n te ritu a liz a d a y to m a el aspecto de juego
q u e o p o n e in d iv id u o s o clanes. H a lla m o s este m ism o aspecto
en las civilizaciones dualistas m e d ite rrá n e a s d o n d e los jue­
gos ritu ale s re p re se n ta n la oposición de los dos principios
del m u n d o : es el caso de los diversos juegos de pelo ta de
A fric a del N o r te , v a ria n te s del h o c k e y sobre césped, en
los qu e los equipos a g ru p a n a los h o m b re s de los clanes opues­
tos de la aldea o e n f r e n ta n a solteros y casados. E l resultado
de la p a rtid a p e rm ite p re v e r la f o r tu n a del año próximo:
lluvioso o seco, según el eq u ip o q u e h a salido v icto rio so y que
re p re se n ta u n o de los p rin c ip io s del m u n d o .

368
La g u e rra d e s tru c tiv a , la g u e rra to ta l, es la c a r a c te rís tic a
Je las civilizaciones té c n ic a m e n te desarrolladas, cu y as con-'-
quistas m a te ria les se h a n c o n v e rtid o e n la p rin c ip a l p re o ­
cupación. E l im p e rio n o es el té rm in o de p e rfe c c ió n de u n a
larga serie e v o lu tiv a q u e p a rte del c la n , es p o r el c o n tra rio
una fo rm a social p a to ló g ic a. E l im p e rio es a la h u m a n id a d y
a la sociedad de d o n d e se o rig in a lo q u e el c á n c e r es al
cuerpo h u m a n o : u n a p ro life ra c ió n d eso rd en ad a de células
en d e trim e n to de la a rm o n ía del c o n ju n to . H a y q u iz á u n a
estructu ració n de las célu las cancerosas así com o h a y u n a
aparente a rm o n ía e n la o rg a n iz a c ió n del im p e rio : u n o y
otro son sin e m b arg o , ag en tes de d e stru c c ió n . C u a n d o el
hombre sobrevive a su e n fe rm e d a d , la o p e ra ció n q u irú rg ic a
lo deja siem p re a g o tad o p o r u n la rg o p e río d o q u e d e b erá
consagrar a re to m a r fu e rz a s ; del m ism o m o d o c u a n d o u n a
civilización sobrevive a u n a crisis im p e ria l, q u ed a d u ra n te
mucho tie m p o d ism in u id a , lu c h a n d o p a ra e n c o n tr a r de n u e ­
vo su a rm o n ía p rim e ra .
En to d as p a rte s, la g u e rra e n tra e n u n c o n te x to r itu a l
que la c o n v ie rte en u n a fo rm a de la oposición n ecesaria
de los clanes: op o sició n sim bólica, lo hem os v isto , q u e
raramente d eg en era e n v o lu n ta d de p o d e r y e n n ecesid ad
de c o n q u ista.
N u n c a o í d e c ir q u e u n a aldea de A f r ic a del N o r te h a y a
querido im p o n e r sus c o stu m b re s a las dem ás aldeas o a m o n ­
tonar bienes rob ad o s en u n h ó rre o ú n ic o ; ta m p o c o q u e u n
clan a u stra lia n o , esq u im al u h o te n to te h a y a q u e rid o d o m i­
nar a los dem ás. L a é tic a de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les
se opone a ello: c o n q u is ta r u n a aldea es c o n q u is ta r genios
guardianes y sa n tu a rio s e x tra n je ro s q u e , a la la rg a , te r m i­
narán p o r v en g arse. E l a teso ra m ie n to es ig u a lm e n te im p e n ­
sable p o rq u e c o rre el riesgo de p r iv a r a los dioses p r o te c ­
tores e x tra n je ro s de las o fre n d a s q u e se les d eb en y p ro v o c a r
por ello su v e n g a n z a .
A u n las expediciones g u e rre ra s de los am erin d io s no eran
m ás q u e p ru e b a s, d u ra n te las cuales los jóvenes guerreros
m e d ía n la p a rte de p ro te c c ió n a co rd a d a p o r el Invisible.
P arece q u e las sociedades tra d ic io n a le s e stá n priv ad as bá­
sica m e n te de cierto s elem en to s ta n im p o rta n te s p a ra noso­
tro s q u e te n d em o s a co n sid erarlo s co m o p riv a tiv o s de la
n a tu ra le z a h u m a n a : la in sa tisfa c c ió n y el deseo permanente
de los bienes m ateriales.
T a m b ié n en esto las civilizaciones tra d ic io n a les difieren
de las n u e stras.
A l in d iv id u o se lo eleva allí p a ra re a liz a r u n a ta re a deter­
m in a d a , g e n e ra lm e n te fija d a desde su n a c im ie n to . N o se
d e fin e o p o n ién d o se a la c o m u n id a d sino q u e , al contrario,
su ra z ó n de v iv ir consiste en ser u n a c élu la de la comunidad.
C ie rto s teó rico s h a n tr a ta d o de c o n v e r tir al n iñ o en un
d e n o m in a d o r c o m ú n de la h u m a n id a d , c o n sid eran d o a todas
las civilizaciones co m o p re fo rm a d a s e n el e s p ír itu del niño.
U n a o b jeció n seria se p re se n ta en to n ces. C u a n d o su com­
p o rta m ie n to es o bservable, el n iñ o está y a m a rc a d o por la
a c titu d de sus p ad res, p o r su c o n d u c ta , es d e c ir por la
sociedad. Su e x p erien c ia está y a fo rm a d a p o r la c u ltu ra a
la c u a l p e rte n e c e y q u e t r a ta de in te g ra r e n c ad a una de
sus a c titu d e s, e n el cu rso de to d o s sus juegos; ocurre lo
m ism o c o n las a ctiv id ad es del n iñ o en las civ ilizacio nes tra­
dicio n ales; son el re fle jo de la v id a de los a d u lto s y no se
d esa rro llan e n u n p la n paralelo .
C u a n d o los psicólogos tie n e n la p o sib ilid ad m a te ria l de
e stu d ia r el c o m p o rta m ie n to in f a n til h a cia los c in c o o seis
años, es y a dem asiado ta rd e . E l n iñ o o c c id e n ta l, c o n mayor
fre c u e n c ia ob serv ad o , h a to m a d o y a co n cie n c ia del ideal
social q u e le p re se n ta la c iv iliz a c ió n de presa a la cual
p e rte n e c e : poseer lo m ás posible y n o c o m p a r tir n i dar,
p a ra d o m in a r, M o u lo u d F e ra o u n ha su b ra y ad o esta forma­
c ió n p re c o z de los n iñ o s e n u n a ald ea cab ila: " Y o era el
ú n ic o m u c h a c h o de la casa, estab a d e stin ad o a representar
la fu e rz a y el co raje de la f a m i l i a . . . P o d ía c a stig a r impu-

370
neníente a m is h e rm a n a s y a veces a m is p rim a s . . . P o d ía
ser grosero c o n to d o s los m ay o res de la fa m ilia y n o pro-*-
yocar sino risas de satisfacció n . T e n ía ta m b ié n la f a c u lta d de
ser la d ró n , m e n tiro so , descarado. E ra el ú n ic o m ed io de
hacer de m í u n m u c h a c h o a tre v id o . . . C o n v e n c id o de m i
im portancia desde la ed ad de c in c o años, p r o n to abusé de
mis derechos. M e c o n v e r tí en u n tir a n o p a ra la m ás p e q u e ñ a
de mis h e rm a n a s . . .N o d e ja ro n de in c u lc a rle la cre en c ia
¡ de que su d o c ilid a d era u n d e b er y m i a c titu d u n d e re c h o ”
(Mouloud F e ra o u n : L e fils d u p c m vre, p á g . 2 8 ) .
El n iñ o p u es se m u e v e m u y te m p ra n o e n su m a rc o c u l­
tural. L a n iñ a cabila q u e rría acaso p e lea r o al m enos d e fe n ­
derse: su m a rc o c u ltu r a l n o se lo p e rm ite .
Por lo ta n to , te n d em o s a re c h a z a r to d a u n a serie de
I teorías o c cid en tales q u e h a n q u e rid o estab lecer u n p aralelo
! entre la c o n d u c ta del n iñ o y la del " p r im itiv o ” . Es im p o ­
sible c o m p re n d e r las e s tr u c tu r a s fu n d a m e n ta le s de las so­
ciedades tra d ic io n a les si nos lim itam o s a c o m p a ra rla s c o n
la c o n d u c ta de n u e stro s niños. A u n c u a n d o estas te o ría s nos
halaguen al c o n v e r tir a O c c id e n te e n el p a d re esclarecido
de la h u m a n id a d , h a y q u e re c o n o c e r q u e h a n sido f o r m u la ­
das a p re su ra d a m e n te y sin base firm e .
El n iñ o q u e fu m a su p rim e r c ig a rrillo a escondidas no
halla las a c titu d e s co m p licad as de la p ip a r itu a l de las c iv i­
lizaciones am erin d ias. A m enos q u e h a y a leíd o m u c h o a
Fennimore C o o p e r o M ay n e R e a d , tr a t a r á seg ú n los casos
de im ita r a su p a d re o a su m a d re .
Las in stitu c io n e s h u m a n a s se nos p re s e n ta n co m o o tra s
tantas te n ta tiv a s p a ra a lc a n z a r la sem ejan za de u n a rq u e tip o
armonioso. E n to d o el m u n d o , son te n ta tiv a s a d u lta s y no
balbuceos. Es a b su rd o d e c ir q u e p ro c e d e n de dos fu e n te s:
— u n o rig e n h istó ric o e irra c io n a l;
—o el p ro p ó sito d elib erad o de u n legislador.
U n a in s titu c ió n h u m a n a es siem p re ra c io n a l si se conoce
el p o stu lad o e n el c u a l se o rig in a , es d e c ir la c o n c e p c ió n

371

\
í
de la o rg a n iz a c ió n del m u n d o en c ie rta civilización. El
legislador n o p u e d e e sp erar q u e su o b ra le sobreviv a sino
en la m e d id a en q u e tien e en c u e n ta las concepciones tradi­
cionales y del h o riz o n te social de su c iv ilizació n . Si procede
así, su re c u e rd o a lc a n z a rá al de los legisladores m íticos y
los an tep asad o s fu n d a d o re s; e n caso c o n tra rio , desaparecerá,
o lv id ad o u n a v ez q u e se b o rre n las ú ltim a s ru in a s de su
te n ta tiv a irriso ria. E n esto, A le ja n d ro el G ra n d e , Ju lio César, '
N a p o le ó n I o S haka Z u lu h a lla ro n la aureola n e g ra de los
c o n q u istad o re s h itita s o babilonio s, an tes que T im u r el cojo
y G engis K h a n : n u n c a fu e ro n accid en tes en la histo ria de
la h u m a n id a d .
E n las civ ilizaciones tra d ic io n a les, la ú n ic a desigualdad
e n tre los h o m b re s es u n a d esig u ald ad n a c id a de lo sagrado.
T ien e co m o co n secu en cia d ire c ta el p a p e l m ás o m enos im­
p o r ta n te del in d iv id u o en el desarro llo del ritu a l, pero no '
a c a rre a en n in g ú n m o m e n to u n a d esig u ald ad en dignidad
h u m a n a n i en riq u e z a te m p o ra l.
Los jefes de T ik o p ia d eb en c o m e r a lim en to s preparados
de m a n e ra ritu a l, a p lic an d o e s tric ta m e n te reglas y prohibi­
ciones, m ie n tra s c ie rta to le ra n c ia e n tra en la preparación
de los alim en to s de la c o m u n id a d . E n este caso preciso la
desig u ald ad p ro v ie n e de u n a d ife re n c ia de tra ta m ie n to de
la co m id a, n o de c a n tid a d . L a n o b le za ocean ian a no es una
clase de priv ileg iad o s sino u n a c asta sac e rd o ta l que tiene
fu n c io n e s d efin id as. R a y m o n d F ir th , en su estu d io , ha ad­
v e rtid o q u e h a b ía en T ik o p ia m ie m b ro s de la casta de los
jefes q u e e ra n pobres, m ie n tra s q u e la g e n te co m ú n era
m ás ric a q u e ellos.
E n las civ ilizaciones am erin d ias, los sachem s pueden ser
h e re d itario s, com o e n tre los iroqueses, o designados por lo
Invisible, com o el a n g a k o k esq u im al o com o el sham án de
las civilizaciones siberianas.
E n A fric a , la m o n a rq u ía salió d ire c ta m e n te de lo sagrado,
es la co n secu en cia de la d escen d en cia del an tep asad o fun­
d a d o r q u e da u n a c ap a c id a d p a r tic u la r p a ra c u m p lir cier-

372

j
tas fu n c io n e s ritu ale s d e term in a d as. O c u rre lo m ism o co n
|os reyes ag rario s en las civilizaciones m e d ite rrá n e a s desde
ja A n tig ü e d a d .
N u e stra " n o b le z a ” o c c id e n ta l salió de esas m ism as c o n c e p ­
ciones, a u n c u a n d o y a n o las reco rd am o s. P arece, en e fe c to ,
que la E d a d M edia en O c c id e n te , lejos de h a b e r sido la
prolongación de la c iv iliz a c ió n ro m a n a y su d eg en eració n ,
fue p o r el c o n tra rio el re n a c im ie n to de e s tru c tu ra s m ás
antiguas sep u ltad as, p e ro , no olvidadas, d u r a n te los siglos
de la o c u p a c ió n ro m a n a .
El " se ñ o r” vive e n el lu g a r m ás alto . A se g u ra a los c a m ­
pesinos la p ro te c c ió n físic a de las m u ra lla s, p e ro ta m b ié n ,
en el o rig en , su p ro te c c ió n m á g ic a ; el h ech o de q u e n o p u e d a
trabajar la tie rra lo u n e a to d as las castas sagradas de la
humanidad. Es je fe g u e rre ro , es d e c ir q u e m a rc h a a la
cabeza, llev an d o su b a n d e ra co m o e n o tro tie m p o el h e rre ro
mediterráneo llevaba la ég id a — su d e la n ta l de piel— a la
cabeza de los g u e rre ro s q u e p ro te g ía , sin p re te n d e r p o r esto
mandarlos.
El señor es el ú n ic o q u e tie n e d e rech o a c a z a r; a h o ra
bien, la caza es u n a d e sa c raliza c ió n r itu a l de los cam p o s
antes de las labores: se tr a ta , en e fe c to , de sep a ra r de la
tierra b a ld ía a los anim ales salvajes, m a n ife stac io n e s d e lo
Invisible. E l re c u e rd o de estas cazas ritu a le s se ha c o n serv ad o
por largo tie m p o e n la In d ia , e n A fric a del N o r te y , m u y
particularm ente, en M arru ec o s. T o d o s los años, e n e fe c to ,
antes de las labores, la c o rp o ra c ió n de los m aestro s c u r t i ­
dores de la c iu d a d sa n ta de Fes se lib ra n a la c az a de c ie rta s
bestias, hienas o p a n te ra s , c u y a piel sirve p a ra c o n fe c c io n a r
amuletos (L a c o r p o r a tio n des ta n n e u r s e t V in d u str ie d e la
tmnerie d Fes: R . G u y o t, R . L e to u rn e a u y L. P ay e, págs.
167-240, en H e sp é ris, 2 0 -2 1 , 1 9 3 5 ).
Estas tra d ic io n e s p o d r ía n a y u d a r a n u e stro s h isto riad o res
a co m p ren d er la v id a de G u ille rm o el B asta rd o , n ie to de
curtidor, q u e se c o n v irtió m ás ta rd e , luego de la c o n q u ista
j de In g la te rra , en G u ille rm o el C o n q u ista d o r. Sus tre s hijos:
E n riq u e B u en c lé rig o , G u ille rm o el R o jo y R ic a rd o , m urie­
ro n d u ra n te p a rtid a s de caza, alcan zad o s p o r flechas per­
didas. L a h isto ria h a co n serv ad o el re c u e rd o de los sobre­
n o m b re s q u e se les d ie ro n : g u a rd ia n es de los bosques, pas­
to res de bestias salvajes.
E l señ o r era el ú n ic o q u e te n ía el d erech o de c ria r palo­
m as. E n C ab ilia, las palom as a n id a n c e rc a de la tu m b a de
c ierto s san to s; en todas las civ ilizacio n es m e d ite rrá n ea s, re­
p re s e n ta n el alm a de los m u e rto s y la fe c u n d id a d obtenida
p o r la in te rc e sió n de los san to s, a ú n n o h ace m u c h o , de los
an tep asad o s p ro te c to re s.
E l to rr e ó n era ta l v ez, en el o rig e n , la to rr e de vigilancia
y el s a n tu a rio , co m o sucede e n C ab ilia, d o n d e la misma
p a la b ra " ta 'a s s a s t” desig na la to rr e de v ig ilan cia y el genio
g u a rd iá n o el san to q u e tie n e allí u n o ra to rio .
A n te s, e n tre los z k a ra , el jefe de la aldea d e b ía desflorar
a las re c ié n casadas (c o n fr. E. W e s te rm a rc k : M a rriage ce-
r e m o n ie s in M o r o c c o , p ág . 2 7 2 ) . L a m ism a c o stu m b re se ha
señalado e n tre los a n tig u o s h a b ita n te s de las islas Canarias
(A b re u de G a lin d o : T h e h is to r y o f th e d is c o v e r y a n d con-
q u e s t o f th e C a n a r y Isla n d s, p á g . 6 9 ) .
V olvem os a h a lla r e n estas a n tig u a s c o stu m b res medite­
rrá n e a s el " d e re c h o de p e rn a d a ” del señor, ta n m a l com pren­
d ido, ta n m a l in te rp re ta d o , y q u e h a y q u e e q u ip arar al
a d e m á n del d e sc e n d ien te del an tep a sad o fu n d a d o r que tra­
za el p rim e r su rc o y a f r o n ta la m a ld ic ió n de la tierra
b a ld ía , estéril, q u e él d esacraliza.
N o s hem os e q u iv o ca d o al q u e re r in te r p r e ta r sistem ática­
m e n te las in stitu c io n e s de las civilizaciones tradicionales
según n u e stra s p ro p ia s c o n cep cio n es, m ie n tra s q u e, al con­
tra rio , co m o acabam os de v erlo , h u b ie ra sido preferible
re p e n sa r to d o lo q u e nos p a re ce irra c io n a l e n n u e stra civi­
liz a ció n c o n la a y u d a de elem en to s to m ad o s de las civi­
lizacio nes tra d ic io n a les q u e nos ro d ean .
F u n d a d a s en lo sagrado, las clases sociales de las civili­
zacio nes tra d ic io n a le s son estables, sus fro n te ra s está n esta-
blecidas p o r lo In v isib le y los h o m b re s n o p u e d e n m o d ifi­
carlas. '
El h e rre ro , el a lfa re ro , el c a rn ic e ro , el p ic a p e d re ro tie n e n
sus p ro h ib icio n e s p a rtic u la re s y , p o r esto, u n lu g a r d e te r ­
minado e n la sociedad.
Esta e stab ilid ad p ro v ie n e del s e n tim ie n to q u e tie n e n p o r
los in d iv id u o s de ser indispensables, irree m p la za b le s allí d o n -
/ Je e stá n y de c o n c u r r ir así a la a rm o n ía del m u n d o . L a
sociedad es ju z g a d a ta n p e rfe c ta co m o el u n iv e rso ; es c o n ­
siderada c o m o el ú n ic o esquem a posible e n el c u a l p u e d e
ejercerse la a c tiv id a d de los h o m b res. "E s esa fo rm a c o n ­
creta de la a sp iració n p rim itiv a p rim o rd ia l y f u n d a m e n ta l
de u n a v id a e te rn a c o n sc ie n te de sí m ism a ” (M ig u e l de
U nam uno: D e l s e n tim ie n to tr á g ic o d e la v id a , tra d . N . R .
F., p ág . 2 4 2 ) .
[ La sociedad en las civilizaciones tra d ic io n a les es la J e r u -
salén de la c u a l h a b la S an J u a n en el A pocalipsis: " C iu d a d
santa q u e desciende del cielo de cabe D ios, cu y o s m u ro s y
fundam entos son p ied ras preciosas” (A p o calip sis, X X I, 10,
18). B rilla c o n to d o su esp len d o r, in clu so c u a n d o n u e stro s
ojos n o v e n m ás q u e u n a aldea de chozas o de b a rro seco.
Su p la n o re fle ja la co n ce p c ió n q u e los h o m b re s tie n e n del
mundo, sus dim ensio nes p o n e n a la m e d id a del h o m b re la
i armonía del cosm os.
j U n c a m p a m e n to de n ó m ad es está ta n c arg a d o de s ím -
I bolos com o B enarés, pues h o m b res, iguales e n p e n sa m ie n to
a los sabios de la In d ia , h an q u e rid o re a liz a r allí su c o n ­
cepción del m u n d o en fajas de lan a y e n postes de m a d era.
N u e stra c iv iliz ac ió n h a co n serv ad o esta n o stalg ia de u n a
ciudad san ta in m u ta b le , de leyes p e rfe c ta s : la c iu d a d de
donde venim os, q u e hem os d ejad o o d o n d e n o v o lv erem o s
jamás, p o rq u e hem os p e rd id o el sen tid o de lo a b so lu to y
la n o ció n m ism a de lo Invisible. E n la sangre y en los
trastornos de las rev o lu cio n es, b uscam os d esesp erad am en te
hallar lo q u e las civilizaciones tra d ic io n a le s h a n co n serv ad o
durante ta n to tie m p o : la in m u ta b le J e ru sa lé n celeste h e ch a

375
1
de e s tru c tu ra s sociales arm onio sas, n a c id a de u n a comunión
c o n sta n te del h o m b re y de lo Invisib le.
" L a m e n ta m o s n u e stro s abusos, n u e stro caos, tratamos
de so ñ ar co n u n a c iu d a d p e r f e c ta ” (c o n fr. M ucchielli,
p á g in a 2 3 2 ) .
L uego, decep cio n ad o s, llam am os a esos sueños " u to p ía ”
p o rq u e los consideram os irrealizables. N u e stro s utopistas,
de P la tó n a C ira n o de B erg erac, com o n u e stro s revolucio­
narios, o lv id a ro n q u e la Je ru sa lé n celeste to m a su perfec­
ció n del cielo de d o n d e h a descendido y n o de la voluntad
ú n ic a de u n d ésp o ta. Es a c e p ta c ió n c o lec tiv a y n o tiranía,
P o r esto, debe c o n fo rm a rse a u n a c o n ce p c ió n co lectiv a del
m u n d o y del lu g a r del h o m b re en el m u n d o , es armonía
n ecesaria y n o m e jo r vida. E l b rillo de los m u ro s de cristal
q u e la ro d e a n nos m u e stra q u e lo In v isib le g u a rd a la ciudad
y que, a tra v é s de los h o m b res, es su a rq u ite c to .
Las aldeas de p ied ras secas y de c añ a, las ciudades de
m u ra lla s de tie rra e n d u re c id a , en su m iseria e stá n m ás cerca
de la a rm o n ía de las esferas celestes q u e n u e stra s m etró­
polis de h o rm ig ó n y de acero.
P o r lo ta n to , ten em o s q u e re c o n sid e ra r el p rin c ip io del
e v o lu cio n ism o de las e s tru c tu ra s sociales y de su perfeccio­
n a m ie n to en el tie m p o . Las in stitu c io n e s n o e stá n sujetas
co m o las té c n ic a s de la m a te ria al p e rfe c c io n a m ie n to nece­
sario a p o rta d o p o r u n a serie de ensayos y de fracasos. Son,
co m o el a rte , p e rfe c ta s desde su p rim e ra m anifestación.
N a d a nos p e rm ite h a b la r de u n a rte p rim itiv o in ferio r a
n u e stra s p ro d u c c io n e s actu ales en el m ism o d o m in io , nada
nos p e rm ite h a b la r de "sociedades p rim itiv a s ” cuyas estruc­
tu ra s s e ría n in fe rio re s a n u e stra s in stitu c io n e s. E l hecho de
q u e las h ay am o s tra n s fo rm a d o o d e stru id o n o sig n ifica que
las h ay am o s im p u lsa d o a u n p ro g reso c u alq u iera .
E l sistem a de los clanes au stralian o s es ta n com plejo, tan
p e rfe c to co m o la m o n a rq u ía c o n s titu c io n a l b ritá n ic a por
ejem plo . N a d a nos p e rm ite p o n e r a u n o en el o rig e n y a la
o tra al té rm in o de u n a m ism a serie e v o lu tiv a .

376
El h o m b re c o n stru y e su Je ru sa lé n celeste en el lím ite de
sUs fu e rz a s, p ro lo n g á n d o la c o n to d o su p e n sa m ie n to más·
jllá de los m u ro s de sus ciu dades, h acia el in fin ito de p e r ­
fección que lleva en sí.
E sta J e ru sa lé n celeste es la suya y , esp eran d o que des­
cien d a en ella la lu z del C o rd e ro , el h o m b re fiel a lo In v isi­
ble, in m o la d o en su c a rn e ta n to p o r la in ic ia ció n y las
privaciones com o p o r la h u m illa c ió n , los esputos y las c a ­
denas del O c c id e n te , se p re p a ra a re in a r en la invisible
patria h u m a n a .

i
! 377
r

'v
CAPITULO x v n

ll
V
T IE M P O D E L A S E S T R E L L A S

a d a su jeta al h o m b re a la tierra, n i las n ecesid ad es d el


relieve o del c lim a , n i las necesidades n a tu ra le s , n i
sus e s tru c tu ra s sociales. In c lu so p a re ce liberarse del tie m p o
y del espacio, o rd e n á n d o les a su g u sto e n e s p ír itu y v iv ien d o
en dim ensio nes recread as.
Pues esta v o lu n ta d p e rtin a z del h o m b re , ta n c la ra m e n te
expresada e n to d as sus obras, a c tú a ig u a lm e n te c u a n d o
se tr a ta de a c tu a liz a r el esquem a p e rfe c to de o rg a n iz a c ió n
del m u n d o q u e lleva e n sí, es d e c ir c u a n d o se t r a t a de
definir el tie m p o y el espacio.
C ada p u e b lo tie n e u n h o riz o n te fa m ilia r q u e se e sfu erz a
por h a lla r d o n d e h a elegido v iv ir, e n la tie rra , a f a lta de
algo m e jo r. U n a c o lin a re c o rd a rá la m o n ta ñ a sag rad a, u n
torrente será el a rc o q u e u n e el cielo c o n la tie rra .
Los sao q u e v iv e n a c tu a lm e n te c e rc a del T c h a d "so n
hombres llegados del n o rte , de u n m a r salado y ta n n e g ro
que n i de n o c h e n i de d ía n in g ú n n a v io p o d ía a v e n tu ra rse en
él. V iv ía n a orillas de este m a r de ciudades ceñidas p o r altos
muros. P ero allí n o e ra n felices, sus jefes los o p r i m í a n . . .
Cansados u n d ía , e m ig ra ro n e n m u c h e d u m b re h acia el su r
y h acia el p o n ie n te , arm ad o s de arcos y flech as, a pie,
apenas vestidos y e n la ig n o ra n c ia de la té c n ic a que re q u e ­
rían los desiertos q u e se e x te n d ía n h a sta el fin del m u n d o ”
(M. G ria u le : L e s Sao lé g en d a ire s, págs. 8 5 -8 6 ) .
E x tra ñ o s sao, " e r a n ta n altos q u e la m a d e ra de sus arcos
se h a c ía c o n p a lm e ras e n te r a s . . . E n su p elo se e n c o n tra b a n
nid os de aves ra p a ce s” (id . p á g . 8 7 ). E x tra ñ o s sao ta n pare- i
1
cidos en su ley en d a a lo q u e la B iblia dice de G o lia t (I Sa- 1
m u e l X V II, 6 - 7 ) . A tra v e sa ro n to d o el desierto de Africa
p a ra e n c o n tr a r en el T c h a d , c erca del lago F itri, los ríos
fam iliares de u n m a r m u e rto .
E n o tra p a rte , en el n o rte de A fric a , en C abilia, encon­
tra m o s el re c u e rd o de F ra o h , u n re y g ig a n te , q u e partió
del este, c a rg ad o c o n las m o n ta ñ a s p la n ta d a s de cedros de
su p a ís, q u e él q u e ría lle v a r consigo. L legado a u n a llanura
á rid a , se desplom ó: de su cab eza y de sus c u a tro miembros
salieron los cin co p ueblos de C ab ilia q u e los ro m an o s llama­
b a n a ú n Q u in q u é G e n te s . Las m o n ta ñ a s se a rra ig a ro n y se
c o n v irtie ro n en el D ju rd ju r a .
Las e s tru c tu ra s sociales de los h o m b re s n e ce sitan de la
tie rra p a ra in sc rib ir en ella sus n o m b re s celestes. Los con­
q u istad o res o ccid en tales h a n e x p e rim e n ta d o la necesidad de
m overse en u n h o riz o n te fa m ilia r a u n c u a n d o hubieran
p e rd id o el sen tid o de lo sag rad o : N u e v a F ra n c ia , N ueva
In g la te rra , N u e v a E scocia re c re a ro n en o tro s continentes
los lím ite s de las p a tria s lejanas.
O c u rre lo m ism o c o n el tie m p o : o rd e n a d o com o el espa­
cio de m a n e ra qu e el h o m b re p u e d a m overse en él cóm o­
d a m e n te .
Los o b servadores o ccid en tales se h a n so rp re n d id o de que
la h isto ria de los pu eb lo s en las civilizaciones tradicionales
se c o n fu n d ie ra c o n el m ito de o rig en , es d e cir co n inverifi-
cables leyendas de fu n d a c ió n .
P a ra no so tro s, el m ito es lo q u e se o p o n e a la realidad:
la T e o g o n ia de H e sío d o , la C o sm o g o n ía de los z u ñ í o de los
b a m b a ra , en pocas p a lab ras to d o lo q u e posee u n carácter
fab u lo so , e x tra ñ o a to d a realid ad .
P ero los etn ó lo g o s d e sc u b rie ro n q u e el m ito elab o rad o por
sociedades llam adas p rim itiv a s o arcaicas, era el fu n d a ­
m e n to m ism o de la v id a social.
Si los h a b ita n te s de u n a c iu d a d v iv e n ju n to s, es p o rq u e el
re c u e rd o del an tep a sad o fu n d a d o r c o n tin ú a u n ién d o lo s. El

380
r

lugar del h e rre ro en la aldea co m o los sacrificios en c ierto s


^o m en to s del año y sus n a tu ra le z a s d ife re n te s, to d o esto lch
explica c la ra m e n te el G ra n R e la to : lo q u e h a pasado al
comienzo de los tie m p o s sigue siendo el m o d elo del c o m p o rta ­
miento h u m a n o . Los acto s de la v id a c o tid ia n a e stá n e n te ­
ramente co n d icio n ad o s p o r el m ito .
C ierto s h isto riad o res de las religio nes h a n q u e rid o h a c e r
in troducir u n a d istin c ió n e n tre tie m p o sagrado y tie m p o
profano. E ste m a tiz sólo existe en su m e n te . E n e fe c to ,
ninguno de los pu eb lo s q u e tra s la d a n a la tie rra lo q u e
creen p e rc ib ir de u n esquem a celeste, tien e la im p resió n
de c a m b ia r de h o ra y de p la n p u rific a n d o el m u n d o , es
decir, co m o lo h a c e n los d o g o n , b a rrie n d o la c h o za en el
sentido de las estrellas, am asando el p a n o c ele b ra n d o u n
sacrificio ju n to al sa n tu a rio del an tep asad o .
C iertas fiestas p ro fa n a s c o n se rv a n a ú n e n a p arie n c ia el
recuerdo de c ie rta c o n c e p c ió n del m u n d o , la hu ella de
tradiciones olvidadas, co m o p o r e jem p lo n u e stra s fiestas de
fin de año. La idea de u n co m ie n zo , de u n a re n o v a c ió n
del m u n d o , persiste e n tre nosotros. A caso h ay am o s o lv id ad o
que la oca era u n a n im a l solar q u e c o n v ien e s a c rific a r en
este p e río d o c rític o , q u iz á h ay am o s o lv id ad o ta m b ié n q u e
los regalos de fin de año se e n tre g a n en n o m b re de lo In v isi­
ble p a ra c o m e n z a r u n n u e v o ciclo c o n u n gesto de b u e n
augurio, presagio de a b u n d a n c ia . H e m o s o lv id ad o to d o esto
pero m u rm u ra m o s q u iz á el 31 de d ic ie m b re a m ed ia n o ch e :
"A quí co m ie n za la v id a n u e v a ” , a u n c u a n d o nos e n c o n ­
tremos e n seguid a co n u n as viejísim as p a n tu fla s.
El h o m b re , en las civ ilizaciones tra d ic io n a les, tien e el
sentim iento de c o m p le ta r el u n iv e rso ; co n sid era qu e cad a
una de sus a c titu d e s es necesaria p a ra el e q u ilib rio del
m undo. N in g ú n p u e b lo t r a ta de " m a ta r el tie m p o ” o " p e r ­
der el tie m p o ” . N o h a y d istra c c ió n en el sen tid o en q u e la
entendem os, sino juegos ritu ale s en re la c ió n co n la o rg a n i­
zación del m u n d o ta l co m o la c o n c ib e n los h o m b res. P o r
ejemplo, p a ra los n iñ o s de C ab ilia, el tro m p o es u n ju eg o

381
1
de o to ñ o q u e sim boliza el re to rn o del año a g rario . E n la pri­
m a v e ra , ju e g a n al salto p a ra p ro m o v e r la fe c u n d id ad de
los ganados, se lib ra n a juegos de p e lo ta ag o n ístico s desti­
nados a h a c e r c o n o c e r la v o lu n ta d de lo Invisible por la
v ic to ria de u n e q u ip o sobre o tro (c o n f r . J. Servier: Les
P o rte s de l'A n n é e , p á g . 1 9 7 ). E n v e ra n o , n o hace mucho
se e fe c tu a b a la g u e rra e n tre los clanes com o sím bolo del
d eso rd en del m u n d o al q u e los casam ientos seguidos de la­
bores v o lv ía n a o rd e n a r.
T o d as las civ ilizaciones tra d ic io n a les tie n e n conciencia
de h a b e r p e rd id o u n " p a ra ís o ” p rim o rd ia l, todas se consi­
d e ra n en estado de caíd a .
Los té rm in o s del m ito v a ría n de u n a civ iliz ac ió n a otra,
p e ro sin em b arg o , algunos rasgos c o m u n es se re p ite n con
in sisten cia
— el h o m b re era in m o rta l,
— n o tra b a ja b a p a ra a lim en tarse, los árboles p ro v eían a
su subsistencia,
— el cielo estaba ju n to a la tie rra y todos los animales
e ra n p a c ífic o s h e rb ív o ro s q u e o b e d e c ía n al h o m b re.
P o r lo ta n to , p a ra las civ ilizaciones tra d ic io n a les, la per­
fe c c ió n e x istía en los o ríg en es, en u n pasado atestiguado y
n o en u n p o rv e n ir im p ro b a b le , en lo In v isib le y n o en la
m a te ria . Las cadenas de sucesos n o susceptibles de repro­
d u cirse, y cuyos efecto s, al a cu m u larse , c o rre n el riesgo de
p ro d u c ir tra s to rn o s económ icos o sociales, se ro m p e n tan
p r o n to com o se fo rm a n . L a sociedad tra d ic io n a l dispone de
u n p ro c e d im ie n to e fic a z p a ra e v ita r qu e el accidente, lo
a n o rm a l, se c o n v ie rta en re gla. E lla in te g ra el in d iv id u o en
sus e s tru c tu ra s c o n p recisió n , com o u n cu b o en u n mosaico,
y m u y p ro n to le da el sen tid o de ser in dispensable donde
se e n c u e n tra , así co m o h a sido p re p a ra d o p a ra serlo.
H a y pues v o lu n ta d c la ra m e n te ex p resad a de volv er al
estado p rim o rd ia l co n sid erad o co m o p e rfe c to y , en to d o caso,
de n o ir m ás ad ela n te en la c aíd a . Pues el h o m b re , según

382
todas las tra d ic io n e s, de u n e x tre m o al o tro del espacio,
considera q u e h a llegado a ser lo q u e es: m o rta l, som etido-
i la c a rn e , c o n d e n a d o al tra b a jo e n ra z ó n de la r u p tu r a
le u n a p ro h ib ic ió n q u e ig u a lm e n te h a a c a rre a d o p a ra la
mujer la a p a ric ió n de la m a n c h a c a ta m e n ia l y los dolores
leí p a rto .
El m ito p rim o rd ia l es, e n las civilizaciones tra d ic io n a les,
•la ú n ica h isto ria d ig n a de in te ré s; se c o n fu n d e c o n la h is­
toria de la c o n d ic ió n h u m a n a y re c u e rd a e n to d o m o m e n to
la in te g rid a d o rig in a l del h o m b re . P o r esto, p o r ejem plo,
se recitan los largos poem as relativ o s a la c re ac ió n del m u n d o
en tiem p o s de la e n tro n iz a c ió n de u n n u e v o je fe o ju n to
a un e n fe rm o , a f in de s itu a r el a c o n te c im ie n to h u m a n o
contingente en el esq u em a p rim o rd ia l y d esp o jarlo de to d a
su fu e rz a dañosa, p a ra q u e se tra n s fo rm e e n re n o v a c ió n y
actualización del pasado sin riesgo de in n o v a c ió n .
Q u izá h a y a u n p o rv e n ir y u n p asado, p e ro sin o tro c o n ­
tenido q u e m a ñ a n a s y ayeres. Es a b su rd o tra n s c r ib ir el
tiempo e n té rm in o s de espacio. C a m b ia r de sitio u n o b je to
hacia el pasado n o es n e ce sariam e n te tra sla d a rlo h a cia a trá s,
j hacerlo re tro c e d e r, n o es ta m p o c o re d u c irlo a sus elem entos
más sim ples, a u n a fase p rim o rd ia l. E l n iñ o n o es m ás sim -
¡ple qu e el a d u lto , es d ife re n te y n a d a nos p e rm ite d e c ir
que el h o m b re p re h istó ric o es m ás "sim p le ” q u e el h o m b re
blanco d el siglo X X .
N u e stra c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l a firm a ser el re su lta d o
de la c re a c ió n , p re te n d e ta m b ié n ser el ú n ic o eje de re f e ­
rencia de la h u m a n id a d e n te ra . S eg ú n el h o m b re b la n co ,
los pueblo s " e n t r a n e n la H is to ria ” — q u e es e n e fe c to su
historia— c u a n d o él lo decid e. Los p u eb lo s de la tie rra son
“descubiertos” c u a n d o él lo g ra h acerlo s e n tr a r en su espacio,
situarlos en sus m ap as: en to n ces, seg ú n él, h a llegado el
momento tra s c e n d e n ta l de su d estin o , lu ego de su a p a ric ió n
en la tie rra . E n la p e rsp e c tiv a o c c id e n ta l " la h isto ria es de
orden h u m a n o . Lo q u e está p o r d eb ajo de la h u m a n id a d
no es h isto ria , y ta m p o c o lo q u e es s o b re h u m a n o . . . ” (F ra n z
B ó h m : G e g e n w a r l i g k e i t u n d T r a n s z e n d e n z d e r G e s c h i-
c h te ).
E ste ju ic io so b reen tien d e q u e ú n ic a m e n te el O ccid en te es
h u m a n o , p ues es el ú n ic o q u e tie n e u n a H isto ria .
L a cien cia o c c id e n ta l p ro c e d e co m o esos burgueses de
p ro v in c ia q u e m a n tie n e n u n salón y p a ra los q u e u n ser
h u m a n o n o existe sino e n la m e d id a e n q u e lo h a n admi­
tid o en su té , el seg u n d o m iérco les del mes.
P a ra la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l, la H is to ria es u n movi­
m ie n to en el tie m p o o, p a ra re to m a r la fó rm u la de Mi-
c h ele t, " la H is to ria es el tie m p o ” .
E sta có m o d a fó rm u la n u n c a h a sido m ás q u e u n a humo­
ra d a . L a h isto ria n o es u n a cien cia del tie m p o cu y o s jalones
se ría n los h o m b re s, sino u n a te n ta tiv a de c a p ta r al hombre
en los té rm in o s de u n a filo so fía q u e ve e n el tiem p o un
flu jo c o n tin u o , irrev ersib le.
P e ro to d o m o v im ie n to p u e d e ser u n d esp lazam ien to vo­
lu n ta rio , co m o p u e d e n a c e r de la p é rd id a de u n equilibrio:
e n este caso n o es m ás q u e u n a te n ta tiv a p a ra volver a
h a lla r la estab ilid ad p e rd id a y e v ita r la c a íd a . E n las civili­
zacio nes tra d ic io n a les, com o cad a sociedad tie n e concien­
cia de su o rig e n celeste, se g u a rd a , pues, de a u m e n ta r el
d eseq u ilib rio in icial, causa de la c a íd a ; ella t r a ta de perma­
n e c e r estable p a ra n o a u m e n ta r la d ista n c ia qu e la separa
de su a rq u e tip o . L a H is to ria , seg ú n el sen tid o qu e le da­
m os, n o ap arece p o r ella sino en tiem p o s de u n a emigración,
de u n a p a r tid a h a cia h o riz o n te s nuevos. U n a v ez hallado
el paisaje b u scad o , el tie m p o se d e te n d rá , estabilizado, y
la H is to ria v o lv e rá a e n c o n tr a r su p u n to de eq u ilib rio por
los rito s de fu n d a c ió n de la n u e v a c iu d ad .
Países de E u ro p a co m o L u x e m b u rg o y S uiza h a n alcan­
zad o c ie rto eq u ilib rio eco n ó m ico y social. N o tie n e n Historia
ta l co m o la co n ceb im o s, sino e n la m e d id a en qu e subsisten
las rep ercu sio n es de los m o v im ie n to s europeos provocados
p o r c iertas nacio n es m ás ag itad as q u e las dem ás. Tenemos
la im p resió n de q u e esos países estables se m u e v e n más

384
¡lentamente e n el tie m p o , p o rq u e solo ra ra m e n te fig u r a n
|en los titu la re s de los co tid ian o s. ¿P ero es que u n hom bre-
¡sólo es d ig n o de in te ré s p o rq u e lo m e n c io n a n e n " f a its d i-
¡j/m” 1? C o n fre c u e n c ia c o n fu n d im o s H is to ria y h ech o h is­
tórico o escándalo.
Para las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, el m o v im ie n to e n el
¡ tiempo n o c o n stitu y e u n a h u id a e n las tin ieb las: cad a exis­
tencia n o es, co m o p a ra O c c id e n te " u n a a v e n tu r a so litaria
¡donde se ju e g a la salv ació n de u n alm a, de la h u m a n id a d
iónica, d e stin o ú n ic o , e n tre la c a íd a y la re d e n c ió n ” ( c o n fr.
■Raymond A ro n : I n t r o d u c t i o n a la p h ilo s o p h ie d e l'h is to ir e ,
| página 1 4 9 ) .
; En las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, el tie m p o es u n ritm o
¡nacido de la d a n z a del dios al c re a r el m u n d o : c o m p re n d e ,
j pues, u n te m a m eló d ico c o n re p e tic ió n de c ierto s m o tiv o s.
Esta n o c ió n del re to rn o del tie m p o , del ciclo, h a llevado
a las civ ilizacio n es tra d ic io n a les a c o n c e b ir la p re d ic c ió n
del p o rv e n ir e n fu n c ió n de situ acio n es cósm icas pasadas, y
a co n clu ir ta m b ié n e n u n a c ie rta p re d e stin a c ió n del h o m b re
que debe c u m p lir en la tie rra aq u ello p a ra lo c u a l h a sido
creado. E l h o m b re c o n serv a sin e m b arg o u n e n te ro lib re
arbitrio; p u e d e en c ad a in s ta n te m o d ific a r la in te n c ió n de
1los dioses u tiliz a n d o d ife re n te s m ediacio nes.
N u m ero sas leyendas nos re la ta n la a v e n tu ra de u n p a ­
dre o de u n a m a d re , q u e p u d ie ro n m o d ific a r el d estin o
adverso de su h ijo y d esv iar la p oderosa m a ld ic ió n de u n
| mal genio. L a c re en c ia m ism a e n el e fe c to de la m a ld ic ió n
| prueba q u e el d e stin o n o se c o n c ib e co m o in e x o ra b le m e n te
i fijado n i e n u n sen tid o n i en o tro . A d e m ás, n u m erosos rito s
realizados e n cierto s m o m e n to s c rític o s del año tie n e n co m o
fin d o b leg ar lo In v isib le en u n a " n o c h e del d e stin o ” , co m o
la vigésim a sé p tim a n o c h e del R a m a d á n en A f r ic a del N o r te
o la d é c im o q u in ta n o c h e de S h a 'a b a n e n I r á n y e n C ab ilia.

1. S ecció n q ue en lo s p eriód ic os ab arca lo s a cc id en te s, lo s escán d alo s


m en u d o s, los h ech o s p oliciales.

385
P a ra estas civilizaciones d ife re n te s de la n u e stra , el hecho
h istó ric o ta l c o m o lo co n ceb im o s, n u n c a está aislado, es
siem p re re d u c tib le a c ie rto o rd e n .
P a ra los a n tig u o s m ejican o s era a b so lu ta m e n te necesario
q u e Q u e tz a lc o a tl, el dios b la n co del O este — el blanco era
el co lo r del oeste, re g ió n de la v ejez— v o lv iera al este sobre
"casas de ag u a c o n alas de c ig ü eñ as” . E ra necesario que vol­
v iera el d ía del N o v e n o V ie n to del añ o C e -a c a tl, u n a Caña
(J . Soustelle: L a pensée cosm ologique des anciens Mexicaim,
p á g in a 1 3 ).
"L o s indio s se p re c ip ita ro n a su p e rd ic ió n c o n los ojos
cerrad o s. Sus civilizaciones flo rec ie n tes fu e ro n aniquiladas
a san g re y sangre. P e ro lo q u e los españoles les hicieron
s u frir , lo to m a b a n co m o el castig o del D ios B lan co llegado
p a ra re sta b le c e r su viejo im p e rio . Es esta c re en c ia fanática
la q u e dio a u n p u ñ a d o de a v e n tu re ro s la posib ilid ad de
d e s tru ir h a sta e n sus ra íc es la c u ltu r a de u n c o n tin e n te ”
(P ie rre H o n o ré : L ’énigm e d u D ieu Blanc précolombien,
p á g in a 7 ) .
P a ra el h is to ria d o r o c c id e n ta l, el d esem b arco de Cortés
n o es m ás q u e u n h e ch o del a z a r: este a z a r que es "el
f u n d a m e n to de la h isto ria ” . (R a y m o n d A ro n , op. cit., pág.
2 0 ) . P a ra las civilizaciones tra d ic io n a les, al c o n tra rio , todo
h ech o está p re v isto , se co n o ce p o rq u e es el m o m e n to de la
v u e lta de u n ciclo.
" E l m u n d o es sem ejan te a u n d eco rad o en el c u a l p an ta­
llas coloreadas m o v id as p o r u n a m á q u in a in fa tig a b le , pro­
y e c ta ra reflejo s q u e se su ce d ie ra n y se su p erp u sie ra n en
u n o rd e n in a lte ra b le e in d e fin id a m e n te . . . L a ley del m undo
es la a lte rn a n c ia de cu alid ad es d istin ta s n e ta m e n te re c o rta ­
das q u e d o m in a n , se d esv an ecen y re a p a re c e n , e te rn a m e n te ”
(J . Soustelle, op. c it., p á g . 8 5 ).
C a d a sociedad o c u p a , pues, u n c o n ju n to espacio -tem poral
o rg a n iz a d o de u n a m a n e ra q u e le es p ro p ia . L a concepción
c íc lic a de tie m p o d ifiere p r o f u n d a m e n te de la n o c ió n que

386
nosotros, los o c cid en tales, ten em o s de u n tie m p o irrev ersib le,
parecido a la c o rrie n te de u n río . V
Siem pre ten em o s la p o sib ilid ad de s itu a r los d ife re n te s
tiempos y los d ife re n te s espacios en u n sistem a re fe re n c ia l
único, d e fin id o a rb itra ria m e n te p o r c ie rto n ú m e ro de fe ­
nómenos físicos te rre stre s co m o las oscilaciones de u n p é n -
j Julo y la d iv isió n a rb itra ria del m u n d o e n husos iguales
j a p a r tir de u n p u n to fija d o ta m b ié n a rb itra ria m e n te . D e -
¡ bemos sin e m b a rg o re c o n o c e r q u e esta su m a de decisiones
arbitrarias sólo p u e d e d a r u n sistem a de re fe re n c ia s t a m ­
bién a rb itra rio , al q u e sólo p o r c o n v e n c ió n po d em o s p r e te n ­
der re d u c ir el tie m p o y el espacio de las civilizaciones q u e
nos ro d ean .
C ad a p u e b lo cree q u e o c u p a el c e n tro del m u n d o , c u y o
J ombligo está m a rc a d o p o r u n te m p lo o u n a saliente de tie rra
—el o m o falo s— a lre d e d o r del c u a l trib u s y fra c c io n e s se
disponen casi g e o m é tric a m e n te . Es u n a o rg a n iz a c ió n d el es­
pacio q u e vale lo m ism o q u e o tra y debem os te n e rla en
cuenta p a ra e x p lic a r y c o m p re n d e r a u n p u e b lo o a u n a
civilización. P o r ejem p lo , si u n a casta secreta o c u p a el m e ­
dio del m u n d o , n o p o d re m o s e x p lic a r su p a p el lo c a liz á n ­
dola en u n m a p a c o n re la ció n al m e rid ia n o de G re e n w ic h .
D el m ism o m o d o , u n h ech o p reciso co m o la a p a ric ió n
de u n c o m e ta o la c a íd a de u n m e te o ro o c u p a u n lu g a r
dado en el ciclo del tie m p o de u n a sociedad. N o se co n sid era
como n a c id o del a z a r sino co m o u n elem en to c u y o c o n te ­
nido m ís tic o h a y q u e d e te rm in a r e n fu n c ió n del c o n te x to
visible: m o m e n to del ciclo, lu g a r del im p a c to , sig n ific a ció n
de la h o ra , del d ía , del año e in te rp re ta c ió n de la c o n ju n ­
ción de to d o s estos elem entos y de su re p e tic ió n .
N o ten em o s el d e re ch o de d iv id ir el tie m p o y el espacio
de las dem ás civilizaciones en tro z o s o ccid en tales. T a l d iv i­
sión c o rre el riesgo de re s u lta r t a n falsa co m o u n c o rte
m icroscópico en el c u a l los c o lo ra n tes p ro v o c a ro n c ris ta li­
zaciones e x tra ñ a s al o rg an ism o e stu d iad o , a rte fa c to s.

387
E l 22 de a b ril de 1519 v iv id o p o r C o rté s era u n a fecha
n u e v a , u n m o m e n to v irg e n d estin ad o a n o repetirse.
P a ra los aztecas, el n o v e n o V ie n to del año u n a C aña no
era m ás q u e u n re to rn o al té rm in o de la sucesión de los
v e in te signos de los días, de los c u a tro signos p o rta d o re s del
año solar y de los c in co signos del tie m p o de V enus.
N u e s tr a c o n c e p c ió n lineal del tie m p o hace qu e la historia
ta l co m o se c o n cib e en O c c id e n te deriv e directam ente
de las cró n ic as re d a c ta d a s p o r los escribas en las civilizacio­
nes q u e p o seía n la e sc ritu ra . E lla nos da p rim e ro u n a su­
cesión de a c o n te c im ie n to s en el tie m p o , lu ego, vinculando
estos hechos d isco n tin u o s, c o n c lu y e c o n la ex isten cia de una
c o rrie n te c o n tin u a , irrev ersib le, an álo g a en el cu rso de un
río ideal: el sen tid o de la H is to ria , q u e n u n c a es m ás que
u n a p ro f e c ía del pasado co nocido.
E sta c o n c e p c ió n del tie m p o p u ra m e n te co n v en c io n a l no
tien e n in g u n a re la c ió n c o n los d e sc u b rim ien to s de los mate­
m á tic o s m o d ern o s.
A . G ru n b a u m h ace u n a con cesió n a los historiadores al
d e cir: " E l c o n c e p to del d e v e n ir n o tie n e n in g u n a aplicación
s ig n ific a tiv a fu e ra de la c o n cie n c ia h u m a n a ” ( T h e pbiloso -
p h y o f R u d o l p h C a r n a p , & I I I ) . P a ra él, co m o p a ra Rei-
c h e n b a c h : " N o es u n a p re rro g a tiv a h u m a n a d e fin ir u n flu­
jo de tie m p o , to d o in s tru m e n to re g istra d o r h ace lo mismo”
(R e ic h e n b a c h : T h e d ir e c tio n o f tim e , págs. 2 6 9 -2 7 0 ).
Los h isto ria d o re s h a n c o n stru id o , pues, u n sistem a a rtifi­
cial de re fe re n c ia s v aled ero p a ra u n o b serv ad o r qu e, consi­
d erán d o se fu e ra de este sistem a, a d m ite a rb itrariam en te
u n a u n id a d del espacio y u n a u n id a d del tie m p o concebidas
co m o dim ensio nes n e ta m e n te d ife re n te s. E ste sistem a no es
n e ce sariam e n te v aled ero p a ra to d o s los c u erp o s, p a ra todas
las sociedades, q u e p o r sí m ism as son sistem as de referencias
a los q u e cad a u n o re fie re el re sto del u n iv erso .
E l tie m p o del h is to ria d o r o c c id e n ta l, com o el espacio del
g e ó g ra fo , n o son m ás q u e re fe re n cia s, co o rd en ad as, que
p u e d e n p e rm itirn o s e x p o n e r la situ a c ió n de las civilizaciones

388
,diferentes de la n u e s tra , a u n q u e esta ex p o sició n sólo es v a le ­
dera p a ra los o c cid e n ta le s o p a r a los o c cid e n ta liz ad o s. v
i La h isto ria , c o m o la g e o g ra fía , c o m o el sistem a m é tric o ,
lio son sino len g u ajes, c o n v e n c io n e s, sin o tr a im p o rta n c ia
|eu las ciencias h u m a n a s. N o p o d e m o s c o n sid e ra rla en este
j dominio co m o té c n ic a s de in v e stig a c ió n , p u e sto q u e n o nos
¡perm iten a p re h e n d e r el h e c h o h u m a n o n i sobre to d o e x p li-
cario p o r u n a c o m p re h e n sió n in te rio r , sino situ a rlo sola-
j mente e n u n tie m p o q u e es el de n u e stro s relojes o de
nuestros in d ic a d o res de fe rro c a rrile s y e n u n espacio q u e
¡es el de n u e stro s atlas.
C u a n d o a firm a m o s q u e los h o m b re s de las civ ilizacio n es
tradicionales c o n f u n d e n el espacio y el tie m p o , nos e q u i­
vocamos al c o n v e r tir esa a firm a c ió n e n u n a rg u m e n to q u e
permite c o n c lu ir e n la e x iste n c ia de u n a m e n ta lid a d " p r i ­
mitiva” . E sta c o n c e p c ió n se a c e rc a , e n e fe c to , a la de
nuestros m ás m o d e rn o s re la tiv ista s. N o v am o s a re p ro c h a rle s
i esos "salv ajes” q u e n o c o n o z c a n las síntesis e n c in e ra m a de
B u rc k h ard t o de S p e n g le r, m ie n tra s q u e desde h a ce m u c h o
tiempo e sta b a n p re p a ra d o s p a ra c o m p re n d e r a E in ste in .
E n e fe c to , p a ra los m a te m á tic o s m o d e rn o s " e l m u n d o
objetivo es, n o a d v ie n e ” ( H . W e y l: P h ilo s o p h y o f m a t h e ­
matics a n d n a tu r a l sc ie n c e , p á g . 1 1 6 ) . Es la c o n c e p c ió n q u e
el sh am á n tie n e del m u n d o c u a n d o e n tr a en tr a n c e p a ra
observarlo desde lo a lto de su á rb o l sim bólico. L o c o n sid era
como u n d a to to ta l q u e p u e d e v e r e n su c o n ju n to , an álo g o
acaso al u n iv e rso de la re la tiv id a d : " U n b lo q u e espacio-
tem poral d esplegado n e v a r ie tu r , u n o b je to e stá tic o de c u a tr o
dimensiones d isp u esto e n u n a d im e n sió n de tie m p o c u y o s es­
tados trid im e n sio n a le s, c u rv ilín e o s , n o p o d em o s e x p lo ra r”
(co n fr. O . C o sta de B e a u re g a rd : L e s e c o n d p r in c ip e de
la scien ce d u te m p s , p á g . 1 1 0 ) .
E ste b lo q u e e sp a c io -te m p o ra l se h a c o m p a ra d o c o n u n
libro cu y o s sucesivos "e sta d o s trid im e n sio n a le s d el g é n ero
espacio se ría n las h o jas” .

389

i
“ Y así co m o p a ra asim ilarse u n ra z o n a m ie n to nuestra
a te n c ió n está o b lig ad a a e stu d ia r c o n tin u a m e n te el te x to en
el o rd e n en q u e está esc rito , e n fo rm a sem ejante, p a ra inser­
tarse e fe c tiv a m e n te en " la e s c ritu ra ” del cosm os cuatridi-
m en sio n al (e staríam o s ob lig ad o s) a h o je a r continuam ente
e n el o rd e n de la p ro b a b ilid a d c re c ie n te los estados tridi­
m ensionales del u n iv e rso ” (id . o p. c it., p á g . l i é ) .
H a y q u e n o ta r de paso q u e diversas tra d ic io n e s iniciáticas
h a n re to m a d o esta m e tá fo ra del m u n d o em p lead a p o r el
m a te m á tic o re la tiv ista y h a n co n sid erad o sus consecuencias
cosm ológicas y h u m a n as.
"S ey id i M o h y d d in en E l E u t u h a tu l M e k k iy a h considera
el u n iv e rso co m o sim b o lizad o p o r u n lib ro : es el te m a bien
co n o cid o del L íb e r M u n d i de los R o sacru ces y del Líber
V ita e a p o c a líp tic o . . . los c a ra c te re s de este lib ro e n p rin ­
cip io e stá n escritos sim u ltá n e a e in d iv isib le m e n te p o r la
" p lu m a d iv in a ” , E l Q a la m u l-ila h i. E stas le tra s trascen d en ­
tes son las esencias e tern as o las ideas d iv in a s” (R e n e Gué-
n o n : L a Science des le ttr e s en V oile d ’Isis. fe b re ro 1931).
E l m ism o a u to r c ita , a p ro p ó sito de este L íb e r M u n d i , el
á rb o l de v id a cu y as hojas re p re se n ta n a to d o s los seres del
u n iv erso .
P o r lo ta n to , n o h a y ocasió n de o p o n e r " h is to ria f r ía ”,
reserv ad a a las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, e " h isto ria ca­
lie n te ” , reserv ad a al O c c id e n te .
E stam o s e n p resen cia de dos c o n cep cio n es b ien diferentes
del lu g a r d el h o m b re e n el m u n d o . Esa " h is to ria caliente”
q u e c ierto s h isto riad o res q u isie ran c o n v e r tir en la H istoria
p o r ex celen cia, n o es p riv a tiv a de la c iv iliz a c ió n occidental.
H a sido, en el c u rso de las edades, p ro p ia de todas las socie­
dades q u e se h a n la n z a d o a la c o n q u ista de los bienes m a­
teriales en d e trim e n to de su sistem a tra d ic io n a l y q u e, por
esto, p re fir ie r o n la c a rre ra h a cia la n a d a an tes q u e la con­
c e p c ió n e sp iritu a lista de u n u n iv e rso o rg a n iz ad o . Los im pe­
rios del p asado c o n o c ie ro n la c ro n o lo g ía de los g ran d es acón-;

390
r
¡{cimientos y de los rein os, la lista de los reyes y la s itu a ­
ción g e o g rá fic a de los p ueblos avasallados, c o n re la ció n a h
palacio real: h a n te n id o u n a h isto ria , al m enos e n c ie rto
^om ento de su v id a : a q u el p re c isa m e n te e n que p e rd ie ro n
d sentido de su lu g a r e n el m u n d o . A sim ism o, m ás p r ó ­
jimo a n o so tro s, los g ra n d e s im p erio s de A fric a N e g ra c o ­
nocieron la m ism a f o r tu n a , h a sta el ú ltim o c ro n o ló g ic a ­
mente, el de los zu lú es, q u e se h u n d ió e n el siglo X IX ,
a la m u e rte de su fu n d a d o r S haka Z u lu .
La h isto ria , e n ta n to q u e to m a de c o n cie n c ia de u n m o ­
lim iento irrev ersib le en el tie m p o , n o es ta m p o c o p riv a tiv a
Je la civ iliz ac ió n o c c id e n ta l: está lig ad a a c ie rto m o m e n to
de desequilibrio de las sociedades h u m a n a s, causa y conse-
¡cuencia de c o n q u istas im p erialistas.
' D ife rim o s de las civilizaciones tra d ic io n a les al q u e re r c o n ­
cebir la h isto ria co m o u n c u rso lin eal en el c u a l u n a
fecha, el añ o 1789 p o r ejem p lo , sería ú n ic a , irrev ersib le,
valedera p a ra el c o n ju n to de la h u m a n id a d y sin so p o rte
espacial.
Pero al lad o de la h isto ria de los h isto riad o res e stá n los
diferendos de los filósofos p a ra c o n s tr u ir ex p licacio n es de
la H isto ria . E stas filo so fías de la H is to ria n o son o tr a
cosa q u e te n ta tiv a s p a ra v o lv e r a e n c o n tr a r el ciclo p e r ­
dido o, al m enos, p a ra d a r u n sen tid o al d e v e n ir del h o m ­
bre.
E l O c c id e n te p a re ce de tie m p o e n tie m p o to m a r c o n cie n c ia
del a b su rd o del m ito m a te ria lista , q u e saca al h o m b re de
la n a d a p o r a z a r y lo la n z a e n lo d esconocido al a z a r.
Las d ife re n te s filo so fías de la H is to ria , a u n c u a n d o son t e n ­
tativas su b jetiv as y n o sistem as a d m itid o s p o r to d a u n a c iv i­
lización, estab lecen u n p u e n te e n tre el h o m b re de las c iv i­
lizaciones tra d ic io n a les y el de la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l.
G eneralm ente p a r te n de u n p o stu la d o , de u n a a firm a c ió n
gratuita, y ja lo n a n su c u rso c o n hechos a rb itra ria m e n te
¡legidos y aislados de su c o n te x to . P e ro a veces ta m b ié n ,
iertas filo so fías de la H is to ria v u e lv e n a e n c o n tr a r u n a
I

391
vieja tra d ic ió n , la h u ella de u n a en señ an za in icia tic a , como
H e g e l al e n c o n tr a r u n p e n sa m ie n to de A n a x ág o ra s y tra­
ta r de e x p lic arlo : " E l m o v im ie n to del sistem a solar pro­
sigue seg ú n leyes in v ariab les: estas leyes son su ra z ó n , pero
n i los p la n e ta s n i el sol tie n e n c o n cie n c ia de ello” . Hegel,
p o r lo ta n to , pensó q u e los h o m b res v iv ía n la m ism a aven­
tu ra . P a ra él lo A b so lu to , p e n sa m ie n to p u ro e inm aterial,
se h a c o n v e rtid o en ex isten cia e x te rio r al p en sa m ie n to —es
la C re a c ió n — lu ego t r a ta de v o lv e r a su ex isten cia anterior:
es el d e v e n ir y el o b je tiv o de la C re ac ió n . P o r lo tanco,
si los h o m b re s son em an acio n es del e s p ír itu y si el espíritu
se b u sca a tra v é s de ellos, es lógico c o n c e b ir u n sentido
in e lu c ta b le de la H is to ria : el del e s p íritu q u e v uelve a su
in te g rid a d p rim e ra , de la c u a l los h o m b re s tie n e n o no
co n cie n c ia.
E sta a firm a c ió n de H e g e l p o d ría ilu stra rse c o n pensa­
m ie n to s análogos llegados de to d as las civ ilizacio nes. Sin
e m b arg o , la a n alo g ía se d etien e allí.
L a H is to ria , p a ra H e g el, se c o n v ie rte en u n m edio de
segregación. H a y p ueblos qu e, según él, tie n e n u n a historia,
co m o los chin os, o tro s q u e n o la tie n e n , com o los hindúes.
E sto q u ie re d e c ir q u e h a y p ueblos a tra v é s de los cuales
el E s p ír itu se busca, m ie n tra s q u e los dem ás desempeñan
el p a p e l de las hojas de ensalada alre d ed o r del asado.
Es u n a g ra n in g e n u id a d , in clu so p a ra u n alem án , susti­
t u i r el E s p ír itu en esta elección delicad a, sobre to d o para
lleg ar a c o n c lu ir q u e : " E l im p e rio g e rm á n ic o es la ma­
d u re z p r o f u n d a del h o m b re en este m o m e n to de la historia
u n iv e rsa l” . Es v e rd a d q u e esta c o n clu sió n b asta p a ra trans­
f o r m a r la " F ilo so fía de la H is to ria ” e n u n a serie de to n te ­
ría s p a n g e rm a n ista s y h ace sospechosas, al m ism o tiempo,
to d as las dem ás te n ta tiv a s del m ism o gén ero .
E l e r r o r de H e g e l fu e p e n sa r q u e el E s p ír itu se buscaba
a tra v é s de los h o m b re s, sin te n e r n ecesidad de su p a rti­
c ip ació n .

392
El N o u s de A n a x a g o ra s q u e es la In te lig e n c ia , la to m a
¡je c o n cie n c ia de u n su jeto p e n sa n te , p u e d e tra d u c irse p o r v
"conciencia” e n el sen tid o de " d a rse c u e n ta d e ” , p e ro t a m ­
bién p o r " in te n c ió n v o litiv a ” . E l m ism o te x to p o d ría m á s
exactamente tra d u c irs e : " E l m o v im ie n to del sistem a solar
prosigue seg ú n leyes in v ariab les: estas leyes re e m p la z a n la
razón, p e ro n i los p la n e ta s n i el sol tie n e n In te lig e n c ia (p a ra
'determ inarlo de o tro m o d o ) ” .
N o im p o r ta q u é a z te c a del siglo X V I h a b ría estado en
condiciones de e x p lic a r este te x to de A n a x a g o ra s, p r o ­
cedente de u n a c o n c e p c ió n c o m ú n del tie m p o y del m o v i­
miento de los astros. Los p la n etas y el sol tr a z a n signos
en el cielo, c a re c e n de in te lig e n c ia : lo In v isib le los d irig e.
Los h o m b res, reflejo s de lo In v isib le sobre la tie rra , son
¡os ú n ic o s seres capaces de leer los signos m isteriosos y D io s
/necesita qu e ellos lo c o m p re n d a n p a ra llevarlo s a El.
A p lic a n d o A n a x á g o ra s a las ciencias h u m a n a s, podem os
decir q u e u n a sociedad, q u e u n a c iv iliz ac ió n , tie n e n su a r ­
monía p ro p ia , es d e c ir su clave p erso n al p a ra d e sc ifra r los
números celestes. Las e s tru c tu ra s sociales se d e sp ren d e n de
ellos ló g ic a m en te , luego las e s tr u c tu r a s eco n ó m icas según
las cuales se elige el m a rc o g e o g rá fic o .
Si h a y leyes generales valederas p a ra la h u m a n id a d , a ú n
hay q u e d e sc u b rirlas tra ta n d o de n o to m a r lo a p a re n te p o r
lo esencial, lo c o n tin g e n te p o r la e s tr u c tu r a básica.
Las m ás sed u c to ra s te o ría s de la H is to ria se re v e lan falsas
en c u a n to o rg a n iz a n el tie m p o p a ra e x p lic a r c ie rto n ú m e ro
de hechos elegidos en el p asad o ; to d as se h a n rev elad o
igualm ente in cap aces de o rg a n iz a r el tie m p o p a ra estab lecer
una p ro sp e c tiv a , u n a visió n d el f u tu r o .
Se h a q u e rid o c o n v e r tir a la H is to ria en u n sistem a e v o ­
lucionista q u e e stu d ia el le n to d e sp e rta r de la c o n cie n c ia
social de los h o m b re s, cu y as etap a s se ría n la h o rd a , el c la n
y lu ego la c iu d a d y los im perio s.
P e ro p o r lejos q u e se re m o n te n u e s tra o b serv ació n " j a ­
más ten em o s trib u s e rra n te s y dispersas sino p u eb lo s ya
I

! 393
I
1
fo rm ad o s, irra d ia n d o o c o n q u ista n d o a lre d ed o r de u n ho­
g a r c e n tra l, u n a n a c ió n - m a d r e . . . E n e fe c to , la familia,
ta l co m o la hallam os e n las sociedades m enos evolucio­
nadas, n a d a tie n e de sim ple o de p rim itiv a . Se explica, y
sólo p u e d e ex p licarse p o r la a cció n , p o r la in te rv e n c ió n de !
u n a fu e rz a c o lec tiv a , el E sta d o ” (L . F e b v re : L a t e ñ e et
V é v o lu tio n h ú m a m e , p á g . 1 8 2 ).
C am ille J u liá n h ab ló ya de la a n tig ü e d a d de la idea de
n a c ió n (e n K e v u e p o litiq u e e t p a r le m e n ta ir e 25 de enero
de 1 9 1 3 ). P o r lo ta n to h a y q u e re c h a z a r ese evolucionismo
h istó ric o así com o los dem ás. H a te n d id o a im p o n e r nues­
tr o léx ico a to d as las dem ás civ ilizaciones, falseando asi
n u e stra s p e rsp ec tiv a s y n u e s tro estu d io . L a p a la b ra "rey”
evoca p o r ejem p lo a L uis X I V y n o al d escendiente del
a n tep a sad o f u n d a d o r q u e tra z ó el p rim e r su rc o e n el alba
de las p rim e ra s labores, su ú n ic o p riv ileg io . 1
H e m o s re p a rtid o a rb itra ria m e n te a las civilizaciones tra­
dicionales e n p u eb lo s o e n trib u s y , si nos avenim os a com­
p a r tir a d isg u sto las nociones de im p e rio y de rein o , nos
hem os reserv ad o en cam b io el té rm in o de n a ció n .
N u e s tr a H is to ria h a d escu id ad o esta "c o m p re n sió n de
los actos q u e su p o n e la c o m p re n sió n de las conciencias” I
(c o n fr. R a y m o n d A ro n : o p . c it., p á g . 1 0 5 ). j
La c o m p re n sió n de las co n cien cias n ecesita la com pren- ]
sión del c o n te n id o de las co n cien cias y la in te lig e n cia de j
su fo rm a de ex p resió n . E l c o n te n id o de las co nciencias en i
las civ ilizacio n es tra d ic io n a les q u e nos ro d e a n , co m o en las i
q u e h a n p re c ed id o en E u ro p a la era del m a q u m ism o , es
p rim e ro la c o n c e p c ió n del lu g a r del h o m b re en el m undo,
n a c id a de u n a c o n c e p c ió n del m u n d o ex p resad a en símbolos ¡
c u y a clave y c u y o sen tid o h a y q u e e n c o n tra r.
La c o n cie n c ia de u n m o v im ie n to e n el tie m p o n o es lo
p ro p io de u n a sola de las civ ilizacio n es de la hum an id ad
c o n v e rtid a p o r este h e ch o en u n sistem a de re fe re n c ia para
las dem ás. i

394
*

Para los h o m b re s de las civilizaciones tra d ic io n a les, co m o


para los m a te m á tic o s re la tiv istas del siglo X X , el m o v i-v
fíiimto del tie m p o n o es visible co m o , p o r ejem p lo , el
curso del sol. S aben de u n a m a n e ra c ie rta q u e el m u n d o es
un b lo q u e e sp a c io -te m p o ra l d ado en su c o n ju n to p e ro so­
metido a lo In v isib le. E sta c o n c e p c ió n del e sp a c io -tie m p o
ejerce sobre las civ ilizaciones tra d ic io n a les u n d e te rm in is-
mo m ás v e rd a d e ro q u e las co n d icio n es físicas de su v id a
terrestre: p a ra ellas, en e fe c to , el pasado n o es in so n d ab le
ai el f u tu r o m isterioso, son las hojas de u n m ism o lib ro .
Todos los h o m b re s tie n e n co n cie n c ia de ser los signos in s­
critos en las p ág in as de este lib ro , las hojas de u n m ism o
Arbol de V id a ag itad as al soplo del E s p ír itu ; to d o s tie n e n
igualmente c o n cie n c ia de p a rtic ip a r de la a v e n tu ra cósm ica:
una a v e n tu ra q u e n o es u n b re v e paso e n tre dos océanos
le tinieblas, sino u n a e ta p a en u n d e v en ir, necesario p a ra
la re in te g ra c ió n de la h u m a n id a d .
E n esa m a ñ a n a del 22 de a b ril de 1519, ¿ q u ié n te n ía
más c o n cie n c ia del m o m e n to q u e v iv ía ? ¿C o rtés q u e desem ­
barcaba al a za r, im p u lsa d o p o r los v ie n to s en u n p u n to
no elegido de u n a tie rra d esconocida, o c u a lq u ie ra de los
iniciados aztecas q u e m ira b a v e n ir las carabelas españolas,
esas "casas de a g u a co n alas de cisnes” y sabía que esas
cosas d e b ía n c u m p lirse , aq u el d ía , el n o v e n o V ie n to del año
una C añ a ?

395
i
rCAPITULO XVIII

LA S O M B R A B L A N C A

l h o m b r e se sien te re sponsable del u n iv erso . E l O c c i-


d e n te h a tra n s fo rm a d o esta v o c a c ió n e sp iritu a l en t é r ­
minos de m a te ria . C a d a u n a de las etap a s de n u e s tro p r o ­
greso e sp iritu a l re to m a u n esquem a p re fig u ra d o e n los rito s
y los sím bolos de las civilizaciones tra d ic io n a les,

j E l ro b o m ís tic o del sh a m á n se c o n v irtió e n el v u elo de


1lo m ás pesado q u e el aire y el acceso a las esferas celestes
en u n sueño de c o sm o n a u ta .
C om o to d o s los h o m b re s, el o c c id e n ta l tr a ta d e in s c ri­
birse en el u n iv e rso ; lo h ace in te n ta n d o lle v a r el in fin ito
I a la m a te ria , lo q u e d a — u n a v e z m ás, lu ego de los T ita n e s
de todas las tra d ic io n e s— lo m o n stru o so , lo an g u stio so : u n a
tentativa q u e a tra e , seg ú n las m ism as tra d ic io n e s, el in fa l-
table ra y o y el f in de u n a fo rm a d e p e n sa m ie n to to m a d a
una v ez m ás p o r u n f in del m u n d o .
Las civ ilizacio n es tra d ic io n a le s h a n m a n te n id o u n e q u ili­
brio e n tre m a te ria y e s p íritu , c o n ce d ié n d o le p o co a la m a ­
teria: el O c c id e n te h a elegido la v ía in v e rsa sin q u e pod am o s
decir q u e esa elecció n su p o n e u n p ro g reso e n v a lo r absoluto.
Si y o su p iera q u e p re h isto ria d o re s h a n h a lla d o los resto s
fósiles de u n av ió n , n a d a se m o d ific a ría en m i p e n sa m ie n to .
El h o m b re h u b ie ra p o d id o h a c e r a y er q u iz á lo q u e
hace h o y , si h u b ie ra h allad o e n ello u n in te ré s c u a lq u ie ra ,
ya q u e, desde el o rig e n , h a sido c a p a z de co n ce b irlo .
T ra ta m o s de s itu a r en el pasado o e n el p o rv e n ir u n
irrisorio p a ra íso m a te ria l, el ú n ic o q u e n o so tro s, b lancos
occidentales, p o d em o s c o m p re n d e r.

397
A l q u e re r d e sc rib ir las fa n ta sm a g o ría s del m a ñ an a, un
d iario titu la : "'Ingenieros, to rn e ro s, d e n tro de diez años
to m a ré is el a u to b ú s del espacio p a ra ir a tr a b a ja r en la
lu n a 55. Y en o tro n ú m e ro : " H a ré is c re c e r v u e stras ensaladas
en las h u e rta s de la estació n lu n a r 55. Se n e ce sita rá n , añade
el m ism o d iario , " c a rp in te ro s , soldadores, in clusive secreta­
rias y e ste n o -d a c tiló g ra fa s. . . se n e c e sita rá n q u iz á m ineros5’
(R o b e rt C la rk e : F r a n c e - S o i r , 28 y 29 de n o v iem b re de
1 9 6 3 ).
E ste será, pues, el re su lta d o de la c o n q u ista de la luna,
co m o u n a z o n a q u e ro d ea u n a g ra n c iu d a d , triste , con sus
tre n e s a b a rro ta d o s y sus lechugas p o lv o rien ta s. ¿V ale la pena
ir ta n lejos? A n in g ú n a n tic ip a d o r se le o c u rre que las
co n d icio n es de tra b a jo p u e d a n c a m b ia r y q u e m a ñ a n a con­
c lu y a la e sc la v itu d de los q u e so b rev iv en en las cadenas
de u n o scu ro tra b a jo sin té rm in o . A n ad ie se le o c u rre que
las esp eculacio nes in m o b iliarias d e b e rá n ab an d o n arse lo mis­
m o q u e los p e q u eñ o s ja rd in e s hortenses.
Si a d m itim o s c o n rig o r q u e n o to d o se h a resu elto en el
m iste rio del m u n d o , exigim os q u e las in c ó g n ita s se reduz­
c a n a n u e s tra d im ensión.
E l o rig e n celeste del h o m b re se re e m p laz a co n una
A tlá n tid a q u e P la tó n n o h u b ie ra re c o n o cid o , v a ria n te de
M a n h a tta n y de L u n a P a rk , in d e fin id a m e n te alejada en el pa­
sado. N u e s tr a sed de e te rn id a d se c o n v ie rte en deseo legi­
tim o de u n c o c k t a i l h o rm o n a l c u y a re c e ta poseen, junto
c o n la de la p ie d ra filo so fal, al m enos así se a firm a , los
in iciados de la A g a rth a , la G ra n C h o z a B lanca, domicilio
m ític o de los falsarios y de los im p o sto res de n u e stra época.
T o d o u n p u e b lo de e stafad o res v iv e de esta caren cia del
O c c id e n te , esta f a lta a b so lu ta p ro y e c ta d a desesperadam ente
en el p la n o m a te ria l.
T o d o s n u e stro s sueños n u n c a son m ás q u e el p o b re tesoro
q u e M efistó feles o fre c e a F a u sto a cam b io de su alm a.
N i siq u iera hem os esperado q u e M efisto nos arroje al
ro s tro su escarcela de te rc io p elo n e g ro , la p ro m esa h a bas-

398

Á
udo. EI O c c id e n te h a dado su alm a a cam b io de bienes
que, al alba, se tra n s fo rm a n in e v ita b le m e n te e n hojas m u e r - v
¡as y en opacos g u ija rro s.
¿De q u é le serv irá al h o m b re d a r la v u e lta al m u n d o
¡ii o c h e n ta segundos si p o r to d as p a rte s e n c u e n tra la m ism a
¡itiiformidad y su m ism o ted io ? ¿ P ara q u é la fu e n te de
juvencia si h a y q u e v iv ir e n tre las paredes de u n a p risió n ?
La g ra n a v e n tu r a a s tro n á u tic a del siglo X X h a elegido
para expresarse té rm in o s q u e n o h u b ie ra d esap ro b ad o C ris ­
tóbal C o ló n : e n c o n tr a r m etales raro s, p la n ta r las b a n d eras
Je p a tria s te rre stre s e n tie rra s desconocidas.
T odo esto se p a re ce e x tra ñ a m e n te al co m ie n zo de la a v e n ­
tura colonial. U n ic a m e n te los n o m b re s de los im p erio s y
Je los p rín c ip e s h a n cam b iad o . Y u n o piensa q u e u n P a p a
jrealizará la p ro f e c ía de San M alaquxas D e m ed ieta te In­
ue — la p a rtic ió n de la lu n a — tr a z a n d o e n u n globo
lunar u n a lín e a de d e m a rc a c ió n p a re c id a a la qu e su p re d e ­
cesor A le ja n d ro V I fijó en 1493 p a ra r e p a r tir to d as las
tierras d e sc u b ie rta s y p o r d e sc u b rir, e n tre los dos im p erio s
Je la tie rra : E sp a ñ a y P o rtu g a l.
S in tien d o c o n fu s a m e n te el gris de esos m a ñ a n a s, nos r e ­
fugiamos en la fa n ta sm a g o ría de los a n te a y e r e n ca n ta d o re s.
Aún allí som os in cap aces de c o n c e b ir, en n u e stro s sueños
más locos, o tra cosa q u e rascacielos d o n d e v iv iría u n a h u ­
manidad a m o n to n a d a d isp o n ien d o de tra n s p o rte s en c o m ú n
más ráp id o s.
N u e stro s a tlá n tid a s del p o rv e n ir a lc a n z a n sin g u la rm e n te
nuestros sueños del pasado.
E n v e rd a d , hem os p e rd id o el e s p íritu , n o so tro s q u e v a lo ­
ramos el g ra d o de desarrollo de u n a civ iliz ac ió n e n p o te n ­
cial de d e stru c c ió n c o n el m e g a tó n de explo sivo c o m o p a tr ó n
Je m ed id a.
A sí, la v ía q u e hem os elegido h ace q u e los d e term in ism o s
ejercidos p o r la m a te ria sobre el h o m b re se a p liq u e n a
nuestra c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l y so lam en te a ella.

399

l
1
L a c a ra c te rís tic a de este m o m e n to de n u e stra civilización
es el desarro llo de la c iu d a d m ás allá de los lím ites de la
c iu d a d , es d e c ir del h o riz o n te social p e rc ib id o p o r el hombre.
Las ciu d ad es se e x tie n d e n en f u n c ió n de su situación
g e o g rá fic a y de su p a p e l e co n ó m ico , u n a v ez olvidado el
viejo n ú c le o a lre d ed o r del c u a l los h o m b re s se h a n agrupado
in ic ia lm e n te.
Y a n o h a y in te g ra c ió n del h o m b re e n u n m a rc o armo­
nioso d o n d e debe d e se m p e ñ ar su p a p el, sino yuxtaposición
al in fin ito de seres h u m a n o s q u e c o n fu n d id o s en ese rebaño
an ó n im o , p ie rd e n p o co a p o co su d ig n id a d p a ra convertirse
en in d iv id u o s liberados de to d a o b lig ació n social, es decir,
de to d o d e b er re sp ec to del p ró jim o , de to d a conciencia
m o ra l.
E l o c c id e n ta l sabe b ien q u e tra b a ja n d o n o c o n trib u y e a
la a rm o n ía del m u n d o ; sabe in clu so q u e n o o b ra por la
h u m a n id a d n i p o r su p a ís: son ilusiones de las q u e está de
v u e lta . E n el lím ite del a g o ta m ie n to , debe c o n tin u a r ten­
d ien d o desesp erad am en te h acia los bienes de este mundo,
el b a rril sin fo n d o de sus deseos.
A caso, com o dijo E in ste in , " u n sistem a de valores mo- 1
rales c o n stru id o sobre la base del c o n f o r t o de la felicidad
in d iv id u a l sea su fic ie n te p a ra u n re b a ñ o de g a n a d o ” . Pero
los bienes m ateriales p u e d e n a c u m u larse sin lím ite ; su pose­
sión coloca al in d iv id u o p o r e n cim a de la sociedad, por
e n cim a del re b a ñ o , lib e rá n d o lo de to d a o b lig ació n social i
C ie rta p ren sa, c ie rta lite ra tu ra d e ja n e n tre v e r la posibi- !
lid ad de a lc a n z a r esta fin a lid a d , c o n d ic ió n necesaria p a ra que
la sociedad c a p ita lista sobreviva. R e p o rta je s sobre la vida
p riv a d a de los m illo n ario s nos m u e s tra n cóm o h a n podido j
elevarse p o r e n cim a de la sociedad, p legándose a las reglas
del ju eg o sin b o sq u ejar jam ás u n m o v im ie n to de rebelión, i
H a n sido em pleados in te lig e n te s y dóciles, h a sta que la
" s u e rte ” se les ap arece c o n la fo rm a de u n a p rim e ra espe­
c u la c ió n fin a n c ie ra , de u n p a p e lito en u n film o de un i
c o n c u rso de belleza.

400

J
Si M a rx an alizó c o rre c ta m e n te la sociedad in d u s tria l de
su tie m p o — la seg u n d a m ita d del siglo X IX — se e n g a ñ ó -
groseramente en sus previsiones p a ra el f u tu r o . L a lu c h a
Je clases sobre la c u a l fu n d a b a ta n ta s esperanzas es im p o ­
sible desde el m o m e n to en q u e el p ro le ta ria d o sigue el
juego y a c e p ta a c u m u la r bienes. Los in d u stria le s h a n c o m ­
prendido q u e su m e jo r c o m p ra d o r era su o b re ro . E l t r a ­
bajador h a d ejad o de ser u n p ro le ta rio , sigue p ro d u c ie n d o ,
pero tra b a ja p a ra c o m p ra r lo q u e p ro d u c e y se e n c ie rra sin
protestar, to d a su v id a , e n fá b ric a s q u e , al g ira r, p ro d u c e n
e l triste re c h in a m ie n to de la ja u la d o n d e u n a a rd illa p risio ­
nera a g o ta sus fu e rz a s.
Y a n o h a y esa d ife re n c ia de niveles g e n era d o ra de c a ta ­
clismos sociales q u e M a rx d e sc o n ta b a, sino p o sib ilid ad de
un e n riq u e c im ie n to c u y a ú n ic a e sp e ra n za basta p a ra q u e se
acepte la d ife re n c ia e n tre clases laboriosas y " a p ro v e c h a -
dores” .
E l h o m b re b la n c o es el ú n ic o de to d o s los h o m b re s de
la tie rra q u e y a ñ o vive al ritm o del u n iv e rso , e n c o m u n ió n
con lo In v isib le. A ta c a d o de v é rtig o al b o rd e de u n a sim a
desconocida, t r a t a de d o m in a r su a n g u stia c o n la a y u d a de
pequeñas c e rtid u m b re s a la a ltu ra de su v id a e sp iritu a l,
¡de ap arien cias de p eq u eñ a s c e rtid u m b re s: lee su h o ró sco p o .
La m a y o r p a r te de los h o m b re s b lan co s a d u lto s y c iv ili­
zados de este siglo X X co n o ce su signo z o d iacal de n a c i­
miento e in c lu so su ascen d en te. T o d o s leen los h o róscopos
impresos, c o m p a ra n d o ju ic io sam e n te las previsiones de los
diferentes sem anarios c o n las de su d iario h a b itu a l; se ale­
gran p o r u n fe liz tríg o n o o se a flig e n p o r u n a c u a d r a tu r a ,
ignorando q u e o tro s fen ó m en o s p u e d e n o c u r r ir p a ra c o n ­
trariar el c u rso de los astros, c o m o ese del c u a l m e h a b ló
un tip ó g r a fo - a r m a d o r am ig o , u n d ía e n q u e "so b re el m á r ­
mol” , los signos del h o ró sco p o c o tid ia n o h a b ía n in te r c a m ­
biado sus fo r tu n a s y sus riesgos al a z a r de u n c o d az o
desdichado.

401
1

H e a q u í, pues, el g ra n secreto de n u e stra época, el que


ig n o ra n siste m á tic a m e n te los sostenedores de la ciencia ofi­
cial y los p o lític o s.
L a a stro lo g ia h a e n tra d o en las c o stu m b res de O ccidente
en esta seg u n d a m ita d del siglo X X com o en n in g u n a otra
ép o ca de la H is to ria , g racias a la d ifu sió n qu e le da la
p ren sa. E lla crece ta n to co m o p u e d e, d ilatán d o se en el
v a c ío in m en so de n u e s tra v id a e sp iritu a l c o n sus revistas
p a rtic u la re s , sus p á g in as y sus co lu m n a s reservadas en la
m a y o r p a rte de los diario s y de los sem anarios. C u an d o un
p e rió d ic o c o m p ru e b a u n a baja en su tira d a , le b asta anun­
c ia r "su s posibilidades en a m o r y en d in e ro ” p a ra enderezar
p r o n to la c u rv a de su v e n ta y m a n te n e rla a lo largo de
u n a sabia d estilació n de los doce signos.
P ero n o es sólo la p ren sa. T o d o u n p u e b lo de astrólogos,
de adivinos y de v id e n te s vive de esta a n g u stia del hombre
b lan co . Son m ás n u m ero so s q u e en tiem p o s de Babilonia
o de M em fis, m ás resp etad o s q u e en A te n a s y en Roma;
c e rc a de diez m il en la re g ió n parisiense, qu e p a g a n una
p a te n te m ás elevada q u e la de los m édicos y q u e ta l vez
tie n e n u n a c ifra de casos p o r lo m enos igual.
In o fen siv as joyas de b a z a r se c o n v ie rte n en talismanes
ad o rn a d o s c o n los n o m b re s prestigio sos de " c r u z m aravi­
llosa” , " g e m a m isterio sa” , " jo y a ir r a d ia n te ” .
U n sem an ario im p rim e los signos p la n e ta rio s de Paracelso
y los o fre c e com o p rim a a sus lecto res: b asta c o n recor­
ta rlo s y p eg arlo s sobre c a r tu lin a p a ra q u e la su erte se vuel­
v a al f in h a cia q u ie n los lleve c o n fe.
T o d o o c u rre co m o si c u a tr o siglos de racio n alism o vi­
sible n a u f r a g a r a n en silencio.
Es im posible d e lim ita r la a m p litu d de este fenóm eno
sociológico. Los in v estig ad o res c re en m a n te n e rse en u n a pers­
p e c tiv a m a rx ista y q u ie re n ig n o ra r ese g ra n m ovim iento
del O c c id e n te q u e n o c o n c u e rd a c o n sus te o ría s básicas.
Los especialistas de la socio logía religiosa a c e p ta n realizar
esta d ístic as de la p r á c tic a de las religio nes oficiales, pero se

402
niegan a c o n sid e ra r los sucedáneos gracias a los cuales el
hom bre b la n c o d esacralizad o calm a su a n g u stia. v
A u n q u e los sociólogos a c e p ta ra n v e r, al fin , p o r e n cim a
de sus especulacio nes filosóficas, las realidades de la vid a
cotidiana, u n a en cu e sta de este g én ero sería b ien d ifíc il de
llevar a cabo. ¿Q u é am a de casa c o n fe sa rá q u e pasa m ás
tiempo en el c o n su lto rio de la v id e n te q u e en la p e lu q u e ría ? ;
' ¿qué h o m b re de negocio s re c o n o c e rá q u e h a en v iad o diez
estampillas p a ra re c ib ir " n u e s tro fo lle to ilu stra d o sobre la
milagrosa estrella de c in co p u n ta s , sin n in g ú n c o m p ro m iso
!de su p a rte ? ; ¿q u é b a n q u e ro d irá q u e v isita to d as las se-
| manas a u n a p o rte ra ilu m in a d a y q u e espera de u n e s p íritu -
guía, consejos p a ra ju g a r a la B olsa?; ¿q u é h o m b re p o lític o
notorio a d m itirá qu e ab re v a su e sp eran za en la v o z de u n a
m ujer a n c ia n a in c lin a d a sobre la b o rra del c afé?
) A caso, en el siglo X X , la situ a c ió n de to d o esto p o d ría
determ inarse si la cien cia o fic ia l d e jara de c u b rirse el ro stro .
Es posible v a lo ra r los fu n d a m e n to s de la a stro lo g ia c o n fia n d o
; a m á q u in a s e lec tró n ica s cien m il horóscopos, p o r ejem plo,
i y o tra s ta n ta s b io g ra fía s reg istrad as en fich as p e rfo ra d a s.
U n g ru p o de in v estig ad o res n o n e c e sita ría m ás q u e alg unos
años de tra b a jo , luego de los cuales sab ríam o s, c ifra s en
m ano, si h a y q u e a d m itir o p ro h ib ir; si la a stro lo g ia debe
ser enseñada en las fa c u lta d e s, com o la p sico lo g ía, p o r e jem ­
plo, o d esen m ascarad a com o u n a estafa.
P e ro q u iz á el h o m b re b la n co q u ie ra c o n se rv a r su in c e rti-
! dum bre. L a a stro lo g ia es el ú ltim o lazo que lo u n e a lo
| m aravilloso, persiste en O c c id e n te p o r su lado m a te ria l, al
que to d o el m u n d o se aco m o d a: p a rece t a n p ro b a b le com o
una m e te o ro lo g ía , n o exige n in g ú n re n u n c ia m ie n to , n o deja
e n tre v er n in g u n a prom esa.
E l h o m b re b la n co cree en la p ro b a b ilid a d , e n la su erte,
en la f o r tu n a , en el c asa m ien to fe liz , en las g an an cias, en
la L o te ría n a cio n a l, en el tie r c é o en el to to c a lc io , así
com o el c o n d e n a d o a re c lu sió n p e rp e tu a cree en la H e rm o sa ,
* en el te rre m o to q u e d e s tru irá los m u ro s de su p risió n , en

403
la re v o lu c ió n q u e le a b rirá las p u e rta s. T o d o u n pueblo de
v id en tes, de astrólo gos y de c o m ercia n te s en talismanes
viv e de eso: sólo la su erte p u e d e p e r m itir su p e ra r la desi­
g u a ld a d social de n u e s tra civ iliz ac ió n y los m enos favore­
cidos c u e n ta n co n ella.
E l h o m b re b la n co es el ú n ic o en la h u m a n id a d que tiene
este sueño. Su h e rm a n o de las civilizaciones tradicionales
c o n su lta el p o rv e n ir p o r in te rm e d io de u n in iciad o o de un
sacerd o te, p a ra c o n o c e r la v o lu n ta d de los dioses, es decir,
el m o tiv o e x a c to de la a rm o n ía del m u n d o en el cual
q u iere in sertarse. E l o c c id e n ta l b usca u n " t r u c o ” p a ra forzar
la su erte, u n a " c o m b in a c ió n ” , u n a " tr a m p a ” p a ra alcanzar
el d estin o q u e, sin em b arg o , él m ism o se h a fo rja d o pensando:
" N u n c a se sabe” .
E l h o m b re de las civilizaciones trad icio n ales, a tac a d o por
la e n fe rm e d a d , t r a ta r á de saber en q u é ha o fe n d id o a lo
Invisible. Si la causa de su m a l n o es m e ta físic a — psicoso-
m á tic a si se q u ie re — tr a ta r á de p ro c u ra rse los mejores
rem edio s m a te ria les posibles, c o m p re n d id o s los del hom bre
b lan co .
E l o c c id e n ta l u tiliz a p rim e ro to d o s los rem edio s m ate­
riales q u e conoce p a ra te rm in a r en las m anos de los cu­
ra n d e ro s, re p itie n d o a ú n : " N u n c a se sabe” . Sin b u sc a r n unca
en él la causa de su m al.
E l ta lism á n q u e lleva el h o m b re de las civilizaciones
tra d ic io n a les es u n a rc a de a lian za, el re c u e rd o de un
c o n tr a to c o n el Invisible. Los a m u leto s cad a v ez m ás n u m e ­
rosos en O c c id e n te n o son m ás q u e sim ples objeto s.
E sta v o lu n ta d de a d q u isició n de los bienes m ateriales hace
a p a re c e r en O c c id e n te u n e x tra ñ o id eal social, desconocido
en el re sto de la h u m a n id a d : el h o m b re c o m p e titiv o , agre­
sivo, " d u r o en negocios” , es d e c ir sin e scrú p u lo s n i com ­
p asión, el ú n ic o c a p a z de a c e rta r en u n a c iv ilizació n de
presa. O c c id e n te responsable de este id eal social, se considera
a p a rte , su p e rio r en to d o s los dom inios. L a h u m a n id a d ante
él n o es m ás q u e u n m o n tó n de p u eb lo s "su bdesarrollados”

404
o “ en v ías de d e sa rro llo ” , es d e c ir c o n la lejan a e sp eran za
de ig u a la r u n d ía el p re stig io del h o m b re b lan co . v
E n lo m ás a lto de la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l h a y pueblos
super d esarrollados, los G ra n d es, los ú n ico s capaces de e n ­
tregarse a las costosas o p eracio n es de la c a rre ra a la lu n a .
E n tr e estos e x tre m o s se sitú a n los p u eb lo s de ra z a b la n c a
y de c iv iliz a c ió n in d u s tria l de o rig e n h istó ric o c ristia n o .
D esem peñan en la h u m a n id a d el p a p e l de los “ aseg u rad o s”
en la sociedad c a p ita lista así co m o los dem ás, los G ran d es,
pretenden d e se m p e ñ ar el p a p el del P rín c ip e o del E stad o .
Los p u eb lo s “ su b d esarro llad o s” se c o n v ie rte n e n to n ce s, ló ­
gicam ente, seg ú n esta p e rsp e c tiv a , e n los p ro le ta rio s de la
hum anid ad. In genio sos d ialéctico s h a n e n c o n tra d o in clu siv e
para designarlos e n su c o n ju n to el n o m b re de “ T e rc e r
¡M undo” , lo qu e re c u e rd a fe liz m e n te el “ T e rc e r E sta d o ” y
la im ag en de E p in a l de los E stad o s G enerales re u n id o s p o r
Luis X I V e n el lecho de m u e rte de la m o n a rq u ía . Los dos
G randes, C le ro y N o b le z a , o c u p a n la d e re ch a y la iz q u ie rd a
del c u a d ro c o n los reflejos de las p ú rp u ra s , el b rillo del
arm iño y de los encajes de o ro : de ro dillas, al c e n tro , esos
señores del T e rc e ro , en tra je n e g ro , p obres p e ro h o n rad o s
y bien lim pios c o n sus golillas blancas.
Si se re c o rre la lite r a tu r a p o p u la r de u n siglo an tes o des­
pués de esta escena de fa m ilia , se c o m p ru e b a q u e al " p u e b lo ”
se le a trib u ía n to d o s los d e fe c to s q u e O c c id e n te a trib u y e h o y
a los países del T e rc e r M u n d o : perezoso, sin n in g ú n sen tid o
del re n d im ie n to , rid ic u la m e n te a fe rra d o a m é to d o s p r im iti­
vos de tra b a jo , sin n in g ú n sen tid o del a h o rro y c o n m u c h o
de niños.
E l siglo X V I I I fu e el siglo de las L uces, e n el c u a l p e n sa ­
dores de b u e n a v o lu n ta d tr a z a r o n planes p a ra m e jo ra r el
destino de la h u m a n id a d , p en san d o q u e b a sta b a e d u c a r “ a
esa g e n te ” p a ra p ro c u ra rle u n a m e jo r c o n d ic ió n . E l siglo
XIX, p o r su p a rte , c o n tin u ó esa o b ra y los h ered ero s de
los m ism os pensadores q u isie ro n m e jo ra r la c o n d ic ió n de los
pueblos a ú n fu e ra de O c c id e n te , sin c o n su ltarlo s, re n o -

405
v a n d o las te n ta tiv a s d estin ad as siem pre, sin em b arg o , al fra­
caso de los déspotas ilu strad o s.
C o m o dijo M m e. de G enlis: " P a ra c iv iliz a r a los salvajes,
siem p re h a b rá q u e c o m e n z a r p o r d o m in arlo s, así com o hay
q u e c o m e n z a r p o r g o b e rn a r d e sp ó tic a m e n te a los niños”
(L e s veillé e s d u c h u te a n o u C o u rs d e m o r ale d l’usage des
e n fa n ts , p á g . 2 9 5 ).
C ad a siglo h a te n id o sus en ciclo p ed istas; el n u e stro es el
de los econom istas. Se h a n in c lin a d o g ra v e m e n te sobre el
caso de esos países considerados subdesarrollados, d an d o sus
d iag n ó stico s co n el to n o sentencio so de u n m é d ic o llamado
a la cab e c era de u n e n fe rm o . L uego llegó el misionero
d esem b arcad o en ú ltim o té rm in o : el In te le c tu a l, q u e quiere
h a c e r e n tr a r a los "p aíses su b d esarro llad o s” en la H istoria,
sin haberse p re g u n ta d o n u n c a , en su in g e n u o o rg u llo , por
el lu g a r q u e o c u p a el O c c id e n te en la h isto ria de los
b a m b a ra , de los m o i o de los esquim ales. T a m b ié n el inte­
le c tu a l q u iere c iv iliz a r a los salvajes, es d e c ir q u e sean seme­
ja n te s a él; ta m b ié n él in te n ta d o m in arlo s com o puede.
E n el fo n d o , d esp recia a los p u eb lo s del " T e r c e r M undo”
tales com o son; sólo los a c e p ta en la m ed id a en que esas
"p o b la c io n e s” se so m eten y c a p itu la n u n a vez m ás ante
el p e n sa m ie n to o c c id e n ta l m ás in tra n s ig e n te qu e n u n c a .
N in g u n o de esos "h éro es civ iliz ad o res” , cán d id o s u odio­
sos, se h a p re g u n ta d o si no era rid íc u lo p ro p o n e r la civili­
z a c ió n o c c id e n ta l co m o el ú n ic o f in posib le; si eso no era
ta n a b su rd o co m o o fre c e r al e rm ita ñ o del m o n te A to s tra ­
b a ja r en u n a fá b ric a y v iv ir en u n d e p a rta m e n to de dos
h a b ita cio n e s y c o cin a p a ra lle v a r u n a ex isten cia m ás " ra ­
c io n a l” , " p ro g re s ista ” y " c iv iliz a d a ” .
N in g u n o de esos p ro fesio n ales del p e n sa m ie n to p u ed e ad­
m itir q u e el m a q u m ism o , así co m o n u e stro sistem a de pro­
d u c c ió n y de c o n su m o , son o tro s ta n to s c rite rio s propios
de la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l en u n m o m e n to d ado de su
e x isten cia: c rite rio s re la tiv o s co m o la ru e d a , el to rn o de
a lfa re ro , el b o o m e r a n g o el ju eg o de c arta s, n in g u n o de

406
|os cuales c o n stitu y e el ín d ic e irrec u sab le de u n a p e rfe c c ió n
¡(el p e n sa m ie n to h u m a n o .
E xiste ta m b ié n el " C u a r to M u n d o ” , del c u al n ad ie se
preocupa, así com o en los E stados G enerales aquellos señores
del T iers n o p e n sa b a n en los intereses de los cam pesinos
empleados en sus tie rra s. E x iste n los ta tu a d o s, los e m p lu ­
mados, los desnudos, rech azad o s p o r la h u m a n id a d , e x p lo ­
tados p o r to dos, incluso p o r el T e rc e r M u n d o , cu y o s n o m ­
bres n o a p a re c e n sino en los m useos de e tn o g ra fía . N o tie n e n
otra so lu ció n q u e m o rir: se a p a g a n p o co a p o co , in e x o ra b le ­
mente, a n te la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l, co m o h a n d esap are­
cido cierto s anim ales sin defen sa o dem asiado adornados.
A sí el O c c id e n te re c o rta a la h u m a n id a d a su g u sto , p o ­
dando civ ilizacio n es en flo r, re c o rta n d o d e lib e ra d a m e n te t e ­
soros de c o n o c im ie n to y de p e n sa m ie n to h u m a n o . E n n in g ú n
m omento hem os c o m p re n d id o q u e este su b d esarro llo p e r ­
tinaz de c o n tin e n te s e n tero s o in clu so de regio nes europeas,

Í
'era en re a lid ad la pesada reserv a de la h u m a n id a d , q u e
protegía a los ú n ic o s h o m b re s capaces de so b re v iv ir c u a n d o
¡os ascensores e stá n bloqueados y las p a n a d e ría s cerrad as.

M uchos ejem plo s to m ad o s en n u e s tra c iv iliz ac ió n d e b e ría n


perm itirnos m e d ir el o rg u llo de O c c id e n te , que sólo q u iere
adm itir el su b d esarro llo m a te ria l.
N o p re g u n to q u é sociólogo a c e p ta ría e stu d ia r el subdes­
arrollo in te le c tu a l y m o ra l de la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l en
este ú ltim o tra m o del siglo X X . ¿ A d m itiría m o s q u e filósofos
oceanianos, a fric a n o s o asiáticos v in ie ra n a in q u ie ta rse del
aum ento de la tasa de las e n fe rm e d ad e s m e n ta les y de la
crim inalidad en O c c id e n te o nos p ro p u s ie ra n u n p la n m e tó ­
dico te n d ie n te a c o n v e rtirn o s en pob lacio n es " e n vías de
desarrollo” ?
H em o s d ecid id o ig n o ra r n u e stro a b u lta d o pasiv o p a ra p r o ­
ponernos co m o m odelo del re sto del m u n d o : apenas p o r
vanidad, sobre to d o p o r in te ré s. Som os los " g a r a n te s ” y p o r
eso ten em o s to d o s los derechos sobre el resto de la h u m a ­
nidad. H e m o s falseado d e lib e ra d a m e n te el e q u ilib rio eco n ó -
407
m ic o y h u m a n o de las civ ilizacio n es trad icio n ales y arras­
tra d o el resto de la h u m a n id a d c o n noso tro s, en nuestra
lu c h a sin f in p a ra a d q u irir los bienes de este m u n d o .
N in g ú n m o ra lista h a p la n te a d o n u n c a el p ro b lem a de
la resp o n sab ilid ad de O c c id e n te e n esta c re ac ió n de necesi­
dades a rtificia le s, q u e e n m ascaram o s bajo el n o m b re de
" c iv iliz a c ió n ” o de " n iv e l de v id a ” , sin o tro o b je to real que
h a c e r m a rc h a r n u e stra s fá b ric a s.
E n el p la n o h u m a n o , nos hem os im p u e sto co m o ejemplo
al re sto del m u n d o . L a c o lo n iz a c ió n n u n c a h a sido más
q u e u n a v o lu n ta d de p ro v o c a r d e lib e ra d a m e n te tran sfo r­
m acio n es in te le c tu a le s c o n el p re te x to de p ro g reso moral:
p ro sig u e su o b ra in e x o ra b le m e n te , la rg o tie m p o después
q u e las arm as h a y a n sido d epuestas.
E n m u c h a s civ ilizacio n es tra d ic io n a les, los h o m b res han
te n id o la p re c ie n c ia de lo que a p o rta b a n los p rim ero s blancos:
m u c h o s los c o n sid e ra ro n c o m o so m b ras llegadas de u n país
de b ru m a s, c e rc a n o a las tin ieb las de la n o ch e sin fin.
A su llegada a la C o lu m b ia b ritá n ic a , los blancos hacen
c o ce r el a rro z . Son gusanos, p ie n sa n los indios. E l arroz
está m e z c la d o c o n m elaza, q u e los indio s h a lla n semejante
a la grasa de m u e rto (c o n fr. L é v y -B rü h l: L a m en ta lité
p r im itiv e , págs. 4 0 9 - 4 1 1 ) . '
" A su llegada a las N u e v a s H é b rid a s, los europeos fueron
to m ad o s p rim e ro p o r fa n ta sm a s y así los lla m a ro n : a sus
tra je s los lla m a b a n pieles de fa n ta sm a s y a sus gatos: ratas
de fa n ta sm a s” (A . B. D e a c o n : M a le k u la , p á g . 6 3 7 ).
A ú n h o y , si se p re g u n ta a u n caledonio q u e e n tra en
u n n eg o cio d e la c iu d a d de N u m e a lo q u e v a a buscar,
resp o n d e q u e v a a c o m p ra r u n k a ra boa, es d e c ir que va
a c o m p ra r u n a p iel de dios. P ues la " p ie l de dios” ha
q u e d ad o , después de C o o k y sus sucesores, co m o el nom bre
del tra je e u ro p eo . Los p rim e ro s h o m b re s blancos desem bar­
cados en la isla fu e ro n to m ad o s p o r d ifu n to s deificados,
m u e rto s q u e v e n ía n p a ra v isita r su vieja m o ra d a , cuyas

408
^tenciones b u en as o m alas, e ra n d ifícile s de p re v e r ( c o n fr.
¡1. L e e n h a rd t: D o K a m o , p á g . 3 9 ) . v
Los a u stralian o s v ie ro n en los caballeros a niñ o s m o n s tru o -
¡os llegados del O tr o M u n d o , llevados a h o rc a jad a s a esp al­
das de sus b ru ja s m ad res. C o n fre c u e n c ia ta m b ié n , esos
liombres p álid o s, de pelo ru b io o ro jizo y de ojos claros,
se c o n sid e ra ro n co m o fieras. Los esquim ales del m a r de B e­
ring c re y e ro n q u e los p rim e ro s blancos, e n la o p o rtu n id a d
oficiales de la M a rin a im p e ria l ru sa, b ie n ceñid os en u n if o r ­
mes de b rilla n te s b o to n es, e ra n p eces-sierra m o n stru o so s.
D esde el c o m ie n zo , los p rim e ro s c o n ta c to s siem p re e n ­
gendraron c a tá stro fe s: m a le n te n d id o s q u e d e g en e ra b a n en
riñas y luego e n m asacres. C o m o e sc rib ía B o u g ain v ille: " T ie -
Inen de n o so tro s la idea de seres m aléfico s, p e ro q u e n o les
iperdonarían su re se n tim ie n to e n sem ejan te c o y u n tu r a . . . ”
j C om o o c u rre e n casos sem ejantes, es siem p re el v io le n to
el qu e t r i u n f a sobre el p a c íf ic o sin q u e se p u e d a a trib u ir
i su v ic to ria o tra cosa q u e u n a p ru e b a de fu e rz a física.
A veces los h o m b re s b lan co s fu e ro n v en erad o s: se fe lic i­
taro n e n to n ce s p o r el te m o r “ su p ersticio so ” qu e in sp ira b a n ,
¡sin im a g in a r p o r u n solo in s ta n te q u e p o r su p iel p á lid a
los c o n sid e ra b a n co m o cad áv eres sin alm a, sin s e p u ltu ra ,
privados de to d o sen tid o m o ra l e in clu so de la c o n cien cia
de sus acto s, obligados a e rra r sin f in p o r los m ares y los
continentes p o rq u e ig n o ra b a n los rito s.
Las m ás de las veces, los p rim e ro s b lan co s fu e ro n tra ta d o s
como h o m b re s a los q u e c o n v e n ía te n e r a p a rte y c o n los
cuales era p re fe rib le n o aliarse: su co d icia p u e ril so rp re n d ía
a los h o m b re s de las civilizaciones tra d ic io n a les, q u e no
atrib u ían g ra n v a lo r al o ro , a las p erlas o al n á c a r, y que
se a so m b rab a n de v e r a esos p álid o s n iñ o s g ra n d e s ig n o ra r
las cosas de lo In v isib le y fo r m u la r a ta l p ro p ó sito p r e g u n ­
tas groseras y to rp es.
E n las visiones p re m o n ito ria s del lu g a r de re n a c im ie n to ,
el B a r d o T h o d o l, ese g u ía tib e ta n o de lo In v isib le, re c o ­
mienda d e c ir al alm a e rra n te a ú n p risio n e ra del estado

409
in te rm e d io : "S i se debe n a c e r en el C o n tin e n te occidental
de B alo n g -C h o d , se p e rc ib irá u n lago c o n caballos y yeguas
q u e p a c e n en sus orillas. N o vayas allá, vuelve. A u n cuando
halles riq u e z a y a b u n d a n c ia , es u n a tie rra d o n d e la religión
n o p re v a lec e : n o e n tre s en ella” ( o p . c it., p ág . 1 5 9 ).
E l c o n ta c to del h o m b re b la n co h a sido m ás m o rta l para
las civ ilizacio n es tra d ic io n a les q u e c u a lq u ie r lepra. La sola
posesión de los bienes q u e v en d e h a a n iq u ila d o poblaciones
e n teras, co m o si tra n s m itie ra n u n m isterioso c o n tag io .
E n 1612, los iroqueses te n ía n arm as de fu eg o , adquiridas
a los tra fic a n te s holandeses. Se c o n v irtie ro n en to n ces en
m e rc en a rio s solicitados p o r los franceses y los ingleses, que
lib ra b a n en A m é ric a u n a g u e rra sin c u a rte l. E l Gran
C onsejo de O n o n d a g a n o llegó a im p o n e r y a su autoridad,
las e s tru c tu ra s tra d ic io n a les se h u n d ie ro n , m in ad as p o r el
o ro del h o m b re b lan co . E n 1666, los m isioneros jesuítas se
la m e n ta b a n , pues los iroqueses re c o rría n h a sta ochocientos
k iló m e tro s p a ra o b te n e r u n a c a n tim p lo ra de aguardiente.
Las aldeas son a b an d o n ad as, los cam p o s q u e d a n baldíos. La
g u e rra al servicio del h o m b re b la n co se h a c o n v e rtid o en
u n o ficio en el c u a l se a g o ta to d o u n p ueblo.
E n o tra s p a rte s es, al c o n tra rio , la c a rid a d del hom bre
b la n co la q u e h a re su lta d o m o rta l. " E l b lan co sum inistra
to d o y resp o n d e a to d o . D is trib u y e p ro d u c to s elaborados.
La g e n te a m o n to n a d a en cabañas cad a vez m ás repugnantes
a c a b a n p o r m o rir esp eran d o la p ró x im a d istrib u c ió n . Lo
q u e q u e d a del g ru p o n o es m ás q u e m u e rte y enferm edad,
lo q u e re sta de e sp e ra n za se v u e lca e n te ra m e n te hacia el
e x te r io r” (J. E m p e ra ire : L es n ó m a d e s d e la m e r , p ág . 103).
H a y q u e a ñ a d ir a esto el deseo de ig u a la r a los occiden­
tales, q u e obliga al tra b a jo y a la h u m illa c ió n , cada vez
m enos a d v e rtid a c o n el tie m p o , de las d istrib u cio n es, de
los dones, de las adopcio nes.
" H a lla n d o m ás fá c il p e d ir q u e b u sca r, se d e g ra d a n pro­
g re siv am e n te a la c o n d ic ió n de m e n d ig o s” (id . o p . c i t ., pág.
1 3 ). E sta a c titu d m a l so p o rta d a al co m ien zo , se ha con-

410
,ertido e n u n a c o stu m b re , luego, a c tu a lm e n te , e n u n a p o ­
laca. V

El e s p ír itu de c o n q u ista , la V o lu n ta d de p o d e r ¿son los


¡rítenos de u n a p e rfe c c ió n ?
Im ag in em o s q u e los oceanianos h a y a n te n id o u n a a m b i-
ción an álo g a a la n u e stra : n ad ie les h a b ría im p e d id o desem ­
barcar e n E u ro p a com o n u evos v ik in g o s, llevados p o r sus
¡«raguas.
¿Q ué R e n a c im ie n to h u b ie ra p o d id o resistir a las fle c h ita s
untadas c o n c u ra re , la n zad as p o r c e rb a ta n a s llegadas de
Amazonia?
N u e s tra c iv iliz a c ió n h a b ría re tro c e d id o a n te la a m en a z a
jgazapada e n las selvas de E u ro p a , h a b ita d a s p o r e x tra ñ o s
pueblos ap to s p a ra v iv ir e n ellas. N u e stra s altas m u ra lla s
no nos h u b ie ra n p ro te g id o la rg o tie m p o c o n tra h o m b re s
desnudos, silenciosos, ágiles y h a m b rie n to s.
La h isto ria clásica h a c o n serv ad o el re c u e rd o de p e r ío ­
dos d u ra n te los cuales u n soberano p u d o im p o n e r su d o m i­
nación g racias a u n a c asta g u e rre ra h o m o g én ea. E sta d o m i­
nación g e n e ra lm e n te a lca n z ó p ro n to sus lím ites e n el es­
pacio y e n el tie m p o .
Los im p erio s de N ín iv e , de A su r, de M icenas o de
Egipto o scilaro n a lre d ed o r de u n m ism o c e n tro de g ra v e d a d
geográfico, c u b rie n d o p e río d o s m ás o m enos largos.
I Los im p erio s de I r á n y el im p e rio de A le ja n d ro p a re c e n
iser los p rim e ro s e n h a b e r salido de sus áreas de c iv iliz ac ió n
j en h a b e r d u ra d o sólo alg u n o s años y , a veces, com o el
imperio de A le ja n d ro , el espacio de u n a v id a h u m a n a .
T odos e ra n y a p re fig u ra c io n e s de la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l
por su v o lu n ta d de h e g e m o n ía y ta m b ié n p o r su c o n cie n c ia
profunda de ser re su lta d o de u n desarro llo , de poseer to d as
las té c n ic a s, to d o s los re fin a m ie n to s, to d a la “ c iv iliz a ­
ción” de u n a época.
E n c ad a ocasión estos rein os de la m a te ria a c a rre a ro n u n
debilitam iento de los valo res esp iritu ales al d a r al h o m b re ,

411
co m o ú n ic a fin a lid a d de su v id a te rre s tre , la co n q u ista de
los bienes de este m u n d o .
E n esto, el O c c id e n te del siglo X X n o es m ás que un
p u n to c u lm in a n te , n o u n fe n ó m e n o n u ev o . H a ido más
lejos q u e los dem ás im perios, avasallando a la hum anidad
e n te ra , d o m in a n d o el m u n d o m a te ria l, p e rp e tu á n d o se en
el tie m p o , re a liz a n d o los m ás locos y crueles sueños de po­
d e r, d o rm id o s en el h o m b re y h a sta el p re sen te sofocados.
E l re c u e rd o de las d e stru cc io n e s h u m a n a s m asivas reali­
zadas e n O c c id e n te y p o r O c c id e n te e n este siglo X X , está
a ú n en to d as las m em o rias: es in ú til re c o rd a r los hechos.
N in g ú n p u e b lo , p o r té c n ic a m e n te d esp ro v isto qu e esté,
n in g ú n " sa lv a je ” d esn u d o y ta tu a d o h a co n ceb id o que se
p u e d a d e sp rec ia r la d ig n id a d h u m a n a h a sta el p u n to de
lleg ar a la a b o m in a c ió n de las c á m a ra s de gas, a los campos
de c o n c e n tra c ió n , a los cu erp o s h u m a n o s tra n sfo rm a d o s en
ab o n o o en jab ó n .
O c c id e n te h a sido a rra stra d o p o r la g u e rra a lo más
p r o f u n d o del abism o, h a sta a lc a n z a r la espiral descendente,
el fo n d o de la m a te ria . Es d ifíc il, re fle x io n a n d o sobre este
d ra m a cuyas huellas p e rd u ra n a ú n en n u e stra memoria,
a firm a r que la c iv iliz ac ió n o c c id e n ta l es el bien supremo
de la h u m a n id a d , su re su lta d o m a te ria l y m e ta físico . Es
im p en sab le h a c e r de la g u e rra , deseada p o r el h o m b re, el
ag en te de u n p e rfe c c io n a m ie n to , a m enos que se vea el
m u n d o al revés y se considere la c a íd a com o u n ascenso,
Los h o m b re s q u e h a n saludado a las carabelas de O cci­
d e n te n o se e n g a ñ a ro n . Som os los h a b ita n te s de u n m undo
in v e rtid o , estam os prisio n ero s e n el c írc u lo del perpetuo
deseo, del c u a l n ad ie p u e d e evadirse, salvo p a ra caer en lo
m ás p ro f u n d o del abism o.
E l a u to c la v e y los a n tisép tic o s del siglo pasado n o puri­
fic a ro n n u e stro u n iv e rso del m a l q u e padece. N o parece
q u e el h o m b re b la n c o p u e d a h a lla r en sus telescopios gigantes,
en sus d esin teg rad o res de áto m o s o en sus bom bas, una
so lu ció n a la c o n tra d ic c ió n in te rn a q u e lleva en sí.

412
Im ag in em o s q u e m a ñ a n a n u e stro s sabios d e se m b a rq u e n
(i la L u n a , n a v e g u e n de u n p la n e ta a o tro , re a liza n d o la v
¡¡otesis de la v id a y d e sc u b ra n al m ism o tie m p o , co n la
¡líente de J u v e n c ia , u n rem ed io a to d a s las e n fe rm e d ad e s:
¡qué m ás o b te n d re m o s de ella? ¿C ó m o h o m b re s in c ap a c es
je c o n seg u ir u n e x ce d e n te de p ap as sa b rá n e m p le a r el exceso
Je v id a h u m a n a q u e se les h a d ado?
N u e stra c iv iliz a c ió n lleva en sí el g e rm e n de u n p ro ceso
inevitable de d e stru c c ió n . C o n v e rtid a e n u n f in en sí m ism a,
nuestra sociedad d e sin te g ra al in d iv id u o h a sta el p u n to d e
¡acerlo in a p to p a ra el servicio e fic a z de la c o le c tiv id a d ,
¡orno, e n c ierto s cán c e res de la san g re, los gló bulos b lan co s
Jevoran los g lóbulos ro jo s y d e b ilita n el o rg a n ism o q u e
ijeben d e fe n d e r.
j Ya ap licam o s a n u e s tra ju v e n tu d , a las célu las n u ev as
Je n u e stro o rg an ism o , la tu te la a p la s ta n te q u e hem os e x te n -
Jido al re sto del m u n d o , e m p le an d o las m ism as p a lab ras
jue nos tra n q u iliz a n la c o n cie n c ia: la rg a adolescencia, n iñ o
tu p e río d o de c re c im ie n to o en v ías de desarrollo.
Las civ ilizacio n es tra d ic io n a le s m u e re n p o r ello, se a p a g a n
inas después de o tra s c u a n d o se a c e rc a n a n o so tro s y , asi­
mismo, n u e s tra ju v e n tu d se d e b ilita , m a n te n id a e n u n a
larga in fa n c ia p o r u n a sociedad q u e la ro d ea de fu e rz a s
hostiles. C o m o ú n ic o f in posible p ro p o n e m o s a los adoles­
centes q u e a p re n d a n u n o fic io , p a ra v iv ir lu ego, g racias a
un tra b a jo d e sh u m a n iz ad o , sin o tr a a m b ic ió n q u e lo g ra r so­
brevivir d eg rad án d o se.
Las civ ilizacio n es tra d ic io n a le s se re sig n a n a su d e sa p a ri­
ción, acaso p o rq u e p a ra los in iciados h a llegado el m o m e n to .
Los jóvenes de O c c id e n te , p o r su p a rte , se d e b a te n c o n tra
un d estin o q u e n o desean. T r a ta n de q u e b ra r el m u n d o
material q u e se c ie rra sobre su e s p íritu , sem ejan te a los
vasos de p o rc e la n a e n los q u e los em p erad o res de C h in a
encerraban a n iñ o s h a sta la ed ad a d u lta p a ra c o n v e rtirlo s
en m o n stru o so s enanos.

413
¿ Q u eb ra re m o s esa p o rc e la n a qu e tra b a sus fu e rz a s espiri­
tu ales y an quilosa p a ra siem pre su p e n sa m ie n to , im pidién­
dole c re ce r? ¿S a ld rá n de ella d e fo rm a d o s, p ad res de una
g e n erac ió n de p e n sa m ie n to a ú n m ás r a q u ític o que arras­
tr a r á a ú n m ás a la h u m a n id a d en su caíd a?
A caso h a y a q u e b u sc a r en la n a tu ra le z a , alrededor de
n o so tro s, la e x p lic a c ió n del d estin o del O c c id e n te , así como
los presagios p a ra n u e stro f u tu r o .
Los lem m in g s son p eq u eñ o s roedores p arecidos a nuestros
ra to n e s de c am p o q u e h a b ita n el n o rte de E u ro p a y el
A sia á rtic a . E n cierto s p erío d o s, d e ja n los A lp es de Escan-
d in a v ia en reb añ o s in n u m e ra b le s, co m o guiados p o r u n mis­
te rio so fla u tis ta y se d irig e n h a cia el m a r del N o r te o el
g o lfo de B o tn ia. A lo la rg o de este tra y e c to , q u e es su
sen tid o de la H is to ria , s u fre n los ataq u es de los animales
c a rn ice ro s o de los p á jaro s de presa q u e los d e stru y e n por
m illares. A p esar de to d o , p ro sig u e n su r u ta y , al alcanzar
su o b je to , se a rro ja n al m a r y en él se ahogan.
Las langostas c o n o ce n ta m b ié n u n p a re cid o sentido de
la H isto ria . V arias especies, e n tre las cuales la L o c u s t a m i ­
g r a t o r i a , v iv e n en la n a tu ra le z a sin c o m e te r estragos: los
in d iv id u o s e stá n solitario s y dispersos. E n c ie rto momento,
p o r u n a ra z ó n desconocida, estas especies p u lu la n ; las jóvenes
langostas qu e n a c e n y c re c e n en p oblaciones densas tienen
u n co lo r y u n asp ecto d ife re n te s: son m ás gran d es y de
co lo r m ás claro , a m e n u d o de u n h erm oso verde.
Los n a tu ra lis ta s h a n fo rm a d o c o n ellas u n a especie dife­
re n te : L o c u s t a g r e g a r i a . Se re ú n e n en g ran d es bandadas y,
c u a n d o son a d u lta s, v u e la n to d as ju n ta s , c o n stitu y e n d o esas
n u b es de langostas q u e los cam pesinos de la re g ió n medite­
rrá n e a te m e n ta n to . A v a n z a n p o r saltos inm ensos, en la
m ism a d ire c ció n , in e x o ra b le m e n te m a n te n id a d u ra n te días,
P u e d e n d e v a sta r to d a v e g eta c ió n en algunas horas, abatirse
en las estepas y p o d rirse en m o n to n e s al sol o precipitarse
e n n u b es c o m p a c ta s en el m a r.

414
¿Q u é d iría n los lem m in g s si p u d ie ra n escrib ir la h isto ria
Je u n a de sus in m ig racio n es? v
— M arch a m o s h acia m a ñ a n a s dichosos, n u e s tra n a c ió n
fuertem ente e s tr u c tu r a d a a u m e n ta de h o ra en h o ra y , a
pesar de los a taq u es diversos, p ro g resam o s en la m ism a d ire c ­
ción, c o n se rv a n d o n u e s tra o rg a n iz a c ió n , q u e es la ú n ic a q u e
permite al in d iv id u o m a rc h a r h a cia ese p ro g reso q u e d is tin ­
guimos y a , to d o a zu l, al pie de las m o n ta ñ a s.
Las lan g o stas e n to n a r ía n u n c a n to de tr iu n f o :
— C o lo n izam o s el u n iv e rso a m e d id a q u e a v an zam o s. P e ro
el u n iv e rso p o d rá a lim e n ta rn o s d e n tro de u n siglo, a n o so ­
tras q u e estam os en c am in o h a cia la " p la n e tiz a c ió n ” de
.nuestra especie.
í La H is to ria tie n e u n sen tid o p a ra las la ngostas, los le m -
fjnings y la ra z a b la n ca : desem boca en u n suicidio c o lec ­
tivo, p re v e n tiv o de la " p la n e tiz a c ió n ” de u n a especie. C a d a
^individuo ve, sin e m b arg o , en esta ú ltim a c a rre ra im p e tu o sa,
una m a rc h a h a cia u n m e jo r ser. C u a n to m ás se alejan los
lemmings de su p u n to de p a rtid a , d ic en los n a tu ra lista s,
¡más se e x c ita n . N a d a p u e d e d e ten e rlo s; a n te u n o b stá c u lo ,
¡silban e in c lu so g r ita n de cólera.
N o so tro s m ism os, b ien alejados a h o ra de n u e stro o rig en ,
tenemos el se n tim ie n to p ro f u n d o de q u e n a d a debe v e n ir
i a tra b a r n u e s tra m a rc h a h a cia lo q u e llam am o s el P rogreso.
Pues n o so tro s, h o m b re s del O c c id e n te , n o hacem os m ás
que c o rre r h a cia el m a r, h a cia la m u e rte , en c o m p a c to s
rebaños.
E n cad a g u e rra , el to rb e llin o en el c u a l nos e n c o n tra m o s
se h u n d e m ás, a u m e n ta n d o n u e stro p ro g reso m a te ria l, a d el­
gazando n u e stro s ú ltim o s valo res esp iritu ales, a n iq u ila n d o
la h u m a n id a d h a sta en el c o ra z ó n del h o m b re .
N u e s tro o rg u llo c o n v ie rte a esta c a íd a en el re su lta d o
deseable de n u e s tra ex isten cia te rre s tre . C o m o el P rín c ip e
de este M u n d o , O c c id e n te a tra e a él a la h u m a n id a d e n te ra ,
prom etiendo los bienes m a te ria les y el c o n o c im ie n to de las
r 1

té c n ic a s, p e ro e n c a d e n á n d o la p a ra siem p re al reem plazar


to d o p e n sa m ie n to p o r el e te rn o deseo, p a ra m e jo r arras­
tr a r lo c o n él.
L a escena de la te n ta c ió n se re n u e v a cad a v ez q u e O cci­
d e n te e n c u e n tra u n a c iv iliz a c ió n tra d ic io n a l. C a d a vez, hay
h o m b re s q u e to m a n c o n cie n c ia de su d esn u d ez, de su sub­
desarro llo m a te ria l. C o n los lom os ceñid os p o r la cotonada,
d eb en tra b a ja r h a sta el lím ite de sus fu e rz a s y , cuando
el su d o r de su f r e n te y a n o b asta, tie n e n q u e e n tre g a r ei
e q u ilib rio de su alm a y to d a la a rm o n ía del m u n d o . Entonces
O c c id e n te a rra s tra e n su c a íd a a u n n u e v o c o n d en a d o , mien­
tra s q u e se c ie rra n las p u e rta s de u n p a ra íso , p e rd id o una
v e z m ás.
Si la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l lleg ara a desap arecer, la hu­
m a n id a d n o lo se n tiría , p u e sto q u e desde h ace m u c h o tiem ­
p o , y a n o es solid aria: u n im p e rio h a b rá v iv id o , añadiendo
a o tra s ru in a s las de su o rg u llo . N u e stro s m onum ento s
serán o tro s ta n to s en ig m as p a ra los arqueólo gos del por­
v e n ir, p u es p a re c e rá e x tra ñ o q u e los h a y a n c o n stru id o hom ­
bres sin o tro fin q u e a m o n to n a r v e rtig in o sa m e n te m ateria­
les, sin t r a t a r de e n c e rra r allí, c o n la llave de su pensam iento,
los n ú m e ro s del u n iv erso .
Los pueblos q u e nos re e m p la z a rá n h a b la rá n q u iz ás de un
castig o d iv in o , sin im a g in a r q u e fu im o s n u e stro s propios
jueces y n u e stro s p ro p io s v erd u g o s, in scrib ie n d o cada una
de las le tra s de n u e s tra c o n d e n a c ió n e n las consecuencias de
c ad a u n o de n u e stro s actos.

íA

416
p N C L U S IO N
V

S
i r e c h a z a m o s las lín eas de p u n to s de los árboles e v o lu ­
c io n istas y las hipótesis del siglo pasado y nos aten em o s
Juicam ente a los hechos o bservables; si re e m p laz a m o s la
íieja a x io m á tic a p o r u n a a p ro x im a c ió n fe n o m e n o lò g ic a, los
¡hombres se nos a p arec en , de u n e x tre m o al o tro d el espacio
\<¡ del tie m p o , iguales en in te lig e n c ia y e n p e rfe c c ió n m o ra l,
cualesquiera sean las civ ilizacio n es a las q u e p e rte n e z c a n ,
o h a y a n p e rte n e c id o .
La a v e n tu r a h u m a n a es m ás m isteriosa a ú n de lo q u e la
(han im a g in a d o los a n tro p ó lo g o s y los p re h isto ria d o re s. Si
¡las d ife re n te s civ ilizacio n es se nos p re s e n ta n co m o o tra s
¡tantas v ía s m ú ltip le s, n o son ru ta s siem p re paralelas. Son,
al c o n tra rio , co m o los husos de u n a esfera, q u e tie n e n en
común el sen tid o de u n m ism o o rig e n y de u n m ism o re su l­
tado.
P odem os re to m a r a h o ra la p r e g u n ta de A u a el esquim al,
a K n u d R asm u ssen :
¿P or q u é debe ser así?
Si la e tn o lo g ía p u ed e d a r h o y sobre u n p ro b le m a u n a res­
puesta de c o n ju n to de la h u m a n id a d , es sobre la de la
presencia del h o m b re e n el m u n d o .
A caso sea im posible re u n ir u n senado en el c u a l los sabios,
llegados de to d as las civilizaciones, d e sc u b riría n la id e n tid a d
del c a m in o q u e sig u iero n , h a lla n d o la im a g e n del a rq u e tip o
divino en sus cu erp o s m u tila d o s p o r la in ic ia ció n , en sus
almas a n iq u ilad as p o r las p rá c tic a s del éxtasis, a d m irá n d o se

417
q u iz á de reco n o cerse p o r los m ism os sím bolo s y los mismos
signos, sin h a b la r sin e m b arg o la m ism a lengua.
Es m ás fá c il, co n la a y u d a de los testim o n io s recogidos
desde h ace c in c u e n ta años, d a r la resp u esta de la h u m an i­
d a d a los p ro b lem as p la n te ad o s p o r la existencia del hombre
y del u n iv erso , e n c o n tr a r esa d ia lé c tic a hom bre-universo,
esencial del p e n sa m ie n to de las diversas civilizacio nes que
nos p re c e d ie ro n y nos ro d ean .
E l h o m b re lleva en sí lo In v isib le y se siente responsable
del u n iv erso . Su c o m p o rta m ie n to sólo p u ed e explicarse por
la cre en c ia en u n m u n d o d ife re n te del m u n d o material,
u n m u n d o invisib le q u e escapa a la ex p erien cia sensible,
lu g a r g e o m é tric o c o m ú n de todos los g ru p o s h u m an o s re­
p a rtid o s en la su p erfic ie de la tie rra , a d m itid o p o r todos
los h o m b re s com o la m ás ta n g ib le de las realidades.
T odas las p ro y eccio n es del h o m b re en el m u n d o llevan
el sello de lo Invisib le. Las tu m b a s son m ás n um erosas que
las casas y los tem p lo s m ás só lid am en te c o n stru id o s: el geó­
g ra fo m ás lim ita d o debe a d m itirlo .
E l e co n o m ista m ás p o sitiv ista sabe p e rfe c ta m e n te que
sus ecuaciones n o tie n e n en c u e n ta los gastos irracionales
del h o m b re y que el c e n ta v o de la m e n d ig a deslizado en
el cepillo de u n a iglesia p a ra las alm as del Purgato rio ,
co m o los bueyes de la b ra n z a o frec id o s en sacrificio a lo
Invisible a q u í o allá en el m u n d o , c o n tra to d a necesidad
eco n ó m ica, falsean irre m e d ia b le m e n te sus te o ría s y sus co­
rrelaciones.
La n o stalg ia de lo In v isib le es la ú n ic a q u e p u e d e explicar
la a c titu d de las civilizaciones tra d ic io n a les, la v ía que ellas
h a n elegido, el re c h a z o d u ra n te ta n to tie m p o de lo que
llam am os el “ p ro g re so ” , acaso p o rq u e lo consideraban
co m o u n a c a íd a .
E l h o m b re de las civilizaciones tra d ic io n a les tien e con­
cien cia de su lu g a r en el m u n d o . C re e q u e cad a u n a de
sus a c titu d e s tie n e consecuencias cósm icas, q u e cada uno
de sus sacrificio s así co m o cad a u n a de sus plegarias mueven

418
|as esferas celestes y a c tú a n sobre invisibles c o rrie n te s esp i­
rituales. L o cree a lo la rg o de u n a v id a te rre s tre co n sid e ra d á -
como u n p e río d o p re p a ra to rio , u n a in ic ia ció n , u n a p ru e b a .
Lo In v isib le ex p lic a al h o m b re de las civilizaciones t r a ­
dicionales, co m o el aire e x p lic a al p á ja ro . L a m u e rte le
parece ta n fa m ilia r c o m o la p u e sta del sol, ta n necesaria
al ciclo de su re d e n c ió n com o el n a c im ie n to . L a in ic ia ció n
que su fre im p rim e e n su c a rn e el sello de la in visible p a tria ,
con rito s id é n tic o s de u n e x tre m o al o tro del espacio y del
tiem po, c o n el m ism o sim bolism o siem pre.
Los h o m b re s a firm a n e n los m ism os té rm in o s, los m ism os
hechos im posib les de v e rific a r p o r la e x p erien c ia sensible,
imposibles in clu so de a d m itir basándose en los d a to s de esta
única e x p erien cia.
S eg ú n to d a s las tra d ic io n e s, el h o m b re fu e p rim e ro e sp í­
ritu, p a rtic ip a n te de to d a la seren id ad del M u n d o In visible.
U n deseo lo im p u lsó a ro m p e r la a rm o n ía có sm ica: n ecesitó,
como e x p iac ió n , d escen d er e n la m a te ria , en el u n iv e rso
de las fo rm a s, en la a n im a lid a d : ponerse v e stid u ra s de pieles.
L a p re sen c ia de esta llam a ta n in te n sa tra n s m u tó u n a
form a a n im a l: el h o m b re h a b ía n a c id o , am asado de tie rra ,
conservando e n su e s p ír itu la n o stalg ia del rein o p e rd id o .
A tie n ta s e n el b a rro , t r a tó de re c re a r la im a g e n de
esta a rm o n ía , sin cesar in satisfec h o c o n sus te n ta tiv a s t o r ­
pes, dem asiado alejadas de la p e rfe c c ió n q u e llev ab a e n su
corazón.
A q u í acaso se d e te n g a lo q u e p o d ría n d ecirn o s los h o m ­
bres de las civ ilizacio n es tra d ic io n a les, los m aestro s p r e té ­
ritos, los filósofos desconocid os c u y o m ensaje tra ta m o s de
hallar: el re sto p u e d e d escifrarse e n los sím bolos y en los
ritos q u e fo r m a n los m il p é talo s de u n a rosa de v e rd a d en
el c o ra z ó n ú n ic o .
E l V a jd a , sím b o lo del ra y o en la In d ia , se a cerca a la
m áscara K a n a g a sudanesa c o n la doble b a rra tra n sv e rsa
y la lín e a q u e b ra d a q u e separa los c u ad ra d o s n e g ro s y b lancos
del p a v im e n to m osaico. E stos sím bolos re su m en la a v e n tu ra

419
1
h u m a n a ; son los signos del h o m b re ta l com o se lo rep re­
se n ta n to d as las civilizaciones, to d as las iniciacio nes: un
á rb o l e te rn a m e n te fu lm in a d o e n tre el e s p íritu y la m ateria,
en la fr o n te r a de lo visible y de lo invisible, H e rm e s de la
tie rra .
E stas c e rtid u m b re s p e rte n e c e n al h o m b re , lo distinguen
co m o el le n g u aje a rtic u la d o , lo aíslan com o el fuego.
N ece sitam o s te n e rlo en c u e n ta si q u erem o s q u e nuestras
ciencias h u m a n a s sean o tr a cosa q u e u n a sistem atizació n
del h o m b re , u n p o b re h e rb a rio m a rc h ito y n o u n cono­
c im ie n to .
Si se e n c u e n tra a u n n á u fra g o q u e después de m u ch o s años
se a c u e rd a de su p aís, de su c iu d a d n a ta l, de sus amigos,
n ad ie p o n d rá en d u d a los té rm in o s de su re la to , su p e rte ­
n e n c ia a ta l aldea d o rm id a a orillas de u n río , a u n círculo
de h o m b re s cuyos ro stro s h a n q u e d ad o grab ad o s en el fondo
de su m e m o ria . A h o ra bien, el m ás h u m ild e de los hom bres
sobre el a to ló n m ás p e rd id o q u e d a asociado co n to das sus
fu e rz a s al m u n d o invisib le, q u e co n sid era com o su verda­
d era p a tria . Sus a c titu d e s de to d o s los d ías p la n te a n sin
cesar el p ro b le m a de la h u m a n id a d .
E l O c c id e n te se h a separado de la v ía seguid a d u ran te
ta n to tie m p o p o r la h u m a n id a d .
E n este siglo X X q u e te rm in a , lo d o m in a u n g ra n tem or
del A ñ o M il — D os M il en este caso— que lo h ace apelar
al fin del m u n d o , a los signos y a los p ro fe ta s , a cada
sacu d id a sísm ica, a cad a b a lle n a to v a ra d o en u n a playa, a
cad a e x h ib ic ió n de u n b a rb u d o d esgreñado. E sta angustia
del m ilen io n o es m ás q u e el re fle jo de n u e stro te m o r de
la m u e rte , pues la a v e n tu ra h u m a n a y su ciclo nos son
desde e n to n ce s e x tra ñ o s. H e m o s elegido en el la b e rin to una
d ire c c ió n d ife re n te , sin h a lla r h ilo q u e nos g u íe : somos niños
p erd id o s en la o sc u rid a d y n o a d u lto s seguros de su camino,
A p a r t i r de esto — de hechos y n o de hip ótesis— necesi­
ta m o s v o lv e r a c o n sid e ra r n u e stra s tra n q u ila s certid u m b res
y d e ja r de ra z o n a r sobre series de crán eo s clasificados arbi­

420
tra ria m e n te , c u a n d o n o p odem os c la sific a r los m odos de
expresión de u n m ism o p e n sa m ie n to y n a d a nos a u to riz a a
hacerlo.
N a d a nos p e rm ite estab lecer u n a je ra rq u ía e n tre las c iv i­
lizaciones q u e nos ro d e a n y las q u e nos h a n p re c ed id o ,
así co m o n o podem os d a r u n a o rd e n de v a lo r ab so lu to a u n
sistema de ecuaciones, a u n a s in fo n ía , a u n c u a d ro o a u n a
catedral.
E l p e n sa m ie n to h u m a n o es ig u a l e n to d as sus m a n ife s ta ­
ciones desde la h o ra de su a p a ric ió n e n la tie rra ; es lo q u e
nos dice la v o z de los sabios h a ra p ie n to s que a q u í y allá
pueden a ú n a b rir p a ra n o so tro s en el m u n d o los d esgarrones
de sus m a n to s. A u n c u a n d o n u e s tra c iv iliz ac ió n h a y a elegido
su v ía , c ad a u n o de n o so tro s p u ed e to d a v ía m e d ita r y t r a t a r
de d e sc ifra r las h u m ild es huellas dejadas en los co rre d o re s del
laberin to p o r los pies desnudos de n u e stro s h erm an o s. Q u iz á
hallarem os e n la c en iz a la c o n tra se ñ a q u e to d as las in ic ia c io ­
nes h a n in s c rip to allí.
E sta p a la b ra es U n iv e rso , su resp u esta, H o m b re .
Q u iz á h allarem o s ta m b ié n el signo sagrado del " S h in ” ,
la m a rc a del e s p íritu , el sím b o lo de n u e stra in m o rta lid a d ,
sin el c u a l el resto n o es m ás q u e u n a P a la b ra p e rd id a .
S a in t- M a r tín e n v e ra n o
S a in t- M a r tín en in v ie rn o
1963

421
!I
(IB L IO G R A F IA
V

ABBOT (G . F.) : Macedonian Folklore. Cambridge, 1903.


ABERG (Ewert) : The taxonomy and phylogeny of Hordeum L. Sect. Cerealia
ands with special reference to Thibetan barleys. Symbolae Botanicae Upsaliennes
IV: 2. Upsala, 1940.
AMADES (J.) : Guia de f estes traditionals de Catalunya.
ARDREY (Robert) : Les enfants de Cain, trad. African Genesis. Stock, 1961.
ARISTOTELES : Politica.
ARON (R aym on d): Introduction à la philosophie de FHistoire, N . R. F.,
j Gallimard, 1938.
SAN A G U STIN : La Ciudad de Dios.
BARDO-THODOL : Le livre des Morts tibétains, segun la version inglesa del
Lama Kazi Dawa Samdup: prefacio de Jacques Bacot, p. VIII, traduc. francesa
Marguerite La Fuente.
BARTON (R . F.) : The half-way sun. Brewer. Warren and Putman Inc. N ew
York, 1930.
Ifugao Economics. Berkeley U niv. of California Press. V ol. 15, n9 5, 1922.
BERGER (G aston) : Recherches sur les conditions de la conaissance. Essai d’une
thêorétique pure. Presses Universitaires de France, Paris, 1941.
BLOCH (H .) & NIEDERHOFFER (A .) : The gang. Philosophical Library, N ew
York, 1962.
BOGORAS (W .) : The Chukchee, Jesup Exp., vol. VII.
BOHM (Franz) : Gegenwdligkeit und Transzendenz der Geschichte in Zeitsch­
rift fur Deutsche Kulturphilosophie, I, 1935.
BOULE (M .) & VALLOIS (H .) : Les Hommes fossiles. Ed. Masson 7 Cie. Paris,
4a. edic., 1952.
BOURGUIGNAT: Monuments symboliques de l’Algérie. Challamel, Paris, 1888.
BRAGDON (Claude) : Yoga for you. A. Knopf, N ew York, 1943.

423

i
1I
BREUIL (H .) : Le feu et Vindustrie Uthique et osseuse à Choukoutien. Bulletin
of the Geol. Soc. of China, X I, n9 2, 1931.
L’art de l’époque du renne en France. Ed. Cahiers d’Art. Paris, 1959.
BUD GE (W a llis) : From Fetish to God in Ancient Egypt. Oxford, 1934.
BYR O N (John) : An account of a voyage round the world in the years 1764-65-66
in H. M. S. The Dolphin.
CARTAILHAC: La France préhistorique d’ après les sépultures et les monuments,
F. Alcan, Paris, 1889.
CENSORINUS: Du Jour Natal.
CHASELING (W ilb ur) : Yulengor nomads of Arnhem Land. The Epworth Press,
Londres, 1957.
CHAUVET (H .) : Traditions populaires du Roussillon.
CLARKE (R .) : in France-Soir, 1963.
C O D R ING TO N (R .H .) : The Melanesians. Studies in their anthropology and
folklore, Oxford, 1891.
COLLINS (C ol.) : Etude sur les tribus de Port Jackson, 1798.
CONNOLLY (Cornelius J.) : External morphology of the primate brain. Charles
C. Thomas Publisher. Springfield, Illinois, U. S. A., 1950.
COSTA DE BEAUREGARD (O .) : Le second principe de la science du temps.
Ed. Seuil, Paris, 1963.
CRAW FORD (Paul) : Working with teen-age gangs. The W elfare Council of
N ew York, 1950.
CUENOT (Lucien) : V évolution biologique. Masson, Paris, 1951.
D A N TE: Divina Comedia.
D ANZEL (Th. W .) : Das Kultur und Religion des Primitiven Menschen. Strecker
und Schröder, Stuttgart, 1924.
D AUM AS (Maurice) : Histoire de la civilisation technique, t. I. Les origines
de la civilisation technique. P. U. F., Paris, 1962.
D EACON (A . B.) : Malekula, a vanishing people in the New Hebrides. Londres,
1934.
DEFFONTAINES (P .) : Géographie et religions. Gallimard, Librairie N . R. F.,
Paris, 1948.
DESCARTES: Discours de la Méthode.
DIETERLEN (Germaine) : Essai sur la religion Bambara. P. U. F., Paris, 1951.
DONNER (K a ï) : über Sighdisch nom "Gesetz” und Samoyedisch nom
"Himmel Gott” en Studia Orientalia, vol. 1, pâgs. 1-8. Helsingfors, 1925.
DORSEY (J. O .) : A study of Siouan cults, u. s. Bureau of American Ethnology,
11 th annual report, pâgs. 351-544, 1889-90.

424
'pURAND-TULLOU (Señora) : Tesis para el Doctorado de Universidad: Un
milieu de civilisation traditionnelle: le Causse de Blandas. Ej. dact. Montpellier^
1959.
EDELFELT (R ev.) : Customs and superstitions of New-Guinea natives. En Pro-
i ceedings of the Queensland branch of the Royal Geographical Society of Aus­
tralia, VII-I, 1891-92.
EHRMANN (G illes) : Les inspirés et leurs demeures. Ed. Le Temps, Paris, 1962.
ELIADE (Mircéa) : Naissance mystique. N . R. F. Gallimard, Paris, 1959·
Le Chamanisme. Payot, Paris, 1951.
ELKIN: Totemism in North Western Australia. Oceania, vol. III.
EMPERAIRE (J .) : Les nomades de la mer. N . R. F. Gallimard, 1955.
ENGELS: U origine de la famille, de la propiété privée et de VEtat. Trad. Brocke,
Paris, 1931.
FEBVRE (Lucien) : La terre et l'évolution humaine. Ed. La Renaissance du Livre,
Paris, 1922.
FERAOUN (M ouloud) : Le fils du pauvre. Les Cahiers du N ouvel Humanisme.
Le Puy, 1950.
FIRTH (Raym ond) : We the Tikopia. London Routledge & Sons, 1939-
Primitive Polynesian economy. London Routledge & Sons. 1939.
FLETCHER & LA FLESCHE: The Omaha tribe. Smiths. Rep. 27, 1905, 15 ff.
FORSTER (J. R .) : Bemerkungen auf seiner Reise um die Welt. Publ. and trans­
lated by G. Forster, Berlín, 1783.
FOUCAULD (Ch. de) : Dictionnaire Touareg-Français. Ed. por André Basset.
Imprimerie Nationale, 1951.
Dictionnaire des noms propres de VAhaggar. Larose, 1940.
FOURNIER (P .) : Les plantes médicinales et vénéneuses de France. Ed. Chevallier,
Paris, 1947.
FRAZER (J. G .): The Golden Bough. Vol. 1, 307.
Balder the beautiful.
FRÉDÉRIC (L.) : La danse sacrée de l'Inde. Arts et métiers graphiques, Paris, 1957.
GADEN: Revue du Monde musulman, t. X II, pág. 441 , 1910.
GALINDO (Abreu de) : The history of the discovery and conquest of the Canary
Islands. Londres, 1764.
GAUTIER (Em ile Félix) : Madagascar: essai de géographie physique. París, 1902.
GENLIS (Mme. de) : Les veillées du château ou Cours de morale à l'usage des
enfants. Ed. Garnier, texto de 1784, N ueva edición, s. f., Paris.
GILL (W . W alter) : A second Manx scrap-book. Londres, 1932.
GIRARD (Raphaël) : Les Indiens de l'Amazonie péruvienne. Payot, París, 1963.
]
425
GOLDM AN (Irving) : The Kwakiutl Indians of Vancouver Island.
The Zuni Indians of New Mexico.
en Margaret Mead : Competition and cooperation. McGraw H ill series in
sociology and anthropology. N ew York and London, 1937.
GRANET (Marcel) : Religion des Chinois. P. U . F., Paris, 1951.
GRIAULE (Marcel) : Masques Dogon. Trabajos y memorias del Inst. d’Ethnolo-
gie, t. X X X III, Paris, 1938.
Descente du Troisième Verbe chez les Dogon du Soudan. Psyché, 13-14,
nov.-dic. 1947.
Les Sao légendaires. Gallimard, Paris, 1943.
Dieu d’Eau. Entretiens avec Ogotemméli. Ed. du Chêne, Paris, 1948.
GRIAULE (M .) & DIETERLEN (G .) : Signes graphiques soudanais, en L’Homme,
Cahiers d’Ethnologie, de Géogr. et de Linguistique 3, Hermann, Paris, 1951.
La harpe-luth des Dogon, en Journal de la Sté. des Africanistes, Un système
soudanais de Sirius, J. S, A., t. X X , 1950.
GRUBB (W . B.) : An unknown people in an unknown land. Londres, 1911.
G R U N D BA U M (A .) : Carnap’s views on the foundation of geometry in the
philosophy of Rudolph Carnap. N ew York Library of Living Philosophers, 1962.
GSELL (Stéphane) : Atlas Archéologique de l’Algérie.
G U ÉN O N (R ené) : La science des lettres, en V oile d’Isis, febrero, 1931.
GUILBOT ( J .) , Le Bilaba, Journal de la Sté. des Africanistes, t. X X I, fasc. II,
1951.
G UY OT ( R .) , LE TO UR N EA U (R .) y PAYE (L .) : La corporation des tanneurs
et l’industrie de la tannerie à Fès, en Hespéris 20-21, 1935.
HALE (H .) : Ethnography and philology. U. S. Exploring Expedition 1838-42,
vol. VI, Philadelphia, 1846.
H AR TW EG (R .) : Cours d’Anthropologie. Ex. ronéoté Insti. d’Ethn, Paris, 1962.
HA UD RIC OU R T (A . G .) & H E D IN (L .) : L’homme et les plantes cultivées.
Gallimard, Paris, 1943.
HEGEL: La filosofia de la historia.
HESIODO: Teogonîa.
HEYERDAHL (Th or) : Aku-Aku. Ed. A lbin Michel, Paris, 1958.
HOLM (G .) : The Ammassalik Eskimo. Ed. by W . Thalbitzer, ib. 39, 1919.
H ONORE (Pierre) : L’énigme du Dieu Blanc précolombien. Plon, Paris, 1962.
H OW ITT (A . W .) : The native tribes of South East Australia, Mac-Millan,
Londres, 1904.
HUM BOLDT: Ensayo sobre la geografia de las plantas.
HUSSERL (Edmund) : Méditations cartésiennes, A. Colin, Paris, 1931.
JAMES (W illiam ) : The will to believe, trad, franc.: La volonté de croire. Bibl.
de Philosophie scientifique. Flammarion, Paris, 1916.

426
[jANMAIRE (H .) : Couroi et Cour êtes. Bibl. U niv. de Lille, 1939-
0FFROY (R .) : s. v. Chasse in Archélogie des Techniques, t. I. Ed. de l’Accueil^
Paris, 1963.
ffJLIAN (Cam ille) : Au sujet de Vidée de nation, en Revue politique et par­
lementaire, 25 de enero de 1913.
10NOD: Les Bantous, t. II, Payot, Paris, 1936.
piELER: Jour, of Hered, 38, 1947.
(OCH-GRUNBERG (T h .) : Zwei Jahre unter den Indianern, Reisen in Nordwest
Brasilien. Berlin, 1909-10.
p U Z N IE T Z O V (A natole) : Iourka le sans-culotte. Relato extraído de La Salinga.
I U.R.S.S., 1962.
LAFAY (H . M .) : Lépreux et cagots dans le sud-ouest de la France. Ed. Honoré
Champion, Paris, 1910.
[AMING-EMPERAIRE (Annette) : La signification de Vart rupestre paléolithique.
s. v. ambre, in Arch. des Tech. Ed. de l’Accueil, t. I, Paris, 1963.
LARGEMENT (R .) : s . v . Calcul Asie occidentale, in Arch. des Tech., t. I, Ed. de
l’Accueil, Paris, 1963.
LEBEUF (J. P.) : Vhabitation des B ali. Hachette, Paris, 1961.
LEENHARDT (M .) : Do Kamo.
LEROI-GOURHAN (A .) : Répartition et groupement des animaux dans Vart
pariétal paléolithique. Bull, de la Soc. Préhist. Fr., vol. 54, 1958.
Le symbolisme des grands signes dans Vart pariétal paléolithique (id .)
LEVAILLANT (F .) : Voyage en Afrique, t. II, Leroy, Paris, 1790.
LEVI-STRAUSS (Claude) : Anthropologie structurale. Plon, Paris, 1958.
Structures élémentaires de la parenté. P. U. F., Paris, 1949-
La pensée sauvage. Plon, Paris, 1962.
LÉVY-BRUHL: Les fonctions mentales dans les sociétés inférieures. 9a. ed.
P.U.F., Paris, 1951.
Carnets. P.U.F., Paris, 1949.
Uâme primitive, P.U.F., Paris.
LIVINGSTONE (D avid) : Missionary Travels. John Murray, London, 1857.
Livre des Morts des Anciens Egyptiens, trad. completa por Paul Pierret. Ernest
Leroux. Ed., Paris, 1882.
Loango Expédition, III, 2.
LOEB: Tribalinitiations and secret societies, in U.C.P.A.A.E., vol. 25, n? 3, 1929.
LOWIE (Robert H .) : An introduction to cultural anthropology. Farrar and
Rinehart, N ew York, 1934.
Primitive society. N ew York, 1920.
LUBBOCK (Joh n) : Prehistoric times, Londres, 1872.

427
1
MACALISTER: in Encycl. for Ethics and Religion (H astings) — rhombe.
MACPHERSON: Astronomy of the Australian aborigènes. Journal of proceedings
of the Royal Society of N ew South W ales, 15, 1881.
M A G N IEN (V .) : Les Mystères d’Eleusis. Payot, Paris, 1948.
MAKARIUS (R . y L.) : L’Origine de l’exogamie et du totémisme. N.R.F.
Gallimard, Paris, 1961.
MALFORT (H en ri) & V ERNEAU (R .) : Les Chaoüias et la trépanation du
crâne dans l’Aurès, in L’Anthropologie, t. VII, 1897.
M ALINOW SKI (B .) : Les Argonautes du Pacifique occidental. N.R.F. Gallimard,
Paris, 1963.
Mans Calendar Customs. London, 1932.
MARCEL DUBOIS (Claudine) : Le Toulouhou des Pyrénées centrales. In Congrès
et colloques de l’Université de Liège, vol. 19-
M ARINGER (J .) : L’homme préhistorique et ses dieux. Trad. Paul Stephano,
Arthaud, Paris, 1958.
MAUROIS (A ndré) : Magiciens et logiciens.
MAUSS (Marcel) : Essai sur les variations saisonnières des Sociétés Eskimo:
étude de morphologie sociale in Année Sociologique, t. 9, 1904-05.
MEAD (Margaret) : The Manus of the Admiraly Island, in Competition and
Cooperation.
The Arapesh of New Guinea, id.
McGraw-Hill series in sociology and anthropology. N ew York and London, 1937.
People and places.
MIRSKY (Jeannette) : The Dakota, in M. Mead: Competition and cooperation.
The Eskimo of Greenland, id.
McGraw-Hill Book Co. Inc. N Y & London, 1937.
M ISHK IN (B .) : The Maori of New-Zealand, in M. Mead: Competition and
cooperation. McGraw-Hill Book Co. Inc. N Y y com. London, 1937.
M O N T A N D O N : La civilisation Aïnou. Payot, Paris, 1937.
M O RG AN (Lewis H .) : Ancient society or researches in the line of human
Progress from savagery through barbarism to civilization. Mac Millan, London,
1877.
M O UN TFO RD (Charles P.) : Records of the American Australian Scientific
Expedition to Arnhem Land. I Art. mayth and symbolism. Melbourne University
Press, 1956.
MUCCHIELLI: Le mythe de la cité idéale. P.U.F., Paris, 1950.
NILSSON (M. P.) : Primitive time reckoning. Lund, 1920.
NOR DEN SK IO LD (E.) : Le calcul des années et des mois dans les quipus
péruviens, in Journal de la Sté. des Américanistes. Nueva sérié, t. 18, 1926.
Indianlif, Stockholm, 1910.

428
[ORTON (Arthur P.) : Norton*s Star Atlas and Telescopic Handbook. J. Gall
and Inglis, Londres, 1950. v
jRIGENES: Contra Celsum.
»ALAU MARTI (Montserrat) : Les Dogon. Inst. Internat. Africain, P.U.F.,
Paris, 1957.
>ALAY (S im in ) : Dictionnaire du Béarnais et du Gascon modernes-Bassin de
l’Adour. Bibl. de l’Ecole Gaston-Febus, Pau, 1932.
fARKER (K . Langloh) : The Euahlayi tribe. London, 1905.
pAUSANIAS: Descripción de Grecia.
pAWELL : The evolution of language.
pETTAZZONI (R affaele) : Mythologie australienne du rhombe. Revue de l ’H is­
toire des Religions, marzo-abril, Paris, 1912.
’EYRONI (D .) : Sur quelques pièces intéressantes de la grotte de La Roche-
près de Lalinde (D ord og n e).
pHOTIUS: Bibl. 279-531.
pIVETEAU: Traité de paléontologie humaine. Vers la forme humaine. Masson.
Paris, 1957.
PLATON: Timeo, 47 d.
Bedón, 13/
República.
PUNIO: Historia Natural.
PORFIRIO: Pensamientos.
Problèmes actuels de Paléontologie. Colloques internationaux du C.N.R.S.,
Paris, 1962.
PROCLO: Comentarios sobre el Timeo.
QUAIN (B. H .) : The Iroquois.
(JUIGGIN (A . H ingston) : A survey of primitive money. London, Methuen, 1949.
HADLOW: Aus Sibirien, II.
HASMUSSEN (K nud) : A travers VAmérique arctique.
Observations sur la culture intellectuelle des Eskimos Caribou Gyldendalske
Boghandel, Copenhagen, 1930.
HEICHENBACH : The direction of time. University of California Press, 1956.
Revue Française de Sociologie: Musique et structures sociales. Oct. 1962.
Revue de Phytothérapie, nov. 1937.
HICKARD (T. A .) : Vhomme et les métaux, N .R .F. Gallimard, 1938.
lig Veda: Libr. VII.
HISLEY (M .H .) : The tribes and casts of Bengal. Calcutta, 1891.
HOUCH (Jean) : La religion et la magie Songhay. P.U.F., Paris, I960.
HUSSELL (Bertrand) : U aventure de la pensée occidentale. Hachette, Paris, 1961.

429
■1 I
SAIN T JO H N (S.) : Life in the forests of the far Bast or travels Northern
Borneo. 2a. ed. London, 1863. j
SCHAEFFER: Ugaritica I.
SCHAEFFNER (A .) : Origine des instruments de musique, Payot, París.
SCHULTZE (L.) : Aus Namaland und Kalahari. Jena, 1907.
SEELIG (Ernst) : Traité de criminologie, trad, alemana Bibl. de Psychanalyse
clinique, P.U.F., 1956.
SEGUY : Atlas des instruments de musique de B rance, t. I.
SEROUYA (H enri) : La Kabbale. Grasset, Paris, 1947.
SERVIER (Jean) : Les Portes de VAnnée. Laffont, Paris, 1963.
SERVIUS: Commentaires sur les Géorgiques de Virgile.
SKEAT (W .) : Malay magic being an introduction to the folklore and popular
religion of the Malay Peninsula. MacMillan, Londres, 1900. i
SKEAT & BLAGDEN: Pagan races of the Malay Peninsula. Londres, 1906.
SOUSTELLE (Jacques) : La pensée cosmologique des anciens Mexicains. Hermann,
Paris, 1940.
Conferencias pronunciadas en el Colegio de Francia (Cátedra de antigüedades
americanas, Fundación Loubat), 1939.
SPENCER (B .) & GILLEN (F. J.) : The native tribes of Central Australia,
MacMillan, London, 1899.
SPIETH (J .) : Die Ewe-Stdmme. Berlin, 1906.
TEILHARD DE C H A R D IN (Pierre) : U apparition de l’homme. Ed. Seuil, Paris,
1956.
Le milieu divin. Ed. Seuil, Paris, 1959.
Le phénomène humain. Ed. Seuil, Paris, 1955.
THEVENOT: Mathematici Veteres.
THOMAS (E. M .) : Des gens sans méchanceté, trad. N.R.F. Gallimard, Paris, 1961.
THOMAS (N . W .) : Anthropological report on the lbo-speaking peoples of
Nigeria, I, London, 1913-14.
TH U R N W A LD (R .) : Forschungen auf den Salomo-inseln und dem Bismarck-
Archipel, I, Lieber und Sagen aus Buin, Berlin, 1912.
TH U RSTO N (Rev. P.) : Les phénomènes physiques du mysticisme. Gallimard,
Paris, 1961.
TIXIER (D r.) : Revue de Phytothérapie, nov. 1937.
TOMATIS (A lfred) : L’oreille et le langage. Ed. Seuil, 1963.
TRILLES (A .) : Le totémisme chez les Fan.
U N A M U N O (M iguel de) : Le sentiment tragique de la vie. trad. N .R .F., Paris.
VALÉRY (Paul) : Eupalinos.
V A N D ER LEEUW : L’homme primitif et la religion. París, P.U.F., 1940.

430
VINCI (Leonardo de) : Carnets.
VIOLANT Y SIMORRA ( R .)· Instrumentos músicos âe construcción infantil'y
i pastoril en Cataluña, en Revista de D ialectología y Tradiciones Populares.
Tomo X . Cuaderno 4 9, Madrid, 1954.
VOLHARD (E.) : Kannibalismus. Stuttgart, 1939-
VORONOFF (S .) : Les groupes sanguins chez les singes et les greffes du cancer
| humain au singe. D oin, Paris, 1949.
WESTERMANN (D .) : Grammatik der Ewesprache. D. Reimer, Berlin, 1907.
The Shilliuk people, Berlin, 1912.
WESTERMARCK (E.) : Marriage ceremonies in Morocco. MacMillan, London,
1914.
WEYL (H .) : Philosophy of mathematics and natural science. Princeton Univ.
Press. 1949.
WHEELER (G . C.) : Sketch of the totemism and religion of the people of the
Islands in the Bougainville Straits. Archiv für Religionwissenschaft, 15, 1912.
WILKIN (G. A .) : Le shamanisme en Indonésie (1 8 8 7 ).
ZAHAN (D .) : Les sociétés d’initiation Bambara. Mouton & Cia. Paris, La Haye,
1960 .
ZERVOS (C h .) : L’art de l’époque du renne en France. Ed. Cahiers d’Art, Paris,
1959.

431
.4
■ì
teodolito.\ :o Museo
2 . E l Gran Arbol de la Evolu­
ción. (F o to Palacio del D es­
cu b rim ie n to).
3 . Donde se sitúa el ornitorrinco.
(F o to R a p h o ).
4 . E l pitecántropo. (F oto P ala ­
cio del D esc u b rim ie n to).
5 . Hombre prehistórico. (F o to
M useo del H om b re).
6 . E l Hombre de Cro-Magnon.
(F o to M useo del H om bre).
7 . E l Hombre de Neandertal
(F o to M useo del H om bre).
, Trofeo a la entrada de una aldea en Nueva Guinea.
(F oto M useo del H om b re).
, Korwar o altar de antepasado en Melanesia. (F oto
M useo del H om b re).
¡
10. El Baile del Hueso en Saint-Laurent de Cerdans. (F o to Jackie, “L'Indépendant
du Sud-O uest”)·
11. La fiesta del oso entre los ainus. (F oto M useo del H om b re).
jUn hombre en Pozari, Nueva Gui-
\nea. (F o to M useo del H om b re).
\”En el país de los buenos salvajes *\
LOS SIMBOLOS DE LA U N IO N
D E LO V ISIBLE Y D E LO IN V ISIBLE

1 4 . Rayo ritual , de hierro forjado , de monje tibetano. (F oto M useo del Hombre),j
1 5 . La danza de las máscaras kanaga. (F oto M useo del H om b re).
16. E l doble signo de la avutarda en un escudo targui. (F o to M useo del Ili
H om b re).
17. Santuario de santo musulmán (F o to Jean S ervier).
Convertidos en pueblo de lo Invisible. (F oto Museo del
H om b re).
Danza de los nuevos circuncisos. (F o to M useo del Hom -
21. Un viejo símbolo de la aventura humana: la avutarda. (C h ris­
tian Zervos: L'art de l'époque du renne en France, pág. 2 2 6 ) .
22. Danza de iniciados australianos. (F o to M useo del H om b re).
V

èerinto con el combate de


eseo y del Minotauro al cen-
o. (F o to V io lle t).
aberinto de la catedral de
miens. (F o to V io lle t).
25. Gran ídolo en terracota de Larissa. (M u seo
A rqueológico de A tenas, foto Jean S ervier).
| 26. Rombo de Australia. (F o to M u seo d el H o m b r e ).

i
i
j 27. Rombo de Nueva Guinea. (F o to M u seo d el H o m b r e ).
i

28. Rombo de los indios bororo del Brasil . (F o to M u seo d el H o m b r e ).

i 29. Rombo esquimal de Groenlandia. (F o to M u seo d el H o m b r e ).


del kriss en Bali. ( V a n d en Broek. fo to M u seo d el H o m b r e ).

LOS CABALLOS D E LOS D IOSES


|, Shamán - Groenlandia,
¡ costa Este. (D r . Gessain,
¡ foto M useo del H om b re).
, M ástil de violín en forma
de caballo. (F o to M useo
del H om b re).
, Arpa-laúd antropomorfa.
(F o to M useo del H om ­ ¡•¡i
b r e ).

I:
!¡:
34. Un artista australian
(F o to M useo del Hcn
b r e ).
3 5 . A medio camino entre
dibujo y la escritura,
banda dibujada . (Fe
M useo del H om bre).
rumentos quirúrgicos 'para la trepana-
\. (F o to M useo del H om b re).

37. Cráneo trepanado , Perú.


(F oto Museo del H om ­
b re).
3 8 . Cráneo trepanado utiliza­
do después de la muerte
del paciente para la prác­
tica del futuro cirujano.
(F oto M useo d el H om ­
b re).
I

i1


39. Cráneo deformado aymara, Perú. (F oto M useo del
H om b re).
40. Madre e hijo manghetu con cráneo deformado, Congo
Norte. (F oto M useo del H om b re).
41. Cráneo deformado de una tolosana de fecha reciente,
Francia. ( F o t o L a b . d e A n t r o p o lo g í a , M u s e o d e l H o m ­
b re).
42. Tolosano cuyo cráneo ha sido deformado al nacer. (F o to
L a b . d e A n t r o p o lo g í a , M u seo d e l H o m b r e ).
Ciervos y salmones grabados en un palo de madera de reno proveniente de Lori
(C h . Zervos: U art de Vépoque du renne en France , pág. 3 9 4 ) .

U N R ITM O DE VIDA M UY A N T IG U O

44. La caza de invierno. (C h . Zervos> op. cit., pág. 4 1 3 .


47. Calendario azteca. (F oto M useo del H om b re).
48. Al margen del <<comercio>> huía. (F oto M useo del H om b re).
¿MONEDAS O TALISMANES?

50. Cobertor-moneda de América del Norte.


(F o to M u seo d el H o m b r e ).

49. Wampum de América del Norte.


(F o to M u seo d el H o m b r e ).
I

5 2 . Blasón de cobre con el sello de un genio .


(F o to Museo del H om b re).

Brazaletes y brazales
de nácar de Oceanía.
(F o to M useo del H om bre).

i
5 3 . M ascara de Angola que représenta al Hombre blanco. (F oto M ag n u m ).
IN D IC E
V

Introducción ........................................................................................... 7
CAPITULO I
l H om b re y el A n im al .............................................. ....................... 13
APITULO II
se pobre hom bre prehistórico ............................................ ............ 33
'CAPITULO III
¿Som os hom bres p reh istóricos? ......................................................... 49
La p i t u l ó IV
El H u ésp ed In visible ............................................................................ 67
CAPITULO V
Itinerario p ara lo Invisible ................................................................. 93

CAPITULO VI
|La Puerta de Sangre ............................................................................ 111
CAPITULO VII
Los C aballos d e los A ngeles ............................................................... 147
i
^CAPITULO VIII
La Escala Celeste .................................................................................. 165

CAPITULO IX
El H o m b re y lo I n v i s i b l e .................................................................... 181

CAPITULO X
El aprendizaje del hom bre ................................................................. 195
CAPITULO X I
Pinturas del A lm a ................................................................................ 2 \\

CAPITULO XII
Los F rutos del A r b o l ............................................................................ 221
CAPITULO XIII
" ...S e r é is como d i o s e s . . . ” ............................................................. 273
CAPITULO XIV
A l ritm o del m u n d o .............................................................................. 289
CAPITULO XV
E l H om b re de D eseo ............................................................................ 311
CAPITULO XVI
La C asa de D io s .................................................................................. 343
CAPITULO XVII
E l T iem p o de las Estrellas ................................................................. 379
CAPITULO XVIII
L a Som bra B lanca .............................................................................. 397
C o n c lu s ió n ............................................................................................... 417
B ib lio g ra fía ............................................................................................. 423
ESTE LIBRO SE TERMINO DE
IMPRIMIR EL 10 DE SETIEMBRE
DEL A Ñ O MIL NOVECIENTOS
SETENTA. EN LAS PRENSAS
VENEZOLANAS DE EDITORIAL
ARTE. EN LA CIUDAD DE
CARACAS
Jean Servier / El Hombre y lo Invisible

E x p r e sá n d o se sin ro d eo s, com o in te le c tu a l se g u r o de su o fic io , fir m e en


su s co n v ic cio n es, J e a n S e r v ie r v u e lv e aq u í a p o n er en en tred ich o a lg u n o s
de lo s d o g m a s en que se fu n d a — b a s ta n te m a l a su ju ic io — la civ iliz a c ió n
o cc id en ta l y , en p rim er tér m in o , el ev o lu cio n ism o , p o p u la riza d o u n a v ez
m á s en n u e str o tiem p o debido a la ob ra d e T e ilh a r d de C h ard in . C on­
fo r m e a su ex p o sic ió n , to d o s e s to s sis te m a s y te o r ía s p e r s ig u e n u n so lo
f in : c a lm a r la a n g u s tia d el h om b re b la n co a isla d o del re sto de la h u ­
m a n id a d , j u s t if ic a r de a lg ú n m odo su ra cism o .
S i re ch a za m o s la s id e a s p reco n ceb id a s y n u n ca d em o str a d a s de n u e str o s
sa b io s, lo s h o m b res — d e u n ex tr em o a o tro d el esp a c io y del tie m p o —
n os p a rec en s e m e ja n te s en el p e n sa m ie n to y , so b re todo, m á s p reo cu p a d o s
p or la s c o sa s in v isib le s que p or lo s b ien es te r r e s tr e s . E n e fe c to , co n tra
«cualquier e x p e r ie n c ia se n sib le , to d o s ello s creen en la su p e r v iv e n c ia d e
u n p r in c ip io in v isib le , el a lm a , d esp u é s de o cu rr id a la m u e rte ca r n a l.
E n to d a s p a r te s se c o n s ta ta el m ism o p ro p ó sito de co n sid er a r a lo I n v i­
sib le com o la ú n ic a v e r d a d e r a p a tr ia h u m a n a , com o la ú n ica d im en sió n
d ig n a del h om b re.
F r e n te a e s ta s ce rtid u m b r es, que so n la s de la h u m a n id a d , n u e str o O cci­
d en te — e x p lic a S e r v ie r — se e n c ie r r a ca d a d ía m á s en su a n g u s tia . A
p u n to de c o n clu ir el sig lo x x , se sie n te p r e s a de u n te r r o r sim ila r al del
Á ñ o M il, de u n te r r o r que es a p e n a s el r e fle jo de n u e str o m ied o a la
m u e rte, p u e s la a v e n tu r a h u m a n a h a d eja d o de p e r te n e c e m o s . S ólo n o s
qu eda en to n c es a p ren d er a le e r , en la s h u m ild es h u e lla s que h a n d ejad o
im p r e sa s lo s p ie s d esc a lzo s de n u e str o s h erm a n o s, el sa n to y se ñ a de
to d a s la s in ic ia c io n e s : e s e sa n to y se ñ a es U n iv e rso ; su r e sp u e sta ,
H om bre. E s el sa n to y se ñ a que h a b ía m o s p erd id o . . .
P r o fe s o r de E tn o lo g ía y S o c io lo g ía en la F a c u lta d de L e tr a s y C ien cia s
H u m a n a s de M o n tp e llie r, el a u to r de e s te lib ro n a ció en C o n sta n tin e ,
F r a n c ia , en 1918. T a n to su s e stu d io s com o lo s tr a b a jo s p e r s o n a le s lle ­
v a d o s a cabo p o ste r io r m e n te en la s m o n ta ñ a s de A r g e lia , le p e rm itie ro n
d escu b rir el in e stim a b le te so r o d e la s tr a d ic io n e s ca m p e sin a s y c o n fr o n ­
ta r lo con el de a q u e lla s de la A n tig ü e d a d m e d ite r r á n e a . D e t a le s t r a ­
b a jo s s u r g ió L e s P o rte s de l’Année. L ’A lgérie d an s la T rad ition M edite-
rran éenne, ob ra e s e n c ia l p u b lic a d a en 196 3. D e sp u é s de h a b er e s ta b le ­
cido d ich os c im ien to s, y tr a ta n d o de c o n str u ir u n a v isió n de co n ju n to
so b re la h u m a n id a d se g ú n la p e r s p e c tiv a de la e tn o lo g ía co m p a ra d a ,
J e a n S e r v ie r h a con cebido — com o lo r e v e la el p r e s e n te v o lu m en — la
p o sib ilid a d de u n h u m a n ism o a ju sta d o a lo s tie m p o s que corren . A c tu a l­
m en te e s tu d ia la s tr a d ic io n e s o r a le s de I s r a e l y re ú n e lo s m a te r ia le s de
su p r ó x im a ob ra. D el m ism o S e r v ie r , M on te A v ila h a p u b lica d o h a ce
poco u n a a p a sio n a n te H isto ria de la U topía.

You might also like